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Procedimento de Notificação e Designação de Organismos – RPC (Versão 1.0)
Procedimento de Notificação e
Designação de Organismos, no âmbito
do Regulamento (UE) n.º 305/2011,
relativo aos Produtos de Construção
Procedimento de Notificação e Designação de Organismos – RPC (Versão 1.0) Página 2 de 15
Índice
1 OBJETIVO .................................................................................................................................................................... 3
2 ÂMBITO ........................................................................................................................................................................ 3
3 REFERENCIAIS .......................................................................................................................................................... 3
3.1 REFERENCIAIS REGULAMENTARES E LEGISLATIVOS ..................................................................................................... 3
4 ACRÓNIMOS, TERMOS E DEFINIÇÕES ................................................................................................................ 4
4.1 ACRÓNIMOS .................................................................................................................................................................... 4
5 AUTORIDADE NOTIFICADORA............................................................................................................................... 4
5.1 CONTADO DA AUTORIDADE NOTIFICADORA .................................................................................................................. 4
6 TIPOS DE ORGANISMOS A NOTIFICAR E REFERENCIAIS NORMATIVOS ..................................................... 5
7 NOTIFICAÇÃO DE ORGANISMOS ........................................................................................................................... 5
7.1 REQUISITOS APLICÁVEIS AOS ORGANISMOS NOTIFICADOS .......................................................................................... 5
8 CANDIDATURA A ORGANISMO NOTIFICADO ...................................................................................................... 6
8.1 PEDIDO DE NOTIFICAÇÃO .............................................................................................................................................. 6 8.2 PEDIDO DE EXTENSÃO OU REDUÇÃO DA NOTIFICAÇÃO ................................................................................................ 6
9 INSTRUÇÃO DE PROCESSO DE NOTIFICAÇÃO ................................................................................................. 6
10 PROCEDIMENTO DE NOTIFICAÇÃO À COMISSÃO EUROPEIA ...................................................................... 7
10.1 NOTIFICAÇÃO HORIZONTAL ........................................................................................................................................ 7
11 EXERCÍCIO DE FUNÇÕES DE ORGANISMO NOTIFICADO .............................................................................. 7
12 DEVER DE INFORMAÇÃO DOS ORGANISMOS NOTIFICADOS ....................................................................... 8
12.1 COMUNICAÇÕES OBRIGATÓRIAS À AUTORIDADE NOTIFICADORA ............................................................................... 8
13 PONTO DE CONTACTO DE PRODUTO (PCP) ..................................................................................................... 8
14 DESIGNAÇÃO DE ORGANISMOS DE AVALIAÇÃO TÉCNICA (OAT) .............................................................. 8
ANEXO I ................................................................................................................................................................................. 9 ANEXO II .............................................................................................................................................................................. 10 ANEXO III ............................................................................................................................................................................. 14 ANEXO IV ............................................................................................................................................................................ 15
Procedimento de Notificação e Designação de Organismos – RPC (Versão 1.0) Página 3 de 15
1 Objetivo
O presente documento descreve os procedimentos e requisitos adotados para a notificação de organismos nacionais, autorizados a exercer a sua atividade, enquanto terceiros, no processo de avaliação e verificação da regularidade do desempenho dos produtos da construção e o subsequente acompanhamento e monitorização destes organismos, em conformidade com o Regulamento (UE) N.º 305/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de março de 2011, abreviadamente designado por RPC.
Este regulamento, diretamente aplicável em todos os Estados-membros da União Europeia, estabelece condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção, revoga a Diretiva 89/106/CEE do Conselho, de 21 de dezembro de 1988, adiante designado por Regulamento e entrou em plena aplicação, em 1 de julho de 2013.
2 Âmbito
A notificação e monitorização de Organismos nacionais de avaliação da conformidade, para exercerem a sua atividade, enquanto terceira parte, no âmbito da Regulamento (CE) 305/2011, deve seguir um procedimento uniforme, claro e transparente.
O procedimento estabelecido neste documento contempla os requisitos a considerar para aquelas entidades tendo em vista o seu reconhecimento e a sua designação como Organismos Notificados, à Comissão Europeia.
3 Referenciais
O presente procedimento contém referências, implícitas ou explícitas, a regulamentos europeus e a legislação nacional. Essas referências serão indicadas ao longo do texto, sendo as publicações enumeradas a seguir.
