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departamento de formação Página 1 MÓDULO 3 5 CITIUS Processo de Execução 5 - Processo de Execução (art.º 10 n.º 4, 5, 6 e 550 CPC)

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MÓDULO 3

5 – CITIUS – Processo de Execução

5 - Processo de Execução

(art.º 10 n.º 4, 5, 6 e 550 CPC)

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5 –PROCESSO DE EXECUÇÃO

Para Pagamento de quantia certa artº. 550º, n.º 2 e 724º C.P.C.

O NCPC introduz algumas alterações no regime da acção executiva, desde logo com o

retorno à existência de duas formas distintas de processo – ordinária e sumária.

A execução será ordinária quando:

• a obrigação haja de ser liquidada na fase executiva, seja alternativa ou condicional;

• o título não seja uma sentença e o exequente alegue a comunicabilidade da dívida ao

cônjuge;

• nas situações em que a execução seja apresentada contra devedor subsidiário que não

tenha renunciado ao benefício da excussão prévia.

Nesta forma de execução haverá sempre lugar a despacho liminar e citação prévia, competindo

o recebimento do requerimento executivo à secretaria. – art.º 726º C.P.C.

Para Pagamento de quantia certa art. 550º, n.º 3 e 855º C.P.C

A execução será sumária quando:

• se funde em sentença que não deva ser executada no próprio processo;

• em injunção;

• em título extrajudicial cuja obrigação pecuniária vencida esteja garantida por hipoteca

ou penhor;

• em título extrajudicial cujo valor da respectiva obrigação não exceda o dobro do valor da

alçada do tribunal de 1.ª instância.

A execução sumária será recebida pelo agente de execução, dispensando-se o

despacho liminar e a citação prévia. – art. 855º C.P.C.

• Na execução de sentença, aplica-se o regime-regra da apresentação de requerimento de

execução nos próprios autos da ação declarativa, prosseguindo a execução nesses

mesmos autos e com a possibilidade de se requerer a execução cumulada de todos os

pedidos julgados procedentes no âmbito da mesma sentença, seja qual for a sua

finalidade. - art.º 85.º e 626.º C.P.C.

• Outra alteração a destacar corresponde à circunstância de o requerimento executivo

apenas se considerar apresentado na data do pagamento da quantia inicialmente

devida ao Agente de Execução, a título de honorários e despesas. - art.º 724º, n.º 6

C.P.C.

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• Como já ocorria, é admitido que Exequente e o Executado acordem no pagamento em

prestações da dívida exequenda, definindo um plano de pagamento e comunicando tal

acordo ao Agente de Execução até à transmissão do bem penhorado ou, caso da venda

mediante proposta em carta fechada, até à aceitação da proposta apresentada. O Novo

Código vem, porém, determinar que tal acordo extingue a execução convertendo-se

automaticamente em hipoteca ou penhor as penhoras efetuadas.

Ocorrendo incumprimento por parte do Executado, no âmbito do acordo celebrado,

poderá o Exequente requerer a renovação da instância executiva. - art. 806º, 807º e 808º

C.P.C. + art.º 849º e 850º C.P.C.

• Uma das mais relevantes inovações do novo Código de Processo Civil em matéria de

execuções corresponde à possibilidade de o Executado, o Exequente e os Credores

Reclamantes aceitarem um acordo global de pagamentos que pode consistir,

nomeadamente numa simples moratória, num perdão, total ou parcial, de créditos, na

substituição, total ou parcial, de garantias ou na constituição de novas. Alarga-se, assim,

o alcance do plano de pagamentos aos Credores Reclamantes. - art.º 810º C.P.C

• Deixa de ser necessário despacho judicial para a penhora de saldos bancários e é

aberta a consulta ao Banco de Portugal - art.º 780º C.P.C

5.1 – REQUERIMENTO EXECUTIVO

Formas de Apresentação e modelo

a) Por transmissão eletrónica de dados: https://citius.tribunaisnet.mj.pt/

Portaria n.º 282/2013 de 29 de Agosto - art.º 2.º

Código do Processo Civil – art. 712º e art. 132º

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Portaria n.º 282/2013 de 29 de Agosto - Vide art.º 3.º

b) Em suporte físico/papel, no tribunal competente segundo o Modelo aprovado pela

