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100 MOTIVOS PARA IR AO DENTISTA Antônio Inácio Ribeiro ODONTEX

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100 MOTIVOSPARA IR AODENTISTA

Antônio Inácio Ribeiro

ODONTEX

ÍNDICE

01. Para embelezar seu sorriso.....................................10

02. Para melhorar a qualidade de vida..........................12

03. Para atender uma emergência................................14

04. Para não sentir dor depois.......................................16

05. Para gastar menos no futuro...................................18

06. Para melhorar sua saúde total.................................20

07. Para aproveitar os preços baixos.............................22

08. Para colocar próteses dentárias..............................24

09. Para trocar uma restauração...................................26

10. Para corrigir dentes tortos.......................................28

11. Para melhorar suas gengivas..................................30

12. Para tratar do mau hálito.........................................32

13. Para eliminar a dor de dentes..................................34

14. Para economizar tempo futuro................................36

15. Para aplicar raios laser............................................38

16. Para poder mastigar melhor....................................40

17. Para remover a placa bacteriana.............................42

18. Para eliminar trauma psicológico ...........................44

19. Para fazer revisões periódicas.................................46

20. Para colocar implantes dentários............................48

21. Para tratar do ronco e apnéia..................................50

22. Para prevenir enfartos por bactérias ......................52

23. Para colocar uma prótese fixa.................................54

24. Para tirar dentes inclusos ou do siso.......................56

25. Para eliminar dores da articulação..........................58

26. Para fazer clareamento...........................................60

27. Para colocar facetas laminadas...............................62

28. Para tratar as cáries................................................64

29. Para fazer uma limpeza ..........................................66

30. Para aumentar dentes pequenos.............................68

31. Para fazer enxertos.................................................70

32. Para reduzir sensibilidade........................................72

33. Para tratar canal ou conduto...................................74

34. Para ter um check-up bucal ....................................76

35. Para fazer ajuste oclusal..........................................78

36. Para aprender a higienizar......................................80

37. Para prevenir o câncer bucal...................................82

38. Para aplicar selante e flúor......................................84

39. Para tratar doença periodontal................................86

40. Para corrigir mordida cruzada.................................88

41. Para eliminar o tártaro dos dentes..........................90

42. Para identificar e extrair cistos ...............................92

43. Para não ter dor de cabeça.....................................94

44. Para fazer documentação radiográfica....................96

45. Para melhorar a parte sexual..................................98

46. Para fazer um reimplante de dente ......................100

47. Para pôr placa de relaxamento..............................102

48. Para corrigir mordida aberta..................................104

49. Para corrigir diastema...........................................106

50. Para seus dentes não caírem.................................108

51. Para tirar manchas dos dentes..............................110

52. Para fazer extrações..............................................111

53. Para evitar traumas oclusais.................................112

54. Para melhorar gengivas e papilas..........................113

55. Para colocar um provisório ...................................114

56. Para tratar úlceras bucais......................................115

57. Para fazer um transplante.....................................116

58. Para controlar reabsorções ósseas........................117

59. Para tratar de nevralgia facial...............................118

60. Para tratar de foco infeccioso................................119

61. Para eliminar sentimentos de mutilação................120

62. Para corrigir parafunções......................................121

63. Para readaptar uma prótese .................................122

64. Para corrigir prognatismo......................................123

65. Para drenar um abscesso......................................124

66. Para extrair dentes decíduos.................................125

67. Para colocar um bloco...........................................126

68. Para curar afta ou herpes......................................127

69. Para fazer mioestimulações...................................128

70. Para corrigir uma agenesia....................................129

71. Para avaliar recessão gengival..............................130

72. Para corrigir assimetria facial................................131

73. Para tratar uma alveolite.......................................132

74. Para trocar uma prótese........................................133

75. Para acertar a linha do sorriso...............................134

76. Para melhorar a mastigação..................................135

77. Para fazer um diagnóstico patológico....................136

78. Para tratar das estomatites...................................137

79. Para fazer mentoplastia.........................................138

80. Para ver se temos cáries novas.............................139

81. Para tratar de respiração bucal.............................140

82. Para remover hiperplasias.....................................141

83. Para tratar de displasias........................................142

84. Para cirurgias decorrentes de trauma...................143

85. Para avaliar sangramento gengival.......................144

86. Para tratar lesões bucais.......................................145

87. Para fazer uma osteossíntese................................146

88. Para tratar da maloclusão.....................................147

89. Para avaliar síndromes..........................................148

90. Para tratar odontomas...........................................149

91. Para melhorar a auto-estima.................................150

92. Para corrigir fissura do lábio..................................151

93. Para tratar osteomielites.......................................152

94. Para fazer odontossíntese.....................................153

95. Para tratar granulomas..........................................154

96. Para extirpar fibroma.............................................155

97. Para acertar dimensão vertical..............................156

98. Para corrigir disfunção craniofacial........................157

99. Para tratar de luxações.........................................158

100. Para corrigir maus hábitos....................................159

1. PARA EMBELEZAR SEU SORRISO

Dentre as belezas colocadas pelo Criador na natureza, uma das mais perfeitas é o ser humano, e entre as perfeições deste, uma é, sem lugar a dúvidas o sorriso, o mais belo dos gestos, nossa maneira de comunicação não sonora mais eficiente e expressiva, elemento de atração entre as pessoas, razão de aproximação entre muitas. Obviamente, sempre e quando o sorriso seja verdadeiro e espontâneo. E desde que esteja conservado, tal qual o recebemos, ou melhor.

Melhor porque, a exemplo de outras evoluções conseqüentes da mão do homem, o sorriso também pode ser corrigido ou melhorado. Assim como cortamos a barba, ajeitamos os cabelos, fazemos uma maquiagem, nos dedicamos a um regime ou nos submetemos a uma plástica, o sorriso pode e deve receber uma atenção no sentido de melhorá-lo. A mão do homem, capaz de criar, dando beleza a uma pintura, formas belas a uma escultura, ênfase com iluminação a belezas naturais ou ainda efeitos especiais pela arquitetura, hoje tem feito transformações fisionômicas verdadeiramente fantásticas, com simples correções no sorriso de uma pessoa.

São melhorias nas cores dos dentes, correções de formato de alguns deles, buscando uma melhor harmonia, reposicionamento de dentes tortos, eliminação de espaços interdentais, ou diastemas através do uso de resinas da cor dos dentes, reposição de dentes perdidos através da colocação de implantes, correção de defeitos nas gengivas e acerto de posições erradas dos maxilares.

Com isto, melhora-se a nossa imagem facial, justamente no ponto de maior concentração visual: a boca. Rejuvenesce-se as feições, aumenta-se a auto-estima, pela melhor aceitação de si mesmo, quando não corrigindo algumas limitações a que nos impúnhamos por insatisfações com o nosso sorriso. Melhora-se a fonética e permite-se melhor entonação das palavras, facilitando a comunicação tão essencial em nossos dias. Algumas vezes, com correções para melhorar o sorriso, obtém-se um maior volume na arcada dentária, melhorando o posicionamento dos lábios, aperfeiçoando o perfil facial e, em algumas vezes eliminando rugas decorrentes de defeitos ou falhas dentárias. Noutras, facilita-se a própria higiene bucal, permitindo uma melhor manutenção do branco ideal dos dentes que, de outra maneira, só era obtido pelo clareamento artificial, bastante usado na melhoria da aparência.

Deve-se procurar um dentista, sempre que tivermos qualquer insatisfação com a cor ou forma dos nossos dentes, mesmo que sejam problemas antigos, que outros profissionais não comentaram ou resolveram, porque as soluções para estes problemas são coisas recentes, que só na última década passaram a ganhar uma atenção maior. Dentro da Odontologia, o profissional mais indicado para a solução destes problemas é o especialista em dentística restauradora e a área de sua atuação, a estética, também conhecida como cosmética dental. Quanto mais tempo decorrido, mais os problemas aumentam e mais difíceis e onerosas passam a ser as soluções. Problemas de estética, tratados no início, envolvem valores pequenos e, muitas vezes, poucas consultas são suficientes. Na maioria dos casos, estes tratamentos não envolvem dor, sendo feitos sem necessidade do uso de anestésicos.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

2. PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA

Dizem os entendidos, que não adianta viver muito sem qualidade de vida. Que o ideal é uma vida saudável, com total aproveitamento. Outros dizem que somos o que comemos e que grande parte dos problemas do nosso corpo estão relacionados, não só com os alimentos ingeridos, como também com o tipo de digestão que fazemos. Esta começa indiscutivelmente pela boca. É na mastigação que se define o maior ou menor esforço a que será submetido todo o aparelho digestivo. Para tanto, é importante mastigar bastante e bem. Se o mundo moderno não nos permite mais mastigar muito, pelo menos que o façamos bem. Por este motivo, são necessários todos os dentes, em boa posição e estado. Falar, beijar, tocar algum instrumento, assobiar, cantar e sorrir são algumas atividades importantes para a qualidade de vida, que dependem da boca e do bom estado de seus dentes e que podem levá-lo ou não, a uma melhor qualidade de vida.

Os problemas mastigatórios que resultam em uma digestão sobrecarregada são decorrentes de uma articulação (maneira com que os dentes dos dois maxilares se encaixam durante o ato de mastigar) inadequada ou insuficiente. Muitas vezes a pessoa nem desconfia que convive com esta limitação, não percebendo que todos os dentes não se tocam adequadamente na mastigação e convivem por anos com limitações que poderiam ser resolvidas com procedimentos simples, que envolvem reposicionamento de alguns dentes através de placas de mordida usadas por algum tempo, normalmente durante a noite. Noutros casos, a solução é refazer o formato de alguns dentes para permitir que todos se encaixem melhor. Alguns poucos casos necessitam de tratamento mais complexo.

Afora uma digestão mais saudável, que muitas vezes permite diminuir naturalmente o tamanho da barriga, pelo simples fato de não colocar o aparelho digestivo em sobrecarga, uma boa digestão melhora o desempenho no período da tarde, principalmente nas primeiras horas após o almoço. Outra vantagem do tratamento, para os que têm estes problemas é eliminar o ranger dos dentes no período noturno, que pode acarretar outras conseqüências maiores, eliminando, nos casos mais adiantados, dores conseqüentes de má posição dos maxilares e dentes no ato de sua articulação. Uma boa oclusão (correto encaixe dos dentes nos dois maxilares) além das vantagens mastigatórias, permite um falar mais espontâneo e movimentos mais harmônicos de toda a estrutura facial.

Quando perceber ou observar que seus dentes não estão encaixando direito uns com os outros, ou sentir que tem dor ou cansaço na mastigação ou ainda quando seu dentista clínico geral recomendar uma análise mais detalhada de sua articulação temporo-mandibular, é sinal de que você deve procurar um especialista para identificar melhor o seu problema e tratá-lo. É uma especialidade que está surgindo agora, englobando oclusão, dor e disfunção e seus tratamentos são todos com ausência de dor, sem necessidade de anestesia e não muito demorados. A maioria dos casos envolve valores baixos, principalmente quando tratados em fases não agudas dos problemas, quando a melhora da qualidade de vida acontece em quase cem por cento dos casos adequada e convenientemente tratados.

RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

3 PARA ATENDER A UMA EMERGÊNCIA

Um tombo, uma batida de bicicleta, um choque nos esportes, um acidente de automóvel ou uma simples mordida em um milho de pipoca que não abriu, podem provocar quebra de um dente ou fratura de uma raiz. São emergências também os casos de dor decorrentes de canais infeccionados, gengivas inflamadas, cáries avançadas, dentes inclusos ou outros problemas decorrentes de tratamentos não realizados ou não totalmente concluídos no momento. Para azar de seus portadores, normalmente costumam acontecer à noite ou nos fins de semana, por serem estes, justamente os horários prediletos para prática dos esportes ou quando o organismo, em repouso, costuma manifestar-se por algo que o está agredindo.

Os casos de trauma por algum tipo de impacto, apresentam sempre melhores alternativas de tratamento quando atendidos imediatamente, salvo nos casos em que o profissional constatar menor gravidade e entender desnecessário o tratamento urgente. Por isso, em qualquer destas situações, procure contato telefônico imediato com seu dentista. Verifique se tem seu telefone de consultório nas suas agendas comerciais e residenciais e, se disponível, seu telefone celular, para o caso de emergência. Tê-los é útil não só para você, mas também para recomendar a algum amigo que, por não ter o telefone de seu dentista, necessita atendimento no momento. Médico, advogado, dentista, bombeiro e polícia, nunca se sabe quando iremos precisar, por isso a importância de ter seus números sempre disponíveis.

Para os casos de acidentes, não existe prevenção às conseqüências odontológicas, ou melhor, dando-se o devido valor aos dentes, deve-se procurar evitar as situações de risco maior. Acontecendo, não vacilar. Lembre que seu dentista não cobra atendimento ao telefone e que sua opinião a respeito de um fato que envolva dentes ou boca, além de gratuita, é muito importante. Para os casos de emergência que envolvam infecções, inflamações ou outro tipo de dor por problemas não tratados, a maneira de evitá-las é não interromper tratamentos, ou começá-los sempre que se fizerem necessários. Nenhum problema de origem odontológica se soluciona por si só. Alguns podem ser contornados ou evitados com uma simples consulta, antes de gerarem problema maior. Sempre o tratamento preventivo a estes casos sai mais barato do que quando intervindos em emergência. Afora a vantagem de se eliminar o estresse que sua ocorrência costuma causar.

Nas emergências, antes de ir, procure ligar. Alguns procedimentos simples como medicação adequada, podem facilitar ou melhorar seu atendimento, além do que, algumas vezes podem até lhe economizar a consulta de emergência. Só não deixe de buscar a opinião correta, seguindo conselhos de palpiteiros, mesmo que lhe digam que fulano teve algo parecido e o dentista dele mandou fazer tal coisa. Todos os organismos são diferentes e as situações nunca são rigorosamente iguais, a menos que provoquemos exatamente as mesmas circunstâncias, aí já não mais sendo um caso de emergência. Em primeiro lugar, ligue para o seu dentista, deixando o pronto-socorro para segunda opção. Não o encontrando deixe recado e procure saber onde pode ser localizado, algum parente ou amigo onde ele possa estar pois, certamente assim que souber de seu problema, ele entrará em contato. Não deixe de mencionar o telefone onde você se encontra.

RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

4PARA NÃO SENTIR DOR DEPOIS

Todo tratamento realizado, interrompido ou não, é passível de dor, de maior ou menor intensidade, de acordo com a gravidade do problema que está a exigir tratamento. Isto vale tanto para a Odontologia como para a Medicina. Nas duas, quando se trata no começo, a eliminação da dor que nos está acometendo é quase sempre imediata e com pouca intervenção. Para os casos extremos de dor, não só os tratamentos são onerosos, como mais demorados e a dor não vai embora com a mesma rapidez. Aos que imaginam que a dor não tem solução e que o jeito é padecer, um alento: tem sim, é a prevenção. Que além de tudo é mais barata, rápida e eficiente.

Ao primeiro sinal de algum problema, tal como: pequena fratura em um dente, micro orifício que você sente com a língua, ponto que trava ou desfia o fio dental, lugar com sensibilidade ao escovar, pequeno sangramento na gengiva, alteração de sensibilidade com variação ao quente e frio ou alguma mancha ou, ainda, anormalidade no esmalte do dente, ligue no mesmo dia para o seu dentista, relate o fato e marque uma consulta. Não deixe para amanhã, como a maioria costuma fazer. O que não fazemos hoje, provavelmente também não faremos no dia seguinte, a menos que você seja organizado e agende o compromisso para um dia mais oportuno. Se não puder ligar na hora, ponha um rolo de fio dental no bolso até que o faça. Este pode ser um lembrete infantil, mas não deixe para depois.

Tratando no momento da constatação, na maioria das vezes, uma única consulta resolve, desde que você assim proceda sempre. Além disso, o valor despendido será pequeno e as conseqüências futuras, quase nulas. Não fazendo, estará fatalmente permitindo que o fato gerador do problema progrida, que este aumente, talvez levando a uma prótese, a um tratamento de canal e um tratamento de gengivas por conta do crescimento daquela pequena lesão. Sempre que você tiver os dentes em ordem, a higienização se faz mais fácil e o aspecto motivacional continua em alta para com os cuidados de manutenção. Quando você relaxa não tratando, a própria escovação às vezes fica para segundo plano, como se você estivesse se castigando pelo relaxamento.

Nada sentindo ou não percebendo algo anormal em seus dentes, gengivas ou outros tecidos moles da cavidade oral, não deixe de visitar seu dentista uma vez por ano. Mentalize uma data, a do seu aniversário, por exemplo, e dê este presente para sua saúde e para você mesmo. Seu bolso irá agradecer, no futuro. Tanto para estes pequenos problemas, como para as consultas anuais de manutenção, procure o seu dentista, aquele que o atende sempre. Ele tem uma ficha completa com sua história clínica e saberá, por ela, examinar os lugares críticos e, no caso de fatores de risco, tais como dificuldade de higienização em uma certa área, por exemplo, ele terá sua atenção automaticamente voltada para eles. Evite mudar muito de dentista e se, por fatores geográficos, tiver que fazê-lo, visite o antigo, justifique sua mudança e peça uma cópia de sua ficha clínica. Isto ajudará seu próximo dentista e o deixará bem com o antigo, para o caso de não dar certo e você ter que voltar ao dentista original que, tendo sua ficha, saberá que alguma outra coisa foi feita em sua boca, que não por ele, colocando-o em situação desnecessariamente embaraçosa.

RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

5PARA GASTAR MENOS NO FUTURO

Esta é uma das vantagens de quem vai regularmente a seu dentista. É uma maneira segura de se fazer economia, gastando pouco. A saúde bucal é como um automóvel ou uma casa. No automóvel, se ele faz um barulho e vamos ao mecânico no dia, por uns poucos reais o conserto está feito. Quando afrouxa uma peça e levamos até ele, novamente vamos gastar muito pouco. Se deixarmos, em alguns meses os defeitos irão se acumulando e estamos sujeitos a, de uma hora para outra, ficar parados na rua ou na estrada, sendo que isto equivale a um dente quebrado ou uns dias sem trabalhar por conta de uma dor de dente. Na casa é a mesma coisa. Se a louça é lavada a cada uso, a cozinha estará sempre bem limpa. Se arrumadas as camas diariamente, a casa estará sempre em ordem. Se nada disto for feito, em semanas, a bagunça será geral e, em alguns casos, não se terá nem motivação de olhar para ela, isto equivalendo àquela boca que a gente não gosta nem de ver, às vezes não dando nem para chegar perto, pelo mau hálito.

O segredo é sermos economistas na saúde bucal. Não os economistas dos planos loucos, mas aqueles que decidem pôr as coisas em ordem e as mantêm, usufruindo depois da tranqüilidade e dos benefícios de uma economia estabilizada. É óbvio que, de quando em quando, precisamos fazer algumas correções e manutenções. Estas, quando feitas na hora certa, o bolso nem percebe, até porque, fazendo economia bucal, as despesas são bem menores. Uma boa maneira de fazê-lo é combinar, com seu dentista, e marcar sempre a próxima consulta, ainda que esta seja meio ou um ano depois, de acordo com o tipo de paciente que você é (quem é mais cuidadoso e eficiente na higiene bucal, só voltará um ano depois) e pedir para ele avisá-lo um ou dois dias antes desta consulta longínqua. Se sua família concordar, faça-o com toda ela, tendo um mês certo para tal, que pode ser o das suas férias, ou não.

A primeira vantagem deste tipo de procedimento é a economia de tempo, visto que os tratamentos longos demoram horas em cada consulta, dias e dias, meses para terminá-los. A segunda vantagem é que você nem sente tratando assim, porque neste caso, as coisas a serem feitas são pequenas e a maioria sem anestesia, por nada doerem. Só existe dor, em Odontologia, quando se desleixa e os problemas passam a ser graves. A terceira, quase desconsiderada, é a financeira. Desconsiderável se a compararmos com os altos custos dos tratamentos longos. Altos, porque envolvem muitas coisas para fazer de uma vez só. Como última vantagem, a segurança que você tem, de nada vir a ter nos próximos seis meses, sendo esta a única maneira de um dentista poder efetivamente, garantir seu trabalho, pois, neste caso, ele estará contando com a sua participação na manutenção de sua saúde bucal.

Não espere um problema aparecer, inclusive porque você não é dentista para identificá-lo. Marque uma consulta hoje mesmo e certifique-se do pouco que tem a fazer e o faça. A partir desta, já deixe a consulta do ano que vem marcada e nunca mais se preocupe com dor de dentes. Faça o mesmo com seus familiares. Motive-os e incentive-os, cobrando, se for o caso, que façam o mesmo. Contas altas com dentistas, nunca mais. Só manutenção. E lembre, assim procedendo, você diminui as chances de ter que recorrer a especialistas, pagando o preço por isto. Estes ficarão para os descuidados e para os casos complexos como correção dos dentes, implantes, tratamentos de gengivites, canais, dentes inclusos e disfunções da ATM, entre outros.

RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

6 PARA MELHORAR SUA SAÚDE TOTAL

Quando você tem uma boa casa, tem prazer e orgulho de conservá-la bem. Com seu carro ocorre o mesmo, o que também acontece com sua roupa e objetos de uso pessoal. Isto vale para tudo o que você preza e gosta, chegando ao ponto de fazer seguros para protegê-los. Com sua saúde não pode ser diferente. Toda empresa que quer preservar seus funcionários faz um plano de saúde para eles. Com nosso corpo, nossa saúde, temos que fazer o mesmo: precisamos conservá-la. Considerando-a como um todo, esta é a maneira de melhorá-la.

Como nosso corpo, não convém deixá-lo debilitado, combalido, para então buscar tratamento. Nestes casos, aumentam os riscos e elevam-se os custos para tratá-lo. Pode-se fazer um “check up” para vermos tudo o que temos, mas não devemos deixar todos os problemas se avolumarem para depois combatê-los. O certo é tratá-los um a um, na medida em que forem surgindo, impedindo que um problema não tratado acabe gerando outro ou outros. Assim fazem os que se acostumaram a dar valor para sua saúde corporal, nosso maior patrimônio, depois do conhecimento. Assim deve ser com nossa saúde bucal. Deve-se ir tratando coisa por coisa, à medida em que forem aparecendo. A maioria ainda não está acostumada a isto, senão os dentistas já teriam um “check up bucal” pronto para aplicar-nos e, assim melhor planejar o acompanhamento de nossa saúde bucal. Aos que já o conquistaram, nossos parabéns e que sirvam de motivação para os demais, que assim passam a ter exemplos reais de suas vantagens.

Perder um compromisso social, um show ou um jantar por causa de dor de dentes é tão vergonhoso que não gostamos nem de relatar o real motivo que nos levou a perdê-lo. Hoje, faltar a um dia de trabalho ou a um compromisso profissional por dor de dentes é tão vexatório quanto mal aceito pelas gerências. Se for uma hora despendida para ir ao dentista ninguém reclamará, provavelmente nem se notará, assim como uma pequena limitação pelo uso de um provisório também não será percebida socialmente, como seria uma falta. Tratando bem dos dentes, de maneira preventiva, nunca se perderá uma oportunidade ou um momento inesquecível. As explicações pelas coisas perdidas deixarão de existir e as comemorações e conquistas serão sempre acompanhadas de sorrisos.

Seu dentista saberá sempre como orientá-lo na adoção de um plano para tratamento global imediato, com parcelamento para este derradeiro tratamento e motivá-lo para, a partir de então, fazer um acompanhamento semestral ou anual com uma simples consulta de profilaxia e manutenção. Conscientize-se disto e faça já o último grande tratamento dentário de sua vida. Se tiver alguma dúvida quanto a isto, peça que ele lhe indique um amigo em comum que possa lhe servir de comprovação, exemplo e motivação. Não tenha dúvida ou receio em conversar com ele. Só temos vergonha de falar das coisas erradas que fazemos. Das corretas, falamos com prazer e, sempre que solicitados nos colocamos na condição de modelos para o bem de nós mesmos e do próximo. Seja você o próximo a dar o bom exemplo e a servir de exemplo para seus familiares e amigos, tornando-se amigo de seu dentista e não só alguém que o teme por medo de seus próprios problemas. Seu relacionamento com ele e com as demais pessoas vai melhorar e sua saúde como um todo também.

RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

7 PARA APROVEITAR OS PREÇOS BAIXOS

Há cerca de trinta anos, quando comecei a trabalhar com dentistas, estes eram em número inferior às necessidades do país e a quantidade de tratamentos a serem realizados era maior do que a disponibilidade para realizá-los. Isto, com a lei da oferta e procura, levava os preços para cima. Hoje a situação inverteu-se totalmente. Dobrou o número de faculdades e o número de dentistas também e, como nossa população diminuiu o ritmo do seu crescimento, temos agora mais dentistas do que o necessário. Uma boa parte baixou efetivamente seus preços, de tal forma que tratamento dentário, antes privilégio de uma minoria, hoje é acessível a boa parcela de população.

Para se aproveitar efetivamente esta situação, só falta a maioria da população apagar a fama de careiros que os dentistas tinham e ir conferir, para constatar que os preços da maioria realmente baixou e hoje está no nível real e ao seu alcance. Temos, seguramente, dentistas com preços para todos os níveis do nosso povo e você tem condição de encontrar isto em seu próprio bairro, basta fazer como faz quando compra algo: buscar um que caiba no seu orçamento, sem deixar de levar em consideração a qualidade do produto, a garantia, a credibilidade de quem o está oferecendo e as condições de pagamento que caibam no seu orçamento. Às vezes, precisamos ir a três ou quatro lugares para encontrarmos o que queremos. Se devemos fazer o mesmo com a busca ao dentista, não podemos deixar de fazer o tratamento, como não deixamos de comprar o que precisamos.

As vantagens da situação atual da Odontologia no Brasil são altamente favoráveis a quem precisa fazer um tratamento maior. Certamente encontrará quem o faça em condições de pagamento que se encaixem perfeitamente em seu orçamento, o que, considerando estarem os preços globais baixos, já é um motivo suficiente para não perder a oportunidade de tratar. Além disto, nos últimos dez a quinze anos, a Odontologia brasileira evoluiu num ritmo alucinante, de forma que nosso nível de tratamentos dentários está entre os melhores do mundo, usando os mesmos materiais e técnicas que se usam nos centros mais avançados. As próprias faculdades de Odontologia, pela competição, melhoraram, passando a oferecer formação de primeiro mundo aos recém-formados e as entidades de classe montaram escolas para aperfeiçoamento e especialização dos profissionais formados há mais tempo.

Comprove, visitando os consultórios dentários, o quanto eles evoluíram e se modernizaram. Peça para ver os materiais de última geração, que hoje são usados, e não hesite em perguntar pelos aparelhos modernos que hoje se usam nos tratamentos dentários. Seja curioso, pergunte, veja, compare. Só não deixe de tratar, aproveitando esta situação favorável que o Brasil está apresentando e que não sabemos exatamente até quando vai durar. Peça um orçamento completo e depois negocie em quanto tempo você pode pagá-lo, perguntando ao dentista se neste tempo ele tem condições de fazer o tratamento, ainda que progressivamente. Se o montante não estiver ao seu alcance, não se desmotive, busque outros profissionais, no bairro em que você mora ou no que você trabalha, pois certamente encontrará tratamento adequado às suas possibilidades. Só não fique sem fazê-lo. Isto ajudará aos dentistas a continuar mantendo seus preços nos níveis acessíveis atuais, porque trabalhando mais, não só eles serão mais competitivos, como produzirão mais, perfazendo suas necessidades sem ter que aumentar seus preços. RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

8 PARA COLOCAR PRÓTESES DENTÁRIAS

Durante o período prolongado que uma pessoa passa sem tratar adequadamente dos seus dentes, a conseqüência, somada à pouca higienização que se costuma fazer nestas situações, muitas vezes levam à necessidade de colocação de próteses dentárias, que substituirão um ou mais dentes perdidos. Estas próteses se sustentam nos dentes vizinhos ao perdido, que são preparados para este fim. As modernas cerâmicas, dão condições para que o serviço feito não pareça um dente artificial. Isto no caso de ser só um o dente a ser reposto, caso em que a prótese é chamada de unitária. Sendo mais de um a ter necessidade de substituição, sua denominação é prótese múltipla. Nesta situação, necessitando-se de mais dentes para apoiarem os que serão substituídos.

Os dentes são preparados para receberem as próteses que sustentarão, com tratamentos de canal ou das gengivas, sempre que necessário, além de receberem preparos para deixá-los em um formato que possibilite sustentar melhor a prótese. Após feitos estes preparos, faz-se um molde que um protético irá trabalhar, para construir uma estrutura metálica, que servirá de sustentação para os dentes artificiais que nela serão colocados. Para estes é feita uma escolha de cor, levando-se em conta a cor dos demais dentes e o formato dos mesmos, no lado oposto de sua arcada. Terminado o serviço, antes da colocação, ele recebe um tratamento para deixar sua superfície mais resistente, como o que acontece no esmalte dos dentes e com uma aparência mais viva, como se fossem dentes naturais. Durante o período que o protético confecciona sua prótese, você utilizará uma, dita provisória.

A vantagem das próteses feitas atualmente é que elas não parecem artificiais, muitas vezes até melhorando a aparência de quem as coloca. Levam em consideração a sua articulação, visto que são montadas em um modelo de estudos e de trabalho, conhecido como articulador, que simula os movimentos da mastigação. Os dentistas que fazem boas próteses deixam espaços adequados para que você consiga fazer sua higienização, de forma a conservá-la por muitos e muitos anos. A pedido do cliente, podem ser feitas algumas alterações de forma a deixar o sorriso mais adequado a cada tipo de personalidade, considerando a linha do sorriso de cada pessoa.

Se você tiver um dente que recebeu tratamento de canal, que teve uma restauração grande ou um problema de gengiva e voltar a dar sinais de problemas, não permita que estes evoluam sem uma consulta ao seu dentista. Se não o fizer, o problema certamente aumentará, fazendo com que, em breve, a solução seja uma prótese e, por conseqüência, mais cara. Se o problema ficar sem solução por alguns anos, a situação extrema é a perda de todos os dentes, o que fará de você um mutilado dental. Preserve o que seu Criador lhe deu de graça, cuidando para manter a melhor dentição que você já teve. A primeira foi temporária (dentes de leite) e a terceira lhe sairá bem mais caro: os implantes. Tratando na fase inicial, seu próprio dentista terá condições de atendê-lo com um custo razoável. Deixando para tratar depois, terá que buscar especialistas e gastar muito mais. Mesmo que seu problema tenha avançado, não deixe de consultar seu dentista, porque ele é a melhor pessoa para lhe indicar o especialista você precisa, o qual lhe fazá um bom serviço.

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9 PARA TROCAR UMA RESTAURAÇÃO

Conhecidas, popularmente, também como obturações, elas antigamente eram feitas somente com amálgama ou silicato, que, quase sempre, não lhe brindavam com uma boa estética ou durabilidade. Quando realizadas em pacientes mais jovens, teriam que ter expectativa de duração para quase uma vida inteira. Elas restauram a parte dos dentes que teve de ser removida por estar cariada. Quando tratadas no começo, as restaurações são pequenas e normalmente durarão mais tempo e se forem tratadas em estado mais adiantado, durarão menos. Se forem na região anterior ou na face oclusal (a que se enxerga quando abrimos a boca), a questão estética é fundamental, visto que podem alterar nosso sorriso, para melhor ou para pior. Melhor se não aparecerem e pior se notarmos que existe a restauração.

Se você não está satisfeito com alguma restauração, pela cor, pela forma, por ficar visível, não permita que isto diminua sua auto-estima, muito menos tente sorrir torto para que não a percebam. Hoje existem resinas de quarta geração que fazem com que suas restaurações sejam totalmente imperceptíveis. Além de corrigirem obturações feias ou antigas, permitem que se corrijam defeitos, fraturas, diastemas (espaços entre os dentes) e até alguns pequenos maus posicionamentos dos dentes. Acertam as cores, deixando-as como os demais dentes, ou ainda, através de colocação de facetas (como se fossem unhas postiças) corrigindo toda a estética do sorriso e mudando totalmente a sua fisionomia facial. Em alguns casos, podem substituir até a aparência ruim de algumas próteses, que estejam boas na função e ruins na estética.

