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Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica 2011/2012 1 Educação Física FADEU P MODELO DE ESTRUTURA DE CONHECIMENTO – GINÁSTICA Escola Secundária Clara de Resende 2º Ciclo – Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Mariana Oliveira| Mestre Mª José Cardoso | Mestre

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Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

2011/2012

1Educação Física

FADEUP

MODELO DE ESTRUTURA DE CONHECIMENTO – GINÁSTICA

Escola Secundária Clara de Resende

2º Ciclo – Ensino da Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário

Mariana Oliveira| Mestre Mª José Cardoso | Mestre Mariana Cunha

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

ÍndiceGinástica Desportiva.....................................................................................5

Ginástica Não Desportiva.............................................................................5

História da Modalidade....................................................................................6

Regras.............................................................................................................7

Regras.............................................................................................................8

Segurança........................................................................................................9

Segurança......................................................................................................10

Fisiologia do Treino........................................................................................11

Habilidades Motoras......................................................................................12

Conteúdos Técnicos - Ginástica de Solo..........................................................13

Rolamento à frente engrupado......................................................................13

Rolamento à frente com os mi afastados.......................................................15

Rolamento à retaguarda engrupado..............................................................17

Rolamento à retaguarda com os mi afastados...............................................18

Apoio facial invertido......................................................................................20

Roda..............................................................................................................21

Ponte..............................................................................................................22

Avião..............................................................................................................23

Conteúdos Técnicos - Ginástica de Aparelhos.................................................24

Conceitos Psico - Sociais...............................................................................25

Módulo II – Análise do Envolvimento................................................................26

Recursos Humanos........................................................................................26

Recurso Espaciais.........................................................................................26

Recursos Materiais........................................................................................27

Recursos Temporais......................................................................................27

2Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Segurança......................................................................................................27

Módulo III – Análise dos Alunos........................................................................28

Justificação da Unidade Temática.................................................................35

Módulo V – Definição dos Objetivos..................................................................38

Cultura Desportiva...................................................................................39

Habilidades Motoras................................................................................40

Fisiologia do Treino.................................................................................42

Conceitos Psicossociais..........................................................................42

Módulo VI – Configuração da Avaliação...........................................................44

Avaliação Inicial.............................................................................................44

Avaliação Formativa.......................................................................................44

Avaliação Sumativa/Final...............................................................................45

Módulo VII – Progressões de Ensino/Situações de Aprendizagem..................45

Módulo VIIII – Aplicações Reais........................................................................54

3Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Introdução

O presente documento foi realizado no âmbito do Estágio Profissional,

inserido no 2º Ano do 2º Ciclo de Estudos em Ensino da Educação Física nos

Ensinos Básico e Secundário.

Atendendo à coerência e sequencialidade do Modelo de Estrutura do

Conhecimento, neste módulo, centro-me numa estrutura sustentada na

transdisciplinaridade, pois há uma necessidade imensa de se recorrer aos

diferentes conhecimentos das áreas relacionadas com as ciências do desporto,

pretendendo-se com as mesmas o reunir de informação imprescindível

referente à modalidade abordada, neste caso a Ginástica.

Tem por base o Modelo de Estrutura de Conhecimentos (MEC) proposto

por J. Vickers (1989). Este modelo advém no sentido de permitir um ensino

eficaz, onde a ação de qualquer professor de Educação Física,

independentemente da modalidade que vai abordar, deve ser não só refletida

mas também orientada. Esta estrutura divide-se em três grandes fases: fase de

análise, fase das decisões e fase de aplicação.

Relativamente à fase de análise, é desenvolvido um organograma da

estrutura de conhecimentos da modalidade. Ainda nesta fase, procura-se um

conhecimento das infra - estruturas e recursos materiais disponíveis para as

aulas de Ginástica, bem como o nível de prestação inicial dos alunos referente

à modalidade em questão.

Esta última análise reveste-se de particular interesse, já que irá ser a partir

desta que será elaborado o plano da unidade didática.

Segue-se a fase das decisões, em que se determina a extensão e a

sequência da matéria (conteúdos a lecionar e seu encadeamento), definem-se

os objetivos, configura-se a avaliação a utilizar (inicial e sumativa) e criam-se

as progressões de ensino.

No final de todo este processo, surge a fase de aplicação, que corresponde

à planificação das aulas, bem como a todos os registos/documentos utilizados.

4Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Módulo I – Caracterização da Modalidade

A Ginástica é uma modalidade pluridisciplinar, com grande variedade de

situações e de formas. Os seus exercícios contêm características essenciais da

cultura física, contribuindo para a educação, e formação corporal, mental

multilateral e não substituível por outras modalidades.

É composta por várias disciplinas gímnicas com modalidades que vão desde

as desportivas (competição) às não desportivas (recreação e lazer).

Ginástica Desportiva Artística;

Acrobática;

Rítmica;

Tumbling;

Trampolins;

Aeróbica.

Ginástica Não Desportiva Manutenção;

Recuperação;

Recreação;

Hidroginástica;

Grávidas / Bebés.

Todas as atividades organizadas, independentemente do âmbito, que

pretendam enveredar pela vertente competitiva necessitam possuir

regulamentos e objetivos de avaliação, conseguindo assim diferenciar-se

distintos níveis de desempenho dos intervenientes.

5Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

6Educação Física

História da Modalidade Regras

Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva

Estrutura de Conhecimento - Ginástica

A Ginástica surge na Grécia Antiga como uma forma de prática de exercício físico para fins militares. Os jovens e adolescentes praticavam esta atividade sem

roupa, e, assim, a palavra grega gumnus (nu) formou a raiz para todos os aspetos relacionados com este tipo de atividade. O “Ginásio” era um recinto ao ar livre

onde os praticantes treinavam. Com a queda da civilização grega, e mais tarde da civilização romana, a Europa caiu na idade das trevas e por conseguinte muito

pouco se soube da ginástica. Foi apenas com a chegada do período da renascença que houve uma tentativa de utilizar a ginástica J. F. C. Guts Muths, que

estudou o uso que os gregos faziam dos seus exercícios físicos e usou-os para formular uma base para Educação Física. Um alemão, J.F. Jahn e um sueco, P. H.

Ling, continuaram o seu trabalho durante os princípios do século XIX, e determinaram uma rutura definitiva dos conceitos de ginástica. Jahn desenvolveu o desporto

ginástica (Ginástica alemã) enquanto Ling desenvolveu um sistema de educação do movimento através da ginástica (Ginástica sueca).

Algumas datas importantes 1832 – Fundação da primeira Federação de Ginástica, na Suiça; 1881 Surge a Federação Europeia de Ginástica que mais tarde

passa a designar-se por Federação Internacional de Ginástica (FIG) 1903 primeiro Torneio Internacional, em Invers, passando em 1934 a designar-se por

Campeonato do Mundo; 1950 surgiu a Federação Portuguesa de Ginástica, que com o passar dos anos se dividiu em duas Federações distintas: Federação

Portuguesa de Ginástica (FPG) e Federação Portuguesa de Trampolins e Desportos Acrobáticos (FPTDA).

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

7Educação Física

História da Modalidade Regras

Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva

Estrutura de Conhecimento - Ginástica

O código de pontuação é o documento orientador de uma aferição de critérios de avaliação

de forma a permitir:

Obter um julgamento objetivo e uniforme dos esquemas apresentados pelos atletas;

A melhoria do nível de conhecimentos do júri na sua globalidade, de uma forma padronizada e

sistematizada.

Em função da identidade organizadora, podem diferenciar-se tipos de competição distintos,

nomeadamente:

Competições organizadas pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) – de âmbito mundial

– exemplo: Jogos Olímpicos e Campeonatos do Mundo;

Competições organizadas pela Uniões Continentais – de âmbito continental – exemplo:

Campeonatos da Europa, Campeonatos Americanos, etc.;

Campeonatos organizados por outras entidades, nomeadamente, federações, associações e

clubes – de âmbito diverso.

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

8Educação Física

Número de Ginasta Duração da Prova

A competição pode realizar-se individualmente e/ou por equipas.

