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Modalidade: Artigo. TÍTULO: A PRÁTICA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO NA UFRN 1 CAMILA MARIA PEREIRA DE OLIVEIRA ANDRADE 2 [email protected] Profa. Dra. SORANEIDE SOARES DANTAS 3 1 Trabalho apresentado ao Curso de licenciatura em Pedagogia, na modalidade Artigo, como parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso II (PEC5046), realizado no 3º ano do Ensino Fundamental I, da Escola Municipal Celestino Pimentel, no período de 27 de julho a 12 de dezembro de 2015. 2 Aluna do Curso de licenciatura em Pedagogia em fase de conclusão do curso em 2015.2. 3 Professora do Departamento de Práticas Educacionais e Currículo do Centro de Educação da UFRN.

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Modalidade: Artigo.

TÍTULO: A PRÁTICA DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NA FORMAÇÃO DO

PEDAGOGO NA UFRN1

CAMILA MARIA PEREIRA DE OLIVEIRA ANDRADE2 [email protected]

Profa. Dra. SORANEIDE SOARES DANTAS3

1 Trabalho apresentado ao Curso de licenciatura em Pedagogia, na modalidade Artigo, como parte integrante do Trabalho de Conclusão de Curso II (PEC5046), realizado no 3º ano do Ensino Fundamental I, da Escola Municipal Celestino Pimentel, no período de 27 de julho a 12 de dezembro de 2015. 2Aluna do Curso de licenciatura em Pedagogia em fase de conclusão do curso em 2015.2. 3 Professora do Departamento de Práticas Educacionais e Currículo do Centro de Educação da UFRN.

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RESUMO

O presente trabalho de conclusão de curso foi realizado com base no relatório

reflexivo da prática docente vivenciado no Estágio Curricular Supervisionado de

Formação de Professores, do curso de Pedagogia, na UFRN, no período letivo

de 2014.2. A regência docente foi realizada na Escola Municipal Celestino

Pimentel na Cidade de Natal/RN, em uma turma do 3º ano do Ensino

Fundamental I. Tem como objetivo argumentar sobre as práticas de ensino

realizadas em sala de aula, refletindo sobre a importância do Estágio na

formação de professores. O tema para este trabalho baseou-se na

oportunidade que nós temos em falar sobre a problemática do estágio

curricular em relação a unir teoria e prática na formação do professor e como

meio de conhecer a realidade escolar. A metodologia usada foi um conjunto de

atividades, estratégias planejadas etapa por etapa. Começando com a busca

dos conhecimentos dos alunos sobre o tema abordado nos livros de histórias

infantis, em seguida deu-se o desenvolvimento de atividades qual trabalhou as

competências dos alunos para a leitura e escrita, seguindo de exercícios com

quadrinhos e ditados e o momento de exposição das ideias pelos alunos para

os demais colegas em sala de aula. Assim, para os 10 (dez) dias de regência

na escola foram utilizadas atividades que envolviam a disciplina de Português e

Ciências. Os alunos trabalharam os conceitos de antônimos e sinônimos,

masculino e feminino, como também trabalharam o assunto de animais

vertebrados e invertebrados. Os resultados obtidos com este trabalho docente

vivenciado em sala de aula puderam ser notados como aspectos positivos a

melhora das capacidades dos alunos em ler, saber distinguir o feminino e o

masculino, assim como identificar os antônimos e sinônimos das palavras. Tal

como o aspecto negativo notado ainda na dificuldade de escrever palavras que

contenham algumas letras distintas tais como “s”, “ss” e “z”. Com esta

experiência, aprendi que a atuação na sala de aula nos trás conhecimentos

importantes baseada no contexto real da escola, possibilitando a construção do

saber cientifico através da vivência com os alunos. No estágio, o profissional

em formação tem a oportunidade de analisar e intervir na realidade profissional

específica, enredando-se com a realidade educacional, organização e o

funcionamento da instituição educacional.

PALAVRAS-CHAVE: Estágio Supervisionado. Formação docente. Ensino

Fundamental.