Com estas novas resinas, você pode inclusive escolher como seu sorriso vai ficar, através de uma câmara intra-oral e um programa de computador, que pegam a imagem de um bom dente seu e a transportam para o lugar em que vai ser feita a substituição, em sua boca. Em casos de alteração da face estética de todos os dentes, extremos em que tratamentos de clareamento não conseguiram alterá-los para melhor, pode ser inclusive escolhida uma cor de tonalidade levemente mais clara, para obtenção de uma aparência rejuvenescedora. Nos casos de fraturas antigas ou de fechamento de espaços, as mudanças obtidas embelezam o sorriso, remoçando seu portador. Por não exigirem tratamento de canais, fazer próteses e provisórios, estes tratamentos são bem mais rápidos e acessíveis do que se pode imaginar, valendo a pena uma consulta sem compromisso para um orçamento.

Se seu dentista é atualizado, faz cursos, participa de congressos, ele é a pessoa indicada para transformá-lo, com a troca de suas restaurações por novas, mais estéticas. Caso esta não seja sua especialidade, ou esteja trabalhando mais em outra, o indicado para este tipo de trabalho é o especialista em dentística restauradora e, entre estes, os que dão ênfase à estética. Se suas restaurações antigas estão boas, não apresentam sensibilidade ao frio e ao calor, não existe outro motivo que não o estético para trocá-las. Isto é uma vantagem porque lhe permite escolher com tranqüilidade qual o momento certo para fazer a sua mudança facial e analisar com detalhes tudo o que você gostaria de mudar. Um especialista lhe orientará bem se, para seu caso, é necessária uma mudança radical ou se um simples retoque de detalhes é suficiente para você adquirir uma aparência mais jovial.

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10 PARA CORRIGIR DENTES TORTOS

Às vezes, por fatores genéticos ou por hábitos de infância, como uso prolongado da chupeta ou chupar o dedo, ocorre um mau posicionamento dos dentes na arcada, fazendo com que algumas vezes a estética seja ruim e em outros, que haja prejuízo da função mastigatória, pela impossibilidade que estes dentes tortos articulam entre si. Pode acontecer também prejuízo da função fonética impedindo ou dificultando a correta articulação das palavras. Quando os dentes estão apinhados faz-se difícil sua higienização, o que acarretará, no futuro, a presença de cáries e, depois de certa idade problemas nas gengivas não adequadamente higienizadas. Isto tudo sem falar dos prejuízos estéticos que dentes tortos podem trazer, justamente numa fase em que a aparência é fundamental e fator de aproximação entre pessoas.

Nos diferentes estágios do problema, nas distintas faixas etárias e nos variados tipos de anomalias referentes ao posicionamento dos dentes, existem distintas maneiras de se solucionar esse tipo de problema. Desde simples aparelhos para uso exclusivamente noturno, passando por aparelhos para uso contínuo, mas removíveis, por aparelhos extra-orais, por aparelhos fixos parciais ou totais, até a necessidade de extrações ou cirurgias para corrigir tamanho ou posicionamento dos maxilares. Quanto mais simples for o caso e quanto antes iniciar o tratamento, mais fácil será a solução e mais cômodos os métodos utilizados. Os aparelhos móveis, normalmente, requerem um tempo de utilização mais curto, diferentemente dos aparelhos fixos, que são colados nos dentes e quase sempre requerem tempo de tratamento mais prolongado, assim como as cirurgias, quer para extrações, como para correções, requerem período de preparação e idade certa para intervenção. Os tratamentos podem ser preventivos ou corretivos, de acordo com o caso e com a idade do paciente.

Se os tratamentos indicados forem os preventivos, as despesas decorrentes serão bem menores e boas chances de solução dos problemas. Nos corretivos, com aparelhos fixos ou móveis, os valores serão maiores, se bem que distribuídos ao longo do tempo de duração do tratamento. Tratamentos iniciados na dentição mista, além de se gastar menos, têm a vantagem de serem os aparelhos mais cômodos e removíveis. Os resultados melhores aumentam nesta situação. Outra vantagem dos dias de hoje é que os aparelhos corretivos usados contam com opções coloridas, que dão uma aparência mais discreta. Ter uma dentição correta do ponto de vista da posição dos dentes é um benefício que se levará para o resto da vida.

Mesmo não suspeitando de problemas de posicionamento dos dentes de seus filhos, não hesite em perguntar ao seu dentista se ele necessita visitar um especialista para uma melhor avaliação. Esta pergunta, feita antes da adolescência, o ajudará a economizar tempo e dinheiro. O especialista certo para tratamentos de correção dos dentes é o ortodontista ou ortopedista facial. É a pessoa mais indicada para o tratamento, como também para dar um diagnóstico se é necessária ou não a utilização de aparelhos. Sendo necessário, não arrisque ou vacile, procure um especialista, ou vários se quiser comparar preços e opiniões, mas não deixe de fazer o tratamento na idade certa, porque as opções com idade mais avançada são bem menores.

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11. PARA MELHORAR SUAS GENGIVAS

Com o passar dos anos, as cáries deixam de ser o maior problema, relacionado com a saúde bucal. Os dentes vão se calcificando e a probabilidade de novas cáries vai diminuindo, desde que perfeitamente higienizados. A partir desta fase, o mal maior começa a ser localizado em suas gengivas, que encobrem o periodonto, tecidos que dão sustentação aos dentes e a parte óssea, onde estes estão fixados. A origem das doenças nas gengivas, na maioria das vezes, está ligada à má ou inadequada higiene, e predisposição genéticas ou de raça, além de fatores de idade, que isolados ou em conjunto podem dar origem à placa bacteriana que, se não removida será o formador do tártaro, que somente o dentista, com instrumentos especiais, consegue retirar. Esta placa bacteriana e o tártaro (cálculo) são os causadores da periodontite (doença das gengivas inflamadas), que são responsáveis pelo afrouxamento e perda dos dentes. Esta doença é percebida por sangramento na escovação, escurecimento das gengivas, inflamação, dor ou sensibilidade ao escovar. Qualquer um destes indicadores deve levá-lo imediatamente a procurar um dentista, sendo que uma consulta preventiva anual, depois dos trinta anos é o mais indicado para prevenir a doença.

Seu tratamento é constituído por remoção desta placa bacteriana que, pelo próprio nome, percebemos conter bactérias que são nocivas ao organismo. No estado inicial, pela remoção do tártaro através de raspagem, no estado intermediário, e por cirurgia das gengivas, com sua abertura, quando a placa e o tártaro já estão a uma profundidade maior, por conta da perda de osso, conseqüente a estas inflamações crônicas. Em qualquer das fases, o dentista lhe fará um programa de higiene bucal adequado ao seu estágio da doença e ao tipo de dificuldade de higienização que a originou. Depois de feito o tratamento, a manutenção deste será fundamental para controle da doença e dependerá muito da motivação que você deve ter para conservar seus dentes e não querer gastar muito com eles no futuro.

Cuidar das suas gengivas é garantir seus dentes para o resto da vida. Se bem feita, esta higiene bucal, desde a infância, a doença das gengivas dificilmente aparece. Constatada a doença periodontal, seu tratamento é fundamental para preservar seus dentes e não ter que fazer próteses e implantes para repor os dentes perdidos. Doenças de gengivas trazem sensibilidade, dor e afrouxamento dos dentes. Do ponto de vista da estética, o sorriso com problemas nas gengivas começa a ficar feio, por que as gengivas doentes se recedem (retraem), chegando a expor parte das raízes, com diferenças de coloração e formato facilmente perceptíveis. A vantagem maior de tratá-la é não perder seus dentes. Pessoas relapsas, com problema de doenças nas gengivas, que não as tratam, têm ou terão seus dentes abalados ou frouxos e que, muito precocemente começarão a cair.

Ao perceber qualquer sintoma diferente em sua gengiva, ou melhor, a partir dos trinta anos, faça consultas regulares de controle de placa bacteriana. Nelas seu dentista irá colocar um líquido ou pastilha evidenciadora para saber se você tem placa bacteriana, que, por ter quase a cor do dente, é de difícil visualização. Constatada a doença, comum em mais da metade da nossa população, o especialista certo para tratá-la é o periodontista que, depois de formado, faz um curso de um a dois anos, estudando exclusivamente como tratar esta doença que, se não tratada convenientemente vai levá-lo certamente, a perda dos dentes, a problemas de mastigação, de estética, fonética e auto-estima.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

12. PARA TRATAR DO MAU HÁLITO

Antigamente tido como de origem estomacal, por problemas com úlceras ou do esôfago, hoje se sabe que o mau hálito está na maioria dos casos, ligado a mini inflamações na língua, decorrentes da putrefação de resíduos alimentares, por falta de escovação adequada. Melhor que seja assim, pois torna a solução para este problema, que muitas vezes levou a dificuldades de relacionamento, quando não a sua inviabilização, bem mais fácil e acessível, quer do ponto de vista prático, quer de acesso. Para os que pensavam em problemas estomacais, os especialistas afirmam que o corpo humano dispõe de válvulas que naturalmente impedem o refluxo destes gazes de forma involuntária. Para melhor entendimento, a superfície rugosa da língua, com sua visível porosidade e seu contato direto com todo o tipo de alimentos e o conhecimento de que, com a exposição ao tempo, a maioria dos alimentos se deteriora, fica mais fácil entender a origem do mau hálito.

Exceção feita ao mau hálito de origem relacionada a doenças das gengivas, também por decomposição na falta de higienização, o tratamento do mau hálito é procedimento extremamente simples, inacreditavelmente barato e fácil de ser feito, além de dar bons resultados, desde que esta higiene seja feita de forma tão constante quanto à da escovação dos dentes. É feita com instrumentos próprios encontrados nas casas de artigos dentários, onde são encontradas também escovas interdentais, para higienizar entre os dentes, escovas unitufos, para escovar rente às gengivas e vários tipos de fios dentais específicos para quem usa próteses unidas por trás. Além destes, nestas casas especializadas, você encontrará vários dispositivos que lhe ajudarão e estimularão a cuidar melhor de seus dentes, gengivas e agora que você já sabe da origem do mau hálito, da sua língua. Sabendo disto, não tenha dúvida ou medo de perguntar a algum familiar ou amigo se você tem mau hálito, principalmente se desconfiar que as pessoas evitam ficar frente a frente, quando você fala com elas.

Consciente de seu problema e sabendo que o mesmo tem solução, busque tratamento e volte a ter um convívio social e de relacionamento interpessoal normal e sadio, sem medo. Lembre que falar mais perto dá um toque mais íntimo, facilitando relacionamentos, tanto pessoais como comerciais, além de, em algumas circunstâncias, ser absolutamente indispensável, como em ambientes com mais barulhos, em lugares onde muitas pessoas estão conversando e você está se dirigindo a somente um ou poucos e nos casos em que pessoas tenham limitações auditivas, ou baixo volume de voz, pela idade. Ter bom hálito, ao contrário do mau que afasta, aproxima as pessoas, tanto quanto o beijo, sinal de maior apreço ou atenção.

Recebendo informação positiva quando perguntar a pessoas de suas relações ou simplesmente suspeitando, pela postura dos que com você convivem, não hesite, procure seu dentista e relate o fato, pedindo que comprove ou não sua suspeita. Constatado o problema, provavelmente sua higiene bucal como um todo não deve estar sendo feita da maneira correta. Com certeza seu dentista vai procurar verificar algum problema relacionado com suas gengivas, que poderão estar colaborando com o mau hálito. Além das escovas especiais para quem tem problemas de gengivas que ele irá lhe indicar, passe a usar também a higienizadora de língua, que é ainda mais fácil de usar que a escova de dentes e, ao menos uma vez ao dia complete sua higiene bucal com uma adequada limpeza da língua, que, a exemplo da escovação dos dentes, funciona também como prevenção contra possíveis problemas futuros.

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13. PARA ELIMINAR A DOR DE DENTES

Mesmo tendo perdido para a estética a condição de maior motivo que leva alguém a um consultório dentário, a dor continua, infelizmente, sendo um dos maiores motivadores de visita de pacientes a seus dentistas. Infelizmente porque, na maioria das vezes, quando há dor é sinal de que o problema já se agravou e o organismo passa a dar alertas sobre a sua gravidade. Normalmente são cáries não tratadas, que evoluíram, chegando, em muitos casos, a acercarem-se do canal (a parte sensorial do dente) e a fraturas por diminuição da estrutura de resistência dos dentes. Problemas como doenças das gengivas, articulações, dentes inclusos, próteses fraturadas, quedas de obturações, dentes fora do lugar ou traumatismos, dentre outros, levam também à dor se não tratados no tempo certo. Sempre que existir dor há problema a ser tratado, que, na maioria dos casos, já deveria ter sido resolvido antes.

A eliminação definitiva da dor nunca será por conseqüência de ação dos analgésicos e sim sempre pela solução do problema que a está causando. Qualquer que seja o paliativo, será sempre temporário e o problema não resolvido, recorrente. Na maioria das vezes, com mais dor e mais intensa. Pelo menos na Odontologia este é um princípio que se aplica à quase totalidade dos casos de dor. A primeira etapa do tratamento a ser buscada pelo dentista, que deve ser o primeiro a ser consultado em casos de dor, é a identificação de sua origem, o que está causando ou originando aquela dor. Identificada a patologia (doença causadora), metade do caminho foi percorrido, porque, na Odontologia moderna, todos os problemas têm solução e dificilmente uma dor de natureza relacionada aos dentes, não tem como ser solucionada, principalmente quando tratada em sua fase inicial. Confie no seu dentista, porque ele é tão interessado quanto você em terminar com seu sofrimento, até porque, se não o fizer de maneira eficiente e adequada, você procurará outro dentista, principalmente nos dias de hoje, em que existem dentistas em boa quantidade em todas as cidades e bairros.

Tratada a dor, você terá maior motivação para o trabalho, estudo ou lazer. E para recomendar seu dentista a outros de suas relações que venham a sentir dor. Certamente vive-se melhor na ausência de dor assim como nosso desempenho nesta condição é certamente maior, tanto quantitativa, como qualitativamente. Melhor que tratar e eliminar a dor é prevenir para que ela não aconteça. Neste caso além de não sentir dor, você gastará menos com o dentista, porque sempre os casos de dor estão a indicar estágio mais avançado do problema que a origina. Fazendo visitas periódicas, se você não tem grandes problemas dentários, de ano em ano, e de seis em seis meses se os tiver (como doença nas gengivas, por exemplo) você estará se prevenindo, evitando a perda de noites de sono, dias de trabalho ou aproveitamento integral das boas coisas da vida. Além de economizar despesa com atendimento em pronto socorro dentário ou custo de hora extra em consultas fora de horário.

Na maioria das vezes as dores dão um primeiro sinal. Pena que tenhamos o péssimo hábito de imaginar que por serem pequenas, vão passar por si só. Na verdade isto nunca acontece, por que toda dor pequena é aviso de uma dor maior que virá depois, exatamente por não ter sido identificada e tratada. Sentiu, ligue. Marque uma consulta, tire a dúvida e, provavelmente, com pouco tempo e dinheiro o problema estará resolvido, por seu próprio dentista, sem necessidade de procurar especialistas. Não resolvida, ou apenas tratada com algum analgésico, o causador aumenta e, no futuro pode acontecer que só um especialista resolva. Economize. Ao menor sinal, ligue. Ou antes, fazendo prevenção.

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14 PARA ECONOMIZAR TEMPO FUTURO

Os tratamentos dentários realizados quando grandes problemas forem constatados, são demorados, demandando muitas consultas e, normalmente, envolvendo maiores custos. Mesmo que você tenha condições de pagar, a questão do tempo não tem como ser resolvida de outra maneira, porque os procedimentos são seqüenciais, envolvendo etapas que não têm como ser suprimidas e que, muitas vezes, necessitam uma semana ou duas entre uma e outra para que haja cicatrização ou para que um procedimento seja eficaz ou se necessite de seus resultados para iniciar a fase seguinte. E tempo é dinheiro, tanto para o profissional, como para o paciente. Às vezes mais para o paciente, porque se o profissional está lá o dia inteiro para trabalhar aquela meia ou uma hora que o atende, para o paciente, além desta, tem-se que considerar mais meia ou uma hora que é o tempo para ir e vir ao consultório, sem contar alguma espera, que às vezes se faz inevitável. Ou seja, em termos de tempo, para o paciente o gasto é dobrado.

Não existe remédio para o tempo gasto em tratamentos dentários, ou melhor, existe sim: não fazê-lo. Não por deixar de fazer o tratamento e sim prevení-lo, evitando-o. Esta sim, é a verdadeira maneira de economizar tempo e dinheiro. Outra, já que você não fez prevenção e vai ter que fazer o tratamento, é concentrar as consultas possíveis, de forma que o trabalho do dentista e o seu tempo rendam mais, submetendo-se a consultas de duas ou três horas de duração. Neste caso, além da economia dos tempos de deslocamento, economiza-se aquele tempo social de cada consulta, em que o dentista pergunta como você vai, etc., afora os procedimentos de rotina em cada início de consulta, tais como colocá-lo na cadeira, pôr guardanapos, ajustar refletor e outros, que, somados nas quatro ou seis consultas correspondentes, certamente correspondem ao tempo de uma consulta ou mais.

Se você já fez alguma consulta de prevenção ou manutenção, vai lembrar que, além de totalmente indolor, ela é mais rápida e, se você dividir o preço integral de um tratamento longo pelo número de consultas realizadas, vai perceber que as de prevenção e manutenção são bem mais baratas. Isto porque estas não envolvem despesas com materiais caros, custos de laboratório de prótese ou aparelhos mais sofisticados e sim muita orientação e motivação. Quanto muito um pedaço de fio dental, uma escovinha interdental e um espelho, para você ver, à exaustão, como precisa fazer para não ter placa bacteriana ou tártaro. Pena que isto não possa ser feito sem a realização do tratamento ou ao invés dele, porque a manutenção só dá resultado quando todos os dentes estiverem tratados, sãos e as gengivas sem placa. Mas para não perder tempo, faça ou conclua seu tratamento e, a partir dele, cuide sistematicamente de sua manutenção, evitando assim tratamentos futuros, seus custos e seu conseqüente envolvimento em despendimento de tempo.

Se tiver de tratar, não perca tempo ou dinheiro, vá logo e evite mais gastos no futuro. Estando em tratamento, peça para que seu dentista lhe faça um plano de tratamento, envolvendo este e a manutenção e, se tiver terminado um tratamento completo há menos de um ano, ligue para ele e peça para marcar a próxima consulta e, quando ele lhe perguntar se você está com algum problema, diga-lhe que você quer garantir sua manutenção, visitando-o de seis em seis meses. Salvo que você seja um

doente periodontal crônico (tenha doença nas gengivas quase que sistematicamente) o seu próprio dentista poderá fazer este acompanhamento, incentivando-o a cuidar bem de seus dentes, e você não precisará gastar mais em tratamento. Para o dentista, isto é bom porque este tipo de paciente odontologicamente controlado, é o que mais indica outros pacientes para ele.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

15PARA APLICAR RAIOS LASER

As aplicações de laser são tratamentos de última geração que, gradativamente, estão sendo incorporados à Odontologia, na medida em que seus benefícios vão sendo comprovados por pesquisas e uso clínico em todo o mundo. Inicialmente utilizados em cirurgias, colocação de implantes e tratamento das gengivas, com objetivo de acelerar o processo de cicatrização, foram também utilizados para diminuir a sensibilidade dentinária e para eliminação de dores da ATM. Mais recentemente, sua grande aplicação tem sido seu uso como elemento fundamental na mais moderna técnica de clareamento dos dentes, com excelentes resultados, além de propiciar rapidez e eficácia na obtenção do clareamento, permitindo, inclusive, que o mesmo seja realizado integralmente em uma só sessão. No futuro, os estudos que estão sendo realizados, apontam o uso dos raios laser para as funções de anestesiar, cortar tecidos moles e substituir as brocas, avanços que farão sua utilização quase obrigatória na Odontologia dos próximos anos, por eliminar os principais tormentos do paciente frente aos tratamentos dentários.

Por ora, a maioria dos dentistas estão se utilizando dos soft lasers, os aparelhos mais simples e baratos, que permitem também baixos valores de aplicação aos pacientes. Alguns, apostando no futuro do laser como solução definitiva, investiram em hard lasers, que são aparelhos de alta potência, custo muito elevado e que, só recentemente, com a crescente utilização nos processos de clareamento, passaram a apresentar retorno como investimento. Colaborou em muito para esta aceitação o excelente nível de resultados dos clareamentos com laser, quando comparados com os métodos tradicionais, além de toda uma mudança na mentalidade dos pacientes que passaram a buscar nos dentistas, além de soluções para seus problemas de dor de dentes, soluções estéticas que melhorassem seu sorriso e estética facial.

A vantagem dos tratamentos a laser nas cirurgias é a diminuição do período pós-operatório, além de melhores resultados. Na sensibilidade e articulação temporo mandibular (ATM), os clientes conseguem diminuição da dor, o que, nestes casos, é importante, visto serem dores contínuas e constantes, com bastante dificuldade para obtenção de cura pelos métodos convencionais que, diferentemente dos obtidos com raios laser, são mais demorados. No clareamento, além da rapidez, a maior vantagem é a qualidade dos resultados obtidos, principalmente na melhora facial do sorriso dos pacientes e conseqüente melhora de sua auto-estima. Para o futuro, muitos vão preferir o laser para não sentir dor durante seus tratamentos, deixando-os livres dos tormentos advindos do uso de agulhas para aplicações de anestésicos e de brocas para desgaste de dentes. Nos trabalhos laboratoriais para confecção de próteses, os lasers já estão sendo usados com sucesso nos trabalhos de solda, com vantagens de qualidade e economia de tempo.

Por ora, a maioria dos dentistas ainda não está usando aparelhos de laser, o que em nada diminui sua capacidade de atendimento, inclusive porque a grande maioria

dos procedimentos ainda não tem utilização do laser indicada. Para os casos mencionados acima, como comprovados e em que sua utilização tem sido recomendada, seu dentista poderá lhe indicar um colega que, dispondo do equipamento, vai lhe fazer as aplicações necessárias. Após estas, seu tratamento continua normalmente com seu dentista de sempre, que, certamente caso se dedique a alguma especialidade que no futuro vier a ser beneficiada pela tecnologia do laser, irá adquiri-lo. Por ora uma certeza: o laser não faz milagres, seu dentista sim.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

16 PARA PODER MASTIGAR MELHOR

Antigamente dizia-se que era preciso mastigar muito. Hoje o conceito mais aceito é que se deve mastigar bem. A diferença entre uma e outra situação está na definição de quantidade e qualidade, que caracteriza a eficiência mastigatória. Mastigar muito com menos dentes (pela perda de alguns), com dentes tortos e que por estarem fora do lugar não encaixam bem nos dentes opostos ou não conseguir mastigar na condição ideal por sensibilidade nas gengivas, próteses frouxas e falta de obturações, não resulta em um corte e trituração adequada dos alimentos, colocando em sobrecarga o aparelho digestivo, levando o exercício das suas funções mais tempo, com mais dificuldade. Por outro lado, tendo-se qualidade e eficiência mastigatórias, mastiga-se menos tempo, os alimentos resultam em pedaços significativamente menores, quando não totalmente triturados, deixando para a digestão a função de, através de enzimas, preparar a retirada dos nutrientes necessários à manutenção da vida. Sem sobrecarga, aumento de barriga ou sonolência após as refeições.

O sistema estomatognático é um todo que reúne dentes, maxilares, lábios, língua, bochechas e todos os tecidos envolvidos com a função mastigatória, de forma que, em boas condições, trabalhem em conjunto e harmonia, propiciando um mastigar adequado. Um bom dentista, ao invés de se ater exclusivamente à boa condição dos dentes, as peças principais do sistema, está atento as participações de todos os demais, avaliando suas funções, principalmente no que diz respeito à oclusão e disfunção. Ou seja, estuda e avalia o estado e posição dos dentes, como eles se encaixam nos opostos e como está cada um dos pontos de corte e trituração dos alimentos. Vê, ainda, que conseqüências o inadequado funcionamento do sistema pode trazer às suas gengivas ou à sua articulação, que são os pontos que irão ser prejudicados e poderão acusar sintomas de problemas oclusais. Não basta ter dentes em bom estado, é preciso que eles funcionem bem, nos seus objetivos. Por isso, cada um tem uma forma diferente.

Mastigando melhor, você se sentirá mais disposto, minimiza ou elimina problemas futuros no aparelho digestivo, permitindo que o mesmo atue mais dentro de suas funções, desempenhando-as melhor e com menos esforço. Tendo mais disposição após as refeições você será mais saudável. Inclusive na aparência, porque uma das características de quem mastiga mal é o crescimento da barriga, que não é só conseqüência de comer muito e sim resultado de esforço fora dos padrões naturais ao órgão. Considere que o outro prazer à mesa é o paladar e que o mesmo é resultado de glândulas que temos na cavidade oral. Assim sendo, quanto mais e melhor você mastigar, estará aproveitando por mais tempo o prazer de comer. Prolongando-o, sem

comer mais. Lembre-se que uma razão para se mastigar pouco são problemas relacionados à falta de dentes, principalmente dos posteriores, e a dificuldades de corte e maceração por dentes que precisam ser tratados.

Se você tem uma barriguinha acima do tamanho que deveria ter e não é de abusar sistematicamente à mesa, pergunte ao seu dentista se esta pode ser em decorrência de mastigação inadequada ou limitações desta por restrições decorrentes de problemas dentários. Pergunte o que pode ser melhorado em sua boca e peça dicas orientativas para uma correta mastigação. Afora um gastroenterologista para tratar sua pequena obesidade, você não precisa nenhum outro especialista, porque o seu próprio dentista lhe orientará bem no como melhorar seu sistema mastigatório e desfrutar melhor de um dos prazeres da vida.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

17 PARA REMOVER A PLACA BACTERIANA

No que depende da Odontologia e dos dentistas, os tratamentos dentários evoluíram de tal forma nos últimos anos, que fica difícil imaginar qual vai ser o próximo progresso, tantas foram as novidades nas duas últimas décadas. Tudo hoje tem solução em se tratando de problemas dentários. Por outro lado, embora tenham sido criados e desenvolvidos vários novos dispositivos para a higiene bucal além do aperfeiçoamento da clássica escova, tais como higienizadores interdentais, escovas unitufos, fios e fitas dentais, escovas interdentais, dentre outros, pequeno percentualmente ainda é o número dos que fazem sistemática e adequadamente a sua higiene bucal. A conseqüência é a presença, na maioria de nossa população, da placa bacteriana, bastando para sua comprovação a passagem de algum instrumento de ponta fina embaixo da sua gengiva para constatar a presença daquela massa branca resultado da decomposição dos resíduos alimentares que entram pelas gengivas. Isto se você não a higieniza bem. Pelas dúvidas, vale o teste.

O melhor tratamento para a placa bacteriana é baratíssimo. Trata-se de só higienizar bem e corretamente os dentes e gengivas. Todos os dias. Os dentes, uma vez após cada refeição e as gengivas, uma vez ao dia, sendo antes de deitar o melhor horário, pois durante a noite as enzimas que produzimos poderão fixar os resíduos de alimentos colaborando, involuntariamente, para a formação da placa bacteriana. O fio dental é o seu melhor aliado no combate a formação da placa, da qual você deveria ser o maior inimigo, pois ela no futuro será a maior inimiga dos seus dentes, podendo levar à sua perda. Constatando placa, não perca tempo, consulte um dentista que tenha condição de lhe orientar e combater este mal. Não se iluda com líquidos e jatos, que farão bem ao frescor bucal, mas que não têm como remover o que se instala embaixo das gengivas. Peça para seu dentista fazer o teste da evidenciação de placa, porque diferentemente das unhas sujas, ela não aparece, lembrando-nos que temos que limpá-las. É um corante que transforma a cor desta placa em um tom avermelhado, permitindo visualizar, de forma clara, o maior inimigo dos seus dentes, depois do desleixo que alguns têm por eles: a placa.

Tente lembrar quantas pessoas você já conquistou com um simples sorriso. Às vezes, sem uma palavra sequer. Uma criança, um idoso, a pessoa amada. Não perca esta espontaneidade pela perda de seu sorriso natural. E lembre que quem pode

roubá-lo de você é justamente a placa bacteriana. Porque ela pode levar seus dentes a perdas de difícil e custosa reparação. Pense em quantas pessoas que aparentam ser bem mais jovens do que realmente são e procure lembrar como é o sorriso delas. É inacreditável, você verá que na esmagadora maioria o sorriso é jovial. Ou seja, com dentes e gengivas. Bem natural. De alguns você nem lembrará que são carecas, de outras que estão um pouco gordinhas, porque seu sorriso concentra o olhar. Chama nossa visualização para ele, a ponto de nos esquecermos de avaliar outros detalhes, que observamos mais quando o sorriso não for bonito.

Além de cuidar bem de seus dentes, seja rigoroso com suas gengivas, não permitindo a presença da placa bacteriana. De seis em seis meses visite seu dentista e pergunte como está sua placa bacteriana. Se tiver placa peça tratamento, sai mais barato que perder os dentes por causa dela e ter que repô-los depois, com implantes e despesas. Se seu problema voltar, o especialista para estes tratamentos é o periodontista. Ele lhe proporá um plano de saúde bucal, com controle de placa.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

18PARA ELIMINAR TRAUMA PSICOLÓGICO

Temos vergonha quando nos falta um dente, principalmente se for um dos da frente. Sentimos quase o mesmo quando temos uma cárie visível na região anterior. Outros pequenos defeitos, pelo convívio constante e diário com os mesmos nos afetam na auto-estima, como por exemplo: dente torto, diastema, dente escuro, dente fraturado, coloração amarelada em todos os dentes, gengiva escura, perda de gengiva com raiz aparecendo, obturação antiga perceptível, metal de prótese fixa ou grampo de prótese removível, prótese que se percebe facilmente ser prótese, prótese total velha e gasta, próteses que se mexem, falta de prótese por desadaptação ou desconforto. Estes e outros problemas ao longo do tempo, por sua não aceitação, vão nos levando a uma situação de constrangimento por tanto tentarmos dissimulá-los e não conseguirmos. Com o tempo, vamos incorporando vícios, como não abrir muito a boca para falar ou rir, ou disfarces do tipo crescer o bigode ou só se permitir fotografar ou olhar pelo outro lado. Tudo pela vergonha de algum defeito, que pela constância, acabam se transformando em verdadeiro trauma psicológico.

Por medo ou limitação financeira, postergamos o tratamento do fato gerador de nosso trauma, até o momento em que uma força maior, como a que nos faz deixar de fumar, beber ou fazer um regime, por exemplo, nos leve a assumir e realizar o tratamento, que é a única solução para traumas e vergonhas. Se não cortado o gerador, mesmo com disfarces, o trauma continua, ainda que por uns tempos o esqueçamos. Para enfrentá-los, o melhor caminho é conhecer e saber exatamente o que nos desagrada. O que nos aflige. Sabendo, conhecer o que pode ou o que deve ser feito é meio caminho andado. Inclusive, porque, na maioria das vezes, o problema é sempre menor do que imaginamos. Na verdade, pela vergonha que temos, terminamos por potencializá-los, de tanto lhe dar atenção, quando outros nem o percebem. A maioria dos problemas que nos levam a estas situações são de origem estética e, como tal, bem mais econômicos de tratar do que os problemas funcionais, como a falta de vários dentes do fundo, que nos prejudicam bem mais e muitas vezes não nos

incomodam tanto por não percebermos. A solução destes, quase sempre é bem mais dispendiosa.

De bem com nossa aparência, nos sentimos melhor e a vida parece mais fácil de ser vivida, além do que a maior parte dos problemas mencionados antes, se não tratados no tempo certo, evoluem para problemas maiores e terminam por requererem tratamentos mais dispendiosos. Sorrindo melhor e com a consciência mais leve, somos mais bem aceitos, quer no trabalho, quer na família e principalmente pelo espelho. Não parece, mas se nos olharmos todos os dias e mesmo que no subconsciente não aceitarmos algo, envelhecemos. Termos a imagem que gostaríamos de ter faz de nós mesmos, pessoas mais confiantes e decididas. Coisas que podem levar à perda de um emprego ou de um amor em fase de constituição, tratadas, aproximam e estimulam um contato maior, inclusive físico.