O número de elementos que constituem a equipa varia de acordo com a competição. No

Campeonato da Europa, a equipa pode ser constituída entre 3 a 5 ginastas, mas só 3 é que

pontuam para a equipa. No Campeonato do Mundo, a equipa pode ser constituída entre 4 a 6

ginastas, mas só 4 é que pontuam para a equipa.

O tempo de cada exercício, varia de acordo com o aparelho em questão. No

solo masculino, o exercício deve ter uma duração máxima de 70 segundos.

No solo feminino e na trave, o exercício deve ter uma duração máxima de 90

segundos.

A duração da prova varia de acordo com o número total de ginastas e com

as características da competição.

Todas as competições de âmbito oficial obrigam à execução de esquemas facultativos. As

provas de carácter não oficial permitem a execução tanto de esquemas facultativos como

obrigatórios em função do respetivo programa.

A constituição de cada um dos júris que passamos a apresentar refere-se, exclusivamente ao

que é exigido pela FIG para as competições que organiza. Esta constituição serve de base a

todas as formas competitivas e é adaptada em função das necessidades, sem nunca pôr em

causa no entanto, a seriedade do acontecimento e os indispensáveis padrões uniformes de

avaliação.

“Júri A”: responsável pelo registo e determinação do valor máximo do

conteúdo do exercício.

“Júri B”: responsável pela avaliação da técnica e atitude durante o

exercício.

História da Modalidade Regras

Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva

Estrutura de Conhecimento - Ginástica

Um membro do conselho técnico que desempenha a função de

presidente do júri.

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Vigilância Equipamento Gímnico Adequado Transporte, Montagem e Utilização dos Aparelhos

Nunca deixar os alunos realizar tarefas sem orientação nem vigilância;

Verificar o estado da sala e do material; Dar indicações referentes às questões de segurança e

ajuda; Escolher um local no ginásio que assegure uma visão

geral sobre todos os alunos; Nunca abandonar a sala durante a aula.

O correto equipamento gímnico constitui-se como fundamental para o bom desempenho e para a prevenção de acidentes uma vez que deve permitir, por um lado, a necessária liberdade de movimentos e, por outro, que eles se realizem em boas condições de segurança. Cintos, roupas apertadas, calçado inadequado ou adornos (anéis, brincos, relógios, pulseiras, etc.) devem ser evitados já que prejudicam a participação e são perigosos não só para o aluno como para os colegas. Tal como em qualquer outra modalidade lecionada, é exigido ao aluno que se apresente devidamente equipado, com calções/calças de fato-de-treino, T-shirt/Sweat-shirt, sapatilhas e meias. Os alunos devem estar ainda sensíveis e recetivos à adoção de uma postura e relação com o material e equipamento em conformidade com o rigor da “cultura gímnica”. Por isso deve-se exigir que coloquem sempre a t-shirt por dentro dos calções ou calças de fato de treino, e conservem presos os cabelos longos.

Pelas suas dimensões e características, os aparelhos devem ser transportados, montados e usados com cuidado, de forma a preservá-los e a evitar acidentes: deverão ser criadas rotinas de organização e grupos de trabalho, incluindo alunos dispensados de forma a rentabilizar o tempo de aula e responsabilizar os alunos na sua manipulação. O professor deverá dar instruções sobre a forma correta de transporte, montagem e uso de cada um.

Estado das Instalações e do MaterialA sala deve estar em condições perfeitas no que se refere a limpeza, arejamento, espaço, luz, arrumação, etc. Após a aula, a sala deverá ser deixado tal como foi encontrado: limpo e arrumado. Os aparelhos deverão regressar aos seus lugares, uma vez que aparelhos por desmontar ou por arrumar poderão constituir uma fonte de perigo.

9Educação Física

SegurançaHistória da Modalidade Regras

Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva

Estrutura de Conhecimento - Ginástica

O professor tem a importante tarefa de cuidar da segurança, chamando a atenção dos alunos para os perigos de uma prática desordenada e de execuções imprudentes, sem

diretivas precisas e fora do seu controlo.

O conceito de prevenção de acidentes engloba a totalidade das medidas necessárias para evitar acidentes no ginásio, nomeadamente:

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

10Educação Física

Estrutura de Conhecimento - Ginástica

Habilidades MotorasFisiologia do Treino Conceitos Psico - SociaisCultura Desportiva

SegurançaHistória da Modalidade Regras

Recorrer à ajuda na realização dos exercícios:

O professor não pode por si só assegurar a função de ajudante com grupos numerosos de alunos. Assim, torna-se necessário que estes participem nesta importante tarefa.

Ao ensinar a técnica das ajudas o professor leva os alunos a refletir sobre as questões da sua eficácia, contribuindo deste modo para um melhor conhecimento dos objetivo a atingir para realizar corretamente o exercício.

Ajudar um executante é intervir no decurso da execução do exercício para lhe facilitar a realização (fixando uma articulação, acentuando ou prolongando uma repulsão, por exemplo).

Os ajudantes devem:

Estar conscientes do seu papel (dar confiança ao executante) e da sua responsabilidade;

Saber perfeitamente o que é preciso fazer, como fazer e em que momento fazer;

Não se distrair da sua tarefa.

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11Educação Física

Estrutura de Conhecimento - Ginástica

Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Habilidades Motoras Conceitos Psico-Sociais

Ativação Geral Condição Física

Diferenciação Cinestésica

Ritmo

Equilíbrio

Força

Resistência

Capacidades Capacidades Condicionais

Retorno à Calma

Flexibilidade

Velocidade

Orientação Espacial

O exercício físico cria novas adaptações e novas capacidades para suportar uma

dada carga de esforço, assim como a capacidade de produção e obtenção de

energia. Para isso são solicitados conjuntos de mecanismos, estruturas e

sistemas que se adaptam determinando certos efeitos nos mesmos, no sentido

da promoção da condição física. Devem então ser criados exercícios que

promovam o desenvolvimento das capacidades coordenativas e condicionais

relevantes à modalidade em questão, nomeadamente a Ginástica.

Depois do esforço realizado, surge a

necessidade de recompensar a

“agressão” produzida, pelo que é

necessário ter um momento de

relaxamento, recorrendo ao alongamento

das principais estruturas articulares, dos

grupos musculares solicitados durante a

aula. No entanto, consoante a

intensidade da mesma, dá-se maior ou

menor relevância.

É ainda conveniente realizar uma breve

conversa sobre a aula, de modo a

reforçar os conteúdos abordados,

corrigindo erros e as dúvidas que

possam surgir.

Como parte essencial e com uma

importância fulcral, o aquecimento tem que

ser vigoroso e contemplar uma mobilização

geral, onde é realizado o aquecimento geral

das principais articulações, e específico

através de exercícios específicos de

flexibilidade que permitem desenvolver uma

maior amplitude das articulações e com

bola, para criar uma predisposição motora

mais específica para a modalidade.

Todo o aquecimento deve ser adaptado aos

conteúdos e exigências dos exercícios

realizados durante a aula.

A principal importância do aquecimento

reside no facto de ser o primeiro meio de

prevenção de lesões no decorrer da aula.

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

12Educação Física

Estrutura de Conhecimento – Ginástica

Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Habilidades Motoras Conceitos Psico - Sociais

Conteúdos Técnicos

Ginástica de Solo:

Rolamento à frente engrupado; Rolamento à frente com os MI afastados; Rolamento à retaguarda engrupado; Rolamento à retaguarda com os MI afastados; Pirueta; Avião. Apoio facial invertido; Roda; Ponte

Ginástica de aparelhos:

Salto entre-mãos em plinto transversal

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

C onteúdos Técnicos - Ginástica de Solo

Rolamento à frente

engrupado

13Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Determinantes técnicas

Posiçã

o de

sentido

com os

braços

em

elevaç

ão

anterio

r;

Flexão

das

pernas

e fecho

do

tronco;

Coloca

ção

das

mãos à

largura

dos

ombro

s com

os

dedos

orienta

dos

para a

frente;

Braços

em

extens

14Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

ão;

Elevaç

ão da

bacia

acima

dos

ombro

s;

Impuls

ão das

pernas

;

Flexão

dos

braços;

Coloca

ção da

nuca

no

solo;

Enrola

mento

progre

ssivo

sobre

a

coluna

mante

ndo o

corpo

engrup

ado;

Contac

15Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

to da

bacia

com o

solo e

coloca

ção

dos

pés

junto à

bacia;

Projeç

ão dos

braços

para a

frente

com

elevaç

ão

anterio

r;

Termin

ar em

posiçã

o de

sentido

.

