modulo 5
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Módulo 5 – Guias de atendimento da emergência e divisão do trabalho
Apresentação
Neste módulo, você, na qualidade de primeiro respondedor, vai desempenhar
procedimentos – com base no manual de emergência da Associação Brasileira da Indústria
Química (ABIQUIM) – para verificação do nome do produto, do número de risco e do
número da ONU e aplicar as medidas iniciais de isolamento e a divisão da cena do acidente
em áreas de trabalho.
Você irá estudar também o guia NIOSH para riscos químicos.
Objetivos do Módulo
Ao final do estudo deste módulo, você será capaz de:
Ampliar seus conhecimentos para:
o Identificar o nome do produto, o número de risco e o número da ONU
utilizando as informações contidas no manual de emergência da Associação
Brasileira da Indústria Química (ABIQUIM).
o Identificar as roupas de proteção utilizadas nas atividades de intervenção em
emergências com produtos perigosos.
o Compreender as informações contidas no guia NIOSH.
Desenvolver/exercitar habilidades para:
o Aplicar medidas iniciais de isolamento e a divisão da cena do acidente em
áreas de trabalho.
Fortalecer atitudes para:
o Reconhecer a necessidade da gestão integrada e comunitária do Sistema de
Segurança Pública e de Defesa Civil.
o Cumprir normas dos planos locais de emergência.
Estrutura do Módulo
Aula 1 – Guia de emergência química da ABIQUIM
Aula 2 – Guia NIOSH para riscos químicos (NIOSH – Guide to Chemical Hazards)
Aula 3 – Seleção dos níveis de proteção
Aula 4 – Divisão de áreas de trabalho
Aula 1 – Guia de emergência química da ABIQUIM
O Pró-Química foi criado em 1989 pela Associação Brasileira da Indústria Química
(ABIQUIM). É um serviço integrado de informações e comunicações que fornece a você,
pelo telefone 0800 11 8270, orientação técnica em caso de emergência envolvendo
produtos químicos, seus fabricantes, transportadores e armazenadores de todo o Brasil.
O conteúdo do guia de emergência da ABIQUIM é originado do livro laranja da ONU e da
Resolução 420 da Agência Nacional de Transportes Terrestres.
1.1. Manual para o atendimento a emergências com produtos perigosos
O manual tem o formato de guia de emergências para orientar os casos de acidentes com
produtos químicos e suas principais características, com o objetivo de orientar a resposta à
emergência, servindo como fonte de consulta prática e sistemática. Ele fornece
providências a serem adotadas que facilitam o atendimento pelas equipes de resposta que
primeiro chegam ao local sinistrado. O manual é voltado para o transporte rodoviário com
produtos perigosos e serve de fonte de consulta para acidentes químicos ampliados e outros
modos de transporte, processo fabril e estoque. Porém, nesses casos, deve-se contar com o
conhecimento e a experiência dos operacionais e técnicos especializados na intervenção de
ocorrências com produtos perigosos.
1.2. Sistema de informação
O manual deve ser utilizado observando-se os três sistemas de informação e identificação
de produtos químicos:
Painel de segurança;
Rótulo de risco;
Documentos de embarque do produto.
Recomenda-se:
Antes de qualquer intervenção no acidente, a aproximação do cenário sinistrado pelo
respondente deve ser a favor do vento.
Caso haja vítimas, elas só devem ser resgatas por pessoal capacitado e equipado com
o nível de proteção adequado aos produtos envolvidos.
Um espaço suficiente deve ser mantido entre o acidente e a movimentação de
equipamentos de socorro e intervenção.
Documentos de embarque dos produtos, notas fiscais, envelopes de emergência,
entre outros devem ser retirados da cena por especialistas para interpretação e correta
identificação dos produtos existentes.
Importante!
Novas informações oriundas do fabricante ou transportador podem alterar completamente
o esquema e a divisão territorial de trabalho dos especialistas.
1.3. Avaliação da situação
Você deve responder as principais questões norteadoras para a formulação do plano de
intervenção, tais como:
Há derramamento (líquido), escape (gás) ou tombamento (sólido) de produtos?
Há incêndio, vazamentos ou explosões?
Quais as condições do tempo e clima?
Como é o relevo e terreno?
Quem está em risco pelos efeitos danosos dos produtos?
População?
Meio ambiente natural?
Propriedades?
Há necessidade de retirada de pessoas?
Há necessidade de informação pela mídia local?
