nhb - locomoção e mecânica corporal
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descrição da locomoção, mecânica corporal e evolução da postura humanaTRANSCRIPT
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FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA
CURSO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS RELACIONADA A LOCOMOÇÃ O E
MECÂNICA CORPORAL
AUTORES: ADELAIDE BAIA
ANNE CRISTINA
MAURÍCIO ESTEVES
SIMINE BRITO
BELEM, PARÁ, BRASIL
2009
1
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS RELACIONADA A LOCOMOÇÃ O E
MECÂNICA CORPORAL
AUTORES: ADELAIDE BAIA
ANNE CRISTINA
MAURÍCIO ESTEVES
SIMINE BRITO
Trabalho apresentado ao Curso de
Graduação em Enfermagem do Centro
de Ciências Biológicas e Humanas e
Educação da FAMAZ, como requisito
parcial e avaliação à obtenção de nota
na disciplina Semiologia e
Semiotécnica.
Orientadora: Profª Lúcia Medeiros.
BELÉM, PARÁ, BRASIL
2009
2
FACULDADE METROPOLITANA DA AMAZÔNIA
CURSO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: SEMIOLOGIA E SEMIOTÉCNICA
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS RELACIONADA A LOCOMOÇÃ O E
MECÂNICA CORPORAL
AUTORES: ADELAIDE BAIA
ANNE CRISTINA
MAURÍCIO ESTEVES
SIMINE BRITO
Trabalho apresentado ao Curso de
Graduação em Enfermagem do Centro
de Ciências Biológicas e Humanas e
Educação da FAMAZ, como requisito
parcial e avaliação à obtenção de nota
na disciplina Semiologia e
Semiotécnica.
Orientadora: Profª Lúcia Medeiros.
BELÉM, PARÁ, BRASIL
2009
3
AUTORES: ADELAIDE BAIA
ANNE CRISTINA
MAURÍCIO ESTEVES
SIMINE BRITO
NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS RELACIONADA A LOCOMOÇÃ O E
MECÂNICA CORPORAL
Trabalho apresentado ao Curso de
Graduação em Enfermagem do Centro
de Ciências Biológicas e Humanas e
Educação da FAMAZ, como requisito
parcial e avaliação à obtenção de nota
(__________) na disciplina Semiologia
e Semiotécnica.
Orientadora: Profª Lúcia Medeiros.
Ass.: __________________________________________________________
1º Exam.: Lúcia Medeiros – Msc.– Faculdade Metropolitana da Amazônia
Belém, Pará, Brasil
2009
4
DEDICATÓRIA
A DEUS PELA FORÇA
AOS MEUS PAIS PELO CARINHO
A MINHA FILHA PELA ALEGRIA DE TE-LA
5
AGRADECIMENTOS
AO MEU ORIENTADOR
AOS COLEGAS DA TURMA
6
EPIGRAFE
VIVER, E NÃO TER A
VERGONHA DE SER FELIZ,
CANTAR E CANTAR A BELEZA
DE SER UM ETERNO APRENDIZ.
GONZAGUINHA
7
RESUMO
Neste trabalho foram avaliados parâmetros das necessidades
humanas básicas(NHB) através de referências bibliográficas relacionadas a
locomoção e mecânica corporal, presente no transporte de paciente, mudança
de decúbito, movimentação ativa e passiva, manutenção da postura correta.
Mostra as informações para a implementação das ações junto ao paciente e
validação do estudo.
PALAVRAS-CHAVE: transporte de paciente, locomoção e mudança de decúbito.
8
ABSTRACT
In this work were evaluated parameters of the basic human needs
(NHB) through references related to body mechanics and locomotion, in the
transport of patients, change of decubitus, active and passive movement,
maintaining the correct posture. Displays information for the implementation of
actions with the patient and the validation study.
KEY-WORDS: transport of patients, locomotion and change of decubitus.
.