Erros Fre

Iniciar

o

movim

ento

com as

pernas

afastad

16Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

quentes

as e/ou

os

braços

ao

longo

do

corpo;

Incorre

ção na

coloca

ção

das

mãos

(dema

siado

afasta-

das,

dedos

mal

orienta

dos ou

mãos

coloca

das

muito

perto

dos

pés);

Braços

fletidos

e

cotovel

os

17Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

muito

afastad

os;

Peque

na

elevaç

ão da

bacia;

Fraca

impuls

ão de

pernas

(extens

ão

incomp

leta);

Contac

to com

a parte

superio

r da

cabeça

no

solo;

Abertur

a do

ângulo

tronco/

coxa;

Coloca

ção

dos

pés

18Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

afastad

os da

bacia;

Utilizaç

ão das

mãos

para

elevaç

ão por

insufici

ente

velocid

ade de

rota-

ção;

Não

projeçã

o dos

braços

para a

frente;

Pés e

joelhos

afas-

tados;

Extens

ão

incom-

pleta

do

corpo;

Braços

ao

19Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

longo

do

corpo.

A

j

u

d

a

Mão

perto

da

nuca, a

outra

na

parte

posteri

or da

coxa.

Objetivo:

Realizaçã

o global

do gesto,

facilitando

a

colocação

da nuca e

o

enrolamen

to

progressiv

o sobre a

coluna

vertebral.

20Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Execut

ante

procur

a dar

as

mãos

ao

ajudant

e e

este

puxa-o

para a

frente.

Objetivo:

Ajudar o

aluno a

levantar-

se na

parte final

do

rolamento.

21Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Rolamento à frente com os mi afastados

Determinantes técnicas

Posição de sentido com braços em elevação superior;

Flexão das pernas e fecho do tronco;

Colocação das mãos à largura dos ombros e com dedos

orientados para a frente;

Braços em extensão;

Elevação da bacia acima dos ombros;

Impulsão de pernas;

Flexão de braços;

Colocação da nuca no solo;

Enrolamento progressivo sobre a coluna vertebral;

Afastamento com extensão das pernas após a bacia passar

a vertical dos ombros;

Colocação das mãos entre as coxas e junto da bacia com os

dedos orientados para a frente;

Empurrar o solo com as mãos;

Manter fechado o ângulo tronco/pernas;

Abertura do ângulo tronco/pernas quando a bacia se

aproxima da vertical;

Terminar com as pernas afastadas e em extensão e com os

braços em elevação superior.

Erros Frequentes

Iniciar o movimento com as pernas afastadas e/ou os braços

ao longo do corpo;

Incorreção na colocação das mãos (demasiado afastadas,

dedos mal orientados ou mãos colocadas muito perto dos

pés);

22Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Braços fletidos e cotovelos muito afastados;

Afastamento das pernas em tempo incorreto (demasiado cedo

ou tarde);

Fraca impulsão de pernas;

Contacto com a parte superior da cabeça no solo;

Colocação das mãos afastadas da bacia e dedos mal

orientados (travando o movimento);

Pernas insuficientemente afastadas e fletidas;

Abertura do ângulo tronco/pernas em tempo incorreto

(demasiado cedo ou tarde), provocando desequilíbrio à

retaguarda ou à frente.

Ajuda

Mãos no ombro do executante - puxá-lo para a frente.

Objetivos: Ajudar o aluno a levantar-se na parte final do

movimento.

Mãos na parte posterior das coxas junto da bacia ou nas ancas

(cintura). Empurrar o aluno para cima e para a frente.

Objetivos: Facilitar a elevação do aluno na parte final do

movimento

Rolamento à retaguarda engrupado

23Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Determinantes técnicas

Posição de sentido com os braços em elevação anterior;

Costas das mãos nas omoplatas, com as palmas das mãos

viradas para cima mantendo os cotovelos à largura dos

ombros;

Apoio das mãos no solo, colocadas à largura dos ombros;

Palmas das mãos bem apoiadas e dedos bem afastados;

Flexão da cabeça sobre o peito;

Desequilíbrio à retaguarda mantendo os membros inferiores

junto ao peito;

Manutenção da posição engrupada até ao final do exercício;

Apoio dos pés no solo e elevação dos membros superiores;

Abertura do ângulo tronco/pernas;

Pernas em extensão;

Braços em elevação superior no prolongamento do tronco.

Erros Frequentes

Iniciar o movimento com o corpo semi-fletido;

Pernas afastadas;

Deficiente colocação das mãos ao lado da cabeça;

Apoio da bacia longe dos pés;

Joelhos demasiado afastados do peito;

Flexão incompleta da coluna cervical;

Deficiente colocação das mãos no solo;

Fraca repulsão de braços;

Cotovelos demasiado afastados;

Rodar a cabeça para o lado;

Apoio dos joelhos no solo;

Braços ao longo do corpo;

Pernas fletidas na posição final.

Ajuda

A mão mais próxima na bacia e a outra no ombro - devem

exercer uma ação na vertical no sentido baixo – cima.

Objetivos: Realização global do movimento facilitando o

enrolamento sobre a coluna e a repulsão de braços.

24Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Rolamento à retaguarda com os mi afastados

Determinantes técnicas

Posição de sentido com os braços em elevação superior;

Flexão das pernas e fecho do tronco sobre as pernas;

Colocação das mãos ao lado da cabeça com os dedos

orientados para baixo;

Desequilíbrio do corpo à retaguarda;

Colocação da bacia junto aos pés;

Colocação do queixo junto ao peito (flexão da cabeça);

Colocação das palmas das mãos no solo, ao lado da cabeça

com os dedos orientados para trás;

Afastamento das pernas à passagem da bacia pela vertical

que passa pelos ombros;

Apoio dos pés no solo com as pernas afastadas em extensão;

Repulsão dos braços.

Pernas afastadas e em extensão;

Braços no prolongamento do tronco.

Erros Frequentes

Iniciar o movimento com o corpo semi-fletido;

Pernas afastadas;

Deficiente colocação das mãos ao lado da cabeça;

Apoio da bacia longe dos pés;

Joelhos demasiado afastados do peito.

Flexão incompleta da coluna cervical;

Afastamento das pernas demasiado cedo ou tarde;

Deficiente colocação das mãos no solo;

Pernas pouco afastadas e fletidas;

Fraca repulsão dos braços;

25Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Cotovelos demasiado afastados.

Corpo semi-flectido;

Braços ao longo do corpo;

Pernas fletidas.

Ajuda

A mão mais próxima na bacia e a outra no ombro – devem

exercer uma ação na vertical no sentido baixo cima

Objetivos: Realização global do movimento facilitando o

enrolamento sobre a coluna e a repulsão de braços.

Apoio facial invertido

Determinantes técnicas

Pernas fletidas com os braços em elevação superior;

Avançar um pé;

Balanço da perna de trás em extensão e no prolongamento

26Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

do tronco;

Colocação das mãos no solo à largura dos ombros e longe

do pé da frente;

Impulsão da perna da frente;

Alinhamento na vertical dos segmentos corporais (braços,

tronco e pernas) em extensão completa;

Cabeça entre os braços com o olhar dirigido para as mãos;

Impulsão de braços;

Manutenção da posição durante alguns segundos.

Erros Frequentes

Braços não colocados no prolongamento do tronco;

Braços não colocados no prolongamento do tronco;

Perna de balanço fletida;

Colocação das mãos perto do pé da frente;

Mãos demasiado afastadas e dedos mal orientados;

Fraca impulsão da perna de chamada;

Ombros avançados;

Não alinhamento, na vertical, dos segmentos corporais;

Pernas e pés fletidos;

Tronco selado;

Não impulsão de braços;

Desequilíbrio.

Ajuda

Mãos na coxa da perna de balanço do executante, elevar

esta até à vertical.

Objetivos: Facilitar a elevação das pernas à vertical.

