monitorizaÇÃo da saÚde pÚblica - valorsul.pt · monitorizaÇÃo da saÚde pÚblica na...

169
MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO REFERENTE ÀS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO 2010-2012 Lisboa, Jan.2013 Universidade de Lisboa Instituto de Medicina Preventiva Faculdade de Medicina (Director: Prof. Doutor J. Pereira Miguel) Grande Oficial da Ordem de S. Tiago de Espada

Upload: vancong

Post on 12-Oct-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA

RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO REFERENTE ÀS ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO 2010-2012

Lisboa, Jan.2013

Universidade de Lisboa Instituto de Medicina Preventiva Faculdade de Medicina (Director: Prof. Doutor J. Pereira Miguel)

Grande Oficial da Ordem de S. Tiago de Espada

Page 2: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 2 de 169

Por decisão dos autores, o texto deste Relatório não segue o novo Acordo Ortográfico.

Page 3: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 3 de 169

ÍNDICE

Lista das tabelas em anexo............................................................................................................................................................................ 5

Índice das figuras do texto ............................................................................................................................................................................ 8

1. ENQUADRAMENTO, JUSTIFICAÇÃO E OBJECTIVOS DO PROGRAMA ............................................................................................. 11

2. METODOLOGIA ......................................................................................................................................................................................... 13

2. 1. Monitorizações da componente de Vigilância Biológica............................................................................................................. 14

2. 1. 1. Grupos de estudo e projectos de monitorização...................................................................................................................... 14

2. 1. 2. Amostragem e recolha de amostras e de dados...................................................................................................................... 15

2. 1. 3. Variáveis ................................................................................................................................................................................... 17

2. 1. 4. Tratamento e análise de dados ................................................................................................................................................ 17

2. 2. Monitorizações da componente de Vigilância de Efeitos Adversos .......................................................................................... 19

2. 2. 1. Projecto de monitorização da mortalidade por cancro ............................................................................................................. 20

2. 2. 2. Projecto de monitorização da frequência de alterações da reprodução .................................................................................. 22

2. 2. 2. 1. Monitorização de óbitos associáveis a malformações fetais..........................................................................................22

2. 2. 2. 2. Monitorização da mortalidade infantil e perinatal ...........................................................................................................23

2. 2. 2. 3. Monitorização do baixo peso à nascença e do parto pré-termo ....................................................................................24

3. RESULTADOS............................................................................................................................................................................................ 26

3. 1. Projectos de Vigilância Biológica .................................................................................................................................................. 26

3. 1. 1. Monitorização de metais pesados e de dioxinas em adultos da população geral ................................................................... 26

3. 1. 1. 1. Caracterização da amostra de estudo............................................................................................................................26

3. 1. 1. 2. Biomarcadores de exposição .........................................................................................................................................27

3. 1. 1. 3. Factores associados aos teores determinados para os biomarcadores de exposição..................................................35

3. 1. 1. 4. Factores associados a alterações dos parâmetros de funções biológicas ....................................................................38

3. 1. 2. Monitorização de chumbo e de dioxinas em pares mãe/recém-nascido ................................................................................. 40

3. 1. 2. 1. Caracterização da amostra de estudo............................................................................................................................40

3. 1. 2. 2. Biomarcadores de exposição .........................................................................................................................................42

3. 1. 2. 3. Factores associados aos teores de chumbo no sangue de grávidas ............................................................................46

3. 1. 2. 4. Factores associados aos teores de dioxinas no leite materno.......................................................................................50

3. 1. 2. 5. Factores associados a parâmetros de desenvolvimento dos nascituros .......................................................................52

3. 2. Projectos de Vigilância de Efeitos Adversos................................................................................................................................ 57

3. 2. 1. Monitorização da mortalidade por cancro ................................................................................................................................ 57

Page 4: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 4 de 169

3. 2. 2. Monitorização da frequência de alterações da reprodução ..................................................................................................... 68

3. 2. 2. 1. Óbitos associáveis a malformações fetais .....................................................................................................................68

3. 2. 2. 2. Mortalidade infantil e perinatal........................................................................................................................................71

3. 2. 2. 3. Baixo peso à nascença e parto pré-termo......................................................................................................................73

4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES..................................................................................................................................................... 75

5. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................................................................................... 79

6. ANEXO - Tabelas ....................................................................................................................................................................................... 81

Page 5: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 5 de 169

LISTA DAS TABELAS EM ANEXO

Tabela 1 - Número de habitantes residentes nas freguesias em estudo, por zona de controlo e zona exposta

Tabela 2- População-padrão (população residente em Portugal em 2001)

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos,

relativamente às variáveis de caracterização

Tabela 4 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de

caracterização da amostra

Tabela 5 - Níveis de exposição a cádmio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de

caracterização da amostra

Tabela 6 - Níveis de exposição a mercúrio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de

caracterização da amostra

Tabela 7 - Evolução dos teores de Pb, Ca e Hg na avaliação de potenciais impactes específicos (µg/dl)

Tabela 8 - Correlação entre os níveis dos biomarcadores (BM) de exposição determinados na amostra de estudo (N=180) e potenciais

determinantes

Tabela 9 - Análise de associação entre os níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180) e características da

amostra (potenciais determinantes desses níveis)

Tabela 10 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão linear múltipla referentes aos níveis de biomarcadores (BM)

determinados na amostra de estudo (N=180)

Tabela 11 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nos níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo

(N=180)

Tabela 12 - Análise de associação entre as alterações de parâmetros biológicos determinados na amostra de estudo (N=180) e potenciais

determinantes dessas alterações

Tabela 13 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão logística múltipla referentes às alterações de parâmetros de função

biológica determinados na amostra de estudo (N=180)

Tabela 14 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nas alterações de parâmetros de função biológica determinados na

amostra de estudo (N=180)

Page 6: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 6 de 169

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos,

relativamente às variáveis de caracterização

Tabela 16 - Características dos nascituros da amostra de estudo (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos,

relativamente às variáveis de caracterização

Tabela 17 - Estatísticas dos biomarcadores chumbo no sangue e dioxinas em leite materno em expostos, não expostos e na amostra

global

Tabela 18 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da

amostra de estudo (N=60)

Tabela 19 - Análise de associação entre os níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=60) e potenciais

determinantes desses níveis

Tabela 20 - Correlação entre os níveis dos biomarcadores (BM) de exposição determinados na amostra de estudo (N=60) e potenciais

determinantes

Tabela 21 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão linear múltipla referentes aos níveis de biomarcadores (BM)

determinados na amostra de estudo (N=60)

Tabela 22 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nos níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo

(N=60)

Tabela 23 - Níveis de exposição a dioxinas relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da amostra de

estudo (N=60)

Tabela 24 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com peso ao nascer

recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Tabela 25 - Correlação entre as características dos nascituros (N=60) e potenciais determinantes

Tabela 26 - Análise de associação entre parâmetros do desenvolvimento recodificados pela mediana e características dos nascituros

(N=60)

Tabela 27 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com índice de Apgar ao 1º

minuto recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Page 7: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 7 de 169

Tabela 28 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão logística múltipla referentes aos parâmetros do desenvolvimento dos nascituros recodificados pela mediana (N=60)

Tabela 29 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nos parâmetros do desenvolvimento dos nascituros recodificados pela mediana (N=60)

Tabela 30 - Taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes) em 2009, por sexo e grupos etários quinquenais, para Portugal,

para a área da Grande Lisboa e para zonas exposta e de controlo

Tabela 31 - Taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes) em 2010, por sexo e grupos etários quinquenais, para Portugal,

para a área da Grande Lisboa e para zonas exposta e de controlo

Tabela 32 - Taxas padronizadas médias da mortalidade por tumores malignos (por 100.000 residentes), entre os períodos 1991-1999 e

2000-2010, para a zona exposta e para a zona de controlo, e variação percentual entre o período de referência e o período de vigilância

Tabela 33 - Proporção dos óbitos por afecções congénitas e por outras causas seleccionadas, entre os óbitos em crianças com menos de

1 ano (1991-2010)

Tabela 34 - Número de óbitos perinatais em Portugal Continental, na zona da Grande Lisboa, na zona exposta e na zona de controlo

(1991-1999 e 2000-2010)

Page 8: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 8 de 169

ÍNDICE DAS FIGURAS DO TEXTO

Figura 1 – Distribuição dos níveis de chumbo no sangue dos participantes estratificados por área de exposição....................................... 28

Figura 2 – Distribuição dos teores de chumbo no sangue da amostra global ................................................................................................ 28

Figura 3 – Distribuição dos níveis sanguíneos de chumbo nos participantes estratificados por género ....................................................... 29

Figura 4 – Distribuição dos níveis de cádmio no sangue da amostra estratificada por área de exposição ................................................... 30

Figura 5 – Distribuição dos teores de cádmio no sangue da amostra global ................................................................................................. 30

Figura 6 – Distribuição dos níveis de cádmio no sangue da amostra estratificada por género...................................................................... 31

Figura 7 – Distribuição dos níveis sanguíneos de mercúrio na amostra estratificada por área de exposição ............................................... 32

Figura 8 – Distribuição dos teores de mercúrio no sangue da amostra global ............................................................................................... 32

Figura 9 – Distribuição dos níveis sanguíneos de mercúrio estratificados por género................................................................................... 33

Figura 10 – Evolução temporal dos teores sanguíneos de Pb, Cd e Hg na amostra global relativamente à situação basal ........................ 34

Figura 11 - Efeito da idade na plumbémia da amostra global......................................................................................................................... 35

Figura 12 - Efeito da idade nos teores de mercúrio da amostra global .......................................................................................................... 36

Figura 13 - Efeito da idade nos teores de cádmio da amostra global............................................................................................................. 36

Figura 14 – OR e IC95% dos determinantes das alterações de parâmetros de função biológica na amostra de estudo................................ 39

Figura 15 – Distribuição dos teores de chumbo no sangue das grávidas ...................................................................................................... 43

Figura 16 – Evolução temporal dos teores sanguíneos de Pb em grávidas................................................................................................... 43

Figura 17 - Distribuição dos teores de dioxinas no leite materno ................................................................................................................... 44

Figura 18 – Evolução temporal dos teores de dioxinas no leite materno ....................................................................................................... 45

Figura 19 – Perfil dos congéneres de PCDD/Fs determinados em leite materno no actual momento de observação.................................. 45

Figura 20 - “Perfil de risco” de todos os congéneres e dos congéneres mais relevantes de PCDD/Fs determinados em leite materno ...... 46

Figura 21 – Teores sanguíneos de Pb, em grávidas, por área de exposição ................................................................................................ 47

Figura 22 – Efeito da idade na plumbémia nas mulheres............................................................................................................................... 49

Figura 23 – Efeito da idade nos teores de PCDD/Fs nas mulheres ............................................................................................................... 51

Figura 24 - OR e IC95% dos determinantes do peso ao nascer recodificado pela mediana na amostra de estudo ..................................... 55

Figura 25 - OR e IC95% dos determinantes do índice de Apgar ao 1º minuto recodificado pela mediana na amostra de estudo .................. 56

Figura 26 – Perfil das Taxas Padronizadas de Mortalidade por cancro, de 2000 a 20010, nas zonas em estudo (ambos os sexos incluídos)

.............................................................................................................................................................................................................. 57

Figura 27 (1/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores malignos, nas zonas

expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)............................................................................................................................. 58

Figura 28 (1/4) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em

estudo, entre 2000 e 2010.................................................................................................................................................................... 63

Figura 29 – Evolução cronológica das taxas de mortalidade infantil por causas específicas, entre 1991 e 2010 ......................................... 69

Page 9: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 9 de 169

Figura 30 – Evolução cronológica das taxas de mortalidade infantil (por 1 000 nados vivos), por afecções congénitas e outras causas

seleccionadas (ambos os sexos incluídos) .......................................................................................................................................... 71

Figura 31 - Evolução cronológica da taxa de mortalidade infantil em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e de Controlo..... 72

Figura 32 - Evolução cronológica da taxa de mortalidade perinatal em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e de Controlo . 72

Figura 33 – Evolução cronológica das taxas de muito baixo peso e de baixo peso à nascença no período de referência, em Portugal, na

Grande Lisboa e nas Zonas Exposta e de Controlo ............................................................................................................................ 74

Page 10: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 10 de 169

O presente documento constitui o Relatório Circunstanciado de Monitorização da Saúde

Pública na envolvente à Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (CTRSU) de S.

João da Talha, relativa ao período 2010-2012. A sua elaboração visou apresentar e interpretar

os resultados das actividades decorrentes do Programa de Monitorização da Saúde Pública na

envolvente da CTRSU, no período 2010-2012 e, quando justificado, desde o início da

monitorização, com o objectivo de avaliar a tendência evolutiva dos indicadores em análise.

Page 11: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 11 de 169

1. ENQUADRAMENTO, JUSTIFICAÇÃO E OBJECTIVOS DO PROGRAMA

As emissões dos processos de incineração, em particular as emissões das chaminés, incluem uma variedade de

substâncias que, embora emitidas a níveis baixos, podem constituir perigos e gerar impactes negativos para o

ambiente, com subsequentes riscos directos para a saúde. De facto, os estudos toxicológicos têm, desde há

muito, vindo a demonstrar que a maioria dos poluentes potencialmente emitidos em resultado dos processos de

incineração têm potencial cancerígeno e propriedades tóxicas, designadamente para o sistema nervoso central,

sistema reprodutivo, fígado, rins, coração, entre outros órgãos e sistemas-alvo (Harrad & Harrison, 1996;

Rushton, 2003; WHO, 2007a). É também amplamente reconhecido que, uma vez libertados para o ambiente, a

exposição humana a esta tipo de poluentes pode ocorrer de forma directa – por exemplo, através da inalação –

ou indirecta, sobretudo através da ingestão de alimentos e/ou água contendo estas substâncias (Alssop, Costner

& Johnston, 2001).

Duma maneira geral, os riscos para a saúde podem ser desproporcionados em relação às quantidades emitidas

devido a três ordens de razões: por um lado, os poluentes incluídos nas emissões adicionam-se aos níveis de

poluição ambiental existente; por outro lado, a característica de persistência ambiental da maioria destes

químicos faz aumentar as oportunidades de exposição, a consequente bioacumulação e bioamplificação e a

inerente toxicidade, para além de aumentar o risco dos efeitos de exposições mais elevadas; por outro lado

ainda, existe evidência científica crescente de efeitos adversos da exposição continuada a níveis mesmo que

reduzidos de alguns destes poluentes (Reis, 2011).

São inúmeros os estudos epidemiológicos que têm revelado associação entre a exposição a concentrações

elevadas dos poluentes potencialmente emitidos pelas incineradoras e o aumento de mortalidade por todas as

causas, principalmente devido ao aumento da morbilidade e mortalidade neoplásica, cardiovascular e

respiratória (WHO, 2007a). Esta associação é especialmente relevante em crianças, idosos e doentes crónicos

(Morgan et al, 1998; Hoek et al, 2001; Rushton, 2003; Sigle-Rushton, 2003). As malformações congénitas

parecem igualmente integrar a lista de problemas de saúde associáveis a este tipo de exposição (Thompson &

Anthony, 2008). Para além disso, tem-se acumulado evidência crescente quanto à associação entre exposição

continuada a baixas concentrações destes poluentes e o agravamento de problemas crónicos de saúde,

nomeadamente bronquite e outras patologias de foro respiratório, ou redução da esperança de vida (WHO,

2000; WHO, 2007a). Por isso, sobretudo as emissões atmosféricas decorrentes dos processos de incineração,

potencialmente muito reduzidas nas instalações modernas – desde que construídas com as melhores

tecnologias disponíveis e cumprindo rigorosamente os protocolos adequados de operação e manutenção –,

continuam, apesar de tudo, a constituir motivo de preocupação para o público em geral, comunidade científica,

entidades reguladoras e organizações ambientalistas. De uma maneira ou de outra, todos continuam a sentir e a

manifestar inquietação quanto à exposição a estes poluentes e correspondentes efeitos na saúde humana (US-

EPA, 2007; GAIA, 2008; EIP, 2010; Marimow, 2011).

Page 12: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 12 de 169

Estes factores têm vindo a gerar um consenso alargado de que principalmente os químicos como os metais

pesados e as dioxinas, mesmo aos actuais níveis reduzidos, podem ser responsáveis pelo agravamento da

morbilidade, especialmente respiratória e cardiovascular, e pelo aumento das mortes prematuras, apontando

para a necessidade de monitorizar impactes e efeitos (Thompson & Anthony, 2008). Esta monitorização deve ser

realizada não só numa perspectiva de precaução, mas também pela extraordinária relevância do acervo de

dados que se for constituindo, para a correcta interpretação do que possa vir a registar-se num futuro que pode

não ser muito longínquo.

Realizar este tipo de monitorizações e, por esta via, estabelecer a magnitude do risco para as populações

residentes nas proximidades de centrais de incineração não é, contudo, tarefa fácil, nomeadamente devido a

dois factores: por um lado, as dificuldades metodológicas inerentes ao estudo da exposição (Vineis, 2007) e

sobretudo dos efeitos que lhe estão associados tornam difícil tirar conclusões relativamente às relações de

causalidade entre os fenómenos de redução da saúde nas envolventes e as emissões das incineradoras

(Thompson & Anthony, 2008; Martuzzi et al, 2010); por outro lado, esses efeitos, a existirem, implicam

normalmente um longo período de latência (WHO, 2007b; Thompson & Anthony, 2008). Isto leva a que seja

necessário utilizar, no estudo da exposição, indicadores de dose interna determinados por biomonitorização

humana (Angerer, 2002; Angerer, 2010; Angerer, 2011; Reis, 2011; Kolossa-Gehring, 2012) – os marcadores

mais adequados e, por isso, os mais vantajosos, tendo em vista a satisfação dos objectivos a atingir, mas

também geralmente os mais onerosos pelos recursos que envolvem – e adoptar, para o estudo dos efeitos, um

conjunto de indicadores de saúde que sejam potencialmente sensíveis, considerando o tipo de exposição em

causa e a geralmente longa latência dos efeitos previsíveis (Thompson & Anthony, 2008; Martuzzi et al, 2010).

O conhecimento criado com base nos dados recolhidos ao longo de monitorizações deste tipo tem por premissa

epistemológica que o estudo do efeito da poluição (nomeadamente atmosférica) na saúde individual e pública é

sujeito a diversos factores de confundimento, que obrigam a uma análise criteriosa e a uma interpretação muito

prudente. Bastará, a título exemplificativo, realçar que os locais com níveis de poluição mais elevados são

geralmente os mesmos onde se encontram estruturas socioeconómicas mais desfavorecidas, onde a

percentagem dos fumadores é mais elevada e onde a qualidade da alimentação é menos boa (Rylander and

Mégevand, 1993).

Procurando responder às questões que se colocam em relação aos riscos de exposição e efeitos associáveis

das populações da envolvente da CTRSU, o Programa de Monitorização da Saúde Pública, em curso desde

1999, tem vindo a ser desenvolvido com os seguintes objectivos gerais:

1. Contribuir para a salvaguarda da saúde das populações na região de influência da Central;

2. Contribuir para fundamentar adequadamente futuras conclusões sobre os potenciais impactes da

unidade de incineração, à luz e no contexto do que a evolução do conhecimento científico for

evidenciando;

Page 13: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 13 de 169

3. Contribuir para dar suporte à estratégia de comunicação do risco, através da demonstração,

cientificamente fundamentada, da eficácia da estratégia de prevenção e de efectivo controlo dos

potenciais impactes negativos da Central.

Especificamente, o Programa tem por objectivo desenvolver e dar continuidade a um conjunto de projectos de

monitorização, dirigidos concretamente à exposição aos poluentes potencialmente emitidos durante os

processos de incineração e que recolhem maior percepção de risco da parte da população (nomeadamente

metais pesados e dioxinas) e aos efeitos associados a essa exposição, designadamente os oncológicos e os

tóxicos, estes últimos relativos à saúde reprodutiva e neonatal.

2. METODOLOGIA

O Programa de Monitorização da Saúde Pública na envolvente da CTRSU adopta o modelo de vigilância

epidemiológica ambiental, sendo, por isso, designado por Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental (de

acrónimo ProVEpA) da CTRSU.

O desenvolvimento do ProVEpA faz-se através de diferentes projectos específicos, individualizados sobretudo

pelo grupo de risco a que respeitam ou pelas metodologias de observação e recolha de dados que utilizam, e

assenta no pressuposto de que a maiores distâncias da CTRSU de S. João da Talha correspondem menores

níveis de exposição aos poluentes eventualmente emitidos durante os processos de incineração de resíduos

sólidos urbanos que têm lugar na Central e consequentemente valores mais reduzidos nos potenciais efeitos

adversos na saúde das populações abrangidas. Daqui decorre a definição de duas áreas de estudo: uma

eventualmente exposta, definida por um raio de 5 km relativamente à CTRSU, e outra não exposta (ou de

controlo), na área para além desse raio, o mais possível semelhante à exposta, nomeadamente nas

características sócio-culturais e demográficas mais relevantes das populações e fora da potencial influência

ambiental atribuível à CTRSU.

De um modo geral, os procedimentos adoptados para o desenvolvimento do ProVEpA envolvem a recolha,

processamento, integração, análise, interpretação e avaliação sistemática de dados de exposição e/ou de saúde

nas populações potencialmente exposta e de controlo e, directa ou indirectamente, a divulgação atempada da

informação resultante aos principais responsáveis pela prevenção e controlo, quer da exposição, quer dos

efeitos que lhe podem estar associados. Sempre que se justifica, são elaboradas recomendações, tendo em

vista o desenvolvimento de medidas correctivas (preventivas, legislativas, educativas, entre outras) que se

julguem necessárias.

Na lógica de vigilância que lhes está subjacente, cada projecto incluído no ProVEpA é desenvolvido em duas

fases: uma para estabelecimento da situação basal ou de referência e outra, longitudinal, para avaliação de

potenciais impactes específicos. Assim, a estrutura temporal dos diferentes projectos é uma observação seriada

no tempo, com diversos momentos de observação, sendo que o primeiro, o tempo basal, corresponde à

Page 14: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 14 de 169

caracterização da situação de referência, e os subsequentes, à avaliação de potenciais impactes ao longo do

tempo, realizada com periodicidade que pode ser diferente de projecto para projecto, em função das respectivas

especificidades.

A hipótese em teste no desenvolvimento de cada projecto é a de que, estando os processos de incineração

controlados, quer a exposição humana aos poluentes mais críticos, quer os efeitos adversos na saúde que lhe

podem estar associados não diferem entre a população potencialmente exposta e a outra, considerada não

exposta, que é tomada para controlo. Por isso, em cada projecto, promove-se a análise comparativa, entre

expostos e não expostos, de indicadores específicos de exposição ou das condições de saúde ou patologias

associáveis à exposição, consoante o projecto seja dirigido à exposição ou aos efeitos. Desta forma, o Programa

é desenvolvido em duas vertentes, nomeadamente a vertente de Vigilância Biológica e a de Vigilância de

Efeitos Adversos, no âmbito das quais se realizam as monitorizações dirigidas respectivamente à exposição

aos poluentes mais críticos e aos mais relevantes efeitos adversos na saúde associáveis a essas exposições.

Para a análise, assegurando-se o controlo do quadro multifactorial da relação exposição / potencial efeito

adverso, assume-se que as diferenças que vierem a ser encontradas nas comparações entre expostos e não

expostos (quer para a exposição, quer para as patologias ou condições de saúde) serão resultado de exposições

distintas aos factores ambientais associados ao normal funcionamento da CTRSU e com potencial desigual

distribuição entre as áreas potencialmente exposta e de controlo.

Em contextos de monitorização epidemiológica, a noção de multicausalidade associada aos potenciais efeitos da

exposição aos poluentes das emissões fundamenta a necessidade de um desenho de investigação longitudinal

comparativo. Assim, na vigilância de efeitos adversos, para além de se compararem directamente os indicadores

da zona de influência da CTRSU com os de outras regiões do país, é o estudo da variação temporal que,

acompanhado do mesmo estudo, em paralelo, dedicado à zona de controlo escolhida (por ser à partida,

semelhante do ponto de vista socio-económico e cultural) mais garantias dá de se apreender, de forma válida,

quaisquer efeitos da incineradora, em termos de alterações na saúde comunitária local.

2. 1. Monitorizações da componente de Vigilância Biológica

2. 1. 1. Grupos de estudo e projectos de monitorização

No âmbito da Vigilância Biológica, os projectos de monitorização da exposição incluem a biomonitorização de

metais pesados e de dioxinas, em fluidos e tecidos biológicos de indivíduos incluídos em amostras de

conveniência de dois grupos distintos da população adulta, estratificados por exposição de acordo com a

condição de viver e/ou trabalhar na área geográfica determinada pelo raio pré-definido de 5 km (grupo exposto),

ou viver e trabalhar a distâncias acima desse raio (grupo de controlo ou não exposto).

Page 15: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 15 de 169

Um desses grupos populacionais é o dos adultos da população geral, onde se promove a biomonitorização de

chumbo (Pb), mercúrio (Hg) e cádmio (Cd) e também de dioxinas no sangue de participantes voluntários. Os

projectos no âmbito dos quais estas monitorizações são desenvolvidas designam-se respectivamente por

monitorização de metais pesados na população geral e monitorização de dioxinas na população geral.

O outro grupo populacional incluído nesta vertente de monitorização é constituído por pares mãe/recém-

nascido, sendo que os materiais biológicos (sangue e leite materno) em que se baseia a biomonitorização são

recolhidos exclusivamente na mãe, ainda que as conclusões relativas à exposição a chumbo e a dioxinas sejam

interpretadas fundamentalmente, ainda que não exclusivamente, em termos da avaliação da exposição fetal e

infantil, como factor de risco dos efeitos que lhe estão associados. Os projectos correspondentes tomam

respectivamente as designações de monitorização de chumbo em pares mãe/recém-nascido e monitorização de

dioxinas em pares mãe/recém-nascido.

2. 1. 2. Amostragem e recolha de amostras e de dados

Entre 1999 e 2009, as monitorizações relativas aos projectos de vigilância biológica foram realizadas

anualmente. No entanto, a relativa estabilidade, ou até mesmo a tendência que se tem vindo a registar para a

redução nos níveis dos indicadores monitorizados, evidenciaram como desnecessária essa frequência para as

observações, levando a que, nesta vertente de vigilância, a monitorização passasse a ter o triénio como base.

Por outro lado, a evidência acumulada relativamente a qualquer das monitorizações desta vertente de vigilância

tem demonstrado que não são significativas as diferenças entre os níveis encontrados nos grupos

potencialmente exposto e de controlo e em todos os grupos populacionais considerados. Por isso, as

observações realizadas no triénio 2010-2012 incidiram apenas sobre indivíduos da zona considerada

potencialmente exposta, tendo o “grupo de controlo” de cada monitorização passado a ser uma amostra de

dimensão igual à dos expostos, aleatória e estratificada por faixa etária e, quando adequado, por sexo, que foi

construída a partir do acervo histórico das monitorizações efectuadas no âmbito do ProVEpA, entre 1999 e 2009.

Para a selecção dos elementos de cada amostra de não expostos, foram considerados apenas os indivíduos

para os quais as bases de dados contêm (cumulativamente) dados para os diferentes marcadores em estudo e

para as variáveis apuradas pelos respectivos questionários de caracterização.

Desta forma e de acordo com o contrato celebrado para o período 2010-2012, a caracterização dos potenciais

impactes específicos da CTRSU em termos de exposição humana envolveu, para a monitorização de metais

pesados e de dioxinas no sangue de adultos da população geral, o recrutamento de uma amostra de

conveniência de indivíduos adultos (18 a 64 anos), residentes e/ou trabalhadores na zona exposta, num total de

90, emparelhados por género em cada um dos 3 grupos etários previamente definidos (18-35, 36-45 e >45

anos). Como vem sendo habitual, o recrutamento foi realizado entre dadores de sangue (voluntários) elegíveis

para o estudo, uma vez que são pessoas fortemente motivadas para este tipo de actividades e, por esta razão,

Page 16: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 16 de 169

tornam menos difícil a sempre problemática obtenção de amostras de sangue. O facto de serem dadores

também assegura e até potencia, à partida, um dos critérios de inclusão (nomeadamente o de os participantes

serem aparentemente saudáveis), visto que a condição de bom estado de saúde é não só aparente como

também comprovada por testes clínicos prévios a cada doação. Estando “naturalmente recrutados”, estes

participantes possibilitam também o emparelhamento mais rigoroso por idade e género, relativamente à zona de

estudo.

Em cada indivíduo que consentiu em ser incluído na amostra (através do preenchimento e assinatura do

consentimento informado), foi realizada uma recolha de sangue, que foi utilizada para a determinação dos três

metais pesados de maior relevância toxicológica, respectivamente Pb, Cd e Hg, e de dioxinas e furanos

(colectivamente designados por dioxinas) e ainda de parâmetros clínicos tanto quanto possível representativos

das funções biológicas cujas alterações podem ser associadas a potenciais efeitos da exposição aos poluentes

em estudo. A informação individual relativa aos doseamentos e aos parâmetros clínicos foi complementada com

a de outros indicadores de caracterização, obtidos por entrevista, através do questionário que tem vindo a ser

aplicado nas observações dos anos anteriores. Os dados recolhidos são relativos a estilos de vida, hábitos

alimentares, estado geral de saúde e factores sócio-económicos, entre outros, de forma a permitir avaliar a

similaridade das características dos grupos em estudo e poder vir a controlar eventuais factores confundentes.

A monitorização de chumbo e de dioxinas em pares mãe/recém-nascido envolveu o recrutamento duma amostra

de conveniência constituída por 30 mulheres grávidas, aparentemente saudáveis, que residem e/ou trabalham

na zona exposta e que tinham, à altura da entrada no estudo, uma idade compreendida entre os 18 e 45 anos.

Para efeitos de comparação no âmbito do estudo, as mulheres foram seleccionadas de forma a ficarem

igualmente distribuídas pelos 2 grupos etários previamente definidos (18-29 e 30-45 anos).

O recrutamento foi realizado entre as utentes elegíveis de Unidades de Saúde da zona exposta, nomeadamente

do Centro de Saúde de Póvoa de Santa Iria, das Unidades de Saúde Familiar de Vila Longa, de Forte da Casa e

de São João da Talha e da Clínica de Santo António de Sacavém, ao abrigo de protocolos de colaboração

previamente celebrados, sendo a amostra construída a partir das mulheres grávidas que se disponibilizaram a

participar e, para tal, preencheram e assinaram o consentimento informado.

Em cada mulher incluída na amostra de estudo, foi realizada uma recolha de sangue aquando do recrutamento

e, aproximadamente 30 dias após o parto, foi realizada a recolha domiciliária de uma amostra de leite materno.

Os materiais recolhidos foram utilizados respectivamente para a determinação da plumbémia e do teor de

dioxinas. A informação individual relativa aos doseamentos foi complementada com a de outros indicadores

relevantes sobre a mulher e o recém-nascido, nomeadamente dados pessoais e de estilos de vida da mãe,

dados relativos à gravidez e às características do nascituro, obtidos por entrevista, através do questionário que

tem vindo a ser aplicado desde o início desta monitorização.

Page 17: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 17 de 169

2. 1. 3. Variáveis

Na perspectiva da avaliação da exposição humana aos poluentes potencialmente emitidos pelos processos de

incineração, as variáveis dependentes consideradas de maior interesse para os respectivos estudos foram os

teores sanguíneos dos biomarcadores seleccionados, nomeadamente Pb e dioxinas e furanos, nos 2 grupos

populacionais, e Cd e Hg, no grupo dos adultos da população geral.

Na perspectiva da sua avaliação como indicadores de potencial efeito da exposição (potenciais biomarcadores

de efeito), foram consideradas como mais relevantes as variáveis dependentes referentes a alterações de

funções biológicas, que foram avaliadas pelos parâmetros clínicos na monitorização da população geral, e as

variáveis relativas a características do desenvolvimento do nascituro, nomeadamente peso ao nascer e índice de

Apgar ao 1º minuto, avaliadas na monitorização dos pares mãe/recém-nascido.

Como variáveis independentes, foram identificadas, em ambos os grupos, as variáveis de caracterização sócio-

demográfica, antropométrica, de hábitos alimentares e tabágicos, de estilos de vida, de saúde e, mais

especificamente para os pares mãe/recém-nascido, as variáveis relativas a aspectos relacionados com a

maternidade.

2. 1. 4. Tratamento e análise de dados

Os dados recolhidos por questionário e resultantes das análises químicas (e clínicas, quando existentes) foram

codificados e introduzidos em bases de dados, sendo submetidos a processos de validação adequados, que

incluem rotinas de validação automática durante o carregamento. Quando necessário e tendo em vista os testes

estatísticos a utilizar, procedeu-se à recodificação de variáveis, ou criaram-se novas, por integração de variáveis

concorrentes para melhor definição de uma dada característica da amostra. Sempre que se justificou, foi

realizada a integração dos dados obtidos na actual observação com os referentes a observações anteriores,

para investigação de tendências temporais.

A estratégia analítica incluiu, numa primeira fase, a caracterização de cada amostra de estudo, quer estratificada

por área de exposição, quer globalmente considerada.

Numa segunda fase, procedeu-se à investigação da homogeneidade entre expostos e não expostos

relativamente às principais características da amostra. Sempre que se verificou homogeneidade entre os grupos,

efectuou-se a caracterização dos níveis dos diferentes biomarcadores na amostra global e a comparação destes

níveis entre os diferentes sub-grupos/estratos definidos nas variáveis independentes mais relevantes.

Por fim e para investigar factores associados (potenciais determinantes) às principais variáveis dependentes em

estudo – nomeadamente, a exposição humana aos poluentes de interesse, conforme determinada pelos níveis

dos biomarcadores considerados, as alterações biológicas avaliadas pelos parâmetros clínicos analisados e

Page 18: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 18 de 169

alguns dos mais relevantes indicadores do desenvolvimento dos nascituros –, foram efectuadas análises bi- e

multivariável.

A análise estatística foi efectuada através do SPSS 20.0 (versão Windows), tendo sido utilizados os modelos

mais apropriados aos objectivos de cada projecto e às suas variáveis específicas (Aguiar, 2007; Rothman,

2008).

Para a análise descritiva, determinaram-se as frequências absolutas e relativas (respectivamente contagens e

percentagens) para as variáveis categóricas, e, para as numéricas, medidas de tendência central (média e

mediana) e de dispersão (desvio padrão e amplitude de variação, com máximo e mínimo, e percentis P25 e

P75).

As variáveis referentes aos níveis dos diferentes biomarcadores foram também descritas pela média geométrica

e respectivo intervalo de confiança a 95% e percentis P10, P90, P95 e P98. A média geométrica representa a

medida de tendência central “ideal” no caso de distribuições log-normais e os percentis da gama superior

enfatizam as exposições mais elevadas e, por isso, de maior interesse em termos de prevenção.

A análise comparativa entre variáveis numéricas foi realizada por análise de correlação de Pearson ou

Spearman, conforme adequado, tendo-se utilizado o teste t de Student, a análise de variância (ANOVA) e

análises não paramétricas (Mann-Whitney e Kruskal-Wallis) para comparar os teores dos biomarcadores

(variáveis numéricas) entre os sub-grupos ou estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da

amostra. Para comparações relativas a variáveis categóricas, foram utilizados os testes de qui-quadrado (χ2) e

exacto de Fisher.

A magnitude das associações foi medida, conforme adequado, através da razão entre as medianas, coeficientes

de correlação, de regressão e odds ratios e respectivos intervalos de confiança a 95% e ainda por análise de

regressão logística bivariável. Nos testes estatísticos de hipóteses foi adoptado o nível de significância de 5%.

A abordagem multivariável envolveu análise de regressão linear múltipla, para os níveis (numéricos) dos

biomarcadores em estudo, e análise de regressão logística múltipla, para as alterações biológicas recodificadas

em termos da presença (sim / não) dessas alterações, ou para indicadores do desenvolvimento dos nascituros

recodificados pela respectiva mediana, em normal (sim / não), consoante ≥ ou < que a mediana. Para entrarem

nos modelos, foram seleccionadas as variáveis independentes que, para além de não evidenciarem existência

de colinearidade, satisfaziam cumulativamente as condições de p<0,20 na análise bivariável e percentagem de

valores omissos inferior a 10%. As variáveis que não satisfaziam estas condições mas se revestiam de grande

relevância para os objectivos do estudo foram também incluídas nos modelos. A selecção das variáveis a

permanecer em cada modelo seguiu o método Backward controlado pelo investigador, que permite excluir, em

cada passo, uma única variável, pelo critério de p mais elevado (com p>0,10) e, em caso de igual valor de p,

pelo menor valor absoluto do coeficiente de correlação parcial ajustado para as outras variáveis independentes

do modelo (nas regressões lineares mútiplas) ou pelo valor de OR (nas regressões logísticas mútiplas).

Page 19: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 19 de 169

2. 2. Monitorizações da componente de Vigilância de Efeitos Adversos

Na vertente de Vigilância de Efeitos Adversos, promove-se a monitorização de um conjunto de indicadores de

saúde (nomeadamente mortalidade por cancro e frequência de alterações de reprodução), cujos dados são

obtidos através de sistemas de busca activa de informação (designadamente por consulta a bases de dados de

saúde e demográficos). O acesso a dados adequados – em termos de nível de desagregação geo-temporal e

susceptíveis de possibilitar o cálculo dos diferentes indicadores incluídos na análise, que são imprescindíveis

para o cumprimento dos objectivos estabelecidos nesta vertente de vigilância do ProVEpA – só é possível

graças a um protocolo de colaboração, celebrado em Outubro de 2004 com o Instituto Nacional de

Estatística (INE), sendo de salientar a excelente colaboração que desde então se tem vindo a manter.

Os indicadores utilizados na análise epidemiológica incluída nesta vertente de monitorização foram

seleccionados com base na respectiva sensibilidade esperada ou já comprovada, a curto ou mais longo prazo,

para os potenciais impactes negativos da CTRSU.

Em termos de desenho de investigação, as monitorizações desta vertente seguem o paradigma das da vertente

de vigilância biológica, segundo um programa de natureza longitudinal e comparativa, que tem por base a

delimitação de duas áreas geodemográficas, numa lógica de comparação entre o grupo potencialmente exposto

(os expostos) e o grupo de controlo (os não expostos).

Dado que os dados são obtidos a partir de registos com base nas freguesias, é considerada como zona exposta

o conjunto das freguesias incluídas na região abrangida por um raio de cinco quilómetros à volta da CTRSU e

das que têm mais de 40% do seu território no interior desta região. A zona de controlo foi definida por similitude

da zona exposta em termos geodemográficos, nomeadamente no que se refere à dimensão geográfica, à

distribuição etária, aos estilos de vida (incluindo hábitos alimentares e ocupação profissional), ao ambiente físico

(nomeadamente, a altitude, as condições climáticas, a área geográfica, o tipo de alojamentos familiares) e à

frequência e distribuição de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços e acessibilidades. A estes

critérios foi ainda adicionado o da vizinhança/contiguidade com a zona exposta.

Em termos gerais, as zonas seleccionadas para o estudo abrangem a totalidade do território geográfico dos

concelhos de Vila Franca de Xira, Loures e Odivelas, como se apresenta na (Tabela 1). A avaliação de

potenciais impactos em relação ao período de referência estabelecido no contexto do ProVEpA é feita através da

comparação, ao longo do tempo de estudo, dos mesmos indicadores nas zonas de estudo consideradas.

No que se refere aos intervalos temporais de monitorização, foram estabelecidos dois marcos: o período de

referência (de 1991 a 1999, e portanto anterior ao funcionamento regular da Central), que possibilita a

comparação entre as áreas geográficas e os períodos temporais de interesse, e, numa lógica de desenho de

investigação longitudinal, a data de início da vigilância epidemiológica, o ano de 2000. O período temporal de

monitorização dos potenciais impactes específicos da CTRSU, analisado no âmbito das monitorizações

Page 20: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 20 de 169

anteriores, foi o que decorreu de 2000 a 2008. A presente observação, incluindo os dados disponíveis relativos a

2009 e 2010, alarga em dois anos o período de vigilância e leva a que, pela primeira vez neste programa de

monitorização, o período de vigilância dos indicadores em estudo seja mais dilatado no tempo (11 anos) do que

o período de referência (9 anos).

A análise estatística na vertente de Vigilância de Efeitos Adversos foi efectuada utilizando o SPSS 20.0 e o

EXCEL XP.

Nas secções seguintes, para cada projecto de monitorização são apresentados os indicadores em análise e

respectivas fontes, bem como as variáveis de estudo e respectivas fórmulas de cálculo.

2. 2. 1. Projecto de monitorização da mortalidade por cancro

Indicadores e respectivas fontes

No contexto desta componente de monitorização, promove-se a comparação das taxas de mortalidade

padronizada por cancro, entre a população exposta e a população de controlo, com o objectivo de confirmar a

hipótese de diferença significativa, não só do ponto de vista estatístico, mas também numa perspectiva de

relevância clínica, entre as duas populações (exposta e de controlo) e ao longo do tempo.

Como indicadores de vigilância, consideraram-se a totalidade de mortes por cancro nos períodos considerados

(os tumores malignos estão compreendidos, no International Classification of Diseases (ICD): no ICD-9, entre os

códigos 1500 e 2399 e, no ICD-10, entre os códigos C00 e C97)1 e os óbitos pelos seguintes tipos de tumores:

� tumores malignos do aparelho digestivo (ICD-9: 1500-1599); ICD-10: C15.0-C26.9;

� tumores malignos do estômago (ICD-9: 1510-1519; ICD-10: C16.0-C16.9);

� tumores malignos do cólon (ICD-9: 1530-1539; ICD-10: C18.0-C18.9);

� tumores malignos do aparelho respiratório (ICD-9: 1600-1659; ICD-10: C30.0-C39.9);

� tumores malignos da traqueia, brônquios e pulmão (ICD-9: 1620-1629; ICD-10: C33.0-C34.9);

� tumores malignos dos ossos, pele e mama (ICD-9: 1700-1769; ICD-10: C40.0-C41.9 + C43.0-C44.9 +

C50.0-C50.9);

� tumores malignos da mama feminina (ICD-9: 1740-1749; ICD-10: C50.0-C50.9);

� tumores malignos do aparelho genito-urinário (ICD-9: 1790-1899; ICD-10: C51.0-C58.0 + C60.0-C63.9

+ C64.0-C68.9);

1 O ICD (OMS, 1990) define os critérios nosológicos aceites pela comunidade científica para classificação dos tumores malignos, atendendo à sua localização e morfologia. Apesar de o ICD estar já na sua 10ª edição, os dados oficiais de mortalidade (registados em base de dados pelo Instituto Nacional de Estatística), relativos ao período entre 1991 e 2001, utilizam ainda a classificação do ICD-9.

Page 21: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 21 de 169

� tumores malignos da próstata (ICD-9: 1850-1859; ICD-10: C61);

� tumores malignos de outras localizações (ICD-9: 1900-1999; ICD-10: C76.0-C76.8);

� tumores malignos dos tecidos linfático e hematopoiético (ICD-9: 2000-2089; ICD-10: C81.0-C96.9).

Variáveis de estudo e fórmulas de cálculo

Sendo consensual que a mortalidade por cancro está associada a muitas outras variáveis para além dos factores

de risco ambientais em estudo, é fundamental que a avaliação de taxas de mortalidade mantenha sob controlo

(ou, dito de outra forma, neutralize), na medida do possível, o efeito de variáveis que se sabe à partida serem

diferentes entre os dois grupos populacionais e que podem influenciar, de forma independente, essas taxas2. Por

exemplo, é de esperar que populações mais idosas apresentem taxas brutas de mortalidade mais elevadas do

que populações mais jovens, apenas pelo efeito da idade e não por eventuais factores de risco associáveis à

região. Por esta razão, é adequado padronizar as taxas por sexos e por grupos etários, de forma a anular o

efeito independente destas duas variáveis.

Para esta padronização foi adoptado o método directo (Stone et al, 1996; Aguiar, 2007; Rothman, 2008), por

sexo e grupos etários quinquenais (para as diferentes unidades geo-demográficas em estudo), para a análise

comparativa das taxas de mortalidade por cancro entre a população exposta e a de controlo. Como se utilizou

uma população-padrão de escolha arbitrária, as taxas obtidas são valores também eles arbitrários, com utilidade

relativa (ou seja, só para efeitos de comparação), que não têm contudo significado absoluto. A população-padrão

escolhida foi a da população portuguesa, estratificada por sexos e pelos grupos etários quinquenais dos Censos

de 2001 (Tabela 2), dada a indisponibilidade, à altura da realização deste estudo, dos resultados definitivos dos

Censos de 2011.

O estudo de comparação de taxas de mortalidade por cancro entre população exposta e população de controlo é

orientado para a detecção de eventuais diferenças significativas entre as duas populações, mas apenas no que

se refere ao modo como as taxas evoluem no tempo, uma vez que o único tipo de estudo que faz sentido neste

caso é o que se realiza numa lógica de análise longitudinal.

O período temporal em análise na actual observação termina em 2010 devido a que os dados definitivos

relativos a cada ano são disponibilizados pelo INE com um atraso de cerca de 2 anos e o trabalho de análise foi

efectuado até final de 2012. Em termos de futuro, estando assegurada a continuidade do protocolo com o INE,

prevê-se que a obtenção de dados relativos aos próximos anos não apresente dificuldades de maior, para se

2 Importa referir que a inferência de relações causais entre fenómenos de saúde (como morbilidade e/ou mortalidade) é um exercício sempre susceptível

de vieses resultantes do facto de não ser possível o controlo de todas as variáveis moderadoras e mediadoras de tal complexidade. Contudo, para

efeitos comparativos, importa que os grupos populacionais em estudo sejam semelhantes relativamente a aspectos biológicos básicos (como sexo e

idade), reconhecidos como determinantes major das prevalências de morbilidade e mortalidade.

Page 22: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 22 de 169

poder realizar a monitorização dos impactes específicos para períodos cada vez mais amplos. Na presente

obervação, a monitorização da mortalidade por cancro foi realizada através do estudo evolutivo de taxas de

óbitos associados a tumores malignos, em ambas as áreas em estudo, nos intervalos temporais de 1991 a 1999

(período de referência) e de 2000 a 2010 (período de monitorização).

Para o cálculo das taxas padronizadas, foram incluídas, para além da causa de óbito, variáveis como o género

do falecido, a idade à data do óbito e a freguesia de residência, provenientes da Base de Dados de Óbitos do

INE, para os dados sobre indivíduos diagnosticados com tumores malignos em cada ano, de 1991 a 2010, e dos

Censos populacionais de 2001.

2. 2. 2. Projecto de monitorização da frequência de alterações da reprodução

Para a monitorização da frequência de alterações da reprodução, os pressupostos e estratégia de análise são

idênticos aos referidos para a monitorização de mortalidade por cancro. Por isso, o período de referência, pano

de fundo para detecção de desvios em anos futuros, estende-se de 1991 a 1999 e o ano de 2000 é também

considerado como o início do período de vigilância de potenciais impactes específicos que, nesta observação, se

estende até ao ano de 2010. De igual forma, consegue-se, nesta observação, ter pela primeira vez, um período

de vigilância de maior amplitude que o período de referência.

Na monitorização da frequência de alterações da reprodução são incluídos vários indicadores de saúde neonatal

e reprodutiva, nomeadamente óbitos associáveis a malformações fetais, mortalidade infantil e perinatal e baixo

peso à nascença e do parto pré-termo, pelas suas características de sensibilidade esperada ou já comprovada, a

curto ou mais longo prazo, para os potenciais impactes negativos da CTRSU, em função dos objectivos do

estudo.

2. 2. 2. 1. Monitorização de óbitos associáveis a malformações fetais

Indicadores e respectivas fontes

No âmbito desta monitorização, foram analisados os óbitos associáveis a malformações fetais através da

consulta da base de dados de óbitos do INE relativa a crianças com menos de 1 ano (mortalidade infantil),

durante o período de 1991 a 2010. Para o cálculo destes indicadores foram também tidos em conta os dados

provenientes do INE relativos ao número de nados-vivos para as várias áreas geográficas em estudo. Isto

significa que, para o cálculo das taxas de mortalidade, foram consultadas:

� a base de dados de óbitos do INE, relativa aos anos entre 1991 e 2010, nas áreas em estudo;

� a base de dados de nascimentos do INE, de 1991 a 2010, nas mesmas áreas.

Page 23: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 23 de 169

Consideram-se como indicadores de vigilância de mortalidade associável a malformação fetal os casos de morte

infantil pelas seguintes causas (e respectivos códigos do ICD-9 e do ICD-10 – este últimos aplicados aos óbitos

referentes aos anos entre 2002 e 2010):

� afecções congénitas (ICD-9: 7400-7599; ICD-10: Q00-Q99);

� afecções perinatais (ICD-9: 7600-7799; ICD-10: P00-P96);

� doenças do aparelho respiratório (ICD-9: 4600-5199; ICD-10: J00-J98);

� doenças do sistema nervoso (ICD-9: 3200-3899; ICD-10: G00-G98);

� sinais e sintomas mal definidos (ICD-9: 7800-7999; ICD-10: R00-R99).

