modelo ação redibitória cumulada com danos morais

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8/15/2019 Modelo Ação Redibitória Cumulada Com Danos Morais http://slidepdf.com/reader/full/modelo-acao-redibitoria-cumulada-com-danos-morais 1/9  EXMº. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE XXXXXXXX/XX NOME DO AUTOR, nacionalidade, estado civil, profissão, portador do RG XXXXXXXX e inscrito no CPF nº.XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado na XXXXXXXXXXX, vem, respeitosamente, por seu procurador abaixo assinado, propor a presente AÇÃO REDIBITÓRIA C/C DANOS MORAIS em face de NOME DA EMPRESA RÉ, pessoa jurídica de direito privado,  inscrita no CNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com endereço para citação na XXXXXXXXXXXXXX, pelos fatos e fundamentos passa a expor: I - DOS FATOS Há aproximadamente 2 (dois) anos e meio atrás o Autor adquiriu um Ultrabook da marca Samsung, modelo NP5030U3C, o qual foi comprado em Portugal no valor de 699,00 € (seiscentos e noventa e nove euros), montante que convertido em moeda corrente nacional perfaz, atualmente, em torno de R$ 2.395,40 (dois mil trezentos e noventa e cinco reais e quarenta centavos). Contudo, em 19/04/15, ao abrir o aparelho, o computador danificou-se, quebrando a dobradiça de abertura da tela do mesmo, de forma que não mais é possível fecha-lo, conforme se observa das imagens abaixo colacionadas (também anexo). Fotos do Notebook do Autor com defeito no dobradiça

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EXMº. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DO JUÍZADO ESPECIAL CÍVELDA COMARCA DE XXXXXXXX/XX

NOME DO AUTOR, nacionalidade, estado civil, profissão, portador doRG XXXXXXXX e inscrito no CPF nº.XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado naXXXXXXXXXXX, vem, respeitosamente, por seu procurador abaixo assinado, propora presente

AÇÃO REDIBITÓRIA C/C DANOS MORAIS 

em face de NOME DA EMPRESA RÉ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita noCNPJ sob o nº XX.XXX.XXX/XXXX-XX, com endereço para citação naXXXXXXXXXXXXXX, pelos fatos e fundamentos passa a expor: 

I - DOS FATOS

Há aproximadamente 2 (dois) anos e meio atrás o Autor adquiriu umUltrabook da marca Samsung, modelo NP5030U3C, o qual foi comprado emPortugal no valor de 699,00 € (seiscentos e noventa e nove euros), montante queconvertido em moeda corrente nacional perfaz, atualmente, em torno de R$ 2.395,40

(dois mil trezentos e noventa e cinco reais e quarenta centavos).

Contudo, em 19/04/15, ao abrir o aparelho, o computador danificou-se,quebrando a dobradiça de abertura da tela do mesmo, de forma que não mais épossível fecha-lo, conforme se observa das imagens abaixo colacionadas (tambémanexo).

Fotos do Notebook do Autor com defeito no dobradiça

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Constatado o vício, o Autor encaminhou o produto para assistênciatécnica autorizada e, mesmo evidenciado que trata-se de um vício do produto,recebeu a informação de que a troca da peça ficaria em torno de R$700 (setecentosreais), os quais a Samsung não cobriria, tendo em vista que o produto não mais seencontra na garantia.

Insatisfeito com a resposta que obteve na assistência técnicaautorizada, o Requerente formalizou uma reclamação no site “Reclame aqui”(www.reclameaqui.com.br), nos seguintes termos:

“Reclamação

Há aproximadamente 2 (dois) anos comprei um Ultrabook da Samsungmodelo NP530U3C. Porém ontem (19/04/2015), ao abrir o aparelho, adobradiça da tela quebrou repentinamente, gerando uma fissura na carcaçado aparelho de forma que não mais consigo fecha-lo.

Em pesquisa na Internet, constatei que inúmeras outras pessoas também

estão reclamando do mesmo problema, restando hialino que trata-se de umdefeito do produto.

Dessa forma, entrei em contato com para a assistência e, mesmo explicandoque tratava-se de um vício oculto, recebi a informação de que a troca da peçaficaria em torno de R$700 (setecentos reais) os quais a Samsung não cobririatendo em vista que o produto não mais se encontra na garantia.