Se você não está bem ou não se dá com algum detalhe de sua boca, não fique brigando consigo ou com a natureza. Faça de seu dentista o seu confidente para assuntos de estética de sua boca. Diga-lhe, sinceramente o que lhe desagrada, que, com a mesma franqueza, ele irá dizer-lhe o que pode e o que deve ser feito. E irá ajudá-lo em todos os sentidos para que você conquiste satisfação. Por muito menos do que você imagina. Lembre-se que estas despesas estéticas são menores que as protéticas e que seu resultado lhe acompanhará pelo resto dos seus dias.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

19 PARA FAZER REVISÕES PERIÓDICAS

A carteira de motorista precisa ser renovada de tempos em tempos. O carro precisa de revisões, senão perde a garantia. Seguro vale só por um ano, nossos óculos de vez em quando pedem novos e de acordo com o tempo decorrido, temos que fazer uma nova consulta para acertar o grau. O exame médico do clube tem que ser renovado e sua matrícula ou a de seus filhos, a cada ano pede outra. Caso você tenha tido algum problema de saúde, seu médico também lhe recomendará uma consulta de verificação a períodos de um ano. As assinaturas de revista ou do jornal, depois de um ano, precisam ser renovadas e se, depois de igual tempo, não lhe derem férias, você reclama. Tudo isto está certo e com razão. Por que só seus dentes não merecem uma atenção anualmente?

Merecem e precisam. Não havendo necessidade de tratar, melhor, você não irá gastar nada com eles, além de se sentir muito mais tranqüilo. Pena é que com os dentes, aparentamos despreocupação, sem termos feito as consultas de manutenção ou revisão, ou pior, achamos que não são necessárias e que não devemos gastar ou nos preocupar com elas. Alguns dentistas nem cobram esta consulta. Além do que estas consultas são bem mais rápidas, normalmente durando cerca de quinze minutos. Nelas nunca se usa anestésico, porque nunca doem e em hipótese alguma é usado o motorzinho. Aproveite e peça para fazer uma limpeza, se possível com jato de bicarbonato ou ultra-som. Gasta-se muito pouco, a sensação de frescor e limpeza dos dentes renovam nossa disposição em conservá-los e nossa aparência melhora até nas gengivas. Se você já teve problemas com as gengivas ou usa algum tipo de prótese ou

implantes, estas revisões são obrigatórias para detectar algum problema, se possível antes que ele possa comprometer o trabalho realizado.

Fazendo estas revisões de manutenção no seu carro você vai economizar dinheiro, porque evitará ter que pagar um mecânico em emergência na estrada, ou quem sabe, um guincho. Identificando um problema de hipertensão e tratando, você economiza um enfarto ou derrame, que provavelmente o levarão a uma cirurgia. Usando óculos apropriados você evita acidentes, na estrada ou em casa. Fazendo uma vacina, se garante crianças e idosos de problemas que lhes farão perder dias de aula ou noites de sono. Sempre gastando menos em prevenir do que remediar, tendo a vantagem de escolher a hora de gastar, o que não acontece quando algo tem que ser feito às pressas.

Seja previdente. Programe anualmente uma consulta a seu dentista para a revisão. Meses bons para isto são os meses de férias, como janeiro e fevereiro, ou ainda julho, quando normalmente os consultórios estão mais vazios e você poderá ser atendido sem correrias. Bom procedimento é pedir para a secretária de seu dentista já deixar esta consulta marcada com um ano de antecedência e que faça a gentileza de lhe avisar um ou dois dias antes para evitar esquecimentos. Caso não tenha agendado a deste ano, ligue hoje mesmo e marque. Se ainda não estiver no tempo certo, deixe marcado. Estas consultas devem ser sempre feitas com seu dentista, que com a sua ficha clínica e acompanhando seu histórico, poderá bem avaliar os serviços realizados e a necessidade de algum outro a realizar. Não precisando de especialistas, os custos são sempre menores. Fazendo revisões periódicas, as chances de vir a precisá-los também o serão.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

20 PARA COLOCAR IMPLANTES DENTÁRIOS

Antigamente, quando se perdia um dente, por cárie, acidente ou doença periodontal, a alternativa era desgastar dois dentes vizinhos e cimentar uma prótese. Quando se perdiam muitos dentes, fazia-se uma ponte móvel, apoiada em alguns dentes e nas gengivas e no caso da perda de todos os dentes, confeccionava-se uma dentadura, apoiada exclusivamente nas gengivas. Com a chegada dos implantes, que são raízes artificiais, colocadas no lugar e com semelhanças em forma e função, perdido um dente, coloca-se um implante e em cima deste uma prótese exatamente igual ao dente perdido e o caso está resolvido sem ter que desgastar nenhum dente bom que estiver ao lado do implante, pelo contrário, por não desgastá-lo, ajuda-se a mantê-lo. O mesmo acontece quando a perda for de mais de um dente e no caso da perda de todos os dentes, podem ser colocados dois a quatro implantes, de acordo com o caso, e nestes apoiar uma sobre-dentadura, que terá muito mais estabilidade que a dentadura convencional, além de permitir mastigar, falar e sorrir melhor do que se fazia antes.

A colocação é simples e feita no próprio consultório do dentista, que no dia receberá cuidados especiais, sem dor e que demorará menos de trinta minutos por implante colocado. Se forem mais implantes, demorará menos ainda, porque alguns procedimentos são repetitivos e dispensáveis no caso de mais implantes. Toda colocação consiste em abrir um orifício no osso, como era o que você tinha suportando

a raiz do dente, e neste introduzir o implante, fechando-o com uma tampinha de proteção. Depois de unido ao osso, remove-se a tampinha e no lugar desta é colocada a prótese, sem dor, sem anestesia e com a vantagem de poder ser trocada, caso, por alguma batida, você vier a quebrá-la, o que não acontecia antes com os dentes.

Uma das grandes vantagens dos implantes em relação às próteses que se usavam antes, é que embaixo destes, quando bem higienizados, não ocorrem cáries e nem forma a placa bacteriana. Outra é que não precisando usar os dentes vizinhos como apoio, não são necessários tratamentos de canal, que eram indispensáveis no caso deste dente vir a sustentar próteses. Além do que a prótese sustentada em dois dentes para repor o perdido entre eles era cobrada como três, por que envolvia três coroas, duas nos dentes e uma suspensa. No caso dos implantes é cobrada somente uma, porque somente o implante recebe a prótese. Na prática a grande vantagem é que o implante é uma coroa única, sem se apoiar nos vizinhos e nas próteses eram unidos por trás, fazendo com que a higienização tivesse que passar a ser feita por baixo, com uso de escovas especiais e dificultando a passagem do fio dental, que nestas tinha que ser introduzido por baixo. Além disto, a maioria dos implantes recebem as próteses por micro-parafusos, que permitem ser removidas, sempre que houver suspeitas de má higienização.

Se você perdeu ou está perdendo um dente, não deixe de perguntar ao seu dentista sobre a colocação de um implante. Se ele não os coloca, lhe indicará um colega especialista, conhecido como implantodontista, que lhe colocará, sendo a prótese depois colocada por seu próprio dentista, visto serem mais fáceis e de mais precisão que as próteses convencionais. Somente casos muito complicados precisarão de próteses confeccionadas por especialistas. Os implantes baixaram tanto de preço, a exemplo de tudo que começa a ser feito em grande quantidade, que hoje, na maioria dos casos, saem mais baratos do que as próteses convencionais.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

21PARA TRATAR DO RONCO E APNÉIA

O incômodo de roncar, para muitos, não tem solução. Para uns só com cirurgia e para outros, com cirurgia melhor deixar como está, para tormento dos que com o ronco tem que conviver, que não o próprio roncador, porque este por estar dormindo não percebe o quanto ronca e não tem seu sono atrapalhado ou inviabilizado pelo zumbido contínuo e constante a que são submetidos ou torturados seus companheiros e companheiras. De uma forma simples, para ser mais bem compreendido, o roncar é a vibração de membranas no interior da cavidade oral, que pela idade e pelo aumento de gorduras na região, vibram mais ou menos, na entrada ou na saída do ar, principalmente dos respiradores bucais. Com os anos, estas membranas vão se tornando mais flácidas, provocando um aumento da região susceptível de vibrações, fazendo com que o roncar seja cada vez mais intenso e forte. Por ser involuntário é totalmente incontrolável, sendo às vezes, um pouco atenuado com uma mudança de posição de quem está roncando, por alterar a posição dos tecidos que estavam vibrando.

A intervenção do dentista nestes casos não é solução definitiva, se bem que na maioria dos casos elimina integralmente o zumbido indesejável. Trata-se de colocação

de uma placa do tipo das de relaxamento, indicada para pessoas bruxônomas (que rangem os dentes enquanto dormem) ou para pequenas correções dos dentes nos casos em que um dispositivo simples como este tem condições de corrigir. Estas placas, além de permitirem um sono mais leve, impedem um desgaste dos dentes e, se elaboradas com conhecimento anatômico da região que provoca o ronco, pela suspensão dos tecidos flácidos, impedem sua vibração e, por conseguinte o incômodo de roncar. Uma hipótese que ainda necessita de acompanhamento de muitos casos por muito tempo, é a de que o uso sistemático deste dispositivo, todas as noites, pode ir conformando os tecidos da região flácida, corrigindo seu posicionamento e eliminando a possibilidade de vibração, mesmo sem o uso do aparelho. Talvez não em todos os casos, mas em um bom número, isto pode vir a acontecer, o que seria um motivo a mais para se continuar estudando esta alternativa de tratamento.

Para os que convivem com o problema, esta é uma grande solução, porque certamente irá permitir que voltem a dormir. Para quem ronca, uma tentativa de solução sem cirurgia, sem dor, sem remédios e o que é mais interessante, extremamente acessível por ser barata, fácil e rápida de fazer, além de apresentar resultados imediatos com o simples uso do aparelho. Dá a seu possuidor a liberdade de colocar e tirar quando quiser, o que é uma alternativa importante para aqueles que não roncam sistematicamente e que podem utilizá-lo quando o prejudicado o solicitar. Além de não incomodar, para os que têm vida dinâmica e agitada, justamente os que têm o sono mais pesado e mais predispostos ao roncar, tem uma vantagem adicional ao servirem como placa de relaxamento, evitando assim afrouxamento ou desgaste dos dentes.

Se você já recebeu comentários de que costuma roncar, pergunte ao seu dentista se ele confecciona este tipo de aparelhos ou se sabe lhe indicar algum colega que tenha estudado o assunto para lhe indicar com esta finalidade. Depois de pronto o aparelho, seu próprio dentista poderá proceder a alguns ajustes por conta de alguns acertos que se façam necessários pois, com o uso, pode estar apertando um ou outro dente ou bochecha, visto que o mesmo é de uso indefinido e requerendo somente higienização após o uso.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

22 PARA PREVENIR ENFARTOS POR BACTÉRIAS

A quase totalidade dos congressos de cardiologia dos tempos atuais tem debatido um tipo de problema cardiológico que vem se tornando cada vez mais freqüente entre seus pacientes, que são as endocardites bacterianas, decorrentes de processos infecciosos, principalmente os que têm origem na cavidade oral e, por conseqüência, causadores de uma proliferação de bactérias nocivas ao organismo. O fato preocupante é que pessoas com alguma predisposição a problemas cardiológicos, com uma simples inflamação das gengivas ou infecção de um canal não tratado, aumentam enormemente o risco de sofrerem acidentes cardiológicos, que poderiam ser evitados ou ter seu risco sensivelmente reduzido.

Solução odontológica para estes problemas é simples e de fácil tratamento. Constitui-se no tratamento de cáries, inflamações das gengivas decorrentes da presença de tártaro ou placa bacteriana e tratamento dos canais radiculares quando

infeccionados ou em vias de vir a apresentarem problemas em decorrência de cáries muito extensas, não tratadas no tempo certo. Solucionada a origem destes e de algum outro problema que poderá vir a se tornar foco infeccioso, além da correta continuidade de higienização para que os motivos que originaram estes problemas não retornem, a probabilidade de propagação de bactérias originadas na cavidade bucal reduz-se a quase improbabilidade de seu ressurgimento enquanto mantido o tratamento. Pacientes que já apresentaram manifestações cardiológicas ou de infecção na cavidade oral, devem ser, eles próprios, os grandes zeladores para que as causas destes riscos não voltem a se manifestar.

A partir dos trinta e cinco, quarenta anos, pessoas com algum histórico cardiológico na família ou portadores de algum fator de risco, como, por exemplo: hipertensão, fumo ou dependência alcoólica devem anualmente fazer um “check up” bucal, procurando identificar dentes ou áreas das gengivas que, se não tratadas, poderão originar um processo infeccioso e permitir que as bactérias dele conseqüentes migrem naturalmente, com os alimentos, para a circulação sanguínea e desta para o coração. Os cardiologistas, por estarem preocupados com outros sintomas ou manifestações dos problemas do coração, nem sempre tem sua atenção voltada para este fator de risco, até porque os exames cardiológicos, de rotina não incluem exame bucal e mesmo que o fizessem, seria difícil a identificação destes problemas por se tratar de outra área, com patologias distintas.

Todo paciente, com algum tipo de problema cardiológico, mesmo que de pequeno risco, deve informá-lo a seu dentista, para sua própria segurança e para que o profissional de posse desta informação use medicamentos e materiais apropriados para o seu caso, como por exemplo, anestésicos sem vaso constritor. Não tendo esta informação os dentistas usam, rotineiramente, os do tipo com vaso constritor, para evitar ou diminuir o sangramento, ainda que pequeno, durante seu trabalho, para comodidade do paciente. Outra razão é a prescrição de medicamentos após as cirurgias que caso, haja contra-indicação, pode e deve ser alterada. Não existe motivo para pacientes com algum tipo de problema cardiológico buscar especialista na Odontologia, mas não deve o paciente a qualquer pretexto omitir tal informação. Todos os dentistas foram preparados durante os longos anos de estudo que tiveram, a tratar pessoas nestas situações, inclusive para primeiro socorros que por ventura se façam necessários. Comentado o fato, os dentistas tratarão inclusive de diminuir a ansiedade do paciente que poderia levar a um aumento da pressão, fazendo com que seu tratamento ande num ritmo mais pausado, sem apuros.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

23PARA COLOCAR UMA PRÓTESE FIXA

Mesmo com a evolução dos implantes, a primeira opção para tratamento deve ser a conservação e manutenção dos dentes ou raízes destes, para sustentação de próteses fixas. Este tipo de prótese, que não pode ser retirada pelo paciente é cimentada pelo dentista na parte remanescente dos dentes que foram preparados. Sua primeira finalidade é restaurar a função do dente perdido e depois repor a estética, simulando um dente natural, com dados do outro dente similar que temos no lado

oposto da boca. Modernamente, usam-se resinas tão perfeitas que fica difícil identificar qual é o natural e qual é o artificial.

Depois do preparo dos dentes, quando o dentista os desgasta de forma a que fiquem aptos para reterem a prótese, o profissional faz uma moldagem dos seus dentes para enviar ao laboratório de prótese, que irá fazer um modelo da sua boca, inclusive o colocando num aparelho chamado articulador, que irá simular os movimentos da sua articulação. A estrutura interna da prótese é feita em metal, para dar-lhe maior resistência, sendo esta testada em sua boca para verificar a adaptação da mesma. Caso ela esteja de acordo com o preparo que foi feito nos seus dentes, será então aplicada a resina, que simulará seus dentes. Recebe ela, ainda, um acabamento final, para maior durabilidade. Para ter certeza que está funcionando bem, em alguns casos, é feita uma cimentação provisória para testes e só depois procedida a sua cimentação definitiva. Durante o período que sua prótese estiver sendo confeccionada, você ficará com uma prótese provisória. A participação do paciente nesta etapa de confecção e colocação da prótese é importante, porque a partir de suas vontades e opiniões, o dentista poderá ir acertando a aparência da mesma, sempre de acordo com sua vontade, inclusive quanto à altura e contato com os demais dentes que você possui. Não deixe de revelar suas opiniões e expectativas, porque a prótese é feita para satisfazê-lo estética e funcionalmente. Quanto mais de acordo com sua vontade e gosto ela ficar, mais satisfeito você estará durante todo o período que ela durar.

Tecnicamente, as próteses são feitas para reabilitar sua mastigação e fonética, permitindo o adequado cortar e triturar dos alimentos e a possibilidade de continuar emitindo os sons, que, em sua maioria articulam-se na língua e com passagens de ar entre os dentes. Esteticamente, as próteses têm por objetivo deixar sua aparência e sorriso o mais natural possível, sendo identificador desta situação o fato das pessoas que não sabem, não perceberem que usamos próteses. Por esta razão, os dentistas se preocupam, sempre que possível, em deixá-las com a aparência o mais natural, inclusive no item cor dos dentes da prótese e suas variações em função das diversas incidências de luz.

Próteses simples e normais podem ser feitas com seu dentista clínico geral, que está capacitado a fazê-las, e as maiores ou mais complexas, por falta de muitos dentes, raízes inclinadas, dificuldade de higienização pelo paciente, necessidade de tratamento nos canais e nas gengivas, para aumentar a área dos dentes que irão servir de fixação, requerem um especialista, conhecido como protesista, que, além dos anos de faculdade, fez um outro curso oficial de pós-graduação, reconhecido como especialização em prótese dentária. Por ser um tratamento mais demorado na sua confecção e por ser colocado com uma expectativa de durar muito, não devem os pacientes tender por serviços muito mais baratos, sob o risco de estar optando por um tipo de prótese muito mais simples ou de menor durabilidade. Procure se informar sobre os diferentes tipos de material que podem ser empregados, suas vantagens e garantias, antes de decidir-se por uma ou outra modalidade de prótese.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

24PARA TIRAR DENTES INCLUSOS OU DO SISO

Os dentes inclusos são aqueles que se encontram dentro do osso ou com parte dentro do osso e parte dentro da gengiva, sem terem erupcionado, muito embora já tenha passado o período normal para sua saída. A razão para que isto aconteça, na maioria das vezes, é por falta de espaço na arcada dentária, outras, pelo fato do dente vizinho estar torto, impedindo assim o seu nascimento, ou ainda, por resistência do tecido ósseo. Siso ou do juízo como é conhecido popularmente, por normalmente erupcionar próximo da maioridade, é o terceiro molar, um dente que a maioria das pessoas do nosso tempo já não apresenta. Para saber se temos ou não é fácil: basta contar os dentes que temos, desde que não tenhamos feito nenhuma extração e verificar se dispomos de vinte e oito ou trinta e dois dentes. Se forem vinte e oito é porque não temos e se forem trinta e dois é porque temos os quatro dentes do siso. Quando não os temos, pode ser que não tenhamos os embriões dentais que os originariam ou porque os mesmos se encontrem inclusos (alguns dizem retidos), ou seja, não nasceram por estarem dentro do alvéolo ósseo, sem condições para erupcionar ou por estarem impactados de encontro aos dentes da frente, os segundos molares.

Se o problema for identificado com antecedência através de radiografias tiradas na adolescência, sua solução pode ser a tentativa de, através de aparelhos ortodônticos, promover sua saída natural. Se não saírem, pode ser tentado um tracionamento deste dente, puxando-o progressivamente com apoio em outro dente próximo, ajudado pela remoção de partes duras do osso que estão dificultando sua erupção. Ou ainda a utilização destes dois métodos em conjunto, sucessivamente. Só não se fazem estas tentativas se o espaço para estes dentes que não nasceram não for suficiente ou se, com isto, eles vierem a pressionar os demais dentes. Nestes casos, e quando existe a possibilidade destes dentes inclusos virem a trazer dor, a indicação é sua extração, que é uma ação demorada , pelas dificuldades de acesso e pelas próprias razões que impediram seu nascimento, o travamento em dentes e paredes ósseas.

Conseguindo-se fazê-lo erupcionar na adolescência, tem-se a vantagem de novos dentes, tantos quantos forem os que estavam inclusos. Não se conseguindo, é conveniente a sua extração, para evitar problemas futuros, de prejuízo aos dentes vizinhos a casos de dor intensa, pelo esforço do organismo em tentar colocá-los para fora e não consegui-lo. Ter os dentes bem alinhados representa facilidade para a higienização e menor risco para o surgimento de cáries e doenças das gengivas. Daí muitas vezes a indicação de extração dos inclusos, justamente para não entortarem os demais.

Dentes inclusos são, normalmente, extraídos pelos próprios dentistas, sempre que o acesso e a remoção possam ser feitos sem dor ou cansaço, por uma a duas horas de trabalho. Quando imaginam que se trata de um caso mais complexo ou difícil, costumam encaminhar a especialistas, principalmente os casos em que os dentes estiverem impactados, ou seja, presos em outros dentes, principalmente o mais do fundo. Nestes casos, pelo procedimento de extração ser mais difícil e requerer instrumental mais específico e apropriado, um cirurgião bucomaxilo facial terá melhores resultados, diminuindo o desconforto e minimizando a dor pós-operatória. Identificado o problema a extração deve ser feita assim que possível, para evitar a situação indesejada de dor pela pressão do dente que está incluso, tendo com isto, certamente, uma remoção mais difícil.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

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PARA ELIMINAR DORES DA ARTICULAÇÃO

Esta articulação é chamada pelos dentistas de ATM, articulação têmporo mandibular, que é um complexo de ossos, músculos, cartilagens, fibras e membranas, além de líquidos que a lubrificam. Sua função principal é permitir os movimentos da mandíbula durante a mastigação, fala e outros movimentos de forma harmônica e controlável. Por se tratar de um sistema complexo, costumam apresentar algumas anomalias de função, conhecidas como disfunções da ATM. Mais comuns no sexo feminino, podem ter origem na perda prematura de dentes posteriores, que determinam uma diminuição vertical na face. São identificadas por dores nos ouvidos, irradiadas da articulação, sensação de bloqueio e pressão nesta região. Outras causas podem ser uma assimetria facial, inflamação, luxação, fraturas ou ainda anquilose, que seria uma fusão óssea das superfícies que constituem a articulação.

Os tratamentos dos diferentes problemas da ATM, se relacionam com a origem causadora. Podem ser anestésicos locais, aspirações anestésicas, sedativos, tranqüilizantes ou ainda o uso de exercícios relaxadores, mioestimulação ou aplicações de raios laser, para relaxamento da musculatura e busca de uma melhor posição de repouso. Qualquer tipo de tratamento só estará indicado após a correta identificação da origem do problema que está causando dor na articulação, o que só deve ser feito pelo dentista, depois de analisar sua anatomia e os sintomas, fazendo um estudo para cada caso. Tratamentos inadequados, além de não solucionarem, podem agravar os problemas, por mexer com o que não está causando dor e, por isto vir também a causar. Como esta articulação está relacionada com muitas especialidades da Odontologia, tais como: ortodontia, prótese, implantodontia, periodontia, dentística, cirurgia, radiologia, entre outras, o assunto tem sido exaustivamente estudado pelos dentistas, que hoje dispõem de conhecimentos em livros e revistas para, resolver a maioria dos casos de dores na articulação. O número de casos tem crescido tanto, que tramita no Conselho Federal de Odontologia, órgão máximo da classe, um projeto para criação de uma especialidade específica, destinada ao estudo das soluções para estes problemas.

Tratar as dores da articulação significa menos estresse, mais qualidade de vida e máximo bem estar, pois ela está ligada à fala, à audição, com a mastigação e até aos músculos que permitem o sorrir, atividades que resultam em nosso melhor ou pior inter-relacionamento social. Até uma melhora da aparência facial é conseqüência da articulação sem dor, porque, quando ela acontece, ao contrairmos ou relaxarmos, buscando uma posição mais confortável ou menos dolorosa, o que nos provoca alterações fisionômicas que normalmente enfeiam nossa aparência. O não tratamento pode gerar problemas crônicos e traumas, inclusive psicológicos.

Identificado um dos sintomas antes mencionados, pergunte ao seu dentista com o que os mesmos podem estar relacionados ou o que os poderia estar causando. Se o problema estiver no começo, certamente seu tratamento será mais fácil e rápido, algumas vezes com a simples colocação de uma prótese ou correção de posição dos dentes, quando articulados. Noutras, com medicação e algum exercício. Somente os casos mais difíceis requerem o uso de algum aparelho mais específico. Dependendo do estágio em que for diagnosticada a doença, a cura pode ser feita pelo seu próprio dentista e, quando este identificar algo mais grave, ele mesmo se encarregará de encaminhá-lo a um especialista para estudar melhor o caso e escolher o tratamento que será capaz de solucionar estas dores.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

26 PARA FAZER CLAREAMENTO

Junto com os implantes, tratamentos ortodônticos e odontogeriatria, os tratamentos para clarear os dentes são uma das maiores novidades, principalmente após as descobertas de aplicação dos raios laser para esta função e por estarem relacionados à melhora da estética do sorriso, a vontade máxima da maioria dos pacientes que procuram espontaneamente os consultórios dentários. Praticados há décadas, talvez séculos, as tentativas de clareamento já passaram por diferentes métodos com o mesmo objetivo: embelezar os dentes. Foram ou são usados: pastas, discos, lixas, brocas, ácidos, líquidos, gel, corrente elétrica, fibra ótica, fotopolimerizadores e agora os aparelhos para emissão de raios laser. Desde a fase do uso do gel, os resultados tem sido animadores levando muitos clientes a buscarem uma melhora de sua aparência, pelo clareamento de seus dentes.

Antes de escolher o método é importante saber o que causa o escurecimento dos dentes: o primeiro deles é o próprio envelhecimento, em segundo, a higienização deficiente, terceiro, o hábito de fumar, quarto, a dependência de bebidas alcoólicas, depois o uso habitual ou vício de balas, chicletes, doces e outros coloridos artificialmente, que alteram, com o tempo, a pigmentação da superfície do esmalte dos dentes. Sem combater o agente causador do escurecimento, o clareamento será sempre um paliativo temporário. Ao submeter-se a um método de clareamento, procure, junto com seu dentista, identificar o que levou ao escurecimento e faça uma campanha sistemática de combate a este causador, não só para manter, por um tempo maior, seus dentes mais brancos, mas principalmente para melhorar sua saúde como um todo, o que em muito irá colaborar para melhora da moldura e suporte de seu sorriso: seu corpo. Os tratamentos de clareamento em si são simples e consistem, basicamente, na aplicação de agentes branqueadores, por diversos métodos, uns mais caros, outros nem tanto. Seu dentista o orientará para o mais conveniente no seu caso, em função da origem do escurecimento e de sua disponibilidade de gastos para este fim.

A grande vantagem da maioria dos métodos modernos é sua rapidez e eficiência. Alguns têm todo o processo concluído em torno de duas horas para a boca toda, outros fazem em duas ou três sessões de meia hora, com resultados visíveis imediatamente após o encerramento do processo. Ter os dentes mais brancos por qualquer método, mesmo que obtida por uma simples profilaxia, é sempre um incentivo a uma melhor higienização pela tendência natural do ser humano em conservar melhor o que está limpo e relaxar no que está descuidado ou sujo. Em qualquer hipótese, não esqueça que dentes brancos não são garantia de longevidade, porque se não acontecer a correta higienização na área subgengival, esta poderá acumular placa, formar tártaro, gerar doença periodontal e, finalmente, o afrouxamento e perda dos dentes, mesmo os branquinhos, bonitos e sem cáries.

Se tiver desejo de uma melhor aparência através do clareamento dos dentes, consulte seu dentista e peça um plano de tratamento envolvendo clareamento e manutenção controlada. Todos os dentistas trabalham com mais de um método de clareamento. Informe-se quais os utilizados por seu dentista, pergunte por valores, inclusive dos métodos que ele não utiliza, e faça comparações. Mesmo que você se trate com um dentista que não use o método do laser e seja sua vontade fazê-lo, não

deixe de comentar com ele, para que lhe indique um profissional de confiança para realizá-lo e para você não ter constrangimento de visitá-lo em necessidade e ele vir a perceber que algo foi feito. Inclusive para que ele faça o adequado acompanhamento de manutenção.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

27PARA COLOCAR FACETAS LAMINADAS

Por problemas genéticos, má higienização, tratamentos de canal não realizados ou feitos de forma incompleta, excesso de antibióticos ou outros motivos, de origem sistêmica, os dentes podem apresentar más formações ou aparência ruim, pelo fato de estarem manchados, escurecidos ou fraturados. Este tipo de desarmonia estética pode acontecer em alguns ou em todos os dentes, fazendo com que a aparência do sorriso seja ruim e levando as pessoas a terem complexos por tentar esconder os defeitos, não sorrindo ou o fazendo com a boca mais fechada do que o natural, prejudicando sua espontaneidade.

Depois de tentados os métodos normais, que envolvem restaurações e clareamento, sem atingir o resultado estético esperado, a alternativa mais moderna é a utilização do método chamado de facetas laminadas, que para um entendimento mais fácil, funcionariam como unhas postiças, com a diferença de no caso das facetas, estas serem definitivas, sem necessidade ou possibilidade de remoção. O sistema é simples. O dentista remove a parte que compromete a aparência, numa camada bem fina da superfície dos dentes com problemas estéticos. Depois disso prepara esta superfície, deixando-a mais áspera, de forma a obter uma total aderência da faceta que será colocada, a qual ficará colada e sustentada pelo dente, sem que este tenha qualquer alteração de volume, já que as facetas são confeccionadas e preparadas para cada dente em separado, atendendo às necessidades e particularidades deste. O sistema de colagem é feito na forma de um ataque ácido, que não permite que se soltem, além de funcionarem como um vedante absoluto. Sua aparência é igual à de um dente natural e sua cor escolhida de acordo com os dentes do próprio paciente, com uma escala de cor, levando em conta as alterações que se fizerem necessárias.

Trata-se de uma solução definitiva para os problemas estéticos, que permite corrigir integralmente todos os defeitos que comprometam o aspecto da dentição com problemas, inclusive aquele representado por manchas que são do próprio dente e não saem com qualquer tipo de tratamento. Com a colocação das facetas podem-se resolver também pequenas irregularidades na forma dos dentes, tirando destes o aspecto de estarem tortos ou fora do alinhamento. Ajudam a solucionar espaços muito grandes entre os dentes e partes de raízes que estejam aparecendo por perda de gengiva. Vantagem também é se poder colocar o sorriso da pessoa no computador e a partir dos outros dentes, simular as alterações e modificações desejadas possíveis e ter uma idéia, antes da realização do serviço, de como será o seu resultado final, a partir de modificações na forma e na cor dos dentes, pela própria tela do computador. Trata-se de um autêntico sorriso planejado, comum nos artistas e que agora está à disposição dos pacientes nos consultórios. Certamente fará você se sentir melhor consigo mesmo, melhorando sua auto-estima e confiança para o convívio social.

Tendo algum descontentamento com sua estética dental, comente com seu dentista, perguntando-lhe da possibilidade e viabilidade de utilização de facetas laminadas para correção de seu problema. Se utilizar este método, ele lhe orientará quanto às indicações do mesmo ou então indicará um especialista que o faça, a fim de lhe solucionar este problema específico. A especialidade que trata dos problemas estéticos com facetas laminadas é a dentística restauradora e esta área é conhecida como odontologia estética ou cosmética dental. Como se tratam de alterações totais da aparência dos dentes, não existe uma idade melhor para realizar o tratamento, ficando a decisão de fazê-lo mais cedo, pela vantagem de usufruir antes de um sorriso mais saudável e estar mais satisfeito com sua própria imagem.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

28PARA TRATAR AS CÁRIES

Cárie é uma destruição dos tecidos dentários, por desintegração provocada, na maioria das vezes, por bactérias que formam uma película de consistência gelatinosa e que, por ser pegajosa, adere-se à superfície dos dentes, formando a placa dentária, que, por sua origem, hoje é mais conhecida como placa bacteriana. Por má higiene bucal, forma ou composição do dente, dieta alimentar, raça ou fatores hereditários, podem apresentar-se mais na infância, adolescência e início da fase adulta. A cárie se inicia pelo esmalte dos dentes, sendo em alguns casos identificada por uma mancha branca opaca, noutros não percebida por localizar-se em saliências e reentrâncias ou ainda em áreas de contato dos dentes. Propaga-se pela dentina, que é a parte interna dos dentes e se não tratada, atinge os canais dos dentes que, afetados pelas bactérias, iniciam uma degeneração celular, que é o início do fim do dente, como elemento vital da mastigação.

