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Financiamento Desenvolvimento e arte: Assessoria de Comunicação Prefeitura Municipal de Igrejinha Apoio e Execução do Projeto Redução de Danos Cartilha para orientadores

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Redução de Danos

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Page 1: Redução de Danos

Financiamento

Desenvolvimento e arte:Assessoria de Comunicação Prefeitura Municipal de Igrejinha

Apoio e Execução do Projeto

Redução de DanosCartilha para orientadores

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Page 3: Redução de Danos

O presente trabalho foi desenvolvido através de oficinas de elaboração de materiais sobre Redução de Danos durante o segundo semestre de 2010, com representantes dos Serviços de Saúde dos municípios de Igrejinha, Taquara e Três Coroas. A atividade fez parte do Projeto “Implementando a Redução de Danos na Rede de Atenção”, o qual foi contemplado com financiamento, em 2009, pelo Ministério da Saúde, tendo em vista o Edital Conjunto da Secretaria de Atenção à Saúde e Secretaria de Vigilância em Saúde nº1, de 16 de abril de 2009. A elaboração do projeto foi realizada por representantes dos Serviços de Saúde Mental Coletiva dos municípios de Igrejinha, Taquara e Três Coroas. (falta UAPA)

O projeto também realizou oficinas de organização de materiais para a comunidade em geral e para usuários de substâncias psicoativas. Bem como, com a parceria do Centro de Referência Em Redução de Danos da Escola de Saúde Pública do Estado do Rio Grande do Sul, planejou e vem executando o curso de Redução de Danos para participantes dos três municípios.

O presente material foi pensado a partir da realidade desses locais e pretende ser um apoio na rede de atenção.

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AFINAL, O QUE É REDUÇÃO DE DANOS?

A primeira iniciativa oficial acerca da Redução de Danos, foi em 1926, através do relatório Rolleston, na Inglaterra, o qual propôs iniciativas tanto na área jurídica quanto na médica com o propósito de aumentar a qualidade de vida e a tolerância com os usuários de drogas. Outras iniciativas também foram fundamentais para a implementação da Redução de Danos no Brasil, das quais citamos:

MUNDO BRASIL

1900 – 1930 Inglaterra: Ação*1930 – 1945 Inglaterra: Ideia*

1945 – 1960 Holanda: Movimento*

1980 Holanda: oi fundada a Junkienbond (Liga dos Dependentes), com o intuito de zelar pela qualidade de vida das pessoas que faziam uso de substâncias. Associados desta entidade, em 1984, realizaram o primeiro programa de troca de seringas no mundo, em função da preocupação com

Não existia no Brasil*Higienização/contaminação Apartação social/ EXCLUSÃO/ de aposentadorias e pensões*

Segue IAP, ênfase hospitalar/ utilização privada do recurso público/ Ind.farmacêutica*

Redemocratização/Movim.sanitário*

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uma epidemia de hepatite B. O programa fornecia semanalmente seringas descartáveis através da troca por uma usada. Neste mesmo país, em 1980, houve a revisão da política de drogas, onde na busca da redução dos danos associados ao uso e pela percepção dos usuários enquanto cidadãos de direito, estruturando uma política de “normalização” praticada no país.1986 – Inglaterra: Por já ter uma política de redução de danos instituída, na região de Mersey, usuários de substâncias tiveram acesso a várias estratégias: troca de seringas, aconselhamento na comunidade, reinserção profissional....1988 – Inglaterra: começaram a oferecer testes de HIV e posteriormente, vacinas contra hepatite B.1990 – Alemanha: as ações de Rd iniciaram através das unidades móveis para aconselhamento e trocas de seringas, fornecimento de metadona, salas de uso seguro e abrigos para pernoite.

1989

Ideia de RD – Santos: As primeiras ações ocorreram em Santos, apesar das diversas dificuldades que foram enfrentadas através de ações civis do Ministério público contra a prefeitura, por ela ter descumprido a lei, realizando a troca de seringas. Tal atitude impediu o trabalho, o qual estava pautada pelas noções colocadas anteriormente. A legislação vigente, na época, criminalizava ousuário, bem como havia o pensamento errôneo que realizar redução de danos era incentivar o uso.