3.1 Referenciais regulamentares e legislativos
Regulamento (UE) n.º305/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de Março de 2011, que
estabelece condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção e que revoga
a Diretiva 89/106/CEE do Conselho, de 21 de dezembro de 1988
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2011:088:0005:0043:PT:PDF
Retificação do Regulamento (UE) n.º305/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de março
de 2011, que estabelece condições harmonizadas para a comercialização dos produtos de construção
e que revoga a Diretiva 89/106/CEE do Conselho
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2013:103:0010:0011:PT:PDF
Regulamento (CE) nº765/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de Julho de 2008, que
estabelece os requisitos de acreditação e fiscalização do mercado relativos à comercialização de
produtos e que revoga o Regulamento (CEE) nº 339/93.
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:218:0030:0047:pt:PDF
Decisão nº768/2008/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de Julho de 2008, relativa a um
quadro comum para a comercialização de produtos, e que revoga a Decisão 93/465/CEE, publicado no
JOUE L 218/82 de 2008.08.13.
http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=OJ:L:2008:218:0082:0128:pt:PDF
Decreto-Lei n.º23/2011, de 11 de fevereiro que visa assegurar a aplicação efetiva no ordenamento
jurídico nacional do disposto no Regulamento (CE) n.º 765/2008.
http://dre.pt/pdf1sdip/2011/02/03000/0074400746.pdf
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O Decreto-lei n.º130/2013, de 10 de setembro, que visa assegurar a execução na ordem jurídica
interna das obrigações decorrentes do Regulamento (UE) n.º 305/2011 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 9 de março de 2011, que estabelece condições harmonizadas para a comercialização
dos produtos de construção e que revoga a Diretiva 89/106/CEE do Conselho, de 21 de dezembro de
1988.
http://dre.pt/pdf1sdip/2013/09/17400/0566405668.pdf
4 Acrónimos, termos e definições
Um termo que esteja definido nesta cláusula e se encontre numa definição apresenta-se a negrito.
Para os objetivos deste procedimento especificação técnica, aplicam-se as definições seguintes.
4.1 Acrónimos
Sigla Definição
IPQ Instituto Português da Qualidade, I.P.
IPAC Instituto Português de Acreditação, I.P.
RPC Regulamento (UE) N.º 305/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de Março de 2011
SAVRD Sistemas de avaliação e verificação da regularidade do desempenho
DAE Documento de Avaliação Europeu
OAT Organismos de Avaliação Técnica
GONP Grupo de Organismos Notificados Portugueses
PCP Ponto de Contato de Produto
5 Autoridade Notificadora
A autoridade notificadora nacional designada nos termos do Decreto-lei n.º130/2013, de 10 de setembro, é o Instituto Português da Qualidade (IPQ, I.P.), instituto público sob a tutela do Ministério da Economia.
Compete ao IPQ, I. P., no quadro das suas competências enquanto autoridade notificadora:
a) A elaboração dos procedimentos para a notificação de organismos no âmbito do RPC. b) Notificar, à Comissão Europeia e aos restantes Estados-Membros, os organismos autorizados a
exercer as funções de avaliação e verificação da regularidade do desempenho, designados como organismos notificados (ON), e informar a Comissão de qualquer alteração nos domínios de notificação para qual se encontram autorizados.
c) Verificar a participação nacional nos trabalhos do grupo de organismos notificados, criado ao abrigo do artigo 55.º do RPC, no âmbito da sua função de controlo das atividades destes organismos.
d) Monitorizar e acompanhar os organismos notificados, no exercício da sua atividade.
5.1 Contato da Autoridade Notificadora
Instituto Português da Qualidade, IPQ, I.P.
Departamento de Assuntos Europeus e Sistema Português da Qualidade (DAESPQ),
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6 Tipos de Organismos a notificar e referenciais normativos
Em conformidade com o artigo 43.º e o Anexo V do RPC, os organismos envolvidos nas atividades de avaliação e verificação da regularidade do desempenho dos produtos de construção, podem ser de três tipos, de acordo com os respetivos referenciais normativos de acreditação conforme se indica a seguir:
a) Organismos de certificação de produtos;
b) Organismos de certificação do controlo da produção em fábrica;
c) Laboratório de ensaios.
