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MOTORES DE INDUÇÃO ALIMENTADOS POR CONVERSORES DE FREQÜÊNCIA PWM Prof. Sebastião Lauro Nau. Dr. Eng. Set17

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MOTORES DE INDUÇÃO

ALIMENTADOS POR CONVERSORES

DE FREQÜÊNCIA PWM

Prof. Sebastião Lauro Nau. Dr. Eng.

Set17

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1 - Introdução

2 - Aspectos Normativos

3 - Variação da velocidade dos motores de indução por meio dos conversores estáticos de frequência

4 - Princípio de funcionamento e características dos conversores estáticos de frequência

5 - Comportamento dos motores de indução alimentados por conversores de frequência

5.1 - Sistema de isolamento

5.2 - Elevação de temperatura

5.3 - Corrente pelos mancais

5.4 - Ruído

5.5 - Vibração

5.6 - Rendimento

5.7 - Torque

SUMÁRIO

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1 - INTRODUÇÃO

- Crescimento dos acionamentos eletrônicos com velocidade variável

(eletrodomésticos, transportes, sistemas de potência)

- Conservação de energia / exigências de maior compreensão destas

aplicações

Até 1960:

-- Máquinas CC ou variadores mecânicos ou hidráulicos

-- Tiristor (1958): Nova era para os acionamentos com motores CC

- Limitações das máquinas CC

- Desenvolvimento da consciência ecológica

- Avanço tecnológico da eletrônica de potência

- Incorporação do motor CA em acionamentos eletrônicos de velocidade

variável

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1 - INTRODUÇÃO (continuação)

- A partir da década de 80: aperfeiçoamento de novos semicondutores de

potência (incorporação dos controles de condução e bloqueio).

1a Geração (1958-1975): Tiristor (SCR)

2a Geração (1975-1985): Transistor de potência (BJT), MOSFET de

potência, GTO (Gate Turn-Off Thyristor)

3a Geração (a partir de 1985): IGBT (Insulated Gate Bipolar

Transistor), SIT (Static Induction Transistor), SITH (Static Induction

Thyristor), MCT (Mos Controlled Thyristor)

- O tipo de conversor depende do tipo de motor CA que será acionado.

- Serão focados aqui motores de indução alimentados por conversores de

frequência PWM e a influência dos conversores sobre as

características de desempenho do motor.

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Influência dos conversores sobre as características do motor:

Stress do sistema de isolamento;

Elevação de temperatura (Curvas de Derating);

Correntes pelos mancais (Tensão no eixo);

Ruído / Vibração;

Rendimento;

1 - INTRODUÇÃO (continuação)

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2 - ASPECTOS NORMATIVOS

- NEMA MG1 - Motors and generators (2003) / “Estados Unidos”

Parte 30 - Application considerations for constant speed motors used on a sinusoidal

bus with harmonic content and general purpose motors used with adjustable-

frequency controls or both

Parte 31 - Definite-purpose inverter-fed polyphase motor

- NEMA - Application Guide for AC Adjustable Speed Drive Systems (2001)

- IEC 60034 - Rotating Electrical Machines / “Internacional”

Parte 17 - Cage induction motors when fed from converters – application guide (2002)

Parte 25 - Guide for the design and performance of cage induction motors specifically

designed for converter supply (2004)

- CSA C22.2 No.100-2004 Item 12 / “Canadá”

Motors and Generators – Industrial Products

- JEM TR 148-1986 / “Japão”

Application guide for inverter drive (general-purpose inverter)

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Outros documentos técnicos de referência

- GAMBICA/REMA Technical Guides for Variable Speed Drives and Motors

- GAMBICA/REMA Technical Reports for Variable Speed Drives and

Motors

- IEC 60034-18-41 (42) – Qualification and design tests for Type I

(II) electrical insulation systems used in rotating electrical machines

fed from voltage converters

- Artigos técnicos e livros relacionados com o assunto

● Guia Técnico “Motores de indução de gaiola alimentado por

conversores de frequência PWM” da WEG

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3 - Variação de velocidade dos motores de indução de gaiola por meio dos conversores

VELOCIDADE

TORQUE

p

sfn

)1.(.120 1

FLUXO

I . k = T 2m.1

f

V k

1

1

m .2

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TENSÃO

TORQUE

POTÊNCIA

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Requisitos Básicos:

- Ajuste da freqüência velocidade desejada

- Ajuste da tensão fluxo constante torque constante

- Suprir Inom para toda faixa de velocidade

4 - Princípio de funcionamento e características dos conversores estáticos de frequência

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Harmônicas produzidas pelos conversores

Retificador 6 pulsos (6 diodos) h = 6n1 5a, 7a, 11a, 13a, ...

