monografia - implantando a 14000 com enfase em tecnologias limpas

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    " Que sejamos livres

    Para ser o que somosE que possamos ser 

    Mais do que sonhamosQue possamos correr mais riscos

    Subir mais nas montanhasNadar mais rios

    Contemplar mais entardeceresIr a lugares onde nunca estivemosPorque a vida é feita de momentos

    Não perder jamais o agoraCada minuto de nossas vidas" .

    Autor desconhecido 

    Durante o desenvolvimento deste trabalho, podemos contar com o apoio moral e incentivador das nossasfamílias.

    O apoio dos colegas de curso na realização dos trabalhos dentro e fora da classe, que foi fundamental paraampliar a visão crítica da problemática ambiental.

     Agradecemos o privilégio por termos participado da 1a turma do curso de Especialização de Gerenciamentoe Tecnologias Ambientais na Indústria do Estado da Bahia, coordenado pelo professor Asher Kiperstok, que,

    com sua dedicação e perseverança, tornou possível o sonho de multiplicar em escala exponencial aspreocupações na área ambiental.

    Finalmente, o agradecimento ao orientador Prof. Dr. José Célio Silveira Andrade, pela orientação dada naelaboração desta monografia.

    Uma nova ordem econômica mundial, o acelerado e vertiginoso ritmo de mudanças por que passa o meioambiente em que vivemos, uma maior consciência por parte do consumidor que passa a exigir e procurar

    produtos com qualidade e que não agridam ao meio ambiente, são algumas das razões para que, no âmbito

    das empresas, venha crescendo o sentimento de urgência com relação à necessidade de implementação desistemas de gestão dos vários temas emergentes que afetam a sua competitividade.

    No limiar de um novo século, a preservação do meio ambiente nas atividades ligadas à produção passa a serum item quase que obrigatório na agenda da sociedade e obriga às nossas empresas a repensarem suasestratégias competitivas em uma economia cada vez mais aberta e integrada e que exige uma postura

    ambiental próativa.

     A busca de um desenvolvimento mais sustentável exigirá das empresas uma revisão nos seus pressupostosambientais tradicionais: revisão de procedimentos, reavaliação dos processos para assegurar produtos

    ambientalmente positivos, uso d e tecnologias l impas , combate ao desperdício e outros.

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    DEDICATÓRIA E AGRADECIMENTOS 

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    RESUMO 

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     As empresas, embora estejam direcionando esforços para implementação de SGA’s , não aproveitam aoportunidade para avaliar amplamente as situações existentes e incluir, no bojo da implantação do sistema,a adoção de tecnologias limpas, que permitiriam uma melhor utilização de seus recursos produtivos e um

    controle ambiental mais eficaz das suas atividades.

    Este trabalho utilizou-se de uma pesquisa que teve como objetivo principal avaliar o SGA das empresasentrevistadas do Pólo Petroquímico de Camaçari/BA, com ênfase no levantamento de dados referentes à

    utilização de Tecnologias Limpas. 

     A new economic development and the accelerated rhythm of changes of environment is going though, agreater awareness in consumer activities, and the search for product that doesn’t cause environmental

    damage, are some of the reasons for companies to feel na urge to implement organizational systemsaccording to the areas that affect their competitive habilities.

    In the turning paint of the century environmental preservation in actives connected to industrial production areitems of major importance to our society, and that forces companies to restructure their competitive strategies

    in a more open and globalize economy.

    The search for a more supportable development will induce companies to review their traditional policies onenvironmental interaction: a review in a procedure, reevaluation of products that have positive environmental

    effects. The use of "clean" technology, waste control and so forth.

    Companies are directing their efforts to implement "SGA’s", although they don’t evaluate the environmentalsituation as whole, and don’t take the opportunity to adept the procedures which permit a letter use or

    resources and a more effective environmental control.

     

    Figura 01- Diagrama de Hersey

    Figura 02- Sistemática de planejamento

    Figura 03 - Potencial para a vantagem competitiva em função das ferramentas utilizadas na gestãoambiental pelas empresas

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    ABSTRACT 

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    LISTA DE FIGURAS 

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    Tabela 1

    Tabela 2A, 2B, 2C

     

    1.1 Contexto do surgimento dos SGA's - Histórico

    1.2 Situação no contexto empresarial - Hipóteses

    1.3 Justificativas

     

    Nos tempos modernos, a preocupação com a conservação dos recursos naturais e com a degradação dabiosfera pode ser identificada em diversos autores, ainda que de forma pontual, tais como Spinoza, Malthus,

    Humboldt e Darwin.

    Entretanto, foi apenas na segunda metade deste século, que um grupo de cientistas, reunidos no chamadoClube de Roma, utilizando modelos matemáticos, preveniu dos riscos de um crescimento econômico

    contínuo, baseado em recursos naturais esgotáveis. Seu relatório Limits to Growth ( limites ao crescimento ),publicado em 1972, foi um sinal de alerta, que teve o mérito de conscientizar a sociedade para os limites da

    exploração do planeta.

     A década de 60 viu surgir os primeiros movimentos ambientalistas, motivados pela contaminação das águas

    e do ar nos países industrializados. Podemos denominar este período como década da conscientização.

    Os anos 70 foram a década da regulamentação e do controle ambiental, e após a Conferência de Estocolmosobre o meio ambiente, em 1972, as nações iniciaram a estruturação de seus órgãos ambientais e

    estabeleceram as legislações pertinentes. Poluir passa ser crime em diversos países.

    Em 1978, na Alemanha, surgiu o primeiro selo ecológico, o Anjo azul.

    Na década de 80, ocorreu a entrada em vigor de legislações especificas para controle de instalação de novasindustrias e estabelecimento de exigências para emissões, e começaram a aparecer empresas

    especializadas na elaboração de estudos de impacto ambiental e de relatórios de impacto sobre o meio

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    LISTA DE TABELAS 

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    1. INTRODUÇÃO

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    1. INTRODUÇÃO

    1.1 Contexto do surgimento dos SGA's - Histórico 

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    ambiente.

     A década de 80 encerra-se com uma globalização das preocupações com a conservação do meio ambiente,e dois exemplos claros deste afirmativa são : o protocolo de Montreal, firmado em 1987, e o relatório da

    Comissão Mundial sobre meio ambiente e desenvolvimento, instituída pela Assembléia Geral das NaçõesUnidas. O relatório referido foi publicado em 1987 sob o título de Nosso futuro comum , e disseminou,

    mundialmente, o con ceito de d esenvolvim ento sustentável.

    Na década de 90, passa a existir uma maior consciência da manutenção do equilíbrio ambiental e umentendimento de que o efeito nocivo de um resíduo ultrapassa os limites da área em que foi gerado ou é

    disposto, e já há uma maior disposição no sentido de internalizar os custos da qualidade de vida noorçamento e pagar o preço de manter limpo o ambiente em que se vive.

     A introdução de novos conceitos, como certificação ambiental, atuação responsável e gestão ambiental,tende a modificar a postura reativa que marcava, até então, o relacionamento entre as Empresas e os órgãos

    de fiscalização e as ONGs atuantes na questão ambiental.

    Nesta década, vimos o surgimento e a entrada em vigor, em 1992, das normas britânicas BS 7750 –Specification for enviromental managemente systems, que serviram de base para a elaboração de normas

    ambientais a nível mundial, e, mais particularmente, em relação às Normas da Serie ISO 14.000.

    Independente das questões relacionadas com a evolução do SGA e com a crescente preocupação, a nívelmundial, dos tópicos relativos a gerenciamento e preservação ambiental, verificamos que ainda há muitas

    empresas que não se mobilizaram de forma efetiva para promover o seu sistema de gerenciamento

    ambiental.

    Observa-se, também, que muitas empresas desenvolveram SGAs para atender exclusivamente ao mínimorequerido pela Norma ISO 14.001 e, ao mesmo tempo, desconhecem técnicas mais avançadas de

    gerenciamento ambiental, como, por exemplo, a utilização de tecnologias limpas.

    Uma nova ordem econômica mundial, o acelerado e vertiginoso ritmo de mudanças por que passa o meioambiente em que vivemos, uma maior consciência por parte do consumidor que passa a exigir e procurar

    produtos com qualidade e que não agridam ao meio ambiente, são algumas das razões para que, no âmbitodas empresas, venha crescendo o sentimento de urgência com relação à necessidade de implementação de

    sistemas de gestão dos vários temas emergentes que afetam a sua competitividade.

    No limiar de um novo século, a preservação do meio ambiente nas atividades ligadas à produção passa a serum item quase que obrigatório na agenda da sociedade e obriga às nossas empresas a repensarem suas

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    1. INTRODUÇÃO

    1.2 Situação no contexto empresarial - Hipóteses 

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    1. INTRODUÇÃO

    1.3 Justificativas 

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    estratégias competitivas em uma economia cada vez mais aberta e integrada e que exige uma posturaambiental proativa.

     A busca de um desenvolvimento mais sustentável exigirá das empresas uma revisão nos seus pressupostosambientais tradicionais : revisão de procedimentos, reavaliação dos processos para assegurar produtos

    ambientalmente positivos, uso de tecnologias limpas, combate ao desperdício e outros.