Referenciais normativos de acreditação de acordo com o artigo 43.º e Anexo V do RPC
Cláusula do RPC SAVRD Organismo Norma de acreditação
Anexo V, 1.1 b) Sistema 1+
Certificação de produto
EN 45 011 ou ISO/IEC 17 0651
quando aplicável
Anexo V, 1.2 b) Sistema 1 EN 45 011 ou ISO/IEC 17 0651
quando aplicável
Anexo V, 1.3 b) Sistema 2+ EN 45 011 ou ISO/IEC 17 0651
quando aplicável
Anexo V, 1.4 b) Sistema 3 Laboratório de
ensaio ISO/ IEC 17 025
Os sistemas de avaliação e verificação da regularidade do desempenho (SAVRD), bem como as atividades a desenvolver pelos diferentes tipos de organismos, encontram-se descritos no Anexo V do RPC (Anexo I deste documento).
7 Notificação de organismos
Os organismos autorizados para procederem à avaliação e verificação da regularidade do desempenho, são designados por organismos notificados (ON).
7.1 Requisitos aplicáveis aos organismos notificados
Para efeitos de notificação, os organismos notificados devem cumprir os requisitos estabelecidos no artigo 43.º do RPC. Para autorização e notificação dos organismos, que atuem para todos os sistemas SAVRD dos produtos incluídos nas normas harmonizadas, é exigida a acreditação pelo Organismo Nacional de Acreditação, o IPAC - Instituto Português da Acreditação, I.P., com base no estabelecido no documento OEC014 (http://www.ipac.pt/docs/publicdocs/regras/OEC014.pdf).
1 A norma ISO/IEC 17065:2012 publicada em 2012-09-15, veio introduzir novos requisitos face à NP EN 45011:2011 e ao IAF GD 5:2006. A transição da acreditação para a nova versão da norma, será efetuada no prazo de 3 anos, com início na referida data (2012-09-15). O prazo de transição termina em 15-09-2015, data a partir da qual os certificados NP EN 45011:2011, perdem a validade.
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A acreditação pelo IPAC é efetuada com base na realização de uma avaliação do candidato face ao referencial normativo harmonizado aplicável, para garantir que este cumpre os requisitos do RPC e tem o necessário conhecimento do produto e a capacidade para desempenhar as atividades que se propõe.
O IPQ, enquanto autoridade notificadora nacional, poderá realizar outras verificações que entenda necessárias, relacionadas com os requisitos estabelecidos no artigo 43.º do RPC, que possam não estar cobertos pelo âmbito da acreditação do IPAC.
8 Candidatura a organismo notificado
Os organismos candidatos à notificação devem apresentar um pedido para o efeito, à autoridade notificadora, de acordo com o artigo 47.º de RPC, e nos termos do n.º 1 do artigo 7.º do Decreto-Lei n.º 130/2013, de 10 de Setembro.
8.1 Pedido de Notificação
A candidatura deve ser formalizada através de pedido de notificação, acompanhado da seguinte documentação:
a) Certificado de acreditação válido e respetivo anexo técnico, emitidos pelo IPAC, compreendendo o âmbito das atividades para as quais o organismo pretende ser notificado, atestando que cumpre os requisitos constantes do artigo 43.º do RPC;
b) Descrição das atividades a realizar e dos procedimentos técnicos de avaliação ou verificação, para os quais se considera competente e pretende ser notificado;
c) Lista dos auditores qualificados para a atividade; d) Declaração de compromisso de que assumem participar, diretamente ou através de representante
designado, nos trabalhos do grupo de organismos notificados, nos termos do n.º 11 do artigo 43.º do RPC;
e) Cópia da declaração do seguro de responsabilidade civil para o exercício da atividade de organismo notificado;
A documentação de candidatura que acompanha o pedido poderá ser entregue diretamente no IPQ ou enviada por correio eletrónico ou postal, e deve estar devidamente validada pelo representante legal do organismo candidato.
Os organismos notificados, ao abrigo da Diretiva 89/106/CEE, podem solicitar a respetiva notificação para o RPC, para os produtos e sistemas para os quais estavam anteriormente notificados, no âmbito da referida Diretiva.
8.2 Pedido de extensão ou redução da notificação
Os organismos notificados ao abrigo do RPC podem solicitar a extensão ou redução do âmbito da notificação.
O pedido deve ser formalizado ao IPQ, indicando tratar-se de extensão ou redução do âmbito da notificação. Este procedimento não é aplicável sempre que tenha ocorrido restrição ou suspensão de uma notificação anterior, ou caso o organismo notificado tenha cessado a sua atividade. Nestas situações, se o organismo pretender reiniciar a sua atividade, deverá apresentar novo pedido de notificação, acompanhado dos documentos indicados no ponto 8.1.
