motivos de resignação

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Page 1: Motivos de resignação

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Page 2: Motivos de resignação

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“Deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as

vossas dores neste mundo são as dívidas de vossas

faltas passadas, e essas dores, suportadas

pacientemente na Terra, vos poupam séculos de

sofrimento na vida futura.”

(Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. 5, Item 12)

Page 3: Motivos de resignação

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* Não há quem não se pergunte:

Porque tantas dificuldades aos meus pés?

Porque as coisas ao meu redor não acontecem como eu desejo?

Por que o meu vizinho está sempre sorridente e eu triste?

Analisemos, pois, as questões da dor e as razões pelas quais o Espiritismo nos exorta à resignação.

Page 4: Motivos de resignação

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*Resignação:

*Submissão aliada à constância e paciência em face dos infortúnios, coragem para suportar os rigores dos infortúnios, constância numa situação sem que se reaja contra ela, ou sem que o paciente se lamente dela.

*Disposição para obedecer, para aceitar uma situação de subordinação, docilidade, obediência, subalternidade.

*Disposição para aceitar um estado de dependência.

Page 5: Motivos de resignação

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*Como vemos, a resignação implícita nas Bem-Aventuranças de Jesus e mais esclarecidas pelo espiritismo não está em desacordo com as definições acima.

*Resignar-se é submeter-se, voluntariamente, às leis de Deus, por reconhecer que sendo Ele o absoluto na perfeição, causa de tudo que existe; não comete erros ou enganos e Suas leis sábias e amorosas são as que nos levam à felicidade.

*Embora possam essas definições ser interpretadas pela aceitação passiva, podem também ser interpretadas pela submissão racional, lógica e ativa de quem se sente seguro e confiante no Pai e Criador.

Page 6: Motivos de resignação

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*Embora possamos sentir dor e não sofrer, os termos são, na

maioria das vezes, interpretados como sinónimos.

*Mas, quais são os tipos

de dor que, de acordo

com a Doutrina Espírita,

o ser humano está sujeito?

1. Dor-Expiação

2. Dor-Auxílio

3. Dor-Evolução

Page 7: Motivos de resignação

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* DOR-EXPIAÇÃO*Os erros humanos decorrentes da cólera incontrolável,

do egoísmo obsessivo, das viciações inconsequentes, da sexualidade irresponsável, da maldade premeditada, são os vetores responsáveis pelos débitos morais que se acumulam nos bancos imperecíveis da nossa memória espiritual.

*Tal condição anómala é a responsável pelo desencadeamento, na criatura encarnada, de manifestações degenerativas do organismo físico (mal-formações congénitas, cancros, etc.) tanto quanto de perturbações mentais, ao mesclar crises de intenso remorso com depressões profundas e manifestações esquizofrénicas de difícil solução.

Page 8: Motivos de resignação

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* DOR-EXPIAÇÃO

*André Luís: "analisamos a dor-expiação que vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, detendo-a em complicados labirintos de aflição, para regenerá-la, perante a Justiça... “

*Infelizmente a dor-expiação constitui-se contingência assídua em nossa programação encarnatória, porquanto nos revelamos carentes de maiores aquisições evangélicas, exceção feita àqueles que já superaram as más tendências e se mostram familiarizados com as práticas da justiça, do amor e da caridade.

Page 9: Motivos de resignação

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*DOR-AUXÍLIO

*A reencarnação é um desafio expressivo enfrentado com certa preocupação pelos espíritos medianamente evoluídos.

*No que pese às boas intenções, às vezes, tais espíritos, quando encarnados, se deixam empolgar pelos atrativos mundanos e, invigilantemente, sofrem desvios dos planos previamente traçados no Mundo Maior, não suportando as provações retificadoras ou assumindo atitudes infelizes passíveis de precipitarem o fracasso da experiência terrena.

Page 10: Motivos de resignação

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*DOR-AUXÍLIO

*Todavia, deixamos do outro lado da vida, aqueles

espíritos bondosos que nos são caros e

interessados em nossa proteção. Por isso, diante

da ameaça de tropeços lamentáveis, em certas

ocasiões, somos beneficiados pelo amparo de exceção, ou seja, providências aparentemente

drásticas, mas cabíveis nos esquemas traçados

pelos benfeitores desencarnados em nosso

próprio benefício.