Devem-se fazer diques de contenção do produto vazado?
Que recursos humanos e materiais estão sendo aguardados?
Quantas vítimas?
Quais hospitais disponíveis?
Importante!
Lembre-se de que a primeira ação de proteção a ser considerada é a segurança das pessoas
que estão na área ao redor, incluindo a sua própria segurança.
1.4. Conteúdo do manual para atendimento e emergência
1.4.1. Seções do manual
O manual possui cinco seções, expressas pelas páginas na cor branca, amarela, azul,
laranja e verde.
Páginas de bordas brancas – Abordam informações gerais, instruções sobre o emprego
do manual, dados referentes aos números de risco e suas características e tabela dos
códigos de riscos.
Páginas de bordas amarelas – Apresentam a relação de produtos em ordem numérica,
conforme os números ONU. Elas possibilitam a identificação do guia de emergência a
partir do número ONU do produto envolvido no acidente. Na relação, constam os quatro
algarismos do número ONU, seguidos do número do guia de emergência e, por último, o
nome do produto. Você pode observar os exemplos abaixo:
ONU Guia Nome do produto
1090 127 Acetona
1005 125 Amônia
Páginas de bordas azuis – Apresentam a relação dos produtos em ordem alfabética. Elas
possibilitam a identificação do guia de emergência a partir do nome do produto envolvido
no acidente. Na relação, consta o nome do produto, seguido do guia de emergência e o
número ONU. Um exemplo vem a seguir:
Nome do produto Guia ONU
Ácido Sulfúrico 137 1830
Amônia 125 1005
Páginas de bordas laranjas – Apresentam os guias nos quais são encontradas as
recomendações de segurança. Os guias estão divididos em formato de duas páginas. Cada
uma das páginas contém recomendações de segurança e informações de atendimento à
emergência para proteger a equipe de atendimento e o público.
Os guias laranjas possuem a seguinte configuração:
Estude o detalhamento de cada uma das seções do guia.
A primeira seção “Riscos Potenciais” descreve os riscos potenciais que o produto oferece
em relação a incêndio, explosão e à saúde durante exposição ao produto. O risco mais
nocivo à saúde é listado primeiro. A equipe de atendimento deve consultar primeiro essa
seção. Dessa forma será mais fácil tomar decisões sobre a proteção da equipe e da
população próxima.
A segunda seção “Segurança Pública” descreve medidas para a segurança pública,
fornecendo instruções sobre como isolar a cena do acidente. O guia fornece a você
informações quanto à roupa e equipamentos de proteção. Também detalha as distâncias de
retirada de pessoas para os pequenos e grandes vazamentos com risco de fragmentação e
FOGO OU EXPLOSÃO RISCOS À SAÚDE
VESTIMENTAS DE PROTEÇÃO EVACUAÇÃO
FOGO VAZAMENTO/DERRAMAMENTO PRIMEIROS SOCORROS
RISCOS POTENCIAIS
SEGURANÇA PÚBLICA
AÇÃO DE EMERGÊNCIA
GUIA XXX GUIA XXX
incêndio. São feitas referências às tabelas de produtos com risco de inalação tóxica e
produtos reativos à água, quando o produto estiver identificado com o sombreado verde
nas páginas de bordas amarelas e azuis.
A terceira seção “Ação de Emergência” cobre as ações de atendimento à emergência,
incluindo primeiros socorros. São assinaladas as precauções especiais em caso de
incêndios, derramamentos e exposição às substâncias químicas, incluindo recomendações
sobre as ações de primeiros socorros a serem realizadas enquanto é aguardado socorro
especializado.
Importante!
Cada guia de emergência cobre um grupo e tipo de produto e seu risco geral.
Páginas de bordas verdes – Apresentam tabela em que constam a ordem do número de
identificação ONU e os produtos tóxicos por inalação ou que em contato com a água
produzem gases tóxicos. Ela recomenda dois tipos de distância de segurança: a distância de
isolamento inicial e a distância de proteção.
Importante!
As distâncias mudam durante a noite devido às condições de temperatura: o ar é
geralmente mais calmo, tornando a dispersão de vapores mais lenta, o que cria uma zona
mais concentrada com os tóxicos. Durante o dia, o produto pode se dispersar mais
rapidamente em uma atmosfera mais ativa. É a quantidade ou concentração do vapor do
produto que produz o dano, não somente sua presença no ar. As letras escritas ao lado dos
nomes dos produtos, tais como: “N.E. – Não Especificado” e “P – Polimerização de
produtos na forma violenta pelo calor ou por contaminação”. Polimerização é a
denominação da reação química em que moléculas simples (monômeros) produzem
macromoléculas (polímeros) normalmente de forma extremamente exotérmica.
