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ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA PAULA ELIS DE SOUSA QUEIROZ INTOXICAÇÃO EXÓGENA: Cuidados de enfermagem no atendimento de emergência Salvador-Bahia 2010

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ATUALIZA ASSOCIAÇÃO CULTURAL PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU EM ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIA

PAULA ELIS DE SOUSA QUEIROZ

INTOXICAÇÃO EXÓGENA:

Cuidados de enfermagem no atendimento de emergência

Salvador-Bahia

2010

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PAULA ELIS DE SOUSA QUEIROZ

INTOXICAÇÃO EXÓGENA:

Cuidados de enfermagem no atendimento de emergência

Monografia apresentada à Atualiza Associação Cultural, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Emergência, sob a orientação do professor Fernando Reis do Espírito Santo.

Salvador-Bahia

2010

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Q384i Queiroz, Paula Elis de Sousa

Intoxicação exógena: cuidados de enfermagem no atendimento de emergência / Paula Elis de Sousa Queiroz. – Salvador, 2010.

40f.; 50 cm.

Orientador: Prof. Dr. Fernando Reis do Espírito Santo Monografia (pós-graduação) – Especialização Lato Sensu em

Enfermagem em Emergência, Atualiza Pós-graduação, 2010. 1. Enfermagem em emergência 2. Assistência de

enfermagem 3. Unidades de emergência 4. Intoxicação exógena I. Espírito Santo, Fernando Reis II. Atualiza Pós-graduação III. Título.

CDU 616-083

Ficha catalográfica elaborada pela Bibliotecária Adriana Sena Gomes CRB 5/ 1568

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AGRADECIMENTOS

A meus pais, por serem meu exemplo de vida. A minha irmã e minha família, por estarem do meu lado sempre. Aos meus amigos, pelo convívio, compreensão e apoio.

Aos professores, que exercem a mais bela e mais importante profissão da humanidade.

A Todos, o meu, MUITO OBRIGADO !!!

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Dedico este trabalho a todos aqueles Que fazem de sua vida uma luta

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Diária pela melhoria Deste mundo

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“Todas as substâncias são venenos. Não existe nada que não seja veneno.

Somente a dose certa diferencia o veneno do remédio.” Paracelsus (médico e sábio suíço – 1493 a 1541).

RESUMO

A intoxicação pode ser definida como a interação entre o organismo e substâncias tóxicas, sendo estas causadoras de efeitos negativos ou destrutivos no indivíduo. Através da pesquisa bibliográfica de caráter exploratório e descritivo, este trabalho monográfico objetivou compreender e caracterizar a ocorrência nos atendimentos de emergência aos pacientes acometidos por intoxicação exógena, à luz da assistência de enfermagem nas unidades de emergência. Demonstrou-se que os índices são altos e acredita-se que a redução destes pode ser alcançada por ações educativas baseadas em estudos regionalizados, que caracterizem melhor o perfil destas intoxicações e subsidiem a implantação de programas de prevenção específicos. Assim, o enfermeiro assume um papel fundamental, atuando como educador junto à comunidade em momentos diversos através de programas de prevenção de acidentes de intoxicações exógenas. Quanto ao atendimento nas unidades de emergência, ressalta-se a importância de este profissional estar preparado para o atendimento às vítimas desses incidentes, tendo como desafio o saber ouvir para coletar os dados corretamente e poder atender às necessidades dos pacientes, já que a intervenção com a equipe de saúde durante a hospitalização pode interferir positiva e negativamente nas respostas das pessoas ao tratamento.

Palavras-chaves: Assistência de enfermagem; Unidades de emergências; Intoxicação exógena.

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ABSTRACT

Poisoning can be defined as the interaction between the organism and toxic substances, which are causing negative or destructive effects on the individual. Through literature of exploratory and descriptive, this monograph aims to understand and characterize the occurrence in emergency room patients suffering from exogenous poisoning of the light of nursing care in the emergency room. It was demonstrated that the rates are high and it is believed that the reduction can be achieved by these educational activities based in regionally studies that better characterize the profile of these poisoning and subsidize the implementation of especifics prevention programs. Thus, the nurse plays a key role, acting as an educator in the community at different times through programs of accident prevention exogenous poisoning. Regarding attendance at emergency units, the study highlights the importance of this professional be prepared to care for victims of such incidents in the emergency room, having as a challenge to listen to collect data correctly and can meet the needs of patients, as that intervention with the health staff during hospitalization can positively and negatively affect the responses of individuals to treatment. Keywords: Nursing care; emergency units; exogenous intoxication.

