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LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLOGICO DE PLANTAS DANINHAS SOBRE A CULTURA DO ARROZ (Oryza sativa L.) EM TERRAS ALTAS, IRRIGADA POR ASPERSÃO, NO MUNICÍPIO DE CODÓ-MA. ENCUESTA FITOSOCIOLÓGICA DE PLANTAS DE MALEZAS EN EL CULTIVO DE ARROZ (Oryza sativa L.) EN TIERRAS ALTAS, IRRIGADAS POR PULVERIZACIÓN, EN EL MUNICIPIO DELAWARE CODÓ-MA. PHYTOSOCIOLOGICAL SURVEY OF WEED PLANTS ON CROP OF RICE (Oryza sativa L.) ON HIGHLAND, IRRIGATED BY SPRAYING, IN THE MUNICIPALITY OF CODÓ-MA. Apresentação: Comunicação Oral Francisco Adriano Jansen 1 ; Diego Gomes da Silva 2 ; Marcos Guilherme Viana Rodrigues 3 ; Antonio Vitor da Silva Mercês 4 ; Daniel Barbosa Araújo 5 DOI: https://doi.org/10.31692/2526-7701.IVCOINTERPDVAgro.2019.0133 Resumo - O experimento foi instalado totalizando 40 parcelas -1 , cada parcela experimental com tamanho de 2m x 0,8m totalizando 1,6m 2 , constituída de cinco fileiras de 2m de comprimento com bordadura espaçada de 0,20m entre linhas, ocupando uma área de 64m 2 . O primeiro levantamento foi realizado em V 4 , aproximadamente aos 25 dias após a emergência da cultura (25 DAE), já o segundo foi efetuado em V 7 , aos 47 dias após a emergência aproximadamente (47 DAE). Nos parâmetros analisados foram utilizadas as seguintes formulas: Freqüência (F) = n° de quadrado onde a espécie foi encontrada ÷ n° total de quadrados; Freqüência Relativa (Fr) = freqüência da espécie x 100 ÷ freqüência total das espécies; Densidade (D) = n° total de indivíduos da espécie ÷ n° total de quadrado; Densidade Relativa (Dr) = densidade da espécie x 100 ÷ densidade total das espécies; Abundancia (A) = n° total de indivíduos da espécie ÷ n° total de quadrados onde a espécie foi encontrada; Abundancia relativa (Ar) = abundancia da espécie x 100 ÷ abundancia total da espécie e Índice de importância relativa (Ir) = freqüência relativa + densidade relativa + abundancia relativa. As plantas daninhas foram identificadas e quantificadas pelo método do quadrado inventário, onde foi delimitado um quadrado de 1,0 x 1,0m lançado casualisadamente. Foram identificadas, no total 19 espécies, agrupadas em 17 famílias. No primeiro levantamento foi perceptível a predominância entre as famílias Amaranthaceae, Euphorbiaceae e Gramíneas, 2 espécies cada, perfazendo um total de 13,33%, e as demais contabilizaram 1 espécie cada, alcançando 6,66%. Já no segundo levantamento somente as famílias Amaranthaceae e Gramíneas se mantiveram com 2 espécies cada, atingindo o 1 Graduando em Engenharia Agronômica IFMA email: [email protected] 2 Graduando em Engenharia Agronômica IFMA email: [email protected] 3 Graduando em Engenharia Agronômica IFMA email: [email protected] 4 Graduando em Ciências Agrárias IFMA email: [email protected] 5 ProfessorEngenheiro Agrônomo Dr. IFMA email: [email protected]

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Page 1: modelo de resumo expandido · 2020. 2. 7. · Palavras-chave: Plantas daninhas, Quadrado inventário, Levantamento. Resumen – El experimento se instaló con un total de 40 parcelas-1,

LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLOGICO DE PLANTAS DANINHAS

SOBRE A CULTURA DO ARROZ (Oryza sativa L.) EM TERRAS ALTAS,

IRRIGADA POR ASPERSÃO, NO MUNICÍPIO DE CODÓ-MA.

ENCUESTA FITOSOCIOLÓGICA DE PLANTAS DE MALEZAS EN EL

CULTIVO DE ARROZ (Oryza sativa L.) EN TIERRAS ALTAS, IRRIGADAS POR

PULVERIZACIÓN, EN EL MUNICIPIO DELAWARE CODÓ-MA.

PHYTOSOCIOLOGICAL SURVEY OF WEED PLANTS ON CROP OF

RICE (Oryza sativa L.) ON HIGHLAND, IRRIGATED BY SPRAYING, IN THE

MUNICIPALITY OF CODÓ-MA.