Assim, exteriorizo aqui a minha insatisfação com a empresa, solicitandodesde já um parecer final da Samsung acerca do caso, para que eu possatomar as providências cabíveis.

Atenciosamente,”

Em resposta, o Autor recebeu uma ligação da empresa Ré (protocolonº 12743357), a qual se limitou em informar que o Requerente deveria encaminhar oproduto novamente para a assistência técnica.

Dessa forma, mais uma vez o Autor se dirigiu à assistência técnica em27/04/2015 e, após horas de espera, obteve a mesma resposta, qual seja, que atroca da peça ficaria em torno de R$700 (setecentos reais), os quais a Samsung nãocobriria, tendo em vista que o produto não mais se encontra na garantia.

A referida situação gerou grandes transtornos Autor, uma vez que ocomputador portátil revela-se como verdadeiro instrumento de trabalho de umestudante de pós graduação, essencial para realização de pesquisas eapresentação de trabalhos, SENDO CERTO QUE O REQUERENTE FICOUIMPOSSIBILITADO DE LEVAR O NOTEBOOK PARA AS SUAS AULAS, POSTOQUE ESSE NÃO MAIS FECHA A TELA. OU SEJA, O APARELHO DEIXOU DEATENDER SUA CARACTERISTICA ESSENCIAL, A PORTABILIDADE. 

Ora, a expectativa do Autor quando da aquisição computador portátil,

mormente pelo preço e por confiar no bom nome da marca Samsung, era de que omesmo possuísse longa durabilidade, o que não ocorreu no caso em espeque, jáque o produto apresentou problemas que comprometem seu funcionamento logonos primeiros anos de uso, de forma incompatível com as regras da experiência.

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“SENTENÇA

Trata-se de processo instaurado por demanda de CARLOS ALBERTODE PAULA JUNIOR em face de SAMSUNG ELETRONICA DAAMOZONIA LTDA, narrando a parte autora que adquiriu umcomputador portátil de fabricação da requerida. Afirmou então que oproduto, após dois anos de uso, apresentou vício em seufuncionamento, encaminhando o produto para a assistência técnicaautorizada, contudo não obteve êxito no conserto.

Por tais razões, pugnou pela condenação da ré a substituição doproduto e pagamento de indenização a título de danos morais emateriais.

A ré, devidamente citada e intimada, contestou a demanda.

Em suma, são os relatos necessários.

Fundamento e decido.

Quanto à preliminar de incompetência do Juizado Especial suscitada,entendo pelo não acolhimento, posto que a demanda encontra-seinstruída com elementos aptos a formar o meu convencimento.

Desta forma, rejeito a preliminar.

Quando ao mérito, há de ser destacado, preambularmente, que opresente caso trata de relação de consumo, regulada pela Lei n.º8.078/90, originado por determinação constitucional que ordena a

proteção do consumidor, a teor do que estabelece no art. 5º, XXXII, daCarta Maior.

Feita tal premissa, depreende-se que o cerne do presente litígio versasobre o vício apresentado pelo computador adquirido pela parte autora.

A prova produzida nos autos (evento 01) demonstra a típicaocorrência de vício oculto, cuja constatação é difícil, que seapresentou a partir de mais de um ano de uso, o que vai deencontro com a própria finalidade do produto adquirido, haja vistaque enquadrado na condição de bem durável, do qual se espera

uma vida útil durante longos anos de uso, não sendo possíveladmitir que um computador adquirido por preço considerávelvenha a apresentar problemas em seu funcionamento quandodecorrido tão somente dois anos de sua compra.

Qualquer indicativo de mau uso por parte do consumidor capaz degerar o vício apresentado seria ônus da ré, a teor do que estabelece oCódigo de Defesa do Consumidor, em seu artigo 6º, VIII.

Desta forma, aduzo que o termo do prazo decadencial tem comomarco inicial a descoberta do vício que maculava o correto

funcionamento do aparelho adquirido pelo autor, a teor do quepreceitua o artigo 26, § 3º, do Código de Defesa do Consumidor,não havendo falar em isenção de responsabilidade da ré quantoaos reparos a serem efetuados no produto defeituoso, posto que

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não pode se cogitar estar inserida dentro dos parâmetros darazoabilidade um aparelho apresentar um problema no decorrer deapenas dois anos de uso.

