monografia a influência dos estágios perinatais no processo de aprendizagem

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Psicopedagogia Transpessoal

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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARA INSTITUTO BRASIL DE PESQUISA E ENSINO SUPERIOR CURSO DE ESPECIALIZAO EM PSICOPEDAGOGIA

MARCONI, JOSE DE LEILA

A INFLUNCIA DOS ESTGIOS PERINATAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

NATAL/RN 2012

MARCONI, JOSE DE LEILA

A INFLUNCIA DOS ESTGIOS PERINATAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Monografia apresentado ao Curso de Ps- graduao em Psicopedagogia Clnica e Institucional, da Universidade Estadual Vale do Acara. Como requisito parcial para obteno do grau de Especialista. Sob a mediao, da Orientadora: Prof.: Tnia Maria de Carvalho Cmara Monte

NATAL/RN 2012

Ficha Catalogrfica

Teixeira,Jos Marconi A influncia dos estgios perinatais no processo de aprendizagem/ MARCONI, jose de leila.Natal,2012. 66 f. Orientadora: Prof.: Tnia Maria de Carvalho Cmara Monte Proposta de Interveno Socio escolar apresentada Universidade Estadual Vale do Acara (UVA), como requisito parcial para obteno do ttulo de Especialista em Psicopedagogia. / Natal, 2012. 1. Aprendizagem. 2. Intrauterino. 3. Transpessoal. I. Ttulo. IBRAPES/UVA CDU

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARA INSTITUTO BRASIL DE PESQUISA E ENSINO SUPERIOR CURSO DE ESPECIALIZAO EM PSICOPEDAGOGIA

TERMO DE APROVAO

Relatrio de Trabalho Final de Ps-Graduao aprovado como requisito parcial para obteno do grau de especialista do Curso de Ps-graduao em Psicopedagogia Clnica e Institucional , apresentado Universidade Estadual Vale do Acara, compe a banca examinadora:

___________________________________________ Prof. Ms. Orientadora: Tnia Maria de Carvalho Cmara Monte

___________________________________________

___________________________________________

NATAL/RN 2012

AGRADECIMENTOS

Agradeo. A Deus, e aos seus. Plantou-me em terra frtil. Filamento de Cincias Comunicadas, alumiando meu futuro. Sua grandeza e seu imenso amor. Quo grande . Minha Esposa Leila, minha Me e filhos, dedicao leal, calor encorajador e f. Grupo Desafio, pela ajuda inestimvel, pela amizade resiliente. Demais colegas minha gratido e respeito pelos esclarecimentos, companheirismo e unicidade; Estudos, vivncias... Cord. Prof. Dr. Teresa de Lisieux, Prof Tnia M. de C. C. M, pelas valiosas sugestes. Professores, pavimentadores no caminho de conhecimentos e saberes degraus de luz. Morena, Valdemir. A amiga prof. Socorro, diligencia maior sDeus! Quo grande o meu Deus, A Ele louvo em paz, pois me fez crescer. Quo grande Ele .

NATAL/RN 2012

Sumrio

INTRODUO .......................................................................................................... 10 CAPTULO 1 definindo aprendizagem ..................................................................... 22 1.1 Educao processos de aprendizagem .................................................... 24 1.2 A Destreza mental; agudeza, perspiccia ................................................... 25 1.3 Desenvolvimento mental e Aprendizagem .................................................. 29 1.4 Dificuldade de aprendizagem Causas e Fatores ....................................... 29 1.5 O Papel do som no processo de aprendizagem ....................................... 31 CAPTULO 2 vivncias uterinas e perinatais e Suas Conseqncias emocionais ... 33 2.1 Ocorrencias perinatais Sequelas do perodo gestacional .......................... 41 2.2 A Gravidez .................................................................................................. 42 2.3 Aceitao e rejeio Gestacional ................................................................ 43 2.4 Mudanas, Desenvolvimento e Evolutivas .................................................. 45 CAPTULO 3 A compreenso e Relevncia desta Viso Transpessoal .................... 48 4 O Estudo de Caso .................................................................................................. 55 4.1 Anamnese ................................................................................................... 56 4.2 Registro da Queixa ..................................................................................... 57 4.3 Hiptese ...................................................................................................... 58 4.4 Avaliao..................................................................................................... 58 4.5 Sntese Diagnostica .................................................................................. 59 CONCLUSO E RECOMENDAES ..................................................................... 60 CONSIDERAES FINAIS ..................................................................................... 61 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ......................................................................... 61 ANEXOS..................................................................................................................... 0

NATAL/RN 2012

EPGRAFE

"H muito mais continuidade entre a vida intra-uterina e a primeira infncia do que a impressionante cesura do ato do nascimento nos permite saber (FREUD, 1926).

RESUMO

O conhecimento um grande tesouro para o indivduo. Entretanto, O indivduo adquire conhecimento se existe equilbrio fsico, mental, emocional, e espiritual. A proposta que o educador psicopedagogo observe, em ltima instncia, o estado integral do indivduo. O presente trabalho consiste numa reflexo sobre a importncia do acompanhamento Psicopedagogico no processo de aprendizagem, numa abordagem transpessoal, visando compreender a influncia dos estgios perinatais no processo de aprendizagem. tendo como meta Promover a autotransformao em direo da busca da profcua integralidade do indivduo auxiliando-o no seu processo educacional. A Psicopedagogia Transpessoal colabora para o aprendente/educador tomarem conscincia dos motivos que esto por trs dos impedimentos aprendizagem. Da a importncia desse trabalho propondo uma alternativa acessvel para estudantes e profissionais da rea de Psicopedagogia no seu cotidiano educacional: A abordagem transpessoal. A concluso deste trabalho que possvel promover mudana e superao ao paradigma da busca interior ao se compreender a construo da identidade emocional e pessoal.

Palavras-chave: Educao; intrauterino; psicopedagogia.

ABSTRACT

The knowledge is a great treasure for the individual. However, the individual acquires knowledge if there is a balance physical, mental, emotional, and spiritual. The proposal is that the educator psychopedagogists note, ultimately, the state of the individual. The present work is a reflection on the importance of monitoring the learning process in educational psychology, a transpersonal approach, seeking to understand the influence of perinatal stages in the learning process. aiming to promote the self-transformation toward the pursuit of profitable completeness of the individual assisting you in your educational process. The Transpersonal Psychology contributes to the learner / educator become aware of the reasons behind the impediments to learning. Hence the importance of this work by proposing an affordable alternative for students and professionals in their daily education in Psychology: A transpersonal approach. The conclusion of this work is that it is possible to promote change and overcoming the paradigm of soul searching to understand the construction of emotional and personal identity.

Keywords: Education; intrauterine; psychopedagogy.

INTRODUONeste perodo de concluso de curso, nos dada providencial liberdade de escolha do tema a ser discorrido no presente trabalho. Possibilitando que pudssemos pesquisar com empenho sobre um fato que, ao nosso entendimento estivesse legitimamente relacionado nobre tarefa de ensinar a aprender na rotina Psicopedagogica. A motivao da escolha do tema surgiu em consequncia do contato prvio de um estudo de caso, onde nos deparamos com muitos porqus para ns inexplicveis. E em funo destas respostas silenciadas, buscou-se conhecer circunstancia e razes da existncia de atuais realidades de aprendizado deficitria detectadas no pequeno individuo do caso em questo. Da curiosidade, Surgiu ento a necessidade de se investigar fatos e sua possvel origem, onde, quando e como ocorreram. E se estariam estes fatos relacionados nalgum outro perodo do passado de uma criana. Perodo em que, estaria sendo formado e tenha sido de alguma forma mesmo que por reflexo, agredido ou se sentido ameaado, com a possibilidade destes fatos o terem marcado com lembranas (celulares) que possam ter vindo a se transformar em fatores impeditivos ao aprendizado.quando os portes do inconsciente se abrem, uma grande variedade de emoes e lembranas reprimidas liberada para a conscincia. Os elementos do medo, da solido, da loucura e da morte aparecem, s vezes, simultaneamente, quando algum encontra memrias ou experincias especficas de campos pessoais ou transpessoais. Uma pessoa pode reviver srias doenas ou acidentes quase fatais, assim como outros fatos perturbadores da infncia. Ou ento, pode vivenciar novamente o nascimento biolgico com suas manifestaes complexas, caticas e dinmicas. (Grof e Grof, 1990, p.186)

Este estudo busca elucidar se episdios nos estgios Perinatais seriam a causa real ou origem de impedimentos obstaculadores de uma aprendizagem que seja considerada dentro dos padres de normalidade, onde o conhecimento flui e solvido naturalmente. Usando a metodologia descritiva, buscou-se apresentar uma viso abarcante relacionada vida intra-uterina do caso pesquisado. A proposta aventar possibilidade de acesso s elucidativas informaes pertinentes ao campo

emergente da Psicologia Transpessoal, pesquisando aspectos a serem esclarecido neste caso de vida real, dentro da viso Psicopedaggica. O contedo do trabalho est dividido em trs captulos assim divididos: No primeiro captulo definindo aprendizagem, aborda-se A

Aprendizagem e como motivada, como resposta a uma ou mais necessidade. As dificuldades de aprendizagem esto relacionadas ao social e s caractersticas prprias de cada criana. A inteligncia e a aprendizagem. E por fim

Desenvolvimento mental e Aprendizagem. O segundo captulo vivncias uterinas e perinatais perodo gestacional e Suas Conseqncias emocionais: Definio de perinatal. Viso transpessoal nos informando da disponibilidade de acesso a essas informaes de sensaes que foram mantidas armazenadas nos organismos. O terceiro Captulo A compreenso Atravs da Psicologia Transpessoal. A psicopedagogia tradicional considera os anseios naturais do psiquismo. A Transpessoal alm destas inclui as necessidades espirituais. De fato percebemos que esta conscincia transpessoal sempre existiu e sempre fez parte de nossa natureza como impulsionador das transformaes individuais e coletivas tem a ver com a transcendncia do esprito humano provocando mudanas internas, que nos faz sair da rea de conforto do lugar-comum indo alm dos limites, de ultrapassar as fronteiras, buscar o desconhecido, aquilo que nos impulsiona para mudanas, para novos conhecimentos rumo ao abrangente. O Estudo de Caso - Nesse captulo tratamos do estudo de caso desenvolvido durante o trabalho relatrio de estgio clinico. Aborda tambm possibilidades de aplicao de procedimentos que possam ser empregadas como contribuio para o sucesso no processo de re-equilibrao do sujeito. Nas consideraes finais desse trabalho. Atravs dos subsdios descritos e exibidos, pretende-se que estes venham a contribuir para: Nortear os indivduos, quer pais, quer educando, quer educadores sobre a importncia desde a concepo do equilbrio psquico, fsico, mental, espiritual e emocional do beb em sua formao e os desdobramentos no perodo de educao dos seus filhos. Segundo Piaget apud Siqueira:

o desenvolvimento psquico, comparvel ao crescimento orgnico: como este, orienta-se, essencialmente, para o

equilbrio. Da mesma maneira que um corpo est em evoluo at atingir um nvel relativamente estvel, caracterizado pela concluso do crescimento e pela maturidade dos rgos, tambm a vida mental pode ser concebida como evoluindo numa forma ou na direo de uma forma de equilbrio final representada pelo esprito absoluto. (SIQUEIRA, 1998. p. 23

Alm dos cuidados requeridos aps este ser gerado. O beb precisa tambm ser desejado, querido, protegidos, aceito e amado. Os acontecimentos traumticos que se deram no perodo intrauterino ficam retidos na memria do beb, se a me sofre episdios de agresso que a afetaram no perodo gestacional, no ventre materno estes acontecimentos so percebidos e sentidos pelo feto. Sabe-se que por trs de cada processo de sofrimento fsico existente no indivduo um desequilbrio nos campos fsicos e energticos, causadores de transtornos:

[...] para um melhor entendimento do psicoterapeuta, do educador, do socioterapeuta ou da prpria pessoa em relao aos passos que esto sendo dados e revelados pelo inconsciente. Com terminologia distinta, os autores apontam, de forma geral, trs nveis ou dimenses da mente: um primeiro nvel refere-se a contedos autobiogrficos, desde o nascimento at o momento atual da existncia do indivduo; um segundo diz respeito a contedos que abrangem as vivncias intra-uterinas, inclusive o nascimento e um terceiro, que antecede o nvel intra-uterino e vai alm da existncia biolgica. (SALDANHA, 2006, p. 137).