Seu tratamento deve, em primeira instância, ser preventivo, através de cuidadosa higiene bucal após as refeições e antes de dormir. Esta deve incluir a escovação convencional, limpeza da parte sub-gengival com fio ou fita dental, afora recursos próprios para a idade de maior risco, tais como selantes, aplicações tópicas de flúor e outros cuidados especiais para cada caso, que seu dentista irá lhe indicar, tais como escovas unitufo, escovas interdentais ou anti-sépticos bucais. Um destes métodos será sempre mais barato e menos demorado que os longos tratamentos dentários, motivados por cáries e perdas dos dentes. Sua não realização pode levar a cárie, que é tratada pela remoção da parte cariada do dente e sua restauração que, além de reconstituir a forma anatômica e estética do dente, tem por finalidade inibir a continuidade da cárie, pela aplicação de materiais com curativo ao progresso do processo carioso.

Tratar cáries assim que elas surgirem é a maneira econômica de não gastar mais na continuidade do processo, além do que se evitam, assim, procedimentos mais dolorosos como os tratamentos de canal e das gengivas. As restaurações pequenas, identificadas quando estão atingindo somente o esmalte dos dentes, podem, em sua maioria, ser realizadas sem anestesia, por se localizarem somente na parte mineral do dente, sem implicações sensoriais. Quando maiores, além de requererem forramentos para proteção da polpa, envolvem preparos com a finalidade de dar sustentação ao material restaurador, que será utilizado para obturar o dente. Tratando-se de casos

avançados é necessária a confecção de blocos metálicos ou de resina, para adequada resistência mecânica da própria restauração e da parte remanescente do próprio dente, que por maiores remoções de tecido cariado, tornam-se mais frágeis e com risco de fratura na mastigação, se não forem feitos de forma adequada.

Não confie na sua vocação para dentista, sem ter estudado para tal, tentando descobrir se tem cáries ou não. Visite seu dentista de seis em seis meses. Na maioria delas ficará sabendo que não tem nada a fazer e, se tiver, será certamente pouco o que precisa ser feito e o que será gasto. Desta maneira não sentirá dor física no tratamento, nem a dor no bolso por não ter tratado antes. Tratar cáries é um dos procedimentos mais rápidos e seguros da Odontologia, principalmente em sua fase inicial e todos os dentistas estão aptos a realizar. Para as revisões periódicas, procure sempre o seu dentista, que por conhecê-lo e ter uma ficha de seu passado odontológico, saberá procurar os problemas nos lugares certos, alguns por já terem sido motivo de tratamentos anteriores. Os que fizerem um programa de manutenção e controle com seu dentista terão como prêmio não precisarem fazer grandes tratamentos nunca.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

29PARA FAZER UMA LIMPEZA

Mencionada pelos dentistas pelo nome técnico de profilaxia (por limpar também embaixo das gengivas) é a maneira de assegurar-se, de tempos em tempos, que a placa bacteriana não está instalada em seus dentes, por limitações de higiene oral, o que chega a originar o tártaro (cálculo). Isto acontece principalmente nas regiões mais difíceis de serem acessadas como a parte do dente que fica embaixo das gengivas, que é justamente onde mais costuma acontecer a formação da placa bacteriana.Nesta região, além de cáries, poderão acontecer inflamações que levam a gengiva a desgrudar-se do dente, deixando esta área mais vulnerável e permitindo, com isso, que se inicie uma perda do osso que ajuda a sustentar os dentes, junto com os ligamentos que existem ao seu redor. Outra região que costuma acumular placa é a localizada entre os dentes, que é por este motivo, de difícil acesso à escova.

Estas limpezas não substituem as que devem ser feitas quatro vezes ao dia pelo próprio paciente e devem acontecer num prazo maior ou menor, justamente em função da capacidade e dedicação de cada um na limpeza doméstica. Os dentistas usam como recurso para realizar a profilaxia, um tipo de corante que deixa a região com placa bem evidenciada e lançam mão de recursos mais eficazes tais como um jato de pó de bicarbonato de sódio e um outro com pontas apropriadas que vibram por um aparelho de ultra-som. Além disto eles tem instrumentos chamados de curetas, em formas adequadas para remover placa e tártaro em lugares difíceis, procurando deixar a superfície dos dentes novamente limpa e lisa, de forma que a higiene do paciente volte a ser mais fácil. As limpezas feitas por dentistas terminam com polimento dos dentes para esta finalidade e para remover manchas causadas pelo fumo e pelos corantes artificiais de balas e alimentos.

A profilaxia ajuda a manter sua boca mais asséptica e sadia, melhorando a sensação agradável de uma boca bem higienizada, fator importante na motivação para

a manutenção ideal da saúde bucal. Colabora também no visual de seu sorriso, pois, eliminando manchas e escurecimento dos dentes, a aparência melhora e com ela a vontade de manter os dentes sempre brancos e limpos. A redução da quantidade de bactérias da cavidade bucal com a retirada de placa e tártaro dos dentes, locais onde elas se concentram, diminui a chance de elas se espalharem para outras partes do corpo, onde podem ser também nocivas, como na corrente sangüínea, causando a endocardite bacteriana com riscos de enfarte. Tudo isso sem mencionar o benefício imediato que é a diminuição do número de cáries, conseqüência primeira da presença da placa bacteriana.

Como a formação da placa é um processo lento, progressivo e quase imperceptível, não existe um momento certo ou mais adequado para a realização da limpeza profilática. Para evitar as conseqüências da placa, o certo é realizar visitas, a cada período de seis meses, ao seu dentista. Não tendo outro tratamento por realizar, boa iniciativa é aproveitar esta visita para fazer uma profilaxia. É coisa rápida, de baixo custo e com efeitos perceptíveis imediatamente, pois dá à sua boca uma sensação de limpeza e frescor. O seu dentista, além de capacitado, é o mais indicado para realizar esta limpeza e definir por seus cuidados de higienização, definindo qual a periodicidade ideal para as próximas consultas e profilaxias. De todos os procedimentos odontológicos, a limpeza é o mais barato, um dos mais preventivos e maneira segura de saber se você tem algum outro tratamento nos dentes por realizar. Não deixe de fazê-la. Tendo dificuldade de lembrar, associe as férias escolares como elemento de referência, sendo este um bom período, por não ser época que os consultórios costumam estar muito movimentados.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

30PARA AUMENTAR DENTES PEQUENOS

Os dentistas são unânimes em afirmar que dentes separados tem mais facilidade de higienização e, como tal, apresentam menor risco de cáries. Mas quando os dentes são muito separados, normalmente as pessoas reclamam de sua estética e do fato de, algumas vezes, terem algumas limitações fonéticas decorrentes disto. A razão destes dentes de tamanhos menores é, normalmente, vinculada a fatores hereditários e de raça, que levam a alguns dentes, principalmente os de menor função, como os laterais e pré-molares, a ser desproporcionalmente menores que os demais, tirando a harmonia da dentição e em, alguns casos, dando feições juvenis e infantis às arcadas de pessoas adultas, gerando-lhes descontentamentos ou traumas.

Com a evolução da Odontologia estética, fruto do resultado de pesquisas que levaram ao lançamento mundial de resinas de quarta geração, que têm como características a perfeição de consistência, total similaridade de cor, textura da dentina e esmalte dos dentes, além de características de união absoluta às estruturas dentais, a possibilidade de solução para estes problemas passou a ser total. Tanto que a área da Odontologia que mais cresce entre os clínicos gerais é, justamente, a ligada à estética. Colaborou também muito para este sucesso o lançamento de aparelhos de emissão de luz foto-ativadora, que tem por finalidade polimerizar (endurecer colando) estes modernos materiais restauradores usados para aumentar dentes pequenos ou

corrigir pequenas anormalidades de posicionamento de um dente. Também as técnicas de preparo e proteção às partes fundamentais dos dentes evoluíram substancialmente, sendo possíveis, hoje, tratamentos estéticos com cem por cento de sucesso, sempre que bem indicados e executados por profissionais competentes.

A grande vantagem do estado atual da Odontologia é poder mudar radicalmente a aparência das pessoas apenas com pequenas correções na forma de alguns dentes, propiciando, ao todo, uma condição mais harmônica, permitindo ao seu portador um sorriso mais natural, bonito e espontâneo. Estar de bem com sua aparência é a maneira mais direta de nos sentirmos satisfeitos conosco mesmos e mais seguros em nossas atitudes, principalmente naquelas que envolvem relacionamento social através da fala. Se com o sorriso movimentamos vários músculos para expressar alegria e satisfação, com dentes que nos desagradem enrijecemos alguns músculos da face, para não mostrar ou minimizar a aparência de dentes que nos desagradam. Com os dentes refeitos dentro dos modernos padrões de estética facial, podemos soltar nossa personalidade e desfrutar da espontaneidade, nossa característica maior depois do sentimento.

Como nosso corpo em seu todo, nossos dentes têm um período paralelo de desenvolvimento e crescimento. Até a adolescência não só eles podem crescer como mudar de posição, alterando tamanho e inclinação. Após esta fase, só mudarão por alguma disfunção, sendo a partir de então o momento indicado para as correções que se fizerem necessárias para acertar forma e estética. Na dúvida, existem meios de determinação de idade óssea e término da fase de crescimento. Dentes pequenos são corrigidos por dentistas com material e aparelho apropriados, procedimento que pode ser feito pelo seu dentista de sempre ou caso este não se dedique muito à estética, indicado por ele, um especialista em dentística restauradora. Antes de se decidir por este recurso, pergunte o que vai ser feito, que material vai ser usado, como vai ficar e que garantias lhe podem dar quanto ao resultado final, que certamente irá mudar sua auto-estima.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

31PARA FAZER ENXERTOS

Enxertos são colocações de materiais sintéticos, de origem em outros animais (heterógeno) ou do próprio organismo humano (homógeno), para se tentar corrigir algum defeito por falta de tecido decorrente de perda óssea patológica ou como resultado de extrações, podendo ainda ser de gengiva, caso esta tenha sofrido retração ou perda. Os próprios dentes podem ser enxertados, em trabalho denominado de transplante e que será objeto de um item à parte, mais adiante. O princípio da maioria dos enxertos é estimular uma nova formação de tecido perdido, através de uma preparação da área onde se pretende que o mesmo tecido volte a crescer, a partir de um processo de regeneração.

A técnica consiste em abrir a área onde aconteceu ou está acontecendo a perda de tecido, identificar o agente causador, interrompê-lo para que o processo não continue e, através da colocação do enxerto, possibilitar que o próprio organismo estimule a formação de novo tecido, como acontece, por exemplo, na cicatrização de uma ferida, que é também o mesmo princípio da união de um osso que esteve

quebrado ou da reposição do sangue perdido em um traumatismo, pelo fato de existir no organismo uma propensão a reparar-se com reposição de partes perdidas. No caso dos enxertos usados na Odontologia, a utilização dos materiais de preenchimento, propósito de preservar a área que se pretende regenerar, de forma a evitar que outro tecido (gengiva, por exemplo) cresça mais rápido. Condições para o sucesso dos enxertos são a assepsia e anti-sepsia da área a ser enxertada e a condição estéril do material a ser enxertado. Os enxertos de melhor resultado são aqueles em que o doador é o próprio receptor, ou seja, quando se retira um pequeno fragmento de osso de uma região não tão importante, para levá-lo para outro lugar onde ele será mais necessário. O segundo tipo mais eficiente de enxerto usado quando não existe tanta necessidade de qualidade no resultado ou quando as áreas doadoras do próprio paciente não estejam disponíveis, é o enxerto de tecido similar, proveniente de outro animal (por exemplo, osso bovino). Por último, mas também com bons resultados quando o objetivo do enxerto é estético, são os enxertos com materiais sintéticos, como por exemplo, as hidroxiapatitas, cuja estrutura se assemelha à encontrada na nossa parte óssea. Modernamente, tem sido bom coadjuvante dos enxertos a colaboração do paciente, seguindo corretamente a medicação que lhe for recomendada e a utilização de raios laser, como aceleradores do processo cicatricial.

Os enxertos devolvem estrutura, melhorando estética e função quando estas são importantes, como por exemplo, nos casos em que é necessário mais osso para fazer uma implantação ou quando é preciso mais gengiva para dar estética a uma prótese. Em alguns casos, estes são imprescindíveis, como nesta situação de implantes e, noutros brindam uma melhora substancial na aparência, beneficiando significativamente o resultado visual do tratamento.

Em Odontologia, o especialista que mais lida com enxertos é o periodontista. Depois deste está o implantodontista e também o cirurgião bucomaxilo facial. Estes, pela experiência, estão aptos a conseguir bons resultados com enxertos, o que não impede um clínico geral com bom conhecimento da técnica e boa experiência, obter também bons resultados. Como a maioria dos procedimentos odontológicos, um dos requisitos mais importantes dos enxertos é sua correta indicação, ou seja, um estudo do caso para certificação de que os enxertos são viáveis naquele paciente e para aquele caso. Havendo esta, uma boa técnica e materiais os resultados dos enxertos têm sido animadores.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

32PARA REDUZIR SENSIBILIDADE

Nossos dentes têm sua parte sensível na forma de pequenos canais chamados canalículos dentinatários, que, para entender melhor, são ramificações minúsculas ligadas ao canal principal do dente, que é seu elemento de comunicação com o sistema nervoso central. Quando um dente tem uma cárie, uma fratura, podendo ser uma pequena rachadura do esmalte, uma retração gengival resultante de doença das gengivas ou quando há perda do esmalte do dente, a resposta dolorosa resultante aos estímulos térmicos, de agentes químicos ou ao próprio toque da língua ou outro objeto, recebe o nome de sensibilidade de colo. Em algumas pessoas e em determinadas faixas etárias, esta é maior, impedindo que a pessoa tome um sorvete, um chá ou café

quentes. Nos jovens, acontece mais em caso de fraturas pequenas, às vezes imperceptíveis. Nos adultos, quando em decorrência da perda do osso que sustenta os dentes, parte da raiz se expõe, mesmo que, visualmente, pouco se perceba. O sintoma, em ambos os casos, é sentir os dentes, o que em condições normais não acontece. Não chega a ser uma dor, mas sua constância incomoda sempre que algum estímulo aconteça.

Existem alguns tratamentos paliativos, que funcionam mais ou menos segundo o limiar de sensibilidade de cada um. Antes de fazer qualquer tratamento, alguns dentistas recomendam o uso de creme dental específico para dentes sensíveis, como primeira tentativa. Os tratamentos mais comuns são à base de aplicações de nitrato de prata, cloreto de zinco ou ferrocianeto de potássio, sempre em porcentagens e fórmulas de diluição ou aplicação a critério do dentista, que optará segundo o grau de sensibilidade e reação de cada paciente. Alguns casos têm melhores resultados quando a aplicação, ao invés de ser tópica, é feita com deposição eletrolítica, ou por aplicações de raios laser. Outros, mais extremos, requerem cortisona e nos pacientes em que a sensibilidade não cessa mesmo com as aplicações, a solução última é o tratamento do canal, neste caso, retirando-se a sua parte sensora.

A sensação de alívio ao receber a aplicação, para muitos, é imediata e só o fato de ser feita uma ou algumas aplicações já soluciona o problema em definitivo. Noutros, após algum tempo a sensibilidade retorna, sendo necessárias novas aplicações. Quem tem sabe o quanto vale o tratamento, que é simples e, ao contrário do que se imagina, não dói, pois só faz aliviar a dor. Em ambos os casos, só o fato de se fazerem as aplicações pode ser solução definitiva para o problema. Quando não, e estando indicado, o tratamento do canal do dente passível de sensibilidade é o consolo e descanso para quem sofre mais com os efeitos da sensibilidade. Só de lembrar que, de quando em quando, seus dentes ficam mais sensíveis, a vontade de ver-se livre do incômodo justifica qualquer sacrifício.

Para dentes sensíveis, não existe época ideal para tratar. Havendo sensibilidade, tem-se que procurar o dentista e buscar a solução. Não se justifica sofrer por causa de sensibilidade se o tratamento é na, maioria das, vezes simples, rápido e barato. A melhor coisa a fazer é ir ao dentista no dia em que a sensibilidade estiver se manifestando mais, de forma que ele possa identificá-la melhor e avaliar o resultado das aplicações. A maioria dos dentistas está acostumada a solucionar os casos normais de sensibilidade, não havendo ainda especialistas indicados nesta área, embora já existam na Odontologia, profissionais que estão se especializando em estudar os mecanismos da dor e as diferentes maneiras de combatê-la e solucioná-la. Nos casos mais avançados, pergunte a seu dentista se é o caso de lhe recomendar algum.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

33 PARA TRATAR O CANAL

Canal radicular é a parte das raízes dos dentes por onde passa o conjunto de vasos e nervos que ligam os dentes ao sistema nervoso central. Pode-se dizer, também, que é o espaço ocupado pela polpa dentária radicular. Em conseqüência de cáries não tratadas e que atingem o terceiro grau (o primeiro é o esmalte, o segundo a dentina e o terceiro a polpa ou canal), quando ele ainda se encontra com vitalidade,

penetrando na câmara pulpar numa forma de invasão, contaminando esta região, a qual se isto não acontecesse, permaneceria fechada, sem contato com o meio externo. As proteções maiores estão no esmalte e na dentina. Quando chega na polpa, a invasão é rápida e fácil, desencadeando o processo de infecção dos canais radiculares. Este é o momento em que os canais precisam ser tratados, inclusive porque, na sua fase aguda, com os microorganismos enclausurados nos tecidos, a dor é intensa, chegando em muitos casos a ser insuportável.

A primeira parte do tratamento de canal é sua desinfecção, quando se removem os restos pulpares com dentina infectada e outras substâncias estranhas das paredes dentinárias. Esta etapa é mecânica, mas inclui a utilização de elementos químicos, como o hipoclorito de sódio para lavagem dos condutos. Sua complementação é feita com medicação para ação regenerativa indutora da formação de uma capa dura de hidróxido de cálcio para sua proteção, na forma de um recobrimento direto ou indireto. Conclui-se o tratamento do canal com sua obturação definitiva, fase que só acontece após um fechamento provisório por 24 horas, para melhor avaliação do tratamento feito. De acordo com as necessidades de abertura do canal, pela perda de dentina e esmalte, a obturação é feita para permitir maior resistência ao dente, ou ainda, para que o mesmo possa receber uma restauração metálica ou servir de suporte para confecção de uma prótese apoiada em sua estrutura remanescente.

Motivo maior para se fazer o tratamento de canal é não perder o dente. Nos casos em que o tratamento de canal é feito em tempo hábil, permite-se o aproveitamento integral do dente mediante uma simples restauração. Se alguns dentes já foram perdidos, outros dentes serão utilizados para sustentar próteses que irão repor os dentes perdidos. Nestes casos, quase sempre o tratamento de canal é necessário para que não aconteçam problemas depois que a prótese já tenha sido colocada tendo-se que removê-la para tratar os canais. Outra vantagem do tratamento de canal, quando necessário, é o fato de que um canal tratado tira a vitalidade daquele dente, ou seja, este dente não tem mais possibilidade de vir a doer. Deve-se pensar também que dentes infeccionados estão espalhando pelo corpo agentes infecciosos, justamente por nossa porta de entrada mais direta, que é a boca, podendo desencadear outros processos infecciosos. Por estes motivos, canais infeccionados devem ser tratados o quanto antes, inclusive para evitar a fase aguda, em que a dor é latejante.

Todos os dentistas aprendem a fazer tratamentos de canal. Os canais dos dentes anteriores, além de serem unitários, são retos e de mais fácil tratamento. Os pré-molares tem dois canais e os molares três, sendo, nestes últimos, comuns os canais curvos em função de serem tortas as raízes de muitos dentes. Canais curvos, e com canais secundários são de mais difícil tratamento, motivo pelo qual alguns profissionais preferem optar por encaminhar este tipo de paciente a especialistas. Os especialistas em tratamento de canais são chamados de endodontistas e, normalmente, preferem que os pacientes venham indicados por seus dentistas, para saberem de antemão o que pretendem estes colocar sobre o dente que terá seus canais tratados. Canal só dói se não tratado. Feito o tratamento, não dói mais.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

34PARA TER UM CHECK UP BUCAL

“Chech up” é um exame completo de todas as possibilidades de problemas relacionados com a saúde bucal, a exemplo do “check up” realizado pelos médicos, para o corpo todo. Alguns “check up” médicos incluem um bucal detalhado. Para os que tiverem interesse de saber a real situação de seus problemas odontológicos, existe o “check up” bucal. Ainda não muito difundido na Odontologia, seria de grande valia para identificar doenças que estejam começando na boca e que, como tal, teriam melhores perspectivas de tratamento, por estarem na sua fase inicial. Além dos problemas com os dentes, muitas outras doenças de várias partes do corpo têm manifestação na cavidade oral, o que permitiria seu diagnóstico por sinais ou sintomas e conseqüente encaminhamento ao médico especialista competente que, em muitos casos, só seria chamado a intervir nas fases agudas das doenças.

Todo bom diagnóstico começa por uma boa anamnese, que vem a ser um histórico clínico levantado junto ao paciente, através de perguntas objetivas, para esclarecer os antecedentes, tais como doenças familiares, medicamentos usados, hábitos e vícios do interessado. Continua por um exame clínico baseado nos processos de inspeção, palpação e sondagem, complementando-se o diagnóstico definitivo com exames radiográficos (radiografia periapical, radiografia da ATM, radiografia panorâmica e, se preciso, uma tomografia), além dos citológicos (estudo das células), hematológicos (exames de sangue) e bioquímicos (exames com reagentes), quando necessários, para elaboração de um prognóstico, além de planejamento terapêutico. Um bom mapeamento dos problemas odontológicos de uma pessoa deve conter não só os problemas atuais, mas também possíveis ocorrências caso algum tratamento não venha a ser feito, além de estabelecimento de prioridades dentre os problemas levantados, de forma que esteja bem claro o que é urgente e o que pode ser resolvido em etapas seguintes. Observar o funcionamento da articulação temporo mandibular e das glândulas da cavidade oral são extensões úteis a um exame de “check up” bucal.

Não ser pego de surpresa por dor ou despesas maiores não programadas, deve fazer parte das preocupações de uma pessoa que planeja sua vida e que não possa ou não queira arriscar-se em contratempos desta ordem. Prevenir é sempre melhor que remediar e planejar, igualmente tem vantagens sobre improvisar. Saber o que poderá lhe acontecer, odontologicamente falando, é a maneira certa de se precaver de mal maior. Boa parte dos problemas dentários é mais facilmente resolvida se detectada no início, além da natural economia quando as providências são tomadas nesta fase. Os planos de tratamento são mais bem executados se forem precedidos de um bom planejamento, que requer sempre tempo para estudos e exames para confirmar a natureza dos problemas.

Exames clínicos são bem feitos pelo seu dentista, que se julgar necessário um levantamento radiográfico mais completo, o encaminhará a um radiologista, especialista em confecção de radiografias panorâmicas ou tomografias. Sendo necessário, serão solicitados exames laboratoriais específicos. Caso se suspeite de alguma doença diferente das cotidianas dos consultórios dentários, as médias e grandes cidades já dispõem de institutos de diagnóstico odontológico, onde patologistas tem condições de formular com segurança seu atual estado e as providências e tratamentos necessários. No futuro, o “check up” bucal será rotina nos bons consultórios, elemento de identificação dos bons profissionais e diferencial decisivo para eleição de um dentista, ao qual se vai confiar a saúde bucal.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

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PARA FAZER AJUSTE OCLUSAL

É a modalidade de tratamento para corrigir disfunções do sistema mastigatório, procurando solucionar contatos prematuros entre os dentes das arcadas superior e inferior, interferências na correta oclusão entre as mesmas e correções de traumas oclusais decorrentes destes problemas não solucionados. Outra razão bem conhecida para fazer ajuste oclusal é eliminar o bruxismo, como é conhecido o hábito de ranger os dentes enquanto se dorme. Outro é aliviar dores decorrentes da artrite temporomandibular traumática. Além destes, faz-se ajuste oclusal também para melhorar a forma e o contorno dos dentes, de maneira a adaptá-los melhor para a função mastigatória específica de cada dente e também para proteger as gengivas, evitando-se futuros problemas periodontais.

Estes tratamentos são especializados e envolvem procedimentos irreversíveis. Os passos mais fáceis de serem entendidos são a colocação da mandíbula em posição não forçada, sem fazer que ela deslize, e verificar se existem contatos entre dentes, que acontecem antes que os demais. Esta posição é chamada de relação cêntrica e, em condições ideais, não deve apresentar os contatos prematuros. Ocorrendo deslizamentos da mandíbula nesta posição de relação central é sinal de interferência que deve ser corrigida, considerando-se o lado de trabalho dos dentes no paciente. Os ajustes oclusais são feitos somente quando estiver evidente o trauma oclusal, com sinais e sintomas clínicos do tipo aumento da mobilidade dental, migração dos dentes para outra posição, desgastes nas faces onde os dentes ocluem, dor durante ou após o contato oclusal e disfunções da articulação temporomandibular. Nos casos de grandes abrasões o ajuste oclusal pode não ser o mais indicado, devendo ser buscadas outras alternativas. Para identificar os pontos de contato, o dentista usa um papel do tipo carbono, com cores diferentes, que marcam onde os dentes estão pegando antes dos demais.

O perfeito encaixe dos dentes das duas arcadas, uns de encontro aos outros, tanto em repouso como em movimento, significa ausência de dor, inexistência de desgastes nos dentes por esforços inadequados, menos chance de a pessoa vir a ter dentes afrouxando ou ainda perda de restaurações ou próteses por ranger de dentes. Com ele, descarta-se também a possibilidade de dores de cabeça ou na articulação temporomandibular decorrentes de maloclusões. A própria mastigação se faz melhor, mais harmônica e suave pelo equilíbrio do sistema mastigatório e o sono é mais repousante quando não há ranger de dentes ou o hábito de apertá-los enquanto se dorme. Em alguns casos, os problemas oclusais chegam a ter manifestações fora da articulação, mas decorrentes desta, como dores de ouvido e alguns tipos de enxaqueca.

Percebendo alguma dor ou sensação estranha na região da articulação, nos músculos da face, fadiga ou cansaço na raiz dos dentes, desgastes na face oclusal destes, relate a seu dentista, porque ele poderá ajudá-lo a identificar o tipo e a origem do mal que está começando a incomodá-lo. Muitas especialidades odontológicas têm, hoje, na oclusão, seu ponto fundamental para o sucesso, tais como a prótese, a ortodontia, a implantodontia, a periodontia, entre outras, a ponto de estar em estudo a criação de uma nova especialidade voltada inteiramente para as disfunções e dores decorrentes da articulação temporomandibular e oclusão. Por ora, os especialistas mencionados acima são os mais indicados, por terem que entender destas disfunções para resolver problemas das suas especialidades.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

36PARA APRENDER A HIGIENIZAR

Pode parecer estranho, mas a maioria das pessoas realiza mal a tarefa simples e importante de manter a correta higiene bucal, existindo percentual significativo que não a realiza na quantidade certa de vezes ao dia e outros que a fazem de maneira insuficiente. A higiene bucal completa é a maneira mais barata e segura de garantir a não formação da placa bacteriana, impedindo, com este cuidado sistemático, o surgimento do tártaro e o início das cáries, que, quando não tratadas, são os motivos maiores das despesas nos consultórios dentários. Se lembrarmos que a maioria dos dentes perdidos tem como início a cárie resultante da má ou insuficiente higiene bucal, poderemos ter uma noção mais exata da importância de aprender a higienizar corretamente os dentes.

Este deveria ser um dos principais motivos para se ir ao dentista, mas como achamos que sabemos tudo, somente um pequeno percentual o faz e em função disto procede corretamente, conseguindo remover a placa bacteriana através do uso do fio dental para remoção dos resíduos alimentares, impedindo o início da formação da placa, entre os dentes e abaixo da gengiva, área não atingida na escovação normal. Esta região entre os dentes, em determinados pacientes, deve ser objeto de uso de uma escova especial, chamada de interdental, para higienizar estas áreas onde as escovas convencionais têm mais dificuldade de acesso. Depois desta é que se faz uso da escova normal, de preferência com cerdas macias, usada em ângulo de 45º sobre o colo e a margem gengival (a área mais importante a ser higienizada), com pequeno movimento circulatório lento, mantendo-a parte em contato com os dentes e parte com a gengiva, penetrando nos espaços interdentários e massageando as gengivas.

Saber manipular bem o fio ou a fita dental e a escova são técnicas, tal qual saber escrever ou desenhar e, portanto, necessitam de aprendizado e treinamento, com acompanhamento e monitoração. Os que a dominam são contemplados com economia nos gastos com dentistas, além de não gastarem o tempo necessário para longos tratamentos. Não passarão pelo descômodo da dor e do sono perdido em conseqüência desta e, logicamente não perderão festas e compromissos sociais por contratempos resultantes dos problemas odontológicos. Vantagem extra estes terão em ostentar um sorriso mais jovial e saudável, por um período mais longo de suas vidas, com fisionomia facial mais saudável, além de desfrutarem de uma digestão mais fácil e rápida, decorrente de um melhor corte e trituração dos alimentos.

A evolução do conhecimento odontológico foi tanta que hoje já se ensinam os cuidados com higiene bucal para os bebês. Na infância, todos deveríamos ter aprendido com exaustão a técnica da correta escovação, para na adolescência aprender e dominar o uso do fio dental, para na meia idade iniciar o uso das escovas interdentais e unitufo (com uma só cerda). Todos os dentistas estão aptos a bem ensinar a prática da higiene bucal e, os mais interessados neste item, montam uma sala de escovação, que alguns chamam de escovódromo. O assunto é tão sério, que foi regulamentada uma função auxiliar ao dentista, chamada de técnico em higiene dental, que tem como finalidade principal a manutenção dos pacientes motivados na arte de bem higienizar seus dentes. Pacientes rebeldes ou com dificuldade de concentração para estas funções podem buscar dentistas direcionados à prevenção, que montam programas de monitoramento específico para cada tipo de paciente,

segundo seu grau de risco em função das más condições resultantes da higiene bucal deficiente.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

37PARA PREVENIR O CÂNCER BUCAL

Existe um conjunto de procedimentos destinados a acompanhar periodicamente as pessoas interessadas em precaverem-se quanto ao surgimento das diversas possibilidades de câncer da cavidade oral, que são: câncer do palato, câncer da área retromolar, região situada atrás dos dentes molares; câncer das gengivas; câncer do lábio; câncer da língua; o mais fatal entre os da cavidade oral, principalmente se em diagnóstico tardio, câncer dos ossos maxilares e o câncer da região jugal, também conhecido como câncer das bochechas. Exames periódicos (por exemplo, uma vez ao ano junto com a consulta de “check up” bucal) ajudam a identificar pequenas lesões que, se não tratadas poderão evoluir para alguma forma de câncer.

Maneiras de prevenir e minimizar os riscos de surgimento do câncer bucal são iniciativas simples, embora envolvam decisões que alguns relutam em tomar. A primeira é fácil: boa higiene oral, a segunda é a partir da eliminação de possíveis irritadores, como bordos filosos nos dentes, terceiro é o tratamento imediato de todo e qualquer foco infeccioso, quarto são correções de próteses mal adaptadas ou frouxas que podem provocar feridas crônicas e por último o mais difícil: interromper o vício do fumo, que é um dos maiores causadores de câncer na cavidade oral. Como prevenção, qualquer lesão bucal que não seja diagnosticada com segurança deve ser motivo de biópsia, para tirar dúvidas e permitir tratamento em sua fase inicial, pois como em outros tipos de câncer, nesta fase existem melhores e maiores condições de serem tratados. Como tratamentos, os mais usuais são a cirurgia e as radiações. Para esta região do corpo humano, nos casos de câncer bucal, a maioria tem indicação para a cirurgia e alguns casos recebem orientação para radiação, acontecendo às vezes indicação para tratamentos envolvendo ambos. Antes da decisão por qual tratamento, o importante é que a pessoa esteja amparada por um especialista competente em diagnóstico na área.