Apresentação: Comunicação Oral

Francisco Adriano Jansen1; Diego Gomes da Silva2; Marcos Guilherme Viana

Rodrigues 3; Antonio Vitor da Silva Mercês 4; Daniel Barbosa Araújo5

DOI: https://doi.org/10.31692/2526-7701.IVCOINTERPDVAgro.2019.0133

Resumo - O experimento foi instalado totalizando 40 parcelas-1, cada parcela experimental

com tamanho de 2m x 0,8m totalizando 1,6m2, constituída de cinco fileiras de 2m de

comprimento com bordadura espaçada de 0,20m entre linhas, ocupando uma área de 64m2.

O primeiro levantamento foi realizado em V4, aproximadamente aos 25 dias após a

emergência da cultura (25 DAE), já o segundo foi efetuado em V7, aos 47 dias após a

emergência aproximadamente (47 DAE). Nos parâmetros analisados foram utilizadas as

seguintes formulas: Freqüência (F) = n° de quadrado onde a espécie foi encontrada ÷ n°

total de quadrados; Freqüência Relativa (Fr) = freqüência da espécie x 100 ÷ freqüência

total das espécies; Densidade (D) = n° total de indivíduos da espécie ÷ n° total de quadrado;

Densidade Relativa (Dr) = densidade da espécie x 100 ÷ densidade total das espécies;

Abundancia (A) = n° total de indivíduos da espécie ÷ n° total de quadrados onde a espécie

foi encontrada; Abundancia relativa (Ar) = abundancia da espécie x 100 ÷ abundancia total

da espécie e Índice de importância relativa (Ir) = freqüência relativa + densidade relativa +

abundancia relativa. As plantas daninhas foram identificadas e quantificadas pelo método

do quadrado inventário, onde foi delimitado um quadrado de 1,0 x 1,0m lançado

casualisadamente. Foram identificadas, no total 19 espécies, agrupadas em 17 famílias. No

primeiro levantamento foi perceptível a predominância entre as famílias Amaranthaceae,

Euphorbiaceae e Gramíneas, 2 espécies cada, perfazendo um total de 13,33%, e as demais

contabilizaram 1 espécie cada, alcançando 6,66%. Já no segundo levantamento somente as

famílias Amaranthaceae e Gramíneas se mantiveram com 2 espécies cada, atingindo o

1 Graduando em Engenharia Agronômica – IFMA – email: [email protected] 2 Graduando em Engenharia Agronômica – IFMA – email: [email protected] 3 Graduando em Engenharia Agronômica – IFMA – email: [email protected] 4 Graduando em Ciências Agrárias – IFMA – email: [email protected] 5 Professor– Engenheiro Agrônomo Dr. – IFMA – email: [email protected]

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quantitativo de 11,11%, sendo o restante contabilizado com apenas 1 espécie, totalizando

5,55%. Sendo evidenciada a superioridade numérica das espécies dicotiledôneas, tanto no

primeiro quanto no segundo levantamento, ambas com 66,66%.

Palavras-chave: Plantas daninhas, Quadrado inventário, Levantamento.

Resumen – El experimento se instaló con un total de 40 parcelas-1, cada parcela

experimental con un tamaño de 2m x 0,8m con un total de 1,6 m2, que consta de cinco filas

de 2m de largo con un borde espaciado de 0,20m entre líneas, ocupando un área de 64m2.

La primera encuesta se realizó en V4, aproximadamente 25 días después de la emergencia

del cultivo (25 DAE), mientras que la segunda se realizó en V7, aproximadamente 47 días

después de la emergencia (47 DAE). En los parámetros analizados se utilizaron las

siguientes fórmulas: Frecuencia (F) = número cuadrado donde se encontraron especies ÷

número cuadrado total; Frecuencia relativa (Fr) = frecuencia de especies x 100 ÷ frecuencia

total de especies; Densidad (D) = número total de individuos de la especie ÷ número

cuadrado total; Densidad relativa (Dr) = densidad de especies x 100 ÷ densidad total de

especies; Abundancia (A) = número total de individuos de la especie ÷ número total de

cuadrados donde se encontró la especie; Abundancia relativa (Ar) = abundancia de especies

x 100 ÷ abundancia total de especies e índice de importancia relativa (Ir) = frecuencia

relativa + densidad relativa + abundancia relativa. Las malezas se identificaron y

cuantificaron mediante el método del cuadrado de inventario, donde se lanzó casualmente

un cuadrado de 1.0 x 1.0m. Se identificaron un total de 19 especies, agrupadas en 17

familias. En la primera encuesta se observó el predominio entre las familias

Amaranthaceae, Euphorbiaceae y Grases, 2 especies cada una, con un total de 13.33%, y

las otras representaron 1 especie cada una, alcanzando 6.66%. En la segunda encuesta, solo

las familias Amaranthaceae y Gramineae permanecieron con 2 especies cada una,

alcanzando la cantidad de 11.11%, y el resto representaron solo 1 especie, totalizando

5.55%. Se evidencia la superioridad numérica de las especies dicotiledóneas, tanto en la

primera encuesta como en la segunda ambos con 66.66%.