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ABSTRACT

This course conclusion work was based on the report of reflective teaching

practice experienced in Supervised Teacher Education, Pedagogy course,

UFRN in 2014.2. The teaching regency was held at the Municipal School

Celestino Pimentel on Natal/RN, in a class of elementary school. Has as

objective argue about educational practices carried out in the classroom,

reflecting on the importance of internship in teacher training. The theme for this

work was based on the opportunity that we have to talk about the problem of

traineeship compared to join theory and practice in teacher education and as a

way to know the school reality. The methodology used was a set of activities,

strategies planned stage by stage. Starting with the search of students

'knowledge on the subject addressed in children's story books, then gave up the

development of activities which worked students' skills for reading and writing

using exercises with comics and sayings and the time to exposure of ideas by

students to other colleagues in the classroom. So, for the ten (10) days

Regency in school activities were used that involved the discipline of

Portuguese and Sciences. Students worked the concepts of antonyms and

synonyms, male and female, but also worked the subject of vertebrate and

invertebrate animals. The results obtained with this experienced teaching in the

classroom might be noted as positive aspects of the improvement of students'

abilities in reading, to distinguish the feminine and the masculine, and to identify

the antonyms and synonyms of words. As the negative aspect further noted the

difficulty of writing words that contain some different letters such as "s", "ss" and

"z". With this experience, I learned that the performance in the classroom brings

us important knowledge based on real context of school, enabling the

construction of knowledge through scientific experience with the students. On

stage, the trainee has the opportunity to analyze and intervene in specific

professional reality, tangling with the educational reality, organization and

functioning of the educational institution.

KEYWORDS: Supervised internship. Teacher training. Elementary School.

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I – INTRODUÇÃO

Este trabalho é baseado no relato reflexivo das atividades docentes

desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado de Formação de

Professores do curso de Pedagogia. Foi desenvolvido na Escola Municipal

Celestino Pimentel, na turma de 3ª série do Ensino Fundamental. O presente

artigo tem como objetivo abordar a experiência e conhecimentos adquiridos

durante a realização do estágio supervisionado sob a forma de atividades

práticas e explicar a importância dessas experiências na formação do

professor, vivenciados no âmbito do processo de formação inicial do Curso de

Licenciatura em Pedagogia, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte –

UFRN.

Podemos entender o estágio como via fundamental na formação

docente. É indispensável considerar que o mesmo possibilita fazer a relação

entre a teoria e a prática, através do desenvolvimento de planos de aula com

finalidade de aperfeiçoar o processo de ensino, e objetivos de orientar o

professor na realização das atividades, escolher o conteúdo da aula, a

estratégia de ensino e o processo de avaliação. Assim, a discussão socializada

na sala de aula é um relato das experiências vivenciadas durante o período de

observação do estágio supervisionado na turma do Ensino Fundamental desta

Escola.

A Escola Municipal Celestino Pimentel situada no bairro Cidade da

Esperança, zona oeste de Natal- Rio Grande do Norte, foi criada por decreto Nº

1.904 de 04/03/774. As etapas de ensino oferecidas são o Ensino Fundamental,

nos turnos da manhã e tarde, e Educação de Jovens e Adultos – Supletivo no

turno da noite. Quanto à infraestrutura, consta na instituição: 12 salas de aula,

sala de diretoria, sala de professores, laboratório de informática, laboratório de

ciências, sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional

Especializado (AEE), quadra de esportes coberta, cozinha, biblioteca, pátio

coberto, banheiro adequado a alunos com deficiência ou mobilidade reduzida e

4 Prefeitura Municipal do Natal (www.natal.rn.gov.br). Acesso em 28/10/15.

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dependências e vias adequadas a alunos com deficiência ou mobilidade

reduzida.

A professora titular da turma tem 26 (vinte e seis) anos de experiência

profissional, sendo 9 (nove) em escolas públicas de Natal. Tem formação

superior em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e

especialização em Gestão de Processos Educacionais pelo Instituto Kennedy.

A proposta de ensino da professora titular baseia-se em problematizações de

situações para a transmissão do conhecimento. Ela se baseia pelo perfil dos

alunos para construir o planejamento das aulas e adequa-los ao conteúdo,

buscando sempre o sucesso na aprendizagem.

O planejamento das aulas desta turma era feito todas às terças-feiras,

horário em que os alunos tinham aulas de Artes e Educação Física. Entretanto,

minha regência na escola ocorria nas segundas-feiras e quartas-feiras e o meu

planejamento com a professora titular da sala ocorria ou antes da aula começar

ou durante o intervalo dos alunos, na sala dos professores.