Havendo suspeita, o melhor caminho é um diagnóstico o quanto antes, para aumentar as chances de um prognóstico positivo. Os sinais ou indícios de câncer da boca são as feridas sem cicatrização espontânea, regiões endurecidas continuamente, dificuldades de movimentação da língua, problemas para deglutir alimentos, dificuldades na fonação, aumento significativo na secreção salivar. Fora da cavidade oral, deve-se prestar atenção em nódulos endurecidos na região do pescoço. Quaisquer destas presenças separadas ou em conjunto devem servir de alerta para um exame mais criterioso e encaminhamento a especialista. Neste caso o profissional mais indicado é o patologista bucal, que por sua atuação e conhecimentos, é o especialista mais capacitado para os primeiros procedimentos em casos de suspeita de câncer. Se considerarmos que a maioria das indicações de tratamentos para os diversos tipos de câncer bucal serão por intermédio de intervenção cirúrgica, também pela necessidade de encaminhamento de exames do tipo biópsia, os cirurgiões bucomaxilo faciais, dentre os especialistas da Odontologia, são os mais acostumados e conhecedores quanto ao tipo de exames a serem solicitados e a forma correta de fazê-los.

Lugares certos para encontrar especialistas na área da cirurgia e patologia, são as faculdades de Odontologia, que sempre tem professores nestas especialidades, e na maioria dos hospitais, especificamente na traumatologia, onde, normalmente, costuma figurar um cirurgião bucomaxilo facial na equipe. Todos os bons profissionais conhecem os mais importantes cirurgiões bucais da cidade, que devem ser os procurados, tanto para diagnóstico, como para tratamento dos diversos tipos de câncer da cavidade oral.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

38 PARA APLICAR SELANTE E FLÚOR

A adição de flúor na água, num processo conhecido como fluoração, prática comum, hoje, nas médias e grandes cidades brasileiras, junto com a crescente inclusão deste nos dentifrícios bucais, constitui-se em excelente iniciativa para proteção dos dentes quanto à prevenção ao surgimento de cáries. Havendo dúvidas quanto a sua existência ou querendo-se uma dose de segurança, muitos dentistas preconizam a aplicação de flúor na forma de gel ou pastilhas, que são soluções de fluoreto de sódio a 0,2%. Outra alternativa usada com ótimos resultados para a profilaxia e manutenção dos dentes sem cáries é a aplicação de selantes, que são substâncias com a propriedade de aderirem ao esmalte do dente e que por impedirem o desenvolvimento de microorganismos e carboidratos (calorias), impedem o surgimento de cáries, principalmente na infância e adolescência, que é a fase mais susceptível e de maior dificuldade de conscientização à perfeita higienização.

A existência de água fluorada deve ser motivo de questionamento dos pais junto a dentistas ou à prefeitura do município, inclusive porque, se insistentemente questionada, poderá se motivar por sua adição. Por segurança, devem ser preferidos os cremes dentais com flúor. A aplicação tópica de flúor é iniciativa dos pais e sugestão dos dentistas conscientes, ficando a aplicação de selantes, o método mais caro e eficiente, como opção de total segurança, desde que renovada nos períodos certos, como uma verdadeira vacina contra as cáries. Sua aplicação envolve o isolamento da área que receberá a aplicação, a regularização, através de polimento dos dentes a receberem o selante, fixação deste por um líquido condicionador, normalmente um ácido do tipo fosfórico e, finalmente, a aplicação do adesivo, secagem e fixação por meio de ativação com luz fotopolimerizadora. Esta aplicação, normalmente, tem como resultante várias camadas, motivo pelo qual alguns autores referem-se ao selante sempre no plural, preferindo a denominação selantes para o procedimento e seu resultado.

A vantagem dos selantes, quando aplicados é que com raríssimas exceções, a criança ou adolescente que recebe o tratamento está livre de cáries, seus inconvenientes e custos. Como lembrete, o renovar das aplicações nos tempos certos prescritos pelo dentista é a garantia de estar livre das cáries. Nas aplicações com gel ou pastilhas, as reduções medidas em dentes cariados, entre os que optaram por este tratamento, são expressivas, principalmente se comparados a crianças que não receberam nenhum tratamento com esta finalidade. Estudos de sanitaristas e especialistas demonstram que as necessidades de flúor estão cobertas pelas quantidades aplicadas, tanto nas águas quanto nos dentifrícios, comprovando-se, através de estatísticas sua eficácia na profilaxia da cárie. Todas, em seus distintos

graus, são iniciativas vantajosas se considerarmos os benefícios que trazem, não só econômicos, como de saúde e bem-estar.

Hoje se tem, como idade ideal para começar os cuidados com a prevenção à cárie, a fase do bebê, seguindo-se um acompanhamento mais rígido na infância e um controle estreito na adolescência, não se imaginando, em qualquer uma das fases, que o beneficiado vá ter iniciativa espontânea. O certo é escolher um odontopediatra como profissional mais indicado para administrar e orientar os cuidados com a saúde bucal de seus filhos. Faça sua parte, incentivando os procedimentos orientados e cobrando e controlando as providências sugeridas por este especialista. Como recompensa, pense em dentes saudáveis e sadios para o resto da vida.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

39PARA TRATAR DOENÇA PERIODONTAL

A má ou falta de higiene bucal, o não uso do fio dental, a falta de consultas periódicas ao dentista e alguns fatores genéticos predisponentes, entre outros, podem levar-nos a ter inflamações nas gengivas, que são os sinais mais comuns do início da doença periodontal, assim chamada porque peri significa ao redor, periférico e odonto, dente. Os passos seguintes, se ela não for tratada, são a formação de uma bolsa inflamatória, que leva à perda de osso do alvéolo ao redor do dente e, finalmente, a perda do próprio dente que, sem adequada sustentação, amolece e cai. Ela existe em dois níveis: primeiro, o que afeta só a superfície da gengiva, também conhecida como gengivite marginal e gengivite descamativa, respectivamente com e sem destruição da superfície das gengivas. E o segundo, quando são afetadas as estruturas profundas, conhecido como enfermidade periodontal destrutiva crônica, abscesso periodontal e trauma periodontal, segundo o estágio em que se encontre.

O tratamento da doença periodontal tem duas tendências, que para alguns dentistas são dois estágios. O primeiro, chamado de preventivo ou conservador, em que são usadas curetas raspadoras, que removem placa bacteriana, tártaro e tecido inflamado embaixo das gengivas, sem abri-las, buscando, com esta profilaxia, interromper ou diminuir o avanço da doença das gengivas, caracterizada por sua inflamação. O segundo, conhecido como cirúrgico, em que as gengivas são abertas cirurgicamente e as raízes dos dentes expostos, para que o dentista possa, com visão direta, remover todos os tecidos inflamados ao redor dos dentes e, naquele momento, estancar o processo, permitindo que a gengiva volte a se unir aos dentes. Tanto no primeiro como no segundo método, a participação do paciente passa a ser fundamental para o futuro da doença. Se ele a partir do risco de perder os dentes e por ter gastado um bom dinheiro com eles, conscientiza-se e muda radicalmente seus hábitos, passando a higienizar corretamente, a doença das gengivas pode estar curada. Se voltar a ser relapso, não seguindo a orientação do dentista quanto à higiene bucal, em algum tempo a doença volta e com ela o risco de perder os dentes precocemente.

Identificando a tempo a doença das gengivas, principalmente através de visitas regulares ao dentista, seu tratamento tem melhores chances de dar certo, porque nesta fase inicial, ainda não ocorreu perda óssea e a sustentação dos dentes ainda não está comprometida. Com acompanhamento você saberá em quais pontos sua

escovação e uso do fio dental estão deficientes e receber, nessas áreas, uma profilaxia compensatória nas consultas de manutenção. Outro motivo para tratar das gengivas é para que elas não se retraiam, começando a expor parte das raízes, dando aos dentes uma aparência ruim por estarem muito longos e mostrando partes com cor e tipo de esmalte diferente, denunciando relaxamento ou maus tratos na higiene. Sem contar que a perda de gengiva envelhece violentamente o sorriso, chegando, em certo estágio, a levar seu possuidor a escondê-lo.

A partir dos trinta anos você deve começar a perguntar a seu dentista como está a saúde de suas gengivas, principalmente se seus pais perderam dentes por problemas deste tipo. Se for o caso, ele passará a fazer um controle mais constante da presença ou não da placa bacteriana. Se você for portador de doença periodontal, ele lhe indicará um periodontista, que é o especialista no tratamento destes problemas, o qual lhe apresentará um programa de manutenção, preventivo ou terapêutico, conforme seu caso estiver a necessitar. Perca um pouco de tempo, se é que se pode pensar assim, mas não perca seus dentes, porque repô-los sairá bem mais caro.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

40PARA CORRIGIR MORDIDA CRUZADA

Se quando mastigar ou falar, ao encaixar os dentes dos dois maxilares, houver uma inversão de posição de alguns deles em relação aos planos inclinados dos mesmos, levando a um encaixe por fora, do dente que deveria encaixar por dentro, diz-se que este tem mordida cruzada. É um problema simples, muitas vezes com participação genética, agravado por maus hábitos como sucção dos dedos ou uso de chupeta. Para ajudar na identificação, acontecem de quatro tipos: anterior, envolvendo a região dos dentes entre os caninos, posterior, quando ocorre nos dentes de trás dos caninos e unilateral ou bilateral, se for só de um lado da boca ou se forem nos dois lados. Sua conseqüência são dentes tortos, que, se não corrigidos, podem ir agravando o problema por aquisição de novos maus hábitos, que poderão alterar toda a oclusão e, no futuro, causar dores na articulação.

Seu tratamento, segundo a idade em que se encontra o possuidor, poderá ser feito com aparelhos móveis ou fixos. Casos mais simples, com poucos ou um só dente para corrigir, podem ter solução com o uso, por um período não muito longo, de um aparelho móvel que, de acordo com orientação do dentista ou especialista que estiver tratando, poderá ser usado somente enquanto a pessoa estiver dormindo. Casos de média complexidade podem determinar uso contínuo e, em algumas situações, complementados por aparelhos extra-orais, para acelerar o tratamento, alguns usados só durante o período noturno. Somente os casos maiores e mais difíceis irão precisar colocação de aparelhos fixos, em tratamentos mais prolongados, existindo ainda as situações em que a mordida cruzada é transversal e ampla, tanto na parte anterior como na posterior. Para estes, um especialista vai fazer estudos específicos para decidir se há necessidade de tratamento cirúrgico, tal qual é indicado para casos de prognatismo ou retrognatismo.

Boa parte dos adolescentes com mordida cruzada tem complexos decorrentes das anomalias de aparência que estes problemas envolvem. Os casos tratados não deixam nenhuma seqüela, sendo ao leigo impossível identificar se a pessoa foi portadora de

mordida cruzada no passado. Os tratamentos não levam à dor e, exceção aos aparelhos fixos e cirurgias, têm valores baixos e razoáveis, se considerarmos os benefícios psíquicos e funcionais que trazem. Não arriscar ter problemas de articulação no futuro e sofrer com dores de cabeça por disfunções na articulação temporomandibular, é outra boa razão para tratar destas maloclusões.

Não esperar a adolescência chegar para começar o tratamento é boa iniciativa, pois permite alternativas de soluções mais simples, aproveitando que o esqueleto ainda está em fase de desenvolvimento e crescimento. Estas opções além de mais fáceis, envolvem tratamentos mais econômicos e rápidos, que se não mostrarem resultados totalmente satisfatórios, não inviabilizam os outros tratamentos complementares a seguir. Consultas de diagnóstico são recomendadas sempre que se perceber a existência de alguma anormalidade, ainda que em estado inicial. Algumas vezes seu próprio dentista poderá prescrever aparelhos móveis conhecidos como ortopedia funcional ou ortodontia preventiva. Os especialistas que atuam resolvendo todos os problemas desta área são os ortodontistas e ortopedistas faciais. Pedir indicação para seu clínico geral é maneira de ir sempre ao profissional certo. RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

41PARA ELIMINAR O TÁRTARO DOS DENTES

Não havendo boa higienização sistemática e contínua com escova e fio dental, a formação da placa bacteriana é conseqüência certa. Esta, se não removida completamente, mineraliza embaixo das gengivas, originando o cálculo, a denominação certa do tártaro subgengival. Para os que nem com a escova fazem limpezas no esmalte dos dentes, acontece a formação de cálculo supragengival que, mesmo não mineralizado, adere-se ao esmalte. Quanto à aparência, podem ser amarelo claro ou marrom-escuro. O primeiro é removível facilmente pelo dentista, com instrumentos apropriados e o segundo, que é mais denso e duro, tem sua remoção mais difícil. Estes por sua dureza e formação disforme tem o agravante de durante a mastigação, promoverem microcortes nas gengivas, principalmente em sua parte interna, provocando sangramento e estimulando inflamações, aumentando, assim, a degeneração dos tecidos que o circundam.

Para eliminá-lo e curar as doenças das gengivas que ele provoca, é, antes de tudo, necessário interromper a cadeia orgânica de sua formação, constituída pela matéria orgânica do líquido bucal, na qual encontramos microorganismos, saliva, soro, células epiteliais e restos de alimentos, entre outros. Se este conjunto não for removido pelas escovas e fios dentais, começam a mineralizar-se pela incorporação de sais inorgânicos da saliva. O tártaro só ocorre em pessoas que não conseguem ou não estejam conscientes da necessidade de pelo menos quatro escovações diárias, sendo uma complementada pelo uso correto do fio dental. Por este motivo pode-se afirmar que seus portadores precisarão sempre da ajuda de um dentista para não sofrerem conseqüências graves na forma de doença periodontal e conseqüente perda dos dentes. Não bastará a remoção simples do tártaro, que é feita com instrumentos chamados curetas, que promovem uma raspagem da superfície dos dentes, tanto na

área do esmalte como na das raízes, mas uma atenção especial do paciente para evitar o retorno do problema.

Não tendo tártaro e impedindo a formação da placa bacteriana, as gengivas ficam mais saudáveis, sem irritações típicas das inflamações e com uma aparência agradável por estarem, assim, bem unidas aos dentes, fazendo inclusive uma espécie de proteção às suas raízes. A ausência de placa e tártaro garantem a permanência por muitos e muitos anos de todos os seus dentes, com despesas pequenas, representadas pela troca, de tempos em tempos da escova dental, além da aquisição de fio dental e dentifrício, despesas infinitamente pequenas se comparadas ao custo das cirurgias periodontais. Algumas pessoas tem tanto tártaro que chegam a estar constantemente irritadas pelo mal-estar provocado pelas inflamações das gengivas, muitas sem saber a origem de sua irritabilidade.Se ao passar a língua, ou durante a escovação ou uso do fio dental notar que eles não deslizam suavemente, está caracterizada a presença do tártaro. Se suas gengivas sangram ao escovar ou ainda sem escovação, com certeza é porque o tártaro o está provocando. Na verdade, já passou da hora de ir ao dentista, que, por ideal, deveria ter sido procurado para remoção da placa. Seu dentista lhe fará, sempre que você o visitar, a profilaxia necessária. Constatando-se doença periodontal, o indicado será recorrer a um periodontista, o especialista que estudou, em regime de pós-graduação, todas as maneiras corretas de tratar os distintos estágios da doença. De preferência, este deve ser indicação de seu próprio dentista, em função do tipo de tratamento que você poderá precisar. RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

42PARA IDENTIFICAR E EXTRAIR CISTOS

De forma simples, cisto, é o conteúdo de uma cavidade, de natureza diferente da cápsula onde se localiza. Existem cerca de cinqüenta tipos distintos de cistos, também conhecidos popularmente como tumores ou granulomas, possíveis de ocorrência na cavidade oral. Estão divididos em dois grandes grupos: os dos maxilares (tecidos duros) e os dos tecidos moles. Nos maxilares, podem envolver ou não um dente, sendo por isso chamados de odontogênicos ou não-odontogênicos. Nos tecidos moles, os mais comuns são o mucoso, mucocele, gengival, epidermóide, branquial e tiroglosso. Algumas vezes, identificam-se por alterações de volume apresentadas na palpação e noutras, por exames radiográficos. Dependendo de sua natureza e localização, podem ou devem ser objeto de biopsia para correta identificação de sua malignidade ou não. Alguns costumam ser recidivos, voltando depois de algum tempo de sua extirpação, motivo pelo qual é recomendado o exame preventivo da região, de tempos em tempos.

O tratamento da maioria dos cistos é, quase sempre, cirúrgico, variando-se, de acordo com o tipo e a localização, a sua modalidade, que pode ser a extirpação, por via intra ou extra-bucal, a excisão, que envolve corte e amputação da área, a enucleação, em que ocorre um esvaziamento da área cística, a remoção conservadora, em que as estruturas adjacentes são preservadas e a curetagem, quando ocorre uma simples raspagem da área afetada. A decisão por uma ou outra alternativa de técnica é decisão do cirurgião, tendo, na maioria dos casos, a indicação orientada pela casuística vasta, encontrada na literatura especializada, onde as possibilidades já executadas são

relatadas, comparando os sucessos de uma e outra, permitindo avaliar bem qual a mais adequada para aquele tipo e local de lesão. Daí se afirmar que o mais importante em um cisto é seu correto diagnóstico (identificação exata do tipo de cisto presente), já que este permite chegar ao melhor procedimento para sua intervenção e, por conseguinte, a sua cura definitiva.

Resolver um problema por constatação de um cisto é, antes de mais nada, uma questão de busca de alívio pelas implicações que, se não tratado, este pode trazer. Uma biópsia é a garantia de que o mesmo não está mais presente e comprovar sua benignidade, que diga-se de passagem, estatisticamente é bem maior do que a malignidade. Postergar decisões quanto à intervenção em formação cística é permitir que este vire trauma, dada a tendência que muitos têm de, com o tempo decorrido sem solução, sempre pensar no pior. E retardar o tratamento é a pior decisão para os cistos, visto que, em sua maioria, o tempo só faz aumentá-los, aumentando, com isto, a área que demandarão na sua intervenção, exigindo, com mais tempo, reparações maiores ou deixando cicatrizes grandes ou seqüelas, que, se realizados no tempo certo, muitas vezes nem ficam.

Seu dentista irá orientar-lhe, nos casos mais complexos, a procurar um cirurgião bucomaxilo facial, que é o especialista por excelência para intervir nestes casos. Se forem pequenos, como é a maioria dos casos, as intervenções são realizadas no próprio consultório, demoram o tempo de uma consulta, dificilmente passando de uma hora. Para os casos mais complexos, você poderá pedir a seu dentista, além da indicação de um bom cirurgião, que ele o acompanhe durante a cirurgia, de forma que você se sinta mais seguro e que ele, por ser seu amigo, possa depois lhe relatar com confiança o seu prognóstico (previsão para o pós-operatório).RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

43 PARA NÃO TER DOR DE CABEÇA

Toda dor tem uma origem e, geralmente, refletem uma anormalidade em alguma parte do organismo. Para os que não costumam resolvê-la com analgésicos e a tomam como advertência para algo que não esteja bem e, a partir disto, saem em busca de sua causa para tratá-la, são indicadores de que algo está errado com seu corpo. Algumas delas estão acompanhadas de febre, relacionadas com alguma infecção dentária. Normalmente, são transmitidas por movimentos dos túbulos dentinais, provocando expansões ou contrações nestes. Sabendo-se que a maior parte das patologias relacionadas ao sistema mastigatório e localizadas na cavidade oral são passíveis de infecção por penetração de microorganismos patogênicos nos tecidos orgânicos e suas manifestações mórbidas, a dor de cabeça é um sinal. Muito mais quando se sabe que estes organismos infecciosos são multiplicáveis rapidamente, tais como vírus, bactérias e fungos, é fácil entender a ocorrência, na cavidade oral, de focos infecciosos, numa área localizada contendo colônias destes organismos patogênicos. Outras dores de cabeça têm origem em disfunções do sistema masti-gatório, como, por exemplo, as da articulação temporomandibular ou maloclusões dos maxilares, onde músculos, ossos e dentes se articulam de forma errada, dando por isto origem a dor.

Nestes casos, os analgésicos são sempre paliativos, que se não cessada a causa que dá origem à dor, esta voltará depois de passado o efeito da medicação. Nada contra seu uso, visto que as dores de cabeça, na maioria das vezes, são desagradáveis e, em alguns momentos, com elas não podemos conviver. O correto é, assim que possível, interromper a medicação analgésica e ir ao dentista, caso a suspeita de sua origem tenha algo a ver com a sua boca, para que este possa, sem o efeito medicamentoso, identificar precisamente qual o motivo que o está levando a sentir dor. Este tratado, a dor não voltará e se foi feito um “check up” bucal, removidas as hipóteses que poderiam tê-la causado, persistindo a dor deve-se procurar um médico, para tentar descobrir que outros fatores a possam estar causando.

Não ter dores de cabeça é um privilegiado estado de espírito. Quem já as teve por muito tempo, descobriu a causa, tratou e hoje não as tem mais, sabe a importância disto. Poder usar a cabeça só para pensar é uma dádiva e não ter o que pensar quando for hora de relaxar, sem dor de cabeça, uma benção. Só por isto já valeria tratar o que pode estar causando uma dor de cabeça. Para que ela não doa um dia, também. Quem sempre trata o que a pode estar causando, não esquenta a cabeça com isso, inclusive porque não tem dor de cabeça. Se você tem, não sossegue enquanto não descobrir o motivo. Deus nos deu cabeça para pensar e se ela doi é para nos servir de alerta, como um sinal de que algo precisa ser tratado.

É fácil saber quando precisamos ir ao dentista por causa da dor de cabeça. É quando a temos, se bem que neste caso o problema já esteja avançado, caso contrário a cabeça não doeria. O certo é ser preventivo. Fazer visitas ao seu dentista toda vez que as férias escolares chegarem. Não se preocupe com a possibilidade de os consultórios ficarem cheios nesta época do ano, porque se terá o ano inteiro para tratar, já que assim procedendo, nunca teremos nada mais grave para fazer, que requeira um tratamento longo de imediato. Esta é a vantagem de fazer prevenção, visitando o dentista regularmente. A outra é sem dúvida não ter que fazê-lo por causa de uma dor de cabeça.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

44PARA FAZER DOCUMENTAÇÃO RADIOGRÁFICA

As radiografias são importantes para se examinar as estruturas da cavidade oral, registrando-se as imagens em um filme, através da emissão de raios-x, um tipo de radiação eletromagnética, de forma que esta variação na absorção de raios em diferentes tecidos, produza uma imagem, que é o que nos revelam as radiografias. Parece complicado, mas é simples. Basta pensar em uma fotografia em branco e preto e imaginar que ela tem poderes de revelar o que não conseguimos ver, no caso, as estruturas ósseas, os tecidos moles por dentro e suas patologias. O que for escuro é radiolúcido e o que for claro é radiopaco, por oferecer resistência à passagem da radiação. As radiografias em Odontologia podem ser de várias formas: a periapical, para ver dentes e ossos, a interproximal, para ver cáries e excessos de restaurações, a oclusal, para ver fraturas ou lesões, a panorâmica, para ver a boca toda de uma só vez e a tomografia, para se ver cortes dos ossos feitos em simulações de computador, mais usada para a avaliação e colocação de implantes.

As três primeiras, em quantidades pequenas, são realizadas nos próprios consultórios dos dentistas. Em quantidade maior destas, por exemplo, para avaliação periodontal ou endodôntica, em que são tiradas, normalmente, quatorze radiografias ou para as panorâmicas, tiradas por um aparelho maior, assim como maior é a quantidade de radiação, requerendo proteções e paredes especiais, com lâminas de chumbo. Os dentistas encaminham a um outro dentista, que, além de fazer as radiografias, fará estudos e avaliações do que elas revelam, emitindo um laudo, segundo os interesses do que for solicitado, em função do que se pretenda observar com elas. Também são feitas medições e traçados, quando os objetivos determinarem, como na ortodontia e implantodontia. Dependendo do tipo de lesões, pode-se identificar qual é e onde está localizada a patologia, doença ou mal que nos levou a fazer a radiografia. Para os dentistas, estes dados são muito importantes para melhor solucionar os problemas.

Boas radiografias, em aparelhos modernos e potentes, são aliados imprescindíveis de um bom diagnóstico, que representa cinqüenta por cento na solução de muitos problemas odontológicos, principalmente os mais complexos e delicados. Além de indicar qual é o problema, as radiografias revelam onde e como ele está, se em fase inicial, ou adiantada, dando elementos para determinar a hora e a maneira certa de intervir. Depois de solucionados, as radiografias colaboram também para nos certificar se toda a extensão do mal foi solucionada. E se foi bem. Tanto que em perícias e documentações dos procedimentos médicos e odontológicos, elas são usadas como provas do que foi feito e se o mesmo está bem feito.

Nunca se deve ou se precisa tirar radiografias sem solicitação de um dentista. Não só pela radiação, pelos custos, mas pelas especificações que uma solicitação contém, ou seja, o que se pretende especificamente observar. Todas as requisições são feitas por escrito, em formulário próprio, no qual você vai ver que estão bem identificadas as áreas que serão objeto das radiografias, o que se estará procurando constatar e com que objetivo, de forma que o radiologista, dentista especialista em tirar e interpretar radiografias dentárias, oriente-se bem no que tem a analisar e quais os tipos de radiografias de que deve-se utilizar para atender a tais necessidades. As tomografias são realizadas em centros radiológicos próprios, por requererem escaners específicos.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

45 PARA MELHORAR A PARTE SEXUAL

A princípio, parece uma estranha razão para se ir ao dentista. Se analisarmos alguns aspectos específicos, constataremos que tem fundamentação, e muita. Quem perde os dentes tem uma sensação de mutilação, similar a que sente quem perde os dedos ou um braço. Tiraram uma parte do seu corpo e muitas vezes estas perdas tem uma interpretação de irreversíveis. Para se entender melhor, alguns exemplos vão ajudar. Quem usa uma prótese removível, por menor que seja, mesmo que nos dentes posteriores, não gosta de tirá-la em público. Os que perderam todos os dentes e são forçados a usar uma prótese total, ainda que só em um dos maxilares, não admitem ter que se apresentar sem ela, mesmo que tenham vergonha de usá-la. Imagine-se agora estas situações transportadas para a intimidade, caso alguém tente omitir,

ocultar estas faltas de uma pessoa com quem convive ou pretende conviver por muito tempo. De acordo com o grau das perdas, chegam a constituir-se em trauma. Ouvi relatos de pacientes, cujos cônjuges, somente depois de eles mortos, vieram a saber que usavam próteses, tal era a vergonha que sentiam. Neste caso de relacionamento afetivo isto é muito mais evidente, pois o contato íntimo envolve sensações que os dentistas chamam de propriocepção, que vem a ser a capacidade de sentir contato com algo que seja nosso, por exemplo, um dente e não uma prótese artificial.

Para estas situações em particular, em que esteja envolvida um componente ligado a sexualidade, as soluções odontológicas devem tender para aparelhos fixos e, se possível, para os implantes, por terem estes condições de simular a propriocepção. Também no aspecto psicológico, estas soluções estão mais indicadas, porque a idéia de ter aparelhos protéticos fixos, elimina as inseguranças do tipo medo de que na hora errada a prótese saia do lugar, comprometendo todo o clima que certas situações requerem, sob pena de que suas interrupções as inviabilizem, levando, algumas vezes, a traumas, que pelas repetições, tornam-se irrecuperáveis.

Ter tratamentos dentários realizados adequadamente evita, também, outras situações constrangedoras, tais como mau hálito, inflamações ou perdas de dentes visíveis, dentes excessivamente tortos, aberturas de dentes muito grandes, dentes muito para fora, caninos muito grandes, dentes escuros por tratamentos de canal não terminados, fraturas não restauradas, cáries visíveis não tratadas, excessos de gengiva em exposição, grampos de próteses removíveis aparecendo, dentes amarelados, presença de tártaro nos dentes da frente, próteses mostrando metal na região anterior, placa bacteriana, espaços interdentais que retém pedaços de alimento, mandíbulas muito proeminentes, entre outras, melhoram a condição de convívio intersocial, principalmente na parte íntima, propiciando a ausência de constrangimentos.

Sempre que tiver algo que o desagrade com seus dentes, relate a seu dentista. Se for preciso, ligue para ele e comente por telefone para que sua atendente ou secretária não se intere ou ainda, se for o caso, peça para, no dia em que for tratar deste particular, que o faça sem a presença dela. Ele entenderá e o atenderá, livrando-o, desta forma, do desconforto que o aflige. A maioria das situações antes descritas são facilmente solucionadas por seu dentista, desde que você revele seu descontentamento, principalmente os resultantes de tratamentos antigos, quando você não tinha a consciência odontológica que tem hoje ou que vai passar a ter depois da leitura deste livro. Avalie e relate. Sua vida vai mudar.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

46PARA FAZER UM REIMPLANTE DE DENTE

Nos casos de quedas e batidas, normais na adolescência, e ainda nos acidentes de automóvel, que estão cada vez mais comuns nos dias de hoje, costumam acontecer perdas de um ou alguns dentes. Nos casos em que eles foram somente avulcionados, ou seja, sem fratura principalmente da raiz, a reimplantação não só é possível, como na maioria dos casos constituem-se solução para mantê-lo útil por muitos e muitos anos. Qualquer que seja a situação ela deve ser tentada, porque este procedimento além da possibilidade de sucesso, preserva tecido ósseo, que será importante, caso sejam necessárias outras tentativas de reposição do dente no futuro. Esta

reimplantação é a reposição de um dente por trauma, em seu alvéolo, depois de alguns procedimentos. O primeiro do próprio paciente. Deve-se lavar o dente com soro fisiológico e o colocar dentro de um copo de água ou leite, ou simplesmente coloque-o embaixo da língua, considerando que a boca é seu habitat natural. Isto feito, entre em contato imediato com seu dentista, por telefone para que ele lhe passe as primeiras orientações.

Alguns o indicarão a verificar se houve fratura do alvéolo, e caso não houver, que tome o dente, segurando pela coroa, e reinserido o dente no seu alvéolo original. Este dente perderá a membrana periodontal, sendo com isto anquilosado no próprio osso que o circunda, constituindo-se este osso a sua nova modalidade de fixação. A resposta natural do organismo ao trauma é a reposição óssea no local, o que colabora para a nova fixação do dente. Para aumentar as chances de êxito, normalmente os dentistas procedem à sua imobilização, unindo-o aos dentes vizinhos com o objetivo de que não ocorram movimentos durante o período em que esta anquilose estiver se processando. Assim esclarecido, você poderá ajudar a outros que passarem por esta situação. Outra recomendação é que tenha, em sua agenda pessoal, o telefone, inclusive e principalmente o celular, de seu dentista, para o mesmo poder ser acionado em caso de emergências como esta. Caso a pessoa que você esteja socorrendo não tenha como se comunicar com seu dentista, ofereça o telefone do seu, porque, nestes casos, quanto antes for feita a reimplantação do dente avulsionado, melhores serão as perspectivas para que a tentativa dê certo.

Entre perder um dente e tentar salvar o seu, reimplantando-o, a primeira vantagem é de ordem econômica, já que um dente perdido terá que ser reposto com um implante, envolvendo não só a despesa com a implantação, mas também os custos da prótese que terá que ser confeccionada sobre este implante. Outra vantagem é não correr riscos quanto a acertar a forma e a cor natural do dente. Lembre que, na tentativa de reimplantação, o que estará sendo colocado é seu próprio dente, que seu organismo sempre aceitará melhor do que uma prótese. No caso de próteses convencionais, para sua colocação terão que ser desgastados os dentes vizinhos, para dar suporte à coroa do dente perdido, coisas que não acontecerão na reimplantação.

