modos produtivos

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modos produtivos de trabalho

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  • MODOS DE PRODUO DO TRABALHO

    Profa Dra Tnia Mendona

  • Como Voc Dene o Trabalho?

  • Conceito de Trabalho

    Processo entre o homem e a natureza.

    o homem, por sua prpria ao, media, regula e controla

    seu metabolismo por meio da natureza.

  • Qual o Signicado de Processo de Trabalho?

    O modo como o trabalho realizado;

    a transformao, feita pelo homem, da

    matria prima em produtos teis.

  • Exemplos

    Transformar o minrio de ferro e o carvo em ao; Transformar a madeira em uma mesa; transformar um corpo/pessoa doente em um corpo/

    pessoa mais saudvel; Mudar o comportamento do trabalhador a respeito

    de sua sade; Mudar o comportamento de uma comunidade a

    respeito do meio ambiente.

  • ATIVIDADE EM GRUPO DE 3 PESSOAS

    FAA UMA RESENHA DO TEXTO Processo de Trabalho. Considere: A anlise ergonmica do trabalho de uma obra de construo civil.

  • Atividade

    1. Observe o posicionamento articular de joelho, quadril, braos e tronco deste trabalhador.

    2. Em sua opinio, quais possveis problemas esta postura pode ocasionar?

  • As formas como os processos de trabalho ocorreram foram se alterando.

    Numa linha cronolgica, temos uma sequncia dos seguintes modelos de organizao do trabalho:

  • Modos de Produo

    PRIMITIVO

    ARTESANAL

    MANUFATURA

    MAQUINARIA

    IPC*

    *IPC = INDSTRIA DE PROCESSOS CONTNUOS

  • Modelo Artesanal Trabalho manual;

    O produto era feito por inteiro, pela mesma pessoa;

    Trabalhador conhecia todo o processo de trabalho;

    Trabalhador deTnha propriedade sobre os meios de

    produo; Trabalhador regulava seu prprio ritmo de trabalho Produo em menor escala.

  • Guilda de ferreiros na Idade Mdia associaes de prossionais na Idade Mdia (sc. XIII - XV)

  • Manufatura

    Diviso Manufatureira do Trabalho ou diviso horizontal Incio do sculo XVIII Fragmentao do trabalho. Caracteriza o sistema de fbricas. Composta por: operao manual, repe^^va, especializada, reduo de a^vidades intelectuais, O produto resulta de vrias operaes executadas por trabalhadores especializados em cada tarefa.

  • Primeira Revoluo Industrial:

    Mquina Vapor

  • A necessidade produzir mais e melhor...

    Finalizou na Revoluo Industrial (segunda metade do sculo XVIII);

    A inveno da mquina vapor foi o marco da subsMtuio do trabalho braal por mquinas que,

    executavam a mesma tarefa com maior ecincia e

    qualidade.

  • Inglaterra - sculo XVIII

    Mo-de-obra assalariada Trabalho pesado, insalubreautoritarismo, agresses, intensicao do trabalho, longas jornadas de trabalho Ocorrncia de graves acidentes, doenas prossionais e at morte Karl Marx cita: a destruio da sade do trabalhador e as doenas mais comuns relacionadas ao trabalho, dentre elasestresse _sico e mental Trabalhador comea perder o conhecimento de seu trabalho e comeam aparecer estratgias de resistncia (absenteismo, greves, etc)

  • Depoimento sobre as condies de trabalho

    Pergunta: Os acidentes acontecem mais no perodo nal do dia? Resposta: Eu tenho conhecimento de mais acidentes no incio do

    dia do que no nal. Eu fui, inclusive, testemunha de um deles. Uma criana estava trabalhando a la, isso , preparando a la para a maquina; Mas a ala o prendeu, como ele foi pego de surpresa, acabou sendo levado para dentro do mecanismo; e ns encontramos de seus membros em um lugar, outro acol, e ele foi cortado em pedaos; todo o seu corpo foi mandado para dentro e foi totalmente muTlado.

    (John Alled comeou a trabalhar numa fbrica de tecidos quando Tnha apenas 14 anos. Foi convocado a dar um depoimento ao parlamento britnico sobre as condies de trabalho nas fbricas aos 53 anos)

  • Eu Tve frequentes oportunidades de ver pessoas saindo das fbricas e ocasionalmente as atendi como pacientes. No lTmo vero eu visitei 3 fbricas de algodo com o Dr. Clough, da cidade de Preston, e com o sr. Barker, de Manchester e ns no pudemos car mais do que dez minutos na fbrica sem arfar (car sem ar) para respirar. Como possvel para aquelas pessoas que cam la por doze ou quinze horas aguentar essa situao? Se levarmos em conta a alta temperatura e tambm a contaminao do ar; alguma coisa que me surpreende: como os trabalhadores aguentam o connamento por tanto tempo.