Mãos nas ancas do executante e um joelho ao nível dos

ombros. Exercer uma força de baixo para cima

Objetivos: Facilitar o alinhamento na vertical dos segmentos corporais

Evitar que o executante avance os ombros

27Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Roda

Determinantes técnicas

Posição de sentido com os braços em elevação superior no

prolongamento do corpo;

Avanço de uma perna;

Balanço energético da perna de trás em extensão;

Apoio alternado de mãos na linha dos pés e à largura dos

ombros;

Impulsão da perna de chamada (da frente);

Braços e tronco alinhados na vertical dos apoios;

Pernas afastadas ao máximo e em extensão completa;

Impulsão de braços;

Apoio alternado de pés na linha do movimento;

Pernas afastadas e em extensão;

Braços em elevação superior.

Erros Frequentes

Corpo semi fletido;

Braços ao longo do corpo ou em elevação anterior;

Fraca ação da perna de balanço;

Não colocação das mãos na linha do movimento;

Fraca impulsão da perna de chamada;

Mãos colocadas na mesma linha mas colocação incorreta

dos dedos;

Braços e tronco não alinhados na vertical dos apoios;

Pernas fletidas;

Não colocação dos pés na linha do movimento;

Fraca impulsão de braços;

Pernas juntas;

Braços ao longo do corpo.

Ajuda A mão mais próxima do executante coloca-se no lado da

anca mais próximo e outra vai apoiar, posteriormente, o outro 28

Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

lado da anca, quando é atingida a vertical

dos apoios.

Objetivo: alinhar o tronco e os braços na

vertical dos apoios. Aumentar a velocidade de rotação do

executante. Facilitar a ação das pernas e a impulsão de braços.

Ponte

Determinantes técnicas

Posição de deitado com as pernas e braços fletidos, planta

dos pés e as palmas das mãos assentes no solo. Mãos

debaixo dos ombros com os dedos virados para trás;

Pés o mais próximo possível das nádegas;

Extensão completa dos braços acompanhada da extensão

das pernas para cima e para trás;

Coluna vertebral fletida;

Braços verticais ao solo;

Pernas unidas e estendidas;

Queixo afastado do peito, com o olhar dirigido para as

mãos.

Erros Frequentes

Pés muito afastados das nádegas;

Braços e pernas fletidos por falta de flexibilidade e força;

Queixo junto ao peito.

Ajuda

Mãos nos ombros do executante,

“puxando” os mesmos para cima e

para trás. O executante pode colocar

as mãos nos tornozelos do ajudante.

Objetivo: facilitar a extensão completa dos braços e a

colocação dos mesmos na vertical.

29Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Avião

Determinantes técnicas

Apoio num só pé (toda a planta do pé);

Braços em elevação superior ou lateral (ajudam na

manutenção do equilíbrio);

Forte contração da região posterior do tronco;

Elevação da perna livre, tendo como ponto de rotação a

articulação da bacia;

Inclinação do tronco à frente até ficar paralelo ao solo ou

acima da horizontal;

Perna livre em extensão paralela ao solo ou acima da

horizontal;

Perna livre em extensão paralela ao solo.

Erros Frequentes

Pés muito afastados das nádegas;

Braços e pernas fletidos por falta de flexibilidade e força;

Queixo junto ao peito.

Ajuda

Mãos nos ombros do executante, “puxando” os mesmos para

cima e para trás. O executante pode

colocar as mãos nos tornozelos do

ajudante.

Objetivo: facilitar a extensão completa dos braços e a

colocação dos mesmos na vertical.

Conteúdos Técnicos - Ginástica de Aparelhos

Salto entre-mãos em plinto transversal

Determinantes Técnicas

Corrida a velocidade acelerada;

30Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Forte e rápida impulsão no momento da chamada;

Elevação da bacia;

Membros superiores em contacto com o plinto o mais à frente possível;

Olhar dirigido em frente;

Repulsão dos membros superiores fletindo os membros inferiores;

Receção com ligeira flexão dos membros inferiores.

Erros Frequentes

Corrida pouco acelerada;

Chamada com pouca impulsão;

Olhar para o plinto;

Pouca elevação da bacia.

Ajuda De frente ou lateralmente ao aluno, o professor

coloca uma mão no braço e a outra no antebraço do aluno, para ajudar na transposição do aparelho.

31Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

32Educação Física

Estrutura de Conhecimento - Ginástica

Cultura Desportiva Fisiologia do Treino Habilidades Motoras Conceitos Psico - Sociais

Sócio - AfetivosPsicológicos

Motivação

Determinação

Coragem

Superação

Auto - confiançaConcentração

Empenho

Cordialidade

Entreajuda

Respeito

Cooperação

Aceitação

Autonomia

Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Módulo II – Análise do EnvolvimentoUma vez que a Escola Secundária Clara de Resende foi recentemente

sujeita a obras, a área desportiva também sofreu alterações. Sendo as

instalações bastante favoráveis à prática das modalidades compreendidas (na

sua maioria) nos Programas Nacionais de Educação Física, passo a apresentar

os recursos necessários, devendo estes estar sempre salvaguardados antes da

elaboração de todo o planeamento.

Recursos HumanosSendo esta componente imprescindível para a lecionação, não só para esta

mas para todas as temáticas a abordar no decorrer do ano letivo, participarão

de modo ativo ou passivo nas aulas: professor da turma do 7º B, os alunos da

referida turma e o/os funcionário/os do recurso espacial utilizado.

Recurso EspaciaisO espaço predestinado para a abordagem desta temática será a Sala de

Expressões Dramáticas. Este mesmo espaço compreende caraterísticas físicas

que não permitem uma abordagem coerente e facilitada da modalidade para

cumprir os propósitos designados no Programa Curricular de 7ºano. O espaço

é diminuto e está desprovido de material próprio para a modalidade. Assim,

aquando do planeamento, há que ponderar todas as situações, pois a questão

do espaço pode condicionar, ou não, a prática pedagógica.

Como um ponto favorável a Sala de Expressões Dramáticas é

completamente coberta, pelo que os alunos não estarão sujeitos a

adversidades resultantes das condições meteorológicas. Este espaço será

ocupado por uma única turma.

33Ricardo Coelho – Educação Física

Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Recursos Materiais

Material Nº Estado de Conservação

Colchões 3 Muito Bom

Plinto 1 Muito Bom

Recursos TemporaisUma vez que a turma é do 3º Ciclo do Ensino Básico só compreende cargas

horárias semanais de: um bloco de 90 minutos e um bloco de 45 minutos. A

presente unidade didática compreende 6 aulas, distribuídas pelo primeiro

período. O tempo de aula será reduzido em virtude da indisponibilidade de

balneários à hora prevista.

Segurança

É de extrema importância eu estar atenta às questões de segurança. Assim,

deverei chamar à atenção e consciencializar os meus alunos para o

cumprimento de determinadas regras, tendo estas uma finalidade muito

específica, evitar situações potencialmente perigosas e causadoras lesões

graves.

De seguida dou ênfase a algumas regras importantes que os alunos devem

ter em conta e seguir para se promover um ambiente seguro durante a aula:

Deverei ser a primeiro a chegar ao local onde a aula se realiza e o último

a abandonar o mesmo;

No início da aula devo: verificar o piso do campo/pista e recolher objetos

que possam ser potencialmente prejudiciais para a prática de exercício

físico (ex.: vidros, areias, etc.);

Não permitir a utilização de relógios, colares, pulseiras e brincos, que

possam provocar ferimentos nos colegas ou no próprio aluno;

Não permitir aos alunos a realização dos exercícios com os cordões das

sapatilhas desapertados;

34Ricardo Coelho – Educação Física

Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Exigir o uso de equipamento adequado para a aula de educação física

(calças ou calções pelo joelho e t-shirt/polo lavada/o e comprida/o, de

modo a ser possível coloca-la/o por dentro das calças/calções);

A aula deverá iniciar com ativação geral, dando especial atenção às

articulações mais requisitadas para a modalidade a abordar;

Os alunos só devem iniciar as actividades à minha ordem.