Antes de argumentarmos sobre a quarta fora (Psicologia transpessoal) retroajamos a terceira fora O Behaviorismo que teve como seu maior cone Abraham Harold Maslow, chamado de pai da Psicologia Humanista que defendia que as necessidades agente motivador do comportamento. Por definio necessidades seria a ao empreendida buscando suprir estados de privaes humanas. Maslow, em sua teoria da motivao deu o nome de Necessidades Fundamentais. Dividiu-as portanto em dois grupamentos: Deficincia; que so necessidades prioritrias, as fisiolgicas, afeto e estima. Apontadas como centrais para o desenvolvimento da personalidade. Crescimento; As relacionadas ao autodesenvolvimento e auto-realizao dos indivduos. Estas necessidades se organizariam numa estrutura piramidal montadas em planos, obedecendo uma

hierarquia de importncia e de influenciao a partir da base onde estaria as (necessidades fisiolgicas) e ascendendo ao topo, (as necessidades de autorealizao). Em seu livro introduo a psicologia do ser maslow j faz referencia a questo da transcendncia ele diz: Sem o transcendente e o transpessoal, ficamos doentes violentos e niilistas, ou ento vazios de esperana e apticos. Ento seguindo um raciocnio lgico bsico Para o individuo atingir o parmetro de auto-realizado obrigatoriamente teria de ter satisfeitas suas necessidades fisiolgicas que esto na escala mais baixa. Em tese s se ala ao prximo nvel de necessidades da hierarquia quando satisfeitas as do nvel imediatamente anterior. Entretanto o ser humano no resultancia simples do aglomeramento dos reflexos condicionados pela cultura a que est inserido. Duas pores se conjugam de forma a produzi-lo como pessoa que : Sua natureza varivel; biolgica, instintiva e gentica. E sua natureza existencial de unicidade, transcendente do natural que confere Personalidade elementos distinto de seus espcimes semelhantes em natureza. Os indivduos no so s ambientes, nem to somente herana, so sim uma combinao destes dois elementos fazendo-os iguais em essncia e diferentes em sua funcionalidade. assim, No somos apenas aquilo que a nossa histria pessoal nos amoldou , nem somos apenas o que o ambiente nos condicionou. Chegamos a Psicologia Transpessoal viso ampliada de Stanislav Grof que parte da premissa conciliadora e integrativa dos conceitos da cincia ocidental com as filosofias orientais. Que no descarta o fator espiritualidade como sendo um aspecto fundamental do individuo integral com suas intuies, importncias, fs, razes e emoes atados a uma conscincia mais complexa e maior que a humana, entendemos que a fenomenologia da espiritualidade aqui descrita nada ou pouco tem a ver com religiosidade. Fazemos parte de um contexto maior um ecossistema de seres de processos fsicos e qumicos. O ser humano com capacidade de se auto-realizar. De acordo com as consideraes de Grof ((Grof, 1988), sobre a viso transpessoal por entender que nem todas as causas se restringem ao domnio biogrfico ou histria pessoal. A viso transpessoal perpassa a restrio do ego pela conscincia indo alem, at, ou aps os Domnios Perinatal e Transpessoal. Este argumento defende que h dois modos de conscincia: Hilotrpico orientado para a realidade material, fsico biolgico, tempo e espao e o Holotrpico: orientado para a totalidade que

transcende os limites e marcos espaciais, temporais, e a realidade experimentada nos estados ampliados de conscincia, possibilitante de estado ilimitado. A alterao e relao perceptiva com o tempo: expanso ou retrao, voltar ou avanar no tempo que possibilita experienciar num prisma identitrio subjetivo o que, no estado hilotrpico, so percebidos de maneira objetiva. Exemplo: perceberse como um animal, planta, do ponto de vista deles. Tornamos-nos e nos identificamos, sabemos e sentimos exatamente como ser tal ente do mundo. Equilbrio transpessoal : alternar-se e manterem-se entre os dois modos, saber estar com um p em cada modo. O entendimento transpessoal implementou os entendimentos emergidos dos conceitos tericos de Maslow (1998, p.233): a proposta Transpessoal a exemplo das doutrinas da sociologia, antropologia, cincias da religio e psicologia, tambm estudar a fenomenologia de valores da crena buscando entender a forma que percebemos a realidade. O que difere o movimento transpessoal das demais que objeto ou instrumento investigativo ela vai alem do que regular, adentrando em seus diferentes nveis de conscincia. Transpessoal emergiu meio a outros conceitos da psicologia clssica humanista, ganhando corpo e estabelecendo-se como a quarta fora e sua proposta maior seria alcanar as capacidades e potencialidade ultima. Ou estados ampliados da conscincia Vera Saldanha (2006,p.33) ...visando o emprego da Didtica Transpessoal na Educao, sistematizou a composio transpessoal em dois aspectos: Sobre o estrutural e o dinmico SALDANHA (2006,p.33) diz: No desenvolvimento desta pesquisa, sistematizamos, de forma estrutural e dinmica, os pressupostos fundamentais da abordagem transpessoal Ao sistematizar de certa forma clareou o percurso terico dos exerccios transpessoais. A melhor forma e o momento de aplic-la. transpessoal. O aspecto Contm ou desdobra-se em cinco elementos entre eles a cerne e pressuposto bsico da tica transpessoal da no fragmentao do ser. denominado Conceito de Unidade que por sua vez desdobra-se em: Conceito de evoluo do ego como essncia do Ser integral, Estados de conscincia; acesso a dimenso do supraconsciente; Conceito de vida a propriedade evolutiva bsica: Ela defende a abordagem pedaggica integrativa

morte e renascimento. e Cartografia da conscincia que indica e nomeia a experincia vivenciada. O aspecto dinmico representado por uma cruz dois eixos: experiencial e evolutivo, integram as quatro funes psquicas: razo, emoo, intuio e sensao. A Psicologia Transpessoal focaliza o estudo da conscincia e o

reconhecimento dos significados das dimenses da psique. Transpessoal um campo de averiguao, e estudos cientficos sobre os estados de conscincia permitindo o autoconhecimento e a individuao do ser humano. Autores consagrados como Maslow (1968), Grof (1990) colaboraram para o surgimento

dessa nova psicologia onde so considerados que fatos originadas no perodo intrauterino serve de acervo na conscincia que uma vez atingidos por alguns fatores desencadeadores estes fatos fazem parte do nascedouro de gerao de transtornos. A psicologia transpessoal resgata o individuo como um todo, em sua dimenso psicossocial e espiritual. D nfase ao transcendente, fora do puro. Atua de forma integral nas dimenses do corpo fsico, etreo, emocional, mental e espiritual.[...] o estado emocional, moral e espiritual da humanidade moderna. Em ltima anlise, so o resultado coletivo de um nvel atual de conscincia de cada ser humano. A nica soluo permanente e eficaz para esses problemas seria, portanto, uma transformao interior radical da humanidade em larga escala e sua conseqente ascenso a um nvel mais elevado de conscincia e maturidade. GROF, 1990, p.313

Nas entrevistas e dinmicas das sees com um educando, no cotidiano do estgio clinico supervisionado, e quando da oitiva, tambm com os membros da sua famlia (pai e me). Nas declaraes dos pais percebemos que em seus relatos, nos estava sendo comunicada uma instabilidade emocional da criana do caso em questo, em relao aos demais membros da famlia, particularmente entre eles considerada unidade familiar normal, me, irmo e tia. Ora quanto a importncia da famlia na questao afetividade nos diz que: colocar Tal instabilidade emocional parece estar refletindo negativamente no aprendizado e no comportamento deste pequeno individuo. Para que venha a crescer saudvel toda criana e esta criana em questo no diferente, tem

necessidades fundamentais que devem ser observadas atendidas por seus pais, como suportes fsicos, afetivos e emocionais. Que so imprescindveis na formao emocional, psicolgica, fsica, moral, social e espiritual do individuo como ser social a capacidade de observao requer no mnimo dedicao empenho aplicado, observar como algum se senta, caminha, fala requer acuidade do psicopedagogo, quanto mais quando este se propes a observar a essncia humana.

to difficil a sciencia do elemento intellectual e moral do homem, e da origem dos seus diversos conhecimentos e inclinaes. Mas, sabem porventura os physicos si o que chamamos luz, electricidade, e calorico so fluidos diversos , ou phenomenos de um mesmo agente, e qual elle ? Sabem porventura os chimicos do que dependem as afnidades ? Sabem em que consistem as diversas qualidades dos corpos em relao com essa substancia material que suppoem, e independentemente do modo pelo qual as nossas sensaes as apresentam ? A observao interna muito mais difficil que a externa, e a divergncia desculpavel. (MAGALHAENS 1876, p.42)

Cumulativamente a tudo isso se supe que no processo de maturao desta criana no ventre de sua me, tenha havido algum acontecimento inusitado que, talvez tenha sido ou seja interpretada, como situaes ameaadoras ou de risco por este beb agora jovem. E que neste ulterior perodo de aprendizado escolar. Descobre-se que o aprendizado de tal criana no esta se dando a contento, a famlia busca recursos de apoio pedaggicos e isto tambm parece no ser suficiente, dar-se-ia a necessidade de uma investigao do que esta causando este desequilbrio . Ponderar em que lugar de sua juvenil caminhada houve uma ruptura da naturalidade que o desalinhou e ai conhecer a cisterna de captao de possveis episdios traumticos, revestida de acontecimentos atpicos, tendo como piso ladrilhos de registros de fatores hostis ocorridos na sua primeira vida a uterina. Este lugar de busca que se estende desde a escolha da alma, concepo, todo o perodo gestacional at o dia presente. O Psicopedagogo buscando Conhecer suas vivncias uterinas e perinatais que lamentavelmente possam ter repercutindo neste individuo, de forma negativa, de tal modo que ele tenha desenvolvido algum tipo de distrbio que com o passar do tempo aflorou, vindo no tempo presente a ser um impedimento para que ele o

aprendente enquanto criana torne-se um jovem produtivo, equilibrado, fsico, emocional, espiritual e psicologicamente.

