monografia marta cristina dantasv durão nunes

60
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃEO EM MÍDIAS E EDUCAÇÃO MARTA CRISTINA DANTAS DURÃO NUNES CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS BLOG - PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO ORIENTADORA: Prof.ª M.S. SIRLÂNDIA SANTANA SALVADOR - BA 2012

Upload: marta-durao-nunes

Post on 05-Dec-2014

1.380 views

Category:

Technology


6 download

DESCRIPTION

Monografia apresentada à Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB como requisito para obtenção do título de Especialista em Mídias na Educação.

TRANSCRIPT

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA CURSO DE ESPECIALIZAÇÃEO EM MÍDIAS E EDUCAÇÃO

MARTA CRISTINA DANTAS DURÃO NUNES

CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO

ORIENTADORA: Prof.ª M.S. SIRLÂNDIA SANTANA

SALVADOR - BA 2012

2

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA CURSO MÍDIAS NA EDUCAÇÃO

CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA DO ENSINO MÉDIO

MARTA CRISTINA DANTAS DURÃO NUNES

Monografia apresentada à Universidade Estadual

do Sudoeste da Bahia - UESB como requisito

para obtenção do título de Especialista em

Mídias na Educação.

BANCA EXAMINADORA

PROFª. M. S. SIRLÂNDIA SOUZA SANTANA - Orientadora

PROF. M.S. DANILO DUARTE OLIVEIRA

PROF.M.S. MARCO ANTONIO ASSIS LIMA

SALVADOR - BA 2012

3

Agradeço a todos que, direta e indiretamente,

contribuíram para execução deste trabalho. As colegas e

companheiras de jornada Maria Helena e Raimunda Crispina

que sempre me encorajaram a prosseguir nesta caminhada e

a meus alunos do Curso Técnico de informática que foram à

fonte de inspiração para esta pesquisa.

4

RESUMO

O presente trabalho trata das possibilidades de uso das redes sociais,

especialmente os blogs, como recurso didático-pedagógico ao alcance de alunos

e professores. Para tanto, foi realizado um trabalho de sensibilização de alunos,

do Curso Técnico em Informática e dos professores da área de Ciências Exatas,

do Colégio Estadual Bolívar Santana, levando-os a construir blogs, com temas de

seu interesse, mas ligados a possíveis ramos de atuação profissional. Os

professores construíram blogs associados a suas respectivas disciplinas.

Precedendo a construção desses blogs, aplicou-se um questionário, que

levantasse as percepções e conhecimentos dos alunos a respeito de redes sociais

e blogs. Os resultados comprovaram o interesse, a capacidade e a motivação dos

alunos no uso dos blogs e revelaram a riqueza das interações que ocorreram

entre eles.

Palavras-chave: Cibercultura. Blog. Interatividade. Hipertexto. Redes Sociais. Ciberespaço. Twitter. Comunidades virtuais. Transformações tecnológicas. Redes sociais e uso da tecnologia na educação.

5

ABSTRACT

This work deals with the possibilities of the use of social networks, especially the

blogs, as didactic resource-pegagogic within reach of students and teachers. For

both, work was carried out to increase awareness of students, the Technical

Course in Computer Science and the professors in the area of Exact Sciences, the

State College Bolívar Santana, leading them to build blogs, with themes of interest,

but linked to possible branches of professional performance. Teachers have built

blogs associated with their respective disciplines. Prior to the construction of these

blogs, a questionnaire was administered, which raise the perceptions and

knowledge of the students in respect of social networks and blogs. The results

confirmed the interest, ability and the motivation of the students in the use of blogs

and revealed the richness of the interactions that occurred between them.

Keywords: Cyberculture. Blog. Interactivity. Hypertext. Social Networks. Cyberspace. Twitter. Virtual Communities. Technological transformations. Social Networks and technology use in education.

6

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Exemplo de grafo de uma rede social (neste caso, do LinkedIn da

autora), gerado através da ferramenta disponível em:

http://inmaps.linkedinlabs.com. Cada nó é um contato e as linhas são as

interligações entre eles. ..................................................................................... 20

7

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1. Percentuais dos locais onde mais acessam a Internet ......................... 36

Gráfico 2. Percentual de freqüência de acesso à Internet .................................... 37

Gráfico 3. Percentuais da principal atividade desenvolvida ao acessar a Internet 38

Gráfico 4. Percentuais de uso das principais redes sociais online ....................... 39

8

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Local onde mais freqüentemente acessa a Internet ............................. 36

Tabela 2. Frequência com que acessa a Internet. ................................................ 37

Tabela 3. Principal atividade desenvolvida ao acessar ........................................ 38

Tabela 4. Principal programa de relacionamento de usos de cada aluno ............. 39

Tabela 5. Opiniões a respeito das redes sociais de Internet ................................ 40

Tabela 6. Opiniões sobre questões éticas de uso da Internet .............................. 41

9

SUMÁRIO

RESUMO ............................................................................................................ 4

ABSTRACT ........................................................................................................ 5

LISTA DE FIGURAS ........................................................................................... 6

LISTA DE GRÁFICOS ........................................................................................ 7

LISTA DE TABELAS ........................................................................................... 8

SUMÁRIO ........................................................................................................... 9

CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA

PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO ................................................................... 10

1. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 10

1.1. METODOLOGIA .................................................................................... 13

2. REDES SOCIAIS E BLOG: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E HISTÓRIA.

............................. ...............................................................................................15

2.1. Um Pouco da História das Redes Sociais .............................................. 15

2.2. Rede Social: Conceito e Características ................................................ 17

2.3. Redes Sociais: Exemplos, Funcionamento e Finalidades ...................... 19

2.4. As Mensagens Instantâneas .................................................................. 21

3. REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO ................................................................ 23

3.1. O Atrativo das Relações Sociais ............................................................ 26

3.2. As Redes Sociais: Uso do Blog como Instrumento Pedagógico ............. 28

3.3. Blog na Educação .................................................................................. 30

4. OS ALUNOS E O BLOG: RESULTADOS ...................................................... 33

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 44

REFERENCIAS ................................................................................................... 48

ANEXOS ........................................................................................................... 51

CONTRIBUIÇÕES DAS REDES SOCIAIS – BLOG - PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA NO ENSINO MÉDIO

1. INTRODUÇÃO

Em um planeta onde a sociedade está voltada cada vez mais para o

desenvolvimento e a universalização das técnicas, percebe-se que o uso das novas

tecnologias, especialmente na escola pública, vem evoluindo de maneira lenta.

Porém, as redes sociais de Internet — que serão definidas mais adiante — estão

presentes entre os alunos e chegam trazendo milhares de informações com enorme

rapidez. O acesso a uma comunicação veloz e, muitas vezes, em tempo real vem se

destacando em nossa sociedade tais como: E-mail, Orkut, Blogs, Fotoblogs,

Sistemas, Ambientes de Estudos, etc. Como afirma Aguiar (2006) as Redes Sociais

estão mudando o cenário das relações do mundo moderno.

A crescente complexidade dos sistemas sociais tem impulsionado a chamada atuação em redes de indivíduos e sociedades e, neste cenário, as redes sociais têm assumido relevante papel nas relações sociais do mundo moderno (AGUIAR, 2006).

De todos os desafios, talvez o mais difícil seja levar essa velocidade da

comunicação para o ambiente escolar, especialmente para o ambiente do Ensino

Público, comunicando os conteúdos de forma rápida e atraente e obtendo respostas,

igualmente velozes. Assim deve ser o ensino em rede, algo que tem possibilidade de

ser realmente eficaz e, mais que isso, acessível às diversas camadas da sociedade,

desde que um conjunto de diferentes fatores, discutidos adiante se realizem.

O que motivou a realização deste estudo foi à constatação de que quando se

buscam informações sobre a aplicação das redes sociais em educação é a quase

absoluta a falta delas como ferramenta pedagógica. E, mais do que informação a

respeito das possibilidades e potencialidades do ensino em rede é o fato de que

muitos professores estão presentes nas redes sociais, mas são quase inexistentes

os que as levaram para a sala de aula.

O Brasil começou a adotar as redes sociais no ensino com, pelo menos, cinco

anos de atraso em relação aos países da OCDE (Organização para a Cooperação e

Desenvolvimento Econômico). As experiências brasileiras, até agora, parecem

11

apontar para a direção certa, mas requerem muitos avanços. Com o rápido aumento

do número de pessoas que têm acesso à Internet, no Brasil, alguns professores,

tanto do Ensino Fundamental quanto do Médio, passaram a postar nessas redes

virtuais. O certo é que elas constituem excelente instrumento para contextualizar os

conteúdos ministrados, de forma a tornar o aprendizado atraente e empolgante para

uma geração que respira tecnologia.

Entre as redes sociais que mais crescem em número de usuários estão os

blogs — adiante definidos —, estes oferecem excelentes oportunidades para o

aprendizado construtivista, por promover discussões sobre diferentes temas, via de

fóruns de discussão, o que permite a participação de todos. Desse modo a

possibilidade de participação dos alunos torna esse processo ainda mais

interessante.

Além dos blogs, outras redes sociais podem ser utilizadas para fins didáticos

cada uma apresentando diferentes peculiaridades. É preciso, no mundo de hoje,

proporcionar aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades tecnológicas

básicas, fazendo com que o aprendizado ocorra no contexto desta influente cultura

digital. Contudo, não se pode esquecer que nem todos os conteúdos podem ser

ensinados com o auxílio da tecnologia da informação.

A tecnologia da informação, mais do que nunca, passou a ser vista como uma

facilitadora do aprendizado. Embora o percentual de escolas com salas de

informática tenha aumentado consideravelmente, muitos professores, pelos mais

diversos motivos, ainda relutam em utilizar os atuais recursos tecnológicos em suas

aulas. Construir o conhecimento de forma colaborativa se constitui em uma

excelente oportunidade de, justamente, facilitar o processo de aprendizado. Vale

lembrar que tais recursos permitem que o professor seja, efetivamente, um mediador

do aprendizado, seguindo as doutrinas de Piaget (1970) e Vygotsky (1998).

Com a utilização dos computadores podemos nos comunicar muitas vezes

em tempo real com pessoas de todo o planeta. Uma nova forma da comunicação,

esta sendo oferecidos pelas redes sociais, os ambientes virtuais estão se tornando

cada vez mais dinâmicos e criativos, por meio de uma comunicação virtual, como diz

Moran,

“eu permaneço aqui, na minha casa ou escritório navego sem mover-me, trago dados que já estão prontos, converso com pessoas que não conheço e talvez nunca verei ou encontrarei de novo.” (MORAN, 1998, p. 68)

12

O presente trabalho pretende explorar as potencialidades do uso de Weblogs

na educação, com os seguintes objetivos.

Objetivos Gerais.

Responder ao problema de como colocar em prática ações que possam relatar a

possibilidade de contribuição das Redes Sociais, especialmente dos blogs, no

processo de ensino-aprendizagem.

Objetivos específicos.

a) Compreender as noções básicas de funcionamento das Redes Sociais, com foco nos blogs, de modo a participar da produção do conhecimento de modo colaborativo.

b) Conhecer e utilizar as ferramentas de comunicação, interação e produção do conhecimento disponível nas Redes Sociais.

c) Analisar a relação entre a comunicação e a educação vivenciando o funcionamento tecnológico (interatividade, simulação, conhecimento em rede e rede de conhecimentos).

d) Identificar fatores culturais, técnicos, profissionais, psicológicos, dentre outros, que prejudicam ou auxiliam a adoção bem sucedida da ferramenta Blog, apontando estratégias didáticas que podem ser aplicadas para um bom aproveitamento dessa ferramenta colaborativa.

e) Conhecer e utilizar as ferramentas de comunicação, interação e produção do conhecimento, disponível nas Redes Sociais, analisando a relação entre a comunicação e a educação, vivenciando o funcionamento tecnológico (interatividade, simulação, conhecimento em rede e rede de conhecimentos).

f) Investigar como as Redes Sociais — mais diretamente o Blog —, podem ser utilizadas como recurso pedagógico por professores, especialmente do Ensino Fundamental e Médio, no apoio ao ensino presencial.

g) Levantar as experiências de uso das Redes Sociais na educação, através de pesquisa bibliográfica e virtual.

Assim, começa-se por indicar as possibilidades de uso dos weblogs quer

como ferramenta, quer como estratégia de ensino, à disposição dos professores,

buscando conciliar esta prática com algumas teorias de aprendizagem e responder

aos seguintes questionamentos:

a) Como a utilização da ferramenta Blog pode contribuir no processo de ensino-aprendizagem, especialmente na colaboração entre alunos e entre professores?

b) Quais os fatores culturais, técnicos, profissionais, psicológicos, dentre outros, que prejudicam ou auxiliam em uma adoção bem sucedida da ferramenta Blog?