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LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

MS – Ministério da Saúde

OMS – Organização Mundial de Saúde

OPAS – Organização Pan-Americana de Saúde

SINAN – Sistema de Informações de Agravos de Notificação

SINITOX – Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológica

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1. Agentes tóxicos classificado por grupo .................................................... 17

Quadro 2. Síndromes tóxicas mais comuns. ............................................................. 19

Quadro 3. Agentes tóxicos e os respectivos antídotos. ............................................. 20

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Casos Registrados de Intoxicação Humana por Agente Tóxico e Trimestre. Brasil, 1999. .............................................................................................................. 22

Tabela 2. Casos Registrados de Intoxicação Humana por Agente Tóxico e Trimestre. Brasil, 2007. .............................................................................................................. 23

Tabela 3. Casos Registrados de Intoxicação Humana por Agente Tóxico e Circunstância. Brasil, 2007. ....................................................................................... 24

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 13

3 METODOLOGIA .................................................................................................... 14

4 INTOXICAÇÃO EXÓGENA ................................................................................... 15

4.1 FISIOLOGIA DA INTOXICAÇÃO ..................................................................... 17

4.1.1 Casos de Intoxicação Exógena no Brasil (%)........................................ 20

4.2 CONDUTAS GERAIS NAS EMERGÊNCIAS ................................................... 25

5 PRINCÍPIOS DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM UMA UNIDADE DE

EMERGÊNCIA .......................................................................................................... 26

5.1 ATENDIMENTO DA ENFERMAGEM PRÉ E INTRA-HOSPITALAR ............... 30

5.2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO AO PACIENTE

INTOXICADO ......................................................................................................... 31

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 34

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 35

ANEXOS .................................................................................................................. 38

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1 INTRODUÇÃO

As intoxicações exógenas ou envenenamentos são manifestações patológicas

causadas pelas substâncias tóxicas. Estão frequentemente relacionadas a situações

de emergência, em especial àquelas caracterizadas como agudas, isto é, que

resultam de uma exposição única ou a curto-termo e que, usualmente, se

manifestam com dados clínicos evidentes de risco de vida. De acordo com Romão e

Vieira (2004), essas ocorrências podem ser acidentais, como também intencionais, o

que caracteriza as tentativas de autólise, casos esses, cada vez mais frequentes nos

atendimentos em setores de emergência.

E como o próprio termo sugere, a emergência representa uma situação

ameaçadora, brusca e que requer medidas imediatas de correção e de defesa.

Também significa acidente e necessidade urgente. A urgência no dicionário médico

consta como um estado patológico que se instala bruscamente em um paciente,

causado por acidente ou moléstia e que exige terapêutica urgente. Que urge, que

deve ser feito com rapidez. Por motivos variados, os pacientes são levados muitas

vezes à emergência, contra a sua vontade, recusando o atendimento médico

padrão. Muitas vezes podem estar com o seu estado mental perturbado, quer seja

por um problema psiquiátrico, por uma doença ou até por uma intoxicação

(SOBÂNIA, 2010).

O paciente que procura o serviço de emergência busca uma solução imediata para

suas manifestações, depositando na instituição e nos profissionais que ali atuam a

esperança para resolução do seu caso. Portanto, tendo em vista as características

próprias de um atendimento de emergência como ambiente conturbado,

aparelhagem múltipla, desconforto, impessoalidade e falta de privacidade, somadas

às condições do trabalho de enfermagem – como longas jornadas em turnos

desgastantes, rodízios, multiplicidade de funções, repetitividade, ritmo excessivo de

trabalho, ansiedade e esforços físicos –, torna-se um dos desafios no atendimento

de emergência saber ouvir para coletar os dados corretamente e poder atender às

expectativas dos pacientes.

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Diante do apresentado, justifica-se um estudo que busque compreender e

caracterizar, nas unidades de emergência, a assistência de enfermagem prestada a

pacientes com intoxicação exógena.

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2 OBJETIVOS

Este trabalho monográfico objetiva, através da análise da literatura, compreender e

caracterizar a ocorrência nos atendimentos de emergências aos pacientes

acometidos por intoxicação exógena, à luz da assistência de enfermagem. De forma

mais específica, pretende-se identificar o papel da enfermagem na assistência dos

pacientes atendidos nas emergências, bem como, mostrar a ocorrência de pacientes

acometidos de intoxicação exógena e os principais agentes, além de descrever a

assistência de enfermagem prestada ao paciente atendido com emergência por

intoxicação exógena.

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3 METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descritiva, visto que busca de fato descrever e analisar o

tema proposto de acordo com Gil (1988). Para tanto, fez-se uma pesquisa

bibliográfica, de caráter investigativo a partir de material já elaborado, livros e artigos

científicos relevantes para o objetivo do estudo. Conforme descreve Almeida Júnior

(1995) esta pesquisa utilizou como fonte de consulta e exploração as diversas fontes

disponíveis nas bibliotecas públicas e revistas científicas online.

A análise do material foi feita logo após a pesquisa. Nesta fase procurou-se incluir

apenas os trabalhos publicados em revistas do meio científico ou que continham em

seu conteúdo respaldos científicos. Apenas foram analisadas publicações em língua

portuguesa e excluídos do estudo todos os trabalhos que não se enquadraram nos

critérios acima descritos.

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4 REVISÃO DE LITERATURA

4.1 INTOXICAÇÃO EXÓGENA

De acordo com Figueiredo (2006), veneno ou tóxico é toda substância capaz de

perturbar ou abolir a vida dos elementos anatômicos por diversas naturezas.

Schvartsman (1991) complementa a informação ao descrever que a exposição a

agentes tóxicos pode ser aguda ou crônica. A primeira se dá quando a dose total do

tóxico é liberada em um único evento e rapidamente é absorvida, enquanto que a

segunda acontece quando a substância é liberada periodicamente e, repetidos

durante um curto período de tempo, de modo que a taxa de absorção supera a de

eliminação, levando à acumulação do agente tóxico no organismo, gerando efeitos

consequentes.