No se trata de informaes apenas objetivas, embora estas sejam fundamentais, mas de toda a carga afetiva que vem junto com o dado objetivo. O terapeuta deve construir sua escuta para essa fala, esse discurso, pois s assim conseguir perceber suas fraturas. Elas indicaro a direo a seguir na pesquisa que se inicia. Quando uma me diz que no teve preferncia pelo sexo do beb, mas tambm informa que o nome de Rafaela para a filha que nasceu deriva de Rafael, nome escolhido por ela para o beb esperado, temos um dado objetivo que vem carregado de subjetividade (SIQUEIRA, 1989, p. 67).

Acredita-se que comprovada veracidade da existncia de tal ocorrncia, e a onde dela deu-se a Genesis de limitaes, determinada onde sua liberdade de aprender foi tolhida e consequentemente comprometida. Com a interveno psicopedagogica adequada alforries o aprendente com um novo caminho de liberdade e livre venha a se desenvolver e ser pleno. Tomamos emprestado o

conceito de Freire em Pedagogia do oprimido e trazendo este conceito para realidade psicopedagogica, nos diz:

dentro desta viso inautntica de si e do mundo os oprimidos se sentem como se fossem uma quase coisa" possuda pelo opressos...Da que os oprimidos sejam dependentes emocionais. ningum liberta ningum, ningum se liberta sozinho: os homens se libertam em comunho este carter de dependncia emocional e total dos oprimidos que os pode levar a manifestaes que Forma a chama de necrfilas. De destruio da vida. Da sua ou da do outro, oprimido tambm. Somente quando os oprimidos descobrem, nitidamente, o opressor, e se engajam na luta organizada por sua libertao, comeam a crer em si mesmos, superando, assim, sua conivncia com o regime opressor. (FREIRE, 1994, p.29)

Verifica-se que esta realidade de dependncia social e emocional das famlias do seu entorno de uma forma geral, e desta em particular, so testificados refns de um capitalismo neoliberal, opressor que padecem em carncias genricas com dficit diversos, inclusive emocionais. Tudo isso somado a realidade do sofrvel

esforo dos pais que dentro de suas condies desgastam-se para desempenhar a rdua misso de educar, proteger, gerir, prover as necessidades bsicas. Sabemos que tais cuidados devem comear e serem supridas bem antes mesmo da formao do beb no ventre de uma me. A dinmica do Sistema sociocultural, o estresse, e o caos urbano do cotidiano do individuo em busca da subsistncia, certamente contribui para que a proviso de cuidados vitais necessrios criana em formao, oprimido no sejam adequadamente providas pela famlia nuclear. A criana se desenvolve em uma realidade familiar Onde o desgaste, o estresse, e o cotidiano se confundem com maus tratos, desamparo, insensatez, desrespeito, e omisso. E neste cotidiano desestruturado o comportamentos indiferentes ou hostis dos pais, mesmo que de forma inconsciente termina contribuindo para uma m estruturao psicossocial deste indivduo ainda em formao. Podendo Causar inclusive sequelas que podero vir a refletir positiva ou negativamente em etapas da sua vida.

uma nova viso que no diz respeito escolarizao precoce, mas estimulao do crebro. Desde o tero materno, os neurnios do beb fazem contatos, transmitem informaes entre eles, nas chamadas sinapses. Ao nascer, a maioria das conexes fica espera de estmulos que daro continuidade a essas sinapses. como um instrumento musical, pronto para produzir som, esperando que algum o toque, surgindo msica. Sem esses estmulos, muitas das conexes se perdem e dificilmente so recuperadas. As pesquisas revelaram que animais, privados de receber luz nos primeiros meses de vida, podem perder a viso para sempre. Considera-se que com os bebs haja o mesmo risco (GRISPINO, 1997, p. 231).

Tal preocupao j ocupava a mente dos educadores desde a dcada de 90, suspeitavam que algum conceito novo estava em eminncia, estava claro que a razo das coisas poderiam ser buscadas em outras vises cientificas. Interessounos averiguar, dentro dessa situao, se a exposio a sbitos abruptos sofridos por um membro de uma famlia em um perodo perinatal, seria um fator de desequilbrio emocional e consequentemente antiproducente, comprometendo nos tempos atuais sua aprendizagem.

Buscando o norte das respostas para este problema, elencamos algumas prioridades a serem respondidas. Os seguintes assuntos: Verificar na literatura de psicologia transpessoal para o perodo pr e perinatal, aplicvel a psicopedagogica, relatos existente de fatores desencadeadores da inconstncia emocional.Ssadala conclui:

[...] cerca-se o estudo do desenvolvimento infantil de todas as reas: pedaggica, psicolgica e cientfica. no se pode parar no conhecimento, tem que avanar, caminhar par a par com as descobertas que vm surgindo e, com elas, reformular-se. At ontem, acreditava-se que os alunos lentos na aprendizagem, com certa dificuldade de adquirir o conhecimento, eram somente produtos de uma situao de pobreza, de problemas familiares, de falta de prontido... Antes, contava-se com frmulas mais exatas, com respostas que se programavam, com modelos que se seguiam .Agora, passa-se por alternncias de desconstruo /reconstruo... Hoje Novas descobertas, novas pesquisas, novas avaliaes surgem e preciso acompanh-las, para introduzi-las em seus mtodos de trabalho, colocando-os dentro da modernidade, ajudando o aluno (SADALLA ,1996, p.295).

Pesquisar neste perodo perinatal, quais as ocorrncias de violncia ou no existidos e existentes na famlia? E se desenvolveu algum desequilbrio? E sendo este um fato positivo, como isto repercutiu ou criou traumas na vida emocional da criana em estudo; traumas sofridos ou impostos por seus pais ainda na formao

fetal de seus filhos, estariam relacionado aos fatores que contribuem para o desequilbrio emocional com a educao dos filhos? Enquanto recm iniciado no estudo da psicopedagogia. Porm, seduzido

pelo conhecimento transpessoal embora cnscio de minhas efmeras limitaes receamos carregar-mos em nosso alforje mais perguntas que respostas. No h por parte deste acadmico a ambio de evocar a deteno de um conhecimento inusitado, no temos sequer a pretenso de apresentar um dialogo indito, mediante a complexidade constitucional do individuo dos incontveis fatores que interferem direta ou indiretamente em sua constituio e dos valores cientficos e psicolgicos que o explicam, resta-nos apenas prestar-mo-nos o indelvel compromisso de fidelidade s ideias tericas de cada autor.

Diz Locke que a duvida sobre a identidade da substancia, por mais razovel ou desarazoavel que seja, no interessa de modo algum identidade da pessoa, pois que se trata de saber o que constitue a mesma pessoa, e no si precisamente a mesma substancia que pensa sempre na mesma pessoa. Si Locke, para no desmentir a sua theoria da origem das idas, sacrifica a espiritualidade d'alma. declarando que todas as substancias nos so desconhecidas, que nenhuma ida temos da substancia: no nos obriga a razo a fazer outro tanto. (MAGALHAENS,1876, p.42)

Em sntese o presente trabalho tem nas suas finalidade trazer uma reflexo ao exerccio Psicopedagogo sobre o perodo pr e perinatal com uma ateno especial ao fato de episdios remotos poderem interferir futuramente de forma destrutvel na vida de uma criana de maneira tal interferncia reflita negativamente no seu processo de aprendizagem. Quanto a urgncia ao provimento de aes que equilibre o emocional e o psicolgico Siqueira (1998, p. 52) nos diz: o trabalho psicopedaggico demanda certa urgncia de resultados O Estudo foca principalmente na relao de incidentes perinatal e seus reflexos no aprendizado da criana desde a sua fecundao at o perodo de vida escolar, em seus multiformes aspectos: corporal, emocional, racional e espiritual, educacional, pois a cincia moderna e a psicologia transpessoal j apresenta hoje explicaes para alguns argumentos do principio do sculo. Partindo da realidade presenciada no convvio educacional e da disparidade intelectual e de desenvolvimento entre o membros de um grupo estudantil, onde apesar das diversidades pedaggicas disponveis perceptvel a distino nivelar de desenvolvimento de individuo para individuo como preconizava:

pois que a organisao primitiva, o sexo, a idade, o temperamento, a educao, o clima, a frma de governo, a religio, os preconceitos, as supersties, exercem a mais decisiva influencia nos nossos sentimentos, nas nossas idas, nos nossos juizos, nas determinaes da nossa vontade, na natureza e fora das nossas inclinaes e dos nossos talentos,(MAGALHAENS,1876,p.42)

natural que se procure entender o fator ou fatores impeditivos para este indivduo que esta em desvantagem em relao ao colega da mesma faixa etria. Desta forma como dito acima, temos a humilde pretenso enquanto psicopedagogo de estar aptos para lanando mo da interveno adequada e atenuar as

disparidades observadas de sujeito para sujeito no mesmo ambiente de aprendizagem. E talvez o psicopedagogo de pose da compreenso do fator desencadeador desta da fase que o jovem esta passando desenvolva estratgias de superao que provoque benficas e eficazes mudanas realidade encontrada dentro do seu universo educacional e no ambiente escolar. Refletindo sobre conceitos emprestados da psicologia transpessoal nos seus aspectos corpo, emoo, espiritualidade. Tais desafios desperta no psicopedagogo uma nova conscincia investigativa de onde reside o fator impeditivo de conhecimento, onde se da dificuldade, e porqu de ter se instalado esta resistncia. Desta forma, fatores geradores de traumas, passa da condio de desapercebidos a elucidveis, permitindo ao profissional psicopedagogo adotar metodologias pertinentes a cada situao. Com o objetivo nico de facilitar verdadeiramente a aprendizagem deste individuo. Pesquisas relevantes desenvolvidas por Grof (1999) levantaram a hiptese de um xito maior no aprendizado quando o profissional entende a complexidade do ser humano considerando como os fatores ocorrido no perodo gestacional, sendo estes de natureza externas ao ambiente do beb, e que afetam este individuo. Esta pesquisa se insere em um movimento de busca e investigao que objetiva minimizar a realidade da intransponibilidade de obstculos aprendizagem. Espera-se assim que a concluso deste estudo de alguma forma seja benfica educao e aos educadores de uma forma geral, provocando um desapego aos entendimentos tradicionais, inovando com a adoo uma nova viso que em pratica poder ser de grande valia. E que o resultado desse trabalho seja canalizado em

benefcio da sociedade, tornando-a mais inclusiva, justa e igualitria.