13

c) Que estratégias didáticas podem ser aplicadas para um bom aproveitamento da ferramenta colaborativa Blog?

1.1. METODOLOGIA

A metodologia se baseia em pesquisa bibliográfica, documental e virtual para

dar suporte à pesquisa empírica e sua análise, explorando temas específicos sobre

as Redes Sociais e aplicação de Blogs na aprendizagem. A metodologia aplicada

busca fazer uma conexão entre a ciência, produção do conhecimento e os

questionamentos levantados.

Baseando-se nos objetivos traçados por esta pesquisa e aplicação da

metodologia descrita poderemos verificar a importância da pesquisa na produção do

conhecimento científico e a necessidade da preparação do individuo para interagir

com as diversas ferramentas oferecidas pelas Redes Sociais.

Para a pesquisa empírica — com análise qualitativa e quantitativa das

informações levantadas — foi feita uma coleta de dados através de questionários

(Anexos III e IV) respondidos por 20 alunos, do 3º ano, do Curso Técnico em

Informática do Colégio Estadual Bolívar Santana.

Paralelamente, se fez um trabalho de motivação e preparação dos

professores da área das Ciências Exatas, bem como dos alunos acima citados, de

modo a fazê-los entender as possibilidades do uso de blogs, como ferramenta de

ensino, de construção do conhecimento e de facilitador da aprendizagem (Anexo V).

O trabalho envolve, portanto, uma ação — a implantação de blogs — e uma

intenção: solucionar cooperativamente os problemas de falta de colaboração mútua

e necessidade de adequação aos novos modos de produção e difusão de

conhecimento.

O trabalho com os alunos foi levado a efeito durante as aulas normais com a

autora. Já o trabalho de motivação junto aos professores, foi feito durante os

períodos de AC (atividades de coordenação), apenas com o pessoal — 12 pessoas,

ao todo — de Ciências exatas.

Os resultados obtidos, ou seja, quantos professores e alunos construíram

blogs e suas repercussões são também objeto deste trabalho.

As categorias teóricas que sustentam esta pesquisa são: Cibercultura,

interatividade, hipertexto, redes sócias e uso da tecnologia da informação na

educação.

14

Espera-se que os resultados apresentem um conjunto de informações cuja

interpretação possibilite encontrar caminhos que conduzam ao uso das Redes

Sociais e, mais especificamente dos blogs, como ferramenta didático-pedagógica de

excelência no processo ensino aprendizagem.

15

2. REDES SOCIAIS E BLOG: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS E

HISTÓRIA

Busca-se, neste capítulo, definir os principais conceitos utilizados neste

estudo — especialmente redes sociais e blogs — de modo a construir uma base de

compreensão junto aos possíveis leitores. Isso significa, inclusive, indicar o modo de

uso desses conceitos — sua amplitude e limitações nos escopo deste trabalho. Os

principais termos de tais conceitos, embora já bastante difundidos em nossa

sociedade, não integram o cotidiano de 100% das pessoas. Com isso, vê-se que

não é difícil encontrar quem pouco saiba — ou mesmo que tenha alguma noção — a

respeito do que seja um blog, ou uma rede social.

Pretende-se, ainda, apresentar, de modo sintético – e largamente baseada

em fontes virtuais — um pouco da história do surgimento das Redes Sociais, no

âmbito da Internet e, por essa via, dos blogs.

2.1. Um Pouco da História das Redes Sociais

De modo muito sucinto, apresenta-se, aqui, a história da Internet, para a partir

dela se poder compreender seu desenvolvimento posterior e o surgimento das

chamadas redes, suas variedades e entre elas o blog.

Segundo uma variedade de informações da Internet, mas especialmente as

da Wikipédia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet) e do Brasil

Escola (http://www.brasilescola.com/curiosidades/como-surgiu-a-internet.htm), a

Internet surgiu nos Estados Unidos da América, nos anos 1960, durante o período

conhecido como Guerra Fria. O alto grau de tensão existente à época entre aquele

país e a antiga União Soviética — hoje Rússia —, fazia os americanos temerem que

um ataque, a seus centros de informação e defesa, pudesse danificá-los parcial ou

totalmente, lançando o país num caos. Assim, criaram uma rede de

compartilhamento de informações, no âmbito de suas organizações militares.

O temido ataque nunca aconteceu e, com o fim da Guerra Fria, foi permitido o

acesso a pesquisadores universitários, de início, isoladamente e, através deles às

instituições universitárias. Depois dessas foi permitido o acesso de seus alunos e, a

seguir, aos amigos dos alunos. A demanda cresceu e, com ela, a rede que se

espraiou e se internacionalizou. Muito sinteticamente, assim surgiu a Internet.

16

Devido ao crescente desenvolvimento das ferramentas tecnológicas, com

destaque para as relacionadas com a Internet, possibilitaram o surgimento na

sociedade atual de novas formas de socialização. A nova sociedade em rede é

analisada por Pierre Lévy (1999), criador da expressão “cibercultura”, termo

associado às comunidades virtuais, no espaço eletrônico e suas formas de

interação.

Acredita que a Internet é um agente democratizador da informação, por

permitir que as pessoas conectadas construírem, coletivamente e partilharem a

inteligência coletiva — portanto, em rede — esse mundo virtual, “é um espaço não

físico ou territorial, que se compõe de um conjunto de redes de computadores

através das quais todas as informações (...) circulam”. Para Lévy a rede de

computadores através da Internet atua na sociedade democratizando a informação,

merecendo destaque as redes sociais virtuais que se popularizaram entre os

usuários da Internet na última década. O futuro dos sistemas da educação está

diretamente ligado à sua formação na cibercultura e a mudança contemporânea na

relação com o saber.

Essa nova fase da rede transformou um internauta comum num produtor e colaborador do conteúdo. “Na era da computação social, os conteúdos são criados e organizados pelos próprios utilizadores”. (LEMOS e LEVY, 2010, p.11)

Para Silva (2004) o ciberespaço é uma região abstrata invisível que permite a

circulação de informações na forma de imagens, sons, textos etc. Este espaço

virtual está em vias de globalização planetária e já constitui um espaço social de

trocas simbólicas entre pessoas dos mais diversos locais do planeta.

Segundo a Wikipédia, a ideia de rede social surgiu muito antes da invenção

dos computadores em da Internet, [...] designar um conjunto complexo de relações

entre membros de um sistema social a diferentes dimensões, desde a interpessoal à

internacional [...] (pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social)

Uma das primeiras redes virtuais foi o Sixdegrees que, segundo o site

vocacional.blogspot.com, surgiu em 1997. Ainda segundo a mesma fonte, o

Sixdegrees foi o primeiro a possibilitar a criação de um perfil virtual combinado com

o registro do usuário, viabilizando, assim, a navegação pelas redes sociais. Contudo,

seus serviços foram interrompidos após apenas três anos de funcionamento, por

falta de recursos financeiros.

17

(http://vocacionalnj.blogspot.com/2011/07/adolescencia-e-redes-sociais.html)

Vários outros serviços semelhantes, de acordo com o

vocacional.blogspot.com, surgiram a partir do ano 2000 a exemplo do Asianevenue,

Blackplanet, Cyworld, Fotoblog, Live Journal, LuinarStorm, Migente e Ryze. O

Friendster, segundo a mesma fonte, foi o site que mais se assemelhava às redes

sociais como as conhecemos hoje. Todavia, o site se viu obrigado a limitar as

funcionalidades de seus serviços, em função do subdimensionamento de sua

capacidade de atendimento à demanda de seus usuários, frustrando-os

(http://vocacionalnj.blogspot.com/2011/07/adolescencia-e-redes-sociais.html).

É quase impossível estabelecer a quantidade de usuários de redes sociais no

mundo. Contudo, é interessante observar que uma grande variedade de sites — a

exemplo dos http://www.dihitt.com.br/n/internet/2009/05/31/redes-sociais-1;

http://turma7e20092.bligoo.com/content/view/646612/Um-pouco-da-historia-das-

redes-sociais.html; https://sites.google.com/a/in.cscm-lx.pt/redes-sociais-no-

8e/historia-das-redes-sociais e mesmo a Wikipédia, provável fonte, mas, muitas

vezes não citada pelos demais — estima que...

[...] as maiores redes sociais apresentam números impressionantes como 250 milhões de usuários no MySpace, 200 milhões no Facebook, 120 milhões no Windows Live Spaces, 117 milhões no Habbo, 90 milhões no Friendster, 67 milhões no Orkut, entre inúmeros outros (sites acima).

Mesmo em termos de estimativa, pode-se dizer que o número de usuários de

redes sociais é realmente muito grande, mas tais números não podem ser tomados

de modo estrito, nem dão ideia da proporção de usuários frente aos não usuários, já

que muitas são as pessoas que participam de duas ou mais dessas redes.

2.2. Rede Social: Conceito e Características

Qualquer pessoa tem noção do que seja uma rede, ou seja, um ponto ou nó, ligado a um

ou mais pontos ou nós. A ideia de rede social parte dessa imagem, na qual as pessoas ou

organizações se associam a outras pessoas ou organizações em função de objetivos

comuns. Exemplo disso são as redes de bairros, as beneficentes — tipo Lyons — e mesmo

as redes online. Segundo Marteleto (2001, p.72), as redes sociais podem ser

definidas como um “conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos

em torno de valores e interesses compartilhados”.

18

De modo geral, pode-se afirmar que as redes sociais são formadas por relações complexas que podem ocorrer entre indivíduos, grupos ou organizações, os quais se organizam em torno de interesses, valores ou crenças comuns (MARTELETO, 2001).

As Redes Sociais têm adquirido importância crescente na sociedade

moderna, a Wikipédia em sua página sobre Redes Sociais, publicou que [...] Uma

das características fundamentais na definição das redes é sua abertura e

porosidade, possibilitando relacionamentos horizontais e não hierárquicos entre os

participantes (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social). Essa abertura e porosidade

significam que a identidade entre as pessoas é que estabelece as conexões

fundamentais da rede. E significam igualmente a possibilidade de perda da

identidade fazendo com que pessoa se desligue ao ponto de a rede deixar de existir.

Plataformas como wikis (permitem a construção coletiva), blogs, mídias

sociais e as diversas redes sociais que se forma a inteligência coletiva, como

defende Lévy, a inteligência coletiva faz uso das redes sociais para alcançar cada

vez mais pessoas.

“As redes sociais on-line tornam-se cada vez mais ‘tácteis’, no sentido em que é doravante possível sentir continuamente o pulso de um conjunto de relações” (LEMOS e LEVY, 2010, p. 12).

Ainda segundo a Wikipédia, as Redes Sociais, tipo online, podem operar e,

efetivamente o fazem, em diferentes níveis, como, por exemplo, redes de

relacionamentos como o facebook, o orkut, myspace, twitter, etc. ou redes

profissionais como LinkedIn, entre outras. Elas se caracterizam, ainda segundo a

mesma fonte, pela horizontalidade, descentralização e autogeração de sua

organização. E, nesse processo, o aumento do movimento de formação de Redes

Sociais, provoca um processo de fortalecimento da sociedade, levando à maior

participação democrática e com maiores possibilidades de mobilização social. As

Redes Sociais costumam reunir uma motivação comum, porém podem se manifestar

de diferentes formas. As principais são:

Redes comunitárias: estabelecidas em bairros ou cidades, em geral tendo a finalidade de reunir os interesses comuns dos habitantes, melhorar a situação do local, ou prover outros benefícios.

Redes profissionais: prática conhecida como networking, que procura fortalecer a rede de contatos de um indivíduo, visando futuros ganhos pessoais ou profissionais.

19

Redes sociais online: tais como facebook, orkut, myspace, twitter, que são

um serviço online, plataforma ou site que foca em construir e refletir RSs ou relações A análise de RSs (relacionada com as redes complexas) surgiu como uma técnica chave na sociologia moderna (http://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_social).

As Redes Sociais na Internet vêm ganhando destaque nos últimos anos, pois

no início da segunda década do século XXI, a Internet faz parte do dia-a-dia da boa

parte da população mundial, especialmente, no mundo ocidental1 e entre as pessoas

de maior renda. Os e-mails —ou correio eletrônico — apareceram, por volta dos

anos 1990, como a primeira forma de relacionamento de comunicação e troca de

arquivos na internet. Essa forma de contato e de interação entre usuários de redes

online é mantida até os dias de hoje (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-

redes-sociais/).

2.3. Redes Sociais: Exemplos, Funcionamento e Finalidades

Além do Sixdegrees, citado acima, outras Redes Sociais, foram criadas com

diversas finalidades e formatos. Uma das que mais se aproxima do formato atual é a

Friendster, que registrou mais de três milhões de cadastros. A Friendster, com o

conceito de circulo de amizades, também permitia a criação e divulgação de perfis e

um de seus objetivos era criar relacionamentos entre pessoas com os mesmos

interesses (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/).