    (O Dr. Ward, de Manchester, foi entrevistado a respeito da sade dos trabalhadores do setor txTl em maro de 1919)

    Depoimento sobre as condies de trabalho

  • Depoimento sobre as condies de trabalho

    Nosso perodo regular de trabalho ia das cinco da manh at as nove ou dez da noite. No sbado, at as onze, s vezes meia-noite, e ento ramos mandados para a limpeza das mquinas no domingo. No havia tempo disponvel para o cafe da manh e no se podia sentar para o jantar ou qualquer tempo disponvel para o cha da tarde. Ns amos para o moinho s cinco da manh e trabalhvamos at as oito ou nove horas quando vinha o nosso cafe, que consisTa de ocos de aveia com gua, acompanhado de cebolas e bolo de aveia tudo amontoado em duas vasilhas. Acompanhando o bolo de aveia vinha o leite. Bebamos e comamos com as mos e depois voltvamos para o trabalho sem que pudssemos nem ao menos nos sentar para a refeio.

    (O jornal Ashton Chronicle entrevistou John Birley em maio de 1849)

  • Depoimento sobre as condies de trabalho

    Quando eu Tnha sete anos de idade fui trabalhar na fbrica do Sr. Marshall em Shrewsbury. Se uma criana se mostrasse sonolenta o responsvel pelo turno a chamava e dizia, venha aqui. Num canto da sala havia uma cisterna de ferro cheia de gua. Ele pegava a criana pelas pernas e a mergulhava na cisterna para depois mand-la de volta ao trabalho.

    (Jonathan Downe foi entrevistado por um representante do parlamento britnico em junho de 1832)

  • Frederick W. Taylor

  • Taylorismo ou Administrao

    CienSca Frederick Taylor-engenheiro norte-americano - sc. XX

    nfase na tarefa objeTvando ecincia operacional. Estudo de tempos e movimentos (cienyco = por meio

    da medio por cronmetros, para que a produo fabril fosse cada vez mais simples e rpida.) Na tarefa vem especicado o que deve ser feito e tempo exato para execuo, A tarefa especca para cada trabalhador,

  • O operrio morto pode ser interpretado como uma representao da disputa entre os trabalhadores em funo da premiao por produ^vidade, como proposto por Taylor.

  • Henry Ford

  • Henry Ford Empresrio estadunidense fundador da Company em Detroit Produo em massa visando escala, CaractersTca de linha de montagem correia transportadora, (semi-automaTzao): Cada operrio produz apenas uma parte do produto. Aliado lgica da produo em srie, o invesTmento em publicidade visava a provocar arTcialmente a necessidade da compra. Nascia a sociedade de consumo. Eliminao de Tempos mortos No era necessria qualicao dos trabalhadores

  • Henry Ford A principal caracters^ca do fordismo foi a introduo das linhas

    de montagem, na qual cada operrio cava est^co em um determinado local realizando uma tarefa especca, enquanto o automvel (produto fabricado) se deslocava pelo interior da fbrica em uma espcie de esteira.

    Com isso, as mquinas ditavam o ritmo do trabalho. O funcionrio da fbrica se especializava em apenas uma etapa do processo produ^vo e repe^a a mesma a^vidade durante toda a jornada de trabalho, fato que provocava uma alienao dsica e psicolgica nos operrios, que no ^nham noo do processo produ^vo do automvel.

    Essa racionalizao da produo proporcionou a popularizao do automvel de tal forma que os prprios operrios puderam adquirir seus veculos.

  • A charge faz uma cr^ca perda do controle sobre o processo de trabalho pelos operrios. Em destaque a esteira na chamada "linha de montagem" criada por Ford. O autor sa^riza o fato de que, em funo da diviso do trabalho, o trabalhador ca restrito a uma nica e repe^^va tarefa, sem a viso completa da mercadoria produzida.

  • hdps://www.youtube.com/watch?v=noIo3tYkHq4

  • Curiosidades

    "O cliente pode escolher a cor que desejar, desde que seja preta." A clebre frase, dita por Henry Ford em referncia ao carro Ford modelo T, tem lgica: a ^nta preta era a nica com secagem rpida no mercado de 1913. E Ford precisava de ^ntas desse ^po para nalizar sua criao, a primeira linha de montagem automobils^ca do mundo.

  • Curiosidades

    Em 1908, ano de criao do Ford T, um automvel era feito de forma artesanal e demorava aproximadamente 12 horas para ser montado, seis anos depois ele era produzido em massa, em apenas 93 minutos.

