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APRESENTAÇÃO

Atendendo àS NR´s – Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, essa apostila apresenta em seu conteúdo os itens mínimos exigidos pelas mesmas, complementados com informações e ilustrações de forma a tornar dinâmico o treinamento.

As informações aqui contidas devem servir como referência para futuros treinamento que a CIPA venha a promover, ressaltando que, alguns assuntos devem ser pesquisados com relação às atualizações relacionadas a alterações de condições de trabalho e processo produtivo da empresa, legislação trabalhista e previdenciária bem como novas tecnologias associadas à Segurança do Trabalho.

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NOME

DATA / /

EMPRESA

SETOR

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ÍNDICE

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COMO ACONTECE UM ACIDENTE ?

Para se saber como um acidente ocorre e principalmente como preveni-lo, é necessário compreender que o acidente é uma seqüência de acontecimentos, que somados, tornam possível a concretização desse acidente.

O homem ao se relacionar com o Meio Ambiente, está sujeito a cometer FALHAS que, por sua vez são provocadas por ATOS INSEGUROS e/ou CONDIÇÕES INSEGURAS, que irão gerar o acidente.

Na maioria dos casos, os acidentes ocorrem por Condição Insegura, dizemos isso porque, na verdade, o próprio homem contribui para a existência dessa condição, que então poderíamos dizer ser uma FALHA HUMANA.

Essa Condição Insegura, pode ser agravada por Atos Inseguros, que predispôe o aumento na probabilidade de acontecar um acidente.

Podemos muitas das vezes evitar as Condições Inseguras, mas mesmo assim podem ocorrer acidentes que teriam como causa o Ato Inseguro.

Dessa forma podemos concluir que, se eliminarmos as Condições Inseguras e os Atos Inseguros no ambiente, os acidentes serão evitados ? Não. Isto porque podem acontecer acidentes pois, como seres humanos, estamos passíveis de erro. Mas, se ocorrerem, serão pequenos acidentes que facilmente podem ser contornados.

Para um melhor entendimento, vamos apresentar o conceito de Atos Inseguro e Condição Insegura, citando alguns exemplos inclusive de prevenção.

Para que se possa prevenir, devemos utilizar uma simples sequência de perguntas:

O que fazer ? Porque fazer ? Como fazer ?

Quem fará ? Quando fará ? Aonde fará

ATO INSEGURO

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HOMEMX

AMBIENTEFALHAS

HUMANAS

ATOS INSEGUROSE / OU

CONDIÇÕES INSEGURAS

ACIDENTE

+

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É considerado Ato Inseguro a maneira como a pessoa se expõem ao perigo de acidentar-se, podendo esta ser:

Consciente – As pessoas sabem que estão se expondo ao perigo.

Inconsciente – As pessoas desconhecem o perigo a que se expõem.

Circunstancial – As pessoas podem conhecer ou desconhecer o perigo, mas algo mais forte as leva à prática da ação insegura

Para melhor e entendimento, apresentaremos três conceitos que estaram relacionados à esses Atos Inseguros.

NEGLIGÊNCIA

É não se comportar de maneira que o ambiente e a ocasião exigem para se evitar o acidente.

Exemplos:

Não respeitar a sinalização local. Não usar o Equipamento de Proteção Individual quando o ambiente e a ocasião exigir. Distrair-se no serviço com conversas desnecessárias e brincadeiras.

PREVENÇÃO

Como meio de prevenção devemos trabalhar com: Atenção Responsabilidade Seriedade

IMPRUDÊNCIA / INCOMPETÊNCIA

É tentar executar qualquer tarefa que não esteja devidamente habilitado para a mesma.Assim, se vocên não conhece a atividade e ao executá-la se acidenta, você cometeu falha humana

por improdência / incopetência.

Exemplos:

Consertar um aparelho elétrico sem ser um Técnico especializado. “Se meter aonde não é chamado” (intrometer-se) “Quebra-galhos” (curiosidade)

PREVENÇÃO

Como meio de prevenção devemos trabalhar: Só fazendo o que você conhece. Só fazer outro se for se sua competência. Só fazer uma atividade quando habilitado.

IMPERÍCIA

É quando alguém executa uma tarefa sem fazer uso das habilidades necessárias para aquele serviço. Assim, apenas fazer o trabalho não basta. O importantre é fazê-lo bem feito.

Exemplos:

Executar dois, três ou quatro serviços de uma só vez.5

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Fazer um serviço sem estar preocupado em seguir as normas estabelecidas para o mesmo. Não utilizar corretamente os seus conhecimentos.

PREVENÇÃO

Como meio de prevenção devemos trabalhar: Executar somente um serviço por vez. Seguir sempre as normas determinadas.

ATOS INSEGUROS MAIS FREQUÊNTES:

Ficar junto ou sob cargas suspensas Colocar parte do corpo em lugar perigoso Usar máquinas sem habilitação ou autorização Imprimir excesso de velocidade ou sobrecarga Lubrificar, ajustar e limpar máquinas em movimento Improvisação ou mau emprego de ferramentas manuais Uso de dispositivos de segurança inutilizados Não usar proteções individuais Uso de roupas inadequadas ou acessórios desnecessários Manipulação insegura de produtos químicos Transportar ou empilhar inseguramente Fumar ou usar chamas em lugares indevidos Tentativa de ganhar tempo Brincadeiras e exebicionismo Fatores de risco pessoal Desconhecimento dos riscos Preparo insuficiente para o trabalho Falta de aptidão ou desinteresse pelo trabalho Excesso de confiança

Mesmo estando tudo sob controle, o ambiente e a ocasião, o acidente ainda pode ser provocado por falha humana. Então, para eliminarmos os riscos de acidentes, devemos nos esforçar para eliminar a falha humana, isto significa, não cometer atos que aumentem a probabilidade de risco de acidente.

CONDIÇÃO INSEGURA

Condições inseguras são aquelas que comprometem a segurança. São as falhas, defeitos, irregularidades técnicas, carência de dispositivos de segurança, etc., os quais põe em risco a integridade física e/ou a saúde das pessoas e a própria segurança das instalações e equipamentos.

Não devemos confundir uma condição insegura com riscos que são inerentes ao trabalho, pois a condição insegura existirá quando um ou mais risco, fora de controle, expor alguém ou alguma coisa ao perigo de sofrer qualquer dano.

Como exemplo podemos citar a corrente elétrica que é um risco inerente ao trabalho, no entanto, a condição insegura seria o caso de uma instalação elétrica malfeita ou improvisada, fios exposto, fios desencapados, etc. A corrente elétrica oferece um risco, mas quando devidamente controlada (instalações adequadas e isoladas) não constitui perigo.

Podemos afirmar que Condições Inseguras estão relacionadas à diversos fatores, tais como:

QUANTO AO LOCAL

Arranjo físico inadequado ou impróprio.

Falta de espaço.

Escadas e rampas sem corrimão. Pisos irregulares e escorregadios. Iluminação deficiente.

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Ventilação deficiente. Falhas de Projetos.

Passagens perigosas.

QUANTO AO MATERIAL

Material defeituoso. Material inflamável. Material Tóxico.

Material Corrosivo. Material Explosivo. Em temperaturas extremas (Quente

ou Frio).

QUANTO AS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS

Falta de formação técnica. Falta de exames médicos e/ou

periódicos. Produção mal estabelecida.

Horas extras excessivas. Atividades e tarefas mal

estabelecidas. Desorganização e indisciplina

QUANTO AO EQUIPAMENTO

Ferramentas ou equipamentos inadequados.

Equipamento sem proteção. Equipamento insuficientemente

protegido. Equipamento com defeito.

Falta de EPI – Equipamento de Proteção Individual.

EPI inadequado para a atividade. EPI com defeito. Falta ou falha de manutenção.

Neste raciocínio, podemos dizer que, Condições Inseguras estão relacionadas à empresa e, Atos Inseguros, relacionados aos trabalhadores.

Porém, exitem condições inseguras que são inerentes a uma atividade, sendo estas permanentes e não possíveis de serem eliminadas, tais como:

Trabalhos em lugares altos. Trabalhos com combustíveis. Trabalhos com explosivos.

Trabalhos com ferramentas afiadas. Trabalhos em subsolo.

O acidente sempre estará relacionado a um desses fatores ou ambos, e, mesmo que não sejam criadas novas condições inseguras, existirá o ato inseguro, que deve ser eliminado, para isso, devemos aplicar a 1ª Regra de Segurança:

“Manter a ordem e a limpeza nos ambientes de trabalho”

Mesmo quando existirem situações que não são possíveis de serem eliminadas, podemos atenuar permanecendo o menor tempo possível nestes lugares e obedecendo rigorosamente as leis, normas e avisos de segurança.

FATOR PESSOAL DE INSEGURANÇA

Já vimos que o homem ao se relacionar com o ambiente, cria condições de insegurança.O ser humano é racional, porém, está sujeito a falhas devido ao complexo mecanismo de sua mente.

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Se formos analisar cuidadosamente os fatores que levaram uma pessoa a criar determinadas condições inseguras e/ou particar atos inseguros, iremos encontrar, na maioria dos casos, situações instáveis de comportamento e temperamento, fruto do próprio ambiente em que a pessoa vive.

Quando chegamos a nos deparar com condições inseguras e/ou atos inseguros – podendo ocasionar acidentes – podemos ter a certeza que, atrás dessas situações, há causas psicológicas (na maioria a nível inconciente), que motivaram a sua execução. Em muitos dos acidentes que ouvimos falar existe um aspecto psicosocial de suma importância, que não podemos de forma alguma desprezar.

FATORES DE TENDÊNCIA DIRETA AO ACIDENTE

Estão relacionados à fatores intrínsecos, isto é, ao homem.

São três situações que ifluenciam diretamente a esse fator:

1. Não adaptação entre o homem e a função: Não apresentar aptidões necessárias para o exercício da função. Movimentos rápidos ou lentos de uma pessoa, em determinada máquina ou tarefa.

2. Desconhecimento dos riscos da função e/ou da forma de evitá-los: Cometer atos inseguros por não saber a forma ou outras formas de evitá-los, executando

diferentes a sua apitidão (esposição inconsciente ao risco). Falta de treinamento, divulgação, educação e explicação da tarefa a ser executada.

3. Sinais de desajustamento: Relacionamento com Chefia e colegas. Política salarial ou promocional empredadas pela empresa (comparação externa). Clima de insegurança com relação ao emprego. Atividades exebicionistas (busca de maneiras para satisfação de suas necessidades – ego).

FATORES DE TENDÊNCIA INDIRETA AO ACIDENTE

Estão relacionados à fatores extrínsecos, isto é, ao ambiente de trabalho.São duas situações que ifluenciam diretamente a esse fator:

1. Ambiente de Trabalho: Temperatura, umidade e ventilação impróprias. Iluminação inadequada (isuficiente ou excessiva). Exposição contínua a ruído acima do permitido por norma (Limite 84 dB). Falta de organização e limpeza. Aparelhos mal posicionados (arranjo físico). Aparelhos inadequados ergonomicamente.

2. Condiçoes de Trabalho: Jornadas excessivas (fadiga). Gênero de trabalho (pesado ou monótono). Posições fixas, viciadas ou forçadas. Movimento inúteis ou fora de ritmos. Regime de trabalho (noturno, suplementar, por tarefa).

FATORES RELACIONADOS À CAUSAS SOCIAIS

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Existem também fatores que estão relacionados à causas sociais, que diretamente envolvem o homem, onde alguns podem ser sanados com facilidade, porém outros, dependem de outros fatores que envolvem não só o homem, mas entidades, governo e sociedade.