Já o My Space, de acordo com o www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-

redes-sociais/, surgiu em 2003, logo após o Friendster, destacando-se, ao longo do

tempo, por ser uma rede completamente interativa, podendo-se, nela, incluir fotos,

músicas e até blogs. Segundo a mesma fonte, o My Space se tornou uma das redes

mais populares dos Estados Unidos.

Também em 2003 surgiu uma nova proposta de rede social online: a Linkedin.

Sua proposta era voltada para interesses de empresários e profissionais. A respeito

dessa rede o mesmo site www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/,

informa que [...] a Linkedin trata a ligação entre os usuários com o termo ‘conexões’

e não ‘contatos’ como nas demais redes.

A figura abaixo representa a estrutura do Linkedin, mas oferece claramente a

noção do que seja uma rede social online.

1 No Oriente, os governantes de muitos países simplesmente não permitem o acesso à Internet ao conjunto de sua população

— ou a uma parte dela, como as mulheres —, temerosos da infiltração de ideais e costumes que consideram política ou socialmente danosos / perigosos.

20

Figura 1. Exemplo de grafo de uma rede social (neste caso, do LinkedIn da autora), gerado

através da ferramenta disponível em: http://inmaps.linkedinlabs.com. Cada nó é um contato e

as linhas são as interligações entre eles.

Em 2004, desenvolveu-se a Web 2.0, uma espécie de evolução da web criada

nos anos 90. Para o site www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/

Essa evolução não estava ligada a atualizações técnicas, mas a uma nova forma de utilizá-las e encará-las, tanto por seus usuários como também por seus próprios desenvolvedores. Apesar de muitos identificarem essa nova terminologia como apenas uma estratégia de marketing, o fato é que, exatamente no ano de 2004 seria lançada a rede social que surgiria como um grande fenômeno no Brasil e no mundo.

Essa rede, sem dúvida alguma foi o Orkut.

Desenvolvido pelo engenheiro turco e funcionário do Google, Orkut

Büyükkokten, com a proposta de possibilitar aos usuários a criação de novas

amizades — para se tornar usuário era necessário ser convidado por um usuário —,

seu alvo era o público norte-americano. Entretanto, seu sucesso maior se deu na

Índia e no Brasil. No Brasil, ele cresceu tanto e conquistou tantos usuários, que as

comunicações em Português quase passaram a ser a regra.

21

Ainda em 2004 surgiria outra rede: Facebook, que inicialmente funcionou de

forma restrita, voltado apenas para os alunos da Universidade de Harvard, origem

de seus criadores. Posteriormente alcançou outros campi universitários, expandindo-

se, em 2006 para quaisquer usuários, acima de 13 anos

(www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/).

2.4. As Mensagens Instantâneas

Com o rápido e considerável aumento do número de internautas, sentiu-se

necessidade de uma ferramenta de comunicação que permitisse uma ampliação nas

redes de contatos. Desse modo, por volta de 1997, ocorreu um dos

desenvolvimentos mais importantes e significativos, posteriores ao e-mail, que foram

as mensagens instantâneas.

De acordo com o site (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/)

América Online (AOL) foi um dos primeiros provedores de Internet a trabalhar com o

serviço de bate-papo (chat em Inglês), limitado, claro, a seus assinantes. Isso não

impediu a popularização das mensagens instantâneas, que rapidamente, ganharam

muitos adeptos.

Rapidamente surgiram novos programas de mensagens instantâneas, a

exemplo do ICQ — originalmente do site Mirabilis —; do SMS, da Microsoft; o Instant

messenger, do Hotmail e vários outros

O Twitter — cuja denominação deriva do nome de um pássaro que gorjeia

para informar sua localização e atividade — é considerado o que há de mais

inovador em termos de rede social online. Criado em 2006, pela Obvios Corp, se

caracteriza pela velocidade da informação, já que apenas informações com até 140

caracteres podem ser publicadas por vez. Desde 2009 essa rede vem crescendo e

se tornando uma das mais importantes do mundo — e, muito especialmente no

Brasil, onde vem suplantando o Orkut —, em função de seu formato, propício às

informações jornalísticas (www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-

sociais/).

As Redes Sociais são utilizadas, nesta primeira década do século XXI por

internautas de todas as idades e praticamente, no mundo todo. Não apenas

indivíduos, mas também empresas, de todos os segmentos econômicos, fazem

parte das redes sociais e aproveitam sua velocidade de comunicação e o acesso a

22

milhares de internautas para divulgar seus produtos e serviços

(www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/).

Segundo Lévy (1999), o futuro dos sistemas da educação está diretamente

ligado a sua formação na cibercultura e sua mutação contemporânea na relação

com o saber. Essa nova fase da rede transformou internautas comuns em

produtores e colaboradores de conteúdo. “Na era da computação social, os

conteúdos são criados e organizados pelos próprios utilizadores” (LEMOS e LEVY,

2010, p.11).

As redes sociais juntamente com muitas outras aplicações fazem parte da chamada Web 2.0. Web 2.0 é a mudança para uma Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos da rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva. (O’Reilly 2005, s. p.).

Informações divulgadas pelo jornal Folha de São Paulo

(http://www1.folha.uol.com.br/tec/789215-brasil-e-o-quinto-pais-que-mais-usa-redes-

sociais-diz-pesquisa.shtml), o Brasil é o 5º país, em número de visitas às Redes

Sociais no mundo. A mesma fonte informa que em julho de 2009, 23,9 milhões de

brasileiros acessaram alguma rede, enquanto, no mesmo mês de 2010, o número

subiu para 35,2 milhões de visitantes, um aumento de 47%. O Orkut, ainda segundo

a Folha, já teria ultrapassado o Orkut em número de usuários, com um crescimento

de 179% em um ano.

23

3. REDES SOCIAIS NA EDUCAÇÃO

A utilização das Redes Sociais como instrumento didático no ensino médio,

trouxe a possibilidade de explorar suas várias potencialidades enquanto espaço de

interação, indo ao encontro dos interesses dos alunos, como também promove a

aprendizagem colaborativa. As Redes Sociais atingiram pela forma como podem ser

utilizadas, uma importância surpreendente, que dificilmente seria previsível quando

surgiu. Suas características sociais, de utilização e fácil controle tornaram-se

atrativas para todas as faixas etárias, principalmente, para os jovens. A escola pode

e deve aproveitar este interesse e direcioná-lo para a aprendizagem e integração

social entre alunos e professores, colaborando e desenvolvendo as competências

previstas pelos programas das disciplinas.

A questão é como o educador e o educando devem lidar com as novas ferramentas disponíveis na atualidade. A tecnologia não subestima, nem o educador, nem o educando; apenas modifica as relações entre os mesmos criando um novo ambiente de compartilhamento de conhecimento em que o domínio sobre a máquina e sobre o ciberespaço se faz imprescindível. (UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, http://www.wezen.com.br/site/2010/11/as-midias-sociais-estao-renovando-a-educacao/)

Segundo Nepomuceno (2009) professores e alunos precisam começar a criar

mecanismos de colaboração, para em conjunto criar conteúdos e interpretá-los.

Desse modo, os alunos saem da escola com os conceitos fundamentais

apreendidos e com capacidade para entender o encadeamento das informações.

Uma estrutura social que pode ser representada sob diversas formas de

gráficos, nos quais, os pontos representam os indivíduos — às vezes chamados de

atores —, sendo as relações entre eles os traços que os unem, é o que chamamos

de Rede Social.

Muitos são os tipos de relações que podemos encontrar nas Redes Sociais,

tais como operações financeiras, amizade, diversão, sexo ou relações profissionais.

É um meio de interação entre pessoas distintas e distantes no espaço, dedicadas a

atividades como nos jogos on-line, chats, fóruns, etc.

A estrutura social da educação se adequa de forma perfeita a esse formato. A

primeira característica das Redes Sociais — e, nesse caso, talvez a melhor —, que

pode ser utilizada na educação é a facilidade e a rapidez para manter contato com

um grande grupo de pessoas. Redes Sociais compostas por professores e

24

estudantes poderiam explorar várias relações educacionais como cursos, monitorias,

consultorias, grupos de trabalho interdisciplinares, etc. A sala de aula seria uma

pequena comunidade formada pelo professor e seus alunos, tornando-se

efetivamente em lugar para colaboração e trabalho conjunto. Um detalhe que

surpreende quando se buscam informações sobre a aplicação das Redes Sociais

em educação é quase absoluta falta delas. Muitos professores estão em Redes

Sociais, mas são quase inexistentes os que as levaram para a sala de aula.

Segundo LÉVY (1988), O professor deve desenvolver o papel de “animador” do

aprendizado, utilizando de forma dinâmica a criatividade e utilizando o máximo

possível as ferramentas que o computador e as redes sociais podem oferecer como

ferramenta de aprendizado.

Antes mesmo de influir sobre o aluno, o uso dos computadores obriga os Professores a repensar o ensino de sua disciplina. [...] A transmissão de informações e a notação dos exercícios deixam de ser a principal função do professor. Guiando a procura do aluno por informações nos programas, nos banco de dados e nos livros, ajudando-o a formular seus problemas, torna-se um animador do aprendizado. (LÉVY, 1998, p. 27)

Desse modo Levy evidencia as transformações na execução do papel do

professor da primeira década do século XXI. O professor passa a exercer o papel de

orientador, levando o aluno a pensar, buscar informações, produzindo e exercendo a

sua criatividade.

Uma característica importante das redes sociais é sua capacidade de

valorizar a individualidade dos usuários e isso é importante quando se trata de

adolescentes que estão firmando sua personalidade. Não seria, por exemplo,

recomendável ou didático, que um professor, trabalhando com Redes Sociais,

restringisse a possibilidade de os alunos personalizarem suas páginas pessoais,

seja alterando cores, inserindo fotos, vídeos, músicas, etc. Os usuários de redes

sociais têm mecanismos para criar seus próprios objetos, que podem ter a forma só

de texto — mensagens, comentários sobre outros objetos, fóruns de discussão —,

imagens, sons, blogs, objetos incorporados (documentos, apresentações), anexos,

etc. Embora os produtos digitais da rede possam ser limitados, a capacidade de

incorporar objetos externos faz com que, na prática, sua versatilidade e o leque de

possibilidades e alternativas seja muito elevada.

(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)

25

O papel do professor, então, além de trabalhar os conceitos, deve orientar

seus alunos a navegar no rumo certo para encontrar o que interessa em meio ao

volume avassalador de informações disponíveis. É fundamental, nesse sentido, que

as novas gerações possam se desenvolver, dominando a máquina e o ciberespaço.

Em outras palavras, é despropositado não dar a essas novas gerações a

oportunidade de se integrarem ao mundo virtual e suas inúmeras oportunidades e

possibilidades. Portanto, permitir que os alunos possam estabelecer relações via

uma rede social, significa ainda, permitir-lhes conhecer seus limites, e os de seus

companheiros, colegas, professores, da escola, etc.

Por outro lado, a comunicação direta com os alunos se torna muito simples, e

direta, seja através do mural (mensagens que todos podem ver ao abrir uma página

pessoal), ou privado (por meio de mensagens diretas semelhantes a e-mails que

podem ser enviadas diretamente a um ou a todos os membros de um grupo).

Isso se aplica também aos alunos. Eles podem entrar em contato entre si, ou

com qualquer de seus professores de forma direta. Desta forma a rede social tem

efeito direto sobre a melhoria das comunicações pessoais aluno-professor e aluno -

aluno. (http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)

Para Alam (2010) a importância do professor é inegável, mas, o deste século

é essencial para que as novas gerações se desenvolvam dominando a máquina, a

tecnologia e o ciberespaço. Diz ele que aprender e ensinar, no atual momento

tecnológico é fundamental para vivenciar um momento da história da humanidade

que é ímpar, pelo alargamento das fronteiras do pensamento. O educador

contemporâneo precisa manter-se constantemente atualizado para acompanhar a

evolução da tecnologia e das redes sociais, desta forma poderá sentir o pleno

domínio do ciberespaço.

Se o professor do século passado era importante, o deste século é essencial para que estas gerações possam se desenvolver plenamente, mas dominando a máquina, dominando o ciberespaço e conscientes de que o ato de ensinar e aprender são fundamentais para usufruirmos desta fantástica tecnologia e deste momento ímpar da humanidade em que as fronteiras do pensamento inexistem. (ALAM, 2010, p.-)

26

Tais afirmações descrevem sintética e magistralmente o papel dos

professores, no período histórico que Milrton Santos (1998), importante geógrafo

brasileiro, denominou meio – técnico – científico – informacional.

3.1. O Atrativo das Relações Sociais

Para os professores, as Redes Sociais possuem características e abrem

possibilidades, ainda não inteiramente percebidas por eles. Criando uma rede é

possível o facilitar a comunicação e mais eficazmente coordenar as atividades e

interagir com os alunos. Mais ainda, pode criar laços de união com os demais

professores tanto de sua unidade, como de outras pelas afinidades disciplinares ou

interdisciplinares.

