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ISSN 0100-1485 Ano 10 Nº 47 Mai/Jun 2013 EntrEvista Ano 10 Nº 48 Jul/Set 2013 Orlando Ribeiro, gerente geral de P&D do CENPES muita história para contar aBraco 45 anos muita história para contar Capa48:Capa35 10/7/13 3:07 PM Page 1

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ISSN 0100-1485

Ano 10Nº 47Mai/Jun 2013

EntrEvista

Ano 10Nº 48Jul/Set 2013

Orlando Ribeiro, gerente

geral de P&D do CENPES

muita históriapara contar

aBraco 45 anos

muita históriapara contar

Capa48:Capa35 10/7/13 3:07 PM Page 1

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Votorantim:Anuncio Intercorr 10/7/13 3:54 PM Page 1

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Sumário

4Editorial

Vida dedicada ao estudo da corrosão

6Entrevista

Inovações potencializam o pré-sal

8ABRACO 45 anos

Muita história para contar

26Divulgação técnica

O mito da corrosão branca

34Opinião

Cloud computing: confusão conceitualJúlio Fábio Chagas

C & P • Julho/Setembro • 2013 3

A revista Corrosão & Proteção é uma pu bli cação oficial daABRACO – Asso ciação Bra sil eira de Corrosão, fundada em17 de outu bro de 1968. ISSN 0100-1485

Av. Venezuela, 27, Cj. 412Rio de Janeiro – RJ – CEP 20081-311Fone: (21) 2516-1962/Fax: (21) 2233-2892www.abraco.org.br

Diretoria Executiva – Biênio 2013/2014PresidenteEng. Rosileia Mantovani – Jotun Brasil

Vice-presidenteDra. Denise Souza de Freitas – INT

DiretoresAécio Castelo Branco Teixeira – química uniãoEng. Aldo Cordeiro DutraCesar Carlos de Souza – WEG TINTASM.Sc. Gutemberg de Souza Pimenta – CENPESIsidoro Barbiero – SMARTCOATEng. Pedro Paulo Barbosa LeiteDra. Simone Louise Delarue Cezar Brasil

Conselho Científico M.Sc. Djalma Ribeiro da Silva – UFRNM.Sc. Elaine Dalledone Kenny – LACTECM.Sc. Hélio Alves de Souza JúniorDra. Idalina Vieira Aoki – USPDra. Iêda Nadja S. Montenegro – NUTECEng. João Hipolito de Lima Oliver –PETROBRÁS/TRANSPETRODr. José Antonio da C. P. Gomes – COPPEDr. Luís Frederico P. Dick – UFRGSM.Sc. Neusvaldo Lira de Almeida – IPTDra. Olga Baptista Ferraz – INTDr. Pedro de Lima Neto – UFCDr. Ricardo Pereira Nogueira – Univ. Grenoble – FrançaDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQ

Conselho EditorialEng. Aldo Cordeiro Dutra – INMETRODra. Célia A. L. dos Santos – IPTDra. Denise Souza de Freitas – INTDr. Ladimir José de Carvalho – UFRJEng. Laerce de Paula Nunes – IECDra. Simone Louise D. C. Brasil – UFRJ/EQSimone Maciel – ABRACODra. Zehbour Panossian – IPT

Revisão TécnicaDra. Zehbour Panossian (Supervisão geral) – IPTDra. Célia A. L. dos Santos (Coordenadora) – IPTM.Sc. Anna Ramus Moreira – IPTM.Sc. Sérgio Eduardo Abud Filho – IPTM.Sc. Sidney Oswaldo Pagotto Jr. – IPT

Redação e PublicidadeAporte Editorial Ltda.Rua Emboaçava, 93São Paulo – SP – 03124-010Fone/Fax: (11) [email protected]

DiretoresJoão Conte – Denise B. Ribeiro Conte

EditorAlberto Sarmento Paz – Vogal Comunicaçõ[email protected]

RepórterCarlos Sbarai

Projeto Gráfico/EdiçãoIntacta Design – [email protected]

GráficaAr Fernandez

Esta edição será distribuída em outubro de 2013.

As opiniões dos artigos assinados não refletem a posição darevista. Fica proibida sob a pena da lei a reprodução total ouparcial das ma térias e imagens publicadas sem a prévia auto -ri zação da editora responsável.

Artigos Técnicos

18Avaliação da resistência à corrosão

de superfícies modificadasde alumínio AA1100

Por Daniel S. Yoshikawa, Sérgio L. deAssis, Maysa Terada e Isolda Costa

23Estudo da resistência àcorrosão de revestimentosaspergidos termicamente

Por Letícia P. Lira, Carlos A. Picone,Frederico A. P. Fernandes, GermanoTremiliosi Filho, Luiz C. Casteletti

30Monitoramento e inspeção de

fundações metálicas de linhas detransmissão devido à corrosãoPor Giovani E. Braga, Rosa M. R.

Junqueira, Isabela M. F. Lopes, Célia R.O. Loureiro e Gastón L. A. Moraga

Sumário48:Sumário/Expedient36 10/7/13 3:09 PM Page 1

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m 17 de outubro a ABRACO, Associação Brasileira de Corrosão, completa 45 anos de ativi-dades ininterruptas, dedicadas à difusão do estudo, controle e prevenção da corrosão. Estimativasapontam o aporte de até 3 % do Produto Interno Bruto (PIB) mundial no combate à ação corrosi-

va, incluindo-se nessa projeção as horas paradas na manutenção de equipamentos, instalações industriais etodos os outros elementos expostos a esse fenômeno degradante.

Desde o início de sua atividade foram priorizadas a formação e qualificação profissional para obtenção demão de obra capacitada para exercer as diversas funções que compreendem o processo de prevenção e com-bate à corrosão, com ênfase para os cursos de pintura industrial. A certificação profissional veio numa etapamais recente, acompanhando a tendência mundial de comprovação da capacidade do profissional em exe-cutar as tarefas com plenitude de conhecimento, avalizada por uma entidade de reconhecimento nacional.

A difusão do conhecimento e dos avanços tecnológicos sempre foi meta prioritária das ações da associ-ação, realizadas por meio de cursos, seminários, congressos e exposições de tecnologias em eventos nacionaise internacionais. Também o fomento comercial, a integração e a confraternização de toda a comunidade téc-

nico-empresarial sempre mereceram tratamento especial por parte daABRACO. A formação de novas amizades e o reencontro de antigoscompanheiros são estimulados nos eventos realizados.

Outra atividade desenvolvida pela associação é a normalização téc-nica por meio de uma parceria com a ABNT (Asso ci ação Brasileira deNormas Técnicas), na qual a ABRACO abriga várias comissões deestudo de vários setores industriais (na página 12 desta edição o leitorpoderá obter informações detalhadas sobre o tema).

A biblioteca da entidade mantém um acervo de literatura técnica,voltada à proteção anticorrosiva e aos demais assuntos correlatos, incluindo livros, periódicos, normas técni-cas, trabalhos técnicos, anais de eventos e fotografias, representando uma fonte inesgotável de informaçõesvoltadas aos profissionais da área como suporte tecnológico. Recentemente, foi agraciada com todo o acervodo eminente e saudoso professor Vicente Gentil, autor do livro Corrosão, considerado a “bí blia” do setor,além de seu arquivo pessoal, documentando sua trajetória pessoal e profissional.

Como falar de quase meio século da ABRACO sem citarmos um ícone da associação, Walter Marquesda Silva, cujos préstimos perduraram por 34 anos à frente da secretaria. Sua dedicação tem o reconhecimen-to unânime de todos ligados à entidade como exemplo de abnegação e superação dos limites do seu traba -lho. Em 2012 partiu, certamente para dedicar-se, não mais de corpo, mas sim de alma, a outras causas nobres.

Toda a história da ABRACO foi elaborada por meio de um quadro de colaboradores do mais alto níveltécnico que continua se dedicando para que a associação siga comemorando novas conquistas e perpetuan-do o trabalho traduzido pela sua missão maior, ou seja, a de congregar toda a comunidade técnico-empre-sarial do setor no compartilhamento do conhecimento tecnológico.

INTERCORR – Para 2014 está programado o INTERCORR, o maior evento de internacional de cor-rosão realizado no Brasil, que terá como sede a cidade de Fortaleza (CE), de 19 a 23 de maio. Inúmeros tra-balhos técnicos serão apresentados em paralelo com a Exposição de Tecnologias para Prevenção e Controleda Corrosão, além de outros eventos que fazem parte do programa. Enfim, é preciso continuar construindoa história da ABRACO, mantendo a sua trajetória de sucesso, para que possamos no futuro reescrevê-la comos louros da vitória.

Nesta edição o leitor encontrará, a partir da página 8, a abordagem completa desta data comemorativaque certamente o fará pensar em participar desta associação aglutinadora de talentos da mais alta qualidade,que juntos assumem proporção exponencial.

Boa leitura!

Os editores

Vida dedicada ao estudo da corrosão

Carta ao leitor

A difusão do conhecimento e dos avançostecnológicos sempre foi meta prioritária das

ações da associação, realizadas por meio decursos, congressos e exposições de tecnologias

em eventos nacionais e internacionais

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Editorial48:Editorial36 10/8/13 11:57 AM Page 1

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Eventos envolvidos• 34º Congresso Brasileiro de Corrosão• 5th International Corrosion Meeting• X Congreso Iberoamericano de Corrosión y Protección• 19º Concurso de Fotografia de Corrosão e Degradaçãode Materiais

• 34ª Exposição de Tecnologias para Prevenção eControle da Corrosão

O maior evento internacional decorrosão realizado no Brasil

19 a 23 de maio de 2014Fortaleza – CE

www.abraco.org.br/intercorr2014

Anuncio Intercorr 2014:Anuncio Intercorr 10/7/13 3:48 PM Page 1

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Inovações potencializam o pré-sal

Para tornar a produção mais rápida e menos onerosa nas áreas do pré-sal,

inúmeras soluções estão sendo pesquisadas e algumas já estão implementadas.

Orlando Ribeiro comenta sobre esse momento desafiador da empresa

Entrevista

erente Geral de Pesquisa &Desenvolvimento em En -ge nharia de Produção no

Centro de Pesquisas da Petro bras(CENPES), Orlando Ribei ro temuma longa trajetória na compa -nhia, iniciada em 1983 quandocon cluiu o Curso de For maçãoem Engenharia de Petró leo. Antes,Ri bei ro gradou-se em EngenhariaMecânica pelo IME (InstitutoMi li tar de Engenharia do Exérci -to). Também possui cur sos de pós-graduação em Ges tão de Tec no -logia na USP – Uni versidade deSão Paulo e no INSEAD.

Na Petrobras, Ribeiro ocu -pou posições técnicas e gerenci-ais em diversas áreas, incluindoas de Completação Offshore,No vos Ne gócios, Gás e Energiae a co ordenação de Projetos deDe sen volvimento. Exerceu tam - bém as funções de Gerente deProjeto Cas cade & Chinook,responsá vel do primeiro FPSO(Floating Pro duction Storageand Offload ing – Unidade Flu -tuante de produção, Armazena -mento e Trans fe rência) no Gol -fo do México, e Coor denadordo Programa Tec no lógicoPROCAF – Visão Futuro.

No cargo atual desde julhode 2012, ele falou com a Re vis -ta Corrosão & Proteção so brede sa fios e expectativas em rela -ção ao pré-sal, entre outros te -mas re levantes.

Em termos de pesquisa, quaissão as maiores evoluções e seestas já estão totalmente con-solidadas para uso comercial?Ribeiro –Tecnologias recentementedestacadas no prêmio ANP de Ino -vação são ótimos exemplos, pois fo -ram desenvolvidas em parceriacom importantes fornecedores debens e serviços, visando à aplicaçãocomercial no menor prazo possível.En tre elas podemos citar quatroexemplos: o Separador Submarinode Água e Óleo (SSAO), a BombaMul tifásica Submarina Hélico-Axi al (BMSHA), a Injeção Sub -ma rina de Água do Mar (RWI) eo Monitoramento Sísmico Perma -nen te em Águas Profundas, napla taforma P-57, no Campo deJubarte.

Detalhe um pouco cada umadessas inovaçõesRibeiro – O Separador Submarinode Água e Óleo (SSAO), que de -senvolvemos em parceria com aFMC Technologies, recebeu o pri -meiro lugar no prêmio ANP Ino -vação. Este equipamento, que estáem fase de pré-operação no cam pode Marlim, leva para o lei to mari -nho um processo que, atu al mente, érealizado no topside das platafor-mas. O SSAO é considerado umsal to tecnológico mundial por en vol - ver, simultaneamente, lâ minad'água profunda (cerca de 1.000 m)e óleo pesado (19º API). O princi-

Hoje, o grande desafio da Pe -trobras é viabilizar a explora -ção dos campos do pré-sal. Emqual etapa dessa excelência aem presa se encontra?Orlando Ribeiro – A produção nopré-sal já é totalmente viável.Pro va disto é que estamos produ -zin do, atualmente, mais de 300mil barris por dia apenas nestapro víncia petrolífera. Mas, comoes tá expresso em nosso Plano deNe gócios e Ges tão, essa produçãocres cerá em rit mo acelerado nospró xi mos anos. Em termos de de -sen vol vimento tecnológico, esta-mos traba lhando atu al mente emnovas ma neiras de tor nar a pro-dução no pré-sal mais rá pida ecom menos custos, de forma acontribuir para o crescimento nacurva de produção.