9
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................11
CAPITULO 1 – Locomoção e mecânica corporal..............................................12
CAPITULO 2 – Transporte de Paciente............................................................14
2.1 – Auxiliar o cliente a levantar de cadeira ou Poltrona.............................14
2.2 – Auxiliar o cliente a deambular..............................................................15
2.3 – Transferir o cliente do leito para uma poltrona ou cadeira de rodas....16
2.4 – Transferir paciente do leito para uma maca.........................................18
CAPITULO 3 – Movimentação ativa e passiva do cliente no leito....................20
3.1 – Movimentação do cliente no leito..............................................................20
3.1.1 – Colocar ou retirar comadres..................................................................21
3.1.2 – Trazer o cliente para um dos lados da cama.........................................21
3.1.3 – Colocar o paciente em decúbito lateral..................................................22
3.1.4 – Paciente, em posição supina, para a cabeceira da cama.................... 24
3.1.5 – Paciente em posição sentada, para a cabeceira da cama....................27
3.1.6 – Sentar o paciente no leito......................................................................29
3.1.7 – sentar o paciente na beira da cama.......................................................31
CAPITULO 4 – Mudança de decúbito...............................................................33
CAPITULO 5 – Manutenção da postura correta................................................35
5.1 – Postura Normal.........................................................................................35
5.2 – Postura Estática........................................................................................36
10
5.3 – Postura Sentada.......................................................................................37
5.4 – Postura deitada ou decúbito.....................................................................38
5.5 – Postura Dinâmica......................................................................................38
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................39
BIBLIOGRAFIA .................................................................................................40
11
INTRODUÇÃO
O ser humano tem necessidades básicas que precisam ser
atendidas para seu completo bem-estar, dentre elas estão compreendidas a
locomoção e mecânica corporal que se relacionam a movimentação ativa e
passiva, mudança de decúbito, postura correta e transporte de paciente.
A enfermagem entende que para atua na NHB, precisa conhece o
paciente a nível psicobiologico, psicossocial e ter o conhecimento cientifico
para intervir e aplicar seu plano de ação. Por exemplo a mudança de decúbito
erroneamente do paciente crítico provocaria a diminuição ou ausência de
oxigenação nos fenômenos de oxi-redução das atividades vitais. Ou, a
mudança de decúbito acertadamente proporcionando conforto e ativação da
circulação do paciente evitando ulcerações.
Assim as NHBS demonstram que o corpo é uma máquina muito
adaptável, num certo limite, que a Ciência tem muito que investigar.
12
CAPITULO 1 - LOCOMOÇÃO E MECÂNICA CORPORAL
A locomoção é composta por movimentos integrados e complexos
dos segmentos de um corpo humano definido fisicamente como um complexo
sistema de segmentos articulados em equilíbrio estático e dinâmico, onde o
movimento é causado por forças internas e externas atuando fora do eixo
articular, provocando deslocamentos angulares dos segmentos e por forças
externas ao corpo(7).
A locomoção humana difere da maior parte da locomoção animal por
ser bípede, impondo maior participação dos sistemas descendentes,
controladores da postura, durante a marcha(7).
Entre os mamíferos, o modo de locomoção terrestre bípede a
passos largos é único da linha evolutiva humana e pode ter sido a mudança
chave que tornou possível a evolução de outras características distintamente
humanas. O pé é considerado a parte mais tipicamente humana da anatomia
do homem, constituindo o sinal principal e distinto que separa o homem de
outros animais(7).
Na marcha humana, o peso é transmitido desde o osso Tálus, a toda
parte de sustentação periférica do pé. Os ossos são mantidos juntos pelos
ligamentos e as meias cápsulas são impedidas de se aplainarem através dos
ligamentos, da aponevrose plantar, dos tendões dos músculos extrínsecos e
intrínsecos do pé. Esses ossos se modificaram através da evolução para a
postura bípede tornando-se ao mesmo tempo flexíveis para o movimento e
mais fortes para desenvolver sua tarefa de sustentação(7).