9 Instrução de processo de notificação
A autoridade notificadora verifica se o processo se encontra devidamente, nos termos definidos no ponto 8.1.
Caso esteja em falta algum documento, o IPQ contacta a entidade candidata e solicita a entrega dos mesmo.
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Em caso de ausência de resposta da entidade candidata, no prazo máximo de 3 meses, o IPQ procederá ao
encerramento e arquivo do respetivo processo.
Após completado o processo de candidatura à notificação, o organismo candidato é informado do estado do
pedido, num prazo máximo de 10 dias úteis, a contar da data da sua receção. Caso o organismo candidato não
reúna as condições necessárias à respetiva notificação, será informado em conformidade.
Havendo recurso por parte do organismo candidato, quanto à decisão de não notificação, compete ao
Presidente do Conselho Diretivo do IPQ, nomear uma Comissão de Recurso, a qual deverá dar resposta ao
organismo candidato, no prazo máximo de 60 dias.
10 Procedimento de notificação à Comissão Europeia
A notificação de organismos à Comissão Europeia segue o procedimento aplicável conforme definido no artigo 48.º e 49.º do RPC.
O IPQ, enquanto autoridade notificadora nacional, efetua a notificação dos organismos que cumprem os requisitos anteriormente indicados, nomeadamente, através do respetivo registo no sistema de notificação eletrónica (NANDO- input) da Comissão Europeia.
No caso dos organismos anteriormente notificados no âmbito da Diretiva 89/106/CEE, mantêm-se a numeração anteriormente atribuída.
A Comissão Europeia disponibiliza toda a informação, na base NANDO, no seguinte endereço eletrónico: http://ec.europa.eu/enterprise/newapproach/nando/
10.1 Notificação horizontal
A "notificação horizontal" é válida para qualquer norma harmonizada existente ou que venha que venha a existir, desde que inclua essa mesma característica (em particular para laboratórios de ensaio) não havendo necessidade de solicitar a notificação específica para a nova norma harmonizada (Anexo II, documento CPR 003/13, da Comissão Europeia).
Em conformidade com o parágrafo 2.º do nº 3 do artigo 48.º do RPC, não é exigida a referência a cada uma das especificações técnicas harmonizadas aplicáveis, para efeitos de notificação. Nestes casos, é verificada a acreditação para cada uma dessas características, abaixo indicadas, em particular no que respeita aos laboratórios de ensaio.
Caraterísticas indicadas no n.º 3 do anexo V do RPC:
- Reação ao fogo;
- Resistência ao fogo;
- Desempenho relativamente ao fogo no exterior;
- Absorção sonora;
- Emissões de substâncias perigosas;
11 Exercício de funções de Organismo notificado
Nos termos do n.º 5 do artigo 48.º do RPC, o Organismo Notificado poderá exercer as suas funções, enquanto tal se, no prazo de duas semanas, a contar da data de notificação e do registo na base NANDO, nem a Comissão Europeia, nem os Estados-Membros, levantarem objeções.
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12 Dever de informação dos organismos notificados
O dever de informação dos organismos notificados está referenciado, designadamente, no artigo º 53 do RPC, e n.º 2 do artigo 7.º do Decreto-lei n.º130/2013, de 10 de setembro.
12.1 Comunicações obrigatórias à autoridade notificadora
Os organismos notificados devem comunicar à autoridade notificadora as informações seguintes:
a) Cópia das eventuais alterações do certificado de acreditação e respetivo anexo técnico, no prazo de 10
dias a contar da data da alteração;
i. Todas as informações a que se encontram obrigados no exercício da sua atividade,
nomeadamente as previstas no n.º 1 do artigo 53.º do Regulamento, no prazo de 10 dias a
contar da data do facto:
ii. Qualquer recusa, restrição, suspensão ou retirada de certificados;
iii. Quaisquer circunstâncias que afetem o âmbito e as condições de notificação;
iv. Quaisquer pedidos de informação que tenham recebido das autoridades de fiscalização do
mercado sobre atividades de avaliação e/ou verificação da regularidade do desempenho;
v. Mediante pedido, indicação das tarefas executadas, enquanto terceiros, ao abrigo dos
sistemas de avaliação e verificação da regularidade do desempenho no âmbito da respetiva
notificação, e de quaisquer outras atividades realizadas, incluindo atividades transfronteiriças e
subcontratação.
b) Relatórios anuais descritivos da sua atividade enquanto ON, acompanhados de declaração de que se
mantem o cumprimento dos requisitos previstos no artigo 43.º do Regulamento;
c) Relatórios anuais descritivos da respetiva participação no grupo de organismos notificados (GONP).