Assim, vencido o prazo de garantia anual concedido pelofabricante, ainda tem o consumidor o prazo de 90 (noventa) diaspara reclamar eventuais vícios que o aparelho adquirido venha aapresentar, observando-se a regra específica de contagem nocaso de vício oculto, como é o caso dos autos.

Desta forma, levando-se em consideração o fato de que o consumidornão se manteve inerte quando da constatação do vício apresentadopelo produto, não há que se falar em decurso do prazo de garantiaofertado pela ré, na medida em que se tratava de vício ocultoapresentado pelo aparelho.

Logo, deveria ser garantido ao autor o uso da prerrogativa estabelecida

pelo art. 18 do CDC, visto que decorreu o prazo de 30 (trinta) dias, semque houvesse qualquer solução para o problema apresentado peloautor.

Portanto faz jus o autor a substituição do produto por outro da mesmaespécie, nos termos da inicial.

Portanto, quanto ao dano moral, tenho que o mesmo existe nahipótese, haja vista que a situação versada nos autos extrapola abarreira do mermo aborrecimento, ainda mais se tratando deinstrumento de trabalho.

A expectativa da parte autora quando da aquisição do produto,mormente pelo preço e por confiar no bom nome da merca perante omercado de consumo, era de que o mesmo possuísse longadurabilidade.

Mas o que menos se espera é que venham a apresentar problemasque comprometam seu funcionamento logo nos primeiros anos de uso,o que se mostra incompatível com as regras de experiência.

Tais danos são de prova difícil ou, em alguns casos, impossível, motivo

pelo é crível considerá-los in re ipsa, não havendo necessidade deprová-lo, posto que o fato, em si, é suficiente para justificar aindenização pleiteada.

Nesse sentido, trago à baila o brilhante ensinamento de Maria CelinaBodin de Moraes, para quem dano pessoal é o dano que atinge eofende a dignidade da pessoa humana. Para tanto, citamos trecho desua obra:

(...) afirmar que o dano moral é ?dor, vexame, humilhação, ouconstrangimento? é semelhante a dar-lhe o epíteto de ?mal evidente?.

Através destes vocábulos, não se conceitua juridicamente, apenas sedescrevem sensações e emoções desagradáveis, que podem ser justificáveis, compreensíveis, razoáveis, moralmente legítimas até, masque, se não forem decorrentes de ?danos injustos?, ou melhor, de

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danos a situações merecedoras da tutela por parte do ordenamento,não são reparáveis. (...) Se a violação à situação jurídica subjetivaextrapatrimonial acarreta, ou não, um sentimento ruim, não é coisa queo Direito possa ou deva averiguar. O que o ordenamento jurídico pode(e deve) fazer é concretizar, ou densificar, a cláusula de proteçãohumana, não admitindo que violações à igualdade, à integridade psico- física, à liberdade e à solidariedade (social e familiar) permaneçamirressarcidas.[1]  

Quando da fixação do quantum indenizatório, mormente tratando-se dedano moral, o juiz deve ter em mente o princípio de que o dano nãopode transformar-se em uma fonte de lucro. A indenização, deve sersuficiente para reparar o dano, na maior amplitude possível, e nadamais do que isso. Qualquer transgressão a maior implicará em umenriquecimento sem causa, ensejador de um novo dano, agora emdesfavor da parte contrária.

Esse arbitramento, entretanto, encontra um limite, ético, inerente àatividade do magistrado, pelo qual a fixação do valor a ser pago nacompensação do dano moral deverá ser guiada pelo princípio darazoabilidade.

Dessa forma, levando em consideração as questões fáticas, aextensão do prejuízo, a quantificação da conduta ilícita, a capacidadeeconômica do ofensor, entendo que, no caso em concreto, aimportância a título de danos morais deve ser fixada em R$ 2.000,00(dois mil reais) a fim de atender os parâmetros precitados.

No que tange ao dano material sofrido, tenho por considerar que nãomerece amparo, uma vez que o autor quedou-se inerte em demonstraras perdas sofridas, ônus previsto no art. 333, I do CPC.

Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedidopara o fim de DETERMINAR que a ré proceda a substituição doproduto por outro da mesma espécie, no prazo de 10 (dez) dias,sob pena de multa diária que fixo no valor de R$ 50,00 (cinquentareais), limitadas ao patamar de 30 dias multa. CONDENO a ré aopagamento de indenização a título de danos morais, fixando o emR$ 2.000,00 (dois mil reais), com incidência de correção monetária

e juros a partir desta data. [...]”(Original sem grifos) 

Nos termos do Art. 26, § 3º, do Código de Defesa do Consumidor, ofornecedor responde por vício oculto de produto durável decorrente da própriafabricação, desde que haja reclamação dentro do prazo decadencial de noventa diasapós evidenciado o defeito, ainda que o vício se manifeste somente após o términodo prazo de garantia contratual, o que ocorreu no caso em espeque.

Nesse contexto, conforme dispõe o Art. 18, do CDC, ante a inércia daempresa Ré por mais de 30 (trinta) dias na resolução do problema, resta garantidoao Autor a prerrogativa de exigir “a substituição do produto por outro da mesmaespécie, em perfeitas condições de uso;”  ou “a restituição imediata da quantia paga,monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos”  

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Dessa forma, requer seja empresa Ré condenada à substituir doproduto por outro similar ou a restituir o valor pago pelo Autor no importe deR$ 2.395,40 (dois mil trezentos e noventa e cinco reais e quarenta centavos)atualizado monetariamente desde a compra do produto, e com juros de morade 1% ao mês, desde a citação.

II.2 – DA CARACTERIZAÇÃO DO DANO MORAL

Ato contínuo, tem-se ainda que a referida situação gerou grandestranstornos Autor, uma vez que o computador portátil revela-se como verdadeiroinstrumento de trabalho de um estudante, essencial para realização de pesquisas eapresentação de trabalhos, SENDO CERTO QUE O REQUERENTE FICOUIMPOSSIBILITADO DE LEVAR O NOTEBOOK PARA AS SUAS AULAS, POSTOQUE ESSE NÃO MAIS FECHA A TELA. OU SEJA, O APARELHO DEIXOU DEATENDER SUA CARACTERISTICA ESSENCIAL, A PORTABILIDADE. 

Logo, patente se mostra dano moral sofrido pelo Autor, que se viunuma sensação de desconsideração, de desrespeito às suas justas expectativas,mormente pelo preço e por confiar no bom nome da marca perante o mercado deconsumo, era de que o mesmo possuísse longa durabilidade.

Tais danos são de prova difícil ou, em alguns casos, impossível, motivopelo é crível considerá-los in re ipsa , não havendo necessidade de prová-lo, postoque o fato, em si, é suficiente para justificar a indenização pleiteada.

A esse respeito é oportuno trazer à colação os ensinamentos do juristaCavalieri Filho ao asseverar que:

“[...] Por mais pobre e humilde que seja uma pessoa, ainda quecompletamente destituída de formação cultural e bens materiais, pormais deplorável que seja seu estado biopsicológico, ainda quedestituída de consciência, enquanto ser humano será detentora de umconjunto de bens integrantes de sua personalidade, mais precioso queo patrimônio, que deve ser por todos respeitada. Os bens que integrama personalidade constituem valores distintos dos bens patrimoniais,cuja agressão resulta no que se convencionou chamar de dano moral.Essa constatação, por si só, evidencia que o dano moral não seconfunde com o dano material; tem existência própria e autônoma, de

modo a exigir tutela jurídica independente.Os direitos a personalidade, entretanto, englobam outros aspectosda pessoa humana que não estão diretamente vinculados à suadignidade. Nessa categoria incluem-se também os chamadosnovos direito da personalidade: a imagem, o bom nome, areputação, SENTIMENTOS, relações afetivas, aspirações, hábitos,gostos, convicções políticas, religiosas, filosóficas, direitosautorais. Em suma, os direitos da personalidade podem ser realizadosem diferentes dimensões e também podem ser violados em diferentesníveis. Resulta daí que o dano moral, em sentido amplo, envolve essediversos graus de violação dos direitos da personalidade, abrange

todas as ofensas à pessoa, considerada esta em suas dimensõesindividual e social, ainda que sua dignidade não seja arranhada.”