Os metatarsos, para que alcançasse maior equilíbrio,
encompridaram- se e o ligamento plantar se responsabilizou em permanecer
constantemente retesado contribuindo dessa maneira com a formação do arco
plantar dos pés(7).
O calcâneo e a articulação do tornozelo são considerados as mais
belas adaptações para suportar todo peso do corpo humano(7).
13
Pisar sobre uma superfície estimula os receptores de pressão
situados nas plantas dos pés, causando uma contração reflexa dos membros
extensores. Isto é conhecido como Reflexo de Contração dos extensores cuja
utilidade é evidente na locomoção e postura ereta, contribuindo para a
manutenção desta(7).
Na posição ereta, o peso distribui-se uniformemente entre o dorso
do pé e o calcanhar. Sob a tensão de sustentação de peso, o pé se alonga e se
alarga ligeiramente(7).
A postura vertical do Homem está ligada ao fato de ser bípede.
Mesmo os primatas arborícolas podem adquirir mais ou menos esta posição.
A marcha pode ser definida como sendo um meio de locomoção
realizado por intermédio de movimentos alternados das pernas. Ocorre na
posição ereta e por tanto exige a manutenção da postura em pé e o controle da
projeção do centro de gravidade (Woolacot, 2001). A deambulação é um
conjunto da integração harmônica de vários sistemas envolvidos: neurológico,
vestibular, somatosensorial e musculoesquelético. Doenças e lesões nesses
sistemas, bem como os processos de envelhecimento fisiológico podem trazer
alterações na marcha(5).
Independência para marcha e equilíbrio desejáveis, são fatores
inerentes de uma boa capacidade funcional. Estes fatores se entrelaçam de tal
forma que os instrumentos de medida de capacidade funcional existentes
abordam marcha e equilíbrio(5).
Todo ser humano tem necessidade de se mover e de manter uma
boa postura – “Exercer o movimento e a locomoção pela contração dos
músculos comandados pelo sistema nervoso”(5).
14
CAPITULO 2 – TRANSPORTE DE PACIENTE
O transporte de pacientes deve ser realizado com a ajuda de
elementos auxiliares, tais como cintos e pranchas de transferência, discos
giratórios e auxílios mecânicos(2).
São procedimentos que envolvem a movimentação e o transporte de
pacientes, considerados os mais penosos e perigosos para os trabalhadores da
saúde. Estudiosos da questão defendem que o ensino desses procedimentos
deve ser complementado com uma avaliação do local de trabalho e com
alternativas para torná-los menos prejudiciais. Um cuidadoso planejamento,
antes de se iniciarem esses procedimentos, é essencial e imprescindível(2).
2.1 – AUXILIAR O CLIENTE A LEVANTAR DE CADEIRA OU P OLTRONA
Nesse procedimento, é muito importante selecionar cadeiras ou
poltronas de acordo com as necessidades de cada pessoa, levando em
consideração a promoção de conforto e independência. Não se deve esquecer
também os equipamentos auxiliares, como andadores e bengalas(2).
Quando o paciente necessita de ajuda, deve-se usar um cinto de
transferência e proceder da seguinte maneira (Figuras 1a e 1b):
• Colocar o cliente para a frente da cadeira, puxando-o alternadamente
pelo quadril
• Permanecer ao lado da cadeira, olhando do mesmo lado que o paciente
• O cliente deve colocar uma mão no braço mais distante da cadeira e a
outra é apoiada pela mão do trabalhador de enfermagem. Com o outro
braço, o trabalhador circunda a cintura do paciente, segurando no cinto
de transferência
• Levantar de uma forma coordenada, com movimentos de balanço.