Page 11: Motivos de resignação

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*DOR-AUXÍLIO

*O enfarte, a trombose, o cancro penosamente

suportado, a senilidade prematura e outras

calamidades da vida orgânica constituem, por

vezes, dores-auxílio, para que a alma se recupere

de certos enganos em que haja incorrido na

existência do corpo denso, habilitando-se através

de longas reflexões e benéficas disciplinas, para o

ingresso respeitável na Vida Espiritual.

Page 12: Motivos de resignação

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*DOR-EVOLUÇÃO

*O que caracteriza a dor-evolução é o confronto com os vetores desarmonizantes que nos atingem de fora para dentro, mas que servem para estimular a paciência, a resignação, a fé, o perdão e a capacidade de luta.

*é o convívio com o parente difícil; a paciência a ser requisitada diante do cônjuge incompreensivo; a dificuldade em educar e encaminhar para o bem o filho rebelde; as pressões exercidas pela chefia no trabalho profissional; a ameaça de perda do emprego honesto que nos sustenta; a traição de alguém muito amado em quem depositávamos irrestrita confiança; a perda precoce de um ente querido e assim por diante. São problemas comuns à maioria das pessoas, mas que nos deixam marcados pela dor dilacerante e pelas lágrimas sentidas.

Page 13: Motivos de resignação

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Page 14: Motivos de resignação

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As provações, quando enfrentadas com a

devida resignação e confiança no auxílio do

Pai Maior, não passam de convites da

própria vida ofertados em prol do nosso

aprimoramento íntimo.

A resignação tem o poder de anular o

impacto do sofrimento. (André Luiz)

Page 15: Motivos de resignação

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A lição nos convida a ser feliz no sofrimento.

Por que?

*DÍVIDAS DO PASSADO

*Voltando para dentro de nós mesmos, e

mesmo que saibamos da advertência do

esquecimento do passado, temos sempre a

intuição do que fomos e porque estamos nesta

situação. Quer dizer, não há necessidade de

fazermos uma regressão de memória ou terapia

de vidas passadas. A nossa própria percepção

nos conduz ao que fomos, dando-nos as razões

de nosso sofrimento no presente.

Page 16: Motivos de resignação

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*DEVEMOS 100, PAGAMOS APENAS 1

*Os Espíritos nos orientam que a resignação ao sofrimento equivale ao seguinte raciocínio:

>> suponha que tenhamos uma dívida de €100,00, que deve ser quitada num prazo X. Na contabilidade divina surge a seguinte operação: se me pagares apenas €1,00, eu quitarei a dívida toda. Quem, que se julga honesto e responsável, não se apressaria em desembolsar €1,00 e ficar livre de toda a dívida? Assim é que procede a divindade para cada um de nós. O nosso pagamento é sempre menor do que aquilo que deveríamos realmente pagar.

Page 17: Motivos de resignação

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*VONTADE DE DEUS EM PRIMEIRO LUGAR

*Nas grandes crises pelas quais passamos, quando colocamos a vontade de Deus acima da nossa, o sofrimento torna-se mais leve, mais suave, enaltecendo os ensinamentos de Jesus que diz que o seu jugo é suave e o seu fardo leve. Ele, o nosso irmão maior, nos dá força para continuarmos no caminho da fé, apesar das asperezas do caminho. É por isso que os Espíritos superiores estão sempre nos alertando: "Em tudo o que fizer, pensa em Deus primeiro".

Page 18: Motivos de resignação

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*VIDA FUTURA

* Por que nos preocuparmos com a vida futura? Por que o

evangelho nos diz que a felicidade não é deste mundo? Por

que deixar para o dia seguinte o que podemos gozar hoje?

* As respostas a estas perguntas dependerão sensivelmente da

visão de mundo de cada um de nós. Se formos muito

apegados à matéria, poderemos querer gozar já no dia de hoje

não importando se, com isso, precisarmos passar por cima do

nosso próximo. Ao contrário, porém, se a nossa visão de

mundo for espiritualista, olharemos as coisas de um outro

ângulo. Ou seja, daremos mais atenção ao Espírito do que ao

corpo.