    Um SGA constitui uma parte essencial da estratégia de uma organização que reconhece na qualidade de seudesempenho ambiental um fator chave para conquistar vantagem competitiva. O SGA visa identificar,

    examinar e avaliar, sistematicamente, as mudanças ambientais causadas por aspectos ou elementos deseus produtos, serviços e atividades.

    Independente de tais questões, temos verificado que as empresas, embora estejam direcionando esforçospara a implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambiental (SGA), não aproveitam a oportunidade

    para avaliar amplamente as situações existentes e incluir, no bojo da implantação do sistema, a adoção detecnologias limpas que permitiriam melhor utilização de recursos e um controle ambiental mais eficaz.

    Este trabalho tem como objetivo principal, a apresentação de uma metodologia para desenvolvimento de umSGA com ênfase na adoção de tecnologias limpas.

     

    2.1 Preparação preliminar para implantação de um sistema de gestão

    2.2 Identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais

    2.3 Conceituando tecnologias limpas

    2.4 A política ambiental

    2.5 A manutenção da conformidade legal

    2.6 A fixação de objetivos e metas

    2.7 Construindo o programa de gerenciamento ambiental

     

     A preparação inicial para implantação de um SGA é a realização de um diagnóstico da organização.

    O diagnóstico tem, por objetivo, levantar a situação atual da empresa, em todas as áreas, em relação aosprincipais requisitos intervenientes em um SGA, uma primeira tomada de posição da coordenação do projeto

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    2. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM TECNOLOGIAS LIMPAS 

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas2. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM TECNOLOGIAS LIMPAS 

    2.1 Preparação preliminar para implantação de um Sistema de Gestão Ambiental 

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    com relação às facilidades e dificuldades existentes para a implantação dos elementos do SGA. (1)

    Para a realização de um diagnóstico, pressupõe-se a existência de um coordenador do projeto, e de umaequipe responsável pelo diagnóstico ou uma consultoria para orientação das atividades a executar, e,

    também, que a alta administração tenha conhecimento do trabalho que se iniciará e esteja comprometidacom o mesmo, pois, a partir dos resultados e recomendações do diagnóstico, deveremos ter o efetivo início

    da implantação do SGA.

     As experiências mais bem sucedidas mostram que uma boa alternativa é designar o representante daadministração (RA) como coordenador do diagnóstico e do projeto de implantação do SGA.

     

     A atividade inicial na preparação do diagnóstico é a elaboração de uma lista de verificação, contendo todasas questões que se desejam avaliar para identificar o status de implementação dentro da Empresa. As

    questões devem se reportar aos itens intervenientes no SGA ou ao modelo normativo escolhido para balizaro SGA.

    Um modelo de lista de verificação, tomando por base os requisitos da norma ISO 14.001, encontra-se noanexo 1.

    Segundo Claudio e Epelbaum (1998), entre os pontos a serem analisados no diagnóstico, normalmentedevem ser inclusos :

    l Sistema organizacional e de pessoal de gerenciamento ambiental. 

    l Sistema de informações e registros de normas e legislações ambientais 

    l Sistema de registros de pendências ambientais legais 

    l Consistência dos objetivos e metas estabelecidos com a política ambiental, caso existam.

    l Consistência dos programas de gerenciamento ambiental com os objetivos e metas, se existirem. 

    l Controles operacionais, com base em procedimentos de proteção ambiental e programas degerenciamento de riscos e de ações de emergência. 

    l Sistemas de registro do desempenho das instalações de controle da poluição e dos programas deproteção ambiental. 

    l Consistência das práticas existentes de gerenciamento ambiental com os compromissos ambientaisassumidos pela Empresa.

     Após a confecção da lista de verificação, é preciso definir um cronograma de entrevistas com as pessoaschave dentro da empresa. Neste caso, a escolha das pessoas deve ser feita com a ajuda do coordenador do

    projeto ou da equipe responsável pelo mesmo.

    Em seguida à escolha das pessoas que serão entrevistadas, é imprescindível a divulgação do cronogramapara todas as áreas da empresa, com o intuito de iniciar a divulgação dos trabalhos preliminares do SGA.

    2.1.1 Preparando o diagnóstico 

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    Não há um critério pré-definido para a escolha das pessoas a serem entrevistadas, entretanto devem-seincluir : os ocupantes de cargos estratégicos, integrantes da alta administração ( Diretoria ), ocupantes decargos relacionados ao SGA, profissionais do quadro da empresa considerados formad ores de o pin ião .

    É importante que, na escolha das pessoas a serem entrevistadas, seja definido que o corte na estrutura  daorganização será tanto no sent ido horizontal quanto n o vert ical ; ou seja, teremos intervenções tanto nos

    diversos níveis da estrutura quanto dentro de cada nível da estrutura. Isto nos permitirá verificar asdiferenças de visões tanto de um nível para outro como dentro do mesmo nível, e, ao mesmo tempo, oresultado do diagnóstico poderá ser apresentado de 3 formas : glo bal ( to da a em pres a ), por nível e

    den tro de c ada nível . 

     Antes do inicio das entrevistas, é necessário convocar as pessoas que foram escolhidas para serem

    entrevistadas a fim de participarem de uma reunião de apresentação acerca dos trabalhos relacionados como diagnóstico.

     A reunião é importante não só para iniciar o envolvimento das pessoas, mas para garantir :

    l  A informação acerca da metodologia e dos itens que serão verificados; l Busca de sugestões das pessoas envolvidas; l Desmistificar o trabalho e evitar que ocorram comentários paralelos que contribuem para que as

    pessoas fiquem receosas acerca das declarações que irão fazer durante as entrevistas, como asmesmas serão utilizadas e, também, entendam o contexto global do projeto. 

     As entrevistas devem ser realizadas utilizando, como base, a lista de verificação, para garantir maiorobjetividade e uniformizar a abordagem para os diversos entrevistados, e, também, para permitir que mais

    de uma pessoa seja entrevistada ao mesmo tempo sem que haja o risco de abordagens diferentes.

    Importante deixar claro, no inicio das entrevistas, que as informações que serão obtidas são sigilosas e quenão há forma de identificar o autor de uma determinada declaração após concluída a entrevista.

     A entrevista deve ser conduzida de maneira descontraída e amistosa, permitindo que o entrevistado se sintaà vontade para colocar suas opiniões e pontos de vista. O entrevistador deve sempre estar preocupado em

    obter do entrevistado suas opiniões, mas deve enfatizar a importância de evidências objetivas parafundamentar cada um dos pontos abordados.

    Todas as informações obtidas do entrevistado devem ser anotadas sem a preocupação de seqüência ouformato final, de maneira a garantir que o maior volume de informações será obtido, e devidamente

    analisado e tratado na fase de tabulação dos dados.

     

    2.1.2 Reunião de apresentação 

    2.1.3 Realização das entrevistas 

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     Após a conclusão das entrevistas, inicia-se o processo de tabulação dos dados obtidos, procurandocategorizá-los e hierarquizá-los, com a intenção de apresentar as diferentes visões existentes dentro da

    empresa acerca de um mesmo tema. Com tal iniciativa, pretende-se acelerar a conscientização dosenvolvidos em relação à implantação de um SGA.

    Concluindo-se a tabulação dos dados, devemos preparar uma apresentação preliminar dos resultadosobtidos, conclusões e recomendações para apresentação aos envolvidos.

     

    Uma reunião é convocada com todos os participantes do diagnóstico para apresentação dos resultadospreliminares. O propósito de tal reunião é não só apresentar os resultados, conclusões e recomendações,

    ressaltando sempre que se trata de um estágio preliminar, mas, principalmente, obter um consenso eaprovação de todos os envolvidos ( validação), visando eliminar a possibilidade de ruídos de comunicação,

    entendimentos errôneos, etc.

    Tal ação também serve de incremento para o comprometimento dos envolvidos, e, ao mesmo tempo,acelera o inicio da fase de implementação, pois, a partir do consenso em relação à situação atual, a etapa

    seguinte é implementar as ações requeridas. Pretende-se, sempre, apresentar resultados como sendoobtid o a part ir do esforço g rup al  e não de iniciativas isoladas ou de pessoas mais diretamente ligadas ao

    processo.

     

    Com base em todas as informações obtidas nas entrevistas e nas observações registradas na reunião deapresentação / validação, inicia-se a preparação do Relatório Final.

    Na elaboração do Relatório Final, devemos necessita-se ser detalhista e apresentar sempre, para cadaconstatação, as respectivas evidências, de forma objetiva, a fim de se fortalecerem as afirmativas,

    conclusões e recomendações.

    Independentemente de quem elaborou o Relatório Final ( equipe interna ou consultoria externa contratada), omesmo deve ser encaminhado para o coordenador do projeto e um follow-up deve ser implementado para

    garantir que a Diretoria teve conhecimento do mesmo.

    Uma análise critica deve ser efetuada, e, a partir das informações contidas no relatório, pode-se iniciar a

    implementação do SGA.

     A partir da análise crítica do relatório pela alta administração e dos ajustes porventura necessários e, bemassim, das ações decorrentes, inicia-se a fase de implementação do SGA. Entretanto, é importante ressaltar

    que os comentários e recomendações contidos no relatório do diagnóstico serão aproveitados na fase deplanejamento do SGA para serem transformados em planos de ação no conjunto de ações do SGA.

