módulo 7- frei luís de sousa

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D.João de Portugal (o Romeiro) Trabalho de: Flávia Correia nº12 Mafalda Martins nº16

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Page 1: Módulo 7- Frei Luís de Sousa

D.João de Portugal (o Romeiro)

Trabalho de: Flávia Correia nº12Mafalda Martins nº16

Page 2: Módulo 7- Frei Luís de Sousa

D. João filho ilegítimo do Rei D. Pedro I e de D. Teresa (dama de galega), nasceu em Lisboa a 11 de Abril de 1357 e morreu em Lisboa a 14 de Agosto de 1433.

Page 3: Módulo 7- Frei Luís de Sousa

Aos 19 anos apaixonou-se por Inês Pires, de quem teve 2 filhos:

D. Afonso, em 1377 (primeiro Duque de Bragança)

D. Brites, em 1386 (morreu jovem)

D. Brites

Page 4: Módulo 7- Frei Luís de Sousa

A 2 de fevereiro de 1387, casou com D. Filipa de Lencastre e tiveram 8 filhos:

•D. Branca, em 1388 (morreu jovem)

•D. Afonso, em 1390 (morreu jovem)

•D. Duarte, em 1391 (sucessor do pai)

•D. Pedro, em 1392 (Duque de Coimbra, O Das Sete Partidas)

Page 5: Módulo 7- Frei Luís de Sousa

•D. Henrique, em 1394 (Duque de Viseu, O Navegador)

•D. Isabel, em 1397 (casou com Filipe III, Duque de Borgonha)

•D. João, em 1400 (Condestável de Portugal)

•D. Fernando, 1402 (morreu no cativeiro, em Fez, O Infante Santo)

Page 6: Módulo 7- Frei Luís de Sousa

D. João de Portugal é apresentado como tendo sido um honrado fidalgo e um valente cavaleiro (cena II, ato II) de cuja figura se destacam as nobres qualidades d´alma, a grandeza e valentia de coração, e a fortaleza daquela vontade serena mas indomável (cena III, ato II).

Page 7: Módulo 7- Frei Luís de Sousa

D. João de Portugal é primeiro marido de D. Madalena desaparecido na Batalha de Alcácer Quibir.

Está ausente fisicamente durante o I e o II ato da peça mas a sua presença é focada essencialmente por D. Madalena (que vive atormentada com ele), por Telmo (que crê no seu regresso) e por Maria (culto sebastianista pois acredita que se D. Sebastião aparecer o mesmo pode acontecer com D. João).

A partir da cena XIII do II ato torna a sua existência concreta pois regressa a Portugal ao fim de 21 anos, depois de 20 penosos anos em cativeiro no continente africano e asiático, como Romeiro(embora a sua real identidade só seja revelada no final do ato II).

Madalena acha que o destino foi impiedoso, e que tudo aquilo se ira abate sobre a sua família como castigo do seu pecado de ter amado Manuel de Sousa Coutinho enquanto D. João de Portugal era vivo.

Page 8: Módulo 7- Frei Luís de Sousa

Na cena final do ato segundo, o vocábulo “ninguém” funciona como a máxima concentração de ação: o falado romeiro transmite a sensação de vazio que lhe vai na alma: julgado morto, já não tem lugar naquela família.

Interfere, juntamente com Telmo, na entrada em hábito de Madalena e de Manuel de Sousa, tentando impedir que tal aconteça.No fim, assiste à morte de Maria e à tomada de hábito de Madalena e Manuel

Elementos Trágicos Hybris

(o desafio)

Agón

(o conflito)

Pathos

(o sofrimento)

Katastrophé

(a catástrofe)

D. João de Portugal

Abandona a família

Não dá notícias da

sua existência

Aparece quando

todos o julgavam

morto

Não tem conflito

Alimenta os conflitos

dos outros

Agudiza todos os

conflitos com o seu

regresso

Sofre o

esquecimento a que

foi votado

Sofre pelo casamento

da sua mulher

Sofre por não poder

travar a marcha do

destino

Morte psicológica:

. Separação da

mulher

. A situação

irremediável do

anonimato

Page 9: Módulo 7- Frei Luís de Sousa

O Romeiro, D. João de PortugalRegresso enfim, de barba branca,

mirrado de piça e veleidades,olho pisco, pêlo ralo, perna manca,

em busca de que sal, de que saudades

que se manduquem em aberta mesa.Vejo contudo que em má altura

cheguei à vela que esperava acesae não encontro, inexistente e escura.

Afinal onde estou, já que sem nomeo vento me levou a condição?

Não terei terra branda que me tome

e me leve aos infernos pela mão,pois uma só pergunta me consome:se não nasci porquê morrer então?

(poema de Pedro Tamen)