São alguns destes fatores:

Má alimentação. Sono incompleto. Residência muito distante do

local de trabalho. Moradia em condições de

higiene e conforto. Sobrecarga no orçamento

doméstico. Problemas financeiros.

Analfabetismo. Outras preocupações – Extras

(biscate). Lazer mal utilizado. Transporte deficiente. Problemas familiares com relação à

drogas , alcooloismo, doenças, acidentes com familiares e bigamia.

FATORES RELACIONADOS À CAUSAS FÍSICAS

Seria uma pretensão muito grande de nossa parte resolver todos os problemas de dezenas ou centenas de empregados. Mas, cientes de que existem fatores de insegurança, podemos ajudar a amenizar a instablidade emocional de uma pessoa, as condições físicas de ambiente da empresa.

Meios existem, devemos estudá-los e aplicá-los. Como por exemplo, os empregados portadores de deficiência que devem ser aproveitados em locais seguros, a seleção adequada de um trabalhador para uma função, selecionando a pessoa certa para a função certa.

CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho

A CAT, é um documento que deve ser preenchido smepre que ocorrer um acidente de trabalho.Podemos também dizer que é uma parte importante para registro de ocorrência de acidentes e

complemento para a confecção do relatório de investigação do acidente.

A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho, ocorrido com seu empregado, havendo ou não afastamento do trabalho, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o teto máximo do salário-de-contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada na forma do artigo 109 do Decreto n.º 2.173/97.

A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT, preenchido em seis vias, com a seguinte destinação:

1ª via – ao INSS; 2ª via – à Empresa; 3ª via – ao Segurado ou Dependente; 4ª via – ao Sindicato de Classe do Trabalhador; 5ª via – ao Sistema Único de Saúde – SUS; 6ª via – à Delegacia Regional do Trabalho.

A entrega das vias da CAT compete ao emitente da mesma, cabendo a este comunicar ao segurado ou seus dependentes em qual Posto do Seguro Social foi registrada a CAT.

Quando ocorrer um acidente, diversas providências devem ser tomadas:

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1. Socorro à(s) Vítima(s): A(s) vítima(s) precisa(m) ser removida(s) e encaminhada(s) imediatamente a um Posto de Atendimento Médico que mantenha convênio com o INSS.

2. Desimpedimento do Local: É necessário restabelecer a ordem no local afim de que o trabalho retorne o seu curso normal.

3. Eliminação das Causas: O acidente deve ser investigado, afim de que suas causas sejam identificadas, analisadas e eliminadas.

4. Atendimento às exigências da Legislação Previdenciária: Abertura de CAT.

Para fins legais, também são considerados como acidentes de trabalho os seguintes casos: Ato de sabotagem ou de terrorismo; Ofensa física intencional, por disputa relacionada com o trabalho; Ato de pessoa privada do uso da razão; Imprudência, negligência e imperícia de terceiro; Desabamento, inundação ou incêndio; Execução de serviço à empresa, fora do local de trabalho; Prestação espontânea de serviço à empresa, para evitar prejuízo ou proporcionar proveito; Em viagem a serviço da empresa em qualquer veículo; Acidente de Trajeto, ou seja, o acidente ocorrido no trajeto da residência ao local de trabalho do

empregado, e do local de trabalho à residência do empregado, bem como, nos intervalos destinados as refeições, descanso e outras necessidades fisiológicas;

Portando celular da empresa (sobre-aviso), mesmo estando em sua residência.

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RISCOS AMBIENTAIS

Os riscos que decorrem de condições adversas Inerente ao ambiente ou processo operacional nas diversas atividades profissionais estão presentes por meio do homem, da condição em que um equipamento, produto e condição ambiente proporcionam para afetar a saúde , produtividade e bem-estar do trabalhador.

Os Riscos Ambientais estão diretamente Interligados ao ambiente de trabalho estando divididos como:

Risco Físico Risco Químico

Risco Biológico

Complementando, existem dois riscos que apesar de não estarem pertencendo aos Riscos Ambientais, são complementares na avaliação e controle para uma condição de trabalho. São os Riscos Ergonômicos e Riscos Mecânicos (de Acidente).

RISCO FÍSICO

O Risco Físico abrange os seguintes agentes:

Ruído; Vibração Mecânica; Temperaturas Extremas (Quente e

Frio);

Umidade; Pressões Anormais; Radiações Não Ionizantes; Radiações Ionizantes.

RUÍDO

O Ruído Ocupacional é o risco mais freqüente encontrado nos diversos segmentos de trabalho. Suas conseqüências normalmente são Ignoradas e somente perceptíveis após um longo período de exposição.

Alguns fatores negativos relacionados ao ruído:

Reduz a capacidade auditiva do trabalhador; A exposição Intensa e prolongada atua de forma negativa no

estado emocional do trabalhador, causando conseqüências imprevisíveis;

Quanto mais elevado o nível de ruído, maior o número de trabalhadores que apresentarão Início de surdez (associado a não utilização de EPI);

Influi negativamente na produtividade; É um dos responsáveis Indiretamente por acidentes de trabalho, por causar a falta de

atenção do trabalhador; Pode causar Otite, Labirintite, Perfuração do Tímpano, etc.

VIBRAÇÃO MECÂNICA

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A Vibração Mecânica, também muito freqüente na Indústria, pode ser dividida em duas categorias:

Vibrações Localizadas: São características de operações com ferramentas manuais elétricas ou pneumáticas.

Seus efeitos poderão produzir em longo prazo alterações neuro vasculares nas mãos, problemas nas articulações das mãos e braços e osteoporose.

Vibrações de Corpo Inteiro: São características de operações com grandes máquinas, operação com tratores e caminhões.

Seus efeitos poderão produzir problemas na coluna vertebral, dor lombar além de haver suspeita de causarem pequenas lesões nos rins.

TEMPERATURAS EXTREMAS

As Temperaturas Extremas são as condições térmicas rigorosas encontradas em alguns segmentos da Indústria.

Calor: É sem dúvida muito mais freqüente em certos processos Industriais tais como aciaria, estufas, fornos Industriais, etc.

Seus efeitos poderão produzir Intermação ou Insolação, próstata térmica, desidratação, cãibras do calor e fadiga.

Frio: É mais freqüente em certos processos Industriais que utilizam câmaras frigoríficas ou em operações executadas ao ar livre em certas regiões de grande altitude e período de Inverno Intenso.

Seus efeitos poderão produzir congelamento dos membros podendo levar à gangrena, hipotermia (queda da temperatura do corpo), ulcerações do frio (feridas, bolhas, rachaduras e necrose) e pés de Imersão (estagnação do sangue com paralisação dos pés e pernas).

UMIDADE

A Umidade é um risco predominante em locais alagadiços, principalmente em concretagem, lavagem de veículos, atividades em córregos e valas.

PRESSÕES ANORMAIS

As Pressões Anormais estão mais freqüentes em trabalhos submersos ou realizados abaixo do nível do lençol freático.

Nestas condições utilizam-se pressões elevadas para expulsar a água do compartimento de trabalho, ficando a pressão atmosférica acima do normal.

Os trabalhos realizados em caixões pneumáticos, campânulas, tubulões, etc. devem ser seguidas de medidas preventivas e de segurança, bem como a de mergulhadores que estão sujeitos as mesmas pressões.

Entre os problemas mais freqüentes que afetam os trabalhadores expostos a pressões elevadas, a Intoxicação pelo gás carbônico é a mais conhecida, bem como as doenças descompressivas, das quais a mais grave é a embolia causada pelo nitrogênio.

RADIAÇÃO NÃO IONIZANTE

As Radiações Não Ionizantes são de natureza eletromagnética e seus efeitos dependerão de fatores tais como a duração e a Intensidade da exposição.

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Radiação Infravermelha: Também chamada de calor radiante, é bastante comum nas Indústrias que possuem fornos e materiais altamente aquecidos e trabalhos expostos à radiação do Sol.

A exposição poderá causar queimaduras, cataratas e doença ocular Irreversível.

Radiação Ultravioleta: Encontrada em operações de solda elétrica, fusão de materiais e ambiente com lâmpadas especiais.

A exposição poderá causar queimaduras, eritema, conjuntivite e alguns tipos de câncer de pele.

Radiação Laser: Energia eletromagnética altamente concentrada, utilizada em Indústrias, Informática, comunicações e medicina.

A exposição poderá causar queimaduras na pela e nos olhos extremamente graves.

Radiação Microondas: Muito utilizadas nas comunicações, tais como radar, radiotransmissão e alguns processos Industriais químicos.

A exposição poderá causar cataratas, superaquecimento dos órgãos Internos podendo ocasionar morte, efeitos crônicos com o aumento da pressão sanguínea, alterações no sistema neurocentral e aumento da atividade da glândula tireóide.

RADIAÇÃO IONIZANTE

As Radiações Ionizantes oferecem um sério risco por produzirem uma ionização nos materiais os quais incidem, Isto é, produzem a subdivisão de partículas inicialmente neutras em

partículas eletricamente carregadas. As Radiações Ionizantes são provenientes de materiais radioativos.Diversos desses materiais e equipamentos são utilizados na indústria, centros de pesquisa, hospitais,

laboratórios,etc.A utilização de material radioativo somente poderá ser feita por pessoal devidamente treinado e com

uso de equipamento de proteção.A exposição ao Raio X, devido ao ser alto poder de penetração, pode acarretar em anemia, leucemia,

câncer e alterações genéticas.

RISCO QUÍMICO

O Risco Químico se classifica em

Sólidos; Líquidos;

Gases.

Dependendo das condições e processos aos quais está submetido o produto podem ser encontrados na forma de gás/vapor, líquido, sólido e material particulado atmosférico (aerossóis).

CLASSIFICAÇÃO FISIOLÓGICA DOS AGENTES QUÍMICOS

Irritantes Tóxicos Cancerígenos / Mutagênicos Fibrosantes Radioativos Asfixiantes

Corrosivos Inflamáveis Explosivos Comburentes ou Oxidantes Nocivos para o Meio Ambiente

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INTOXICAÇÃO POR AGENTES QUÍMICOS

As intoxicações são decorrentes da exposição a substância tóxicas, estando classificadas como:

Intoxicação Crônica - Resultado da Absorção repetida de pequenas doses.

Intoxicação Aguda - Resultado de uma exposição de certa duração, no qual a absorção atinge concentrações muito altas capazes de trazer sérias conseqüências para o organismo.

RISCO BIOLÓGICO

O Risco Biológico é aquele que advém de microorganismos causadores de doenças, com os quais um trabalhador pode entrar em contato durante uma atividade profissional.

Os agentes biológicos não apresentam limites de tolerância, sua avaliação é apenas Qualitativa, não depende de concentração ou intensidade, nem tempo de exposição, basta o

trabalhador estar executando suas atividades em um local que o exponha a vírus, bactérias, parasitas, fungos, bacilos e protozoários.

Normalmente ficam sujeitos a exposição destes agentes, Médicos, enfermeiros, funcionários de sanatórios, laboratório de análises clínicas, lixeiros, açougueiros, lavradores, tratadores de gado e cães, trabalhadores de curtume, tratamento de esgoto, etc.

As medidas de proteção, além dos equipamentos de proteção individual adequados, extendem-se para vacinação, rigorosa higiene pessoal (roupas, ambientes de trabalho e vestiários), ventilação adequada e controle médico permanente.