De acordo com Libâneo (1994), o planejamento é um processo de

racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a

atividade escolar e a problemática do contexto social. Para orientação, foram

feitos dois planos de aula, e suas propostas incidam em fazer que o aluno

saiba conceituar os sinônimos e antônimos das palavras, identificarem palavras

com significados iguais e trabalhar a oralidade, no primeiro plano; no segundo

plano a proposta de planejamento foi fazer que os alunos se apropriassem do

conceito de masculino e feminino, identificar e classificar os substantivos e

compreender o significado das palavras.

Para Zabala (1998), as relações que se estabelecem entre os

professores, os alunos e os conteúdos de aprendizagem constituem a chave de

todo o ensino e definem os diferentes papéis dos professores e dos alunos.

Seguindo esta relação, as atividades realizadas em sala de aula foram

desenvolvidas para que o aluno tivesse contato direto com o livro e trabalhar a

leitura em sala de aula possibilitou boa formação na vida do leitor, pois,

sabemos que o mundo vive em constantes mudanças e todos precisam estar

inseridos nessas transformações, e a leitura funciona como peça fundamental

para a construção do saber e de um mundo melhor.

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Entende-se que a disciplina de Estágio Supervisionado dispõe-se a fazer

a mediação entre a teoria estudada na sala de aula na universidade e a prática

vivenciada nas escolas públicas. Assim, escolhi a leitura dos livros “O patinho

bonito” e “se um gato for...” por ser um tipo de texto mais curto, leve e de rápida

leitura. De nada adiantaria escolher um texto muito grande, que os alunos

passariam a aula inteira lendo. Além disso, livros com textos curtos e com

ilustrações costumam prender a atenção da criança desde o início, coisa

extremamente importante para alunos do Ensino Fundamental que estão se

acostumando com a leitura mais profunda e costumam ter uma imagem

negativa da leitura como sendo “chata”.

Do mesmo modo, decidi trabalhar com atividades que contenham as

palavras cruzadas em sala de aula que tem por finalidade desenvolver entre

outras habilidades a do estímulo e a memória. Ao fazer uso da palavra cruzada

contribuo para o enriquecendo do vocabulário dos educandos e estimulo seu

raciocínio.

É por meio da educação que o sujeito se apropria dos elementos

culturais do grupo em que está inserido, ele internaliza também os significados

em torno do masculino e feminino. A partir de tal perspectiva, compreende-se a

importância da escrita e da oralidade, internalizados por cada um, a partir das

relações que estabelece com os membros de seu grupo social. Nesse sentido,

a criança desde pequena, inserida em um mundo de significados vai

incorporando o que é ser menino ou menina e aprende que para que haja

comunicação é necessário saber falar e escrever.

Fora da escola, esse saber é adquirido, em geral, quando as

crianças têm acesso aos diversos suportes de escrita e

participam de práticas de leitura e de escritas dos adultos e em

brincadeiras de crianças. É por meio do uso que elas

aprendem a finalidade de objetos de escrita presentes em

diferentes contextos sociais e a maneira adequada de lidar com

eles. Assim, na escola, esse conhecimento deve tornar-se um

dos objetivos do processo inicial de ensino-aprendizagem da

língua escrita, envolvendo uma abordagem didática, com

apresentação, observação e exploração dos suportes e

instrumentos escolares de escrita e de suas características

materiais. Com isso, pretende-se propiciar aos alunos o

desenvolvimento de capacidades cognitivas e procedimentais

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necessárias ao uso adequado desses objetos. (BRASIL, 2008,

p.21)

A regência em sala de aula foi de suma importância para

instrumentalizar minha experiência como futura profissional da educação, para

que pudesse familiarizar com a prática, convivência com os alunos e

professores e habituar-se ao ambiente escolar e seus problemas, desafios,

dificuldades, mas também repleto de alegria, realizações e, sobretudo cheio de

crianças com interesse em aprender ler e escrever. O Estágio Curricular

Supervisionado do Curso de Pedagogia tem objetivo de inserir o aluno na

dinâmica das atividades práticas que envolvem a formação e profissionalização

docente, fazendo-o criar conceitos através de observações e atuação nas

práticas exercidas pelo professor em sala de aula. Assim, esse trabalho é um

relato das experiências vivenciadas durante o período de regência do estágio

supervisionado e tem por objetivo relatar acontecimentos, comportamentos dos

alunos e professores e metodologias empregadas na aula da Escola Municipal

Celestino Pimentel, na turma do 3º ano do Ensino Fundamental.