    O relatório do diagnóstico visa, entre outros objetivos, subsidiar o grupo de implantação, no exame de todasas práticas e procedimentos existentes de gerenciamento ambiental, tarefa requerida na avaliação ambiental

    inicial.

    2.1.4 Tabulação dos dados 

    2.1.5 Apresentação e validação dos resultados 

    2.1.6 Elaboração de relatório final do diagnóstico 

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    Tal avaliação inicial ( item .3.1 da Norma ISO 14.001 ), mesmo não sendo um item auditável para efeito decertificação, tem sido fortemente recomendada pelos organismos certificadores.

     

    Entendemos que todo e qualquer esforço de uma empresa para modificar seu status atual, seja por questõescompetitivas, legais, ambientais ou de qualquer outra natureza, éum esf orço de mudança . E todo e

    qualquer esforço de mudança deve ser precedido de ações efetivas para assegurar o sucesso daimplantação.

     A presente afirmativa está embasada nas evidências históricas da vida do homem no planeta onde aprimeira reação é sempre contraria à mudança, embora o conceito seja antigo, como disse Heráclito (450

     A.C) : " Nada há de p ermanente, exc eto a mu dança" .

    Nosso ponto de partida é a convicção de que o gerenciamento ambiental envolve mudanças básicas nacultura empresarial.

    Os conceitos de paradigma e cultura empresarial estão intimamente relacionados conforme Callenbach,Capra (1998). Pode-se definir paradigma social como uma constelação de conceitos, valores, percepções epráticas compartilhados por uma comunidade, compondo sua visão particular da realidade, que constitui a

    base sobre a qual a comunidade se organiza.

    Pode-se definir cultura empresarial como um conjunto de idéias, valores, normas e modos de conduta, queforam aceitos e adotados por uma empresa através de um consenso, e que constitui o caráter distintivo e

    inconfundível da organização.

    Uma Empresa, ambientalmente consciente, tem uma cultura que abarca diferentes percepções, valores,idéias e comportamentos.

    No caso particular, entendemos que um esforço deve ser direcionado no sentido de garantir a identificaçãoda empresa com os conceitos a seguir expostos :

    l Inter -relação do s pr ob lemas  

    Nenhum dos problemas identificados em qualquer situação pode ser entendido isoladamente.São problemas sistêmicos – interligados e interdependentes – e sua compreensão e soluçãorequerem um enfoque sistêmico.

    l Mudança de ob jeto s p ara r elações

     A natureza sistêmica dos problemas mundiais deriva do fato de que o mundo em si é um todo

    integrado, um sistema vivo. A mudança de percepção, do mundo como máquina para o mundocomo sistema vivo, é uma faceta fundamental do paradigma ambiental e ecológico. A realidade

     já não é mais vista como uma reunião de objetos separados, mas sim como uma teiainseparável de relações. 

    l Mudança das partes para o todo

    Os sistemas vivos compreendem organismos individuais, sistemas sociais e ecossistemas, econstituem conjuntos integrados inseridos em conjuntos maiores, dos quais dependem. Aspropriedades sistêmicas são destruídas quando um sistema é desmembrado, física ou

    2.1.7 Cuidados a serem tomados antes do início de um processo de mudança 

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    teoricamente, em elementos isolados. Embora possamos discernir partes individuais emqualquer sistema, a natureza do todo é sempre diferente da simples soma das partes. Anatureza de qualquer sistema vivo, incluída aí a organização de negócios, deriva das relaçõesentre seus componentes e das relações do sistema todo com seu ambiente. 

    l Mudança de estru turas para pro cesso s  

    Pensar sistematicamente é pensar em processos. Toda estrutura é uma manifestação deprocessos que a fundamentam. A teia de relações é intrinsecamente dinâmica. As oscilaçõesdesempenham um papel crucial. O sistema atinge a estabilidade mediante um equilíbriodinâmico, caracterizado pelas contínuas oscilações interdependentes de todas as variáveis.Quanto mais dinâmico o estado de equilíbrio, mais flexível o sistema vivo; quanto mais flexívelo sistema, maior é a sua estabilidade. A tensão é a falta de flexibilidade. 

    l Mu dança de au to -af irmação para in tegração

    Um equilíbrio dinâmico saudável nos sistemas vivos inclui o equilíbrio entre auto-afirmação eintegração, duas tendências essenciais de toda vida. Como conjuntos integrais, os sistemasvivos precisam afirmar-se em sua individualidade; como parte de conjuntos maiores, precisamintegrar-se em padrões maiores. Na nossa cultura, damos ênfase excessiva à auto-afirmação –

    concorrência, expansão, quantidade – e negligenciamos a integração – cooperação,conservação, qualidade. A mudança de paradigma inclui a mudança de valores, da auto-afirmação para integração.

    l Mud ança de crescim ento p ara sustentabi l idade  

    No que diz respeito às organizações de negócios, o exemplo mais importante da mudança deexpansão para conservação, de quantidade para qualidade, é a mudança nos critériosfundamentais de sucesso, de crescimento econômico para a sustentabilidade ambiental eecológica. A busca cega do crescimento irrestrito é a principal força motriz da destruiçãoambiental global. O crescimento, naturalmente, é uma característica de toda vida. No mundovivo, contudo, o crescimento não tem apenas um significado quantitativo. A administração comconsciência ecológica inclui a restrição do crescimento econômico, introduzindo, também, a

    sustentabilidade como critério fundamental de todas as atividades de negócios. 

    O que persiste num sistema vivo ao longo do tempo é o padrão de organização, isto é, a teia de relações quedefine o sistema como um todo integrado. Esse padrão, a verdadeira essência do sistema, é uma

    característica qualitativa.

    Quando há sinais ou ações denotando mudança, a primeira reação é sempre de desconfiança, perplexidade,insegurança, em alguns casos até mesmo de medo, e, assim é inevitável que haja resistência ao esforço de

    mudança.

    Nos dias turbulentos de hoje, onde as mudanças acontecem com enorme freqüência, com velocidade cadavez maior e com extensão e profundidade nunca vistas, é imprescindível que as nossas empresas estejamsempre preparadas para fazer ajustes e mudar continuamente, não só por uma questão estratégica, mas,

    antes de tudo, como forma de garantir a sobrevivência e a competitividade.

    Todas as questões acima enunciadas e relacionadas com o esforço de mudança, reafirmam a necessidadede pensar em tecnologias limpas quando se está implantando um SGA.

    Entretanto, temos verificado, em inúmeras empresas que iniciaram esforços de mudança, que asresistências são cada vez maiores, e que, num numero significativo de casos, os resultados alcançados se

    situam bem abaixo do patamar inicialmente planejado.

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    Entendemos que as causas do fracasso estão intimamente relacionadas com erros na estratégia deimplementação do esforço de mudança.

    Para tanto, deveríamos tomar as seguintes atitudes e ações antes do início de qualquer esforço demudança :

    l

    Promover uma ampla divulgação do processo que será implementado. É através da disseminação dainformação que se inicia o combate às resistências a mudanças. 

    l Garantir a participação de todos os envolvidos, das mais diversas formas, nas ações relacionadas aoprocesso de mudança. É através da participação que conseguimos uma maior adesão ecomprometimento das pessoas. 

    l  Assegurar a efetiva participação e liderança da alta administração da empresa para conferir umamaior legitimidade ao processo. 

    l  Adotar um novo tipo de postura, que esteja fundamentado nos quatro valores a seguir discriminados :novo nível de honestidade ( Nada fica escondido ), novo nível de coragem ( Muitas decisões duras

    têm de ser tomadas. É preciso coragem.), respeito pela diversidade ( Mudar envolve criatividade.Lance mão de todas as ferramentas possíveis para criar uma nova mentalidade) e  novasensibilidade para lidar com os stakeholders ( O programa de mudança precisará sempre mapearos grupos de interesse, identificar suas preocupações e procurar atendê-las). 

    l  Amplo nível de comunicação. Se pretendemos que o processo de mudança seja bem sucedido,devemos estabelecer um canal efetivo de comunicação com os envolvidos e interessados.

    l  Até que os interessados compreendam claramente o que deve ser mudado, nenhum projeto éconfiável. 

    l Todo projeto de mudança bem sucedido tem um responsável cuja posição se torna inseparável do

    sucesso do esforço. Se a pessoa certa não está conduzindo o esforço de mudança, encontre-arapidamente ou o sucesso do esforço estará comprometido. 

    l É imprescindível preparar um programa de educação voltado para o esforço de mudança que seinicia. 

    Em particular, é importante ressaltar que a atenção voltada para a educação das pessoas envolvidas noprocesso é fundamental. Não estamos falando de absorver novas técnicas, ou compreender novos métodos

    de trabalho, mas de promover uma mudança de atitude, e isto requer adotar novas valores e posturas, e,normalmente, leva tempo para que possamos perceber os primeiros sinais evidentes de que a mudança

    começa a acontecer.

     A base para uma mudança bem sucedida, e para consolidação do esforço de forma continuada, é umprograma de educação. Maiores detalhes relacionados ao esforço para uma reeducação das pessoas serão

    comentados nas etapas de planejamento e implementação.

