morrendo de rir

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Page 1: Morrendo de rir
Page 2: Morrendo de rir

© by Luciana Savaget

Direitos de edição da obra em língua portuguesa adquiridos pela Todos os direitos

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Rua Nova Jerusalém, 345 — CEP 21042-235Bonsucesso — Rio de Janeiro — RJTel.: (21) 3882-8200 fax: (21) 3882-8212/8313

Izabel AleixoDaniele Cajueiro

Ligia Barreto Gonçalves

Este livro foi impresso no Rio de Janeiro em setembro de 2012,

2, e o da capa é cartão 250g/m2.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ.

S277mSavaget, LucianaMorrendo de rir / Luciana Savaget ; ilustrações de Maurício Veneza. – 2.ed. – Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 201132p.; il.

ISBN 978.85.209.1927-9

1. Literatura infantojuvenil. I. Veneza, Maurício. II. Título.

CDD 028.5CDU 087.5

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Em janeiro de 1962, numa aldeia chamada Kashasha, na Tanzânia, África, três alunas de um internato tiveram um incontrolável e inexplicável acesso de riso. Em poucas horas, metade das estudantes estava às gargalhadas. O colégio chegou a ser interditado por cinco meses.

As risadas não se restringiram aos corredores da escola. Tal como uma versão cômica e benigna de um vírus terrível, o surto espalhou-se rapidamente por algumas regiões do país. Logo outras cidades da Tanzânia estavam sofrendo com a contaminação.

A epidemia foi controlada dois anos depois, em junho de 1964. Só na cidade de Nshamba, 2% da população contraíram o riso incontrolável.

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Imagine, apenas por um segundo, uma coisa dessas numa cidade como São Paulo, que conta com mais de dez milhões de habitantes. Nada menos que duzentos mil paulistanos estariam se contorcendo de tanto rir.

E só foi possível acabar com a crise porque as autoridades locais submeteram as cidades à quarentena. Ninguém podia entrar ou sair dos lugares atingidos enquanto houvesse alguém gargalhando.

Sem achar a menor graça naquilo tudo, cientistas investigaram a possibilidade de ser uma encefalite coletiva ou mesmo alguma reação tóxica... Todos os resultados foram negativos. A conclusão dos estudiosos foi dada pela velha e boa psicologia: um surto de histeria.

O que se sabe de concreto é que as gargalhadas desapareceram tão inexplicavelmente como surgiram.

A história que eu vou contar se baseia nesses fatos reais.

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Psiu! Você aí... Fique parado, não se mexa, não olhe para os lados. Um pequeno deslize e você se contamina, porque esta história é sobre uma epidemia completamente desconhecida da ciência — e de matar de rir. O surto está enlouquecendo os moradores da pequena Arusha, uma cidade ao norte da Tanzânia, na África, considerada a capital dos safáris e localizada abaixo do monte Meru, o segundo pico mais alto do país.

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Era manhã, época de baixa temporada. Tudo começou com três meninas bem jovens que caíram na gargalhada. Até aí nada de mais. Acontece que o riso foi tão contagiante que, das 159 alunas do principal colégio da cidade, 95 foram atingidas, e o que parecia brincadeira acabou se transformando numa onda incontrolável de risadas.