modelo de petição - lucas
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petição do lucasTRANSCRIPT
Advogados Associados S/C - OAB/AC 159/2012ESC
Av. Ceará, 3.085 – Jardim Nazle – Rio Branco/AC – CEP: 69.907-000 – Telefax: (68) 3227-8720 E-MAIL [email protected]
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EXMO(A). SR(A). JUIZ(A) DE DIREITO ___º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE RIO BRANCO/AC
ANDRÉ LUIZ ANDRADE TOZZI, brasileiro, maior, capaz, casado, desempregado,
inscrito no CPF/MF sob o n.º 183.668.278-60 e portador do RG n.º 281256883 SSP/SP, residente e
domiciliado em Manaus/AM, sito à Rua Santa Gertudres, 2, Cidade de Deus (Cidade Nova), CEP 69.099-
242, vem, mui respeitosamente e com o devido acatamento, perante V. Exa., por intermédio de seus
procuradores in fine, com escritório descrito no rodapé desta exordial, propor a presente
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZZER C.C.
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS com PEDIDO LIMINAR
em face de ORIOBRANCO.NET, pessoa jurídica de direito privado, com sede administrativa nesta
cidade e comarca de Rio Branco/AC, sito à Av. Ceará, 2.804 - Ed. Cristiano Mendes de Assis – Centro, CEP:
69900-460, CONTILNET, pessoa jurídica de direito privado, com sede administrativa nesta cidade e
comarca de Rio Branco/AC, sito à Av. Ceará, 2.181 – Centro, Telefone (68) 3223-2700, CEP: 69908-690 e
GOOGLE BRASIL INTERNET LTDA, pessoa jurídica de direito privado, com sede administrativa
na cidade e comarca de São Paulo/SP, sito à Avenida Brigadeiro Faria Lima, nº 3900, 5º andar, Itaim, CEP
04538-132, telefone: (11) 3797-1000, Fax: (11) 3797-1001, pelos fatos e fundamentos e razões de direito
que passa a aduzir:
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DOS FATOS I. O Requerente reside na cidade de Manaus/AM com esposa e filha e trabalhava, desde
dezembro de 2007 na MAKRO ATACADISTA S/A na função de Chefe de Setor, onde permaneceu no cargo
até a época dos fatos, conforme documentação acostada;
II. No dia 24 de setembro de 2011, período em que estava na capital acreana
desenvolvendo suas atividades laborais pela rede de Supermercado Makro, o Requerente conheceu uma
mulher que lhe seduziu e convenceu a acompanhá-lo até o hotel onde estava hospedado;
III. Para a surpresa do Requerente, no momento em que estava no quarto foi surpreendido
por policiais militares sob a acusação de ter praticado crime contra a liberdade sexual – estupro contra a
mulher de 26 anos que o acompanhava – ocasião em que foi realizada a Prisão em Flagrante;
IV. Como era de se esperar, o suposto crime foi divulgado imediatamente nos veículos de
comunicação local, além da divulgação ocorrida pela internet, através do sites dos Requeridos, conforme a
seguir:
1) CONTILNET
endereço virtual: http://www.contilnet.com.br/Conteudo.aspx?ConteudoID=14286;
2) ORIOBRANCO.NET
endereço virtual: http://www.oriobranco.net/component/content/article/44-policial/18359-gerente-
do-hipermercado-makro-e-preso.html;
3) GIROFEIJO.BLOGSPOT.COM.BR
endereço virtual: girofeijo.blogspot.com.br/2011/09/diretor-do-supermercado-makro-e-preso.html;
4) RADIALISTAEDIZIOLIMAEDIZIO.BLOGSPOT.COM.BR
endereço virtual: http://radialistaediziolimaedizio.blogspot.com.br/2011/09/diretor-do-
supermercado-makro-e-preso.html; e
5) NOTICIASEFATOS.BLOGSPOT.COM.BR
endereço virtual: http://noticiaefatos.blogspot.com.br/2011/09/gerente-do-hipermercado-makro-e-
preso.html.