Seu próprio dentista é a pessoa mais indicada para tentar a recolocação do seu dente no lugar, porque apesar do tamanho do trauma, os procedimentos necessários são simples, tais como um tratamento de canal e uma imobilização. Outra razão para fazer a tentativa é o fato de os dentes avulsionados serem normalmente os dentes da frente, justamente por terem uma só raiz tem menos estabilidade que os de trás e por isso, são mais fáceis de serem colocados novamente em seu alvéolo. Se o dente que saiu do lugar ficou em sua boca e não caiu no chão, você mesmo pode colocá-lo no alvéolo e então procurar seu dentista.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

47PARA POR PLACA DE RELAXAMENTO

Um dos males que mais afeta a humanidade nos dias de hoje, e que será a doença mais comum do futuro próximo é o estresse. Com a massificação da mídia, o câncer perdeu lugar para a AIDS, como motivo de maior temor e esta depois de vinte anos já está deixando de ser notícia, permitindo antever que, em breve, o maior medo das

pessoas com relação a morte estará relacionado ao desgaste da trepidante vida moderna, sua competitividade, o desgaste natural de viver intensamente e os riscos de enfarto, uma das respostas a globalização. Mesmo nos períodos de repouso, as pessoas continuam tensas e uma das conseqüências é apertar ou ranger os dentes, ato chamado de bruxismo e bruxômano o seu portador. Inicialmente considerado um hábito, depois entendido como um vício e hoje estudado e tratado como doença, principalmente pelo fato de destruir próteses, quebrar restaurações, provocar ao longo dos anos um afrouxamento dos dentes e gerar um tipo de doença periodontal, o bruxismo pode causar ainda traumas oclusais, perda óssea, e desgaste dentário excessivo.

Por todos estes motivos os seus portadores, muitas vezes sem saber, correm riscos que poderiam ser evitados, caso algum parente percebesse esta anomalia durante seu sono e lhe relatasse. Assim alertado, seu dentista poderá intervir antes que o mal se alastre e próteses precisem ser trocadas. Principalmente porque o tratamento para este mal é simples e fácil e, além de barato, não causar nenhum tipo de dor. Consiste no uso de uma placa de relaxamento, normalmente usada no período noturno, enquanto se dorme, sem nenhuma interferência no seu sono. Confeccionadas em acrílico transparente a partir de uma moldagem de seus dentes, funcionam como mio-relaxantes, impedindo o ranger dos dentes e distribuindo o apertar dos dentes para toda a arcada, ao invés de sobre alguns poucos, como acontece sem o uso da placa. A indicação inicial é somente para uso noturno, durante seis meses, para promover um relaxamento da musculatura dos maxilares, que, após reposicionada, tende a eliminar o ranger dos dentes. Portadores do problema há mais tempo e que nunca o trataram ou que sejam, por natureza, muito tensos e agitados e que já apresentem sintomas adiantados, com risco de perda dos dentes ou quebra de próteses, poderão ser orientados a usar as placas de relaxamento por mais tempo, principalmente nos seus momentos de maior estresse, como dirigir nas grandes cidades, por exemplo.

As vantagens do uso das placas mio-relaxantes são imediatas. Já nos primeiros dias se constata uma melhora significativa, principalmente nos pacientes que apresentavam dor na articulação temporomandibular. Esta tende a sumir em poucos dias de uso da placa e o ato de morder os dentes tende a diminuir pela simples presença de um anteparo, que, além disso estará protegendo dentes, restaurações e próteses do ranger que não mais acontece. A pior coisa que pode acontecer depois dos seis meses de uso da placa, caso a pessoa continue na vida agitada é ter que, a cada período de seis meses, voltar a usar a placa. Para muitos, a simples reposição da musculatura e mandíbula é suficiente para solucionar o problema em definitivo.

Tendo vida agitada e na dúvida, relate o fato a seu dentista, que por observações na face oclusal dos seus dentes, poderá identificar desgastes por mordedura crônica e, para fazer um diagnóstico mais completo, poderá indicar-lhe o uso de uma placa por um período menor, como maneira de se certificar de seus sintomas com relação a estas e outras disfunções da articulação temporomandibular, que também podem requerer placas mio-relaxantes como alternativa de solução.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

48 PARA CORRIGIR MORDIDA ABERTA

É uma forma de má-oclusão, que vem a ser a ausência de contato dos dentes entre si quando os maxilares estiverem em repouso, pelo fato de haver uma abertura entre os incisivos, depois dos caninos, pré-molares e molares terem encostado. Afora o problema dos dentes não se tocarem, neste caso, os lábios, na maioria das vezes, também não se fecham, além de parte da gengiva superior ser mostrada ao falar e ao sorrir, dando a seu portador uma aparência ruim, que levou inclusive ao surgimento pejorativo de um apelido desagradável: boca aberta. Vista de perfil, nota-se um aumento de altura na parte inferior da face, gerando um ângulo mandibular aberto demais. Os leigos confundem, pelas semelhanças, com a protrusão, que é uma conseqüência da compressão, cuja causa está relacionada à respiração bucal, pela dificuldade de respiração nasal e compressão do maxilar. Estão relacionadas à hereditariedade, alteração das glândulas endócrinas, hipofunção e estrutura dos dentes, raquitismo e desenvolvimento insuficiente da mandíbula.

Para todos os casos, são feitos levantamentos radiográficos, estudos de traçados, análises cefalométricas e avaliação da idade óssea do paciente, todos com a finalidade de proporcionar maior conhecimento do problema, correto diagnóstico para montagem do plano de tratamento e elaboração de um prognóstico, pelo qual se poderá saber como ficará o paciente depois de tratado. A maioria dos tratamentos é através da utilização de aparelhos para correção de posicionamento, não só dos dentes, mas também do osso que os circunda, para que a correção seja total e definitiva. Para casos mais complexos, pelo próprio acentuado do problema ou pela época em que o profissional foi chamado a intervir, a solução pode se limitar a ser cirúrgica, ou ainda, no caso do tratamento conservador, o aparelho não apresentar o resultado esperado.

As vantagens do tratamento são não só estéticas, mas também, e principalmente, funcionais. Pela estética, muda totalmente a aparência, os dentes voltam a se tocar, os lábios fecham e, de perfil, a aparência se normaliza. A respiração tende a voltar para nasal e a justificativa do apelido desaparece. Melhora a auto-estima e esta nova aceitação traz de volta o prazer para o convívio social. Do ponto de vista funcional, com o toque dos dentes incisivos, os quatro da frente, melhora a mastigação, retornando o corte inicial dos alimentos a ser feito pelos dentes da frente, que antes não se tocavam, ficando os de trás com a exclusiva função de trituração dos alimentos. A fonética se normaliza, permitindo melhor entonação e emissão de sons antes difíceis como o assobio, por exemplo. O falar e o sorrir voltam a normalidade, assim como as expressões faciais mais comuns. Na verdade, processa-se toda uma reabilitação estética, fonética e funcional, com a volta à normalidade de todas as funções.

Seu dentista, ao avaliar o caso, deverá se encarregar de indicar um ortodontista, o dentista especialista em correção dos dentes, mais apropriado para o caso. Este após estudos e medições, e de acordo com a idade do paciente, elaborará um plano de tratamento adequado. Cada caso recebe um aparelho específico, já que as anomalias não se repetem. Como as impressões digitais, cada organismo tem peculiaridades irrepetíveis e, como tal, requer uma solução diferente das demais. Quanto mais cedo identificado o problema, melhor, muito embora, fatores ligados ao crescimento e à idade óssea, façam com que existam momentos certos para iniciar o tratamento. Caso contrário, o prognóstico é diferente. Se iniciado na fase adulta, o crescimento não atuará a favor.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

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PARA CORRIGIR DIASTEMA

Defeito para uns, charme para outros, o certo é que não conseguimos passar sem observar a presença deste afastamento entre os dentes centrais da maxila, o que comprova a força de atração que nossos olhos têm ao incidir sobre a boca, principalmente quando ela sorri. Se o sorriso for bonito é razão de admiração, havendo algum defeito, nossa concentração visual é voltada para ele, principalmente se for num ponto bem central da boca, como é o caso dos diastemas. Sua causa pode ser o freio labial, que une o lábio à maxila, não ter retrocedido convenientemente e ficado aí unido durante a erupção dos incisivos centrais permanentes. Alguns têm a sorte dele se fechar sozinho, à medida que a dentição se desenvolve e busca espaço para crescer. Nos casos em que ele não se fecha, o motivo que o determina pode ser outro, como talvez a presença de dentes extras que não nasceram, problemas com a oclusão ou pressão lingual.

Nos casos em que o motivo for determinado por pressões, constatado por uma isquemia (branqueamento por ausência de sangue) na zona da papila ao puxar-se o lábio e seu freio, o diastema acontece porque o lábio está hipertrofiado (apresentando desenvolvimento excessivo). Para este motivo, fazendo-se a extirpação desta aderência do freio à papila, a tendência é a diminuição do diastema. Noutros casos, corrige-se pelo uso de aparelho ortodôntico, mudando a posição errada dos incisivos laterais e caninos, que para se posicionarem adequadamente, levam os dentes centrais para o seu devido lugar. Quando o fato causador for por espessamento do tecido ósseo da região, somente uma cirurgia pode corrigi-lo. Uma alternativa é corrigir o defeito através de restaurações estéticas por adição de resinas que se unirão por fotopolimerização (uso da luz para endurecer a resina) aos dentes aumentando seu volume, corrigindo a estética, sem interferirem na parte vital do dente.

A principal razão que leva as pessoas a buscar tratamento para os diastemas é estética. Sentem-se mal com o defeito e acham que esta abertura enfeia seu sorriso. Outra é a psicológica, principalmente pelo fato de muitos fazerem perguntas e comentários, alguns pejorativos e isto, pela repetitividade, o irritar. A correção, no caso, seria uma forma de livrar-se destes inconvenientes. Para outros, a busca de tratamento é fonética, já que esta abertura, de vez em quando, provoca sons indesejáveis e noutras não permite entonações certas. Todas estas razões são mais comuns na infância e adolescência. Quando a procura por tratamento se dá na fase adulta, um dos motivos é simplesmente mudar a aparência ou ganhar uma nova força no sorriso. Este tipo de restaurações tem tanta propriedade, que esta mudança pequena altera toda a expressão facial, talvez porque, em alguns casos, seus portadores passaram a vida inteira tentando minimizar o defeito, procurando omiti-lo pela limitação do sorrir e agora tendo o diastema fechado, sentem prazer redobrado para sorrir.

Se o diagnóstico tiver sido o freio, seu dentista poderá, em uma pequena manobra, resolver o problema. Se forem necessárias modificações na posição dos laterais e caninos, o ortodontista é o especialista indicado para este procedimento e, no caso da solução ser pela restauração estética, esta poderá ser feita pelo seu dentista que, se entender necessário pela dificuldade que alguns casos extremos apresentam, pela cor, forma ou tamanho do diastema, irá encaminhá-lo a um especialista em dentística restauradora. O mesmo acontecerá na situação em que houver necessidade de um ortodontista. Outras alternativas mais apropriadas poderão ser avaliadas em conjunto pelos dois especialistas, inclusive uma ação conjunta de ambos.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

50PARA SEUS DENTES NÃO CAÍREM

O maior castigo para os que não cuidaram adequadamente da dentição natural é a perda sumária dos dentes e sua conseqüente discriminação social por sua ausência, que se agrava na medida em que a perda for de mais dentes ou se situar na região anterior. Nossos hábitos de comportamento têm códigos que ninguém nos ensinou, mas que nos levam a prestar atenção em defeitos físicos, principalmente se forem na face. Os que trazemos desde o nascimento e sem a participação voluntária do portador, nos causam dó e os decorrentes de maus cuidados, nos levam a julgamento de seu possuidor. Ter dentes e gengivas bem tratados, além de uma preocupação com a saúde do nosso corpo, é hoje uma forma de identificação do grau de desenvolvimento social de uma pessoa e usado como avaliação natural na obtenção de empregos e na própria aceitação para convívio interpessoal. Perder dentes é também sinal de envelhecimento, principalmente se forem perdas precoces. Os sentimentos de mutilação que sua falta nos traz são subjetivos, pela atenção que prestam ao detalhe os demais humanos, embora, em alguns casos, esta postura seja até desumana.

Temos que ter consciência de que a primeira e segunda dentições nos foram cortesia do Criador e por ela nada tivemos que pagar. Nosso único compromisso, que deveríamos ter conosco mesmos, seria o de bem cuidá-las. Por as recebermos de graça, muitos não as valorizam na forma devida. Alguns jovens imaginam que tratar dentes é coisa para velhos e só depois de ter mais idade se darão conta de que alguns cuidados com a dentição são fundamentais e devem ser tomados na adolescência, principalmente os que envolvem prevenção e correto posicionamento dos dentes. A fase do crescimento é muito importante também para os dentes, devendo-se cuidá-los como fazemos com nossos cabelos, unhas, barba, banhos e outros afazeres da higiene pessoal, assim como na fase dos “enta”, além de preocupar-se com o coração, devemos dar atenção à nossa dentição. Até porque, se não o fizermos, além de perdermos os dentes, poderemos, por suas infecções e bactérias decorrentes, estar prejudicando todo o nosso organismo, inclusive levando alguns tipos de microorganismos fulminantes para a circulação sanguínea e seu órgão centralizador.

Dentes sem cuidados são como um carro do ano com muitos amassados, pintura estragada e vários pontos de ferrugem. O motor, o estofamento, a suspensão e os pneus podem estar bons, mas seu preço cai violentamente, porque ninguém o quer. Sua aparência é deplorável e nos dias do mundo globalizado a imagem é, muitas vezes, mais importante que o conteúdo, principalmente na primeira avaliação, que não raro nos leva a não analisar com a devida profundidade os demais itens. Pode parecer duro e injusto, mas contém pura verdade. Às vezes, não exteriorizamos estes critérios por normas de conduta social, mas no íntimo os consideramos e fazemos deles verdadeiros paradigmas. E entre estes, ter bons dentes é fundamental para ser bem visto e aceito.

Não desanime! O bom da Odontologia é que todos os seus problemas têm solução. É só não deixar para amanhã. Por que no amanhã você poderá tê-los perdido e, com implantes, as despesas serão maiores, se bem que hoje já bem acessíveis a todos os que dão valor à sua imagem. Não pare por aqui, estes foram os cinqüenta motivos maiores para você ir ao dentista e que mereceram duas páginas cada um por

sua complexidade. Os próximos cinqüenta serão bem mais rápidos de ler e de tratar, por isso recebendo uma página cada um. Se você perdeu um ou alguns dentes, vire a página e continue procurando a solução para o seu caso. Você vai encontrar. Se seu problema não estiver aqui, procure um dentista e relate este fato a ele, para que nos avise e possamos ampliar em uma próxima edição.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

51PARA REMOVER MANCHAS DOS DENTES

São alterações de coloração na superfície dos dentes por motivos diversos. As mais conhecidas são: as alaranjadas, bactérias conhecidas como lutescens; marrons, comuns nos incisivos inferiores, pelo lado da língua, formados por deposição de substâncias aderentes; metálicas, com variações de acordo com o produto que as originou e que pode ser mercúrio, bismuto ou outros; negras, surgidas pela ação de bactérias cromogênicas, são mais encontradas nos incisivos inferiores, e as verdes, também atribuídas à ação de bactérias. Outras são as resultantes pelo vício de fumar, que provocam cor amarelada no esmalte. Também existem as manchas da mucosa bucal, que têm origem vascular, como as da sífilis, sarampo e o eritema, provocado pela insolação.

As manchas dos dentes com alterações estéticas são as naturalmente relatadas para tratamento, que é feito por remoção, dos efeitos e do fato causador. As do cigarro voltam se o portador não parar de fumar. Para ajudá-lo na decisão, lembre quantas outras manchas ele causa em outras partes internas e mais sensíveis do seu corpo. Deve-se prestar, também, atenção para as manchas das gengivas e bochechas, porque, embora não aparentem, são as mais perigosas por serem sinal de que algum tipo de câncer possa estar presente.

Para todas, não vacile. Procure logo um dentista, que as analisará e lhe dirá os cuidados que precisam ser tomados. Lembre que, mesmo que estejam sinalizando algum câncer, estas manchas são só um aviso, sinal de que ainda há tempo para tratá-lo enquanto for benigno, que é o caso da maioria. Só a opinião de quem conhece e estudou o assunto deve ser levada em consideração. E nisto você pode confiar, que o seu dentista fez.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

52PARA FAZER EXTRAÇÕES

As extrações devem ser a última coisa que o dentista deve fazer. Não por serem difíceis, porque, quando um dente está condenado, costuma sair fácil, mas pelo que elas significam: tirar a razão da profissão que escolheram; não a de serem dentistas mas sim cuidarem da saúde bucal. Por isso, a maioria só o faz em última instância, quando já foram esgotadas todas as alternativas para salvar o dente. Da prevenção ao

boticão, está contada a vida de um dente que nos deveria acompanhar pela vida inteira. Se bem que, com os implantes, pelo menos aqui na terra, já existe outra vida, de forma que não se aborreça por já ter perdido algum dente. Os implantes irão ajudá-lo a trazer de volta o seu sorriso.

Fazer extrações só tem vantagens quando os dentes a serem extraídos estiverem atrapalhando os outros, como nos casos da ortodontia ou dos do siso. Ou quando seu estado, por doenças, ser origem de focos infecciosos, que estiverem pondo em risco a saúde do paciente. Ainda assim se não houverem meios de combater estas, sem ter que extrair o dente. Por todos estes cuidados, fica claro que as extrações são a última opção e que só devem ser realizadas quando todas as tentativas para salvamento do dente tiverem sido tentadas.

O seu próprio dentista deve ser procurado para esclarecer e orientar quanto à necessidade de alguma extração ou sobre o que pode ser feito para não fazê-la. Quanto mais você demorar para ir visitá-lo, menores serão as chances de salvar o dente. Para os casos de extrações com finalidade de tratamento ortodôntico, muitas vezes o indicado é que um cirurgião as faça, dadas as exigências que alguns casos requerem, quanto à preservação do tecido ósseo adjacente, que será importante para o tratamento ou, ainda, porque alguns dentes a extrair não erupcionaram, como os do siso e por conta disto apresentem dificuldades maiores no procedimento.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

53 PARA EVITAR TRAUMAS OCLUSAIS

Trauma oclusal é o resultado de pressões na articulação dos dentes, que podem causar lesões nestes e na membrana que os envolve, unindo-os ao osso. Em alguns casos as pressões são exageradas e noutros, mesmo que não tanto, não são suportadas pelas estruturas e, por conta disto, alguns dentes ficam isoladamente expostos a forças oclusais que não conseguem suportar, como acontece no briquismo (movimentos inconscientes), que difere do bruxismo, por ser este noturno. As maloclusões mais nocivas são as que atuam em direção lateral, porque afetam o ligamento periodontal, levando ao afrouxamento do dente e, no caso de não tratamento, à perda do dente. O tratamento é feito removendo-se os pontos de contato prematuros, para que osso novo seja formado e, com isto, reincidir em as fibras da membrana periodontal. Prevenir, consegue-se através de consultas periódicas de avaliação, quando os contatos oclusais são checados e corrigidos.

Ter uma articulação e oclusão bem balanceada é como um elevador bem regulado e revisado. Pára sempre no lugar certo, não dá trancos, apresenta pouco desgaste e pouca necessidade de consertos. Você mastiga melhor, fala mais relaxado, não tem dor e estresse, a não ser provocados por outros fatores. E o melhor: não põe em risco os seus dentes.

Percebendo paradas anormais da mandíbula, sensação de cansaço na maxila ou esforço maior em uma determinada área, principalmente se acompanhada de uma dor leve e localizada, procure seu dentista para certificar-se de não estar sofrendo de traumas oclusais. Caso não seja a área dele, os especialistas que mais entendem de oclusão são os ortodontistas, os periodontistas, os protesistas e os implantodontistas, que poderão dar-lhe um diagnóstico preciso acerca de seus problemas de oclusão.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

54PARA MELHORAR GENGIVAS E PAPILAS

Afora dentes brancos, bem posicionados e sem cáries ou manchas, colaboram para embelezar um sorriso as gengivas e as papilas, que são aquelas partes das gengivas que sobem entre os dentes. Gengivas sadias têm cor similar a da casca de maçã e textura da casca de laranja. Têm seu ponto crítico no sulco gengival, que é a área em que mais costuma se formar a placa bacteriana. Quando infeccionadas, escurecem e, se não tratadas, retraem-se, o que também acontece quando friccionadas em demasia na escovação. Com tártaro subgengival, costumam sangrar, o que é sinal de algum problema. As papilas, se irritadas, podem se hipertrofiar, aumentando de volume e chegando a mudar de coloração. Seu tratamento é, basicamente, a limpeza, no consultório, com curetas mais ultra-som e escovação mais fio dental na residência.

Ter gengivas e papilas sadias, em posição certa logo após o término do esmalte dos dentes, é sinal de juventude e boa conservação. Contrário a este ar jovial do sorriso, estão gengivas e papilas retraídas, problema denominado de recessão gengival, que, além da associação à idade avançada, caracteriza doença, mesmo que não seja visível ou perceptível a inflamação que provoca estas retrações. As gengivas e papilas estão para os dentes, como a moldura está para um quadro.

Não se deve esperar que as gengivas doam ou sangrem para procurar um dentista, pois neste momento a doença já estará instalada. O mais correto são consultas anuais ou semestrais, de acordo com orientação do dentista, exatamente em função do maior ou menor fator de risco de cada paciente. Os periodontistas têm, ainda, recursos para melhorar a estética gengival, inclusive para aqueles que mostram ou têm gengivas em excesso.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

55 PARA COLOCAR UM PROVISÓRIO

São próteses de um ou mais dentes, colocadas pelos dentistas, durante o período em que são feitos os preparos e confeccionada a prótese definitiva. Nos casos unitários, eles usam dentes que já vêm pré-fabricados e são unidos aos dentes dos lados por resinas que endurecem rapidamente. Para casos de mais dentes, são confeccionadas, no laboratório de prótese, próteses simples, também com dentes de estoque, chamadas de próteses provisórias. Estas têm durabilidade pequena, porque

são feitas para permanecer somente por alguns dias, assim como sua fixação também é feita com cimentos provisórios, que, se forem forçados, afrouxam. Nestes casos tem-se que voltar ao consultório, levando este provisório que se soltou, pois ele é que será recolocado. Às vezes, os provisórios soltam porque têm algum contato com o dente oposto, que não deveria existir, devendo, por isso, ser reajustado. Estas readaptações não têm por objetivo prolongar a vida dos provisórios e sim somente permitir que funcionem por mais alguns dias, enquanto está sendo concluída a prótese definitiva.

Os provisórios permitem que o paciente possa levar uma vida quase normal durante o período em que se processa a sua reabilitação, principalmente na parte estética, já que a funcional precisa um tipo de prótese que resista às forças mastigatórias. Quando as próteses são grandes e dependem de montagem em articulador, modelos de estudos e provas em cera ou metal, os dentistas fazem um provisório melhorado, que chamam de prótese intermediária, que, além de provisórios, funcionam para avaliação.

Para próteses pequenas, seu dentista não terá dificuldades de encontrar a solução adequada. Se ele não for protesista e a prótese for complexa, talvez o indique a um especialista.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

56PARA TRATAR ÚLCERAS BUCAIS

No âmbito odontológico são mortificações reduzidas dos tecidos, com um processo de desintegração, normalmente expondo capas mais profundas destes. As mais comuns são a aftosa (nas glândulas mucosas), de contato (arestas dentárias e próteses mal adaptadas), sifilítica (nas línguas e lábios), traumática (causada por dentaduras), tuberculosa (na ponta e bordas da língua) e a recorrente (com um exsudato branco-amarelado ou acinzentado). Na cavidade bucal as úlceras são de dimensões reduzidas em tamanho, mas nem por isso devem ser descuidadas, pela possibilidade que algumas apresentam de repetidas ulcerações. Outras são extremamente dolorosas e, na maioria, deve ser objeto de biópsias. O tratamento de quase todas é a remoção do fator causal, sendo que muitas desaparecem em poucas semanas.

Não correr riscos é a maior vantagem e segurança que se pode ambicionar, no caso de úlceras bucais. A preocupação com desdobramentos que estes processos podem apresentar, certamente deixam apreensivos inclusive os que não costumam se preocupar muito com estas ocorrências, motivando a maioria para as iniciativas acertadas.O correto e oportuno diagnóstico é parte importante do tratamento e precisa contar com a colaboração do paciente, no sentido de, sempre que perceber alguma alteração, por menor que seja, procurar seu dentista e relatar o que vem acontecendo, isto mesmo sem saber exatamente o que está acontecendo. As perspectivas de tratamento adequado aumentam nestas situações e o que poderia ser preocupante, resolve-se em pouco tempo. Mesmo que sejam casos mais graves, a possibilidade de encaminhamento a um patologista bucal facial em tempo certo, aumenta muito a chance de um bom prognóstico. RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

57 PARA FAZER UM TRANSPLANTE

Transplante acontece quando existe a necessidade, com possibilidade, de se substituir um dente que foi ou será perdido, por outro. Na teoria existem três hipóteses: auto-transplante (entre dentes do mesmo paciente), homo-transplante (com dentes de outra pessoa) e hetero-transplante (usando-se dentes de outros animais). Não são de uso corrente na Odontologia, principalmente após o sucesso dos implantes, exigindo condições especiais com respeito ao germe dental doador e com relação à área receptora. Nos poucos e selecionados casos em que se realizam, a quase totalidade é de auto-transplantes, inclusive por seus maiores índices de sucesso.

Uma vantagem destes transplantes é que o dente transplantado tem todas as condições de desenvolver um novo ligamento periodontal, além de manter a sua polpa viva e, com isto, ter uma existência totalmente normal no novo alvéolo. Quando uma pessoa tem 32 dentes ( o frequente é serem 28) e alguns deles se encontrem apinhados, na possibilidade de perda de dentes por outros motivos, os transplantes são uma boa alternativa, que, se der certo, têm a vantagem de serem econômicos.

Diferentemente dos reimplantes, que são emergenciais, os transplantes são feitos em cirurgias eletivas, cercadas de planejamento e preparativos, o que colabora muito para a obtenção de bons resultados. Como a maioria dos dentistas não os realizam, se for indicado, provavelmente seu dentista o encaminhará a um cirurgião bucomaxilo facial, que é o especialista mais experiente e indicado para este tipo de intervenção, que se realiza no próprio consultório deste, sob anestesia local e em curta duração. Tendo 32 dentes e prevendo perda, pergunte a seu dentista sobre esta opção de aproveitamento.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

58 PARA CONTROLAR REABSORÇÕES ÓSSEAS

São um processo fisiológico de dissolução dos sais do osso e da matriz orgânica, com absorção dos fluidos dissolvidos para o resto do organismo, na hipótese das reabsorções se darem em situações em que houve intervenção da mão humana para tal, como por exemplo, após as extrações. No caso das reabsorções que ocorrem nos dentes permanentes, diz-se que nestas elas são patológicas, devendo ser alvo de tratamento, que acontece sempre que a doença periodontal ou trauma oclusal forem os agentes causadores. Quase cem por cento dos pacientes com mais de quarenta anos, apresentam problemas periodontais.

Com as reabsorções ósseas do rebordo alveolar que sustenta os dentes, acontece perda de inserção, propiciando-se o início da mobilidade dos elementos dentários que, progredindo, levará certamente à perda dos dentes. Por conseqüência, as gengivas retraem e as raízes começam a aparecer. Antes que este processo se desencadeie e se torne irreversível, faz-se necessário o início do tratamento desta enfermidade através de remoção do tecido infeccionado, medicação, orientação para perfeita higienização e controle sistemático para não formação de placa bacteriana. Avalia-se a interrupção ou progresso da reabsorção através de sondas milimetradas, que medem a profundidade das bolsas periodontais.

Neste estágio da doença, com perda óssea na forma de reabsorção, o acompanhamento por um especialista é muito importante, sendo o periodontista o profissional com a formação apropriada para tratar deste tipo de patologia, que é uma das maiores preocupações, depois da cárie dentária, na Odontologia. Sempre que possível, o recomendado é buscá-lo assim que se constatarem as reabsorções ósseas.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

59 PARA TRATAR DE NEVRALGIA FACIAL

As nevralgias, também conhecidas como neuralgias, são dores de origem nervosa. As faciais podem ser provenientes de várias causas, tais como: infecções dentárias, dentes cariados, congestões da polpa, dentes inclusos, corpos estranhos, lesões das paredes alveolares, restaurações mal ajustadas, entre outras. Podem ser constantes, intermitentes ou periódicas, atingindo somente um lado da face ou os dois lados simultaneamente. Algumas têm causas completamente desconhecidas, chamadas de assintomáticas, ao contrário das sintomáticas, cujas dores têm origem conhecida e cessam com a remoção da causa. As mais comuns são: esfenopalatina, irradiada da maxila para a orelha atingindo, sempre só um lado da face; essencial, de causa desconhecida e conhecida como tique doloroso da face; histérica, sem determinação de local que, no caso de dentes sãos, requerem que o paciente seja encaminhado ao psiquiatra, e a do trigêmeo, que é um tique doloroso, cuja origem pode ser identificada.

Normalmente, causam muito sofrimento a seus portadores e, quando um dentista consegue diagnosticá-las e tratá-las, o alívio e gratidão do paciente é grande. O segredo é reunir o maior número de informações possível sobre a sintomatologia e consultar toda a literatura disponível. Identificadas, cada uma tem seu tratamento específico, sempre tentando eliminar a causa.

Não existe na Odontologia, especialistas específicos para tratar das nevralgias, mas sim estudiosos, bem servidos de livros e dispostos a identificá-las, sempre que estiverem molestando seu paciente. A troca de informações entre colegas, neste caso, é de grande valia para uma solução mais rápida do problema.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

60PARA TRATAR DE FOCO INFECCIOSO

Os focos de infecção são sempre patológicos e, na Odontologia, têm caracterizações bem definidas, tais como: polpas dentárias infectadas, granulomas dentários (extensão apical da infecção pulpar), gengivas inflamadas e lesões periodônticas inflamatórias. São fonte constante de bactérias, que ingressam no sangue e podem, desta maneira, instalar lesões secundárias em áreas distantes do corpo. Manifestam-se pelo seu espessamento à altura do ápice, trazendo como conseqüência uma periodontite, que se estendeu da gengiva para o interior do osso. Se não regredir, origina um granuloma (restos epiteliais), cisto radicular ou paradentário (associado com uma fístula), com relações a enfermidades agudas ou crônicas.

É importante não ter uma diminuição de resistência do organismo, mesmo que transitória, nem desequilíbrio hormonal. A terapêutica medicamentosa deve ser sempre de prescrição do seu dentista, estando totalmente desaconselhada a auto-medicação, mesmo que você já tenha tido outro foco infeccioso anteriormente. Lembre que seu organismo pode ter desenvolvido anticorpos tanto para o foco infeccioso, como para a medicação prescrita anteriormente.

Pressentindo sintomatologia, procure seu dentista que, por acompanhá-lo há tempo, terá condição de mais facilmente identificar a origem do foco infeccioso e, em função disto, ter condições de orientá-lo quanto ao melhor tratamento. Realizada a parte que corresponde ao seu dentista, não deixe de fazer a sua, não interrompendo a medicação, mesmo que desapareçam os sintomas e você esteja se sentindo melhor, a menos que tenha ordem expressa para esta hipótese. Seja prevenido e previdente. Tendo este tipo de problemas, faça tratamento dentário completo, para afastar as possíveis causas do foco infeccioso.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

61PARA ELIMINAR SENTIMENTOS DE MUTILAÇÃO

Quando perdemos um dente é como se uma parte de nós morresse em separado. Sentimos como se um pedaço de nosso corpo estivesse se despedindo. Como se fosse antes do tempo. Os que conviveram com ele logo percebem sua ausência, no caso as gengivas, a bochecha, os outros dentes e principalmente a língua, que a toda hora o procura e não encontra. Vem-nos o sentimento de perda e, na hora, talvez não imaginemos a falta que este fará, para logo a seguir assumirmos uma postura culposa, por não termos, em vida, dado-lhe a atenção devida. Como se fôssemos responsáveis por sua perda. Quando ocorre por acidente prematuro aceitamos melhor, embora com muita dor, mas quando o foi após alguma enfermidade, ficamos pensando que poderíamos ter feito mais e evitado seu fim trágico. Isto é agravado quando tomamos consciência das despesas imediatas a esta perda.

Sorte que hoje temos como repô-lo, de uma maneira bem natural, na forma de implantes que, mesmo sendo bons e belos, sua colocação seja indolor, doem por seu custo. Ainda bem que por esta nova solução não se tem que incomodar os vizinhos. E que gengivas, língua e bochechas não se dão conta da troca, principalmente se a reposição for imediata.