As Redes Sociais têm grande importância no aspecto pessoal e de relação

por parte dos que fazem uso delas. Por esse motivo, quanto maior o número de

participantes, mais atração gera nos alunos que estão em contato direto com seus

professores, amigos e colegas. Cria-se assim, um ambiente de trabalho saudável, o

que tem se revelado como um dos motivos diretos do sucesso dessas redes.

O Brasil ganha destaque neste contexto, pois os brasileiros são os internautas que mais passam tempo on-line por mês, fazendo uso de várias ferramentas da computação social, dentre as mais usadas estão às redes sociais. “Os brasileiros são ativos produtores de informação e participantes das redes sociais” (LEMOS e LEVY, 2010, p.23).

As Redes Sociais têm a fantástica possibilidade, se bem orientadas ou

organizadas, em seus objetivos, de aproximar a aprendizagem formal da informal.

Podem permitir que os estudantes se expressem por si mesmos, estabeleçam

relacionamentos com outras pessoas e atendam às exigências dos objetivos

educacionais traçados para si e para o conjunto dos demais usuários.

A possibilidade de criar grupos de estudantes — assim como se criam, por

exemplo, de profissionais ou de aficionados por determinados assuntos — facilita a

coordenação do grupo, seus objetivos atividades; o contato entre todos; a

colaboração na execução de tarefas; o compartilhamento de materiais e a criação de

produtos digitais.

Tanto alunos como professores podem criar grupos que podem ser abertos a

qualquer pessoa ou fechados — grupos aos quais se tem acesso via convite. Os

27

grupos podem ser criados, pelos professores, de diversas formas como: a) classe

para tutoria, onde o tutor — em geral um professor, ou alguém designado por ele —

emite avisos ou estabelece diálogos sobre temas de interesse do grupo; b)

disciplinas, nas quais o professor pode postar uma atividade, atualizar o blog, postar

notas de avaliações ou responder a dúvidas sobre temas estudados em sala.

Formado por alunos, esses estarão em contato para quando precisarem

realizar trabalhos de grupo em alguma disciplina, ou discutir as dúvidas entre si.

(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)

Quando a intenção é usar a rede social para determinadas atividades, pode

ser necessário usar serviços externos que podem ser acessados pela rede,

deixando-a como centro de encontro, coordenação e referência exterior.

Devido à presença das redes sociais em nossas vidas, podemos realizar

escolhas entre o real e o virtual, estamos seguindo uma tendência a escolher cada

vez mais o virtual para nossas ações rotineiras, quando a presença física não é

obrigatória, tornado a rotina mais prática, economizamos tempo que é fundamental

nos dias de hoje, assim Moran nos relata,

“O que consideramos fundamental nas nossas vidas o faremos presencialmente. As tarefas, serviços, trabalho e a manutenção dos grupos a que pertencemos poderemos fazê-lo virtualmente”. (MORAN, 1998, p. 76)

Devemos lembrar que interação virtual não é restrita ao computador, aos

chats, as redes sociais, etc. quando entramos em contato com histórias fictícias de

filmes, novelas, as pessoas passam a interagir com um mundo virtual. Como afirma

Moran à interação virtual e física pode variar entre as pessoas, devido a possuírem

interesses diferenciados, variações no nível de socialização, dentre outros fatores

que irão determinar como cada pessoa se comporta em relação a interações virtuais

ou físicas.

“Muitos vivem hoje mais interações virtuais do que reais, se emocionam mais com histórias de uma telenovela do que com historias semelhantes que acontecem ao seu redor”. (MORAN, 1998, p. 77)

Segundo matéria publicada no site Educação Pública

(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html), pode-se

encontrar em uma rede social, inúmeros benefícios que possibilitam uma forma

diversificada para trabalhar com os alunos, entre os quais, podem ser citados:

28

a) Centralizar em um só lugar todas as atividades docentes, professores e alunos de uma escola;

b) Um ambiente de trabalho mais saudável, permitindo ao aluno criar objetos de interesse próprio;

c) Fluência e facilidade de comunicação entre professores e alunos;

d) Maior eficácia na utilização prática das TIC;

e) Coordenação dos trabalhos de vários grupos de aprendizagem (classe, disciplina, grupo de estudantes de uma disciplina etc.) mediante a criação de grupos apropriados;

f) Comportamento social básico por parte dos alunos:

g) O dizer, o fazer, onde posso chegar etc., sentimento de comunidade educativa para alunos e professores, devido ao efeito de proximidade que as Redes Sociais causam. (http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)

As redes sociais, conforme Bohn (2009) possibilitam a troca de conhecimento,

o estudo em grupo e a aprendizagem colaborativa. Os fóruns de discussão,

existentes em quase todas as redes sociais, permitem a abertura de tópicos e a

interação com outros membros para compartilhar as ideais.

Tais redes são totalmente controláveis por seus administradores, que podem

eliminar conteúdos inadequados e mesmo bloquear usuários que causem

problemas. É necessário trabalhar com redes fechadas para trabalhar com menores

de idade, de modo a protegê-los, evitando a divulgação de seus nomes ou outros

dados que permitam sua identificação.

(http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/tecnologia/0034.html)

3.2. As Redes Sociais: Uso do Blog como Instrumento Pedagógico

O surgimento dos blogs não tem data específica, mas o termo Weblog surgiu

em dezembro de 1997, com Jorn Barger que, em sua página pessoal Robot

Wisdom, postou pequenos comentários e alguns links. A própria origem da palavra

blog é uma mistura “[...] entre web (página na Internet) e log (diário de bordo) [...]”

(SCHITTINE, 2004, p.12).

O termo weblog é utilizado por servidores web para os acessos aos mesmos, então com o tempo preferiu-se a utilização de uma versão mais curta, BLOG. Peter Merholz (1999) sugeriu o termo “we blog” (em português, nós blog), e assim surgiu o verbo blogar, e por consequência o adjetivo blogger para aqueles que utilizam os blogs. No entanto Blogger é um serviço de publicação de blogs e por isso Branun sugeriu o termo bloggist (no Brasil é mais usado blogueiro que faz referência a blogger, mas o termo bloguista também é utilizado). Robot Wisdom – Blog de Jorn Barger (http://robotwisdom2.blogspot.com/).

29

Os Weblogs, ou simplesmente blogs, são páginas na Internet, entretanto,

possuem funcionamento simplificado, de forma que qualquer pessoa consiga postar

textos, imagens e vídeos na Internet.

Os blogs surgiram primeiramente como diários pessoais, que poderiam ser

privados ou abertos às pessoas. No entanto foi adquirindo outras funções.

Divulgação de trabalhos, páginas pessoais, educação, entretenimento, informação

etc. A popularização dos blogs se deu devido a suas características técnicas

simples, como diz Denise Schittine:

[...] o blog surgiu como um sistema de disponibilização de textos e fotos na web menos complexo e mais rápido, o que facilitou a fabricação de páginas por indivíduos com pouco conhecimento técnico (SCHITTINE, 2004, p.13).

Os blogs são, portanto, páginas pessoais em formato semelhante ao de

diários, que podem ser atualizadas a qualquer momento. Seus temas e possíveis

conteúdos abrangem uma infinidade de assuntos, ou seja, tudo que um autor

imaginar.

O certo é que alguns são voltados para diversão e outros utilizados em

situação de trabalho, entretanto, há também aqueles que misturam tudo. O mais

comum é enfocar um tópico ou área de interesse do autor. Até agora, expressar-se

pela web era privilégio de quem conhecia a fundo linguagem de programação, mas

os bloggers estão ampliando as possibilidades da rede. Segundo Rebecca Blood,

publicada em http://welitonshow.blogspot.com/2009/10/refletindo-sobre-blog.html, “A

Rede nasceu com a promessa de que todos poderiam publicar, milhares de vozes

poderiam florescer, comunicar, conectar”.

Em geral, os blogs trazem links para outros blogs e o conteúdo gira em torno

do tema escolhido pelo blogueiro, sob forma de comentários, em pequenos

parágrafos, apoiados, ou não, por vídeos, fotos, música. Semelhante a uma home

page, tem a vantagem de facilitar a criação e a atualização, além disso, informa em

tempo real, cronologicamente organizado — segue uma linha de tempo, com um

fato após o outro, registrando data e hora; facilita também a interação com o leitor,

que, por sua vez, pode comentar, criticar, fazer sugestões, mandar recados, etc.

(http://aquarelasdigitais.blogspot.com/2008/07/os-blogs-na-educao.html)

As pessoas criam blogs geralmente por dois motivos, “[...] para convencer e

para deixar um registro [...]” (HEWITI, 2007, p.137). Criar um blog é a maneira mais

30

fácil de tornar público algo que se escreveu, seja ou não dirigido para um público

determinado.

Um aspecto a ser abordado é que, muitos autores de blog escrevem para que

outras pessoas leiam, mas quando seus blogs “[...] passam a ser ignorados, tendo

como únicas visitas um colega de faculdade ou um cunhado... alguns ficam

cansados e desistem do esforço [...]” (HEWITI, 2007, p.137). E é aí que está um

fator fundamental, a Internet “[...] oferece uma plateia quase ilimitada... oferecer, não

significa garantir” (HEWITI, 2007, p.137). Assim, muitos autores de blogs acham que

para ter essa plateia disponível, bastará começar a escrever, para que milhares de

pessoas comecem a ler seus textos. No entanto, para pessoas que não são

conhecidas, como jornalistas famosos, atores, críticos, que já estão expostos na

mídia, à sistemática não é essa. Para os desconhecidos, ou não famosos, é preciso

um “trabalho de formiga”, é preciso, além de um bom conteúdo a ser exposto, ter

persistência no trabalho.

Os visitantes desses blogs de pequeno tráfego estão ligados a eles por alguma razão – amigos, parentes, colegas de trabalho – o impacto do comentário será maior do que se um estranho visitar... Esses blogs ocupam um nicho semelhante ao do informativo da associação de pais e mestres, do boletim da igreja e talvez do jornal local gratuito que cobre os esportes colegiais (HEWITI, 2007, p.144).

Muitas pessoas têm necessidade de saber que seu trabalho está sendo

acompanhado e gosta de opiniões, comentários de pessoas próximas ao autor, que,

geralmente, surtem mais efeito do que os de estranhos. Todavia, frequentemente, os

comentários de desconhecidos trazem mais verdades consigo.

3.3. Blog na Educação

De que forma os educadores, podem usar esse novo suporte de informação

para alcançar os objetivos educacionais dentro do processo ensino- aprendizagem?

Como recurso de aprendizagem, o blog ainda é novidade, mas a linguagem é

bem conhecida dos adolescentes, que o utilizam para publicar páginas pessoais,

como os tradicionais diários. (http://revistaescola.abril.com.br/lingua-

portuguesa/pratica-pedagogica/blog-diario-423586.shtml)

Entre educadores e educandos um blog pode representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos, convidados a exercitar a leitura, a escrita, o senso crítico, a familiaridade com a informática, desenvolvendo a criatividade na elaboração de pesquisas e projetos

31

colaborativos (http://aquarelasdigitais.blogspot.com/2008/07/os-blogs-na-educao.html).

É essa funcionalidade, uma de suas características mais interessantes,

para o uso com educandos.

Na sala de aula, um blog serve, ou pode servir, entre outras coisas, para

registrar os conhecimentos adquiridos pela turma, durante os projetos de estudo,

sendo possível enriquecer todo o processo, com relatos, comentários, links, fotos,

ilustrações e sons. Ocorreu à popularização dos blogs, como visto antes, num

momento, em que a Rede, aparentemente, já não trazia muitas novidades,

valorizando a criação e autoria, trazendo um novo cenário para a Web.

Os blogs trazem mais cor, expressão, identificação e individualidade à

Internet. Quem ''bloga'' uma vez, não quer parar. Os que leem um blog interessante

passam a acompanhar a atualização da página todos os dias, como o desenrolar

dos capítulos de uma novela.

A Educação pode abrir novos canais de comunicação entre alunos e

professores, incentivando o uso do blog e, respectivamente, a aprendizagem das

tecnologias envolvidas.

O educador pode convidar os alunos para criarem, juntos, um blog da turma. Todo o processo — escolher o servidor, eleger e editar o visual, inscrever os participantes e decidir o nome e os "objetivos" do blog — pode ser feito coletivamente. (...) Um blog feito por várias pessoas tem a vantagem de estar sempre mostrando novos textos, imagens, ideias. (...) Também é possível fazer do blog um jornal com as novidades, curiosidades, notícias e fofocas da turma. Grupos de alunos poderiam assumir cada editoria (editorial; notícias da escola; notícias da turma; cultura; esportes; recreio; colunas de opinião; etc.) e o jornal estaria sempre fresquinho e sempre no ar, para quem quisesse ler (Blog na Sala de Aula – Lorenzo Aldé http://www.via6.com/topico/37392/crie-um-blog-muito-facil-).