    Para clarear nossa compreensão acerca do processo de mudança, é importante revisitar  os conceitosapresentados por Hersey em seu diagrama conforme a seguir ilustrado :

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    Fonte : Psicologia para AdministradoresHERSEY, Paul & BLANCHARD, Kenneth H

    Editora Pedagógica e Universitária

     Antes do início de qualquer processo, deve-se destinar uma parcela significativa de tempo na atividade deplanejamento das ações a serem implementadas.

    Importante ressaltar que a etapa de diagnóstico já é uma das fases do planejamento, pois, a partir domesmo, podemos ter uma visão ampla e precisa acerca da situação atual da empresa em relação aos

    requisitos de um SGA, e, com base nos resultados verificados, traçar ações para serem implementadas.

     A sistemática de planejamento a ser implementada está refletida na figura a seguir :

    2.1.8 O ciclo de ações do planejamento para implementação 

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     A identificação dos aspectos ambientais e a análise de seus respectivos impactos é a base de todo oSistema de Gerenciamento Ambiental.

    De acordo com a Norma ISO 14.001, aspecto ambiental pode ser definido como "elemento das atividades,produto ou serviços de uma organização que pode interagir com o meio ambiente"

    Da mesma forma Impacto Ambiental é "qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, queresulte no todo ou em parte das atividades, produtos ou serviços de uma organização".

     Ainda : a organização deve estabelecer e manter procedimentos para identificar os aspectos ambientais de

    suas atividades, produtos ou serviços, que possam por ela ser controlados e sobre os quais presume-se queela tenha influência, a fim de determinar aqueles que tenham ou possam ter impacto significativo sobre o

    meio ambiente. A organização deve assegurar que os aspectos relacionados a estes impactos significativossejam considerados na definição de seus objetivos e metas ambientais.

     A análise de aspectos e impactos ambientais abrange, portanto, não somente a consideração de impactosambientais negativos ao meio ambiente, como também trata de impactos reais e potenciais, tanto diretos

    como indiretos.

    Pela ênfase da Norma ISO 14.001 de que a organização deve assegurar que os aspectos relacionados aestes impactos significativos sejam considerados na definição de seus objetivos e metas ambientais,

    entendemos que no momento de definir suas metas ambientais as Empresas deveriam procurar utilizartecnologias limpas para evitar o aparecimento de alguns desses impactos significativos.  

     Avaliar aspectos e impactos ambientais requer seguir as seguintes etapas :

    1 - Identificar as atividades, produtos e serviços e seus respectivos aspectos ambientais; 

    2 - Identificar os impactos ambientais associados; 

    3 - Avaliar a significância dos aspectos / impactos ambientais; 

    4 - Registrar os aspectos / impactos ambientais. 

     A avaliação de aspectos e impactos ambientais é um processo planejado, sistemático, abrangente e formal,e pode ser considerado como ponto d e part ida  para assegurar que : ( Bureau Veritas,1997 )

    a. a Política ambiental seja estabelecida e dinâmicamente mantida com fundamento nos impactosrelevantes; 

     b. os objetivos e metas ambientais possam ser estabelecidos e estejam regularmente revisados eadministrados de modo que, além do sustento do cumprimento da política ambiental, possibilitem arealização do compromisso com a melhoria contínua do desempenho ambiental ( conforme requerido

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    2. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM TECNOLOGIAS LIMPAS 

    2.2 Identificação e avaliação de aspectos e impactos ambientais 

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    pela Norma ISO 14.001); 

    c. o programa ambiental possa ser estabelecido para todos os níveis conectados da organização, com adefinição dos meios necessários à consecução das metas ambientais;

    d. os pontos críticos dos aspectos de processos, operações, serviços, produtos e atividades daorganização com relação ao meio ambiente sejam identificados e submetidos a controle operacional; 

    e. análises críticas pela administração avaliem e julguem sobre a continuada adequação do SGA paracumprir a Política e atingir objetivos e metas estipulados, bem como deliberem sobre as medidascabíveis, inclusive acerca da redefinição de objetivos e metas. 

    Não existe guia metodológico oficial para avaliação de impactos ambientais. Ou seja, não será tolerado queum auditor externo determine quais impactos advindos dos aspectos relacionados são considerados

    significativos. Entretanto um auditor deve verificar a consistência das avaliação dos impactos ambientaiscom os seus respectivos registros e consequente definição dos objetivos e metas.

    Entretanto uma metodologia padronizada deve ser desenvolvida no sentido de reduzir a subjetividadeinerente ao processo e permitindo tornar essa avaliação reprodutível em todas as áreas da Empresa.

     

    O ponto de partida é a identificação dos processos ou sistemas relativos às atividades da empresa incluídosno escopo do Sistema de Gerenciamento Ambiental.

    Nessa etapa, devem ser considerados não somente os processos produtivos, mas também os de apoiocomo, por exemplo, manutenção, restaurante, ambulatórios, almoxarifados, distribuição de produtos, etc. E

    esse levantamento deve abranger as interfaces das atividades, quando aplicável, com os stakeholders.

     A partir do levantamento dos processos ou sub-sistemas, são listadas as atividades ou tarefas que fazemparte dos mesmos, num nível de detalhe suficiente para possibilitar à empresa uma análise consistente dospossíveis aspectos / impactos significativos.

     

    Para cada atividade e seus respectivos aspectos, devem-se identificar os impactos ambientais relacionados.Por exemplo :

    l Manutenção de ar condicionado – risco de vazamento de CFC – alteração da camada de ozônio  

    l Beneficiamento de minério – geração de efluente líquido ( água contaminada ) – alteração daqualidade da água captada a montante. 

    l Transporte de cloro – risco de vazamento – intoxicação ou morte de terceiros 

     A planilha, a seguir sugerida, serve de instrumento para consolidar a identificação dos aspectos e impactosambientais :

    2.2.1 Identificação das atividades e seus aspectos ambientais 

    2.2.2 Identificação dos impactos ambientais 

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     A definição da significância dos aspectos / impactos ambientais é uma tarefa complexa, e, por isso, requer oestabelecimento de uma metodologia que minimize a subjetividade e torne o processo o mais efetivo

    possível.

    Muitas vezes, esta atividade obriga as empresas a buscarem auxílio externo para permitir o estabelecimentodos critérios de avaliação da significância mais apropriado.

    Vários fatores devem ser considerados na avaliação da significância :

    l Resultados dos balanços de massa e energia; 

    l Legislação ambiental; 

    l Partes interessadas ( stakeholders ); 

    l  Análise de riscos; 

    l Fatores sócio-econômicos; 

    l Necessidade de melhoria contínua; 

    Para permitir uma consolidação das atividades e a definição da significância dos aspectos / impactosambientais, sugerimos usar a matriz representada na figura 1, e considerar as premissas, a seguir

    relacionadas, no momento de avaliar cada atividade ( Bureau Veritas, 1997 ) :

    l Situação – indica se o aspecto é gerado quando a atividade está sendo realizada conforme planejado(normal), em situação não planejada (anormal) ou se é um risco (risco) inerente à atividade; 

    l Incidência – identifica se a atividade está sob o controle da empresa (direto) ou sob influência de seusstakeholders (indireto); 

    l Classe – resultado do impacto no meio ambiente ( benéfico ou adverso); 

    l Temporalidade – define o período de realização da atividade ( passada, atual ou planejada); 

    l Severidade – gravidade do impacto no meio ambiente ( alta, média ou baixa); 

    Atividade  Aspecto  Impacto 

    2.2.3 Avaliação da significância dos aspectos / impactos ambientais 

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    l Frequência / probabilidade – identifica a frequência com que o aspecto ocorre ou pode ocorrer ( alta,média ou baixa ); 

    l Importância – conjugação da análise da severidade e frequência / probabilidade 

     A avaliação da significância dos aspectos ambientais pode ser realizada com a introdução de filtros que sãoestabelecidos com base no atendimento à legislação, requisitos técnicos aos quais a empresa se submete,

    partes interessadas, ou outros que sejam julgados necessários ou aplicáveis.

    Neste caso, pode-se usar o critério em que o aspecto será considerado significativo quando seu impacto ficarret ido  em, pelo menos, um dos filtros estabelecidos.

    Para cada aspecto significativo deve ser definida uma forma de gerenciamento do mesmo, seja através dadefinição de objetivos e metas, padronização do controle operacional ou uma prática a ser estabelecida.

     

     As evidências objetivas da realização do levantamento de aspectos e impactos ambientais precisam existir eserer registradas.

     Assim sendo, além das planilhas finais, uma lista dos aspectos significantes deve ser gerada e conter :

    l O nome do aspecto / impacto; 

    l O nome da atividade, processo, produto ou serviço associado com o aspecto; 

    l  Área relacionada com a atividade, processo, produto ou serviço; 

    l Referência às planilhas de identificação, exame e avaliação; 

    l Uma identificação, através de marcação específica, para aqueles aspectos que influenciarem alegislação vigente. 

    Desta maneira, a etapa de identificação de aspectos e impactos ambientais se constitui no principal elementocrítico para o planejamento e implementação do SGA, e, pela forma com que aparece na implementação

    dos SGAs, é um canal aberto para induzir a utilização de tecnologias limpas na ocasião da fixação deobjetivos e metas ambientais.