Sobre os efeitos, Schvartsman (1991, p. 06) diz que “pode ser local ou sistêmico,

ocorrendo aquele quando no primeiro contato do organismo com o tóxico e o

sistêmico em sítio distante de local do contato, após absorção e distribuição do

tóxico”. Assim, intoxicação exógena pode ser definida como a consequência clínica

e/ou bioquímicas da exposição a substâncias químicas encontradas no ambiente ou

isoladas.

Dentro deste contexto, temos ainda definições mais específicas, como a intoxicação

exógena por drogas de abuso, como exemplo a definição das Organizações das

Nações Unidas (2008, p. 01), para intoxicação por drogas de abuso:

Intoxicação é uma condição seguida da administração de substâncias psicoativas e resultante em distúrbios no nível de consciência, cognição, percepção, julgamento, afeto ou comportamento, ou outra resposta ou função psicofisiológica. Os distúrbios são relatados aos efeitos farmacológicos e respostas às substâncias e os efeitos desaparecem com o decorrer do tempo, até a recuperação completa, exceto quando há lesões teciduais ou outras complicações.

Costa (2008) cita como exemplo de substâncias intoxicantes ambientais o ar, água,

alimentos, plantas, animais peçonhentos ou venenosos. Por sua vez, os principais

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representantes de substâncias isoladas são os pesticidas, os medicamentos,

produtos químicos industriais ou de uso domiciliar.

Soares et al. (2003) relata que é registrado um grande número de intoxicações

exógenas, tanto acidentais como intencionais. A porta de entrada é variável de

acordo com as características físico-químicas dos agentes causais, conforme

apresentado por Campos (2003), e dividido em grupos conforme apresentado no

quadro 1.

• Através da boca, por ingestão – medicamentos, produtos de uso doméstico. • Através da respiração, por inalação – gases, solventes, e sprays. • Através da pele por absorção – contato com inseticidas, ácidos, animais e plantas. • Através de injeções, pela via parenteral – drogas. • Mordeduras com inoculação de veneno local – picadas de animais peçonhentos, insetos etc.

Agrícolas Raticidas

a) inseticidas clorados

b) inseticidas organofosforados

c) hidrocarbonetos halogenados

d) sais de cobre

a) à base de arsênio;

b) à base de tálio;

c) à base do fósforo inorgânico;

d) à base de estricnina;

e) à base de warfarina sódica.

Químicos Vegetais tóxicos

a) ácido cianídrico e derivados;

b) ácidos fortes e álcalis cáusticos;

c) ácidos oxálicos e derivados;

d) cloro e derivados;

e) fenóis e aerossóis;

f) mercúrio e seus derivados;

g) petróleo e derivados.

a) comigo-ninguém-pode (difenbachina)

b) solanáceas (Atropa belladona, Hyoscy amus niger e Datura stramonium);

c) enformbiáceas (mamona);

apocináceas (neurin, espirradeira, cavalinha, loendro).

Miscelâneas* Mordidas por animais peçonhentos

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a) álcool etílico;

b) monóxido de carbono (CO2).

a) ofídico (cobra venenosa)

b) acidente brotálico;

c) acidente crotálico;

d) escorpianismo (picada de escorpião);

e) aracnismo (picada de aranha);

f) escolopendras (lacraias ou centopeias).

Quadro 1. Agentes tóxicos classificado por grupo

Fonte: Adaptado de Figueiredo (2006, p. 57-59).

*Nota: Quando há mistura de dois tóxicos ou mais em uma mesma intoxicação.

Ressalta-se que as formas de intervenções são várias, e dependentes do tipo de

tóxico e da forma de contato. Por isso que a identificação do agente ingerido, a

quantidade e o horário do ocorrido são dados que devem ser colhidos com o

acompanhante ou mesmo com o paciente, quando possível. Entretanto, muitas

vezes os indivíduos são trazidos aos serviços de emergência por pessoas que os

socorreram, mas que não têm informações seguras sobre o que realmente

aconteceu, dificultando o estabelecimento da terapêutica (SOARES et al., 2003) .

4.2 FISIOLOGIA DA INTOXICAÇÃO

Independente do agente causal da intoxicação, Figueiredo (2006), define intoxicação

e toxicose como sendo, “[...] perturbações verificadas por modificações do meio

interno, podendo levar à morte por alteração do meio intracelular”. A autora descreve

as características dos trajetos dos tóxicos no organismo bem como os sinais

apresentados pelos pacientes envenenados/intoxicados, conforme apresentado (p.

56):

Trajeto dos tóxicos:

a) destrói ou neutraliza o processo de redução e oxidação ao nível dos tecidos; b) é eliminado através dos rins, pulmões e pele; c) fixa-se nos tecidos do fígado, rins, sistema nervoso central, coração e sangue.

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Sinais de envenenamento:

a) cheiros de determinados venenos ou substâncias no hálito; b) mudanças de cor dos lábios e da boca; c) dor ou sensação de queimadura na boca e na garganta; d) vidro ou embalagens de drogas em poder ou perto da pessoa; e) vestígios de ingestão de folhas ou frutos venenosos; f) alteração do estado de consciência, confusão mental ou mal súbito; g) alteração do tamanho da pupila (midríase ou miose); h) salivação abundante (grifo nosso).