Módulo III – Análise dos AlunosA Ginástica, mais concretamente a Ginástica de Solo é um desporto

individual contemplado nos Programas Nacionais de 5º e 6º anos. Assim, e

mesmo sabendo que a Ginástica já foi abordada em anos anteriores, penso

que os elementos básicos necessitam de uma revisão para que todos os

alunos tenham oportunidades semelhantes e para que se preserve a

segurança de todos, autonomizando-os para a prática.

Para uma organização coerente e consistente de uma Unidade Didática, é

fulcral o conhecimento do professor relativamente aos alunos. Este

conhecimento deve ser cuidado e adquirido através de uma avaliação inicial da

modalidade em questão.

Com esta avaliação, pretendo essencialmente, uma observação atenta dos

alunos, sendo esta realizada através de alguns exercícios básicos dos

conteúdos de “rolamento à frente” e “rolamento atrás” e de exercícios genéricos

de força e flexibilidade que ajudarão a perceber a necessidade de distribuição

dos alunos por níveis técnicos. Se necessário e prudente, tendo em

consideração os dados da avaliação inicial e do posterior contacto com os

alunos, poderão ser integrados em grupos, que se associarão aos níveis de

técnica enquadrantes. Esta categorização servirá de âncora para a

organização dos conteúdos ao nível da sua extensão e sequência.

Com a avaliação inicial concluída, é de constatar que a turma se encontra

num nível básico e que deverão ser revistos todos os conteúdos concernentes

à Ginástica de Solo. Foi possível observar, também uma grande disparidade

entre os alunos no nível de execução.

35Ricardo Coelho – Educação Física

Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Avaliação Inicial

Tabela 1 – Níveis de Classificação

Níveis de Classificação

Ginástica

Nível 1 -- Não executa o gesto técnico.

Nível 2 - Executa com dificuldade o gesto técnico.

Nível 3 +-Executa com o mínimo de correção o gesto técnico.

Nível 4 + Executa com correção o gesto técnico.

Nível 5 ++Executa com extrema correção o gesto técnico.

Tabela 2 – Critérios de Êxito

Rolamento à frente

- Coloca o queixo junto ao peito

- Mantém corpo engrupado

- Realiza elevação do corpo na fase final

Rolamento à frente com M.I afastados

- Coloca o queixo junto ao peito

- Mantém corpo engrupado

- Realiza elevação do corpo na fase final

- Empurrar o solo com as mãos;

Rolamento à retaguarda

36Ricardo Coelho – Educação Física

Professor Estagiário Ricardo Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

- Coloca o queixo junto ao peito

- Mantém corpo engrupado

- Realiza elevação do corpo na fase final

Avião

- MS e MI encontram-se em extensão

- Coloca o tronco acima da horizontal

- Mantém a posição três segundos

Ponte

- Posição bem definida

- Amplitude de execução elevada

- Mantém a posição durante três segundos

37Ricardo Coelho – Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Grelha de Resultados da Avaliação Inicial

Nº Nome

ConteúdosRolamento à

FrenteRolamento à retaguarda

Rolamento à frente com

M.I afastados

Ponte Avião

1 Afonso Faceira da Fonseca Cardoso - -- -- -- -

2 Afonso Guimarães Madureira Rocha +- +- - - +-

3 Alexandra Pereira de Jesus Morais + +- +- - +-

5 Ana Sofia Ramos Costa +- - +- +- +-

6 Bruna Alves Freitas + +- + +- +-

7 David Bushkovskiy - -- -- -- --

8 Diogo Matos Gorito +- +- +- +- +

9 Filipa Cunha da Silva + +- +- +- +

10 Francisco Maria Sereno Reis +- - - -- --

11 Inês Pereira Seabra ++ ++ + + ++

12 Joana Rodrigues Arez + +- +- - +-

13 João Duarte Leite Martins - -- -- -- -

14 João Moreira Santos Lima +- - - +- +-

15 José Francisco Sarmento Coelho +- - - - +-

16 Luís Barrias Ferreira Alves +- - - -- --

38 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

17 Manuel Carlos C.O. Bento Junqueira + +- +- +- +-

18 Maria Luísa C.B. Proença Carvalho ++ + + - +

19 Maurício Fonseca Cardoso +- - - - +-

20 Miguel José L.M. Jordão Duarte +- +- +- + +

21 Miguel Oliveira Ribeiro + +- +- +- +-

22 Osvaldo Lemos Magalhães +- - +- +- +-

23 Pedro Diogo Pacheco Pereira -- -- -- -- -

24 Sofia Estudante Ribeiro ++ + ++ + +

25 Susana Beatriz Murillo Cunha + +- + +- +-

26 Tiago Jorge C. Carvalho Martins +- - - +- +-

27 Tiago Manuel da Rocha Couraceiro +- - +- +- +-

28 Vasco Dias Lopes -- -- -- -- --

29 Inês Freitas + - +- +- +-

Tabela 3 – Ficha de avaliação diagnóstica

39 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Módulo IV – Análise da Extensão e Sequência dos Conteúdos

Uma vez que a extensão e sequência dos conteúdos são imprescindíveis para

a organização e própria orientação do processo de ensino-aprendizagem, na

tabela que se segue está disposta a Unidade Temática que irá ser comprida no

decorrer da modalidade de Ginástica

Unidade Temática: Ginástica de Solo

Ano/Turma: 7º B Tempo de Aula: 45’Número de alunos

previstos: 6

Espaço: Sala de Expressões Dramáticas; Ginásio (Agrupamento Vertical Clara de Resende)

Cultura Desportiva

Conhecer as ajudas. x x x x x x x

Zelar pela segurança própria e dos colegas.

x x x x x x x

40 Educação Física

Aulas

Conteúdos1 2/3 4 5 6 7 8 9

Capacidades Motoras

Solo

Avião

Ava

liaçã

o P

rogn

óstic

a I/E E E E E E AFPonte I/E E E E E E AF

Saltos, voltas e afundos I/E E E E AF

Rolamento à frente I/E E E E E E AFRolamento à retaguarda I/E E E E E E AF

Pirueta I/E E AFSequência I/E E AF

Roda I/E E E AF

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Ter a noção dos elementos de uma sequência gímnica.

x x x x x x x

Conceitos Psicossociais

Respeitar todo o material, não o danificando.

x x x x x x x

Solidariedade com os companheiros

x x x x x x x

Manter o silêncio aquando o desenvolvimento da instrução por parte do professor ou numa intervenção verbal do aluno.

x x x x x x x

Aspetos Fisiológicos e Condição Física

Capacidades Condicionais

Força

Superior x x x x x x x

Inferior x x x x x x x

Flexibilidade x x x x x x x

Destreza Geral x x x x x x x

Capacidades Coordenativas

Orientação Espacial x x x x x x x

Diferenciação Cinestésica x x x x x x x

Ritmo x x x x x x x

Equilíbrio x x x x x x x

Orientação x x x x x x x

41 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Justificação da Unidade Temática

A presente Unidade Temática foi planeada para a Turma B do 7º ano do

Agrupamento Vertical Clara de Resende. Os conteúdos escolhidos foram

pensados de acordo com as características dos alunos, que podem ser

consultadas no relatório da Avaliação Inicial. Tive ainda em consideração o

Programa Nacional de Educação Física, bem como algumas orientações

fornecidas pelo professor Cooperante ao longo das aulas.

Devido ao número reduzido de aulas e do parco tempo que lhes é

destinado, a Unidade Temática de Ginástica de Solo integra apenas conteúdos

básicos. Estes conteúdos foram definidos tendo em conta o nível dos alunos,

após a avaliação inicial, o espaço e o material disponível. Neste sentido alguns

conteúdos contemplados no currículo de 7º ano não serão abordados.

O número de aulas no 1º semestre foi substancialmente reduzido e, por

isso, têm que ser tomadas opções de seleção de conteúdos. Tendo em conta

que muitos alunos têm profundos handicaps na execução de “rolamentos” em

posição de engrupado e que não dominam as determinantes técnicas, tomei a

opção de me centrar nestas questões, bem como o desenvolvimento de força e

flexibilidade que são preponderantes na Ginástica.

As características da turma também não me possibilitam a projeção de

objetivos muito ambiciosos, já que muito tempo deve ser despendido no

controlo disciplinar.