Portaria n.º 282/2013, de 29 de agosto:

Lei n.º 41/2013 de 26 de Junho - Vide art.º 6.º

Ação Executiva - A reter:

a) O disposto aprovado à Lei n.º 41/2013 de 26 de Junho, aplica-se com as necessárias

adaptações, a todas as execuções pendentes à data da sua entrada em vigor, 01 de

Setembro/2013.

b) A excepção, nas instauradas antes de 15 de Setembro de 2003 os atos que são da

competência do AE competem ao oficial de justiça.

c) Relativamente aos títulos executivos, formas do processo executivo, ao requerimento

executivo e à tramitação da fase instrutória só se aplica às execuções iniciadas após a

entrada desta Lei em vigor, portanto desde 01 de Setembro de 2013.

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- Conteúdo -

Nos termos do art.º 724.º do CPCP, o exequente:

a) Identifica as partes, indicando os seus nomes, domicílios ou sedes e números de

identificação fiscal, e, sempre que possível, profissões, locais de trabalho, filiação e

números de identificação civil;

b) Indica o domicílio profissional do mandatário judicial;

c) Designa o agente de execução ou requer a realização das diligências executivas por

oficial de justiça, nos termos das alíneas c), e) e f) do n.º 1 do artigo 722.º;

d) Indica o fim da execução e a forma do processo;

e) Expõe sucintamente os factos que fundamentam o pedido, quando não constem do

título executivo, podendo ainda alegar os factos que fundamentam a comunicabilidade

da dívida constante de título assinado apenas por um dos cônjuges;

f) Formula o pedido;

g) Declara o valor da causa;

h) Liquida a obrigação e escolhe a prestação, quando tal lhe caiba, e alega a verificação da

condição suspensiva, a realização ou o oferecimento da prestação de que depende a

exigibilidade do crédito exequendo, indicando ou juntando os meios de prova;

i) Indica, sempre que possível, o empregador do executado,

j) Indicar as contas bancárias de que este seja titular

k) Indicar os bens que lhe pertençam, bem como os ónus e encargos que sobre eles

incidam artº 751º/2 CPC

l) Requer a dispensa da citação prévia, nos termos do artigo 727.º (justo receio de perda

de garantia patrimonial – não basta alegar, tem de se provar);

Indica um número de identificação bancária, ou outro número equivalente, para efeito

de pagamento dos valores que lhe sejam devidos.

O REQUERIMENTO EXECUTIVO DEVE SER ACOMPANHADO (n.º4):

a) De cópia ou do original do título executivo, se o requerimento executivo for entregue por

via electrónica ou em papel, respectivamente;

b) Dos documentos de que o exequente disponha relativamente aos bens penhoráveis

indicados;

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c) Do comprovativo do pagamento da taxa de justiça devida ou da concessão do benefício

de apoio judiciário, nos termos do artigo 145.º. *

* http://www4.seg-social.pt/formularios?bundleId=614072

Atenção: Nova Regra introduzida pela Lei n.º 41/2013

Quando a execução se funde em título de crédito e o requerimento executivo tiver sido

entregue por via electrónica, o exequente deve sempre enviar o original para o tribunal,

dentro dos 10 dias subsequentes à distribuição; na falta de envio, o juiz, oficiosamente

ou a requerimento do executado, determina a notificação do exequente para, em 10

dias, proceder a esse envio, sob pena de extinção da execução. Art.º 724º, n.º 5 CPC

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O requerimento executivo considera-se apresentado (n.º6):

a) Na data do pagamento da quantia inicialmente devida ao agente de execução a título de

honorários e despesas, a realizar nos termos definidos por portaria* do membro do

Governo responsável pela área da justiça ou da comprovação da concessão do benefício

de apoio judiciário, na modalidade de atribuição de agente de execução; * Portaria n.º

225/2013 de 10 de julho;

b) Quando aplicável, na data do pagamento da retribuição prevista no n.º 8 do artigo 749.º,

nos casos em que este ocorra após a data referida na alínea anterior – Taxa grandes

litigantes.

- Recusa -

A secretaria tem o prazo de 10 dias a contar da distribuição, indicando por escrito o

respectivo fundamento, de acordo com o disposto no art.º 725º do CPC.

