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MOVIMENTO, MÚSCULO, BIOMECÂNICA Diversidade de movimentos dos animais (locomoção, água pelas brânquias, alimento pelo TD e sangue pelo SV). Número limitado de mecanismos (amebóide, ciliar e muscular). Usos variáveis

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MOVIMENTO, MÚSCULO, BIOMECÂNICA

MOVIMENTO, MÚSCULO, BIOMECÂNICA

– Diversidade de movimentos dos animais (locomoção, água pelas brânquias, alimento pelo TD e sangue pelo SV).

– Número limitado de mecanismos (amebóide, ciliar e muscular).

– Usos variáveis

– Diversidade de movimentos dos animais (locomoção, água pelas brânquias, alimento pelo TD e sangue pelo SV).

– Número limitado de mecanismos (amebóide, ciliar e muscular).

– Usos variáveis

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• músculo e seu uso na locomoção animal

OBJETIVO DO CAPÍTULOOBJETIVO DO CAPÍTULO

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Rigor mortis

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• A carne nunca deve ser assada logo depois de o animal ser carneado (morto).

• Especialistas dizem que a carne precisa descansar (maturar) por, pelo menos, 24 horas, tempo em que as fibras amolecem ou que cessa o rigor mortis.

• Uma noite ou 12 horas já é suficiente para o preparo de um bom churrasco.

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Sumário• Mecanismos de locomoção (amebóide, ciliar,

flagelar e muscular)• Músculo e movimento [estrutura, contração, como

é usado (tônicos e fásicos), músculo cardíaco, músculo liso, catch dos bivalves, pinça dos crustáceos, vôo dos insetos]

• Biomecânica (aspectos mecânico-energéticos da corrida, do salto, do vôo e da natação)

lentos rápidos

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TAMANHO CORPORAL E MÉTODO DE PROPULSÃOTAMANHO CORPORAL E MÉTODO DE PROPULSÃO

1) Geometria: animais pequenos possuem alta A/V, o movimento de cílios contra a camada circundante de água usa a da água para obter o impulso necessário.

2) Leis da dinâmica dos fluidos - os animais pequenos nadam com baixa velocidade, os movimentos são completamente dominados por forças viscosas;

os animais grandes usam grandes superfícies (nadadeiras) e músculos para fornecer potência.

1) Geometria: animais pequenos possuem alta A/V, o movimento de cílios contra a camada circundante de água usa a da água para obter o impulso necessário.

2) Leis da dinâmica dos fluidos - os animais pequenos nadam com baixa velocidade, os movimentos são completamente dominados por forças viscosas;

os animais grandes usam grandes superfícies (nadadeiras) e músculos para fornecer potência.

animais >100µm necessitam de músculos para se movimentarem

Animais < 100µm usam cílios ou flagelos para nadar. Por que?

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– Movimento dos organismos – leis da física– Movimentos ativos – trabalho mecânico

ex.: motores moleculares: dineína (cílios/flagelos) e miosina

(contração muscular)– eficiência dos movimentos biológicos

FUNÇÃO MUSCULAR NA LOCOMOÇÃO E EM OUTROS MOVIMENTOS

FUNÇÃO MUSCULAR NA LOCOMOÇÃO E EM OUTROS MOVIMENTOS

W mecânico produzido = 25% E química consumida

ATP

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DINEÍNA

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MIOSINA

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• Mecânica dos movimentos: as forças de um organismo podem ser externas (peso do organismo- força gravitacional-, dreno aerodinâmico, força de reação do chão ou do fluido) e internas (forças geradas pela contração dos músculos e resistências viscosas e elásticas à deformação dos materiais biológicos que compõem o organismo.

• A integração dessas forças na mecânica complexa do animal em movimento requer tecidos geradores de força e transmissores de E.

MECÂNICA DOS MOVIMENTOSMECÂNICA DOS MOVIMENTOS

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• O músculo deve transmitir a F gerada pelos motores moleculares através de toda a estrutura do músculo.