Capitulo I Definindo AprendizagemA Aprendizagem motivada como resposta a uma ou mais necessidade. O

vocbulo aprendizagem provm da palavra latina apprehendere, significa obteno de conhecimento, e esta aquisio pode ser resultante de uma experincia de estudo ou de uma prtica. S considerado ter havido aprendizado se dela advier mudanas, e estas transformaes se demonstrarem constantes. Conforme Wallon ( 1998, p.17) Existem fatores como o meio social que influenciam na aprendizagem e

no desenvolvimento da pessoa humana. Como tambm existe pr-condies para que a aprendizagem possa acontecer com facilidade ou dificuldade: Uma das condies que deve haver uma maturao do organismo e da memria corresponde ao nvel etrio, e em meio multiplicidade de inteligncia. Embora tal maturao por si s no seja suficiente quanto a questo intelectual nos diz:

o simples amadurecimento do sistema nervoso no garante o desenvolvimento de habilidades intelectuais mais complexas. Para que se desenvolvam, precisam interagir com "alimento cultural", isto , linguagem e conhecimento (WALON APUD

GALVO, 1998, p. 40).

Para promoo da aprendizagem o educador ou psicopedagogo em sua pratica educacional adota e lana mo de abordagens dentre elas a tica de Vygotsky (1989, p. 78): diz que a criana apesar de ter um papel ativo no processo de aprendizagem no atua sozinha tem a aptido para adequar um estado mental superior ao relacionar-se com a cultura provocando uma necessidade de atuar eficazmente e de maneira independente a medida que cria aprende. Este processo acrescido pela observncia e interao ensino/aprendizagem com as atividades diuturnas apresentadas como modelo pelo seu circulo relacional, efetivando a promoo do desenvolvimento das aes autorreguladas e

independentes. Na interpretao da diferenciao entre autonomia / dependncia, distinta pela (ZDP) Zona de Desenvolvimento Proximal ela se da em trs momentos distintos em qualidade, suficincia e autonomia da criana. Vigotsky (apud Siquera) nos diz:

Vigotsky sobre a zona de desenvolvimento proximal. Segundo ele existem trs momentos no desenvolvimento: um primeiro momento em que a criana resolve sozinha determinado problema, um segundo estgio quando a criana resolve com a ajuda de algum mais experiente um problema que no conseguia solucionar sozinha, e que um pouco aps essa ajuda j adquire autonomia, e um terceiro estgio onde a criana no consegue resolver determinado problema nem com a ajuda de outra pessoa mais madura. (SIQUEIRA ,1998, p.90)

Vygotsky, (1995,) destaca a linguagem como ferramenta que se sobressai na construo dos conceitos uteis ao pensamento. Um dos primeiros estimulos a criana para que se expressem oralmente, Vigotski, observou que a linguagem era a principal via de transmisso da cultura e o veculo principal do pensamento, e a auto-regulao voluntria, onde podemos aportar das razes expostas no capitulo sobre a importncia do som e da linguagem para o aprendizado, citado neste trabalho. Onde o desenvolvimento cognitivo tem relao direta ao contexto social, histrico e cultural. O ser convergindo s relaes sociais em funes mentais. Do coletivo (interpessoal) para o pessoal (intrapessoal). A abordagem de Piaget (1989) dizia que as crianas do sentido as coisas principalmente atravs de suas aes com o ambiente, J Vygotsky (1989) destaca o valor da cultura e situao social presente no perodo de desenvolvimento infantil da criana norteando-o e ajudando-o no processo de aprendizagem Piaget (1989 ) em seus quatro conceitos assimilao resultante da interao com o meio: acomodao, adaptao, e equilibrao. A assimilao designa o fato de que do sujeito a iniciativa. Ele constri esquemas mentais de assimilao para abordar a realidade. Todo esquema de assimilao construdo e toda abordagem realidade supe um esquema de assimilao. Quando o organismo (a mente) assimila, incorpora a realidade a seus esquemas de ao impondo-se ao meio. Vimos que fatores como motivao, sade, idade, inteligncia, memria Afetam como facilitadores ou podem influenciar como obstaculadores. no processo de aprendizagem de um individuo. O psicopedagogo como facilitador mediador de saberes no seu processo de observncia deve estar atento como esta se dando ou no a aprendizagem. O educador ver-se em volta a diversos modos, metodologias construdas para se adequarem aos mais diferentes indivduos e seus diversos processos cognitivos. E embora disponha de tamanhos aparatos pedaggicos no percebe evoluo no aprendizado de alguns indivduos especficos, ai entra o olhar transpessoal do psicopedagogo ocasionalmente que em episdios do seu cotidianos

sujeita-se a depara-se com as mais diversas capacidades,

comprometidas ou no. E em tal circunstancia um olhar conservador, que atem-se apenas ao convencional, no estaria apto a perceber as mincias previstas e

identificadas que so satisfatoriamente (pelo menos em tese) explicada pela viso transpessoal. A Psicopedagogia na tica transpessoal leva em considerao o aprendente como individuo integral, fazendo a leitura e interpretao vlida de sua historicidade transcendente, experenciados identificando a possibilidade de relao dos episdios perodo de

como fatores facilitadoras ou inibidores no atual

aquisio do conhecimento.

Absorvendo esse conhecimento da psicologia o

profissional Psicopedagogo desenvolve uma sensibilidade perceptiva que ajuda de forma significativa a encontrar ou desenvolver estratgias cardeais com maior clareza, rumo ao seu objetivo de desenvolver a cada individuo a forma apropriada de ensinar a aprender.

1.1 Educao processos de aprendizagemAs dificuldades de aprendizagem esto relacionadas ao social e s caractersticas prprias de cada criana. Da mesma forma os incidentes perinatais promovem estmulos inadequados e oferecem riscos de instabilidade emocional que podem afetar a criana enquanto pessoa em desenvolvimento. crucial que a criana receba ainda em seu perodo intrauterino, apoio e proteo dos pais isso reflete diretamente em sua autoestima e em sua motivao quando do perodo da sua escolarizao. Evaso zero! Esta seria a provvel estatstica de uma sala de aula em tempo integral, seletivo de relaes sociais seletivas e privadas, de ensino individualizado e dirigido, acompanhamento total. Em ambiente climatizado com fora gravitacional controlada, Com luminosidade apropriada, e onde todas as necessidades fisiolgicas esto em constante estado de abastecimento. Esta a primeira salinha de aprendizado do beb, a barriga da me. A partir do nascimento a criana da continuidade ao aprendizado e faz relao com base nos estmulos gravados e aprendidos na salinha pr-natal. E a partir dai como resultado de alguns fatores emocionais, e da observao e imitao extrada na sua primeira relao social: o convvio familiar. O beb vai construindo uma nova modalidade de aprendizagem e quando chega o momento de d inicio o seu processo de escolarizao a criana j dispe de uma estrutura obtidas das ricas experincias, primeiro na barriga da me, depois no seio da famlia que o

influenciou diretamente.

Agora ser orientada pelo professor que lhe fornecer

contedos escolares significativos e prprios a quem aprende naquela faixa etria. Poderia a inteligncia e a cognio ser afetada por fatores pr e perinatal? Inteligncia significa discernimento e agudeza do crebro, facultando que o ser escolha a melhor maneira de adentrar no entendimento das fatos e concepo das coisas. Existe evidncias cientficas que o atilamento humano pode ser aumentado com estmulos apropriados como tambm pode ser diminuda por diversos fatores negativos. facilmente intelectualidade.

1.2 Destreza mental; agudeza, perspicciaA constituio da inteligncia estaria ligado a faculdade ou capacidade adaptativa considera-se tambm a importncia dos princpios da hereditariedade. Os neurnios que um individuo adulto vai utilizar em toda sua vida, j esto presente no crebro desde sua condio de beb, embora os processos elaborados as sinapses e as fibras nervosas com competncia de ativar o crebro s vo estar integralmente completadas mediante os desafios e estmulos que o individuo for submetido. Quanto mais cedo pensarmos que isto acontece mais prximos estamos da razo. H portanto uma diferena na dificuldade maior ou menor para aprender entre o frescor de um crebro de um beb e de um adulto da terceira ou quarta idade sem esta fase da vida jamais vir a se tornar impedimento da aprendizagem. No adentraremos nestas questes da gerontologia, por no ser alvo de nosso estudo. No existe uma inteligncia geral. a cincia hoje acolhe a ideia da multiplicidade de inteligncias especificas. Cada uma delas residiria em um ponto especifico do crebro, e alguns cientistas apontam para esta multiplicidade estimando para o numero subjetivo de oito tipos de inteligncias. Assim caracterizada: a inteligncia lingustica, a naturalista, a espacial, a lgicamatemtica, a sinestsica corporal, a musical e as inteligncias pessoais, isto , a intrapessoal e a interpessoal. Walom (apud Galvo 1998, p.41) diz que esta poca de aprendizagem escolar e desenvolvimento infantil um processo pontuado por conflitos de origem exgena e se simultaneamente uma criana apresenta estados de permanente desateno, no cotidiano escolar sinalizaria para algum tipo de distrbio no processo de aprendizagem.

O conceito de vanguarda da psicologia transpessoal em sua pluralidade de abrangncia ainda arrastam grilhes atravancadores da resistncia de uma filosofia conservadora. Nosso empenho na fundamentao e organizao dessas novas ideias apurar dentro da inovadora viso transpessoal se de alguma maneira o aparecimento destes distrbios se relaciona a fatores ocorridos no perodo intrauterino, retro-conceitos do Sculo IX ainda hoje ecoam e so discutidos questionados por alguns segmentos cientficos e filosficos como dito por Magalhes (1876, p. 56): no indifferente qualquer engano, no modo de considerar a origem das nossas idas; sendo a questo da origem e formao das nossas idias to obscura e recndita, que no ha acordo entre os mais insignes philosophos

Embora na segunda metade do sculo XX tericos j sinalizavam para uma viso diferenciada perceptiva, inclusiva e global.. Na teoria piagetiana de uma forma geral ela diz que o que se aprende ligado a algo que se conhece, equilibrao / acomodao etc..... antes de adentrar no conceito de impedimentos ao aprendizado, necessrio se faz termos a compreenso de como se processa a aprendizagem, e onde o ensino efetuado. O educador como colaborador desse aluno incita o aprendente com base no que j conhece a Apetecer-se das necessidades da influencia social na construo de seus conhecimentos. Em suma suas experincias sociais como ferramenta de estimulo as suas diferentes inteligncias, se uma criana na barriga da me esta intrinsecamente includa em um ambiente de convvio social, sofrendo diretamente as influencias positivas / negativas, impostas a me e a ele indiretamente, quando este individuo surpreendido e se defrontando com um inusitado o crebro faz uma varredura retrospectiva para assimilar este novo conhecimento. H grande probabilidade da forma de assimilao estar carregada das impresses anteriores, embora no cheguem a serem fatos semelhantes, mas por assimilao e comparao o individuo tende a repetir o estado emocional relativo. Como o paradigma do construtivismo tem a cerne da produo da aprendizagem no individuo e a constri por sofrer influencia sociais mltiplas, resumindo uma interao de relao entre um contexto remoto e um original.