Como o sr. avalia a importân-cia da tecnologia de equipa-mentos para a exploração depetróleo no pré-sal?Ribeiro – A importância está, jus-tamente, em viabilizar modelosde produção mais flexíveis, que seadaptem a cada cenário, comme nores custos e que mantenhama eficiência e a seguran ça opera-cional. O de senvolvimento tec-nológico deve gerar resultadosapli cados ao ne gócio no menorpra zo possível, con tribuindo paraque as opera ções tornem-se maisse guras e rentáveis.

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Orlando Ribeiro

Foto: R

oberto Paes L

eme

Entrevista48:Entrevista36 10/7/13 3:11 PM Page 1

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pal diferencial dessa tec no logia épermitir a separação da água e óleoainda no fundo do mar, assim co -mo a reinjeção dessa água no pró -prio reservatório. Com isso, o sis-tema cria uma folga na planta deprocesso, gerando economia de es -paço na pla taforma e aumento dacapaci da de disponível da uni dadepara processar mais óleo.A Bomba Multifásica SubmarinaHélico-Axial (BMSHA), que ope -ra no campo de Barracuda, na Ba -cia de Campos, representa umavan ço na tecnologia convencionalde bombeio multifásico submarinohélico-axial. Sua vantagem é a ca -pa cidade de suportar maior dife -ren cial de pressão de escoamentoem comparação com as bombascon vencionais. Essa tecnologia in -cor pora uma nova técnica deno -mi nada HighBoost, desenvolvidaem conjunto com a Framo Engine -er ing. Em alguns cenários operadospela Petrobras, essa tecnologia podepermitir não só a ampliação dava zão de produção, como tambémo aumento do fator de recuperaçãodo campo.A Injeção Submarina de Água doMar (RWI), tecnologia instaladano campo de Albacora, na Baciade Campos, permite captar e bom -bear água do mar e injetá-la dire-tamente nos poços, sem passar pelaplataforma. Com essa solução, épos sível simplificar o sistema detra tamento de água para injeção,re duzindo o investimento emplan tas de processo na plataformae, ao mesmo tempo, ampliando acapacidade de injeção no reserva -tório de petróleo. A grande vanta -gem é aumentar o fator de recu-peração do reservatório sem ampli-ar os sistemas de superfície. ORWI foi desenvolvido em conjuntocom a Framo Engineering, comparticipação da FMC Technolo -gies, como fornecedora da Framopa ra a execução de parte do escoposubmarino.O Monitoramento Sísmico Per -

ma nen te em Águas Profundas, naplataforma P-57, no Campo deJubarte, na Bacia de Campos, éum sistema que incorpora a tec-nologia 4D, foi desenvolvido empar ceria com a Petroleum Geophy -si cal Service (PSG), e fornece, pormeio de cabos sísmicos de fibra óti -ca conectados à plataforma, infor -ma ções em tempo real sobre o mo -vimento de fluidos no reservatório,identifica oportunidades para au -mentar o fator de recuperação docampo, além de monitorar as diver-sas etapas do processo produtivo.

Quais as expectativas em ter-mos de inovações e como equando elas devem ser concre -tizadas?Ribeiro – Em nossa visão de futuropara o segmento de Exploração &Produção de petróleo e gás, visamosum cenário onde a produção se da -rá por meio de equipamentos me noscomplexos, mais eficientes e fle xí -veis, adaptáveis a cada cenário. Pa -ra isto, estamos estudando tecnolo-gias para a perfuração a laser ousem riser; uso de nanopartículaspara o monitoramento de reserva -tórios e uso de nanomateriais, maisresistentes, nos equipamentos sub-marinos; equipamentos de processa-mento submarino, que permitamlevar para o leito marinho vá riasoperações hoje realizadas no topodas plataformas; distribuição deenergia submarina, com auto no -

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mia para fazer funcionar todos estesequipamentos; veículos autô no mossubmarinos, para interven ções emo nitoramento destes equi pa men -tos; uma nova geração de equipa-mentos de processo no top side daspla taformas, mais compactos e pa -dronizados; e também novos proje-tos, menos complexos, pa ra osFPSOs (navios-plataformas). Estastecnologias estão em di ferentes está-gios de desenvolvimento mas con-figuram um cenário que, em nossavisão, será a produ ção do futuro.

O investimento em tecnologiade equipamentos para o pré-sal impacta também em ou -tras formas de exploração(águas profundas e terrestre)?De que forma e quais são essesim pactos?Ribeiro – A produção em águasprofundas é a parte mais significa-tiva da produção da Petrobras e,com o pré-sal, a parcela tende a serainda maior. O nosso desenvolvi-mento tecnológico na área deExploração & Produção está bas-tante focado em águas profundas,embora tenhamos alguns projetosvi sando à produção em campos ter-restres, sobretudo campos maduros.E, quando falamos de tecnologiapara águas profundas, nossos proje-tos têm potencial de aplicaçãotanto no pré-sal quanto em outroscampos offshore operados por nósno Brasil e no exterior.

Foto: A

gência Petrobras

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ABRACO 45 anos

ABRACO completa, em outubro, 45 anos à fren te do comba -te tecnológico contra a corrosão. Des de sua criação, sempreteve como objetivo principal difundir o estudo da corrosão e

seus métodos de controle e de prevenção, incentivar a pesquisa ou aqualificação profissional e unir esforços para elaborar normas técnicas.Para marcar a passagem desta data comemorativa de 45 anos ininter-ruptos de atividade da ABRACO, a Revista Corrosão & Proteçãosolicitou a alguns membros da diretoria e colaboradores que comen-tassem temas específicos, de modo a traçar um panorama geral dascon quistas da entidade.Participaram da elaboração desse material Aldo Cordeiro Dutra,

diretor da ABRACO e que tem acompanhado a entidade desde suafundação; Denise Souza de Freitas, vice-presidente; Pedro Paulo Bar -bosa Leite, ex-presidente e superintendente do CB-43; Isidoro Bar -biero, Aécio Castelo Branco Teixeira e Simone Louise Delarue CezarBrasil, diretores da ABRACO. Acompanhe.

Atividade de normalização técnicaAldo Cordeiro Dutra

Alguns pontos de destaque nestes 45 anos de vida nos levam arelembrar, bem no início, a nossa vocação para a atividade de normali -zação técnica, seguindo o exemplo do que já vinha fazendo o InstitutoBrasileiro de Petróleo – IBP no campo da tecnologia do petróleo.Assim, uma das nossas primeiras atividades foi celebrar um convêniocom a ABNT para elaborarmos normas técnicas no campo da cor-rosão e da proteção anticorrosiva.Isto foi muito fácil porque o presidente da ABNT, nessa época, era

o Dr. Plínio Cantanhede, também presidente do IBP, que nos abriga-va em sua sede, e o nosso presidente era o já renomado ProfessorVicente Gentil. Para essa missão, as nossas comissões técnicas que seri-am criadas, funcionariam também como comissões de estudos daABNT. No início, essa atividade foi muito modesta, porém algumtempo mais tarde foi criada a Siderbrás que abarcava o setor siderúr-gico do País. Nessa nova empresa estatal apareceu alguém interessadoem normalização e procurou a ABNT para oferecer apoio à norma -lização técnica nesse campo. Disso resultou que a Siderbrás assumiu acoordenação do CB-1 – Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia,comitê dentro do qual se inseria o nosso convênio.Para coordenar o CB-1 a Siderbrás designou o Cel. Ciro Borges,

um executivo idealista e homem de ação que realizou um trabalhoextraordinário nessa função. Para colocar a ABRACO em atividadeno campo da normalização ele criou o Subcomitê 1.9 dedicado à cor-rosão para cuja coordenação convidou o Prof. Walter ArnoMannheimer, professor da COPPE/UFRJ e Chefe do Departamentode Materiais do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica – CEPEL. OProf. Mannheimer deu então um excelente impulso nas nossas ativi-

Trabalho, determinação e foco no desenvolvimento da indústria nacionalmarcam a trajetória da ABRACO, iniciada em 17 de outubro de 1968

Muita história para contar

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dades de normalização dentroda ABRACO.Posteriormente, a Siderbrás

foi fechada e a nossa estrutura denormalização sofreu uma quedasig nificativa, mas não parou.Bem mais recentemente, já noano de 2000, a ABRACO con-seguiu da ABNT a criação doCB-43 dedicado à corrosão, cujocoordenador é um membro daDiretoria da ABRACO. Atual -men te essa função está a cargo doEng. Pedro Paulo Barbosa Leiteque tem realizado um excelentetrabalho na produção de normastécnicas no campo da corrosão eda proteção anticorrosiva.

7th International Congress onMetallic Corrosion (ICMC)O 7º Congresso Internacio -

nal de Corrosão Metálica foimui to marcante para a históriada corrosão no Brasil por ser oevento mais importante domundo, conduzido sob a ban-deira do Conselho Internacionalda Corrosão (International Cor -ro sion Council – ICC) sob a ges -tão do Prof. Marcel Pourbaix,um incansável amigo e admi-rador do nosso País e, conse-

Aldo Cordeiro Dutra

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treinamento para inspetores de pintura industrial sendo hoje o seucarro-chefe.Sua origem remonta ao ano de 1988 quando um dia fui procura-

do na ABRACO pelo Engenheiro Alfredo Carlos Orphão Lobo, daPe trobras, que trazia em mãos a norma Petrobras N 2004 com os re -quisitos para a preparação dos inspetores de pintura industrial. Soli -citou-me então ver a possibilidade da ABRACO montar um cursopara o preparo desses inspetores que, depois de treinados, seriam avali-ados para qualificação pela própria Petrobras.O objetivo era assegurar que o grande investimento feito pela Pe -

trobras em tintas de alto custo, estas tintas fossem adequadamenteaplicadas para proporcionar os resultados esperados. Para isso serianecessária uma inspeção por pessoal competente.Desde então, a ABRACO já preparou várias centenas de profis-

sionais que foram devidamente qualificados e que entraram num pro -missor mercado de trabalho.

Certificação de profissionaisA demanda por mão de obra qualificada para a inspeção de pintu-

ra cresceu muito e também passou a ser mais exigente e, para isso, aABRACO passou a certificar as pessoas qualificadas, dentro de um sis-tema voluntário de certificação, com uma crescente demanda.Essa demanda está chegando agora à especialidade de proteção

catódica, e para ter um produto de um valor agregado muito maior, aABRACO está solicitando a acreditação por parte do Inmetro paraque esta certificação alcance o reconhecimento internacional, aumen-tando assim uma oferta de alta qualificação.

InfraestruturaCom relação à infraestrutura, a ABRACO chega aos 45 anos de

existência com uma excelente sede, composta hoje de 20 salas própriasmuito bem apresentadas e mais quatro salas alugadas, na AvenidaVenezuela nº 27, uma área que hoje já é nobre e estará muito maisnobre dentro de pouco tempo.

ConclusãoAo longo de nossa existência vimos crescendo paulatinamente e

proporcionando ao desenvolvimento do País uma contribuição signi-ficativa no campo da corrosão e da proteção anticorrosiva, almejando

quentemente, da ABRACO. Elefoi o principal padrinho da nossaproposta para sede do 7º Con -gresso durante a reunião do ICCno ICMC realizado em Sidney,na Austrália, em 1975, assegu-rando a nossa vitória.Na realização deste evento in -

troduzimos uma inovação quenunca mais se repetiu. Como foirealizado no Rio de Janeiro, umacidade turística, fizemos a abertu-ra no dia 4 de outubro de 1978 ànoite – uma quarta feira – esten-dendo-se até o dia 11, dei xando osábado e o domingo no meio,para proporcionar um tranquiloturismo extensivo a todos quantoviessem de fora. E foi um autên-tico sucesso, realizado no Centrode Convenções do Hotel Nacio -nal, em São Conrado.Um momentoso assunto que

foi tratado foi a corrosão no au -tomóvel que, na época, era mui -to caótico no Brasil, registrando-se casos de carros novos, com seismeses de uso terem portas fu -radas por corrosão. Esse assuntofoi tratado pelo Prof. EinarMattsson, representante da Sué -cia no ICC, que informou a umnumeroso plenário que, lá, a vidamédia dos carros era da ordemde 15 anos e as garantias erammuito longas. Uma das razõespara essa vida longa era o amplouso de chapas galvanizadas.Depois disso realizamos ou -

tros congressos internacionais,co meçando pelo Ibero america -no de corrosão e mais recente-mente o International CorrosionCongress – Intercorr, o Latincorre a incrementação dos nossosCon gressos Brasileiros de Corro -são que hoje alcançam uma am -pli tude internacional.