Page 19: Motivos de resignação

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*O PROBLEMA DA SALVAÇÃO DA ALMA

* A salvação da alma, após o desencarne, é um problema grave para a maioria das religiões: para algumas são necessárias obras; para outras, basta a fé.

*A Doutrina Espírita ensina-nos que a morte não altera o nosso estado moral; mudamos apenas de plano. Assim, não é porque temos fé ou porque acreditamos em Deus que seremos salvos. Para sermos salvos precisamos de nos libertar do erro, do "pecado". Somente assim poderemos nos libertar do mundo das provas.

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*VISÃO ESPIRITUAL DO PROBLEMA

*Quando olhamos os nossos problemas terrenos de um ponto de vista espiritual, eles começam a perder a sua intensidade, o seu valor relativo. Esta observação equivale a subirmos a uma montanha e de lá olharmos para baixo: tudo parece em tamanho diminuto. Procede assim aquele que dá mais valor ao Espírito do que à carne. Esse indivíduo pode passar por todos o tipos de dificuldade, que continua calmo, paciente, inclusive, agradecendo a Deus pelo sofrimento, pois o vê como uma forma de ativar a

sua evolução espiritual.

Page 21: Motivos de resignação

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* São, pois vários os motivos que podem levar o homem à

resignação nos sofrimentos e dificuldades da vida.

Resumindo-os:

*Confiança em Deus e na Sua sabedoria e amor - Se nós, homens ainda tão imperfeitos, queremos o melhor para nossos filhos, Ele, A Perfeição absoluta, não pode querer menos. Se nós, pela nossa imperfeição, nem sempre sabemos, exatamente, o que é melhor para nossos filhos, Ele sabe, pela Sua onisciência, e faz pela Sua onipotência.

Page 22: Motivos de resignação

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*Compreender e aceitar a imortalidade do Espírito, que nos leva a ver todos os acontecimentos e situações da vida como coisas passageiras, importantes sim, mas nada catastróficas ou milagrosas.

*Aceitar e compreender a lei das vidas sucessivas, através das quais vamos evoluindo de Espíritos simples e ignorantes a Espíritos angélicos, sábios e amorosos, precisando, pois das dificuldades da vida material para que essa evolução intelectual e moral se processe.

Page 23: Motivos de resignação

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*Aceitar e compreender a lei de ação e reação, através da qual vamos corrigindo nossos equívocos e omissões, conhecendo as causas dos nossos sofrimentos pelos efeitos que sentimos e recebemos, no uso da nossa inteligência e raciocínios, aprendendo assim a evitar as causas que os provocam.

*Entender as promessas de Jesus, nas Bem-aventuranças, promessas essas que só podem ser cumpridas no decorrer da vida eterna, no processo evolutivo do Espírito imortal.

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*Aceitar que o homem pode realizar seu desenvolvimento com muito mais facilidade e menos sofrimento, se for submisso às leis de Deus, aproveitando as dificuldades e dores para conhecer-se e desenvolver toda a potencialidade divina que traz inserida em si.

* Compreender e aceitar que o homem é um ser em trânsito na Terra, onde faz sua evolução, e que depende de cada um sofrer mais ou menos, de acordo com o respectivo entendimento acerca das leis divinas e da sua aplicação no seu sentir, pensar e agir.

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*Nessa compreensão e aceitação desses princípios, confiando nas palavras de Jesus "Bem-aventurados os aflitos porque serão consolados", os inevitáveis infortúnios da vidapoderão ser recebidos como oportunidades de testes de avaliação do processo evolutivo, de liberação de dívidas e, portanto, com alegria, com confiança, com certeza de que são experiências saudáveis, necessárias e úteis ao nosso progresso espiritual.

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*Conclusão

*Lembremo-nos da “Oração da Serenidade”, em que pedimos a Deus:

* serenidade para aceitarmos as coisas que não podemos modificar,

*coragem para modificarmos aquelas que podemos

*e sabedoria para distinguir uma da outra.

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