Variáveis de estudo e fórmulas de cálculo

As variáveis em estudo foram: a causa da morte da criança, o sexo, a idade à altura da morte e a freguesia de

residência.

Para o cálculo das taxas brutas de mortalidade infantil por causa específica utilizou-se a seguinte fórmula:

2. 2. 2. 2. Monitorização da mortalidade infantil e perinatal

Indicadores e respectivas fontes

A taxa de mortalidade infantil e a taxa perinatal são indicadores epidemiológicos muito relevantes em termos de

saúde pública por serem sensíveis a determinantes de saúde e patologia ao nível comunitário, incluindo factores

sócio-económicos e ambientais. Por definição, a taxa de mortalidade infantil expressa a mortalidade em crianças

durante o primeiro ano de vida e a taxa de mortalidade perinatal refere-se ao conjunto de óbitos de fetos com

mais de 28 semanas de gestão e de recém-nascidos até os 7 dias de vida (inclusive). Um aumento significativo

da taxa de qualquer destes marcadores epidemiológicos constitui um sinal de alarme em termos de saúde

pública, que requer de imediato o estudo sobre as causas prováveis, assim como acções preventivas

(Beaglehole et al, 1993).

Variáveis de estudo e fórmulas de cálculo

Para o cálculo da taxa de mortalidade infantil, foram consultadas a base de dados de óbitos do INE, relativa aos

anos entre 1991 e 2010, nas áreas em estudo (tendo sido consideradas todas os óbitos de indivíduos com

menos de um ano de vida), e a base de dados de nascimentos do INE, de 1991 a 2010, nas mesmas áreas.

x 1000

Nº de óbitos até ao primeiro ano de vida, num determinado período, por determinada causa

Nº de nados vivos durante esse período Taxa (bruta) de mortalidade =

Page 24: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 24 de 169

As variáveis em estudo foram a idade à altura da morte da criança e a freguesia de residência e, para o cálculo

desta taxa, foi utilizada a seguinte fórmula:

Para o cálculo das taxas de mortalidade perinatal, foram utilizadas as variáveis sexo, idade (à altura da morte)

do recém nascido e freguesia de residência, obtidos a partir da consulta às seguintes fontes:

� a base de dados de óbitos perinatais do INE, relativa aos anos 1991 a 2010

� a base de dados de óbitos do INE, relativa aos anos 1991 a 2010

� a base de dados de nascimentos, de 1991 a 2010,

tendo-se utilizado a seguinte fórmula:

2. 2. 2. 3. Monitorização do baixo peso à nascença e do parto pré-termo

Indicadores e respectivas fontes

O baixo peso à nascença é um dos maiores problemas da saúde pública actual, quer nos países desenvolvidos,

quer nos países em vias de desenvolvimento. Para além de se assistir, nos países desenvolvidos, a um aumento

da taxa deste indicador, as taxas de mortalidade e de morbilidade em períodos perinatais e infantis são

significativamente mais elevadas em crianças com baixo peso à nascença, quando comparadas com crianças

que nascem com peso normal. É também um indicador de grande importância social, por reflectir o efeito de

diversos determinantes de saúde pública, como défice nutricional, hábitos tabágicos, múltiplas gestações, entre

outros (Grimmer et al, 2002). Não admira portanto que o baixo peso à nascença seja considerado como um dos

melhores determinantes da mortalidade infantil e em crianças na infância pré-escolar (1 a 4 anos), bem como um

importante indicador de risco ambiental. Alguns autores vão ainda mais longe, afirmando que este indicador é

mais sensível aos efeitos deletérios do ambiente do que a mortalidade infantil ou perinatal (Gould et al, 1998). A

importância da taxa de baixo peso à nascença para a avaliação da saúde pública é também expressa pelo facto

de ser um dos indicadores-chave do Plano Nacional de Saúde 2004-2010 (DGS, 2004).

x 1000

N.º de óbitos até ao primeiro ano de vida, num determinado período

N.º de nados vivos durante esse período Taxa de mortalidade infantil =

x 1000

N.º de mortes fetais com mais de 28 semanas de gestação e mortes até aos 7 dias, num determinado período de tempo

N.º de nados vivos e mortos fetais durante esse período Taxa de mortalidade perinatal =

Page 25: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 25 de 169

Atendendo à importância deste indicador de saúde pública, o projecto de monitorização de baixo peso à

nascença, no contexto do ProVEpA, inclui a monitorização da sua incidência anual, caracterizando-a em função

da exposição, de acordo com a área geográfica do feto. Em complemento, avalia-se também a taxa de partos

prematuros, por este ser um indicador de saúde também sensível a factores ambientais (Grimmer et al, 2002).

À semelhança do que foi feito para os outros indicadores de efeitos adversos associáveis ao funcionamento da

CTRSU, a evolução do baixo peso à nascença e do parto pré-termo foi estudada, nas diferentes áreas de estudo

consideradas, ao longo do período de referência considerado (de 1991 a 1999) e ao longo do período de

vigilância epidemiológica compreendido entre 2000 e 2010.

Considera-se situação de muito baixo peso à nascença quando o recém-nascido vivo tem um peso inferior a

1500 gramas, e baixo peso à nascença quando o peso se situa entre 1500 gramas e menos de 2500 gramas.

Variáveis de estudo e fórmulas de cálculo

Para o cálculo da taxas de baixo peso à nascença e de parto prematuro foi utilizada a base de dados de

nascimentos do INE, relativa aos anos entre 1991 e 2010.

As variáveis em estudo foram o número de semanas de gestação, o peso à nascença e a freguesia de

residência.

Para o cálculo das diferentes taxas foram utilizadas as seguintes fórmulas:

x 100

N.º de nados vivos que nasceram com peso inferior a 1500 gramas, num determinado período

N.º de nados vivos durante esse período Taxa de muito baixo peso à nascença =

x 100

N.º de nados vivos que nasceram com peso entre 1500 e 2500 gramas e, num determinado período

N.º de nados vivos durante esse período Taxa de baixo peso à nascença =

x 100

N.º de partos com tempo de gestação inferior a 37 semanas, num determinado período

N.º de partos de nados vivos durante esse período Taxa de partos prematuros =

Page 26: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 26 de 169

3. RESULTADOS

3. 1. Projectos de Vigilância Biológica

Os resultados da análise dos dados obtidos através do desenvolvimento da vertente de vigilância biológica no

período 2010-2012 são aqui apresentados, separadamente para as monitorizações na população geral e em

pares mãe/recém-nascido e tanto quanto possível de acordo com a sequência da estratégia analítica que foi

utilizada. Faz-se notar que os resultados da monitorização de dioxinas no sangue da população geral não

integram este documento, uma vez que as determinações analíticas não foram disponibilizadas pelo laboratório

em condições de poderem ser adequadamente analisadas.

3. 1. 1. Monitorização de metais pesados e de dioxinas em adultos da população geral

3. 1. 1. 1. Caracterização da amostra de estudo

A Tabela 3 mostra a caracterização da amostra de estudo, estratificada em expostos e não expostos e

globalmente considerada, e também a análise comparativa entre os grupos de exposição, relativamente às

variáveis de caracterização sociodemográfica, antropométrica, de hábitos alimentares, de hábitos tabágicos, de

estilos de vida, de saúde e de aspectos relativos à maternidade. Da observação desta tabela pode-se concluir

que as diferenças observadas entre os dois grupos não têm significado estatístico para a esmagadora maioria

dos indicadores, evidenciando acentuada homogeneidade entre os grupos em relação às suas principais

características. De notar que, na perspectiva da monitorização em causa, as diferenças registadas, quando

estatisticamente significativas, não só são, regra geral, mais penalizadoras para o grupo dos não expostos, não

tendo, por isso, relevância epidemiológica para os objectivos do estudo, como também apresentam amplitude

reduzida, revelando-se significativas devido ao tamanho amostral.

Por isso, em termos globais, a amostra de estudo, criteriosamente construída em relação ao género e à faixa

etária, pode caracterizar-se como um conjunto de indivíduos adultos, igualmente distribuídos entre homens e

mulheres e em cada um dos 3 grupos etários previamente definidos, com uma idade média/mediana muito

próxima dos 40 anos, a variar entre um mínimo de 18 e um máximo de 60.

Talvez porque a faixa etária da amostra não é muito elevada, a grande maioria dos participantes (85,2%)

referem não ter filhos, ou ter apenas 1, e numa proporção semelhante (81,4%) houve, no máximo, uma gravidez.

Na sua grande maioria, vivem há mais de 3 anos na residência indicada à data da aplicação do questionário,

consomem água da torneira (68,3%) e têm um regime alimentar que inclui o consumo diário de fruta (78,7%) e

de vegetais (59,1%), embora apenas 21% consuma estes alimentos de origem local. Ainda quanto aos hábitos

Page 27: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 27 de 169

alimentares, a esmagadora maioria consome leite (82,4%) e ovos (92,1%), cuja origem se desconhece, e

também peixe, embora só ocasionalmente (77,6%), sendo que cerca de metade consome carne diariamente.

Actualmente a maioria (71,1%) dos indivíduos inquiridos não são fumadores e mais de metade refere mesmo

nunca ter fumado. No entanto, no agregado familiar de quase um terço existe pelo menos um fumador, facto que

não parece ser muito valorizado, já que 92,7% do total dos participantes percepcionam como baixa a exposição

a fumo dos familiares. É também elevada a proporção dos que são de opinião de que têm uma exposição baixa

ou mesmo nula a químicos (68,3%), seja em casa ou no trabalho.

Do apuramento das questões acerca dos estilos de vida, conclui-se que apenas uma ligeira maioria (51,7%)

pratica desporto, embora a quase totalidade destes tenha uma prática semanal. A proporção dos que

actualmente consomem álcool abrange bastante mais do que metade da amostra (62,8%), sendo que quase

30% destes têm um consumo diário.

Mais de três quartos da amostra (77,8%) refere não ter qualquer doença, o que, de certa maneira, é reflectido

nos resultados da análise realizada a alguns dos mais relevantes parâmetros clínicos. De facto, a esmagadora

maioria da amostra não apresenta alterações nos parâmetros hematológicos, do equilíbrio eletrolítico, da função

renal, ou da função hepática. No entanto, a situação é diferente em relação aos parâmetros da função

cardiovascular, já que quase 80% da amostra apresenta alterações a este nível.

3. 1. 1. 2. Biomarcadores de exposição

As estatísticas dos biomarcadores de exposição, nomeadamente dos teores de Pb, Cd e Hg determinados no

sangue dos participantes, são apresentadas nas Tabelas 4, 5 e 6 em Anexo, para a amostra global da presente

monitorização e para os subgrupos ou estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra.

A análise relativa aos biomarcadores de exposição ao grupo de químicos aqui denominado como “metais

pesados” foi realizada com base nos dados destas Tabelas.

A distribuição dos níveis de chumbo no sangue, estratificados por área de exposição, e na amostra global é

apresentada respectivamente nas Figura 1 e 2.

A observação destas figuras permite concluir que o Pb apresenta teores significativamente mais elevados nos

indivíduos não expostos e que a sua distribuição na amostra global é não normal e assimétrica positiva, com

valores médios (medianos) de 4,1 (3,4) µg/dl, que variam entre um mínimo de 0,05 µg/dl e um máximo de 31,9

µg/dl.

Page 28: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 28 de 169

Figura 1 – Distribuição dos níveis de chumbo no sangue dos participantes estratificados por área de exposição

Figura 2 – Distribuição dos teores de chumbo no sangue da amostra global

Page 29: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 29 de 169

A análise comparativa destes teores entre homens e mulheres (Figura 3) permite concluir que, à semelhança

das observações anteriores e de acordo com o que é referido na literatura, os participantes do género masculino

apresentam plumbémias superiores (H: 4,3 ± 2,8µg/dl; M: 3,8 ± 3,4µg/dl), ainda que sem significado estatístico.

As distribuições para qualquer dos subgrupos são acentuadamente não normais e assimétricas à direita.

Figura 3 – Distribuição dos níveis sanguíneos de chumbo nos participantes estratificados por género

O mesmo tipo de análise comparativa relativamente aos estratos definidos noutras características relevantes da

amostra demonstra que os teores sanguíneos de Pb só apresentam diferenças com significado estatístico para o

tempo na residência actual e para algumas variáveis referentes aos hábitos alimentares, nomeadamente a

frequência do consumo de álcool, o consumo de água da torneira, a frequência do consumo de vegetais e o

consumo de vegetais de origem local. Para estas variáveis registam-se teores significativamente mais elevados

para os indivíduos que vivem há menos de 3 anos na residência actual, que consomem álcool diariamente, que

bebem mais água da torneira, que consomem vegetais diariamente e que consomem mais vegetais de origem

local.

Contrariamente ao que se verifica para o Pb, os teores de Cd registam valores mais elevados para os indivíduos

potencialmente expostos (Figura 4), sendo que a diferença tem significado estatístico. No entanto, é de salientar

que essa diferença é, por um lado, muito reduzida, e, por outro, corresponde a valores muito inferiores aos

valores máximos admissíveis, não se considerando, por isso, relevante na perspectiva desta monitorização.

Page 30: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 30 de 169

Figura 4 – Distribuição dos níveis de cádmio no sangue da amostra estratificada por área de exposição

Globalmente, os teores sanguíneos de Cd (Figura 5) apresentam uma distribuição assimétrica positiva, entre um

mínimo de 0,10 µg/dl e um máximo de 1,00 µg/dl, com valores médios (medianos) de 0,34 (0,30) µg/dl.

Figura 5 – Distribuição dos teores de cádmio no sangue da amostra global

Os teores de cádmio distribuem-se pelos indivíduos do género masculino e do género feminino duma forma

muito semelhante (Figura 6), registando-se valores médios que não diferem significativamente por grupo.

Page 31: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 31 de 169

Figura 6 – Distribuição dos níveis de cádmio no sangue da amostra estratificada por género

A análise comparativa entre os teores sanguíneos de Cd nos estratos definidos nas restantes variáveis

evidenciou diferenças estatisticamente significativas em algumas características, nomeadamente ao nível do

consumo de álcool, dos hábitos alimentares (principalmente nos consumos de carne e peixe), dos hábitos

tabágicos, e de questões relativas à natalidade e à saúde. Para estas variáveis registaram-se teores superiores

para os indivíduos que diariamente consomem álcool e carne e/ou peixe, designadamente para os que

consomem preferencialmente carne, e também para os que, de alguma maneira, estão mais expostos a fumo de

tabaco, como é, por exemplo, o caso dos que são fumadores actuais, fumam há mais de 10 anos, já alguma vez

fumaram, ou fumam mais que 20 cigarros por dia.

Os níveis sanguíneos de Cd mais elevados também são mais prevalentes nos participantes que não têm dentes

chumbados, tiveram duas ou mais gravidezes e referem não ter qualquer doença.

Como é evidente da observação da Figura 7 e contrariamente ao que se verificou para os biomarcadores de Pb

e Cd, a diferença entre os níveis de mercúrio determinados na sub-amostra potencialmente exposta e na não

exposta não tem significado estatístico. Por outro lado e a exemplo do que se registou para aqueles

biomarcadores, a distribuição dos níveis de Hg na amostra global (Figura 8) é acentuadamente assimétrica à

direita, apresentando o biomarcador de Hg um valor médio (mediano) de 0,40 µg/dl e intervalo de variação entre

0,10 µg/dl e 1,60 µg/dl.

Page 32: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 32 de 169

Figura 7 – Distribuição dos níveis sanguíneos de mercúrio na amostra estratificada por área de exposição

Figura 8 – Distribuição dos teores de mercúrio no sangue da amostra global

A análise comparativa dos teores de Hg por género (Figura 9) revela uma distribuição muito semelhante entre

homens e mulheres e valores médios (medianos) sem diferenças estatísticamente significativas.

Page 33: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 33 de 169

Figura 9 – Distribuição dos níveis sanguíneos de mercúrio estratificados por género

A análise comparativa relativamente aos estratos definidos noutras características relevantes da amostra

demonstra que os teores sanguíneos de Hg só apresentam diferenças com significado estatístico para a

exposição a químicos por hobby de familiar, parecendo que os indivíduos que não têm familiar com hobby em

que utilize químicos, têm teores sanguíneos de Hg mais elevados.

O estudo da evolução temporal dos teores orgânicos dos três biomarcadores de exposição a metais pesados

(Tabela 7) evidencia que, tanto para os indivíduos expostos, como para os não expostos, ou para a amostra

global e em qualquer momento temporal, os níveis sanguíneos de Pb, Cd e Hg encontram-se sempre bastante

abaixo dos limites ditos “normais” ou de “referência”. Assim, embora as diferenças observadas ao longo do

tempo sejam estatisticamente significativas (p<0,001), estas traduzem variações entre valores que não são

clínica-ou epidemiologicamente relevantes. É também evidente (Figura 10) que os valores de Pb e de Hg têm

vindo a diminuir (principalmente desde as duas últimas observações) e que os valores de Cd não têm

apresentado tendência temporal definida. No entanto, o facto da amplitude de oscilação destes teores ser

bastante reduzida e de os teores serem bastante mais reduzidos do que os valores de referência torna esta

oscilação irrelevante do ponto de vista epidemiológico.

Page 34: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 34 de 169

Figura 10 – Evolução temporal dos teores sanguíneos de Pb, Cd e Hg na amostra global relativamente à situação basal

Page 35: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 35 de 169

3. 1. 1. 3. Factores associados aos teores determinados para os biomarcadores de exposição

Estudo de associação por análise bivariável

Por intermédio de análise bivariável e no sentido de investigar potenciais determinantes (preditores ou variáveis

potencialmente mais influentes) dos níveis sanguíneos de cada um dos biomarcadores de exposição na amostra

global, estudou-se a associação entre cada variável apurada por questionário e os teores sanguíneos dos

biomarcadores determinados, sendo os resultados apresentados na Tabela 8, para as variáveis numéricas, e na

Tabela 9, para as categóricas. A análise foi também realizada considerando como potenciais factores

determinantes dos teores de cada biomarcador os teores dos outros biomarcadores determinados.

Em termos globais e no que respeita à plumbémia dos participantes globalmente considerados, a análise não

evidencia dependência dos teores determinados relativamente a qualquer das variáveis numéricas analisadas.

Para a idade, em que, dado o carácter cumulativo do chumbo, seria de esperar um aumento dos teores do metal

com o aumento na idade, a Figura 11 evidencia que, a haver alguma tendência para o aumento esperado, ela

não tem significado estatístico.

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0

30,0

35,0

17 22 27 32 37 42 47 52 57 62

Idade (anos)

Plu

mbé

mia

(µg

/dl)

r = 0,086(p=0,252)

Figura 11 – Efeito da idade na plumbémia da amostra global

O mesmo tipo de análise relativamente aos teores sanguíneos de mercúrio (Figura 12) evidencia uma ligeira

tendência para a diminuição com o aumento da idade que, contudo, também não é estatisticamente significativa.

Page 36: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 36 de 169

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

1,3

1,4

1,5

1,6

1,7

1,8

17 22 27 32 37 42 47 52 57 62

Idade (anos)

Teo

res

sang

uíne

os d

e m

ercú

rio (

µg/d

l)

r = - 0,075(p=0,319)

Figura 12 – Efeito da idade nos teores de mercúrio da amostra global

Quanto aos teores sanguíneos de Cd, parece existir uma tendência para valores mais elevados em indivíduos

mais velhos, a qual, a exemplo das anteriores, não tem significado estatístico (Figura 13).

0,0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1,0

1,1

1,2

17 22 27 32 37 42 47 52 57 62

Idade (anos)

Teo

res

sang

uíne

os d

e cá

dmio

(µg

/dl)

r = 0,125(p=0,093)

Figura 13 – Efeito da idade nos teores de cádmio da amostra global

No que respeita às variáveis categóricas, as únicas que se revelaram com interesse (p<0,05) são as que se

apresentam na Tabela 9 assinaladas com um asterisco.

Page 37: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 37 de 169

Estudo de associação por análise multivariável

No sentido de investigar as variáveis de maior interesse identificadas na análise bivariável, relativamente aos

seus efeitos, em simultâneo, sobre os níveis dos 3 biomarcadores de exposição considerados separadamente,

utilizou-se uma abordagem multivariável confirmatória, através de modelos de análise de regressão linear

múltipla.

As variáveis para entrar em cada modelo encontram-se listadas na Tabela 10, tendo sido seleccionadas com

base nos critérios previamente estabelecidos e anteriormente apresentados.

Os modelos finais optimizados, obtidos para os três biomarcadores de exposição estudados, são apresentados

na Tabela 11.

Por observação desta tabela verifica-se que, em relação ao Pb, o modelo de regressão linear múltipla, apesar de

estatisticamente significativo (p=0,011), não tem grande relevância na determinação (explicação) da plumbémia

(R2 = 7,2 %), eventualmente devido a que as variáveis, no seu conjunto, não influenciam de modo muito

acentuado os níveis de Pb. Verifica-se também que se confirma a associação estatisticamente significativa entre

a zona de potencial exposição e um menor nível sanguíneo de chumbo, com uma alteração média introduzida

pela exposição de 1,253 µg/dl após ajustamento para as outras co-variáveis. O efeito do género e da idade

sobre a plumbémia, que leva a valores mais elevados no sexo masculino e mais reduzidos com o aumento da

idade, não tem significado estatístico.

Relativamente aos níveis sanguíneos de Mercúrio, o modelo, embora estatisticamente significativo (p<0,001),

também não tem grande relevância na determinação (explicação) dos níveis observados (R2 = 13%). Segundo

este modelo, confirma-se a associação com significado estatístico com a área de exposição, sendo a alteração

média introduzida pela exposição apenas de 0,090 µg/dl após ajustamento para as outras co-variáveis

consideradas e verificando-se no sentido em que os teores de Hg no sangue dos participantes da zona de

controlo são mais elevados do que nos da zona potencialmente exposta. O efeito independente de cada uma

das co-variáveis do modelo optimizado tem, na sua maioria, significado estatístico e verifica-se no sentido de

que os teores de mercúrio são diminuem (embora muito pouco) com a idade e são mais elevados nos indivíduos

com maior índice de massa corporal e nos que têm maior tempo de exposição a fumo de tabaco.

No caso dos níveis sanguíneos de Cádmio, o modelo de regressão linear múltipla optimizado evidencia uma

associação significativa com a zona de exposição, no sentido de se verificar um nível superior de cádmio nos

participantes da zona potencialmente exposta e uma alteração média devida à exposição após ajustamento para

as outras co-variáveis com um valor de 0,126 µg/dl. De todos os outros factores com efeito estatisticamente

significativo na variação dos teores sanguíneos de Cd, os mais relevantes são os que se verificam para a

exposição ao fumo de tabaco do próprio, seja porque fuma actualmente, ou porque já alguma vez fumou, não só

pelo valor relativo da alteração média que, particularmente o fumo actual, induz (0,203 µg/dl) após ajustamento

Page 38: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 38 de 169

para as outras co-variáveis, mas também porque, sendo efeitos directos esperados, acabam por, em certa

medida, validar o modelo. Segundo este modelo, os teores sanguíneos de Cd são também mais elevados no

sexo feminino, nos mais velhos, nos que bebem álcool diariamente, não têm dentes chumbados, consomem

peixe diariamente e carne menos frequentemente.

Globalmente o modelo tem um nível que se pode considerar bastante aceitável na determinação (explicação)

dos níveis observados para o Cd no sangue (49%) e é estatisticamente significativo (p<0,001). Isto significa que,

no conjunto, as variáveis estudadas explicam razoavelmente bem os teores de Cádmio encontrados no sangue

dos participantes do estudo.

3. 1. 1. 4. Factores associados a alterações dos parâmetros de funções biológicas

Estudo de associação por análise bivariável

No sentido de investigar potenciais determinantes (preditores ou variáveis individuais potencialmente mais

influentes) de alterações em parâmetros relevantes de funções biológicas potencialmente afectadas por

exposição aos poluentes que podem ser emitidos durante os processos de incineração, estudou-se a associação

entre cada uma das possíveis co-variáveis com a provável alteração de cada uma das funções biológicas

consideradas mais relevantes no contexto do estudo. As co-variáveis consideradas incluiram as variáveis

relevantes apuradas por questionário e os níveis dos biomarcadores de exposição determinados na amostra

global.

O estudo de associação incluíu, numa primeira fase, a realização duma análise de associação bivariável

relativamente à existência ou não de alteração em cada função biológica, a que se seguiu uma abordagem

multivariável confirmatória, através de modelos de análise de regressão logística múltipla.

Os resultados da análise de associação bivariável entre as alterações dos parâmetros clínicos e potenciais

determinantes dessas alterações são apresentados na Tabela 12. A observação desta tabela permite verificar

que apenas para algumas variáveis (assinaladas com um asterisco) as diferenças entre os estratos são

estatisticamente significativas (p<0,05) e, por isso, com interesse para análise posterior.

Estudo de associação por análise multivariável

As variáveis para entrar em cada um dos modelos relativos à provável alteração de cada uma das funções

biológicas (nomeadamente função cardiovascular, função hepática, equilíbrio eletrolítico, função hematológica e

função renal) são as que se apresentam na Tabela 13, tendo sido seleccionadas com base nos critérios

previamente especificados.

Os modelos finais optimizados, obtidos para as cinco variáveis de estudo (Tabela 14), são, em todos os casos,

muito relevantes do ponto de vista estatístico, com um valor de p<0,05 no teste de verosimilhanças e com

Page 39: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 39 de 169

validade confirmada por elevadas taxas de previsão e valores elevados no teste de Hosmer and Lemeshow. A

Figura 14 mostra, de forma sintetizada, os resultados das análises de regressão logística múltipla realizadas.

Determinantes da ocorrência de alterações de parâme tros de função cardiovascular

OR/10 e IC/10

OR/10 e IC/10

0

1

2

3

4

5

6

7

Idade Género Frequênciaálcool

Consumocarne/peixe(1)

Consumocarne/peixe(2)

Fumador naresidência

Hg

Odd

s R

atio

s

Determinantes de ocorrência de alterações de parâme tros de função hepática

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

Idade Género Hg IMC Frequência peixe

Odd

s R

atio

s

Determinantes de ocorrência de alterações de parâme tros do equilibrio electrolítico

0

5

10

15

20

25

30

35

Idade Género Fumador na residência Exposição a químicos(hobby familiar)

Odd

s R

atio

s

Determinantes de ocorrência de alterações de parâme tros hematológicos

OR/10 e IC/10

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

Idade Género Fumador na residência Tempo de fumo dofamiliar

Tem doenças

Odd

s R

atio

s

Determinantes de ocorrência de parâmetros de função renal

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

Idade Género Consumo água da torneira Área

Odd

s R

atio

s

Figura 14 – OR e IC95% dos determinantes das alterações de parâmetros de função biológica na amostra de estudo

O modelo relativo a possíveis alterações da função cardiovascular indica que a ocorrência destas alterações

está mais associada a ser mais velho (como seria de esperar), do sexo masculino, consumir álcool diariamente e

a consumir preferencialmente peixe (em alternativa à carne), sendo que o consumo preferencial de peixe se

revela como factor protector relativamente à ocorrência de alterações de parâmetros da função cardiovascular

(facto que é uma evidência científica amplamente demonstrada em vários estudos e que, em certa medida,

valida os resultados obtidos). Não ter familiar fumador na residência e ter níveis mais elevados de mercúrio são

factores também associados à ocorrência deste tipo de alterações. Verifica-se ainda que o risco mais elevado

está associado ao consumo diário de álcool (p=0,087; OR: 6,398; IC95%: [0,765;53,477]) (como também seria de

Page 40: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 40 de 169

esperar) e a um maior nível de mercúrio no sangue (p=0,073; OR: 7,367; IC95%: [0,832; 65,202]). No entanto,

apenas o consumo mais frequente de carne e a idade se revelaram estatisticamente significativos ao nível de

significância de 5%.Relativamente a possíveis alterações da função hepática, o modelo optimizado apresenta

uma validade de 89,5%, um valor bastante elevado de Hosmer e Lemeshow (0,546) e um nível de significância

<0,001. O modelo é sugestivo de um maior risco de alterações de parâmetros de função hepática nos mais

velhos, no género masculino, em indivíduos com menores teores sanguíneos de Hg e nos que consomem peixe

diariamente. No entanto, apenas o IMC e o consumo de peixe se revelaram como estatisticamente significativos,

sendo que este consumo diário é o que está associado a um maior risco (p=0,010; OR: 5,108; IC95%: [1,486;

17,562]).

O modelo optimizado relativo a alterações de parâmetros do equilíbrio eletrolítico indica que existe um maior

risco destas alterações em indivíduos mais velhos, do sexo masculino, que têm familiar fumador na residência e

que têm exposição a químicos devido a hobby de familiar. As associações são estatisticamente significativas,

com a exposição a químicos por hobby de familiar a evidenciar um maior risco (p=0,001; OR:9,099; IC95%:

[2,419; 34,218]). Este modelo é estatisticamente significativo (p<0,001) e tem uma validade de 88%.

O modelo a que se chegou relativamente às alterações de parâmetros hematológicos indica que uma idade mais

jovem, pertencer ao sexo feminino, não ter familiar fumador na residencia, o familiar fumar há menos que 10

anos e ter doença aumenta o risco de existência de alterações destes parâmetros. De realçar que apenas são

significativas (ao nível de 5%) as associações entre as alterações em estudo e as co-variáveis “Familiar fumador

na residência” e “Tempo de fumo do famiiar”. Este modelo tem relevância estatística (p=0,001) e uma taxa de

validade de 91%.

O modelo de alterações de parâmetros da função renal sugere que o aumento da idade, ser do género

masculino, não consumir água da torneira e viver na área não exposta, são condições que aumentam o risco de

alteração de parâmetros desta função. No entanto, a maioria destas associações podem ser devidas ao acaso,

uma vez que apenas a área de residência e o consumo de água da torneira se revelam significativos, sendo

também estes os factores que parecem aumentar mais o risco (p=0,015; OR: 5,066; IC95%: [1,378; 18,620]) e

(p=0,032; OR: 4,82; IC95%: [1,15; 20,31]). O modelo optimizado tem um nível de significância de 0,004 e uma

validade de 93,3%.

3. 1. 2. Monitorização de chumbo e de dioxinas em pares mãe/recém-nascido

3. 1. 2. 1. Caracterização da amostra de estudo

A caracterização da amostra de estudo, estratificada em mulheres expostas e não expostas e globalmente

considerada, é apresentada na Tabela 15, juntamente com a análise comparativa entre os grupos de exposição,

relativamente às variáveis de caracterização sociodemográfica, antropométrica, de hábitos alimentares e

tabágicos, de estilos de vida, de saúde e de aspectos relativos à maternidade. A análise dos dados mostra que

Page 41: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 41 de 169

as diferenças observadas entre os dois grupos não têm significado estatístico para a esmagadora maioria dos

indicadores, evidenciando acentuada homogeneidade entre os grupos relativamente às suas principais

características.

Globalmente, a amostra de estudo, criteriosamente construída em relação à faixa etária, apresenta igual

distribuição em cada um dos 2 grupos etários previamente definidos, com uma idade média muito próxima dos

30 anos, a variar entre um mínimo de 20 e um máximo de 40 anos. Relativamente às características

antropométricas, nomeadamente peso, altura e IMC, não se observam diferenças entre mulheres expostas e não

expostas. O IMC apresenta um valor médio de 26,1 Kg/m2 e uma mediana de 24,9 Kg/m2, variando entre 21,1 e

37,9 Kg/m2. Na sua maioria, as mulheres que participaram no estudo vivem há mais de 3 anos na residência

indicada à data da aplicação do questionário (57,6%) e não praticam desporto (81,7%).

Relativamente a hábitos alimentares, a maioria das participantes bebe água da torneira (66,7%), consome

ocasionalmente infusões (dos 71,2% que afirmam consumir infusões, 70,7% fá-lo ocasionalmente) e não

consome vegetais de origem local (73,3%). Embora todas as mulheres entrevistadas tenham afirmado consumir

fruta, carne, peixe e ovos, nem todas o fazem diariamente (cerca de 83,3% afirmam consumir fruta diariamente,

58,7% carne, 13,3% peixe e 2,2% ovos). Relativamente à preferência entre carne e peixe, a maioria das

mulheres afirmam ter um consumo preferencial de carne (70,0%) e apenas uma pequena parte afirma ter um

consumo preferencial de peixe (11,7%). A esmagadora maioria das mulheres afirmam consumir leite (93,6%) e a

maioria destas (93,0%) fá-lo diariamente.

No que respeita aos hábitos tabágicos, verifica-se que a prevalência de fumadoras actuais na amostra global é

de 13,3% e que, na sua maioria, estas fumam há menos de 10 anos e consomem actualmente menos de 10

cigarros por dia. Poucas mulheres fumaram na gravidez (10,6%), mas as que o fizeram fumaram durante pelo

menos 7 meses. No que respeita à prevalência de ex-fumadoras, existem algumas diferenças com significado

estatístico entre mulheres expostas e não expostas. Enquanto que cerca de um terço das mulheres não

expostas se assumem como ex-fumadoras, apenas 1 mulher exposta (3,3%) assume essa condição. Contudo,

na perspectiva da monitorização em causa, as diferenças registadas não são relevantes, pois são mais

penalizadoras para o grupo das mulheres não expostas.

A grande maioria das participantes não consome álcool (94,9%), nem se encontra exposta a químicos, nem por

via ocupacional (83,3%), nem por hobby próprio (95,0%) ou de familiar (85,0%). Verifica-se ainda que a maioria

das participantes não tem dentes chumbados (67,8%) e não tem doenças (70,0%). As doenças reportadas

incluiem diabetes (1,7%), asma (5,0%), doenças do sangue (5,0%), doença do fígado (1,7%), doença renal

(3,3%), HTA (1,7%), alergia (10,0%) e outras não especificadas (3,3%).

Em termos globais e no que respeita a aspectos relativos à maternidade, a maioria das participantes teve

gravidezes normais, com duração média de cerca de 39 semanas, a variar entre as 36 e as 42 semanas. No que

respeita aos partos, cerca de 75% foram eutócicos e cerca de 25% por cesariana. Na grande maioria dos casos,

Page 42: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 42 de 169

o exame físico não apresentava alterações (96,4%) e não foi necessária reanimação (95,0%). Para a maioria

das mulheres, esta não era a sua primeira gravidez (63,0%), tendo 45,7% tido uma gravidez antes da actual.

Cerca de metade das mulheres já tinham pelo menos um outro filho, com uma idade média muito próxima dos 6

anos, a variar entre um mínimo de 2 e um máximo de 13 anos.

A caracterização dos nascituros, estratificada por área de exposição e globalmente considerada, é apresentada

na Tabela 16, juntamente com a análise comparativa entre os grupos de exposição. Mais uma vez a análise dos

dados mostra que as diferenças observadas entre os dois grupos de exposição não têm significado estatístico e

que os grupos são homogéneos relativamente às principais características dos nascituros.

Os recém-nascidos apresentam um peso ao nascer com valor médio de 3248 ± 413 g e uma mediana de

3179 g, variando entre 2400 e 4060 g. Os 2 recém-nascidos que apresentam baixo peso ao nascer, possuem

valores muito próximos ao peso mínimo considerado normal (2400 e 2465 g). O comprimento ao nascer

apresenta média e mediana de 49 cm, com um desvio padrão de 2 cm, variando entre 42 e 55 cm, e o perímetro

cefálico apresenta uma média e mediana de cerca de 35 cm, com um desvio padrão de 2 cm, variando entre 32

e 45 cm. A maioria dos recém-nascidos apresentam um valor normal para o índice de Apgar ao 1º minuto de

vida (93,2%), apresentando este teste um valor médio de 8,6 (± 1,5) e uma mediana de 9,0, com um intervalo de

variação entre 6,0 e 10,0. De igual modo, a esmagadora maioria dos recém-nascidos apresentam valor normal

para o índice de Apgar ao 5º minuto de vida (98,3%), apresentando este teste um valor médio de 9,8 (± 0,6) e

uma mediana de 10,0, sendo o valor mínimo registado de 6,0.

3. 1. 2. 2. Biomarcadores de exposição

Da análise da Tabela 17, onde são apresentadas, globalmente e por área de exposição, as estatísticas dos

biomarcadores medidos (teores sanguíneos de chumbo e de congéneres de dioxinas e furanos em leite

materno), verifica-se que os teores obtidos para as mulheres expostas são, regra geral, inferiores aos teores

obtidos para as mulheres não expostas, sendo as únicas excepções os teores dos congéneres 2,3,7,8-Tetra-

CDF, 1,2,3,7,8,9-Hexa-CDF e 1,2,3,4,7,8,9-Hepta-CDF. No entanto, ainda que a diferença observada entre os 2

grupos seja estatisticamente significatica, não é relevante do ponto de vista epidemiológico, devido à reduzida

amplitude de variação dos valores observados para estes congéneres.

O gráfico da Figura 15 mostra a distribuição dos teores de chumbo no sangue das grávidas que participaram

neste estudo. Os parâmetros estatísticos que descrevem a distribuição dos níveis de chumbo no sangue das

grávidas mostram que a plumbémia das 60 grávidas que integram a amostra se caracteriza por valores de 3,04

(± 3,54), 1,25 e 1,38 µg/dl de sangue, respectivamente para média aritmética (± desvio padrão), mediana e

média geométrica, com um intervalo de variação entre 0,10 e 13,90 µg/dl de sangue e um IC95% para a média

geométrica, que varia entre 0,97 e 1,98 µg/dl. A distribuição é fortemente assimétrica à direita, com coeficiente

de assimetria de 1,38 e significância inferior a 0,05 no teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov.

Page 43: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 43 de 169

0

3

6

9

12

15

0,00,5

1,01,5

2,02,5

3,03,5

4,04,5

5,05,5

6,06,5

7,07,5

8,08,5

9,09,5

10,010,5

11,011,5

12,012,5

13,013,5

Plumbémia nas grávidas (µg/dl)

Fre

quên

cia

(n)

603,041,253,54

0,1 - 13,91,38

0,97-1,98

N =Média aritm. =

Mediana =DP =

Mín - Máx = Média geom. =

IC(95%) =

Figura 15 – Distribuição dos teores de chumbo no sangue das grávidas

Considerando a evolução temporal dos teores sanguíneos de chumbo (Figura 16) verifica-se que, à semelhança

dos momentos de observação anteriores, a tendência para redução dos teores médios de chumbo ao longo do

período de monitorização se mantêm, relativamente às plumbémias de 7,1 µg/dl e 7,3 µg/dl, registadas

respectivamente em T0 e T1.

-5

0

5

10

15

20

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6

Plu

mbé

mia

(µg

/dl)

Máx Média +/- DP Min

r = 0,497

Figura 16 – Evolução temporal dos teores sanguíneos de Pb em grávidas

Page 44: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 44 de 169

A distribuição dos teores de dioxinas no leite materno das puérperas que participaram neste estudo é

apresentada na Figura 17.

0

4

8

12

16

4,04,5

5,05,5

6,06,5

7,07,5

8,08,5

9,09,5

10,010,5

11,011,5

12,012,5

13,013,5

14,014,5

Teores de dioxinas no leite materno (pg de TEQ-WHO / g de gordura)

Fre

quên

cia

(n)

606,424,882,63

3,77 - 14,935,98

5,45 - 6,56

N =Média aritm. =

Mediana =DP =

Mín - Máx = Média geom. =

IC(95%) =

Figura 17 – Distribuição dos teores de dioxinas no leite materno

Os parâmetros estatísticos que descrevem a distribuição dos níveis de dioxinas no leite materno das puérperas

mostram que estes níveis nas 60 puérperas que integram a amostra se caracterizam por valores de 6,42 (±

2,63), 4,88 e 5,98 pg TEQ-WHO /g de gordura3, respectivamente para média aritmética (± desvio padrão),

mediana e média geométrica, com um intervalo de variação entre 3,77 e 14,93 pg TEQ-WHO /g de gordura e um

IC95% para a média geométrica que varia entre 5,45 e 6,56. A distribuição é fortemente assimétrica à direita,

com coeficiente de assimetria de 1,25 e significância inferior a 0,05 no teste de normalidade de Kolmogorov-

Smirnov.

A evolução temporal dos teores de dioxinas no leite materno4, apresentada na Figura 18, mostra que, embora a

diferença entre os teores registados nos vários momentos de observação não seja estatisticamente significativa,

a tendência para redução dos teores médios de dioxinas registada nos momentos de observação anteriores se

mantém.

3 Excepto quando indicado o contrário os teores de PCDD/Fs são apresentados em pg TEQ-WHO /g de gordura calculados utilizando os TEFs definidos

pela OMS em 2005.

4 Para efeitos de comparação com os momentos de observação anteriores os teores de PCDD/Fs são aqui apresentados em pg TEQ-WHO / g de gordura

calculados utilizando os TEFs definidos pela OMS em 1998.

Page 45: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 45 de 169

0

5

10

15

20

25

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6

Teo

res

de d

ioxi

nas

no le

ite m

ater

no (

pg d

e T

EQ

-WH

O /

g de

gor

dura

)

Máx Média +/- DP Min

r = 0,966

Figura 18 – Evolução temporal dos teores de dioxinas no leite materno

O “perfil de risco” da exposição a dioxinas e furanos (Figura 19), avaliado em termos da contribuição percentual

dos PCDD/Fs que conferem maior carga tóxica ao leite materno, evidencia que o risco de exposição para a

população de estudo advém principalmente da presença dos congéneres 1,2,3,7,8-Penta-CDD, 2,3,4,7,8-Penta-

CDF, 1,2,3,6,7,8-Hexa-CDD e 2,3,7,8-Tetra-CDD, que, em conjunto, totalizam cerca de 81% da toxicidade total

devida aos 17 congéneres analisados.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

2,3,7,8-Tetra-CDD

1,2,3,7,8-Penta-CDD

1,2,3,4,7,8-Hexa-CDD

1,2,3,6,7,8-Hexa-CDD

1,2,3,7,8,9-Hexa-CDD

1,2,3,4,6,7,8-Hepta-CDD

OCDD

2,3,7,8-Tetra-CDF

1,2,3,7,8-Penta-CDF

2,3,4,7,8-Penta-CDF

1,2,3,4,7,8-Hexa-CDF

1,2,3,6,7,8-Hexa-CDF

1,2,3,7,8,9-Hexa-CDF

2,3,4,6,7,8-Hexa-CDF

1,2,3,4,6,7,8-Hepta-CDF

1,2,3,4,7,8,9-Hepta-CDF

OCDF

Figura 19 – Perfil dos congéneres de PCDD/Fs determinados em leite materno no actual momento de observação

Page 46: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 46 de 169

Como se pode ver na Figura 20, o perfil dos congéneres de dioxinas tem-se mantido sem alteração relevante ao

longo das observações já realizadas e não difere significativamente dos perfis encontrados em populações e

estudos semelhantes.

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

2,3,7,8-Tetra-CDD

1,2,3,7,8-Penta-CDD

1,2,3,4,7,8-Hexa-CDD

1,2,3,6,7,8-Hexa-CDD

1,2,3,7,8,9-Hexa-CDD

1,2,3,4,6,7,8-Hepta-CDD

OCDD

2,3,7,8-Tetra-CDF

1,2,3,7,8-Penta-CDF

2,3,4,7,8-Penta-CDF

1,2,3,4,7,8-Hexa-CDF

1,2,3,6,7,8-Hexa-CDF

1,2,3,7,8,9-Hexa-CDF

2,3,4,6,7,8-Hexa-CDF

1,2,3,4,6,7,8-Hepta-CDF

1,2,3,4,7,8,9-Hepta-CDF

OCDF

Lisboa - T0Lisboa - T1Lisboa - T2Lisboa - T3Lisboa - T4Lisboa - T5Madeira - T0Lisboa - T6

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

2,3,7,8-Tetra-CDD

1,2,3,7,8-Penta-CDD

1,2,3,6,7,8-Hexa-CDD

2,3,4,7,8-Penta-CDF

Lisboa - T0

Lisboa - T1

Lisboa - T2

Lisboa - T3

Lisboa - T4

Lisboa - T5

Madeira - T0

Lipor 2001

Lisboa - T6

Figura 20 – “Perfil de risco” de todos os congéneres e dos congéneres mais relevantes de PCDD/Fs determinados em leite materno

3. 1. 2. 3. Factores associados aos teores de chumbo no sangue de grávidas

Estudo de associação por análise bivariável

No sentido de investigar potenciais determinantes (preditores ou variáveis individuais potencialmente mais

influentes) dos níveis sanguíneos de chumbo nas grávidas para a amostra global, realizou-se, no caso das

Page 47: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 47 de 169

variáveis categóricas, uma análise comparativa (testes não paramétricos de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis),

em que se testou o significado estatístico da diferença entre os níveis sanguíneos de chumbo encontrados para

os sub-grupos definidos pela estratificação de cada uma das variáveis apuradas por questionário, sendo os

resultados apresentados na Tabela 18.

A observação desta tabela permite concluir que, com excepção de algumas variáveis, a diferença entre as

plumbémias dos grupos populacionais definidos pela estratificação de variáveis potencialmente relevantes

apuradas por questionário não é estatisticamente significativa, o que quer dizer que, de entre as variáveis

analisadas, apenas se poderão considerar como potenciais determinantes dos níveis sanguíneos de chumbo

das mulheres incluídas no estudo as seguintes: área de estudo, consumo de álcool, consumo preferencial de

carne ou peixe, consumo de tabaco antes da gravidez, ser ex-fumadora, ter dentes chumbados e praticar

desporto.

Considerando a distribuição dos teores de chumbo no sangue das grávidas por área de exposição (Figura 21)

verifica-se que as diferenças encontradas entre os 2 grupos são estatisticamente significativas (p<0,001),

apresentando o grupo das não expostas valores superiores aos do grupo das expostas. No entanto, esta

diferença não é relevante do ponto de vista biológico, uma vez que, para ambos os grupos, os teores de chumbo

são inferiores ao actual valor máximo admissível (VMA) estabelecido pela OMS (WHO, 1995) para a

concentração de chumbo no sangue de crianças (10 µg/dl), que é também o VMA para grávidas, devido à

transferência praticamente “aberta” do metal através da placenta, durante a gravidez.

0

5

10

15

20

25

30

1,48 4,25 7,02 9,78 12,55 >

Plumbémia nas grávidas (µg/dl)

Fre

quên

cia

(n)

Não expostas Expostas

305,25,53,9

0,4 - 13,9

300,90,80,8

0,1 - 3,1

N =Média =

Mediana =DP =

Mín - Máx =

Figura 21 – Teores sanguíneos de Pb, em grávidas, por área de exposição

Page 48: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 48 de 169

Considerando a amostra global e as sub-amostras por área de exposição, calculou-se a percentagem de

resultados de chumbo no sangue das grávidas iguais ou superiores ao VMA e iguais ou superiores a 5 µg/dl,

atendendo a que a evidência científica mais recente (CDC, 2012) sugere que concentrações reduzidas de

chumbo podem, mesmo assim, ter efeitos neurotóxicos no desenvolvimento das crianças e que o VMA para este

metal tem estado a ser revisto. Verifica-se que todos os valores acima dos VMAs correspondem a mulheres da

área não exposta e que apenas 3 mulheres apresentam valores ligeiramente mais elevados do que o VMA de

10 µg/dl, respectivamente, 10,8, 12,4 e 13,9 µg/dl.

Relativamente à distribuição dos teores de chumbo no sangue das grávidas por consumo de álcool verifica-se

que as mulheres que consomem álcool apresentam teores superiores às que referem não consumir, sendo a

diferença observada estatisticamente significativa (p=0,008). O consumo de vegetais de origem local parece

estar associado a teores de chumbo mais elevados, embora a diferença observada não seja estatisticamente

significativa. No que respeita ao consumo preferencial de carne ou peixe, verifica-se que as mulheres que

consomem preferencialmente peixe apresentam teores de chumbo no sangue inferiores aos das mulheres que

consomem preferencialmente carne ou que não têm consumo preferencial, sendo a diferença observada

estatisticamente significativa (p=0,016). Consumir leite diariamente parece estar associado a menores teores de

chumbo no sangue, embora a diferença observada não seja estatisticamente significativa. Ser fumadora, ter

fumado antes da gravidez, ter fumado na gravidez, ser ex-fumadora, ter fumado alguma vez e ter familiar

fumador na residência são condições que parecem estar associadas a teores de chumbo mais elevados, embora

as diferenças observadas apenas sejam estatisticamente significativas para o consumo de tabaco antes da

gravidez (p=0,002), para a condição de ex-fumadora (p=0,004) e para ter fumado alguma vez (p=0,002). As

mulheres que não têm dentes chumbados e as que praticam desporto apresentam teores de chumbo mais

elevados, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas (p=0,003 e p=0,022, respectivamente).