ERGONOMIA

O que vem a ser Ergonomia ?Palavra originada do grego “ergon” = Trabalho, e “nomos” = Leis naturais do, é uma ciência

multidisciplinar que, baseia suas teorias na Antropometria, na Fisiologia, na Psicologia e na Engenharia, tem como principal objetivo a adaptação das condições de trabalho às características físicas e psicológicas do homem.

RISCO ERGONÔMICO

O Risco Ergonômico está relacionado com fatores fisiológicos e psicológicos inerentes a execução das atividades profissionais.

Estes fatores podem produzir alterações no organismo e estado emocional, comprometendo a sua saúde, segurança, bem-estar e produtividade.

Entre os principais fatores estão:

Esforço Físico Intenso Monotonia e Repetitividade Levantamento e Transporte manual

de pesos Posição e Ritmo de Trabalho Fadiga Posturas Inadequadas

Trabalho sob pressão Etc.

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Dentre os causadores de males, um que atualmente é tido como o principal é a LER/DORT (Lesões por Esforços Repetitivos / Dirtúbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) .

EXEMPLOS DE DORT

Em as lesões mais comuns destacamos as mialgias, tendinites, tenossinovites, epicondilites, doença de D’Quervain, dedo em gatilho, sindrome do pronador redondo, síndrome do túnel do carpo, síndrome do canal cubital, síndrome do desfiladeiro torácico, síndrome da porção longa do bíceps, síndrome do canal de Guyon e lesões de coluna (lombalgias, dorsalgias, cervicalgias)

CARACTERÍSTICAS DOS DORTS

Processos fisiológico e mecânico Relacionado com a intensidade e duração da tarefa Desenvolvimento pode levar semanas, meses e anos Recuperação pode levar semanas, meses e anos Sintomas geralmente são localizados com pobreza, não específicos e

episódicos Geralmente não reportados Multicausais (mais de um fator envolvido)

OUTROS RISCOS

Complementando os Riscos a que um trabalhador pode estar exposto, existe o Risco Mecânico (de Acidente), que está relacionado ao ambiente de trabalho.

RISCO MECÂNICO (DE ACIDENTE)

O Risco Mecânico é aquele que advém de situações externas, isto é, o ambiente de trabalho.Arranjo Físico inadequado, equipamentos sem proteção, eletricidade, sinalização inadequada e/ou

inexistente, perigo de incêndio ou explosão, transporte inadequado de materiais, armazenamento inadequado entre outros.

O controle de tais riscos somente pode ser efetuado com inspeção local e um monitoramento do ambiente.

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EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Equipamento de Proteção Individual é todo dispositivo de uso individual destinado a proteger a integridade física do trabalhador.

O EPI deve ser sempre considerado como a última alternativa de proteção, quando todos os outros métodos de controle do ambiente não atenderem seu objetivo para riscos que não sejam caracterizados por condições eventuais ou de emergência.

O EPI não previne um acidente, mas pode prevenir uma lesão ou atenuá-la.

CRITÉRIOS PARA SELEÇÃO DE UM EPI

A seleção de um EPI deve ser por meio de um conjunto de observações e características. Devemos observar:

Característica do uso (Risco ambiental, condição de trabalho, parte do corpo a proteger); Característica do EPI:

Oferecer a máxima e mais completa proteção; Oferecer conforto e mínimo de peso possível; Facilitar os movimentos no posto de trabalho; Ter sido fabricado conforme as normas existentes; Ser de fácil manutenção; Possuir C.A - Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

Os tipos de EPI´s e sua normatização estão na NR-6 - Equipamento de Proteção Individual, Portaria 3.214 de 08 de Junho de 1978.

SEGURANÇA EM ÁREA DE TRABALHO

Em recintos fechados, como fábricas, oficinas, armazéns, etc e a céu aberto, o ambiente e os meios de trabalho devem proporcionar condições que, pelo menos, atendam o que a legislação estabelece como padrão mínimo de segurança e de higiene para os trabalhadores.

Esse mínimo engloba:

Edificações, incluindo instalações sanitárias adequadas como as normas vigentes; Luz natural ou artificial, adequada em qualidade e quantidade; Ar isento de concentrações perigosas de contaminantes;

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Meios de controle de fontes de Calor para neutralizar a agressividade desse agente; Instalações elétricas, ou de outras energias, dentro de padrões técnicos seguros; Máquinas e equipamentos com todos os dispositivos de segurança exigidos pelas Normas; Ferramentas adequadas quantitativamente e qualitativamente; Meios seguros de armazenagem e movimentação de materiais; Controle de produtos perigosos.

Toda atividade antes de ser executada deverá ser precedida de uma ordem a qual segue padrões mínimos de segurança.

As atividades relacionadas com a sua função são aquelas a que você foi treinado e obteve autorização para executar. Executar outra tarefa que não seja a qual você esteja habilitado constitui um grande risco para se causar um Acidente.

PREVENÇÃO E COMBATE À INCÊNDIOS

São considerados Sistema de Extinção o conjunto de medidas e equipamentos adotados que visam impedir e controlar a propagação de incêndio.

TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE EXTINÇÃO

Os Equipamentos de Extinção utilizados são: Extintor de Incêndio, Hidrante e Sprinkler (Chuveiro Automático).

EXTINTOR

Os extintores destinam-se ao combate imediato e rápido à pequenos focos de incêndio, não devendo ser considerados como substitutos de sistemas de extinção mais complexos, mas sim como equipamento adicional.

Os extintores são fabricados em vários tamanhos e tipos, cada um para atender uma ou mais classes de incêndios.

Água Pressurizada (CLASSE A)

É indicado para classes de incêndio tipo "A". Dentro do cilindro existe gás junto com água sobre pressão, quando acionado o gatilho, a água é expelida resfriando o material, tornando a temperatura inferior ao ponto de ignição.

* Não deve ser utilizado em classes de incêndio tipo "C", pois pode acarretar choque elétrico.

Pó Químico Seco (CLASSE B / C)

É indicado para classe de incêndio tipo "B" mas pode ser utilizado em incêndio tipo "C". Dentro do cilindro existe um composto químico em pó, normalmente Bicarbonato de Sódio, com um gás propulsor, normalmente Dióxido de Carbono ou Nitrogênio. Ao entrar em contato com as chamas, o pó se decompõe, isolando rapidamente o oxigênio indispensável à combustão e extinguindo o fogo por abafamento.

Gás Carbônico - CO2 (CLASSE B / C)

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É indicado para classes de incêndio tipo "C" mas pode também ser utilizado em incêndio tipo "B". Dentro do cilindro contem dióxido de carbono, um agente extintor não tóxico, não condutor de eletricidade, de baixíssima temperatura, que recobre o fogo e forma de uma camada gasosa, isolando o oxigênio indispensável à combustão, extinguindo o fogo por abafamento.

Classes de Incêndio Água Pressurizada Gás Carbônico Pó Seco

De superfície e profundidade: panos, lixos, fibras, papeis,

madeira

SimCom ótimo resultado

SimSem grande eficiência

SimSem grande eficiência

De superfície: querosene, gasolina, óleos, tintas,

graxas, gases

NãoContra indicado

SimCom bom resultado

SimCom ótimo resultado

Equipamentos elétricos

NãoPerigoso, conduz

eletricidadeSim

Com ótimo resultado

SimPode causar danos no

equipamento

Como opera-lo:

1 - Leve o extintor ao local do fogo,

2 - Colocar-se a uma distância segura,

3 - Retire o grampo,4 – Atacar o fogo dirigindo o jato para a base do fogo.

1 - Levar o extintor ao local do fogo,

2 - Retire o grampo,3 - Retire o difusor, e segurando o punho,

4 - Atacar o fogo, dirigindo o jato para a base do fogo,

movimentar o difusor.

1 - Levar o extintor ao local do fogo,

2 - Empunhar o esguicho e retirar o

grampo,3 - Atacar o fogo,

acionando o dispositivo de descarga,

procurando cobrir toda a área atingida com

movimentação da mão.

Efeito Resfriamento Abafamento e Resfriamento Abafamento

Existem também os extintores tipo carreta, que levam em seu interior os mesmos agentes extintores, porém com maior quantidade de carga.

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Os extintores devem ser vistoriados mensalmente, analisando casco, mangotes, válvulas, manômetro, carga, pressão do cilindro.

HIDRANTE

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Hidrante é uma tomada de água, onde se conectam mangueiras para combate ao fogo. São no mínimo duas tomadas d’água por hidrante na bitola de 21/2 polegadas.

Em cada caixa de mangueiras deve haver dois lances de 15m de mangueira de 21/2 polegadas, duas chaves de conexão, uma chave para válvula, dois esguichos de jato pleno ou sólido, podendo ser também

esguicho tipo neblina. No caso de se usar mangueiras de 1 1/2 deverá haver um adaptador de bitolas.

O abastecimento de água poderá ser por gravidade ou através de bombas que sugam água de cisternas ou de lagos.

Além do tradicional tipo de Hidrante que é fixado na parede, existe também o Hidrante de Coluna (Figura acima), que estão instalados ao redor da Fábrica.

SPRINKLERS

Os Sprinklers são utilizados em sistemas fixos de proteção e combate a incêndios, constitui-se basicamente de um elemento sensor, corpo e defletor. O sensor é uma ampola de vidro que possui em seu interior um líquido que com o aumento de temperatura se expande, rompendo o seu invólucro e consequentemente liberando a passagem de água do sistema que se choca contra o defletor espalhando a água na forma de cone sobre o foco do incêndio. A temperatura de acionamento do Sprinkler é selecionada em função da máxima temperatura expectada no ambiente, em

condições normais. A vazão de água é determinada em função do risco a proteger.

Temperatura de rompimento:

Cor do líquido Temperatura AcionamentoVermelho 68ºCAmarelo 79ºCVerde 93ºCAzul 141ºC

PRIMEIROS SOCORROS

Os Primeiros Socorros protegem a vítima contra maiores danos, até a chegada de um profissional de saúde especializado. Como?

Mantendo a respiração Mantendo a circulação Cessando hemorragias Impedindo o agravamento da lesão Prevenindo o estado de choque

Protegendo as áreas queimadas Mantendo as áreas com suspeitas de

fratura ou luxação protegidas e imobilizadas

Transportando cuidadosamenteE mais:

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Inspire Confiança - ao abordar a vítima, fale sempre com segurança, observando seu estado de consciência. E não faça nada mais do que o rigorosamente o essencial para controlar a situação até a chegada do socorro qualificado.

Se a vítima estiver consciente, perguntar seguidamente: NOME, DIA, ENDEREÇO, etc. Caso comece a trocar idéias ou não se lembrar, observar e removê-la o mais rápido possível para

socorro especializado. Caso a vítima tenha sede, não oferecer líquidos para beber, apenas molhar a boca com gaze úmida.

NUNCA DÊ BEBIDA ALCOÓLICA.

HEMORRAGIA - TORNIQUETES

A perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo - veia ou artéria. Toda hemorragia deve ser controlada imediatamente. A hemorragia abundante e não controlada pode causar a morte em minutos. NÃO PERCA TEMPO

Estanque a hemorragia

Use uma compressa limpa e seca: de gaze, de pano ou mesmo um lenço limpo Coloque a compressa sobre o ferimento Pressione com firmeza Use atadura, uma tira de pano, gravata ou outro recurso que tenha a mão para amarrar a

compressa e mantê-la bem firme no lugar Caso não disponha de uma compressa, feche a ferida com o dedo ou comprima com a mão

evitando uma hemorragia abundante Pontos de pressão - calque fortemente, com o dedo ou com a mão de encontro ao osso,

nos pontos onde a veia ou a artéria são mais fáceis de encontrar. Esses pontos são fáceis de decorar, desde que você os observe com atenção.