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II – BASE TEÓRICA: REVENDO PRÁTICAS E CONCEPÇÕES

Este tópico abordará a finalidade da escola e as práticas de ensino para

os conteúdos trabalhados durante o estágio supervisionado. Trata de expor

qual a função social da escola, qual concepção de linguagem adotada, por qual

motivo a escolha da disciplina de português para as aulas do estágio e quais

questões nortearam a problematização do conteúdo. Tendo com referência os

autores Geraldi (2004), Veiga (1989) e Libâneo (1986).

Considerando que o conhecimento pode ser construído por meio da

ação, ou seja, da atividade do próprio sujeito, podemos afirmar que a escola

fica encarregada de ajudar nesta construção. No pensamento de Kilpatrick, o

objeto da educação é aperfeiçoar a vida em todos os seus aspectos. A

finalidade da escola deve ser a de ensinar a pensar e a atuar de maneira

inteligente e livre, baseados na experiência social e na vida individual. Kilpatrick

entende o método como uma adaptação da escola a uma civilização que muda

constantemente. Tomando como questão a incursões de Libâneo (1986) a

escola é chamada a cumprir sua função social, enquanto instituição

encarregada de transmissão da cultura e do saber, a atuação da escola

consiste na preparação intelectual e moral dos alunos para assumir sua

posição na sociedade. Mudadas as condições, a escola se adéqua às

necessidades ao meio, onde o aluno é educado num processo ativo de

construção e reconstrução do conhecimento, numa interação entre estruturas

cognitivas do indivíduo e estruturas do ambiente.

Na concepção da linguagem como interação social, o indivíduo,

conforme Geraldi (1984), emprega a linguagem não só para expressar o

pensamento ou para transmitir conhecimentos, mas também para agir, atuar

sobre o outro e sobre o mundo. Ela reconhece um sujeito que é ativo em sua

produção linguística, que realiza um trabalho constante com a linguagem dos

textos orais e escritos. Nesta perspectiva para o ensino da Língua Portuguesa,

recorreu-se às tecnologias como ferramentas pedagógicas que melhor

atendessem aos propósitos tanto dos educadores quanto dos educandos. Nos

planejamentos, foram verificados alguns fatores que intervêm no ensino e

aprendizagem das aulas de Português, tais como a frequência de leitura de

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livros literários, a crença sobre como os alunos aprendem, o comportamento de

alguns alunos e o domínio de sala.

A escolha de trabalhar um conteúdo relacionado à Língua Portuguesa na

regência do Estágio ocorreu devido esta disciplina já fazer parte dos horários

de aula da professora com os dias disponíveis para a realização do estágio, e

adequado conforme o calendário escolar, sem necessidade de que houvesse

mudanças de disciplina nos horários da turma que pudesse acarretar em atraso

de conteúdo.

Estudar a leitura ajuda muito no processo de conhecimento da língua.

Convém enfatizar que para desenvolver e consolidar as habilidades referentes

às competências discursivas foi essencial fazer análise e reflexão sobre o uso

da língua por meio de diferentes atividades como o uso de quadrinhos,

ilustrações e ditados, que trabalhasse tanto a leitura quanto a produção de

texto, tendo em vista este aspecto, foi-se trabalhado com dois livros literários,

foram eles “O Patinho bonito” e “Se um gato for...”. As atividades foram

realizadas de forma dinâmicas e seu resultado foi bem-sucedido.

O professor já não mais se define por saber o saber produzido

pelos outros, que organiza e transmite didaticamente a seus

alunos, mas se define como aquele que aplica um conjunto de

técnicas de controle na sala de aula. (GERALDI, 2004, p.13)

Sabendo disso, posso dizer que, como professora, pude provocar

curiosidade no aluno, ele ensina a pesquisar, a empregar os conhecimentos

que aprende em situações novas, transformando o aprender em compreender

e isto pôde ser visto durante a regência do estágio na Escola Municipal

Celestino Pimentel quando os alunos participaram ativamente das aulas e o

conhecimento foi transmitido de forma dinâmica e eficaz.

Para Veiga (1989, p.17)

O lado teórico é representado por um conjunto de ideias

constituído pelas teorias pedagógicas, sistematizadas a partir

da prática realizada dentro das condições concretas de vida e

de trabalho. A finalidade da teoria pedagógica é elaborar ou

transformar idealmente, e não realmente, a matéria prima. O

lado objetivo da prática pedagógica é constituído pelo conjunto

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dos meios, o modo pelo qual as teorias pedagógicas são

colocadas em ação pelo professor.