Do ato de recusa cabe reclamação para o juiz, cuja decisão é irrecorrível, salvo quando se

funde na falta de exposição dos factos.

Motivos:

a) Não obedeça ao modelo aprovado;

b) Não indique o fim da execução;

c) Se verifique a omissão dos requisitos previstos nas alíneas a), b), d) a h) e k) do n.º 1 do

artigo anterior;

d) Não seja apresentada a cópia ou o original do título executivo, de acordo com o previsto

na alínea a) do n.º 4 do artigo anterior;

e) Não seja acompanhada do documento previsto na alínea c) do n.º 4 do artigo anterior.

O exequente pode apresentar, outro requerimento executivo, bem como o documento ou

elementos em falta nos 10 dias subsequentes à recusa de recebimento ou à notificação da

decisão judicial que a confirme, considerando-se o novo requerimento apresentado na data

da primeira apresentação.

Findo o prazo referido no número anterior sem que tenha sido apresentado outro

requerimento ou o documento ou elementos em falta, extingue-se a execução, sendo disso

notificado o exequente.

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- Espécies -

Nos termos do art.º 703 do CPC:

a) As sentenças condenatórias;

b) Os documentos exarados ou autenticados, por notário ou por outras entidades ou

profissionais com competência para tal, que importem constituição ou reconhecimento de

qualquer obrigação;

c) Os títulos de crédito, ainda que meros quirógrafos, desde que, neste caso, os factos

constitutivos da relação subjacente constem do próprio documento ou sejam alegados no

requerimento executivo;

d) Os documentos a que, por disposição especial, seja atribuída força executiva.

Exemplo de documentos a que, por disposição especial, seja atribuída força executiva.

• Contrato de arrendamento, quando acompanhado do comprovativo de comunicação ao

arrendatário do montante em dívida

• A ata da reunião da assembleia de condóminos que tiver deliberado o montante das

contribuições devidas ao condomínio ou quaisquer despesas necessárias à conservação

e fruição das partes comuns e ao pagamento de serviços de interesse comum

• Injunção com aposição de fórmula executória

• Procedimento europeu de injunção de pagamento – PEIP

• Certidão de dívida emitida pelas instituições de Segurança Social

• Prestações ou indemnizações devidas no âmbito de contratos de aquisição de direito

real de habitação periódica

• Nota discriminativa do Agente de Execução

• Nota de honorários do notário - O pagamento da conta pode ser exigido judicialmente

quando não satisfeito voluntariamente

• Quaisquer outras importâncias devidas à Câmara dos Solicitadores pelos seus

associados

• Multas fixadas pela Ordem dos Técnicos oficiais de contas, na falta de pagamento

voluntário

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- Reforma -

• Operou uma restrição das espécies de títulos executivos, antes, qualquer título

particular poderia valer como título executivo desde que dele resultasse um

reconhecimento de dívida.

• O objectivo de apenas os autênticos e autenticados e os títulos de crédito poderem ter

força executiva, é fazer diminuir o número de execuções sem contraditório e tornar

menos complexas e frequentes as oposições à execução, reduzindo ao máximo o risco

de dúvidas sobre se o título executivo é ou não válido e eficaz.

• A consequência imediata é o aumento do número de injunções, que passa a ser a forma

natural de obter um título executivo, quando estejam em causa obrigações pecuniárias.

• É criado um título executivo novo: as notas de honorários do agente de execução, que

não tenham sido objecto de reclamação. (721 n.º 5 do CPC).

• A reforma introduz também o dever novo de remeter os originais dos títulos de crédito

quando estes servem de base à execução, no caso de o requerimento executivo ter sido

enviado por via electrónica.

• Relativamente aos originais, no passado não era necessário, a confiança era depositada

nos mandatários. Agora, passou a ser exigido o seu envio no prazo de 10 dias, quer pela

secretaria, quer pelo agente de execução, dependendo da forma de processo aplicável,

extinguindo-se a execução se tal não ocorrer após notificação para suprimento.

Segue o disposto nos art.ºs 724 n.º 4 a) e 725 n.º 1 d) e n.º 3 e n.º 4 do CPC.