    Alm de produzir muito - foram mais de 15,4 milhes de veculos at 1927 -, a linha de montagem tambm permiTu baratear o produto.

  • Modelo Japons/ ToyoMsmo

    Criado por Taiichi Ohno na fbrica da Toyota no Japo) Mecanizao exvel: consiste em produzir somente o

    necessrio, contrariando o fordismo, que produzia o mximo possvel e estocava o excedente. A produo toyoTsta exvel demanda do mercado.

    Processo de mul^funcionalizao de sua mo-de- obra: Os trabalhadores so educados, treinados e qualicados para conhecer todos os processos de produo, podendo atuar em vrias reas do sistema produTvo da empresa.

    Atuao voltada para o enriquecimento do trabalho.

  • Principais caractersMcas do

    ToyoMsmo Mo-de-obra mulTfuncional e bem qualicada. Os

    trabalhadores so educados, treinados e qualicados para conhecer todos os processos de produo, podendo atuar em vrias reas do sistema produTvo da empresa.

    Sistema exvel de mecanizao, voltado para a produo somente do necessrio, evitando ao mximo o excedente. A produo deve ser ajustada a demanda do mercado.

    Uso de controle visual em todas as etapas de produo como forma de acompanhar e controlar o processo produTvo.

  • Implantao de sistemas de controle de qualidade total: alm da alta qualidade dos produtos, busca-se evitar ao mximo o desperdcio de matrias-primas e tempo

    Sistema Just in ^me: Seu objeTvo "produzir o necessrio, na quanTdade necessria e no momento necessrio".

    Personalizao dos produtos: Fabricar o produto de acordo com o gosto do cliente.

    Controle visual: Havia algum responsvel por supervisionar (acompanhar e controlar) as etapas produTvas.

    Uso de pesquisas de mercado para adaptar os produtos s exigncias dos clientes.

    Principais caractersMcas do

    ToyoMsmo

  • ToyoMsmo

    Embora possa parecer que o modelo toyoTsta de produo valorize mais o trabalhador do que os modelos anteriores (fordista e taylorista), tal impresso uma iluso.

    Na realidade da fbrica, o que ocorre o aumento da concorrncia entre os trabalhadores, que disputam melhores ndices de produTvidade entre si.

    Tais disputas sacricam cada vez mais o trabalhador, e tem como consequncia, alm do aumento da produTvidade, o aumento do desemprego.

    Em suma, a lgica do mercado conTnua sendo a mesma: aumentar a explorao de mais-valia do trabalhador.

  • Just in Mme

    Esta forma de organizao do trabalho pode ser traduzida como na hora

    certa ou na medida e quanTdade adequada

  • No h estoque ou o estoque mnimo para se adequar a uma demanda repenTna pela mercadoria. O objeTvo racionalizar ao mximo todos os processos produTvos, desde a compra da matria prima at a entrega do produto nal ao consumidor

    Just in Mme

  • Exemplos de Just in Mme

    Quando automvel novo comprado a fabrica so comea a

    produzi-lo aps o pedido ter sido feito. Dessa forma no h perdas e prejuzos provocados pelas

    mercadorias estocadas Estoques tem um alto custo de manuteno e caso eles no sejam

    escoados para o mercado dentro do prazo o prejuzo ca com o dono da empresa.

    Lojas virtuais na internet no possuem estoques _sicos quando se trata de venda de mercadorias que so arquivos digitais (musicas, jogos, livros)

    Elas no gastam com servios de transporte, pois a distribuio feita pela internet

    Essa racionalizao dos processos produTvos permite baixar os preos e aTngir mercados geogracamente ilimitados

  • Indstrias de Processo ConSnuo

    IPCs: (Sc. XX) Modernos e complexos sistemas produTvos automaTzados,

    integrados e informaTzados,

    Automao: transferncia (objeTvao) da funo humana composto por clulas ou ilhas, aTvidade de operao / monitoramento / controle /vigilncia,

    Antecipao a um evento, Evento: o que ocorre de maneira parcialmente imprevista,

    inesperada, vindo perturbar o desenvolvimento normal do sistema de produo, superando a capacidade da mquina de assegurar sua auto-regulagem.

  • Novos Processos de Trabalho

    Salto tecnolgico, automao, robTca e microeletrnica.

    Aumento do setor de servios (tercirio), Aumento da fora de trabalho feminina. Aumento de prTcas exveis de trabalho (trabalho precrio, parcial, temporrio, subcontratado, terceirizado, vinculados a economia informal).

    Trabalho infanTl e anlogo escravo