CONSTITUIÇÃO

Anotações:

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Danos: Uma Cartilha para Profissionais de saúde. São Paulo: UNIFESP/ MS, 2008

Equipe articuladora:

Loreni Katwinkel Santos Spirlandelli Maicol Romeira Tejada Patricia Z. Benites Sirlene Kaipper Duarte

Equipe colaboradora:

Ana Carolina S. Vieira Cristina Maribel d. Henke Daniela C. P. De Negri Elisabete T. S. Sauer Leandro Albuquerque

Márcia Helena Assman Roberta Salvador Silva Simone N. Braga Tatiana Lopes de Albuquerque

Ilustrações:

Gunnar Kaiper Duarte

1992 - Mas em 1992, ocorreu a primeira iniciativa oficial, através do Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST/Aids, o qual Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de DST/Aids, o qual elaborou e executou um projeto, em parceria o UNODC – Escritório das Nações Unidas Contra Drogas e Crimes, o qual incluiu a troca de seringas e uso limpo. Propunha o envolvimento do CONFEN – Conselho Federal de Entorpecentes e estabelecia ações, através de um projeto piloto, para 10 estados. O financiamento desse convênio permitiu apoiar alguns projetos de redução de danos a partir de 1994. 1995 – Bahia: institui-se o primeiro programa de trocas de seringa, em uma ação com a participação de profissionais do Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas – CETAD,

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BIBLIOGRAFIA

Plano Integrado de Redução de Danos- 2008

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Clínica ampliada, equipe de referência e projeto terapêutico singular / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização – 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2008.

Folders sobre Redução de Danos dos municípios de Tramandaí e Porto Alegre. Mayer, Rose. Igrejinha. Slides, Curso de Redução de Danos: Igrejinha/RS, 15 de maio de 2008.

Monteiro, Fernando. Estágios de Mudança de Comportamento. Slides, Curso de Redução de Danos: Igrejinha/RS, 15 de maio de 2008.

Niel, Marcelo & Silveira, Dariu Xavier de. (Org.) Drogas e Redução de

vinculado à Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia, com o apoio do governo do Estado e da prefeitura de Salvador.Em 1997, durante processo de articulação nacional para a organização da IX Conferência Internacional de Redução de Danos (realizada em São Paulo, 1998), a ABORDA – Associação Brasileira de Redutores de Danos e a APRENDA – Associação Paulista de Redutores de Danos foram criadas. Em relação ao legislativo, a primeira Lei Estadual de Redução de Danos – nº 9.758/97 – foi aprovada em março de 1997, em São Paulo, de autoria do deputado Paulo Teixeira. A partir de então, outros estados aprovaram leis semelhantes, o que possibilitou a regulação das ações de RD e sua incorporação às políticas de saúde.No RS, a Lei Estadual nº 11.562, foi aprovada em 28 de dezembro de 2000, de autoria de Adilson Troca.

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2005 - Ministério da Saúde: Portaria Nº 1.028, regulamentou as ações destinadas à redução de danos sociais e à saúde, decorrentes do uso de álcool e outras drogas, integrando-as à Política Nacional Sobre Drogas, a qual foi aprovada em 27 de outubro de 2005 pelo Conselho Nacional Antidrogas. 2009: Plano Nacional de enfrentamento ao Crack

A partir deste momento, várias outras iniciativas foram sendo tomadas tanto pelo Ministério da

Saúde, quanto pelos Estados e municípios. Alguns programas municipais hoje foram transformados

em Serviços, como Pelotas.Avançamos na concepção sobre redução de danos, não só como intervenção direta com os usuários, abusadores e dependentes de substâncias psicoativas mas, principalmente, nas concepções éticas e humanas, através do protagonismo e da autonomia dos cidadãos, bem como da perspectiva de saúde como um conceito amplo e interfacetado com assistência social, habitação, justiça...

E lembre-se:

O usuário de substâncias psicoativas pode apresentar outras situações que devem ser devidamente avaliadas, para que a lógica do sintoma não impossibilite o seu cuidado e nem que o julgamento acerca do seu padrão de uso, desencadeie um estigma, onde se pensa que somente a saúde mental é que precisa olhar para o campo das substâncias psicoativas.

Ética, respeito e afeto são condições importantes para qualquer pessoa que esteja em contato com outras pessoas, as quais podem estar fazendo uso de substâncias psicoativas, pois o uso não fala do todo, apenas de um dos aspectos da vida daquela pessoa.

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USO: Uso da substância de forma recreativa e que não dificulta a vida da pessoa em nada.

ABUSO: Quando há descontrole frente ao padrão de uso e onde começa a apresentar algumas dificuldades em gerir a sua vida.