A primeira sessão está destinada à avaliação prognóstica, no sentido de

determinar o nível em que os alunos se encontram na modalidade de

Ginástica, este tipo de avaliação torna-se fundamental, no sentido de obter

indicações sobre as habilidades que já dominam e as principais dificuldades

que manifestam. A Unidade Temática foi formulada tendo em conta as

capacidades dos alunos observados na aula da avaliação inicial e pelo

contacto estabelecido noutras modalidades, que permite inferir a

disponibilidade motora dos mesmos.

42 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

No que diz respeito às capacidades motoras, estas são exercitadas

durante toda a Unidade Temática, e devem ser abordadas consoante as

habilidades que forem treinadas em cada aula.

Na Ginástica de Solo, os conteúdos a serem abordados são: avião,

ponte, saltos, voltas e afundos, rolamento à frente e à retaguarda, roda e

sequência gímnica. Estes são apresentados de acordo com uma sequência

lógica de dificuldade progressiva. A avaliação desta modalidade é realizada

através de uma sequência gímnica definida pelo Professor, a realizar na última

aula. Decidi não incluir, apesar de estar prescrito no Programa Nacional de

Educação Física o apoio facial invertido, por considerar incompatível com o

espaço (condições de segurança) e com o número de aulas.

Depois da primeira sessão, destinada à avaliação inicial, a segunda e

terceira sessões contemplarão a introdução e exercitação dos seguintes

elementos: avião; ponte; saltos, voltas e afundos; rolamento à retaguarda;

rolamento à frente. Na quarta será somente introduzida a pirueta. A quinta aula

será somente destinada à exercitação, já que existe um foço temporal entre a

esta e a última aula, ocorrendo em períodos letivos distintos. A sexta será

marcada pela introdução da roda. A sétima e oitava aulas estão destinadas à

preparação da sequência para avaliação que acontecerá na aula subsequente

(nona) e que integrará todos os conteúdos.

Com esta Unidade Temática consegui organizar a atividade dos alunos,

planificando a distribuição da matéria/conteúdos ao longo das nove sessões.

Deve ser encarada como algo flexível, podendo, sempre que necessário, ser

ajustada às necessidades e ao desempenho dos alunos.

43 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Unidade Temática: Ginástica de Solo

Ano/Turma: 7º B Tempo de Aula: 45’Número de alunos

previstos: 6

Espaço: Sala de Expressões Dramáticas; Ginásio (Agrupamento Vertical Clara de Resende)

Ginástica de Aparelhos1 2 3 4 5 6

Conteúdos

Corrida PreparatóriaI E E E E

Av. Final

Pré-chamada e ChamadaI E E E E

Av. Final

VooI E E E E

Av. Final

ReceçãoI E E E

Av. Final

Cultura Desportiva

Conhecer os aparelhos gímnicos e a

sua utilização.x x x x x x

Conceitos Psico-Sociais

Respeitar todo o material, não o

danificando.x x x x x x

Prestar auxílio ao colega. x x x x x x

Manter o silêncio aquando o

desenvolvimento da instrução por parte

do professor ou numa intervenção

verbal do colega.

x x x x x x

Aspetos Fisiológicos e Condição Física

Capacidades Condicionais

44 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

ForçaSuperior

x x x x x xInferior

Velocidade x x x x x x

Resistência x x x x x

Flexibilidade x x x x x x

Capacidades Coordenativas x x x x x x

Justificação da Unidade Temática

Para desenvolver uma aprendizagem eficaz, a presente unidade temática foi

elaborada tendo em consideração diferentes aspetos intervenientes. Entre eles,

destaco: a planificação curricular de educação física da escola; a rotação de

instalações (roulement); e o facto da turma ainda não ter abordado o salto entre

mãos no plinto.

De forma a desenvolver um processo de ensino-aprendizagem eficaz, tive

sempre em consideração a extensão dos conteúdos e a sua sequência. Com

isto, pretendi promover coerência na organização prevista para as seis aulas que compõem a presente unidade didática. O número de aulas destinado a

esta matéria é grande, visto que disponho de um número considerável de aulas

no espaço interior- Ginásio. Paralelamente, nestas sessões, serão também

exercitados conteúdos da Ginástica de Solo, que apesar de já ter sido avaliada

constitui uma lacuna em grande parte dos alunos da turma.

Realço também a importância do desenvolvimento da cultura desportiva,

fisiologia do treino, estando nesta compreendida todo o desenvolvimento da

condição física, e dos conceitos psico-sociais.

Assim, na primeira aula, introduzirei a corrida preparatória, a pré-chamada

e chamada, e por último, o vôo. Se a turma revelar competências, ainda nesta

aula, introduzirei progressões para a receção.

Na segunda aula, pretendo introduzir a receção. As restantes aulas servirão

para exercitar este conteúdos, levando em conta os ritmos de aprendizagem

45 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

diferenciais de cada aluno. Na sexta aula, os alunos serão avaliados nesta

matéria.

De forma a que a avaliação, e todo o processo de ensino-aprendizagem

sejam consistentes, realço a importância da presença da avaliação formativa

ao longo de toda a UT.

Como em todas as UT’s realizadas até ao momento, caso seja necessário,

realizo as alterações necessárias.

Módulo V – Definição dos Objetivos

Sendo o ensino uma vertente que compreende um vasto conhecimento da

matéria de ensino há que ter noção da mesma e de, sempre que necessário a

atualizar e aprofundar. Sendo o processo de ensino-aprendizagem um

momento constante, é de prever a eleição da temática a abordar; preparação

da mesma; estruturação e transmissão de todos os conhecimentos, atendendo

sempre às capacidades e competências dos alunos. Havendo a existência de

diferentes níveis de complexidade onde se desenvolve e promove uma

aprendizagem mais coerente, é mais que imprescindível o estabelecer de

objetivos, onde numa fase posterior, se sistematizarão os conteúdos (definidos

consoante o nível onde os iremos inserir) definidos para haver desenvolvimento

de competências por parte dos alunos.

Atendendo às diversas caraterísticas dos conteúdos, proponho desenvolver

nos alunos aspetos energético-funcionais; habilidades motoras; relações intra e

inter-pessoais; processos cognitivos e por último, mas não menos importante,

uma vertente de satisfação ao nível lúdico. Tendo em consideração o nível da

turma, os objetivos aos quais me proponho desenvolver incidem

essencialmente na aquisição das capacidades e competências mínimas,

devendo estas ficar consolidadas, de modo a numa fase posterior, levar os

alunos para um nível superior.

46 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Como desde o início do documento refiro as quatro categorias

transdisciplinares, passo de seguida a citar os objetivos propostos para os

alunos nas respetivas categorias:

Cultura Desportiva

o O Aluno:

Retém as informações emitidas pelo professor, todas elas

relacionadas à modalidade;

Tem conhecimento específico e geral dos conteúdos abordados.

Habilidades Motoras

o O Aluno:

Rolamento à Frente Engrupado :

o Coloca as mãos no solo à largura dos ombros e viradas para a frente;

realiza forte impulsão dos membros inferiores; eleva a bacia; mantém

o corpo bem fechado sobre si próprio durante o enrolamento; executa

repulsão das mãos no solo na parte final.

Rolamento à Frente com membros inferiores afastados:

o Coloca as mãos no solo à largura dos ombros e viradas para a

frente; realiza forte impulsão dos membros inferiores; apoia as mãos

longe do apoio dos pés; estende os membros inferiores, afastando –

os só no final do enrolamento; realiza uma boa flexão do tronco à

frente, permitindo a repulsão dos membros superiores, efetuada “por

dentro” dos membros inferiores.

Rolamento à Retaguarda Engrupado:

47 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

o Fecha bem os membros inferiores fletidos sobre o tronco; flete a

cabeça para a frente de forma a encostar o queixo ao peito; coloca

as mãos no solo à largura dos ombros e viradas para a frente;

mantém o corpo bem fechado sobre si próprio durante o

enrolamento; faz a repulsão das mãos no solo na parte final com

vigor, de forma a elevar a cabeça e não bater com ela no solo.