13 Ponto de contacto de produto (PCP)
Nos termos do Decreto-Lei n.º 130/2013, de 10 de setembro, compete ao IPQ, assegurar a função de Ponto de Contacto para produtos do setor da construção, no âmbito do Regulamento (UE) N.º 305/2011 (legislação harmonizada), e prestar também as informações necessárias à aplicação do n.º 1 da Resolução do Conselho de Ministros n.º 44/2009, de 29 de maio, em matéria de aplicação de certas regras técnicas nacionais a produtos legalmente comercializados noutro Estado-Membro:
Instituto Português da Qualidade, IPQ, I.P.
Departamento de Assuntos Europeus e Sistema Português da Qualidade (DAESPQ),
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14 Designação de Organismos de Avaliação Técnica (OAT)
A designação dos OAT é efetuada com base nos critérios estabelecidos no Capitulo V e o Quadro 2 do Anexo IV do RPC (Anexo IV deste documento).
Em conformidade com o disposto no n.º 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei nº 130/2013, de 10 de setembro, compete ao Instituto Português da Qualidade (IPQ, I.P.), instituto público sob tutela do Ministério da Economia, a designação dos Organismos de Avaliação Técnica (OAT) no âmbito dos produtos de construção.
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Anexo I
Sistemas de avaliação e verificação da regularidade do desempenho (SAVRD)
(ANEXO V do Regulamento (CE) n.º 305/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de Março de 2011)
Sistema Tarefas do Organismo Notificado
1 Certificação de regularidade de desempenho do produto com base em:
determinação do produto-tipo com base nos ensaios de tipo (incluindo a amostragem), nos cálculos de tipo, nos valores tabelados ou em documentação descritiva do produto;
inspeção inicial da unidade fabril e do controlo da produção em fábrica;
acompanhamento, apreciação e avaliação contínuos do controlo da produção em fábrica.
1+ Certificação de regularidade de desempenho do produto com base em:
determinação do produto-tipo com base nos ensaios de tipo (incluindo a amostragem), nos cálculo de tipo, nos valores tabelados ou em documentação descritiva do produto;
inspeção inicial da unidade fabril e do controlo em fábrica;
acompanhamento, apreciação e validação contínuos do controlo da produção em fábrica;
ensaios aleatórios de amostras colhidas antes da colocação do produto no mercado.
2 + Certificação de conformidade do controlo da produção em fábrica com base em:
inspeção inicial da unidade e do controlo da produção em fábrica;
acompanhamento, apreciação e avaliação contínuos do controlo da produção em fábrica.
3 Determinação do produto-tipo com base nos ensaios de tipo (baseados na amostragem realizada pelo fabricante), nos cálculos do tipo, nos valores tabelados ou em documentação descritiva do produto.
4 Não requer intervenção de organismo notificado.
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Anexo II
EUROPEAN COMMISSION ENTERPRISE AND INDUSTRY DIRECTORATE-GENERAL Sustainable Growth and EU 2020 Sustainable Industrial Policy and Construction
CPR 003/13
THE HORIZONTAL DESIGNATION OF NOTIFIED BODIES IN THE FIELD OF THE CONSTRUCTION PRODUCTS
REGULATION (305/2011/EU)
Background
The CPR includes the concept of horizontal notification as follows:
Clause 3 of Annex V - ASSESSMENT AND VERIFICATION OF CONSTANCY OF
PERFORMANCE of the CPR.
"CASES OF ESSENTIAL CHARACTERISTICS WHERE REFERENCE TO A RELEVANT
HARMONISED TECHNICAL SPECIFICATION IS NOT REQUIRED
1. Reaction to fire.
2. Resistance to fire.
3. External fire performance.
4. Noise absorption.
5. Emissions of dangerous substances."
This means that a Notifying Authority may designate a body for one of more of the above essential
characteristics e.g. Reaction to Fire, Resistance to Fire, Emissions of dangerous substances, etc.
Notified Bodies would not therefore need to seek notification to each harmonized technical
specification.
How will it work?
In order for horizontal notification to have meaning there will need to be some principles for:
Notified Bodies to follow
National Accreditation Bodies to assess against
Notifying Authorities to validate the assessment report or recommendation and
Commission to check horizontal notifications.