V. Note-se que os três últimos sites são hospedados no provedor blogspot, serviço
oferecido gratuitamente pela Requerida GOOGLE BRASIL INTERNET LTDA., conforme documentação
juntada em anexo;
V. O Requerente, por conta do suposto ocorrido e da repercussão na mídia, passou a sofrer
como se tudo verdade fosse, sendo vítima então das inúmeras sanções sociais preliminares, mesmo sem
antes sequer ter sido realizada investigação criminal e análise judicial dos fatos, como exemplo, a perda do
emprego na rede de hipermercados Makro em 03 de novembro de 2011, conforme registro em carteira;
VI. É patente que o Requerente fora acusado da prática de um suposto ilícito penal em
virtude unicamente de infundadas deduções, não corroboradas em momento algum por qualquer fato ou
elemento probatório;
VII. Vale ressaltar que o Requerente, à exceção do ocorrido, sempre teve bons
antecedentes criminais, pois jamais havia sido indiciado ou processado criminalmente;
VIII. A suposta notícia crime culminou no Processo nº 0024187-85.2011.8.01.0001, 2ª
Vara Criminal da Comarca de Rio Branco/AC, sendo que, no dia 30 de setembro de 2011, a prisão
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preventiva foi revogada pela i.magistrada sob o fundamento de não haver pressupostos para a
sua manutenção;
IX. O Ministério Público ao analisar os laudos realizados e juntados ao processo,
deu parecer favorável ao arquivamento do inquérito visto a negativa da existência de ato
libidinoso e consequente inexistência de provas que demonstrassem a materialidade do
suposto crime;
X. Posteriormente, em 08 de dezembro de 2011, o Requerente foi absolvido de todas as
acusações, tendo o feito sido extinto sem julgamento do mérito, ante a inexistência da conduta criminosa, conforme documentação juntada;
XI. Porém, de forma absurda, os Requeridos - apesar da publicidade da decisão que lhe
inocentou - continuam mantendo e veiculando, na internet, até a presente data, a matéria acusatória;
XII. Ora, imensurável é o prejuízo financeiro, além do constrangimento psicológico e social
sofrido pelo Requerente e familiares desde o ocorrido que, como se não bastasse, ainda continua tendo
sua imagem divulgada pela internet, através dos sites dos Requeridos, como se realmente criminoso fosse
e tivesse praticado tal conduta delituosa;
XIII. Sabe-se que é um direito dos Requeridos divulgarem matérias informativas de fatos
ocorridos através de suas vias de comunicação, desde que tenham embasamento fático e, uma vez
constatado o erro ou equívoco, dar o direito de resposta ou editar matéria que esclareça a situação na
mesma proporção da veiculação da matéria ofensora, retirando-na do ar, o que nunca ocorreu;
XIV. Porém, o que se questiona na presente ação é porque, mesmo depois da decisão
judicial, os Requeridos mantêm em seus sites, até a presente data, a notícia inescrupulosa e injusta que continua repercutindo miseravelmente na vida do Requerente e sua família;
XV. Como se não bastasse haver vivido todo esse infortúnuo de ser acusado indevidamente
de fato delituoso, o Requerente continua sendo recharçado na sociedade e, inclusive, perdido propostas de
trabalho, vez que os empregadores, ao realizarem pesquisas nas redes sociais, têm obtido como resposta
os links da notícia vinculada nos sites e blogs dos Requeridos;
XVI. Faz-se necessário observar que o Requerente jamais enfrentou situação semelhante,
tendo sempre assegurados sua integridade e bom nome, intocados até a ocorrência do presente incidente;
XVII. É fato cristalino que uma pessoa cuja probidade e honestidade mantêm-se ilibadas,
ao ser acusada injustamente da prática delituosa, vendo maculada sua honra, vivenciando momentos de
evidente vexame e constrangimento, acaba sofrendo abalos psicológicos indeléveis;
XVII. Não é, destarte, difícil avaliar o sofrimento, o constrangimento, a dor moral do
Requerente diante de tão falaciosa acusação, de uma involuntária e ampla exposição, extremamente
prejudicial à sua imagem e de sua família;
XIX. Ademais, o Requerente dificilmente conseguirá restabelecer a imagem, o bom nome e
o apreço das pessoas que o conhecem e as que o irão conhecer, tendo que conviver, por longo e
incalculável tempo, com a desconfiança social correlativa à sua boa conduta decorrente da excessiva e prolongada exposição nos sites dos Requeridos da falsa acusação que lhe foi imposta;
XX. O Requerente ainda sente incalculável constrangimento que passa pela vergonha de
sair de casa e encarar as pessoas da vizinhança até participar das entrevistas de emprego;
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XXI. Agora, além do Requerente ter passado por momentos altamente depressivos
causados pelo desalento, pela opressão de ver vilipendiada sua imagem e reputação, ainda tem que suportar o ônus das reportagens com referência ao ocorrido continuarem a ser divulgadas nos sites dos Requeridos, impedindo-o, principalmente, de iniciar uma nova vida laboral;
XXII. Conclui-se, portanto, que o Requerente ainda está sendo lesado em seu patrimônio
moral por estar sendo mantida até a presente data a notícia do suposto crime nos sites informativos das
Requeridas, sendo digna a devida compensação, bem como que, em face da sentença judical que o
absolveu completamente do delito, necessário é que as matérias veiculadas nos sites da internet sejam
retirados e excluídos definitivamente.