     

    2.2.4 Registro dos aspectos / impactos ambientais 

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    Os ambientalistas Paul Ehrlich e Barry Commoner fizeram, há cerca de 10 anos, comentários sobre odesenvolvimento sustentável. Nesta época, foi apresentado o índice de Sobrecarga Ambiental Total (SAT)

    que é o produto de três fatores descritos, conforme abaixo:

    SAT = P x A x TSAT= sobrecarga ambiental total provocada pela atividade humanaP= População

     A= Afluência (Sósia do Consumo)T= Tecnologia ou a maneira como se produz riqueza 

     A sustentabilidade para ser alcançada requererá a estabilização ou redução do indicador SAT.

     Analisando a equação, verificamos que a redução na população humana não se apresenta como umaalternativa possível, salvo se aplicadas políticas de controle de natalidade ou por uma crise de serviços de

    saúde pública e epidemias mortais conseqüentes.

     A outra opção seria reduzir o nível de afluência (consumo), apenas tornaria o problema pior, porque aredução no nível de consumo tem certa relação biunívoca com crescimento de população.

    Estudiosos de demografia têm sempre verificado que, índices de natalidade têm uma correlação com oinverso dos níveis de educação e de padrão de vida. Dessa forma, para estabilizar a população dever-se-ão

    introduzir melhoramentos no sistema de educação e no padrão econômico dos pobres deste mundo, emparticular das mulheres em idade de procriação. Isso só será possível com a criação de riqueza em escala

    excepcionalmente grande.

    Isso tudo nos deixa, apenas, a terceira opção: mudar a tecnologia com que se criam os bens e serviços queconstituem a riqueza mundial. Se, por um lado, população e consumo são questões da sociedade, tecnologia

    é o negócio dos negócios.

    Se a atividade econômica deve crescer cerca de 10 vezes em relação ao que é hoje, isso para atender asmeras necessidades de uma população não maior que o dobro da atual, é lógico, então, que a tecnologia

    deverá melhorar não menos que 20 vezes, apenas para manter o meio ambiente do mundo nos atuais níveisde sobrecarga ambiental total. As pessoas que pensam que o desastre ecológico será evitado devem

    analisar as implicações mercadológicas de tal ponto de vista: na próxima década, ou um pouco mais, odesenvolvimento sustentável se constituirá numa das maiores oportunidades na história do comércio.

    Tal visão nova é necessária para orientar as empresas e passa por quatro níveis de estratégia ambiental,antes de chegar no nível de desenvolvimento sustentável.

    Para se alcançar os níveis iniciais, que são de ativação e avançados é necessário que cada nível, por si só,forneça benefícios não apenas para a proteção ambiental como também para a conquista de objetivos

    empresariais.

    Em cada nível, tem de haver uma resposta convincente para a questão econômica racional colocada pelaadministração do negócio: Qual o benefício para a minha empresa ?

    O nível intermediário ou de implementação seriam os padrões EMAS ( Eco-Management and Audit Scheme)

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    2. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM TECNOLOGIAS LIMPAS 

    2.3 Conceituando tecnologias limpas 

    2.3.1 Dificuldades em visualizar o conceito 

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    e ISO 14.000.

     Após alcançar o nível de implementação, a empresa deve buscar e promover o desenvolvimento, não limitaro progresso de um movimento que pode ir mais adiante. O nível seguinte seria o dinâmico, o qual pode

    tornar muito maior o uso dos benefícios competitivos, advindos do sistema de gestão ambiental, ao mesmotempo em que contribui consideravelmente para a redução da poluição ambiental. É importante lembrar quea conquista deste nível, porém, não é ainda suficiente para tornar a empresa responsável pela conservação

    da biosfera.

    O nível da sustentabilidade, ou nível 5, será o mais alto a ser conquistado. Ele requer redução total deemissões, assim como do consumo de matérias-primas e recursos energéticos não renováveis, e permite

    que empresas e sociedade se preparem para o futuro.

    Dessa forma, podemos considerar que uma empresa ambientalmente bem gerenciada deve percorrer umlongo processo de 5 níveis, com as seguintes características:

    Nível 1  – Quando a empresa preenche os requisitos básicos de proteçãoambiental que devem estar incluídos na filosofia da corporação e estabelece umprograma de motivação e treinamento. 

    Nível 2  – É alcançado após a empresa passar por uma completa auditoriaambiental, estabelecer sistemas de documentação e informação e conduzir umprograma de motivação e treinamento para a administração e sua equipe. 

    Nível 3 – Requer que a empresa adote um sistema de gestão ambiental funcional,obtenha os certificados EMAS ou ISO 14.000 e tenha treinado a administração esua equipe num sistema de rede. Dessa forma, o desempenho organizacionalpode ser avaliado através da razão entre os resultados econômico-financeirosobtidos e as perdas ambientais que seus processos acarretaram. 

    Nível 4 – A empresa deve ter padrões institucionalizados de composição e devemobilizar sistematicamente, sua equipe para o uso de ferramentas de melhoria.

     A adoção de um sistema de gerenciamento ambiental pelas empresas atende a

    pressões externas para preservação ambiental, legislação ambiental,consumidores, opinião pública, inovação tecnológica e a percepção, por parte dasempresas, da questão ambiental como uma oportunidade de negócios. 

    Nível 5 – Exige a redução total nas emissões e no consumo de matérias-primasnão renováveis, ambos em termos absolutos e relativos.

     A empresa deve também demonstrar compromisso com o desenvolvimentosustentável das condições estruturais macroeconômicas, trabalhando nasassociações ambientais e organismos políticos e, ainda, operar sistematicamentepara o senso de responsabilidade cívica de seus empregados.

    Produzir de forma limpa passa a ser o novo lema. E isso demanda sérios investimentos em tecnologia.

     Ao mesmo tempo, as grandes empresas são as únicas instituições organizadas com recursos, comtecnologia, a abrangência de ação global e, em última instância, a motivação para alcançar a

    sustentabilidade. É simples atestar o fato na negativa: confrontados com clientes empobrecidos, ambientesdegradados, sistemas políticos desacreditados e sociedades desestruturadas, será cada vez mais difícil para

    as grandes corporações empreenderem seus negócios. Mas a assertiva positiva é ainda mais poderosa.Quanto mais nós aprendemos sobre as exigências da sustentabilidade, mais claro fica que estamos

    pendentes no patamar de um momento histórico crítico, em que muitas das grandes indústrias mundiaispoderão ser transformadas, e o desenvolvimento sustentável se constituirá numa das maiores oportunidades

    na história do comércio.

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    Podemos observar que os níveis 1, 2 e 3 englobam a prevenção da poluição, atentando para a minimizaçãoou eliminação das perdas antes de serem geradas, ou seja, passamos da posição de controlador de poluição

     – um efeito – para prevenção da poluição – causa.

    Já no nível 4, observamos uma administração ambiental de produtos (que representa o acompanhamento doque sucede com o produto industrial e seus diversos componentes ou partes de que possa ser formado).

    Consiste em atentar não só para minimização da poluição na fase de fabricação, como também em reduzir

    os possíveis impactos ambientais em todos as fases do ciclo de vida do produto.

    Com um projeto para o meio ambiente, digamos um projeto ecológico, todos os efeitos que um produtopoderia causar no meio ambiente são examinados na fase do projeto. Análise do tipo "de berço a túmulo

    "começa e termina fora dos limites das operações da empresa , inclui uma completa avaliação de todos osinsumos adicionados ao produto e analisa como os consumidores utilizam e descartam o produto.

    Dessa forma, o projeto ambiental capta, no seu processo, uma série de perspectivas externas à organização,pois inclui no processo equipe técnica, especialistas em meio ambiente, consumidores finais e até

    representantes da comunidade.

    No quinto nível, verificamos que a base da sustentabilidade é a utilização de tecnologias limpas.

     As empresas que têm os olhos postos no futuro, para seu bem, devem começar logo a planejar alguminvestimento em tecnologia mais limpa para o futuro e a implementar estratégias que reduzam,

    drasticamente, a sobrecarga ambiental no mundo em desenvolvimento, ao mesmo tempo que melhoramseus valores e padrão de vida, simplesmente porque a base de tecnologia disponível na maioria dos ramos

    de negócios não é ambientalmente sustentável.

     As empresas podem e devem mudar a maneira como pensam, gerando preferência por produtos e serviçosconsistentes com a sustentabilidade. As empresas devem tornar-se educadoras e não apenas vendedoras de

    produtos.

    De acordo com o gráfico nº 3 abaixo, observamos uma escala de importância na adoção dessesinstrumentos quanto à obtenção de vantagens competitivas pelas empresas:

     

    Figura 3 – Potencial para a Vantagem Competitiva em Função dasFerramentas Utilizadas na Gestão Ambiental pelas Empresas.

    Fonte: Adaptado de Gestão Ambiental: Compromisso da Empresa,In: Gazeta Mercantil, São Paulo, nº 3, 1996, p.4.