15
Dependendo das condições do cliente, pode ser necessária a
participação de uma outra pessoa, do outro lado da cadeira
Figura 1a Figura 1b
2.2 – AUXILIAR O CLIENTE A DEAMBULAR
É importante fazer uma avaliação cuidadosa para verificar se o
cliente tem condições de deambular. A pessoa deve permanecer bem próxima
do paciente, do lado em que ele apresenta alguma deficiência, colocando um
braço em volta da cintura e o outro apoiando a mão. O ideal, nestes casos, é
utilizar um cinto especial, colocado na cintura do paciente (Figura 2) (2).
16
Figura 2
2.3 – TRANSFERIR O CLIENTE DO LEITO PARA UMA POLTRO NA OU
CADEIRA DE RODAS
O paciente pode executar essa transferência de uma forma
independente ou com uma pequena ajuda, utilizando uma tábua de
transferência, da seguinte maneira (Figuras 3a e 3b) (2):
• Posicionar a cadeira próxima à cama. Elas devem ter a mesma altura
• Travar a cadeira e o leito, remover o braço da cadeira e elevar o apoio
dos pés
• Posicionar a tábua apoiada seguramente entre a cama e a cadeira
17
Figura 3a Figura 3b
Um outro modo é usar o cinto de transferência, seguindo-se os
passos(Figuras 4a, 4b, 4c e 4d)(2):
• Colocar a cadeira ao lado da cama, com as costas para o pé da cama
• Travar as rodas e levantar o apoio para os pés
• Sentar o cliente na beira da cama
• Calçar o cliente com sapato ou chinelo antiderrapante
• Segurar o cliente pela cintura, auxiliando-o a levantar-se, virar-se e
sentar-se na cadeira
18
2.4 – TRANSFERIR PACIENTE DO LEITO PARA UMA MACA
Não existe maneira segura para realizar uma transferência manual
do leito para uma maca. Existem equipamentos que devem ser utilizados,
como as pranchas e os plásticos resistentes de transferências nesse caso, o
paciente deve ser virado para que se acomode o material sob ele. Volta-se o
paciente para a posição supina, puxando-o para a maca com a ajuda do
material ou do lençol (Figuras 5a e 5b). Devem participar desse procedimento
Figura 20a
Figura 4b
Figura 4a
Figura 4c Figura 4d
19
quantas pessoas forem necessárias, dependendo das condições e do peso do
cliente. Nunca esquecer de travar as rodas da cama e do leito e de ajustar sua
altura(2).
Figura 5a figura 5b
20
CAPÍTULO 3 - MOVIMENTAÇÃO ATIVA E PASSIVA DO CLIENT E NO LEITO
Conceitualmente a movimentação ativa, tem inicio entre o primeiro e
terceiro dia após-operatório depois, a movimentação passiva é ativada
completa ou parcial dos movimentos anteriores dependendo do grau de estado
físico do paciente e respeitando seu limite.
A movimentação ativa e passiva propõe objetivo de reabilitação não
só dos segmentos acometidos, mas também do indivíduo como um todo,
porém neste caso específico patológico independe somente das técnicas
fisioterapêuticas, pois depende da reinervação para que o músculo volte ao seu
potencial de atividades. A fisioterapia neste caso assume(6)
A falta de movimentação pode prejudicar as suas AVD´s e requer
colaboração também do cliente/paciente para trabalhar durante o programa.
Afim, de obter recuperação funcional mais rápida movimentação passiva total.
3.1 – MOVIMENTAÇÃO DO CLIENTE NO LEITO
Lembrar que o paciente deve ser estimulado a movimentar-se de
uma forma independente, sempre que não existir contra-indicações nesse
sentido. Outro ponto que não pode ser esquecido é procurar ter à disposição
camas e colchões apropriados, dependendo das condições e necessidades do
cliente. O ideal são camas com altura regulável, que possam ser ajustadas,
dependendo do procedimento que será realizado(2).
Durante a movimentação, deve-se, sempre que possível, utilizar
elementos auxiliares, tais como: barra tipo trapézio no leito, plástico
antiderrapante para os pés, plástico facilitador de movimentos, entre outros(2).