Schvartsman (1991) descreve que o agente tóxico em contato com o organismo,

realiza uma sequência de movimentos e sofre transformações que podem ser

esquematicamente agrupadas em quatro etapas básicas, sejam a absorção, a

distribuição, a metabolização e por fim a excreção. Sendo que em cada uma destas

etapas segue um mecanismo comum que é o movimento transmembranar, seja

entre células, subcelulares ou de conjunto de células.

Os conhecimentos destas informações estão cada vez mais sendo usados por

permitir estabelecer uma conduta mais racional e avaliação adequada para a

toxidade do agente e o prognóstico do intoxicado. De acordo com as características

moleculares do tóxico, podem influenciar no movimento transmembrana, seja a

lipossolubilidade, a ionização e o tamanho. E estas características determinam a

toxicocinética do agente, ou seja, o caminho percorrido no organismo desde o

contato até a sua excreção. O quadro 2 apresenta uma síntese das síndromes

tóxicas mais comuns provocadas por agentes tóxicos de acordo com o sítio de ação.

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Quadro 2. Síndromes tóxicas mais comuns.

Fonte: Centro de Controle de Intoxicações UE-HC, 2009.

Vale ressaltar aqui que o conhecimento relativo á ação de cada agente intoxicante

auxilia na terapêutica adequada, sobretudo quando a mesma busca neutralizar a

ação do tóxico utilizando um fármaco de efeito antagônico. No quadro 3, apresenta-

se alguns agentes tóxicos com os seus respectivos antídotos.

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Quadro 3. Agentes tóxicos e os respectivos antídotos.

Fonte: Centro de Controle de Intoxicações UE-HC, 2009.

4.1.1 Casos de Intoxicação Exógena no Brasil (%)

As intoxicações, acidentais ou intencionais, são importantes causas de doenças.

Dados de 1997, divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) estimavam

que 1,5 a 3% da população era intoxicada anualmente. Para o Brasil, isto

representava até 4.800.000 novos casos a cada ano. Aproximadamente 0,1 a 0,4 %

das intoxicações resultando em óbito (apud ZAMBOLIM et al., 2008).

Existem alguns centros de toxicologia no Brasil, porém os dados epidemiológicos

disponíveis são escassos, falta padronização na coleta dos dados ou são

armazenados de forma inadequada para análises estatísticas e abordagens

multiprofissional. Conforme Fonseca (1996), no Brasil, o primeiro Centro de Controle

de Intoxicações (CCI) foi criado em São Paulo por Schvartsman e Marcondes em

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1963, o qual funcionou inicialmente como serviço anexo ao Pronto Socorro de

Pediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. O CCI

centralizava os dados referentes às intoxicações exógenas e orientava o

atendimento às crianças intoxicadas.

O SINAN (Sistema de Informações de Agravos de Notificação) foi desenvolvido para

ser operacionalizado em um nível administrativo o mais periférico possível, ou seja,

a unidade de saúde. Porém, caso o município não disponha de microcomputadores

nas suas unidades, o mesmo poderá ser operacionalizado a partir das Secretarias

Municipais, Regionais de Saúde e Secretaria Estadual de Saúde. Sua implantação

nas Secretarias Estaduais de Saúde, iniciada em 1994 de forma gradual, foi

intensificada e descentralizada para as Secretarias Municipais de Saúde a partir de

1998. Atualmente, o SINAN está implantado em todo o país, estando informatizado

em cerca de 4.600 municípios.

O Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológica (SINITOX) foi implantado

em 1980 pelo Ministério da Saúde, a partir da constatação, entre as prioridades do

governo, da necessidade de se criar um sistema abrangente de informação e

documentação em toxicologia e farmacologia de alcance nacional, capaz de fornecer

informações precisas sobre medicamentos e demais agentes tóxicos existentes em

nosso meio, às autoridades de saúde pública, aos profissionais de saúde e áreas

afins e à população em geral (FONSECA, 1996).

Na Tabela 1, mostram-se registros de Intoxicação por agentes tóxicos no Brasil em

1999. Observa-se que os medicamentos são os principais agentes responsáveis,

seguidos de modo expressivo pelas intoxicações por produtos domissanitários,

muito de perto pelas intoxicações por animais peçonhentos, seguido de pesticidas e

produtos químicos de uso industrial.

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Tabela 1. Casos Registrados de Intoxicação Humana por Agente Tóxico e Trimestre. Brasil, 1999.

Fonte: MS/FIOCRUZ/SINITOX

(*) Belém, Vitória, CEATOX/SP, Campinas, R.Preto, São J. dos Campos, Santos, Florianópolis, Porto Alegre e Cuiabá (grifo nosso).

Observa-se, portanto, que o número de casos já era grande, levando em

consideração que o número de casos registrado não é igual ao número de

ocorrências, visto que há subnotificação. Destaca-se o maior número de registro de

casos por uso abusivo de medicamentos, conforme Zambolim et al. (2008), ao

relatar as estimativas em torno de 60% das tentativas de suicídio no Brasil são por

ingesta abusiva de medicamentos e 20% por venenos e agrotóxicos, sobrando o

restante apenas com cortes e perfurações. A intoxicação proposital por

medicamentos é a principal causa de tentativas de suicídios nos países

desenvolvidos.