• Os tendões transmitem a F para os ossos.

• Os ossos transmitem a F para outros tecidos

• O tecido em contato com o substrato transmite a Força para o substrato.

TRANSMISSÃO DE FORÇATRANSMISSÃO DE FORÇA

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MATERIAIS DE TRANSMISSÃO DE FORÇA

MATERIAIS DE TRANSMISSÃO DE FORÇA

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ESTRUTURA HIERÁRQUICAESTRUTURA HIERÁRQUICA

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• Mistura de componentes heterogênios• São compostos de subunidades que formam estruturas

maiores que então se combinam e formam estruturas ainda maiores.

• Ex.: 3 fascículos, fibrilas, subfibrilas, microfibrilas e hélice tripla.

• Materiais hierárquicos quando alongados apresentam comportamento diferente dos materiais homogêneos cuja mudança no comprimento durante o alongamento é proporcional à F aplicada (Fig.10.6 – aço vs tendão).

ESTRUTURA HIERÁRQUICAESTRUTURA HIERÁRQUICA

força

Extensão

Açotendão

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O mecanismo bioquímico da contração muscular é o mesmo em todos os músculos.

Actina e miosina fazem parte da maquinaria e ATP é a fonte imediata de E para a contração.

O arranjo detalhado varia bastante, por isso os músculos recebem uma classificação.

ESTRUTURA MUSCULARESTRUTURA MUSCULAR

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Início da contração muscular

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Unidade Motora

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MODELO DE CONTRAÇÃO MUSCULAR

Filamentos vermelhos = actinaFilamentos azuis = miosina

http://3dotstudio.com/contract.gif

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CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS

CLASSIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS

• Estriados (esquelético e cardíaco): presença de estrias regulares (linhas-Z ou bandas Z) sob m.o. O músculo cardíaco é um tipo peculiar de estriado com características especiais, sendo a funcional mais importante aquela de uma contração inicial se espalhar por todo o músculo.

• Lisos (paredes de órgãos internos ocos, paredes de arteríolas, paredes do estômago e intestinos, etc) –

• ausência de estrias regulares

• contrações mais lentas

• não nos apercebemos do estado de contração

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• fibras grandes, com células multinucleadas (fusão de células).

• sarcolema = membrana que cobre a fibra.• túbulos transversos = prolongamentos do sarcolema

formando túbulos que penetram a fibra muscular (importante para contração simultânea de todos os filamentos).

• retículo sarcoplásmico = rede IC que circunda as fibrilas musculares, como uma manga (fonte de Ca++ durante a estimulação da fibra muscular)

• fibrilas = compõem as fibras.• sarcômero = região entre as linhas Z, cujo

comprimento é bem uniforme nos músculos dos vertebrados. Nos invertebrados é mais variável.

• filamentos finos (actina) = se estendem em ambas as direções a partir das linhas Z

• filamentos espessos (miosina) = se intercalam entre os filamentos finos].

MÚSCULO ESTRIADOMÚSCULO ESTRIADO

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• suas propriedades funcionais diferem do estriado esquelético em dois aspectos (propriedades essenciais para a contração rítmica do coração):

• qdo uma contração se inicia em uma área do músculo rapidamente se espalha por toda a massa muscular;

• uma contração é imediatamente seguida por um período de relaxamento durante o qual o músculo não pode ser estimulado para se contrair.

MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO

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Por que o músculo cardíaco não entra em fadiga?

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Sua contração depende das mesmas proteínas e do ATP, mas não é tão estudado quanto o estriado por uma série de razões:

• sempre intercalado com TC.• não forma feixes paralelos nítidos que possam ser

prontamente isolados e estudados; • as fibras são muito pequenas (fração de 1mm de

comprimento).

MÚSCULO LISOMÚSCULO LISO

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• Os eventos moleculares da contração muscular são melhor conhecidos do que a maioria dos outros processos nos animais: miosina, actina, tropomiosina, troponina, íons cálcio, ATP.