Palabras Clave: Malezas, Plaza de inventario, Levantamiento.

Abstract – The experiment was installed totaling 40 plots-1, each experimental plot with a

size of 2m x 0.8m totaling 1.6m2, consisting of five rows of 2m long with 0,20m spaced

border between lines, occupying an area of 64m2. The first survey was performed at V4

approximately 25 days after emergence of the crop (25 DAE), while the second was

performed at V7 at 47 days after emergence approximately (47 DAE). In the analyzed

parameters the following formulas were used: Frequency (F) = square number where the

species was found ÷ total square number; Relative Frequency (Fr) = species frequency x

100 ÷ total species frequency; Density (D) = total number of individuals of the species ÷

total square number; Relative Density (Dr) = species density x 100 ÷ total species density;

Abundance (A) = total number of individuals of the species ÷ total number of squares

where the species was found; Relative abundance (Ar) = species abundance x 100 total

species abundance and Relative importance index (Ir) = relative frequency + relative

density + relative abundance. The weeds were identified and quantified by the inventory

square method, where a 1.0 x 1.0m square was casually released. A total of 19 species were

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identified, grouped in 17 families. In the first survey it was noticeable the predominance

among the families Amaranthaceae, Euphorbiaceae and Grasses, 2 species each, making a

total of 13.33%, and the others accounted for 1 species each, reaching 6.66%. In the second

survey only the families Amaranthaceae and Gramineae remained with 2 species each,

reaching the amount of 11.11%, and the remainder accounted for only 1 species, totaling

5.55%. Being evidenced the numerical superiority of the dicotyledonous species, both in

the first and in the second survey both with 66.66%.

Key words: Weeds, Inventory square, Lifting.

1. Introdução

A cultura do arroz (Oryza sativa L.) no Brasil ocupa posição de destaque do ponto

de vista econômico, nutricional e social, tendo em vista que está presente na dieta da

maioria dos brasileiros, A produtividade final da cultura do arroz depende de vários fatores,

dentre esses, a cultivar utilizada, da quantidade e qualidade de insumos e das técnicas de

manejo empregadas (BUZETTI et al., 2006). Entretanto, essa produtividade está muito

aquém da almejada e alcançada pelas lavouras que adotam um alto nível tecnológico e do

potencial obtido nas áreas experimentais (AGOSTINETTO et al., 2001). É um dos cereais

mais importantes, produzidos e consumidos no mundo, caracterizando-se como o principal

alimento de mais da metade da população mundial (CONAB, 2015). de da população

mundial (CONAB, 2015).

De acordo com (ARF et al., 2001), o arroz é um cereal que constitui uma excelente

fonte de calorias e de proteínas de suma importância na dieta alimentar do povo brasileiro.

Porém, a produção deste cereal tem oscilado anualmente, e eventualmente a produção não

tem sido suficiente para atender o consumo interno, resultando assim na necessidade de

importação do produto. Apesar de apresentarem menor teor protéico, seus grãos possuem

uma proteína de altíssima qualidade, glutelina (DE ARAÚJO et al., 2003).

O uso de práticas conservacionistas em sistemas de produção é fundamental para a

sustentabilidade da capacidade produtiva agrícola (GITTI et al., 2012). Há em inúmeros

fatores que influenciam diretamente o crescimento e desenvolvimento da cultura do arroz,

levando assim uma diminuição da produtividade, segundo (MAASS, 2012). (PITELLI,

1987) afirma que, o conjunto de plantas que infestam áreas agrícolas, causando danos

imensuráveis, denominadas como daninhas, são plantas que possuem características

pioneiras e peculiares, ou seja, plantas que ocupam locais onde por uma série de motivos, a

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cobertura natural foi extinta tornando o solo total ou parcialmente exposto.

Segundo (SILVA; DURIGAN, 2006), as plantas daninhas constituem um dos

principais fatores e que mais influenciam o crescimento, o desenvolvimento e a

produtividade da cultura do arroz de terras altas, tendo em vista que competem por luz,

nutrientes e água, o que de certa forma reflete diretamente na redução quantitativa e

qualitativa da produção, além de aumentarem circunstancialmente os custos operacionais

de colheita, secagem e beneficiamento dos grãos. Geralmente, o início da irrigação na

cultura do arroz está associado diretamente ao controle de plantas daninhas (CONCENÇO

et al., 2006).