Retificador 12 pulsos (12 diodos) h = 12n1 11a, 13a, 23a, 25a...

T

T

1) Ref A: 10 A 5 ms

T

T

1) Ref A: 200 Volt 5 ms

Corrente Tensão

Harmônicas na entrada do conversor

– Afetam a rede

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Distorção Harmônica Total (THD - Total Harmonic Distortion)

2

2 1

)(

h

h

A

ATHD

Limites de THD (IEEE Std.519 - 1992 - USA)

OBS.: As correntes harmônicas pares estão limitadas em 25% das ímpares

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Harmônicas na saída do conversor

- Afetam o desempenho do motor

- Aumento das perdas (temperatura) Diminuição do rendimento

- Aumento dos níveis de ruído e vibração

T

T

1) Ref A: 5 A 5 ms

T

T

1) Ref A: 200 Volt 2 ms

Fig.15 - Corrente Fig.14 - Tensão

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Fator Harmônico de Tensão (HVF - Harmonic Voltage Factor)

NEMA MG1-Part 30

5

2

h

h

h

VHVF

0.50

0.55

0.60

0.65

0.70

0.75

0.80

0.85

0.90

0.95

1.00

0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12

Fator Harmônico de Tensão (HVF)

Fato

r de r

edução d

o torq

ue

Fator de redução de torque em função do HVF

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Fator de potência (fp) e fator deslocamento (cos)

S

P

AparentePot

AtivaPotFP

.

.Fator de potência

cos hefhef IVPPotência Ativa

hefhef IVS Potência Aparente

coscos

hefhef

hefhef

IV

IVFP

FP = Cos

Para uma alimentação

puramente senoidal

Fator de deslocamento: defasagem entre tensão e corrente de harmônicas de mesma ordem

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cos11 efef IVP

Assim,

2

2

)(

2

11

2

)(11

h

efhefef

h

efhefef IIVIIVS

)()()(2

)(1 tItItIh

h

Corrente na entrada do conversor:

2

2

)(

2

1

2

h

efhefef III

Portanto,

2

2

)(

2

1

1 cos

h

efhef

ef

II

I

S

PFP

Dividindo numerador

e denominador por I1ef

2

1

2

2

)(

1

cos

ef

h

efh

I

I

FP

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2

1

2

2

)(

ef

h

efh

iI

I

THD

Como a THDi é dada por:

Então:

cos1

1

2

iTHDFP

Generalizando:

cos)1()1(

1

22

vi THDTHDFP

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Possíveis soluções para eliminação das harmônicas

- Instalação de filtros: filtro passivo e/ou filtro ativo

Filtros passivos

- Inversores com maior n° de pulsos

- Técnicas de comando PWM

PWM - Ângulos de comando dos transistores

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5 - Comportamento dos motores de indução de gaiola alimentados por conversores de freqüência PWM

5.1 - Influência do conversor no sistema de isolamento do motor

- “Rise time ” do pulso de tensão;

- Comprimento do cabo;

- Mínimo tempo entre pulsos;

- Freqüência de chaveamento;

- Múltiplos motores.

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Influência do “RISE TIME ”

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Influência do COMPRIMENTO DO CABO

Conforme guia de aplicação da NEMA:

• 3m de cabo início dos overshoots (sobretensões)

• 15m de cabo pode atingir 2 x Vfonte

• Acima de 120m picos superiores a 2xVfonte e maior duração

Inversor CFW-04 + Motor Standard 10cv-380V- IVp

Fig.20 - Terminais do Conversor Fig. 21 - Cabo 1,5 m

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Fig.22 - Cabo 15 m

Fig.24 - Cabo 54 m

Fig.23 - Cabo 34 m

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Outro exemplo: “Avaliação dos picos de tensão nos terminais do motor com cabo longo”

- Motor 9 kW – 2115 rpm – 400 V – 72 Hz

- Tensão de alimentação do conversor 400 V

- Controle escalar

- Frequência de chaveamento 4 kHz

- Cabos de 20, 30 e 100 metros de comprimento

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Influência do MÍNIMO TEMPO ENTRE PULSOS

- O overshoot torna-se pior quando o tempo entre pulsos é mínimo.

- Conforme o guia de aplicação da NEMA: tempo entre pulsos menor

que 6s acréscimo no overshoot.

T

T

1) Ref A: 500 Volt 10 us

1650V

1,60s

Pulso de tensão nos terminais do motor

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Influência da FREQUÊNCIA DE CHAVEAMENTO

- Atualmente freqüências de chaveamento até 20 kHz;

- A dependência do tempo de vida útil do isolamento em função da freq.

de chaveamento não é uma relação simples;

- Experiências realizadas em pares de fios torcidos (twisted pairs)

mostram que:

Para fchav 5 kHz

A probabilidade de falha do isolamento (fio) é diretamente

proporcional à freqüência de chaveamento.