Perdido um dente, temos que tratar de sua reposição o quanto antes, para que os outros dentes não entortem pela falta deste e para que outras deformações não se processem em sua face, como o que acontece quando perdemos mais de um dente e pelo fechamento deste espaço comecem a surgir rugas prematuras pela acomodação dos tecidos ao espaço que diminuiu. O especialista certo a ser encaminhado é o implantodontista, caso seu dentista já não os coloque. Quanto mais espaço se tiver para colocação dos implantes, melhor eles ficarão.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

62 PARA CORRIGIR PARAFUNÇÕES

Parafunções são diferentes tiques, também conhecidos como bricomanias, que incorporamos involuntariamente como maus hábitos, decorrentes de anomalias comportamentais ou de adaptações a alguma alteração que se tenha processado em nossa boca. Em condições normais, nossos músculos distendem e contraem de forma constante, sem encurtamento ou retração muscular. As parafunções são movimentos exagerados e lesivos à estética ou às funções, muitas vezes não associados às funções específicas das atividades fisiológicas. Boa parte das vezes excêntricos, algumas com interferências. Tratam-se com identificação das causas e eliminação dos agentes causadores. Muitas vezes, é recomendado o encaminhamento para fisioterapeuta e fonoaudiólogo, para complementação do tratamento nas áreas devidas.

Tratar as parafunções evita que incorporemos em definitivo alguns tiques que, depois disto, passamos a encarar como nossos, ainda que continuem sendo parafunções, alguns nos levando a desvios, outros nos caracterizando negativamente. Os que exteriorizamos sem perceber, podem se tornar pejorativos na conduta social e, com o tempo, virem a compor desvio psicológico, na forma de complexos.

Todas as parafunções de origem odontológica podem ser detectadas e tratadas em sua causa pelo seu dentista que, por não conviver diariamente com você, terá melhores condições de diferenciar o normal do anormal e assim bem diagnosticar, orientar e conduzir seu tratamento, que na maioria das vezes é rápido e barato.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

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PARA READAPTAR UMA PRÓTESE

As próteses fixas, na fase inicial de adaptação necessitam alguns ajustes, principalmente na altura e correto encaixe dos dentes, para depois permanecerem indefinidamente sem modificações. As removíveis, por alguns desgastes ou acomodações dos tecidos moles e duros (osso e gengiva), depois de algum tempo, podem necessitar reajustes. As próteses totais (dentaduras), por uma perda óssea natural que se processa na falta de todos os dentes, precisam a cada período, que varia de pessoa a pessoa por seu metabolismo, ser reembasadas, ou seja, ser compensado com o mesmo material de que foram construídas, a perda de osso que ocasionou seu afrouxamento.

Próteses bem adaptadas funcionam melhor, tem menos chances de desgaste e, assim, não interferem nos dentes naturais, desgastando ou permitindo que extruam (sair do seu lugar para fora), ocupando espaços, ou intruam (entrem mais no seu alvéolo) por pressões externas. As correções podem ser motivadas, além das funções, por motivos estéticos, casos em que o paciente não se adapte com algum detalhe da mesma.

Quanto antes estas alterações forem feitas, melhor para o paciente, melhor para o dentista, porque no caso dos problemas permanecerem por muito tempo sem os devidos reparos, reajustes e adaptações, mais difícil será sua identificação e solução. Para isto procure sempre o dentista que lhe fez a prótese, pois este sabe detalhes de sua fisiologia que outros desconhecem, motivo pelo qual suas chances de acerto são maiores. Nunca tente você mesmo fazer “consertos”, nem peça para que outros dentistas o façam.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

64PARA CORRIGIR PROGNATISMO

Caracteriza-se pela elevada saliência que, na área bucal, podem ser os tecidos duros da mandíbula, a forma mais comum e mais perceptível. Justamente por isso, a que mais desgosta seus possuidores. Também é conhecido como macrognatismo ou macrogenia. Por vezes, o problema é causado pelo crescimento exagerado da mandíbula, constatado por espaços entre os dentes caninos e pré-molares. Noutras está relacionado a seu posicionamento que, por distúrbios oclusais, faz com que os incisivos inferiores ocluam adiante dos superiores, quando o normal é que isto aconteça com parada da mandíbula antes destes. Em primeira instância, são tentadas as correções funcionais e, no caso destas não solucionarem o problema, a alternativa é a ortognática, uma diminuição no comprimento da mandíbula.

Por uma das duas soluções, os dentes voltam a articular normalmente e as feições se regularizam, dando uma nova aparência a estética facial, tanto na visão frontal

quanto na de perfil. Há sempre uma melhora da função mastigatória e, em alguns casos, a própria fala se conduz de maneira melhor, dando mais comodidade a todos os movimentos faciais, inclusive com uma melhora substancial no sorriso.

O diagnóstico deve ser feito pelo seu dentista, que poderá se encarregar da solução não-cirúrgica, sendo esta da esfera de um cirurgião bucomaxilo facial, após levantamentos radiográficos, medições, modelos de estudo e simulações, de forma que, na totalidade dos casos, acontece uma satisfação absoluta de quem se submete a este tipo de tratamento que, após concluída a fase de crescimento ósseo, deve ser feito assim que possível. RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

65 PARA DRENAR UM ABCESSO

O abscesso é uma inflamação do ligamento alvéolo-dentário, estrutura esta que envolve a raiz. Podem regredir ou evoluir para formas agudas ou crônicas, dependendo do tratamento e da vitalidade dos tecidos da região. Podem resultar em necrose e supuração, transformando-se em granulomas. Os sintomas, que se iniciam por uma cárie são: dor, aumento de temperatura, vermelhidão e inchaço. O tratamento mais indicado é a incisão sem aprofundamento e drenagem. Completa-se o tratamento com antibióticos, aumentando-se a resistência à infecção, que pode ser preventivo à presença de bactérias.

Tratados, impede-se o aumento dos edemas, do processo doloroso das fases agudas e crônicas, além de se aumentarem das defesas do organismo. A intervenção antes da fase aguda previne a fase crônica e as necroses de tecido, características destas. Evita-se a supuração e exsudação plasmática, conseguindo-se a diminuição do tempo de encerramento do processo.

O ideal é nunca deixar que problemas, como uma simples cárie, possam evoluir sem tratamento e com agravantes representados pela má higiene oral, chegando a estágios tais como abscesso e granuloma. Nas visitas periódicas ao dentista, em espaços de tempo entre meio a um ano, este tem condições de acompanhar não só suas cáries, mas também a sua resistência à presença de microorganismos que desencadeiam estes processos. Todos os tipos de enfermidades da mucosa oral, como os abscessos, por exemplo, dificilmente ocorrem em pessoas que costumam dar uma atenção básica à saúde bucal, sendo, na maioria das vezes, presença somente entre os relapsos e negligentes, que pagam com perdas de dias de trabalho e riscos à saúde por sua displicência.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

66 PARA EXTRAIR DENTES DECÍDUOS

Decíduos são os dentes temporários, mais conhecidos como dentes de leite, que compõe a primeira dentição, também chamada de decídua, cuja queda varia conforme a amamentação, mesmo que esta seja de mamadeira. Para uma referência geral, os dentes incisivos centrais costumam cair por volta dos sete anos, os incisivos laterais por volta dos oito anos, os primeiros molares ao redor dos dez anos, os caninos na faixa dos doze anos e os segundos molares aproximadamente com a idade de onze anos, sendo consideradas normais variações de meio ano a um ano, causadas por algum distúrbio endócrino ou deficiência de vitaminas. Quando forem motivadas por causas locais do tipo ausência de espaço, cistos ou problemas de má posição, deve haver acompanhamento do dentista para que isto não interfira na dentição definitiva. Às vezes, por alguns destes motivos, os definitivos não nascem ou nascem tortos ou parcialmente. Tendo orientação do dentista, pode-se evitar problemas futuros quanto à posição ou com o não nascimento de alguns dos dentes, que demandarão tratamento ortodôntico para reposicionamento. Por este motivo, é importante saber com o dentista qual será a idade de nascimento de cada dente definitivo, que também tem variações.

O especialista para acompanhamento e tratamento dentário em crianças e adolescentes é o odontopediatra, que atualmente começa a atuar já na fase do bebê, preparando as mães para cuidados de higiene e prevenção. A título de lembrete, um dos maiores problemas desta fase é conhecido como cárie de mamadeira, que pode ser facilmente evitada. Em alguns casos, há acompanhamento intra-uterino.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

67PARA COLOCAR UM BLOCO

Bloco é a denominação genérica da restauração metálica, hoje, com o advento das resinas cerâmicas, cada vez mais em desuso. Normalmente, usando-se ouro ou ligas áuricas para aumentar-lhe a resistência, eles reproduzem a forma, o contorno e a função do dente. Estas restaurações, quer em metal ou em modernas resinas, são mais comuns nos dentes posteriores, por conseqüência de cáries extensas e profundas, nas quais em alguns casos, são utilizados núcleos cimentados dentro dos canais tratados. Após o preparo, é feita uma moldagem e a partir desta, confeccionado um molde do dente que será encerado, dando-se o formato do dente a ser restaurado, usando-se em alguns casos matrizes para se obter um resultado mais próximo da situação real daquele dente em específico.

Tanto as metálicas como as em resina são mais resistentes que as obturações convencionais, sendo as resinosas mais aceitas, pela vantagem de não ficarem aparecendo e terem cores a escolher, de acordo com a cor dos dentes da pessoa que irá usá-las. Reabilitam integralmente a mastigação e reproduzem exatamente os sulcos

dos dentes naturais para trituração dos alimentos. São tão perfeitas que mesmo alguns dentistas tem dificuldade de distinguir quando é dente e quando é resina.

Se as restaurações forem feitas à medida em que as cáries forem aparecendo, poucos são os casos em que se chega a precisar restaurar os dentes em tão grandes extensões. São comuns em pessoas que, por algum motivo, estiveram afastadas dos consultórios por períodos de mais de três anos. O seu dentista está apto a realizar tanto as restaurações metálicas, quanto as de resinas.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

68 PARA CURAR AFTAS OU HERPES

As aftas são vesículas (elevações superficiais), isoladas ou em grupos, mais costumeiramente presentes no inverno ou primavera, sendo o estresse físico e um momento de debilidade os fatores que colaboram para o seu surgimento. Podem se manifestar em qualquer parte da mucosa oral, exceto no palato e nas gengivas. Os herpes também são vesículas, causadas por vírus, com sintomatologia de vermelhidão e rompimento em forma de pequenas úlceras que, ao contrário das aftas, podem se instalar no palato ou nas gengivas. Seu vírus permanece latente nas células, podendo voltar quando houver uma queda de resistência dos tecidos. Para ambas existe medicação apropriada, curando-as em períodos de quatro a cinco dias, sem deixar cicatrizes.

A importância de tratá-las adequadamente está no fato de que podem se alastrar, tornando-se dolorosas e serem passadas em forma de infecção herpética ou tornarem-se lesões persistentes. Medicadas, aliviam os sintomas e reduzirem as probabilidades de retorno rápido, com pequena diminuição em seu ciclo. Para as aftas, a razão do tratamento é seu incômodo e no herpes o desconforto é sentido pela aparência, que a própria medicação tenta ocultar.

Tendo-as com freqüência e habituado a seu tratamento e conhecendo a medicação adequada, não há motivo para comparecer ao dentista, o que deve ocorrer se, passado o período normal de incubação, elas não regredirem ou ainda, aumentarem em quantidade e tamanho, o que pode sinalizar baixa resistência, outra razão a ser averiguada. Procure ter anotada esta e outras medicações em sua agenda, para não recorrer a palpites de balconistas.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

69PARA FAZER MIOESTIMULAÇÕES

Estímulos a partir de um aparelho eletrônico de ondas em alta ou baixa freqüência, miorelaxantes pela eliminação da tensão das fibras musculares. Sua ação é analgésica por produzirem endorfinas e encefalinas, além de produzirem despolarização das células nervosas, facilitando a drenagem das toxinas provenientes do metabolismo celular. As aplicações estão indicadas para tratamento de neuralgias faciais, disfunções da ATM, algias da musculatura envolvida na mastigação e contrações e espasmos musculares. Ajudam também na identificação de contatos prematuros entre os dentes e na busca da posição de repouso da mandíbula.

Na quase totalidade das pessoas, suas estimulações levam a um imediato relaxamento e, naqueles em que a dor é só de natureza física, sem componente psíquica, ha um alívio rápido e significativo, chegando-se à cura das disfunções faciais na maioria dos casos, inclusive nos casos de travamento, tirando a constrição dos maxilares, que limitam os movimentos mandibulares, por serem estes um sintoma passageiro.

Havendo indicação, não existe razão para sofrimento, principalmente porque as mioestimulações não doem, suas aplicações são rápidas e não requerem outros cuidados especiais, afora bons conhecimentos de seus princípios e funcionamento. O dentista a ser procurado para fazê-las pode ser o seu, desde que tenha o aparelho. Se não tiver, pergunte se seu caso estaria indicado para fazer mioestimulações e pergunte se ele conhece algum colega que tenha e que, por dominar a técnica, possa ser por ele indicado. Não requerem outras medicações e são acessíveis no tocante a valores.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

70PARA CORRIGIR UMA AGENESIA

A falta de um dente pode estar relacionada a uma alteração genética, pela qual o germe dental que daria origem à formação daquele dente não está presente, ou estando e não havendo desenvolvimento suficiente dos maxilares que lhe propiciasse o adequado espaço para sua erupção, não nasceram, permanecendo inclusos no osso ou semi-inclusos, mas não erupcionados em posição correta, tendo passado completamente o período para sua emergência. Algumas vezes o motivo relaciona-se à dureza do tecido ósseo da área em que está alojado, impedindo sua erupção e noutras a permanência exagerada dos dentes temporários fazendo com que outros dentes tomem os espaços, faltando, a este, lugar para nascimento.

Alternativas de tratamento são o fechamento deste espaço através do uso de aparelho ortodôntico, se o espaço resultante da falha for pequeno pode ser realizado o aumento das coroas dos dentes vizinhos através de resinas da cor do dente, desgastes nos dentes vizinhos e colocação de prótese convencional ou adesiva (com menos desgastes nos dentes que darão suporte) ou colocação de um implante no espaço da agenesia e reabilitação deste com uma prótese, sem tocar nos dentes adjacentes.

À exceção do tratamento ortodôntico, todas as alternativas devem ser realizadas após terminado o período de crescimento do portador da agenesia, para que alterações finais do desenvolvimento dos ossos da face não alterem o trabalho. O seu

dentista irá orientar e indicar, não só a melhor alternativa, o profissional indicado para executá-la, caso ele não seja especialista na área desta solução. Na passagem da infância para a adolescência é o período ideal para procurar as primeiras orientações para estes casos.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

71 PARA AVALIAR RECESSÃO GENGIVAL

Popularmente conhecida como retração da gengiva é decorrente da perda de osso que está logo abaixo da gengiva para ajudar na sustentação dos dentes, provocando um descarnamento e recuo de sua posição original. Pode estar relacionada à má higiene com conseqüente inflamação subgengival, que provoca a reabsorção do osso, por escovação muito intensa ou por escovas muito duras e ásperas, hábito de escovação exclusivamente horizontal, gengiva muito fina e pouco resistente, restaurações no colo do dente (região próxima de onde se insere a gengiva) ou trauma oclusal (pressão que lesa os tecidos dentários).

Naturalmente irreversível e com poucas chances corretivas, sendo enxertos de gengiva e preenchimento do espaço onde se encontrava o osso, as tentativas mais usuais. Nos casos em que a recessãoestá em fase de processamento por má higiene ou inflamação, a correção destes pode levar a um reposicionamento mais satisfatório da gengiva, se a doença não tiver atingido a fase avançada. A melhor alternativa é a prevenção ou tratamento na fase inicial da doença, antes que ela entre em processo irreversível.

Para isto é importante um acompanhamento em espaços de tempo nunca superiores a seis meses às pessoas com predisposição ao problema, que pode ser detectado pela constante presença de placa bacteriana decorrente de higienização inadequada ou insuficiente. Não só os com história de perda dos dentes nos pais, por motivo de doença periodontal, mas também todos que não têm o hábito regular da escovação de três a quatro vezes ao dia, com uma incluindo o fio dental, devem impor-se um controle rígido de placa bacteriana a partir dos trinta anos, visando evitar a perda precoce de alguns, ou de todos os dentes.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

72 PARA CORRIGIR ASSIMETRIA FACIAL

Normalmente, as partes de nosso corpo que se repetem costumam reproduzir tamanho e formato nos dois lados. Assim é com as orelhas, que devem ocupar posições diametralmente opostas, com o formato dos olhos, que reproduzem as mesmas formas, com as sobrancelhas, que para melhor harmonia estética devem ser iguais, com as maçãs do rosto que devem ter o mesmo volume, como deve acontecer também com nossos dentes e gengivas, que para comporem uma estética equilibrada, deveriam repetir, em posição, formato e tamanho, o correspondente do lado oposto, principalmente nos dentes da frente, que mais mostramos ao sorrir, mas que nem sempre acontece.

Com a evolução da cosmética dental, em que inclusive a cor dos diferentes dentes acompanha um padrão, são possíveis pequenas alterações corretivas de forma e posição dos dentes na busca de um todo que traduza equilíbrio harmonioso e que tenha como resultante um rosto com características de belo. Os elementos para estas modificações levam, inclusive, em consideração elementos da estética facial, bem como traços de personalidade dos pacientes, de modo que dentes são aumentados ou diminuídos em busca de uma aparência mais forte ou feminina, segundo vontade de seu possuidor.

Quem se sentir insatisfeito com seu todo facial, pode, além do cirurgião plástico, procurar um especialista em dentística restauradora, se seu dentista não atuar nesta área, que complementará sua aparência com um toque nos detalhes da convergência maior de todos os olhares: o seu sorriso.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

73 PARA TRATAR UMA ALVEOLITE

Acontece, normalmente, quando houve desintegração do coágulo de sangue que naturalmente se forma no interior do alvéolo (orifício onde estava o dente antes de uma extração). Costuma ser ocasionada por bochechos ou aspirações muito fortes no local da extração, pela própria pessoa, muitas vezes na boa intenção de manter o local mais limpo, quando o certo seria deixá-lo como está para que o próprio organismo tenha condições de repará-lo. Podem ocorrer, também, rompimentos dos pontos colocados para fechar o local, por mastigação indevida no mesmo ou, ainda, por ações tóxicas de drogas medicamentosas. Constatados por odor fétido, gosto ruim, dor ou edema, na maioria dos casos, de dois a quatro dias após a extração, podendo permanecer por dez a vinte dias.

A maioria dos dentistas pede a seus pacientes após extrações, que o visitem dois ou três dias depois para controle e sete a dez dias para retirada dos pontos. Alguns esquecem a visita de controle, que é justamente o período de risco, entendendo que o mais importante é a retirada dos pontos. Havendo suspeitas por coincidência dos sintomas característicos do problema procure o dentista.

Sempre o dentista que acompanha a saúde dental de uma pessoa é o mais indicado para fazer extrações, principalmente pelo fator confiança, exceto no caso dos sisos, quando um cirurgião pode ser o indicado. Na hipótese de uma alveolite, procure sempre o profissional que realizou a extração, em função deste saber detalhes de

como e em que condições a mesma se processou e se existe algum provável motivo para seu surgimento. Seu tratamento é rápido e fácil, pela interrupção do processo e restabelecimento do coágulo.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

74 PARA TROCAR UMA PRÓTESE

É sempre difícil para um dentista prever o tempo que uma prótese colocada pode permanecer na boca, em perfeitas condições de uso, inclusive porque existe uma variedade grande de alternativas, sendo as mais conhecidas a prótese fixa (cimentada aos dentes preparados), removível (presa com grampos), podendo estas duas serem unitárias (repondo um só dente) ou parciais (dois ou mais dentes) ou total (conhecida como dentadura) e, mais recentemente, a prótese sobre implantes, também por ter, cada uma delas, distintas características biológicas de comportamento e diferentes tipos de materiais para sua confecção, variando sua durabilidade.

Se uma ou mais raízes usadas para sua sustentação apresentarem problemas, que podem ser de canal, gengiva ou trauma, se mudou ou for ser mudada a prótese dos dentes que atuam no maxilar oposto, se o paciente adquirir bruxismo e forçar a prótese no período noturno, se quebrar alguma parte de sua estrutura de sustentação, entre uma série de outros problemas que podem acontecer, a prótese precisará ser revista, inclusive pelo bom tempo de uso que a mesma já apresentar, e pelo escurecimento natural dos dentes com a idade, ela precisará ser trocada.

Como em qualquer aparelho, não se deve esperar que estrague para providenciar conserto, pois este comportamento pode determinar sua condenação. Ao primeiro sinal de desajuste ou outra anormalidade, procure o dentista que a executou e relate seus sintomas. Na maioria dos casos, os consertos e reparos que podem ser feitos solucionam, algumas vezes com uma simples nova fixação. Outras, por falta desta, podem levar à sua perda definitiva. Nestes casos, procure colocar um tipo de prótese melhor e mais resistente.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

75 PARA CORRIGIR A LINHA DO SORRISO

Durante o ato de sorrir, nossos lábios apresentam uma curvatura, que devido a fatores hereditários ou de raça, deixam à mostra a gengiva, expondo mais os dentes

da arcada superior ou, em outros, mostrando mais os inferiores. De acordo com o tamanho da arcada em relação à largura dos lábios, ao sorrir alguns mostram só os dentes da frente outros mostram até o último dente.

Se dentes e gengivas forem bonitos, isto passa a ser uma vantagem para o sorriso. Se os dentes forem pequenos e as gengivas muito grandes, haverá prejuízo da estética facial. Caso os dentes sejam muito grandes e os lábios e gengivas nem tanto, no global, irão sobressair-se os dentes, tirando a harmonia do sorrir, dando conotação não espontânea. Estas e muitas outras determinantes para um sorriso que não satisfaça seu possuidor podem ser aprimoradas com algumas participações do dentista, tais como: reposicionar os dentes mais para dentro, baixando o lábio, diminuindo ou aumentando gengivas, dando proporcionalidade aos dentes, liberando alguns freios dos lábios, mudando o formato de alguns dentes, entre outras.

O ideal para a maioria dos casos é procurar o dentista na fase do crescimento, para estudar e decidir o que pode ser feito e, isso trazer os melhores resultados. O que não for de sua especialidade ele encaminhará ao especialista correspondente, para complementar a busca de uma melhor estética facial para seu sorriso. Tenha certeza de que a maioria das queixas quanto ao seu sorrir podem ser solucionadas pela moderna Odontologia e colocando-o no mundo dos satisfeitos com suas feições e movimentos faciais.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

76 PARA MELHORAR A MASTIGAÇÃO

A função da mastigação tem a participação coordenada de todos os elementos da boca, servidos pelos membros superiores. O processo inicia-se com os dentes incisivos que reduzem os alimentos em pedaços aptos à seqüência do procedimento, que continua com os pré-molares que, já com a boca fechada, iniciam a trituração dos alimentos. A etapa seguinte está destinada aos molares, que produzem uma trituração intensa e definitiva. Em todas as etapas ocorre uma participação importante da língua e das bochechas na manutenção dos alimentos em posição apropriada, além de glândulas que produzem líquidos importantes para preparar a ingestão do bolo alimentar resultante.

Para que esta função se realize a contento, é importante a presença de todos os dentes, bem posicionados, sem traumas de articulação, sem dores por cáries ou nas gengivas, por tártaro, de forma que o processo mastigatório se processe por inteiro, sem sobrecarregar o estômago com funções para as quais ele não foi desenvolvido. Para mastigar melhor é importante conhecer bem toda a dinâmica da mastigação na teoria, para controlar se, na prática, a estamos executando bem.

Isto seu dentista fará com detalhes, à medida que examina seus dentes, explicando-lhe por que cada um tem um formato característico e o porquê da posição de cada um deles. Estas perguntas e explicações são ótimas para sua próxima consulta de retorno em revisão. Para elas não há necessidade de buscar um especialista, a menos que a razão de suas dúvidas seja alguma disfunção do sistema mastigatório, que requeira a intervenção de um especialista que entenda bem de oclusão, normalmente os especialistas em ortodontia, prótese, periodontia ou implantodontia.

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77 PARA FAZER UM DIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

É a maneira de identificar alguma anomalia, problema, doença ou ferida na cavidade bucal. Constitui-se em ponto de partida ideal para qualquer início de tratamento. Pode ser feito direto no consultório, pelas evidências e sintomas, diferencial, comparando os sintomas das diversas afecções, ou definitivo, quando se adicionam aos primeiros os exames mandados realizar em laboratório patológico ou instituto radiográfico, que permitem confirmar os diagnósticos iniciais, desde a anamnese e radiografias. São importantes as anotações feitas na ficha do paciente, bem como a consulta e leitura das anteriormente anotadas.

Fazer bons diagnósticos sempre que se apresentar suspeita de alguma anormalidade é a melhor maneira de estar tranqüilo quanto a alguma necessidade imediata ou futura, afastando-se o risco de alguma emergência ou dor aguda futura. Todo tratamento feito com calma e cuidado sai mais barato e tem certamente melhores resultados se comparados com os de uma situação de emergência.

Normalmente, nas consultas anuais ou semestrais que toda pessoa deveria fazer regularmente com seu dentista, este pode fazer um exame global da boca, para afastar sempre qualquer possibilidade que possa resultar em necessidade de tratamento em curto prazo. Nestes, podem ser detectadas doenças não só dos dentes, mas também, e algumas vezes principalmente, dos tecidos moles que fazem parte da cavidade bucal. Vale para estes o mesmo que vale como máxima para os dentes: prevenir é sempre melhor do que remediar.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

78 PARA TRATAR DAS ESTOMATITES

São afecções, estados patológicos que além de atingirem o tecido gengival podem invadir parte da mucosa bucal. As mais comuns são: a aftosa (na presença de tártaro), áurica (pelo sabor metálico), eritematosa (coincide com a erupção de um dente), cremosa (conhecida como sapinho, pela falta de higiene bucal), gangrenosa (resultado de um debilitamento físico geral), medicamentosa (administração sistêmica de medicamentos), nicotínica (ocorrem no palato, pelo hábito de fumar), protética (sob as

próteses dentárias), sifilítica (manifestação da sífilis, transmitida por contato), dentre outras menos comuns. Os tratamentos são variados, normalmente em função da origem da doença, muitos deles simples, quando realizados logo após o surgimento da lesão.

Tratá-las logo é a maneira mais segura de impedir sua progressão ou propagação para outros órgãos. Assim que surgirem, procure observar bem suas alterações e sintomas, para relatá-los no momento da consulta, facilitando assim seu diagnóstico. Procure lembrar e relatar também mudanças de hábito recentes ou anormalidades acontecidas.

Evite medicação caseira ou de palpiteiros, que na maioria das vezes são paliativos, sem agirem no combate ao foco principal. Não brinque com sua saúde, expondo-se a soluções propostas por quem nunca estudou o assunto e não tem livros para recorrer, buscando identificar a origem do mal e seu adequado tratamento que, de acordo com a gravidade, pode ir além de uma simples medicação. Confie em quem mais entende de doenças da boca: o seu dentista, que em caso de algo mais grave, o encaminhará a um especialista, que seguramente resolverá o problema.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

79 PARA FAZER MENTOPLASTIA

Constitui-se de uma operação, feita por uma incisão no fundo da base dos dentes anteriores inferiores, com o objetivo de reduzir a saliência exagerada do mento, desde que não hajam problemas com a articulação envolvidos, caso em que esta deve ser feita após a reconstituição da articulação conseqüente à outra intervenção. Sendo somente o tamanho exagerado do mento, pode-se conseguir desta forma a sua redução em aproximadamente cinco milímetros e a reescultura do mesmo. Trata-se de procedimento simples, rápido e realizado em consultório dentário.

A reestruturação estética obtida por esta pequena redução é inacreditável por seus efeitos na composição da harmonia facial dos portadores deste problema, sendo muito melhor percebida e bem aceita por quem há muito luta para conviver com esta saliência. Estar de bem consigo mesmo não tem preço, principalmente quando os valores são pequenos, os riscos inexistentes e o intra e pós-operatório, indolores.

Seu dentista poderá ajudar-lhe indicando um cirurgião bucomaxilo facial, que é o especialista capacitado para realizar estas correções, depois de avaliar cada caso, documentando radiograficamente, fazendo medições, conhecendo sua idade óssea, analisando sua capacidade reparadora. Se você tem alguma dúvida quanto a resultados, peça para que ele lhe mostre fotos de outras pessoas de quem ele tenha corrigido este problema, comparando antes e depois, ou ainda, fazendo um molde de gesso de seu mento e nele fazendo as reduções que lhe darão uma idéia de como poderá ficar depois de realizada a intervenção.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

80 PARA VER SE TEMOS CÁRIES NOVAS

A cárie é uma destruição dos tecidos dentários que acontece desde a infância (cárie de mamadeira) até a velhice (cárie senil), com maior incidência na adolescência, justamente a fase da vida em que menos se escovam os dentes. Nesta, um descuido na higienização e se forma a placa dentária, com as bactérias que colaboram na sua formação se estabelecendo na forma de colônias prontas para o ataque na primeira região com esmalte débil ou desmineralizado. Estas são conhecidas como cáries incipientes ou cárie inicial, quando somente a cutícula do esmalte se alterou, possibilitando a invasão bacteriana, formando uma mancha branco-opaca, que visualmente interrompe a transparência uniforme do esmalte.

Fazendo consultas para ver se temos cáries novas, estas podem ser identificadas nesta fase inicial e, sendo tratadas, determinam menor necessidade de remoção de parte dos dentes, danificando-os menos, preservando-os mais e determinando um menor custo para o tratamento. Assim procedendo, as chances de algum dia virmos a perder um ou mais dentes, por terem cáries se alastrado em distintas partes do mesmo se reduz drasticamente, aumentando as chances de irmos até o fim da vida com todos os dentes, que deve ser o objetivo de todos os que se preocupam com a saúde do seu corpo.

O dentista mais indicado para avaliar novas cáries é o seu dentista de sempre, inclusive pelo fato de conhecendo onde costumam surgir suas cáries, pelas suas dificuldades de higienização, tem a vantagem de ir direto aos pontos críticos e por ter mais condições de lhe orientar quais são as regiões não higienizadas de acordo, onde podem surgir novas cáries.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

81 PARA TRATAR DE RESPIRAÇÃO BUCAL

É o hábito de respirar pela boca decorrente do desvio de septo, adenoide ou amígdalas, comum em pacientes com anomalias de posicionamento dos dentes não tratadas, que terminam por provocar uma ampliação da gengiva marginal que, em vista do problema, toma cor vermelho-brilhante e assume um arredondamento,

alterando visualmente ainda mais o sorriso e a posição de repouso. Esta conseqüência, nas gengivas, ocorre com edema e crescimento das papilas. Todos estes fatores juntos levam a um dessecamento da mucosa, reduzindo a resistência da mesma. O tratamento, de acordo com o caso, é a correção ortodôntica do problema, que se não completamente resolvido, pode requerer a participação de outros especialistas.

Afora as vantagens estéticas visíveis, existem as melhoras fonéticas e as do próprio aparelho respiratório, pela fisiologia da respiração ser mais adequada ao nariz. Vantagens importantes a considerar são as fonoaudiológicas, tanto que aos que se submeteram a tratamento é recomendado, depois deste, um encaminhamento a fonoaudiólogo, para a complementação da reabilitação e reeducação.

Seu dentista facilmente diagnosticará o problema e o encaminhará ao ortodontista, também conhecido como ortopedista facial, que são os especialistas indicados para a solução desta anomalia, que nos casos mais simples se corrigem com aparelhos móveis e, nos mais complexos, requerem aparelhos fixos. A idade ideal é tão logo se aperceba da dificuldade de respirar com a boca fechada, de forma a fazer um diagnóstico em tempo adequado e iniciar o tratamento assim que a idade óssea permitir ou for conveniente, inclusive como tentativa de solução com aparelhos móveis de uso noturno.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

82 PARA REMOVER UMA HIPERPLASIA

É uma proliferação anormal de células. A dental, que é a mais conhecida, acontece em pacientes que usam dentaduras que encaixam mal. Para começar, a pressão causa um corte que pela irritação constante, dá lugar a uma hiperplasia. Seu lugar mais comum é a crista alveolar, também acontecendo bastante no sulco vestibular. Uma alteração não tão comum, mas complexa na solução, é a hiperplasia do côndilo, um desvio lateral da mandíbula com desvio da arcada dentária inferior. O primeiro sintoma é o afastamento das arcadas no lado da lesão. A epitelial focal é uma infecção de origem viral que acontece em adolescentes, com elevações modulares múltiplas e moles. Outras são a fibrosa, conhecida como elefantíase gengival, que é um espessamento das gengivas, encobrindo todo ou quase todo o dente e a papilar inflamatória associada a próteses mal ajustadas, inflamando a área devido ao impacto do alimento entre as papilas. A maioria destas são solucionadas com pequenas intervenções, sendo algumas com possibilidade de recorrência.

