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Módulo III

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Módulo III

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Vocês se lembram que no início deste módulo III reiteramos que a RRD pode ser, com relação a um desastre, pode ser definida a partir de três palavras:

Conhecimento, Organização e Comunicação.

E que, da perspectiva da mobilização comunitária deve existir em todos esses momentos diálogo entre os especialistas, a população e suas organizações.

Portanto: o Conhecimento não pertence nem deve ser produzido apenas pelos técnico-cientistas.

A Organização não deve ser proposta e realizada pelos gestores e profissionais.

E a Comunicação não deve ser encarada como um movimento de única via, onde os comunicadores entregam informações à população, que deve assim ser formada e, talvez, controlada.

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É preciso entender que dessa perspectiva, não se faz RRD sem participação popular: conhecer, organizar e comunicar acontecem sempre ao mesmo tempo, simultaneamente entre especialistas e população.

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Especificamente com relação a comunicação devemos considerar que ela não está restrita apenas a matérias e reportagens em veículos especializados de informação, como jornais, TVs e internet.

Assim, o momento de informar à população em geral (incluindo a jornalistas) através de boletins sobre as condições e evolução do desastre também é comunicação e deve ser feito com critério e clareza.

Nesse ponto, não podemos desconsiderar que o material educativo (folders, cartilhas e manuais didáticos) produzido com o intuito de informar ou educar a população durante o período de prevenção também deve ser considerado comunicação.

Todos eles devem sempre contar com algum mecanismo de participação popular, desde a sua concepção, produção, distribuição, até na avaliação de sua eficácia.

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No caso das mídias, a participação dos jornalistas e dos meios de comunicação no processo de esclarecimento e mobilização das pessoas atingidas por situações de emergência (riscos e desastres) e da opinião pública em geral deve, como acentua a literatura moderna sobre comunicação de riscos, levar em conta fundamentalmente as demandas específicas das comunidades, dos afetados e de suas famílias em particular.

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Trata-se de um processo que necessariamente inclui o envolvimento e o comprometimento dos cidadãos e que não deve pautar-se numa perspectiva unilateral, que vislumbra os públicos, direta ou indiretamente afetados, como meros receptores passivos de informações especializadas.

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Muito pelo contrário, é fundamental, na definição das pautas jornalísticas, na escolha das fontes, na elaboração dos textos e no momento da edição e veiculação das reportagens ter presente o perfil dos públicos, de modo a propor conteúdos e formatos que lhes sejam acessíveis.

Muitas vezes, o discurso tido como competente, refém de fontes especializadas, representa um ruído na interação entre os emissores das mensagens e os públicos aos quais elas se destinam, contribuindo para gerar dúvidas, receios, leituras equivocadas e muitas vezes, sofrimento desnecessário.

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Seguem alguns mitos no processo de comunicação de riscos e propostas de ações concretas para superá-los, balizados principalmente pela participação comunitária:

Mito 1

Não há recursos nem tempo disponíveis para se produzir um programa de comunicação de riscos.

- Ação 1 Capacite a equipe para comunicar-se mais efetivamente. Desenhe projetos que possam prever a participação do público.

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Mito 2 Informar o público sobre um risco pode alarmá-lo desnecessariamente.

- Ação 2 Reduza o nível ou potencial de alarme, propiciando às pessoas a oportunidade de expressar suas preocupações.

Mito 3 A comunicação é menos importante que a informação. Se as pessoas conhecem os verdadeiros riscos, elas os assumirão.

- Ação 3 Dedique a mesma atenção ao seu processo de informar as pessoas e ao empenho de ouvir as explicações que elas têm para dar.

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Mito 4 Não devemos nos dirigir aos públicos antes que tenhamos as soluções efetivas para os problemas.

- Ação 4 Revele e debata as alternativas para o gerenciamento dos riscos e envolva a comunidade nas estratégias que as interessam.

Mito 5 Os assuntos são muito complicados para que as pessoas possam entendê-los.

- Ação 5 Não leve em conta o seu critério pessoal para avaliar as dificuldades e os possíveis mal-entendidos dos públicos em relação a temas complexos.

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Mito 6 As decisões técnicas devem ficar restritas aos técnicos.

- Ação 6 Informe o público, ouça as preocupações da comunidade

e utilize uma equipe com experiência em vários campos para chegar a um critério.

Mito 7 A comunicação de riscos não é parte do meu trabalho.

- Ação 7 Todos têm o dever de assumir este compromisso e é necessário integrar a comunicação com o seu trabalho e contribuir para que outros façam o mesmo.

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Mito 8 Se cedermos um centímetro para as pessoas, elas desejarão conquistar um quilômetro.

- Ação 8 Quando se escutam as pessoas que desejam centímetros, será menos provável que exijam quilômetros. Evite o confronto e envolva as pessoas desde o início e com frequência.

Mito 9 Se escutarmos o público, dedicaremos os nossos escassos recursos em assuntos que não representam uma grave ameaça à saúde.

- Ação 9 Escute sempre e a tempo para evitar controvérsias e, com isso, evite dar atenção desproporcional a assuntos de menor importância.

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Mito 10 Os grupos ativistas são responsáveis por fomentar preocupações injustificadas.

- Ação 10 Os grupos ativistas ajudam a focar o descontentamento do público. Muitos deles são razoáveis e responsáveis. Trabalhe com eles e não contra eles. 

 

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UFSC/Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres.Comunicação de riscos e de desastres. Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres. Florianópolis: CEPED, 2010.