Rolamento à Retaguarda com Membros Inferiores Afastados :

o Realiza flexão do tronco sobre os membros inferiores e o queixo

sobre o tronco; apoia as mãos no solo à largura dos ombros e

viradas para a frente; mantém o corpo bem fechado sobre si próprio

durante o enrolamento; faz a repulsão efectiva das mãos no solo de

forma a passar a cabeça sem bater no solo.

Apoio Facial Invertido de Braços:

o Coloca as mãos no solo à largura dos ombros e dedos afastados e

virados para a frente; levanta a cabeça, olhando para as mãos;

estende completamente os membros superiores; mantém o

alinhamento corporal; mantém o corpo em tonicidade geral.

Roda:

o Eleva e dá um passo com o membro inferior que vai servir de

impulsão com elevação simultânea dos membros superiores acima

da cabeça; lança energicamente a perna livre; apoia

alternadamente as mãos no solo, na mesma linha de movimento;

passa o corpo em extensão pela vertical; realiza grande

afastamento dos membros inferiores durante a fase de passagem

pelo apoio invertido; mantém o corpo em tonicidade geral, com boa

fixação na zona da bacia.

Ponte:

o Mantém os membros superiores e inferiores em extensão completa;

coloca as palmas das mãos completamente apoiadas no solo e

viradas para a frente; eleva significativamente a bacia; empurra o

solo com os pés, tentando estender completamente os membros

inferiores.

48 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Pirueta:

o Mantém os segmentos corporais alinhados, tonicidade geral,

cabeça levantada e olhar em frente; realizar o movimento de forma

contínua e fluída; definir as posições (inicial e final); precisar os

movimentos.

Avião:

o Mantém os membros inferiores em completa extensão; realiza

grande afastamento dos membros inferiores; inclina ligeiramente o

tronco à frente (sem flexão); mantém a cabeça levantada, olhar em

frente e tonicidade geral elevada.

Fisiologia do Treino

o O Aluno:

Integra totalmente às tarefas a que foi proposto, envolvendo-se e

empenhando-se nas mesmas, mantendo-se em atividade do começo

ao término do exercício;

Desenvolve as capacidades coordenativas gerais; resistência; força;

velocidade; flexibilidade cumprindo sem perda de rendimento os

exercícios propostos pelo professor, sendo todas elas essenciais para

a modalidade a abordar, obtendo assim uma melhor performance.

Conceitos Psicossociais

o O aluno tem:

Empenho

o Desenvolve todas as atividades propostas, atendendo às

componentes críticas citadas pelo professor, conseguindo assim

alcançar o proposto com a coerência necessária.

Motivação

49 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

o Consegue alcançar o máximo da sua performance através da

vontade de alcançar o máximo da aprendizagem proporcionada.

Determinação

o Determina os objetivos a alcançar, esforçando-se para chegar aos

mesmos, contando sempre consigo próprio, colegas da turma e

professor.

Coragem

o Toma consciência das suas ações e age com vontade de se

superar.

Agressividade

o Age consoante as necessidades apresentadas no decorrer do

exercício ou jogo proposto, conseguindo controlar a mesma

perante si e os outros.

Auto-Confiança

o Desenvolve consciência das suas competências, aprimorando-as

e podendo promover motivação para aqueles que o rodeiam.

Concentração

o Capta toda a informação necessária para ter êxito nas tarefas

propostas e foca-se no que é necessário em cada momento

distinto.

Autonomia

o Adquire noção das suas capacidades, tendo consciência da sua

independência para as diversas ações do quotidiano, que muitas

das vezes, podem ser transferidas para a prática de qualquer

modalidade desportiva.

Superação

o Mostra capacidade de ir mais longe nas suas aprendizagens,

conseguindo alcançar novas metas face às expectativas criadas.

Espírito de Equipa

o Coopera com a equipa para que todos alcancem os objetivos

propostos, resolvendo situações onde não há consenso e tendo

consciência dos valores de cada aluno pertencente ao grupo.

50 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Fair-Play

o Capaz de aceitar sem ripostar uma vitória ou derrota, sendo

coeso, cumpridor e consciente das suas ações.

Cooperação

o Promove a sua motivação alcançando nos colegas essa mesma

vontade e procura alcançar o objetivo proposto não só por ele,

mas pela equipa ou turma.

Cordialidade

o Mostra educação e amabilidade perante a turma e professor,

mostrando-se prestável não só no cumprimento de regras e

rotinas impostas no decorrer das aulas, mas também para com a

aprendizagem não só dele mas do outro.

Aceitação

o Colabora com os colegas e professor, cumprindo com o que foi

proposto sem gerar conflito ou confusão pela possibilidade de não

aceitação.

Respeito

o Tem noção da autoridade do professor, das competências dos

colegas e pelo material / instalações escolares, preservando o

bom ambiente durante a aula.

Módulo VI – Configuração da AvaliaçãoSendo a avaliação um processo fulcral desenvolvido no decorrer de todo o

ano letivo, tem caraterísticas de continuidade e coerência avaliativa. Assim,

darei ênfase à identificação dos possíveis progressos/retrocessos no processo

de aprendizagem dos alunos, definindo três momentos essenciais para o

decorrer da avaliação: avaliação inicial, avaliação formativa (tida como

avaliação intermédia) e a avaliação final.

51 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Avaliação InicialDestinada única e exclusivamente para recolha de informação relativamente

ao/s nível/níveis em que a turma se encontra face à modalidade abordada.

Após esta avaliação, faz-se tratamento dos dados adquiridos de modo a se

poder desenvolver o planeamento do processo de ensino-aprendizagem. Nesta

temática, os alunos foram avaliados através de uma Grelha com conteúdos a

abordados no ano transato, podendo ser consultada no Módulo III.

Avaliação FormativaIrá ser posta em prática de modo informal no decorrer da Unidade Temática.

Será resultante de uma supervisão ativa que irei fazer ao longo da mesma.

Com ela, pretenderei averiguar atempadamente, possíveis lacunas que os

alunos representem na prática, podendo assim proporcionar momentos para

uma aprendizagem mais eficaz e melhorar o processo de aprendizagem do

aluno. Conta com especial atenção a fatores como: assiduidade; pontualidade;

comportamento disciplinar; envolvimento nas tarefas propostas; progressão na

aprendizagem e precisão no que o aluno se propõe a fazer.

Avaliação Sumativa/FinalSendo esta o culminar das aprendizagens adquiridas por parte dos alunos,

será realizada, à maioria dos conteúdos introduzidos no presente ano letivo.

Será operacionalizada através da realização de uma sequência onde constarão

os conteúdos abrangidos pela avaliação inicial e os conteúdos que contaram

com maior tempo de exercitação no decorrer de toda a Unidade Didática (ver

Tabela de Unidade Temática).

Níveis de Classificação

Ginástica

Nível 1 (0 – 4 valores) Realiza zero ou um critério de avaliação

52 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Nível 2 (4 – 8 valores) Realiza um critério de avaliação

Nível 3 (8 – 12 valores) Realiza dois critérios de Avaliação

Nível 4 (12 – 16 valores) Realiza três Critérios de Avaliação

Nível 5 (16 – 20 valores) Realiza todos os Critérios de Avaliação

Total de __%

Cultura Desportiva ___ %

Habilidades Motoras ___ %

Fisiologia do Treino ____ %

Conceitos Psicossociais ____ %

Tabela 4 – Níveis de Classificação da Modalidade de Ginástica de Solo

Módulo VII – Progressões de Ensino/Situações de Aprendizagem

Rolamento à Frente EngrupadoEsquema Descrição Objetivo

Execuções de

oscilações na posição

dorsal engrupada no

colchão, até atingir a

posição de cócoras.

Adquirir a noção da

posição engrupada e

da colocação dos pés

próximos dos

nadegueiros para

levantar.

53 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Na posição ventral

sobre o boque colocar

as mãos no solo e

deixar enrolar o corpo.

Adquirir a noção

correcta da colocação

das mãos e facilitar o

enrolamento.

Com os M.I. colocados

sobre um plano

elevado, colocar as

mãos num plano inferior

e executar o

enrolamento.

Tomar consciência da

colocação das mãos no

solo e da elevação da

bacia.

Execução do rolamento

à frente num plano

inclinado.