FORMA DO PROCESSO:

1) Ordinário: valor da ação > € 10.000,00

Quando, havendo título executivo diverso de sentença, apenas contra um dos

cônjuges, o exequente alegue a comunicabilidade da divida no requerimento

executivo – art.º 741º CPC

Nas execuções movidas apenas contra o devedor subsidiário que não haja

renunciado ao benefício da excussão prévia – art.º 638º CC + 745º CPC

Em título extrajudicial de obrigação pecuniária vencida cujo valor exceda o dobro da

alçada do tribunal de 1º instância - > € 10.000,00 – à contrário da alínea a) do nº 2

do art.º 550º CPC

2) Sumário: art.º 550º, nº 2 CPC

valor da ação < = € 10.000,00

Em decisão arbitral ou judicial;

Em requerimento de injunção;

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Em procedimento europeu de injunção;

Em título extrajudicial de obrigação pecuniária vencida, garantida por hipoteca ou

penhor

3) Sumário Limitado: art.º 550º, nº 2, alínea d) + 855º, nº 5 CPC

Em titulo extrajudicial de obrigação pecuniária vencida, cujo valor não exceda o

dobro da alçada do tribunal de 1º instância.

EXEMPLOS:

Situação - É título executivo? Qual a forma que reveste?

1. Confissão de dívida (documento particular), com simples aposição de assinatura do

devedor, no valor de 29.990,00 €.

• Não!

2. Cheque emitido em 01/03/2011 no valor de 15.000,00 € em execução intentada a

01/09/2013.

• Sim (quando alegada a relação subjacente)

• Ordinário (valor superior a 10.000,00€)

• Título de crédito – 703 n.º 1 al. c) CPC;

3. Ata de condomínio, no valor de 8.000,00 €

• Sim

• Sumário – limitado

• Nº 1 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 268/94 de 25 de Outubro (título executivo por

norma especial – 703 n.º 1 al. d) CPC)

4. Confissão de dívida (documento autenticado) no valor de 16.000,00 € (sem garantia real).

• Sim

• Ordinário (valor superior a 10.000,00 €)

• 703 n.º 1 al. b) CPC

• Art. 1143º Código Civil – Mútuo superior a € 25.000,00

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5. Livrança no valor de 1000,00 €

• Sim

• Sumário – limitado

• Título de crédito – 703 n.º 1 al. c) CPC;

6. Letra no valor de 10.010,00 €

• Sim

• Ordinário (valor superior a 10.000,00€)

• Título de crédito – 703 n.º 1 al. c) CPC;

7. Factura datada de 29/08/2013 assinada pelo devedor, no valor de 5.100,00€

• Não

8. Notificação de NRAU acompanhada do contrato de arrendamento, no valor de 9.000€

• Sim

• Sumário – limitado

• Artigo 14.º-A da Lei 6/2006, 27 de Fevereiro aditada pela Lei n.º 31/2012, de 14 de

Agosto (título executivo por norma especial - 703 n.º 1 al. d) CPC)

9. Notificação de NRAU acompanhada do contrato de arrendamento, no valor de 16.000 €

• Sim

• Ordinário

• Artigo 14.º-A da Lei 6/2006, 27 de Fevereiro aditada pela Lei n.º 31/2012, de 14 de

Agosto (título executivo por norma especial – 703 n.º 1 al. d) CPC)

10. Cheque, no valor de 2500,00 € emitido em 05/07/2013, apresentado à cobrança em

15/07/2013, execução intentada a 01/09/2013.

• Sim

• Sumário – limitado

• Título de crédito – 703 n.º 1 al. c) CPC;

11. Sentença estrangeira

• Sim

• Sumário

• Sentença Condenatória – 703 n.º 1 al. a) CPC;

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12. Documento autenticado por Solicitador com garantia real (hipoteca)

• Sim

• Sumário

• 703 n.º 1 al. b) CPC;

13. Injunção com aposição da fórmula executória, no valor de 750,00€

• Sim

• Sumário - Art.º 550 n.º 2 al. b) CPC

• Decreto-Lei nº 269/98 (título executivo por norma especial)

• art.º 703 n.º 1 al. d) CPC

14. Procedimento europeu de injunção de Pagamento – PEIP

• Sim

• Sumário

• Regulamento (CE) n.º 1896/2006 – 703 n.º 1 al. d) CPC (título executivo por norma

especial)