Nos últimos anos, tem surgido uma crescente consciência ecológica com relação à

qualidade do solo, as diversas práticas de cultivo podem influenciar diretamente as

propriedades físicas e químicas do solo. Dentro desse contexto, está associado o controle de

plantas daninhas (ALCÂNTARA; FERREIRA, 2000). É de suma importância e necessário

o levantamento e posterior identificação das espécies de plantas daninhas, pois cada espécie

apresenta o poder de se estabelecer na área e sua capacidade de agressão pode interferir de

forma diferenciada e peculiar entre as culturas (DE SOUZA et al., 2010). Segundo

(SILVA; DURIGAN, 2009), os prejuízos provocados pelas plantas daninhas são

diretamente decorrentes principalmente da competição por água, luz e nutrientes do solo,

além das dificuldades e ou impedimentos à colheita.

O presente trabalho teve como objetivo identificar, quantificar e qualificar as

principais espécies de plantas daninhas presentes na cultura do arroz, em épocas distintas de

desenvolvimento da cultura e discutir as implicações dos resultados obtidos dentro do

contexto de controle de plantas daninhas na agricultura familiar, contudo, propor estratégias

para o uso do melhor método de controle das plantas daninhas.

2. Fundamentação teórica:

2.1 Levantamento fitossociologico

Os levantamentos fitossociológico têm como principal objetivo comparar as

populações infestantes de plantas daninhas em um determinado momento. Repetições

devidamente programadas dos levantamentos fitossociológico podem indicar fortes

tendências de variação da importância socioeconômica de uma ou mais populações, e essas

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variações podem estar diretamente associadas às práticas agrícolas adotadas no manejo da

cultura (DE OLIVEIRA; FREITAS, 2008). Constitui uma excelente e importante

ferramenta no embasamento técnico propondo recomendações de manejo e tratos culturais

adequados à cultura (SANTOS et al., 2010).

Visando o delineamento de estratégias no manejo de plantas daninhas em lavouras é

imprescindível a realização de levantamentos com objetivo de identificar, quantificar e

qualificar a dinâmica de populações de plantas daninhas presente na lavoura (TAVARES et

al., 2013).

Na utilização de um manejo ideal de plantas daninhas em uma plantação, exige-se a

identificação e classificação daquelas espécies que têm maior importância. Ou seja, o

estudo fitossociológico de plantas daninhas, associando parâmetros populacionais como

freqüência e abundância são de estrema importância para a determinação e aplicação

correta do manejo das espécies daninhas (MOURA et al., 2015).

2.2 Plantas daninhas

Na cultura do arroz, bem como em outras, a produtividade e a qualidade dos grãos

estão intimamente ligadas à incidência de pragas, doenças e plantas daninhas (SILVA;

DURIGAN, 2009). Ou seja, um manejo adequado das plantas daninhas é de suma

importância com objetivo de se obter uma lucratividade satisfatória (GOMES et al., 2010).

Ultimamente, pesquisas diretamente relacionada à habilidade de competição de

cultivares com plantas daninhas vêm ganhando importância significativa, principalmente

porque a adoção de genótipos com alta característica de competição constitui-se em prática

de considerável redução de custo e impacto ambiental (BALBINOT et al., 2003).

Na lavoura, a população das plantas cultivadas em geral é constante, ao passo que a

população das plantas daninhas varia em função do valor quantitativo de sementes

depositadas no banco do solo e as condições ambientais que influenciam consideravelmente

o nível de infestação (AGOSTINETTO et al., 2008). (ERASMO et al., 2004), relata que, a

correta identificação das espécies daninhas a serem corretamente controladas constitui-se

em um desses citados princípios, de modo que a escolha adequada do ingrediente ativo do

produto que deverá ser utilizado dependerá do tipo e característica de planta daninha

presente no local, além da cultura plantada, obviamente. Em suma, a interferência dessas

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plantas daninhas pode resultar em perda significativa de produtividade, alem de redução na

qualidade do produto colhido ou aumento considerável do custo de produção da cultura

(ADEGAS et al., 2010). Contudo, a percepção sobre as espécies de plantas daninhas que

acometem a lavoura é de suma importância para a melhor escolha do método de controle,

uma vez que influencia diretamente na eficiência do manejo da cultura a ser utilizado

(MACIEL et al., 2010).

2.2.1 Métodos de controle de plantas daninhas

O custo no controle do capim-arroz, mediante a utilização de herbicidas, representa

um dos principais e importantes componentes do custo de produção (GALON et al., 2007).

Tal como, no caso do arroz-vermelho (Oryza sativa L), várias práticas de manejo podem de

certa forma minimizar sua interferência, dentre elas, destacam-se o uso de cultivares com

alta competitividade e a mudança no arranjo e manejo de plantas (FLECK et al ., 2004).