(Original sem grifos) 

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Dessa forma, o dano moral sofrido pelo Autor é inconteste, visto que oconsumidor encontra-se impossibilitado de fazer o regular uso do computador, bemtão importante no mundo moderno. Tal circunstância, por certo, extrapola aosaborrecimentos habituais e corriqueiros, importando em violação aos direitosintegrantes da personalidade.

Assim, pede seja a Ré condenada ao pagamento de indenizaçãopor danos morais no valor de R$ 10.00,00 (dez mil reais), ou em valor a serfixado de acordo com o prudente arbítrio de V. Exa,  considerando-se comoparâmetro a natureza e o nível de gravidade do dano, o bem jurídico lesado, acondição econômica do ofensor e da ofendida, além do caráter pedagógico que sebusca obter com a condenação pela realização de inscrição do nome do Autor pordébito que nunca existiu.

III – DA RELAÇÃO DE CONSUMO – NECESSIDADE DE INVERSÃO

DO ONUS DA PROVA

Conforme estabelecido no código de defesa do consumidor, a relação jurídica em tela configura indubitavelmente uma relação consumerista, amparadapela Lei 8.072/90.

Sendo assim, é direito básico do consumidor, em consonância com oapregoado no artigo 6º da lei supra   referida, a concessão da inversão do ônus daprova em seu favor.

IV – DO REQUERIMENTO DE GRATUIDADE JUDICIÁRIA

O Autor é pobre no sentido legal, consoante declaração de pobrezaanexa, motivo pelo qual faz jus aos benefícios da gratuidade judiciária, eis que nãopreenche condições de arcar com as custas e despesas processuais, bem comohonorários advocatícios, sem prejuízo de seu sustento.

V – DOS PEDIDOS:

Diante de todo o exposto, REQUER O AUTOR: a) quando do despacho da inicial, seja determinada a inversão do ônus

da prova em favor da Requerente, por tratar-se de relação consumerista, consoantedisposição do art. 6º, VIII, do Código de Defesa do Consumidor, fazendo constar àinversão do ônus da prova no mandado de citação;

b) a citação da Requerida (SAMSUNG ELETRONICA DA AMAZONIALTDA), no endereço constante do preâmbulo, para oferecer defesa e comparecer àaudiência, sob pena de serem reputados como verdadeiros os fatos ora alegados,nos termos do art. 285 e 319, do Código de Processo Civil;

c) a condenação da Ré à substituição do produto por outro similar ou arestituição do valor pago pelo Autor no importe de R$ 2.395,40 (dois mil trezentos enoventa e cinco reais e quarenta centavos), atualizado monetariamente desde acompra do produto, e com juros de mora de 1% ao mês, desde a citação.

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d) a condenação da Ré, ao pagamento de indenização por danosmorais no valor de R$ 10.00,00 (dez mil reais) ou em valor a ser fixado de acordocom o prudente arbítrio de V. Exa;

e) seja intimada a Requerida a juntar aos autos toda a documentaçãoreferente à suposta dívida contraída pelo Autor;

f) seja condenada a Requerida ao pagamento das custas, despesasprocessuais e honorários de sucumbência, no percentual de 20% (vinte por cento)do valor dado à causa;

g) a concessão dos benefícios da gratuidade judiciária ao Autor, por serpobre no sentido legal e não ter condições de arcar com as custas e despesasprocessuais sem prejuízo de seu sustento, consoante declaração anexa.

Finalmente, que todas as intimações sejam remetidas para o escritório

de advocacia situado na Avenida do Contorno, nº 6.283, Pilotis, Funcionários, BeloHorizonte/MG, CEP 30.110-110, telefone (31) 3284-0240.

Pretende provar o alegado por todos os meios de prova em Direitoadmitidas, precipuamente a prova documental, o depoimento pessoal do prepostodos Requeridos, sem prejuízo de outras que se fizerem necessárias.

Dá-se à causa o valor de R$ 13.000,00 (treze mil reais).

Nestes termos,pede deferimento.

Belo Horizonte/MG, 28 de maio de 2015.

ADVOGADOOAB XXXXXX