No caso das variáveis categóricas, o estudo da magnitude das associações entre os níveis sanguíneos de

chumbo encontrados para os sub-grupos definidos pela estratificação de cada uma das variáveis foi efectuado

através do cálculo das respectivas forças de associação, sendo os resultados apresentados na Tabela 19. Os

valores mais elevados de forças de associação obtidos para as variáveis área de estudo, consumo de álcool,

consumo de vegetais de origem local, consumo preferencial de peixe, frequência de consumo de leite, consumo

de tabaco antes da gravidez, ser ex-fumadora, já alguma vez ter fumado, ter dentes chumbados e praticar

desporto confirmam os resultados obtidos na análise comparativa, encontrando-se assinaladas com um

asterisco as variáveis que apresentaram diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre os diferentes

estratos.

No caso das variáveis numéricas, a investigação de potenciais determinantes da plumbémia foi realizada através

do estudo da associação entre cada variável (numérica) apurada por questionário e a plumbémia (análise de

correlação de Spearman e regressão linear simples), sendo os resultados apresentados na Tabela 20. A

observação desta tabela mostra que, em termos globais, os níveis sanguíneos do metal em grávidas parecem

Page 49: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 49 de 169

não depender de qualquer das variáveis apuradas por questionário (idade e IMC das mulheres, idade e tempo

de amamentação do filho anterior e duração da gravidez). Dado o carácter cumulativo do chumbo seria de

esperar uma associação positiva entre a idade das mulheres e a plumbémia, mas os coeficientes de correlação

obtidos são baixos e sem significado estatístico (Figura 22). Esta aparente independência da plumbémia face à

idade pode ser devida à reduzida faixa etária das mulheres da amostra (20-40 anos) ou outro facto não

identificado. Por outro lado, existe uma associação moderada e estatisticamente significativa dos níveis

sanguíneos de chumbo com os níveis de dioxinas no leite materno, que poderá ser explicada considerando que

as mulheres mais expostas a chumbo são também mais expostas a dioxinas.

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

15 20 25 30 35 40 45

Idade da mulher (anos)

Plu

mbé

mia

(µg

/dl)

r = - 0,073p = 0,581

Figura 22 – Efeito da idade na plumbémia nas mulheres

Estudo de associação por análise multivariável

De forma a identificar as variáveis mais associadas à plumbémia das grávidas, efectuou-se uma análise de

regressão linear múltipla, considerando como variável dependente os níveis de chumbo nas grávidas e como

variáveis independentes aquelas que, para além de não evidenciarem existência de colinearidade, satisfaziam

cumulativamente as condições de p<0,20 na análise comparativa e percentagem de valores omissos inferior a

10%, isto é, variáveis que possuem dados suficientes (n ≥ 90% da amostra em estudo) para se poder fazer uma

análise multivariável. Foram também incluídas as variáveis que, não satisfazendo estas condições, têm grande

relevância para os objectivos do estudo. As variáveis inicialmente incluídas no modelo para análise da amostra

global são as que se apresentam na Tabela 21.

Os resultados finais da análise de regressão linear múltipla (Tabela 22) mostram que a área de exposição, o

consumo de água da torneira, o consumo preferencial de peixe, o consumo de álcool e ter dentes chumbados

Page 50: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 50 de 169

têm efeito estatisticamente significativo (p<0,001, p=0,032, p=0,047, p=0,001 e p=0,027, respectivamente) nos

níveis sanguíneos de chumbo das grávidas, com magnitude de alguma relevância, como evidenciado pelos

coeficientes de regressão e que há um efeito mínimo e estatisticamente não significativo da idade das mulheres

nos teores de chumbo no sangue. Assim, pertencer ao grupo das não expostas, não beber água da torneira,

consumir mais carne ou igual, consumir álcool e não ter dentes chumbados são as variáveis que estão

significativamente associadas aos teores de chumbo no sangue das grávidas. O modelo é estatisticamente

significativo (p<0,001) e bastante relevante na determinação (explicação) da plumbémia (R2ajustado=55,8% /

R2=60,4%).

3. 1. 2. 4. Factores associados aos teores de dioxinas no leite materno

Estudo de associação por análise bivariável

No caso das variáveis categóricas, a investigação de potenciais determinantes dos níveis de exposição a

dioxinas determinados pelos teores de dioxinas no leite materno foi realizada através de uma análise

comparativa, em que se testou o significado estatístico da diferença entre os teores de dioxinas encontrados

para os sub-grupos definidos pela estratificação de cada uma dessas variáveis. Dos resultados deste estudo,

apresentados na Tabela 23, verifica-se que para a maioria das variáveis consideradas a diferença entre os

teores de dioxinas nos grupos populacionais definidos pela estratificação de variáveis potencialmente relevantes

apuradas por questionário não têm significado estatístico. Assim, de entre as variáveis analisadas apenas se

poderão considerar como potenciais determinantes dos teores de dioxinas as seguintes: área de estudo, grupo

etário, consumo de álcool, consumo de vegetais de origem local, consumo de tabaco antes da gravidez, ser ex-

fumadora e ter fumado alguma vez.

Relativamente à distribuição dos teores de dioxinas por área de exposição verifica-se que o grupo das mulheres

não expostas apresenta valores superiores ao grupo das mulheres expostas, sendo a diferença observada

estatisticamente significativa (p<0,001). Na perspectiva da monitorização em causa a diferença registada não é

relevante, uma vez que os níveis de exposição a dioxinas são superiores para o grupo das mulheres não

expostas. No que respeita à distribuição dos teores de dioxinas por grupo etário verifica-se que, tal como

esperado dado o carácter cumulativo das dioxinas, os teores registados em mulheres mais velhas são mais

elevados e a diferença observada tem significado estatístico (p=0,013). Considerando a distribuição dos teores

de dioxinas por consumo de álcool verifica-se que as mulheres que consomem álcool apresentam teores

superiores, sendo a diferença observada estatisticamente significativa (p=0,039). Por outro lado, as mulheres

que consomem vegetais de origem local apresentam também teores de dioxinas mais elevados, tendo a

diferença observada significado estatístico (p=0,048). Ter fumado antes da gravidez, ser ex-fumadora, ter

fumado alguma vez e ter familiar fumador na residência estão associadas a teores de dioxinas mais elevados,

Page 51: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 51 de 169

embora as diferenças observadas apenas tenham significado estatístico para o consumo de tabaco antes da

gravidez (p=0,031), para ser ex-fumadora (p=0,003) e para ter fumado alguma vez (p=0,031).

Para as variáveis numéricas, a investigação de potenciais determinantes dos níveis de exposição a dioxinas foi

realizada através do estudo da associação entre cada variável (numérica) apurada por questionário e os teores

de dioxinas (análise de correlação de Spearman e regressão linear simples). Confirmando os resultados obtidos

para a variável grupo etário, verifica-se que existe uma associação moderada e estatisticamente significativa

entre os níveis de dioxinas no leite materno e a idade das participantes, como se pode ver na Figura 23.

Relativamente às outras variáveis apuradas por questionário consideradas (IMC das mulheres, idade e tempo de

amamentação do filho anterior e duração da gravidez) verifica-se que os níveis de dioxinas parecem não

depender destas.

0,0

2,0

4,0

6,0

8,0

10,0

12,0

14,0

16,0

15 20 25 30 35 40 45

Idade da mulher (anos)

Teo

res

de d

ioxi

nas

no le

ite m

ater

no(p

g de

TE

Q-W

HO

/ g

de g

ordu

ra)

r = 0,385p = 0,002

Figura 23 – Efeito da idade nos teores de PCDD/Fs nas mulheres

Os resultados do estudo da magnitude das associações entre os níveis de dioxinas encontrados para os sub-

grupos definidos pela estratificação de cada uma das variáveis são apresentados na Tabela 19, onde se

encontram assinaladas com um asterisco as variáveis que se revelaram com interesse, por terem apresentado

diferenças estatisticamente significativas (p<0,05) entre os diferentes estratos.

Estudo de associação por análise multivariável

Com vista à identificação das variáveis mais associadas aos teores de dioxinas, efectuou-se uma análise de

regressão linear múltipla, considerando como variável dependente os teores de dioxinas no leite materno e como

Page 52: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 52 de 169

variáveis independentes aquelas que satisfaziam os critérios de inclusão anteriormente estabelecidos (isto é,

para além de não evidenciarem existência de colinearidade, satisfaziam cumulativamente as condições de

p<0,20 na análise comparativa e percentagem de valores omissos inferior a 10% ou têm grande relevância para

os objectivos do estudo). Na Tabela 21 são apresentadas as variáveis inicialmente incluídas no modelo para

análise da amostra global.

Os resultados finais da análise de regressão linear múltipla e apresentados na Tabela 22 mostram que há um

efeito mínimo e estatisticamente não significativo da idade das mulheres nos teores de dioxinas no leite materno

e que o tempo de amamentação do filho anterior e a área de exposição têm efeito estatisticamente significativo

(p=0,004 e p<0,001, respectivamente) nos teores de dioxinas, tendo a área de exposição magnitude de alguma

relevância, como evidenciado pelos coeficientes de regressão. Assim, pertencer ao grupo das não expostas está

significativamente associado aos teores de dioxinas no leite. O modelo é estatisticamente significativo (p<0,001)

e bastante relevante na determinação (explicação) da plumbémia (R2ajustado=67,0% / R2=68,4 %).

3. 1. 2. 5. Factores associados a parâmetros de desenvolvimento dos nascituros

Dos parâmetros do desenvolvimento dos nascituros apurados por questionário, foram analisados, como

potenciais indicadores de efeito da exposição materno/fetal aos poluentes mais críticos potencialmente emitidos

pela CTRSU, o peso ao nascer e o índice de Apgar ao 1º minuto.

Estudo de associação por análise bivariável

Peso ao nascer

Para investigar potenciais determinantes do baixo peso ao nascer estratificado pelo critério da mediana, realizou-

se uma análise comparativa, em que se testou o significado estatístico da diferença entre os sub-grupos

definidos em cada uma das variáveis apuradas por questionário e nos níveis dos biomarcadores, relativamente

ao peso ao nascer inferior e igual ou superior à mediana. Os resultados destas análises são apresentados na

Tabela 24.

Os resultados mostram que a diferença entre o peso ao nascer dos grupos populacionais definidos pela

estratificação de variáveis potencialmente relevantes apuradas por questionário não tem significado estatístico

para a maioria das váriáveis analisadas, com excepção das seguintes: peso e IMC da mãe, consumo de

vegetais de origem local por parte da mãe, a mãe ter fumado antes da gravidez e já alguma vez ter fumado, ter

familiar fumador na residência, exposição da mãe a químicos e duração da gravidez.

Considerando a distribuição do peso ao nascer por área de exposição verifica-se que não existem diferenças

entre o grupo das não expostas e o grupo das expostas. De igual modo, não se observam diferenças entre os 2

grupos etários definidos. Os resultados mostram ainda que menores valores de peso, altura e IMC da mãe

Page 53: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 53 de 169

parecem estar associados a menor peso ao nascer, emboras as diferenças observadas apenas sejam

estatisticamente significativas para o peso (p=0,001) e IMC (p=0,017).

O consumo materno de água da torneira (p=0,100), de infusões (p=0,176) e de leite (p=0,095) parecem estar

associados a pesos à nascença mais elevados, embora as diferenças observadas não tenham significado

estatístico. O consumo de vegetais de origem local por parte da mãe está associado a menor peso ao nascer,

sendo a diferença observada estatisticamente significativa (p=0,020). Por outro lado, o consumo diário de peixe

por parte da mãe (p=0,067) parece estar associado a menor peso ao nascer, embora as diferenças observadas

não sejam estatisticamente significativas. Embora sem significado estatístico, a prática desportiva da mãe

(p=0,095) parece estar associada a maior peso ao nascer.

A mãe ser fumadora, ter fumado antes da gravidez, ter fumado durante a gravidez, ser ex-fumadora, já alguma

vez ter fumado e ter familiar fumador na residência são condições que parecem estar associadas a menores

valores do peso ao nascer, embora as diferenças observadas apenas sejam estatisticamente significativas para

ter fumado antes da gravidez, já alguma vez ter fumado e ter familiar fumador na residência (p=0,052, p=0,052 e

p=0,020, respectivamente). A exposição da mãe a químicos está associada a menor peso ao nascer (p=0,006),

tendo as diferenças observadas significado estatístico. Uma menor duração da gravidez está também

significativamente associada a menor peso ao nascer (p=0,013). É ainda de referir que os níveis de chumbo no

sangue e de dioxinas no leite materno não apresentam diferenças entre os grupos definidos pelo peso ao nascer

estratificado pelo critério da mediana.

Foi ainda realizado o estudo da associação entre cada variável numérica (variáveis apuradas por questionário e

níveis dos biomarcadores determinados no grupo populacional em estudo) e o peso ao nascer (análise de

correlação de Spearman e regressão linear simples), sendo os resultados apresentados na Tabela 25.

Os resultados mostram que existem associações positivas entre o peso e altura da mãe e o peso ao nascer,

sendo os coeficientes de correlação obtidos moderados e com significado estatístico, confirmando os resultados

obtidos na análise comparativa. Também confirmando o resultado obtido na análise comparativa, a duração da

gravidez apresenta uma associação moderada e com significado estatístico com o peso ao nascer. As análises

efectuadas mostram ainda que não parece existir associação quer entre os níveis de chumbo nas grávidas quer

entre os níveis de dioxinas no leite materno e o peso ao nascer.

No caso das variáveis numéricas, o estudo da magnitude das associações entre os grupos do peso ao nascer

estratificado pelo critério da mediana e as variáveis foi efectuado recorrendo aos Odds Ratio obtidos por análise

de regressão logística simples. No caso das variáveis categóricas, o estudo da magnitude das associações entre

os grupos do peso ao nascer estratificado pelo critério da mediana e os sub-grupos definidos pela estratificação

de cada uma das variáveis foi efectuado recorrendo aos Odds Ratio entre o peso ao nascer abaixo da mediana e

o peso ao nascer acima da mediana. Estes resultados são apresentados na Tabela 26.

Page 54: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 54 de 169

Os resultados obtidos mostram que, como seria de esperar, a duração da gravidez é um factor protector

relativamente ao peso ao nascer abaixo da mediana. Os Odds Ratio obtidos para o consumo de água da torneira

e de infusões por parte da mãe mostram que estes são também factores protectores, tal como a prática

desportiva da mãe. Por outro lado o consumo de vegetais de origem local por parte da mãe, a mãe ser

fumadora, ter fumado antes da gravidez, ser ex-fumadora, ter familiar fumador na residência e estar exposta a

químicos são factores de risco para a ocorrência de peso ao nascer abaixo da mediana. Os factores

significativamente associados à ocorrência de peso ao nascer abaixo da mediana são, por ordem decrescente

de força de associação, a exposição da mãe a químicos (OR=12,429) > consumo materno de vegetais de origem

local (OR=4,333) = ter familiar fumador na residência (OR=4,333) > duração da gravidez (OR=0,554).

Índice de Apgar ao 1º minuto

Investigaram-se os potenciais determinantes de índices de Apgar ao 1º minuto reduzidos através de uma análise

comparativa, em que se testou o significado estatístico da diferença entre os grupos definidos pelo índice de

Apgar ao 1º minuto recodificado pelo critério da mediana e, no caso das variáveis categóricas, os sub-grupos

definidos pela estratificação de cada uma das variáveis apuradas por questionário, sendo os resultados desta

análise apresentados na Tabela 27. No caso das variáveis numéricas foi testado o significado estatístico da

diferença entre os valores das variáveis apuradas por questionário e dos níveis dos biomarcadores encontrados

para os grupos definidos pelo índice de Apgar ao 1º minuto recodificado pelo critério da mediana.

Os resultados mostram que menores índices de Apgar ao 1º minuto parecem estar associados a menor peso e

altura da mãe, embora as diferenças encontradas não sejam estatisticamente significativas. A exposição da mãe

a químicos por hobby próprio parece estar associada a menores índices de Apgar, embora as diferenças

observadas não tenham significado estatístico. Ter dentes chumbados está associado a menores índices de

Apgar, sendo as diferenças observadas estatisticamente significativas (p=0,041). Ter nascido de um parto por

cesariana ou ter necessitado de reanimação parecem estar associados a menores índices de Apgar, embora as

diferenças observadas não tenham significado estatístico.

Os resultados do estudo da associação entre cada variável númerica e o índice de Apgar ao 1º minuto mostram

que existe uma associação negativa fraca entre o peso e a altura da mãe e o índice de Apgar ao 1º minuto e que

não existe associação quer entre os níveis de chumbo nas grávidas quer entre os níveis de dioxinas no leite

materno e o índice de Apgar ao 1º minuto.

Foi também efectuado o estudo da magnitude das associações entre os grupos do índice de Apgar ao 1º minuto

recodificado pelo critério da mediana. Os resultados obtidos mostram que a mãe ter dentes chumbados, a

exposição da mãe a químicos por hobby próprio, o parto ter sido por cesariana e ter sido necessária reanimação

estão associados a menores índices de Apgar ao 1º minuto, embora apenas de modo estatisticamente

significativo para a variável a mãe ter dentes chumbados (p=0,041).

Page 55: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 55 de 169

Estudo de associação por análise multivariável

Peso ao nascer

Com vista à identificação das variáveis mais associadas ao peso ao nascer, efectuou-se uma análise de

regressão logística múltipla, considerando como variável dependente o peso ao nascer recodificado pelo critério

da mediana e como variáveis independentes aquelas que satisfaziam os critérios de inclusão anteriormente

estabelecidos. As variáveis inicialmente incluídas no modelo são as que se apresentam na Tabela 28.

Os resultados finais da análise de regressão logística efectuada para o peso ao nascer recodificado pelo critério

da mediana, apresentados na Tabela 29 e na Figura 24, mostram que das variáveis estudadas as que estão

significativamente associadas ao menor peso ao nascer são a menor duração da gravidez, o facto da mãe não

consumir água da torneira ou infusões, o consumo de vegetais de origem local e o consumo preferencial de

peixe por parte da mãe, ter familiar fumador na residência e a exposição da mãe a químicos. A idade da mãe

não revelou associação com o menor peso ao nascer. O modelo é estatisticamente significativo (p<0,001) e

bastante relevante na determinação do menor peso ao nascer, uma vez que a taxa de validade do modelo é de

81,4%.

OR/10 e IC/10

OR/10 e IC/10OR/10 e IC/10

OR/10 e IC/10

OR/10 e IC/10

OR/100 e IC/100

0

4

8

12

16

20

24

28

32

Idade da mãe Duraçãogravidez

Mãe nãoconsumirágua datorneira

Mãe nãoconsumirinfusões

Mãe consumirvegetais deorigem local

Mãe terconsumo

preferencialde peixe

Familiarfumador naresidência

Mãe expostaa químicos

Odd

s R

atio

s

Figura 24 – OR e IC95% dos determinantes do peso ao nascer recodificado pela mediana na amostra de estudo

Índice de Apgar ao 1º minuto

Também com vista à identificação das variáveis mais associadas aos índices de Apgar ao 1º minuto reduzidos

(abaixo da mediana), efectuou-se uma análise de regressão logística múltipla, considerando como variável

Page 56: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 56 de 169

dependente o índice de Apgar ao 1º minuto recodificado pelo critério da mediana e como variáveis

independentes aquelas que satisfaziam os critérios de inclusão anteriormente estabelecidos.

Os resultados finais da análise de regressão logística efectuada para o índice de Apgar ao 1º minuto

recodificado pelo critério da mediana, apresentados na Figura 25, mostram que as únicas variáveís que

explicam significativamente menores índices de Apgar ao 1º minuto são mãe tem dentes chumbados (p=0,024) e

ter sido necessária reanimação (p=0,053). O modelo é estatisticamente significativo (p=0,033) e bastante

relevante na determinação de menores índices de Apgar ao 1º minuto, uma vez que a taxa de validade do

modelo é de 84,5%.

OR/10 e IC/10

0

5

10

15

20

25

30

Idade da mãe (anos) Mãe tem dentes chumbados Foi nece ssária reanimação

Odd

s R

atio

s

Figura 25 – OR e IC95% dos determinantes do índice de Apgar ao 1º minuto recodificado pela mediana na amostra de estudo

Page 57: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 57 de 169

3. 2. Projectos de Vigilância de Efeitos Adversos

3. 2. 1. Monitorização da mortalidade por cancro

Nesta secção, são apresentadas as taxas de mortalidade por tumores malignos, padronizadas por sexo e grupos

etários quinquenais, entre o período de referência (1991-1999) e o período de monitorização (2000-2010) e os

resultados da respectiva análise comparativa.

Para esta análise e numa primeira fase, investigaram-se as variações dos indicadores em estudo no período

temporal considerado como de vigilância, no sentido de detectar, ao longo dos anos, eventuais fenómenos

epidemiológicos fora do normal.

Para se ter uma perspectiva geral da evolução destes indicadores, para ambas as zonas em estudo e ao longo

destes vinte anos de monitorização, são apresentadas as taxas padronizadas de mortalidade (TPM), ano a ano

(Figura 26 e Figura 27 – partes 1 a 4), e, em complemento, as taxas de mortalidade por tumores malignos,

padronizadas por sexo e grupos etários quinquenais, para as áreas geodemográficas de Portugal, Grande

Lisboa, Zona Exposta e Zona de Controlo (Tabela 30 e Tabela 31), e as mesmas taxas para os períodos

agrupados de referência (1991-1999) e de monitorização (2000-2010) (Tabela 32).

Figura 26 – Perfil das Taxas Padronizadas de Mortalidade por cancro, de 2000 a 20010, nas zonas em estudo (ambos os sexos incluídos)

Page 58: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 58 de 169

Figura 27 (1/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores

malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)

Page 59: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 59 de 169

Figura 27 (2/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores

malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)

Page 60: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 60 de 169

Figura 27 (3/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores

malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)

Page 61: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 61 de 169

Figura 27 (4/4) – Evolução cronológica das taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes), por tumores

malignos, nas zonas expostas e de controlo (ambos os sexos incluídos)

Page 62: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 62 de 169

Observando o perfil das TPM, entre 2000 e 2010, verifica-se que a maior proporção de mortalidade (dados

padronizados) se deve claramente a tumores malignos do aparelho digestivo. Isto é válido quer para todo o

território nacional, quer para a zona exposta, quer de controlo. Verifica-se aliás, em todas as unidades

geográficas em análise, haver tendência para o crescimento (anual) da taxa de mortalidade por este tipo de

cancro. Os tumores malignos do aparelho respiratório e do aparelho genito-urinário têm também uma expressão

relevante no que se refere às causas de mortalidade para as unidades geográficas e temporais em estudo.

De uma forma geral, e como se pode observar também na Figura 28 – partes 1 a 4, a evolução das taxas de

mortalidade por cancro tem sido caracterizada por estabilidade e similitude de comportamento entre a Zona

Exposta e a de Controlo. Fogem a esta regra de estabilidade a tendência observável de crescimento (em ambas

as zonas em estudo) das taxas de mortalidade por todos os tumores e a já referida taxa de mortalidade por

tumores do aparelho digestivo. Em sentido contrário, observa-se redução acentuada de taxas de mortalidade por

tumores de outras localizações, observável a partir de 2002.

Comparando as taxas padronizadas médias de mortalidade para os dois períodos em análise, verifica-se que as

variações são (quer para a totalidade de óbitos por cancro, quer para a mortalidade associada à maioria dos

tipos de cancro) pouco relevantes do ponto de vista clínico. De qualquer modo, é de referir que se registam mais

oscilações com diferenças estatisticamente significativas (e superiores a 30%) na zona exposta do que na

zona de controlo (o que pode ser também explicado pelo facto dos denominadores populacionais serem mais

reduzidos na zona exposta do que na zona de controlo).

Na zona exposta, as variações mais acentuadas foram as seguintes (Tabela 32):

� diminuição de taxa de mortalidade por tumores malignos de outras localizações, em ambos os sexos (-

65,3%), nos homens (-66,2%) e nas mulheres (-59,3%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumores da traqueia, brônquios e pulmão em ambos os sexos

(40,2%);

� aumento de taxa de mortalidade por todos os tumores malignos, em ambos os sexos incluídos (68,2%),

nos homens (79,5%) e nas mulheres (43,0%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumores malignos do aparelho digestivo, em ambos os sexos

incluídos (66,9%) e nos homens (63,0%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumores do cólon, em ambos os sexos incluídos (77,2%) e nos

homens (45,7%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumores do aparelho genito-urinário, em ambos os sexos incluídos

(69.0%) e nos homens (32,0%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumores da próstata (80,7%);

Page 63: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 63 de 169

Figura 28 (1/4) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas

geográficas em estudo, entre 2000 e 2010

Page 64: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 64 de 169

Figura 28 (2/4) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas geográficas em estudo, entre 2000 e 2010

Page 65: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 65 de 169

Figura 28 (3/4) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas

geográficas em estudo, entre 2000 e 2010

Page 66: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 66 de 169

Figura 28 (4/4) – Perfis anuais das taxas padronizadas de mortalidade por cancro (por 100 000 residentes), nas áreas

geográficas em estudo, entre 2000 e 2010

� aumento de taxa de mortalidade por tumores dos tecidos linfático e hematopoiético, em ambos os

sexos incluídos (74,8%) e nos homens (62,4%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumores do aparelho respiratório, em ambos os sexos incluídos

(49.0%).

Já na zona de controlo, as variações mais acentuadas são (Tabela 32):

� diminuição de taxa de mortalidade por tumores malignos de outras localizações, em ambos os sexos (-

0,1%), nos homens (-81,5%) e nas mulheres (-51,7%);

� aumento de taxa de mortalidade por todos os tumores malignos, em ambos os sexos incluídos (45,5%),

nos homens (51,4%) e nas mulheres (37,0%);

Page 67: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 67 de 169

� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno do cólon, em ambos os sexos incluídos (57,2%) e

nos homens (47,2%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão, em ambos os

sexos incluídos (65,1%) e nas mulheres (51,1%).

� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno do aparelho digestivo, em ambos os sexos incluídos

(42,8%), nos homens (46,3%) e nas mulheres (32,7%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno do aparelho respiratório, em ambos os sexos

incluídos (52,1%) e nas mulheres (39,1%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno do aparelho genito-urinário, em ambos os sexos

incluídos (38,3%) e nos homens (33,1%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno da próstata (49,2%);

� aumento de taxa de mortalidade por tumor maligno dos tecidos linfático e hematopoiético, em ambos os

sexos incluídos (43,6%) e nos homens (35,0%).

No que se refere às diferenças entre as taxas médias da zona de controlo e da zona exposta, no período de

vigilância (de 2000 a 2010), é de realçar:

• o indicador da taxa de mortalidade por tumor maligno do estômago (zona de controlo com taxa 30,4%

superior à zona exposta para ambos os sexos e 35,3% para as mulheres),

• o indicador da taxa de mortalidade por tumor maligno da traqueia, brônquios e pulmão, nas mulheres

(zona de controlo com taxa 90,5% superior à zona exposta),

• o indicador da taxa de mortalidade por tumores malignos dos ossos, pele e mama (zona de controlo

com taxa 30,8% superior à zona exposta, ambos os sexos incluídos; 35,1 para homens),

• o indicador da taxa de mortalidade por tumor maligno da mama, nas mulheres (zona de controlo com

taxa 32,6% superior à zona exposta),

• o indicador da taxa de mortalidade por tumores malignos do aparelho genito-urinário, nos homens (zona

de controlo com taxa 41,3% superior à zona exposta).

Em termos de risco associado à exposição às emissões da CTRSU, também para o período de vigilância (de

2000 a 2010), é de realçar a diferença de risco de morte relacionada com tumores malignos de outras

Page 68: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 68 de 169

localizações, nos homens, expressas em fracção atribuível5: para o período entre 2000 e 2010, tendo-se

verificado 39,4% maior probabilidade de morte por esta causa na zona exposta do que na zona de controlo.

Importa recordar que estas variações, apesar de significativas do ponto de vista estatístico (teste z de

comparação entre proporções, ao nível de significância α=0,05) devem ser interpretadas de forma cautelosa do

ponto de vista clínico. De facto, as variações de mortalidade registadas estão associadas a poucos efectivos

(significando isto que se regista um número pequeno de casos nos intervalos temporais comparados, para as

zonas exposta e de controlo). Assim sendo, a diferença entre uma ou duas mortes por ano, apesar de

estabelecer significância por se tratar de amostras (i.e., denominadores) de grande dimensão, pode ser, em

grande parte, explicada pelo acaso e, portanto, o seu significado clínico fica seriamente comprometido. Para

além disso, aumentos de risco epidemiológico inferiores a 50% são de difícil interpretação quando se trata de

avaliar o impacto de poluentes ambientais, entre todos os outros factores biopsicossociais e ambientais, no

aumento da taxa de mortalidade por cancro (Boffetta et al, 2002).

3. 2. 2. Monitorização da frequência de alterações da reprodução

3. 2. 2. 1. Óbitos associáveis a malformações fetais

No âmbito desta monitorização e para dar resposta aos seus objectivos, foram calculadas, para as áreas

expostas e de controlo, as taxas da mortalidade associada a malformação congénita em crianças com menos do

que um ano de vida. De forma a facilitar a interpretação dos valores encontrados, foram também calculadas as

mesmas taxas para a totalidade do território nacional e para a área da Grande Lisboa.

Por outro lado, para facilitar a detecção de acontecimentos-alerta (aparecimento de “surtos” ou clusters de

malformações raras), foi analisado, ano a ano, o comportamento dos indicadores em estudo. A Tabela 33

resume a proporção de óbitos notificados em cada ano de monitorização entre 1991 e 2010, por tipo de

malformação congénita, em Portugal, na Grande Lisboa e nas áreas exposta e de controlo.

Como se pode verificar pela análise destes resultados, as afecções perinatais e as afecções congénitas são, no

seu conjunto, responsáveis pela maior proporção de óbitos infantis, em qualquer das unidades geodemográficas

em estudo.

Os gráficos da Figura 29 mostram a evolução cronológica (entre 1991 e 2010, ano a ano) das taxas de

mortalidade infantil para as causas consideradas relevantes para o estudo de óbitos associáveis a malformações

congénitas em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e de Controlo.

5 A fracção atribuível é determinada dividindo o resultado da diferença entre a taxa de mortalidade da área exposta e a da área de controlo pela taxa de

mortalidade da área exposta. Em termos práticos, a fracção atribuível expressa a proporção da taxa de mortalidade que seria eliminada se não houvesse

exposição.

Page 69: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 69 de 169

Figura 29 – Evolução cronológica das taxas de mortalidade infantil por causas específicas, entre 1991 e 2010

Page 70: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 70 de 169

Como se pode observar, para praticamente todas as causas de mortalidade consideradas, a evolução

epidemiológica nos 20 anos em estudo é relativamente estável, embora se verifique tendência para redução

para alguns indicadores, mais acentuada no que se refere às taxas de mortalidade infantil (todas as causas

incluídas), ao nível do território nacional e da área da Grande Lisboa.

Nas zonas exposta e de controlo, apesar da redução das taxas ser também perceptível para a maioria dos

indicadores de mortalidade, a evolução é mais “acidentada”, por vezes com grandes oscilações de ano para ano,

fruto da maior expressão ao nível da taxa de uma ou duas mortes a mais ou a menos por ano. A estabilidade

temporal das taxas é também corroborada pelo facto de a oscilação que se verifica ano a ano nas curvas

epidemiológica das unidades geodemográficas mais pequenas – zona exposta e zona de controlo – ter sempre

numa amplitude relativamente pequena.

De forma a atenuar as oscilações anuais resultantes de denominadores geodemográficos de pouca magnitude e,

deste modo, compreender melhor a evolução destes indicadores epidemiológicos, os dados sobre óbitos infantis

foram agrupados em dois períodos temporais de igual amplitude: o período de referência (de 1991 a 1999) e o

período de vigilância epidemiológica (de 2000 a 2010).

Os dados assim agrupados são apresentados nos gráficos da Figura 30. Este agrupamento dos dados permite

observar, com mais facilidade, a tendência para redução das taxas de mortalidade infantil em análise, quer para

Portugal, quer para a área da Grande Lisboa.

Os dados agregados permitem também confirmar que a mesma tendência de redução de taxas é observável nas

áreas exposta e de controlo (para quase todos estes indicadores de mortalidade infantil), sendo de referir que as

diferenças entre as taxas de mortalidade infantil da zona exposta e as da zona de controlo são, para todas as

causas de morte aqui consideradas, estatisticamente significativas (teste z ao nível de significância α=0,05),

embora pouco relevantes do ponto de vista clínico. De facto, a variação das taxas oscila entre valores muito

próximos e muito baixos, a exemplo do que se verifica para a totalidade do território nacional.

A taxa bruta de mortalidade por afecções perinatais é a única que tem aumentado, sendo de notar que essa

variação se observa apenas para a zona exposta. De qualquer modo, continua a ser uma variação muito pouco

relevante do ponto de vista clínico e epidemiológico (são taxas muito baixas, inferiores às verificadas para a

totalidade do território nacional). No entanto, e embora este indicador esteja especialmente sujeito ao forte efeito

estatístico dos ainda poucos casos, importa continuar a seguir com atenção o seu comportamentos, até mesmo

porque só é possível apreciar devidamente uma tendência epidemiológica com pelo menos três observações de

igual amplitude temporal (e com cúmulos casuísticos – i.e., tamanhos amostrais – menos sujeitos ao acaso).

Page 71: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 71 de 169

Figura 30 – Evolução cronológica das taxas de mortalidade infantil (por 1 000 nados vivos), por afecções congénitas e outras causas seleccionadas (ambos os sexos incluídos)

3. 2. 2. 2. Mortalidade infantil e perinatal

Para a análise comparativa nesta monitorização, tem que se ter em conta que quer o número anual de

nascimentos, quer o número anual de óbitos de crianças com menos de um ano de vida constituem amostras

relativamente pequenas nas áreas exposta e de controlo. Este facto deriva obviamente da dimensão

geodemográfica também relativamente pequena, a que corresponde reduzida dinâmica populacional. De

qualquer modo e conforme foi já realçado, nesta observação e pela primeira vez ao longo do ProVEpA, o

intervalo temporal de vigilância supera, em número de anos, o intervalo temporal de referência, o que permite

que, agregando as casuísticas anuais, se consega ter já uma amostra que permite maior robustez estatística e,

por conseguinte, menor erro ao nível da interpretação dos dados (apesar de serem ainda números relativamente

pequenos, especialmente no que se refere à Zona Exposta – Tabela 34).

Como se pode observar nos gráficos da Figura 31 e da Figura 32, a tendência evolutiva da taxa de mortalidade

infantil e da mortalidade perinatal, no período entre 1991 e 2010, é de diminuição de óbitos, para qualquer das

Page 72: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 72 de 169

áreas em estudo (incluindo para a totalidade do território nacional), sendo que as diferenças entre a zona de

controlo e a zona exposta são estatisticamente significativas (teste z, com uma margem de erro de 5%) em cada

período temporal em estudo.

Figura 31 - Evolução cronológica da taxa de mortalidade infantil em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e de

Controlo

Figura 32 - Evolução cronológica da taxa de mortalidade perinatal em Portugal, na Grande Lisboa, e nas Zonas Exposta e

de Controlo

Também de salientar que a taxa de mortalidade perinatal, no período de referência (1991-1999), passou de um

valor relativamente mais elevado na zona exposta, quando comparada com as outras unidades geodemográficas

em estudo, convergindo para valores praticamente idênticos aos encontrados nas zonas de comparação, no

Page 73: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 73 de 169

período de vigilância. Tal como referido para os óbitos relacionados com malformações fetais, a interpretação a

dar a estes dados deve ser cautelosa, por ser necessário, para se poder falar em tendência epidemiológica

(neste caso, decrescente), haver um terceiro ponto de análise temporal, com igual amplitude temporal.

3. 2. 2. 3. Baixo peso à nascença e parto pré-termo

Entre 1991 e 1999, foram identificados, em Portugal, 7.580 nados-vivos com muito baixo peso à nascença

(correspondento a 0,8% dos nados-vivos) e 65.690 com baixo peso à nascença (6,5% dos nados-vivos). No

mesmo intervalo temporal, foram também registados 77.021 partos pré-termo (7,6% dos partos com nados-

vivos). Ainda considerando o período de referência (de 1991 a 1999), a taxa de muito baixo peso à nascença foi

a mesma (0.8% dos nados-vivos) para as zonas exposta e de controlo e, no que se refere a baixo peso, as taxas

encontradas para esse período foram de 6.3% (zona exposta) e de 6.4% (zona de controlo). De realçar que

estes valores são ligeiramente superiores ao considerado como meta para 2010 (5,8%; DGS, 2004), embora

inferiores aos valores registados para Portugal (acima de 7%, desde 2001). Relativamente ao parto prematuro,

as taxas encontradas para o mesmo período temporal foram de 3,8%, para a zona exposta, e de 4,4%, para a

zona de controlo.

Com este cenário como referência temporal, é relevante salientar que, no período entre 2000 e 2010, na zona

exposta, se verifica uma ligeira subida da taxa de muito baixo à nascença (passando de 0,8% em 1991-1999,

para 1,1% em 2000-2010) e da taxa de baixo peso à nascença (passando de 6,1% em 1991-1999 para 8,1%

em 2000-2010). Na zona de controlo, verifica-se também um ligeiro aumento na taxa de muito baixo peso à

nascença (de 0,8% em 1991-1999 para 1,1% em 2000-2010) e um aumento um pouco mais pronunciado na taxa

de baixo peso à nascença (de 6,3% em 1991-1999 para 8,0% em 2000-2010). No que se refere às taxas de

parto prematuro, verifica-se um aumento significativo (do ponto de vista estatístico), embora pouco relevante do

ponto de vista clínico, nas taxas, quer na zona exposta (de 3,6% em 1991-1999 para 7,2% em 2000-2010), quer

na de controlo (de 4,3% em 1991-1999 para 7,2% em 2000-2010).

Para contextualizar os valores encontrados nas zonas exposta e de controlo, importa referir que, no que se

refere ao baixo peso à nascença (passou de 6,5% em 1991-1999 para 7,3% em 2000-2010), esta evolução

epidemiológica em sentido crescente segue a tendência encontrada para a totalidade do território nacional, e

que, em relação à taxa de muito baixo peso à nascença, a tendência nacional é também de ligeiro crescimento

entre estes dois períodos (de 0,7% em 1991-1999 para 0,9% em 2000-2010). Relativamente à taxa de parto

prematuro, a tendência a nível nacional é também de ligeiro crescimento (de 7,6% em 1991-1999 para 7,9% em

2000-2010). Resumindo, a evolução epidemiológica destes indicadores nas zonas em estudo no ProVEpA é

muito similar ao registado para a totalidade do território nacional.

O facto de se verificar uma tendência (apesar de pouco relevante do ponto de vista clínico) para aumento das

taxas de muito baixo peso à nascença, de baixo peso à nascença e de parto prematuro, nas zonas exposta e de

Page 74: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 74 de 169

controlo (também observável nos gráficos da Figura 33), sustenta a necessidade de dar continuidade à vigilância

epidemiológica destes indicadores.

Figura 33 – Evolução cronológica das taxas de muito baixo peso e de baixo peso à nascença no período de referência, em

Portugal, na Grande Lisboa e nas Zonas Exposta e de Controlo

Page 75: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 75 de 169

4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

O presente Relatório circunstanciado, correspondente a 2010-2012, apresenta o ponto de situação das

actividades do ProVEpA desenvolvidas neste período, para avaliação de eventuais impactes específicos da

CTRSU, em termos da exposição humana aos poluentes considerados mais críticos e das patologias ou

condições de saúde que lhe podem estar associadas.

A análise dos dados recolhidos neste período foi feita, como habitualmente, na dupla perspectiva de identificar e

avaliar as tendências geográfica e temporal dos indicadores em estudo, através da sua comparação entre a

zona considerada potencialmente exposta e uma zona definida como não exposta, e do estudo da respectiva

evolução ao longo do tempo, a partir da situação basal ou de referência estabelecida no âmbito deste Programa.

A análise foi realizada separadamente em relação a duas vertentes do ProVEpA (designadamente Vigilância

Biológica e Vigilância de Efeitos Adversos), a primeira dirigida à vigilância da exposição humana aos poluentes

potencialmente emitidos pela CTRSU (factor de risco para os efeitos em saúde associáveis a esta exposição) e

a segunda, à vigilância das mais relevantes patologias e condições de saúde associáveis à exposição àqueles

poluentes.

Para o período 2010-2012 e no que se refere à vertente de Vigilância Biológica, a metodologia de amostragem

foi alterada relativamente à que se tinha adoptado nos períodos de monitorização anteriores, uma vez que os

recrutamentos para qualquer das monitorizações incluídas nesta vertente se realizaram, nesta última

observação, apenas nos indivíduos da zona considerada potencialmente exposta, sendo o “grupo de controlo”

uma amostra de dimensão igual à dos expostos, aleatória e estratificada por faixa etária e, quando adequado,

por sexo, que foi construída a partir do acervo histórico das monitorizações efectuadas, entre 1999 e 2009, no

âmbito do ProVEpA. Para a selecção de cada amostra de não expostos, foram considerados apenas os

indivíduos para os quais as bases de dados contêm (cumulativamente) dados para os diferentes marcadores em

estudo e para as variáveis apuradas pelos respectivos questionários de caracterização.

Desta forma, e de acordo com o contrato celebrado para o período 2010-2012, a caracterização dos potenciais

impactes específicos da CTRSU no referente à exposição humana envolveu, para as monitorizações na

população geral, o recrutamento de apenas uma amostra de conveniência de indivíduos adultos, residentes e/ou

trabalhadores na zona exposta, num total de 90, emparelhados por género em cada um dos 3 grupos etários

previamente definidos. A monitorização de chumbo e de dioxinas em pares mãe/recém-nascido envolveu o

recrutamento também de apenas uma amostra de conveniência constituída por 30 mulheres grávidas,

aparentemente saudáveis, residentes e/ou trabalhadoras na zona exposta e que tinham, à altura da entrada no

estudo, uma idade compreendida entre 18 e 45 anos. Para efeitos de comparação no âmbito do estudo, as

mulheres foram seleccionadas de forma a ficarem igualmente distribuídas pelos 2 grupos etários previamente

definidos.

Page 76: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 76 de 169

Considerando os resultados obtidos na vertente de vigilância biológica, não só para o último triénio, mas também

no período anterior, pode-se dizer que esses resultados sugerem um efectivo controlo da exposição humana na

envolvente da CTRSU de S. João da Talha, tanto a metais pesados como a dioxinas. De facto, as comparações

entre os vários grupos de exposição (comprovadamente bastante homogéneos) não evidenciaram, em geral,

diferenças com significado estatístico. Nos casos em que as diferenças foram estatisticamente significativas,

envolviam teores muito reduzidos, correspondendo geralmente a níveis médios próximos dos limites inferiores

dos intervalos de “referência” ou “normais” (quando estabelecidos) e, por isso, muito inferiores aos valores

máximos admissíveis, pelo que se podem considerar irrelevantes na perspectiva das monitorizações em curso.

Por outro lado, a análise longitudinal para avaliação de eventuais impactes específicos – através da

monitorização de metais e/ou dioxinas no sangue da população geral e no sangue e leite maternos –, evidencia

níveis que, na sua maioria, são sistematicamente inferiores aos determinados na situação de referência e que,

para além disso, parecem tendencialmente ter vindo a diminuir (embora com algumas pequenas oscilações) ao

longo dos sucessivos momentos de observação.

No que se refere às monitorizações da vigilância de efeitos adversos e pela primeira vez ao longo do ProVEpA,

foi possível, nesta última observação, ter como termo de comparação um intervalo temporal de monitorização

(de 2000 a 2010; 11 anos de vigilância) que supera o período de referência (de 1991 a 1999; 9 anos de

referência). A agregação dos dados nestas unidades temporais permite maior tamanho amostral para cada uma

das zonas em estudo e, por conseguinte, menor efeito do acaso e, assim, maior certeza interpretativa.

Em termos de resultados nesta vertente de monitorização, os obtidos pelo estudo da mortalidade por cancro nas

áreas em estudo e a sua evolução cronológica no período de referência (de 1991 a 1999) e no período de

vigilância epidemiológica (de 2000 a 2010) da potencial acção da CTRSU apontam para a estabilidade dos

indicadores. A aparente variabilidade, temporal ou espacial, encontrada nas taxas de alguns destes indicadores

não é clinicamente relevante e estará mais associada ao número relativamente reduzido de casos clínicos.

Os valores encontrados para a taxa de mortallidade infantil e para a taxa de mortalidade perinatal na zona

exposta também não diferem, de forma clinicamente relevante, das taxas correspondentes observáveis na zona

de controlo. Além disso, tal como verificado para a totalidade do território nacional, a tendência evolutiva destas

taxas, no período entre 1991 e 2010, é de diminuição de óbitos.

Em relação aos outros indicadores de alterações da reprodução, a evolução das taxas de baixo peso, de muito

baixo peso e de parto prematuro observáveis para a zona exposta tem sido paralela à da zona de controlo e sem

diferença clinicamente relevante. É de notar que os valores da taxa de partos pré-termo, substancialmente mais

elevados do que os da taxa de muito baixo peso à nascença, de forma sistemática, ao longo deste programa de

vigilância epidemiológica, corroboram a opinião dos que defendem alguma independência entre estas duas

variáveis e justificam a utilização da taxa de partos prematuros como indicador independente e com significado

Page 77: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 77 de 169

epidemiológico próprio, na avaliação do impacte ambiental, e não apenas como coadjuvante do estudo do baixo

peso à nascença.

Em síntese e relativamente à monitorização da exposição humana, pode-se dizer que:

1. até agora, em resultado do desenvolvimento do ProVEpA, há informação sugestiva de que o normal

funcionamento da CTRSU se encontra sob efectivo controlo, conforme decorre dos resultados das

determinações da exposição aos poluentes mais críticos (metais pesados e dioxinas) em amostras

populacionais de conveniência obtidas na envolvente à CTRSU de S. João da Talha.

2. Na sua globalidade, os resultados relativos às monitorizações incluídas na vertente de Vigilância de

Efeitos Adversos, no âmbito das quais se realizou um conjunto de investigações epidemiológicas,

também nas populações da envolvente à CTRSU, sugerem que o funcionamento da Central parece não

afectar, pelo menos por enquanto, a Saúde Pública na envolvente à CTRSU de S. João da Talha.

3. Estas duas conclusões satisfazem um dos objectivos do desenvolvimento deste Programa de Vigilância

Epidemiológica Ambiental, na medida em que contribuem “para dar suporte à estratégia de

comunicação do risco, através da demonstração, cientificamente fundamentada, da eficácia da

estratégia de prevenção e de efectivo controlo dos potenciais impactes negativos da Central”.

4. No entanto, e tendo em consideração:

a. a crescente evidência científica da importância da exposição a metais pesados e a dioxinas,

mesmo a níveis reduzidos, principalmente nas primeiras fases do desenvolvimento humano,

b. a perspectiva de exposição continuada a estes poluentes, ainda que a níveis muito reduzidos,

na população da envolvente da Central,

c. a evidência de que os efeitos associados a esta exposição poderão ser

detectáveis/mensuráveis muitos anos depois da exposição ter ocorrido,

d. a evidência de que o risco de saúde atribuível à exposição aos poluentes das emissões da

incineração de resíduos é certamente diluído no tempo, o que leva a que a análise de dados

agregados envolva intervalos de amplitude mínima idêntica à do período de referência, para

garantir um menor efeito das leis do acaso e o estabelecimento da tendência epidemiológica

dos indicadores em estudo,

e. a evidência de que, embora o período analisado tenha permitido já um cúmulo casuístico que

garante mais qualidade interpretativa, quer do ponto de vista estatístico, quer do ponto de vista

clínico, não é suficiente para garantir o mínimo de momentos de observação necessários e

com amplitude temporal igual ao período de referência para avaliar tendências

epidemiológicas e inferir um padrão epidemiológico temporal,

Page 78: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 78 de 169

os resultados obtidos pelas monitorizações até agora realizadas e as conclusões a que eles permitiram

chegar apontam para a necessidade de continuar este Programa, nomeadamente porque, por um lado,

numa lógica de vigilância, se impõe continuar a dar a atenção necessária aos biomarcadores de

exposição, através de processos susceptíveis de permitir relacionar adequadamente exposição e

efeitos; e, por outro lado, porque o conhecimento epidemiológico que resulta do conjunto de dados já

analisados se circunscreve aos efeitos observáveis no período considerado e não permite concluir

quanto ao efeito continuado de exposição durante períodos mais dilatados. No caso presente e em

concreto, e dada a quantidade anual de, por exemplo, casos de óbitos associáveis a alterações de

reprodução, ou de casos de baixo peso e de parto prematuro, a manutenção do exercício

epidemiológico durante, pelo menos, mais sete anos permitiria chegar aos indispensáveis dois períodos

de monitorização.