Facilitar o enrolamento

e consciencializar-se da

velocidade de

execução.

Execução do rolamento

no colchão sem ajuda.

Tomar consciência do

gesto na sua

globalidade.

Rolamento à Frente com Membros Inferiores AfastadosEsquema Descrição Objetivo

Execução do rolamento

à frente com M.I.

afastados sobre um

aparelho estreito (banco

sueco ou plinto).

Toma consciência da

colocação das mãos no

final do movimento e

facilitar o afastamento

dos M.I. e a elevação

da bacia.

Execução do rolamento

à frente com M.I.

afastados, num plano

Aumentar a velocidade

e facilitar a colocação

das mãos próximas da

54 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

inclinado.coxa para facilitar a

elevação do corpo.

Execução do rolamento

à frente com M.I.

afastados em condições

normais de realização.

Tomar consciência do

gesto na sua

globalidade.

Rolamento à Retaguarda EngrupadoEsquema Descrição Objetivo

Execuções de

oscilações na posição

dorsal engrupada no

colchão, até atingir a

posição de cócoras.

Adquirir a noção da

posição engrupada e

da colocação dos pés

próximos dos

nadegueiros para

levantar.

Execução do rolamento

à retaguarda num plano

inclinado.

Facilitar o enrolamento

e consciencializar-se

da velocidade de

execução.

Execução do rolamento

á retaguarda, partindo

da posição de sentado.

Tomar consciência do

desequilíbrio á

retaguarda.

Execução do rolamento

no colchão sem ajuda.

Tomar consciência do

gesto na sua

globalidade.

Rolamento à Retaguarda com Membros Inferiores AfastadosEsquema Descrição Objetivo

Execução do rolamento

à retaguarda sobre um

aparelho estreito (banco

sueco ou plinto),

terminando com M.I.

Facilitar o afastamento

e extensão dos M.I.

55 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

afastados, ao lado do

mesmo.

Execução do rolamento

à retaguarda com M.I.

afastados, num plano

inclinado, partindo

duma posição de

cócoras.

Adquirir a noção da

velocidade de

execução e facilitar a

extensão dos M.I.

Executar o rolamento,

num plano inclinado

partindo da posição de

pé efetuando o

desequilíbrio à

retaguarda com M.I.

estendidos.

Adquirir a noção de

desequilíbrio à

retaguarda com M.I.

estendidos.

Execução do rolamento

no colchão sem ajuda.

Tomar consciência do

movimento na sua

globalidade.

Apoio Facial InvertidoEsquema Descrição Objetivo

Elevar a bacia à vertical

com M.I. fletidos.

Consciencialização da

posição invertida e do

peso do corpo sobre os

apoios.

Com os M.I. sobre o

plinto, colocar as mãos

no solo e efetuar a

extensão dos M.I.

Tomar consciência do

bloqueio dos ombros e

da colocação da bacia

sobre os apoios.

56 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

No espaldar ir subindo

com os M.I. até chegar

à posição vertical.

Adquirir a noção do

alinhamento dos

segmentos corporais.

Partindo da posição de

joelhos com ajuda na

anca, fazer elevação da

bacia com posterior

extensão dos M.I.

Adquirir a noção do

alinhamento dos

segmentos corporais

com retroversão da

bacia.

Executar o apoio facial

invertido contra o

espaldar.

Tomar consciência da

posição inicial e do

balanço dos M.I.

Executar o apoio facial

invertido no solo, com

ajuda.

Tomar consciência da

globalidade do gesto.

Executar o apoio facial

invertido mantendo a

posição.

Tentar a posição

definida com

alinhamento dos

segmentos durante o

máximo de tempo.

Apoio Facial Invertido Seguido de Rolamento à FrenteEsquema Descrição Objetivo

No espaldar, subir com

os M.I. até chegar à

posição vertical, saindo

em rolamento à frente

engrupado.

Tomar consciência da

flexão dos M.I. para o

enrolamento do corpo.

57 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Deitado ventralmente

sobre o boque colocar

as mãos no solo e

elevar os M.I. até à

vertical, deixando

enrolar o corpo.

Tomar consciência da

flexão dos M.I. para o

enrolamento do corpo.

Executar o apoio facial

invertido seguido de

rolamento, com ajuda.

Tomar consciência da

globalidade do gesto.

Executar o apoio facial

invertido, definindo a

posição e terminando

em rolamento à frente

engrupado.

Tomar consciência da

globalidade do gesto.

RodaEsquema Descrição Objetivo

Lateralmente ao banco

sueco colocar as mãos

sobre este e passar os

M.I. para o lado oposto.

Adquirir a noção da

passagem da bacia

sobre os M.I.

Roda sobre a cabeça do

plinto.

Intensificar a impulsão

dos M.I. e tomar

consciência do apoio

alternado das mãos.

De cima da caixa do

plinto, executar a roda

fazendo a receção no

solo.

Realizar o movimento

global, facilitando a

colocação alternada dos

apoios.

58 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Sobre o banco sueco,

colocar as mãos no

trampolim “reuther” e

fazer a receção no solo.

Intensificar a impulsão

dos M.S..

Executar a roda sobre

uma linha.

Tomar consciência da

globalidade do gesto.

59 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Avião Esquema Descrição Objetivo

Realizar exercícios de

equilíbrio sobre ambos

os pés.

Adquirir equilíbrio sobre

um membro.

Executar o avião

apoiando-se no

espaldar, em posição

frontal a este.

Ter a noção da

inclinação do tronco.

Costas para o espaldar,

colocar o M.I. livre sobre

um banzo.

Promover a elevação

do M.I. livre à

retaguarda.

Execução do avião com

ajuda.

Consciencializar a

execução global do

gesto, facilitando o

equilíbrio.

Execução do avião em

condições normais.

Manter a posição

durante alguns

segundos.

PiruetaEsquema Descrição Objetivo

Realizar ½ pirueta no solo.

Tomar consciência da rotação da bacia.

60 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Realizar uma pirueta

completa no solo.

Tomar consciência da

rotação da bacia.

Salto Entre-Mãos

Esquema Descrição Objetivo

Realizar a corrida

preparatória.

Atender à velocidade

crescente, de forma a ir

ao encontro do

momento da chamada.

Realizar a chamada.

Ligar a corrida

preparatória à

chamada. O aluno deve

percecionar a

importância da

elevação da bacia e a

boa colocação dos MS

à largura dos ombros.

Salto. Numa fase inicial

subir para o plinto e ficar

lá só com os joelhos.

Numa fase posterior,

colocar os pés no plinto,

e de seguida, realizar o

salto completo.

Membros superiores em

contacto com o plinto o

mais à frente possível.

Repulsão dos MS

letindo os membros

inferiores. O aluno deve

ter noção da

transposição rápida dos

MI.

Receção com ligeira

flexão dos membros

inferiores.

Reunir todas as fases

do salto, atendendo a

um aspeto essencial, o

61 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

olhar dirigido em frente.

Módulo VIIII – Aplicações Reais

Sendo este último módulo o único de aplicação, conta com o que será posto

em prática no decorrer de toda a Unidade Didática. Como tal, os planos de aula

e restantes documentos resultantes de todo o trabalho desenvolvido até ao

momento, podem ser contemplados e analisados no portfólio digital

(portefolioestagioprofissional.webnode.pt/).

62 Educação Física

Professor Estagiária Diana Coelho | Escola Secundária Clara de Resende | MEC Ginástica

Bibliografia

Araújo, C. (2004). Manual de Ajudas em Ginástica (2ª ed.). Porto: Porto

Editora;

Batista, P.; Rêgo, L.; Azevedo, A. (2001), “Movimento um Estilo de Vida”.

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Bridoux, A. (1991). Gimnastique Sportive – Son Enseignment en Milieu

Scolaire, Paris:amphone. Paris: Amphore.

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Correia, P. (sd): “Educação Física e Desportiva No Ensino Básico”. Porto

Editora.

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Costa, J. (2011): “Jogo Limpo” (livro adotado pela escola – 3º Ciclo do

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Lebre, E. & Araújo, C. (2006). Manual da Ginástica Rítmica. Porto: Porto

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63 Educação Física