Fazer blogs pode ser uma forma divertida e criativa de estabelecer o hábito de

registrar e divulgar informações e iniciativas de interesse. É uma ótima estratégia

para dar a palavra aos estudantes.

E o professor? Ele também teria acesso aos blogs pessoais dos alunos, podendo sempre comentá-los, tirar dúvidas e selecionar bons textos e temas de discussão para levar para a sala de aula. Deixando os alunos livres para criar, sem compromisso de resultado ou nota, o professor obtém o que há de mais valioso nesta relação: passa a conhecer a cabeça de seus alunos, seus sonhos, medos, desejos e interesses. Seja como for, levar o recurso dos blogs para a escola pode representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos. Levar o recurso dos blogs para a escola pode representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos. Convidados a se divertir, eles estarão exercitando a leitura, a escrita, o senso crítico e a familiaridade com a informática (Blog na Sala de Aula – Lorenzo Aldé).

32

A possibilidade de explorar todas essas possibilidades e potencialidades dos

blogs, a serviço do processo ensino-aprendizagem está, portanto, nas mãos dos

atuais educadores. Os blogs possuem características que desperta o interesse da

geração de jovens atuais que esta acostumada a dinamismo, acesso rápido,

comunicação e socialização. Pode e deve ser usado como uma nova ferramenta

para atrair alunos para um mundo novo da leitura e da escrita. Todas estas

possibilidades dependem da capacitação e criatividade do professor,

“(...) tudo depende da imaginação do educador na hora de propor as atividades (...) É um espaço muito interessante, autoral. Os alunos se sentem orgulhosos e querem realizar bons trabalhos, que sejam valorizados pelos outros. Se o professor souber aproveitar, poderá ter ótimos resultados. Não podemos mais inibir o aluno, que já está tão acostumado com aquela caneta vermelha rabiscando o texto. O interessante do blog é que o estudante se manifeste sem restrições, interagindo com outros alunos e professores". (BARATO apud RAGAZZI, 2006)

Neste imenso universo digital os estudantes encontram um grande dilúvio de

informação e se utilizam de diferentes meios para filtrar e absorver o conhecimento,

é exatamente por isso que a visão do professor detentor do conhecimento não pode

mais existir, professor deverá transformar toda a informação que a rede disponibiliza

em conhecimento.

“Quanto mais informatizado for o planeta, quanto maior for o espaço cibernético, quanto mais informações estiverem disponíveis, maior será a necessidade e importância do professor. Um professor dos novos tempos, atualizado, interessado e respeitado.” (ALAM, 2010, p. -).

33

4. OS ALUNOS E O BLOG: RESULTADOS

A primeira etapa do trabalho consistiu em orientar os alunos e professores

para a elaboração de um projeto para a construção de um blog. Tanto uns quanto

outros receberam materiais alusivos — Roteiro para a criação de um blog (Anexo I)

e Roteiro para avaliação dos blogs da turma (Anexo II) — e foram feitas discussões

sobre como e por que construir um blog. Paralelamente, todos foram sendo

treinados passo a passo, nessa tarefa de construção, resultando na criação dos

seguintes blogs, dos quais cinco são de professores, sendo dois da autora e 14 dos

alunos:

1- Prof.ª Marta - http://digitalbiologia.blogspot.com/

2- Prof.ª Marta - http://blogandoinfo.blospot.com/

3- Prof.ª Helena - http://digmat22.blogspot.com

4- Prof. Fred - http://fredemassuntosdiversos.blogspot.com/

5- Prof.ª Raimunda – http://matematicaativa.blogspot.com

6- Diego Silva - http://diiegotecnico.blogspot.com/

7- Elaine S. de Souza - http://lanesaude.blogspot.com/

8- Elideise D. da Costa - http://damasaude.blogspot.com/

9- Graziele S. da Silva - http://graziisenna.blogspot.com/

10- Hilcinete M. P. Silva - http://hilinforeduca.blogspot.com

11- Ionarla S. J. Moreira- http://emutchomais.blogspot.com/

12- Jadson R. S. Santana - http://jadsontecnico.blogspot.com/

13- Jessica Gabriel - http://blogandocomjessica.blogspot.com.

14- Jeu Ferreira Bezerra - http://tecmicro2012.blogspot.com/

15- Jonas S. Magalhães – http://jonasmusicas.blogspot.com/

16- Joseane S. de Araújo - http://joseanearaujo18.blogspot.com/

17- Marise Sousa Gomes - http://blogandocomMarise.blogspot.com

18- Roberta B. Oliveira - http://robertaaianabrasil.blogspot.com/

19- Samara S. Conceição – http://samaradvances.blogspot.com/

Os temas escolhidos para os Blogs foram os mais diversos. Os professores

— apenas três, de 12, todos da área das ciências exatas, que participaram das

reuniões de AC (atividades de coordenação), nas quais o assunto ‘construção de

blogs’ foi tratado — centralizaram o tema em suas respectivas disciplinas. De seu

lado, dos 20 alunos do 3º ano do Curso Técnico em Informática, 15 construíram

blogs, abordando grande diversidade de temas (saúde, estética, música, tecnologia,

34

auto-ajuda, etc.). Nesta etapa foi enfatizada a importância da pesquisa e da

produção do conhecimento, contribuindo para responder os questionamentos

estabelecidos por esta pesquisa.

Observou-se grande interação, especialmente entre os alunos, com

navegações entre os blogs e, consequentemente, valiosas trocas de informações.

Entretanto, pelo menos, entre os professores, aconteceu que por falta de

maior traquejo com o manejo dos recursos da Internet, a necessidade de a autora se

ausentar, pouco depois dos trabalhos iniciais de elaboração dos blogs, os levou

praticamente ao abandono de seus blogs.

Dando sequência à formação de Redes Sociais, foi aplicada metodologia

semelhante (o mesmo Anexo II) para a criação do Twitter, oportunizando aos

participantes da pesquisa aprender a utilizar outra ferramenta, visando facilitar a

troca de informações sobre os blogs criados. O Twitter demonstrou ser uma

ferramenta ideal para socializar a turma, com mensagens rápidas. Os Twitters

criados foram os seguintes:

1- Prof.ª Marta Cristina - http://twitter.com/mcddn3

2- Prof.ª Maria Helena – http://twitter.com/mahepaca

3- Prof.ª Raimunda Crispina - http://twitter.com/teixeiracrisp

4- Marise Sousa Gomes – http://twitter.com/mariseflor

5- Hilcinete M. Patriarca - http://twitter.com/hilciaboa

6- Jessica Clarissa Santos - http://twitter.com/yessicaclarissa

7- Elideise Damasceno – http://twitter.com/Daysebela

8- Joseane Araújo - http://twitter.com/joseane18

9- Samara S. Conceição - http://twitter.com/Samarininha

10- Jeú F. Bezerra - http://twitter.com/Jefebe13

11- Roberta Brasil - http://twitter.com/robertaaiana

12- Jonas Santos - http://twitter.com/jonassalvador

13- Graziele Senna - http://twitter.com/grazisenna

14- Luiza Borges – http://twitter.com/izaborges98

15- Diego Silva Alves - http://twitter.com/DihFlash

Observe-se que, dos Twitters criados, apenas três são de professores, sendo

um da autora. Do mesmo modo, o sucesso entre os alunos foi de 12 em 20, ou seja,

60% de sucesso. Com a utilização do Twitter, observaram-se novas e mais intensas

trocas de informações culturais com sugestões de vídeos, livros, músicas, jogos e

35

conteúdos de estudo, como também, de informações diversificadas, contribuindo

para melhor socialização entre alunos e professores.

Em um terceiro momento foi aplicados dois questionário de pesquisa com a

finalidade de coletar dados sobre o nível de conhecimento dos alunos a respeito das

Redes Sociais e sua aplicabilidade na educação (Anexo III) e outro especificamente

a respeito de blogs (Anexo IV).

Responderam aos questionários um total de 20 (vinte) alunos de ambos os

sexos, pertencentes ao 3º ano do Curso Técnico de Informática2. Através das

questões pode-se avaliar e criar um perfil dos indivíduos pesquisados, a respeito da

utilização da internet (onde, como e quanto usa) além das questões éticas e sociais,

o nível de conhecimento sobre as Redes Sociais, sua importância e influência na

educação, especialmente o Blog.

As primeiras questões (1 a 4) foram direcionadas para pesquisar sobre o fato

de possuírem computador pessoal, local em que acessa a internet, frequência que

utiliza e que atividades desenvolvem na internet (nesta última questão foi permitido

marcar mais de uma opção).

A primeira questão, sobre ter, ou não, computador com acesso à Internet, 15

alunos responderam positivamente e apenas cinco responderam não possuir tal

equipamento. Para alunos de colégio público, considerados oriundos de famílias de

baixos rendimentos, é quase surpreendente. Mas, evidencia a importância assumida

pelo computador e pela Internet no âmbito dos menos privilegiados.

Para a questão sobre o local onde mais frequentemente acessam a Internet

os resultados surpreenderam positivamente (Tabela 1 e Gráfico 1). Os 20 alunos, já

mencionados, sem exceção, acessam a Internet, mesmo aqueles que não têm

computador em casa. Isso demonstra que o acesso à Internet, no Colégio, mesmo

com as restrições de praxe, ameniza, mesmo que em pequeno grau, um problema

de inclusão digital. Mas, revela também, que é preciso investir mais profundamente

nessa questão tecnológica.

2 O Curso Técnico em Informática deve ser feito em quatro anos para se obter o certificado de conclusão. Como o referido

curso ainda está no estágio de implantação no Colégio citado, só haverá uma turma de 4º ano em 2012 que será formada pelos atuais alunos do 3º ano de 2011.

36

Tabela 1. Local onde mais frequentemente acessa a Internet

Gráfico 1. Percentuais dos locais onde mais frequentemente acessam a Internet

Observe-se que 60% dos alunos pesquisados acessam a rede em casa como

dito acima, por causa do acesso no Colégio, nenhum respondeu que não acessa.

Tratando-se da frequência com que acessa a Internet (Tabela 2 e Gráfico 2),

verifica-se que 90% dos alunos acessam a rede diariamente, ainda que do total,

50% o faça por menos de três horas. Apenas dois alunos (10%) só têm acesso uma

vez na semana, mas ninguém leva um mês sem acessar.

Lugar Respostas %

Em casa 12 60

Casa de amigos 2 10

Na escola 3 15

Lan house 3 15

Não acessa 0 0

Total 20 100Fonte: Pesquisa direta 2011

0

10

20

30

40

50

60

Em casa Casa de amigos Na escola Lan house Não acessa

37

Tabela 2. Frequência com que acessa a Internet.

Gráfico 2. Percentual de frequência de acesso à Internet

A questão seguinte investiga as atividades desenvolvidas na Internet (Tabela

3). Estudo, com 40% das respostas, revela novamente a importância do acesso à

Internet no âmbito do Colégio. Comunicação aparece com 30% das respostas, mas,

Lazer e Trabalho se revelaram com menor peso. No segundo caso, compreende-se

que não dá para usar a Internet para trabalhar, seja no Colégio ou em lan houses.

Além disso, como estudantes do turno diurno (vespertino), poucos têm emprego

formal, não sendo, portanto, necessário o uso para finalidades profissionais.

Frequência Respostas %

Todos os dias 18 90

- menos de 3 horas 10 50

- mais de 3 horas 8 40

Uma vez por semana 2 10

Uma vez ao mês 0 0

Total 20 100Fonte: Pesquisa direta 2011

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Todos os dias - menos de 3

horas

- mais de 3

horas

Uma vez por

semana

Uma vez ao

mês

38

Tabela 3. Principal atividade desenvolvida ao acessar

Gráfico 3. Percentuais da principal atividade desenvolvida ao acessar a Internet

A segunda etapa do questionário de pesquisa foi direcionada para o tema

Redes Sociais, onde foram abordadas questões técnicas, éticas e educacionais.

Assim, verificou-se que não havia nenhum dos alunos que responderam ao

questionário, que ainda não tivesse ouvido falar em redes sociais, ainda que cinco

deles não soubessem conceituá-las.

Verificou-se, a seguir, que, ainda que não soubessem conceituá-las, todos

faziam parte de alguma rede. Abaixo se apresenta o demonstrativo das redes de

relacionamento que mais utilizavam. (Tabela 4).

Atividades Respostas %

Estudo 8 40

Comunicação 6 30

Lazer 4 20

Trabalho 2 10

Total 20 100Fonte: Pesquisa direta 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Estudo Comunicação Lazer Trabalho

39

Tabela 4. Principal programa de relacionamento de usos de cada aluno

Gráfico 4. Percentuais de uso das principais redes sociais online

O Orkut apareceu com maior peso, seguido do Facebook e comunidades

virtuais. O Twitter e os blogs não tiveram a mesma penetração entre esses alunos.