[...]a do educador de vocao humanista que, ao inventar suas tcnicas pedaggicas, redescobre atravs delas o processo histrico em que e por que se constitui a conscincia humana. ou, aproveitando uma sugesto de Ortega, o processo em que a vida como biologia passa a ser vida como biografa. ...constitudas ou re-constitudas em comportamentos seus, que configuram situaes existenciais ou, dentro delas, se configuram. Tais significaes so plasticamente codificadas em quadros, slides, filminas, etc., representativos das respectivas situaes, que, da experincia vivida do alfabetizando, passam para o mundo dos objetos. (FREIRE,1987, p.37).

Nesse contexto que colocada, aprendizagem necessariamente precedida de uma leitura de vida do mundo ao redor. Seria ufania declarar que

detemos uma cabedal de conhecimentos que nos qualifique a responder se poderia a inteligncia cognitiva ser afetada por fatores pr e perinatal mas restou-nos a graa de poder arguir uma opo, deixando uma possibilidade para a Interveno psicopedagoga de um olhar trans, alem da fronteira das circunstncias expositivas e presenciais da pessoa. Uma Postura investigativa e estudiosa disposta a capacitar o aluno a se construir como ser inteligente com discernimento e agudeza.A conscincia emerge do mundo vivido, objetiva-o, problematiza-o, compreende-o como projeto humano. Em dilogo circular, intersubjetivando-se mais e mais, vai assumindo, criticamente, o dinamismo de sua subjetividade criadora.... Reflexivamente, retomam o movimento da conscincia que os constitui sujeitos, desbordando a estreiteza das situaes vividas; resumem o impulso dialtico da totalizao histrica (FREIRE, ANO 1994, p.37)

1.3 Desenvolvimento mental e Aprendizagem.

Nos

mtodos

ativos

da

pedagogia

tradicional

a

transmisso

do

conhecimento se dava com o professor como cone central do processo de aprendizagem ao aluno a memorizao do ensino. Caiu ideia de professor como transmissor oniciente, conscientizao que na nossa poca ele o educador deve ser construtor do saber. De uma vez que a disciplina no infligida, h necessidade para que este conhecimento seja repassado estabelecendo uma discusso dialtica

juntamente com os alunos. Piaget (1994, p. 93) com seu mtodo do construtivismo buscou decodificar as fases do desenvolvimento mental da criana. Observou como a criana apreende de forma espontnea como organiza as informaes do exterior interagindo nesta relao estabelecendo seu

conhecimento formando suas estruturas mentais. Desta interao a criana amplia sua noo de volume, quantidade, proporo etc. Vigotsky (1989 p.60) difundiu com sua psicologia construtivista a importncia das atividades interpessoais da criana e seus experimentos sociais e familiares, quanto a importncia da famlia Siqueira nos diz:a famlia vai prover essa criana das questes materiais e emocionais, tanto dos aspectos objetivos quanto dos subjetivos. Dessa forma permitir, atravs das trocas afetivas, o desenvolvimento fsico, o desenvolvimento emocional e o desenvolvimento cognitivo. Ser o vnculo estabelecido com a figura materna inicialmente, e a paterna num segundo e imediato momento que possibilitar a relao desta criana com o mundo e com as coisas, os objetos desse mundo atravs do conhecimento. (SIQUEIRA,1998.p.23)

Se na a atualidade a sociedade educacional se fundamenta levando em considerao os mtodos de abordagem desses dois mestres desbravadores. Na

teoria de Piaget: a educao centrada no indivduo e adequada a sua maturao e capacidades intelectuais, emocionais, que o possibilitem ser estimulado reagindo a estes estmulos num feedback. Dentro deste perfil pedaggico onde o educador foi preparado (condicionado) para se deparar com crianas de determinado nvel de desenvolvimento fsico-psquico-emocional, e por estarem aqum (pelo menos percebidos assim) se distinguem negativamente em meio homogeneidade da turma. As particularidades de uma criana emocionalmente instvel, possvel vtima de acontecimentos traumticos ocorridos no perodo uterino, que no acompanha prontamente a evoluo de aprendizado do grupo que esta inserido, sua cognio perceptiva no atende (acompanha), em virtude de sua realidade emocional. Seu padro cognitivo esta em desalinho, no havendo um equilbrio com o mundo exterior, muito provavelmente sua resposta aos estmulos relacional experincia da vida intra-uterina. Confrontado, esta criana regride aos registros das lembranas traumticas nalgum outro perodo.

Devido esta complexidade emocional possivelmente o reflexo de um estado de conflito interno, de alguma forma se apresentar como impedimento e o aprendizado ser prejudicado. ora ainda segundo Piaget (2001), se o ambiente social, proporia criana oportunidades de interaes com outros indivduos, e esta influncia mtua foi precedida de outro tipo de experimento traumtico no haveria um processo de assimilaes e acomodaes legitimo sem uma equilibrao nem um desenvolvimento das estruturas lgicas que o levassem a outro patamar de raciocnio a partir de experincias concretas e reais que deveriam se dar a partir dos cinco anos at atingir o pensamento formal, e posteriormente na adolescncia completar o seu processo intelectual com um ponto de vista sadio e objetiva dos fatos. A aprendizagem se faz na composio livre da prpria criana.

1.5 Dificuldade de aprendizagem: Causas e fatores.O termo "dificuldades de aprendizagem" formulado em Chicago na dcada de 60 por psiclogos dos EUA. A "dificuldade de aprendizagem" Virou termo universal, que agrupa diversas causas: disfuno, emocionais, detectado ou no. Para cada perodo da vida social o individuo tem ocupaes especificas, trabalhar, construir famlia, etc. criana em idade educacional compete aprender. pelo menos isto que deles se espera, que eles aprendam. Mas quando este aprendizado est alem da sua capacidade pessoal individual? Apesar de todo esforo empregado pela criana e pelo educador, persiste um empecilho que no se consegue identificar

nem de onde ele vem nem como ele se d. Afinal se as demais crianas conseguem porque particularmente algumas no? Como no caso de D onde h uma frustrao dos pais, dos professores e do prprio D, que desapontado desenvolveu um conduta arredia no meio familiar, de relacionamento social displicente em seu ambiente educacional, que resulta negativamente por fim em seu rendimento escolar. E algumas destas dificuldades surgem em outras atividades da sua vida diria e nas relaes com sua famlia. Qual seria a causa desta dificuldade especifica deste individuo? Pois se as demais criana do seu entorno social vivem a mesma realidade social e no tem seu aprendizado comprometido, Suspeitamos que tais fatos s se justificam se sua Genesis decorrer de problemas anterior ou durante o parto. E se residir

remanescente de um outro perodo: o pr-natal! l nas suas primeiras experincias de vida. num perodo de estrema vulnerabilidade e susceptibilidade a todo tipo de incidente internos como infeces materno, lcool, Toxinas, drogas. ou externos de um sfrego relacionamento conjugal. O que estes dois padres tem em comum que tais incidentes podem promover um severo comprometimento com

anormalidades temperamental, emocionais, fsicas.

resultando em insucesso

escolar, que muitas vezes vem precedido por um diagnostico ainda que emprico de atraso educacional. Muitas fato que so reativa (doena da me, a separao dos pais, morte, etc.). Que enfraquece o empenho da criana nas atividades escolares sua compreenso da importncia do aprendizado. Ele o aprendente perturbado pela incapacidade de se relacionar com a realidade de seu ambiente familiar ou educacional, sugestionado pela hostilidade de um ambiente domestico de desajustes familiar. O tipo de motivao recebida dos pais. D numa seo falou: meu pai quer que eu estude para tomar conta do bar. as demandas sobre a criana, o nvel de envolvimento dos pais na vida escola da criana. Os Fatores escolares negativos, O nmero de crianas em cada classe, o contedo a ser ensinado, e a ausncia de motivao e comprometimento dos professores, so co-responsaveis prejudicada por fatores e corraboram com uma j precria aptido que retardam o desenvolvimento no

emocionais

aprendizado. D diz: a professora s faz gritar! No estranho algum que foi gerado em um ambiente de gritos e outras aes semelhantes tenha averso a gritos. E outros Fatores de si mesmo. Motivao desenvolvimento neurofisiolgico, Como discorremos no tpico anterior, Dificuldades de aprendizagem no esto necessariamente relacionadas inteligncia, seria uma resultncia de deficincia no processamento de informaes a afetar a aprendizagem. Estudos da universidade do Canad apontam que cerca de 4%, (Valores relativos pois Nem mesmo IBGE dispe de dados concretos no Brasil!) da populao mundial de alguma forma tem deficincia de aprendizagem. Mais ainda se for considerada a vida adulta. E apesar de todo o aparato tecnolgico e pedaggico estas dificuldades no esto desaparecendo. Dificuldades de aprendizagem se manifestam por atrasos no desenvolvimento ou dificuldades dos seguinte aspectos do funcionamento: Aplicao, Retentiva, o entendimento, organizao, conversao, leitura, escrita, ortografia, o clculo, sociabilidade, maturidade emocional.

Desenvolvendo alguns sintomas como : Hiperatividade, disgrafia, instabilidade emocional. O aprendente pode misturar suas palavras e ter dificuldade de memria. Pode ser muito difcil de dominar conceitos como grandes e pequenas, para cima e para baixo, esquerda e direita. Conforme documentao anexa, Em todas as dinmicas que aplicamos a D observamos sua dificuldade com lateralidade, crescente, decrescente, proporo e conservao, com dificuldade de pensar de forma lgica e ordenada. Isto nos levou a uma primeira impresso que nas

dinmicas demonstrar um cuidado especial com a questo de mantimentos o fator comida e a ausncia dela estava presente em todos os discursos. Seria coincidncia a gestao da me de ter-se dado em um perodo de separao e temor de subsistncia? O aprendente que apresenta distrbios pode saltar rapidamente para concluses e tm dificuldade para planejar o trabalho prprio ou de entender as consequncias de suas aes. Pode ser difcil saber onde ele est no espao. Pode no ser capaz, de olhos fechados, localizar a posio do corpo e dos seus membros. Se no houver um despertamento nessa questo de investigao da relao de aprendizado e incidentes perinatais, incorremos no erro de repetirmos a conduta dos anos 70 que no imprimiram o esforo necessrio para identificar crianas com estes tipos simples de dificuldades, resultando hoje em pessoas adultas com dificuldades de aprendizagem que no foram detectadas em tempo oportuno. Embora alguns destes adultos tenham desenvolvido estratgias de adaptao com criatividade e hoje convivam de maneira harmoniosa com suas limitaes.