Para fchav > 5 kHz

A probabilidade de falha do isolamento (fio) é diretamente

proporcional ao quadrado da freqüência de chaveamento.

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Influência de aplicações com múltiplos motores

- Mais de um motor conectado a um único conversor pode

ocorrer overshoot;

- Reflexão entre motores;

- A situação é pior quanto maior o comprimento do cabo entre

inversor e ponto comum.

M1

M2

M3

Inversor

!!! O comprimento “L” deve ser o menor possível !!!

L

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5.1.1 - Critérios, quanto ao isolamento, para motores alimentados por conversores de freqüência

A análise de resultados de ensaios laboratoriais e de experiências de campo, permitem definir os seguintes critérios para a proteção do sistema isolante dos motores de indução trifásicos de baixa tensão:

- A máxima freq. de chaveamento recomendada é de 5 kHz. - A umidade é um agente agressivo, que deve ser evitado para garantir o tempo de vida especificado do motor.

(*) Informações fornecidas pelos fabricantes de inversores.

Se alguma das condições acima não for satisfeita, devem ser utilizados filtros!

Tensão do motor

- Nominal -

Tensão de pico no

motor

- Máxima -

dV/dt na saída do

inversor

- Máximo -

Rise Time do

inversor*

- Mínimo -

Tempo entre

pulsos*

- Mínimo -

VNOM 460V 1430V 5200 V/s

460V VNOM 575V 1780V 6500 V/s

575V VNOM 690V 2140V 7800 V/s

0,1 s 6 s

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Critérios de isolamento NEMA MG1 - Partes 30 e 31

Critérios de isolamento IEC 60034-17 e -25

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5.2 - Influência do conversor na elevação de temperatura do motor (T)

O T sofre a influência de 2 fatores principais:

- Harmônicas de saída do conversor (entrada do motor)

- Variação de rotação.

A influência conjunta de ambos fatores deve ser considerada para

evitar o sobreaquecimento do motor!

Para manter o mesmo T do motor:

- Redução do torque (derating) Sobredimensionamento do motor

- Ventilação independente

- Utilização da “solução fluxo ótimo” (motor WEG + conversor WEG)

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CONDIÇÃO DE FLUXO CONSTANTE (V/f constante)

0.50

0.55

0.60

0.65

0.70

0.75

0.80

0.85

0.90

0.95

1.00

1.05

0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6

[f/fn] - Freqüência (p.u.)

[T

R] -

To

rq

ue

Ap

licá

ve

l (p

.u.)

para manter o ΔT da classe F (105°C)

para manter o ΔT da classe B (80°C)

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

fluxo constante

V/f constante

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Exemplo de dimensionamento utilizando a curva de derating

Dimensionar: Motor Standard auto-ventilado para operar com conversor de frequência e manter T

bob da classe F)

Carga: Compressor (TR = 3,5 kgfm)

Rotação: 180rpm 1800rpm

Rede: 380V / 60Hz / Trifásica

Resolução:

(motor 4 polos) cv =

716

1800 . , = P 8,8

53

Hzrpm

Hzrpm

601800

6180

10,060

66 frHzf

Calculando o fator de redução do torque (DF)

15 cv - IV p - 60 Hz - Carcaça 132M

DF = 0,7

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5.3 - Influência do conversor na corrente pelos mancais (tensão no eixo) do motor

A maior causa de correntes pelos mancais quando o motor é

alimentado por um conversor PWM é a TENSÃO MODO

COMUM (CMV - Common Mode Voltage )

Componentes básicas de corrente pelos mancais:

- Componente de condução (permanente)

- Componente de descarga capacitiva (EDM)

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5.3.1 - Tensões Modo Comum

Inversão CC para CA

Tensão e correntes modo comum

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5.3.2 - Circuito equivalente do motor para as correntes capacitivas (alta frequência)

Capacitâncias “parasitas”

do motor

Circuito equivalente para as

correntes capacitivas

Enrolamento Estatórico

Cer

Cec Crc

mancais

CmtCmd

Rotor

Carcaça / Terra

ICICM

ICM

Ier

Tensão modocomum

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5.3.3 - Mecanismo de circulação de corrente pelos mancais

1 - Geração da Tensão Modo Comum pelo estágio inversor;

2 - Inversor alimenta o enrolamento estatórico do motor;

3 - A corrente flui através das capacitâncias parasitas do estator para o rotor;

4 - O potencial do rotor com relação à carcaça (aterrada) aumenta;

5 - O rotor atinge um potencial tal que rompe o filme de graxa do mancal.