Dando continuidade às monitorizações (com periodicidade anual para a recolha de dados

epidemiológicos, numa perspectiva de identificação de eventuais “surtos” ou clusters de cada um dos

indicadores de saúde pública em estudo), é a forma de poder garantir o cumprimento continuado dos

restantes objectivos principais que, desde 1999, justificaram e nortearam o desenvolvimento do

Programa de Monitorização da Saúde Pública da CTRSU de São João da Talha:

• Contribuir para a salvaguarda da saúde das populações na região de influência da Central;

• Contribuir para fundamentar adequadamente futuras conclusões sobre os potenciais impactes

da unidade de incineração, à luz e no contexto do que a evolução do conhecimento científico

for evidenciando.

Page 79: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 79 de 169

5. BIBLIOGRAFIA

Aguiar, P. (2007). Guia prático CLIMEPSI de Estatística em Investigação Epidemiológica: SPSS. CLIMEPSI Editores. Lisboa.

Allsopp, M., Costner, P. and Johnston, P. (2001) Incineration and Human Health: State of Knowledge of the Impacts of Waste Incinerators on Human Health - (Executive Summary), ESPR – Environ Sci & Pollut Res 8 (2): 141-145

Angerer J, editor. (2002). Biological Monitoring. Prospects in Occupational and Environmental Medicine. 1st edition. Weinheim, Germany: Wiley-VCH.

Angerer, J. (2010). Yes, we can! In: Conference Human Biomonitoring, Conference Proceedings, p. 16. (Disponível online em: http://www.umweltbundesamt.de/gesundheite/veranstaltungen/konferenz-human-biomonitoring/index.htm, acedido em Dezembro 2012).

Angerer, J., Aylward, L.L., Hays, S.M., Heinzow, B., Wilhelm, M. (2011). Human biomonitoring assessment values: approaches and data requirements. Int. J. Hyg. Environ. Health 214 (5), 348–360.

Beaglehole, R., Bonita, R., Kjellström, T. (1993). Epidemiologia básica. Escola Nacional de Saúde Pública. Lisboa.

Boffetta, P., Brennan, P., Saracci R. (2002). Neoplasms. In Oxford Textbook of Public Health – The Scope of Public Health. (ed. R. Detels, J. McEwen, R. Beaglehole, H. Tanaka), (4th edn), pp. 1155-92. Oxford University Press, New York.

CDC (2012) – Low Level Lead Exposure Harms Children: A Renewed Call for Primary Prevention - Report of the Advisory Committee on Childhood Lead Poisoning Prevention of the Centers for Disease Control and Prevention. January 4, 2012. (Disponível online em: http://www.cdc.gov/nceh/lead/ACCLPP/blood_lead_levels.htm, acedido em Dezembro 2012).

DGS – Direcção-Geral de Saúde. (2004). Plano Nacional de Saúde 2004-2010. EIP – Environmental Integrity Project. (2010). Latest News & Reports. (Disponível online em:

http://www.environmentalintegrity.org/news_reports/06_10_10.php, acedido em Dezembro 2012). GAIA – Global Alliance for Incinerator Alternatives. (2008). Incinerators Trash Community Health. (Disponível

online em: http://www.no-burn.org/article.php?list=type&type=104, acedido em Dezembro 2012). Gould, J.M., Sternglass, E.J., Mangano, J.J. (1998). U.S.A newborn deterioration. The radiation and the public

health project, presented at the International Congress on the effects of low dose ionizing radiation in childhood and youth, in medicine, industry and environment in the workplace. Germany.

Grimmer, I., Bührer, C., Dudenhausen, J.W., Stroux, A., Reiher, H., Halle, H., Obladen, M. (2002). Preconceptional factors associated with very low birthweight delivery in East and West Berlin: a case control study. BMC Public Health, 2:10.

Harrad, S. & Harrison, R. (1996). Health effects of the products of waste combustion. Workshop held at Leicester, UK on 22 January 1996. (Disponível online em: http://www.cranfield.ac.uk/health/researchareas/environmenthealth/ieh/ieh%20publications/r7.pdf, acedido em Dezembro 2012).

Hoek G, Fischer P, Van Den Brandt P, Goldbohm S, Brunekreef B. Estimation of long-term average exposure to outdoor air pollution for a cohort study on mortality. J Expo Anal Environ Epidemiol. 2001 Nov-Dec; 11(6):459-69.

Kolossa-Gehring, M. (2012). Human biomonitoring: Political benefits – Scientific challenges. Int. Hyg. Environ. Health 215, 2, Pages 247-252.

Marimow, A. E. (2011). Environmentalists urge O’Malley to veto waste-to-energy bill. Washington Post Reprints. (Disponível online em: http://www.washingtonpost.com/local/politics/environmentalists-urge-omalley-to-veto-waste-to-energy-bill/2011/04/26/AFZxthtE_story.html, acedido em Dezembro 2012).

Martuzzi, M., Mitis, F., Forastiere, F. (2010). Inequalities, inequities, environmental justice in waste management and health. European Journal of Public Health, Vol. 20, No. 1, 21–26. (Disponível online em: http://eurpub.oxfordjournals.org/content/20/1/21.full.pdf+html, acedido em Janeiro 2011).

Morgan G, Corbett S, Wlodarczyk J, Lewis P. (1998). Air pollution and daily mortality in Sydney, Australia, 1989 through 1993. Am J Public Health. 1998 May; 88(5):759-64.

Page 80: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 80 de 169

Reis, M. F. Solid waste incinerators: health impacts. In: Encyclopedia of Environmental Health, “Outdoor air pollution: health effects”. Jerome O Nriagu (Editor-in-Chief), Amsterdam, London, Elsevier Science, 2011: 162-217. doi:10.1016/B978-0-444-52272-6.00489-X (Disponível online em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/B978044452272600489X, acedido em Fevereiro 2012).

Reis, M. Fatima & Pereira Miguel, J. Environmental Health Surveillance Programs related to waste incineration. Report of a WHO Workshop (Rome, Italy, 29–30 March 2007) Copenhagen, 2007. (Disponível online em: http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0012/91101/E91021.pdf, acedido em Dezembro 2012).

Rothman, K. J., Greenland, S., Lash, T.L. (2008). Modern Epidemiology, 3rd Edition. Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins.

Rushton L. (2003). Health hazards and waste management. British Medical Bulletin; 68: 183–197. Rylander, R., Mégevand, I. (1993). Introdução à medicina do ambiente. Instituto Piaget. Lisboa. Sigle-Rushton, Wendy (2003) Foundlings. In: Fass, Paula S., (ed.) Encyclopedia of children and childhood: in

history and society. Macmillan, pp. 365-366. ISBN 9780028657141 Stone, D. B., Armstrong R.W., Macrina, D. M., Pankau, J. W. (1996). Introdução à epidemiologia. McGraw-Hill.

Lisboa. Thompson, J. & Anthony, H. The Health Effects of Waste Incinerators. 4th Report of the British Society for

Ecological Medicine, Second Edition. 2008. (Disponível online em: http://www.ecomed.org.uk/content/IncineratorReport_v2.pdf, acedido em Dezembro 2012).

US-EPA – Environmental Protection Agency. 2007. EPA’s Clean Energy Programs: Air Emissions. (Disponível online em: http://www.epa.gov/cleanenergy/energy-and-you/affect/air-emissions.html, acedido em Dezembro 2012).

Vineis, P. (2007). The challenge of low levels of exposure. Preventive Medicine, 44 (2):107-108. WHO (1995) – Lead and health. Local authorities, health and environment briefing pamphlet series; WHO

Regional Office for Europe. WHO (Regional Office for Europe). (2007a). Population health and waste management: scientific data and

available options. Report of a WHO Workshop (Rome, Italy, 29–30 March 2007), Copenhagen. (Disponível online em: http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0012/91101/E91021.pdf, acedido em Dezembro 2012).

WHO. (2007b). Health Impact Assessment (HIA). (Disponível online em: http://www.who.int/hia/about/en/, acedido em Novembro 2010).

Page 81: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ProVEpA – Programa de Vigilância Epidemiológica Ambiental de São João da Talha

IMP – Instituto de Medicina Preventiva / Faculdade de Medicina de Lisboa

Relatório de Monitorização da Saúde Pública / 2010-2012 Página 81 de 169

6. ANEXO - TABELAS

Page 82: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Homens Mulheres Homens Mulheres

(n) (n) (n) (n)

Apelação 2 990 3 053 Alhandra 3 442 3 763

Bobadela 4 180 4 397 Alverca do Ribatejo 14 275 14 811

Forte da Casa 5 425 5 554 Bucelas 2 358 2 452

Póvoa de Santa Iria 63 683 65 395 Cachoeiras 379 390

Sacavém 8 527 9 132 Calhandriz 416 431

Santa Iría da Azóia 8 740 8 831 Camarate 9 239 9 582

São João da Talha 8 878 9 092 Caneças 158 971 167 765

Unhos 5 284 5 247 Castanheira do Ribatejo 3 561 3 697

Vialonga 7 680 7 791 Famões 4 522 4 486

Fanhões 1 284 1 414

Frielas 1 321 1 355

Loures 11 796 12 441

Lousa 1 671 1 748

Moscavide 5 641 6 543

Odivelas (Lumiar e Carnide) 25 816 27 633

Olival Basto 2 979 3 267

Pontinha 11 712 12 311

Portela 7 566 7 875

Póvoa de Santo Adrião 7 141 7 563

Prior Velho 3 375 3 308

Ramada 7 769 8 001

Sto. Antão do Tojal 2 155 2 037

Sto. António dos Cavaleiros 10 506 11 441

São João dos Montes 2 187 2 222

São Julião do Tojal 1 774 1 826

Sobralinho 2 075 2 090

Vila Franca de Xira 8 753 9 689

Total 115 387 118 492 Total 309 242 330 141

Fonte: CENSOS 2001-INE.

Tabela 1 - Número de habitantes residentes nas freguesias em estudo, por zona de controlo e zona exposta

Freguesias expostas Freguesias de controlo

Página 82 de 169

Page 83: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Grupos etários HM H M

<5 539491 275969 263522

5 - 9 537521 275199 262322

10 -14 579590 296385 283205

15 - 19 688686 351422 337264

20 - 24 790901 400087 390814

25 - 29 814661 409243 405418

30 - 34 761457 379363 382094

35 - 39 770781 378783 391998

40 - 44 728518 357528 370990

45 - 49 686134 333382 352752

50 - 54 642516 309484 333032

55 - 59 571452 268899 302553

60 - 64 550916 256179 294737

65 - 69 538165 244230 293935

70 - 74 453962 196615 257347

75 - 79 348066 143439 204627

80 - 84 201706 76014 125692

≥85 151594 47920 103674

Total: 10356117 5000141 5355976

Tabela 2 - População-padrão (população residente em Portugal em 2001)

Fonte: CENSOS 2001-INE.

Página 83 de 169

Page 84: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 9

p*

Masculino n; % 45 50,0% 45 50,0% 90 50,0%

Feminino n; % 45 50,0% 45 50,0% 90 50,0%

n 90 90 180

MA ± DP; Mediana 40,8 ± 10,3 40,0 40,4 ± 10,4 41,0 40,6 ± 10,3 40,0

P25 ; P75 35,0 50,0 32,0 49,0 33,0 49,5

Mín ; Máx 18,0 60,0 19,0 60,0 18,0 60,0

18-35 n; % 30 33,3% 30 33,3% 60 33,3%

36-45 n; % 30 33,3% 30 33,3% 60 33,3%

>45 n; % 30 33,3% 30 33,3% 60 33,3%

<1 n; % 4 4,4% 6 7,4% 10 5,8%

1 a 3 n; % 13 14,4% 12 14,8% 25 14,6%

4 a 5 n; % 3 3,3% 10 12,3% 13 7,6%

>5 n; % 70 77,8% 53 65,4% 123 71,9%

≤ 3 n; % 17 18,9% 18 22,2% 35 20,5%

> 3 n; % 73 81,1% 63 77,8% 136 79,5%

n 90 75** 165

MA ± DP; Mediana 71,8 ± 15,8 70,0 78,3 ± 13,6 76,0 74,8 ± 15,1 73,0

P25 ; P75 59,0 82,0 66,0 90,0 64,0 85,0

Mín ; Máx 48,0 116,0 55,0 105,0 48,0 116,0

n 90 74** 164

MA ± DP; Mediana 167,5 ± 9,3 165,5 169,4 ± 8,8 169,0 168,4 ± 9,1 168,0

P25 ; P75 160,0 173,0 164,0 175,0 162,0 174,0

Mín ; Máx 150,0 193,0 150,0 187,0 150,0 193,0

n 90 74** 164

MA ± DP; Mediana 25,4 ± 4,5 25,2 27,2 ± 4,3 26,4 26,2 ± 4,5 26,0

P25 ; P75 22,4 28,0 24,1 29,7 23,1 28,7

Mín ; Máx 18,1 46,5 19,9 38,7 18,1 46,5

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Altura (cm)

0,090a 0,179b

IMC (Kg/m2)

0,010a 0,011b

Tempo que vive na residência actual

(rec.) (anos) 0,590

Peso (Kg)

0,003a 0,006b

Grupos etários (anos)

1,000

Tempo que vive na residência actual

(anos)

0,107

Género

1,000

Idade (anos)

0,841a 0,790b

Variáveis Categorias EstatísticasValores

Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)

Página 84 de 169

Page 85: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 9

p*

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Género

Variáveis Categorias EstatísticasValores

Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)

Mineral n; % 35 38,9% 22 24,4% 57 31,7%

Torneira n; % 38 42,2% 37 41,1% 75 41,7%

Mineral e torneira n; % 17 18,9% 31 34,4% 48 26,7%

Não n; % 35 38,9% 22 24,4% 57 31,7%

Sim n; % 55 61,1% 68 75,6% 123 68,3%

Não n; % 38 42,2% 45 50,0% 83 46,1%

Sim n; % 52 57,8% 45 50,0% 97 53,9%

Diariamente n; % 15 28,8% 14 31,1% 29 29,9%

Ocasionamente n; % 37 71,2% 31 68,9% 68 70,1%

Não n; % 3 3,3% 1 1,1% 4 2,2%

Sim n; % 87 96,7% 89 98,9% 176 97,8%

Diariamente n; % 45 51,7% 59 66,3% 104 59,1%

Ocasionalmente n; % 42 48,3% 30 33,7% 72 40,9%

Não n; % 70 80,5% 69 77,5% 139 79,0%

Sim n; % 17 19,5% 20 22,5% 37 21,0%

Não n; % 2 2,2% 0 0,0% 2 1,1%

Sim n; % 88 97,8% 90 100,0% 178 98,9%

Diariamente n; % 72 81,8% 68 75,6% 140 78,7%

Ocasionalmente n; % 16 18,2% 22 24,4% 38 21,3%

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 90 100,0% 89 100,0% 179 100,0%

Frequência do consumo de fruta

0,308

Consumo de carne

d

Consumo de vegetais de origem

local 0,633

Consumo de fruta

0,249c

Consumo de vegetais

0,310c

Frequência do consumo de vegetais

0,049

Consumo de infusões

0,295

Frequência do consumo de infusões

0,808

Tipo de água consumida

0,029

Consumo de água da torneira (rec.)

0,037

Página 85 de 169

Page 86: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 3 de 9

p*

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Género

Variáveis Categorias EstatísticasValores

Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)

Diariamente n; % 50 55,6% 33 44,0% 83 50,3%

Ocasionamente n; % 40 44,4% 42 56,0% 82 49,7%

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 90 100,0% 76 100,0% 166 100,0%

Diariamente n; % 21 23,3% 16 21,3% 37 22,4%

Ocasionamente n; % 69 76,7% 59 78,7% 128 77,6%

Carne n; % 60 66,7% 52 59,1% 112 62,9%

Peixe n; % 13 14,4% 15 17,0% 28 15,7%

Igual n; % 17 18,9% 21 23,9% 38 21,3%

Não n; % 73 81,1% 67 76,1% 140 78,7%

Sim n; % 17 18,9% 21 23,9% 38 21,3%

Não n; % 30 33,3% 36 40,9% 66 37,1%

Sim n; % 60 66,7% 52 59,1% 112 62,9%

Baixa n; % 48 53,3% 44 58,7% 92 55,8%

Elevada n; % 42 46,7% 31 41,3% 73 44,2%

Não n; % 4 4,4% 9 12,0% 13 7,9%

Sim n; % 86 95,6% 66 88,0% 152 92,1%

Diariamente n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Ocasionamente n; % 86 100,0% 66 100,0% 152 100,0%

Não n; % 14 15,6% 15 20,0% 29 17,6%

Sim n; % 76 84,4% 60 80,0% 136 82,4%

Frequência do consumo de ovos

d

Consumo de leite

0,455

Frequência de consumo de peixe,

carne e leite (rec.) 0,492

Consumo de ovos

0,073

Consumo preferencial de peixe (rec.)

0,418

Consumo preferencial de carne (rec.)

0,295

Frequência do consumo de peixe

0,759

Consumo preferencial de carne ou

peixe

0,573

Frequência do consumo de carne

0,139

Consumo de peixe

d

Página 86 de 169

Page 87: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 4 de 9

p*

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Género

Variáveis Categorias EstatísticasValores

Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)

Diariamente n; % 61 80,3% 48 80,0% 109 80,1%

Ocasionalmente n; % 15 19,7% 12 20,0% 27 19,9%

Não n; % 56 62,2% 72 80,0% 128 71,1%

Sim n; % 34 37,8% 18 20,0% 52 28,9%

≤10 n; % 4 11,8% 5 27,8% 9 17,3%

>10 n; % 30 88,2% 13 72,2% 43 82,7%

≤10 n; % 15 45,5% 8 44,4% 23 45,1%

>10 n; % 18 54,5% 10 55,6% 28 54,9%

≤10 n; % 51 56,7% 65 72,2% 116 64,4%

>10 n; % 39 43,3% 25 27,8% 64 35,6%

≤20 n; % 86 96,6% 87 96,7% 173 96,6%

>20 n; % 3 3,4% 3 3,3% 6 3,4%

Não n; % 76 84,4% 70 77,8% 146 81,1%

Sim n; % 14 15,6% 20 22,2% 34 18,9%

≤10 n; % 5 35,7% 8 40,0% 13 38,2%

>10 n; % 9 64,3% 12 60,0% 21 61,8%

≤10 n; % 2 14,3% 0 0,0% 2 5,9%

>10 n; % 12 85,7% 20 100,0% 32 94,1%

Não n; % 42 46,7% 52 57,8% 94 52,2%

Sim n; % 48 53,3% 38 42,2% 86 47,8%

Já alguma vez fumou (rec.)

0,136

Quantos cigarros fuma (todos os

participantes) (rec.) 1,000c

Tempo de fumo (de todos os

participantes) (rec.) (anos) 0,029

Tempo sem fumar (dos ex-

fumadores) (anos) 0,162c

Ex-fumador

0,253

Tempo de fumo anterior (dos ex-

fumadores) (anos) 0,800

Frequência do consumo de leite

0,970

Fumador actual

0,009

Tempo de fumo (dos fumadores)

(anos) 0,143cc

Nº de cigarros diários (dos

fumadores) 0,945

Página 87 de 169

Page 88: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 5 de 9

p*

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Género

Variáveis Categorias EstatísticasValores

Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)

Baixa n; % 86 96,6% 87 96,7% 173 96,6%

Elevada n; % 3 3,4% 3 3,3% 6 3,4%

Não n; % 61 67,8% 61 69,3% 122 68,5%

Sim n; % 29 32,2% 27 30,7% 56 31,5%

≤10 n; % 8 27,6% 6 24,0% 14 25,9%

>10 n; % 21 72,4% 19 76,0% 40 74,1%

≤10 n; % 16 55,2% 2 10,5% 18 37,5%

>10 n; % 13 44,8% 17 89,5% 30 62,5%

≤10 n; % 69 76,7% 67 77,9% 136 77,3%

>10 n; % 21 23,3% 19 22,1% 40 22,7%

≤20 n; % 86 95,6% 73 91,3% 159 93,5%

>20 n; % 4 4,4% 7 8,8% 11 6,5%

Baixa n; % 87 96,7% 77 88,5% 164 92,7%

Elevada n; % 3 3,3% 10 11,5% 13 7,3%

Não n; % 30 33,3% 37 41,1% 67 37,2%

Sim n; % 60 66,7% 53 58,9% 113 62,8%

Diariamente n; % 16 26,7% 17 32,1% 33 29,2%

Ocasionalmente n; % 44 73,3% 36 67,9% 80 70,8%

Diariamente n; % 16 17,8% 17 18,9% 33 18,3%

Ocasionalmente n; % 74 82,2% 73 81,1% 147 81,7%

Exposição a fumo do familiar (rec.)

0,037

Consumo actual de álcool

0,280

Frequência do consumo de álcool

(dos participantes que consomem) 0,528

Frequência do consumo de álcool de

todos os participantes 0,847

Tempo de fumo do familiar (todos os

participantes) (rec.) (anos) 0,844

Quantos cigarros familiar fuma

(todos os participantes) (rec.) 0,255

Tempo de fumo do familiar (dos

participentes que têm familiar

fumador) (anos) 0,764

Nº de cigarros diários do familiar

(dos participantes que têm familiar

fumador)0,002

Exposição a fumo próprio (rec.)

1,000c

Familiar fumador na residência

0,825

Página 88 de 169

Page 89: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 6 de 9

p*

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Género

Variáveis Categorias EstatísticasValores

Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)

Não n; % 50 55,6% 37 41,1% 87 48,3%

Sim n; % 40 44,4% 53 58,9% 93 51,7%

Semanalmente n; % 40 100,0% 51 96,2% 91 97,8%

Ocasionalmente n; % 0 0,0% 2 3,8% 2 2,2%

Não n; % 53 58,9% 70 77,8% 123 68,3%

Sim n; % 37 41,1% 20 22,2% 57 31,7%

Não n; % 80 88,9% 85 94,4% 165 91,7%

Sim n; % 10 11,1% 5 5,6% 15 8,3%

Não n; % 81 90,0% 81 90,0% 162 90,0%

Sim n; % 9 10,0% 9 10,0% 18 10,0%

Baixa/Nula n; % 53 58,9% 70 77,8% 123 68,3%

Elevada n; % 37 41,1% 20 22,2% 57 31,7%

Não n; % 37 41,1% 33 36,7% 70 38,9%

Sim n; % 53 58,9% 57 63,3% 110 61,1%

Não n; % 68 75,6% 72 80,0% 140 77,8%

Sim n; % 22 24,4% 18 20,0% 40 22,2%

Não n; % 89 98,9% 90 0,0% 179 99,4%

Sim n; % 1 1,1% 0 100,0% 1 0,6%

Não n; % 85 94,4% 88 97,8% 173 96,1%

Sim n; % 5 5,6% 2 2,2% 7 3,9%

Tem diabetes

0,500c

Tem asma

0,222c

Dentes chumbados

0,541

Tem doenças (rec.)

0,473

Exposição a químicos por hobby de

familiar 1,000

Exposição total+A199 a químicos

(rec.) 0,006

Exposição ocupacional a químicos

0,006

Exposição a químicos por hobby

próprio 0,178

Frequência da prática de desporto

0,322c

Pratica desporto

0,053

Página 89 de 169

Page 90: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 7 de 9

p*

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Género

Variáveis Categorias EstatísticasValores

Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)

Não n; % 88 97,8% 90 100,0% 178 98,9%

Sim n; % 2 2,2% 0 0,0% 2 1,1%

Não n; % 88 97,8% 89 98,9% 177 98,3%

Sim n; % 2 2,2% 1 1,1% 3 1,7%

Não n; % 88 97,8% 90 100,0% 178 98,9%

Sim n; % 2 2,2% 0 0,0% 2 1,1%

Não n; % 90 100,0% 90 100,0% 180 100,0%

Sim n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Não n; % 89 98,9% 90 100,0% 179 99,4%

Sim n; % 1 1,1% 0 0,0% 1 0,6%

Não n; % 85 94,4% 77 85,6% 162 90,0%

Sim n; % 5 5,6% 13 14,4% 18 10,0%

Não n; % 90 100,0% 90 100,0% 180 100,0%

Sim n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Não n; % 88 97,8% 90 100,0% 178 98,9%

Sim n; % 2 2,2% 0 0,0% 2 1,1%

Não n; % 88 97,8% 87 96,7% 175 97,2%

Sim n; % 2 2,2% 3 3,3% 5 2,8%

Não n; % 80 88,9% 90 100,0% 170 94,4%

Sim n; % 10 11,1% 0 0,0% 10 5,6%

Tem doença pulmonar

0,500c

Tem alergia

0,001

Tem enxaqueca

d

Tem HTA

0,249c

Tem doença endócrina

0,500c

Tem outra doença

0,047

Tem doença do figado

0,249c

Tem doença renal

d

Tem doença do sangue

0,249c

Tem doença cardiovascular

0,500c

Página 90 de 169

Page 91: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 8 de 9

p*

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Género

Variáveis Categorias EstatísticasValores

Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)

Não n; % 39 86,7% 31 91,2% 70 88,6%

Sim n; % 6 13,3% 3 8,8% 9 11,4%

Não n; % 3 50,0% 1 33,3% 4 44,4%

Sim n; % 3 50,0% 2 66,7% 5 55,6%

Infertilidade Feminina n; % 2 66,7% 0 0,0% 2 50,0%

Infertilidade Masculina n; % 0 0,0% 1 100,0% 1 25,0%

Outro n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Não sabe/Não responde n; % 1 33,3% 0 0,0% 1 25,0%

Nenhuma n; % 10 22,2% 15 44,1% 25,00 31,60%

1 ou 2 n; % 25 55,6% 10 29,4% 35,00 44,30%

3 ou mais n; % 10 22,2% 9 26,5% 19,00 24,10%

≤ 1 n; % 20 57,1% 9 47,4% 29 53,70%

≥2 n; % 15 42,9% 10 52,6% 25 47,10%

≤ 1 n; % 70 77,8% 66 85,7% 136 81,4%

≥2 n; % 20 22,2% 11 14,3% 31 18,6%

≤ 1 n; % 75 83,3% 69 87,3% 144 85,2%

≥2 n; % 15 16,7% 10 12,7% 25 14,8%

Não n; % 81 90,0% 75 90,4% 156 90,2%

Sim n; % 9 10,0% 8 9,6% 17 9,8%

Não n; % 87 96,7% 80 89,9% 167 93,3%

Sim n; % 3 3,3% 9 10,1% 12 6,7%

Não n; % 78 87,6% 82 93,2% 160 90,4%

Sim n; % 11 12,4% 6 6,8% 17 9,6%

Alteração de parâmetros de função

renal 0,070

Alteração de parâmetros de função

hepática 0,211

Nº de gravidezes (de todos os

participantes) (rec.) 0,189

Alteração de parâmetros

hematológicos 0,936

Nº de filhos das mulheres que

tiveram gravidezes 0,492

Nº de filhos (de todos os

participantes) (rec.) 0,464

Problema associado à dificudade em

engravidar

e

Nº de gravidezes das mulheres

participantes0,048

Nº de mulheres que estiveram mais

de um ano a tentar engravidar sem

conseguir0,400c

Nº de mulheres que após um ano ou

mais conseguiu engravidar 0,323

Página 91 de 169

Page 92: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 9 de 9

p*

Tabela 3 - Caracterização da amostra de estudo na população geral (N=180) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Género

Variáveis Categorias EstatísticasValores

Expostos (n=90) Não expostos (n=90) Amostra global (N=180)

Não n; % 21 23,3% 16 17,8% 37 20,6%

Sim n; % 69 76,7% 74 82,2% 143 79,4%

Não n; % 82 91,1% 75 85,2% 157 88,2%

Sim n; % 8 8,9% 13 14,8% 21 11,8%

Legenda

Notas

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; n; %: Frequências absoluta (n) e relativa (%) na variável/categoria; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; P25 e P75: Percentis a 25% e a 75% (valores abaixo dos quais se

situam 25% dos indivíduos e 75% dos indivíduos, respectivamente); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; IMC: Índice de massa corporal (Kg/m2).

* Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado ( χ2), excepto quando referido especificamente; ** Sem informação para os restantes indivíduos; a Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney; b Valor de p dado pelo teste t de Student; c

Valor de p dado pelo teste exacto de Fisher; d Tratamento estatístico não permitido porque a variável de origem é uma constante; e Teste do χ2 não é válido devido a frequências mínimas esperadas baixas.

Alteração de parâmetros de função

cardiovascular 0,356

Alteração de parâmetros de

equilíbrio electrolítico 0,224

Página 92 de 169

Page 93: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 4

ICMín ICMáx

Níveis de Pb no sangue da amostra global 180 4,090 3,254 0,050 1,400 2,200 3,400 5,250 7,000 8,150 13,100 31,900 3,220 2,882 3,597

Exposta 90 3,392 1,935 0,050 1,400 2,100 3,100 4,100 5,800 7,000 7,800 13,100 2,855 2,477 3,289

Não exposta 90 4,788 4,070 0,100 1,450 2,300 4,300 5,800 7,900 12,200 14,300 31,900 3,632 3,071 4,295

18-35 60 4,068 4,125 0,700 1,550 2,400 3,450 4,650 5,700 6,400 13,100 31,900 3,267 2,794 3,820

36-45 60 3,706 2,571 0,050 1,200 1,850 3,000 5,250 7,400 7,750 9,800 13,400 2,733 2,141 3,488

>45 60 4,495 2,860 0,900 1,600 2,550 3,600 5,750 7,900 10,900 13,100 14,300 3,740 3,195 4,376

Masculino 90 4,338 2,765 0,050 1,550 2,400 3,600 5,500 7,550 9,800 13,100 13,400 3,460 2,938 4,075

Feminino 90 3,841 3,677 0,100 1,250 1,900 3,300 4,800 6,100 7,700 14,300 31,900 2,996 2,581 3,478

<1 10 6,350 9,125 1,500 1,950 2,600 3,200 5,700 19,450 31,900 31,900 31,900 4,011 2,371 6,784

1 a 3 25 3,234 2,673 0,050 1,100 2,100 3,000 3,500 4,500 6,600 14,300 14,300 2,395 1,630 3,519

4 a 5 13 3,185 2,309 0,100 0,300 1,600 2,600 4,700 6,500 7,700 7,700 7,700 2,046 1,041 4,020

>5 123 4,087 2,507 0,700 1,500 2,300 3,600 5,400 7,000 8,000 13,100 13,400 3,425 3,073 3,816

≤3 35 4,124 5,397 0,050 1,400 2,200 3,100 3,600 6,600 14,300 31,900 31,900 2,775 2,017 3,818

>3 136 4,001 2,495 0,100 1,400 2,100 3,550 5,300 7,000 8,000 13,100 13,400 3,260 2,895 3,671

Não 67 4,248 4,433 0,100 1,400 1,800 3,300 5,500 7,000 13,100 14,300 31,900 3,065 2,503 3,752

Sim 113 3,996 2,305 0,050 1,500 2,400 3,500 5,200 6,900 7,800 9,800 13,100 3,315 2,911 3,776

Diariamente 33 4,774 2,850 0,050 1,700 2,600 4,300 6,200 8,300 9,800 13,100 13,100 3,686 2,656 5,115

Ocasionalmente 80 3,675 1,972 0,700 1,350 2,250 3,400 4,700 6,250 7,200 7,800 12,200 3,174 2,801 3,596

Diariamente 33 4,774 2,850 0,050 1,700 2,600 4,300 6,200 8,300 9,800 13,100 13,100 3,686 2,656 5,115

Ocasionalmente 147 3,936 3,327 0,100 1,400 2,100 3,300 4,800 6,500 7,800 13,400 31,900 3,124 2,786 3,502

Não 57 3,287 1,797 0,050 1,200 2,100 3,000 3,800 5,900 7,300 7,800 8,000 2,715 2,228 3,310

Sim 123 4,462 3,689 0,100 1,400 2,300 3,600 5,600 7,500 9,800 13,400 31,900 3,484 3,053 3,977

Não 4 6,000 4,924 2,100 2,100 2,750 4,400 9,250 13,100 13,100 13,100 13,100 4,741 2,208 10,178

Sim 176 4,046 3,214 0,050 1,400 2,200 3,400 5,150 7,000 8,000 13,100 31,900 3,192 2,853 3,570

Consumo de vegetais

(p=0,415a)

Consumo de álcool

(p=0,324a)

Frequência do consumo de álcool (dos participantes que consomem)

(p=0,057a)

Frequência do consumo de álcool (todos os participantes) (rec.)

(p=0,041a)

Consumo de água da torneira (rec.)

(p=0,028a)

Grupos etários (anos)

(p=0,187a)

Género

(p=0,058a)

Tempo que vive na residência actual (anos)

(p=0,155b)

Tempo que vive na residência actual (rec.)

(anos)

(p=0,028a)

Máx MGIC 95%

Área de estudo

(p=0,007a)

P75 P90 P95 P98

Tabela 4 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N MA DP Mín P10 P25 P50

Página 93 de 169

Page 94: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 4

ICMín ICMáxMáx MG

IC 95%P75 P90 P95 P98

Tabela 4 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N MA DP Mín P10 P25 P50

Diariamente 104 4,497 3,797 0,300 1,600 2,300 3,600 5,650 7,700 9,600 13,400 31,900 3,589 3,156 4,081

Ocasionalmente 72 3,395 1,953 0,050 1,100 2,100 3,200 4,400 5,900 7,500 7,600 9,800 2,694 2,215 3,278

Não 139 3,781 2,494 0,050 1,200 2,000 3,300 5,100 7,000 7,800 13,100 14,300 2,992 2,625 3,410

Sim 37 5,043 5,008 1,400 2,100 2,500 4,100 5,300 7,500 12,200 31,900 31,900 4,070 3,367 4,921

Diariamente 83 4,064 2,973 0,050 1,400 2,100 3,300 5,600 7,000 12,200 13,400 14,300 3,155 2,657 3,746

Ocasionamente 82 3,717 1,921 0,100 1,400 2,400 3,400 4,600 6,500 7,500 8,300 9,600 3,157 2,736 3,642

Diariamente 37 4,084 3,170 0,900 1,500 2,000 2,800 5,400 7,800 13,100 14,300 14,300 3,215 2,580 4,007

Ocasionamente 128 3,836 2,288 0,050 1,300 2,400 3,400 5,000 6,500 7,500 12,200 13,400 3,139 2,758 3,572

Carne 112 4,011 3,612 0,050 1,200 2,100 3,400 4,950 6,600 7,800 13,100 31,900 3,024 2,587 3,534

Peixe 28 3,886 2,239 0,900 1,200 2,200 3,400 5,600 7,300 8,000 9,600 9,600 3,260 2,580 4,119

Igual 38 4,224 2,350 1,500 1,800 2,500 3,950 5,400 7,000 8,300 13,100 13,100 3,690 3,122 4,361

Carne 112 4,011 3,612 0,050 1,200 2,100 3,400 4,950 6,600 7,800 13,100 31,900 3,024 2,587 3,534

Peixe ou igual 66 4,080 2,292 0,900 1,600 2,400 3,600 5,500 7,000 8,000 9,600 13,100 3,501 3,050 4,019

Carne ou igual 140 3,986 3,375 0,050 1,200 2,100 3,400 5,050 6,800 7,900 13,100 31,900 3,069 2,687 3,506

Peixe 38 4,224 2,350 1,500 1,800 2,500 3,950 5,400 7,000 8,300 13,100 13,100 3,690 3,122 4,361

Baixa 92 3,830 1,885 0,100 1,600 2,500 3,450 4,900 6,500 7,500 8,300 9,600 3,308 2,912 3,758

Elevada 73 3,969 3,128 0,050 1,200 2,000 2,800 5,300 7,000 13,100 13,400 14,300 2,974 2,449 3,612

Diariamente 109 3,719 2,500 0,050 1,200 2,100 3,200 4,700 6,500 7,600 13,100 13,400 2,946 2,539 3,420

Ocasionalmente 27 4,070 2,306 1,100 1,400 2,000 3,600 5,400 7,700 7,800 9,600 9,600 3,444 2,736 4,336

Não 128 4,080 3,507 0,100 1,400 2,100 3,350 5,000 7,000 8,000 13,100 31,900 3,198 2,819 3,630

Sim 52 4,114 2,556 0,050 1,500 2,400 3,500 5,800 7,000 8,300 9,800 14,300 3,273 2,609 4,106

≤10 9 3,267 1,502 1,100 1,100 2,400 3,400 4,500 5,500 5,500 5,500 5,500 2,916 2,056 4,136

>10 43 4,292 2,705 0,050 1,500 2,400 3,600 6,000 7,500 8,300 14,300 14,300 3,353 2,572 4,371

Fumador actual

(p=0,472a)

Tempo de fumo (dos fumadores) (anos)

(p=0,278c)

Consumo preferencial de peixe (rec.)

(p=0,265a)

Consumo preferencial de carne (rec.)

(p=0,320a)

Frequência de consumo de peixe, carne e leite (rec.)

(p=0,255a)

Frequência do consumo de leite

(p=0,358a)

Frequência do consumo de peixe

(p=0,599a)

Consumo preferencial de peixe ou carne

(p=0,510b)

Frequência do consumo de vegetais

(p=0,049a)

Consumo de vegetais de origem local

(p=0,048a)

Frequência do consumo de carne

(p=0,868a)

Página 94 de 169

Page 95: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 3 de 4

ICMín ICMáxMáx MG

IC 95%P75 P90 P95 P98

Tabela 4 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N MA DP Mín P10 P25 P50

≤10 23 3,996 2,099 0,900 1,100 2,500 3,700 5,700 6,600 7,600 8,300 8,300 3,393 2,623 4,388

>10 28 4,238 2,950 0,050 1,500 2,250 3,450 5,950 7,500 9,800 14,300 14,300 3,173 2,195 4,587

≤10 116 4,086 3,541 0,100 1,400 2,150 3,400 5,050 6,900 8,000 13,100 31,900 3,196 2,794 3,657

>10 64 4,096 2,681 0,050 1,500 2,350 3,400 5,750 7,300 8,300 13,100 14,300 3,262 2,682 3,968

≤20 173 4,048 3,194 0,050 1,400 2,300 3,400 5,100 6,900 8,000 13,100 31,900 3,205 2,864 3,587

>20 6 5,400 5,076 1,500 1,500 1,500 3,800 7,500 14,300 14,300 14,300 14,300 3,638 1,648 8,027

Não 146 4,142 3,411 0,050 1,400 2,100 3,400 5,300 7,000 8,000 13,400 31,900 3,229 2,846 3,663

Sim 34 3,865 2,497 0,300 1,700 2,400 3,100 5,000 5,800 9,600 13,100 13,100 3,181 2,527 4,003

Não 94 4,157 3,815 0,100 1,400 2,100 3,400 5,000 7,000 8,000 13,400 31,900 3,205 2,754 3,729

Sim 86 4,016 2,521 0,050 1,500 2,400 3,400 5,500 7,000 8,300 13,100 14,300 3,236 2,748 3,811

Baixa 173 4,048 3,194 0,050 1,400 2,300 3,400 5,100 6,900 8,000 13,100 31,900 3,205 2,864 3,587

Elevada 6 5,400 5,076 1,500 1,500 1,500 3,800 7,500 14,300 14,300 14,300 14,300 3,638 1,648 8,027

Não 122 4,083 2,556 0,050 1,500 2,400 3,500 5,300 7,000 8,000 13,100 14,300 3,324 2,917 3,787

Sim 56 4,136 4,478 0,100 1,200 1,900 3,000 5,250 7,500 8,300 13,100 31,900 3,006 2,422 3,730

≤10 14 3,536 2,171 0,100 1,600 2,100 3,150 5,500 6,600 7,800 7,800 7,800 2,600 1,487 4,548

>10 40 4,318 5,086 1,000 1,300 1,900 2,850 4,950 7,200 10,400 31,900 31,900 3,161 2,529 3,950

≤10 18 2,783 1,230 1,100 1,200 1,900 2,550 3,400 5,200 5,300 5,300 5,300 2,533 2,054 3,125

>10 30 3,767 2,772 0,100 1,150 1,800 3,050 5,700 7,200 7,700 13,100 13,100 2,794 2,016 3,872

≤10 136 4,027 2,517 0,050 1,500 2,350 3,500 5,350 7,000 8,000 13,100 14,300 3,241 2,845 3,691

>10 40 4,318 5,086 1,000 1,300 1,900 2,850 4,950 7,200 10,400 31,900 31,900 3,161 2,529 3,950

≤20 159 3,915 2,425 0,050 1,400 2,300 3,400 5,100 6,600 7,800 12,200 14,300 3,178 2,830 3,569

>20 11 3,518 3,674 1,000 1,200 1,600 2,100 3,600 7,700 13,100 13,100 13,100 2,534 1,607 3,996

Baixa 164 3,922 2,421 0,050 1,400 2,250 3,400 5,150 6,600 7,800 12,200 14,300 3,187 2,845 3,571

Elevada 13 6,023 8,499 1,000 1,200 1,800 2,400 6,200 13,100 31,900 31,900 31,900 3,405 1,964 5,905

Quantos cigarros familiar fuma (de todos os participantes) (rec.)

(p=0,087a)

Tempo de fumo do familiar (todos os participantes) (anos)

(p=0,293a)

Exposição a fumo do familiar (rec.)

(p=0,593a)

Exposição a fumo próprio (rec.)

(p=0,866a)

Familiar fumador na residência

(p=0,225a)

Tempo de fumo do familiar (dos participantes que têm familiar fumador) (anos)

(p=0,914a)

Nº de cigarros diários do familiar (dos participantes que têm familiar fumador)

(p=0,099c)

Já alguma vez fumou (rec.)

(p=0,667a)

Nº de cigarros diários (dos fumadores)

(p=0,872a)

Ex-fumador

(p=0,776a)

Tempo de fumo (de todos os participantes) (rec.) (anos)

(p=0,693a)

Quantos cigarros fuma (de todos os participantes) (rec.)

(p=0,866a)

Página 95 de 169

Page 96: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 4 de 4

ICMín ICMáxMáx MG

IC 95%P75 P90 P95 P98

Tabela 4 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N MA DP Mín P10 P25 P50

Não 70 3,927 2,608 0,800 1,550 2,100 3,300 4,900 6,550 9,600 13,100 13,400 3,279 2,848 3,775

Sim 110 4,193 3,613 0,050 1,300 2,300 3,500 5,600 7,400 7,800 13,100 31,900 3,183 2,717 3,728

1 ou 2 35 3,469 2,456 0,900 1,200 1,900 3,100 4,000 5,700 7,000 14,300 14,300 2,887 2,363 3,527

3 ou mais 19 3,463 1,922 1,100 1,600 1,900 2,900 5,100 6,000 7,700 7,700 7,700 2,989 2,322 3,848

Nenhuma 25 3,292 2,025 0,100 1,100 1,800 2,600 4,500 6,500 6,600 8,000 8,000 2,540 1,788 3,607

≤1 29 3,686 2,552 1,100 1,400 2,100 3,200 4,500 6,000 7,000 14,300 14,300 3,116 2,530 3,838

≥2 25 3,212 1,895 0,900 1,100 1,800 2,300 5,000 5,900 6,000 7,700 7,700 2,713 2,144 3,434

≤1 136 4,067 2,670 0,050 1,400 2,400 3,450 5,250 7,300 9,600 13,100 14,300 3,231 2,830 3,688

≥2 31 3,342 1,826 0,900 1,600 1,800 3,000 5,100 5,700 6,000 7,700 7,700 2,863 2,334 3,513

≤1 144 4,025 2,627 0,050 1,400 2,400 3,400 5,250 7,000 8,300 13,100 14,300 3,211 2,829 3,645

≥2 25 3,212 1,895 0,900 1,100 1,800 2,300 5,000 5,900 6,000 7,700 7,700 2,713 2,144 3,434

Não 140 4,322 3,519 0,300 1,500 2,400 3,500 5,500 7,400 9,700 13,400 31,900 3,463 3,100 3,868

Sim 40 3,276 1,891 0,050 1,100 1,950 3,200 4,400 5,900 7,200 8,000 8,000 2,495 1,839 3,385

Não 123 4,237 3,500 0,100 1,400 2,300 3,600 5,300 6,600 8,000 13,100 31,900 3,367 2,965 3,823

Sim 57 3,771 2,646 0,050 1,200 2,100 3,000 5,100 7,600 8,300 12,200 13,400 2,924 2,353 3,633

Não 162 4,127 3,396 0,050 1,400 2,100 3,400 5,300 7,300 8,300 13,100 31,900 3,202 2,839 3,612

Sim 18 3,750 1,455 0,800 1,200 3,100 3,600 4,700 5,800 5,900 5,900 5,900 3,381 2,650 4,314

Não 165 4,124 3,351 0,050 1,400 2,200 3,400 5,300 7,000 8,000 13,100 31,900 3,217 2,858 3,622

Sim 15 3,713 1,922 0,900 1,600 2,400 3,400 4,800 5,900 8,300 8,300 8,300 3,245 2,440 4,316

Baixa/Nula 123 4,237 3,500 0,100 1,400 2,300 3,600 5,300 6,600 8,000 13,100 31,900 3,367 2,965 3,823

Elevada 57 3,771 2,646 0,050 1,200 2,100 3,000 5,100 7,600 8,300 12,200 13,400 2,924 2,353 3,633

Legenda

Notas

Tem doenças (rec.)

(p=0,092a)

a Teste de Mann-Whitney;

b Teste de Kruskal-Wallis;

c Teste t de Student.

Exposição ocupacional a químicos

(p=0,223a)

Exposição a químicos por hobby de familiar

(p=0,654a)

Exposição a químicos por hobby próprio

(p=0,934a)

Exposição total a químicos (rec.)

(p=0,223a)

p*: Valor de p para a análise comparativa entre os subgrupos/estratos definidos em cada uma das principais variáveis de caracterização da amostra; N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio

padrão; P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos indivíduos, sendo # as percentagens dos percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica; IC95%:

Intervalo de confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Dentes chumbados

(p=0,610a)

Nº de gravidezes das mulheres participantes

(p=0,982b)

Nº de filhos das mulheres que tiveram gravidezes

(p=0,435a)

Nº de filhos (de todos os participantes) (rec.)

(p=0,114a)

Nº de gravidezes (de todos os participantes) (rec.)

(p=0,176a)

Página 96 de 169

Page 97: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 4

ICMín ICMáx

Níveis de Cd no sangue da amostra global 180 0,335 0,156 0,100 0,150 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,299 0,278 0,322

Exposta 90 0,398 0,134 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,550 0,700 0,800 1,000 0,380 0,357 0,404

Não exposta 90 0,272 0,151 0,100 0,100 0,200 0,200 0,300 0,500 0,600 0,700 0,800 0,235 0,210 0,264

18-35 60 0,315 0,122 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,550 0,600 0,600 0,290 0,260 0,323

36-45 60 0,318 0,151 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,550 0,800 0,800 0,281 0,246 0,322

>45 60 0,372 0,184 0,100 0,200 0,300 0,300 0,450 0,650 0,700 0,800 1,000 0,328 0,287 0,375

Masculino 90 0,319 0,140 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,287 0,259 0,317

Feminino 90 0,351 0,170 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,600 0,700 0,800 1,000 0,312 0,281 0,347

<1 10 0,250 0,085 0,100 0,150 0,200 0,250 0,300 0,350 0,400 0,400 0,400 0,235 0,185 0,299

1 a 3 25 0,336 0,166 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,600 0,700 0,700 0,294 0,236 0,366

4 a 5 13 0,285 0,080 0,100 0,200 0,300 0,300 0,300 0,400 0,400 0,400 0,400 0,271 0,222 0,329

>5 123 0,332 0,150 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,298 0,273 0,325

≤3 35 0,311 0,151 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,700 0,276 0,232 0,327

>3 136 0,327 0,145 0,100 0,100 0,250 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,295 0,272 0,320

Não 67 0,337 0,161 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 0,300 0,265 0,339

Sim 113 0,334 0,153 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 0,800 0,299 0,272 0,327

Diariamente 33 0,394 0,187 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 0,800 0,800 0,351 0,295 0,418

Ocasionalmente 80 0,309 0,130 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,700 0,700 0,279 0,251 0,310

Diariamente 33 0,394 0,187 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 0,800 0,800 0,351 0,295 0,418

Ocasionalmente 147 0,322 0,145 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 0,288 0,266 0,312

Não 57 0,332 0,130 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,600 0,700 0,304 0,271 0,341

Sim 123 0,337 0,167 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,700 0,800 1,000 0,297 0,271 0,326

Não 4 0,375 0,050 0,300 0,300 0,350 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,400 0,372 0,323 0,429

Sim 176 0,334 0,157 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,298 0,276 0,321

Consumo de vegetais

(p=0,281a)

Consumo actual de álcool

(p=0,903a)

Frequência do consumo de álcool (dos participantes que consomem)

(p=0,270a)

Frequência do consumo de álcool (de todos os participantes)

(p=0,045a)

Consumo de água da torneira (rec.)