     

    Este material não disponível em meio digital

    Conformidades Normas Internacionais Códigos de Liderança

    1 – Legislação eRegulamentos2 – Padrões Industriais

    3 – EMAS4 – ISO 90005 – ISO 14000

    6 – Programa de Lide rançaEPA7 – Atuação Responsável8 – ICC Business Charter 

    2.3.2 O que é tecnologia limpa 

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     Algumas agências governamentais estão trabalhando juntamente com a indústria objetivando promover ouso de abordagens múltiplas, para prevenir a produção de poluentes, ao invés de simplesmente controlar a

    poluição gerada no final da linha de produção. Existem agências governamentais que avançaram a ponto dereescrever seus estatutos ou normas e reorganizar seus esforços, a fim de tratarem o meio ambiente como

    uma unidade.

    Da mesma forma, algumas empresas estão chegando à conclusão de que os esforços devem se concentrar

    na identificação e solução dos problemas nas próprias fontes, porque isso, além de trazer benefíciosfinanceiros, melhora a performance ambiental, tanto interna como externamente.

    No contexto das mudanças de enfoque de controle da poluição para prevenção da poluição, destacamos doistópicos:

    - Redução dos resíduos e dos riscos através da substituição de materiais e modificações deprocesso;

    - Redução dos resíduos e dos riscos através do desenvolvimento e utilização de códigos deética ambiental. 

     As mudanças tecnológicas podem, em muitos aspectos, ser interpretadas através de várias substituiçõesefetuadas entre a tecnologia aos princípios ambientais. Esse desenvolvimento é um passo fundamental quea sociedade deve dar, rumo a um futuro sustentável, o qual deve ser construído, tanto quanto possível, com

    base em tecnologias limpas.

    É importante salientar que substituições ocorrem em vários níveis :

    - Nível do processo: Este é o nível normal no qual os processos de produção são rearranjadospara se alcançar técnicas ambientalmente mais adequadas. Um exemplo neste sentido podeser o aumento das restrições para a descarga de rejeitos na água ou no ar.

    - Nível dos materiais: Este é o caso em que se substitui um elemento do produto por outro quetenha características mais benéficas. Como exemplo, temos a substituição do mercúrio em

    baterias. 

    -  Nível do componente: Um novo projeto técnico pode permitir uma mudança no processo,sem que se tenha de abandonar todas as velhas técnicas. O uso de catalisador no controle dasemissões dos automóveis é um exemplo para essa categoria. 

    -  Nível do subsistema: Melhorias internas a um sistema . Como exemplo, temos:considerando que o sistema é o carro, as variações nas soluções para o motor podem serconsideradas subsistemas. A substituição do antigo motor a gás por um elétrico. 

    - Nível do sistema: Este é o nível que fornece a estratégia. Se numa grande cidade as pessoasprecisam ir de suas casa para o trabalho – onde quer que esse esteja situado - a substituição doautomóvel por meios de transporte de massa seria uma solução estrategicamente correta.  

    - Nível da estratégia: A manipulação do projeto estrutural no planejamento urbano, permitindouma proximidade entre as residências e os locais de trabalho, é uma estratégia que evita aurbanização desordenada. Tal mudança pode resultar em redução de estradas para transportee diminuição do consumo de energia para o meio ambiente. 

    - Nível do valor : Este pode ser exemplificado por um total questionamento da necessidade detransporte físico na atual estrutura da sociedade. Isto ocorre porque não se considera o nível devalor das demandas básicas. A um nível mais modesto de mudanças, citamos a ênfase emsoluções locais ou regionais para produção de gêneros agrícolas , de forma a conectar a

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    produção com o consumo pelo critério geográfico. 

    Dentre os vários exemplos conhecidos, destacamos o trabalho da Bahia Sul Celulose S.A.. A empresa,localizada no extremo sul da Bahia, iniciou suas atividades produtivas em 1992 e opera com tecnologia de

    processo e equipamentos de última geração.

    Desde a fase de concepção do projeto, todo o empreendimento levou em consideração as variáveisambientais, da escolha do sítio onde se localiza a fábrica até a adoção de modernas técnicas silviculturas e

    de equipamentos e processos que garantem preservação ambiental.

     A empresa é pioneira no país na integração dos sistemas de gerenciamento para a qualidade e meioambiente, sendo a primeira empresa de celulose e papel no país, e uma das poucas no mundo a possuir umsistema que engloba desde a produção da muda de eucalipto até os produtos finais (celulose e papel). Trata-se de um modelo de gestão recomendado pela própria ISO (International Organization for Standardization)que em 1997 escolheu A Bahia Sul como exemplo para a implantação de sistema de gestão ambiental na

    área florestal. Este sistema de gestão é suportado por uma política que estabelece, entre outros princípios, abusca do diálogo com a opinião pública sobre as atividades da empresa e seus impactos ambientais. A partir

    de 1997, a empresa introduziu a participação de lideranças comunitárias, dirigentes de entidadesambientalistas e especialistas na revisão e avaliação da sua matriz de aspectos e impactos ambientais, como objetivo de enriquecer o processo através da incorporação da percepção da comunidade externa acerca

    das atividades da empresa e seus impactos ambientais.

    Minimização de resíduos e riscos através da substituição de materiais e modificações de processo

     Apesar de haver muitas razões para que as indústrias relutem em fazer mudanças nos processos deprodução, algumas empresas, ao estabelecerem políticas de redução de resíduos e fixarem metas e prazos

    para que a redução seja alcançada, estão obtendo progresso na redução de resíduos.

    Baseados em uma avaliação de 500 estudos de caso de indústrias que obtiveram sucesso na implementaçãode programas de redução de resíduos através de modificação de processo, de acordo com um artigo

    apresentado originalmente na Conferência sobre redução de resíduos, realizada na Finlândia, em junho de1988, ficou claro que algumas abordagens gerais são freqüentemente utilizadas:

    - Substituição de processos químicos por processos mecânicos; 

    - Substituição de processos de lavagem de simples passagem por processos contra corrente;  

    - Substituição de processos single pass por outros closed-loop; 

    - Substituição de produtos de pintura e revestimento baseados em água.;  

    - Substituição de tratamento ácido ou básico por processos mecânicos; 

    - Substituição de mercúrio, cádmio e chumbo por outras substâncias menos tóxicas empigmentos, catalisadores, baterias e outros produtos. 

    - Substituição de compostos halogenados por outros não halogenados; 

    - Instalação, dentro do processo de fabricação, de novas tecnologias avançadas como troca de

    2.3.3 Exemplos de utilização de tecnologias limpas 

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    íons, ultrafiltração, osmose reversa, eletrodiálise ou outros processos para efetuar a separaçãode componentes dos efluentes e retornar ao processo; 

    - Instalação de novas tecnologias de redução de resíduos; 

    - Instalação de novos e mais precisos microssensores, microprocessadores e outros processosavançados de controle de monitoração.

    Nesses estudos de casos, ficou comprovado que a implementação dessas modificações resultou na reduçãode, entre 70 a 100%, de algumas emissões de ar, água e ou geração de resíduos sólidos perigosos ou não.

    Como mostrado na tabela a seguir, os períodos de retorno de investimento foram freqüentemente curtos,variando de menos de 1 a 3 anos. As modificações alcançaram benefícios financeiros, reduziram o impacto

    ambiental, além de possibilitar:

    l Redução de custos de matérias primas; l Redução de custo de energia; l Redução de custo com gerenciamento de resíduos; l Redução de riscos a saúde do trabalhador; l Redução dos riscos ambientais;

     l Melhoria da imagem pública da empresa . 

    CARACTERIZAÇÃO DAS ABORDAGENS DE REDUÇÃO DE RESÍDUOS

    Indústria Método Redução deresíduos

    Período deretorno do

    investimento

    Produçãofarmacêutica

    Substituição desolvente orgânico porsolvente à base deágua

    100% Menos de 1 ano

    Fabricação deequipamentos

    Ultrafiltração 100% de solventee óleo 

    98% do materialde pintura

     

    2 anos

    Fabricação deequipamentos paraagricultura

     

    Processos patenteados

    80% de efluentes 2 anos e meio

    Micro eletrônica Substituição deprocessos cáusticos nalimpeza pneumática

    100% de efluente 2 anos

    Produção dequímicos orgânicos

     Adsorção,condensação deresíduos, conservaçãode ar 

    96% de cumeno 1 mês

    Processamento defilme fotográfico

    Recuperaçãoeletrolítica por troca deíons

      Menos de 1 ano

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    http://intranet/monografias/metodologia/completa.htm 13/07/00

    No contexto do desenvolvimento de um SGA, é imprescindível a elaboração de uma política ambiental,conforme requerido no item 4.2 da Norma ISO 14.001.

    Também na ISO 14.001, está explicitado o seguinte conceito de política ambiental : declaração daorganização, expondo suas intenções em relação ao seu desempenho ambiental global, que provê uma

    estrutura para ação e definição de seus objetivos e metas ambientais.

    Tal política deve ser elaborada considerando, no mínimo, os seguintes aspectos :

    l Seja apropriada à natureza e aos impactos ambientais da empresa;  

    l Inclua o comprometimento com a melhoria continua e com a prevenção da poluição; 

    l Faça referência ao compromisso de cumprimento da legislação e normas ambientais aplicáveis, e apossiveis outros requisitos relativos à empresa; 

    l  Assegure a existência de uma estrutura para materializar seu texto e que haja uma correlação comobjetivos e metas ambientais; 

    l Seja do conhecimento de todos os empregados, e que esteja documentada, implementada e mantida; 

    l Esteja disponível para o público. 