Neste tópico serão apresentados separadamente os principais
motivos que levam os trabalhadores de saúde a movimentar os clientes no
leito(2):
21
3.1.1 – COLOCAR OU RETIRAR COMADRES
Quando o paciente pode auxiliar, deve-se utilizar o trapézio, no leito,
e solicitar que eleve o quadril, evitando-se assim, a necessidade de erguê-lo
ver fig. 6(2).
Figura 6
3.1.2 – TRAZER O CLIENTE PARA UM DOS LADOS DA CAMA
Lembrar que a movimentação no leito deve ser realizada,
preferencialmente, por duas pessoas, seguindo-se os seguintes passos ver fig.
7(2).
22
Figura 7
• As duas pessoas devem ficar do mesmo lado da cama, de frente para o
paciente
• Permanecer com uma das pernas em frente da outra, com os joelhos e
quadris fletidos, trazendo os braços ao nível da cama:
• A primeira pessoa coloca um dos braços sob a cabeça e, o outro, na
região lombar
• A segunda pessoa coloca um dos braços também sob a região lombar e,
o outro, na região posterior da coxa
• Trazer o paciente, de um modo coordenado, para este lado da cama
Se for necessário mover o paciente sem ajuda, deve-se fazê-lo em
etapas, utilizando-se o peso do corpo como um contrapeso e plásticos
facilitadores de movimentos.
3.1.3 – COLOCAR O PACIENTE EM DECÚBITO LATERAL
Quando o paciente não é obeso, podem-se seguir as seguintes
fases (Figura 8) (2):
23
• Permanecer do lado para o qual você vai virar a pessoa
• Cruzar seu braço e sua perna no sentido em que ele vai ser virado,
flexionando o joelho. Observar o posicionamento do outro braço
• Fazer o paciente virar a cabeça em sua direção
• Rolar a pessoa gentilmente, utilizando seu ombro e joelho como
alavancas
Figura 8
Uma outra forma de realizar esse procedimento é usando-se
plásticos deslizantes e resistentes, da seguinte forma (Figura 9) (2):
• Virar o paciente e colocar o plástico sob seu corpo. Voltar o paciente e
puxar o plástico
• Ficar no lado oposto ao que o paciente será virado
• Puxar o plástico, movendo o paciente em sua direção e para a beira da
cama. Manter as costas eretas e utilizar o peso do seu corpo
• Elevar o plástico, fazendo o paciente virar cuidadosamente. Manter, no
lado oposto da cama, uma grade de proteção
24
Figura 9
3.1.4 – MOVIMENTAR O PACIENTE, EM POSIÇÃO SUPINA, P ARA A
CABECEIRA DA CAMA.
Se o paciente tem condições físicas, ele pode mover-se sozinho,
com a ajuda de um trapézio. O cliente flexiona os joelhos e dá um impulso,
tendo como apoio um plástico antiderrapante sob seus pés (Figura 10b) ou
uma pessoa segurando – os (Figura 10a). Pode-se também colocar um plástico
deslizante sob as costas e a cabeça do paciente(2)
25
Uma outra maneira de movimentação independente é colocar um
plástico deslizante sob o corpo do paciente e pedir que ele realize o mesmo
impulso com os pés (Figura 11) (2).
Figura 11
Quando o paciente não pode colaborar, uma alternativa é seguir os
seguintes passos (Figura 12) (2):
• Deixar a cama em posição horizontal
• Colocar um travesseiro na cabeceira da cama
Figura 10b
Figura 10c
Figura 10a
26
• Colocar um lençol ou plástico deslizante sob o corpo do paciente
• Permanecer duas pessoas, uma de cada lado do leito, e olhando em
direção dos pés da cama
• Segurar firmemente no lençol ou plástico e, num movimento ritmado,
movimentar o paciente.