Se o ferimento for nos braços ou nas pernas, sem fratura, a hemorragia será controlada mais facilmente levantando-se a parte ferida.

E mais:

Se o ferimento for na perna - dobre o joelho. Se o ferimento for no antebraço - dobre o cotovelo. Mas sempre tendo o cuidado de colocar por dentro da parte dobrada, bem junto da articulação, um chumaço de pano, algodão ou papel.

ATENÇÃO

Os torniquetes são usados essencialmente nos casos de amputação ou esmagamento de membros e só podem ser colocados no braço ou na coxa.

Como fazer um torniquete

1. use panos resistentes e largos. Nunca use arame, corda, barbante ou outros materiais muito finos ou estreitos que possam ferir a pele.

2. Enrole o pano em volta da parte superior do braço ou da perna, logo acima do ferimento. 3. Dê um meio nó 4. Coloque um pequeno pedaço de madeira no meio nó 5. Dê um nó completo sobre a madeira. 6. Torça o pedaço de madeira até parar a hemorragia. Fixe o pedaço de madeira.

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7. Marque com lápis, batom ou carvão na testa ou em qualquer lugar visível da vítima, as letras "TQ" (torniquete) e a hora.

8. Não cubra o torniquete.

O torniquete só deve ser usado quando outro método não for eficiente ou se houver somente um socorrista e a vítima necessitar de outros cuidados importantes.

Desaperte gradualmente o torniquete a cada 10 ou 15 minutos. Se a hemorragia não voltar, deixe o torniquete frouxo no lugar, de modo que ele possa ser reapertado em caso de necessidade.

ATENÇÃO

A qualquer tempo se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e arroxeadas, afrouxe um pouco o torniquete, o suficiente para restabelecer a circulação, reapertando a seguir caso prossiga a

hemorragia. Ao afrouxar o torniquete, comprima o curativo sobre a ferida.

Enquanto estiver controlando a hemorragia, proceda da seguinte forma: Mantenha a vítima agasalhada com cobertores ou roupas, evitando seu contato com o chão frio.

HEMORRAGIA INTERNA

SUSPEITA DE HEMORRAGIA INTERNA

A hemorragia é resultante de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos. O sangue não aparece. A vítima apresenta:

Pulso Fraco Pele Fria Suores abundantes

Palidez intensa e mucosas descoradas

Sede Tonturas, podendo estar inconsciente

(estado de choque)

Mantenha o paciente deitado - e cabeça mais baixa que o corpo - exceto quando haja uma suspeita de fratura de crânio ou de derrame cerebral, quando a cabeça deve ser mantida levantada. Aplique compressas frias ou saco de gelo no ponto em que a vítima foi atingida, possível local de hemorragia.

Trate como se fosse um caso de estado de choque (veja Link sobre estado de choque na página principal de primeiros socorros)

Procure um profissional de saúde imediatamente

HEMORRAGIA NASAL

Ponha o paciente sentado, com a cabeça em posição normal e aperte-lhe a(s) narinas(s) durante cinco minutos.

Caso a hemorragia não ceda, coloque um tampão de gaze por dentro da narina e um pano de toalha fria sobre o nariz. Se possível, use um saco de gelo.

Se a hemorragia continuar, o socorro dos profissionais de saúde é necessário.HEMORRAGIA DOS PULMÕES (HEMOPTISE)

Após um acesso de tosse, o sangue sai pela boca em golfadas e é vermelho rutilante. coloque o doente em repouso no leito com a cabeça mais baixa que o corpo.

Não o deixe falar, mantendo-o calmo.

Procure um profissional de saúde competente imediatamente.

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HEMORRAGIA DO ESTÔMAGO (HEMATÊMESE)

O paciente geralmente apresenta, antes da perda de sangue: enjôo náusea

Ao vomitar, vem sangue como se fosse borra de café. Coloque o doente deitado sem travesseiro. Não lhe dê nada pela boca. Aplique saco de gelo ou compressas frias sobre o estômago. O atendimento por profissional de saúde é indispensável

FERIMENTOS SUPERFICIAIS PROFUNDOS

FERIMENTOS LEVES OU SUPERFICIAIS

1. Limpe o ferimento cuidadosamente com água corrente e sabão. 2. Não aplique soluções na ferida. 3. Proteja o ferimento com gaze esterilizada ou pano limpo, fixando sem apertar. 4. A menos que saiam facilmente, durante a limpeza, não tente retirar farpas, vidros ou partículas de

metal do ferimento. 5. Não toque no ferimento com os dedos, lenços usados ou outros materiais sujos. 6. Mude o curativo tantas vezes quantas seja necessário para mantê-lo limpo e seco. 7. Se posteriormente, o ferimento ficar dolorido ou inchado, é sinal de infecção.

FERIMENTOS EXTENSOS OU PROFUNDOS

São os seguintes os casos de ferimentos extensos ou profundos que requerem pronta atenção médica:

1. Quando as bordas do ferimento não se juntam corretamente. 2. Quando há presença de corpos estranhos. 3. Quando a pele, os músculos, nervos ou tendões estão dilacerados. 4. Quando há suspeita de penetração profunda do objeto causador do ferimento (bala, faca, prego etc.) 5. Se o ferimento é no crânio ou na face. 6. Se a região próxima ao ferimento não tem aparência ou funcionamento normal.

FERIMENTOS ABDOMINAIS ABERTOS

1. Caso os órgãos tenham saído da cavidade, não procure recolocá-los no lugar. 2. Cubra com uma compressa úmida e limpa. 3. Prenda a compressa firmemente no lugar com uma atadura, sem comprimir. 4. O objetivo é proteger os órgãos expostos, por meio do curativo. A atadura deverá ser firme, mas não

apertada. Evite ao máximo mexer nos órgãos expostos.

FERIMENTOS PROFUNDOS NO TÓRAX

1. Coloque sobre o ferimento uma gaze ou um chumaço de pano ou a própria mão, para impedir a penetração do ar através do ferimento.

2. Seque o chumaço no lugar. Pressione com firmeza. 3. Um cinto ou faixa de pano passado firmemente em volta do tórax sobre o curativo será capaz de

manter fechado o ferimento. 4. Não aperte muito o cinto ou a faixa em torno do tórax, para não prejudicar os movimentos

respiratórios da vítima.

FERIMENTOS NA CABEÇA

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Exceto os de menor gravidade, os ferimentos na cabeça requerem sempre pronta atenção médica. Faça o seguinte:

1. Em caso de Inconsciência ou de Inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.

2. Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras ou esparadrapo.

3. Se o sangramento for no nariz, na boca ou no ouvido, vire a cabeça da vítima para o lado que está sangrando.

4. Se escoar pelo ouvido um líquido límpido, incolor, deixe sair naturalmente, virando a cabeça de lado.

FERIMENTOS NA CABEÇA – BANDAGEM - CONTUSÕES

FERIMENTOS NA CABEÇA

Exceto os de menor gravidade, os ferimentos na cabeça requerem sempre pronta atenção de um profissional de saúde.

Faça o seguinte:

1. Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.

2. Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras ou esparadrapo.

3. Se o sangramento for no nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o lado que está sangrando.

4. Se escoar pelo ouvido um líquido límpido, incolor, deixe sair naturalmente, virando a cabeça de lado.

BANDAGEM

Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use tiras limpas de um lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha. Na aplicação de uma bandagem tome os seguintes cuidados:

1. A região deve estar limpa 2. Os músculos relaxados 3. Enfaixe no sentido da extremidade para o centro, Ex.: nos membros superiores, no sentido da mão

para o braço 4. Não imprima uma pressão excessiva ao enfaixar. A circulação deve ser mantida 5. Deixe sempre as extremidades (dedos) livres, para observar arroxeamento e frio na pele local

CONTUSÕES

Quando o local da contusão fica arroxeado, é sinal de que houve hemorragia ou derrame por baixo da pele. O acidentado sente dor e o local fica inchado. Primeiras providências a tomar:

1. Repouso da parte contundida, elevando-a se for nos membros 2. Aplique compressas frias ou saco de gelo até que a dor e a inchação tenham diminuído 3. Após 24 Hs, podem ser usadas compressas de água quente, para apressar a cura

SE A CONTUSÃO FOR GRAVE - CONSULTE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE, PODE TER HAVIDO FRATURA.

Em caso de contusões no tórax ou abdome, suspeitar de possível hemorragia interna.

ESTADO DE CHOQUE

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Em todos os casos de lesões graves, grandes hemorragias, internas ou externas, pode surgir o estado de choque.

OUTRAS CONDIÇÕES CAUSADORAS DO ESTADO DE CHOQUE:

1. Queimaduras graves, ferimentos graves ou extensos

2. Esmagamentos 3. Perda de sangue 4. Acidentes por choque elétrico 5. Envenenamento por produtos químicos

6. Ataque cardíaco 7. Exposição a extremos de calor ou frio 8. Dor aguda 9. Uma infecção 10. Intoxicação por alimentos 11. Fraturas

SINAIS DO ESTADO DE CHOQUE

1. Pele: fria e pegajosa 2. Suor: na testa e nas palmas das mãos 3. Face: pálida, com expressão de

ansiedade 4. Frio: a vítima queixa-se de sensação de

frio, chegando às vezes a ter tremores 5. Náuseas e vômitos

6. Respiração: curta, rápida e irregular 7. Sede, agitação e confusão mental 8. Visão: nublada 9. Pulso: fraco e rápido 10. Poderá estar total ou parcialmente

inconsciente

Diante deste quadro, enquanto espera a chegada de recurso médico - ou providencia o transporte da vítima - tome as seguintes medidas:

1. Realize uma rápida inspeção na vítima 2. Combata, evite ou contorne a causa do

choque, de possível (p ex.: controle da hemorragia)

3. Conserve a vítima deitada com as pernas elevadas em ângulo de 30 graus caso não haja fratura

4. Afrouxe a roupa apertada do pescoço, no peito e na cintura

5. Retire da boca, caso exista, dentadura, goma de mascar, etc.

6. Mantenha a respiração 7. Mantenha a cabeça virada para o lado 8. Se for possível, mantenha a cabeça mais

baixa que o tronco 9. Mantenha a vítima agasalhada, utilizando

cobertores, mantas etc...

Não dê:

Bebidas alcoólicas em nenhuma hipótese. Líquidos a uma pessoa inconsciente ou semi inconsciente Líquidos, caso suspeite de lesão abdominal.

DESMAIO - QUIEMADURAS

O desmaio pode ser considerado uma forma leve do "estado de choque", provocado em geral por emoções súbitas, fadiga, fome e nervosismo.

A vítima empalidece, cobre-se de suor, o pulso e a respiração são geralmente fracos.

Deite a pessoa de costas com a cabeça baixa, elevando as pernas em ângulo de 30 graus Desaperte-lhe a roupa Aplique panos frios no rosto e na testa

Se o desmaio durar mais de um ou dois minutos, agasalhe o paciente e procure um serviço de saúde.

CASO ESPECIAL

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Sentindo que vai desfalecer ao ver uma hemorragia ou ferimento, baixe imediatamente a cabeça ou então sente-se em uma cadeira e curve-se para frente com a cabeça entre as pernas, mais baixa que os joelhos, e respire profundamente.

QUEIMADURAS

Lesão decorrente da ação do calor, frio, produtos químicos, corrente elétrica, emanações radioativas e substâncias biológicas (animais e plantas).