Dentre os diferentes sistemas de controle de plantas daninhas adotados, a utilização

de herbicidas está em destaque, devido à sua maior eficiência bem como sua facilidade,

entretanto, o seu sucesso depende diretamente de uma série de princípios técnicos

(ERASMO et al., 2004).

3. Metodologia

A pesquisa foi desenvolvida nas instalações do Instituto Federal de Educação,

Ciência e Tecnologia do Maranhão – Campus Codó, localizado na mesorregião do Leste

Maranhense, com as seguintes coordenadas geográficas: 4° 30' 37.3" S e 43° 54' 27.1"

W com altitude de 31m, o clima é do tipo Aw, segundo a classificação de Köeppen,

megatérmico úmido e sub-úmido de inverno seco.

A área da pesquisa foi delimitada com piquetes e barbantes, com o auxílio de uma

trena de 50m. O preparo do solo foi realizado com uma gradagem antes da semeadura, foi

retirada uma amostra composta de solo, na camada de 0-20cm, para determinação dos

atributos físicos e químicos.

O experimento foi instalado em esquema totalizando 40 parcelas-1, cada parcela

experimental com tamanho de 2m x 0,8m totalizando 1,6m2, constituída de cinco fileiras de

2m de comprimento com bordadura espaçada de 0,20m entre linhas, ocupando uma área de

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64m2.

A semeadura das duas cultivares do arroz foi realizada manualmente em sulcos de

3-5cm de profundidade, com espaçamento de 0,20m entre linhas. Cada parcela foi

composta de 5 linhas com comprimento de 2m., utilizadas 100 sementes por metro linear,

1000 sementes por parcela-1 (1,6m2), para chegarmos a esse quantitativo realizamos alguns

cálculos nos quais, 100 sementes é igual a 3,2g, 1000 sementes é igual a 32g, 1000

sementes mais 10% é igual a 35,2g. A irrigação será realizada por aspersão.

A calagem foi feita de forma que o calcário foi distribuído a lanço e incorporado ao

solo com auxílio de enxada manual a cerca de 20cm de profundidade, em todas as parcelas,

com 3,3t/ha-1, totalizando 528g por parcela, distribuído dentro de todos os blocos, aplicada

aos 30 dias antes do plantio do arroz, o mesmo foi finamente moído, ou seja, passando

totalmente pela peneira, seguindo ABNT n° 50.

A adubação básica foi aplicada nas parcelas com determinados tipos de nutrientes

dentro de cada bloco compondo N-P-K, na formulação 10-50-30 Kg ha-1, feito a lanço com

posterior incorporação, após o plantio. Já com relação à adubação de cobertura também

foram feitas com determinados tipos de nutrientes contendo N-P-K, com duas aplicações,

em V4 (início do perfilhamento) e em V8 (início do aparecimento dos primórdios florais).

O primeiro controle de plantas daninhas foi realizado após a semeadura, através do

controle mecânico, com auxilio de uma enxada manual, quando as sementes estavam em S3

(ponto de agulha), quando as plantas alcançaram o estádio fenológico V4, foi realizado o

segundo controle de plantas daninhas, assim como no primeiro controle, com o auxilio de

uma enxada manual. Os levantamentos dos dados foram capturados em duas épocas

distintas de desenvolvimento do arroz.

O primeiro levantamento foi realizado em V4, aproximadamente aos 25 dias após a

emergência da cultura (25 DAE), já o segundo foi efetuado em V7, aos 47 dias após a

emergência aproximadamente (47 DAE).

As plantas daninhas foram identificadas e quantificadas pelo método do quadrado

inventário, onde foi delimitado um quadrado de 1,0 x 1,0 m lançado casualisadamente.

Nos parâmetros analisados foram utilizadas as seguintes formulas:

• Freqüência (F) = n° de quadrado onde a espécie foi encontrada ÷ n° total de

quadrados;

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• Frequência Relativa (Fr) = freqüência da espécie x 100 ÷ freqüência total

das espécies;

• Densidade (D) = n° total de indivíduos da espécie ÷ n° total de quadrado;

• Densidade Relativa (Dr) = densidade da espécie x 100 ÷ densidade total das

espécies;

• Abundancia (A) = n° total de indivíduos da espécie ÷ n° total de quadrados

onde a espécie foi encontrada;

• Abundancia relativa (Ar) = abundancia da espécie x 100 ÷ abundancia total

da espécie;

• Índice de importância relativa (Ir) = freqüência relativa + densidade relativa

+ abundancia relativa.