15. Certidão de dívida emitida pelas instituições de Segurança Social, no valor de 13000,00€

• Sim

• Ordinário (valor superior a 10.000,00€)

• Artigo 7º, nº 1 do DL 42/2012 de 9/02 (título executivo por norma especial)

16. Nota discriminativa do Agente de Execução, no valor de 2.400,00€

• Sim

• Sumário - Limitada ou ordinária, em função do valor - Art.º 550 n.º 1 e 2 al. d) CPC;

• 721 n.º 5 CPC (título executivo por norma especial)

17. Certidão de dívida extraída pelo tesoureiro da Câmara dos Solicitadores, Conselho Regional

do Norte, por divida do associado com cédula profissional n.º 6666, no valor de 1.200,00€

• Sim

• Sumária (limitada)

• Art.º 73º do DL 88/2003, de 26/04 (título executivo por norma especial

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5.5.1 – ANEXAÇÃO DE FICHEIROS

- Formato -

O ficheiro anexo e os documentos digitalizados ou criados eletronicamente que se anexam aos

formulários, de modo a constituírem a peça processual, devem ter o formato PDF (Portable

Document Format) – art.º 8.º da Portaria n.º 280/2013, de 26 de Agosto;

Para poder anexar ficheiros ou documentos e assinar a peça processual deverá instalar o

software Java.

- Dimensão –

A dimensão da peça processual ou o seu conjunto (peça e documentos), não pode exceder a

dimensão de 3 Mb – art.º 10 nº 1 da Portaria n.º 280/2013, de 26 de Agosto;

Quando se encontra a anexar os ficheiros e docs, surge no ecrã uma barra (“tamanho da peça

processual”) com indicação da percentagem dos ficheiros que já foram anexados, e representam

o limite máximo permitido pela aplicação. Dica simples para saber se já ultrapassou ou não o

limite definido por Portaria.

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No caso de os ficheiros e documentos anexos, ultrapassarem a dimensão permitida pela

aplicação aplica-se o art.º 10 nº 2 e 3 da Portaria n.º 280/2013, de 26 de Agosto e art.º 144 n.º

3 do CPC.

Entrega em suporte patel na secretaria, correio ou telecópia

• Caso seja ultrapassado o limite em virtude da anexação dos documentos que devem

acompanhar a peça processual, in casu, a peça processual deve ser apresentada

através do CITIUS, mas os documentos que a devem acompanhar não são apresentados

nesta aplicação, mas sim, são enviados nos termos do art.º 10 n.º 5 da já mencionada

Portaria e do art.º 144 n.º 7 do CPC, no prazo de 5 dias, após a entrega da peça

processual, juntamente com o comprovativo de entrega disponibilizado pelo CITIUS.

A Excepção – Podem ser entregues em suporte físico, os documentos que:

• Cujo suporte físico não seja em papel;

• Cujo papel tenha uma espessura superior a 127g/m2 ou inferior a 50 g/m2;

• Em formatos superiores a A4.

Conforme, art.º 6 n.º 5 da Portaria 280/2013 de 26 de Agosto

DICA:

• Criar os ficheiros, nomeadamente no word, e não colocar imagens, nomeadamente

logótipo da Câmara dos Solicitadores ou da Sociedade/Escritório, nos cabeçalhos e/ou

rodapés;

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- Conteúdo –

Os ficheiros anexos devem conter a informação legalmente exigida que não inserimos

nos campos do formulário (nomeadamente, por não haver campo para essa

informação), bem como o conteúdo material da peça processual e demais informação

que se considere relevante que conste da peça e não se enquadre em nenhum campo

do formulário.

Assim sendo e tendo em conta a estrutura que normalmente se usa na elaboração de

uma peça processual em suporte papel, os campos do formulário correspondem ao

cabeçalho da peça, nomeadamente, indicação do tribunal, elementos das partes, forma

do processo, fim, etc.

E assim também como algumas indicações que costumam estar no final da peça, como

por exemplo, valor, entre outros.

Deste modo no ficheiro anexo deve constar toda a restante informação, inclusive meios

de prova, que não a prova testemunhal e pericial, pois estas têm campo próprio no

formulário.

Em suma, os ficheiros anexos devem incluir tudo aquilo que nós Mandatários

consideremos relevantes e que não tenha um campo específico no formulário.