Figura 12
Se a altura da cama for regulável, pode-se proceder da seguinte maneira
(Figura 13) (2):
• Abaixar a altura da cama de tal forma que os trabalhadores de
enfermagem possam colocar um joelho na cama e manter a outra perna
firmemente no chão
• Segurar o plástico e, de uma forma coordenada, sentar sobre seus
calcanhares, movendo ao mesmo tempo o cliente
27
Figura 13
3.1.5 – MOVIMENTAR PACIENTE EM POSIÇÃO SENTADA PARA A
CABECEIRA DA CAMA
O paciente deve ser encorajado a movimentar-se sozinho, com a
ajuda de um plástico facilitador de movimentos. Neste caso, o paciente fica
sentado sobre o plástico, podendo deslizar com o auxílio de blocos de mão
antiderrapantes (Figura 14) (2).
Figura 14
28
Ele pode, também, receber a ajuda de uma pessoa, que segura seus
pés, estando suas pernas flexionadas. Neste caso, o cliente apóia uma mão de
cada lado do corpo e ele próprio dá um impulso, ao endireitar as pernas (Figura
15) (2).
Figura 15
Quando o paciente não pode colaborar, duas pessoas devem
realizar o procedimento. Deve-se também usar um plástico deslizante e
procede-se da seguinte maneira (Figuras 16a e 16b) (2):
• As duas pessoas devem ficar uma de cada lado do leito, olhando na
mesma direção
• Abaixar a altura da cama, de uma forma tal que os trabalhadores de
enfermagem possam colocar um joelho na cama, mantendo a outra
perna firmemente no chão
• Segurar a mão do paciente com uma das mãos e agarrar no local
apropriado do plástico com a outra
• Usando movimento coordenado, sentar sobre os calcanhares, movendo,
ao mesmo, tempo o cliente. Repetir o procedimento, se for necessário
29
3.1.6 – SENTAR O PACIENTE NO LEITO
O cliente deve ser encorajado a sentar-se sozinho, ficando de lado e
levantando-se com a ajuda dos braços. Podem-se, também, utilizar materiais
simples, como uma corda com nós ou uma escada de cordas que, fixadas nos
pés da cama, permitem que o cliente sente sem ajuda (Figura 17) (2).
Quando o cliente é auxiliado por outra pessoa, pode-se fazer da
seguinte forma (Figuras 18a e 18b) (2):
• A pessoa fica de frente para o paciente, colocando um dos seus joelhos
ao nível do quadril do paciente e sentando-se sobre seu próprio
tornozelo
• Segurar no cotovelo do paciente, que também apóia no cotovelo da
pessoa. O paciente deve se sentar apoiando-se na pessoa.
Figura: 16a
Figura 16b
Fig. 17
30
Figura 18a figura 18b
Se o paciente não consegue auxiliar, uma outra alternativa é realizar
o procedimento com duas pessoas, da seguinte maneira (Figura 19) (2):
• Permanecer uma pessoa de cada lado da cama, olhando em direção da
cabeceira
• Ficar ajoelhada, mantendo o joelho ao nível do quadril do cliente
• Segurar nos cotovelos e trazer o paciente para frente, enquanto senta
em seus calcanhares. Pode-se usar, como um auxílio nessa manobra,
uma toalha resistente, que é colocada nas costas do paciente
Figura 19
31
Uma outra alternativa é levantar o paciente, apoiando no cotovelo,
como descrito anteriormente, estando o cliente sobre um plástico deslizante.
Depois, mover os seus membros inferiores para fora do leito (Figura 20) (2).
Figura 20
3.1.7 – SENTAR O PACIENTE NA BEIRA DA CAMA
No caso do cliente estar deitado, seguir os seguintes passos (Figura
21) (2):
• Colocar o paciente em decúbito lateral, sobre um plástico deslizante, e
de frente para o lado em que vai se sentar
• Elevar a cabeceira da cama
• Uma pessoa apóia a região dorsal e o ombro do paciente e a outra
segura os membros inferiores
• De uma forma coordenada, elevar e girar o paciente até ele ficar sentado
32
Figura 21
33
CAPITULO 4 - MUDANÇA DE DECÚBITO
As mudanças de decúbito promover conforto ventilatório e maior
integridade da pele que comumente resultam em lesões denominadas úlceras
de pressão (U.P.), escaras ou úlceras de decúbito, tem sido relatadas como
sendo objeto de preocupação da enfermagem desde o seu início com Florence
Nightingale, porém o problema continua sendo bastante comum em pacientes
cuidados nos hospitais e domicílios(3).