    Uma dificuldade observada na implementação dos Sistemas da Qualidade relativa à implementação dapolítica, parece ter ficado mais clara na ISO 14.001, pois há um claro direcionamento para a interface entre apolítica ambiental e os objetivos e metas da organização.

    Segundo Claudio e Epelbaum (1998), "muitos problemas têm sido observados na adoção de uma estratégiaequivocada de implantação de SGAs que podem, inclusive, comprometer e abortar todo o processo pelodescrédito interno que se estabelece. Um desses problemas tem sido a precipitação de se estabelecer e

    divulgar, intempestivamente e com alarde desproporcional, a política ambiental, erro geralmente decorrentede uma leitura simplista e linear do requisito 4.2 da Norma ISO 14.001. O momento recomendável para se

    iniciar a discussão da Política ambiental e definir os primeiros objetivos e metas ambientais nos termosrequeridos no item 4.2 da norma ISO 14.001 é após a conclusão da avaliação ambiental inicial".

    Conclui-se que a política ambiental deve estar, necessariamente, conectada com os aspectos associados a

    impactos ambientais, e que os objetivos e metas ambientais devem ser coerentes com a política eestabelecidos de modo a suportar o cumprimento da mesma.

    Nesta etapa, convém ressaltar, mais uma vez, que se abre aqui mais uma perspectiva para direcionarnossas empresas para o uso de tecnologias limpas, e, para tanto, as políticas ambientais deveriam conter

    claras diretrizes neste sentido.

     

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    2. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM TECNOLOGIAS LIMPAS 

    2.4 A política ambiental 

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    http://intranet/monografias/metodologia/completa.htm 13/07/00

    Segundo Claudio e Epelbaum ( 1998 ), a etapa de identificação e análise da legislação e outros requisitosaplicáveis às empresas, constitui-se num dos calcanhares de aquiles da implementação do SGA.

    É importante ressaltar que o cumprimento da legislação ambiental é o requisito mínimo de desempenhoexigido pela ISO 14.001

    Segundo a norma ISO 14.004, algumas das questões a serem consideradas em relação a requisitos legaisseriam :

    l  A forma como a organização acessa e identifica os requisitos legais e outros requisitos aplicáveis 

    l  A forma de acompanhamento dos requisitos legais 

    l  A identificação e atualização das alterações dos requisitos legais e a posterior avaliação dasimplicações das alterações ocorridas. 

    O processo de comunicação aos colaboradores, das informações pertinentes a requisitos legais.

    Objetivos e metas ambientais devem fundamentar cada princípio básico da política ambiental, sejam essesprincípios relacionados com os compromissos mandatários com a melhoria continua e com a prevenção da

    poluição, ou ainda com outros, definidos a partir da visão da alta administração, como, por exemplo,educação e treinamento, desenvolvimento sustentável, avaliação e melhoria do desempenho ambiental,

    utilização de tecnologias limpas, etc.

    Esses objetivos, em ultima análise, são as finalidades globais para o desempenho ambiental identificados napolítica ambiental, e como esta deve ser adequada à natureza, escala e aspectos associados a aspectos

    ambientais do negócio da organização. Torna-se imprescindível que a fixação desses objetivos surja a partir

    do cruzamento consistente entre os princípios da política ambiental e os resultados da identificação deaspectos ambientais e da análise de impactos associados.

    Segundo Moreno de Carvalho & Frosini & Frazão ( 1996 ), para que se procure garantir exeqüibilidade elegitimidade aos objetivos, é recomendável que os critérios sejam estabelecidos para apoiar a decisão sobre

    a definição dos mesmos. Tais critérios devem considerar, entre outros, os seguintes fatores :

    l Grau de atendimento às legislações e aos regulamentos aplicáveis; l  A viabilidade tecnológica para a consecução do objetivo; l  A disponibilidade de recursos financeiros; 

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    2. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM TECNOLOGIAS LIMPAS 

    2.5 A monitoração da conformidade legal 

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    2. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM TECNOLOGIAS LIMPAS 2.6 A fixação de objetivos e metas 

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    l  A possibilidade de efetivo de controle operacional; l  A satisfação das demandas das partes interessadas; l  A oportunidade para melhoria continua e prevenção da poluição. 

    Cada objetivo definido deve ser desdobrado em metas, que são viabilizadas através dos vários níveis daorganização, de modo a aumentar a probabilidade de atendimento aos objetivos, e, desta forma, possa-se

    assegurar a implementação efetiva da política ambiental.

    Segundo Moreno de Carvalho & Frosini & Frazão ( 1996 ), o instrumento chave para o gerenciamento dosobjetivos e metas, e, consequentemente, o sistema de gestão ambiental, programas ambientais que

    descrevam como as metas ambientais serão atingidas devem ser estabelecidos. Tais programas devemconsiderar recursos, prioridades, escalas de tempo e responsabilidades.

    O processo de estabelecimento e programação de objetivos e metas deve ser sistemático, provendoatualizações em função de atualizações de aspectos e impactos ambientais, além de mudanças ocorridas

    como resultados das decisões tomadas a partir da análise crítica pela administração.

    Os objetivos e metas devem ser sistematicamente acompanhados e revisados, e adequados a novasrealidades. Com base nisto, reafirmamos que, neste item, podemos incluir nossas intenções de utilização de

    tecnologias limpas e, assim, associar a essas intenções os respectivos objetivos e metas.

    Do ponto de vista das empresas certificadoras, não há nenhum agravante se uma determinada meta não foratingida, desde que haja evidências de um plano de ação para atingir os objetivos e metas pré-estabelecidos

    e que a partir dessa análise ocorra uma reavaliação.

     

    Como vimos nos tópicos anteriores, com os aspectos e impactos ambientais levantados, podemos definir aPolítica Ambiental do empreendimento e fixar os objetivos e metas. Dessa forma, a própria dinâmica do

    gerenciamento vai sinalizando para a necessidade de atualização da Política Ambiental de acordo com osobjetivos e metas alcançados.

     A partir desse ponto, temos uma seqüência de tópicos que são básicos e indispensáveis para a construçãodo programa de gerenciamento ambiental, conforme descritos de uma forma resumida, nos tópicos

    subseqüentes.

     

    Os departamentos diretamente envolvidos com o controle dos aspectos/impactos ambientais significativosdevem desenvolver e revisar seus procedimentos, de acordo com os padrões estabelecidos como: a política,

    objetivos e metas.

    Os departamentos devem planejar essas atividades, incluindo manutenção, de maneira a assegurar que asmesmas sejam conduzidas sob condições especificadas através de:

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    2. IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL COM TECNOLOGIAS LIMPAS 

    2.7 Construindo o programa de gerenciamento ambiental 

    2.7.1 Controle operacional 

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    l estabelecimento e manutenção de procedimentos documentados, que cubram situações onde a nãoexistência dos mesmos poderia conduzir a desvios da política ambiental e dos objetivos e metas;  

    l estabelecimento de critérios operacionais nos procedimentos e, 

    l estabelecimento e manutenção de procedimentos relativos aos aspectos ambientais significativos

    identificados dos bens e serviços utilizados pela organização, de procedimentos pertinentes decomunicação e requisitos para fornecedores e contratados. 

    Nos procedimentos de cada atividade relacionada com o controle de aspectos ambientais, as seguintesações são desenvolvidas:

    a) documentar, em forma de registros, as informações obtidas através de verificações; 

    b) estabelecer procedimento de verificações, especificando locais e periodicidade dasmedições; 

    c) estabelecer procedimentos de controle e calibração dos equipamentos de monitoramento emedição; 

    d) identificar os instrumentos críticos de medição para efeito de aferição, levando emconsideração os aspectos/impactos ambientais significativos e riscos identificados em relação àsaúde e segurança; 

    e) documentar critérios de aceitação e ações a serem tomadas para resultados nãosatisfatórios. 

    f) o coordenador do SGA deve estabelecer instruções específicas para avaliação periódica doatendimento à legislação e regulamentos ambientais pertinentes. 

    De acordo com a ISO 14.000, a organização deve estabelecer e manter procedimentos para definição deresponsabilidades e autoridade, para manipulação e investigação de não conformidades, tornando açõespara mitigar quaisquer impactos causados e para iniciação e condução de ações corretivas e preventivas.

    Quaisquer ações corretivas ou preventivas tomadas para eliminar as causas de não conformidades reais oupotenciais devem ser apropriadas à magnitude dos problemas e condizentes com o impacto ambiental a ser

    mitigado.

     A organização deve implementar e registrar quaisquer mudanças nos procedimentos documentadosresultantes das ações corretivas e preventivas.

     

    2.7.2 Monitoramento e medição 

    2.7.3 Identificação nas conformidades 

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    Segundo a Norma ISO 14.001, as auditorias do SGA são definidas como um processo de verificaçãosistemático e documentado para obter e avaliar, de modo objetivo, evidências que possam determinar se as

    atividades, eventos, condições ambientais e sistemas de gerenciamento ambientais especificados, ouinformações a respeito desses assuntos, estão em conformidade com os critérios de auditoria adotados, bem

    como comunicar os resultados desse processo ao cliente.