Nota:
1. Os produtos com risco de inalação tóxica estão destacados e sombreados para facilitar
sua identificação em ambas as listas do guia de bordas amarelas e azuis.
Aula 2 – Guia NIOSH para riscos químicos (NIOSH – Guide to Chemical Hazards)
• NIOSH
O guia NIOSH (Instituto Nacional de Saúde e Higiene Ocupacional), USA, para os riscos
químicos considera cerca de 677 produtos químicos. O guia tem versão eletrônica on-line e
seus dados podem ser impressos.
Acesse http://www.cdc.gov/niosh/npg/ e baixe o guia NIOSH.
As formas de pesquisa disponíveis no guia são:
Nome do produto
Sinônimos
Nome comercial
Número de identificação da ONU
Cerca de 411 produtos têm a numeração CAS ou registro CAS (CAS number ou CAS
registry number, em inglês) de um composto químico, polímero, sequência biológica e liga
é um número de registro único no banco de dados do Chemical Abstracts Service, uma
divisão da Chemical American Society.
O Chemical Abstracts Service atribui esses números a cada produto químico que é descrito
na literatura. Além disso, o CAS mantém e comercializa um banco de dados dessas
substâncias: o CAS Registry. Aproximadamente 23 milhões de compostos receberam, até
agora, um número CAS. Aproximadamente 4.000 novos números são acrescentados a cada
dia. O objetivo é facilitar as pesquisas no banco de dados, visto que, muitas vezes, os
produtos químicos têm mais de um nome. Quase todos os bancos de dados atuais de
moléculas permitem uma pesquisa pelo número CAS.
Aula 3 – Seleção dos níveis de proteção
Esta aula tem como objetivo criar condições para que você identifique os níveis de
proteção e possa selecionar a roupa adequada para as atividades de intervenção em
emergências com produtos perigosos.
Uma observação importante, a ser feita antes que você inicie o estudo dos tópicos
específicos: existem três classes distintas de riscos envolvidos quando se fala em roupas de
proteção. São eles:
Riscos físicos (calor, frio, radiações ionizantes e não ionizantes);
Riscos químicos (gases, vapores e respingos de produtos perigosos);
Riscos biológicos (vírus, bactérias).
3.1. Critérios gerais para seleção de roupas de proteção química
As roupas que protegem o corpo do contato com produtos perigosos estão divididas em
cinco níveis de proteção: A, B, C, D e E, os quais você estudará mais à frente.
As precauções apropriadas para lidar com acidentes envolvendo produtos perigosos devem
ser tomadas por pessoas altamente treinadas e envolvidas com a atividade e seus riscos, a
fim de minimizar os perigos potenciais, proteger a vida humana e o meio ambiente e criar
plantas industriais (e atividades) mais seguras.
3.2. Equipamentos
Três tipos de equipamentos devem estar sempre disponíveis em tais situações:
Equipamentos de detecção que tornem possível a detecção do perigo potencial em
um curto período de tempo;
Proteção respiratória;
Roupas de proteção química.
Com relação à proteção pessoal, o problema envolvido em selecionar uma roupa de
proteção química (RPQ) adequada para tratar com produtos químicos perigosos tem se
tornado extremamente complexo, devido ao rápido desenvolvimento nos últimos anos da
manufatura de materiais alternativos e suas aplicações.
Nesta aula você estudará especificamente as roupas de proteção.
3.1.2. Critérios universais
Com todas as colocações acima, há que se ter requisitos universais para uma roupa de
proteção química. Esses requisitos são:
A roupa deve ser resistente contra todas as substâncias (na forma gasosa, líquida ou
sólida) que possam ser prejudiciais à saúde; a roupa não deve sofrer danos por
esforços mecânicos (não cortar, furar, etc...);
A roupa não deve ser afetada por diferenças de temperatura (calor ou frio intenso);
A roupa deve apresentar características de ser retardante de chamas e dielétrica
(isolante) e oferecer proteção contra poeiras radioativas;
A roupa não deve também acumular calor internamente ou impedir a livre
movimentação, visão e comunicação do usuário. Ela deve ser leve, fácil de
manusear, de fácil descontaminação, de manutenção simples e, sobretudo,
apresentar um preço baixo.