Curso para treinamento deInspetores de PinturaIndustrialDentre os diversos cursos que

a ABRACO realizava no campoda corrosão e da proteção anti-corrosiva destacou-se o curso de

10 C & P • Julho/Setembro • 2013

Trabalhos apresentados na modalidade pôster do INTERCORR 2012

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da pela ABRACO. O treina -men to é da entidade, e o INT eSEQUI fazem os exames de qua -lificação, cabendo à ABRACOcertificar os aprovados, se guindoos requisitos do SNQC-CP.O convênio com essas duas

instituições para a aplicação doexame foi firmado no ano de2010. Atu almente, há 718 Ins -petores de Pintura IndustrialNível 1 e 120 de Nível 2, per-

sempre diminuir o custo da corrosão, aumentar a segurança das pes-soas, dos equipamentos e instalações e contribuir para a competitivi-dade da indústria brasileira.

Certificação ProfissionalDenise Souza de Freitas

A certificação profissional é relevante para o mercado brasileiro.Para as empresas, aumenta a eficiência e competitividade, atende aoprograma de capacitação de profissionais e aos requisitos de contratos.Para profissionais, aumenta consideravelmente suas chances de in -serção no mercado de trabalho, identifica pontos de melhoria e pro-move o crescimento profissional.A ABRACO atua na certificação profissional através do Sistema

Nacional de Qualificação e Certificação em Corrosão e Proteção(SNQC-CP). De abrangência nacional, o sistema estabelece critériose sistemáticas adotadas para a Qualificação e Certificação de Pessoal naárea de corrosão e técnicas anticorrosivas.Atualmente, a ABRACO certifica apenas Inspetores de Pintura

Industrial Nível 1 e Nível 2. Os exames de qualificação são aplicadospelos Centros de Exames de Quali ficação (CEQ), que são instituiçõesreconhecidas pelo Sis tema para esta atividade. O SNQC-CP possuidois Centros de Exames de Qualificação para a área de inspeção depintura industrial que são o Instituto Nacional de Tecnologia – INT,no Rio de Janeiro, e o SEQUI-Petrobras, em São José dos Campos.As instituições permitem ampliar o alcance da certificação ofereci-

Denise Souza de Freitas

MateriaCapa48:MateriaCapa37 10/8/13 11:54 AM Page 4

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fazendo um total de 838 profis-sionais certificados.Porém, o número é bem mai -

or de profissionais treinados pelaABRACO. Nos 25 anos deexistência do convênio firmadocom a Petrobras para ministrarcursos de qualificação de Inspe -to res de Pintura Industrial Nível1 e de Nível 2, contabilizam-semais de 5.900 profissionais for-mados, e a oferta de 220 cursos

para Inspetores de Nível 1 e 16 de Nível 2.

Futuras açõesEstá em fase de implantação o processo de qualificação e certifi-

cação de profissionais de Proteção Católica Níveis 1 e 2. A previsão éde que a aplicação de exames desta modalidade se inicie no primeirosemestre de 2014. Além disso, a ABRACO está em fase inicial para odesenvolvimento do processo de qualificação e certificação de pintoresindustriais e jatistas.Esse esforço é importante, pois a certificação é um diferencial para

o profissional e muitas empresas atualmente exigem que os profis-sionais sejam certificados. Em muitos casos, a certificação SNQC-QCé uma exigência contratual.

Normas: ações do CB-43Pedro Paulo Barbosa Leite

A atividade de Normalização Técnica na ABRACO ini-ciou-se em 1970 através de uma parceria entre a ABRACOe a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), on -de a ABRACO abrigava as Comissões de Estudo do Sub -comitê de Corrosão do Comitê Brasileiro de Mineração eMetalurgia (CB-01). A ABRACO participava como inter-mediária entre as atividades das Comissões de Estudo e oCB-01. Em 1980 foi publicada a primeira norma técnicabrasileira de corrosão, a ABNT NBR 6181 – Classificaçãode meio corrosivo com vista à seleção de sistemas de pintu-ra. Esta parceria se estendeu até meados da década de 1990,quando então em 1999, o engenheiro Laerce de Paula Nu -nes, Presidente em exercício da ABRACO, propôs a ABNTa criação do ABNT/ CB-43 Corrosão, com o seguinte esco -po: “Normalização no campo da corrosão dos metais esuas ligas, compreendendo métodos de prevenção da cor-rosão: revestimentos metálicos orgânicos e inorgânicos;inibidores de corrosão e produtos afins; proteção catódi-ca e anódica; corrosão atmosférica e águas industriais, noque concerne a terminologia, requisitos, avaliação, classi-ficação, métodos de ensaio e generalidades. Excluindo-secorrosão em concreto, edificações e suas estruturas, pro-dutos siderúrgicos revestidos, produtos e instalações des-tinadas ao uso de gases combustíveis, bem como aquelasrelacionadas a saneamento básico”.No ABNT/CB-43, estão abrigadas as Comissões de

Estudo (CE) relacionadas na Tabela 1.O que se tem observado é que cada vez um maior nú -

Pedro Paulo Barbosa Leite

Comissão de Estudo CE Normas PublicadasCorrosão Atmosférica CE-43:000.01 13Pintura Industrial CE-43:000.02 30Proteção Catódica CE-43:000.03 12

Inibidores de Corrosão CE-43:000.04 13Águas Industriais CE-43:000.05 –Terminologia CE-43:000.06 1

Zincagem a Quente CEE-114 5Total 74

TABELA 1 – COMISSÕES DE ESTUDO ABRIGADAS NO ABNT/CB-43

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Atualmente, a supe rin ten dên -cia do CB 43 está sob mi nharesponsabilidade, tendo co mo se -cretária técnica Yla Alô Bonder.

Benefícios paraa comunidade

Aécio Castelo Branco Texeirae Isidoro Barbiero

A ABRACO é uma institui -ção parceira das empresas naqua lificação de mão de obra, emespecial na formação e qualifi-cação de Inspetores de Pintura. Éimportante para o mercado a in -tegração institucional promovidapela entidade entre fornecedoresde matéria prima, fabricantes detintas e revestimentos e aplica do -res, trazendo benefícios para am -bas as partes.Também a integração entre

em presas, universidades e cen-tros de pesquisa deve ser desta-cada. Os eventos e outras for-

me ro de empresas tem participado das Comissões de Estudo, pois es -tão percebendo as vantagens da normalização de um produto ouser viço e a certificação de pessoas com base em uma norma técnica.Com a norma técnica é possível reduzir custos sem deixar de aten-der um requisito mínimo de qualidade, ou seja, consegue-se umequilíbrio entre o custo e a qualidade, onde todos saem ganhando:consumidor e produtor.Cabe destacar que todo o trabalho de normalização é voluntário,

ou seja, uma ação de responsabilidade social, já que os custos dainfraestrutura da atividade são arcados pela ABRACO e as empresasarcam com os custos do salário diário dos colaboradores que partici-pam das Comissões de Estudo.

Aécio Castelo Branco Teixeira Isidoro Barbiero

MateriaCapa48:MateriaCapa37 10/8/13 11:54 AM Page 6

SMARTCOATTecnologia em hidrojateamento e preocupação com meio ambiente.

Taubaté: Rua Duque de Caxias, nº 331, sala 711Centro - Taubaté-SP | Cep: 12.020-050TEL: +55 (12) [email protected]

Macaé: Rodovia Amaral Peixoto, Nº 4885, Km 183,5Barreto - Macaé-RJ | Cep: 27.965-250TEL: +55 (22) [email protected]

Somos especializados em revestimentos, com técnicas modernas para preparação de superfície

por hidrojateamento e aplicação de tintas anticorrosivas, minimizando os resíduos e os danos

ambientais. Atuamos na manutenção de plataformas marítimas e navios de petróleo.

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por hidrojateamento e aplicação de tintas anticorrosivas, minimizando os resíduos e os danos

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mas de contato, tornam-se ver-dadeiros fóruns que abrem es -paço para o contato direto entreesses segmentos. Nesses ambi-entes, inclusive na revista da en -tidade, Corrosão & Proteçãohá espaço para divulgação deno vas tecnologias, novos pro -du tos e intensa troca de experi -ên cias, que aproximam as par -tes, buscando atingir objetivoscomuns.Os negócios entre todas as

partes que estão envolvidas nosegmento de proteção corrosivatêm espa ço também em con-gressos e se mi nários para toda acomunidade.Ainda há a possibilidade de

acesso aos debates envolvendonor mas técnicas, por meio doCB-43, e a um acervo técnicoespecializado em corrosão epro teção anticorrosiva, comuma bi bli oteca com um acervocom inú meros livros, periódi-cos, normas, trabalhos técnicos,anais de eventos e de fotografiasde corrosão.

Participação na EFCSimone Louise Delarue Cezar Brasil

A partir de maio de 2012, a ABRACO se filiou à FederaçãoEuropeia de Corrosão (European Federation of Corrosion – EFC), queconta com a participação de associações de mais de 30 países. Além dospaíses europeus, outros países do mundo fazem parte da EFC, taiscomo os Estados Unidos (NACE Europa), Austrália, Brasil e Israel.

Simone Louise Delarue Cezar Brasil

Congressistas apreciam imagens do Concurso de Fotos do INTERCORR

Exposição tecnológica dos eventos da ABRACO

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Elastômero Securit 2®

Tecnologia pioneira e líder. Agregando valor na proteção anticorrosiva de flanges e válvulas.

Tel.: +5521 2215-4760 • Fax: +5521 2215-4759 • [email protected] • www.tinocoanticorrosao.com.br

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impressas. Com a intenção deter mos nossos eventos com umcaráter cada vez mais interna-cional, essa filiação foi um pas -so importante. Es se ano, du ran -te o evento Euro corr, realizadoem Portugal, hou ve participa -ção da ABRACO nas eleiçõesdos representantes da EFC e nareu nião do grupo de trabalhode Pro teção Catódica.Outro passo importante acon -

teceu durante a Rio Pipeline2013, quando foi assinado umMe morando de Entendimento(MOU) com a Nace Internatio -nal visando a promoção de even-tos em conjunto, como seminá -rios e workshops.Essas relações internacionais

são importantes para manter nos -sa associação conectada a ou trasen tidades que também promo -vem o compartilhamento do co -nhecimento na área da Corro são.

A EFC promove co operação entre as associações de corrosão eos associados da ABRACO podem participar de eventos ligados aessa federação com redução da taxa de inscrição, assim como ado-tamos em nossos eventos. Além disso, representantes da Associaçãopodem participar de comitês que abrangem diversos tópicos. A par-ticipação da Abraco nessa Federação fortalece as relações com asentidades internacionais e passamos a contar com a divulgação denossos eventos no exterior através do site da EFC e publicações

Cerimônia de abertura do INTERCORR

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CursosO setor de Cursos, coordenado por Adriana Carvalho com auxílio

de Fabiana Soares Dias Cabral, atua notadamente na oferta de cursosna área de Pintura Industrial.Em 1988, foi ministrado o primeiro curso para Inspetor de

Pin tura Industrial. Deste trabalho inicial, reestruturado e atualiza-do constantemente, durante 25 anos, destacam-se meritoriamenteos instrutores Fernando Fragata e Segehal Matsumoto, que desdeo seu início vêm atuando na formação e aprimoramento dos pro -fissionais que atuam em pintura industrial. Este curso é realizadomen sal mente na sede da ABRACO no Rio de Janeiro e em várioslugares do Brasil.Em 2013, a ABRACO iniciou uma parceria com o Instituto Su -

perarte, no “Projeto Construindo o Futuro”, que inclui um programade qualificação profissional (Pintura Naval) para comunidades debaixa renda. Este programa prepara o cidadão para que ele possa apri-morar suas habilidades a fim de executar funções específicas deman-dadas pelo mercado de trabalho.Novos cursos estão sendo gradualmente incluídos na grade da

ABRACO e outros, reeditados. O curso de Proteção Catódica ga -nha des taque nesta série de novidades apresentadas, com a pri mei -ra turma em 2012 para preparar especialistas em proteção catódi-ca, que pas sarão pelo processo de Qualificação e Certificação pro -fissional. Renovou-se também a Acreditação Lloyds Register para ocurso para Qualificação de Inspetor de Pintura N2 e Com ple men -to IMO/PSPC, garantindo, desta maneira, uma maior qualidadeaos treinamentos e certificações.

BibliotecaYla Alô Bonder é a responsável pela biblioteca que é especializada

em corrosão, proteção anticorrosiva e assuntos afins, tendo seu acervocomposto por livros, periódicos, normas técnicas, trabalhos técnicos,anais de eventos e fotografias, cujo objetivo é auxiliar a comunidadetécnico-científica, por meio de seus serviços, oferecendo suporte teóri-co para o desenvolvimento de suas atividades.