4. Resultados e discussão

As espécies encontradas, bem como suas respectivas famílias e os parâmetros

fitossociológico devidamente calculados em cada época de coleta estão apresentados nas

Tabelas 1 e 2. Essas espécies de plantas daninhas ocorreram durante todo o período de

avaliação, apresentando-se com distintos estádios fenológico, perdurando desde a

germinação, floração até a formação e dispersão de sementes.

Foram identificadas, no total 19 espécies, agrupadas em 17 famílias. No primeiro

levantamento foi perceptível a predominância entre as famílias Amaranthaceae,

Euphorbiaceae e Gramíneas, 2 espécies cada, perfazendo um total de 13,33%, e as demais

contabilizaram 1 espécie cada, alcançando 6,66%. A espécie Mollugo verticillata L.

pertencente à família Molluginaceae foi encontrada apenas no primeiro levantamento. Já no

segundo levantamento somente as famílias Amaranthaceae e Gramíneas se mantiveram

com 2 espécies cada, atingindo o quantitativo de 11,11%, sendo o restante contabilizado

com apenas 1 espécie, totalizando 5,55%. Diferentemente do primeiro levantamento, além

da ausência da espécie Mollugo verticillata L. foi observado que as espécies Lindernia

dubia L., Mimosa pudica L., Portulaca oleracea e Rhynchospora nervosa só foram

encontradas predominantemente no segundo levantamento. Alem disso, ficou sendo

evidenciada a superioridade numérica das espécies dicotiledôneas, tanto no primeiro quanto

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no segundo levantamento, ambas com 66,66% (Tabela 1). Ratificando o que exemplifica

(SILVA et al., 2013), a fase vegetativa inicial da cultura do arroz requer mais atenção para

o controle efetivo das plantas daninhas, devido a maior incidência de indivíduos que

emergiram e que conseqüentemente pertencem ao mesmo grupo botânico.

Houve interação significativa nos parâmetros avaliativos entre as etapas de

levantamentos de dados durante o ciclo da cultura. Ou seja, na fase vegetativa, ocorreram

significativas diferenças estatísticas, sendo que em V4 (início do perfilhamento), primeiro

levantamento, a incidência de plantas daninhas foi maior em comparação ao estádio V8

(início do aparecimento dos primórdios florais), segundo levantamento. O que é

evidenciado tendo em vista que, à medida que a cultura de interesse se desenvolve,

diminuindo assim a incidência de radiação solar entrelinhas evitando que as plantas

daninhas realizam fotossíntese e conseqüentemente sobrevivem e causem danos

posteriores. Reiterando o que diz (FLECK et al., 2003), a planta em pleno crescimento deve

apoderar-se rapidamente do espaço, assim representado pelos recursos existentes , sendo

seu sucesso altamente competitivo dependente do uso antecipado do mesmo.

Tabela 1: Relação de plantas daninhas, distribuídas por Família, Nome Cientifico e Nome Comum, presentes

na cultura do arroz (Oryza sativa L.), no município de Codó-Ma, em duas épocas distintas.

Família Nome Cientifico Nome Comum QT

Primeiro levantamento

Amaranthaceae Alternanthera tenella Alecrim, apaga-fogo, carrapichinho, carrapicho 151

Amaranthaceae Amaranthus deflexus L. Bredo, bredo-rasteiro, caruru, caruru-rasteiro 38

Asteraceae Emilia sonchifolia L. Pincel-de-estudante, serralha-mirim, serralhinha 7

Commelinaceae Commelina benghalensis

L. Trapoeraba, erva-de-santa-luzia, maria-mole 2

Convolvulaceae Ipomoea triloba L. Campainha, corda-de-viola, corriola, jetirana 26

Cyperaceae Cyperus spp Junca, junco, junquinho, tiririca, tiriricão 1275

Euphorbiaceae Euphorbia hyssopifolia L. Burra-leiteira, erva-andorinha, erva-de-santa-luzia 123

Euphorbiaceae Phyllanthus niruri L. Quebra-pedraerva-pombinha, fura-parede 455

Gramíneas Digitaria sanguinalis L. Capim-colchão, capim-milhã 1240

Gramíneas Eleusine indica L. Capim-pé-de-galinha, pé-de-galinha capim-de-pomar 2

Malvaceae Sida urens L. Guanxuma, guaxuma-rasteira, guaxima 224

Molluginaceae Mollugo verticillata L. Agrião, capim-tapete, mofungo, molugo 78

Poaceae Leptochloa panicea Capim-mimoso, Capim-nungá 233

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Turneraceae Turnera subulata Chanana, flor-do-guarujá, turnera 10

Verbenaceae Priva bahiensis Carrapicho, carrapicho-leve, pega-pega 22

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Segundo levantamento

Amaranthaceae Alternanthera tenella Alecrim, apaga-fogo, carrapichinho, carrapicho 29