• Actina e miosina são as proteínas geradoras e transmissoras de força.

• Tropomiosina e troponina regulam a interação da A com a M.

• Ver Tabela 10.1- Seqüência de eventos na estimulação e contração do músculo.

COMO O MÚSCULO FUNCIONACOMO O MÚSCULO FUNCIONA

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www.sci.sdsu.edu/movies/actin.gif

DESLIZAMENTO DOS FILAMENTOS DE ACTINA E MIOSINA

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SEQÜÊNCIA DE EVENTOS NA ESTIMULAÇÃO E CONTRAÇÃO DO

MÚSCULO.

SEQÜÊNCIA DE EVENTOS NA ESTIMULAÇÃO E CONTRAÇÃO DO

MÚSCULO. Estímulo

- O sarcolema é despolarizado- O sistema-T é despolarizado- Íons Ca++ são liberados do retículo sarcoplasmático- Os íons Ca++ se difundem para o filamento fino

Contração

- O Ca++ se liga à troponina- O complexo troponina-Ca++ remove a tropomiosina que bloqueia os sítios de actina- As cabeças do filamento espesso (complexo miosina-ATP) formam pontes cruzadas com a fita de actina- Hidrólise do ATP induz mudanças conformacionais nas cabeças que causam o giro das pontes cruzadas.

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- O Ca++ é seqüestrado do filamento fino pelo retículo Sarcoplasmático.- O Ca++ se difunde do filamento fino para o retículo sarcoplasmático- O Ca++ é liberado do complexo troponina-Ca++

- A troponina permite a tropomiosina retornar para sua posição bloqueadora- As pontes cruzadas entre miosina e actina se quebram- O complexo ATP-miosina é reformado nas cabeças do filamento espesso.

Relaxamento

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FONTES DE ENERGIA PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR

FONTES DE ENERGIA PARA A CONTRAÇÃO MUSCULAR

Substrato

metabólico

Conc. Intramusc.

(mM)

Potência metabólica

(W)

Vel.relativa corrida

(m s-1)

Duração estimada (s)

ATP 8 6400 27 2-4

Creatina-P 20-33 6000 25 10-17

Glicogênio 80-100 1640 6,7 >6000

Gordura 7-25 1100 4,6 >6000

Glicogênio, anaeróbico

80-100 2800 12 160

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• [glicogênio]intramuscular=1-2% peso úmido do músculo

• [gordura ]intramuscular = variável

• para a atividade muscular prolongada, suprimentos adicionais de carboidratos e ácidos graxos são mobilizados do fígado e tecido adiposo atividade muscular pode ser mantida a níveis moderadamente elevados por horas.

ENERGIA PARA O MÚSCULO

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• Contração = estado de atividade mecânica; pode envolver um encurtamento do músculo, porém se o músculo for impedido de se encurtar (extremidades presas) ainda usamos o termo contração para descrever o estado ativo.

• Contração isométrica = qdo não há encurtamento do músculo

• Contração isotônica = se em uma extremidade do músculo for preso um peso que possa ser levantado, o músculo se encurta durante a contração; como a carga permanece a mesma ao longo da contração, chamamos de contração isotônica.

• Nos movimentos, geralmente ocorrem os dois tipos de contração, enquanto um grupo muscular realiza a contração isométrica outra realiza isotônica.

CONTRAÇÃO DO MÚSCULO CONTRAÇÃO DO MÚSCULO

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Contração Isométrica

• É a contração muscular que não provoca movimento ou deslocamento articular, sendo que o músculo exerce um trabalho estático.

• Não há alteração no comprimento do músculo, mas sim um aumento na tensão máxima do mesmo.

• Possui baixo consumo calórico e média duração e a energia gasta durante essa contração é dissipada sob a forma de calor.

• Por possuir essas características apresentam rápido ganho de força.

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Contração Isométrica

Músculo bíceps braquial ao segurar uma carga pesadacom os cotovelos em flexão

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Contração Isotônica

• Também conhecida por contração dinâmica, é a contração muscular que provoca um movimento articular.