• Não é necessário de repetir nos ficheiros, por exemplo, toda a informação respeitante à

identificação das partes;

• Podemos os anexar todos os ficheiros (desde que sejam respeitados os limites, que já

referimos), desde documentos que constituam prova documental, bem como,

procuração, documento comprovativo da taxa de justiça.

Nos termos do art.º 6 nº1, 2 da Portaria 280/2013 de 26/8

• No ecrã onde é realizada a anexação, podemos ir ordenando os ficheiros que já foram

anexados, através dos botões com setas que se encontram à esquerda dos ficheiros

que já se anexaram.

• Após anexar os ficheiros e documentos temos de indicar um nome/descrição

documento para cada um deles. Pois quando se assina, é criado um único ficheiro PDF,

em que organiza os ficheiros e documentos, e gera um índice. Ou seja a escolha

adequada da descrição permite que quem consulta a peça encontre a informação

devidamente estruturada e acessível.

departamento de formação Página 17

- Valor –

“Os documentos apresentados nos termos do n.º 2 têm a força probatória dos originais,

nos termos definidos para as certidões.”

Art.º 144 n.º 4 do CPC

Desta forma, o mandatário está dispensado de enviar para o Tribunal os originais dos

documentos, excepto se o juiz o determinar e nos casos previstos nos termos da lei de

processo, art.º 144.º n.º 5 do CPC.

• Clicando no botão “Assinar e Enviar”, iniciamos o procedimento de assinatura da peça

processual. E Já não é possível realizar qualquer ato até que o envio esteja concluído.

Pois é a assinatura digital, através de certificado de assinatura eletrónica que garante

de forma permanente a qualidade do signatário. Garante a segurança e fidelidade do

sistema e da peça que está a ser apresentada.

• Após ter sido assinada ninguém poderá alterar, sendo assim de uma segurança superior

do que é possível garantir numa que seja apresentada em suporte físico, assinada

autografamente!

5.6 – COMPROVATIVO DE ENTREGA E DOCUMENTO FINAL

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5.7 – PEÇAS PROCESSUAIS POSTERIORES AO REQUERIMENTO EXECUTIVO

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5.7.1 – COMUNICAÇÃO COM O AGENTE DE EXECUÇÃO

Dever de Informação e Comunicação - O Agente de Execução tem o dever de prestar todos os

esclarecimentos que lhe sejam pedidos pelas partes, nomeadamente, informar o Exequente de

todas as diligências efetuadas, bem como dos motivos da frustração da penhora e providenciar

pelo imediato averbamento no processo de todos os atos de penhora realizados.

Vide art.ºs 754 do CPC e art.º 42 da Portaria 282/2013, de 29 de Agosto.

As informações e comunicações são efectuadas preferentemente por meios electrónicos, após a

realização de cada diligência.

O sistema informático de suporte à actividade dos Agentes de Execução assegura a

disponibilização ao exequente, através do sistema informático de suporte à actividade dos

tribunais, CITIUS, todas as informações e comunicações das diligências;

departamento de formação Página 20

5.7.2 – NOTIFICAÇÃO ENTRE MANDATÁRIOS

As notificações entre os mandatários judiciais são realizadas pelos meios previstos nos termos

do n.º 1 do art.º 132 e nos termos da Portaria 280/2013 de 26 de Agosto (art.º 255 CPC);

São realizadas através do Sistema informático de suporte à catividade dos tribunais e que

assegura automaticamente a sua disponibilização e consulta no CITIUS (art.º 25 da Portaria

280/2013 de 26 de Agosto).

De acordo com o disposto no artigo 26.º Portaria 280/2013 de 26 de Agosto, o CITIUS assegura,

mediante indicação do mandatário notificante, a notificação por transmissão eletrónica de dados

automaticamente após a apresentação de qualquer peça processual ou documentos através do

sistema informático de suporte à catividade dos tribunais, o CITIUS.

O sistema informático, CITIUS, certifica a data de elaboração da notificação e presume-se esta

feita no 3.º dia posterior ao da elaboração ou no 1º dia útil seguinte a esse quando o não seja

(art.º 255 CPC).

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5.7.3 – SUBSCRIÇÃO MÚLTIPLA

• Subscrição múltipla é a possibilidade de uma peça processual ser apresentada por mais

que um mandatário.