Espaço Vicente GentilA biblioteca da ABRACO recebeu, por meio de doação da Sra.

Vilma Gentil e seus filhos, o acervo particular do Professor VicenteGentil, contendo, além de preciosa literatura na área de química e decorrosão, um arquivo que documenta detalhadamente sua trajetóriapessoal e profissional.Desta forma, a ABRACO em solenidade comemorativa de seus 45

anos irá inaugurar o Espaço Vicente Gentil, projetado, desenvolvido eorganizado para abrigar todo o acervo mencionado e enriquecer omundo da tecnologia com o conhecimento específico sobre proteçãoanticorrosiva. A ABRACO também patrocina a publicação de livrostécnicos, tendo como principais obras e autores:• Fundamentos de resistência à corrosão, Laerce de Paula Nunes;• Introdução à metalurgia e aos materiais metálicos, Laerce de PaulaNunes, Anderson Teixeira Kreischer;• Proteção catódica, Laerce de Paula Nunes, Aldo Cordeiro Dutra;• Pintura industrial na proteção anticorrosiva, Laerce de PaulaNunes, Alfredo Carlos Lobo;• Materiais. Aplicações de engenharia, seleção e integridade, Laercede Paula Nunes.

Equipe ABRACOPara atender seus objetivos

como instituição voltada aode senvolvimento integral deem presas, profissionais e domer cado relacionado ao negó-cio da proteção e corrosão, aABRACO conta com umaequi pe de profissionais qualifi-cados, res pon sável por colocarem prática as diretrizes estabe -lecidas pela direção e atenderos associados. A presidente daABRACO, Ro si leia Mantova ni,e o gerente ge ral, Marcos Mo re - te, destacam as principais ativi -da des da as sociação e seus res pec -tivos co la boradores.Acompanhe um breve rela-

to das ações de cada setor inter-no e seus responsáveis.

EventosCriado em 1971 e coorde-

nado por Simone Maciel, o se -tor de Eventos está à frente naorganização e realização de con-gressos, work shops e seminárioscom o ob jetivo de promover atroca de conhecimento e infor-mação, além de divulgar asprincipais ino vações tecnológi-cas do mercado.Em 2008, ocorreu a se gun -

da edição do INTERCORRen volvendo o Con gresso Brasi -lei ro de Corrosão e o Interna -tion al Corrosion Meet ing, tor-nando-se as sim em um dosmai ores eventos do setor queacon tece na América Latina.Em 2014 será realizada a quin-ta edição do INTERCORR, ete remos ain da, em paralelo, oevento anual da Asociación Ibe -ro americana de Corrosión y Pro -tec ción – AICOP, consolidando,desta forma, o INTERCORRco mo referência para o desen -vol vi mento industrial no Brasile no exterior.Nesse evento, é importante

destacar a entrega do prêmioProf.º Vicente Gentil, outorga-do ao melhor trabalho técnicooral apresentado.

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CertificaçãoO Gerente de Certificação

Ed nilton Alves Pereira, contandocom o apoio de Ursula Moraes deFaria, Van essa Coelho de Ara ú jo e da ex-estagiária, recentementecon tra tada, Irlene da Silva Barbo -sa, é responsá vel por ga ran tir aCer tificação Profissio nal de Ins -petores de Pin tura Níveis 1 e 2.Considerando a melhoria contí -nua a que o setor está sendo sub -metido, nos últimos anos, hou veuma redução considerá vel notempo de análise documental pa -ra as certificações profissionais.Atu almente, está sendo estrutu ra -do o setor para garantir maior in -tegridade e qua lidade ao pro cessode certificação, com aqui sição deequipamentos mais mo dernos etreinamento de colaboradores.São mais de 800 profissionais cer -ti ficados e já foi iniciado um tra-balho de organização e estrutu-ração da área para receber a qua -lificação de profissionais de pro-teção catódica, pintores, ja tistas ehidrojatistas.A ABRACO empenha-se ago -

ra em ampliar a capacidade dequa li ficação profissional de ins pe -to res de pintura, para atender àcres cente demanda de profissio -nais, não só no eixo Rio-São Pau -lo, mas às Re giões Norte e Nor -des te. Com a acreditação do In -me tro, a entidade contará commais um re forço na apresentaçãoda qualidade do processo de Cer -tifi ca ção Profissional.

Tecnologia da Informação (TI)Muitos investimentos vêm sendo feitos na área de informática,

coordenada por Francisco Diogo Lima Gonçalves. Foram de sen -vol vidos sistemas internos de controles e gerenciamento para ossetores de Cursos, Certificação e Financeiro. Recentemente foramad qui ridos um sistema de provas eletrônicas para o Setor de Cer ti -ficação e a instalação de um servidor exclusivo para aumentar aconfiabilidade e a integridade do processo de Qualificação e Certi -fi cação Pro fis sional. Estudos vêm sendo feitos para que haja umaintegração entre os sistemas existentes e os que estão sendo adqui -ridos pela ABRACO.

Administrativo e FinanceiroNesta área foi onde o saudoso Walter Marques da Silva atuou

por mais de 30 anos, gerenciando a ABRACO e participando efe-tivamente de seu crescimento. No ano passado ele nos deixou,mas ficou o exemplo de responsabilidade, lealdade e perseve ran -ça. Atu almente, Adalgiza Barcellos é a responsável pela área e jáacumula mais de 28 anos de dedicação e empenho, seguindo o le -gado deixado pelo amigo Walter. Juntou-se ao grupo, Ales sandraMe nezes da Rocha Ori lio que, após ter exercido a função de es -tagiária com competência, passou a apoiar a área financeira dode partamento.Novidades continuam sendo implantadas para melhorar o atendi-

mento aos colaboradores, associados e instrutores. E por falar ematendimento, a recepção ganhou um reforço no aten dimento e dire-cionamento das ligações, com o retorno à nossa equipe de Maria dasGraças Nascimento Cacimiro. Existem várias demandas, provenientesdos associados, nas modalidades física e ju rídica, e, por essa razão,estão sendo implantadas melhorias no aten dimento a todos.

Secretaria São PauloEm São Paulo, nas instalações do IPT (Instituto de Pesquisas

Tec nológicas) está sediada a Secretaria da ABRACO, tendo ThiaraAndrade dos Santos como responsável no apoio aos cursos, even -tos e atendimento aos interessados nos serviços prestados pelaABRACO. Com isso, ampliou-se o relacionamento com profis-sionais do setor, tanto no encaminhamento aos cursos como naadesão aos eventos.

C & P • Julho/Setembro • 2013 17

Rosileia Mantovani, presidente daABRACO

Parte do quadro de funcionários da ABRACO

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n

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18 C & P • Julho/Setembro • 2013

Artigo Técnico

Avaliação da resistência àcorrosão de superfícies modificadas

de alumínio AA1100

IntroduçãoO alumínio, juntamente

com ferro e o aço, é um dos me -tais mais utilizados em aplica -ções industriais. Em ambientede bai xa agressividade, o filmede óxi do formado espontanea-mente na superfície do alumínioé protetor e proporciona boa re -sistência à corrosão. Entretan to,em atmosferas mais agressivas,es sa proteção não é sufici entepara evitar processos corrosivosexigindo a aplicação de trata-mentos e revestimentos pro -tetores 1,2. Entre os tratamentosde superfície utilizados emalumínio, destaca-se a cromati-zação, que promove proteçãocom baixo custo. Porém, a cro -matização, devido a restriçõesam bientais ao uso de cromo he -xa valente e ao elevado custo en -volvido nos tratamentos de resí-duos tóxicos gerados nesse trata-mento, tem se tornado inviá -vel 3. Tratamentos de superfíciealternativos à cromatização vêmsendo estudados e entre os quaisse pode citar o tratamento commoléculas auto-organizáveis(SAM) 4,5,6. Nesse contexto, oobjetivo principal deste trabalhofoi avaliar a viabilidade de se uti-lizar a modificação da superfíciedo alumínio AA1100 com mo -lé cu las auto-organizáveis (SAM)à base de difosfonatos, parasubs tituir a cromatização.

Materiais e métodosA composição química do

alumínio AA1100 obtida porfluorescência de raios-X e espec-trometria de emissão óptica complasma acoplado (ICP-OES) émostrada na Tabela 1.Antes de qualquer tratamen-

to, amostras do alumínioAA1100 com dimensões de20 mm x 200 mm foram lixadasaté #1200 e, após desengraxeultrassonico com água deioniza-da, foram polidas com suspensãode diamante até 1 μm. Algumasdessas amostras foram utilizadasnos ensaios de caracterização dasuperfície, enquanto outras fo -ram submetidas aos tratamentosespecificados na Tabela 2. Osensaios eletroquímicos foramrealizados em solução de sulfatode sódio (Na2SO4) 0,5 mol.L-1,com pH ajustado em 4,0.

Resultados e discussãoNas micrografias das Figuras

1(a) e 1(b), as quais foram obti-das com amostras polida e comtratamento PB, respectivamenteé possível observar que o trata-mento PB promoveu ataque cor-rosivo na superfície, removendoparte dos precipitados, deixandocavidades nas regiões onde essesprecipitados foram totalmenteou parcialmente removidos.Segundo a literatura 7, a

película passiva sobre a matriz é

Por Daniel S.Yoshikawa

ResumoA influência de tratamentos

de modificação da superfície naresistência à corrosão do alumí -nio AA1100 foi investigada uti - zando ensaios de polarizaçãopo ten ciodinâmica, espectrosco -pia de impedância eletroquími-ca e mi croscopia eletrônica devarre du ra. O tratamento commolé cu las auto-organizáveis(SAM) re sul tou em baixa esta-bilidade da camada superficialformada, en quanto o tratamen-to de boehmitização (imersãoem água ferven te por 20 minu-tos) seguido por tra tamento emsolução aquosa com SAM apre-sentou o melhor desempenhoentre os tratamentos testados.

AbstractThe influence of surface mod-

ification treatments on the corro-sion resistance of aluminumAA1100 was investigated bypotentiodynamic polarizationtests, electrochemical impedancespectroscopy and scanning elec-tron microscopy. The treatmentwith self assembling molecules(SAM) resulted in a surface layerwith lowest stability whereasboehmitization (immersion inboiling water for 20 minutes)followed by treatment in anaqueous solution with SAMshowed the best performanceamong the tested treatments.

Evaluation of corrosion resistance of modified surfaces of AA1100 aluminum

Elem. Fe Si Cu Mg Mn Ti Zn V Cr Al Outros% em 0,400 0,110 0,160 0,011 0,004 0,009 0,002 0,002 <8 99,00massa ± ± ± ± ± ± ± ± mg.L-1 ± Restante

0,010 0,010 0,010 0,003 0,001 0,001 0,001 0,001 (ppm) 0,001

TABELA 1 – COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO ALUMÍNIO AA1100

Daniel48:Celia43 10/7/13 3:33 PM Page 1

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mais frágil nas proximidades dosprecipitados, podendo havertam bém a formação de zonasempobrecidas em Cu na matriz,diminuindo ainda mais a re sis -tência à corrosão de regiões cir-cunvizinhas aos precipitados,ideais para o início da corrosãolocalizada. As micrografias deamostras com tratamentos SAM,Cr(VI), OX e OS,apresentadasna Figura 2 indicaram que SAMfoi o tratamento que provocoumaior ataque à superfície daamostra, enquanto que o trata-mento que menos atacou asuperfície da amostra foi o OS, oque sugere que a camada deóxido-hidróxido atua como bar-reira ao ataque promovido pelasolução contendo moléculas au -to-organizáveis.Os diagramas de Nyquist

apre sentados na Figura 3 obtidospara amostras com tratamentosPB, Cr(VI), SAM, OX e OS,após três dias de imersão na so -lução de sulfato de sódio, suge -rem que o tratamento de imer-são em água fervente (boehmiti-zação), proporcionou um signi-ficativo aumento na resistência àcorrosão, todavia, aparentemen -te este tratamento também au -menta a susceptibilidade à cor-rosão por pite, pela formação deuma camada porosa. A amostracom tratamento SAM apresen-tou forte degradação, porém,ensaios de impedância realizados

com tempo de imersão inferior atrês dias, revelaram um pequenoaumento de impedância. Essecomportamento pode ser expli-cado, tanto pelo processo derepassivação, quanto pelo “blo-queio” dos sítios ativos por pro-dutos de corrosão. Outra obser-vação importante é a indicaçãode atividade eletroquímica nasuperfície da amostra com

Cr(VI). Este tipo de camadapro tege o substrato quando háprocesso de corrosão que levam àprecipitação de produtos prote-tores nas regiões ativas. Os altosvalores de impedância do alu -mínio AA1100 com tratamentoOS ao longo do período de trêsdias de imersão, sugerem pro-priedades de barreira para a ca -mada de óxido formada.