• Há alteração do comprimento do músculo sem alterar sua tensão máxima.

• Possui alto consumo calórico e geralmente é de rápida duração.

• A contração isotônica divide-se em dois tipos: concêntrica e excêntrica.

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Contração Isotônica

• Concêntrica: ocorre quando ao realizar um movimento o músculo aproxima suas inserções, com encurtamento dos seus sarcômeros.

Ex.: o músculo bíceps braquial quando levamos um alimento à boca, no movimento de flexão do antebraço, provocando aceleração.

• Excêntrica: ocorre quando ao realizar o movimento o músculo alonga-se, ou seja, as inserções se afastam, com aumento do comprimento dos seus sarcômeros.

Ex.: o movimento do músculo bíceps braquial ao devolver um copo à mesa depois de beber o seu conteúdo, no movimento de extensão do antebraço, provocando desaceleração.

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Contração Isotônica

Flexão e extensão do bíceps

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Hipertrofia Muscular

• A hipertrofia ocorre quando há aumento no calibre das fibras musculares.

• O aumento é devido à contração repetitiva com forças submáximas e máximas.

• Ao contrair a musculatura há o aumento da velocidade da síntese das proteínas contráteis, o que resulta em um aumento do número de filamentos de actina e miosina

nas miofibrilas, sendo que estas últimas sofrem aumento no seu diâmetro.

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Quando ocorre hipertrofia

• A hipertrofia muscular acontece devido a um micro trauma nas fibras musculares, devido ao esforço colocado nos músculos, obrigando o corpo a responder compensando com a substituição do tecido estragado e colocando mais tecido para que o risco de lesão seja mais reduzido no futuro.

• Os músculos adaptam-se a pesos mais elevados e o atleta é obrigado a continuar a aumentar o peso ou diversificar os exercícios para não criar habituação.

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Força física convertida em sinal química → expressão gênica

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Hipotrofia Muscular

• quando o músculo não é utilizado ocorre degradação das proteínas contráteis ocorrendo o processo inverso: reduzem o número de miofibrilas e do calibre das fibras, o que chamamos de hipotrofia muscular.

• Isso ocorre em casos de imobilização devido a fraturas ou algumas patologias neurológicas, levando até ao quadro de atrofia, que se caracteriza por uma hipotrofia acentuada

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Hipertrofia Muscular: destruir para construir

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• Do estudo das contrações isométricas em músculos isolados obtemos informação sobre as forças que um músculo pode exercer.

• Do estudo das contrações isotônicas obtemos informação sobre a quantidade de trabalho que o músculo pode realizar.

FORÇA E TRABALHO MUSCULAR FORÇA E TRABALHO MUSCULAR

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• tempo de contração (varia de músculo para músculo; ex.: músculo de locomoção do gato 100ms), tetania, F max vs comprimento inicial do músculo (ver Fig. 10.13- Força desenvolvida por um músculo em contração vs comprimento inicial).

CONTRAÇÕES ISOMÉTRICAS CONTRAÇÕES ISOMÉTRICAS

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FORÇA DESENVOLVIDA POR UM MÚSCULO EM CONTRAÇÃO VS COMPRIMENTO INICIAL).

FORÇA DESENVOLVIDA POR UM MÚSCULO EM CONTRAÇÃO VS COMPRIMENTO INICIAL).

a força gerada por um músculo está relacionada com a taxa de desatamento das ligações cruzadas.

A tensão nos músculos depende do grau de sobreposição entre os filamentos de actina e miosina.

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• o encurtamento do músculo diminui à medida que a carga aumenta – a contração isotônica produz movimento (Fig. 10.14)

• encurtamento vs força.

• trabalho vs força.

• força vs velocidade de contração (Fig. 10.15)

CONTRAÇÕES ISOTÔNICAS CONTRAÇÕES ISOTÔNICAS

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• Na verdade, nenhum movimento dos músculos no corpo é puramente isométrico ou puramente isotônico, pois normalmente tanto o comprimento quanto a carga mudam durante a contração.