• A apresentação de uma peça processual por mais de um mandatário, através do CITIUS,

nos termos previsto no artigo 12.º da Portaria n.º 280/2013 de 26 de agosto, só pode

ser efetuada por mandatários que estejam (todos eles) registados no CITIUS.

• Prazo: dois dias a contar da distribuição do processo.

- Procedimento –

1 - O mandatário cria a peça processual e insere o conteúdo adequado;

2 - Em peças processuais com a finalidade de distribuir, apensar ou juntar é disponibilizado, na

área "Mandatários" da peça processual em criação, o item "Subscrição múltipla";

3 - O utilizador indica a ou as cédulas profissionais dos mandatários que irão subscrever a peça.

É necessário indicar qual o tipo de mandatário (advogado ou solicitador);

4 - A peça processual em PDF contém, na sua parte final, declaração do mandatário subscritor;

5 - O mandatário assina e envia a peça processual;

departamento de formação Página 22

6 - Cada mandatário subscritor acede ao Citius e, na lista de peças processuais, encontra o

separador "Peças por subscrever". Caso tenha peças por subscrever, o nº de peças é assinalado

em destaque;

7 - O mandatário acede ao separador "Peças por subscrever" e clica na referência da peça

processual em relação à qual pretende iniciar o procedimento de subscrição. Ao clicar inicia uma

nova peça com a finalidade juntar. Esta passa a estar disponível no separador "Em criação".

8 - Já na peça processual, o utilizador acede a "Ver intervenientes registados" para proceder à

sua associação a uma ou mais partes.

9 - O mandatário assina e envia a peça processual;

10 - A peça processual de adesão em PDF contém na parte da caracterização, uma declaração

de adesão ao conteúdo material da Peça Processual.

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5.7.3 – SUBSCRIÇÃO MÚLTIPLA

- Consequências de não adesão –

No caso de algum dos Mandatários indicados no formulário no prazo de dois dias (art.º

12 n.º 1 b) da Portaria 280/2013, de 26 de Março), não aderir, considera-se que a peça

processual não foi apresentada e anula-se a respetiva distribuição nos casos de requerimento,

petição inicial ou petição inicial conjunta.

De acordo com o disposto no n.º 3 do art.º 12 da Portaria já referida.

5.7.4 – OPOSIÇÃO À EXECUÇÃO E/OU PENHORA

- Tramitação –

Execução para pagamento de quantia certa:

Processo ordinário:

• Oposição à execução – 728º, 729º, 730º, 731º,732º CPC;

• Oposição à penhora – 753º,784º, 785º CPC;

Processo Sumário:

• Oposição à execução e penhora – 856º, 857º, 858º CPC;

Execução para entrega de coisa certa: 860º CPC

Execução para pagamento de quantia certa:

Processo ordinário:

• Oposição à execução:

- Oposição mediante embargos: Prazo 20 dias;

- Oposição baseada em sentença – art.º 728º CPC

- Oposição baseada em decisão arbitral – art.º 729º CPC

- Oposição baseada noutro título – art.º 731º CPC

- Termos da oposição à execução – art.º 732º CPC

- Oposição à execução: Embargos de executado são o meio de oposição à execução.

- Estes embargos são um processo declarativo instaurado pelo executado (ou

executados) contra o exequente (exequentes), que corre por apenso à execução (art.

732º n.º 1 CPC), e que constitui um incidente desta.

- - Isto é a acção executiva não comporta, na sua própria tramitação, qualquer articulado

de resposta ao requerimento inicial do exequente, o que é uma consequência da sua

departamento de formação Página 24

função: a realização coactiva da prestação exequenda e não a discussão sobre o dever

de a prestar.

Oposição à execução: Os embargos de executado fundamentam-se num vício que afecta a

execução. Se eles forem julgados procedentes, a acção executiva deve ser julgada extinta, no

todo ou em parte (art.º 732.º/1).

- Os embargos baseiam-se em fundamentos respeitantes à inexequibilidade do título utilizado

pelo exequente, à falta de pressupostos processuais da acção executiva e ainda à

inexequibilidade da obrigação que aquela parte pretende realizar coactivamente; em qualquer

circunstância susceptível de afectar a exequibilidade do título executivo ou da obrigação

exequenda; que também justificam o indeferimento liminar do requerimento executivo.