O SINAN dentro do seu objetivo previsto registra e processa dados sobre agravos

de notificação em todo o território nacional, através da coleta, transmissão e

disseminação de dados gerados rotineiramente pelo sistema de vigilância

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epidemiológica fornecendo informações para análise do perfil da morbidade,

contribuindo, assim, para a formulação e avaliação das políticas, planos e

programas de saúde nos níveis municipal, estadual e federal. Os dados

apresentados na Tabela 2 são do SINITOX, e apresenta os casos de intoxicação no

Brasil em 2007, mantendo o destaque de ocorrências para o uso o medicamento de

forma abusiva. Como mostra a Tabela 3, esse abuso está relacionado à tentativa de

suicídio.

Tabela 2. Casos Registrados de Intoxicação Humana por Agente Tóxico e Trimestre. Brasil, 2007.

Fonte: MS/FIOCRUZ/SINITOX

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Tabela 3. Casos Registrados de Intoxicação Humana por Agente Tóxico e Circunstância. Brasil, 2007.

Fonte: MS/FIOCRUZ/SINITOX Sinais convencionais utilizados: ... Dado numérico não disponível - Dado numérico igual a zero não resultante de arredondamento.

A intoxicação por agrotóxico, embora não seja um agravo de notificação compulsória em todo o país, é considerada agravo de

interesse nacional, e notificada pelas unidades de saúde no SINAN, através da ficha de intoxicação exógena (Anexo A).

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4.3 CONDUTAS GERAIS NAS EMERGÊNCIAS

O conceito de unidade de emergência surge baseado nas considerações de

diversos autores. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a

unidade de emergência é destinada a promover serviços médicos requeridos com

caráter de emergência e urgência para prolongar a vida ou prevenir consequências

críticas, os quais devem ser proporcionados imediatamente.

Dada a importância deste setor nos serviços de saúde, Sobania (2010, p. 45)

acrescenta: “O direito à emergência é igual ao direito à vida”. Neste sentido o autor

acrescenta que “o acesso ao setor de emergência é um direito individual de toda a

pessoa”, e que por isso os profissionais de saúde responsáveis pelo atendimento

nas emergências “devem lutar de todas as maneiras a remover as barreiras que

impeçam esse acesso”.

Neste sentido, a unidade de emergência seria um verdadeiro posto de salva-vidas.

Essa conceituação sugere, portanto, a necessidade de um atendimento imediato de

acordo com a intensidade do elo de ligação entre o hospital e a comunidade. Sob

esta ótica, portanto, conforme citado por Figueiredo (2006), a unidade de

emergência deve estar situada ao nível da rua, permitindo, sem a menor dificuldade

de tráfego a entrada e a saída dos veículos que transportam os clientes. Destaca-se,

portanto, que é fundamental que o paciente seja visto como um ser integral

considerando as dimensões de suas necessidades sendo, portanto biológica,

psicológica, social e espiritual, especialmente sob a perspectiva dos cuidados de

enfermagem.

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5 PRINCÍPIOS DO CUIDADO DE ENFERMAGEM EM UMA UNIDADE DE

EMERGÊNCIA

Segundo Rocha e Almeida (2000), a enfermagem é uma das profissões da área da

saúde que possui como foco e especificidade o cuidado com o ser humano, seja de

forma individual, familiar ou na comunidade, realizando atividades como promoção

da saúde, prevenção de doenças, reparação e reabilitação da saúde, atuando com a

participação de equipes.

De acordo com a lei 7498/86 do exercício profissional de enfermagem, os

enfermeiros são responsáveis pela assistência direta aos pacientes graves com

risco de vida e pelas práticas que exijam maior complexidade e conhecimentos

científicos.

Conforme o Ministério da Saúde (MS, 2009), e do Instituto de Ensino e pesquisa do

Hospital Sírio-Libanês, através da Rede de gestão do cuidado ao paciente crítico

descreve o perfil de competência do enfermeiro no cuidado ao paciente crítico, seja:

Habilidade Cognitiva • Capacidade de planejamento, coordenação, implementação e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. • Conhecimento técnico-científico nas principais patologias de emergência: insuficiência cardíaca aguda, choques (cardiogênico, hipovolêmico e séptico), arritmias, insuficiência respiratória aguda e noções de ventilação mecânica invasiva/não invasiva, coma, politrauma, queimados. • Capacidade de atendimento a pacientes submetidos a cirurgias de grande porte no intraoperatório e pós-operatório imediato, como transplantes de órgãos, cirurgias oncológicas, craniotomias, laparatomias, entre outros. • Capacidade de elaboração de estratégias de prevenção e controle de riscos e danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de enfermagem. • Capacidade de manutenção do potencial doador de múltiplos órgãos com diagnóstico de morte encefálica. Habilidade Técnica • No atendimento ao paciente em PCR. • Manuseio de monitores, cateteres de artéria pulmonar, drenos (intracranianos, torácicos e abdominais) e bombas de infusão (analgesia, drogas vasoativas, quimioterápicos e de dietas enterais). • Na realização do exame físico, avaliação do nível de consciência, padrão respiratório, hemodinâmico, abdominal e geniturinário. • No preparo, administração, manutenção e controle de infusão de drogas vasoativas. • Interpretação de exames laboratoriais e de imagem.