CONTRAÇÕES ISOMÉTRICAS E ISOTÔNICAS

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FIGURA 10.14 - CONTRAÇÃO ISOTÔNICA DO MÚSCULO SARTORIUS DO SAPO BUFO

MARINUS

FIGURA 10.14 - CONTRAÇÃO ISOTÔNICA DO MÚSCULO SARTORIUS DO SAPO BUFO

MARINUS

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FIGURA 10.15 – CONTRAÇÃO DO MÚSCULO DA PATA DA RÃ Rana pipiens

FIGURA 10.15 – CONTRAÇÃO DO MÚSCULO DA PATA DA RÃ Rana pipiens

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F = m.a

A força que um dado músculo pode exercer é diretamente proporcional à sua área transversal

Fmax dos músculos dos vertebrados = 4-5 kgf/cm2

Força: como comparar diferentes músculos? Ex.: formiga? Analisando os diferentes tamanhos

FORÇA, TRABALHO E POTÊNCIA

Poderia este máximo ser aumentado?

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Algumas espécies podem Erguer 5X seu peso-Formica japonica

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Métodos de carregar alimento para o ninho

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• Empacotando mais filamentos dentro da mesma área transversal? Não, pois o diâmetro dos filamentos é determinado pelo tamanho das proteínas que compõem os filamentos e seus tamanhos são provavelmente determinados pelos requerimentos do mecanismo molecular.

• Aumentando o número de pontes cruzadas ao longo dos filamentos em sobreposição ( aumentando o comprimento dos filamentos)? Alguns músculos de invertebrados (comprimento do filamento = 25µm) F = 10-14kgf.cm-2- filamentos mais espessos (paramiosina).

PODEMOS AUMENTAR A FORÇA DE UM MÚSCULO?

PODEMOS AUMENTAR A FORÇA DE UM MÚSCULO?

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• Elefante vs camundongo – mesma F, o comprimento é irrelevante para a Fmax.

• Músculos das formigas: mesma F/área transversal, como os vertebrados.

• Com a queda do Mb do animal, seu volume diminui em proporção com a 3a. potência da medida de seu comprimento.

• A área transversal de seus músculos (que determina a F) diminui somente em proporção ao quadrado da medida de seu comprimento

COMPARANDO MÚSCULOSCOMPARANDO MÚSCULOS

F = kl-2 V = kl-3

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• Fig. 10.14 – Se uma carga for presa ao músculo, o músculo realiza W externo, que será igual ao produto da F pela distância de encurtamento.

• Se a carga for aumentada gradativamente, o músculo será capaz de erguer a carga a distâncias cada vez mais curtas até que a carga seja tão pesada que o músculo não poderá mais erguê-la e W = zero.

• O w está relacionado com o tamanho do músculo: músculos mais longos realizam mais trabalho. O Wmax é relacionado com o comprimento inicial do músculo.

Trabalho: W = F x d Trabalho: W = F x d

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FIGURA 10.14. FIGURA 10.14.

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• P = F x veloc (Figura 10.15)

• A Pmax que um músculo pode exercer ocorre quando o músculo está trabalhando contra uma carga 4/10 da carga que evita o encurtamento.

Potência = W/unidade de tempo Potência = W/unidade de tempo

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FIGURA 10.15FIGURA 10.15

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• Os músculos possuem aproximadamente a mesma força /cm2 de área transversal;

• Podem ser encurtados a aproximadamente a mesma fração do comprimento de repouso.

• O W realizado durante a contração de 1g de músculo será similar nos 2 animais.

• A potência de 1g de músculo de camundongo será maior que a de 1g de músculo de elefante.

COMPARANDO MÚSCULOS DE ELEFANTES

E CAMUNDONGOS

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• Quando um animal se locomove as contrações são raramente isométrica ou isotônica. Daí ser difícil traduzir resultados de contrações isométricas e isotônicas para compreender a atividade do músculo em movimento.