Exemplos:

Contato direto com chama, brasa ou fogo Contato com gelo ou superfícies congeladas Vapores quentes Líquidos ferventes Sólidos superaquecidos ou incandescentes Substâncias químicas (ácidos, soda cáustica, fenol, nafta etc.) Emanações radioativas Radiações infravermelhas e ultravioleta (em aparelhos de laboratórios ou devido ao excesso de

raios solares) Eletricidade Contato com animais e plantas. Ex.: animais: larvas, medusa, água-viva e alguns sapos; plantas:

Urtiga.

As Queimaduras externas classificam-se em:

SUPERFICIAIS: quando atingem algumas camadas da pele. PROFUNDAS: quando há destruição total da pele.

CLASSIFICAÇÃO EM GRAUS:

PRIMEIRO: lesão das camadas superficiais da pele

Vermelhidão Dor local suportável Não há formação de bolhas EX.: aquelas causadas pelos raios solares.

SEGUNDO: lesão das camadas mais profundas da pele

Formação de bolhas e flictenas (bolhas maiores) Desprendimento de camadas da pele Dor e ardência locais de intensidade variável

TERCEIRO: lesão de todas as camadas da pele

Comprometimento de tecidos, mais profundos até o osso

QUEIMADURAS DE 1, 2, 3 GRAUS PODEM-SE APRESENTAR NO MESMO PACIENTE

O risco de vida é maior nos grandes queimados:

Criança com mais de 10% de área corporal queimada Adulto com mais de 15% de área corporal queimada

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Principais medidas de primeiros socorros:

1 - Prevenir o estado de choque 2 - Controlar a dor 3 - Evitar a contaminação

QUEIMADURAS TÉRMICAS E QUÍMICAS

Queimaduras Térmicas (Líquidos quentes, fogo, vapor, raios solares etc.):

Deite a vítima Coloque a cabeça e o tórax da vítima em plano inferior ao resto do corpo. Levante-lhe as pernas,

se possível num ângulo de 30 graus Se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante líquido: água, chá, café, sucos de frutas. NUNCA

DÊ BEBIDAS ALCOÓLICAS. Se possível, dê-lhe medicação contra a dor que seja de seu conhecimento Coloque um pano limpo, úmido, para proteger a lesão e manter a temperatura corporal Procure imediatamente um profissional de saúde: remova-a para um hospital, de possível

em ambulância. Não demore!!!

Agentes Químicos:

Lave a área atingida com bastante água Aplique jato de água enquanto retira as roupas da vítima Proceda como nas queimaduras térmicas, prevenindo o choque e a dor Remova a vítima para um hospital

NÃO aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras externas

NÃO retire corpos estranhos ou graxas das lesões NÃO fure as bolhas existentes NÃO toque com as mãos a área queimada

PRESTAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS NAS PEQUENAS QUEIMADURAS TÉRMICAS

Lave o local com água fria limpa e corrente por aproximadamente 15 minutos NÃO toque na lesão NÃO fure bolhas NÃO coloque sobre a lesão soluções ou pomadas, exceto vaselina esterilizada

Para os próximos curativos, lave com água e sabão neutro e aplique vaselina líquida

Químicas:

Lave a queimadura lentamente com grande quantidade de água Cubra com gaze ou pano limpo Dependendo da parte atingida (olhos, face, órgãos genitais, boca etc.), procure logo um

profissional de saúde.

TODAS AS QUEIMADURAS DEVEM SER EXAMINADAS POR UM MÉDICO OU ENFERMEIRO COM BREVIDADE.

EXCETUAM-SE OS CASOS EM QUE A PELE ESTEJA APENAS AVERMELHADA E SE TRATE DE PEQUENA ÁREA QUEIMADA.

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QUEIMADURAS NOS OLHOS - PARADA RESPIRATÓRIA

Podem ser produzidas por substâncias irritantes - ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido, chama direta.

Tratamento:

Lavar os olhos com água em abundância ou, se possível, com soro fisiológico, durante vários minutos

Não esfregar os olhos Não pingar colírios Vendar os olhos atingidos com uma gaze ou pano limpo gelado Consultar um profissional de saúde com maior brevidade possível.

PARADA RESPIRATÓRIA

Uma pessoa cuja respiração parou morrerá caso a mesma não seja imediatamente restabelecida. Sinais graves:

Observe o peito da vítima: se não se mexer, houve parada nos movimentos respiratórios Os lábios, língua e unhas ficam azulados

APLIQUE RESPIRAÇÃO DE SOCORRO SEM DEMORA

RESPIRAÇÃO DE SOCORRO

Afrouxe as roupas da vítima, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura Verifique se há qualquer coisa ou objeto obstruindo a boca ou garganta da vítima Inicie a respiração de socorro tão logo tenha a vítima sido colocada na posição correta. Cada

segundo é precioso Ritmo: 15 respirações por minuto

PROCURE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE

Mantenha a vítima aquecidaNÃO espere ou procure ajuda. Aja logoNÃO deixe de afrouxar as roupasNÃO desanimeNÃO DÊ LÍQUIDOS enquanto a vítima estiver inconscienteNÃO DEIXE a vítima sentar-se ou levantar-seNUNCA DÊ bebidas alcoólicas. Dê-lhe chá ou café quente para beber, logo que volte a siNÃO REMOVA a vítima, salvo se for absolutamente necessário, até que sua respiração volte ao

normal. Mesmo assim, remova-a em posição deitada.

Caso seja imperioso remover a vítima para outro local ou caso seja necessário trocar de socorrista, estas operações devem ser feitas SEM INTERROMPER O RITMO DA RESPIRAÇÃO DE SOCORRO.

Mesmo com a vítima recuperada:

Procure um profissional de saúde Transporte-a a um hospital

MÉTODOS DE RESPIRAÇÃO DE SOCORRO

Respiração de Socorro. Método Boca - a - Boca (Para Crianças)

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Deite a criança com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás Levante seu queixo de modo que fique projetado para fora Conserve a criança nessa posição de forma que a sua língua não obstrua a passagem do ar Coloque a boca sobre a BOCA E O NARIZ da criança, soprando suavemente até notar que seu

peito se levanta e os pulmões se expandem

O ar soprado para dentro dos pulmões da criança possui bastante oxigênio para salvar a sua vida.

Deixe a criança expirar livremente Tão logo ouça a criança expirar, repita o método

MANTENHA UM RITMO DE 15 RESPIRAÇÕES POR MINUTO

Sempre que possível, pressione levemente o estômago da criança para evitar que o mesmo se encha de ar.

Método Boca - a - Boca (Para Adultos)

Coloque a vítima deitada de costas, mantendo-a nesta posição. Tenha o máximo de cuidado não fazendo movimentos bruscos.

Use as duas mãos para estabilizar o pescoço e, com os dedos polegares, empurre o queixo da vítima para baixo de forma que sua língua não impeça a passagem do ar.

Coloque sua boca com firmeza sobre a boca da vítima. Feche bem as narinas da vítima usando o polegar e o indicador. Sopre para dentro da boca da vítima até notar que seu peito está se levantando. Deixe a vítima expirar o ar livremente.

REPITA O MOVIMENTO 15 VEZES POR MINUTO

RESPIRAÇÃO DE SOCORRO - MÉTODO SYLVESTER (Pode ser empregado quando não for possível aplicar a respiração boca a boca)

Coloque a vítima com o rosto voltado para cima Ajoelhe-se de frente para vítima e ponha a cabeça dela entre os seus joelhos Segure-lhe os braços, pelos pulsos, cruzando-os e comprimindo-os contra a parte inferior do peito A seguir puxe os braços da vítima para cima, para fora e para trás o mais que puder

REPITA O MOVIMENTO 15 VEZES POR MINUTO

MÉTODO DE RESPIRAÇÃO

CONDUTA EM CASO DE PARADA DA RESPIRAÇÃO

Gases Venenosos, Vapores Químicos ou Falta de Oxigênio

Remova a vítima para um local arejado e não contaminado Inicie a respiração de socorro pelo método de boca-a-boca ou Holger Nielsen

Afogamento

Retire rapidamente a vítima da água Inicie a respiração boca-a-boca o mais rápido possível logo que alcance a vítima, ainda na água

ou no barco ou tão pronto atinja um local mais raso

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Agasalhe a vítima. Se necessário, comprima seu estômago para expulsar a água, virando o rosto para o lado

Sufocamento por Saco Plástico

Rasgue ou retire o saco plástico Inicie imediatamente a respiração boca-a-boca.

Choque Elétrico

Não toque na vítima até que ela esteja separada da corrente ou está interrompida Não tente retirar uma pessoa presa a um cabo elétrico exposto ao tempo, a menos que você

tenha sido especialmente treinado para este tipo de salvamento. Entretanto lembre-se de que cada segundo de contato com a eletricidade diminui a possibilidade de sobrevivência da vítima ao choque elétrico

Se você souber, desligue a tomada ou a chave geral da corrente elétrica. Se não souber, chame imediatamente quem entenda do assunto ou então use uma vara ou ramo seco, uma corda seca ou um pano seco para afastar ou empurrar o fio da vítima. Toque apenas em material seco não condutor de eletricidade.

Inicie a respiração boca-a-boca logo que a vítima esteja livre do contato com a corrente

Abalos Violentos Resultantes de Explosão ou Pancada na Cabeça ou no Abdome

Inicie imediatamente a respiração boca-a-boca

Envenenamento por Ingestão de Sedativos ou Produtos Químicos

Inicie imediatamente a respiração boca-a-boca

Soterramento

Inicie a respiração vigorosa boca-a-boca Ao mesmo tempo procure libertar o tórax da vítima Faça o possível para evitar novos desmoronamentos

PARADA DO CORAÇÃO – MASSAGEM CARDÍACA

Os casos de parada do coração exigem ação imediata. Não espere a chegada do médico. Se não perceber batimentos do coração Se não conseguir palpar o pulso Se a vítima apresentar acentuada palidez

FAÇA MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA DO SEGUINTE MODO:

Coloque a vítima deitada de costas sobre superfície dura Coloque suas mãos sobrepostas na metade inferior do esterno Os dedos devem ficar abertos e não tocam a parede do tórax Faça a seguir uma pressão, com bastante vigor, para que se abaixe o esterno, comprimindo o

coração de encontro à coluna vertebral. Descomprima em seguida Repita a manobra tantas vezes quantas forem necessárias (cerca de 60 por minuto)

CUIDADOS

Nos jovens, fazer pressão apenas com uma mão e nas crianças e bebês com os dedos, a fim de que não ocorram fraturas ósseas - esterno ou costelas.

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CASO SE VERIFIQUE AO MESMO TEMPO parada respiratória, deverá ser feita, além da massagem cardíaca, a respiração de socorro.

PROCEDA DO SEGUINTE MODO:

Aplique a respiração de socorro usando o método boca-a-boca ou Sylvester e a massagem cardíaca

Executar quinze (15) manobras de massagem cardíaca e em seguida faça dois (2) movimentos de Sylvester ou sopre 2 vezes a boca da vítima se estiver usando o método boca-a-boca.

Aplique este processo tantas vezes quantas necessárias até o restabelecimento dos movimentos respiratórios e batimentos do coração, sempre no mesmo ritmo: 15 MASSAGENS PARA 2 SOPROS (BOCA-A-BOCA) OU 2 MOVIMENTOS (SYLVESTER)

NO CASO DE 2 SOCORRISTAS, o ritmo é de 5 massagens para 1 respiração.