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• Passagem e manutenção de sonda nasogástrica, sonda nasoenteral e sonda vesical de demora. • Manipulação de traqueostomias, gastrostomias e estomias (colostomias, ileostomias). • Punção e curativo de cateteres venosos implantáveis. • Instalação de quimioterapia e nutrição parenteral total. • Manuseio de marcapasso, BIA. • Hemodiálise de fluxo contínuo e diálise peritoneal (manual e cicladora). • Instalação do Desfibrilador Externo Automático (DEA). • Triagem e pré-consulta de enfermagem no pronto-atendimento. • No preparo e na administração de medicamentos em cateter peridural. • Na avaliação de lesões de pele e tipos de curativos específicos. Liderança • Desenvolver a capacidade de priorizar a assistência de enfermagem aos pacientes conforme critério de gravidade. • Agir com pró-atividade. • Desenvolver habilidade nas tomadas de decisões. Relacionamento e Comunicação Interpessoal • Prestar atendimento humanizado e uniformizado. • Desenvolver a capacidade de comunicação com a equipe multiprofissional de dentro e fora do setor de atuação. • Respeitar os direitos dos pacientes/acompanhantes. Educação • Capacitar e atualizar os membros da equipe de enfermagem através de educação continuada em serviço. • Desenvolver e implementar protocolos de assistência de enfermagem. • Apresentar interesse em atualização técnico-científico. • Participar com regularidade de encontros científicos. Gestão • Favorecer a construção e manutenção do trabalho em equipe calcado em ética, respeito mútuo e responsabilidade. • Zelar pela segurança do paciente e da equipe, prevendo situações de risco. • Estabelecer rotinas administrativas (escala diária de cuidados ao paciente, escala de folgas/férias, passagem de plantão, checagem de carrinho de emergência, controle de matérias, entre outros). • Zelar pela integridade estrutural da unidade, equipamentos e materiais. • Desenvolver e avaliar indicadores de enfermagem Capacidade de classificar pacientes conforme critério de gravidade (emergência, urgência e urgência relativa) e priorizar acesso a atendimento. • Capacidade para indicar especialista para a doença apresentada. • Atender com objetividade, ética e humanismo. • Capacidade de indicar exames subsidiários, que, de fato, impactem no diagnóstico e tratamento. • Capacidade de comunicação com especialistas e outros profissionais necessários para assistência. • Capacidade de comunicação com profissionais das unidades de destino: UTI, centro cirúrgico ou serviço de anestesia, garantindo a melhor informação. • Gerenciar o fluxo global dos atendimentos. • Gerenciar fluxo individual de cada atendimento (capacidade de reconhecer os tempos necessários para atendimento, realização de exames, medicação e reavaliação para definir conduta). • Conhecer e disseminar protocolos e diretrizes na Instituição.

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• Capacidade de definir, facilitar e garantir a melhor informação, nas situações que necessitem transferência para outro serviço. • Noções de atendimento em situações de catástrofes (classificar prioridade de atendimento, solicitar auxílio de recurso humano extra, comunicação institucional e com outros serviços para racionalizar atendimento) (MS/HSL, 2009, p. 26).

Galloti (2003) relata que os serviços de emergência são considerados importantes

fatores de risco para o desenvolvimento de eventos adversos, sendo que a grande

maioria deles é atribuída a erros ocorridos durante o processo de atenção realizado

na emergência, e que a maioria ocorre por negligência.

Neste contexto, Souza et al. (2007) consideram que um dos desafios no

atendimento de emergência é saber ouvir para coletar os dados corretamente e

poder atender às necessidades dos pacientes, já que a intervenção com a equipe de

saúde durante a hospitalização pode interferir positiva e negativamente nas

respostas das pessoas ao tratamento, conforme afirma Silva, 2004 (apud SOUZA,

op. cit.).

Isso porque, conforme afirmam Wehbe e Galvão (2001), o papel do enfermeiro na

unidade de emergência consiste em obter a história do paciente, fazer exame físico,

executar tratamento. E, para executar toda esta atividade de forma efetiva, é preciso

muitas vezes estar atento à linguagem não-verbal dos pacientes para interpretá-la e

agir de maneira pró-ativa, como tentativa de compensar o pouco tempo que o

profissional de enfermagem dá atenção disponível para cada paciente (SILVA, 2001

apud SOUZA et al., 2007).

De acordo com o perfil de competências do enfermeiro no cuidado ao paciente

crítico apresentado anteriormente, Brito (2009) cita as principais atividades

assistenciais exercidas pelo enfermeiro:

• elabora, implementa e supervisiona, em conjunto com a equipe médica e multidisciplinar, o Protocolo de Atenção em Emergências (PAE) nas bases do acolhimento, pré-atendimento, regulação dos fluxos e humanização do cuidado; • presta o cuidado ao paciente juntamente com o médico; • prepara e ministra medicamentos; • viabiliza a execução de exames complementares necessários à diagnose;

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• instala sondas nasogástricas, nasoenterais e vesicais em pacientes; • realiza troca de traqueotomia e punção venosa com cateter; • efetua curativos de maior complexidade; • prepara instrumentos para intubação, aspiração, monitoramento cardíaco e desfibrilação, auxiliando a equipe médica na execução dos procedimentos diversos; • realiza o controle dos sinais vitais; • executa a consulta de enfermagem, diagnóstico, plano de cuidados, terapêutica em enfermagem e evolução dos pacientes registrando no prontuário; • administra, coordena, qualifica e supervisiona todo o cuidado ao paciente, o serviço de enfermagem em emergência e a equipe de enfermagem sob sua gerência.