1.5 O Papel do som no processo de aprendizagemDa dcima sexta at a vigsima quarta semana do perodo gestacional algo formidvel acontece. Neste perodo a audio do beb desenvolvida, permitindo que ela perceba e identifique o som j na barriga da me, e embora ali o som no seja o nico veiculo de informao do bebe indiscutivelmente o principal condutor de informaes. E naquele ambiente o som j um veiculo de comunicao e

aprendizagem. O som que tambm ter importncia similar ou maior quando do seus processo de aprendizagem escolar.[...] Cientistas do Centro de Aprendizado e Ateno da Universidade Yale, com a avanada tecnologia do dispositivo de Imagens de Ressonncia Magntica (MRI) chamado im observando o crebro, notaram que ele l desdobrando palavras em sons. Descobriram que as pessoas capazes de identificar o som das palavras podem processar rapidamente o que vem, o que no acontece com o crebro de pessoas incapazes de avaliar o som das palavras. Quando no consegue identificar o som, o crebro fica embotado... crianas precisam entender os sons da lngua e as relaes entre letras e sons. (GRISPINO 1997 p. 259).

O som no difundir-se no vcuo, porm se propaga no ar e na gua. na barriga da me meio ao liquido amnitico, uma espcie de gua, que o beb aprende a identificar o som, o valor, o timbre, a gravidade, entonao. E se o processo de avaliao e sensibilidade auditiva foi de alguma forma afetado por algum episodio naquele primeiro ambiente acstico sua maneira de interpretao sonora vai estar prejudicada pois sua percepo no ser lmpida. Pois a criana pode estar ou no predisposta e talvez esta predisposio seja influenciada por um episodio intrauterino que prejudicou sua acuidade emocional. Vemos o que diz Sadalla a respeito da disposio auditiva:mas, para as que no tm habilidade natural para desdobrar os sons componentes das palavras, o aprendizado da leitura pela fontica torna-se penoso. Essa uma razo por que algumas crianas leem com facilidade e outras no. A causa est na dificuldade de ouvir e repetir sons sutis, identificar letras e escrever seus nomes. Que mtodos funcionam melhor no ensino de crianas com problemas de leitura? Utilizar-se da instruo dos sons isolados das letras e palavras, adotar programas de linguagem global ou uma combinao de ambos? A resposta est na disposio de cada criana. (SADALLA, 1997 p. 260)

Segundo a autora Grispino (1997), Testes clnicos realizados com mais de cinco mil crianas concluram que para as crianas aprendem a ler melhor deve haver um preparo que a ajudar na identificao dos sons e se nesta poca de preparao creio eu alguma alterao aconteceu, certamente sua acuidade interpretativa poder ser comprometida e embaraada. Segundo a mesma autora a incapacidade de o crebro processar o que ouve e no o que v, vem sendo

apontado pelos Cientistas como um dos fatores da causa da dislexia.

Da a

importncia de uma audio isenta de mculas emocionais e que no apresente nenhum tipo de sequela do perodo perinatal, permitindo a criana ouvir interpretar e aprender de forma saudvel. O som como afluente de rios de saberes entre estes: ler e escrever:

a neurolingista Susan Grant descreve o sofrimento das crianas que leem mal. Primeiro, elas ficam frustradas e embaraadas e depois comeam a dizer que detestam ler. Mais tarde, comeam a se sentir isoladas, no conseguem escrever uma sentena simples, no conseguem soletrar e passam a negar o problema, dizendo que no se importam. A pesquisadora Marilyn Jager Adams, de Harvard, diz que a maioria dos estudantes que no aprendeu a ler de forma adequada at os 9 anos, tende a passar o resto da vida como mau leitor (GRANT APUD SADALLA, 1997, p. 261).

Capitulo II - Vivncias uterinas e perinatais e Suas Conseqncias na vida emocional do educandoNo perodo perinatal em seu cotidiano o beb imerso em seu universo uterino quer ele esteja em viglia ou em descanso esta conectado ao mundo exterior. e por estas conexes diuturna estimulado de forma positiva ou estimulado

negativamente. Por um toque um carinho ou um ato hostil todos as aes so estimulos. No enxergamos necessidade de discutir o conceito hostilidade.

Inicialmente faremos uma breve definio de perinatal. O prefixo "Peri" significaria algo que est prximo ou entorno. natal esta ligado natividade ou nascimento. Perinatal seria portanto todo o perodo vivido no ambiente uterino antes do nascimento. E o transpessoal nos informa da disponibilidade de acesso a essas informaes de sensaes que foram mantidas armazenadas nos organismos e que o individuo apesar de no compreender sabe que so sensaes familiares no haveria uma seletividade de guardar apenas as experincias positivas muito embora algumas experincias negativas possam ser mascaradas, entretanto todos estes registro esto guardados e disponveis a consulta desde que haja compatibilidade da chave engatilhadora. Instigados pela curiosidade aps termos nos deparado com um possivel caso desta realidade durante o nosso trabalho Relatrio de pesquisa estgio clnico. Em

visita domiciliar do educando deparamos-nos com um ambiente familiar de certa forma com uma estrutura perturbadora. De separao litigiosa dos pais, com pelejas e pendncias no resolvidas, a influncia contraproducente do ambiente profissional de um dos pais, o desgaste e desajuste familiar de uma forma geral, e o caso que toda essa circunstancia percebida por seus membros como algo natural, e aceitos portanto como algo normal.

como consequncia predominam as dissolues dos laos afetivos e sociais, de desapego e transitoriedade, uma presena sensao de liberdade que traz em seu reverso a evidncia do desamparo social em que se encontram os indivduos moderno-lquidos, assim a cultura do Eu sobrepese a do Ns e o relacionamento eu-outro ganha poder de barganha, em que os tnues laos tm a possibilidade de serem desfeitos a qualquer momento e por qualquer insatisfao por ambas as partes (MONTE, 2011, P. 2)

A famlia (pais) alegando que responsabilidade ou a causa do estado desarticulado da familiar o Sistema social. (- a vida). Episdios de agressividade no ambiente domestico podem contribuir significantemente de tal forma negativa, que pode ocasionar: temores, inseguranas, traumas psicolgicos, suscitar transtornos na criana, afetando e afastando o sujeito afligido da harmonia no convvio familiar, educacional e social. As mais simples aes que aparentemente parecem no oferecer nenhum risco de comprometimento a criana, segundo Siqueira podem.a escolha do sexo masculino pode indicar o papel que essa me destinou filha e faz pensar como esta poderia, ou no, trocar de papel assumindo o que foi idealizado para outro e por outro. Alm disso, Rafael nome de anjo e pode-se imaginar que este seria um dos papis destinado criana por esta me. Se o sintoma apresentado por Rafaela fosse troca de letras na escrita, essa informao estaria indicando uma possibilidade de atuao teraputica, no numa relao causa/efeito linear como j se deixou claro anteriormente, mas como possibilidade de compreenso da gnese do processo de instalao do sintoma: a troca de papis. SIQUEIRA 1998. P. 70.

A modernidade e a concorrncia mercantolgica de um mundo globalizado tambm tem seus benefcios e destes muitos, uma ferramenta cooperou bastante com a viso transpessoal. o desenvolvimento tecnolgico da ultrassonografia e

outros equipamentos similares evasivos ou no que desmistificou aquela anosa concepo de que o feto era um ser passivo alienado e indiferente ao meio extra uterino. Experincia cientificas e exames simples de rotina observando o universo fetal com o ultra-som mostra constatando que no s os fetos percebem suas experincias pr-natais na sua vida intra-uterina como tais experincias vo se estabelecer no modelo das vivncias emocionais. No seria portando demais considerar que a vida psquica atual da criana uma continuidade de sua vida psquica intra-uterina. Quem j foi me ou pai lembra de um aparelhinho (Hoje esporadicamente usado.) que ate os anos 80 se colocava junto barriga da me e escutava as batidas do corao do beb. No capitulo O Papel do som no processo de aprendizagem, falamos da importncia do som na aprendizagem, onde destacamos que o ambiente influencia no

desenvolvimento motor. Por conseguinte no seria demais se concluir que, para um ambiente interdependente a aquisio da habilidade auditiva seja eleita pelo organismo o principal veiculo de atualizao com a realidade do mundo externo (um sinal disto seria sua preferncia voz familiar). Embora Groff (1998) descreva o bero bom de um ambiente extremamente confortvel quentinho mais certamente no o descreve como silencioso. H um texto bblico que Moises diz assim: antes eu te conhecia s de ouvir falar hoje te conheo de andar contigo. J. A tecnologia e a psicologia transpessoal permitindo o conhecimento de que um beb em formao reage a estmulos, se movimenta com objetivos reage a comandos tteis ou orais. Tais afirmaes so comprovadas com o auxilio de equipamentos onde o homem tem a viso interior do tero. Com o auxilio equipamentos similares o homem pode escutar e v o que o beb escuta. os batimentos cardacos, a voz dos pais, e todo o som do mundo externo prximo. O homem adquire a informao de que o beb em formao influenciado pelas aes estranhas, como tambm pelas emoes maternas que lhes sendo transmitidas mesmo de forma involuntria podem desencadear algum tipo de sofrimento fetal que pode vir a marca-lo emocionalmente a ponto de acarretar problemas vindouros de ordem psquicos, provocando decrscimo de seu desenvolvimento de aprendizagem. O estudo da biologia diz que a transmisses de determinados sentimentos emocionais da me para o feto no se da apenas por terminaes nervosas entre

eles. Mas so percebidas pelo beb tambm pela descarga de substancias qumicas liberado na corrente sangunea da me, modificando o recinto intrauterino onde o feto est. A mudana deste ambiente acende um estado de alerta, ou de prazer, aumentando ou diminuio os batimentos cardacos e motricidade e este endividamento ao / reao pode durar o tempo que dure o distrbio e dependendo da gravidade destes o beb ao nascer, pode apresentar distrbios que podem desenvolver caractersticas de desempenho, e respostas fundamentadas

emocionalmente a partir das lembranas experienciadas pelo feto. Revivendo ocorrncias de estresse idnticas s da vida intra-uterina, esta criana de forma inconsciente respondera com um padro semelhante de conduta que exibia na vida fetal.

para Freud toda relao inter pessoal que desenvolvemos em nossa vida est calcada na relao que estabelecemos com nossos pais, no incio de nossa existncia. Os afetos pertencentes a essa relao primeira so transferidos para as relaes presentes, com outras pessoas, de maneira inconsciente. (SIQUEIRA, 1998, P. 23)

histria da gestante o vnculo, a concepo, crise conjugal, gravidez no planejada ou indesejveis, repercutem diretamente no desenvolvimento fsicoemocional. Siqueira (1998, p. 31) O alimento ideal para o desenvolvimento do ser humano o afeto. Sem ele o homem poder desenvolver neuroses, tornar-se psictico, apresentar retardamento mental e at morrer. O mundo desde a sua fundao sempre esteve em mudana. Vive-se em um momento de mudanas geradas por os mais variados fatores. Usando esta mxima da fsica parafraseando: ao x reao, admite-se que so os fatos que provocam mudanas. definitivas ou no. e estas mudanas podem ser benficas ou no.