Tratá-las é impedir, antes de tudo, que se alastrem e que continuem importunando seus portadores, às vezes com dor, outras pela aparência ruim. Mesmo as que não incomodam, pelo fato de serem resultantes de um crescimento anormal de células, devem ser observadas com atenção e alvo de correto diagnóstico, seguido de tratamento.

Como nem todas apresentam sintomas imediatos, muitas vezes seu surgimento já é a própria fase avançada, motivo pelo qual é sempre recomendada uma consulta

imediata ao seu dentista que, dependendo do caso, o encaminhará a um especialista, o periodontista ou cirurgião bucomaxilo facial.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

83 PARA TRATAR DE DISPLASIAS

São desenvolvimentos anormais, como a dentinária (dentes decíduos posteriores com alteração de cor), a ectodérmica (ausência de pelo e glândulas sudoríparas e sebáceas), as fibrosas (osso substituído por fibras, exclusiva do período de crescimento ósseo, podendo ser monocística ou poliostótica). A monocística é um fibroma com ossificação, mais comum em crianças e adultos jovens, nos quais podem ocorrer migrações dentárias, e a poliostótica é a em que vários ossos são comprometidos, sendo constituinte da síndrome de Albright, quando ocorre com pigmentação e deformidades. Por último, a odontogênica, quando os dentes não fazem sua erupção ou a fazem fora da cronologia, sempre depois do prazo normal, provocando, como conseqüência, uma deformação anatômica, com dentes pequenos, corados de marrom e moles.

Algumas, com tratamento adequado, solucionam-se com interrupção das causas, outras, somente com utilização de próteses, já que o mal não tem solução em si. Não deixar seqüelas é um dos objetivos, interromper sua progressão o outro. Feito o diagnóstico correto, normalmente diferencial, as alternativas de tratamento são bem definidas.

Como a maioria das displasias ocorre numa faixa etária aproximada, o dentista que normalmente costuma constatá-las é o odontopediatra, que é o especialista normalmente eleito para indicação quando quem está acompanhando o paciente é clínico geral. Como crianças e adolescentes não têm o hábito de relatar este tipo de problemas, os pais devem estar atentos ao aparecimento de desenvolvimentos anormais, pelas manifestações descritas em cada uma delas.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

84 PARA CIRURGIAS DECORRENTES DE TRAUMA

Traumatismo é uma forma de lesão física conseqüente a um impacto sobre o corpo, na região da face, neste caso chamadas de lesões de ordem traumática da área bucomaxilo facial, para caracterizar atendimento odontológico. As lesões são chamadas traumáticas e no caso de não haver solução de continuidade na pele lesionada, recebem o nome de contusão. No caso destas, ocorrerão sempre internamente. As mais comuns decorrem de acidentes automobilísticos, do trabalho, da prática de esportes, resultantes de quedas ou brigas, além de outros tipos de golpes incidentes na região da face. A reabilitação é, na maioria das vezes, através de cirurgia corretiva.

Na maioria dos traumas por acidentes, o atendimento visa à reabilitação funcional e estética do paciente, tanto a nível de tecido ósseo como nos tecidos moles, com reposicionamento dos tecidos e recomposição de eventuais partes perdidas. As intervenções desta natureza quase sempre brindam soluções satisfatórias, salvo casos de grandes perdas ou atraso no atendimento e perdas significativas de tecidos, casos em que enxertos são uma solução.

Quase todos os traumas requerem atendimento imediato. Os de maiores extensões, a nível hospitalar, e os demais em ambiente de consultório. Nos consultórios os que se solucionam com anestesia local e em ambiente hospitalar, os que demandem anestesia geral ou complementação cirúrgica na forma de equipe multi-profissional, para atendimento cirúrgico em outras áreas. Acidentados com complexidade devem sempre ser conduzidos a hospitais com serviço de bucomaxilo e os sem gravidade maior, dirigidos ao dentista do paciente que, de acordo com o caso, fará a indicação necessária.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

85 PARA AVALIAR SANGRAMENTO GENGIVAL

Vários são os processos que o originam, podendo ocorrer em função de inflamações, ulcerações do epitélio sulcular (fenda entre a gengiva e o esmalte do dente), periodontopatias (doenças nos tecidos ao redor dos dentes), doença de Gaucher (variação de pigmentação devida à substituição do tecido medular), além de outras causas gerais do tipo trauma, tumor, deficiências de vitaminas, hemofilia, hipertensão, entre outras. Identificada a origem, que na maioria das vezes está associada a maus hábitos ou deficiência na higienização, o caminho está aberto para o adequado tratamento, que muitas vezes dependerá do próprio paciente para sua manutenção e impedimento do retorno do mal, com conseqüente sangramento.

Gengivas sadias, higiene supra e subgengival, são garantias de bons dentes por muitos anos e seu inverso, a certeza de problemas e necessidade de tratamento em poucos anos. Salvo as conseqüentes de outras doenças, a maioria das decorrentes exclusivamente de problemas bucais, poderia ter sido evitada se houvesse acontecido

prevenção, na forma simples de uma boa e completa higiene oral, que é, sem dúvida, a maneira mais econômica e inteligente de se evitar este tipo de problema.

Nos primeiros sinais de sangramento gengival, consulte o seu dentista, que procurará identificar a verdadeira causa e, de acordo com esta, indicar-lhe o tratamento adequado ou ainda, se for o caso de doença já estabelecida e avançada, lhe indicará um especialista, no caso o periodontista, que é um dentista especializado no tratamento de gengivas e em desenvolver programas de controle para a saúde das gengivas.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

86 PARA TRATAR LESÕES BUCAIS

São mudanças decorrentes de alterações anatômicas ou nos próprios tecidos da boca, com variadas formas de acontecimento no âmbito da Odontologia. As mais comuns são: depressiva (constituem as úlceras), elevadas (quando a superfície está acima do plano normal da mucosa), fibróssea (substituição normal por tecido fibroso), plana (no mesmo nível da mucosa), brancas (aspecto esbranquiçado na língua ou nas bochechas), radiolúcidas (cerca de cinqüenta tipos de lesões que permitem a passagem dos raios-x), radiopacas (cerca de quinze lesões identificadas por oferecerem resistência à passagem dos raios-x) e as lesões vesiculosas (de origem virótica ou alérgica, na forma de pequenas bolsas de líquido). Por terem tratamentos muito variados, somente consulta ao dentista para correto diagnóstico poderá determiná-los.

Algumas tem ciclo curto, que pode ser abreviado por prescrição medicamentosa; outras, apresentam dor e sensibilidade que incomodam e, se tratadas, elimina-se a dor. Por vezes, a participação do dentista, indicando adesivos de superfície e aplicações discretas de anestésicos tópicos, colaboram no enfrentamento típico do mal-estar causado pelas lesões, enquanto sua causa está sendo tratada.

A quase totalidade das lesões bucais tem tratamento pelo próprio dentista clínico geral que lhe atende, inclusive porque com acompanhamento, a maioria delas tem tratamento rápido e simples. Algumas poucas, mais complexas, podem requerer exames para um diagnóstico mais apropriado e tratamento cirúrgico que, dependendo do caso, pode ser feito pelo seu dentista, noutros, encaminhados ao patologista e cirurgião bucomaxilo facial.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

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PARA FAZER UMA OSTEOSSÍNTESE

São realizadas para suturar diretamente os fragmentos decorrentes de uma fratura. Podem ser feitas por intermédio de utilização de fios metálicos, chamada de osteossíntese metálica, ou com o uso de placas metálicas, quando são empregadas placas de metal com perfurações para colaborar na soldadura de fraturas, com perda de pedaços do osso e que, por isso, necessitam de estabilização para sua reconstituição. No caso do uso de fios, sua escolha se deve ao fato de ser difícil a redução por aproximação de grande número de fragmentos. Em ambos os casos a via de acesso é pelo bordo inferior da mandíbula, fazendo-se perfurações no osso para passagem dos fios ou colocação de parafusos.

Este tipo de tratamento tem como finalidade primeira colaborar com a soldadura óssea, tal qual a que acontece com o gesso nas fraturas de pernas ou braços, buscando-se, pela imobilização, o favorecimento para as condições de união ideal dos ossos que se pretende unir e que, por seus fragmentos, dificilmente atingiriam bons resultados sem fios e placas.

Sempre realizadas por cirurgiões bucomaxilo faciais que, para sua maior segurança e tranqüilidade, podem ser de indicação de seu dentista e, caso entenda oportuno, este poderá participar da intervenção como assistente-auxiliar. Para diminuir o temor à idéia agressiva de colocação de fios e placas, convém lembrar que o tecido ósseo não tem enervações sensitivas, como o tecido mucoso, e portanto, não resulta em dor, quer no ato da colocação, quer no período que estes e estas permanecerem até a completa consolidação do osso fraturado, não havendo, assim, necessidade de temor para estes tratamentos.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

88 PARA TRATAR DA MALOCLUSÃO

Também chamada de má-oclusão, é decorrente de uma relação anormal dos maxilares superior e inferior, afetando a oclusão, que é o correto posicionamento dos dentes no ato de abrir e fechar a boca, tanto para falar como para mastigar, ou ainda em busca da posição de repouso. Podem ser antero-posteriores, vertical ou transversal, segundo as direções, e classificadas em dental, esquelética e combinada ou funcional, de acordo com as áreas. Todas tem inúmeras classes e sub-classes, que somente um profissional competente e estudioso será capaz de identificar para melhor tratar.

As maloclusões geram disfunções e, em muitos casos, dores e problemas na articulação temporo mandibular que, com o tempo, podem inclusive alastrar-se para dores de ouvido e enxaquecas, sendo seu tratamento uma maneira de eliminar ou

prevenir dores que, muitas vezes, trazem desconforto extremo, por serem constantes e prolongadas, embora não intensas ou agudas na sua fase inicial.

Muitas vezes, ou quase sempre, é difícil para o leigo identificar um problema relacionado à maloclusão e quando a dor aparece já é sinal de que o mal já está instalado, a ponto de prejudicar o bom funcionamento da articulação. Por este motivo é importante, na adolescência e início da idade adulta, uma análise específica, para avaliar se os fatores de oclusão estão em ordem. Normalmente, os dentistas que mais entendem de oclusão e maloclusão são os ortodontistas, os protesistas, os periodontistas e os implantodontistas, que serão as especialidades indicadas para o tratamento, pelo seu dentista, caso ele não seja um estudioso da oclusão.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

89 PARA AVALIAR SÍNDROMES

Também conhecidas por síndroma ou síndromo, são os conjuntos de sintomas de uma doença, que aparecem ao mesmo tempo e que se referem a um mesmo mecanismo, ainda que dependentes de causas diversas, mas sinalizando uma determinada enfermidade. Somente as com manifestação na cavidade bucal, em número superior a duzentas, têm sua importância por permitirem identificação de uma série de doenças, em diferentes partes do corpo, pela atenta observação de suas manifestações, desde que munidos de um bom e organizado volume de informações e sinonímias das síndromes.

Entre as vantagens de seu conhecimento, uma é colaborar com o paciente no diagnóstico de alguma enfermidade, principalmente quando ele nem imagina que a possua e, como tal, somente quando esta viesse a se manifestar na fase aguda, pudesse ser motivo de tratamento, em muitos casos, numa situação tardia ou com menores chances de cura. Outra é colaborar com o próprio médico do paciente, fornecendo-lhe elementos importantes para o encaminhamento do diagnóstico.

Dificilmente um paciente é levado a visitar um consultório dentário para identificação de alguma síndrome, também pelo fato do desconhecimento que muitos tem das informações que poderiam levar à sua identificação, pois somente este ano é que estará sendo lançado o primeiro livro específico sobre síndromes com manifestação na cavidade oral, que permitirá aos dentistas terem uma fonte de consulta, para, nos casos de dúvida, buscarem nos sintomas, um correto diagnóstico e encaminhar para tratamento.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

90 PARA TRATAR ODONTOMAS

Os tumores que têm em sua origem uma relação com o sistema dentário são chamados de odontomas e podem ser simples ou compostos. Suas causas estão ligadas à proliferação de células que, quando se formam por mais de um tipo de tecido, são denominados odontomas compostos. Existem vários e a título de identificação os principais são: ameloblástico (também chamados de fibro-odontomas), cístico (composto por tecido dentário duro), complexo (massa de tecido duro), geminado (dentes gêmeos), mole (misto de tecido epitelial e conjuntivo), odontoblástico (devido a um atraso na erupção), coronários (hipertrofia do esmalte), dentre outros. Seu tratamento é a excisão cirúrgica (retirada).

Uma das vantagens de sua retirada é que os odontomas eliminados não retornam. Outra é evitar que atinjam grande volume, já que, nestes casos, podem fragilizar as estruturas, com possibilidade de fratura óssea, que viria a ser um dos seus riscos. Não apresentam grandes perigos, desde que identificados em tempo hábil e extirpados.

Em sua maioria, são descobertos por radiografias, razão pela qual sempre que for feito algum tratamento que as necessite, as radiografias devem ser também analisadas com a intenção de verificar a existência de algum odontoma, visto como uma massa radiopaca irregular, com pequenas formações opacas em seu interior. Nos casos de suspeita, seu dentista o encaminhará para um cirurgião bucomaxilo facial, que é o especialista mais preparado para lidar com este tipo de diagnóstico e, na seqüência, promover sua remoção. Nos casos de dúvida no tocante à interpretação das radiografias, este o encaminhará para um radiologista, que é especialista em fazer diagnósticos radiológicos.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

91 PARA MELHORAR A AUTO-ESTIMA

Diz respeito ao gostar de nós mesmos, de nosso corpo, de nosso rosto, de nosso sorriso. Participa na composição de nosso estado psicológico, do momento que estamos vivendo e da disposição que estamos tendo para com o enfrentamento das coisas da nossa vida, do nosso dia-a-dia. Quando estamos satisfeitos com o que temos e somos, a vida parece fluir mais solta, mais leve. Ao contrário, se temos algo que nos desagrada ou aborrece, perdemos um pouco o gosto pelas coisas, a vida parece que não anda. Colaboram para a auto-estima, principalmente, os detalhes com que

convivemos. Por exemplo, uma mancha nas costas não nos aborrece tanto como uma fratura em um dente da frente.

Ter dentes bonitos e sadios é boa maneira de melhorarmos nosso grau de satisfação conosco mesmos, de nos fazer gostar mais de nossa aparência, de nos deixar mais seguros para enfrentarmos as situações que envolvam inter-relacionamento com outras pessoas, principalmente se forem estranhos. Irritamo-nos por alguma dor nas gengivas, alguma ferida bucal ou por ter perdido um dia de trabalho por dor de dentes, faz-nos ter um sentimento de ira para com nosso corpo, que é a perda temporária da auto-estima.

Para que isto não aconteça ou se estiver acontecendo, procure seu dentista, relate a origem de seu descontentamento e combine com ele uma maneira de tratar. Mesmo que você não possa fazê-lo no momento, peça para que ele lhe parcele o tratamento, pois com a auto-estima em alta, nosso desempenho melhora e nosso rendimento também, abrindo possibilidade para mais trabalho e novos ganhos. Se não for seu caso, pelo menos, dias de trabalho não irá perder, ou perder seu emprego pelas faltas e pela falta de auto-estima.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

92 PARA CORRIGIR FISSURA DO LÁBIO

Uma fissura labial está presente quando não acontece a união e o completo fechamento do osso e dos tecidos moles na região frontal do palato. Pode ocorrer em diferentes graus, podendo a fenda ser só nos lábios e, noutros casos, estendendo-se a abertura por todo o palato. Afora as deficiências estéticas, outros problemas estão envolvidos, tais como limitação fonética, ressonância nasal, incapacidade para ocluir corretamente os dentes e, como conseqüencia, dificuldade para impedir o escapamento de ar pelo nariz. O tratamento pode ser cirúrgico ou através de prótese. Para a cirurgia, é importante que já tenha ocorrido o crescimento do maxilar superior a prótese separe a cavidade bucal da nasal.

Mesmo não detendo o desenvolvimento, a prótese é usada para ajudar na estética e nas funções da linguagem, além de permitir uma oclusão dentária funcional, com reabilitação, inclusive psicológica, dos pacientes na estética, na fala e na mastigação, reintegrando-os ao convívio social.

A decisão por prótese ou cirurgia só deve se tomada por equipe de profissionais experientes e capacitados neste tipo de lesão, como a existente na Faculdade de Odontologia de Bauru e, com a colaboração desta, em outros centros de algumas outras cidades do país, onde também é feito tratamento integral, com estudo de cada caso individualmente, pelos distintos e diferentes graus do problema e com indicação de toda a seqüência de tratamento, desde a preparação até a solução definitiva, inclusive com acompanhamento psicológico e orientação aos pais no tocante à melhor maneira de ajudar o portador.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

93 PARA TRATAR OSTEOMIELITES

Osteomielite é uma inflamação do osso, originada na medula, estendendo-se até a parte esponjosa e difundindo-se pelos demais tecidos constituintes do osso. Normalmente produzida por um estafilococo hemolítico. Por via sanguínea, estende-se a ossos sãos como dentes, seios maxilares, alvéolos e tecidos moles ao redor dos dentes. Provocam um tipo de necrose química e traumatismo externo no osso afetado, além de processos infecciosos concomitantes. Seus sintomas são muito parecidos com os de uma infecção aguda, com dor, elevação de temperatura e mal-estar. Os dentes doem e amolecem pela destruição óssea, com exsudato purulento. Seu tratamento se faz com penicilina e ingestão abundante de líquidos.

Por tratar-se de doença grave, no estado agudo o paciente deve ser hospitalizado, donde se conclui ser um problema que não permite esperas e sim ação rápida e segura. Inclusive, para que o portador receba uma dieta hipercalórica e hiperprotéica, além de uma drenagem cirúrgica até que o tecido morto seja extirpado.

Pelo fato de, algumas vezes, seu diagnóstico poder ser confundido com uma infecção aguda, é recomendado que se procure imediatamente o dentista (não ir diretamente ao hospital, porque um leigo pode confundi-la com infecção aguda) e relatando a este todos os sintomas, para que faça o diagnóstico correto e encaminhe a um hospital, com presença de cirurgião bucomaxilo facial, para acompanhamento da parte bucal da doença, inclusive porque não é recomendado fazer curetagem para extirpação dos seqüestros (fragmentos ósseos mortificados) nos consultórios.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

94 PARA FAZER ODONTOSSÍNTESE

Fraturas são rupturas ou rachaduras do osso que podem ser causadas por traumatismo, carência de certos minerais no sangue ou terem a colaboração de algum tumor. Em alguns casos, ocorre em conseqüência da conjunção destes três fatores. Podem acontecer por pressão, tração, flexão ou por torção. Os sintomas mais comuns são dor aguda, deformação na região, inchaço, que pode acontecer com ou sem hemorragia, de acordo com a origem e a causa da fratura, entre outros. Seu

tratamento se dá através de uma odontossíntese, que é o procedimento utilizado para imobilizar uma fratura da mandíbula. Conhecida também com termos de mais fácil entendimento, tais como: amarria, ligadura e amarragem, pode ser horizontal (feita só na mandíbula) ou vertical (quando se une esta à maxila).

Considerado o método mais simples e de mais fácil realização, com a vantagem de não impedir que a pessoa trabalhe ou tenha convívio social, porque permite mastigar e falar normalmente. Usam-se fios de aço inoxidável e anéis de borracha. Não traumatiza e permite o restabelecimento da oclusão normal, inclusive deglutir sem limitações.

As medidas preventivas a sua ocorrência são exames de sangue para identificar alguma fragilidade e exames para diagnosticar algum tumor. Isto é o que pode fazer o seu dentista, além de o encaminhar a um bom especialista em cirurgia e traumatologia bucomaxilo facial, que é o indicado para este tipo de atendimento, que na maioria dos casos deve ser feito imediatamente após a constatação da fratura, evitando, desta maneira, que o problema se acentue ou se agrave, com aumento da fratura ou dificultando a sua completa consolidação, que normalmente costuma acontecer, sem deixar vestígios ou seqüelas.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

95 PARA TRATAR GRANULOMAS

Granulomas são tumores, com formação a partir de tecido conjuntivo, apresentando um nódulo inflamatório, caracterizando-se por outras reações teciduais que podem ser observadas na cavidade bucal. Surgem sempre em decorrência de um processo inflamatório com uma irritação associada, às vezes como conseqüência de alterações do estado geral. Dentre vários, os mais comuns são: abscedado (pus na parte central), cístico (encapsulado), dentário (extensão da inflamação pulpar), epiteliado (ilhotas de tecido), infeccioso (lesão crônica), letal mediano (começa no palato, é letal), maligno (nariz e seios dos maxilares, é letal), perirradicular (nódulo inflamatório) e reparador de células (pré-molares e molares na mandíbula).

Em virtude de alguns serem um pré-câncer, como o do dorso da língua ou letais como o mediano e o maligno, é importante estar atento ao seu surgimento. Não correr riscos desnecessários é a melhor postura com relação aos granulomas. Para motivar-se ao seu cuidado, alguns são benignos e, extirpados, não voltam mais. Outros precisam acompanhamento periódico, mesmo após a cirurgia.

Qualquer anormalidade suspeita, deve ser motivo para um exame bucal, que deve ser feito por seu dentista, que fará a primeira avaliação e, de acordo com o caso, poderá encaminhar para exame radiográfico completo e para diagnóstico especializado, ambos podendo ser feitos pelo especialista em radiologia. Sendo necessária intervenção, esta é realizada pelo cirurgião bucomaxilo facial, que é o especialista nesta área, acostumado a tratar de problemas desta natureza, com bons resultados.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

96 PARA EXTIRPAR FIBROMA

Também são tumores, só que têm como característica serem benignos, delimitados e formados por tecido conjuntivo. Os moles tem maior vascularidade e fibras colágenas soltas. Podem também ter consistência dura, ser brancos ou cinzentos. Ambos são comuns na cavidade bucal, sendo os mais conhecidos: ameloblástico (geralmente com um dente impactado), cementificante (raro, não relacionado com o ápice), central (no maxilar ou na mandíbula, de cor branco-acinzentada), de irritação (é o mais comum da mucosa oral, em resposta a alguma irritação local), odontogênico (lembra um cisto dentário, assintomático) e o periférico (localiza-se na gengiva, com calcificação). Os moles localizam-se mais nas bochechas e os duros mais no rebordo alveolar e espaço interdental.

Características vantajosas com relação ao seu tratamento são o fato de serem benignos, de crescimento lento e que podem alcançar grande tamanho sem alterar a benignidade. Normalmente bem localizados, tem excisão fácil e normalmente definitiva. Tem origens simples, como por exemplo, o hábito de morder os lábios ou por alguma outra irritação local, que bem podem ser evitadas ou tratadas, antes de virarem fibromas.

Muitos deles ocorrem na faixa de dez a vinte anos, sendo importante estar atento a anormalidades, de forma a detectá-los, possibilitando assim seu tratamento ou excisão. Por não terem maiores comprometimentos, seu diagnóstico e tratamento pode ser feito por dentista com elementos para identificá-lo e vivência cirúrgica para sua extirpação, que normalmente costuma ser simples e rápida, sem remanescente de dor, além de pós-operatório sem maiores inconvenientes.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

97 PARA ACERTAR A DIMENSÃO VERTICAL

É a altura entre as zonas das mandíbulas que sustentam os dentes naturais, conhecidas como rebordos alveolares, quando os músculos elevadores e abaixadores estão em equilíbrio. Pode ser dividida em dimensão vertical de oclusão (a separação vertical dos maxilares, quando os dentes se acham em contato oclusal) e dimensão vertical de repouso, também conhecida como fisiológica (a separação entre os maxilares quando os músculos elevadores e abaixadores se encontram em estado de equilíbrio). Para se ter uma oclusão equilibrada, as faces oclusais dos dentes devem entrar em contato simultâneo em toda a arcada, com a carga distribuída proporcionalmente por todos os dentes, sendo importante que não ocorra exagero prejudicial em nenhuma parte. Para se ter a oclusão cêntrica, o contato deve ser total e simultâneo, com os dentes em repouso.

Estes conceitos são importantes porque permitem confeccionar uma prótese com o maior número possível de elementos e registros, condição esta que possibilita a realização de próteses dentro dos conceitos da normalidade de funções. Estes elementos são alvo de medições e transferidos para um articulador onde dentista e protético farão os ajustes necessários para a confecção de uma prótese que tenha como vantagem o fato de ter sido simulada em seus movimentos, como acontecem na boca.

Por esta razão, é importante quando precisar de uma prótese, principalmente quando envolver um número maior de dentes, nas duas arcadas, para que a parte fisiológica da sua mastigação não seja alterada, levando a uma maloclusão, que o especialista escolhido para estas próteses mais amplas, conhecidas como reabilitação bucal, seja o protesista.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

98 PARA CORRIGIR DISFUNÇÃO CRÂNIO FACIAL

São fraturas que provocam uma separação entre o terço superior médio da face e a base do crânio. Acontecendo deslocamento para baixo e apresentando inclinação para trás, a parte fraturada faz com que somente os dentes posteriores se toquem, deixando os anteriores sem contato, problema conhecido na Odontologia como mordida aberta. Normalmente o maxilar é comprometido, mas o corpo do maxilar fratura menos do que o nariz. O traumatismo direto em acidentes de automóvel, quando o corpo é projetado para frente, lançado de encontro ao volante, é o maior causador.

O procedimento é reduzir a fratura, objetivando um acercamento das partes fraturadas para consolidação dentro de um alinhamento dentário, buscando uma oclusão normal. Às vezes usa-se algum tipo de fixação intermaxilar, para promover a tração do maxilar fragmentado ou fraturado. As disfunções podem ser alta, tipo Lefort I (quando acima do osso malar) ou baixa, tipo Lefort II (quando abaixo do osso malar).

Estas correções são complexas, pois envolvem não somente a fase cirúrgica como também, a parte de reabilitação da disfunção, motivo pelo qual devem ser resultado de estudo para correto encaminhamento, a fim de que os resultados fiquem dentro do esperado e atinjam as finalidades propostas no planejamento cirúrgico. Normalmente,

os dentistas costumam encaminhar este tipo de tratamento para cirurgiões experientes e com casuística grande em situações similares, de forma que os riscos sejam mínimos e os resultados compensadores, pela amplitude do trabalho realizado e seu envolvimento, quer da parte do profissional, quer da do paciente.RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

99 PARA TRATAR DE LUXAÇÕES

Luxação é o resultado de deslocamento da articulação, também conhecidos como deslocamento da mandíbula, por uma desarticulação durante a realização de extrações dentárias. Podem ser mandibulares ou temporomandibular. A mandibular dá-se no sentido posterior e é mais comum de acontecer em pacientes de sexo feminino, quando o côndilo se desloca sob o orifício do conduto auditivo externo, o que é facilmente constatável pela apalpação. Como resultado, as arcadas ficam cerradas. A temporomandibular, normalmente por abertura exagerada da boca, muitas vezes durante tratamento dentário, provocando afastamento do côndilo, afrouxando a cápsula da articulação. Com isto, o paciente não consegue fechar a boca.

Em ambas o tratamento é basicamente a técnica de recolocação do côndilo no seu devido lugar, o que requer conhecimento de anatomia e dos lugares exatos em que as pressões devem ser exercidas, bem como que movimentos e em que momento, devem ser realizados. Num primeiro momento a situação é desagradável para profissional e paciente, mais pelo inusitado e pela situação que se cria, se bem que o reposicionamento é simples e, retornado o maxilar do paciente à posição original, nenhuma alteração permanece e nenhuma outra providência se faz necessária.

Para os dentistas, não chega a ser uma situação complicada, pelo fato de terem estudado este tipo de problema e saberem como agir, além de que nada de anormal resultará desta situação, inclusive por já a terem acompanhado nos atendimentos de faculdade e no relato clínico de colegas que já tenham passado por ela antes. RIBEIRO, AI. 100 Motivos para ir ao Dentista – www.odontex.com.br – 1ª – 2001

100 PARA CORRIGIR MAUS HÁBITOS

Excetuando-se os decorrentes de problemas relacionados com vícios mastigatórios, que terminam por causar gengivites, existem outros que são adquiridos espontaneamente ou por influências para vícios e manias, tais como: morder os lábios sistematicamente, roer unhas, cortar fios e fitas com os dentes por preguiça de buscar um instrumento apropriado, colocar pregos ou parafusos na boca, mastigação de diversos objetos como lápis, lapiseiras e canetas, abrir garrafas com os dentes e outros menos comuns. As conseqüências para estas anormalidades são problemas na oclusão dos dentes, fraturas, quedas de restaurações, além de algumas lesões crônicas.

O procedimento ideal é um interrogatório hábil para identificação do tipo de mau hábito e uma explanação detalhada dos malefícios daquele tipo particular de mau hábito junto à dentição, seus riscos e prejuízos decorrentes, já que levam a lesões de difícil identificação e tratamentos diferenciados. Alguns terminam por trazer conseqüências em outras partes do corpo, como o de segurar pregos na boca, por misturar-se com a saliva ingerida continuamente pelo organismo adentro, outros podem causar conseqüências a longo prazo, como o mastigar lápis, que no futuro poderá ser uma das causas de problemas no ligamento periodontal.

O seu dentista deve ser informado, para o seu bem, de seus maus hábitos, quando existentes, para não ser confundido ao tentar identificar alguma doença e não encontrar razão lógica para a mesma. Na pior das hipóteses ele tentará lhe ajudar, alertando-o e estimulando-o a desvincular-se destes, como um motivador e como pessoa interessada na sua saúde, como um todo.

OUTROS MOTIVOS PARA VISITAR

SEU DENTISTA

101. Para dizer-lhe que seu tratamento ficou bom102. Para não faltar ao trabalho103. Para marcar uma consulta104. Para avisar sua mudança de endereço105. Para mostrar o quanto você melhorou106. Para dizer que aquele medicamento deu certo107. Para pedir orientação108. Para pegar uma receita109. Para pedir um orçamento110. Para pedir um prazo melhor111. Para indicar-lhe um paciente112. Para desmistificá-lo às crianças113. Para levar os filhos114. Para sugerir-lhe uma mudança115. Para apresentar-lhe uma candidata a atendente116. Para convidá-lo a dar uma palestra117. Para conhecer o novo vizinho118. Para levar-lhe uma matéria sobre Odontologia

119. Para pagar tratamentos120. Para indicar-lhe uma diarista121. Para apresentá-lo a um amigo122. Para cumprimentá-lo por seu aniversário123. Para demonstrar solidariedade124. Para convidá-lo a entrar para o clube125. Para conseguir material de trabalho para a escola126. Para avisar que seu telefone mudou127. Para fazer-lhe uma surpresa128. Para prevenir-lhe de algum problema129. Para apresentar um amigo130. Para alertar-lhe quanto a algum perigo131. Para conhecer seu consultório novo132. Para avisar que sua placa tem um defeito133. Para cumprimentá-lo pelo dia do dentista (25/10)134. Para levar-lhe um presente135. Para mostrar-lhe um folheto de outro dentista136. Para denunciar falta ética de algum colega137. Para esclarecer dúvidas138. Para marcar uma pescaria139. Para oferecer seus serviços140. Para dar-lhe uma boa idéia141. Para conhecer sua secretária nova142. Para marcar uma consulta143. Para convidá-lo para uma festa144. Para informar o número do seu celular145. Para consultá-lo sobre uma plástica 146. Para estimular um filho a seguir Odontologia147. Para comentar que lhe fizeram um preço melhor148. Para ficar mais seu amigo149. Para presentear-lhe com um livro150. Para pedir opinião sobre este livro