DEPENDÊNCIA: É considerada pela OMS como uma doença e a pessoa tem dificuldade em manter a sua vida cotidianamente. A substância passa a ser fundamental no direcionamento de vida. Sendo que, como o apontado anteriormente, tal conceito não está vinculado especificamente a uma substância, mas a relação que é feita não somente com ela mas com diversas situações de vida.

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Nos municípios de Igrejinha, Taquara e Três Coroas, apesar de não termos programas de redução de danos implantados, há a compreensão acerca da RD como estratégia fundamental nas Políticas municipais sobre Substâncias Psicoativas e, por isto, foi possível a constituição do projeto que deu origem ao material aqui apresentado.Então, RD é uma diretriz na Política Nacional Sobre Substâncias Psicoativas, o que faz com que possamos olhar os nossos cidadãos a partir das suas singularidades, buscando junto com cada e com todos o melhor caminho. Além de compreendermos, a partir disto, que as substâncias psicoativas falam diretamente sobre a forma como a sociedade se relaciona. Sendo assim, compreende que a abstinência não é a única forma de tratamento, mas sim propõe estratégias que miniminizem os efeitos advindos do uso, abuso e/ou dependência.

* Compilado pela macrorregião sul/RS: Apud slides Curso sobre redução de Danos; Igrejinha/RS: 15.05.2008

COMO VOCÊ VÊ A PRÁTICA EXPRESSA NO DESENHO?

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Atenção (cuidado) Ao Usuário Acolhimento - Clínica Ampliada E Plano Terapêutico Singular

COMORBIDADES

Olha a diferença aí gente!!!!!!!!!! Fale certo!!!!

USO, ABUSO E DEPENDÊNCIA DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

Pessoa usa algum tipo de substância psicoativa, mas fala que está trabalhando e que não atrapalha a sua vida. Outra que fala que quando começa a usar, não consegue parar e que isto já está prejudicando as suas e outra que está diz que só pensa na substância, não consegue ficar sem e até perdeu o trabalho em função disto.

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E a RD?Quando a substância é injetável..... não compartilhar seringa, diluir em um pouco de água (usar a água destilada, caso seja distribuída pelo Serviço de referência), limpar o local com água ou álcool, antes da aplicação, pressionar o local com o polegar para estancar o sangue, não repetir a dose no mesmo local, fazer o descarte em local específico (caixa coletora ou garrafa).

Se for aspirada.......usar equipamento próprio e não compartilhar o canudo, usar aos poucos, alimentar-se bem, ingerir água, evitar bebidas alcoólicas (junto) e lavar as mãos.

Se fumada (crack)........evitar latas ou canos de pvc, mas caso usar lata, lavá-la, não raspar a lata ou o cachimbo para aproveitar a borra, pois essa é a parte mais tóxica, ter o seu cachimbo e não compartilhar com outras pessoas, usar protetor labial, beber muito líquido e se alimentar.

Cocaína/Crack .São substâncias estimulantes do SNC. Produzem um estado de excitação,

hiperatividade, insônia, perda da sensação de cansaço, perda de apetite. Em grandes quantidades podem produzir irritabilidade, tremores e paranóias (medo, desconfiança).O uso pode produzir dor no peito, contrações musculares, convulsões e até mesmo coma, além

de taquicardia e aumento da pressão arterial. O crack, logo após fumado (10 a 15 segundos),provoca grande sensação de prazer, intensa

euforia e poder, que pode durar, em média, 5 minutos. Em virtude disto, o usuário volta a usar a droga, podendo repetir isto inúmeras vezes.

A compulsão para usar a substância repetidamente tem o nome popular de “fissura”, que pode se manifestar como um mal-estar súbito, com sintomas ansiosos, possível agressividade e por vezes uma ideia fixa de que aquilo só passará após o ato de fumar.

QUEM SABE PODEMOS CONTAR OUTRA HISTÓRIA...

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Quem sabe, podemos contar outra história?

Como fazer RD?Intercalar o álcool com outras bebidas (água, sucos)Alimentar-se antes e durante a ingestão do álcoolAprender a controlar o uso, beber lentamente ea aumentar o intervalo entre uma dose e outra

ÁLCOOLÉ uma substância depressora do SNC. Como efeitos positivos de seu uso podemos referir: facilita a conciliação do sono ( embora reduza o sono profundo e fragmente o sono), induz sentimentos de bem-estar, reduz medo e ansiedade, aumenta a socialização. Como efeitos negativos: aumenta a possibilidade de doenças relacionadas ao fígado (hepatite, cirrose), aparelho digestivo (pancreatite) e sistema cardiovascular (aumento da pressão arterial, problemas cardíacos). Sintomas de intoxicação incluem fala arrastada, marcha instável, comprometimento na atenção, memória e coordenação motora, alteração do humor, fraco julgamento. Sintomas de abstinência (após interrupção ou redução significativa do uso) incluem sudorese, taquicardia, tremores, insônia, náusea ou vômitos, cefaléia, tonturas, agitação, ansiedade, irritabilidade, fraqueza, inquietação, depressão. Podem ocorrer pesadelos, alucinações visuais, táteis ou auditivas transitórias.