Amaranthaceae Amaranthus deflexus L. Bredo, bredo-rasteiro, caruru, caruru-rasteiro 4

Commelinaceae Commelina benghalensis

L. Trapoeraba, erva-de-santa-luzia, maria-mole 1

Cyperaceae Cyperus spp Junca, junco, junquinho, tiririca, tiriricão 657

Gramíneas Digitaria sanguinalis L. Capim-colchão, capim-milhã 387

Gramíneas Eleusine indica L. Capim-pé-de-galinha, pé-de-galinha capim-de-pomar 79

Asteraceae Emilia sonchifolia L. Pincel-de-estudante, serralha-mirim, serralhinha 9

Euphorbiaceae Euphorbia hyssopifolia L. Burra-leiteira, erva-andorinha, erva-de-santa-luzia 308

Convolvulaceae Ipomoea triloba L. Campainha, corda-de-viola, corriola, jetirana 34

Poaceae Leptochloa panicea Capim-mimoso, Capim-nungá 206

Plantaginaceae Lindernia dubia L. Agriãozinho, Tapete-da-água 257

Fabaceae Mimosa pudica L. Malícia, dorme-dorme, dormideira 3

Euphorbiaceae Phyllanthus niruri L. Quebra-pedraerva-pombinha, fura-parede 206

Portulacaceae Portulaca oleracea Beldroega, bredo-de-porco, caruru-de-porco 3

Verbenaceae Priva bahiensis Carrapicho, carrapicho-leve, pega-pega 26

Cyperaceae Rhynchospora nervosa Capim-estrela, erva-estrela, tiririca-branca, estrelinha 175

Malvaceae Sida urens L. Guanxuma, guaxuma-rasteira, guaxima 284

Turneraceae Turnera subulata Chanana, flor-do-guarujá, turnera 13

QT: Quantidade

Fonte: Própria (2019)

No manejo da cultura do arroz, as principais espécies encontradas, tanto no primeiro

quanto no segundo levantamento foram: Cyperus spp, com densidade de 4,43 plantas m-²

(D), e freqüência de 0,78. Este resultado corrobora com (ERASMO et al., 2004), que

ressalta que as plantas daninhas pertencentes ao grupo do gênero Cyperus incluem-se entre

as espécies de maiores parâmetros de infestação nas lavouras de arroz. Seguida da espécie

Digitaria sanguinalis L. com densidade de 4,31 plantas m-² (D), e 0,90 de frequência. A

espécie Digitaria sanguinalis L. obteve a maior freqüência (F), conjuntamente em valores

iguais à espécie Sida urens L. com 0,90 para ambas, seguido da espécie Phyllanthus niruri

L. que quantificou o valor de 0,85 no primeiro levantamento (Tabela 2).

No segundo levantamento, semelhante ao primeiro, as espécies que apresentaram

maiores valores para as características: densidade de plantas m-² (D) e freqüência (F) foram

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Cyperus spp, que quantificou densidade de 1,89 plantas m-² (D), e freqüência (F) de 0,95 e

Digitaria sanguinalis L. com densidade de 1,11 plantas m-² (D), e 0,88 de frequência (F). A

espécie Sida urens L. também alcançou o valor de com 0,88 para o parâmetro frequência

(F). Alem do mais, foi observado que, na segunda coleta de dados, a espécie Commelina

benghalensis L. apresentou um resultado não significativo para os seguintes parâmetros:

densidade de plantas m-² (D), densidade relativa (Dr), ou seja, os valores dos respectivos

parâmetros foram irrisórios (abaixo de zero) em comparação às outras espécies.

Tabela 2: Número de presença em quadrados (NQ), número de indivíduos (NI), freqüência (F), freqüência

relativa (Fr), densidade (D), densidade relativa (Dr), abundância (A), abundância relativa (Ar) e índice de

importância relativa (Ir) das espécies daninhas presentes nas lavouras de arroz em desenvolvimento inicial, na

região dos cocais, no município de Codó-Ma, 2019, em duas épocas distintas.