As úlceras de pressão são um agravo à saúde de pessoas já
debilitadas por doenças crônico-degenerativas e/ou déficit motor/sensório,
determinado por condições neurológicas agudas ou crônicas. São “áreas
localizadas de hipóxia tecidual que tendem a se desenvolver quando tecidos
moles são comprimidos entre uma proeminência óssea e uma superfície
externa, por um período prolongado visualizado na figura 22(4).
Figura 22: demonstração da compressão das proeminências ósseas aos tecidos subjacentes
devido à falta de mudança de decúbito.
As escaras, apesar de normalmente não serem dolorosas, afetam de
forma trágica a qualidade de vida do paciente e o estado de espírito do
cuidador. Alguns pacientes referem dor local e prurido. Nesses casos a
presença de infecção secundária pode ser a causa(9).
34
Quando se instala, a infecção pode causar osteomielite e septicemia
colocando em risco a vida do paciente. E as áreas mais afetas podem ser
observada na figura 23(9).
Figura 23 – áreas mais afetas pelas úlceras de decúbito.
A NHB na mudança de decúbito e mobilização dos pacientes
acamados têm efeitos agudos e profundos nas funções cardiopulmonar e
cardiovascular. Essas intervenções têm um papel importante na melhora do
transporte de oxigênio, e na prevenção dos efeitos negativos da mobilidade
restrita e do posicionamento em decúbito supino, comum em pacientes de UTI,
principalmente, nas funções cardiopulmonar e cardiovascular(7).
As mudanças de decúbito interferem significativamente na PaO2 de
pacientes em UTI com suporte ventilatório, podendo interferir na melhora
clínica da integridade da pele e na alteração dos valores de FiO2 para o
desmame da ventilação mecânica(7).
35
CAPITULO 5 – MANUTENÇÃO DA POSTURA CORRETA
A postura humana depende da coluna vertebral e está ligada à
evolução da espécie. O tronco passou a ser o instrumento de equilíbrio. Á
medida que o tronco se elevava, as extremidades passavam a ter uma função
definida: os membros inferiores para a locomoção e os membros superiores
para a preensão e a oponência(1).
Entretanto, nesta passagem para a vertical, a bacia, que é o alicerce
da coluna vertebral, não conseguiu horizontalizar-se com o solo, mantendo
uma obliqüidade que obrigou a formação das curvas de compensação, vistas
do plano sagital (lardose e cifose). No plano frontal,ela se manteve ereta. A
menor ou maior obliqüidade pélvica é que vai dar os diferentes tipos posturais
observados no homem(1).
5.1- POSTURA NORMAL
A postura sofre influência hereditária, profissional, e é diferente nas
várias faixas etárias(figura 24), além de estar na dependência do estado
psicológico, ou do humor (euforia ou depresão)(1).
O centro da gravidade do corpo está um pouco atrás e abaixo do
umbigo. Portanto, a tendência do corpo é cair para a frente. Forçando o
trabalho dos músculos posteriores, chamados de antigravitários. Os músculos
anteriores, especialmente os abdominais, agem em favor da gravidade, daí sua
menor função e consequentemente maior flacidez, com facilidade em adquirir
protrusão abdominal. Daí a razão de iniciar a correção postural com exercícios
abdominais (fig. 25)(1).
36
Fig. 24 – postura humana. A.pessoa jovem.
B. pessoa idosa com modificação nas
curvaturas da coluna.