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The issues raised below are a first attempt at rationalising the process for discussion:
1. Horizontal notification applies to Notified Bodies involved in horizontal activities
Evaluation of one or more of the five essential characteristics given in Annex V of the CPR is a
horizontal activity that cuts across many product standards/EADs.
If we take the case of reaction to fire as example, the bodies notified for this ess. characteristic must
have the ability to assess the performance of the product using their knowledge and experience of fire
testing and classification on the basis of European testing and classification methods.
If these processes are governed by EN standards, then it should be relatively easy:
for a National accreditation body to accredit the Notified Body against these standards,
for Notifying Authorities to check the Notified Body’s accreditation,
for Notifying authorities to check the compliance of the NB with requirements under Art
43 of the CPR.
2. Notification in NANDO-Input
The procedure proposed is very similar to the notification procedure already used for the harmonized
technical specifications:
a. Annex V – Horizontal notification, would be added to the CPR (Regulation (EU) No
305/2011) entry in NANDO.
b. The horizontal notifications for each of the five cases of essential characteristics defined
in Clause 3 of Annex V in CPR would be shown in a new schedule along the form (to be
developed) as shown in Annex I.
c. The relevant test methods for the different essential characteristics would be included in
the schedule (once identified and/or available)
d. If notification is not based on accreditation, the criteria listed in Annex 2 should –in
addition to the requirements set out in Art 43 of the CPR- be the basis for evaluation of
the candidate Horizontal Notified Body.
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Annex I – Draft Notification Schedule
Notification
Found : 1
Body : NAME OF NOTIFIED BODY Address Country : Phone : Fax : Email : Website : Notified Body number :
Version(s): 1
Last update : dd/mm/yyyy
Return to directive list
Legislation
Regulation (EU) No 305/2011 –Annex V, Horizontal notification
Last update : dd/mm/yyyy Version(s): 1
Essential characteristics Specifications
(the list is non exhaustive) Body function
Reaction to fire EN ISO 1182 EN ISO 1716
EN 13823 EN 9239
EN ISO 11925-2
Test
laboratory
Resistance to fire EN 1365-3 EN 1365-4 EN 1366-7 EN 1634-1 EN 1634-3 EN 13216
EN 13381-5 EN 13381-6 EN 13381-7 EN 13381-8 EN 13381-9
Test laboratory
External fire performance TS 1187
Test Laboratory
Noise absorption
Emission of dangerous substances
Annex II
Procedimento de Notificação e Designação de Organismos – RPC (Versão 1.0) Página 13 de 15
Criteria which should be taken into account in the procedure for designating Horizontal NBs
when a Member State has chosen not to require accreditation
For the purposes of horizontal notification, and in addition to requirements set out in Article 43 of the CPR a
notified body shall meet the requirements set out in paragraphs 1 to 15.
1. A notified body shall ensure the competence of all the staff operating specific equipment and performing
tests. The notified body shall have a policy and procedures for identifying training needs and providing
training personnel. The notified body shall maintain record of the relevant authorisations, competence,
educational and professional qualification including date of authorisation and/or competence confirmed.
2. The notified body shall ensure that monitor, control and record environmental conditions as required by
the relevant specification.
3. The notified body shall use appropriate methods and procedures for all tests within its scope.
4. The notified body shall have instruction on the use and operation of all relevant equipment, and on the
handling and preparation of items for testing
5. The notified body shall have up to date and available to personnel instructions, standard, manuals and
reference data relevant to the work of the laboratory.
6. The notified body shall use test methods including methods for sampling that meet the requirements of
the relevant specification.
7. The notified body shall have and shall apply procedures for estimating uncertainty of measurements. The
notified body shall have documented proofs of the evaluation of uncertainty
8. The notified body shall ensure that calculation and data transfer and software are checked in a systematic
manner.
9. The notified body shall be furnished with all items for sampling, measurement and testing equipment for
the correct performance of test.
10. The notified body shall ensure that equipment and software used for testing and calibration are capable
of achieving the accuracy required.
11. The notified body shall ensure that the equipment are operated by authorized personnel.
12. The notified body shall maintained record of records of each item of equipment: identity of item,
manufacturer’s name, compliance of the equipment with the specification, date and report of calibration
and date for the next calibration, maintenance plan and any damage and/or malfunction of the
equipment.
13. The notified body shall examine influence of faulty equipment on specified limits.
14. The notified body shall ensure that all equipment used for test and calibration having a significant effect
on the accuracy or validity of the test result are calibrated before being put into service. The notified
body shall have established programme and procedures for the calibration of equipment.