XXIII. Desta forma, o humilhado e coagido Requerente, não possuí outros meios para
sanar os prejuízos, sendo ressarcido pelos danos morais surgidos pelo constrangimento à sua idoneidade e
integridade psíquica, rogando, ao sempre equânime e imparcial, Poder Judiciário que lhe seja concedida a
devida prestação jurisdicional da forma mais justa possível. DO DIREITO
Conforme se verá abaixo, as Requeridas, de forma arbitrária e negligente causaram e,
ainda, causam sérios prejuízos ao Requerente, vez que este tem sua honra e imagem afrontadas e
rechaçadas por publicações, e suas manutenções, indevidas em sites de internet o qual patrocinam.
Isto pois, conforme já acostado, restou comprovado que o Requerente não cometeu
qualquer ato criminoso que pudesse lhe ser imputado e, portanto, tanto a publicação anterior, quanto sua
atual manutenção rede mundial, são indevidas e geram graves danos morais e materiais ao Requerente.
1. DO DIREITO À IMAGEM
A legislação pátria em vigor, cuida da proteção à imagem de forma expressa e efetiva,
distinguindo a imagem da intimidade, honra e vida privada. Senão vejamos!
"Art. 5º (...)X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;(...)".
Saliente-se que com a violação ao direito à imagem, o corpo e as suas funções não sofrem
alteração física, mas observa-se uma modificação de caráter moral. A proteção jurídica à imagem é
fundamental, pois preserva à pessoa, simultaneamente, a defesa de componentes essenciais de sua
personalidade e do respectivo patrimônio, pelo valor econômico que representa.
Neste sentir, observa-se claramente que as Requeridas agiram de forma arbitrária quando
divulgaram matéria jornalística sem ter transcorrido o devido processo legal onde restassem provadas a
culpabilidade e materialidade do delito que o Requerente foi acusado.
Ademais, de forma aterradora e negligente, mesmo tendo plena consciência de que o
Requerente foi absolvido em sentença judicial, em face da negativa da existência de ato libidinoso e
consequente inexistência de provas que demonstrassem a materialidade do suposto crime, as Requeridas
mantêm, indevidamente, as matérias jornalísticas veiculadas na internet, o que macula sensivelmente a
honra e imagem do Requerente.
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Por tal razão, considerando a decisão judicial que absolveu o Requerente, necessário e
compulsório é que seja determinada as exclusões, por parte das Requeridas, de todas e quaisquer matérias
contra o Requerente que sejam vinculadas aos fatos alegados na exordial e nas provas ora acostadas.
2. DA INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL
A Carta Magna/88 prevê que é amplamente indenizável o dano moral provocado a outrem,
sendo assim princípio constitucional a proteção à integridade moral do indivíduo nacional, conforme abaixo, Art. 5.º (omissis) V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano
material, moral ou à imagem; X – são invioláveis as intimidades, a vida privada, a honra à imagem das pessoas, assegurado
o direito de indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Inobstante a tal normatização, o Código Civil/02 pátrio em seus Art.’s 186 e 927, caput e
parágrafo único, no mesmo sentir da CF/88, fixa, in litteris Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Ressalte-se que a personalidade do ser humano é formada por um conjunto de valores que
compõem o seu patrimônio, podendo ser objeto de lesões, em decorrência de atos ilícitos.
A constatação da existência de um patrimônio moral e a necessidade de sua reparação, na
hipótese de dano, constitui marco importante no processo evolutivo das civilizações.