C & P • Julho/Setembro • 2013 19

Tratamento Descrição

TABELA 2 – EXEMPLO DE VALORES DOS DADOS DO TREINAMENTO DA REDE

Desengraxe em solução 133 Surtec® (pH =8,5-9,5) seguido por desengraxe em solução 181-B Surtec®,(pH =12-13). O tempo de imersão foi de três minutos a 40 ºCDesoxidação em solução 495-B SurTec® (pH =1,5-2,0) O tempo de imersão foi de três minutos a 40 ºC

Amostra com pré-tratamento PB seguido por imersão em solução com 90 mg.L-1 de alcano difosfonato[PO(OH)2(CH2)nPO(OH)2], 10 ≤ n ≤ 12, O tempo de imersão foi de três horas a 40 ºC

Amostra com pré-tratamento PB seguido por imersão em solução SurTec® 653(pH = 3,7) O tempo de imersão foi de três minutos a 40 ºC

Amostra com pré-tratamento PB seguido por imersão em água fervente durante 20 minutos

Amostra com tratamento OX seguido por imersão em solução com 90 mg.L-1 de alcano difosfonato[PO(OH)2(CH2)nPO(OH)2], 10 ≤ n ≤ 12, O tempo de imersão foi de três horas a 40 ºC

Pré tratamento PB

Tratamento SAM

Passivação com Cr(VI)

Oxidação e SAM (OS)

Oxidação (OX)

Figura 1 – Micrografias por MEV do alumínio AA1100 (a) polido compasta de diamante até 1 μm e (b) polido e exposto ao pré-tratamento PB

a b

Figura 2 – Micrografias por MEV da superfície do alumínio AA1100polido e submetido aos tratamentos:(a) SAM, (b) Cr VI, (c) OX, e (d) OS

a b

c d

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Os diagramas de ângulo defase, Figura 4(a), para os trata-mentos PB, SAM e Cr(VI)mostram um pico alargado, indi -cativo de interação de duas oumais constantes de tempo, en -quanto que nos diagramas dostratamentos OX e OS nota-seuma nítida separação das con-stantes de tempo, sugerindo aexistência de mais de um proces-so eletroquímico. Em estudoscom a liga AA5052, foi sugeridoque esses processos estão rela-cionados à presença de um óxidocomposto por uma camada ex -terna porosa e uma camada in -ter na e contínua 8. Entretanto,no presente estudo, está sendoproposto que a segunda cons -tante não está relacionada com ocaráter dúplex do filme de óxido-hidróxido, como proposto porBaltat-Bazia et al. 9, mas possi -velmente com a contribuição daformação de produtos hidrata-

dos nas regiões, em virtude daelevada atividade superficial. Osdiagramas de módulo de Z, Fi -gura 4(b) mostram, no limite dasbaixas frequências, impedânciasda ordem de 104 Ω.cm2, para ostratamentos PB, Cr(VI) e SAM,enquanto que para os tratamen-tos OX e OS, os valores deimpedância foram da ordem de105 Ω.cm 2 e 106 Ω.cm 2, res -pectivamente. Estes valores in -dicam a existência de filmes maisprotetores relacionados a essesdois últimos tratamentos. O tra -tamento SAM pode ter causadoum efeito prejudicial na resistên-cia à corrosão do alumínioAA1100. Isto devido à superfícienão ter sido previamente prepa -rada com a formação do filme deóxido-hidróxido de alumínio,pelo qual as moléculas de alcanodifosfonato possuem maior afi ni -dade. Segundo a literatura 10,11, otratamento com SAM pode não

recobrir toda superfície do alu -mínio. Para os tratamentos OX eOS, pelo menos três constantesde tempo são facilmente identifi-cadas nos diagramas de Bode,Figura 4(a), enquanto que paraos tratamentos PB, SAM eCr(VI) os diagramas de Nyquist,Figura 3(b) mostram arcos capa -citivos achatados na região de al -ta frequência e arco indutivo pa -ra baixas frequências.Na literatura 12,13, dife ren tes

explicações têm sido su geridaspara esse comportamento induti-vo, podendo estar relacio nadocom a presença de oxigênio ad -sor vido na interface metálica,pre sença de inibidores, além dere laxação de espécies adsorvidas.No presente estudo, é propostoque o ar co indutivo existente nasamos tras com tratamento SAMPB e Cr(VI) estaria relacionadocom a relaxação de íons sulfatoad sorvidos no filme de óxido

20 C & P • Julho/Setembro • 2013

Figura 3 – Diagramas de Nyquist para alumínio AA1100 com os tratamentos (a) PB, OX e OS e (b) PB,Cr(VI) e SAM, após três dias de imersão em solução 0,5 mol. L-1 de Na2SO4, pH = 4,0

a

Figura 4 – Diagramas de (A) ângulo de fase de Bode e (B) módulo de Z para o alumínio AA1100 com tratamen-tos PB, Cr(VI), SAM, OX e OS para três dias de imersão em solução 0,5 mol L-1 de Na2SO4 tamponada, pH=4

b

a b

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O tratamento de modificaçãoda superfície do alumínioAA1100 com moléculas auto-organizáveis (SAM) não produ -ziu aumento da resistência à cor-rosão da superfície por períodosprolongados. Essa baixa eficáciado tratamento SAM foi atribuídaà agressividade da solução comSAM, pH = 3 e ao longo tempode tratamento adotado.Os resultados deste trabalho

indicaram que o tratamento asso-ciado à maior resistência da su -perfície do alumínio AA1100 foio que consistiu em imersão emágua fervente seguido por imer-são em solução com SAM (OS),enquanto o relacionado com amaior susceptibilidade à corrosãofoi o tratamento com moléculasauto-organizáveis (SAM).

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pas sivo pre sente na superfíciedo alumínio.A Figura 5 apresentata curvas

de polarização anódica para oalu mínio AA1100 com trata-mentos PB, Cr(VI), SAM, OX eOS que foram obtidas após trêsdias de imersão em solução deensaio.As curvas obtidas com amos -

tras com tratamento OX e OSmostram polarização da reaçãoanódica e um aumento do po -tencial de corrosão comparadocom o tratamento PB. O filmede óxido-hidróxido é responsávelpela alta resistência ôhmica entreas regiões anódicas e catódicas. Oaumento da densidade de cor-rente observado para o tratamen-to OX em potencial de -0,06 V,todavia, é indicativo da tendênciaà quebra do filme superficial. Asuperfície com tratamento SAMmostrou despolarização da reaçãoanódica, além de um aumento decorrente típico de quebra da ca -mada passiva em potenciais decerca de -0,26 V. Possíveis causaspara este comportamento são oataque da camada de passivadurante imersão na solução comSAM, e o acesso do eletrólito aosdefeitos existentes na superfíciedas amos tras. Esses defeitos sãogerados pela remoção dos preci -pitados e configuram condiçõeside ais para nucleação e cresci-mento de pites. Estes resultadosmos tram que o tratamento SAMnão oferece proteção para oalumínio AA1100, se não forprecedido de um tratamento pre-liminar para crescimento decamada de óxi do-hidróxido.

ConclusõesO tratamento de imersão em

soluções de desengraxe e desoxi-dação promoveu ataque e remo -ção de precipitados da superfíciedo alumínio AA1100 mostrandoque, além de remover oleosidadese sujeiras, este tratamento causa a“limpeza” da superfície, pela redu -ção na quantidade de precipitados.

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Figura 5 – Curvas de polarização anódica para alumínio AA1100 comtratamentos PB, SAM, Cr(VI), OX e OS após três dias de imersão emsolução 0,5 mol L-1 de sulfato de sódio, pH = 4

em 30/12/2012.De SOUZA, YOSHIKAWA, D.S,

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Daniel Sierra YoshikawaGraduado em física médica pela UNESPe mestrado em Tecnologia Nuclear peloInstituto de Pesquisas Energéticas eNucleares (IPEN/CNEN-SP).Doutorando em Engenharia Metalúrgicae de Materiais, na Escola Politécnica –USP. Atua na área de corrosão e proteçãode materiais metálicos.

Sérgio Luiz de AssisGraduado em engenharia química pelaUniversidade Federal de São Carlos.Mestrado e doutorado em TecnologiaNuclear pelo Instituto de Pesquisas

Energéticas e Nucleares. Pesquisador noIPEN/CNEN-SP, atuando na área decorrosão e proteção de materiais metálicos.

Maysa TeradaGraduada em engenharia pela EscolaPolitécnica da Universidade de São Paulo.Mestrado pela USP e doutorado peloInstituto de Pesquisas Energéticas eNucleares. Pesquisadora no IPEN/CNEN-SP atuando na área de corrosão e proteçãode materiais metálicos.

Isolda CostaGraduada em engenheira química.Mestrado pela Universidade de São Paulo,doutorado pela University of ManchesterInstitute of Science and Technology, noCorrosion and Protection Centre(UMIST). Pesquisadora na área deCorrosão no Instituto de PesquisasEnergéticas e Nucleares (IPEN/CNEN-SP).

Contato: [email protected]

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Artigo Técnico

Estudo da resistência à corrosão derevestimentos aspergidos termicamente

culdade para resolver os proble-mas causados pela corrosão au -menta os custos com manu -tenção e diminuem a vida útildas aeronaves. Diversas técnicassão utilizadas para prevenir econ trolar a corrosão, como aapli cação de pinturas e tratamen-tos químicos da superfície 1. Ou -tra possibilidade é a depo sição derevestimentos utilizando o pro -cesso de aspersão térmica.

A aspersão térmica consistenum grupo de processos ondepartículas de materiais metálicosou não metálicos são depositadassobre uma superfície previamen -te preparada 2. Esta técnica pos-sui a vantagem de oferecer umagrande variedade de materiaisque podem ser utilizados comore vestimentos, podendo ser sele-cionados de acordo com a apli-cação desejada.

Os revestimentos duros – co -mo os cerâmicos e compósitos –são muito usados para aumentara resistência à corrosão de su -perfícies 3.

Este trabalho tem como ob -je tivo avaliar a resistência à cor-rosão de revestimentos duros(me tálicos, cerâmicos e compósi-to) em meio salino, depositadospor aspersão térmica sobre umsubstrato de liga de alumínio7475 endurecida por precipita -ção, utilizando-se a técnica dapolarização potenciodinâmica.

MetodologiaOs pós cerâmicos 1 (TiO2-

8%Al2O3) e 2 (Cr2O3-5%SiO2-3%TiO2), metálicos 3 (Co-28,5%Mo-17,5%Cr-3,4Si) e 4(Co-28%Cr-4%W-3%Ni-

3%Fe), e compósito 5 (WC-12%Co) foram depositados so -bre o substrato de liga de alu -mínio 7475 endurecida por pre-cipitação, utilizando-se os pro -cessos de aspersão térmicaHVOF – para pós metálicos ecompósito – e LVOF – para o pócerâmico. Os revestimentos fo -ram produzidos pela empresaOgra mac Engenharia de Superfí -cie, com os equipamentos JP5000 (HVOF) e Terodin 2000(LVOF).

As amostras foram cortadas esuas superfícies lixadas para mi -ni mizar sua rugosidade. Em se -guida, foram limpas em ultras -som com acetona, álcool e águadestilada, nesta ordem, por umperíodo de 10 minutos. Apóseste pro cesso, as amostras forampo sicionadas numa célula eletro-química, composta por um ele -trodo de referência de calomela -no saturado (ECS), um eletrodoauxiliar de platina e a solução deNaCl 3,5% (pH = 7).

Os ensaios de polarização po -tenciodinâmica foram realizadosnum potenciostato modeloPGSTAT 302, da Autolab, comjanela de potencial de -1 V a1,2 V e velocidade de varredurade 1 mV/s. Os parâmetros ele -troquímicos Ecorr (potencial decorrosão), Rp (resistência depolarização), Icorr (densidade decorrente de corrosão) e I1V (den-sidade de corrente equivalente aopotencial de 1 V) foram obtidosmeio do software General PurposeElectrochemical System (GPES),versão 4.9. As curvas de polariza-ção potenciodinâmicas foramgeradas no programa Origin 6.0.

Letícia P. Lira

ResumoNeste trabalho realizou-se o

estudo da resistência à corrosãode revestimentos cerâmicos (1-TiO2-8%Al2O3 e 2-Cr2O3-5%SiO2-3%TiO2) – aspergidospor LVOF –, metálicos (3-Co-28,5%Mo-17,5%Cr-3,4Si e 4-C-28%Cr-4%W-3%Ni-3%Fe)e compósito (5-WC-12%Co) –aspergidos por HVOF –, deposi-tados sobre um substrato de ligade alumínio 7475. Ensaios depolarização potenciodinâmicaem meio de NaCl 3,5 % foramrealizados nos revestimentos e nosubstrato para avaliar a resistên-cia à corrosão. Os revestimentos1, 2, 3, 4 e 5 apresentaram me -lhor resistência à corrosão quan-do comparados ao substrato.