Todos os requisitos acima são justificáveis, mas, infelizmente, o que ocorre na prática é
que nem todos os pontos apresentados podem ser cumpridos por uma única roupa. Assim,
o usuário deve estudar a melhor opção viável tecnicamente e economicamente.
Neste momento, você pode ser chamado pelos profissionais especializados no atendimento
à emergência com produtos perigosos para auxiliá-los a vestir os níveis de proteção a
seguir apresentados.
3.3. Níveis de proteção
A fim de classificar os vários níveis de proteção necessários para uma atividade de
emergência envolvendo produtos químicos perigosos, foi criada uma classificação que
indica os equipamentos necessários para cada nível. Essa classificação foi desenvolvida
pela Agência Americana de Proteção Ambiental (EPA).
3.3.1. Nível A
O nível A de proteção é necessário quando a proteção para a pele, trato respiratório e olhos
deve ser altíssima. Os equipamentos que devem ser utilizados para proteção nível A são:
Equipamento autônomo de pressão positiva;
Roupa de resistência química totalmente encapsulada;
Luvas internas, com proteção química;
Luvas externas, com proteção química;
Botas com resistência química, palmilha e biqueira de aço (dependendo do desenho
de confecção da roupa, deve ser empregada uma bota interna à bota da roupa);
Macacão de algodão para uso interno tipo long-john (opcional);
Capacete para uso interno (opcional);
Capa para uso interno (opcional);
Rádio de comunicação intrinsecamente seguro.
Figura 8. EPI. Nível A.
Fonte: NFPA 471.
Critério de seleção para proteção nível A
Encontrando um dos critérios a seguir, opte pelo nível de proteção A:
Substância química foi identificada e requer o mais alto nível de proteção respiratória
para a pele e os olhos.
Substâncias com alto grau de perigo para a pele são suspeitas de estarem presentes e
o contato com a pele é possível (contato com a pele inclui: respingos, imersão ou
contaminação por vapores, gases ou partículas).
Em operações conduzidas em locais confinados e sem ventilação, até que o motivo
que gerou a opção pelo nível A tenha cessado.
Leituras diretas em equipamentos de monitoramento ambiental ou instrumentos
similares indicando altos índices de vapores ou gases não identificados no ar.
3.3.2. Nível B
O nível B de proteção deve ser selecionado quando são necessários o maior nível de
proteção respiratória e um nível menor para pele e olhos. O nível B é o nível mínimo
recomendado desde a entrada até que o perigo tenha sido detectado e avaliado através de
amostragem ou outro método de análise qualquer que seja confiável, bem como para a
situação específica a que tenha sido indicado. Os equipamentos que devem ser utilizados
para proteção nível B são:
Equipamento autônomo de pressão positiva;
Roupa de proteção química (capas e jaquetas com mangas longas, capas com
capuz, macacões, roupas de proteção contra respingos em duas peças, etc...);
Capa de uso interno (opcional);
Luvas externas com resistência química;
Luvas internas com resistência química;
Botas externas com palmilha e biqueira de aço;
Botas internas com resistência química (opcional);
Capacete (opcional);
Rádio de comunicação intrinsecamente seguro.
Figura 9. EPI. Nível B.
Fonte: NFPA 471.
Critério de seleção para o nível B
Encontrando um dos critérios abaixo, opte pelo nível de proteção B:
O tipo do produto perigoso e sua concentração foram identificados e requerem um
alto grau de proteção respiratória sem, contudo, exigir esse nível de proteção para a pele;
Não é possível o uso de proteção respiratória devido à concentração do produto;
A atmosfera contém menos de 19,5% de oxigênio;
Em local que seja altamente improvável a geração de alta concentração de vapores,
gases, partículas ou respingos que venham a prejudicar de alguma forma a pele:
3.3.3. Nível C
O nível C de proteção deve ser selecionado quando o tipo de contaminante do ar é
conhecido, sua concentração medida, os critérios de seleção para uso de equipamentos de
proteção respiratória vão ao encontro dos padrões e a exposição da pele e dos olhos é
indesejada. A monitorização do ar deve ser realizada. Os equipamentos utilizados no nível
C de proteção são:
Máscara facial e filtro apropriado;
Roupa com resistência química (macacão, conjunto de duas peças com capuz,
roupa descartável);
Luvas externas com resistência química;
Luvas internas com resistência química;
Botas externas com palmilha e biqueira de aço;
Botas internas com resistência química (opcional);
Roupas internas (opcional);
Capacete (opcional);
Rádio de comunicação intrinsecamente seguro;
Máscara de fuga (opcional).