    O termo cliente, nessa definição, representa o cliente que solicitou a auditoria.

    Partindo dessa definição, podemos afirmar que o SGA deve estabelecer e manter um programa de auditoriasinternas como forma de avaliar a consolidação do SGA, validando se o mesmo está adequadamente

    implementado e mantido.

     A utilização dos resultados obtidos nas auditorias se constitui numa ferramenta poderosa para avaliar osistema e verificar a real consistência das ações de melhoramento contínuo.

    Neste particular, especial atenção deve ser dada ao processo de escolha e formação dos auditores. A Norma

    estabelece, como requisito fundamental para a realização da auditoria, que o auditor tenha independênciaem relação à área auditada, e, normalmente na etapa de escolha são selecionados integrantes de váriasáreas da empresa, que possuam algumas das características a seguir mencionadas : a) seja formador deopinião; b) possua uma boa imagem profissional e tenha um desempenho positivo; e d) tenha um tempo

    minimo de empresa.

     A partir da escolha, torna-se necessário iniciar o processo de formação dos auditores, que, de acordo com osrequisitos da Norma 14.010 – Diretrizes para Auditoria Ambiental – princípios gerais – é recomendado que osauditores tenham experiência profissional apropriada, que contribua para o desenvolvimento de habilidades e

    conhecimentos em um ou mais dos seguintes tópicos ( Norma ISO 14.010 – Item 4 ) :

    l ciência e tecnologia ambientais; l aspectos técnicos e ambientais de operação de instalações; l requisitos aplicáveis de leis e regulamentos ambientais e documentos relacionados; l sistemas de gestão ambiental e normas em relação às quais as auditorias podem ser

    conduzidas; l procedimentos, processos e técnicas de auditoria. 

    Desta forma, considerando o definido no item a acima, seria ideal recomendarmos que, para atender talitem, os candidatos a auditores tomem conhecimento de tecnologias limpas, para acelerar a implantação de

    tal prática nas suas organizações.

    O inicio das auditorias internas é sempre um marco importante no processo de implementação do SGA.Nesta etapa, toda a organização está tentando adotar as novas práticas e políticas, e os ajustes necessários

    podem ser identificados através de um bom programa de auditorias internas.

     Assim, é fundamental que a equipe de auditores receba uma sólida formação teórica e prática paracontribuir, positivamente, com a consolidação do SGA.

     

     As auditorias internas devem atender a um Programa Anual de Auditorias Internas. Elas são executadas porauditores treinados e qualificados, e obedecem aos seguintes princípios:

    2.7.4 A auditoria do SGA 

    2.7.4.1 Sistemática de auditoria 

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    a) prévio planejamento e notificação;

    b) independência dos auditores;

    c) agregação de valor ao desenvolvimento do SGA.

     

    É recomendável que a capacitação teórica e prática dos auditores ambientais abranja:

    a)ciência e tecnologia ambientais; 

    b) aspectos técnicos e ambientais da operação de instalações; 

    c) requisitos aplicáveis de leis e regulamentos ambientais e documentos relacionados; 

    d) sistemas de gestão ambiental e normas em relação ás quais os auditores podem serconduzidos; 

    e) procedimentos, processos e técnicas de auditoria; 

    f ) treinamento em campo equivalente a 20 dias de trabalho em auditoria ambiental, em pelomenos quatro auditorias ambientais. A supervisão e orientação do envolvimento em todo oprocesso de auditoria deve ser feita por um auditor-líder. Esse treinamento deve ser reciclávelem um período não superior a três anos consecutivos. 

    Nesse tópico ,referente à qualificação dos auditores, recomendamos que tanto os auditores internos dasempresas e externos (consultores) tenham conhecimento de tecnologias limpas, pois, dessa forma ,

    permitirão sempre o questionamento da aplicação de tecnologias limpas em determinado impacto ambientallevantado no empreendimento.

    Sem ser uma pretensão de padronização ,mas de melhoramento contínuo, recomendamos o curso deGerenciamento Ambiental nas Indústrias , pois o mesmo tem uma visão global de nossos problemas

    ambientais e foca a problemática de utilização de tecnologias limpas.

     

    Os resultados das auditorias devem ser comunicados aos responsáveis pelas atividades e as ações

    corretivas devem ser tomadas quando requeridas.

    O programa de auditorias, incluindo qualquer cronograma , deve ser baseado na importância ambiental dasatividades concernentes e nos resultados de auditorias anteriores.

    Normalmente, é recomendado que seja responsabilidade do cliente ou do auditado determinar às açõescorretivas necessárias para atender as constatações da auditoria. No entanto, o auditor pode apresentar

    recomendações ,desde que haja acordo prévio com o cliente.

    Vemos, dessa forma, que, nesse momento, é uma grande oportunidade para o auditor , em suas

    2.7.4.2 Qualificações de auditores X TECLIM

    2.7.4.3 Análise dos resultados das auditorias 

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    recomendações, incentivar a busca de tecnologias limpas.

    Em suas recomendações, o auditor pode fazer o cliente ver que a implantação de uma tecnologia limpa, emuma determinada etapa do seu processo, não vai deixar de certificá-lo, pelo contrário, vai torná-lo, cada vez

    mais, ambientalmente correto.

     

    Para permitir a efetiva medição da evolução do sistema e também obter evidências objetivas relacionadascom o melhoramento contínuo, é de suma importância que sejam definidos indicadores para avaliar o

    desempenho dos vários processos definidos para o

     

     A periodicidade ideal para reuniões do COMITÊ para acompanhamento do desenvolvimento do SGA étrimestral. Entretanto, para efeito de análise crítica do SGA, esta periodicidade deve ser anual.

     A análise crítica a ser realizada deve contemplar todos os requisitos do SGA com destaque para os itens:

    a ) cumprimento dos objetivos e metas ambientais; 

    b ) monitoramento e medição através de indicadores de desempenho ambiental;  

    c ) relatório de auditorias internas; 

    d ) não conformidades do sistema; 

    e ) demandas de partes interessadas; 

    f ) evidências de melhorias contínuas de desempenho ambiental. 

     A análise crítica deve ser documentada e endereçada a possível necessidade de mudanças na política ,objetivos e outros elementos do sistema de gerenciamento ambiental, á luz dos resultados das auditorias do

    sistema(SGA).

    3.1 Objetivo

    3.2 Metodologia

    3.3 Dados levantados

    2.7.4.4 A fixação e o acompanhamento de indicadores 

    2.7.4.5 A análise crítica do sistema 

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambiental

    com ênfase na utilização de Tecnologias Limpas3. PARTE EMPÍRICA : PESQUISA 

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    3.4 Análise crítica das informações coletadas

    3.5 Considerações finais

     

    Esta pesquisa teve, como objetivo principal, avaliar o Sistema de Gerenciamento Ambiental das empresasdo Pólo Petroquímico de Camaçari e levantar dados referentes à utilização de tecnologias limpas em seus

    processos produtivos, em cumprimento às determinações da Legislação Ambiental vigente.

    Como objetivos secundários, procurou-se avaliar a eficiência de sistemas de proteção ambiental oriundos dautilização dessas tecnologias, bem como a incorporação de inovações na gestão e preservação do meio

    ambiente.

     

     A metodologia utilizada consistiu em revisão bibliográfica do referencial teórico e na aplicação de

    questionário específico e padrão (em anexo) junto às empresas do Complexo Industrial, para posterioranálise e comparação.

     

     As respostas da pesquisa, levantadas geralmente junto aos setores de Segurança do Trabalho, Higiene eMeio Ambiente das Empresas, e, em alguns casos junto aos setores de Engenharia de Processo, estão

    compiladas e arranjadas nas tabelas a seguir.

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    3. PARTE EMPÍRICA : PESQUISA 3.1 Objetivo 

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    3. PARTE EMPÍRICA : PESQUISA 3.2 Metodologia 

    Metodologia para implementação de Sistemas de Gerenciamento Ambientalcom ênfase na utilização de Tecnologias Limpas

    3. PARTE EMPÍRICA : PESQUISA 3.3 Dados levantados 

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    Empresas Pergunta 1. A empresa conta com um Sistema deGerenciamento Ambiental, ou seja, tem procedimentos emecanismos para proteção ambiental e pessoal dedicado àárea? 

    COPENE Sim, e está em fase de implantação. 

    BACELL Não, mas existem procedimentos/instruções operacionais paraproteção ambiental. 

    CIQUINE Sim.

    POLITENO Sim, em fase de implantação. 

    POLIALDEN Sim, e o início da implantação ocorreu em 1994. 

    CETREL Sim, e o início da implantação ocorreu em 1995. 

    DETEN Sim, e o início da implantação ocorreu em 1997. 

    OPP Sim, e o início da implantação ocorreu em 1995. CQR Sim, e o início da implantação ocorreu em 1997. 

    TRIKEM Sim, e o início da implantação ocorreu em 1997. 

    WHITEMARTINS

    Sim, e o início da implantação ocorreu em 1995. 

    SMITHKLINEBEECHAM

    Sim, e o início da implantação ocorreu em 1995. 

    Empresas Pergunta 2. O Sistema de Gerenciamento Ambiental, aplicadopela empresa, tem como base: 

    COPENE A ISO 14000 e o Programa de Atuação Responsável coordenad