Espécie NQ NI F Fr (%) D (P/M2) Dr (%) A Ar (%) Ir

(%)

Primeiro levantamento

Alternanthera tenella 30,00 151,00 0,75 10,37 0,52 3,85 5,03 3,82 18,04

Amaranthus deflexus L. 10,00 38,00 0,25 3,46 0,13 0,96 3,80 2,88 7,30

Commelina

benghalensis L. 1,00 2,00 0,03 0,41 0,01 0,07 2,00 1,52 2,00

Cyperus spp 31,00 1275,00 0,78 10,79 4,43 32,81 41,13 31,20 74,80

Digitaria sanguinalis L. 36,00 1240,00 0,90 12,45 4,31 31,93 34,44 26,13 70,51

Eleusine indica L. 2,00 2,00 0,05 0,69 0,01 0,07 1,00 0,76 1,52

Emilia sonchifoliaL. 6,00 7,00 0,15 2,07 0,02 0,15 1,17 0,89 3,11

Euphorbia hyssopifolia

L. 22,00 123,00 0,55 7,61 0,43 3,19 5,59 4,24 15,04

Ipomoea triloba L. 15,00 26,00 0,38 5,26 0,09 0,67 1,73 1,31 7,24

Leptochloa panicea 28,00 233,00 0,70 9,68 0,81 6,00 8,32 6,31 21,99

Mollugo verticillata L. 15,00 78,00 0,38 5,26 0,27 2,00 5,20 3,95 11,21

Phyllanthus niruri L. 34,00 455,00 0,85 11,76 1,58 11,70 13,38 10,15 33,61

Priva bahiensis 13,00 22,00 0,33 4,56 0,08 0,59 1,69 1,28 6,43

Sida urens L. 36,00 224,00 0,90 12,45 0,78 5,78 6,22 4,72 22,95

Turnera subulata 9,00 10,00 0,23 3,18 0,03 0,22 1,11 0,84 4,24

Total 288,00 3886,00 7,23 100,00 13,5 100,00 131,81 100,00 -

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------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Segundo levantamento

Alternanthera tenella 11,00 29,00 0,28 3,20 0,08 1,04 2,64 2,82 7,06

Amaranthus deflexus L. 3,00 4,00 0,08 0,91 0,01 0,13 1,33 1,42 2,46

Commelina benghalensis L.

1,00 1,00 0,03 0,34 0,00 0,00 1,00 1,07 1,41

Cyperus spp 38,00 657,00 0,95 10,86 1,89 24,51 17,29 18,49 53,86

Digitaria sanguinalis L. 35,00 387,00 0,88 10,06 1,11 14,40 11,06 11,83 36,29

Eleusine indica L. 22,00 79,00 0,55 6,29 0,23 2,98 3,59 3,84 13,11

Emilia sonchifolia L. 4,00 9,00 0,10 1,14 0,03 0,39 2,25 2,41 3,94

Euphorbia hyssopifolia

L. 25,00 308,00 0,63 7,20 0,89 11,54 12,32 13,17 31,91

Ipomoea triloba L. 17,00 34,00 0,43 4,91 0,10 1,30 2,00 2,14 8,35

Leptochloa panicea 33,00 206,00 0,83 9,49 0,59 7,65 6,24 6,67 23,81

Lindernia dubia L. 32,00 257,00 0,80 9,14 0,74 9,60 8,03 8,59 27,33

Mimosa pudica L. 3,00 3,00 0,08 0,91 0,01 0,13 1,00 1,07 2,11

Phyllanthus niruri L. 34,00 206,00 0,85 9,71 0,59 7,65 6,06 6,48 23,84

Portulaca oleracea 2,00 3,00 0,05 0,57 0,01 0,13 1,50 1,60 2,30

Priva bahiensis 13,00 26,00 0,33 3,77 0,07 0,91 2,00 2,14 6,82

Rhynchospora nervosa 32,00 175,00 0,80 9,14 0,50 6,49 5,47 5,85 21,48

Sida urens L. 35,00 284,00 0,88 10,06 0,82 10,64 8,11 8,67 29,37

Turnera subulata 8,00 13,00 0,20 2,29 0,04 0,52 1,63 1,74 4,55

Total 348,00 2681,00 8,75 100,00 7,71 100,00 93,52 100,00 -

Fonte: Própria (2019)

5. Conclusões

Com tudo, a área experimental apresentou uma perceptível infestação de plantas

daninhas de aspectos bem variados, sendo as espécies Cyperus spp e Digitaria sanguinalis

L. qualificadas com maior parâmetro de densidade relativa (Dr) e índice de importância

relativa (Ir), para ambas as coletas de dados. (JAKELAITIS et al., 2003) ressalta que o

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estabelecimento da espécie Cyperus spp é rápido, devido ao seu intenso crescimento

vegetativo associado à produção de tubérculos com função de dispersão e tornando-as

dormentes por um longo período no solo, razões iniciais da sua vantagem competitiva com

a cultura de interesse, e de certa forma dificultando assim o seu controle. Corroborando

com (ERASMO et al., 2004), ao relatar que, devido à sua alta capacidade de adaptação a

vários ambientes agrícolas, por ser classificada como perene e pela capacidade de se

reproduzir de forma sexuada e assexuadamente, causando assim sérios danos.

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