Figura 10. EPI. Nível C.
Fonte: NFPA 471
Critério de seleção para o nível C
Encontrando um dos critérios abaixo, você deve optar pelo nível C de proteção:
A concentração de oxigênio no local não é inferior a 19,5%;
Concentração monitorada de substâncias identificadas com o uso de purificadores
de ar e cuja concentração esteja dentro dos limites para cada cartucho;
O trabalho não requer o uso de aparelho de respiração autônoma.
3.3.4. Nível D
O nível D é primariamente um uniforme de trabalho, que não deve ser empregado quando
existir qualquer risco para o trato respiratório ou pele.
Critério de seleção para o nível D de proteção
Não há presença de contaminadores;
Não há qualquer possibilidade de respingos, imersão ou risco potencial de inalação
de qualquer produto químico.
Figura 11. EPI. Nível D.
Fonte: NFPA 471.
Aula 4 – Divisão de áreas de trabalho
Nesta aula, você estudará como isolar a área contaminada e dividir a área de trabalho com
base nas características do produto sinistrado e no respectivo pessoal e equipamentos no
cenário.
4.1. Áreas de trabalho
A área de trabalho pode ser dividida em três zonas:
Zona quente ou área de exclusão;
Zona morna (área de redução de contaminação);
Zona fria (área de suporte).
Estude, a seguir, sobre cada uma delas:
4.1.1 Zona quente ou área de exclusão
Área imediatamente circunvizinha à ocorrência, que se estende até um limite que
previna os efeitos às pessoas e equipamentos fora dessa área;
O acesso ao interior dessa área deve ser limitado exclusivamente para aquelas
pessoas e materiais que especificamente vão atender a exigências, ou seja, equipes
de serviço e todo material necessário para fazer frente ao fato.
Ela deverá ser necessariamente demarcada e ao encarregado de segurança da
emergência é a quem caberá orientar e controlar os acessos.
Figura 12. Divisão em áreas de trabalho.
Fonte: SCO, 2011
4.1.2. Zona morna (área de redução de contaminação)
Nessa área deverão estar localizados os equipamentos e pessoal para o suporte da
zona quente. Deve ser um local imediatamente anexo à zona quente, possibilitar a
comunicação e, sempre que possível, a observação da zona quente;
Deve-se estabelecer nessa área um corredor de redução de contaminação e de
acesso à saída de pessoal e materiais.
4.1.3. Zona fria (área de suporte)
Nessa área estarão o posto de coordenação e todos os suportes necessários para
controle da ocorrência;
É o local de impedimento do acesso ao público; é, porém, permitido às pessoas e
autoridades que têm relação com a ocorrência, mas não atuarão na intervenção;
Nessa área estarão os equipamentos de apoio médico de triagem.
A delegação de tarefas em emergências mostra que a divisão de trabalho é complexa.
Claramente, a gestão ideal é aquela que envolve adequada delegação de tarefas e divisão
de trabalho. O termo adequado significa que as tarefas são empreendidas de forma rápida e
voltadas para a solução do problema. A divisão do trabalho definida em legislação deve
prever quem deve substituir a organização ausente no cenário. Para ilustrar, a Guarda
Municipal pode receber a delegação de direcionar o trânsito da rodovia e manter a
segurança do isolamento do sinistro, enquanto os policiais rodoviários podem ter o
trabalho de preencher os autos de infração e as imposições de penalidade aos responsáveis
pelas infrações.
Para saber mais...
Para saber mais sobre esse tema, leia o texto Divisão da Área de Trabalho1.
1 Acessar o arquivo Divisao em Areas de Trabalho.doc
Finalizando...
Neste módulo, você estudou que:
O conteúdo do guia de emergência da ABIQUIM é originado do livro laranja da
ONU e da Resolução 420 da Agência Nacional de Transportes Terrestres;
O guia NIOSH para os riscos químicos considera cerca de 677 produtos químicos;
As roupas de proteção devem ser selecionadas de acordo com o respectivo nível de
proteção;
A delegação de tarefas em emergências mostra que a divisão de trabalho é
complexa. Claramente, a gestão ideal é aquela que envolve adequada delegação de
tarefas e divisão de trabalho. O termo adequado significa que as tarefas são
empreendidas de forma rápida e voltadas para a solução do problema.