(p=0,765a)

Grupos etários (anos)

(p=0,214b)

Género

(p=0,299a)

Tempo que vive na residência actual (anos)

(p=0,199b)

Tempo que vive na residência actual (rec.)

(anos)

(p=0,421a)

Máx MGIC 95%

Área de estudo

(p<0,001a)

P75 P90 P95 P98

Tabela 5 - Níveis de exposição a cádmio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50

Página 97 de 169

Page 98: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 4

ICMín ICMáxMáx MG

IC 95%P75 P90 P95 P98

Tabela 5 - Níveis de exposição a cádmio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50

Diariamente 104 0,321 0,138 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,700 0,291 0,266 0,318

Ocasionalmente 72 0,353 0,181 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,800 0,800 1,000 0,307 0,270 0,350

Não 139 0,343 0,162 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 1,000 0,305 0,280 0,332

Sim 37 0,300 0,135 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,600 0,800 0,800 0,272 0,234 0,316

Diariamente 83 0,365 0,138 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,800 0,338 0,308 0,370

Ocasionamente 82 0,283 0,145 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,700 1,000 0,251 0,225 0,280

Diariamente 37 0,357 0,142 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,700 0,700 0,700 0,325 0,279 0,378

Ocasionamente 128 0,315 0,147 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,282 0,259 0,307

Carne 112 0,354 0,160 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,318 0,291 0,348

Peixe 28 0,282 0,142 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,500 0,600 0,700 0,700 0,251 0,208 0,302

Igual 38 0,305 0,133 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,700 0,700 0,274 0,233 0,321

Carne 112 0,354 0,160 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,318 0,291 0,348

Peixe ou igual 66 0,295 0,136 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,700 0,700 0,264 0,234 0,298

Carne ou igual 140 0,339 0,159 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,303 0,279 0,329

Peixe 38 0,305 0,133 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,700 0,700 0,274 0,233 0,321

Baixa 92 0,301 0,146 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,800 1,000 0,269 0,243 0,297

Elevada 73 0,353 0,143 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,323 0,290 0,358

Diariamente 109 0,326 0,152 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 0,292 0,267 0,320

Ocasionalmente 27 0,330 0,127 0,100 0,100 0,300 0,300 0,400 0,500 0,500 0,600 0,600 0,300 0,250 0,360

Não 128 0,295 0,121 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,269 0,249 0,291

Sim 52 0,433 0,188 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 0,800 1,000 0,387 0,336 0,446

≤10 9 0,300 0,158 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,600 0,600 0,600 0,259 0,173 0,387

>10 43 0,460 0,183 0,100 0,300 0,300 0,400 0,600 0,700 0,800 1,000 1,000 0,421 0,366 0,483

Frequência de consumo de peixe, carne e leite

(p=0,006a)

Frequência do consumo de leite

(p=0,510a)

Fumador actual

(p<0,001a)

Tempo de fumo (dos fumadores) (anos)

(p=0,016a)

Frequência do consumo de peixe

(p=0,048a)

Consumo preferencial de peixe ou carne

(p=0,023b)

Consumo preferencial de peixe (rec.)

(p=0,346a)

Consumo preferencial de carne (rec.)

(p=0,011a)

Frequência do consumo de vegetais

(p=0,251a)

Consumo de vegetais de origem local

(p=0,123a)

Frequência do consumo de carne

(p<0,001a)

Página 98 de 169

Page 99: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 3 de 4

ICMín ICMáxMáx MG

IC 95%P75 P90 P95 P98

Tabela 5 - Níveis de exposição a cádmio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50

≤10 23 0,391 0,168 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,700 0,700 0,350 0,283 0,434

>10 28 0,471 0,200 0,100 0,300 0,350 0,450 0,600 0,800 0,800 1,000 1,000 0,424 0,350 0,513

≤10 116 0,298 0,126 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,800 0,270 0,248 0,294

>10 64 0,402 0,181 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 1,000 0,360 0,318 0,407

≤20 173 0,328 0,152 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 0,293 0,272 0,316

>20 6 0,550 0,138 0,400 0,400 0,500 0,500 0,600 0,800 0,800 0,800 0,800 0,537 0,445 0,648

Não 146 0,349 0,163 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,600 0,700 0,800 1,000 0,311 0,286 0,338

Sim 34 0,274 0,099 0,100 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,500 0,500 0,253 0,219 0,292

Não 94 0,303 0,127 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,700 0,800 0,276 0,251 0,303

Sim 86 0,370 0,176 0,100 0,200 0,300 0,300 0,500 0,600 0,700 0,800 1,000 0,327 0,293 0,366

Baixa 173 0,328 0,152 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 0,293 0,272 0,316

Elevada 6 0,550 0,138 0,400 0,400 0,500 0,500 0,600 0,800 0,800 0,800 0,800 0,537 0,445 0,648

Não 122 0,324 0,151 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 0,288 0,263 0,316

Sim 56 0,359 0,160 0,100 0,200 0,250 0,300 0,400 0,600 0,700 0,800 0,800 0,326 0,290 0,367

≤10 14 0,350 0,145 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,600 0,600 0,600 0,600 0,319 0,248 0,409

>10 40 0,368 0,169 0,100 0,200 0,250 0,300 0,400 0,650 0,750 0,800 0,800 0,333 0,290 0,383

≤10 18 0,356 0,120 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,600 0,600 0,333 0,276 0,401

>10 30 0,353 0,176 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,650 0,800 0,800 0,800 0,317 0,268 0,375

≤10 136 0,326 0,150 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 0,328 0,297 0,363

>10 40 0,368 0,169 0,100 0,200 0,250 0,300 0,400 0,650 0,750 0,800 0,800 0,359 0,297 0,435

≤20 159 0,333 0,151 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 0,299 0,277 0,323

>20 11 0,318 0,183 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,400 0,800 0,800 0,800 0,280 0,205 0,382

Baixa 164 0,334 0,152 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 0,299 0,277 0,323

Elevada 13 0,354 0,190 0,200 0,200 0,200 0,300 0,400 0,700 0,800 0,800 0,800 0,319 0,249 0,407

Nº de cigarros diários do familiar (dos participantes com familiar fumador)

(p=0,474a)

Já alguma vez fumou (rec.)

(p=0,008a)

Tempo de fumo do familiar (de todos os participantes) (rec.) (anos)

(p=0,264a)

Exposição a fumo do familiar (rec.)

(p=0,842a)

Exposição a fumo próprio (rec.)

(p=0,001a)

Quantos cigarros familiar fuma (todos os participantes) (rec.)

(p=0,440a)

Nº de cigarros diários (dos fumadores)

(p=0,132c)

Ex-fumador

(p=0,011a)

Familiar fumador na residência

(p=0,253a)

Tempo de fumo do familiar (dos participantes com familiar fumador) (anos)

(p=0,919a)

Quantos cigarros fuma (todos os participantes) (rec.)

(p=0,001a)

Tempo de fumo (de todos os participantes) (rec.) (anos)

(p<0,001a)

Página 99 de 169

Page 100: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 4 de 4

ICMín ICMáxMáx MG

IC 95%P75 P90 P95 P98

Tabela 5 - Níveis de exposição a cádmio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50

Não 70 0,379 0,164 0,100 0,200 0,300 0,350 0,500 0,600 0,700 0,800 1,000 0,346 0,312 0,383

Sim 110 0,307 0,144 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,500 0,700 0,800 0,273 0,248 0,300

1 ou 2 35 0,354 0,152 0,100 0,100 0,300 0,300 0,400 0,500 0,700 0,700 0,700 0,317 0,267 0,376

3 ou mais 19 0,363 0,189 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,600 1,000 1,000 1,000 0,327 0,265 0,404

nenhuma 25 0,284 0,134 0,100 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,400 0,800 0,800 0,260 0,220 0,307

≤1 29 0,355 0,157 0,100 0,100 0,300 0,300 0,400 0,600 0,700 0,700 0,700 0,318 0,263 0,383

≥2 25 0,360 0,176 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 1,000 1,000 0,324 0,268 0,392

≤1 136 0,317 0,142 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,285 0,263 0,309

≥2 31 0,374 0,169 0,100 0,300 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 1,000 1,000 0,337 0,284 0,401

≤1 144 0,320 0,143 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,288 0,266 0,311

≥2 25 0,360 0,176 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 1,000 1,000 0,324 0,268 0,392

Não 140 0,347 0,159 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,650 0,800 1,000 0,311 0,287 0,338

Sim 40 0,293 0,138 0,100 0,100 0,200 0,300 0,350 0,500 0,550 0,700 0,700 0,260 0,222 0,305

Não 123 0,327 0,154 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,290 0,264 0,317

Sim 57 0,353 0,159 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,320 0,285 0,360

Não 165 0,333 0,150 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,297 0,276 0,321

Sim 15 0,360 0,216 0,200 0,200 0,200 0,300 0,400 0,600 1,000 1,000 1,000 0,317 0,247 0,407

Não 162 0,335 0,150 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,300 0,278 0,324

Sim 18 0,339 0,203 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 1,000 1,000 1,000 0,293 0,226 0,379

Baixa/Nula 123 0,327 0,154 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,290 0,264 0,317

Elavada 57 0,353 0,159 0,100 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,600 0,800 1,000 0,320 0,285 0,360

Legenda

Notas

Nº de filhos de todos os participantes (rec.)

(p=0,240a)

Nº de gravidezes (de todos os participantes) (rec.)

(p=0,037a)

Exposição total a químicos (rec.)

(p=0,302a)

a Teste de Mann-Whitney;

b Teste de Kruskal-Wallis;

c Teste t de Student.

Tem doenças

(p=0,036a)

Exposição ocupacional a químicos

(p=0,302a)

Exposição a químicos por hobby próprio

(p=0,928a)

Exposição a químicos por hobby de familiar

(p=0,772a)

p*: Valor de p para a análise comparativa entre os subgrupos/estratos definidos em cada uma das principais variáveis de caracterização da amostra; N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão;

P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos indivíduos, sendo # as percentagens dos percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica; IC95%: Intervalo de

confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Dentes chumbados

(p=0,004a)

Nº de gravidezes das mulheres participantes

(p=0,043b)

Nº de filhos das mulheres que tiveram gravidezes

(p=0,943a)

Página 100 de 169

Page 101: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 4

ICMín ICMáx

Níveis de Hg no sangue da amostra global 180 0,401 0,244 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,336 0,307 0,368

Exposta 90 0,366 0,111 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,500 0,600 0,600 0,700 0,348 0,325 0,372

Não exposta 90 0,436 0,323 0,100 0,100 0,200 0,400 0,600 0,900 1,100 1,400 1,600 0,324 0,274 0,384

18-35 60 0,388 0,235 0,100 0,100 0,250 0,400 0,500 0,700 0,900 1,000 1,200 0,322 0,273 0,379

36-45 60 0,445 0,248 0,100 0,200 0,300 0,400 0,550 0,700 0,850 1,100 1,600 0,388 0,338 0,445

>45 60 0,368 0,245 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,600 0,850 1,100 1,400 0,304 0,258 0,357

Masculino 90 0,404 0,214 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 1,000 1,100 0,345 0,304 0,391

Feminino 90 0,397 0,272 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,700 1,000 1,400 1,600 0,327 0,288 0,373

<1 10 0,410 0,238 0,100 0,150 0,300 0,350 0,500 0,800 0,900 0,900 0,900 0,350 0,238 0,514

1 a 3 25 0,380 0,198 0,100 0,100 0,300 0,400 0,400 0,600 0,600 1,000 1,000 0,326 0,257 0,415

4 a 5 13 0,608 0,335 0,100 0,100 0,400 0,700 0,700 1,100 1,100 1,100 1,100 0,487 0,316 0,752

>5 123 0,389 0,215 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 1,600 0,340 0,309 0,374

≤3 35 0,389 0,207 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,600 0,900 1,000 1,000 0,333 0,272 0,407

> 3 136 0,410 0,237 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,352 0,320 0,388

Não 67 0,428 0,292 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 1,000 1,400 1,600 0,352 0,301 0,410

Sim 113 0,384 0,210 0,100 0,100 0,200 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 1,100 0,327 0,293 0,366

Diariamente 33 0,388 0,236 0,100 0,100 0,200 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,100 0,318 0,252 0,401

Ocasionalmente 80 0,383 0,200 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,000 1,100 0,331 0,292 0,375

Diariamente 33 0,388 0,236 0,100 0,100 0,200 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,100 0,318 0,252 0,401

Ocasionalmente 147 0,403 0,246 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,200 1,600 0,340 0,309 0,375

Não 57 0,356 0,178 0,100 0,100 0,300 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,000 0,313 0,272 0,360

Sim 123 0,421 0,267 0,100 0,100 0,200 0,400 0,500 0,700 1,000 1,200 1,600 0,347 0,309 0,389

Não 4 0,325 0,050 0,300 0,300 0,300 0,300 0,350 0,400 0,400 0,400 0,400 0,322 0,280 0,371

Sim 176 0,402 0,246 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,336 0,307 0,369

Consumo de vegetais

(p=0,518a)

Consumo de álcool

(p=0,685a)

Frequência do consumo de álcool (dos que consomem)

(p=0,997a)

Frequência do consumo de álcool (todos os participantes) (rec.)

(p=0,879a)

Consumo de água da torneira (rec.)

(p=0,140a)

Grupos etários (anos)

(p=0,074b)

Género

(p=0,234a)

Tempo que vive na residência actual (anos)

(p=0,072b)

Tempo que vive na residência actual (rec.)

(anos)

(p=0,820a)

Máx MGIC 95%

Área de estudo

(p=0,729a)

P75 P90 P95 P98

Tabela 6 - Níveis de exposição a mercúrio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50

Página 101 de 169

Page 102: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 4

ICMín ICMáxMáx MG

IC 95%P75 P90 P95 P98

Tabela 6 - Níveis de exposição a mercúrio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50

Diariamente 104 0,412 0,253 0,100 0,100 0,200 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,400 0,339 0,298 0,384

Ocasionalmente 72 0,389 0,236 0,100 0,100 0,300 0,400 0,400 0,600 0,900 1,000 1,600 0,333 0,292 0,380

Não 139 0,394 0,242 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,332 0,300 0,367

Sim 37 0,432 0,264 0,100 0,100 0,300 0,400 0,600 0,700 1,100 1,200 1,200 0,353 0,283 0,441

Diariamente 83 0,428 0,212 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 1,100 1,200 0,380 0,341 0,424

Ocasionamente 82 0,391 0,251 0,100 0,100 0,200 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,326 0,285 0,373

Diariamente 37 0,414 0,196 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,100 1,100 0,368 0,312 0,434

Ocasionamente 128 0,409 0,242 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,348 0,314 0,385

Carne 112 0,390 0,222 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 1,000 1,200 0,329 0,293 0,369

Peixe 28 0,343 0,204 0,100 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,900 1,000 1,000 0,296 0,241 0,364

Igual 38 0,442 0,277 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 1,100 1,600 1,600 0,372 0,306 0,453

Carne 112 0,390 0,222 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 1,000 1,200 0,329 0,293 0,369

Peixe ou igual 66 0,400 0,252 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,600 0,900 1,100 1,600 0,338 0,292 0,390

Carne ou igual 140 0,381 0,219 0,100 0,100 0,250 0,350 0,450 0,700 0,850 1,000 1,200 0,322 0,291 0,356

Peixe 38 0,442 0,277 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 1,100 1,600 1,600 0,372 0,306 0,453

Baixa 92 0,402 0,255 0,100 0,100 0,300 0,350 0,500 0,700 1,000 1,100 1,600 0,336 0,295 0,381

Elevada 73 0,419 0,200 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,700 1,100 1,200 0,374 0,334 0,420

Diariamente 109 0,407 0,229 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,700 1,100 1,600 0,354 0,319 0,392

Ocasionalmente 27 0,411 0,250 0,100 0,100 0,200 0,400 0,600 0,700 0,900 1,100 1,100 0,337 0,260 0,436

Não 128 0,400 0,260 0,100 0,100 0,200 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,326 0,290 0,366

Sim 52 0,402 0,200 0,100 0,200 0,300 0,400 0,450 0,600 0,700 1,100 1,200 0,362 0,319 0,411

≤10 9 0,356 0,124 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,600 0,600 0,600 0,600 0,338 0,273 0,419

>10 43 0,412 0,213 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 1,200 1,200 0,367 0,317 0,425

Fumador actual

(p=0,572a)

Tempo de fumo (dos fumadores)

(p=0,383a)

Consumo preferencial de carne (rec.)

(p=0,993a)

Frequência de consumo de peixe, carne e leite (rec.)

(p=0,193a)

Frequência do consumo de leite

(p=0,989a)

Frequência do consumo de carne

(p=0,126a)

Frequência do consumo de peixe

(p=0,505a)

Consumo preferencial de peixe ou carne

(p=0,124b)

Consumo preferencial de peixe (rec.)

(p=0,120a)

Frequência do consumo de vegetais

(p=0,521a)

Consumo de vegetais de origem local

(p=0,366a)

Página 102 de 169

Page 103: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 3 de 4

ICMín ICMáxMáx MG

IC 95%P75 P90 P95 P98

Tabela 6 - Níveis de exposição a mercúrio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50

≤10 23 0,400 0,204 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,600 1,100 1,100 0,356 0,290 0,438

>10 28 0,404 0,205 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 0,700 0,700 1,200 1,200 0,366 0,310 0,432

≤10 116 0,380 0,231 0,100 0,100 0,200 0,300 0,500 0,700 0,800 1,000 1,400 0,315 0,280 0,354

>10 64 0,438 0,263 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 1,000 1,200 1,600 0,378 0,331 0,432

≤20 173 0,398 0,247 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,332 0,303 0,365

>20 6 0,467 0,151 0,300 0,300 0,400 0,400 0,600 0,700 0,700 0,700 0,700 0,448 0,349 0,574

Não 146 0,393 0,232 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,800 1,100 1,400 0,331 0,299 0,366

Sim 34 0,432 0,292 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 1,000 1,600 1,600 0,359 0,291 0,443

Não 94 0,388 0,248 0,100 0,100 0,200 0,350 0,500 0,700 0,900 1,100 1,400 0,315 0,274 0,361

Sim 86 0,414 0,240 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,600 0,900 1,200 1,600 0,361 0,323 0,404

Baixa 173 0,398 0,247 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,332 0,303 0,365

Elevada 6 0,467 0,151 0,300 0,300 0,400 0,400 0,600 0,700 0,700 0,700 0,700 0,448 0,349 0,574

Não 122 0,394 0,235 0,100 0,100 0,300 0,350 0,500 0,700 0,900 1,100 1,400 0,333 0,299 0,371

Sim 56 0,398 0,209 0,100 0,100 0,250 0,400 0,500 0,700 0,700 0,700 1,200 0,341 0,291 0,399

≤10 14 0,336 0,169 0,100 0,100 0,200 0,350 0,400 0,500 0,700 0,700 0,700 0,292 0,215 0,397

>10 40 0,420 0,220 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,700 1,200 1,200 0,359 0,297 0,435

≤10 18 0,350 0,150 0,100 0,200 0,200 0,350 0,400 0,600 0,700 0,700 0,700 0,318 0,256 0,395

>10 30 0,450 0,218 0,100 0,150 0,300 0,400 0,500 0,700 0,700 1,200 1,200 0,394 0,321 0,484

≤10 136 0,388 0,229 0,100 0,100 0,300 0,350 0,500 0,700 0,900 1,100 1,400 0,328 0,297 0,363

>10 40 0,420 0,220 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,700 1,200 1,200 0,359 0,297 0,435

≤20 159 0,401 0,229 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,400 0,343 0,313 0,375

>20 11 0,373 0,174 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,500 0,700 0,700 0,700 0,323 0,223 0,468

Baixa 164 0,396 0,228 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,400 0,336 0,307 0,369

Elevada 13 0,408 0,218 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,700 0,700 0,700 0,335 0,224 0,499

Quantos cigarros familiar fuma (todos os participantes) (rec.)

(p=0,949a)

Tempo de fumo do familiar (todos os participantes) (anos) (rec.)

(p=0,180a)

Exposição a fumo do familiar (rec.)

(p=0,516a)

Exposição a fumo próprio (rec.)

(p=0,204a)

Familiar fumador na residência

(p=0,469a)

Tempo de fumo do familiar (anos)

(p=0,206a)

Nº de cigarros diários do familiar

(p=0,059c)

Já alguma vez fumou (rec.)

(p=0,345a)

Nº de cigarros diários (dos fumadores)

(p=0,922a)

Ex-fumador

(p=0,581a)

Tempo de fumo (de todos os participantes) (rec.) (anos)

(p=0,121a)

Quantos cigarros fuma (todos os participantes) (rec.)

(p=0,204a)

Página 103 de 169

Page 104: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 4 de 4

ICMín ICMáxMáx MG

IC 95%P75 P90 P95 P98

Tabela 6 - Níveis de exposição a mercúrio (µg/dl) na amostra global e nos subgrupos/estratos definidos nas principais variáveis de caracterização da amostra

Variáveis (p*)

Categorias N AM SD Mín P10 P25 P50

Não 70 0,403 0,236 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,700 1,200 1,400 0,340 0,295 0,393

Sim 110 0,399 0,250 0,100 0,100 0,300 0,350 0,500 0,700 1,000 1,100 1,600 0,333 0,297 0,374

1 ou 2 35 0,400 0,296 0,100 0,200 0,200 0,300 0,400 0,600 1,100 1,600 1,600 0,334 0,275 0,405

3 ou mais 19 0,447 0,229 0,200 0,300 0,300 0,400 0,500 0,700 1,200 1,200 1,200 0,408 0,338 0,492

nenhuma 25 0,404 0,197 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,700 0,900 0,900 0,356 0,288 0,441

≤1 29 0,441 0,329 0,100 0,200 0,300 0,400 0,400 1,100 1,200 1,600 1,600 0,363 0,290 0,455

≥2 25 0,388 0,192 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,700 0,700 1,000 1,000 0,352 0,298 0,417

≤1 136 0,408 0,233 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,348 0,315 0,385

≥2 31 0,413 0,233 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 1,000 1,200 1,200 0,363 0,303 0,434

≤1 144 0,412 0,237 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,350 0,318 0,386

≥2 25 0,388 0,192 0,200 0,200 0,300 0,300 0,400 0,700 0,700 1,000 1,000 0,352 0,298 0,417

Não 140 0,411 0,240 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,950 1,100 1,400 0,345 0,311 0,382

Sim 40 0,365 0,258 0,100 0,100 0,250 0,300 0,400 0,550 0,800 1,600 1,600 0,307 0,256 0,369

Não 123 0,383 0,243 0,100 0,100 0,200 0,300 0,500 0,700 0,800 1,100 1,400 0,315 0,281 0,354

Sim 57 0,439 0,243 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,000 1,600 0,386 0,337 0,442

Não 165 0,402 0,248 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,335 0,304 0,369

Sim 15 0,387 0,200 0,200 0,200 0,200 0,300 0,500 0,600 0,900 0,900 0,900 0,347 0,273 0,440

Não 162 0,414 0,249 0,100 0,100 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,100 1,600 0,348 0,317 0,383

Sim 18 0,283 0,142 0,100 0,100 0,100 0,300 0,400 0,400 0,600 0,600 0,600 0,243 0,184 0,322

Baixa/Nula 123 0,383 0,243 0,100 0,100 0,200 0,300 0,500 0,700 0,800 1,100 1,400 0,315 0,281 0,354

Elavada 57 0,439 0,243 0,100 0,200 0,300 0,400 0,500 0,700 0,900 1,000 1,600 0,386 0,337 0,442

Legenda

Notas

Exposição total a químicos (rec.)

(p=0,054a)

p*: Valor de p para a análise comparativa entre os subgrupos/estratos definidos em cada uma das principais variáveis de caracterização da amostra; N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão;

P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos indivíduos, sendo # as percentagens dos percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica; IC95%: Intervalo de

confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

a Teste de Mann-Whitney;

b Teste de Kruskal-Wallis;

c Teste t de Student.

Tem doenças (rec.)

(p=0,100a)

Exposição ocupacional a químicos

(p=0,054a)

Exposição a químicos por hobby próprio

(p=0,799a)

Exposição a químicos por hobby de familiar

(p=0,022a)

Dentes chumbados

(p=0,616a)

Nº de gravidezes das mulheres participantes

(p=0,332b)

Nº de filhos das mulheres que tiveram gravidezes

(p=0,715a)

Nº de filhos (de todos os participantes) (rec.)

(p=0,524a)

Nº de gravidezes (de todos os participantes) (rec.)

(p=0,907a)

Página 104 de 169

Page 105: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

T0 T1 T2a T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 p*

N 168 72 150 150 180 180 180 180 180

MA 7,8 6,3 3,8 4,3 3,5 4 4,2 4,1 4,1

Mediana 6,3 5,6 2,4 3,4 2,8 3,5 3 3,4 3,4

DP 5,8 3,2 5,1 3,3 3 2,3 3,7 3,2 3,3

Mín - Máx 2,0 – 48,0 1,6-16,2 0,1-43,6 0,1-19,9 0,1 – 19,4 0,1 –12,6 0,1-23,0 0,1-25,0 0,05-31,9

N 167 72 150 150 180 180 180 180 180

MA 0,6 0,3 0,2 0,2 0,4 0,3 0,3 0,2 0,3

Mediana 0,6 0,3 0,2 0,2 0,4 0,3 0,3 0,2 0,3

DP 0,2 0,2 0,1 0,2 0,2 0,3 0,1 0,2 0,2

Mín - Máx 0,2 – 1,3 0,1-1,2 0,1-0,7 0,1-2,2 0,2 – 0,9 0,1 – 4,4 0,1-0,8 0,1-1,9 0,1-1,0

N 167 72 150 150 180 180 180 180 180

MA 1,1 0,5 0,5 0,3 1,1 0,3 0,5 0,4 0,4

Mediana 0,9 0,2 0,4 0,3 1 0,3 0,5 0,4 0,4

DP 0,7 0,6 0,4 0,3 0,8 0,3 0,3 0,3 0,2

Mín - Máx 0,2 – 4,6 0,1-2,6 0,1-2,1 0,1-1,2 0,1 – 4,1 0,1 – 2,4 0,1-1,8 0,1-1,5 0,1-1,6

N 138 34 75 75 90 90 90 90 90

MA 7,7 7,4 4,7 5,1 3,9 4,6 3,3 3,6 3,4

Mediana 6,4 6,9 3,1 3,8 3,3 4,1 2,8 2,8 3,1

DP 5,2 3,6 5,7 4,1 3 2,6 3,1 3,4 1,9

Mín - Máx 2,0 –36,4 2,5 – 16,2 0,4 – 43,6 0,4 – 19,9 0,1 – 13,7 0,1 – 12,6 0,1-23,0 0,1-25,0 0,05-13,1

N 137 34 75 75 90 90 90 90 90

MA 0,6 0,2 0,2 0,2 0,5 0,4 0,3 0,2 0,4

Mediana 0,6 0,2 0,2 0,2 0,5 0,4 0,3 0,2 0,4

DP 0,2 0,1 0,1 0,1 0,1 0,4 0,1 0,2 0,1

Mín - Máx 0,3 – 1,3 0,1 – 0,3 0,1 – 0,7 0,1 – 0,7 0,2 – 0,9 0,2 – 4,4 0,1-0,6 0,1-0,8 0,2-1,0

N 138 34 75 75 90 90 90 90 90

MA 1 0,7 0,5 0,3 1,3 0,4 0,4 0,5 0,4

Mediana 0,8 0,6 0,4 0,2 1,1 0,3 0,4 0,6 0,4

DP 0,7 0,6 0,4 0,2 0,7 0,3 0,3 0,2 0,1

Mín - Máx 0,2 – 4,6 0,1 – 1,8 0,1 – 1,8 0,1 – 1,1 0,1 – 4,0 0,1 – 2,4 0,1-1,8 0,1-1,3 0,1-0,7

N 30 38 75 75 90 90 90 90 90

MA 8,2 5,3 2,8 3,6 3,1 3,4 5 4,6 4,8

Mediana 6,1 5,2 1,4 3,2 2,4 3,1 4,2 3,8 4,3

DP 8,2 2,4 4,2 2,2 2,9 1,8 4,2 3,1 4,1

Mín - Máx 2,8 – 48,0 1,6 – 13,9 0,1 – 31,9 0,1 – 11,6 0,1 – 19,4 0,8 – 8,3 0,1-23,0 0,2-15,1 0,1-31,9

N 30 38 75 75 90 90 90 90 90

MA 0,7 0,5 0,2 0,2 0,4 0,2 0,3 0,2 0,3

Mediana 0,7 0,5 0,2 0,2 0,4 0,2 0,3 0,1 0,2

DP 0,3 0,2 0,1 0,2 0,1 0,1 0,1 0,3 0,2

Mín - Máx 0,2 – 1,3 0,2 – 1,2 0,1 – 0,5 0,1 – 2,2 0,2 – 0,9 0,1 – 0,5 0,1-0,8 0,1-1,9 0,1-0,8

N 29 38 75 75 90 90 90 90 90

MA 1,5 0,4 0,6 0,3 0,9 0,3 0,6 0,4 0,4

Mediana 1,4 0,1 0,4 0,3 0,6 0,3 0,6 0,3 0,4

DP 0,6 0,5 0,5 0,2 0,8 0,3 0,3 0,2 0,3

Mín - Máx 0,7 – 4,2 0,1 – 2,6 0,1 – 2,1 0,1 – 1,2 0,1 – 4,1 0,1 – 1,6 0,1-1,2 0,1-1,5 0,1-1,6

Legenda

* Teste de Kruskal-Wallis para comparação dos momentos temporais; a Os momentos de observação são designados por Ti, em que i é o número de ordem

da observação. Em T2 não foi possível reunir o número mínimo de participantes.

Notas:

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; Mín: Mínimo; Máx: Máximo; Pb: Níveis de chumbo no sangue

(µg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (µg/dl); Hg: Níveis de mercúrio no sangue (µg/dl).

<0,001

Co

ntr

olo

s

Pb

Hg

Cd

<0,001

<0,001

<0,001

<0,001

Exp

ost

os

Pb

<0,001

Cd

<0,001

Hg

Tabela 7 - Evolução dos teores de Pb, Cd e Hg na avaliação de potenciais impactes específicos (µg/dl)

Monitorização de metais

pesados na�população geral

Po

pu

laçã

o G

lob

al

Pb

<0,001

Cd

<0,001

Hg

Página 105 de 169

Page 106: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Pb Cd Hg IdadeIMC

(n=164)

R: -0,020 R: -0,050 R: 0,086 R: 0,105

– (0,786)1 (0,505)1 (0,252)1 (0,182)1

(0,896)2 (0,606)2 (0,913)2 (0,266)2

R: 0,119 R: 0,125 R: -0,086

– – (0,112)1 (0,093)1 (0,271)1

(0,522)2 (0,050)2 (0,092)2

R: -0,075 R: 0,247

– – – (0,319)1 (0,001)1

(0,447)2 (0,004)2

R: 0,193

– – – – (0,013)1

(0,010)2

– – – – –

Legenda

Notas

Idade

IMC

(n=164)

N: Dimensão da amostra global; n: Dimensão da amostra na variável; Pb: Níveis de chumbo no sangue (µg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (µg/dl);

Hg: Níveis de mercúrio no sangue (µg/dl); Idade: Idade dos participantes (anos); IMC: Índice de massa corporal ( Kg/m2); R: Coeficiente de correlação de Spearman.

1 Valor de p para a análise de correlação de Spearman; 2 Valor de p para a análise de regressão linear.

Tabela 8 - Correlação entre os níveis dos biomarcadores (BM) de exposição determinados na amostra de estudo (N=180) e potenciais determinantes

Pb

Hg

Cd

Página 106 de 169

Page 107: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

1,387*1 2,000* 1,000

0,007 2 <0,001 0,729

1,091 1,000 1,333

0,058 0,299 0,234

1,145* 1,000 1,000

0,028 0,421 0,820

1,061 1,000 1,000

0,324 0,903 0,685

1,303* 1,333* 1,000

0,041 0,045 0,879

1,200* 1,000 1,333

0,028 3 0,765 0,140

3

1,294 1,333 1,333

0,415 0,281 0,518

1,125* 1,333 1,000

0,049 0,251 0,521

1,242* 1,000 1,000

0,048 0,123 0,366

1,030 1,333* 1,000

0,868 <0,001 0,126

1,214 1,333* 1,000

0,599 0,048 0,505

1,059 1,000* 1,000

0,320 0,011 0,933

1,162 1,000 1,333

0,265 0,346 0,120

1,045 1,000* 1,000

0,472 <0,001 0,572

1,000 1,333* 1,333

0,693 <0,001 0,121

1,118 1,667* 1,000

0,866 0,001 0,204

1,097 0,889* 1,000

0,776 0,011 0,581

1,000 1,000* 1,143

0,667 0,008 0,345

1,118 1,667* 1,000

0,866 0,001 0,204

1,167 1,000 1,143

0,225 0,253 0,469

1,228 1,000 1,143

0,293 0,264 0,180

1,619 1,000 1,000

0,087 0,440 0,949

1,417 1,000 1,000

0,593 0,842 0,516

1,061 1,000* 1,143

0,610 0,004 0,616

1,150 1,000* 1,000

0,176 0,037 0,907

1,478 1,000 1,333

0,114 0,240 0,524

Dentes chumbados

Nº de filhos (de todos os participantes) (rec.)

Nº de gravidezes (de todos os participantes) (rec.)

Tempo de fumo do familiar (todos os participantes) (rec.) (anos)

Quantos cigarros familiar fuma (todos os participantes) (rec.)

Exposição a fumo do familiar (rec.)

Exposição a fumo próprio (rec.)

Familiar fumador na residência

Já alguma vez fumou (rec.)

Tempo de fumo (de todos os participantes) (rec.) (anos)

Quantos cigarros fuma (todos os participantes) (rec.)

Fumador actual

Ex-fumador

Consumo preferencial de carne (rec.)

Consumo preferencial de peixe (rec.)

Frequência do consumo de carne

Frequência do consumo de peixe

Frequência do consumo de vegetais

Consumo de vegetais de origem local

Consumo de água da torneira (rec.)

Consumo de vegetais

Género

Tempo que vive na residência actual (rec.) (anos)

Consumo de álcool

Frequência do consumo de álcool (de todos os participantes)

Área de estudo

Tabela 9 - Análise de associação entre os níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180)

e características da amostra (potenciais determinantes desses níveis)

Variáveis Pb HgCd

Página 107 de 169

Page 108: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

Área de estudo

Tabela 9 - Análise de associação entre os níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180)

e características da amostra (potenciais determinantes desses níveis)

Variáveis Pb HgCd

1,094 1,000* 1,333

0,092 0,036 0,100

1,200 1,000 1,333

0,223 0,302 0,054

1,000 1,000 1,333

0,934 0,928 0,799

1,059 1,000 1,333*

0,654 0,772 0,022

1,200 1,000 1,333

0,223 0,302 0,054

Legenda

Notas

* Variável com associação estatisticamente significativa; 1 Força de associação, medida através da razão entre as médias ou medianas de

cada categoria da variável; 2 Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney, excepto quando referido especificamente;

3 Teste de Kruskal-

Wallis.

Tem doenças (rec.)

Exposição ocupacional a químicos

Exposição a químicos por hobby próprio

Exposição a químicos por hobby de familiar

Exposição total a químicos (rec.)

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; Pb: Níveis de chumbo no sangue (µg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (µg/dl); Hg: Níveis

de mercúrio no sangue (µg/dl); (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Página 108 de 169

Page 109: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

1,387 1 2,000 1,000

0,007 2 <0,001 0,729

1,091 1,000

0,058 0,299

0,086 3 0,125 3 -0,075 3

0,252 4 0,093 4 0,319 4

0,247 3

0,001 4

1,145

0,028

1,303 1,333

0,041 0,045

1,200 1,333

0,028 5 0,140 5

1,242 1,000

0,048 0,123

1,333 1,000

<0,001 0,126

1,333 1,000

0,048 0,505

1,000

0,011

1,333

0,120

1,333

0,121

1,000

0,204

1,000

0,008

1,118 1,667

0,866 0,001

1,228 1,143

0,293 0,180

1,619 1,000

0,087 0,949

1,000

0,004

1,150 1,000

0,176 0,037

1,478

0,114

1,094 1,000 1,333

0,092 0,036 0,100

1,200 1,000 1,333

0,223 0,302 0,054

Legenda

Notas1 Força de associação, medida através da razão entre as médias ou medianas de cada categoria da variável, excepto quando referido

especificamente; 2 Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney, excepto quando referido especificamente; 3 Coeficiente de correlação de

Spearman; 4 Valor de p para a análise de correlação de Spearman; 5 Teste de Kruskal-Wallis.

Dentes chumbados

Nº de filhos (de todos os participantes) (rec.)

Nº de gravidezes (de todos os participantes) (rec.)

Tem doenças (rec.)

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; Pb: Níveis de chumbo no sangue (µg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (µg/dl); Hg: Níveis de mercúrio no sangue (µg/dl); (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; IMC: Índice de massa

corporal ( Kg/m2).

Tempo de fumo do familiar (todos os participantes) (rec.) (anos)

Quantos cigarros familiar fuma (todos os participantes) (rec.)

Exposição a fumo próprio (rec.)

Exposição total a químicos (rec.)

Consumo preferencial de carne (rec.)

Consumo preferencial de peixe (rec.)

Já alguma vez fumou (rec.)

Tempo de fumo (de todos os participantes) (rec.) (anos)

Quantos cigarros fuma (todos os participantes) (rec.)

Frequência do consumo de carne

Frequência do consumo de peixe

Consumo de água da torneira (rec.)

Consumo de vegetais de origem local

Tempo que vive na residência actual (anos) (rec.)

Frequência do consumo de álcool (de todos os participantes)

Género

Idade

IMC

Área de estudo

Tabela 10 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão linear múltipla referentes aos níveis debiomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=180)

Variáveis Pb HgCd

Página 109 de 169

Page 110: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ICMín ICMáx ICMín ICMáx ICMín ICMáx

Género*Masculino

Feminino

Idade (anos) -0,001 -0,002 0,974 -0,046 0,045 0,002 0,120 0,119 0,000 0,003 -0,004 -0,160 0,043 -0,007 0,000Área

*Não expostaExposta

Exposição a fumo próprio (rec.)*Baixa

Elevada

Frequência do consumo de alcool (todos os participantes) *Diariamente

Ocasionalmente

Dentes chumbados*NãoSim

Consumo preferencial de carne (rec.)*Carne

Peixe ou igual

Já alguma vez fumou (rec.)*NãoSim

Frequência do consumo de peixe*Ocasionalmente

Diariamente

Tem doenças (rec.)*NãoSim

IMC (Kg/m2) – – – – – – – – – – 0,012 0,222 0,005 0,004 0,020Tempo de fumo (de todos os participantes)

*<10 anos≥10 anos

Consumo de água da torneira*NãoSim

R2ajustado / R

2

pmodelo

Legenda

Notas

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; B: Coeficiente de regressão; RParcial: Coeficiente de correlação parcial para uma dada variável independente e

ajustada para as outras variáveis independentes; p: Probabilidade da associação ser devida ao acaso; R2: Coeficiente de determinação do modelo; R2 ajustado:

Coeficiente de determinação do modelo ajustado para as variáveis independentes; IC95%: Intervalo de confiança a 95%; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx:

Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; IMC: Índice de massa corporal ( Kg/m2).

* Categoria de referência.

0,456 / 0,490 0,103 / 0,130

<0,001 <0,001

2,009

0,005 / 0,072

0,011

0,173

– – – – – – – – –

– – – – – 0,098 0,201 0,011 0,023

-0,039 -0,148 0,068 0,089 0,312 – – – –

0,049 0,168 0,037 -0,091 -0,013 – – – –

0,042 0,186 0,021 -0,096 0,003 – – – –

-0,058 -0,218 0,004 0,091 0,315 – – – –

-0,062 -0,241 0,001 -0,097 -0,018 – – – –

-0,087 -0,247 0,001 -0,139 -0,035 – – – –

-0,019

0,203 0,265 0,000 -0,100 -0,024 – – – –

0,112

0,126 0,458 0,000 0,089 0,163 -0,090 -0,195 0,013 -0,160

IC (95)%

0,055 0,213 0,005 0,017 0,094 0,041 0,091 0,251 -0,029

Variáveis

Modelo Cádmio (n=163) Modelo Mercúrio (n=164)

B RParcial pIC (95)%

B RParcial p

Modelo Chumbo (n=180)

B RParcial pIC (95)%

0,403

-1,253 -0,194 0,010 -2,198 -0,308

-0,530 -0,084 0,264 -1,464

– – – – –

– – – –

– – – – –

– – – –

– – – – –

– – – –

– – – –

Tabela 11 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nos níveis dos biomarcadores (BM) determinadosna amostra de estudo (N=180)

0,988 0,143 0,058 -0,033

– – – –

Página 110 de 169

Page 111: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

Variáveis Alterações de parâmetros

hematológicos

Alterações de parâmetros da função renal

Alterações de parâmetros da função hepática

Alterações de parâmetros da

função cardiovascular

Alterações de parâmetros do

equilíbrio electrolítico

1,042 1 0,307 1,927 0,710 0,563

0,936 2 0,070 0,211 0,356 0,224

3,792* 0,314 0,194* 0,343* 0,469

0,018 0,076 0,006 0,006 0,116

0,392 0,667 4,610 1,464 0,750

0,108 3 0,399 3 0,112 0,388 0,395 3

1,727 0,550 0,339 0,838 0,647

0,284 0,290 3 0,086 0,639 0,390

1,786 2,607 0,372 0,096* 0,496

0,355 3 0,312 3 0,070 3 0,006 0,148 3

0,890 0,305* 1,565 1,895 0,907

0,828 0,047 3 0,450 0,089 0,844

0,578▲

0,379▲

0,203 1,296 0,712▲

1,000 ▲ 1,000 ▲ 0,263 3 0,605 a 1,000 ▲

0,989 2,111 0,453 0,723 2,067

0,983 0,343 3 0,177 0,388 0,118

1,251 0,321 0,234 0,750 0,890

0,459 3 0,234 3 0,115 3 0,511 0,553 3

0,520 1,200 1,156 1,351 0,876

0,254 0,771 0,777 0,427 0,786

0,552 0,756 4,958* 0,832 0,618

0,352 3 0,535 3 0,003 3 0,675 0,342 3

0,653 1,230 2,675 0,831 0,822

0,441 0,478 3 0,052 0,073 0,690

0,453 0,317 2,235 1,956 0,844

0,240 3 0,229 3 0,119 3 0,073 0,515 3

0,743 0,807 3,214 1,236 0,799

0,580 0,480 3 0,091 3 0,594 0,613

0,506 1,879 0,527 1,944* 2,221

0,245 0,222 a 0,275 0,109 0,083

2,359 2,927 1,925 0,786 4,000

0,410 3 0,346 3 0,461 3 0,244 3 0,150 3

0,242 1,462 1,882 5,045* 1,379

0,124 3 0,407 3 0,206 3 0,019 0,370 3

0,718 1,559 0,755 1,666 1,534

0,522 0,460 0,585 0,174 0,359

2,359 2,927 1,925 2,185▲

4,000

0,410 3 0,346 3 0,461 3 0,488 ▲ 0,150 3

2,087 1,087 0,646 0,450 * 2,154

0,148 0,562 3 0,460 0,033 0,082

0,209 0,289* 1,064 0,709 1,133

0,085 3 0,192 3 0,562 3 0,418 0,506 3

1,000 1,480 0,547▲

0,127* 0,772

0,737 3 0,534 3 0,591 ▲ 0,002 3 0,640 3

0,893 0,713▲

0,894 0,388* 0,399▲

0,302 3 0,772 ▲ 0,250 3 0,107 3 0,389 ▲

Tempo de fumo do familiar (todos os participantes) (rec.) (anos)

Quantos cigarros familiar fuma (todos os participantes) (rec.)

Exposição a fumo do familiar (rec.)

Exposição a fumo próprio (rec.)

Fumador actual

Ex-fumador

Familiar fumador na residência

Já alguma vez fumou (rec.)

Tempo de fumo (de todos os participantes) (rec.) (anos)

Quantos cigarros fuma (todos os participantes) (rec.)

Frequência do consumo de vegetais

Consumo de vegetais de origem local

Frequência do consumo de carne

Consumo preferencial de peixe (rec.)

Frequência do consumo de peixe

Consumo preferencial de carne (rec.)

Tabela 12 - Análise da associação entre as alterações de parâmetros de função biológica determinados na amostra de estudo (N=180)e potenciais determinantes dessas alterações

Área de estudo

Género

Tempo que vive na residência actual (rec.) (anos)

Consumo de álcool

Frequência do consumo de álcool (todos os participantes)

Consumo de água da torneira (rec.)

Consumo de vegetais

Página 111 de 169

Page 112: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

Variáveis Alterações de parâmetros

hematológicos

Alterações de parâmetros da função renal

Alterações de parâmetros da função hepática

Alterações de parâmetros da

função cardiovascular

Alterações de parâmetros do

equilíbrio electrolítico

Tabela 12 - Análise da associação entre as alterações de parâmetros de função biológica determinados na amostra de estudo (N=180)e potenciais determinantes dessas alterações

Área de estudo 1,209 0,870 0,693 0,703 0,662

0,721 0,522 3 0,473 0,366 0,375

0,701 0,420 0,571 1,129 0,840

0,489 3 0,358 3 0,367 3 0,808 0,514 3

0,942 0,354▲

0,345 0,833 0,650

0,650 3 0,324 ▲ 0,260 3 0,721 0,441 3

3,444* 1,819 1,544 0,430* 1,447

0,020 3 0,266 3 0,309 3 0,034 0,321 3

1,123 0,407 2,625 0,957 0,631

0,828 0,202 3 0,054 0,911 0,276 3

0,634 0,994 2,071 3,907 2,014

0,552 0,735 3 0,435 3 0,143 3 0,252 3

0,328▲ 1,888 1,508 0,640 4,833*

0,280 ▲ 0,345 3 0,241 3 0,299 3 0,010 3

1,123 0,407 2,625 0,957 0,631

0,828 0,202 3 0,054 0,911 0,390

Idade 0,984 4

1,044 4 1,051 4* 1,050 4 * 1,062

4*

0,497 5 0,201 6 0,035 6 0,013 6 0,019 6

IMC 0,881 4

0,946 4

1,168 4

* 1,154 4

* 1,040 4

0,064 6 0,435 6 0,016 6 0,001 6 0,427 6

Pb 1,026 4 0,990 4

0,996 4

1,078 4 1,041

4

0,474 5 0,780 5 0,885 5 0,274 5 0,274 5

Hg 0,357 4* 0,023 4

0,170 4

* 5,801 4 0,065

4

0,486 5 0,061 5 0,249 5 0,088 5 0,088 5

Cd 3,009 4 0,023 4 0,131 4

0,752 4 0,176

4

0,355 5 0,079 5 0,422 5 0,978 5 0,978 5

Legenda

Notas

* Variável com associação estatisticamente significativa na análise bivariável (p<0,05); 1 Força de associação, medida através do Odds Ratio de cada variável,

excepto quando referido especificamente; 2 Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado ( χ2), excepto quando referido especificamente; 3 Valor de p dado pelo

teste exacto de Fisher; ▲Regressão logística exacta assumindo como referência o valor mais pequeno da categoria; 4 Força de associação, medida através do

Odds Ratio obtido numa análise de regressão logística; 5 Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney; 6 Valor de p dado pelo teste t de Student.

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; Idade: Idade dos participantes (anos); IMC: Índice de massa corporal (Kg/m2); Pb: Níveis de chumbo no sangue (µg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (µg/dl); Hg: Níveis de mercúrio no sangue (µg/dl); (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Exposição ocupacional a químicos

Exposição a químicos por hobby próprio

Exposição a químicos por hobby de familiar

Exposição total a químicos (rec.)

Dentes chumbados

Nº de filhos (todos os participantes) (rec.)

Nº de gravidezes (todos os participantes) (rec.)

Tem doenças (rec.)