Quanto a esse conceito de vida, WEIL (apud SALDANHA 1991, p. 48) traz algumas perspectivas, as quais abaixo relacionados: Existem sistemas energticos inacessveis aos nossos cinco sentidos, mas registrveis por outros nveis de percepo. Tudo na natureza se transforma e a energia, que a compe, eterna; A vida comea antes do nascimento e continua depois da morte fsica; A vida mental e a vida espiritual formam um sistema suscetvel de se desligar do corpo fsico;

A vida individual inteiramente integrada e forma um todo com a vida csmica; A evoluo obtida durante a existncia individual continua depois da morte fsica; A conscincia energia, que vida, no sentido mais amplo: no apenas a vida biolgica, fsica, mas tambm a da natureza, a do esprito, a vidaenergia, infinita nas suas mais diferentes expresses. A vida, que eterna, ilimitada, que sempre existiu. Ainda sobre conceitos relacionados ao trans e a ultravida existe afirmaes de vida transcendente ao fsico material. Como numa viso espiritual Goswami (2001, p.35) nos diz: Perceba que tanto a idia crist da eternidade no Cu como a idia oriental de libertao se referem essencialmente ao estgio que podemos verdadeiramente chamar de imortalidade da alma. De trinta anos para c o mundo cientifico da psicologia tem se persuadido pelo movimento transpessoal de que o beb em formao no um ser indolente. Antes de tudo um humano formando-se e se aperfeioando. Que um ser sensvel que sente, percebe e se alegra que sofre dores, que aprende, que tem um crebro e lembra. talvez at mais sensvel que um adulto exaurido em seus sentidos pelos lixos poluentes dirios. Pois apesar de todos os obstculos como o liquido

amnitico, o tecido epidrmico, a ausncia de luz. o beb na barriga da me ainda consegue perceber o que esta acontecendo no ambiente externo, por diversos meios como batidas cardacas da me.

existem sistemas energticos inacessveis aos nossos cinco sentidos, mas registrveis por outros sentidos. Tudo na natureza se transforma e a energia que a compe eterna. A vida mental e espiritual forma um sistema suscetvel de se desligar do corpo fsico. A vida individual inteiramente integrada e forma um todo com a vida csmica. A conscincia energia, que vida, no sentido mais amplo: no apenas a vida biolgica, fsica, mas tambm a da natureza, do Esprito, a vida-energia, infinita na suas mais diferentes expresses (WEIL apud MONTE, 1999, p. 9 ;2011, P.5).

H duas dcadas atrs lembro de um filme que fez muito sucesso olha quem esta falando, aquilo foi um sucesso e uma novidade tremenda. Apesar de ser fico,

quem haveria de pensar uma coisa dessas: um beb que pensa, fala, compreende, articula?! To novinho. E compreendia tudo. Espectadores assistiam mas ningum achava necessidade de refletir sobre a mensagem de um possvel conhecimento real na vida dos bebs. To moderno para a poca mas, e agora no tempo atual? o que diramos? -H isto esta ultrapassado, pois os bebs hoje j nascem s falta falar! talvez no, h mais de uma maneira de se expressar. E o corpo ou uma

ao pessoal do individuo vo passar a mensagem de algum conhecimento ou estado internalizado.pela linguagem do corpo, voc diz muitas coisas aos outros. E eles tm muitas coisas a dizer para voc. Tambm nosso corpo antes de tudo um centro de informaes para ns mesmos. uma linguagem que no mente, e cuja estrutura demonstrada nas pginas que voc tem agora em suas mos... Porque trata de um aspecto do comportamento humano que no pode ser transmitido satisfatoriamente por meras palavras. (WEIL apud TOMPAKOW, 2005, p.1-2).

Talvez o beb na barriga da me no saiba falar mas certamente sabe ouvir e aprender com a fala. Fico imaginando uma imagem que talvez de forma

inconsciente, todo filme que tem uma gestante seja ela no papel principal ou secundrio uma coisa no muda na futura me, a cena mostra a mesma com uma das mos sobe a barriga em forma de concha como quem ampara espalmada como quem esta mostrando que esta seguro, que esta apoiando. A cabea da me em diagonal, um pouco inclinada o suficiente para mostrar ao beb que esta falando com ele e numa inclinao suficientemente segura a ela a me para que as pessoas que olham no estranhem ou se indignem da alienao deste dilogo de estar falando com um beb que ainda sequer nasceu. Mas a me est segura do que est fazendo. ela e dois bilhes de mes no mundo executam o mesmo ato, esta interao dialtica registrada e inicia-se um vinculo pungente me, filho, quem no passou por esta experincia por ser pai e me, observando seu filho recm nascido dormindo.

nele que consideramos os outros estados de conscincia como inconscientes, o que errneo, alm do que os estudos da microfsica e da psicologia transpessoal relatam que estamos enganados quanto realidade energtica das coisas. Pela linguagem do corpo, voc diz muitas coisas aos outros. E eles tm muitas coisas a dizer para voc. Tambm nosso corpo

um centro de informaes para ns mesmos. uma linguagem que no mente (WEIL apud MONTE, 1986, p.7).

Os estudos cientficos da neurologia apontam o sonho como um sintetizador de protenas especificas relacionadas lembrana e ao aprendizado os meus sonhos so na maioria de uma forma geral, lembranas de coisas que eu conheo. sonho o que conheo! posso afirmar isto. Mas, e o beb recm nascido que dorme? ele sonha sobre o que? Teria que ter alguma lembrana, no? Ento porque o sorrisinho no canto da boca ou a expresso de choro enquanto dorme? Se observa isto at nos filhotes de animais domesticos, sonham e reagem emocionalmente a este sonho. De forma emprica deduzo que este recm nascido esta sonhando processando rememorando algum tipo de informao que foi obtido talvez na... Barriga da me ou antes:

recentes pesquisas em neurologia sugerem que o sonho contribui para a sntese de protena, responsvel pela transferncia da memria a longo prazo, favorece a aprendizagem e o comportamento adaptativo. Permite a elaborao do conhecimento, sendo perodos de programas internos que esto sendo sintetizados e podero ser realizados no ambiente. Alm disso, contribui para a restaurao energtica e protica dos neurnios. (SANVITO APUD. SALDANHA, 1991. p. 120.)

Quando um episodio de carter traumticos ocorre ainda no perodo de desenvolvimento gestacional marca emocional e psicologicamente o beb com uma significncia tal que pode provocar nesta criana mudanas psicolgicas e emocionais. estas transformaes emocionais tomam carter impeditivas ao aprendizado e normalidade da vida. H evidencia reais de que de alguma forma, episdios traumticos ou mesmo estmulos pessoais vivenciados pela criana no perodo intrauterino se desdobrem em significados de tal importncia que modifiquem o modo de perceber as coisas e ate mesmo de viver deste individuo. Se no ambiente educacional percebido inapto para instruir-se uma criana qual seria o primeiro pensamento do profissional psicopedagogo? Certamente a chave estaria onde e como tudo isto teve inicio? potencializado? De que forma isto foi

Deixando de ser apenas um fato ido agiganta-se passando a

provocar efeitos impeditivos ou retardadores a um aprendizado? No se concebe a

um psicopedagogia indiferena a tais perguntas. Perguntas suscitam respostas, que satisfeitas, chegam como valiosa informao viabilizante. Nas suas praticas o psicopedagogo, como quem interpreta um sonho, deve fazer uma exegese, apurar as informaes, organiza-las e interpreta-las. Como nos diz Ribeiro (2001 p.144 apud. Aurlio p 43) Nem todos os sonhos so contraditrios. Os intrpretes so latitudinrios e liberais na sua exegese, que no menos complicada que a dos sbios. E para apropriar-se entendendo o sentido destas respostas h necessidade de se conhecer o universo da criana, seu cotidiano, o mundo emocional, como vive, como se relaciona em, na, e com a famlia. Pesquisar vida pregressa, a partir da concepo ou de forma mais acurada, at mesmo antes mesmo dela.

em geral no nos lembramos de acontecimentos de encarnaes anteriores exceto em ocasies especiais, quando as lembranas isoladas de fatos importantes de vidas passadas emergem em nossa conscincia. Porm somos responsveis por nossas aes em todas essas vidas. Por causa dos efeitos inexorveis da lei do carma, nossa vivncia atual delineada pelos mritos e dbitos das vidas anteriores, e nossas aes no presente, por sua vez, influenciam nosso futuro (GROF e GROF, 1990, p.112).

Problematizar de forma diferenciada, novos parmetro e valores, refazer caminhos na procura de solues. Isto implica em mudar a forma de interpretar as coisas inovar-se ver por outros prismas, destituir se e abdicar-se de conceitos estabelecidos em funo da grandeza de um bem maior. E da relao de fatos ocorridos com o seu desempenho e aprendizado na vida agora e da respostas solucionadoras significativas. Sobre viso ampliada transpessoal:

sem dvida, a energia livre ilimitadamente superior energia condensada, que compe a matria do vosso mundo! Em verdade, o homem fsico apenas um agregado de foras condensadas no cenrio do mundo fsico, cuja materializao tem incio no ventre materno. Durante a gestao, ele surge lentamente de um mundo invisvel viso fsica, enquanto sua forma se objetiva em incessante trabalho de abaixamento vibratrio da energia livre. (MAES, 1999, p 186)

A proposta deste trabalho no aprofundar se a ponto de invadir a rea da psicologia, pretende-se apenas abordar de forma cnscia, e responsvel este

assunto instigante visto que pode ser plenamente aplicado dentro da rotina da psicopedagogia .

2.1 Ocorrncias perinatais no perodo gestacional e Sequelas nas Vrias Etapas do da Existncia Humana.Aurlio, (2001) define Incidente assim do latim. incidere.Adjetivo que ocorre, Ou o que incide e ou por sobre. Da a necessidade de investigar ocorrncia de algumas experincias traumticas de maus tratos ou abuso sofrido pela me ou mesmo diretamente a prpria criana, no perodo gestacional. Uma vez constada tal possibilidade, identificar possveis alteraes no seu comportamento infantil, bloqueios, a relevncia de algum fato traumtico, a repercusso deste na sua constituio de indivduo como um todo, e o conhecimento de mecanismos de superao diante da existncia de possveis sequelas psicolgicas e morais. A preocupao desta viso psicopedagoga transpessoal com a preservao da criana poupando-lhe a exposio a fatores danosos e estimular a famlia, que esta adote uma correta conduta com estimulao apropriada, propiciando a esta criana, a oportunidade de um amanh melhor, e quando da sua escolarizao, uma melhor aprendizagem que resulte por fim em uma melhor qualidade de vida.a cincia nos mostra que o crebro humano, em seu desenvolvimento, passa por etapas. Antes do nascimento, os cerca de 100 bilhes de neurnios fazem a maioria das conexes, chamadas sinapses. Depois do nascimento, os estmulos recebidos levam o crebro a selecionar as conexes que vo permanecer. Depois dos 3 anos de idade, o sistema nervoso entra no processo de maturao. Em um crebro j amadurecido, novas conexes so muito mais difceis (SADALLA, 1997, p. 245).