PROCURE UM PROFISSIONAL DE SAÚDE CASO TENHA QUE TRANSPORTAR A VÍTIMA, CONTINUE APLICANDO OS SOCORROS.

ENVENENAMENTOS – PICADAS DE COBRAS

CASOS EM QUE SE DEVE SUSPEITAR DE ENVENENAMENTO:

Cheiro de veneno no hálito Mudança de cor dos lábios e da boca Dor ou sensação de queimadura na boca e na garganta Vidros ou embrulhos de drogas ou de produtos químicos abertos em poder da vítima Evidência, na boca, de haver a vítima comido folhas ou frutos venenosos Estado de inconsciência, de confusão ou mal súbito, quando for possível o acesso ou contato da

vítima com venenos

NOS CASOS DE ENVENENAMENTO TOME AS SEGUINTES MEDIDAS:

1. Ministre o antídoto recomendado no recipiente de que proveio o veneno. 2. A rapidez é essencial. TRANSPORTE A VÍTIMA A UM PRONTO SOCORRO. Aja antes que o

organismo tenha de absorver o veneno. 3. Se houver mais de um socorrista, enquanto um procura o médico ou um meio de transporte, o outro

toma as seguintes providências:

VENENOS INGERIDOS

O que não se deve fazer:

1. Não provoque o vômito caso a vítima esteja inconsciente ou se tiver ingerido:

Soda cáustica Produto de petróleo (querosene, gasolina, líquidos de isqueiro, removedores) Ácidos Água de cal Amônia Alvejantes de uso doméstico Tira ferrugem Desodorante de banheiro

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1. NÃO DÊ ÁLCOOL 2. NÃO DEIXE O ENVENENADO ANDAR 3. NÃO DÊ AZEITE OU ÓLEO

Guarde, para entregar ao profissional de saúde, ambulância ou hospital, o recipiente com o rótulo e os restos do veneno

NESTES CASOS, tente diluir o veneno, fazendo com que a vítima ingira água em abundância de forma fracionada até chegar ao hospital.

O QUE SE DEVE FAZER:

1. Provoque o vômito

a) Fazendo a vítima beber

Água morna ou Água com sal ou

b) Solicitando a vítima que coloque o dedo na garganta c) Repita a operação várias vezes, até que o líquido vomitado esteja límpido.

2. A seguir faça ingerir:

Leite ou Claras de ovos batidas ou Suspensão de farinha de trigo ou Batatas amassadas em água.

3. Dê o antídoto universal:

2 partes de torradas queimadas 1 parte de leite de magnésia 1 parte de chá forte

4. mantenha a vítima agasalhada.

VENENOS INALADOS

Carregue ou arraste a vítima imediatamente para um local arejado e não contaminado. NÃO DEIXE A VÍTIMA CAMINHAR

Aplique a respiração de socorro caso a respiração tenha sido interrompida ou esteja irregular Mantenha a vítima agasalhada e quieta

JAMAIS DÊ BEBIDAS ALCOÓLICAS SOB QUALQUER FORMA TOME AS MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PARA NÃO SE TORNAR OUTRA VÍTIMA.

ENVENENAMENTO ATRAVÉS DA PELE:

Lave a pele com água abundantemente: banho de chuveiro, de mangueira, de torneira. Aplique jato de água sobre a pele enquanto retira as roupas. A rapidez em lavar a pele é da máxima importância - reduz a extensão da lesão ou da absorção do

veneno.

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PICADA DE COBRAS VENENOSAS

Acalme a vítima Deite a vítima o mais rápido possível Não deixe a vítima fazer qualquer esforço, pois o estímulo da circulação sangüínea difunde o

veneno pelo corpo Sempre que possível, encaminhe o animal junto à vitima

NÃO DEIXE a vítima caminhar NÃO LHE DÊ álcool, nem querosene ou infusões (alho, cainca, andiroba, orelha de onça, etc.) NÃO FAÇA garroteamento JAMAIS CORTE a pele para extrair sangue.

1. Tranqüilize a vítima, mantendo-a em repouso. 2. Faça uma boa limpeza local (água e sabão) e aplique compressas frias ou gelo. 3. Leve a vítima imediatamente a um médico ou hospital, evitando, quanto possível, sua movimentação.

NÃO PERCA TEMPO

Após 30 minutos da mordida, as providências de primeiros socorros se tornam desnecessárias, pois só resta levar a vítima imediatamente a um médico ou hospital para a aplicação de soro contra o veneno da cobra.

SE VOCÊ NÃO CONHECE COBRAS, LEVE SE POSSÍVEL, A COBRA CAUSADORA DO ACIDENTE (VIVA OU MORTA) PARA IDENTIFICAÇÃO.

COMO SABER SE A MORDIDA FOI PRODUZIDA POR COBRA VENENOSA OU NÃO VENENOSA:

VENENOSA NÃO VENENOSACabeça Triangular Arredondada

Olhos Pequenos GrandesFosseta Lacrimal Tem Não temEscamas Desenhos irregulares Desenhos simétricosCauda Curta, afinando abruptamente Longa e afinando gradativamente

DentesDuas presas ou Maxilar superior

bem maiores que os demais dentesDentes pequenos e mais ou menos

iguaisPicadas Com uma ou duas marcas mais

profundasOrifícios pequenos e mais ou menos

iguais

A coral constitui uma exceção: a cabeça não é triangular; a cabeça e a cauda são continuação do corpo.

Na ausência ou falta do médico, e se identificar a cobra como venenosa, dê ao paciente um dos soros específicos, seguindo rigorosamente as suas instruções.

Anticrotálico - Cascavel Antibotrópico - Jararaca, Urutu, Jararacuçu Antilaquésico - Surucucu "pico de jaca" Antielapídico - Coral

PICADAS

PICADAS DE ESCORPIÃO, LACRAIA, CENTOPÉIA E ARANHA VIÚVA NEGRA

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Procure um profissional de saúde imediatamente Na ausência ou falta do médico, aplique o soro específico se disponível, dentro da primeira hora

da picada Lavar o local com água e sabão Faça compressa fria ou aplique gelo Mantenha a vítima em repouso Sempre que possível, encaminhe o animal junto com a vítima

PICADAS E FERROADAS DE INSETOS

Há pessoas alérgicas que sofrem reações graves e/ou generalizadas, devido a picadas de insetos. Tais pessoas devem receber um tratamento médico imediato. Picada de inseto pode ser um risco de vida para uma pessoa sensível.

O QUE FAZER:

Retire os ferrões do inseto sem romper a bolsa de veneno em seguida pressione o local para fazer sair o veneno

Aplique gelo ou faça escorrer água fria no local da picadaProcure socorro médico tão logo seja possível

MORDIDA DE ANIMAIS RAIVOSOS

Qualquer animal pode contrair a raiva e se tornar um transmissor da mesma. Quem for mordido por um animal deve suspeitar da raiva e mantê-lo em observação até a prova em contrário.

MESMO VACINADO, O ANIMAL PODE, ÀS VEZES, APRESENTAR A DOENÇA. TODAS AS MORDIDAS POR ANIMAIS DEVEM SER VISTAS POR UM PROFISSIONAL DE SAÚDE.

As vítimas devem ser levadas ao hospital ou posto de saúde da cidade.

PRIMEIRO SOCORRO:

Lave a ferida com água e sabão. Proteja a vítima e a ENCAMINHE A UM PROFISSIONAL DE SAÚDE.

LESÕES NOS OSSOS E ARTICULAÇÕES

LESÃO NA ESPINHA

Caso a vítima esteja consciente, solicitar movimentação dos membros e verificar sensibilidade, fazendo compressão em diferentes locais

OBS : Em caso de vômito, colocar a vítima deitada de lado após imobilização total e fixação da coluna numa tábua

Se a lesão for no pescoço, coloque um calço, para evitar o balanço da cabeça

PROVIDÊNCIAS A TOMAR:

Mantenha a vítima agasalhada e imóvel Não mexa nem deixe ninguém tocar na vítima com suspeita de lesão na espinha até a chegada

do Enfermeiro ou Médico Nunca vire uma pessoa com suspeita de fratura na espinha sem antes imobilizá-la Observe a sua respiração. Esteja pronto para iniciar a respiração boca-a-boca

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NA FALTA DE UM MÉDICO, PREPARE-SE PARA TRANSPORTAR A VÍTIMA, TENDO OS SEGUINTES CUIDADOS ESPECIAIS:

O transporte tem de ser feito em maca ou padiola dura Durante o transporte em veículos, evitar balanços e freadas bruscas, para não agravar a lesão Em todos os casos de suspeita de lesão na espinha, adote esta importante providência ao

transportar:

Deite a vítima em decúbito dorsal (de barriga para cima), colocando, por baixo do pescoço e da cintura, um travesseiro, toalha ou lençol dobrado, de forma que eleve a coluna.

FRATURAS

Em caso de fratura, o primeiro socorro consiste apenas em impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando maiores danos.

Existem 2 tipos de fraturas:

FECHADAS: Quando o osso se quebrou, mas a pele não foi perfurada.

EXPOSTAS: Quando o osso está quebrado e a pele rompida.

Deve-se desconfiar de fratura sempre que a parte suspeita não possua aparência ou função normais ou quando haja dor no local atingido, incapacidade de movimentar o membro, posição anormal do mesmo ou, ainda, sensação de atrito no local suspeito.

A) Fraturas Fechadas:

Coloque o membro acidentado em posição tão natural quanto possível, SEM DESCONFORTO para a vítima.

Imobilize a fratura, movimentando o menos possível. Ponha talas sustentando o membro atingido. As talas deverão ter comprimento suficiente para ultrapassar

as juntas acima e abaixo da fratura. Qualquer material rígido pode ser empregado, como: tala, tábua, estaca, papelão, vareta de metal ou mesmo uma revista grossa ou um jornal grosso e dobrado. Use panos ou outro material macio para alcochoar as talas, a fim de evitar danos à pele. As talas devem ser amarradas com ataduras, ou tiras de pano não muito apertadas, em no mínimo, quatro pontos:

ABAIXO da junta, ABAIXO da fratura ACIMA da junta, ACIMA da fratura

Outro recurso no caso de fratura de perna é amarrar a perna quebrada na outra, desde que sã, tendo o cuidado de colocar entre ambas um lençol ou manta dobrados.

B) Fraturas Expostas:

Coloque uma gaze, um lenço ou um pano limpo sobre o ferimento Fixe firmemente o curativo no lugar, utilizando uma bandagem forte - gravata, tira de roupa, cinto etc. No caso de hemorragia grave, siga as instruções do tópico referente a hemorragia Mantenha a vítima deitada Aplique talas, conforme descrito para as fraturas fechadas, sem tentar puxar o membro ou fazê-lo

voltar a sua posição natural Transporte a vítima somente após imobilizar a parte fraturada Chame ou leve o paciente a um médico ou a um hospital, de carro ou de ambulância, tão logo a

fratura seja imobilizada.

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NÃO DESLOQUE OU ARRASTE A VÍTIMA ATÉ QUE A REGIÃO SUSPEITA DE FRATURA TENHA SIDO IMOBILIZADA, A MENOS QUE A VÍTIMA SE ENCONTRE EM IMINENTE PERIGO.

Em caso de amputação, coloque a parte seccionada dentro de um saco plástico que não tenha sido usado. Acondicione o saco com a parte amputada em uma vasilha com gelo e ENVIE COM A VÍTIMA para um hospital.