Contudo, ressalte-se que a pergunta se referia ao programa mais utilizado, portanto,

possivelmente, boa parte deles faça parte de mais de uma rede.

A seguir, foram oferecidas algumas afirmações opinativas e foi solicitado que

marcassem aquela (ou aquelas) que mais se aproximasse de seu modo de pensar.

Duas das cinco alternativas oferecidas concentraram, igualmente, mais de 26% das

opiniões dos alunos. Exatamente aquelas que, aparentemente são o principal

motivador para se fazer parte de uma rede social — virtual ou não — que foram as

que afirmam as possibilidades de compartilhar ideias e interesses comuns e a

Programa Respostas %

Facebook 5 25

Orkut 8 40

Weblogs - Fotoblogs 2 10

Twitter 2 10

Comunidades virtuais 3 15

Total 20 100Fonte: Pesquisa direta 2011

0

5

10

15

20

25

30

35

40

Facebook Orkut Weblogs - Fotoblogs Tw itter Comunidades virtuais

40

aproximação de parentes e amigos distantes. Coerente com essa visão, a terceira

alternativa de maior peso (21,7%) foi a do favorecimento de novas amizades.

As frases que sugerem características “negativas” ou “perigosas” foram as de

menor peso relativo (Tabela 5).

É muito provável que essas opiniões, mais voltada para seus próprios

objetivos de ingresso nas redes, associadas à juventude dos respondentes, não lhes

permita uma visão mais crítica, ou menos favorável, das Redes Sociais online.

Tabela 5. Opiniões a respeito das Redes Sociais de Internet

Tais resultados foram corroborados pelos da questão seguinte, que investigou

opiniões e ou conhecimento relativos a aspectos éticos do uso da Internet.

A duas afirmações com maior peso relativo foram aquelas em que os alunos

assinalaram não compreender as restrições de uso das redes sociais no âmbito

escolar (30%) e aquela em que revelaram desconhecer os aspectos éticos

envolvidos no uso da Internet (25%) (Tabela 6).

Oito alunos (20%) assinalaram conhecer as restrições relativas às questões

de autoria. Apenas cinco (12,5%) afirmaram conhecer as regras eticamente corretas

de uso do correio eletrônico e da Internet e outros 12,5% assinalaram que

compreendem as medidas adotadas, pela escola, de restrições de uso da Internet.

Afirmação Respostas %

a) Favorecem o compartilhamento de idéias e

interesses comuns 12 26,1

b) Permitem uma exposição exagerada da

intimidade das pessoas 4 8,7

c) Favorecem a aproximação de pessoas que estão

longe de amigos e parentes 12 26,1

d) Permitem que jovens inexperientes se tornem

presas fáceis de pessoas desonestas 8 17,4

e) Favorecem o estabelecimento de novas

amizades 10 21,7

Total 46 100Fonte: Pesquisa direta 2011

41

Tabela 6. Opiniões sobre questões éticas de uso da Internet

Os dados investigados a seguir tratam mais especificamente das redes

sociais e, mais de perto, dos blogs (Anexo IV).

Dos 20 alunos que responderam ao questionário 18 assinalaram que

acreditam que, de alguma forma, as Redes Sociais podem contribuir para a melhoria

do aprendizado. Apenas dois (10%) responderam negativamente.

Dentre esses 20 alunos, 15 (75%) afirmaram saber explicar o que é um blog,

contra apenas cinco (15%) que não o sabem.

Quanto a possuir ou participar de um blog, 13 (65%) responderam

afirmativamente, contra sete (35%) que responderam negativamente à questão.

Apenas cinco (15%) dos citados alunos responderam que têm, na turma,

algum professor que utiliza blog como facilitador da aprendizagem dos alunos. Os

demais (75%) responderam negativamente à questão.

O que não surpreende, mas que é mais do que importante e extremamente

significativo, é o fato de 100% ter respondido estar disposto a interagir, participar de,

ou colaborar com um blog.

Ratificando os dados acima, 15 alunos (75%) declararam não ter qualquer

dificuldade de navegar nessa interface — a dos blogs — em contraposição a apenas

cinco (15%) dos 20.

Afirmação Respostas %

a) Não estou ciente das questões éticas que envolvem o uso do computador 10 25,0

b) Tenho conhecimento das questões relacionadas à autoria 8 20,0

c) Compreendo as regras éticas de uso de correio eletrônico e da internet 5 12,5

d) Compreendo as restrições adotadas pela Direção da escola ao uso da internet 5 12,5

e) Não compreendo as restrições em relação ao uso das Redes Sociais no ambiente escolar 12 30,0 Total 40 100 Fonte: Pesquisa direta 2011

42

E, coerentemente com todas as respostas acima, também em reação aos

blogs, 18 alunos (90%) assinalaram que acreditam que a utilização de blogs pode

contribuir favoravelmente com o processo ensino-aprendizagem.

Evidentemente isso mostra o quanto há um espaço produtivo, esperando o

momento tempo certo, para sua aplicação pedagógica. A partir desses resultados, é

de se esperar que a motivação para a criação de blogs de alunos e de professores

registrasse uma boa incidência.

Como se viu acima, dos professores da área de Ciências exatas, com quem

foi feito todo um trabalho de motivação e esclarecimento a respeito de blogs, seus

usos, recursos e possibilidades, apenas três — com os da autora, chegaram a cinco

— construíram um, através do qual, conseguiram interagir com os alunos, durante

certo período de tempo. Todavia, desses, por uma questão de impossibilidade de a

autora — por questões pessoais —, dar assistência permanente á atividade, desses

professores os mesmos caíram em desuso. Aparentemente, o que pesou nesse

processo, foi a falta de hábito com essas novas tecnologias e, dessa forma, não

saber, como incluir, um vídeo, música, etc. Portanto, a dificuldade que levou ao

relativo insucesso, não foi a ferramenta blog, em si, mas a falta de um pouco de

treino — um mínimo de assistência pessoal —, no uso dos recursos colocados à

disposição dos blogueiros.

Contudo, houve um fato absolutamente inovador e não esperado. A

movimentação junto aos alunos e aos professores de exatas, não passou

despercebida dos demais professores de outras áreas. Daí que, um dos professores

de Inglês, se sentiu motivado e construiu seu próprio blog, através do qual vem

interagindo com os alunos de forma bastante intensa.

Dos 20 alunos que participaram deste estudo, 14 construíram seus blogs — o

que se pode considerar um sucesso, já que essa participação se elevou a 70% do

conjunto — e se motivaram a se relacionar também via Twitter.

A construção desses blogs foi acompanhada de perto, sendo que os alunos

foram avaliados relativamente a quatro aspectos da questão. Tais aspectos são

apresentados a seguir, não necessariamente por sua importância relativa, já que, na

verdade, são praticamente indissociáveis, um dos outros.

O primeiro aspecto considerado foi o técnico e, nem poderia ser diferente,

considerando que são alunos de um curso técnico, profissionalizante, da área de

informática. Nesse sentido, embora se tenha respeitado a liberdade de escolha do

43

assunto a ser trabalhado, foi colocado certo limite. Os blogs deveriam contemplar

assuntos técnicos ou profissionais, ou seja, deveriam ser voltados,

preferencialmente, para os assuntos através do quais desejam se desenvolver

profissionalmente. Assim, surgiram os mais diferentes assuntos, desde os

relacionados à área técnica em informática, até a saúde, música, etc.

O segundo foi o conteúdo, a produção do conhecimento. Como já informado,

os assuntos sofreram certa limitação necessária. Assim, foram orientados a levantar

informações sobre seus respectivos temas e a criar, pequenos textos alusivos,

começando por apresentar o blog, seu tema, seus objetivos e suas finalidades, sem

esquecer-se de apresentar o blogueiro.

O terceiro foi à criatividade. O embelezamento e o uso de recursos de

desenho, vídeos, fotos, músicas, etc., para ilustrar o tema e tornar a página

interessante e agradável aos visitantes ou leitores eventuais ou não.

O último aspecto levado em consideração foi o da interação. Todos deveriam

buscar conhecer os blogs dos demais, visitá-los e deixar seus comentários e

considerações, tanto a respeito do tema, quanto da apresentação.

Pode-se dizer que todos os trabalhos blog foram muito bons, de excelente

qualidade mesmo, em qualquer dos aspectos mencionados. Observou-se larga troca

de informações, interações e grande envolvimento pessoal, de cada um, com seu

próprio trabalho.

Todo esse esforço foi realizado durante o segundo semestre de 2010 e

deveria prosseguir ao longo de 2011. Entretanto, como já mencionado, a

necessidade de afastamento pessoal da autora, de suas atividades didáticas, nos

primeiros meses do ano letivo de 2011, causou, infelizmente, uma repercussão

negativa, sobre o trabalho dos alunos. Entre eles, os blogs começaram a ser

abandonados. Mas a experiência, em si, demonstrou a efetiva possibilidade de uso

dos blogs, como instrumento didático à disposição dos educadores.

44

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A proposição deste estudo se fez com o objetivo de conhecer a realidade dos

alunos e professores do Curso Técnico de Informática do Colégio Estadual Bolivar

Santana, no que se refere ao uso das tecnologias e das redes sociais e entre elas,

especificamente, os blogs. Para favorecer as reflexões acerca de inovações no

processo educativo com a utilização das Redes Sociais, foi aplicado um questionário

de pesquisa no qual se pode avaliar o grau de conhecimento dos alunos do Curso

Técnico de Informática em relação à utilização das Redes Sociais. Além disso,

aplicou-se também uma metodologia para a construção de blogs e de uso do

Twitter, com finalidades educacionais.

Observou-se que, apesar de estarem cada vez mais presentes na vida

cotidiana de alunos e professores, as redes sociais online fazem parte de um mundo

que ainda tem muito mais a ser explorado pela educação e, mais especificamente,

no Colégio Estadual Bolívar Santana. Apesar de o corpo docente ser formado por

professores com licenciatura plena e em sua maioria com especialização, existe a

carência de uma capacitação específica para uso das tecnologias na educação

como ferramenta pedagógica, causando uma certa insegurança por parte dos

professores para aplicar o conhecimento adquirido com o uso pessoal das redes

sociais em sua rotina pedagógica.

Verificou-se pela literatura citada, as enormes facilidades e potencialidades do

uso das redes sociais, propriamente ditas e, muito particularmente, do blog — por

suas características específicas —, como facilitadores do processo ensino-

aprendizagem.

Cabe ao docente, ser orientador e facilitador do aprendizado através desses

novos meios. É importante ressaltar que, assim como esse tipo de mídia pode ser

utilizado para o lazer, diversão e entretenimento — além de viabilizar as relações

sociais — também pode ser usado como um dos instrumentos de escolha dentro do

processo educacional, por conta de suas possibilidades de criação coletiva e da

comunicação horizontal, em tempo real.

A partir deste estudo pode-se inferir a grande abertura, especialmente por

parte dos educandos, para trabalhar com as ferramentas tecnológicas e a técnicas

virtuais. Logo que estimulados, os alunos lançaram-se a campo com grande afinco

e, no conjunto, observou-se um grande interesse e motivação para trabalhar

45

individualmente — em seus respectivos blogs — e, cooperativamente, colaborando

e trocando informações com os colegas. Também alguns professores se motivaram

e construíram blogs ligados a suas respectivas disciplinas, relatando grande

participação de seus alunos.

Contudo, por motivos alheios ao caráter do trabalho, a assistência a alunos e

professores foi interrompida, por força de necessário afastamento, da autora, do

ambiente de trabalho. Com isso, aos poucos, todos foram abandonando suas

páginas. Isso revelou que a prática de uso das redes sociais no meio escolar precisa

da atenção permanente do professor orientador, sem o quê, perde a consistência.

Evidenciam-se desse modo, que é preciso integrar o uso das redes sociais às

atividades cotidianas da vida escolar e à prática didática, sem isso, os efeitos serão

incomparavelmente modestos, em relação aos mestres — ou unidades escolares —

que fazem uso dessas novas formas de acesso à informação. Para resultados mais

consistentes é preciso uma aplicação constante das ferramentas que as redes

sociais disponibilizam, o professor deve se manter em constante movimento com

atualizações relacionados com o conteúdo trabalhado em sala, despertando o

interesse dos alunos e necessidades do acesso as redes sociais.

Para executar tarefa de tamanha complexidade, antes de tudo, é necessário

que as escolas disponham de uma equipe de professores razoavelmente bem

treinados, o que se constitui, neste momento, pelos mais diversos motivos, uma

séria dificuldade.