Estriamento (fluting) causado pela corrente

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5.3.4 - Resultados Práticos

Corrente capacitiva no mancal (IC)

(CFW-05 + 10cv/4p/60Hz/380V)

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0 20 40 60 80 100

Freq. de Operação [Hz]

Ic[m

A]

1.8 [kHz] 3.6 [kHz] 7.2 [kHz] 14.4 [kHz]

Corrente Capacitiva

Tensão medida no mancal

traseiro

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5.3.5 - Métodos de como evitar ou minimizar as correntes pelos mancais

MOTOR COM UMA

PONTA DE EIXO

SEM PROTEÇÃO PARA

OS MANCAIS

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COM PROTEÇÃO PARA OS MANCAIS

(uma ponta de eixo)

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MOTOR COM DUAS PONTAS DE EIXO

SEM PROTEÇÃO PARA OS MANCAIS

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COM PROTEÇÃO NOS MANCAIS

(duas pontas de eixo)

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5.4 - Influência do conversor no ruído do motor

FONTES DE RUÍDO

- Sistema de Ventilação;

- Rolamentos;

- Origem Magnética.

Para motores alimentados com inversores de frequência o ruído magnético pode ser a maior fonte de ruído, independentemente do n° de polos.

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Nível de pressão sonora médio em [dB(A)]

)10....(10N

110.log.Lp 0,1Lpn0,1Lp1

Lp = nível de pressão sonora médio

Lp1 = nível de pressão sonora médio no ponto 1

Lpn = nível de pressão sonora médio no ponto n

N = nº de pontos medidos

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Ruído em função da potência dos motores e da fchav do conversor

5.4.1 - Resultados Práticos – conversor escalar

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Nível de pressão sonora [dB(A)](Motor 12.5cv/4p/380V/60Hz/132M)

30

50

70

90

0 20 40 60 80 100 120Freq. de Operação [Hz]

Lp

[d

B(A

)]

1.8 kHz 3 .6 kHz 7.2 kHz

14 .4 kHz N orma

Ruído em função da fop do motor e da fchav do conversor

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Conversores: CFW-06.67/380-480 (vetorial)

CFW-06.158/380-480 (vetorial)

5.4.2 - Resultados Práticos – conversor vetorial

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Nível de pressão sonora [dB(A)]

(Freqüência de operação 60Hz)

60

65

70

75

80

85

90

20cv 30cv 50cv 75cv 100cv

Motores Standard

Lp

[d

B(A

)]

2.5kHz 5.0kHZ Rede Norma

Ruído em função da potência dos motores e da fchav do conversor

5.4.2 - Resultados Práticos – conversor vetorial

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Nível de pressão sonora [dB(A)]

(Motor 100cv/4p/380V/60Hz/250S/M)

40

60

80

100

0 20 40 60 80 100 120

Freq. de Operação [Hz]

Lp

[d

B(A

)]

2.5kHz 5.0kHz Norma

Ruído em função da fop do motor e da fchav do conversor

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5.4.3 - Critérios, quanto ao ruído, para motores alimentados por inversores de freqüência

NEMA MG1 - Parte 30: Aumento do ruído entre 5 e 15 [dB(A)]

IEC 60034 - 17 : Aumento do ruído de 1 a 15 [dB(A)]

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5.5 - Influência do conversor no rendimento do motor

- O rendimento diminui, devido ao aumento nas perdas causado pelas

harmônicas;

- Normas não mostram como deve ser medido o desempenho do

conjunto (conversor + motor);

- NEMA - MG1: testes de desempenho do motor, quando solicitados,

deverão ser realizados com tensão senoidal;

- Ensaio conversor + motor acordo mútuo entre fabricante e usuário;

- Instrumentos de medição especiais.

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5.5.1 - Resultados Práticos

Motor 15cv-IVp-50Hz-

400V

Rend. do Sistema

Motor 15cv-IVp-50Hz-

400V

Rend. dos componentes

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5.6 - Considerações, quanto ao torque, para motores alimentados por conversores de frequência

NEMA MG1 - PARTE 31:

TORQUE DE PARTIDA

O motor deverá ser capaz de produzir um torque de partida no mínimo 140%

do Tnom e absorvendo no máximo 150% da corrente nominal.

TORQUE MÁXIMO

O torque máximo do motor em qualquer frequência dentro da faixa de

operação definida para a aplicação não poderá ser menor que 150%

do torque nominal (relativo àquela frequência), quando tensão

nominal para aquela frequência é aplicada.