Estas atividades, hoje, estão bem estabelecidas, enquanto que, no passado,

conforme relata Warner (1980 apud WEHBE; GALVÃO, 2001), o pessoal do

departamento de emergência e os que efetuavam intervenções pré-hospitalares de

emergência não tinham quase nenhum treinamento especializado. Atualmente,

diante das características específicas da unidade de emergência, o trabalho em

equipe se torna crucial. Para isso, o enfermeiro "deve ser uma pessoa tranquila, ágil,

de raciocínio rápido, de forma a se adaptar, de imediato, a cada situação que se

apresente à sua frente". Desta forma, entende-se que este profissional deva estar

preparado para o enfrentamento de intercorrências emergentes necessitando, para

isso, de conhecimento científico e competência clínica (experiência), além de um

sistema de reciclagem constante através da educação continuada (BRITO, 2009).

De acordo com Rocha e Almeida (2000), um documento da Organização Mundial de

Saúde (OMS), de 1997, afirma que a enfermagem é o grupo profissional mais

amplamente distribuído e que tem os mais diversos papéis, funções e

responsabilidades.

Neste sentido, a equipe de enfermagem requer habilidade de liderança, por isso o

enfermeiro atua como líder a fim de administrar a dinâmica da equipe conforme

terapêutica adotada, tendo como finalidade proporcionar um bom trabalho em

equipe. Além da liderança da equipe, para Guimarães et al. (2005) o enfermeiro é

responsável pela avaliação do espaço físico quanto à presença de eletricidade, rede

de oxigênio, vácuo, tábua de massagem, macas, carro de emergência com

desfibrilador, medicamentos de emergência, entre outros equipamentos para tal

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atendimento. Inclui, portanto, a competência deste profissional fazer as várias

reavaliações sucessivas durante a realização dos procedimentos citados acima e

identificar diagnóstico de enfermagem.

Nas atividades descritas, e de acordo com Oliveira et al. (2002), o enfermeiro tem

sua atuação juntamente com a equipe multiprofissional através de seu conhecimento

científico, do trabalho sincronizado e organizado. No desempenho de suas

atribuições a equipe de enfermagem desenvolve uma perfeita integração com a

equipe médica, objetivando a padronização da prestação da assistência de

qualidade, otimizando as condições de recuperação do paciente.

5.1 ATENDIMENTO DA ENFERMAGEM PRÉ E INTRA-HOSPITALAR

A fase pré-hospitalar é uma extensão do setor de emergência ao qual os pacientes

devem ter acesso rapidamente a pessoas treinadas para que possam ser atendidas

e transportadas adequadamente a hospitais onde possam receber o atendimento

correto (SOBANIA, 2010).

De acordo com Vieira (2006), pelas características imprevisíveis do atendimento pré-

hospitalar caracterizado por urgente/emergente, necessita, portanto, de uma equipe

de saúde multiprofissional com um conjunto de conhecimentos específicos e

competências técnicas administrativo possibilitando o atendimento de forma rápida,

segura, eficaz e sistemática afim de que sejam assegurados aos doentes cuidados

adequados ao seu estado de saúde.

Para Vieira (op. cit.) o atendimento pré-hospitalar compreende atenção médica e

cuidados de enfermagem destinados ao paciente com alteração de integridade física

e/ou mental de qualquer etiologia que indique atenção imediata e segura visando

diminuir riscos de invalidez e morte. Assim, tem como missão prestar assistência à

população, garantindo o suporte básico de vida no local da ocorrência (casos de

trauma, emergências clínicas, obstétricas e pediátricas), assim como sua

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estabilização e transporte adequado ao hospital mais apropriado para o atendimento

especializado, garantindo em todos os casos, eficácia no atendimento.

5.2 CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO ATENDIMENTO AO PACIENTE

INTOXICADO

De acordo com Fonseca (1996), a participação da enfermeira em um centro de

informação e atendimento a intoxicações é relativamente frequente em outros

países, sendo que, em alguns, chega a ser o principal profissional, que atua como

especialista em informações toxicológicas ("poison information specialist").

No Centro de Controle de Intoxicações da UNICAMP, a enfermeira possibilita sem

dúvida, uma maior integração entre as diversas atividades exercidas pelo centro e

exerce as seguintes funções assistenciais como:

� Presta assistência de enfermagem especializada em toxicologia, junto a

pacientes intoxicados agudos visando oferecer suporte de vida,

descontaminação do toxicante e administração de antídotos.

� Proporciona assistência de enfermagem aos pacientes vítimas de acidentes

por animais peçonhentos, visando dar apoio às funções vitais e administrando

soros específicos quando indicado.