As novas tecnologias da informação e da comunicação não substituem os

professores como intermediários da produção e difusão do conhecimento. Mas o

papel dos mesmos e suas formas de atuação, apesar da mencionada falta de treino

específico, ainda assim, já foram bastante modificados, por essas tecnologias. O

professor deste novo século, não pode simplesmente deixar o tempo correr, sem

observar as mudanças que lhe estão sendo impostas. Fundamentalmente, ele

precisa se adaptar às essas novas tecnologias da informação e de ensino adaptar-

se a essa nova realidade, adaptando-a, também, por sua vez, a sua realidade

específica, de forma a não se tornar mero refém dessas tecnologias e seus usos.

Para tanto, duas coisas são essenciais: acesso aos equipamentos e tecnologias —

inclusive sob o aspecto de seu custo financeiro — e treinamento para aproveitar

todos os recursos disponíveis.

46

Embora o papel do professor tenha sofrido importantes modificações frente à

utilização de recursos tecnológicos na educação, é fato que as redes de

comunicação social ainda não têm a penetração necessária entre os docentes, mais

especificamente, no ambiente da escola pública, onde se realizou esta pesquisa.

Todavia, é interessante que o educador procure se capacitar para começar a lidar

com a enorme variedade de recursos existentes, que podem transformar o processo

ensino-aprendizagem mais interativo e dinâmico. Mais ainda, ele pode encontrar

caminhos e sugestões para utilizar as redes sociais, como os blogs a favor da

aprendizagem de seus alunos e, também, para tornar o relacionamento professor-

aluno em algo mais aprazível, além de mais proveitoso. Contudo, isso não depende

apenas da vontade expressa do professor – educador, mas, de toda uma série de

condições físicas, financeiras e políticas que podem se transformar (e, muitas vezes

o fazem, especialmente nas escolas públicas) em obstáculos à consecução de tais

objetivos.

O uso de Redes Sociais online e outros tipos de redes sociais devem ser

muito bem planejados e mensurados, mas, sempre de forma participativa, ou seja,

docentes e discentes precisam apoiar-se mutuamente nos atuais processos de

ensinar e aprender.

Mesmo a escola pública, nos dias atuais, recebe cada vez mais alunos

familiarizados com a tecnologia que vem aumentando sua participação na vida da

sociedade. Este fato torna mais fácil a utilização das tecnologias da informação na

Educação, com destaque para as Redes Sociais. Cabe, em parte, ao professor

explorar as potencialidades dessa tecnologia, procurando entender como seus

alunos a utilizam e, a partir daí, propor atividades, que sejam significativas para o

processo educacional. Cabe à Secretaria da Educação e seus diversos segmentos

construírem as políticas e processos que efetivamente promovam a inclusão digital,

oferecendo ainda os equipamentos e treinamentos adequados a cada situação.

Com certeza, a introdução de tecnologias educacionais e utilização das redes

sociais não serão a solução para todos os problemas da Educação, na atualidade.

Entretanto, tais tecnologias poderão contribuir para que, ao menos a escola pública,

não mantenha seus alunos distante da realidade técnica-informacional, que permeia

cada vez mais fortemente nosso modo de vida. Uma realidade à qual uma parte da

sociedade — aquela de maior renda — tem acesso sem maiores problemas, seja

47

em casa ou no ambiente escola. De modo geral, o aluno da escola pública, quase

não tem acesso, pois depende de poder pagar o tempo de uso de um computador

de lan-house, ou das eventuais aulas informática. O acesso aos computadores,

geralmente, é oferecido apenas aos alunos do curso técnico em informática. Não

aos demais. E esse é um problema a ser resolvido fora do âmbito escolar. É uma

questão de política educacional. Que ou qual formação se pretende dar aos

educandos.

O grande desafio é que a utilização destas inovações deve ocorrer de forma a

transformar os alunos, de simples consumidores, em produtores e difusores de

conhecimento e cultura. Para que estes fatos ocorram de forma mais consistente e

transforme-se em uma ferramenta atuante no processo de ensino aprendizagem é

necessário que ocorram algumas mudanças na politica das escolas públicas em

relação ao ensino de informática, incluindo esta disciplina na grade curricular, como

diversificada do nas séries do 2º ciclo do ensino fundamental e no ensino médio

regular. Democratizando o conhecimento tecnológico e ampliando o uso do

laboratório de informática, orientados por professores, a um maior número de

alunos.

48

REFERENCIAS

ACIOLI, S. Redes sociais e teoria social: revendo os fundamentos do conceito. Inf. Inf., Londrina: v. 12, n. esp, 2007.

AGUIAR, S. Redes sociais e tecnologias digitais de informação e comunicação no Brasil (1996-2006). Relatório final de pesquisa. NUPEF Rits - Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação da Rede de Informações para o Terceiro Setor, 2006, 37 p.

ALAM, NEIFF SATTE. O professor e o ciberespaço. Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2959264.xml&template=3898.dwt&edition=15017&section=1012 . Acesso em 16/09/2010.

ALDÉ, Lorenzo. Blog na Sala de Aula –http://www.via6.com/topico/37392/crie-um-blog-

muito-facil-. Acesso em 15/02/2011

ALMEIDA, M.E.B. DE. Educação, projeto, tecnologia e conhecimento. São Paulo: PROEM, 2002.

ALMEIDA, Maria Elizabeth Bianconcini de; MORAN, José Manuel. Integração das tecnologias na educação: Salto para o futuro. Brasília: 2005.

ALEJANDRO, V.; NORMAN, A. (2005) Manual introdutório à Analise de Redes Sociais.- medidas decentralidade – Disponível em: http://www.aprende.com.pt/fotos/editor2/Manual%20ARS%20%5BTrad%5D.pdf. Acesso em 23/11/2010.

A SALA DE AULA SE EXPANDIU. E AGORA? Disponível em http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/temas-especiais-26.asp Acesso em 15/02/2011.

BARGER, Jorn. http://robotwisdom2.blogspot.com/. Acesso em 17/11/2010

BARATO, JARBAS NOVELINO, Boteco Escola – acesso 12/12/2010 www.jarbas.worpress.com

BLOGGER. http://blogger.globo.com/br/about.jsp. Acesso em 18/08/2010

BLOOD, Rebecca. In: http://welitonshow.blogspot.com/2009/10/refletindo-sobre-blog.html. Acesso em 17/11/2010

BRASIL ESCOLA. http://www.brasilescola.com/curiosidades/como-surgiu-a-internet.htm. Acesso em 22/08/2010

BRASIL. PCNEM+: Orientações Educacionais Complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 2002. Disponível em

http://www.mec.gov.br/semtec/ensmed/ftp/CienciasNatureza.pdf. Acesso em 16/09/2010.

CROSS, R.; LIEDTKA, J; WEISS, L. Um guia prático de redes sociais. Harvard Business Review. V. 83, N. 3, Mar., 2005, p. 92-99.

FOLHA DE SÃO PAULO. http://www1.folha.uol.com.br/tec/789215-brasil-e-o-quinto-pais-que-mais-usa-redes-sociais-diz-pesquisa.shtml, 26/10/2010. Acesso em 30/10/2010.

49

GATTI, B. Informação e Tecnologia. In: SERBINO, R. V., BERNARDO, M. C. C. (orgs.) Educadores para o século XXI: uma visão interdisciplinar. São Paulo: Unesp, 1992, p.

155-158.

GOMES, M.J. (2005). Blogs: um recurso e uma estratégia pedagógica, IN ANTÓNIO MENDES, ISABEL PEREIRA E ROGÉRIO COSTA (editores), Actas do VII Simpósio Internacional de Informática educativa, Leiria: Escola Superior de Educação de Leiria, pp.311-315

GOMES, M.J. & LOPES, M. (2007). Blogues escolares: quando, como e porquê?. In CONCEIÇÃO BRITO, JOÃO TORRES E JOSÉ DUARTE (orgs); weblogs na educação, 3 experiências, 3 testemunhos, Setúbal: Centro de competências CRIE pp. 117-133.

HEWITI, Hugh. Blog: entenda a revolução que vai mudar o seu mundo; tradução de Alexandre Martins Morais. – Rio de Janeiro: Thomas Nelson, 2007.

http://aquarelasdigitais.blogspot.com/2008/07/os-blogs-na-educao.html Acesso em

25/01/2011

http://www.dihitt.com.br/n/internet/2009/05/31/redes-sociais-1. Acesso em 15/10/2010

http://turma7e20092.bligoo.com/content/view/646612/Um-pouco-da-historia-das-redes-sociais.html. Acesso em 13/10/2010

https://sites.google.com/a/in.cscm-lx.pt/redes-sociais-no-8e/historia-das-redes-sociais. Acesso em 21/10/2010

http://www.natanaeloliveira.com.br/a-historia-das-redes-sociais/. Acesso em 09/ 2011.

http://bib.pucminas.br/teses/Educacao_SerraDT_1.pdf. Acesso em 28/11/2011

LEMOS, ANDRÉ; LÉVY, PIERRE. O futuro da internet. São Paulo: Paulus, 2010.

LÉVY, PIERRE. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: 34, 2001.

LÉVY, PIERRE. O que é virtual. São Paulo: 34, 2003.

LÉVY, PIERRE. Cibercultura. São Paulo: 34, 2008.

MARTELETO, R. M. Análise de Redes Sociais – aplicação nos estudos de transferência da informação. Ci. Inf., Brasília, v. 30, n. 1, p. 71-81, jan./abr. 2001.

MORAN, JOSÉ MANUEL. Mudanças na comunicação pessoal: gerenciamento integrado da comunicação pessoal, social e tecnológica. Ed. Paulinas. São Paulo: 1998.

MORAN, JOSÉ MANUEL. Como utilizar as tecnologias na escola. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/utilizar.htm. Acesso em 23/05/2011

NOVAES, CAIO. A história dos Blogs, 2007/2008. Disponível em:

http://www.brogui.com/a-historia-dos-blogs/. Acesso em 28/05/2011

O’REILLY, T. What Is Web 2.0. (2005) Disponível em: http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/what-is-web-20.html. Acesso em 25/05/2011

50

PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Trad. Dirceu A. Lindoso; Rosa M. R. da Silva. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1970. 182 p.

PONTE, J. P.; OLIVEIRA, H.; VARANDAS, J. M. O contributo das tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento do conhecimento e da identidade profissional. In: FIORENTINI, Dario (org.). Campinas, SP: Mercado das Letras, 2003, Cap.5, p. 159-192.

PROINFO. Informática e formação de professores / Secretaria de Educação a Distância. Brasília: Ministério da educação, Seed, 2000.

REIS, M. F. Da revisão da educação tecnológica à base conceptual para uma nova política de educação tecnológica. In: REIS, M. F. Educação Tecnológica: a montanha

pariu um rato? Porto: Porto Editora, 1995, cap. 2, p. 37-57.

SANTOS, Milton. Técnica Espaço Tempo Globalização e meio técnico-científico-informacional. 4º ed. São Paulo: HUCITEC Ltda. 1998. 190 p.

SCHITTINE, DENISE. Blog: comunicação e escrita íntima na Internet. Rio de Janeiro:

Civilização Brasileira, 2004.

SEVERINO, JOAQUIM ANTÔNIO. Metodologia do trabalho científico (22ª ed.) São Paulo, Cortez, 2002.

SILVA, MARCO. Um convite à interatividade e à complexidade: novas perspectivas comunicacionais para a sala de aula. In: GONÇALVES, Maria Alice Rezende (org.). Educação e cultura: pensando em cidadania. Rio de Janeiro: Quartet, 1999. p. 135-167.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, http://www.wezen.com.br/site/2010/11/as-midias-sociais-estao-renovando-a-educacao/ Acesso em 15/04/2011.

VALENTE, JOSÉ ARMANDO. Computadores e conhecimentos: repensando a educação. (2ª ed.) Campinas, SP: UNICAMP/NIED, 1998.

VALENTE, J. A. Análise dos diferentes tipos de software usados na educação. In: ____ (Org.). O computador na sociedade do conhecimento. Brasília: Mec, s.d. Disponível em

http://www.proinfo.gov.br/biblioteca/publicacoes/livro02.pdf. Acesso em 23/01/2011

VIGOTSKY, LEV SEMYONOVITCH. A formação social da mente. 6ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1998.

WIKIPÈDIA. http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Internet. Acesso em 13/08/2010

ZAGO, G. S. O Twitter como suporte para produção e difusão de conteúdos jornalísticos. Cyber Legenda, 2008.

51

ANEXOS

52

ANEXO I

ROTEIRO PARA CRIAÇÃO DO BLOG

1. Tema/Título do seu blog:

2. Qual o site de hospedagem de sua preferência? Qual a provável URL do seu blog?

3. Objetivos do blog:

4. A quem se destina? A alunos? De qual nível? Fundamental, Médio ou Superior? Para alguma comunidade?Para uso pessoal? Pesquisa? Enfim, quem vai se interessar por seu blog?