AbstractThe aim of this work is evalu-

ate the corrosion resistance ofceramic (1-TiO2-8%Al2O3 and 2-Cr 2O 3-5%SiO 2-3%TiO2) ,metallic (3-Co-28.5%Mo-17.5%Cr-3.4Si and 4-Co-28%Cr-4%W-3%Ni-3%Fe)and composite (5-WC-12%Co)coatings deposited onto 7475 alu-minum alloy substrate. Metallicand composite coatings were pro-duced by HVOF process andceramic coatings were produced byLVOF process. Potentiodynamicpolarization tests were performedon the coatings and substrate usingNaCl 3,5 % solution. The investi-gation showed that 1, 2, 3 and 4coatings presented better corrosionresistance than the substrate.

IntroduçãoNo setor aeronáutico, a difi-

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Corrosion resistance of coatings deposited by thermal spray

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As superfícies dos materiaisapós os ensaios foram obser-vadas com o microscópio ele -trô nico de varredura (MEV)mo delo 440 Leo, da Zeiss, comfilamento de tungstênio e mi -crossonda acopla da.

Resultados e discussãoNa figura 1 apresentam-se as

curvas de polarização potencio -di nâmicas dos revestimentos edo substrato.

Estudos realizados em Copu ro mostraram que este apre-senta apenas comportamento dedissolução ativa quando expostoa meios com cloretos e pH 7 (4,5). Já em ligas a base de cobaltotem-se um comportamento ativoe passivo (6, 7), tal como podeser visto na região anódica dascurvas de polarização dos revesti-mentos 3 e 4, que exibem picosevidenciando a formação de pite,como mostra a figura 2.

O revestimento compósito 5(WC-12%Co) também apresen-ta parte ativa e passiva na regiãoanódica da curva de polarização(figura 1). Nesse tipo de materiala parte ativa indica a oxidação doCo (5, 8-9), ocorrendo certo graude passivação, provavelmentepro vocado pela formação do fil -me óxido mostrado na figura 3.

Associando as curvas de pola -rização aos parâmetros eletroquí -micos descritos na tabela 1, veri-fica-se que os potenciais de cor-rosão (Ecorr) dos revestimentos 1,2, 3, 4 e 5 são superiores ao dosubstrato, indicando que seupro cesso corrosivo é posterior aodo substrato.

A densidade de corrente decorrosão (Icorr) está associada à ta -xa ou velocidade de corrosão (10e 11). Desta forma, observando-se Icorr do revestimento 5 e dosubstrato é possível afirmar queapresentam taxas de corrosãosemelhantes, apresentando altosvalores. Entretanto, após umpe ríodo prolongado sobre a in -fluência do meio, como mostraa densidade de corrente para1 V – I1V, o revestimento 5 cor-rói mais lentamente devido aação do fil me de óxido formadoso bre sua superfície (figura 3),fa zendo com que o revestimen-to apresente maior resistênciade polarização Rp.

Quanto aos revestimentos 1,2, 3 e 4, apresentam uma taxa decorrosão inferior à do substrato,embora o revestimento 1, apósum longo período de exposiçãoao meio, apresente I1V próximado substrato. Já o revestimento3, após um período de exposiçãoao meio, exibe I1V maior que ados revesti-mentos 2, 4 e5. Tal fato po -de estar associ-ado à presençade trincas nasuperfície cor-roída do reves-timento 3 12,conforme po -de ser visto nafigura 2a.

ConclusõesTodos os

re vestimentosapresentaram

resistências à corrosão superioresa do substrato, em meio salino,sendo notável a eficiência destetipo de deposição na proteçãocontra a corrosão do substrato.Dentre os revestimentos, o 4des tacou-se por apresentar omelhor desempenho à corrosão,inclusive para longos perí odos deexposição ao meio salino, tor-nando-se o mais indicado paraproteção do substrato.

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Materiais Ecorr(mV/ECS) Icorr(nA/cm2) I1V(mA/cm2) Rp(kΩ.cm2)(1) -509 234,37 23,16 3,86(2) -689 288,09 03,00 2,19(3) -396 176,39 10,92 4,96(4) -429 184,90 02,05 5,52(5) -539 331,42 04,42 3,39

Al 7475 -725 329,59 24,50 0,47

TABELA 1 – PARÂMETROS ELETROQUÍMICOS OBTIDOS A PARTIR DAS CURVAS DE POLARIZAÇÃO POTENCIODINÂMICA

Figura 1 – Curvas de polarização potenciodinâmicados revestimentos e substrato

(V/ECS)

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Letícia P. LiraMestre – Escola de Engenharia de SãoCarlos-USPCarlos A. PiconeDoutor – Faculdade de Engenharia deIlha Solteira-UNESPFrederico A. P. FernandesDoutor – Escola de Engenharia de SãoCarlos-USPGermano Tremiliosi Filho,Doutor – Instituto de Química de SãoCarlos-USPLuiz C. CastelettiDoutor – Escola de Engenharia de SãoCarlos-USP

Contato com a autora:[email protected]

Figura 2 – Microscopia eletrônica de varredura da superfície corroída dos revestimentos metálicos:(a) revestimento 3 e (b) revestimento 4

a b

Figura 3 – Microscopia eletrônica de varredura do filme óxido formadosobre o revestimento 5 (compósito)

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Divulgação Técnica

O mito da corrosão branca

das forças de adesão, da sua es -pessura e da permeabilidade àpas sagem do eletrólito através dapelícula. Influenciará também omecanismo de proteção. Nos re -vestimentos protetores o mecan-ismo de proteção é denominadoproteção por barreira ou por re -tardamento do movimento iôni-co. Em virtude da porosidade dapelícula, depois de algum tempo,o eletrólito chegará à superfíciemetálica e iniciará um processocor rosivo. Desta forma, a falhado revestimento dá-se semprepor corrosão sob a película, comexceção, é claro, dos casos emque a própria película é atacadapelo meio corrosivo ou danifica-da por ações mecânicas.Outra forma de ampliar a

vida de um revestimento é quan-do ele possui um mecanismoadi cional de proteção denomina-do proteção catódica. Neste caso,forma-se uma pilha galvânica en -tre o metal de base e o metal dorevestimento. Esse fato ocorrequando se utilizam revestimen-tos metálicos menos nobres queo metal a se proteger.Assim, o revestimento metá -

lico age como anodo de sacrifício,permitindo a proteção do me tal-base (que passará a ser o catodo dapilha) contra a corrosão.

Corrosão brancaO zinco é o metal mais indi-

cado e mais utilizado para a pro-teção de superfícies metálicascon tra a corrosão, devido à suafacilidade de aplicação e seu baixocusto, a exemplo da Gal vanizaçãopor Imersão a Quente. Através decálculos termodinâ mi cos e demedidas de potencial de eletrodo,vemos que o zinco é um metalbastante reativo, portanto comuma tendência apreciável para se

corroer. Na prática, o zinco sacri-fica-se sofrendo corrosão, prote-gendo assim o metal base.A cobertura de zinco quando

danificada funciona como pro-teção catódica. Esta prolongará avida útil do substrato e depen-derá da espessura da camada dezinco e da extensão da área ex -posta. Se considerarmos o reves-timento galvanizado por imersãoa quente em uma estrutura deaço que foi arranhada acidental-mente durante o descarregamen-to, a umidade da atmosfera cri-ará uma célula eletrolítica entre orevestimento de zinco e o açoexposto pelo risco. O zinco en -tão corrói preferencialmente aoaço, que é assim protegido.Óxido de zinco é o produto

de corrosão inicial do zinco ematmosfera relativamente seca e éformado pela reação entre o zin -co e o oxigênio presente na at -mos fera. Na presença de umida -de, este produto é convertido emhidróxido de zinco. O hidró xidode zinco e o óxido de zinco aindareagem com o dióxido de carbo -no presente no ar para formarcarbonato de zinco. O carbonatode zinco é aderente e relativa-mente insolúvel e é o principalresponsável pela excelente pro-teção anticorrosiva proporciona-da pelo revestimento galvaniza-do.O filme de carbonato de zin -co forma-se razoavelmente rápi-do e a taxa de crescimento dimi -nui com o tempo. Este processoé denominado pelos galvaniza -do res de “Cicatrização”, esque -ma ti zado abaixo.

Quando o acesso de dióxidode carbono atmosférico na su -

Por Paulo Silva

Sobrinho

ResumoEste artigo explica as causas

de formação da corrosão branca(mistura de óxido de zinco e hi -dróxido de zinco) na superfíciedo aço após a galvanização porimersão a quente, durante a for-mação da camada passivada dozinco puro. Explica também porque não deve ser motivo de re -jeição do aço galvanizado e comopreveni-la.

AbstractThe article explains the causes

of formation of the white rust (zincoxide and zinc hydroxide mixture)on steel surface after hot-dip galva-nizing, during the formation of thepassivated layer of pure zinc. Itexplains the reason why it does nothave to be considered a cause forrejection of the galvanized steel andhow to prevent it.

IntroduçãoAlguns metais apresentam

uma condição termodinâmicains tável e tendem a mudar parauma condição estável pela for ma -ção de óxidos, hidróxidos, saisetc. Assim, a corro são é um pro -ces so espontâneo e indesejável.Uma das formas de combater acorrosão consiste em evitar ocon tato do metal com o meiocor rosivo. Pode-se, por exemplo,re cobrir o metal com revestimen-tos metálicos e orgâ ni cos, de es -pessura e composição adequadas.Os revestimentos protetores

são películas aplicadas sobre a su -perfície metálica e que dificul-tam o contato da superfície como meio corrosivo, objetivandomi nimizar a deterioração dames ma pela ação do meio. Otem po de proteção dado por umrevestimento depende do tipo derevestimento (natureza química),

The myth of the white rust

“Cicatrização”(Zn fi ZnO fi Zn(OH)2fi ZnCo3

ar umidade CO2

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perfície galvanizada é restrito, ofilme de carbonato de zinco pro-tetivo não se forma. Ao invés de -le, um depósito branco consis -tin do essencialmente de umamis tura de óxido de zinco e hi -dró xido de zinco é formado. Estedepósito branco é chamado decorrosão branca. As manchasbrancas raramente causam danospermanentes, mas se considera -das indesejáveis do ponto de vis -ta estético e podem ser removi-das por escovação, usando umaescova de cerdas rígidas, ou portratamento com um ácido fracoseguido por lavagem e secagem.

Corrosão branca não signifi-ca má qualidadeA ABNT NBR 6323 – Gal -

vanização de produtos de aço ouferro fundido (Especificação)men ciona no sub-item 6.1.2 que“Ex cesso de zinco, inclusão de flu -xo e corrosão branca apenas se rãoconsiderados motivos de re jei çãose comprometerem a fun cionali -da de e/ou a durabilidade do ma -terial” e, na Nota 1 do mes mosub-item, que “A corrosão brancanão é prejudicial à durabilidadedo material quando esta não di -minuir a espessura do re vesti -mento abaixo do especificado…”A superfície galvanizada escu -

rece durante a exposição prolon-gada pelo acúmulo de sujeira epoeira, especialmente em atmos-feras urbanas e industriais. Omais importante contaminante aser considerado em corrosão at -mosférica do zinco é o dióxidode enxofre.Seu efeito é particularmente

notado sob condições de umi-dade alta. A reação de corrosãopode ser complexa, mas no finalresulta em sulfato de zinco pre-sente no produto de corrosão.Os revestimentos galvaniza-

dos por imersão a quente pos-suem uma camada externa dezin co puro, formado durante aextração da peça do banho dezin co fundido, e é esta camadaque proporciona a longa vidades te filme protetivo, sendopro porcional à espessura totalda ca mada. Um revestimentogal vani zado por imersão aquen te, de es pessura comercial,em uma estrutura de aço, de -pendendo do meio, pode teruma vida de não menos que 40anos ao todo.Como a superfície de zinco

resiste à corrosão atmosférica, ata xa de corrosão do zinco é mui -to baixa em meio ambiente neu-tro, aumentando em condiçõesextremas de acidez e alcalin-idade. Veja a Figura 1.A galvanização por imersão a

quente envolve imergir o subs -

trato com superfície limpa emum banho de zinco fundido, oqual reage com o ferro formandouma camada. O revestimento dezinco consiste de uma camadaexterna de zinco puro e de umasérie de compostos intermetálicoszinco-ferro presentes entre a ca -mada externa de zinco e o subs -trato de aço.Cada uma dessas regiões po de

ser afetada pelo tempo de imer-são e pela temperatura do banho,assim como pela composiçãoquímica do banho e do substratodo aço. A qualidade do revesti-mento é influenciada ain da pelasoperações de prepa ra ção da peça(pré tratamento da su perfície co -mo desengraxe, de ca pagem, flu -xagem e secagem), ope rações etra tamento após galvanização (la -vagem e passiva ção), e tambémpelo estado su perficial da peça aser galvanizada.