� Realiza visitas aos pacientes internados por intoxicações, com a finalidade de

acompanhar a evolução, bem como participa, no ambulatório, da avaliação de

pacientes em retorno após episódio de intoxicação aguda, após período de

internação, ou casos agudos ou crônicos encaminhados por empresas,

sindicatos, e órgãos governamentais.

� Realiza "follow up" de pacientes que necessitam de reavaliação ou

monitoramento periódico, ou que tiveram resultados de exames alterados.

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� Além do atendimento às vítimas, a enfermeira também realiza visitas aos

locais em que ocorreram intoxicações, visando a avaliação do risco envolvido,

a sugestão de mudanças de forma a prevenir novas ocorrências e, se

necessário, a notificação às autoridades competentes.

Mas, no Brasil, infelizmente a assistência hospitalar, principalmente na área de

urgência e emergência, sofre com a falta de recursos humanos, materiais e

financeiros adequados, além da superlotação e da sobrecarga de trabalho dos

profissionais (PINHO; KANTORSKI, 2006). Diante dessa realidade, Brito (2009, p. 3)

considera que, sobretudo, “O enfermeiro deve ser uma pessoa tranquila, ágil, de

raciocínio rápido, de forma a se adaptar, de imediato, a cada situação que se

apresente à sua frente", reforça. Entende que para isso é preciso estar preparado no

que diz respeito aos conhecimentos técnico/científicos e experiência.

No caso de atendimento ao paciente em unidade de emergências por intoxicação

exógena, a tomada da história clínica, para tentativa de autoextermínio, torna-se um

desafio. Soares et al. (2003) recomenda que na falta de informações, a observação

de sinais e sintomas passa a ser fundamental, sendo uma tarefa de toda a equipe de

saúde que prestar atendimento ao paciente.

No entanto, Soares et al. (op. cit.) alerta que, independentemente do produto de

intoxicação, os primeiros cuidados de enfermagem serão:

� Verificar os sinais vitais e comunicar as alterações.

� Intervir nas complicações imediatas, como convulsões. (Ver cuidados durante

e pós-crise convulsiva.).

� Manter o paciente com a cabeça lateralizada caso haja risco para vômitos.

� Instalar um oxímetro.

� Instalar cateter nasal e oxigênio se necessário e permitido pela rotina.

� Instalar monitorização cardíaca em casos de bradi ou taquicardia.

� Manter-se alerta quanto ao nível de consciência.

� Manter as grades do leito elevadas.

� Aguardar a avaliação e a prescrição médica e realizar rigorosamente os itens

prescritos.

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� Alguns procedimentos poderão ser realizados após a prescrição médica,

determinados pelo tipo de substância ingerida, tempo e dose, como exemplo:

a) indução ao vômito (xarope de Ipeca)1;

b) lavagem gástrica;

c) instalar via de acesso venoso para os casos de uso de medicamentos

antagonistas;

d) uso de carvão ativado.

� No caso do uso de carvão ativado, a dose recomendada é de 1 g/kg de peso,

podendo ser diluído em água ou até em refrigerantes, no caso de crianças, na

proporção de 1:4.

Para Silva (1999), o treinamento da equipe deve ter como prioridade a redução do

tempo de atendimento com medidas que permitam atuação rápida e eficiente e

sistematizada, porém cumprindo todas as etapas do atendimento.

1 Este só em caso exclusivo de indicação médica uma vez que o Ministério da Saúde conforme Parecer Técnico (anexo B), em 2006 recomendou a exclusão da ipeca.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho, que descreveu as principais atividades assistenciais desenvolvidas no

atendimento a pacientes acometidos por Intoxicação exógena, procurou oferecer

uma contribuição aos enfermeiros que atuam em unidades de emergência.

Acredita-se que a redução dos índices de incidência deste tipo de intoxicação pode

ser alcançada por ações educativas baseadas em estudos regionalizados,

realizados durante períodos de tempo mais prolongados, que caracterizem melhor o

perfil destas intoxicações e subsidiem a implantação de programas específicos de

prevenção.

Demonstra-se, através dos resultados apresentados na pesquisa, a necessidade de

mobilizações de diferentes segmentos da população juntamente com os

profissionais da saúde, especialmente os que atuam no Programa de Saúde da

Família – PSF, com a finalidade de assegurar às vítimas e suas famílias informações

que envolvam aspectos preventivos e terapêuticos das intoxicações, reduzindo

índices de mortalidade e minimizando aspectos relativos à morbidade deste tipo de

acidente.

Conclui-se, portanto, que, neste contexto, o enfermeiro assume um papel

fundamental, atuando como educador junto à comunidade em momentos diversos

para a implementação de programas de prevenção de acidentes de intoxicações

exógenas agudas.

Além disso, ressalta-se a importância de este profissional estar preparado para o

atendimento às vítimas desses incidentes nas unidades de emergência, tendo como

desafio o saber ouvir para coletar os dados corretamente e poder atender às

necessidades dos pacientes, já que a intervenção com a equipe de saúde durante a

hospitalização pode interferir positiva e negativamente nas respostas das pessoas

ao tratamento.

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ANEXO A: Ficha de intoxicação exógena do SINAN

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ANEXO B. Parecer de Exclusão do IPECA