Outrossim, existem circunstâncias em que o ato lesivo afeta a personalidade do indivíduo,
sua honra, sua integridade psíquica, seu bem-estar íntimo, suas virtudes, enfim, causando-lhe mal-estar ou
uma indisposição de natureza espiritual.
Sendo assim, a reparação, em tais casos, reside no pagamento de uma soma pecuniária,
arbitrada pelo consenso do juiz, que possibilite ao lesado uma satisfação compensatória da sua dor íntima,
compensando os dissabores sofridos pela vítima, em virtude da ação ilícita do lesionador.
No caso em tela, a manutenção da notícia até a presente data nos sites dos Requeridos de
um fato que jamais aconteceu, mesmo após decisão judicial transitada em julgado dando-lhe como
inocente, fere brutalmente a honra e intimidade sócio-familiar do Requerente, causando-lhe danos
irreparáveis.
Verifica-se de plano que os Requeridos, por manterem em seus sites até a presente data a
vinculação da matéria, agiram, na pior das hipóteses, de forma negligente, arbitrária e imprudente, pois de
outra forma, assim como rapidamente divulgaram a notícia que condenou sumariamente o Requerente,
deveriam, no mínimo, ter agido com responsabilidade para tirá-la da internet após comprovada sua
inocência.
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Tais ação é caracterizada como ato ilícito, claramente prescrito e defeso nas normas acima
esculpidas, gerando, por conseguinte, a obrigação de indenizar aquele que sofreu as conseqüências e
seqüelas deles advindos.
Dessa forma, a indenização pecuniária em razão de dano moral e à imagem, apresenta-se
como um lenitivo que atenua, em parte, as conseqüências do prejuízo sofrido, superando o déficit
acarretado pelo dano.
Neste mesmo diapasão é o entedimento de nossos mais e. Tribunais pátrios, in verbis, Número do Processo: 2345710-31.2007.8.13.0105 - TJMG Relator: Des.(a) PEDRO BERNARDES Data do Julgamento: 29/06/2010 Data da Publicação: 19/07/2010 Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. MATÉRIA JORNALÍSTICA. DANO MORAL.
ABUSO DO DIREITO. CARACTERIZAÇÃO. DEVER DE INDENIZAR. QUANTUM INDENIZATÓRIO. - Embora seja livre a manifestação do pensamento, tal direito não é absoluto. Ao contrário, encontra rédeas tão necessárias para a consolidação do Estado Democrático de Direito, quanto ao direito à livre manifestação do pensamento. A imprensa possui o direito de emitir opiniões acerca de fatos que ocorrem na sociedade. O que não é admitido é a veiculação de informações falsas, deturpadas ou agressivas a determinadas pessoas. - A fixação do quantum indenizatório deve se dar com prudente arbítrio, para que não haja enriquecimento à custa do empobrecimento alheio, mas também para que o valor não seja irrisório.
Súmula: REJEITARAM PRELIMINARES E DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. (Grifos Nossos)
Assim, resta claro tanto a necessidade de exclusão das matérias jornalísticas
indevidamente publicadas e mantidas na internet quanto a obrigatoriedade das Requeridas em indenizar os
Requerentes pelos danos causados à sua imagem e honra.
3. DA CONCESSÃO DE LIMINAR
Vê-se que é plenamente possível a concessão de medida acautelatória no sentido de
determinar aos Requeridos que excluam imediatamente de seus sites a notícia que diz respeito ao ocorrido
com Requerente, o que evitará o agravamento de sua situação e possíveis prejuízos, principalmente no
momento atual em que busca emprego para a sua manutenção e da família.
A legislação pátria possibilita tal pretensão, tanto é que o Código de Processo Civil, em seu
Livro III, Título Único, Capítulo I, prevê, mormente em seus Art. 798, in verbis, Art. 798. Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo
II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação.
Os requisitos obrigatórios para a concessão da liminar estão notoriamente presentes, vez
que o periculum in mora se demonstra no fato de que se não concedida a medida acautelatória fará com
que os Requeridos perpetuem esta nefasta campanha de difamação ao Requerente, promovendo
impedimentos para o exercício das atividades laborais, assim viver julgamentos sociais arbitrários daqueles
que fazem ou não parte de seu cotidiano.
Já o fumus boni iuris se visualiza pelos princípios da dignidade da pessoa humana do
Requerente, bem como a proteção de sua imagem e honra, nos termos estabelecidos na CF/88.