Página 112 de 169

Page 113: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

Variáveis Alterações de parâmetros

hematológicos

Alterações de parâmetros da função renal

Alterações de parâmetros da função hepática

Alterações de parâmetros da

função cardiovascular

Alterações de parâmetros do

equilíbrio electrolítico

1,042 1 0,307 0,710 0,563

0,936 2 0,070 0,356 0,224

3,790 0,314 0,194 0,343 0,469

0,018 0,076 0,006 0,006 0,116

0,392 4,610

0,108 3 0,112

0,372 0,096 0,496

0,07 3 0,006 0,148 3

0,305 1,895

0,047 3 0,089

0,234

0,115 3

4,958

0,003 3

2,675 0,831

0,052 0,073

2,235 1,956

0,119 3 0,073

1,944

0,109

1,666

0,1742,185

0,488▲

2,087 0,450 2,154

0,148 0,033 0,082

0,209 0,289

0,085 3 0,192 3

0,547▲

0,591 ▲

0,388 0,399▲

0,107 3 0,389 ▲

0,354▲

0,324 ▲

3,444 0,430

0,020 3 0,034

0,328▲

4,833

0,280 ▲ 0,010 3

2,625

0,054Idade 0,984

41,044

4 1,062 4

0,497 5 0,201 6 0,019 6

IMC 0,881 4 1,168 1,154

4 1,040 4

0,064 6 0,016 6 0,001 6 0,427 6

Exposição a fumo próprio (rec.)

Nº de filhos (todos os participantes) (rec.)

Tem doenças (rec.)

Exposição a químicos por hobby de familiar

Tempo de fumo do familiar (todos os participantes) (rec.) (anos)

Quantos cigarros familiar fuma (todos os participantes) (rec.)

Exposição a fumo do familiar (rec.)

Exposição total a químicos (rec.)

Consumo preferencial de carne (rec.)

Consumo preferencial de peixe (rec.)

Familiar fumador na residência

Já alguma vez fumou (rec.)

Tempo de fumo (de todos os participantes) (rec.) (anos)

Frequência do consumo de álcool (todos os participantes)

Consumo de água da torneira (rec.)

Consumo de vegetais de origem local

Frequência do consumo de peixe

Tabela 13 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão logística múltipla referentes às alterações dos parâmetros de função biológica determinados na amostra de estudo (N=180)

Área de estudo

Género

Tempo que vive na residência actual (rec.) (anos)

Página 113 de 169

Page 114: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

Variáveis Alterações de parâmetros

hematológicos

Alterações de parâmetros da função renal

Alterações de parâmetros da função hepática

Alterações de parâmetros da

função cardiovascular

Alterações de parâmetros do

equilíbrio electrolítico

Tabela 13 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão logística múltipla referentes às alterações dos parâmetros de função biológica determinados na amostra de estudo (N=180)

Área de estudoPb 1,026 4 0,990 4

0,996 4

1,078 4

0,474 5 0,780 5 0,885 5 0,274 5

Hg 0,357 4 0,023 4

0,170 4

5,801 4 0,065

4

0,486 5 0,061 5 0,249 5 0,088 5 0,088 5

Cd 0,131 4

0,422 5

Legenda

Notas

1 Força de associação, medida através do Odds Ratio de cada variável, excepto quando referido especificamente; 2 Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado

( χ2), excepto quando referido especificamente; 3 Valor de p dado pelo teste exacto de Fisher; ▲Regressão logística exacta assumindo como referência o valor

mais pequeno da categoria; 4 Força de associação, medida através do Odds Ratio obtido numa análise de regressão logística; 5 Valor de p dado pelo teste de

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; Idade: Idade dos participantes (anos); IMC: Índice de massa corporal (Kg/m2); Pb: Níveis de chumbo no sangue (µg/dl); Cd: Níveis de cádmio no sangue (µg/dl); Hg: Níveis de mercúrio no sangue (µg/dl); (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Página 114 de 169

Page 115: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

ICMín ICMáx ICMín ICMáx ICMín ICMáxIdade (anos) 1,043 0,048 1,000 1,087 1,011 0,731 0,950 1,077 1,089 0,003 1,030 1,152

Género*1Feminino

Masculino

Frequência do consumo de álcool (todos os participantes)

*Ocasionalmente

Diariamente

Consumo preferencial de carne ou peixe*Carne

Peixe 0,307 0,027 0,108 0,874

Igual 1,461 0,517 0,464 4,594

Familiar fumador na residência*2Sim

Não

Hg 7,367 0,073 0,832 65,202 0,033 0,053 0,001 1,044 – – – –

IMC (Kg/m2) – – – – 1,170 0,022 1,023 1,337 – – – –

Frequência do consumo de peixe*Ocasionalmente

Diariamente

Exposição a químicos por hobbie de familiar*Não

Sim

Tempo de fumo do familiar (todos os participantes)

*>10 anos

<=10anos

Tem doenças (rec.)*Não

Sim

Consumo de água da torneira*Sim

Não

Área*Expostos

Não expostos

pmodelo

Teste de Hosmer e Lemeshow

Taxa de validade do modelo

Legenda

Notas

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; OR: Odds Ratio; p: Teste de Wald da análise de regressão logística; IC (95%): Intervalo de confiança a 95%; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; Hg:

Níveis de mercúrio no sangue (µg/dl); IMC: Índice de massa corporal ( Kg/m2);

0,225 0,546

* Categoria de referência; 1 Excepto para o modelo de alterações de parâmetros hematológicos, em que a categoria de referência foi "masculino"; 2 Excepto para o modelo de alterações de parâmetros do equilíbrio electrolítico, em que a categoria de referência foi "não".

79,0% 89,5% 88,0%

<0,001 <0,001 <0,001

Tabela 14 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nas alterações de parâmetros de funçãobiológica determinados na amostra de estudo (N=180)

– – –

– – –

0,452

– – –– – – – ––

– – – – – – –

– –

– –

– –

– – – – – – – – –

34,218

– – – – – – – – –

– 9,099 0,001 2,419

– – –

– – – – – – –

15,246

– – – – 5,108 0,010 1,486 17,562 –

– –

– – –

– – –

1,605

– – –

4,947 0,005–

– – –

2,240 0,077 0,915 5,484

0,028 1,146

10,932

– ––6,398 0,087 0,765 53,477 –

1,964 0,143 0,796 4,845 3,112 0,115 0,758 12,769 3,540

OR pIC (95)%

Variáveis

Alteração de parâmetros da função cardiovascular (n=176)

Alteração de parâmetros da função hepática (n=162)

Alterações de parâmetros do equilíbrio electrolítico (n=176)

OR pIC (95)%

OR pIC (95)%

Página 115 de 169

Page 116: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

ICMín ICMáx ICMín ICMáxIdade (anos) 0,989 0,712 0,934 1,048 1,058 0,080 0,993 1,128

Género*1Feminino

Masculino

Frequência do consumo de álcool (todos os participantes)

*Ocasionalmente

Diariamente

Consumo preferencial de carne ou peixe(1)*Carne

Peixe

Igual

Familiar fumador na residência*2Sim

Não

Hg – – – – – – – –

IMC (Kg/m2) – – – – – – – –

Frequência do consumo de peixe*Ocasionalmente

Diariamente

Exposição a químicos por hobbie de familiar*Não

Sim

Tempo de fumo do familiar (todos os participantes)

*>10 anos

<=10anos

Tem doenças (rec.)*Não

Sim

Consumo de água da torneira*Sim

Não

Área*Expostos

Não expostos

pmodelo

Teste de Hosmer e Lemeshow

Taxa de validade do modelo

Legenda

Notas

* Categoria de referência; 1 Excepto para o modelo de alterações de parâmetros hematológicos, em que a categoria de

referência foi "masculino"; 2 Excepto para o modelo de alterações de parâmetros do equilíbrio electrolítico, em que a categoria de referência foi "não".

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; OR: Odds Ratio; p: Teste de Wald da análise de regressão logística; IC (95%): Intervalo de confiança a 95%; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável

recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; Hg: Níveis de mercúrio no sangue (µg/dL); IMC:

Índice de massa corporal ( Kg/m2).

– – – –

0,223

91,0% 93,3%

4,824

Tabela 14 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nas alterações de parâmetros de função biológica determinados na amostra de estudo (N=180)

– –

– – – – 5,066 0,015 1,378 18,620

2,966 0,063 0,944 9,318 – –

– – – –21,325 0,009 2,153 211,234

– – – –– – – –

– –

– – – – – – – –

1,431 21,493 – –

– – – – – – – –

0,079 0,862 14,628

– – – – – – –

OR

2,569 0,149 0,712 9,268 3,550

5,545 0,013

0,004

0,695

20,3100,032 1,146

0,001

IC (95)%p

Variáveis

Alterações de parâmetros hematológicos (n=169)

Alteração de parâmetros da função renal (n=179)

OR pIC (95)%

Página 116 de 169

Page 117: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 10

p*

n 30 30 0,690a 60

MA ± DP ; Mediana 29,2 ± 5,5 29,5 29,8 ±5,4 29,5 29,5 ± 5,4 29,5

P25 ; P75 25 34 25 35 25 34

Mín ; Máx 20 39 20 40 20 40

1,000

18-29 n; % 15 50,0% 15 50,0% 30 50,0%

30-45 n; % 15 50,0% 15 50,0% 30 50,0%

b

<1 n; % 5 17,2% 7 23,3% 12 20,3%

1 a 3 n; % 5 17,2% 8 26,7% 13 22,0%

4 a 5 n; % 4 13,8% 4 13,3% 8 13,6%

>5 n; % 15 51,7% 11 36,7% 26 44,1%

0,228

≤3 n; % 10 34,5% 15 50,0% 25 42,4%

>3 n; % 19 65,5% 15 50,0% 34 57,6%

n 30 16** 0,466a 46

MA ± DP ; Mediana 69,1 ±12,0 67,5 66,6 ± 8,7 65 68,2 ± 10,9 66,5

P25 ; P75 61 74 60 72,25 60 73

Mín ; Máx 52,8 101 52 88 52 101

n 30 16** 0,340a 46

MA ± DP ; Mediana 160,8 ± 6,9 160,5 162,9 ± 7,3 163,5 161,5 ± 7,1 161,5

P25 ; P75 155 165 157 166 156 165

Mín ; Máx 150 174 152 175 150 175

n 30 16** 0,375c 46

MA ± DP ; Mediana 26,7 ± 4,1 24,9 25,1 ± 2,4 25,0 26,1 ± 3,6 24,9

P25 ; P75 23,8 28,9 23,5 26,9 23,8 28,3

Mín ; Máx 22,0 37,9 21,1 28,9 21,1 37,9

0,239

Mineral n; % 13 43,3% 7 23,3% 20 33,3%

Torneira n; % 10 33,3% 15 50,0% 25 41,7%

Mineral e torneira n; % 7 23,3% 8 26,7% 15 25,0%

EstatísticasVariáveis Categorias

Grupos etários (anos)

Tempo que vive na residência actual

(anos)

Tempo que vive na residência actual

(rec.) (anos)

IMC (Kg/m2)

Tipo de água para consumo

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Peso (Kg)

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

Altura (cm)

Página 117 de 169

Page 118: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 10

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

0,100

Não n; % 13 43,3% 7 23,3% 20 33,3%

Sim n; % 17 56,7% 23 76,7% 40 66,7%

0,054

Não n; % 12 40,0% 5 17,2% 17 28,8%

Sim n; % 18 60,0% 24 82,8% 42 71,2%

b

Raramente n; % 0 0,0% 6 0,3% 6 0,1%

Ocasionalmente n; % 17 94,4% 12 52,2% 29 70,7%

Diariamente n; % 1 5,6% 5 21,7% 6 14,6%

b

Raramente n; % 12 0,4% 12 0,4% 24 0,4%

Ocasionalmente n; % 17 56,7% 12 41,4% 29 49,2%

Diariamente n; % 1 3,3% 5 17,2% 6 10,2%

0,559

Não n; % 23 76,7% 21 70,0% 44 73,3%

Sim n; % 7 23,3% 9 30,0% 16 26,7%

0,823

Ocasionalmente n; % 14 46,7% 9 50,0% 23 47,9%

Diariamente n; % 16 53,3% 9 50,0% 25 52,1%

d

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 30 100,0% 18 100,0% 48 100,0%

0,016e

Ocasionalmente n; % 8 26,7% 0 0,0% 8 16,7%

Diariamente n; % 22 73,3% 18 100,0% 40 83,3%

d

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 30 100,0% 29 100,0% 59 100,0%

0,382

Ocasionalmente n; % 11 36,7% 8 50,0% 19 41,3%

Diariamente n; % 19 63,3% 8 50,0% 27 58,7%

Frequência do consumo de fruta

Consumo de carne

Consumo de fruta

Frequência do consumo de carne

Consumo de vegetais de origem

local

Frequência do consumo de vegetais

Consumo de infusões

Frequência do consumo de infusões

(todas as participantes)

Consumo de água da torneira

Frequência do consumo de infusões

Página 118 de 169

Page 119: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 3 de 10

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

d

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 30 100,0% 22 100,0% 52 100,0%

0,358e

Ocasionalmente n; % 26 89,7% 13 81,3% 39 86,7%

Diariamente n; % 3 10,3% 3 18,8% 6 13,3%

b

Carne n; % 24 80,0% 18 60,0% 42 70,0%

Peixe n; % 4 13,3% 3 10,0% 7 11,7%

Igual n; % 2 6,7% 9 30,0% 11 18,3%

d

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 30 100,0% 16 100,0% 46 100,0%

0,644e

Ocasionalmente n; % 28 96,6% 16 100,0% 44 97,8%

Diariamente n; % 1 3,4% 0 0,0% 1 2,2%

0,706e

Não n; % 2 6,7% 1 5,9% 3 6,4%

Sim n; % 28 93,3% 16 94,1% 44 93,6%

0,725e

Ocasionalmente n; % 2 7,1% 1 6,7% 3 7,0%

Diariamente n; % 26 92,9% 14 93,3% 40 93,0%

b

0 n; % 2 7,1% 0 0,0% 2 4,7%

1 n; % 6 21,4% 9 60,0% 15 34,9%

2 n; % 18 64,3% 3 20,0% 21 48,8%

3 n; % 2 7,1% 3 20,0% 5 11,6%

0,045

Baixa n; % 8 28,6% 9 60,0% 17 39,5%

Elevada n; % 20 71,4% 6 40,0% 26 60,5%

Score de frequência de consumo de

peixe, carne e leite

Frequência de consumo de peixe,

carne e leite (rec.)

Frequência do consumo de leite

Consumo preferencial de carne ou

peixe

Frequência do consumo de ovos

Consumo de ovos

Consumo de peixe

Frequência do consumo de peixe

Consumo de leite

Página 119 de 169

Page 120: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 4 de 10

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

0,353e

Sim n; % 27 90,0% 25 83,3% 52 86,7%

Não n; % 3 10,0% 5 16,7% 8 13,3%

b

1-5 n; % 0 0,0% 2 40,0% 2 25,0%

6-10 n; % 1 33,3% 3 60,0% 4 50,0%

>10 n; % 2 66,7% 0 0,0% 2 25,0%

0,107e

≤10 n; % 1 33,3% 5 100,0% 6 75,0%

>10 n; % 2 66,7% 0 0,0% 2 25,0%

0,246e

≤10 n; % 28 93,3% 30 100,0% 58 96,7%

>10 n; % 2 6,7% 0 0,0% 2 3,3%

b

<5 n; % 1 33,3% 3 60,0% 4 50,0%

5-10 n; % 2 66,7% 1 20,0% 3 37,5%

11-20 n; % 0 0,0% 1 20,0% 1 12,5%

0,500e

<5 n; % 1 33,3% 3 60,0% 4 50,0%

≥5 n; % 2 66,7% 2 40,0% 4 50,0%

0,694e

<5 n; % 28 93,3% 28 93,3% 56 93,3%

≥5 n; % 2 6,7% 2 6,7% 4 6,7%

0,243e

Não n; % 28 93,3% 14 82,4% 42 89,4%

Sim n; % 2 6,7% 3 17,6% 5 10,6%

d

≤7 n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

>7 n; % 2 100,0% 3 100,0% 5 100,0%

b

<5 n; % 1 50,0% 1 33,3% 2 40,0%

5-10 n; % 1 50,0% 1 33,3% 2 40,0%

11-20 n; % 0 0,0% 1 33,3% 1 20,0%

Tempo de fumo durante a gravidez

(meses)

Quantos cigarros fuma por dia (todas

as participantes)

Quantos cigarros fumava por dia

durante a gravidez

Fumadora actual

Tempo de fumo (fumadoras) (anos)

Quantos cigarros fuma por dia

(fumadoras)

Tempo de fumo (todas as

participantes) (anos)

Quantos cigarros fuma por dia

(fumadoras) (rec.)

Fumou durante a gravidez

Tempo de fumo (fumadoras) (rec.)

(anos)

Página 120 de 169

Page 121: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 5 de 10

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

0,700e

<5 n; % 1 50,0% 1 33,3% 2 40,0%

≥5 n; % 1 50,0% 2 66,7% 3 60,0%

0,002

Não n; % 26 86,7% 15 50,0% 41 68,3%

Sim n; % 4 13,3% 15 50,0% 19 31,7%

0,371e

≤10 n; % 2 66,7% 11 91,7% 13 86,7%

>10 n; % 1 33,3% 1 8,3% 2 13,3%

0,500e

<1 n; % 1 100,0% 5 45,5% 6 50,0%

≥1 n; % 0 0,0% 6 54,5% 6 50,0%

0,714e

<5 n; % 0 0,0% 1 20,0% 1 14,3%

≥5 n; % 2 100,0% 4 80,0% 6 85,7%

0,002

Não n; % 26 86,7% 15 50,0% 41 68,3%

Sim n; % 4 13,3% 15 50,0% 19 31,7%

0,003

Não n; % 29 96,7% 20 66,7% 49 81,7%

Sim n; % 1 3,3% 10 33,3% 11 18,3%

0,246e

Baixa n; % 28 93,3% 30 100,0% 58 96,7%

Elevada n; % 2 6,7% 0 0,0% 2 3,3%

0,243

Não n; % 24 80,0% 20 66,7% 44 73,3%

Sim n; % 6 20,0% 10 33,3% 16 26,7%

b

1-5 n; % 0 0,0% 1 11,1% 1 6,7%

6-10 n; % 3 50,0% 2 22,2% 5 33,3%

>10 n; % 3 50,0% 6 66,7% 9 60,0%

Ex-fumadora

Exposição a fumo próprio

Fumou antes da gravidez

Tempo de fumo do familiar (anos)

Quantos cigarros fumava por dia

Quantos cigarros fumava por dia

durante a gravidez (rec.)

Familiar fumador na residência

Já alguma vez fumou

Tempo de fumo anterior (fumadoras)

(anos)

Tempo sem fumar (anos)

Página 121 de 169

Page 122: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 6 de 10

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

0,455e

≤10 n; % 3 50,0% 3 33,3% 6 40,0%

>10 n; % 3 50,0% 6 66,7% 9 60,0%

0,219e

≤10 n; % 27 90,0% 23 79,3% 50 84,7%

>10 n; % 3 10,0% 6 20,7% 9 15,3%

b

5-10 n; % 3 50,0% 0 0,0% 3 27,3%

11-20 n; % 1 16,7% 3 60,0% 4 36,4%

>20 n; % 2 33,3% 2 40,0% 4 36,4%

0,121e

≤10 n; % 3 50,0% 0 0,0% 3 27,3%

>10 n; % 3 50,0% 5 100,0% 8 72,7%

0,253e

≤10 n; % 27 90,0% 20 80,0% 47 85,5%

>10 n; % 3 10,0% 5 20,0% 8 14,5%

0,145e

Baixa n; % 29 96,7% 23 85,2% 52 91,2%

Elevada n; % 1 3,3% 4 14,8% 5 8,8%

0,125e

Não n; % 29 100,0% 27 90,0% 56 94,9%

Sim n; % 0 0,0% 3 10,0% 3 5,1%

0,739

Não n; % 25 83,3% 24 80,0% 49 81,7%

Sim n; % 5 16,7% 6 20,0% 11 18,3%

0,222e

Ocasionalmente n; % 5 100,0% 3 60,0% 8 80,0%

Diariamente n; % 0 0,0% 2 40,0% 2 20,0%

0,488

Não n; % 26 86,7% 24 80,0% 50 83,3%

Sim n; % 4 13,3% 6 20,0% 10 16,7%

Exposição a fumo do familiar

Quantos cigarros fuma por dia o

familiar (todas as participantes)

Quantos cigarros fuma por dia o

familiar

Tempo de fumo do familiar (rec.)

(anos)

Quantos cigarros fuma por dia o

familiar (rec.)

Exposição ocupacional a químicos

Tempo de fumo do familiar (todas as

participantes) (anos)

Consumo de álcool

Pratica desporto

Frequência da prática de desporto

Página 122 de 169

Page 123: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 7 de 10

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

0,500e

Não n; % 29 96,7% 28 93,3% 57 95,0%

Sim n; % 1 3,3% 2 6,7% 3 5,0%

0,236e

Não n; % 27 90,0% 24 80,0% 51 85,0%

Sim n; % 3 10,0% 6 20,0% 9 15,0%

0,488

Não n; % 26 86,7% 24 80,0% 50 83,3%

Sim n; % 4 13,3% 6 20,0% 10 16,7%

0,192

Não n; % 18 60,0% 22 75,9% 40 67,8%

Sim n; % 12 40,0% 7 24,1% 19 32,2%

0,260

Não n; % 23 76,7% 19 63,3% 42 70,0%

Sim n; % 7 23,3% 11 36,7% 18 30,0%

0,500e

Não n; % 30 100,0% 29 96,7% 59 98,3%

Sim n; % 0 0,0% 1 3,3% 1 1,7%

0,500e

Não n; % 29 96,7% 28 93,3% 57 95,0%

Sim n; % 1 3,3% 2 6,7% 3 5,0%

0,119e

Não n; % 30 100,0% 27 90,0% 57 95,0%

Sim n; % 0 0,0% 3 10,0% 3 5,0%

d

Não n; % 30 100,0% 30 100,0% 60 100,0%

Sim n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

0,500e

Não n; % 29 96,7% 30 100,0% 59 98,3%

Sim n; % 1 3,3% 0 0,0% 1 1,7%

0,246e

Não n; % 30 100,0% 28 93,3% 58 96,7%

Sim n; % 0 0,0% 2 6,7% 2 3,3%

Tem doença do sangue

Tem doença renal

Tem doença do figado

Tem asma

Tem doenças

Tem doença cardiovascular

Exposição total a químicos (rec.)

Exposição a químicos por hobby de

familiar

Exposição a químicos por hobby

próprio

Dentes chumbados

Tem diabetes

Página 123 de 169

Page 124: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 8 de 10

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

d

Não n; % 30 100,0% 30 100,0% 60 100,0%

Sim n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

d

Não n; % 30 100,0% 30 100,0% 60 100,0%

Sim n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

0,500e

Não n; % 30 100,0% 29 96,7% 59 98,3%

Sim n; % 0 0,0% 1 3,3% 1 1,7%

d

Não n; % 30 100,0% 30 100,0% 60 100,0%

Sim n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

0,097e

Não n; % 25 83,3% 29 96,7% 54 90,0%

Sim n; % 5 16,7% 1 3,3% 6 10,0%

0,246e

Não n; % 30 100,0% 28 93,3% 58 96,7%

Sim n; % 0 0,0% 2 6,7% 2 3,3%

0,376e

Não n; % 25 89,3% 13 81,3% 38 86,4%

Sim n; % 3 10,7% 3 18,8% 6 13,6%

0,500e

Não n; % 1 33,3% 0 0,0% 1 16,7%

Sim n; % 2 66,7% 3 100,0% 5 83,3%

d

Infert. Fem n; % 0 0,0% - - 0 0,0%

Infert. Masc. n; % 1 100,0% - - 1 100,0%

Outro n; % 0 0,0% - - 0 0,0%

Não sabe/Não responde n; % 0 0,0% - - 0 0,0%

0,113e

Normal n; % 25 83,3% 27 96,4% 52 89,7%

De risco n; % 5 16,7% 1 3,6% 6 10,3%

Tem alergia

Tem doença pulmonar

Tem enxaqueca

Tem doença endócrina

Tem HTA

Tem outra doença

Tipo de gravidez

Se não conseguiu engravidar após

ter estado mais de um ano a tentar

engravidar, qual o problema?

Alguma vez esteve mais de um ano a

tentar engravidar sem conseguir?

Após ter estado mais de um ano a

tentar engravidar sem conseguir,

chegou a engravidar?

Página 124 de 169

Page 125: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 9 de 10

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

n 30 30 0,202c 60,0

MA ± DP ; Mediana 39,3 ± 1,3 39,5 38,9 ± 1,4 39,0 39,1 ± 1,3 39,0

P25 ; P75 39,0 40,0 38,0 40,0 38,0 40,0

Mín ; Máx 36,0 41,0 36,0 42,0 36,0 42,0

0,824

Gemelar n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Eutócico n; % 22 73,3% 22 75,9% 44 74,6%

Cesariana n; % 8 26,7% 7 24,1% 15 25,4%

0,500e

Não n; % 28 93,3% 29 96,7% 57 95,0%

Sim n; % 2 6,7% 1 3,3% 3 5,0%

0,202e

Normal n; % 30 100,0% 23 92,0% 53 96,4%

Com alterações n; % 0 0,0% 2 8,0% 2 3,6%

b

0 n; % 12 40,0% 5 31,3% 17 37,0%

1 n; % 13 43,3% 8 50,0% 21 45,7%

2 n; % 2 6,7% 1 6,3% 3 6,5%

3 n; % 1 3,3% 2 12,5% 3 6,5%

4 n; % 2 6,7% 0 0,0% 2 4,3%

0,580e

≤1 n; % 25 83,3% 13 81,3% 38 82,6%

≥2 n; % 5 16,7% 3 18,8% 8 17,4%

b

1 n; % 13 43,3% 15 50,0% 28 46,7%

2 n; % 14 46,7% 13 43,3% 27 45,0%

3 n; % 2 6,7% 1 3,3% 3 5,0%

4 n; % 0 0,0% 1 3,3% 1 1,7%

5 n; % 1 3,3% 0 0,0% 1 1,7%

0,605

1 n; % 13 43,3% 15 50,0% 28 46,7%

≥2 n; % 17 56,7% 15 50,0% 32 53,3%

Nº de gravidezes anteriores

Nº de filhos contando com o actual

Nº de gravidezes anteriores (rec)

Nº de filhos contando com o actual

(rec)

Duração da gravidez

Exame físico

Foi necessária reanimação?

Tipo de parto

Página 125 de 169

Page 126: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 10 de 10

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Tabela 15 - Caracterização da amostra de estudo em grávidas (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

Não expostos (n=30)

Idade (anos)

Expostos (n=30) Amostra global (N=60)

n 17 14** 0,246c 31

MA ± DP ; Mediana 5,2 ± 2,4 4,0 6,5 ± 3,0 6,0 5,8 ± 2,7 5,0

P25 ; P75 3,0 6,0 4,0 9,0 3,0 8,0

Mín ; Máx 2,0 10,0 3,0 13,0 2,0 13,0

n 17 13** 0,408c 30

MA ± DP ; Mediana 7,6 ± 5,9 6,0 7,8 ± 10,2 4,0 7,7 ± 7,8 6,0

P25 ; P75 4,0 11,0 1,0 9,0 3,0 11,0

Mín ; Máx 0,0 24,0 0,0 36,0 0,0 36,0

Legenda

Notas

* Valor de p dado pelo teste do qui-quadrado ( χ2), excepto quando referido especificamente; ** Sem informação para os restantes indivíduos;

a Valor de p dado pelo teste t de Student;

b Teste do χ

2 não é válido devido a

frequências mínimas esperadas baixas; c Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney;

d Tratamento estatístico não permitido porque a variável de origem é uma constante;

e Valor de p dado pelo teste exacto de Fisher.

Tempo de amamentação do filho

anterior mais novo

Idade do filho anterior mais novo

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; n; %: Frequências absoluta (n) e relativa (%) na variável/categoria; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; P25 e P75: Percentis a 25% e a 75% (valores abaixo dos

quais se situam 25% dos indivíduos e 75% dos indivíduos, respectivamente); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Página 126 de 169

Page 127: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

pn 30 30 60

MA ± DP ; Mediana 3175,4 ± 396,1 3175,0 3320,3 ± 423,6 3259,0 3247,8 ± 413,1 3179,0

P25 ; P75 2940,0 3435,0 3000,0 3630,0 2985,0 3595,0

Mín ; Máx 2400,0 4045,0 2465,0 4060,0 2400,0 4060,0

Não n; % 29 96,7% 29 96,7% 58 96,7%

Sim n; % 1 3,3% 1 3,3% 2 3,3%

n 30 30 60

MA ± DP ; Mediana 48,3 ± 2,0 48,5 49,3 ± 1,9 49,3 48,8 ± 2,0 49,0

P25 ; P75 47,0 49,5 48,0 50,0 47,8 50,0

Mín ; Máx 42,0 51,1 46,0 55,0 42,0 55,0

n 30 29 59

MA ± DP ; Mediana 34,3 ± 1,5 34,5 34,9 ± 2,3 35,0 34,6 ± 2,0 34,5

P25 ; P75 33,5 35,0 34,0 35,5 33,5 35,2

Mín ; Máx 31,5 39,0 31,5 45,0 31,5 45,0

n 30 29 59

MA ± DP ; Mediana 8,8 ± 1,5 9,0 8,4 ± 1,5 9,0 8,6 ± 1,5 9,0

P25 ; P75 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0 9,0

Mín ; Máx 2,0 10,0 2,0 9,0 2,0 10,0

Não n; % 1 3,3% 3 10,3% 4 6,8%

Sim n; % 29 96,7% 26 89,7% 55 93,2%

n 30 29 59

MA ± DP ; Mediana 9,9 ± 0,4 10,0 9,8 ± 0,8 10,0 9,8 ± 0,6 10,0

P25 ; P75 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0 10,0

Mín ; Máx 8,0 10,0 6,0 10,0 6,0 10,0

Não n; % 0 0,0% 1 3,4% 1 1,7%

Sim n; % 30 100,0% 28 96,6% 58 98,3%

Legenda

Notas

Índice de Apgar ao 5º minuto

0,234a

0,754b

0,056c

0,248a

0,111a

0,293b

0,378a

Tabela 16 - Características dos nascituros da amostra de estudo (N=60) e análise comparativa entre expostos e não expostos, relativamente às variáveis de caracterização

Variáveis Categorias EstatísticasExpostos (n=30) Amostra global (N=60)

Valores

Não expostos (n=30)

a Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney;

b Valor de p dado pelo teste exacto de Fisher;

c Valor de p dado pelo teste t de Student.

Baixo peso ao nascer

Índice de Apgar ao 1º minuto normal

Peso ao nascer (g)

Comprimento ao nascer (cm)

Perímetro cefálico do nascituro (cm)

Índice de Apgar ao 1º minuto

Índice de Apgar ao 5º minuto normal

0,492b

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; n; %: Frequências absoluta (n) e relativa (%) na variável/categoria; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; P25 e P75: Percentis a 25% e a 75% (valores abaixo dos quais se situam

25% dos indivíduos e 75% dos indivíduos, respectivamente); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Página 127 de 169

Page 128: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

ICMín ICMáx

Expostos 30 0,897 0,770 0,100 0,100 0,200 0,800 1,200 2,050 2,300 3,100 3,100 0,555 0,371 0,830

Não expostos 30 5,187 3,914 0,400 0,700 1,500 5,500 8,100 10,050 12,400 13,900 13,900 3,439 2,369 4,991

Amostra global 60 3,042 3,535 0,100 0,100 0,600 1,250 5,500 8,450 10,050 12,400 13,900 1,382 0,966 1,976

Expostos 30 0,395 0,147 0,250 0,250 0,250 0,395 0,540 0,540 0,540 0,540 0,540 0,367 0,319 0,423

Não expostos 30 1,079 0,440 0,380 0,590 0,780 1,100 1,200 1,550 2,200 2,300 2,300 0,998 0,864 1,154

Amostra global 60 0,737 0,474 0,250 0,250 0,315 0,540 1,100 1,300 1,550 2,200 2,300 0,606 0,515 0,712

Expostos 30 1,550 0,051 1,500 1,500 1,500 1,550 1,600 1,600 1,600 1,600 1,600 1,549 1,531 1,567

Não expostos 30 3,149 0,986 1,300 1,980 2,500 3,300 3,600 4,500 5,200 5,200 5,200 2,989 2,647 3,376

Amostra global 60 2,350 1,063 1,300 1,500 1,500 1,600 3,300 3,900 4,500 5,200 5,200 2,152 1,940 2,387

Expostos 30 0,185 0,005 0,180 0,180 0,180 0,185 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190 0,185 0,183 0,187

Não expostos 30 0,210 0,082 0,076 0,108 0,160 0,200 0,250 0,330 0,360 0,370 0,370 0,193 0,166 0,226

Amostra global 60 0,197 0,059 0,076 0,140 0,180 0,190 0,200 0,295 0,330 0,360 0,370 0,189 0,175 0,204

Expostos 30 0,505 0,086 0,420 0,420 0,420 0,505 0,590 0,590 0,590 0,590 0,590 0,498 0,468 0,530

Não expostos 30 1,344 0,452 0,709 0,730 0,980 1,345 1,700 1,900 1,920 2,500 2,500 1,270 1,122 1,438

Amostra global 60 0,925 0,532 0,420 0,420 0,505 0,650 1,345 1,780 1,900 1,920 2,500 0,795 0,693 0,913

Expostos 30 0,108 0,033 0,075 0,075 0,075 0,108 0,140 0,140 0,140 0,140 0,140 0,102 0,091 0,115

Não expostos 30 0,234 0,073 0,110 0,133 0,170 0,250 0,290 0,320 0,360 0,360 0,360 0,222 0,197 0,251

Amostra global 60 0,171 0,085 0,075 0,075 0,093 0,140 0,250 0,300 0,320 0,360 0,360 0,151 0,133 0,172

Expostos 30 0,112 0,029 0,083 0,083 0,083 0,112 0,140 0,140 0,140 0,140 0,140 0,108 0,098 0,119

Não expostos 30 0,252 0,129 0,096 0,130 0,150 0,205 0,340 0,426 0,510 0,611 0,611 0,225 0,190 0,266

Amostra global 60 0,182 0,117 0,083 0,083 0,090 0,140 0,205 0,395 0,426 0,510 0,611 0,156 0,136 0,178

Expostos 30 0,014 0,003 0,011 0,011 0,011 0,014 0,017 0,017 0,017 0,017 0,017 0,013 0,012 0,014

Não expostos 30 0,030 0,015 0,015 0,016 0,019 0,027 0,034 0,053 0,062 0,078 0,078 0,027 0,023 0,032

Amostra global 60 0,022 0,014 0,011 0,011 0,013 0,017 0,027 0,039 0,053 0,062 0,078 0,019 0,017 0,022

Expostos 30 0,133 0,058 0,076 0,076 0,076 0,133 0,190 0,190 0,190 0,190 0,190 0,120 0,102 0,142

Não expostos 30 0,053 0,041 0,015 0,018 0,023 0,042 0,070 0,091 0,110 0,220 0,220 0,042 0,033 0,053

Amostra global 60 0,093 0,064 0,015 0,023 0,042 0,076 0,190 0,190 0,190 0,190 0,220 0,071 0,059 0,087

Expostos 30 0,008 0,003 0,005 0,005 0,005 0,008 0,011 0,011 0,011 0,011 0,011 0,007 0,006 0,009

Não expostos 30 0,010 0,006 0,003 0,003 0,006 0,009 0,013 0,017 0,021 0,027 0,027 0,009 0,007 0,011

Amostra global 60 0,009 0,005 0,003 0,005 0,005 0,009 0,011 0,015 0,017 0,021 0,027 0,008 0,007 0,009

Expostos 30 1,020 0,000 1,020 1,020 1,020 1,020 1,020 1,020 1,020 1,020 1,020 1,020 - -

Não expostos 30 1,307 0,394 0,510 0,897 0,990 1,320 1,530 1,725 1,890 2,550 2,550 1,249 1,117 1,398

Amostra global 60 1,164 0,312 0,510 0,957 1,020 1,020 1,320 1,530 1,725 1,890 2,550 1,129 1,062 1,200

Expostos 30 0,165 0,015 0,150 0,150 0,150 0,165 0,180 0,180 0,180 0,180 0,180 0,164 0,159 0,170

Não expostos 30 0,275 0,084 0,160 0,172 0,210 0,260 0,350 0,405 0,420 0,440 0,440 0,263 0,236 0,293

Amostra global 60 0,220 0,082 0,150 0,150 0,155 0,180 0,260 0,365 0,405 0,420 0,440 0,208 0,192 0,226

MG

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

1,2,3,4,7,8-HCDF

2,3,7,8-TCDD

1,2,3,7,8,9-HCDD

1,2,3,7,8-PCDD

1,2,3,4,7,8-HCDD

1,2,3,6,7,8-HCDD

1,2,3,4,6,7,8-HpCDD

2,3,4,7,8-PCDF

OCDD

2,3,7,8-TCDF

1,2,3,7,8-PCDF

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

IC 95%

Chumbo

Unidade

µg/dl

P50P25AM SD Mín P10

Tabela 17 - Estatísticas dos biomarcadores chumbo no sangue e dioxinas em leite materno em expostos, não expostos e amostra global

Grupo

populacionalNBiomarcador P98 MáxP75 P90 P95

Página 128 de 169

Page 129: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

ICMín ICMáx

MGIC 95%

Chumbo

Unidade

µg/dl

P50P25AM SD Mín P10

Tabela 17 - Estatísticas dos biomarcadores chumbo no sangue e dioxinas em leite materno em expostos, não expostos e amostra global

Grupo

populacionalNBiomarcador P98 MáxP75 P90 P95

Expostos 30 0,175 0,005 0,170 0,170 0,170 0,175 0,180 0,180 0,180 0,180 0,180 0,175 0,173 0,177

Não expostos 30 0,197 0,063 0,110 0,131 0,140 0,180 0,240 0,290 0,310 0,330 0,330 0,188 0,168 0,210

Amostra global 60 0,186 0,045 0,110 0,140 0,170 0,180 0,180 0,260 0,290 0,310 0,330 0,181 0,171 0,192

Expostos 30 0,030 0,004 0,026 0,026 0,026 0,030 0,034 0,034 0,034 0,034 0,034 0,030 0,028 0,031

Não expostos 30 0,029 0,024 0,010 0,010 0,010 0,023 0,039 0,045 0,090 0,120 0,120 0,022 0,017 0,028

Amostra global 60 0,029 0,017 0,010 0,010 0,023 0,026 0,034 0,040 0,045 0,090 0,120 0,026 0,023 0,029

Expostos 30 0,092 0,029 0,063 0,063 0,063 0,092 0,120 0,120 0,120 0,120 0,120 0,087 0,077 0,098

Não expostos 30 0,102 0,042 0,050 0,064 0,078 0,091 0,120 0,186 0,192 0,210 0,210 0,095 0,083 0,108

Amostra global 60 0,097 0,036 0,050 0,063 0,063 0,091 0,120 0,130 0,186 0,192 0,210 0,091 0,083 0,099

Expostos 30 0,029 0,005 0,024 0,024 0,024 0,029 0,033 0,033 0,033 0,033 0,033 0,028 0,027 0,030

Não expostos 30 0,031 0,013 0,010 0,019 0,022 0,029 0,038 0,050 0,054 0,069 0,069 0,029 0,025 0,034

Amostra global 60 0,030 0,010 0,010 0,021 0,024 0,029 0,033 0,044 0,050 0,054 0,069 0,029 0,026 0,031

Expostos 30 0,005 0,000 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005 0,005

Não expostos 30 0,004 0,004 0,001 0,001 0,002 0,003 0,005 0,008 0,010 0,022 0,022 0,003 0,002 0,004

Amostra global 60 0,004 0,003 0,001 0,002 0,003 0,005 0,005 0,005 0,008 0,010 0,022 0,004 0,003 0,004

Expostos 30 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000

Não expostos 30 0,001 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,008 0,008 0,000 0,000 0,000

Amostra global 60 0,000 0,001 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001 0,002 0,008 0,000 0,000 0,000

Expostos 30 2,868 0,253 2,619 2,619 2,619 2,868 3,117 3,117 3,117 3,117 3,117 2,857 2,768 2,949

Não expostos 30 6,299 2,028 2,808 3,714 4,619 6,280 7,685 8,610 10,504 11,292 11,292 5,980 5,307 6,738

Amostra global 60 4,583 2,246 2,619 2,619 2,713 3,117 6,280 7,800 8,610 10,504 11,292 4,133 3,694 4,625

Expostos 30 1,656 0,113 1,545 1,545 1,545 1,656 1,767 1,767 1,767 1,767 1,767 1,652 1,612 1,693

Não expostos 30 2,008 0,563 0,962 1,398 1,486 2,060 2,180 2,691 3,025 3,634 3,634 1,935 1,750 2,139

Amostra global 60 1,832 0,440 0,962 1,474 1,545 1,767 2,060 2,369 2,691 3,025 3,634 1,788 1,692 1,889

Expostos 30 4,524 0,366 4,163 4,163 4,163 4,524 4,884 4,884 4,884 4,884 4,884 4,509 4,380 4,642

Não expostos 30 8,307 2,558 3,771 5,112 6,093 8,313 10,034 11,052 13,529 14,926 14,926 7,926 7,076 8,877

Amostra global 60 6,415 2,631 3,771 4,163 4,163 4,884 8,313 10,143 11,052 13,529 14,926 5,978 5,450 6,557

Legenda

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos indivíduos, sendo # as percentagens dos

percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica; IC95%: Intervalo de confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%.

Total PCDD/PCDF pg de TEQ-WHO /

g de gordura

Total PCDF pg de TEQ-WHO /

g de gordura

Total PCDD pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

OCDF

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

1,2,3,4,7,8,9-HpCDF

pg de TEQ-WHO /

g de gordura

1,2,3,7,8,9-HCDF

2,3,4,6,7,8-HCDF

1,2,3,4,6,7,8-HpCDF

1,2,3,6,7,8-HCDF

Página 129 de 169

Page 130: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 4

ICMín ICMáx

Exposta 30 0,897 0,770 0,100 0,100 0,200 0,800 1,200 2,050 2,300 3,100 3,100 0,555 0,371 0,830

Não exposta 30 5,187 3,914 0,400 0,700 1,500 5,500 8,100 10,050 12,400 13,900 13,900 3,439 2,369 4,991

18-29 30 3,417 3,761 0,100 0,150 0,700 1,650 7,400 8,900 9,300 13,900 13,900 1,579 0,943 2,643

30-45 30 2,667 3,316 0,100 0,100 0,600 1,200 3,100 7,900 10,800 12,400 12,400 1,209 0,733 1,995

<1 12 3,033 3,253 0,400 0,500 0,800 1,650 4,250 9,200 9,300 9,300 9,300 1,796 0,975 3,309

1 a 3 13 3,400 3,974 0,100 0,400 1,000 1,500 5,300 7,400 13,900 13,900 13,900 1,165 0,640 2,117

4 a 5 8 3,188 3,587 0,100 0,100 0,300 1,300 6,800 8,600 8,600 8,600 8,600 1,747 0,850 3,590

>5 26 2,915 3,651 0,100 0,100 0,600 1,150 3,100 8,300 10,800 12,400 12,400 1,231 0,376 4,028

≤3 25 3,224 3,575 0,100 0,400 0,900 1,500 5,300 9,200 9,300 13,900 13,900 1,771 1,111 2,821

>3 34 2,979 3,584 0,100 0,100 0,400 1,200 6,000 8,300 10,800 12,400 12,400 1,180 0,697 1,998

Mineral 20 2,980 3,717 0,100 0,100 0,550 1,150 4,300 9,250 10,850 12,400 12,400 1,258 0,654 2,423

Torneira 25 3,008 3,523 0,100 0,400 0,600 1,200 5,300 8,100 8,300 13,900 13,900 1,476 0,878 2,479

Mineral e torneira 15 3,180 3,552 0,100 0,100 0,600 1,600 7,400 8,600 10,800 10,800 10,800 1,402 0,643 3,057

Não 20 2,980 3,717 0,100 0,100 0,550 1,150 4,300 9,250 10,850 12,400 12,400 1,258 0,654 2,423

Sim 40 3,073 3,489 0,100 0,150 0,600 1,400 5,500 8,200 9,700 13,900 13,900 1,448 0,941 2,226

Não 44 2,643 3,371 0,100 0,100 0,650 1,200 2,600 7,600 9,300 13,900 13,900 1,247 0,840 1,851

Sim 16 4,138 3,852 0,100 0,100 0,500 2,700 7,750 9,200 10,800 10,800 10,800 1,831 0,827 4,055

Ocasionalmente 23 1,809 2,220 0,100 0,100 0,500 1,000 2,000 5,300 7,500 8,100 8,100 0,936 0,560 1,565

Diariamente 25 1,372 1,422 0,100 0,100 0,400 1,100 1,900 2,600 3,100 6,800 6,800 0,822 0,523 1,294

Ocasionalmente 19 1,674 2,114 0,100 0,100 0,100 1,100 2,100 6,800 7,500 7,500 7,500 0,762 0,400 1,453

Diariamente 27 1,593 1,714 0,100 0,200 0,600 1,000 2,000 2,800 5,300 8,100 8,100 1,000 0,674 1,486

Ocasionalmente 39 1,592 1,919 0,100 0,100 0,400 1,000 2,000 3,100 7,500 8,100 8,100 0,836 0,563 1,242

Diariamente 6 1,767 1,824 0,400 0,400 0,500 1,250 1,900 5,300 5,300 5,300 5,300 1,202 0,564 2,563

P50

Tempo que vive na residência actual (rec.)

(anos)

(p=0,420a)

Tempo que vive na residência actual (anos)

(p=0,882b)

Grupos etários (anos)

(p=0,437a)

Área de estudo

(p<0,001a)

N AM SD Mín

Tipo de água para consumo

(p=0,938b)

CategoriasVariáveis (p*)

Consumo de água da torneira

(p=0,748a)

Frequência do consumo de vegetais

(p=0,828a)

Consumo de vegetais de origem local

(p=0,340a)

P98P10 P25 P75 P90 P95

Tabela 18 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da amostra de estudo (N=60)

IC 95%Máx MG

Frequência do consumo de carne

(p=0,679a)

Frequência do consumo de peixe

(p=0,708a)

Página 130 de 169

Page 131: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 4

ICMín ICMáxP50

Área de estudo

N AM SD MínCategoriasVariáveis (p*)

P98P10 P25 P75 P90 P95

Tabela 18 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da amostra de estudo (N=60)

IC 95%Máx MG

Carne 42 3,090 3,633 0,100 0,200 0,700 1,250 5,700 8,300 9,300 13,900 13,900 1,444 0,953 2,188

Peixe 7 0,700 0,924 0,100 0,100 0,100 0,400 1,200 2,600 2,600 2,600 2,600 0,338 0,128 0,890

Igual 11 4,345 3,661 0,600 1,000 1,000 2,300 7,400 8,600 10,800 10,800 10,800 2,863 1,565 5,238

Igual ou peixe 18 2,928 3,395 0,100 0,100 0,400 1,350 5,300 8,600 10,800 10,800 10,800 1,247 0,612 2,538

Carne 42 3,090 3,633 0,100 0,200 0,700 1,250 5,700 8,300 9,300 13,900 13,900 1,444 0,953 2,188

Igual ou carne 53 3,351 3,640 0,100 0,400 0,700 1,500 6,000 8,600 10,800 12,400 13,900 1,66421 1,1634 2,381

Peixe 7 0,700 0,924 0,100 0,100 0,100 0,400 1,200 2,600 2,600 2,600 2,600 0,33754 0,12803 0,890

Ocasionalmente 3 4,100 3,606 1,100 1,100 1,100 3,100 8,100 8,100 8,100 8,100 8,100 3,023 0,977 9,357

Diariamente 40 1,490 1,667 0,100 0,100 0,450 1,000 1,900 2,700 6,050 7,500 7,500 0,849 0,589 1,224

Baixa 17 2,194 2,656 0,100 0,100 0,600 1,100 2,600 7,500 8,100 8,100 8,100 0,966 0,473 1,972

Elevada 26 1,331 1,147 0,100 0,200 0,500 1,000 1,900 2,600 2,800 5,300 5,300 0,903 0,617 1,323

Não 52 3,006 3,610 0,100 0,100 0,600 1,200 5,500 8,300 10,800 12,400 13,900 1,296 0,872 1,927

Sim 8 3,275 3,216 0,400 0,400 1,300 1,950 5,350 8,600 8,600 8,600 8,600 2,091 1,005 4,353

≤10 6 3,717 3,680 0,400 0,400 0,700 2,250 8,100 8,600 8,600 8,600 8,600 2,141 0,787 5,824

>10 2 1,950 0,071 1,900 1,900 1,900 1,950 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 1,949 1,854 2,050

≤10 58 3,079 3,591 0,100 0,100 0,600 1,200 5,700 8,600 10,800 12,400 13,900 1,365 0,943 1,976

>10 2 1,950 0,071 1,900 1,900 1,900 1,950 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 1,949 1,854 2,050

<5 4 4,450 4,510 0,400 0,400 0,550 4,400 8,350 8,600 8,600 8,600 8,600 2,102 0,434 10,170

≥5 4 2,100 0,337 1,900 1,900 1,900 1,950 2,300 2,600 2,600 2,600 2,600 2,082 1,797 2,412

<5 56 3,109 3,651 0,100 0,100 0,600 1,200 5,850 8,600 10,800 12,400 13,900 1,342 0,915 1,966

≥5 4 2,100 0,337 1,900 1,900 1,900 1,950 2,300 2,600 2,600 2,600 2,600 2,082 1,797 2,412

Não 41 2,137 2,823 0,100 0,100 0,400 1,000 2,100 7,400 8,300 10,800 10,800 0,942 0,616 1,441

Sim 19 4,995 4,168 0,400 0,600 1,900 2,800 8,100 12,400 13,900 13,900 13,900 3,156 1,924 5,179

Frequência de consumo de peixe, carne e leite (rec.)