5.2- POSTURA ESTÁTICA
Postura militar ou atlética é aquela assumida pelos militares e atletas
quando estão na posição de sentido ou alerta. O centro da gravidade é
projetada para a frente, com grandes sobrecarga dos músculos posteriores dos
membros inferiores, especialmente do tríceps sural. A sobrecarga pode ser tão
grande, com exigência de maior volume sanguineo, que poderá ocasionar
lipotimia, comum nas paradas militares ou atléticas. Esta postura favorece a
lordose(1).
Sapatos de salto alto comumente utilizados pelas mulheres, além de
maléficos para a postura, também o são para os pés, pois projetam o centro
de gravidade para a frente e sobrecarregam o arco metatársico, com
deformidades sérias na posição dos pés(fig. 26)(1).
Fig. 25 – A. domínio dos músculos que
diminuem a obliqüidade, reduzindo as
curvaturas da coluna. B. Aumento da
obliqüidade pélvica com acentuação das
curvaturas da coluna.
37
5. 3 – POSTURA SENTADA
Pesquisas em laboratório foram desenvolvidas no sentido de
encontrar uma cadeira ideal. Entretanto, as diferenças de estaturas tornam esta
tarefa difícil. A cadeira ideal é a que tem o espaldar adaptado a curvas da
coluna e uma altura suficiente para deixar livre a região posterior da coxa e os
pés totalmente apoiados no solo (fig. 27) (1).
Fig. 26 – postura atlética e
postura com sapato de salto
alto, verificando-se, em ambas
aumento da lordose lombar.
Fig. 27 – postura sentada. (cadeira ideal é a que mantém as curvaturas normais da coluna).
38
5.4 – POSTURA DEITADA OU EM DECÚBITO
Deve-se e pode-se deitar na posição em que se quiser, menos de
bruços, ou seja, decúbito ventral. Esta posição faz aumentar a lordose lombar e
o pescoço é mantido em rotação lateral. As posições deitadas corretas são:
decúbito dorsal ou sobre o dorso e decúbito lateral também chamada de
posição fetal. O colchão deve ser firme e deve-se fazer uso de travesseiro(1).
5.5 – POSTURA DINÂMICA
É a postura assumida no trabalho e na vida cotidiana. A maior causa
de incapacidade para o trabalho por problemas relacionados com a coluna
vertebral é produto de má postura. Devemos lembrar o papel da coluna
vertebral e tomar cuidados para poupá-la. Do ponto de vista mecânico e clínico,
deve-se evitar a flexão do tronco sobre os joelhos em extensão, pois nesta
posição o braço da resistência é três vezes maior que o da potência. Assim
procedendo, a carga sobre os discos vertebrais inferiores pode leva a lesões,
ocasionando, a curto prazo, hérnia discal e, a longo prazo, degeneração,
causadora de artrose(1).
Á coluna devem-se dispensar os maiores cuidados quando se
carregam objetos mais pesados. Nestes casos, a carga deve ser distribuída
equilibradamente nas duas mãos. Nunca se deve elevar um peso acima da
cintura e, quando os carregar, é necessário colocá-los sempre ao nível do
umbigo, pois próximo a ele está o centro de gravidade do corpo(1).
39
CONSIDERAÇÕSE FINAIS
Conhecer, desenvolver e aplicar as diversas formas de
conhecimento direcionada a locomoção e mecânica corporal, e seu contato
direto com pacientes, familiares, torna-se importante para compreendermos
melhor como ocorre às necessidades humanas básicas.
A evolução postural do ser humano também foi sofrendo adaptações
em relação ao tempo para uma melhor locomoção, equilíbrio e postura
corporal.
No entanto, fica claro a grande importância em se realizar novas
pesquisas e elaborações de manuais como o deste estudo, a fim de dar
possibilidades aos cuidadores de se atualizarem e encontrarem material
tecnológico e treinamento, que os instruam a se adaptarem as dificuldades do
dia-a-dia relacionadas às NHBS.
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BIBLIOGRAFIA
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acesso em 28 jun, 2009.