PassivaçãoA passivação retarda o apa -

recimento da chamada “Corro -são Branca”. Se a peça for poste-riormente destinada à pintura,não poderá ser passivada, emfun ção da não aderência da tintasobre a camada passivada. Se apeça for pintada, o ideal é que is -to aconteça logo após a galva-nização. Há galvanizadores quepossuem um setor de pintura etambém há aqueles que cedem

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Figura 2 – Exemplos práticos de corrosão branca

Figura 1 – Efeito do pH na taxade corrosão do zinco. Fonte: Hall(1970)

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como Du plex. Este processopo de prolongar a vida útil deuma peça em até 2,5 vezes emrelação à peça sim plesmentepro tegida apenas com pintura.Em função de ser um pro -

ces so simples, rápido e acompa -nhar o desenvolvimento susten-tável, as empresas de galvaniza-ção conse guem atender o mer-cado de for ma rápida, eficaz eestão disponí veis em todo o pa -ís com instala ções de diversasca pacidades e equi pamentos deprocesso.Atualmente existe uma ten -

dên cia do uso da galvanizaçãoem construções metálicas e nosaços em casas. Estas edificaçõessão erguidas rapidamente, semmai ores transtornos à vizinhan -ça, que, se comparando às con-struções de concreto, têm-seuma redução significativa decon sumo de água, redução sen-sível no tráfego de caminhões,

tem po de imersão.A camada com solução cro -

ma ti zante dura em média 30di as, se o material for armaze -na do em local coberto. Em lo -cal descoberto a chuva lavará aso lução da su perfície. O apare -cimento da corrosão branca éum indício de que a peça já estásem a camada passivada pela so -lução cromatizante.

Considerações finaisA Galvanização constitui-se

no processo de melhor custobe nefício em relação a outrospro cessos de proteção contracorrosão como óleo, tintas, ver -nizes, resinas e outros. Além domais, con forme a agressividadedo meio ou região em que seen contram as peças, existe ain -da a possibilidade de garantiruma proteção extra do galvani -zado com a pintura sobre a suasuperfície, processo conhecido

es paço para que seus clientes afaça. O Sistema de pintura sobreo galvanizado é denominado Sis -tema Duplex.Em algumas galvanizações,

apro veita-se o tanque de resfria-mento para realizar a passivaçãoda camada de zinco das peçasgal vanizadas.Trata-se de um banho rápi-

do em soluções cromatizantes,à base de ácido crômico e bicro-mato de sódio. Neste banho(eta pa de passivação), a estabili -zação da camada de zinco ocor -re em segundos, através de umasérie de reações químicas entreo passivador e a superfície gal-vanizada, formando uma capapro tetora em torno de 0,5 µmde cromato de zinco in solúvel.Esta pas sivação confere ao gal-vanizado um aspecto ligei ra -mente ama relado, sendo maiscla ro quan to menor a concen -tra ção da solução ou menor o

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Figura 3 –Tanque de

galvanizaçãopor imersão

a quente.

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que é praticado na Euro pa.A NBR 6323 – Galvaniza -

ção de produtos de aço ou ferrofundido (Especificação) estásendo re visada e deverá apre-sentar na nova versão as melho -res formas para envio dos pro-dutos a serem galvanizados,com furações (lo cais e dimen-sões) para permitir a passagemdo zinco liquefeito por toda su -perfície a ser galvanizada, exter-na e internamente, além da in -serção sobre acabamento finaldo galvanizado em função dacomposição química do materi-al base enviado para o galva-nizador.

Referências Bibliográficas• Guia da Galvanização – ICZ• Acervo Fotos de Associados –ICZ• AGA – American GalvanizersAssociation.• GA – Galvanazing Association

vis to que as estruturas são pro-dutos semi-acabados, reduçãode entulhos gerados por esca -vações já que as dimensões e aresistência mecânica do açopermite me nores fundações eas sim por diante.Precisamos nos conscientizar

de que necessitamos de cons tru -ções sustentáveis, ou seja, comvi da útil longa, com componen -tes de alta durabilidade, minimi -zando desta forma o uso dos re -cursos naturais.

NotasAtualmente, a CEE 114 –

Comissão Especial de Estudoda Galvanização por Imersão aQuente da ABNT, AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas,reativada em dezembro de 2012,com sede no ICZ – Ins tituto deMetais Não Ferrosos – estudaráa eliminação da etapa de pas si -va ção no Brasil, a exemplo do

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Figura 4 –Peças passandopelo tanque depassivação

Paulo Silva SobrinhoEnge nheiro Metalurgista, graduado pe laFAAP-SP..Atualmente é Coordenador Técnico doICZ – Instituto de Metais Não Ferrosos eCoordenador da CEE 114 –Galvanização por Imersão a Quente – doCB 43 da ABNT

Contato: [email protected]

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Artigo Técnico

Monitoramento e inspeção defundações metálicas de linhas detransmissão devido à corrosão

tion integrated inspection data tomaintain high levels of reliabilityand operational continuity facili-ties. The aim of this contribution isto show results of monitoring andinspection of the integrity of foun-dations metal due to corrosion, forthe evaluation of life, throughmeasurement data in the field.

IntroduçãoA fundação da LT faz parte,

juntamente com o suporte (es -trutura) aéreo, da função estru-tural da LT, ou seja, suportar oscabos e seus acessórios de formasegura, mantendo as distânciaselé tricas definidas pelas caracte -rísticas elétricas exigidas. A fun-dação é o elemento da LT quesustenta todos os demais, fixan-do-os ao solo. Assim, as cargasmecânicas de atuação nas fun-dações vêm das cargas atuandonos demais elementos e da geo -metria, principalmente da estru-tura aérea. A partir destas infor-mações, mais a resistência do so -lo, faz-se o dimensionamento eprojeto das fundações. Elas po -dem ser de diversos tipos e mate-riais, variando em função do tipode estrutura (postes, autopor-tantes e estaiadas), da topografia,da constituição (resistência me -câ ni ca) do terreno e dos custosde construção e manutenção.Devido ao fato de estar en -

vol vida (enterrada) diretamenteno solo, o processo de inspeçãode corrosão é difícil e caro, mes -mo porque os quantitativos pas-sam de milhares. Portanto, é deinteresse que se tenha técnicas al -ternativas a inspeção visual paraavaliação, abordagem, definição

de riscos etc.O controle de corrosão em

fundações de LTs envolve o le -van tamento e análise de dadosori ginados por diferentes méto-dos de inspeção e práticas de ro -tinas de manutenção e reparo.Nes te caso, um programa de ge -renciamento de integridade defun dações contra corrosão deveanalisar de forma integrada todasas informações de dados de ins -peção para manter níveis eleva-dos de confiabilidade e conti -nuidade operacional das instala -ções. Para tanto, torna-se ne ces -sário avaliar, sob diferentes ma -neiras, o fenômeno da corrosãopelo solo em fundações metálicasde LTs, os dados que interferemno fenômeno, os custos e os ris -cos envolvidos.

InspeçõesEm dezembro de 2012, foi

feita pela empresa Intron Brasilins peção em 17 estruturas destaLT utilizando técnica não intru-siva (sem escavação). A técnicautilizada foi a resistência linearde polarização (LPR) (Intron,2012). A polarização é um dosmétodos mais importantes noestudo da corrosão eletroquími-ca. Nesta técnica, são utilizadosco mo eletrodo e eletrólito, res -pectivamente, o metal e o meiocorrosivo de interesse. A amos -tra, no caso a torre, é chamada deeletrodo de trabalho e uma cor-rente circula entre este e um ma -terial inerte, como platina, de no -minado eletrodo auxiliar ou con-traeletrodo. O potencial do ele -trodo de trabalho é medido comrelação a um eletrodo de referên-

Por GiovaniEduardo Braga

ResumoPara empresas de geração e

transmissão de energia elétrica,muitas perdas e riscos estão asso-ciados a processos corrosivos queocorrem em estruturas enter-radas, como pés de torres e fun-dações de linhas de transmissão(LTs). O controle de corrosão emfundações de LTs envolve o le -van tamento e análise de dadosoriginados por diferentes méto-dos de inspeção e práticas de ro -tinas de manutenção e reparo.Um programa de gerenciamentode integridade de fundações con-tra corrosão deve analisar de for -ma integrada todas as infor-mações de dados de inspeção pa -ra manter níveis elevados de con-fiabilidade e continuidade opera-cional das instalações. O objetivogeral desta contribuição é mos -trar resultados de monitoramen-to e inspeção da integridade emfundações metálicas de LTs devi-do à corrosão, para a avaliação davida útil, através de dados de me -dição em campo.

AbstractFor businesses of generation

and transmission of electricity,many losses and risks are associat-ed with corrosive processes thatoccur in underground structuressuch as towers and foundationsfeet of transmission lines (LTs).The corrosion control in founda-tions of LTs involves the collectionand analysis of data originatingfrom different inspection methodsand practices for routine mainte-nance and repair. A managementprogram integrity foundations cor-rosion should analyze all informa-

Monitoring and inspection of metal foundations ofelectricity transmission lines due to corrosion

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cia, como o eletrodo de prata-clo reto de prata. A corrente apli-cada equivale à diferença entre acorrente correspondente ao pro -cesso de redução e aquela corre-spondente ao processo de oxida -ção. O dispositivo de inspe ção,chamado potenciostato/galva -nos tato, opera emitindo umacor rente (ΔI) e registrando a va -riação do potencial elétrico (ΔE),que ocorre entre a meia cé lula e acorrosão. Esses valores são repre-sentados uns contra os outros.Para pequenos valores em tornodo potencial de circui to abertoestacionário (potencial de cor-rosão livre – Ecorr), a plo tagemcartesiana é assumida de formalinear e a inclinação da re ta é a re -sistência de polarização (Rp).A medição do potencial de

cor rosão, neste trabalho feito pe -la Cemig conforme seus critérios(Passos et al, 2000), é a técnicamais usada para avaliar o grau decorrosão de fundações metálicasde LTs, de forma não intrusiva.O potencial de corrosão é umdos parâmetros eletroquímicosde mais fácil determinação expe -rimental. Este potencial é defi -nido quando a densidade de cor-rente anódica da dissolução de

um metal em um eletrólito forigual à densidade de corrente ca -tódica. Para determinação do po -tencial de corrosão de uma estru-tura enterrada, usa-se geralmenteum eletrodo de referência de co -bre/sulfato de cobre saturado(Cu/CuSO4) e um voltímetro decorrente contínua, de alta re -sistência interna ou de alta im -pedância. Para executar a me di -ção do potencial estrutura/so lo,co necta-se o terminal positivo dovoltímetro no ponto de teste daestrutura enterrada e o polo ne -ga tivo deve ser ligado ao ele trodode referência Cu/CuSO4. Nãoexis te um critério bem claro paradefinição dos níveis de corrosãopela utilização do po ten cial decor rosão. Na própria Ce mig,exis tem instruções e cri té rios queestipulam a perda da ca mada dezinco e o início da cor rosão doaço a partir de -0,85 V e em ou -tros em -0,7 V ou mais positivo(ou seja, menos negativo) (Passoset al, 2000). A medida do poten-cial de corrosão pode dar indica -ção do comportamento frente àcorrosão com o tem po, no entan-to não fornece nenhuma indica -ção da velocida de de corrosão,co mo já foi inclusive relatado

(Bra ga, 2006), podendo dar fal-sos indicativos de acordo com ocritério adotado.A resistividade do solo é um

pa râmetro muito utilizado nopro jeto de uma LT, uma vez queela é usada para o dimensiona-mento do sistema de aterramen-to e para fazer cálculos do de sem -penho ou probabilidade de falhade isolamento das LTs de vido àsobretensões e impulsos, comoos de natureza atmosféri cas (des -cargas). Para o processo corrosi-vo, a resistividade do solo indicaa possibilidade de corrosão. Abai xa resistividade do solo indicaque há abundância de correntefluindo entre áreas anódicas e ca -tódicas na superfície do metal,en quanto que solos com alta re -sistividade as supri mem. Entre -tan to, há de se ava liar a capacida -de de retenção de água e satura -ção do solo, pois este influi dire -ta mente na resistividade e emou tros processos eletroquímicos.Assim, o período do ano (secoou úmido) deve ser levado emcon ta, além da distância entre ospontos de me dição (hastes oueletrodos) que estabelecem apro fundidade do solo na qual aresistividade se refere. Neste tra-

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Figura 1 – Medidas de potencial de corrosão médio das quatro pernas das torres de transmissão realizadas nainspeção de dezembro de 2012

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balho, especificamente, não fo -ram feitas medi ções de resistivi-dade. Apenas foi feita uma com-paração com um resultado deme dição feito no passado.