(p=0,654a)

Fumou antes da gravidez

(p=0,002a)

Fumadora actual

(p=0,366a)

Tempo de fumo (fumadoras) (anos)

(p=0,857a)

Quantos cigarros fuma por dia (fumadoras)

(p=1,000a)

Tempo de fumo (todas as participantes) (anos)

(p=0,651a)

Quantos cigarros fuma por dia (todas as participantes)

(p=0,447a)

Frequência do consumo de leite

(p=0,066a)

Consumo preferencial de carne

(p=0,753a)

Consumo preferencial de peixe

(p=0,009a)

Consumo preferencial de carne ou peixe

(p=0,016b)

Página 131 de 169

Page 132: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 3 de 4

ICMín ICMáxP50

Área de estudo

N AM SD MínCategoriasVariáveis (p*)

P98P10 P25 P75 P90 P95

Tabela 18 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da amostra de estudo (N=60)

IC 95%Máx MG

Não 42 1,433 1,655 0,100 0,100 0,400 1,000 1,600 2,800 5,300 7,500 7,500 0,797 0,555 1,144

Sim 5 3,000 2,964 0,400 0,400 1,900 2,000 2,600 8,100 8,100 8,100 8,100 2,000 0,780 5,130

Não 49 2,322 2,886 0,100 0,100 0,500 1,100 2,600 8,100 8,600 10,800 10,800 1,073 0,733 1,572

Sim 11 6,245 4,465 0,600 0,700 2,300 6,000 9,300 12,400 13,900 13,900 13,900 4,258 2,250 8,058

Não 41 2,137 2,823 0,100 0,100 0,400 1,000 2,100 7,400 8,300 10,800 10,800 0,942 0,616 1,441

Sim 19 4,995 4,168 0,400 0,600 1,900 2,800 8,100 12,400 13,900 13,900 13,900 3,156 1,924 5,179

Baixa 58 3,079 3,591 0,100 0,100 0,600 1,200 5,700 8,600 10,800 12,400 13,900 1,365 0,943 1,976

Elevada 2 1,950 0,071 1,900 1,900 1,900 1,950 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 1,949 1,854 2,050

Não 56 2,691 3,141 0,100 0,100 0,600 1,200 2,950 8,100 9,200 9,300 12,400 1,246 0,866 1,791

Sim 3 10,133 4,140 5,700 5,700 5,700 10,800 13,900 13,900 13,900 13,900 13,900 9,494 5,645 15,968

Não 44 2,711 3,393 0,100 0,100 0,550 1,150 2,950 7,500 9,300 13,900 13,900 1,190 0,781 1,812

Sim 16 3,950 3,869 0,100 0,400 0,850 1,950 7,850 8,600 12,400 12,400 12,400 2,085 1,078 4,030

≤10 6 3,417 3,944 0,100 0,100 0,600 1,450 8,300 8,600 8,600 8,600 8,600 1,418 0,366 5,501

>10 9 3,900 4,057 0,400 0,400 1,300 2,000 5,700 12,400 12,400 12,400 12,400 2,334 1,120 4,867

≤10 50 2,796 3,427 0,100 0,100 0,600 1,150 3,100 8,450 9,300 12,350 13,900 1,215 0,815 1,811

>10 9 3,900 4,057 0,400 0,400 1,300 2,000 5,700 12,400 12,400 12,400 12,400 2,334 1,120 4,867

≤10 3 1,333 1,069 0,100 0,100 0,100 1,900 2,000 2,000 2,000 2,000 2,000 0,724 0,104 5,044

>10 8 2,075 2,542 0,400 0,400 0,650 1,150 2,250 8,100 8,100 8,100 8,100 1,311 0,676 2,545

≤10 47 2,623 3,305 0,100 0,100 0,500 1,200 2,800 7,500 9,300 13,900 13,900 1,153 0,766 1,733

>10 8 2,075 2,542 0,400 0,400 0,650 1,150 2,250 8,100 8,100 8,100 8,100 1,311 0,676 2,545

Baixa 52 2,763 3,363 0,100 0,100 0,600 1,200 2,950 8,300 9,300 10,800 13,900 1,237 0,842 1,817

Elevada 5 2,620 3,178 0,400 0,400 0,700 1,300 2,600 8,100 8,100 8,100 8,100 1,503 0,538 4,198

Fumou durante a gravidez

(p=0,103a)

Consumo de álcool

(p=0,008a)

Quantos cigarros fuma por dia o familiar (todas as participantes)

(p=0,972a)

Tempo de fumo do familiar (todas as participantes) (anos)

(p=0,213a)

Exposição a fumo do familiar

(p=0,859a)

Exposição a fumo próprio

(p=0,651a)

Ser ex-fumadora

(p=0,004a)

Familiar fumador na residência

(p=0,170a)

Tempo de fumo do familiar (anos)

(p=0,607a)

Quantos cigarros fuma por dia o familiar

(p=1,000a)

Já alguma vez fumou

(p=0,002a)

Página 132 de 169

Page 133: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 4 de 4

ICMín ICMáxP50

Área de estudo

N AM SD MínCategoriasVariáveis (p*)

P98P10 P25 P75 P90 P95

Tabela 18 - Níveis de exposição a chumbo (µg/dl) relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da amostra de estudo (N=60)

IC 95%Máx MG

Não 40 3,863 3,873 0,100 0,250 0,950 2,050 7,400 9,250 11,600 13,900 13,900 1,921 1,242 2,970

Sim 19 1,158 1,655 0,100 0,100 0,400 0,700 1,200 2,600 7,500 7,500 7,500 0,639 0,384 1,063

Não 49 2,808 3,574 0,100 0,100 0,500 1,000 2,800 8,300 9,300 13,900 13,900 1,155 0,766 1,741

Sim 11 4,082 3,313 1,200 1,400 1,600 2,300 6,800 8,600 10,800 10,800 10,800 3,074 1,942 4,866

Não 42 2,876 3,468 0,100 0,100 0,600 1,050 5,300 8,300 9,200 12,400 12,400 1,255 0,816 1,931

Sim 18 3,428 3,761 0,100 0,100 1,100 2,100 5,700 9,300 13,900 13,900 13,900 1,727 0,903 3,303

Não 50 2,912 3,350 0,100 0,150 0,600 1,250 5,300 7,950 9,200 12,350 13,900 1,391 0,955 2,027

Sim 10 3,690 4,505 0,100 0,100 0,500 1,550 8,100 10,850 12,400 12,400 12,400 1,334 0,451 3,944

Não 57 3,160 3,589 0,100 0,100 0,600 1,400 5,700 8,600 10,800 12,400 13,900 1,427 0,981 2,074

Sim 3 0,800 0,361 0,500 0,500 0,500 0,700 1,200 1,200 1,200 1,200 1,200 0,749 0,454 1,234

Não 51 3,067 3,660 0,100 0,100 0,600 1,200 5,700 8,600 10,800 12,400 13,900 1,340 0,903 1,989

Sim 9 2,900 2,902 0,100 0,100 1,000 1,900 2,600 8,100 8,100 8,100 8,100 1,643 0,690 3,912

Baixa/Nula 50 2,912 3,350 0,100 0,150 0,600 1,250 5,300 7,950 9,200 12,350 13,900 1,391 0,955 2,027

Elevada 10 3,690 4,505 0,100 0,100 0,500 1,550 8,100 10,850 12,400 12,400 12,400 1,334 0,451 3,944

≤1 21 1,695 1,961 0,100 0,400 0,600 1,000 1,900 3,100 6,800 7,500 7,500 1,596 0,874 2,917

≥2 8 1,388 0,940 0,100 0,100 0,700 1,200 2,300 2,600 2,600 2,600 2,600 1,217 0,801 1,851

1 28 3,900 4,072 0,100 0,100 0,550 1,750 7,500 9,300 10,800 13,900 13,900 1,018 0,639 1,621

≥2 32 2,291 2,846 0,100 0,400 0,650 1,200 2,450 6,800 8,600 12,400 12,400 0,968 0,451 2,080

Legenda

Notas

Dentes chumbados

(p=0,003a)

Nº de gravidezes anteriores (rec.)

(p=0,701a)

Nº de filhos contando com o actual (rec.)

(p=0,365a)

Tem doenças

(p=0,276a)

Pratica desporto

(p=0,022a)

Exposição ocupacional a químicos

(p=0,913a)

Exposição a químicos por hobby próprio

(p=0,308a)

Exposição a químicos por hobby de familiar

(p=0,583a)

Exposição total a químicos (rec.)

(p=0,913a)

a Teste de Mann-Whitney;

b Teste de Kruskal-Wallis.

p*: Valor de p para a análise comparativa entre os subgrupos/estratos definidos em cada uma das principais variáveis de caracterização da amostra; N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão;

P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos indivíduos, sendo # as percentagens dos percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica; IC95%: Intervalo de

confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.Página 133 de 169

Page 134: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

6,875*,1 1,838*

<0,0012 <0,001

1,375 1,276*

0,437 0,013

1,250 1,047

0,420 0,518

1,217 1,047

0,748 0,279

2,250 1,410*

0,340 0,048

1,100 1,000

0,828 0,338

1,100 1,000

0,679 0,755

1,250 1,124

0,708 0,333

1,080 1,365

0,753 0,422

3,750* 1,033

0,009 0,469

3,100 1,000

0,066 1,000

1,100 1,000

0,654 0,309

1,625 1,124

0,366 0,691

1,154 1,347

0,857 0,286

2,256 1,570

1,000 0,114

1,625 1,098

0,651 0,289

1,625 1,098

0,447 0,139

2,800* 1,248*

0,002 0,031

2,000 1,000

0,103 0,675

5,455* 1,744*

0,004 0,003

2,800* 1,248*

0,002 0,031

1,625 1,098

0,651 0,289

1,696 1,147

0,170 0,350

1,379 1,110

0,607 0,536

1,652 1,346

1,000 0,210

Familiar fumador na residência

Quantos cigarros fuma por dia o familiar (das participantes que têm familiar fumador)

Tempo de fumo do familiar (das participantes que têm familiar fumador) (anos)

Exposição a fumo próprio

Tempo de fumo (fumadoras) (anos)

Quantos cigarros fuma por dia (fumadoras)

Fumou antes da gravidez

Quantos cigarros fuma por dia (todas as participantes)

Tempo de fumo (de todas as participantes) (anos)

Ser ex-fumadora

Fumou durante a gravidez

Já alguma vez fumou

Frequência do consumo de vegetais

Consumo de vegetais de origem local

Frequência do consumo de carne

Frequência do consumo de peixe

Tabela 19 - Análise de associação entre os níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=60) e potenciais determinantes desses níveis

Pb Dioxinas Variáveis

Área de estudo

Tempo que vive na residência actual (rec.) (anos)

Grupo etário (anos)

Consumo preferencial de peixe

Frequência do consumo de carne, peixe e leite (rec.)

Fumadora actual

Consumo de água da torneira

Frequência do consumo de leite

Consumo preferencial de carne

Página 134 de 169

Page 135: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

Tabela 19 - Análise de associação entre os níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=60) e potenciais determinantes desses níveis

Pb Dioxinas Variáveis

Área de estudo 1,739 1,248

0,213 0,085

1,043 1,147

0,972 0,431

1,083 1,248

0,859 0,196

9,000* 2,054*

0,008 0,039

2,929* 1,040

0,003 0,754

2,300* 1,047

0,022 0,634

2,000 1,147

0,276 0,359

1,240 1,147

0,913 0,960

2,000 1,763

0,308 0,415

1,583 1,248

0,583 0,793

1,240 1,147

0,913 0,960

1,200 1,000

0,701 0,599

1,458 1,040

0,365 0,928

Legenda

Notas

Nº de filhos contando com o actual (rec.)

Pratica desporto

Exposição total a químicos (rec.)

Exposição a químicos por hobby de familiar

Exposição a fumo do familiar

* Variável seleccionada para entrar no modelo; 1 Força de associação, medida através da razão entre as medianas de cada categoria

da variável; 2 Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney.

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; Pb: Níveis de chumbo no sangue (µg/dl); Dioxinas: Níveis de dioxinas no leite

materno (pg de TEQ-WHO/g de gordura); (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Exposição a químicos por hobby próprio

Exposição ocupacional a químicos

Nº de gravidezes anteriores (rec.)

Dentes chumbados

Tem doenças

Tempo de fumo do familiar (todas as participantes) (anos)

Quantos cigarros fuma por dia o familiar (todas as participantes)

Consumo de álcool

Página 135 de 169

Page 136: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Pb Dioxinas Idade IMCIdade do filho

anterior

Tempo de

amamentação do

filho anterior

Duração da

gravidez

R: 0,508 R: -0,073 R: 0,046 R: 0,057 R: -0,029 R: -0,209

(<0,001)1 (0,581)1 (0,764)1 (0,762)1 (0,880)1 (0,108)1

(<0,001)2 (0,606)2 (0,898)2 (0,645)2 (0,617)2 (0,782)2

R: 0,385 R: -0,034 R: 0,192 R: -0,284 R: -0,140

(0,002)1 (0,823)1 (0,302)1 (0,128)1 (0,287)1

(0,004)2 (0,199)2 (0,135)2 (0,410)2 (0,550)2

R: 0,007 R: 0,275 R: 0,041 R: -0,114

(0,962)1 (0,134)1 (0,829)1 (0,385)1

(0,691)2 (0,109)2 (0,481)2 (0,381)2

R: 0,109 R: -0,057 R: 0,445

(0,581)1 (0,775)1 (0,002)1

(0,577)2 (0,527)2 (0,015)2

R: 0,272 R: -0,140

(0,146)1 (0,453)1

(0,045)2 (0,315)2

R: -0,081

(0,672)1

(0,432)2

Notas

– –

– –

– –

– – – –

IMC

– –

– –

Idade do filho

anterior

Tabela 20 - Correlação entre os níveis dos biomarcadores (BM) de exposição determinados na amostra de estudo (N=60) e potenciais determinantes

Legenda

– –

Pb

Dioxinas

Idade

1 Valor de p para a análise de correlação de Spearman;2 Valor de p para a análise de regressão linear.

N: Dimensão da amostra global; Pb: Níveis de chumbo no sangue (µg/dl); Dioxinas: Níveis de dioxinas no leite materno (pg de TEQ-WHO / g de gordura); Idade: Idade das

participantes (anos); IMC: Índice de massa corporal ( Kg/m2); R: Coeficiente de correlação de Spearman.

––

Duração da

gravidez

Tempo de

amamentação do

filho anterior

Página 136 de 169

Page 137: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

-0,0731

0,3851

0,5812

0,0022

-0,2091

0,1082

-0,2841

0,1282

6,8753

1,8383

<0,0014

<0,0014

1,2503

1,0473

0,4204

0,5184

1,2173

0,7484

2,2503

1,4103

0,3404

0,0484

1,3653

0,4224

3,7503

1,0333

0,0094

0,4694

2,8003

1,2483

0,0024

0,0314

5,4553

1,7443

0,0044

0,0034

1,6253

1,0983

0,6514

0,2894

1,6963

0,1704

1,0833

1,2483

0,8594

0,1964

9,0003

2,0543

0,0084

0,0394

2,9293

0,0034

2,3003

0,0224

1,2403

1,1473

0,9134

0,9604

1,4583

0,3654

Legenda

Notas

Tempo de amamentação do filho anterior (meses)

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; Pb: Níveis de chumbo no sangue (µg/dl); Dioxinas: Níveis de dioxinas no leite

materno (pg de TEQ-WHO/g de gordura); (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Tabela 21 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão linear múltipla referentes aos níveis dos biomarcadores (BM)

determinados na amostra em estudo

Pb Dioxinas Variáveis

Idade (anos)

Duração da gravidez (semanas)

Familiar fumador na residência

Fumou antes da gravidez

Área de estudo

Tempo que vive na residência actual (rec.) (anos)

Consumo de álcool

Nº de filhos contando com o actual (rec.)

Exposição a fumo próprio

Exposição a fumo do familiar

Pratica desporto

Exposição total a químicos (rec.)

Consumo de água da torneira

Consumo preferencial de carne

Consumo de vegetais de origem local

Dentes chumbados

Ser ex-fumadora

1 Força de associação, medida através do coeficiente da correlação de Spearman;

2 Valor de p dado pela correlação de Spearman;

3

Força de associação, medida através da razão entre as medianas de cada categoria da variável; 4 Valor de p dado pelo teste de Mann-

Whitney.

Consumo preferencial de peixe

Página 137 de 169

Page 138: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ICMín ICMáx ICMín ICMáx

Idade (anos) -0,043 -0,090 0,523 -0,176 0,090 0,199 0,569 <0,001 0,122 0,276

Tempo de amamentação do filho anterior (meses) – – – – – -0,093 -0,370 0,004 -0,155 -0,030

Área de exposição

*Não exposta

Exposta

Consumo de água da torneira

*Não

Sim

Consumo preferencial de peixe (rec.)

*Consome mais carne ou igual

Consome mais peixe

Consumo de álcool

*Não Consome

Consome

Dentes chumbados*Não

Sim

R2ajustado / R

2

pmodelo

Legenda

Notas

Tabela 22 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nos níveis de biomarcadores (BM) determinados na amostra de estudo (N=60)

Variáveis

Modelo Chumbo (n=58) Modelo Dioxinas (n=60)

B RParcial pIC (95)% IC (95)%

B RParcial

-3,738 -0,624 <0,001 -5,056 -2,421 -3,584 -0,773

––

p

-2,798<0,001 -4,371

––

––

5,390 0,449 0,001 2,371

-1,720 -0,303 0,027 -3,239 -0,201

– – –8,408

-1,964 -0,274 0,047 -3,905 -0,023

– – – –

-1,567 -0,295 0,032 -2,995 -0,139

– – –

– – –

* Categoria de referência.

0,558 / 0,604 0,670 / 0,686

<0,001 <0,001

n: Número de indivíduos/elementos da amostra; B: Coeficiente de regressão; RParcial: Coeficiente de correlação parcial para uma dada variável independente e

ajustada para as outras variáveis independentes; p: Probabilidade da associação ser devida ao acaso; R2: Coeficiente de determinação do modelo; R

2 ajustado:

Coeficiente de determinação do modelo ajustado ás variáveis independentes; Mín: Mínimo; Máx: Máximo; IC95%: Intervalo de confiança a 95%; ICMín: Limite

inferior de IC 95%; ICMáx

: Limite superior de IC 95%.

Página 138 de 169

Page 139: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 4

ICMín ICMáx

Exposta 30 4,524 0,366 4,163 4,163 4,163 4,524 4,884 4,884 4,884 4,884 4,884 4,509 4,380 4,642

Não exposta 30 8,307 2,558 3,771 5,112 6,093 8,313 10,034 11,052 13,529 14,926 14,926 7,926 7,076 8,877

18-29 30 5,811 2,407 3,771 4,163 4,163 4,163 7,038 10,216 10,467 11,638 11,638 5,423 4,767 6,170

30-45 30 7,020 2,744 4,884 4,884 4,884 5,311 8,609 10,114 13,529 14,926 14,926 6,590 5,816 7,467

<1 12 6,605 2,721 4,163 4,163 4,524 5,112 8,816 10,467 11,638 11,638 11,638 6,152 4,950 7,646

1 a 3 13 6,399 2,032 4,163 4,163 4,884 6,093 7,774 8,609 10,341 10,341 10,341 5,751 5,045 6,555

4 a 5 8 7,463 4,372 4,163 4,163 4,524 4,965 10,819 14,926 14,926 14,926 14,926 6,111 5,148 7,254

>5 26 6,100 2,251 3,771 4,163 4,163 4,884 8,609 9,979 10,091 10,194 10,194 6,557 4,569 9,408

≤3 25 6,498 2,339 4,163 4,163 4,884 5,112 7,774 10,341 10,467 11,638 11,638 6,131 5,360 7,012

>3 34 6,421 2,870 3,771 4,163 4,163 4,884 8,609 10,091 13,529 14,926 14,926 5,931 5,210 6,752

Mineral 20 6,123 2,782 4,163 4,163 4,163 4,884 7,777 10,606 12,583 13,529 13,529 5,668 4,798 6,695

Torneira 25 6,740 2,842 4,163 4,163 4,884 5,112 8,609 10,341 10,467 14,926 14,926 6,257 5,388 7,267

Mineral e torneira 15 6,264 2,120 3,771 4,163 4,884 4,884 8,109 9,332 10,194 10,194 10,194 5,949 5,035 7,028

Não 20 6,123 2,782 4,163 4,163 4,163 4,884 7,777 10,606 12,583 13,529 13,529 5,668 4,798 6,695

Sim 40 6,561 2,576 3,771 4,163 4,884 5,112 8,359 10,143 10,404 14,926 14,926 6,140 5,492 6,863

Não 44 6,080 2,579 3,771 4,163 4,163 4,884 7,421 9,573 10,341 14,926 14,926 5,676 5,111 6,303

Sim 16 7,338 2,632 4,163 4,884 4,884 6,888 10,006 10,467 11,638 11,638 11,638 6,896 5,763 8,250

Ocasionalmente 23 5,444 1,791 3,771 4,163 4,163 4,884 6,093 8,609 8,609 10,194 10,194 5,213 4,633 5,865

Diariamente 25 5,956 2,599 4,163 4,163 4,884 4,884 5,738 10,091 10,467 14,926 14,926 5,579 4,881 6,376

Ocasionalmente 19 5,998 2,845 3,771 4,163 4,163 4,884 7,598 10,194 14,926 14,926 14,926 5,547 4,681 6,574

Diariamente 27 5,170 1,223 4,163 4,163 4,163 4,884 5,112 7,244 7,774 8,609 8,609 5,053 4,668 5,469

Ocasionalmente 39 5,496 2,172 3,771 4,163 4,163 4,884 5,112 8,609 10,194 14,926 14,926 5,217 4,749 5,732

Diariamente 6 5,840 1,443 4,163 4,163 4,884 5,488 7,244 7,774 7,774 7,774 7,774 5,694 4,673 6,937

Tabela 23 - Níveis de exposição a dioxinas relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da amostra de estudo (N=60)

Consumo de água da torneira

(p=0,279a)

Frequência do consumo de vegetais

(p=0,338a)

Consumo de vegetais de origem local

(p=0,048a)

Frequência do consumo de carne

(p=0,755a)

Frequência do consumo de peixe

(p=0,333a)

Tipo de água para consumo

(p=0,505b)

Variáveis (p*)

Categorias P90P10 P25 P75N AM MínIC 95%

Máx MGP95 P98P50

Tempo que vive na residência actual (rec.)

(anos)

(p=0,518a)

Tempo que vive na residência actual (anos)

(p=0,857b)

Grupos etários (anos)

(p=0,013a)

Área de estudo

(p<0,001a)

SD

Página 139 de 169

Page 140: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 4

ICMín ICMáx

Tabela 23 - Níveis de exposição a dioxinas relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da amostra de estudo (N=60)

Variáveis (p*)

Categorias P90P10 P25 P75N AM MínIC 95%

Máx MGP95 P98P50

Área de estudo

SD

Carne 42 6,212 2,564 4,163 4,163 4,163 4,884 8,609 10,194 10,467 13,529 13,529 5,794 5,195 6,463

Peixe 7 6,697 4,227 3,771 3,771 4,163 4,884 10,091 14,926 14,926 14,926 14,926 5,851 3,961 8,643

Igual 11 7,012 1,593 4,163 4,884 5,738 7,598 8,109 8,517 9,332 9,332 9,332 6,829 5,893 7,913

Igual ou peixe 18 6,890 2,797 3,771 4,163 4,884 6,668 8,109 10,091 14,926 14,926 14,926 6,431 5,408 7,646

Carne 42 6,212 2,564 4,163 4,163 4,163 4,884 8,609 10,194 10,467 13,529 13,529 5,794 5,195 6,463

Igual ou carne 53 6,378 2,404 4,163 4,163 4,884 5,046 8,109 10,034 10,467 11,638 13,529 5,995 5,463 6,579

Peixe 7 6,697 4,227 3,771 3,771 4,163 4,884 10,091 14,926 14,926 14,926 14,926 5,851 3,961 8,643

Ocasionalmente 3 5,047 0,975 4,163 4,163 4,163 4,884 6,093 6,093 6,093 6,093 6,093 4,985 4,015 6,189

Diariamente 40 5,519 2,136 3,771 4,163 4,163 4,884 5,425 8,192 9,402 14,926 14,926 5,247 4,786 5,752

Baixa 17 6,242 2,946 3,771 4,163 4,163 4,884 7,598 10,194 14,926 14,926 14,926 5,758 4,783 6,932

Elevada 26 4,991 1,009 4,163 4,163 4,163 4,884 4,884 7,244 7,244 7,774 7,774 4,908 4,580 5,259

Não 52 6,506 2,742 4,163 4,163 4,163 4,884 8,563 10,194 11,638 13,529 14,926 6,038 5,451 6,688

Sim 8 5,826 1,767 3,771 3,771 4,524 5,488 7,101 8,609 8,609 8,609 8,609 5,602 4,560 6,883

≤10 6 6,260 1,848 3,771 3,771 4,884 6,093 8,109 8,609 8,609 8,609 8,609 6,023 4,701 7,716

>10 2 4,524 0,510 4,163 4,163 4,163 4,524 4,884 4,884 4,884 4,884 4,884 4,509 3,856 5,273

≤10 58 6,481 2,652 3,771 4,163 4,163 4,965 8,517 10,194 11,638 13,529 14,926 6,037 5,492 6,635

>10 2 4,524 0,510 4,163 4,163 4,163 4,524 4,884 4,884 4,884 4,884 4,884 4,509 3,856 5,273

<5 4 6,924 1,741 4,884 4,884 5,488 7,101 8,359 8,609 8,609 8,609 8,609 6,751 5,216 8,739

≥5 4 4,728 1,020 3,771 3,771 3,967 4,524 5,488 6,093 6,093 6,093 6,093 4,649 3,786 5,708

<5 56 6,536 2,673 4,163 4,163 4,524 4,965 8,563 10,194 11,638 13,529 14,926 6,086 5,526 6,703

≥5 4 4,728 1,020 3,771 3,771 3,967 4,524 5,488 6,093 6,093 6,093 6,093 4,649 3,786 5,708

Não 41 6,050 2,557 4,163 4,163 4,163 4,884 7,598 9,979 10,194 14,926 14,926 5,646 5,063 6,296

Sim 19 7,204 2,682 3,771 4,163 4,884 6,093 9,573 10,467 13,529 13,529 13,529 6,762 5,742 7,964

Quantos cigarros fuma por dia (todas as participantes)

(p=0,139a)

Fumadora actual

(p=0,691a)

Tempo de fumo (fumadoras) (anos)

(p=0,286a)

Quantos cigarros fuma por dia (fumadoras)

(p=0,114a)

Tempo de fumo (todas as participantes) (anos)

(p=0,289a)

Frequência do consumo de leite

(p=1,000a)

Consumo preferencial de carne

(p=0,422a)

Consumo preferencial de peixe

(p=0,469a)

Consumo preferencial de carne ou peixe

(p=0,253b)

Fumou antes da gravidez

(p=0,031a)

Frequência de consumo de peixe, carne e leite (rec)

(p=0,309a)

Página 140 de 169

Page 141: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 3 de 4

ICMín ICMáx

Tabela 23 - Níveis de exposição a dioxinas relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da amostra de estudo (N=60)

Variáveis (p*)

Categorias P90P10 P25 P75N AM MínIC 95%

Máx MGP95 P98P50

Área de estudo

SD

Não 42 5,726 2,318 4,163 4,163 4,163 4,884 5,738 8,609 10,194 14,926 14,926 5,402 4,902 5,952

Sim 5 5,001 1,074 3,771 3,771 4,163 4,884 6,093 6,093 6,093 6,093 6,093 4,907 4,054 5,941

Não 49 6,013 2,432 3,771 4,163 4,163 4,884 7,598 9,979 10,194 14,926 14,926 5,639 5,121 6,210

Sim 11 8,207 2,852 4,884 5,046 5,112 8,517 10,341 10,467 13,529 13,529 13,529 7,754 6,279 9,575

Não 41 6,050 2,557 4,163 4,163 4,163 4,884 7,598 9,979 10,194 14,926 14,926 5,646 5,063 6,296

Sim 19 7,204 2,682 3,771 4,163 4,884 6,093 9,573 10,467 13,529 13,529 13,529 6,762 5,742 7,964

Baixa 58 6,481 2,652 3,771 4,163 4,163 4,965 8,517 10,194 11,638 13,529 14,926 6,037 5,492 6,635

Elevada 2 4,524 0,510 4,163 4,163 4,163 4,524 4,884 4,884 4,884 4,884 4,884 4,509 3,856 5,273

Não 44 6,342 2,750 3,771 4,163 4,163 4,884 7,728 10,341 11,638 14,926 14,926 5,882 5,265 6,571

Sim 16 6,618 2,343 4,163 4,163 4,884 5,602 9,091 10,034 10,091 10,091 10,091 6,251 5,278 7,404

≤10 6 6,232 2,365 4,163 4,163 4,163 5,488 8,109 9,979 9,979 9,979 9,979 5,890 4,407 7,872

>10 9 7,049 2,483 4,163 4,163 4,884 6,093 9,573 10,091 10,091 10,091 10,091 6,661 5,269 8,420

≤10 50 6,329 2,685 3,771 4,163 4,163 4,884 7,774 10,267 11,638 14,227 14,926 5,883 5,310 6,518

>10 9 7,049 2,483 4,163 4,163 4,884 6,093 9,573 10,091 10,091 10,091 10,091 6,661 5,269 8,420

≤10 3 4,403 0,416 4,163 4,163 4,163 4,163 4,884 4,884 4,884 4,884 4,884 4,391 3,956 4,873

>10 8 6,241 2,062 4,163 4,163 4,884 5,602 7,351 10,091 10,091 10,091 10,091 5,981 4,846 7,381

≤10 47 6,218 2,703 3,771 4,163 4,163 4,884 7,683 10,341 11,638 14,926 14,926 5,773 5,194 6,417

>10 8 6,241 2,062 4,163 4,163 4,884 5,602 7,351 10,091 10,091 10,091 10,091 5,981 4,846 7,381

Baixa 52 6,259 2,656 3,771 4,163 4,163 4,884 7,728 10,194 11,638 13,529 14,926 5,823 5,271 6,433

Elevada 5 6,958 2,292 4,884 4,884 5,112 6,093 8,609 10,091 10,091 10,091 10,091 6,671 5,034 8,841

Não 56 6,298 2,602 3,771 4,163 4,163 4,884 7,941 10,091 11,638 13,529 14,926 5,877 5,349 6,457

Sim 3 9,352 1,454 7,683 7,683 7,683 10,034 10,341 10,341 10,341 10,341 10,341 9,272 7,705 11,157

Quantos cigarros fuma por dia o familiar (todas as participantes)

(p=0,431a)

Tempo de fumo do familiar (todas as participantes) (anos)

(p=0,210a)

Exposição a fumo do familiar

(p=0,196a)

Exposição a fumo próprio

(p=0,289a)

Ser ex-fumadora

(p=0,003a)

Familiar fumador na residência

(p=0,350a)

Tempo de fumo do familiar (anos)

(p=0,536c)

Quantos cigarros fuma por dia o familiar

(p=0,085a)

Já alguma vez fumou

(p=0,031a)

Fumou durante a gravidez

(p=0,675a)

Consumo de álcool

(p=0,039a)

Página 141 de 169

Page 142: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 4 de 4

ICMín ICMáx

Tabela 23 - Níveis de exposição a dioxinas relativamente aos subgrupos/estratos definidos nas principais características da amostra de estudo (N=60)

Variáveis (p*)

Categorias P90P10 P25 P75N AM MínIC 95%

Máx MGP95 P98P50

Área de estudo

SD

Não 40 6,307 2,313 3,771 4,163 4,163 5,079 7,896 10,062 10,267 11,638 11,638 5,938 5,338 6,607

Sim 19 6,269 2,869 4,163 4,163 4,163 4,884 8,609 10,467 14,926 14,926 14,926 5,808 4,901 6,883

Não 49 6,465 2,786 3,771 4,163 4,163 4,884 8,609 10,341 11,638 14,926 14,926 5,981 5,372 6,660

Sim 11 6,194 1,875 4,163 4,884 4,884 5,112 7,683 8,109 10,194 10,194 10,194 5,964 5,047 7,046

Não 42 6,248 2,592 4,163 4,163 4,163 4,884 8,109 9,979 10,467 14,926 14,926 5,828 5,225 6,502

Sim 18 6,805 2,755 3,771 4,163 4,884 5,602 8,609 10,341 13,529 13,529 13,529 6,343 5,327 7,552

Não 50 6,470 2,757 3,771 4,163 4,163 4,884 8,517 10,267 11,638 14,227 14,926 6,001 5,405 6,662

Sim 10 6,140 1,977 4,163 4,163 4,163 5,602 7,598 9,091 9,573 9,573 9,573 5,868 4,827 7,133

Não 57 6,267 2,408 3,771 4,163 4,163 4,884 7,774 10,091 10,467 11,638 13,529 5,883 5,375 6,438

Sim 3 9,233 5,408 4,163 4,163 4,163 8,609 14,926 14,926 14,926 14,926 14,926 8,118 3,933 16,756

Não 51 6,401 2,709 4,163 4,163 4,163 4,884 8,109 10,091 11,638 13,529 14,926 5,949 5,374 6,586

Sim 9 6,494 2,275 3,771 3,771 4,884 6,093 8,609 10,194 10,194 10,194 10,194 6,145 4,874 7,747

Baixa/Nula 50 6,470 2,757 3,771 4,163 4,163 4,884 8,517 10,267 11,638 14,227 14,926 6,001 5,405 6,662

Elevada 10 6,140 1,977 4,163 4,163 4,163 5,602 7,598 9,091 9,573 9,573 9,573 5,868 4,827 7,133

≤1 38 5,578 2,186 4,163 4,163 4,163 4,884 5,738 8,609 10,194 14,926 14,926 5,296 4,814 5,827

≥2 8 5,199 1,435 3,771 3,771 4,163 4,884 6,064 7,598 7,598 7,598 7,598 5,044 4,223 6,025

1 28 6,501 2,760 4,163 4,163 4,163 5,079 8,563 10,467 11,638 13,529 13,529 6,018 5,211 6,950

≥2 32 6,340 2,554 3,771 4,163 4,884 4,884 7,941 10,034 10,194 14,926 14,926 5,944 5,265 6,709

Legenda

Notas

Exposição total a químicos (rec.)

(p=0,960a)

a Teste de Mann-Whitney;

b Teste de Kruskal-Wallis;

c Teste T de Student.

p: Valor de p para a análise comparativa entre os subgrupos/estratos definidos em cada uma das principais variáveis de caracterização da amostra; N: Número de indivíduos/elementos da amostra; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão;

P10, P25, P50, P75, P90, P95 e P98: Percentis a #% (valores abaixo dos quais se situam #% dos individuos, sendo # as percentagens dos percentis correspondentes); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; MG: Média geométrica; IC95%: Intervalo de

confiança a 95% para a média geométrica; ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Dentes chumbados

(p=0,754a)

Nº de gravidezes anteriores (rec.)

(p=0,599a)

Nº de filhos contando com o actual (rec.)

(p=0,928a)

Tem doenças

(p=0,359a)

Pratica desporto

(p=0,634a)

Exposição ocupacional a químicos

(p=0,960a)

Exposição a químicos por hobby próprio

(p=0,415a)

Exposição a químicos por hobby de familiar

(p=0,793a)

Página 142 de 169

Page 143: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 7

p*

1,000

Não exposta n; % 15 50,0% 15 50,0% 30 50,0%

Exposta n; % 15 50,0% 15 50,0% 30 50,0%

n 30 30 0,976a 60

MA ± DP ; Mediana 29,4 ± 5,4 30 29,6 ± 5,6 29,5 29,5 ± 5,4 29,5

P25 ; P75 25 35 27 32 25 34

Mín ; Máx 20 37 20 40 20 40

1,000

18-29 n; % 15 50,0% 15 50,0% 30 50,0%

30-45 n; % 15 50,0% 15 50,0% 30 50,0%

n 22 24 0,001a 46

MA ± DP ; Mediana 62,9 ± 7,2 63 73,1 ± 11,6 71,5 68,2 ± 10,9 66,5

P25 ; P75 57 69 65,5 76 60 73

Mín ; Máx 52 80 55 101 52 101

n 22 24 0,052a 46

MA ± DP ; Mediana 159,6 ± 6,5 159,5 163,2 ± 7,2 165,0 161,5 ± 7,1 161,5

P25 ; P75 155 163 158 167,5 156 165

Mín ; Máx 150 174 150 175 150 175

n 22 24 0,017a 46

MA ± DP ; Mediana 24,7 ± 2,2 24,6 27,5 ± 4,2 27,5 26,1 ± 3,6 25,0

P25 ; P75 23,1 25,1 24,0 29,1 23,8 28,3

Mín ; Máx 21,1 30,5 22,0 37,9 21,1 37,9

0,367

≤3 n; % 14 48,3% 11 36,7% 25 42,4%

>3 n; % 15 51,7% 19 63,3% 34 57,6%

0,252

Mineral n; % 13 43,3% 7 23,3% 20 33,3%

Torneira n; % 11 36,7% 14 46,7% 25 41,7%

Mineral e torneira n; % 6 20,0% 9 30,0% 15 25,0%

Variáveis

Peso (Kg)

Altura (cm)

IMC (Kg/m2)

Área

Amostra global (N=60)

Tipo de água para consumo

≥ mediana (n=30)

Idade (anos)

< mediana (n=30)

Grupos etários (anos)

EstatísticasCategorias

Tabela 24 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com peso ao nascer recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Tempo que vive na residência actual (rec.) (anos)

Valores

Página 143 de 169

Page 144: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 7

p*Variáveis

Área

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)EstatísticasCategorias

Tabela 24 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com peso ao nascer recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,100

Não n; % 13 43,3% 7 23,3% 20 33,3%

Sim n; % 17 56,7% 23 76,7% 40 66,7%

0,176

Não n; % 11 36,7% 6 20,7% 17 28,8%

Sim n; % 19 63,3% 23 79,3% 42 71,2%

b

Raramente n; % 14 46,7% 10 34,5% 24 40,7%

Ocasionalmente n; % 11 36,7% 18 62,1% 29 49,2%

Diariamente n; % 5 16,7% 1 3,4% 6 10,2%

0,020

Não n; % 18 60,0% 26 86,7% 44 73,3%

Sim n; % 12 40,0% 4 13,3% 16 26,7%

0,555

Ocasionalmente n; % 10 43,5% 13 52,0% 23 47,9%

Diariamente n; % 13 56,5% 12 48,0% 25 52,1%

c

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 23 100,0% 25 100,0% 48 100,0%

0,600d

Ocasionalmente n; % 4 17,4% 4 16,0% 8 16,7%

Diariamente n; % 19 82,6% 21 84,0% 40 83,3%

c

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 30 100,0% 29 100,0% 59 100,0%

0,211

Ocasionalmente n; % 7 31,8% 12 50,0% 19 41,3%

Diariamente n; % 15 68,2% 12 50,0% 27 58,7%

Frequência do consumo de carne

Frequência do consumo de infusões (todas as participantes)

Frequência do consumo de vegetais

Frequência do consumo de fruta

Consumo de carne

Consumo de vegetais de origem local

Consumo de fruta

Consumo de infusões

Consumo de água da torneira

Página 144 de 169

Page 145: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 3 de 7

p*Variáveis

Área

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)EstatísticasCategorias

Tabela 24 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com peso ao nascer recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

c

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 24 100,0% 28 100,0% 52 100,0%

0,067d

Ocasionalmente n; % 16 76,2% 23 95,8% 39 86,7%

Diariamente n; % 5 23,8% 1 4,2% 6 13,3%

0,230e

Carne n; % 21 70,0% 21 70,0% 42 70,0%

Peixe n; % 4 13,3% 3 10,0% 7 11,7%

Igual n; % 5 16,7% 6 20,0% 11 18,3%

1,000

Igual ou mais peixe n; % 9 30,0% 9 30,0% 18 30,0%

Mais carne n; % 21 70,0% 21 70,0% 42 70,0%

0,500d

Igual ou mais carne n; % 26 86,7% 27 90,0% 53 88,3%

Mais peixe n; % 4 13,3% 3 10,0% 7 11,7%

0,095d

Não n; % 3 13,6% 0 0,0% 3 6,4%

Sim n; % 19 86,4% 25 100,0% 44 93,6%

0,589d

Ocasionalmente n; % 1 5,3% 2 8,3% 3 7,0%

Diariamente n; % 18 94,7% 22 91,7% 40 93,0%

b

0 n; % 0 0,0% 2 8,3% 2 4,7%

1 n; % 5 26,3% 10 41,7% 15 34,9%

2 n; % 10 52,6% 11 45,8% 21 48,8%

3 n; % 4 21,1% 1 4,2% 5 11,6%

0,115

Baixa n; % 5 26,3% 12 50,0% 17 39,5%

Elevada n; % 14 73,7% 12 50,0% 26 60,5%

Frequência do consumo de peixe

Consumo preferencial de carne ou peixe

Score de frequência de consumo de peixe, carne e leite

Frequência do consumo de leite

Consumo preferencial de peixe

Consumo de peixe

Consumo preferencial de carne

Frequência de consumo de peixe, carne e leite (rec.)

Consumo de leite

Página 145 de 169

Page 146: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 4 de 7

p*Variáveis

Área

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)EstatísticasCategorias

Tabela 24 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com peso ao nascer recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,127d

Não n; % 24 80,0% 28 93,3% 52 86,7%

Sim n; % 6 20,0% 2 6,7% 8 13,3%

0,754d

≤10 n; % 29 96,7% 29 96,7% 58 96,7%

>10 n; % 1 3,3% 1 3,3% 2 3,3%

0,306d

<5 n; % 27 90,0% 29 96,7% 56 93,3%

≥5 n; % 3 10,0% 1 3,3% 4 6,7%

0,052

Não n; % 17 56,7% 24 80,0% 41 68,3%

Sim n; % 13 43,3% 6 20,0% 19 31,7%

0,657d

≤10 n; % 8 88,9% 5 83,3% 13 86,7%

>10 n; % 1 11,1% 1 16,7% 2 13,3%

0,273d

<1 n; % 3 37,5% 3 75,0% 6 50,0%

≥1 n; % 5 62,5% 1 25,0% 6 50,0%

0,197d

<5 n; % 2 28,6% 3 75,0% 5 45,5%

≥5 n; % 5 71,4% 1 25,0% 6 54,5%

0,136d

Não n; % 18 81,8% 24 96,0% 42 89,4%

Sim n; % 4 18,2% 1 4,0% 5 10,6%

0,052

Não n; % 17 56,7% 24 80,0% 41 68,3%

Sim n; % 13 43,3% 6 20,0% 19 31,7%

0,317

Não n; % 23 76,7% 26 86,7% 49 81,7%

Sim n; % 7 23,3% 4 13,3% 11 18,3%

Quantos cigarros fuma por dia (todas as participantes)

Tempo de fumo (todas as participantes) (anos)

Ser ex-fumadora

Quantos cigarros fumava por dia

Já alguma vez fumou?

Fumadora actual

Fumou antes da gravidez

Fumou durante a gravidez

Tempo de fumo anterior (fumadoras) (anos)

Tempo sem fumar (anos)

Página 146 de 169

Page 147: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 5 de 7

p*Variáveis

Área

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)EstatísticasCategorias

Tabela 24 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com peso ao nascer recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,754d

Baixa n; % 29 96,7% 29 96,7% 58 96,7%

Elevada n; % 1 3,3% 1 3,3% 2 3,3%

0,020

Não n; % 18 60,0% 26 86,7% 44 73,3%

Sim n; % 12 40,0% 4 13,3% 16 26,7%

0,219d

≤10 n; % 23 79,3% 27 90,0% 50 84,7%

>10 n; % 6 20,7% 3 10,0% 9 15,3%

0,094d

≤10 n; % 20 76,9% 27 93,1% 47 85,5%

>10 n; % 6 23,1% 2 6,9% 8 14,5%

0,449d

Baixa n; % 24 88,9% 28 93,3% 52 91,2%

Elevada n; % 3 11,1% 2 6,7% 5 8,8%

0,487d

Não n; % 29 96,7% 27 93,1% 56 94,9%

Sim n; % 1 3,3% 2 6,9% 3 5,1%

0,095

Não n; % 27 90,0% 22 73,3% 49 81,7%

Sim n; % 3 10,0% 8 26,7% 11 18,3%

0,006

Não n; % 21 70,0% 29 96,7% 50 83,3%

Sim n; % 9 30,0% 1 3,3% 10 16,7%

0,500d

Não n; % 28 93,3% 29 96,7% 57 95,0%

Sim n; % 2 6,7% 1 3,3% 3 5,0%

0,500d

Não n; % 26 86,7% 25 83,3% 51 85,0%

Sim n; % 4 13,3% 5 16,7% 9 15,0%

Tempo de fumo do familiar (todas as participantes) (anos)

Quantos cigarros fuma por dia o familiar (todas as participantes)

Familiar fumador na residência

Exposição a fumo próprio

Pratica desporto

Consumo de álcool

Exposição a químicos por hobby de familiar

Exposição ocupacional a químicos

Exposição a químicos por hobby próprio

Exposição a fumo do familiar

Página 147 de 169

Page 148: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 6 de 7

p*Variáveis

Área

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)EstatísticasCategorias

Tabela 24 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com peso ao nascer recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,006

Não n; % 21 70,0% 29 96,7% 50 83,3%

Sim n; % 9 30,0% 1 3,3% 10 16,7%

0,456

Não n; % 19 63,3% 21 72,4% 40 67,8%

Sim n; % 11 36,7% 8 27,6% 19 32,2%

0,573

Não n; % 22 73,3% 20 66,7% 42 70,0%

Sim n; % 8 26,7% 10 33,3% 18 30,0%

0,668d

Não n; % 19 86,4% 19 86,4% 38 86,4%

Sim n; % 3 13,6% 3 13,6% 6 13,6%

0,500d

Não n; % 0 ,0% 1 33,3% 1 16,7%

Sim n; % 3 100,0% 2 66,7% 5 83,3%

0,335d

Normal n; % 25 86,2% 27 93,1% 52 89,7%

De risco n; % 4 13,8% 2 6,9% 6 10,3%

n 30 30 0,013a 60,0

MA ± DP ; Mediana 39 ± 1 39,0 40 ± 1 40,0 39 ± 1 39,0

P25 ; P75 38,0 40,0 39,0 40,0 38,0 40,0

Mín ; Máx 36,0 41,0 38,0 42,0 36,0 42,0

0,708

Gemelar n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Eutócico n; % 23 76,7% 21 72,4% 44 74,6%

Cesariana n; % 7 23,3% 8 27,6% 15 25,4%

0,500d

Não n; % 29 96,7% 28 93,3% 57 95,0%

Sim n; % 1 3,3% 2 6,7% 3 5,0%

Dentes chumbados

Foi necessária reanimação?

Duração da gravidez

Alguma vez esteve mais de um ano a tentar engravidar sem conseguir?

Tipo de gravidez

Tipo de parto

Após ter estado mais de um ano a tentar engravidar sem conseguir, chegou a engravidar?

Tem doenças

Exposição total a químicos (rec.)