LUXAÇÕES OU DESLOCAMENTOS

Toda vez que os ossos de uma articulação ou junta saírem de seu lugar, proceda como no caso de fraturas fechadas.

Coloque o braço em uma tipóia quando houver luxação do ombro, do cotovelo ou do punho

ENTORSES

Trate como se houvesse fratura Imobilize a parte afetada Aplique gelo e compressas frias

NÃO APLIQUE NADA QUENTE SOBRE A PARTE AFETADA DURANTE 24 HORAS NO MÍNIMO. O CALOR AUMENTARIA A DOR E A INCHAÇÃO.

COMO COLOCAR TALAS DE IMOBILIZAÇÃO:

O correto tratamento de uma luxação ou de uma entorse exige atendimento médico

ACIDENTES PROVOCADOS PELO CALOR

INSOLAÇÃO

Devido à ação direta dos raios solares sobre o indivíduo (na rua, na praia, no carro etc.)

INTERMAÇÃO

Devido à ação do calor sobre o indivíduo em locais abrigados do sol (nas fundições, padarias, caldeiras, etc.

COMO SE MANIFESTAM

De Maneira Brusca com:

Intensa falta de ar - às vezes a vítima parece sufocada, com a respiração acelerada e difícil A vítima cai, desacordada e pálida Temperatura do corpo elevada Extremidades arroxeadas

De Maneira Lenta com:

Dor de cabeça Enjôo Tonteiras Rosto Avermelhado

Pele quente e seca Não há suor Pulso rápido Temperatura do corpo elevada

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CHAME UM PROFISSIONAL DE SAÚDE OU PROVIDENCIE O TRANSPORTE DA VÍTIMA PARA UM HOSPITAL IMEDIATAMENTE.

ENQUANTO AGUARDA, APLIQUE COM RAPIDEZ AS SEGUINTES MEDIDAS:

Remova a vítima para um lugar fresco e arejado Tire suas roupas Coloque a vítima deitada com a cabeça elevada Refresque-lhe o corpo por meio de banho Envolva a cabeça em toalhas ou panos embebidos em água fria renovadas com freqüência Se disponível, ponha saco de gelo na cabeça Coloque-a sob ventiladores ou em um ambiente refrigerado

TODO E QUALQUER SOCORRO À VÍTIMA DE INSOLAÇÃO E INTERNAÇÃO É NO SENTIDO DE BAIXAR A TEMPERATURA DO CORPO DE MODO PROGRESSIVO

ACIDENTES PELO FRIO

MANIFESTAÇÕES LOCAIS

Pele inicialmente avermelhada À medida que a geladura se desenvolve, a pele fica pálida ou cinza amarelada Dor que desaparece progressivamente devido à ação anestésica do próprio frio Dormência na parte atingida

A VÍTIMA GERALMENTE NÃO TEM CONSCIÊNCIA DA GRAVIDADE DA LESÃO.

TOME AS SEGUINTES PROVIDÊNCIAS:

Cubra a parte atingida com a mão ou com um agasalho de lã Se a lesão for nos dedos ou nas mãos, faça a vítima colocá-los sob as axilas, próximo ao corpo Coloque a parte atingida em água morna (cerca de 42 graus Celsius) Não tendo água aquecida ou caso seja impraticável seu uso, enrole com cuidado a parte afetada

em um cobertor Deixe a circulação se restabelecer normalmente Logo que haja aquecimento na área lesionada, encoraje a vítima a exercitar os dedos das mãos e

dos pés Dê uma bebida quente: chá, café, leite

MANIFESTAÇÕES GERAIS EM EXPOSIÇÕES PROLONGADAS EM BAIXAS TEMPERATURAS

Torpor e tonturas Vacilação e dificuldade de enxergar Inconsciência

FAÇA O SEGUINTE:

Dê um banho morno Envolva num cobertor Ponha a vítima em quarto aquecido Dê-lhe bebidas quentes, se estiver consciente Procure um médico

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NÃO FAÇA FRICÇÃO NA ÁREA ATINGIDA. NO CASO DE PARADA RESPIRATÓRIA, APLIQUE A RESPIRAÇÃO DE SOCORRO

CONVULSÕES

Contratura involuntária da musculatura, provocando movimentos desordenados e em geral acompanhada de perda de consciência.

Coloque a vítima em lugar confortável, retirando de perto objetos com que se possa machucar

Introduza um pedaço de pano ou um lenço entre os dentes para evitar mordidas de língua

Afrouxe as roupas Veja se existe pulseira, medalha ou outra identificação médica de emergência que possa

sugerir a causa da convulsão Terminada a convulsão, mantenha a vítima deitada. Deixe-a dormir, caso queira, com a

cabeça voltada para o lado Procure um médico ou transporte a vítima até ele

NÃO SEGURE A VÍTIMA (DEIXE-A DEBATER-SE, protegendo-a) NÃO DÊ TAPAS NÃO JOGUE ÁGUA SOBRE A VÍTIMA MANTENHA-SE VIGILANTE - AFASTE OS CURIOSOS.

NAS CONVULSÕES INFANTIS, SE HOUVER FEBRE ALTA, DÊ UM BANHO MORNO DE IMERSÃO DE MAIS OU MENOS 10 MINUTOS. DEITE A CRIANÇA ENVOLTA NA TOALHA. PROCURE UM MÉDICO.

PERTURBAÇÃO MENTAL

Trate o doente com respeito, seja qual for a reação dele e mesmo que lhe seja hostil Chame logo um profissional de saúde Procure localizar um parente ou pessoa que possa se responsabilizar pelo doente Tenha paciência, seja amável e inspire-lhe confiança Desvie a atenção do paciente de tudo que possa ser prejudicial. Tente obter sua colaboração Seja firme em suas decisões. Somente tome atitude de imobilizar o doente se ele estiver na

iminência de causar prejuízos a si mesmo ou a outras pessoas

NÃO DISCUTA COM O DOENTE NÃO SEJA ÁSPERO OU AUTORITÁRIO NÃO SEGURE O DOENTE, SALVO PARA IMPEDÍ-LO DE FERIR-SE OU A OUTREM

ATAQUE CARDÍACO

SINTOMAS MAIS COMUNS:

Respiração extremamente curta, falta de ar Agitação e expressão de agonia Dor na parte superior do abdome Dor no peito, às vezes estendendo-se pelos braços ou para o pescoço e a cabeça

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Suores, palidez e enjôo É possível que o paciente tussa, provocando a saída de um líquido espumante e rosado pela

boca

PROVIDÊNCIAS:

Procure um profissional de saúde COM URGÊNCIA Ajude o paciente a tomar a posição que lhe seja mais confortável (geralmente é uma posição

entre sentado e deitado) Desaperte-lhe a roupa - cinto, colarinho, gravata etc. Cubra-o para não sentir frio. Mas não exagere a ponto de provocar suores Mantenha o doente calmo Sugira ao paciente respirar profunda e lentamente, exalando pela boca Indague do doente se já teve outros ataques ou está em tratamento médico Veja se o doente traz nos bolsos remédios de urgência Aplique-os, seguindo as instruções que acompanham os mesmos, desde que a vítima esteja

conscienteNÃO TENTE LEVANTAR OU CARREGAR A VÍTIMA SEM AUXÍLIO DE OUTRAS PESSOAS OU

SUPERVISÃO MÉDICA. NÃO DÊ NADA DE BEBER AO PACIENTE SEM O CONSENTIMENTO MÉDICO. NÃO ENCONTRANDO UM PROFISSIONAL DE SAÚDE, LEVE O DOENTE URGENTEMENTE AO

HOSPITAL MAIS PRÓXIMO TRANSPORTANDO-O COM OS DEVIDOS CUIDADOS

CORPOS ESTRANHOS

Pequenas partículas de poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes ou pequenos insetos (mosquitos, formigas, moscas, besouros etc.) podem penetrar nos olhos, no nariz ou nos ouvidos.

Se isto ocorrer, tome os seguintes cuidados: OLHOS

Nunca esfregue o olho Não tente retirar corpos estranhos encravados no globo ocular

Primeiras providências:

FAÇA A VÍTIMA FECHAR OS OLHOS PARA PERMITIR QUE AS LÁGRIMAS LAVEM E REMOVAM O CORPO ESTRANHO

Se o processo falhar, lave bem as mãos e adote as seguintes providências:

Pegue a pálpebra superior e puxe para baixo, sobre a pálpebra inferior para deslocar a partícula Peça a vítima para pestanejar Irrigue o olho com água limpa, usando uma seringa, direcionando o jato para o canto interno do

olho

Se ainda, assim, não resolver, passe às terceiras providências:

Puxe para baixo a pálpebra inferior, revirando para cima a pálpebra superior Descoberto o corpo estranho, tente retirá-lo com cuidado, tocando-o de leve com um

cotonete úmido ou a ponta úmida de um lenço limpo

SE O CISCO ESTIVER SOBRE O GLOBO OCULAR, NÃO TENTE RETIRÁ-LO. COLOQUE SOBRE O OLHO FECHADO UMA COMPRESSA OU PANO LIMPO E LEVE A VÍTIMA AO MÉDICO OFTALMOLOGISTA.

OS MESMOS CUIDADOS DEVEM SER TOMADOS QUANDO SE TRATAR DE CORPO ESTRANHO ENCRAVADO NO OLHO. NARIZ

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Solicite a vítima para:

Comprimir com o dedo a narina não obstruída. Com a boca fechada, expelir o ar pela narina em que se encontra o corpo estranho.

NÃO PERMITA que a vítima assoe com violência. NÃO INTRODUZA instrumento na narina (arame, palito, grampo, pinça etc.). Eles poderão causar

complicações. Se o corpo estranho não puder ser retirado com facilidade, procure um profissional de saúde

imediatamente.

OUVIDOS

NÃO INTRODUZA no ouvido nenhum instrumento (ex.: arame, palito, grampo, pinça, alfinete) seja qual for a natureza do corpo estranho a remover.

No caso de pequenos insetos, o socorro imediato consiste em colocar gotas de azeite ou óleo comestível no ouvido a fim de imobilizar e matar o inseto

Conserve o paciente deitado de lado, com o ouvido afetado voltado para cima. Mantenha-o assim, com o azeite dentro, por alguns minutos, após os quais deve ser mudada a posição da cabeça para escorrer o azeite. Geralmente, nessa ocasião, sai também o inseto morto. Se o corpo estranho não puder ser retirado com facilidade, melhor mesmo é procurar logo o médico otorrinolaringologista.

DOR DE OUVIDO

O tratamento adequado exige diagnóstico seguro - que só o médico pode dar: PARA ALÍVIO TEMPORÁRIO:

Levante a cabeça do paciente, colocando-a sobre vários travesseiros Coloque um saco de água quente ou almofada térmica sobre o ouvido afetado

NÃO deixe o doente assoar o nariz com força nem fechando uma das narinas NÃO use gotas, ungüentos ou óleos aquecidos no ouvido, a não ser que seja receitado pelo médico DÊ um analgésico comum se tiver à mão

PARTO SÚBITO

Parto é um ato natural. Chame um médico. Providencie transporte para um hospital. Existem, todavia, alguns pontos que devem ser lembrados, caso uma pessoa se encontre diante da

emergência de um parto e tenha de prestar auxílios à parturiente, por falta de recursos médicos próximos ou de condições de transportá-la a um hospital.

Deixe a natureza agir. Seja paciente. Espere até que a criança nasça Lave as mãos. Conserve limpo tudo o que cerca a parturiente Durante o parto apenas ampare o corpinho da criança que nasce Após nascida, proteja a criança, evitando contato com locais sujos ou chão frio e úmido.