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As substâncias, enquanto a sua organicidade, podem atuar de diferentes formas no organismo, sendo classificadas como:

Substâncias depressoras diminuem a atividade de nosso cérebro, o que significa dizer que a pessoa que usa fica “devagar”, “desligada”, desinteressada pelas coisas. São exemplos o álcool, os medicamentos ansiolíticos, morfina, heroína, inalantes (cola) e solventes.

Substâncias estimulantes aumentam a atividade de nosso cérebro, fazendo com que o usuário fique “elétrico”, “ligado”, sem sono. São exemplos as anfetaminas, remédios que diminuem a fome, cocaína e seus derivados (crack, merla).

Substâncias perturbadoras modificam qualitativamente a atividade de nosso cérebro. Não se trata de aumentar ou reduzir a atividade cerebral. Se trata de fazer o cérebro funcionar de forma diferente, fora do normal. Podem ser de origem vegetal, como a maconha e alguns cogumelos; ou sintéticas como o LSD e o êxtase.

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O termo droga tem origem na palavra droga, proveniente do holandês antigo e cujo significado é folha seca. Esta denominação é devido ao fato de que, antigamente, quase todos os medicamentos utilizavam vegetais em sua composição. Atualmente, porém, o termo droga, segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS, abrange qualquer substância não produzida pelo organismo que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas produzindo alterações em seu funcionamento.

As substâncias psicoativas (SPA), sempre existiram na história da humanidade mas, dependendo dos aspectos culturais, sociais e religiosos podem ter diferentes significados e imprimir várias formas de pensamentos e ações. Bem como, o termo substâncias psicoativas também desmistificam o termo drogas, no que diz respeito que a consideração acerca do que se determina como droga em uma sociedade pode ser diferente em outra.

As SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS atuam no psiquismo, alterando sensações e comportamentos, podendo provocar sintomas orgânicos adversos. É importante ressaltar que apesar das substâncias terem um potencial de desencadear um quadro de dependência, nem todas as pessoas a desenvolvem em decorrência do uso. Na atualidade, o conceito de dependência é bem mais amplo, sendo permeado por diversos fatores e não somente pelos sintomas desencadeados através do uso. Sendo assim, o que pode determinar a dependência é a relação da pessoa com a substância, a qual sofre influência de determinantes, tais como o meio social, características pessoais...

E DROGA, O QUE É AFINAL?

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(primeiros meses)

- Precisam de reforço contínuo para manter o

comportamento atual

Auxiliar a identificar e transpor barreiras que

possam provocar recaída

Manutenção

- A t ing i ram um c r i té r io de mudança

comportamental

Como “não” provocar a mudança:

Fornecer "feedback" sobre os resultados

alcançados a fim de elevar a confiança na

capacidade de manter o comportamento

desejado.

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Recaída

Contemplação

Ação

ManutençãoTérmino

Determinação

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Acolhimento

Olhar de forma integral para a Pessoa, buscando a escuta solidária,

onde a Pessoa é o foco da escuta e não a doença.

Sendo a construção do vínculo fundamental para ampliar o grau de autonomia

das pessoas no processo de produção de saúde

Plano Terapêutico Singular

Possibilidade de pensar estratégias

PARA e COM a Pessoa,

na busca de uma Qualidade de Vida

Clínica ampliada Estender o olhar para além do óbvio e do superficial, para além do diagnóstico e da queixa, comprometendo-se Com a busca de possibilidades para o tratamento e A promoção da saúde das pessoas.