15. The notified body shall have quality control procedures for monitoring the validity of tests and
calibrations undertaken
Procedimento de Notificação e Designação de Organismos – RPC (Versão 1.0) Página 14 de 15
Anexo III
Quadro 1 — Gamas de produtos
(ANEXO IV do Regulamento (CE) n.º 305/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de Março de 2011)
CÓDIGO DA GAMA GAMA DE PRODUTOS
1 PRODUTOS PREFABRICADOS DE BETÃO NORMAL, BETÃO LEVE E BETÃO CELULAR AUTOCLAVADO
2 PORTAS, JANELAS, PORTADAS, PORTÕES E RESPECTIVAS FERRAGENS
3 MEMBRANAS, INCLUINDO NA FORMA LÍQUIDA, E KITS (PARA CONTROLO DA ÁGUA E/OU DO VAPOR DE ÁGUA)
4 PRODUTOS DE ISOLAMENTO TÉRMICO KITS/SISTEMAS DE ISOLAMENTO COMPÓSITOS
5 APARELHOS DE APOIO PERNOS PARA JUNTAS ESTRUTURAIS
6 CHAMINÉS, CONDUTAS DE EXAUSTÃO E PRODUTOS ESPECÍFICOS
7 PRODUTOS À BASE DE GESSO
8 GEOTÊXTEIS, GEOMEMBRANAS E PRODUTOS RELACIONADOS
90
FACHADAS – CORTINA/REVESTIMENTOS DESCONTÍNUOS DE FACHADA/SISTEMAS DE VIDROS EXTERIORES
COLADOS
10
EQUIPAMENTO FIXO DE COMBATE A INCÊNDIO (ALARME DE INCÊNDIO, DETECÇÃO DE INCÊNDIOS, SISTEMAS
FIXOS DE COMBATE A INCÊNDIOS, CONTROLO DE FUMO E INCÊNDIOS E PRODUTOS ANTIEXPLOSÃO)
11 APARELHOS SANITÁRIOS
12 DISPOSITIVOS DE CIRCULAÇÃO RODOVIÁRIA/EQUIPAMENTO RODOVIÁRIO
13 PRODUTOS E ELEMENTOS DE MADEIRA PARA ESTRUTURAS E PRODUTOS CONEXOS
14 PLACAS E ELEMENTOS DE DERIVADOS DE MADEIRA
15 CIMENTOS, CAIS DE CONSTRUÇÃO E OUTROS LIGANTES HIDRÁULICOS
16
ARMADURAS DE AÇO PARA BETÃO ARMADO E PRÉ-ESFORÇADO (E PRODUTOS CONEXOS) KITS/SISTEMAS DE PÓS-
TENSÃO PARA PRÉ-ESFORÇO DE ESTRUTURAS
17 ALVENARIA E PRODUTOS ASSOCIADOS BLOCOS DE ALVENARIA, ARGAMASSAS, PRODUTOS CONEXOS
18 SISTEMAS DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS
19 REVESTIMENTOS DE PISO
20 PRODUTOS METÁLICOS PARA ESTRUTURAS E PRODUTOS CONEXOS
21 ACABAMENTOS INTERIORES E EXTERIORES PARA PAREDES E TECTOS KITS PARA DIVISÓRIAS
22
REVESTIMENTOS DE COBERTURAS, CLARABÓIAS, JANELAS DE SÓTÃO E PRODUTOS CONEXOS KITS PARA
COBERTURAS
23 PRODUTOS DE CONSTRUÇÃO RODOVIÁRIA
24 AGREGADOS
25 COLAS PARA CONSTRUÇÃO
26 PRODUTOS RELATIVOS A BETÃO, ARGAMASSAS E CALDAS DE INJECÇÃO
27 APARELHOS PARA AQUECIMENTO AMBIENTE
28
TUBOS, RESERVATÓRIOS E ACESSÓRIOS NÃO DESTINADOS A ENTRAR EM CONTACTO COM ÁGUA PARA
CONSUMO HUMANO
29 PRODUTOS DE CONSTRUÇÃO DESTINADOS A ENTRAR EM CONTACTO COM: ÁGUA PARA CONSUMO HUMANO
30 PRODUTOS DE VIDRO PLANO, VIDRO PERFILADO E BLOCOS DE ALVENARIA DE VIDRO
31 CABOS ELÉCTRICOS, DE COMANDO E PARA COMUNICAÇÕES
32 VEDANTES PARA JUNTAS
33 FIXAÇÕES
34 KITS, UNIDADES MODULARES E ELEMENTOS PREFABRICADOS PARA CONSTRUÇÃO
35
PRODUTOS CORTA-FOGO, PRODUTOS DE VEDAÇÃO ANTIFOGO E PRODUTOS DE PROTECÇÃO CONTRA O FOGO
PRODUTOS IGNÍFUGOS
Procedimento de Notificação e Designação de Organismos – RPC (Versão 1.0) Página 15 de 15
Anexo IV
Quadro 2 — Requisitos aplicáveis aos OAT
(ANEXO IV do Regulamento (CE) n.º 305/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 9 de Março de 2011)
Competência Descrição da Competência Requisitos
1. Análise de
riscos
Identificar os possíveis riscos e benefícios decorrentes da
utilização de produtos de construção inovadores quando
não existe informação técnica estabelecida/consolidada
sobre o seu desempenho, uma vez instalados em obras de
construção.