Mantenha-a com a cabeça ligeiramente abaixada Cubra o recém-nascido a fim de mantê-lo aquecido Caso o bebê não esteja respirando, limpe-lhe rapidamente a boca e o nariz. Coloque-o de cabeça

para baixo, o que facilitará a saída das secreções. Se não respirar, aplique a respiração boca-a-boca. Aja com delicadeza

Ferva uma tesoura ou limpe-a com álcool. Faça o mesmo com um barbante ou linha grossa Amarre o barbante ou linha grossa em torno do cordão umbilical, a cerca de 5 cm do bebê (quatro

dedos) para interromper a circulação sangüínea no cordão. A seguir, amarre um outro barbante

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em volta do cordão umbilical, a cerca de 10 cm do bebê. Entre os dois nós deve haver uma distância de 5 cm

Corte o cordão umbilical, entre os dois barbantes, usando a tesoura limpa. As extremidades do cordão não devem sangrar

Mantenha mãe e filho agasalhados Segure a criança com cuidado e apenas o necessário Afaste as pessoas do local

NÃO INTERFIRA no processo de parto. NÃO LAVE a película de cor esbranquiçada que cobre o corpo do recém nascido. Ela protege a pele. NENHUMA MEDIDA deverá ser tomada com relação aos olhos, ouvidos, nariz e boca do bebê. Deixe

isso por conta do médico, da parteira ou do enfermeiro. NÃO PUXE o bebê - apenas proteja-o Após o parto, a mãe e o bebê devem ser encaminhados para atendimento especializado.

TRANSPORTE DE ACIDENTADOS

A movimentação ou transporte de um acidentado ou doente devem ser feitos com cuidado a fim de não complicar as lesões existentes.

Antes de providenciar a remoção da vítima

Controle a hemorragia Mantenha a respiração

Imobilize todos os pontos suspeitos de fraturas; e

Evite ou controle o estado de choque

A MACA É O MELHOR MEIO DE TRANSPORTE

Pode-se fazer uma boa maca adotando-se duas camisas ou um paletó em duas varas ou bastões resistentes ou enrolando um cobertor, dobrado em três, em volta de tubos de ferro ou bastões. Ou ainda, usando uma tábua larga.

Ao remover ou transportar a vítima, obedeça às seguintes orientações.

COMO LEVANTAR A VÍTIMA COM SEGURANÇA

Se o ferido tiver de ser levantado antes de um exame para verificação das lesões, cada parte de seu corpo deve ser apoiada. O corpo tem de ser mantido sempre em linha reta, não devendo ser curvado.

COMO PUXAR O FERIDO PARA LOCAL SEGURO

Puxe a vítima pela direção da cabeça ou pelos pés. NUNCA PELOS LADOS. Tenha o cuidado de certificar-se de que a cabeça está protegida.

COMO TRANSPORTAR A VÍTIMA

Ao remover um ferido para um local onde possa ser usada a maca, adote o método de uma, duas ou três pessoas para o transporte da vítima (conforme ilustração), dependendo do tipo e da gravidade da lesão, da ajuda disponível e do local (escadas, paredes, passagens estreitas, etc.) Os métodos que empregam um ou dois socorristas são ideais para transportar uma pessoa que esteja inconsciente devido a afogamento ou asfixia. Todavia, não servem para carregar um ferido com suspeita de fraturas ou outras lesões graves. Em tais casos, use sempre o método de três socorristas.

EMPREGUE UM DOS MÉTODOS ABAIXO, CONFORME O CASO:

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1. Transporte de apoio. 2. Transporte em "cadeirinha" 3. Transporte em cadeira 4. Transporte em braço 5. Transporte nas costas

6. Transporte pela extremidade 7. Transporte em tábua com

imobilização do pescoço (suspeita de fratura de coluna)

O transporte de acidentados em veículos (ambulâncias ou carros) merece também cuidadosOriente o motorista quanto a freadas bruscas e balanços contínuos, que poderão agravar o estado da

vítimaLembre-se de que o excesso de velocidade, longe de apressar o salvamento do acidentado, poderá

causar novas vítimas

MANIPULAÇÕES ERRADAS NA COLUNA CERVICAL SÃO RESPONSÁVEIS POR INÚMERAS LESÕES DEFINITIVAS OU AGRAVAMENTO DAS CONDIÇÕES DA MEDULA ESPINHAL.

5S – NOÇÕES BÁSICAS

O 5S ou House keeping é um conjunto de técnicas desenvolvidas no Japão e utilizadas inicialmente pelas donas-de-casa japonesas para envolver todos os membros da família na administração e organização do lar.

No final dos anos 60, quando os industriais japoneses começaram a implantar o sistema de qualidade total (QT) nas suas empresas, perceberam que o 5S seria um programa básico para o sucesso da QT.

Esse programa pode ser conhecido com outros nomes, porém 5S é o mais utilizado e vem das iniciais das cinco técnicas que o compõe:

Seiri - Organização, utilização, liberação da área; Seiton - Ordem, arrumação; Seiso - Limpeza; Seiketsu - Padronização, asseio, saúde; Shitsuke - Disciplina, autodisciplina.

O 5S pode ser implantado como um plano estratégico que, ao longo do tempo, passa a ser incorporado na rotina, contribuindo para a conquista da qualidade total e tendo como vantagem o fato de provocar mudanças comportamentais em todos os níveis hierárquicos.

Muitos dos conceitos da qualidade total se fundamentam na teoria da melhoria contínua (Kaizen: “Kai”, mudança e “Zen”, para melhor), pois a QT é um processo e não um fato que possa ser considerado concluído. Numa primeira etapa é necessário estabelecer a ordem para então buscar a QT. Para estabelecer a ordem usamos o 5S.

Alguns objetivos desse programa são:

Melhoria do ambiente de trabalho; Prevenção de acidentes; Incentivo à criatividade; Redução de custos; Eliminação de desperdício; Desenvolvimento do trabalho em equipe; Melhoria das relações humanas; Melhoria da qualidade de produtos e serviços.

SEIRI - Organização, liberação da área

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Essa técnica é utilizada para identificar e eliminar objetos e informações desnecessárias, existentes no local de trabalho.

Seu conceito chave é a utilidade, porém, devemos tomar cuidado com o que vai ser descartado para não perdermos informações e/ou documentos importantes.

A tabela abaixo mostra como separar e selecionar:

IDENTIFICAÇÃO PROVIDÊNCIASSe é usado toda hora Colocar no próprio local de trabalhoSe é usado todo dia Colocar próximo ao local de trabalho

Se é usado toda semana Colocar no almoxarifado, etcSe não é necessário Descartar, disponibilizar

As principais vantagens do Seiri são:

Conseguir liberação de espaço; Eliminar ferramentas, armários, prateleiras e materiais em excesso; Eliminar dados de controle ultrapassados; Eliminar itens fora de uso e sucata; Diminuir risco de acidentes.

Para a execução do Seiri devem ser definidas e instaladas áreas de descarte. Essas áreas devem ser devidamente sinalizadas para evitar que se tornem "áreas de bagunça". Todo material descartado deve ser etiquetado e controlado (materiais para recuperação, alienação, almoxarifado, materiais para outros órgãos, reciclagem ou para lixo ou sucata).

A responsabilidade da pessoa que está descartando só termina no momento do destino final do material descartado.

SEITON - Ordem, arrumação

É uma atividade para arrumarmos as coisas que sobraram depois do Seiri. Seu conceito chave é a simplificação. Os materiais devem ser colocados em locais de fácil acesso e de maneira que seja simples verificar quando estão fora de lugar. Vantagens:

rapidez e facilidade para encontrar documentos, materiais, ferramentas e outros objetos; economia de tempo; diminuição de acidentes.

SEISO - Limpeza

Nesta etapa devemos limpar a área de trabalho e também investigar as rotinas que geram sujeira, tentando modificá-las. Todos os agentes que agridem o meio-ambiente podem ser englobados como sujeira (iluminação deficiente, mal cheiro, ruídos, pouca ventilação, poeira, etc).

Cada usuário do ambiente e máquinas é responsável pela manutenção da limpeza. A prática do Seiso inclui:

Não desperdiçar materiais; Não forçar equipamentos; Deixar banheiros e outros recintos em ordem após o uso, etc.

Como vantagens da aplicação desse terceiro S, temos:

Melhoria do local de trabalho; Satisfação dos empregados por trabalharem em ambiente limpo; Maior segurança e controle sobre equipamentos, máquinas e ferramentas; Eliminação de desperdício.

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SEIKETSU - Padronização, asseio, saúde

Após termos cumprido as três primeiras etapas do programa 5S devemos partir para a padronização e melhoria contínua das atividades. Essa etapa exige perseverança, pois se não houver mudanças no comportamento das pessoas e nas rotinas que geram sujeira logo voltaremos a situação inicial, antes da implantação do 5S.

Assim, através do Seiketsu conseguimos manter a organização, arrumação e limpeza obtidas através dos três primeiros S’s (Seiri, Seiton, Seiso).

Além do ambiente de trabalho o asseio pessoal acaba melhorando, pois os funcionários, não querendo destoar do ambiente limpo e agradável, acabam por incorporar hábitos mais sadios quanto à aparência e higiene pessoais.

Nessa etapa, devem ser elaboradas normas para detalhar as atividades do 5S que serão executadas no dia-a-dia e as responsabilidades de cada um.

Como principais vantagens do estabelecimento do Seiketsu, temos:

Equilíbrio físico e mental; Melhoria do ambiente de trabalho; Melhoria de áreas comuns (banheiros, refeitórios, etc) Melhoria nas condições de segurança.

SHITSUKE - Disciplina ou autodisciplina

O compromisso pessoal com o cumprimento dos padrões éticos, morais e técnicos, definidos pelo programa 5S, define a última etapa desse programa.

Se o Shitsuke está sendo executado significa que todas as etapas do 5S estão se consolidando. Quando as pessoas passam a fazer o que tem que ser feito e da maneira como deve ser feito,

mesmo que ninguém veja, significa que existe disciplina. Para que esse estágio seja atingido todas as pessoas envolvidas devem discutir e participar da elaboração de normas e procedimentos que forem adotados no programa 5S.

As vantagens são:

Trabalho diário agradável; Melhoria nas relações humanas; Valorização do ser humano; Cumprimento dos procedimentos operacionais e administrativos; Melhor qualidade, produtividade e segurança no trabalho.

BIBLIOGRAFIA

ATLAS, Manuais de Legislação, Segurança e Medicina do Trabalho, Ed. Atlas, São Paulo – SP, 45ª edição,

2000.

SALIBA, Tuffi Messias, CORRÊA, Márcia Angelim Chaves, Insalubridade e Periculosidade – Aspectos Técnicos e Práticos, Ed. LTr, São Paulo – SP, 3ª edição, 1997.

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ZOCCHIO, Álvaro, Prática da Prevenção de Acidentes – ABC da Segurança, Ed. Atlas, São Paulo – SP, 6ª

edição, 1996.

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Page 45: administrante.files.wordpress.com  · Web viewAtendendo àS NR´s – Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho, essa apostila apresenta em seu conteúdo os itens mínimos

SALIBA, Tuffi Messias, CORRÊA, Márcia Angelim Chaves, AMARAL, Lênio Sérvio, Manual Prático de Higiene Industrial, ACME Fábrica de Idéias, Belo Horizonte – MG, 1ª edição, 1994.

ANOTAÇÕES

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