• Um músculo muda de comprimento e a F externa muda à medida que o músculo se contrai.

• Na verdade, muitos músculos são alongados quando exercem F.

• Para estudar o W realizado, coloca-se um músculo em um sistema que possa controlar o comprimento do músculo durante a contração.

Contração em um animal

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Exemplos

• Ex1.: mover um tijolo de cima da mesa para o chão. Seu bíceps gera F suficiente para impedir que a gravidade derrube o tijolo, porém a F não é suficiente para deixar o tijolo a uma altura constante. Assim, seus bícepes se alongam enqto exercem F suficiente para deixar o tijolo no chão.

• Ex.2: alguns músculos são responsáveis por desacelerar suas pernas no final de um degrau, de tal maneira que se alongam à medida q exercem F para diminuir a velocidade de sua perna qdo é colocada no chão.

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• Depende da função particular do músculo.• Ex.: músculo de vôo de um inseto – se contraem

100’s de vezes/segundo, são bem diferentes do músculo que fecha as conchas de um mexilhão e permanece contraído por horas.

Como o músculo é usado

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Como os músculos podem servir diferentes fins?

• Examinando alguns tipos característicos e como são modificados para atender a demandas específicas.

• Músculos rápidos (fibras fásicas) vs músculos lentos (fibras tônicas)- Ver tabela.

• Não são características inerentes. Depende de como o músculo é usado.

• Mudando-se a posição de inserção do tendão de músculos das patas traseiras de um coelho é possível tornar músculos tônicos em músculos fásicos.

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• 1) contração rápida + fadiga rápida;• 2) contração rápida + resistência a fadiga;• 3) contração lenta + resistência a fadiga,

mesmo sob estimulação prolongada. • Os músculos de contração rápida

desenvolvem uma F 10x maior do que as fibras de contração lenta. Porém o preço pago é a fadiga rápida.

Fig.10-17 – Respostas de 3 tipos de fibras

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• nadam continuamente a velocidades relativamente pequenas;

• os 2 tipos de fibras estão separadas em duas massas musculares: os tônicos são de vermelho intenso devido a alta conc. de mioglobina (lateral do peixe).

• A natação durante o nado cruzeiroé executada pelos músculos vermelhos;

• a grande massa de músculo branco (fásico) representa uma reserva de potência para nados de alta velocidade (Fig. 10-18).

Músculos de peixes = fibras fásicas e tônicas.

cavala atum

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Músculo cardíaco

• Possui também actina e miosina e estrias transversais idênticas ao músculo esquelético, porém as mitocôndrias são mais abundantes.

• Grande diferença = qdo uma contração se inicia no coração rapidamente se espalha para todo o músculo (características estruturais peculiares-Fig.10-19).

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• Após o potencial de ação a membrana permanece em um estado refratário para um dado período, longo o suficiente para permitir o músculo relaxar após cada potencial de ação. • Por isso não pode apresentar tetania. O período refratário é, pois, essencial para as contrações rítmicas do coração.

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MÚSCULOS ESQUELÉTICOS DOS VERTEBRADOS

MÚSCULOS ESQUELÉTICOS DOS VERTEBRADOS

- Movimentos rápidos. Ex.:pulo- Pobres em mioglobina-- Brancas- Associadas com grandes fibras

nervosas (10 -20µm), com u = 8-40m s-1

- Respondem à lei do tudo-ou-nada

- O relaxamento é 50-100x mais rápido que o das fibras tônicas

- Movimentos lentos, contrações prolongadas. Ex.: postura corporal

- Ricas em mioglobina- Vermelhas- Associadas com fibras nervosas

pequenas (5µm de diâmetro), com u = 2-8 m s-1

- Respondem com somação a estímulos repetitivos

- Relaxamento mais lento

Fibras Fásicas Fibras Tônicas

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Músculo Esquelético

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Músculo do vôo de aves selvagens e aves domésticas (galinha)

Rico em fibras vermelhas (tônicas), ricas em Mb, lentas

Rico em fibras brancas (fásicas), rápidas

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Fadiga MuscularFevereiro, 2008    

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• Vertebrados: estômago, intestinos, bexiga, ureteres, útero, brônquios, vasos sangüíneos, etc.