2. Fixação de
critérios técnicos
Transformar o resultado da análise de risco em critérios
técnicos para avaliar o comportamento e o desempenho de
produtos de construção no tocante ao cumprimento das
regras nacionais aplicáveis; Facultar a informação técnica
necessária aos participantes no processo de construção
enquanto utilizadores potenciais de produtos de construção
(fabricantes, projectistas, empreiteiros, instaladores).
3. Fixação de
métodos de
avaliação
Conceber e validar métodos adequados (ensaios ou
cálculos) para avaliar o desempenho em função das
características essenciais dos produtos de construção, tendo
em conta o progresso técnico.
4. Determinação
do controlo de
produção em
fábrica
Compreender e avaliar o processo de fabrico do produto
específico para poder identificar as medidas mais
adequadas de maneira a garantir a regularidade do produto
ao longo de todo o processo de fabrico.
O pessoal dos OAT deve ter conhecimento adequado
da relação entre os processos de fabrico e as
características do produto relacionadas com o controlo
de produção em fábrica.
5. Avaliação do
produto
Avaliar o desempenho em função das características
essenciais dos produtos de construção com base em
métodos harmonizados de verificação do cumprimento de
critérios harmonizados.
Além dos requisitos constantes dos pontos 1, 2 e 3, os
OAT devem ter acesso aos meios e ao equipamento
necessários para avaliar o desempenho em função das
características essenciais dos produtos de construção
dentro da gama de produtos para os quais forem
designados.
6. Gestão geral Garantir a coerência, a fiabilidade, a objectividade e a
rastreabilidade através da aplicação regular de métodos de
gestão adequados.
Os OAT devem:
a) Comprovadamente, respeitar as boas práticas
administrativas;
b) Seguir uma política e os correspondentes
procedimentos de garantia de confidencialidade das
informações sensíveis que detenham, juntamente com
todos os seus parceiros;
c) Ser dotados de um sistema de controlo documental
para garantir o registo, a rastreabilidade, a manutenção
e o arquivo de todos os documentos relevantes;
d) Aplicar um mecanismo de auditoria interna e de
fiscalização da gestão para garantir o controlo regular
do cumprimento dos métodos de gestão adequados;
e) Tratar objectivamente recursos e reclamações.
Os OAT devem estar constituídos nos termos do direito
nacional e ser dotados de personalidade jurídica. Os
OAT devem ser independentes das partes envolvidas e
dos interesses particulares em jogo. Além disso, o
pessoal dos OAT deve ser dotado de:
a) Objectividade e sólida capacidade de julgamento
técnico;
b) Conhecimentos pormenorizados das disposições
normativas e outros requisitos em vigor no Estado-
Membro em que o OAT é designado, no tocante às
gamas de produtos o para os quais o OAT for
designado;
c) Compreensão generalizada das práticas de
construção e conhecimentos técnicos aprofundados
sobre as gamas de produtos para os quais o OAT for
designado;
d) Conhecimento aprofundado dos riscos específicos
envolvidos e dos aspectos técnicos do processo de
construção;
e) Conhecimento aprofundado das normas
harmonizadas existentes e dos métodos de ensaio no
tocante às gamas de produtos para os quais o OAT for
designado;
f) Competências linguísticas adequadas.
A remuneração do pessoal dos OAT não deve depender
do número de avaliações realizadas nem do resultado
das mesmas.