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Redução de Danos

- Não têm um plano de ação

- Não iniciaram o processo de mudança

- Acreditam que as vantagens do Comportamento

de Risco são equivalentes as desvantagens

prejuízos de se manter sob risco

Auxiliar as pessoas a perceberem como o seu

comportamento de risco afeta outras pessoas em

suas vidas (amigos e familiares, por exemplo)

Preparação- Pretendem fazer mudanças no

comportamento de risco no próximo mês Já têm

um plano de ação Já experimentam alguma

mudança de hábitos, mas não atingiram um critério

comportamental satisfatório

Orientar sobre a elaboração de um plano de

mudança (objetivos, estratégias e metas pessoais a

serem alcançadas)Ensinar formas de monitorar as

atividades realizadas e as metas a alcançar Ajudar a

reestruturar o ambiente de vida de modo a evitar a

exposição ao comportamento de risco

Ação

- Por em prática o plano de mudança

- Apresentam grande risco de recaída

Ajudar a estabelecer objetivos de médio e longo

prazo

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CLÍNICA AMPLIADA

ABORDAGEM

ACOLHIMENTO PLANO TERAPÊUTICO SINGULAR

Partindo do pressuposto que não só o medico mas todos os profissionais de saúde fazem cada um a sua “clínica”, a proposta de uma CLÍNICA AMPLIADA, vem ao encontro do grande desafio tanto para gestores como para trabalhadores, de Humanizar a atenção em saúde potencializando os recursos já existentes.

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3º QUADRO: Uma das técnicas de avaliação e manejo é a proposta por DiClemente e Prochaska, em 1983, os quais estabeleceram níveis de prontidão para a mudança de comportamento de risco:

ESTÁGIO COMO PROVOCAR A MUDANÇA

Pré-contemplação

- Sem intenção de mudar o comportamento de

risco

- São defensivos

- Acreditam que as vantagens do comportamento

de risco superam as desvantagens

Enfatizar mais os benefícios do comportamento

desejado que os prejuízos de se manter sob risco

Auxiliar as pessoas a perceberem como o seu

comportamento de risco afeta outras pessoas em

suas vidas (amigos e familiares, por exemplo).

Estabelecer relacionamento Esclarecer dúvidas

sobre padrões de uso

Informar sobre riscos, prós e contras do uso.

Contemplação

Pretendem seriamente mudar o comportamento

de risco nos próximos

Enfatizar mais os benefícios do comportamento

desejado que os meses

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Podemos, resumidamente, dizer que CLÍNICA Ver o usuário do serviço( ESF,UBS,CAPS,HOSPITAL, etc) como uma pessoa, única, singular,

que tem a sua história de vida além da sua queixa ou do seu diagnóstico. Assumir a responsabilidade sobre os usuários do serviço compartilhando a mesma com outros setores (corresponsabilidade). O usuário pode estar sendo acompanhado em vários Serviços da rede, simultaneamente, quando houver necessidade, assegurando a INTERSETORIALIDADE, visando não só o tratamento mas a promoção da saúde do usuário.. Ex.: “ Este paciente é morador de rua, quem tem que resolver isto é a assistência social” ou “Ele é usuário de drogas, o lugar dele é no CAPS”. Reconhecer os LIMITES do conhecimento dos profissionais e das tecnologias por eles

empregadas e buscar conhecimentos em diferentes setores, buscando RESOLUBILIDADE. Ex.: O usuário quer parar de fumar e a equipe da UBS pode buscar subsídios para acompanhar a pessoa, sem necessidade de transferi-lo para outro local.

Assumir um COMPROMISSO ÉTICO profundo, ou seja; não ser CONIVENTE ou OMISSO com situações que promovam discriminação de qualquer tipo, ou desrespeito ao ser humano, em qualquer das suas formas. Isto exige dos profissionais de saúde um exame PERMANENTE dos próprios valores.

Planejar a atenção respeitando a singularidade (Projeto Terapêutico Singularizado) de cada pessoa.

AMPLIADA é:

LEMBRAR

Durante a avaliação, é fundamental que possamos verificar se a pessoa está apresentando uma COMORBIDADE, a qual é a presença de uma outra situação psíquica que possa ter desencadeado o uso, abuso e/ou dependência ou o inverso. Isto é fundamental, para avaliarmos, em conjunto com a pessoas, as possibilidades de intervenção.