Página 148 de 169

Page 149: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 7 de 7

p*Variáveis

Área

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)EstatísticasCategorias

Tabela 24 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com peso ao nascer recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,745d

Normal n; % 27 96,4% 26 96,3% 53 96,4%

Com alterações n; % 1 3,6% 1 3,7% 2 3,6%

0,402d

≤1 n; % 19 86,4% 19 79,2% 38 82,6%

≥2 n; % 3 13,6% 5 20,8% 8 17,4%

0,605

1 n; % 15 50,0% 13 43,3% 28 46,7%

≥2 n; % 15 50,0% 17 56,7% 32 53,3%

n 30 30 0,912a 60,0

MA ± DP ; Mediana 3,1 ± 3,5 1,3 3,0 ± 3,6 1,3 3,0 ± 3,5 1,3

P25 ; P75 0,6 5,7 0,6 5,3 0,6 5,5

Mín ; Máx 0,1 12,4 0,1 13,9 0,1 13,9

n 30 30 0,845a 60,0

MA ± DP ; Mediana 6,2 ± 2,3 4,9 6,6 ± 3,0 5,0 6,4 ± 2,6 4,9

P25 ; P75 4,9 7,8 4,2 8,6 4,2 8,3

Mín ; Máx 3,8 11,6 4,2 14,9 3,8 14,9

Legenda

Notas

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; n; %: Frequências absoluta (n) e relativa (%) na variável/categoria; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; P25 e P75: Percentis a 25% e a 75% (valores abaixo dos

quais se situam 25% dos indivíduos e 75% dos indivíduos, respectivamente); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; Pb: Níveis de chumbo no

sangue (µg/dl); Dioxinas: Níveis de dioxinas no leite materno (pg de TEQ-WHO / g de gordura).

Nº de gravidezes anteriores (rec.)

Exame físico

* Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado ( χ2), excepto quando referido especificamente;

a Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney;

b Teste do χ

2 não é válido devido a frequências mínimas esperadas baixas;

c

Tratamento estatístico não permitido porque a variável de origem é uma constante; d Valor de p dado pelo teste exacto de Fisher;

e Valor de p dado pelo teste de Kruskal-Wallis.

Nº de filhos contando com o actual (rec)

Dioxinas

Pb

Página 149 de 169

Page 150: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Peso ao nascerComprimento ao nascer

Perímetro cefálico

Índice de Apgar ao 1º minuto

Índice de Apgar ao 5º minuto

Idade da mãe (anos)

Peso da mãe (Kg)

Altura da mãe (cm)

Duração da gravidez

Pb Dioxinas

R: 0,461 R: 0,651 R: -0,030 R: -0,119 R: 0,018 R: 0,453 R:0,441 R: 0,313 R: 0,086 R: 0,132

(<0,001)1 (<0,001)1 (0,824)1 (0,371)1 (0,892)1 (0,002)1 (0,002)1 (0,015)1 (0,516)1 (0,313)1

(<0,001)2 (0,001)2 (0,685)2 (0,994)2 (0,892)2 (0,002)2 (0,009)2 (0,033)2 (0,470)2 (0,086)2

R: 0,687 R: -0,263 R: -0,208 R: -0,055 R: 0,296 R: 0,193 R: 0,421 R: 0,019 R: 0,153

(<0,001)1 (0,044)1 (0,113)1 (0,678)1 (0,046)1 (0,198)1 (0,001)1 (0,883)1 (0,243)1

(0,001)2 (0,115)2 (0,400)2 (0,940)2 (0,042)2 (0,315)2 (0,001)2 (0,954)2 (0,030)2

R: -0,198 R: -0,132 R: -0,116 R: 0,269 R:0,104 R: 0,303 R: -0,065 R: 0,095

(0,135)1 (0,322)1 (0,381)1 (0,071)1 (0,492)1 (0,020)1 (0,625)1 (0,475)1

(0,671)2 (0,991)2 (0,609)2 (0,098)2 (0,444)2 (0,154)2 (0,625)2 (0,535)2

R: 0,606 R: 0,014 R: -0,270 R: -0,326 R: -0,118 R: -0,121 R: -0,234

(<0,001)1 (0,918)1 (0,070)1 (0,027)1 (0,373)1 (0,362)1 (0,074)1

(<0,001)2 (0,827)2 (0,202)2 (0,195)2 (0,738)2 (0,545)2 (0,103)2

R: -0,079 R: 0,204 R: 0,193 R: -0,055 R: -0,028 R: -0,178

(0,550)1 (0,174)1 (0,199)1 (0,680)1 (0,835)1 (0,176)1

(0,456)2 (0,187)2 (0,137)2 (0,555)2 (0,711)2 (0,191)2

Notas

–– –

N: Dimensão da amostra global; Pb: Níveis de chumbo no sangue (µg/dl); Dioxinas: Níveis de dioxinas no leite materno (pg de TEQ-WHO / g de gordura); Idade: Idade dos participantes (anos); IMC: Índice de massa corporal (

Kg/m2); R: Coeficiente de correlação de Spearman.

Legenda

Índice de Apgar ao 1º minuto

– – –

Índice de Apgar ao 5º minuto

– –

1 Valor de p para a análise de correlação de Spearman; 2 Valor de p para a análise de regressão linear.

Tabela 25 - Correlação entre as características dos nascituros (N=60) e potenciais determinantes

–– –

– –Comprimento ao

nascer

Peso ao nascer

Perímetro cefálico

Página 150 de 169

Page 151: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

0,9921

0,9971

0,9762

0,9673

0,5541

1,3261

0,0132

0,3482

1,0021

1,0211

0,9122

0,9322

0,9411

1,1581

0,8452

0,4102

1,0004

0,9584

1,0005

0,9485

0,3984

0,9384

0,1005

0,5906

0,4514

2,1094

0,1765

0,3076

4,3334

0,4714

0,0205

0,3016

1,0004

2,5814

1,0005

0,2116

1,3854

0,6214

0,5005

0,5626

3,5004

1,3674

0,1276

0,5186

1,0004 7

0,7545

0,6326

3,2224 7

0,3065

0,3926

3,0594

0,7114

0,0525

0,4666

1,9784

0,3844

0,3175

0,3436

1,0004 7

0,7546

0,6736

4,3334

0,1944

0,0205

0,0966

2,3484

0,4324

0,2196

0,3976

4,0504

0,4554

0,094b

0,4256

1,7504

0,9094

0,449 0,7116

0,4664

2,2504

0,4875

0,4746

0,3064

0,3364

0,0955

0,2846

12,4294

2,2784

0,0065

0,2616

Consumo de álcool

Exposição ocupacional a químicos

Exposição a fumo próprio

Exposição a fumo do familiar

Pratica desporto

Quantos cigarros fuma por dia o familiar (todas as participantes)

Peso ao nascer recodificado pelo critério da mediana

Índice de Apgar ao 1º minuto recodificado pelo critério da

medianaVariáveis

Tabela 26 - Análise de associação entre parâmetros do desenvolvimento recodificados pela mediana e características dos nascituros (N=60)

Tempo de fumo do familiar (todas as participantes) (anos)

Consumo preferencial de carne

Idade (anos)

Duração da gravidez (semanas)

Níveis de chumbo no sangue (µg/dl)

Consumo de água da torneira

Área de estudo

Consumo de infusões

Níveis de dioxinas no leite materno (pg/g de gordura, TEQ-OMS)

Consumo de vegetais de origem local

Ex-fumadora

Familiar fumador na residência

Fumou antes da gravidez

Consumo preferencial de peixe

Ser fumadora

Tempo de fumo (todas as participantes) (anos)

Quantos cigarros fuma por dia (todas as participantes)

Página 151 de 169

Page 152: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

Peso ao nascer recodificado pelo critério da mediana

Índice de Apgar ao 1º minuto recodificado pelo critério da

medianaVariáveis

Tabela 26 - Análise de associação entre parâmetros do desenvolvimento recodificados pela mediana e características dos nascituros (N=60)

Idade (anos) 2,0714

9,2004

0,5006

0,1026

0,7694

2,2784

0,5006

0,2616

12,4294

2,2784

0,0065

0,2616

1,5204

3,9674

0,4565

0,0416

0,7274

0,4274

0,5735

0,2546

2,1604

0,7274

0,3355

0,6286

0,7994

2,5714

0,7085

0,1516

0,4834

9,2004

0,5005

0,1026

0,9634

3,8184

0,7455

0,3926

0,6004

1,2504

0,4026

0,5646

0,7654

0,8084

0,6055

0,7416

Legenda

Notas

Tipo de gravidez

Exame físico

Exposição a químicos por hobby de familiar

Ter doenças

Dentes chumbados

1 Força de associação, medida através do Odds Ratio obtido numa análise de regressão logística;

2 Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney;

3

Valor de p dado pelo teste t de Student; 4 Força de associação, medida através do Odds Ratio de cada variável;

5 Valor de p dado pelo teste do qui-

quadrado ( χ2);

6 Valor de p dado pelo teste exacto de Fisher;

7 Tratamento estatístico não permitido porque um dos sub-grupos é uma constante.

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

Nº de filhos contando com o actual (rec.)

Exposição a químicos por hobby próprio

Tipo de parto

Foi necessária reanimação?

Nº de gravidezes anteriores (rec.)

Exposição total a químicos (rec.)

Página 152 de 169

Page 153: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 7

p*

0,948a

Não exposta n; % 6 50,0% 23 48,9% 29 49,2%

Exposta n; % 6 50,0% 24 51,1% 30 50,8%

n 12 47 0,967b

59

MA ± DP ; Mediana 29,5 ± 6,2 30 29,6 ± 5,3 29 29,6 ± 5,5 30

P25 ; P75 25 34 25 34 25 34

Mín ; Máx 20 40 20 39 20 40

0,561a

18-29 n; % 5 41,7% 24 51,1% 29 49,2%

30-45 n; % 7 58,3% 23 48,9% 30 50,8%

n 10 36 0,127c

46

MA ± DP ; Mediana 65,4 ± 11,6 62 69,0 ± 10,8 69,5 68,2 ± 10,9 66,5

P25 ; P75 60 66 63 74,5 60 73

Mín ; Máx 57 97 52 101 52 101

n 10 36 0,076b

46

MA ± DP ; Mediana 158,0 ± 5,2 158,5 162,5 ± 7,2 163,5 161,5 ± 7,1 161,5

P25 ; P75 155 160 156,5 167 156 165

Mín ; Máx 150 167 150 175 150 175

n 10 36 0,803c

46

MA ± DP ; Mediana 26,2 ± 4,6 25,0 26,1 ± 3,4 25,0 26,1 ± 3,6 25,0

P25 ; P75 23,8 27,5 23,7 28,5 23,8 28,3

Mín ; Máx 22,3 37,9 21,1 37,1 21,1 37,9

0,384

≤3 n; % 4 33,3% 20 43,5% 24 41,4%

>3 n; % 8 66,7% 26 56,5% 34 58,6%

d

Mineral n; % 4 33,3% 15 31,9% 19 32,2%

Torneira n; % 5 41,7% 20 42,6% 25 42,4%

Mineral e torneira n; % 3 25,0% 12 25,5% 15 25,4%

Altura (cm)

EstatísticasVariáveis Categorias

Grupos etários (anos)

Amostra global (N=60)

Tipo de água para consumo

≥ mediana (n=30)

Idade (anos)

< mediana (n=30)

Área

Peso (Kg)

Tabela 27 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com índice de Apgar no 1º minuto recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Tempo que vive na residência actual (rec.) (anos)

Valores

IMC (Kg/m2)

Página 153 de 169

Page 154: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 7

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)

Área

Tabela 27 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com índice de Apgar no 1º minuto recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,590

Não n; % 4 33,3% 15 31,9% 19 32,2%

Sim n; % 8 66,7% 32 68,1% 40 67,8%

0,307

Não n; % 2 18,2% 15 31,9% 17 29,3%

Sim n; % 9 81,8% 32 68,1% 41 70,7%

d

Raramente n; % 3 27,3% 21 44,7% 24 41,4%

Ocasionalmente n; % 7 63,6% 22 46,8% 29 50,0%

Diariamente n; % 1 9,1% 4 8,5% 5 8,6%

0,301

Não n; % 10 83,3% 33 70,2% 43 72,9%

Sim n; % 2 16,7% 14 29,8% 16 27,1%

0,419

Ocasionalmente n; % 4 40,0% 19 50,0% 23 47,9%

Diariamente n; % 6 60,0% 19 50,0% 25 52,1%

e

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 10 100,0% 38 100,0% 48 100,0%

0,130

Ocasionalmente n; % 0 ,0% 8 21,1% 8 16,7%

Diariamente n; % 10 100,0% 30 78,9% 40 83,3%

e

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 12 100,0% 46 100,0% 58 100,0%

0,610

Ocasionalmente n; % 4 40,0% 15 41,7% 19 41,3%

Diariamente n; % 6 60,0% 21 58,3% 27 58,7%

Frequência do consumo de fruta

Consumo de carne

Consumo de vegetais de origem local

Consumo de infusões

Consumo de água da torneira

Frequência do consumo de infusões (todas as participantes)

Frequência do consumo de vegetais

Consumo de fruta

Frequência do consumo de carne

Página 154 de 169

Page 155: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 3 de 7

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)

Área

Tabela 27 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com índice de Apgar no 1º minuto recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

e

Não n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Sim n; % 11 100,0% 41 100,0% 52 100,0%

0,239

Ocasionalmente n; % 9 100,0% 30 83,3% 39 86,7%

Diariamente n; % 0 ,0% 6 16,7% 6 13,3%

d

Carne n; % 10 83,3% 31 66,0% 41 69,5%

Peixe n; % 1 8,3% 6 12,8% 7 11,9%

Igual n; % 1 8,3% 10 21,3% 11 18,6%

0,211

Igual ou mais peixe n; % 2 16,7% 16 34,0% 18 30,5%

Mais carne n; % 10 83,3% 31 66,0% 41 69,5%

0,562

Igual ou mais carne n; % 11 91,7% 41 87,2% 52 88,1%

Mais peixe n; % 1 8,3% 6 12,8% 7 11,9%

0,110

Não n; % 2 20,0% 1 2,7% 3 6,4%

Sim n; % 8 80,0% 36 97,3% 44 93,6%

0,530

Ocasionalmente n; % 0 ,0% 3 8,6% 3 7,0%

Diariamente n; % 8 100,0% 32 91,4% 40 93,0%

d

0 n; % 0 0,0% 2 5,7% 2 4,7%

1 n; % 3 37,5% 12 34,3% 15 34,9%

2 n; % 5 62,5% 16 45,7% 21 48,8%

3 n; % 0 ,0% 5 14,3% 5 11,6%

0,612

Baixa n; % 3 37,5% 14 40,0% 17 39,5%

Elevada n; % 5 62,5% 21 60,0% 26 60,5%

Consumo preferencial de peixe

Consumo preferencial de carne ou peixe

Consumo de leite

Frequência do consumo de leite

Consumo de peixe

Frequência do consumo de peixe

Consumo preferencial de carne

Score de frequência de consumo de peixe, carne e leite

Frequência de consumo de peixe, carne e leite (rec.)

Página 155 de 169

Page 156: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 4 de 7

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)

Área

Tabela 27 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com índice de Apgar no 1º minuto recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,518

Não n; % 10 83,3% 41 87,2% 51 86,4%

Sim n; % 2 16,7% 6 12,8% 8 13,6%

0,632

≤10 n; % 12 100,0% 45 95,7% 57 96,6%

>10 n; % 0 ,0% 2 4,3% 2 3,4%

0,392

<5 n; % 12 100,0% 43 91,5% 55 93,2%

≥5 n; % 0 ,0% 4 8,5% 4 6,8%

0,466

Não n; % 4 80,0% 11 42,3% 15 48,4%

Sim n; % 1 20,0% 15 57,7% 16 51,6%

0,857

≤10 n; % 1 100,0% 11 84,6% 12 85,7%

>10 n; % 0 ,0% 2 15,4% 2 14,3%

0,545

<1 n; % 1 100,0% 5 50,0% 6 54,5%

≥1 n; % 0 0,0% 5 50,0% 5 45,5%

0,182

<5 n; % 2 100,0% 3 33,3% 5 45,5%

≥5 n; % 0 ,0% 6 66,7% 6 54,5%

0,673

Não n; % 8 88,9% 34 89,5% 42 89,4%

Sim n; % 1 11,1% 4 10,5% 5 10,6%

0,466

Não n; % 9 75,0% 32 68,1% 41 69,5%

Sim n; % 3 25,0% 15 31,9% 18 30,5%

0,343

Não n; % 11 91,7% 38 80,9% 49 83,1%

Sim n; % 1 8,3% 9 19,1% 10 16,9%

Tempo de fumo anterior (fumadoras) (anos)

Tempo sem fumar (anos)

Quantos cigarros fumava por dia

Ex-fumadora

Fumadora actual

Tempo de fumo (todas as participantes) (anos)

Quantos cigarros fuma por dia (todas as participantes)

Fumou antes da gravidez

Já alguma vez fumou?

Fumou durante a gravidez

Página 156 de 169

Page 157: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 5 de 7

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)

Área

Tabela 27 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com índice de Apgar no 1º minuto recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,673

Baixa n; % 12 100,0% 45 95,7% 57 96,6%

Elevada n; % 0 ,0% 2 4,3% 2 3,4%

0,096

Não n; % 11 91,7% 32 68,1% 43 72,9%

Sim n; % 1 8,3% 15 31,9% 16 27,1%

0,397

≤10 n; % 11 91,7% 38 82,6% 49 84,5%

>10 n; % 1 8,3% 8 17,4% 9 15,5%

0,425

≤10 n; % 11 91,7% 35 83,3% 46 85,2%

>10 n; % 1 8,3% 7 16,7% 8 14,8%

0,711

Baixa n; % 11 91,7% 40 90,9% 51 91,1%

Elevada n; % 1 8,3% 4 9,1% 5 8,9%

0,474

Não n; % 10 90,9% 45 95,7% 55 94,8%

Sim n; % 1 9,1% 2 4,3% 3 5,2%

0,284

Não n; % 11 91,7% 37 78,7% 48 81,4%

Sim n; % 1 8,3% 10 21,3% 11 18,6%

0,261

Não n; % 9 75,0% 41 87,2% 50 84,7%

Sim n; % 3 25,0% 6 12,8% 9 15,3%

0,102

Não n; % 10 83,3% 46 97,9% 56 94,9%

Sim n; % 2 16,7% 1 2,1% 3 5,1%

0,261

Não n; % 9 75,0% 41 87,2% 50 84,7%

Sim n; % 3 25,0% 6 12,8% 9 15,3%

Quantos cigarros fuma por dia o familiar (todas as participantes)

Familiar fumador na residência

Exposição a fumo do familiar

Exposição a fumo próprio

Pratica desporto

Exposição a químicos por hobby de familiar

Exposição ocupacional a químicos

Tempo de fumo do familiar (todas as participantes) (anos)

Consumo de álcool

Exposição a químicos por hobby próprioP

ágina 157 de 169

Page 158: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 6 de 7

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)

Área

Tabela 27 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com índice de Apgar no 1º minuto recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,261

Não n; % 9 75,0% 41 87,2% 50 84,7%

Sim n; % 3 25,0% 6 12,8% 9 15,3%

0,041

Não n; % 5 41,7% 34 73,9% 39 67,2%

Sim n; % 7 58,3% 12 26,1% 19 32,8%

0,254

Não n; % 10 83,3% 32 68,1% 42 71,2%

Sim n; % 2 16,7% 15 31,9% 17 28,8%

0,585

Não n; % 9 90,0% 29 85,3% 38 86,4%

Sim n; % 1 10,0% 5 14,7% 6 13,6%

0,833

Não n; % 0 ,0% 1 20,0% 1 16,7%

Sim n; % 1 100,0% 4 80,0% 5 83,3%

0,628

Normal n; % 11 91,7% 40 88,9% 51 89,5%

De risco n; % 1 8,3% 5 11,1% 6 10,5%

n 12 47 0,348c

59,0

MA ± DP ; Mediana 40 ± 1 40,0 39 ± 1 39,0 39 ± 1 39,0

P25 ; P75 39,0 10,0 38,0 40,0 38,0 40,0

Mín ; Máx 38,0 42,0 36,0 41,0 36,0 42,0

0,151

Gemelar n; % 0 0,0% 0 0,0% 0 0,0%

Eutócico n; % 7 58,3% 36 78,3% 43 74,1%

Cesariana n; % 5 41,7% 10 21,7% 15 25,9%

0,102

Não n; % 10 83,3% 46 97,9% 56 94,9%

Sim n; % 2 16,7% 1 2,1% 3 5,1%

Tipo de parto

Após ter estado mais de um ano a tentar engravidar sem conseguir, chegou a engravidar?

Exposição total a químicos (rec.)

Dentes chumbados

Foi necessária reanimação?

Duração da gravidez

Alguma vez esteve mais de um ano a tentar engravidar sem conseguir?

Tipo de gravidez

Tem doenças

Página 158 de 169

Page 159: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 7 de 7

p*EstatísticasVariáveis Categorias

Amostra global (N=60)≥ mediana (n=30)< mediana (n=30)

Área

Tabela 27 - Caracterização da amostra de estudo de nascituros (N=60) e análise comparativa entre os grupos com índice de Apgar no 1º minuto recodificado pela mediana, relativamente às variáveis de caracterização

Valores

0,392

Normal n; % 11 91,7% 42 97,7% 53 96,4%

Com alterações n; % 1 8,3% 1 2,3% 2 3,6%

0,564

≤1 n; % 8 80,0% 30 83,3% 38 82,6%

≥2 n; % 2 20,0% 6 16,7% 8 17,4%

0,741a

1 n; % 6 50,0% 21 44,7% 27 45,8%

≥2 n; % 6 50,0% 26 55,3% 32 54,2%

n 12 47 0,932c

59,0

MA ± DP ; Mediana 3,1 ± 4,2 1,2 2,9 ± 3,3 1,3 2,9 ± 3,5 1,2

P25 ; P75 0,7 4,8 0,6 5,3 0,6 5,3

Mín ; Máx 0,1 13,9 0,1 12,4 0,1 13,9

n 12 47 0,410c

59,0

MA ± DP ; Mediana 7,3 ± 3,4 6,8 6,2 ± 2,4 4,9 6,4 ± 2,7 4,9

P25 ; P75 4,5 9,0 4,2 7,7 4,2 8,5

Mín ; Máx 4,2 14,9 3,8 13,5 3,8 14,9

Legenda

Notas

Dioxinas

* Valor de p dado pelo teste exacto de Fisher, excepto quando referido especificamente; a Valor de p dado pelo teste do Qui-quadrado ( χ

2);

b Valor de p dado pelo teste t de Student;

c Valor de p dado pelo teste de Mann-

Whitney; d Teste do χ

2 não é válido devido a frequências mínimas esperadas baixas;

e Tratamento estatístico não permitido porque a variável de origem é uma constante.

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; n; %: Frequências absoluta (n) e relativa (%) na variável/categoria; MA: Média aritmética; DP: Desvio padrão; P25 e P75: Percentis a 25% e a 75% (valores abaixo dos

quais se situam 25% dos indivíduos e 75% dos indivíduos, respectivamente); Mín: Mínimo; Máx: Máximo; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário; Pb: Níveis de chumbo no

sangue (µg/dl); Dioxinas: Níveis de dioxinas no leite materno (pg de TEQ-WHO / g de gordura).

Exame físico

Pb

Nº de gravidezes anteriores (rec)

Nº de filhos contando com o actual (rec)

Página 159 de 169

Page 160: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

0,9921

0,9971

0,9762

0,9673

0,5541

1,3261

0,0132

0,3482

1,0021

1,0211

0,9122

0,9322

0,9411

1,1581

0,8452

0,4102

1,0004

0,9584

1,0005

0,9485

0,3984

0,1005

0,4514

0,1765

4,3334

0,0205

1,0004

1,0005

1,3854

0,5005

3,5004

1,3674

0,1276

0,5186

3,0594

0,7114

0,0525

0,4666

1,9784

0,3844

0,3175

0,3436

1,0004 –

0,7546

0,6736

4,3334

0,1944

0,0205

0,0966

1,7504

0,9094

0,4496

0,7116

0,3064

0,0955

9,2004

0,1026

12,4294

0,0065

3,9674

0,0416

2,5714

0,1516

9,2004

0,1026

1,2504

0,5646

Consumo de vegetais de origem local

Ex-fumadora

Familiar fumador na residência

Fumou antes da gravidez

Consumo preferencial de peixe

Ser fumadora

Consumo preferencial de carne

Idade (anos)

Duração da gravidez (semanas)

Níveis de chumbo no sangue (µg/dl)

Consumo de infusões

Área de estudo

Consumo de água da torneira

Níveis de dioxinas no leite materno (pg/g de gordura, TEQ-OMS)

Peso ao nascer recodificado pelo critério da mediana

Índice de Apgar ao 1º minuto recodificado pelo critério da

medianaVariáveis

Tabela 28 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão logística múltipla referentes aos parâmetros do desenvolvimento dos nascituros

recodificados pela mediana (N=60)

Nº de gravidezes anteriores (rec.)

Foi necessária reanimação?

Exposição a fumo próprio

Dentes chumbados

Exposição a químicos por hobby próprio

Exposição total a químicos (rec.)

Tipo de parto

Exposição a fumo do familiar

Pratica desporto

Página 160 de 169

Page 161: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

Idade (anos)

Peso ao nascer recodificado pelo critério da mediana

Índice de Apgar ao 1º minuto recodificado pelo critério da

medianaVariáveis

Tabela 28 - Variáveis seleccionadas para as análises de regressão logística múltipla referentes aos parâmetros do desenvolvimento dos nascituros

recodificados pela mediana (N=60)

0,8084

0,7416

Legenda

Notas

N: Número de indivíduos/elementos da amostra; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

1 Força de associação, medida através do Odds Ratio obtido numa análise de regressão logística;

2 Valor de p dado pelo teste de Mann-Whitney;

3 Valor

de p dado pelo teste t de Student; 4 Força de associação, medida através do Odds Ratio de cada variável;

5 Valor de p dado pelo teste do qui-quadrado (

χ2);

6 Valor de p dado pelo teste exacto de Fisher;

7 Tratamento estatístico não permitido porque um dos sub-grupos é uma constante.

Nº de filhos contando com o actual (rec.)

Página 161 de 169

Page 162: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

ICMín ICMáx ICMín ICMáxIdade (anos) 0,955 0,604 0,803 1,136 0,930 0,322 0,807 1,073

Duração da gravidez (semanas) 3,247 0,006 1,401 7,526 – – – –

Consumo de água da torneira

*Sim

Não

Consumo de infusões

*Sim

Não

Consumo de vegetais de origem local

*Não

Sim

Consumo preferencial de peixe

*Não

Sim

Familiar fumador na residência

*Não

Sim

Exposição total a químicos (rec.)

*Não

Sim

Ter dentes chumbados

*Não

Sim

Foi necessária reanimação

*Não

Sim

pmodelo

Teste de Hosmer e LemeshowTaxa de validade do modelo

Legenda

Notas

15,862 0,053 0,962 261,437– – – –

OR pIC (95)%

Tabela 29 - Investigação da influência de diferentes co-variáveis nos parâmetros do desenvolvimento dos nascituros recodificados pela mediana (N=60)

Variáveis

Peso ao nascer recodificado pelo critério da mediana (n=60)

Índice de Apgar ao 1º minuto recodificado pelo critério

da mediana (n=60)

OR pIC (95)%

7,987 0,047 1,028 62,067 – – – –

28,229 0,006 2,563 310,904 – – – –

14,517 0,047 1,037 203,139 – – – –

22,139 0,024 1,496 327,635 – – – –

23,623 0,007 2,396 232,883 – – – –

73,566 0,006 3,340 1620,165 – – – –

– – – – 5,799 0,024 1,259 26,704

0,033

0,407 0,147

<0,001

84,5%

n: Número de indivíduos/elementos da amostra; OR: Odds Ratio; p: Teste de Wald da análise de regressão logística; IC (95%): Intervalo de confiança a 95%;

ICMín: Limite inferior de IC 95%; ICMáx: Limite superior de IC 95%; (rec.): Variável recodificada a partir de outra(s) variável(eis) apurada(s) por questionário.

* Categoria de referência.

81,4%

Página 162 de 169

Page 163: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

Portugal Grande Lisboa Zona exposta Zona de controlo

Todos os tumores malignos (TM) 234,4 1 196,4 288,9 287,4

(233,4 ; 235,3) 2 (190,9 ; 201,9) (269,8 ; 307,9) (269,8 ; 305)

286,7 241,7 325,1 352

(285,7 ; 287,7) (235,7 ; 247,8) (305 ; 345,3) (332,6 ; 371,4)

185,5 158,6 241,1 229,4

(184,7 ; 186,3) (153,6 ; 163,5) (223,7 ; 258,6) (213,6 ; 245,2)

TM do aparelho digestivo 89,2 71,4 129,7 104,3

(88,6 ; 89,8) (68 ; 74,7) (116,8 ; 142,5) (93,6 ; 115)

111,1 91,4 125,4 123,4

(110,4 ; 111,7) (87,6 ; 95,2) (112,8 ; 138,1) (111,7 ; 135)

68,7 53,5 115,9 83,8

(68,2 ; 69,2) (50,6 ; 56,4) (103,7 ; 128,1) (74,2 ; 93,4)

TM do estômago 22,9 15,3 24,1 24,2

(22,6 ; 23,2) (13,8 ; 16,8) (18,5 ; 29,6) (19 ; 29,4)

28,1 19,6 32,9 28,1

(27,8 ; 28,4) (17,9 ; 21,4) (26,4 ; 39,4) (22,5 ; 33,6)

18,1 10,4 16,7 17,8

(17,8 ; 18,4) (9,1 ; 11,7) (12,1 ; 21,3) (13,3 ; 22,2)

TM do cólon 24,9 22 41,6 31

(24,6 ; 25,2) (20,2 ; 23,9) (34,3 ; 48,9) (25,1 ; 36,8)

28,6 25,4 24 33,4

(28,3 ; 28,9) (23,4 ; 27,4) (18,5 ; 29,6) (27,3 ; 39,5)

21,4 19,5 33,8 24,6

(21,1 ; 21,6) (17,7 ; 21,2) (27,2 ; 40,4) (19,4 ; 29,9)

TM do aparelho respiratório 36,1 32,1 37,2 51,2

(35,7 ; 36,5) (29,9 ; 34,3) (30,3 ; 44,1) (43,7 ; 58,7)

60,2 53,5 62,9 64,3

(59,7 ; 60,7) (50,6 ; 56,3) (53,9 ; 71,9) (55,9 ; 72,7)

13,5 13,5 7,3 22,2

(13,3 ; 13,7) (12 ; 14,9) (4,2 ; 10,3) (17,2 ; 27,1)

TM da traqueia, brônquios e pulmão 33,2 29,4 31 42,9

(32,8 ; 33,5) (27,3 ; 31,6) (24,7 ; 37,4) (36 ; 49,7)

54,1 48,2 56,7 58,1

(53,6 ; 54,5) (45,5 ; 51) (48,1 ; 65,2) (50 ; 66,1)

13,7 12,9 4,4 21,3

(13,5 ; 13,9) (11,5 ; 14,3) (2 ; 6,8) (16,5 ; 26,2)

TM dos ossos, pele e mama 20,4 19,2 28,8 33,9

(20,1 ; 20,7) (17,5 ; 21) (22,7 ; 34,9) (27,8 ; 40)

5,2 4,8 4,2 8,1

(5,1 ; 5,3) (3,9 ; 5,7) (1,9 ; 6,5) (5,1 ; 11,1)

34,6 25,5 50,6 31,4

(34,2 ; 34,9) (23,5 ; 27,5) (42,5 ; 58,6) (25,5 ; 37,3)

TM da mama feminina 19,6 16,8 40,1 48,6

(19,4 ; 19,9) (15,2 ; 18,4) (33 ; 47,3) (41,2 ; 55,9)

TM do aparelho genito-urinário 39,9 33,9 41,4 49,3

(39,6 ; 40,3) (31,6 ; 36,2) (34,1 ; 48,7) (41,9 ; 56,7)

52,7 45,9 46,6 64,3

(52,2 ; 53,1) (43,2 ; 48,6) (38,9 ; 54,4) (55,8 ; 72,7)

28 24,5 38,4 25,8

(27,6 ; 28,3) (22,5 ; 26,5) (31,4 ; 45,4) (20,4 ; 31,1)

TM da próstata 34,2 28,4 40 51

(33,8 ; 34,6) (26,3 ; 30,5) (32,8 ; 47,1) (43,5 ; 58,5)

Tabela 30 - Taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes) em 2009, por sexo e grupos etários quinquenais, para Portugal, para a área

da Grande Lisboa e para as zonas exposta e de controlo

HM

H

M

H

H

M

M

H

M

HM

H

HM

H

M

HM

H

M

HM

HM

H

M

M

HM

H

M

HM

Página 163 de 169

Page 164: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

Portugal Grande Lisboa Zona exposta Zona de controlo

Tabela 30 - Taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes) em 2009, por sexo e grupos etários quinquenais, para Portugal, para a área

da Grande Lisboa e para as zonas exposta e de controlo

HMTM de outras localizações 1,6 1,1 2,3 1,5

(1,5 ; 1,7) (0,7 ; 1,5) (0,6 ; 4,1) (0,2 ; 2,9)

1,5 1 5,1 0

(1,4 ; 1,6) (0,6 ; 1,4) (2,5 ; 7,7) (0 ; 0)

1,5 1 4,4 2,9

(1,5 ; 1,6) (0,6 ; 1,4) (2 ; 6,8) (1,1 ; 4,7)

TM dos tecidos linfático e hematopoiético 18,6 16,7 26,4 22,9

(18,3 ; 18,8) (15 ; 18,3) (20,6 ; 32,2) (17,8 ; 27,9)

20 18,4 30,3 25,3

(19,7 ; 20,3) (16,7 ; 20,1) (24,1 ; 36,6) (20 ; 30,6)

17,1 15,2 17,5 19,1

(16,9 ; 17,4) (13,6 ; 16,7) (12,8 ; 22,3) (14,5 ; 23,7)

H

M

HM

H

M

HM

Notas:1 Taxas padronizadas de mortalidade;

2 Intervalo de confiança a 95%.

Página 164 de 169

Page 165: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

Portugal Grande Lisboa Zona exposta Zona de controlo

Todos os tumores malignos (TM) 240,6 1 200,9 285,1 296,8

(239,6 ; 241,5) 2 (195,4 ; 206,5) (266,2 ; 304,1) (278,9 ; 314,6)

298,3 254 386 377,7

(297,3 ; 299,3) (247,8 ; 260,2) (364,1 ; 407,9) (357,6 ; 397,8)

186,7 156,4 178,9 226,8

(185,8 ; 187,5) (151,5 ; 161,3) (163,9 ; 194) (211,1 ; 242,5)

TM do aparelho digestivo 90,4 69,3 103 113,3

(89,9 ; 91) (66 ; 72,6) (91,6 ; 114,5) (102,2 ; 124,5)

112,5 88,4 128,7 148

(111,8 ; 113,1) (84,6 ; 92,1) (115,9 ; 141,5) (135,3 ; 160,7)

69,9 53,2 65,7 82,3

(69,3 ; 70,4) (50,3 ; 56,1) (56,5 ; 74,9) (72,8 ; 91,8)

TM do estômago 22,4 13,4 22,4 25,8

(22,1 ; 22,7) (12 ; 14,9) (17 ; 27,8) (20,4 ; 31,1)

27,5 16,9 28,7 25,8

(27,2 ; 27,8) (15,3 ; 18,5) (22,6 ; 34,8) (20,5 ; 31,1)

17,6 10,3 19,2 20,2

(17,3 ; 17,8) (9 ; 11,6) (14,2 ; 24,1) (15,5 ; 24,9)

TM do cólon 25,6 21,8 28,8 35,2

(25,3 ; 25,9) (19,9 ; 23,6) (22,7 ; 34,9) (29 ; 41,5)

30,2 27 27,1 41,2

(29,9 ; 30,5) (25 ; 29,1) (21,2 ; 33) (34,4 ; 47,9)

21,2 17 21,7 21,3

(20,9 ; 21,5) (15,4 ; 18,7) (16,4 ; 27) (16,5 ; 26,2)

TM do aparelho respiratório 39,9 37 42,2 44,8

(39,6 ; 40,3) (34,6 ; 39,4) (34,9 ; 49,6) (37,8 ; 51,9)

66,7 61,9 47,8 52,6

(66,2 ; 67,2) (58,8 ; 65,1) (40 ; 55,6) (45 ; 60,2)

14,9 13,9 21,4 19,5

(14,6 ; 15,1) (12,4 ; 15,4) (16,1 ; 26,6) (14,9 ; 24,2)

TM da traqueia, brônquios e pulmão 35,2 32,8 37,5 41,4

(34,9 ; 35,6) (30,5 ; 35,1) (30,6 ; 44,5) (34,6 ; 48,1)

58,1 54,1 41 47,1

(57,6 ; 58,5) (51,1 ; 57) (33,8 ; 48,3) (39,9 ; 54,3)

13,9 13,3 20,1 19,5

(13,7 ; 14,2) (11,9 ; 14,8) (15 ; 25,2) (14,9 ; 24,2)

TM dos ossos, pele e mama 21 19,1 14,7 30,3

(20,7 ; 21,2) (17,3 ; 20,8) (10,3 ; 19) (24,5 ; 36,1)

5,6 5,1 6,8 9,1

(5,5 ; 5,8) (4,2 ; 6) (3,8 ; 9,7) (5,9 ; 12,3)

34,9 28 26,1 27,1

(34,5 ; 35,2) (25,9 ; 30,1) (20,3 ; 31,9) (21,6 ; 32,6)

TM da mama feminina 14 12,7 26,1 39,9

(13,8 ; 14,2) (11,3 ; 14,1) (20,3 ; 31,9) (33,3 ; 46,6)

TM do aparelho genito-urinário 40,4 33 54,8 48,7

(40 ; 40,8) (30,7 ; 35,3) (46,4 ; 63,2) (41,4 ; 56)

54,5 46,1 41,9 65,9

(54,1 ; 55) (43,4 ; 48,8) (34,6 ; 49,3) (57,4 ; 74,4)

27,2 22,5 26,9 28,5

(26,8 ; 27,5) (20,6 ; 24,4) (21 ; 32,8) (22,9 ; 34,1)

TM da próstata 35,6 30,3 58,5 48,6

(35,2 ; 35,9) (28,1 ; 32,4) (49,8 ; 67,2) (41,3 ; 55,9)

H

M

HM

H

M

HM

HM

H

M

HM

H

M

HM

HM

H

M

HM

H

M

H

Tabela 31 - Taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes) em 2010, por sexo e grupos etários quinquenais, para Portugal, para a área

da Grande Lisboa e para as zonas exposta e de controlo

H

M

M

HM

H

M

Página 165 de 169

Page 166: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

Portugal Grande Lisboa Zona exposta Zona de controlo

HM

Tabela 31 - Taxas padronizadas de mortalidade (por 100 000 residentes) em 2010, por sexo e grupos etários quinquenais, para Portugal, para a área

da Grande Lisboa e para as zonas exposta e de controlo

TM de outras localizações 1,7 1,5 4,7 2,5

(1,6 ; 1,8) (1 ; 2) (2,2 ; 7,2) (0,8 ; 4,1)

1,4 1 9,3 3,5

(1,3 ; 1,5) (0,6 ; 1,4) (5,8 ; 12,8) (1,5 ; 5,5)

1,7 1,7 0 4,6

(1,6 ; 1,8) (1,2 ; 2,3) (0 ; 0) (2,3 ; 6,8)

TM dos tecidos linfático e hematopoiético 19,3 18,2 31,5 23,4

(19 ; 19,6) (16,6 ; 19,9) (25,2 ; 37,9) (18,3 ; 28,5)

21,8 20,6 37,4 18,4

(21,5 ; 22) (18,8 ; 22,3) (30,5 ; 44,3) (13,9 ; 23)

16,9 15,7 24,3 20,6

(16,7 ; 17,2) (14,1 ; 17,3) (18,7 ; 29,9) (15,8 ; 25,4)

HM

HM

H

M

Notas:1 Taxas padronizadas de mortalidade;

2 Intervalo de confiança a 95%.

H

M

Página 166 de 169

Page 167: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 1 de 2

de 1991 de 2000 Variação de 1991 de 2000 Variação

a 1999 a 2010 (%) a 1999 a 2010 (%)

Todos os tumores malignos (TM) 155,6 1

261,7 190,5 277,2

(141,5 ; 169,7) 2

(243,6 ; 279,9) (176,1 ; 204,9) (259,9 ; 294,5)

176,3 316,5 226,7 343,2

(161,4 ; 191,3) (296,6 ; 336,4) (211,0 ; 242,4) (324,1 ; 362,4)

134,5 192,2 157,8 216,2

(121,4 ; 147,5) (176,6 ; 207,9) (144,7 ; 170,9) (200,9 ; 231,5)

TM do aparelho digestivo 61,3 102,4 74,3 106,1

(52,4 ; 70,2) (90,9 ; 113,8) (65,3 ; 83,4) (95,3 ; 116,9)

68,9 112,3 89,3 130,6

(59,5 ; 78,3) (100,4 ; 124,3) (79,4 ; 99,2) (118,6 ; 142,5)

53,3 65,3 60,5 80,3

(45 ; 61,5) (56,1 ; 74,4) (52,3 ; 68,7) (70,9 ; 89,7)

TM do estômago 19,8 20,7 22,7 27

(14,7 ; 24,8) (15,6 ; 25,9) (17,7 ; 27,8) (21,5 ; 32,4)

20,3 25 28,1 27,7

(15,1 ; 25,4) (19,3 ; 30,7) (22,5 ; 33,6) (22,2 ; 33,3)

19 13,9 17,9 18,8

(14,1 ; 24,0) (9,6 ; 18,1) (13,4 ; 22,3) (14,3 ; 23,4)

TM do cólon 16,8 29,7 18,8 29,6

(12,1 ; 21,4) (23,5 ; 35,9) (14,3 ; 23,4) (23,9 ; 35,3)

17,5 25,5 20,2 29,7

(12,7 ; 22,2) (19,7 ; 31,2) (15,5 ; 24,9) (24 ; 35,4)

15,8 16 17,6 21,3

(11,3 ; 20,4) (11,5 ; 20,5) (13,2 ; 22,0) (16,5 ; 26,2)

TM do aparelho respiratório 24,8 36,9 27,3 41,5

(19,1 ; 30,4) (30 ; 43,8) (21,8 ; 32,8) (34,7 ; 48,3)

40,6 49 47 53,3

(33,4 ; 47,9) (41,1 ; 57) (39,8 ; 54,3) (45,7 ; 61)

8,7 7,7 8,9 12,4

(5,4 ; 12,1) (4,5 ; 10,8) (5,8 ; 12,1) (8,7 ; 16,2)

TM da traqueia, brônquios e pulmão 22,2 31,1 22,5 37,2

(16,8 ; 27,5) (24,8 ; 37,4) (17,5 ; 27,5) (30,7 ; 43,6)

35,8 41,3 38,2 47,8

(29,0 ; 42,6) (34 ; 48,6) (31,7 ; 44,7) (40,6 ; 55,1)

8,4 6,3 7,9 12

(5,1 ; 11,6) (3,4 ; 9,1) (5,0 ; 10,9) (8,3 ; 15,6)

TM dos ossos, pele e mama 17,2 20,1 20,6 26,3

(12,5 ; 21,9) (15 ; 25,1) (15,8 ; 25,4) (20,9 ; 31,7)

3,3 3,7 4,7 5

(1,2 ; 5,4) (1,5 ; 5,9) (2,4 ; 6,9) (2,6 ; 7,3)

30,9 30,1 35,5 32,5

(24,6 ; 37,2) (23,9 ; 36,4) (29,2 ; 41,7) (26,5 ; 38,5)

TM da mama feminina 27,8 29,1 31,1 38,6

(21,8 ; 33,8) (23 ; 35,3) (25,3 ; 37) (32,1 ; 45,2)

Mulheres 4,8 24,1

Homens 11,3 6,6

Mulheres -2,5 -8,3

Mulheres -25 51,1

Total 16,4 27,6

Total 40,2 65,1

Homens 15,4 25,2

Total 49 52,1

Homens 20,7 13,4

Mulheres -11,7 39,1

Total 77,2 57,2

Homens 45,7 47,2

Mulheres 1 21,2

Total 4,9 18,5

Homens 23,3 -1,2

Mulheres -27,1 5,2

Total 66,9 42,8

Homens 63 46,3

Mulheres 22,5 32,7

79,5 51,4

Mulheres 43 37

Tabela 32 - Taxas padronizadas médias da mortalidade por tumores malignos (por 100.000 residentes), entre os períodos 1991-1999 e 2000-2010,

para a zona exposta e para a zona de controlo, e variação percentual entre o período de referência e o período de vigilância

Causa de morte

Zona exposta Zona de controlo

Total 68,2 45,5

Homens

Página 167 de 169

Page 168: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

Parte 2 de 2

de 1991 de 2000 Variação de 1991 de 2000 Variação

a 1999 a 2010 (%) a 1999 a 2010 (%)

Tabela 32 - Taxas padronizadas médias da mortalidade por tumores malignos (por 100.000 residentes), entre os períodos 1991-1999 e 2000-2010,

para a zona exposta e para a zona de controlo, e variação percentual entre o período de referência e o período de vigilância

Causa de morte

Zona exposta Zona de controlo

Total 68,2 45,5TM do aparelho genito-urinário 25,6 43,2 33,5 46,4

(19,8 ; 31,3) (35,8 ; 50,7) (27,4 ; 39,6) (39,2 ; 53,5)

30,8 40,7 43,2 57,5

(24,5 ; 37,1) (33,5 ; 48) (36,3 ; 50,1) (49,6 ; 65,5)

20,8 26,3 25,5 28

(15,6 ; 26) (20,4 ; 32,1) (20,2 ; 30,8) (22,5 ; 33,6)

TM da próstata 20,3 36,6 28,4 42,4

(15,2 ; 25,4) (29,8 ; 43,5) (22,8 ; 34) (35,5 ; 49,2)

TM de outras localizações 12,2 4,2 13,9 4,2

(8,2 ; 16,1) (1,9 ; 6,6) (10,0 ; 17,9) (2 ; 6,3)

15,2 5,1 16,8 3,1

(10,8 ; 19,7) (2,6 ; 7,7) (12,5 ; 21,1) (1,3 ; 5)

9,2 3,8 11,2 5,4

(5,8 ; 12,7) (1,6 ; 6) (7,7 ; 14,8) (3 ; 7,9)

TM dos tecidos linfático e hematopoiético 11,1 19,4 15,5 22,2

(7,3 ; 14,9) (14,4 ; 24,4) (11,3 ; 19,6) (17,3 ; 27,2)

11 17,9 16,1 21,7

(7,2 ; 14,8) (13,1 ; 22,7) (11,9 ; 20,3) (16,8 ; 26,6)

11,1 13,8 14,9 16,8

(7,3 ; 14,9) (9,6 ; 18) (10,9 ; 19,0) (12,5 ; 21,1)

62,4 35

Total -65,3 -70,1

Homens -66,2 -81,5

Mulheres 23,9 12,5

Mulheres -59,3 -51,7

Total 74,8 43,6

Homens

Mulheres 26,3 9,9

Homens 80,7 49,2

Total 69 38,3

Homens 32 33,1

Notas:1 Taxas padronizadas de mortalidade por tumores malignos;

2 Intervalo de confiança a 95%.

Página 168 de 169

Page 169: MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA - valorsul.pt · MONITORIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA NA ENVOLVENTE À CENTRAL DE TRATAMENTO DE RSU DE SÃO JOÃO DA TALHA RELATÓRIO CIRCUNSTANCIADO

n % n % n % n %

Afecções Congénitas (ICD: 7400-7599) 3389 27,1 584 24,8 25 19,2 70 19

Afecções Perinatais (ICD: 7600-7799) 5472 43,8 1078 45,8 53 40,8 159 43,1

D. do Aparelho Respiratório (ICD: 4600-5199) 443 3,5 89 3,8 18 13,8 49 13,3

D. do Sistema Nervoso (ICD: 3200-3899) 422 3,4 100 4,2 5 3,8 21 5,7

Sinais e Sintomas Mal Definidos (ICD: 7800-7999) 1101 8,8 191 8,1 12 9,2 31 8,4

Total de óbitos em crianças com menos de 1 ano pelas causas consideradas

(entre 1991 e 2010)10827 86,7 2041 86,7 113 86,9 329 89,2

Total de óbitos em crianças com menos de 1 ano (entre 1991 e 2010)

1991 - 1999 2000 - 2010 1991 - 1999 2000 - 2010 1991 - 1999 2000 - 2010 1991 - 1999 2000 - 2010

Total de óbitos de crianças com menos de 8 dias de vida de 1991 a 2010 3680 2415 624 519 34 34 108 87

Total de fetos mortos com mais de 28 semanas de gestação 5216 3836 1016 794 64 47 161 155

Total de óbitos perinatais 8896 6251 1640 1313 98 81 269 242

369130235412484

Tabela 33 - Proporção dos óbitos por afecções congénitas e por outras causas seleccionadas, entre os óbitos em crianças com menos de 1 ano (1991-2010)

Portugal Grande Lisboa Zona exposta Zona de controlo

Tabela 34 - Número de óbitos perinatais em Portugal Continental, na zona da Grande Lisboa, na zona exposta e na zona de controlo (1991-1999 e 2000-2010)

Portugal Grande Lisboa Zona exposta Zona de controlo

Página 169 de 169