5.Características: (aula, projeto, informativo, diário, álbum virtual, mensagens, resenha de livros, dicas de filmes para aulas...)...

6. Descreva as atividades:

7. Cite também sites ou blogs relacionados (digite nome e endereço).

53

ANEXO II

ROTEIRO: AVALIAÇÃO DOS BLOGS DA TURMA

ATIVIDADES INCLUÍDAS NO ROTEIRO 01:

VALOR: 1,0 PONTOS DATA DE ENTREGA: 14/09/2010 1ª ATIVIDADE:

Você deverá visitar os blogs sugeridos e escolher dois, para analisar. A análise será feita com base nos seguintes critérios:

Quais os blogs analisados? (Informar nome e endereço) Faça suas considerações sobre dois deles. (a que público se destina,

objetivos, que sugestões/mensagens você daria para o autor). Se desejar, deixe um comentário nos blogs visitados (deve ser entregue por escrito juntamente com o roteiro 02)

2ª ATIVIDADE: Após as visitas e análises dos blogs, deixe seus comentários (mensagem) no seu Twitter.

3ªATIVIDADE: Nesta atividade você vai criar um blog, socializar o endereço no seu Twitter, registrando também o seu processo de criação. Visite e comente no seu Twitter também os blogs dos colegas

ATIVIDADE INCLUÍDAS NO ROTEIRO 2

VALOR: 2,0 PONTOS DATA DE ENTREGA: 14/09/2010

ROTEIRO PARA A CRIAÇÃO DE BLOG Preencha o roteiro, cuidadosamente, entregar até a seguinte data: 13/09/2010. Procure tirar cópia, pois ficará retido até a conclusão dos trabalhos.

ATIVIDADE 03 – CRIAÇÃO, SOCIALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO – BLOG

VALOR: 1,0 PONTOS DATA DE CONCLUSÃO DA ATIVIDADE: 21/09/2010 1. Faça as primeiras postagens em seu blog, seguindo o roteiro de elaboração que você criou; 2. Divulgue o endereço do seu blog no seu twitter, enviando o endereço para o e-mail da turma e para o e-mail da professora. 3. Visite os blogs todos os colegas colocando comentários no blog de cada um.

ATIVIDADE 04: POSTAGENS - DESIGNER-CONFIGURAÇÕES

VALOR: 4,0 PONTOS DATA PARA FINALIZAR A ATIVIDADE: 27/09/2010

1- CABEÇALHO:

54

O cabeçalho deverá conter o título do Blog e por trás do título uma imagem relacionada com o tema do blog. Abaixo da imagem com o título uma descrição sucinta dos objetivos do blog.

2-POSTAGENS: TEXTO ACOMPANHADO DE IMAGEM:

Deverá ser postado no blog, um mínimo de três postagens, todas acompanhadas de imagens relacionadas com o tema da postagem e com links para outra página da web. Duas postagens pode ser de artigos pesquisados na internet, relacionados com o tema do blog (não se esqueçam de colocar a autoria) uma deve ser construída pelo aluno ( texto de autoria própria).

Um vídeo relacionado com o tema do blog. Imagem, colocada usando o recurso HTML, relacionada com o tema do

blog.

3- DESIGN: Através do design modelo escolher: modelo, plano de fundo, layout,

avançado (para configurar cor, tipo e tamanho da fonte). Colocar os seguintes gadget (obrigatórios): logotipo do blogger, links,

relógio, buscador do google, barra de vídeo do You Tube ( relacionar como o tema do blog), Twitter, Windows Live Messenger, seguidores, Apresentação de slides ( com o tema do blog), perfil e seguidores. Se quiser pode adicionar mais alguns gadget de sua escolha.

4- CONFIGURAÇÕES: Publicação: fazer o comentário sobre o seu blog Comentários: moderar comentários Permissão: Qualquer pessoa pode visualizar o blog. Formatação: Postagens, escolher forma de a data aparecer. Perfil

5- TRABALHANDO HTML: Mural de recados Contador de visitantes Imagem Cursor

6- RECURSOS EXTRAS (NÃO OBRIGATÓRIO) Música; Banner; TV; Jogos; etc..

ATIVDADE O5: APRESENTANDO SEU BLOG: Data da apresentação: 28/09/2010 e 30/09/2010 Valor da apresentação: 2,0 PONTOS Tempo: 10 minutos para cada blog Apresentação de cada blog: deverá ser realizada pelo seu criador, falando

do tema, objetivos e do processo de criação (aprendizado) do seu blog.

55

A ordem das apresentações será pela ordem do mapa de notas da professora.

O aluno que não comparecer só terá direito a uma segunda chance com apresentação de atestado médico.

OBSEVAÇÃO: Só será considerada a nota do item ATIVIDADE 04: POSTAGENS- DESIGNER-CONFIGURAÇÕES (valor: 4,0 pontos) para os alunos que realizarem a atividade ATIVDADE O5: APRESENTANDO O SEU BLOG.

6- SUGESTÕES PARA PESQUISA: Para incluir imagens músicas em seu blog, utilize Sites que disponibilizam conteúdos livres para download como os citados abaixo:

Domínio Público: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp

Overmundo: http://www.overmundo.com.br/

Jamendo: http://www.jamendo.com/br/

Internet Archive: http://www.archive.org/

Portal do Paraná: http://www.diaadia.pr.gov.br

Portal do professor: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/

Banco de imagens: http://recursostic.educacion.es/bancoimagenes/web/

Flash sound: http://www.flashsound.com/

Banco de imagem: www.dreamstime.com

Recursos para Blog:

http://materialparablogs.blogspot.com/2008/06/efeitos-em-cursores_15.html

http://www.dicasparablogs.com.br/2008/03/imagem-no-cursor-do-mouse.html

http://www.ferramentasblog.com/

http://www.apostilaz.com.br/informatica/como-criar-um-blog.html

http://www.codigofonte.net/

Bom trabalho aguardo todos com suas produções no dia da apresentação.

Lembrem-se: O bom profissional não fala que sabe fazer e sim faz bem feito para mostrar sua competência!!!

56

ANEXO III

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA

Questionário I – Internet e Redes Sociais

1. Possuem computador com acesso a internet?

( ) Sim ( ) Não

2. Qual o local que utiliza mais frequentemente para acessar a internet?

( ) Em casa ( ) Casa de amigos ( ) Na escola

( ) Lan house ( ) Não acessam

3.Com que frequência acessa a internet?

( ) Todos os dias – menos de três horas

( ) Todos os dias – mais de três horas

( ) Uma vez por semana

( ) Uma vez ao mês

4. Que atividades desenvolve na internet?

( ) Estudo ( ) Comunicação ( ) Lazer ( ) Trabalho

5. Já ouviu falar em redes sociais?

( ) Sim ( ) Não

6.Seria capaz de conceituar redes sociais?

( ) Sim ( ) Não

7. Qual o programa de relacionamento que mais utiliza?

( ) Face book ( ) Orkut ( ) weblogs - Fotoblogs

( ) Twitter ( ) Comunidades virtuais

8. Marque a afirmação que mais se aproxima da sua opinião sobre redes sociais na

internet?

( ) Favorecem o compartilhamento de ideias e interesses comuns.

( ) Permite um exposição exagerada na intimidades das pessoas.

57

( ) Favorece a aproximação de pessoas que estão longe: amigos e parentes.

( ) Permite que jovens inexperientes tornem-se pressas fáceis de pessoas

desonestas.

( ) Favorece o estabelecimento de novas amizades.

9. Sobre as questões éticas que envolvem o uso da internet, o que pode afirmar?

( ) Não estou ciente das questões éticas que envolve o uso de computadores

( ) Tenho conhecimento da existência de restrições relacionadas a autoria.

( ) Compreendem as regras eticamente corretas relacionadas ao uso do

correio eletrônico e da internet.

( ) Compreendem as medidas adotadas pela direção da escola em relação as

restrições ao uso da internet.

( ) Não compreendem as restrições em relação ao uso das redes sociais no

ambiente escolar.

10. Acreditam que de alguma forma a redes sócias podem contribui para uma

melhoria no aprendizado?

( ) Sim ( ) Não

58

ANEXO IV

Questionário I I - BLOG

1. Saberia explicar o que é um blog?

( ) Sim ( ) Não

2. Possui um blog pessoal ou participa de algum blog?

( ) Sim ( ) Não

3. Existe um blog da turma para trocas de informações e publicações dos

trabalhos da turma?

( ) Sim ( ) Não

4. Tem algum professor na turma que possui um blog e utiliza com facilitador do

processo de ensino aprendizagem do aluno?

( ) Sim ( ) Não

5. Gostaria de interagir, de participar, de colaborar no Blog?

( ) Sim ( ) Não

6. Sentiu ou sente dificuldade de navegação nessa interface?

Sim ( ) Não ( )

7. Acredita que de alguma a utilização dos blogs podem contribui para uma

melhoria no aprendizado?

( ) Sim ( ) Não

59

ANEXO V

Atividade: Análise de Blogs

O blog pode ser considerado como um suporte de informações, com grande facilidade de criação e atualização, possibilitando interações. Nele, o leitor pode emitir comentários, críticas, sugestões, mandar recados. É como uma página de notícias ou um jornal cujos "fatos" e publicações seguem uma sequência cronológica. O conteúdo e tema dos blogs abrangem uma infinidade de assuntos que vão desde diários, piadas, notícias, poesia, ideais, enfim, tudo que a imaginação do autor permitir. Entre educadores e educandos pode representar um salto na capacidade de comunicação dos alunos, convidados a exercitar a leitura, a escrita, o senso crítico, a familiaridade com a informática, desenvolvendo a criatividade na elaboração de pesquisas e projetos colaborativos.

O que vamos fazer nesta atividade? 1º: Você deverá visitar os blogs sugeridos e escolher dois, para analisar. A análise será feita com base nos seguintes critérios:

1.Quais os blogs analisados? (Informar nome e endereço)

2.Faça suas considerações sobre ele. (a que público se destina, objetivos, que sugestões/mensagens você daria para o autor).

Se desejar, deixe um comentário nos blogs visitados.

2º: Após as visitas e análises dos blogs, deixe sua crítica (mensagem) no seu Twitter.

Sugestão de blogs para analise é só clicar nos nomes e entrar na blogosfera!

Blog Lousa Digital - http://lousadigital.blogspot.com/

Blog Por Dentro da Ciência - http://pordentrodaciencia.blogspot.com/

Informática na Escola- http://jmzimmer.blog.uol.com.br/

Cidadania Digital- http://cidadaniadigital.blogspot.com/

Educação e Tecnologia - http://aprendersempre.zip.net/

Estudos em Rede- http://blogdaclausia.blogspot.com/

Videolog Conexão XXI -http://conexaoxxi.blogspot.com/

TIC na Educação- http://crissy05.blog.uol.com.br/

Projetos Colaborativos- http://projetando.blogspot.com/

Oficina de projetos- http://vicenteoficina.blogspot.com/

60

http://midiatico.blogspot.com

http://oficinadeblognaescola.zip.net/

http://compartilhando-vdeosslides.blogspot.com/

http://palavraaberta.blogspot.com/

http://abiblogteca.blogspot.com/

http://internetnaeducacao.blogspot.com/ Reunião de blogs - Lista Blogs Educativos

Oficina de Educação

Fiquem à vontade para escolher os blogs que desejarem e fazer a 1ª Atividade O que vamos fazer nesta atividade? Já vimos um pouco sobre blogs, discutimos possibilidades de uso na educação e criamos um plano para o nosso blog. Agora vamos criar o nosso e socializar o endereço no Twitter de cada um de vocês.

3ª ATIVIDADE:

Nesta atividade você vai criar um blog, socializar o endereço no seu Twitter, registrando também seu processo de criação. Visite e comente no seu Twitter também os blogs dos colegas.

ORIENTAÇÕES: Como e onde criar seu blog? Onde?

Vários sites oferecem hospedagem gratuita para blogs e explicam passo a passo como criar e manter o seu. É extremamente simples! Primeiro é necessário escolher um site para hospedar seu blog. Sugerimos nesse momento o http://www.blogger.com/start, pois além do fácil cadastramento (só precisa do seu endereço de e-mail) você poderá criar vários blogs com o mesmo nome de usuário e senha, também não tem limite de textos como os outros gratuitos.

Como?

Não se angustie! É tudo muito fácil e simples! Seja atencioso e paciente! IMPORTANTE - Não se esqueça de anotar seu nome de usuário e senha do Blogger para postar novas mensagens no seu blog.

Depois de criado como fazer nova postagem no blog?

Atenção:

Para acessar seu Blog novamente, basta entrar no site do http://www.blogger.com/start Clicar em Acessar o Blogger.

Preencha com seu NOME DE USUÁRIO E SENHA e clique em Login

Depois é só acessar e começar a postar sempre que possível!