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Sob esse olhar (da clinica ampliada) a ABORDAGEM ao usuário de substancias psicoativas, seja na na UBS, na ESF, no CAPS, dentre outras, passa necessariamente pela:

ACOLHIDA: acontece desde o momento do contato do usuário com a primeira pessoa da equipe, por isto a necessidade de toda a equipe utilizar as técnicas de comunicação terapêutica. Ex: jeito de olhar , postura corporal, etc (ver quadro nº 2)

ESCUTA – valorizar a tempo disponibilizado ao usuário evitando interrupções valorizar toda queixa ou

relato do usuário mesmo quando parecer não interessar diretamente para o diagnóstico ou tratamento . Ex ( usar o celular durante o atendimento ou resolver outros assuntos ao mesmo tempo)

- evitar julgamentos e discursos “moralistas” ex. “isto que esta acontecendo contigo é consequência...”, “eu te avisei que se não parar com isso(droga) você vai pra cadeia ou pro cemitério”

PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR: É construído entre equipe, usuário e familiares com o objetivo de nortear a atenção. Pode ser feito para uma pessoas, grupo ou família, buscando a singularidade (diferença) como fator principal de articulação, uma vez que os diagnósticos tendem a igualar as pessoas e minimizar as diferenças (PNH). (Ver quadro 1).

2.NÃO CONFUNDA!!!!!

O Plano Terapêutico Singular são as propostas acerca das condutas terapêuticas articuladas para uma pessoa ou um coletivo, resultado

da discussão de uma equipe multi profissional, de forma interdisciplinar,Acordada com o usuário ou coletivo.

ENQUANTO que...Estudo de caso é a discussão da situação de uma pessoa por uma equipe multiprofissional, de forma multi disciplinar, Olhando o sintoma, tendo como objetivo o

diagnóstico e tratamento.PTS

Se baseia na escuta e avalia a situação como um todo;

É construído em parceria entre os profissionais da rede (intersetorialidade), o usuário e/ou família e está em permanente

adaptação;

É revisto de forma permanente;

Tem em vista a qualidade de vida e A promoção da saúde.

ESTUDO DE CASOSe baseia na anamnese e busca um

diagnóstico;

É feito isoladamente por um profissional

e norteado pelo diagnóstico;

Considerado como imutávelTem em vista o tratamento.

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Para tanto, precisam ser observados alguns critérios: Avaliar a motivação da pessoa e familiares, diferenciando o do desejo do usuário do de outras pessoas

(familiares, amigos, empregadores, profissionais) (Ver quadro nº 3) Avaliar os fatores de risco (clínicos e/ou auto e/ou heteroagressão) e trabalhar os fatores de

proteção que existem para a pessoa e família, auxiliando a pessoa e a família e encontrar formas de lidar com as situações.

Rever, permanentemente, o PTS, uma vez que ele está em constante modificação, de acordo com a evolução da situação.

1. Plano terapêutico

“Estes são momentos muito ricos em que a transdisciplinaridade se

concretiza, quando os profissionais de distintas áreas se juntam para compartilhar e potencializar seus conhecimentos, seja no que tem

em comum ou de diferente.” (Cartilha PNH, 2004, p. 13)

2. SE LIGA!

Comunicação terapêutica A Maneiras NÃO-terapêuticas de se comunicar

-Iniciar a conversa com perguntas abertas ou gerais. Por exemplo: “ Sobre o que você gostaria de falar hoje?”-Demonstrar interesse pelo assunto trazido pela pessoa.-Partilhar suas impressões para que a pessoa possa esclarecer percepções incorretas ou mal-entendidos.-Usar o silêncio, se necessário, e dar tempo à pessoa para que se recomponha.-Refletir e ponderar as suas falas.-Focalizar a atenção da pessoa para o assunto em questão, caso esse se mostre vago ou incoerente. Ex. “Estávamos falando sobre...”-Usar a colaboração sugestiva criteriosamente dando a possibilidade da pessoa explorar os prós e contras da abordagem sugerida. Ex. “Talvez possamos nos reunir com seus pais para conversar o assunto” -Fornecer informações usando frases simples, diretas e claras.(Orientações)

- Perguntas fechadas que limitam as respostas à “Sim” e “Não”. Por exemplo: “Você quer conversar hoje?” - Perguntas formuladas em forma de interrogatório. Por exemplo: “Por quê você não veio ao atendimento?”- Fazer julgamentos e críticas.- Menosprezar as crenças da pessoa.- Fazer outra coisa enquanto fala com o usuário(atender ao celular,usar o computador, apontar o lápis, procurar algo nas gavetas, etc).- Não manter contato visual.- Deixar sua mente divagar (fugir) durante a conversa.- Apressar a resposta, ou seja, responder à pessoa antes que ela termine de falar ou terminar suas frases por ela. - Falar ininterruptamente.- Dar conselhos. Por exemplo: “Se eu fosse você não agiria desta maneira...”- Tomar partido em determinada situação. Ex : Participar de críticas à pessoas da equipe ou à familiares.- Minimizar situações graves. Por ex.: “Não te preocupes com isto....”

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