• Invertebrados: não formam grupos funcionais.• Contração depende também de filamentos das

mesmas proteínas actina e miosina e de ATP, porém o músculo liso não apresenta as estrias transversais porque o arranjo dos filamentos é menos ordenado.

MÚSCULO LISOMÚSCULO LISO

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Músculo Liso

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• Células menores (fibras com < 1mm de comprimento)• Fibras correm em muitas direções• Não é um órgão discreto como o músculo esquelético;

é uma parte integral do tecido de algum outro órgão (difícil de se isolar).

• A contração do músculo liso é desencadeada por um mecanismo diferente daquele do músculo esquelético.

Razões do músculo liso ser pouco estudado:

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Mecanismo da Contração do Músculo Liso1) estímulo2) liberação de Ca++, mas os íons se difundem para a célula a

partir do fluido EC (lento para músculo esquelético, porém a difusão no músculo liso é rápida - área superficial/ volume).

3) não há troponina para regular a interação da miosina com a actina;

4) vários tipos de estímulos podem iniciar a contração [contrações rítmicas espontâneas (intestinos), nervos, hormônios, compostos liberados pelas células endoteliais, etc].

5) como no músculo cardíaco, a presença de junções gap permite as células adjacentes se comunicarem, coordenando suas atividades; a contração é bem diferente daquela do músc esquelético=

6) o grau de encurtamento é variável, a ativação e a velocidade de contração são mais lentas, pode manter contração por períodos mais longos ( veloc ,E requerida para manter a tensão).

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ESTUDAR

• Músculo catch adutor dos bivalves

• Músculo da quela do caranguejo

• Músculo de vôo dos insetos (sincrônico e assincrônico)

• Saltos - energia economizada pela elasticidade (cangurus, pulgas, gafanhotos, galago e besouro click)

• Rigor mortis (rigidez cadavérica)

• Força do músculo mandibular das formigas

• Hipertrofia muscular

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Rigor-mortisEm temperaturas amenas ocorre 3 e 4 horas post-mortem, com total efeito do rigor em aproximadamente 12 horas, e finalmente o relaxamento em aproximadamente 36 horas.

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• A causa bioquímica do rigor mortis é a hidrólise do ATP no tecido muscular, a fonte de energia química necessária para o movimento.

• Moléculas de miosina derivados do ATP se tornam permanentemente aderentes aos filamentos e os músculos tornam-se rígidos.

• A circulação sanguínea cessa, assim como o transporte do oxigênio e retirada dos produtos do metabolismo.

• Os sistemas enzimáticos continuam funcionando após algum tempo da morte. Assim, a glicólise continua de forma anaeróbica, gerando ácido láctico, que produz abaixamento do pH. Neste momento, actina e miosina, unem-se formando actomiosina, que contrai fortemente o músculo.

Bioquímica do “Rigor-mortis”

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• Após a morte, o cálcio pode permear livremente a membrana do retículo sarcoplasmático por consequência de sua degradação devido a morte celular.

• Com isso o sarcoplasma fica com uma concentração elevada de cálcio, formando pontes de ligação miosina-actina.

• Contudo como o metabolismo energético não mais sintetiza ATP, as bombas de regulação iônicas não mais funcionam (Bomba de cálcio ATPase).

• Em consequência o músculo permanece rígido já que pontes não se libertam.

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À medida que o Mb aumenta, a diferença entre massa e a força que pode ser produzida pelos

músculos aumenta.

O tamanho corporal (em termos de vol., o qual está relacionado com a massa) aumenta com o l3 enquanto a área transversal dos músculos aumenta com o l2