2.2 A gravidezA gravidez um estado normal do ser vivente um perodo e os acontecimentos que ocorrem neste perodo devem ser normais, mesmo que uma me diga que na gravidez s teve problemas normais necessrio averiguar o que a me esta se referindo e em que perodo este problema se deu. Problema no

norma, muito menos normal. Esta criana exposta a problemas normais (ou digamos assim do cotidiano conturbado de uma me) pode resultar no futuro em uma criana que trar consigo reflexos desses problemas. Gostamos de explicaes de ser avisados. No ambiente uterino no existe nenhum tipo de informao interna que informe ao bebe com placas que digam: no percam nesta sexta s 15 horas, indito! grande fuga nunca realizada. num numero de prestidigitao e de desaparecimento e nunca mais o escapista vai ser visto neste lugar!!! Goswami comenta sobre estagio Perinatal:

O estudo feito por Helen Wambach com a regresso hipntica at a experincia do nascimento, envolvendo 750 sujeitos escolhidos a dedo para representarem um corte transversal do pblico americano (incluindo, assim, muitos cristos e, at, catlicos praticantes), revelou que slidos 81% achavam que tinham escolhido nascer. E 100% revelaram que sentiram muito pouca identidade com o feto antes de este completar seis meses; eles se viram "entrando" e "saindo" (WAMBACH, 1979, APUD GOSWAMI, 2005, p.112 )

No nascimento biolgico O beb vive uma vida real com situaes reais e repentinamente o feto se depara com uma real possibilidade de morte um ambiente restrito circunscrito e indefeso a merc de foras que lhe so estranhas e alheias. Vive um episodio de morte e renascimento, mas ningum explica ao beb que esta para nascer que aquela morte do ambiente uterino o inicio de uma nova vida. Se o choro atenua a gravidade de um fato, ao nascer o beb em seu primeiro choro fora do tero, expressa as emoes e sensaes do nascimento. bem se o choro alivia a alma a lembrana desse evento permanece registrada.a experincia de morte e renascimento. Algum geralmente passa por uma experincia de morte e renascimento quando a lembrana que est emergindo para a conscincia envolve o momento do nascimento biolgico da pessoa. Ento ela completa o difcil processo precedente da propulso atravs do canal de nascimento e consegue uma liberao explosiva medida que emerge para a luz (Grof e Grof, 2001, p. 193).

2.3 Aceitao e Rejeio Na dcada de 80 a grande preocupao sexual da juventude no era as DST'S. Era a possibilidade de uma gravidez indesejada. Verdade no fosse pelo receio de doenas sexualmente transmitidas, pouca coisa haveria mudado neste

sentido. Dos gneros As mulheres tem de forma hipottica e subjetiva os perodos para procriao bem delimitados por parmetros hereditrios, forjados,

convencionais e social. Instintivamente a mulher a medida que vai crescendo amadurecendo deseja procriar e construir famlia. Sobre esta distino Maes (1999, p.117) nos diz:

mas consideramos que a figura feminina a convergncia delicada da poesia divina modelada na forma humana. Nunca o seu porte delicado se deveria humilhar aos tristes arremedos de vcios detestveis e prprios da imprudncia masculina.

Pesquisa realizada por docentes da UFMG, diz que Tal despertamento mais frequente preferencialmente se estiverem casadas ou amasiadas (UFMG, 2002) e depois de uma maioridade. Tocamos neste fatos porque queremos trazer uma reflexo se desde o momento que a me deseja ter filho seu corpo sua mente preparada para isto. O que inicialmente no comum em mulheres que

surpreendidas por no terem programado, rejeitam a gravidez. A reao recepo da noticia supomos seria a primeira impresso que a me passa ao seu filho no ventre. Com ou sem palavras h o primeiro dialogo emocional. A primeira frase endereada ao beb: sonhei com voc ou antagonicamente: - desgraei a minha vida, estou perdida!. Esse primeiro

comunicao sucedida por um escrito numa brochura onde deveria estar se iniciando a escrita de uma linda historia para o beb, (teologicamente Profetizar). A me que deseja quer supor sobre seu sexo, ser menino ou menina? E toda busca de uma ajudazinha profissional em funo da vida no para p-la em risco. As aes em relao ao nascituro devem ser movida pelo amor no pelo desespero.

talvez voc tenha visto seus pais e como voc foi concebido. Voc ainda no se identificou com seu feto; voc estava fora do corpo e observava telepaticamente as coisas pelos olhos de seus pais, por assim dizer, e talvez tenha sentido os anseios do desejo. esse desejo que determinar seu sexo ao nascer o espermatozide apropriado encontrar o vulo, mas isso secundrio. Se seu desejo estava dirigido para sua me, voc ser um menino; se, por outro lado, seu pai era seu objeto de desejo, voc ser menina. (GOSWAMI, 2005 p.116)

Se o transpessoal instiga-nos a ir sempre alem em busca de respostas no seria demais questionar se precocemente J no haveria a partir da de alguma maneira a gestao percebida como desejada ou no.

sob respirao holotrpica, de sujeitos que se recordam de experincias ...que se encaixam na descrio tibetana. Por exemplo, um dos sujeitos da pesquisadora Helen Wambach disse: "Fiquei muito surpreso quando percebi que no estava propriamente dentro do feto. Para mim, a parte mais estranha da experincia foi a sensao de que, de algum modo, eu estava ajudando a criar o feto" (WAMBACH APUD GOSWAMI 2001, p. 113 ).

Os argumentos de natureza transpessoal comentam o fato desta ideia j ser difundida no oriente h muito tempo e entre estes povos desde os tempos em que a religio e a cincia se confundiam nas civilizaes do Oriente, os povos chineses foram o primeiro onde h registro de preocupaes sobre o perodo pr-natal. no podemos afirmar com base em que natureza cientifica ou espiritual mas os chineses sustentavam a ideia de que me e filho tinham uma ligao emocional e que as angustias da me refletiriam no desenvolvimento fetal. Embora permanea a

diferena de costumes entre estes povos uma instituio sagrada no modificou: o ser me. De uma forma simplria emprico e ilustrativo, se uma me transfere anticorpos maternos ao feto de certa forma os episdios pr-natais serviriam como um tipo de vacinas emocionais. (h um mito de que a transferncia de anticorpos s se dariam na amamentao mas fato que a amamentao seria a continuidade deste processo) poderia na esfera emocional haver semelhante preventiva? Se

aplicaria esta lgica de sucesso emocional? As imperfeies so transmitidas de forma hereditria? No seria isto quando ouvimos: -Voc puxou a seu pai! sobre imperfeies Heercilio nos diz:

embora Jesus, no Ocidente, e Buda, no Oriente, continuem inspirando os movimentos humanos com os seus elevados ensinamentos do purificai-vos e o sede perfeitos, os terrcolas ainda se deixam atar s paixes delituosas e escravizantes, enquanto agravam os seus deslizes [...] geram novos desequilbrios, vencidos pela inquietao neurtica da vida moderna. (MAES, 1959, p. 47)

Acredito que a cincia hoje ainda no pode ou no divulgou se, teria capacidade analtica para certificar tal correspondncia emocional. Mas a gravidez hoje se acompanhada por equipamentos ultra-som e outros pode sim identificar aes de percepo de som inclusive com reconhecimento da voz dos pais e refletem o seu estado emocional

outros surpreendentes comportamentos que

literalmente a socos e pontaps. A cultura oriental sabe do valor das respostas, e se algumas respostas no so satisfatoriamente solucionadas por todo este arsenal cientifico, eletrnico o tranpessoal ainda dispe de um conceito (ferramenta) a mais na disposio elucidativa: o espiritual. Quanto a validade espiritual oriental MAES, (1959, p. 47) nos diz: Todo esforo moderno, de espiritualizao do mundo, nunca pde fugir de situar as suas razes iniciticas no experimento milenrio do Oriente, . Tal realidade interativa de comunicao no mas algo inusitado no Brasil em recente entrevista a revista veja o Dr. Tourinho trouxe esclarecimentos versando sobre este assunto com demonstraes que tambm foram reproduzidas na TV. Onde o cientista demonstra em ambiente controlado com equipamentos prprios que consegue se comunicar ser compreendido e receber respostas de execuo da parte do beb no tero da sua me. a comunicao com os recm-nascidos e sua influncia na formao do homem e da mulher, onde Dr. Ribamar Tourinho conversa com os bebs e eles respondem. O prprio WALOM, apud GALVO, (1996) quanto a intencionalidade do beb no livro Uma concepo dialtica do desenvolvimento infantil, nos diz assim:

uma concepo dialtica do desenvolvimento infantil Pouco a pouco o beb vai estabelecendo correspondncia entre seus atos e os do ambiente, suas reaes diversificam-se e tornamse cada vez mais claramente intencionais. Pela ao do outro, o movimento deixa de ser somente espasmo ou descargas impulsivas e passa a ser expresso, afetividade exteriorizada humana. ( WALLON APUD GALVAO, 1998, p.60)

2.4 Mudanas, Desenvolvimento e EvolutivasUm olhar sobre o Desenvolvimento e mudanas evolutivas da gestao ao ps natal retroagindo da Idade menstrual que computada a partir do ultimo ciclo

menstrual at as 38 ou 40 semanas do beb no perodo intra uterino. De forma

hipottica e associativa diramos que estando o universo em constante expanso e este processo evolucionista de acordo com doutrinas espiritualistas embarcaria o ser humano numa ao de estar em constante processo de evoluo e aperfeioamento:

Outra premissa de que, possivelmente, a conscincia csmica se situa num nvel existente antes do incio da filognese ou no fim da ontognese, isto , antes do nascimento e depois da morte. (WEIL APUD SALDANHA, 1999, p. 48)

Dentro desta concepo arriscaramos dizer que o desenvolvimento afetivo e psicolgico dar-se no Zigoto, desde o perodo germinal da concepo quando o ovo fertilizado e que supostamente (segundo a teologia) dar-se a recepo da alma na clula, que inicia sua primeira viagem pela via tubria onde se liga a

parede interna do tero onde ele evolui e ganha um novo nome: embrio. Nas primeira quinzena a forma e o cumprimento so definidos h inicio da construo

ainda uni ventricular do corao e um lastro neural para o crebro. Tudo continua em atividade intensa e mesmo antes de completar um ms as clulas envoltrias distinguem-se e que se transformaro em trs nveis de tecidos comeando da camada externa com tecido nervoso, pele, pelos, glndulas, unhas, cujo nome cientifico ectoderma. A camada intermediaria a mesoderme que geraro glndulas, msculos, esqueleto, e outros do sistema cardiocirculatrio. E por fim a camada mais interna de nome endoderme, que Dara forma aos rgos do sistema digestivo, fgado, e revestimento de glndulas endcrinas. Todo os sistemas em contnua mudana, sistema muscular, esqueltico, crdico, respiratrio, nervoso central, neste pe