ResultadosOs resultados de potencias de

corrosão das torres inspeciona dasestão apresentados na Figura 1.Em relação à taxa de corrosão

obtida das medições de resistên-cia de polarização, apresenta-sena Figura 2 como ela se compor-tou ao longo da inspeção.A torre 608 teve seus mon-

tantes e grelhas trocados há, apro -ximadamente, sete anos. Em2004 uma inspeção com escava -ção indicou perda de apro xi ma -damente 50 % da seção transver-sal de um dos pés desta torre.Apesar de não ter sido medi-

da nesta campanha de ins peção,a resistividade da torre 593 foimedida no ano de 2003, ondefoi registrado o valor de284,66 Ω.m. Embora não se te -nha feita medição de potencialde corrosão ou resis tência de po -larização desta torre, foi feita ins -peção visual com escavação queverificou um grau de corrosão deinicial a médio, com perda de5 % em média de material daseção transversal do perfil domontante.

Análise dos resultadosOs resultados mostram que a

maioria das estruturas apresenta,na inspeção visual com esca vaçãodas fundações feitas entre 2004 e2005, corrosão de inicial a mé -dia, o que surpreende em funçãoda idade da LT de quase 50 anos.Algumas estruturas apresen-

taram estágio avançado de cor-rosão, com diferença de corrosãoentre o montante e a grelha. Istoé um indicativo que há a inci -dência do mecanismo de corro -são por aeração diferencial, que écomum quando há mudança demeio envolvendo o metal, no ca -so é aéreo para enterrado.As duas técnicas, resistência

de polarização e potencial decor rosão, apresentaram discre -pân cia de interpretação dos re -sultados. Pelos critérios da Ce -mig (Passos et al, 2000), as me -dições de potencial teriam a se -guinte interpretação, na maioriados casos:• aplicação de proteção catódica;• efetuar inspeção visual e fazer arecuperação;• perda da camada de zinco egrau de corrosão médio aintenso.No caso da torre 572, a indi-

cação é de perda acentuada dematerial da fundação podendoha ver comprometimento estru-tural. Realmente, conforme ins -pe ção visual, o seu estágio decor rosão já é relativamente avan -çado, com perda significativa dematerial (mais de 20 %), o que

levaria intervenção de troca ourecuperação estrutural, confor -me critério atual estabelecidopela Cemig (Cemig, 2009). Já aado ção da técnica de resistênciade polarização indicaria, na gran -de maioria dos casos, sem cor-rosão significativa, com exceçãode uma perna da estrutura 618.Em que pese o critério a ser ado-tado, que vai levar em conta aaceita ção ao risco e custos, os re -sultados das técnicas eletroquí -micas adotadas neste trabalho,tomados isoladamente, levariama ações distintas de manutenção.A medição da resistividade da

estrutura 593 indica um solo debaixa corrosividade, já que amaioria dos critérios de corrosi -vidade de solos propostos na lite -ratura indicam que solos commais de 100 Ω.m de resistivida -de são pouco corrosivos. Este re -sultado vem de encontro ao re -sultado de inspeção que indicouum grau de corrosão de inicial amédio para esta torre, e não terianenhuma ação emergencial demanutenção.A taxa de corrosão não é um

parâmetro adequado para avaliar,pelo menos deterministicamen te,o estado de corrosão de me taisenterrados, uma vez que pela i da - de da LT, pelos valores apresenta-dos e a medição de perda dematerial por inspeção visual nãoconvergem. Ela não pode serusa da como um número absolu-to, mas talvez como um indicati-vo. Se verificar as taxas de cor-rosão apontadas nas estruturas608 e 609, sendo que a 608 játeve sua fundação trocada porcor rosão avançada, ela mostraque este local onde estão estastor res (distância inferior a 500me tros uma da outra) pode sermesmo um ambiente mais cor-rosivo. Isto comprova que ofenômeno eletroquímico da cor-rosão pelo solo é de natureza nãolinear e variável com o tempo,como mostra a literatura espe-cializada (Serra, 2006).

32 C & P • Julho/Setembro • 2013

Figura 2 – Tendência anual de corrosão (Intron, 2012)

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Contato: [email protected]

Giovani Eduardo BragaAluno de Doutorado em Engenharia deMateriais, REDEMAT(UFOP, CETEC eUEMG) Rosa Maria Rabelo JunqueiraDoutora pesquisadora do CentroTecnológico Senai – SENAI DR-MGIsabela Maria Ferreira LopesMestre – Pesquisadora do CentroTecnológico Senai – SENAI DR-MGCélia Regina de Oliveira LoureiroMestre – Pesquisadora do CentroTecnológico Senai – SENAI DR-MGGastón Luis Alvial MoragaDr. pesquisador do Centro TecnológicoSenai – SENAI DR-MG

dependendo do tipo de estru-tura (suspensão ou ancora -gem), tipo de solo etc.;• material do fio de aterramento(contrapeso) da torre: se elesforem de aço cobreado (copper-weld), é conveniente desconec-tá-los da torre, para não mas-carar os resultados (efeitogalvânico);• fazer as medições em períodoúmido, preferencialmente, co -mo foi o caso. Se não for pos-sível, deve umedecer os pontosonde os eletrodos serão coloca-dos, para evitar a resistência decontato e quedas ôhmicas;• variar a distância dos eletrodosaté o pé da torre, para tentardetectar processos corrosivosem profundidades diferentes(mais ou menos próximos à su -perfície/interface ar/solo).

Em relação à medição de po -tencial de corrosão, além dascon siderações acima (sem contara densidade de corrente), fazer amedição com duração maior(aci ma de 10 minutos) e comfre quências maiores (anualmen -te), para verificar possíveis ten -dências ou alterações.A aplicação das duas técnicas

eletroquímicas traria informa -ções a mais na tomada de decisãode manutenção de forma conser-vativa, embora elas não apresen-tassem convergência entre si.A medição da resistividade do

solo pode ser um bom indicativopara ser usado em conjunto comas técnicas eletroquímicas. Há dese verificar também, se a resistên-cia de aterramento pode tambémser um indicativo, já que ela me -de a resistência da passagem dacorrente elétrica pelo sistema deaterramento da torre, compostopela grelha e fio contrapeso (ater-ramento). No caso, o contrapesodeve ser desconectado.

Referências bibliográficasAzevedo, C.P.B. Projeto de Fundações de

Linhas de Transmissão Baseado em

A medição de potencial decorrosão, ao contrário da medi -ção da resistência de polarização,é uma técnica que não é capaz dedistinguir ou enxergar diferençasde estados ou grau de corrosãoentre os pés/pernas de uma mes -ma torre, que pode acontecer,visto pela diferença de mediçãode potencial entre os pés (desviopadrão). Isto pode indicar que atécnica de medição do potencialde corrosão pode mesmo seruma indicação termodinâmicado processo de corrosão, ou seja,da tendência das reações de oxi-dação e redução acontecerem ounão. No caso do aço galvanizadoenterrado no solo, ele sempre te -rá a tendência de corroer, e talvezpor isto estas medições apresen -tarem, quase sempre, o mesmoin dicativo. Talvez a técnica sejaútil para verificar a perda da ca -mada de zinco, quando poderáhaver uma mudança mais signi-ficativa do potencial de corrosão.Para isto, são necessárias maisme dições em períodos maiorese/ou com maior frequência.

ConclusõesEm linhas gerais, não há uma

única técnica de medição não in -trusiva que dispense a escava çãodo pé das torres das LTs para ve -ri ficar o estágio ou grau de cor-rosão, mas com uma combina çãodelas, é possível extrair in for ma -ções que ajudam na tomada dedecisão da manutenção, mes moque seja de forma conservativa.As técnicas eletroquímicas

ado tadas aqui precisam de algu-mas adaptações para que sejammais eficientes. No caso da me -dição da resistência de polariza-ção, para que possa ser considera -da a linearidade da técnica, é ne -cessário considerar na inspe ção:• a densidade de corrente, ou se -ja, a corrente em função da áreaexposta de metal em contatocom o eletrólito (solo): A áreaexposta das estruturas de345 kV varia de 9 a 14 m2,

Confiabilidade. 2011. 123p. Tese deDoutorado – Programa de PósGraduação em Engenharia deEstruturas, Escola de Engenharia,UFMG, Belo Horizonte-MG.

CEMIG. Instrução e Critérios Técnicospara Recuperação e/ou ProteçãoContra Corrosão de Linhas Aéreas deTransmissão. Relatório Técnico30.000-PN/MT-617. 22/09/2009.

INTRON BRASIL. Inspeção Técnica deCorrosão Instantânea em EstruturasEnterradas. Relatório Nº RT-12120-001-VER-00. 20/12/2012.

PASSOS, A.C. et al. Proteção CatódicaFotovoltaica de Fundações Metálicasde Linhas de Transmissão. Trabalhoapresentado no encontro ABRA-MAN, Belo Horizonte, 2000.

SERRA, E.T. Corrosão e ProteçãoAnticorrosiva dos Metais no Solo. Riode Janeiro: CEPEL – Centro dePesquisa de Energia Elétrica, 2006,169p.

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Opinião

ara responder a algumasquestões sobre CloudCom puting que aparece -

ram no mercado, vou fazer umaanalogia entre as verdadeiras nu -vens da natureza e as desse novomo de lo de negócio da tecnologia.• Globais: Uma nuvem de chu -va é uma nuvem de chuva emqualquer lugar do mundo;

• Não precisam ser percebidas:Elas existem independente denos preocuparmos com elas, seas queremos por perto ou não;

• Não possuem uma forma fixa:Dependendo da situação dosventos, força e direção, seu for-mato se moldará à nova reali-dade, adequando-se ao cenárioatual e momentâneo;

• Densidade e volume variáveis:De acordo com essas duas ca -racterísticas, o ambiente podevariar. É possível que haja som-bra, chuvisco ou granizo;

• Composição da nuvem: Asnu vens podem ser compostaspor diversos tipos de materiaise combinações: cristais de gelo,partículas de água, sedimen-tos/poluentes na atmosfera etc.Assim como na na tureza,

quando abordamos o as sunto doponto de vista da tecnologia, nãoé possível afirmar que há apenasum tipo de nuvem ou A Nuvem.

Você pode estar em busca deuma nuvem do tipo IAAS, ouseja, infraestrutura como serviço,cujos “materiais” são basica-mente: processamento, armaze -na men to e transporte de dados.Neste caso, o mais comum é queo cliente seja cobrado de acordo

Júlio Fábio Chagas

Cloud computing: confusão conceitualAssim como na na tureza, quando abordamos o as sunto do ponto de vista da tecnologia,

não é possível afirmar que há apenas um tipo de nuvem ou A Nuvem

Júlio Fábio ChagasEspecialista em mobilidade e diretor de estratégia e marketing da MC1.Con ta to: [email protected] – tel.: 11 3509 1300

com o consumo destes “materiais”. Quanto mais tempo de proces-sador e volume de armazenamento utilizado, mais você paga, trazen-do um custo variável para sua operação.

No entanto, se você busca um software na nuvem e está mais pre-ocupado com que ele esteja acessível 99,99 % das vezes do que com otipo de banco de dados utilizado ou a linguagem com a qual ele foidesenvolvido, o comum não é pagar pelo volume de dados usados ouprocessados. Em um CRM na nuvem, por exemplo, a cobrança cos-tuma ser feita pelo volume de usuários ativos num período (mensal,anual etc.), não sendo aplicadas cobranças por volume de pro-postas/oportunidades ou interações com clientes, nem tão pouco pormegabytes de dados armazenados ou transportados de um lado paraoutro. Esse é o modelo convencional do SAAS, software como serviço.

Porém, se sua empresa é uma consultoria que desenvolve algunssoftwares ou disponibiliza conteúdos, mas que utiliza alguma platafor-ma de desenvolvimento de software na nuvem, ou processamento debig data na nuvem, com certeza você está à busca da nuvem tipoPAAS, Plataforma como serviço. Neste cenário, o modelo de cobrançaconvencional é um montante de dinheiro para uma determinadaquantidade de produto final que você disponibilizará.

Por último, existem aqueles que utilizam a combinação de todosesses tipos de nuvem: IAAS + PASS + SASS = EAAS, Everything As AService, que são os modelos mais complexos e geralmente vêm acom-panhados com mais de uma fatura mensal.

O que esses tipos de nuvem possuem em comum é o fato de todasterem a capacidade de se adequar ao momento do cliente, para evitarsuper ou subdimensionamento de recursos tecnológicos. Em algunscasos, esse benefício é sentido diretamente pelo contratante por nuncaficar no gargalo (disponibilidade e velocidade); em outros momentosé sentido na margem de lucro do fornecedor, por ter ganhado em efi-ciência e escalabilidade.

Por isso, quando se afirma que os provedores de solução em nu -vem no Brasil realizam essa cobrança de forma errada, por não vincu-larem o valor a um modelo apenas de “pague o que você usou”, éequivocado. O mercado de nuvem não se resume a um único mode-lo de negócio e operação, é muito mais abrangente.

Dessa forma, descubra o tipo de nuvem que sua empresa precisa,ou tipos, pois há um para cada sombra, chuva ou claridade que sedeseja.

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Opinião48:Opinião40 10/7/13 3:42 PM Page 1

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ADVANCE TINTAS E VERNIZES LTDA.www.advancetintas.com.br

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