- Mas, como o executado não pode recorrer do despacho de citação alegando qualquer

desses fundamentos de indeferimento (art.º 226º CPC), essa parte só pode invocá-los

em embargos e, por isso, não é possível qualquer situação de concurso.

- Oposição à execução: Oposição baseada em sentença os embargos podem

fundamentar-se na sua inexistência ou inexequibilidade (729/a)).

Exemplos: Inexistente quando, tiver sido proferida por quem não tem poder jurisdicional;

é inexequível a sentença que tenha sido revogada por um Tribunal Superior ou tenha sido

anulada no decurso extraordinário de revisão ou de oposição de terceiro, a sentença da qual foi

interposto recurso com efeito suspensivo, a sentença não condenatória, a sentença que não

esteja assinada pelo juiz e ainda a sentença estrangeira que não esteja revista e confirmada.

Execução para pagamento de quantia certa: Processo ordinário

• Oposição à penhora :

- Deduzir oposição com fundamentos e no prazo de 10 dias previsto no art.º 784º e 785.º

CPC;

Fundamentos:

a) Inadmissibilidade da penhora dos bens concretamente apreendidos ou da extensão com

que ela foi realizada;

b) Imediata penhora de bens que só subsidiariamente respondam pela dívida exequenda;

c) Incidência da penhora sobre bens que, não deviam ter sido atingidos pela diligência.

• 753º,784º, 785º CPC;

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Execução para pagamento de quantia certa:

• Oposição à execução e penhora: Processo Sumário

- Feita a penhora, o executado é citado para a execução e simultaneamente, notificado do ato de

penhora, podendo deduzir, embargos de executado e oposição à penhora;

- Prazo: 20 dias;

856º, 857º, 858º CPC;

Execução para entrega de coisa certa: 859º, 860º CPC

Prazo: 20 dias

Fundamentos: 729º a 731º CPC

5.7.5 – DESISTÊNCIA DA INSTÂNCIA E DO PEDIDO

Desistência do instância:

- Apenas faz cessar o processo que se instaurara.

- Depende da aceitação do réu desde que seja requerida depois do oferecimento da

contestação.

Desistência do pedido:

- Extingue o direito que se pretendia fazer valer.

- É livre mas não prejudica a reconvenção, a não ser que o pedido reconvencional seja

dependente do formulado pelo autor.

5.7.5 – REQUERIMENTO DE DESISTÊNCIA DA INSTÂNCIA

Procº nº

Juízo/ Vara

ª Secção

Exmo. Senhor Dr. Juiz de Direito

do Tribunal da Comarca de

A…exequente nos autos supra identificados, vem desistir da instância nos termos das

disposições conjugadas dos artº.s 285.º nº 2, 286.º n.º 1 e 290.º, do Código do Processo

Civil.

E.D.

A Solicitadora

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5.7.5 – REQUERIMENTO DE DESISTÊNCIA DO PEDIDO

Procº nº

Juízo/ Vara

ª Secção

Exmo. Senhor Dr. Juiz de Direito

do Tribunal da Comarca de

A…exequente nos autos supra identificados, vem desistir do pedido quanto ao

executado B.., nos termos das disposições conjugadas dos artº.s 283.º n.º 1, 285.º nº 1,

286.º nº 2 e 290.º, do Código do Processo Civil.

E.D.

A Solicitadora

Base Legal

• Lei n.º 41/2013 de 26 de Junho;

• Lei n.º 54/2013 de 31 de Julho;

• Declaração de Retificação n.º 36/2013 de 12 de Agosto;

• Lei n.º 62/2013 de 26 de Agosto;

• Decreto-Lei n.º 122/2013 de 26 de Agosto (altera o DL 272/2001 de 13 de Outubro);

• Portaria 278/2013 de 26 de Agosto;

• Portaria 279/2013 de 26 de Agosto (modifica Portaria n.º 312/2009 de 30/03; Portaria

313/2009 de 30/3; Portaria 202/2011 de 20/05);

• Portaria 280/2013 de 26 de Agosto (revoga a Portaria 114/2008 de 06/02);

• Portaria 282/2013 de 29 de Agosto;

• Portaria 225/2013 de 10 de Fevereiro.