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O contínuo e imensurável prejuízo trazido à boa imagem do Requerente enquanto
perdurarem a publicação das reportagens, viabiliza inclusive a cominação de multa diária aos Requeridos
para que os obriguem ao cumprimento da decisão de V. Exa., o que se requer na proporção de R$ 300,00
(trezentos reais).
Tal possibilidade se encontra expressa no Código de Processo Civil pátrio, mormente em
seu Art. 461, §§ 3.º e 4.º, Art. 461. Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o
juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.
(...) § 3o Sendo relevante o fundamento da demanda e havendo justificado receio de ineficácia do
provimento final, é lícito ao juiz conceder a tutela liminarmente ou mediante justificação prévia, citado o réu. A medida liminar poderá ser revogada ou modificada, a qualquer tempo, em decisão fundamentada.
§ 4o O juiz poderá, na hipótese do parágrafo anterior ou na sentença, impor multa diária ao réu, independentemente de pedido do autor, se for suficiente ou compatível com a obrigação, fixando-lhe prazo razoável para o cumprimento do preceito.
Desta forma, está demonstrada a possibilidade jurídica da pretensão do Requerente,
devendo ser aplicado tanto o Direito quanto a mais lídima e imperiosa Justiça ao caso concreto, dando ao
Requerente aquilo que é seu por direito.
DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS Desta feita, pelo acima exposto e por tudo mais que já se encontra devida e regularmente
acostado aos autos, vem o Requerente, desde já, PEDIR:
a) LIMINARMENTE, seja determinado aos Requeridos a imediata exclusão de seus sites
da notícia difamatória que diz respeito ao Requerente, fixando multa cominatória diária no importe de R$
300,00 (trezentos reais) em caso de descumprimento;
b) que seja, ao final, convertida a liminar em medida definitiva declarando indevida a
permanência da divulgação da notícia sobre o Requerente nos sites dos Requeridos, excluindo-se,
permanentemente, as matérias divulgadas nos sites informados;
c) sejam condenados os Requeridos, ao pagamento de indenização por danos morais ao
Requerente, na proporção de 40 (quarenta) salários mínimos como medida compensatória em razão da
não retirada da notícia de seus sites após o trânsito em julgado da decisão judicial que o inocentou;
d) a condenação dos Requeridos no pagamento das custas, taxas e emolumentos
processuais, bem como honorários advocatícios, na proporção de 20% sobre o valor da causa, e periciais,
caso hajam;
e) que sejam julgados procedentes todos pedidos acima formulados, resolvendo-se o
mérito, posteriormente, o feito com base no art. 269, inciso I do CPC.
Para tanto, REQUER que se digne V. Exa. a deferir e determinar:
a) a citação dos Requeridos, na pessoa de seus representantes legais, por meio de Carta
Citatória com Aviso de Recebimento, para todos os termos da presente ação, e, caso queira, apresentar
sua defesa no prazo legal, sob pena dos efeitos da confissão e revelia, bem como a sua intimação da
liminar concedida e para comperecer à Audiência de Conciliação a ser designada;
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Advogados Associados S/C - OAB/AC 159/2012ESC
Av. Ceará, 3.085 – Jardim Nazle – Rio Branco/AC – CEP: 69.907-000 – Telefax: (68) 3227-8720 E-MAIL [email protected]
MSN [email protected] / [email protected] - SKYPE alessandro.callil / l.carvalhoadv
b) a concessão, ao Requerente, dos benefícios da Gratuidade da Justiça, nos termos da Lei
n.º 1.060/50, eis que não tem condições de arcar com o pagamento das taxas, custas e emolumentos
processuais sem prejuízo de seu próprio sustento, bem como, daqueles que dele dependem;
c) a produção de todos os meios de prova em Direito admitidos, mormente, depoimento
pessoal dos Requeridos, oitiva de testemunhas e juntada de nova documentação que seja necessária à
instrução do feito, além de perícia, se necessária. Dá-se à causa o valor da causa R$ 24.880,00 (vinte e quatro mil oitocentos e oitenta reais) Nestes Termos, Pede Deferimento. Rio Branco/AC, quarta-feira, 2 de maio de 2012
Lucas Vieira Carvalho... Alessandro Callil de Castro... OAB/AC 3.456 OAB/AC 3.131
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