Ao selecionar os conteúdos sobre a semântica que estuda os

significados das palavras, selecionando os fatos linguísticos como sinonímia e

antonímia, o estudo do gênero do substantivo quanto masculino e feminino, os

alunos aprendem o significado das palavras e dão a elas o correto e necessário

entendimento para a comunicação necessária às ações cotidianas. Para as

atividades de Estágio nesta escola, desenvolvi situações de produção de

conhecimento através da ação pedagógica a partir do trabalho de

problematização com os livros, fazendo a relação com o que aprende e o que

já sabe. Questões como: Como vocês imaginam que é o Patinho bonito? Todos

nós somos iguais? Porque somos diferentes? Qual o contrário de bonito? Que

outra palavra podemos dizer como mesmo significado de alegre?

Trabalhando, em seguida, os conceitos de palavras sinônimas e

antônimas. E também algumas questões como, por exemplo: Como seria um

gato feito de sorvete? Como é um gato quadrado? E se for uma gata? Os

animais leão e boi são masculinos ou femininos? Por quê? E os animais porca

e cadela?

Sendo trabalhados em seguida os conceitos de palavras masculinas e

femininas e substantivos. Acredito que a partir dessa prática profissional, o

professor poderá adquirir outros saberes, estabelecer estratégias e até tomar

decisões para o desenvolvimento de novas práticas docente.

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III – DESENVOLVIMENTO DA REGÊNCIA E DEMONSTRAÇÃO DOS

RESULTADOS

Este tópico abordará sobre a rotina da escola e da sala de aula na qual

foi realizada o estágio. Trata de expor o conceito de planejamento e uma breve

explicação sobre a realidade descoberta na escola. Apresenta uma discussão

sobre os planos de aula e as rotinas de trabalho. Tendo com referência os

autores Libâneo (1994), Irandé Antunes (2007), Geraldi (2004) e o PCN de

Língua Portuguesa (1998).

A rotina da Escola Municipal Celestino Pimentel começava com a

reunião dos alunos no pátio da escola. Cada turma fazia uma fila, em

sequência de ordem crescente do 1º ano ao 5º ano e por tamanho de alunos,

pequenos na frente e os maiores atrás. Faziam uma oração e pediam para o

dia ser bom e abençoado. Logo em seguida seguiam para a sala de aula.

Chegando a sala de aula, eram separadas duas cadeiras para os alunos que

apresentavam maior dificuldade em copiar as atividades escritas no quadro e

ficavam na frente. A professora explicava o conteúdo do dia e que tipo de

atividade seria realizado para então começar a aula. O intervalo das turmas do

1º ano e 2º ano ocorria separado das outras turmas, por serem crianças ainda

bem pequenas. Ao finalizar o horário do dia, os alunos organizavam o material,

e esperavam a autorização da professora para poderem sair da sala e ir para

casa.

O planejamento para as aulas está em acordo à rotina comum da

escola, envolve o processo de organização de decisões sobre o funcionamento

e a proposta pedagógica da instituição. Requer um contínuo estudo e uma

clara elaboração, assim como uma constante investigação da realidade na qual

a escola está inserida.

Tomada a importância do planejamento por Libâneo (1994), fica

evidente a intenção em juntar a organização da ação docente à problemática

do contexto social em que os alunos estão inseridos, visando, sobretudo maior

rendimento escolar, pois facilitará e muito aos alunos, verem conteúdos que

falem sobre a realidade que eles vivenciam em seu dia-a–dia. Entrando no

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conceito de planejamento e da importância dessa metodologia também salienta

que:

A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples

preenchimento de formulários para controle administrativo, é,

antes, a atividade consciente da previsão das ações político –

pedagógicas, e tendo como referência permanente às

situações didáticas concretas (isto é, a problemática social,

econômica, política e cultural) que envolve a escola, os

professores, os alunos, os pais, a comunidade, que integram o

processo de ensino. (LIBÂNEO, 1994, p. 222)

A Escola Municipal Celestino Pimentel recebe alunos do próprio bairro e

bairros vizinhos, como Nossa Senhora de Nazaré, Cidade Nova e Felipe

Camarão. Pude obervar que é uma instituição que acredita nas potencialidades

de seus alunos, pois busca sempre incentivá-los no ensino, buscando formas

de melhor atender aos alunos e propor ideias e projetos que melhor ajudem a

vida escolar. O exemplo disso foi o Projeto Picasso, por meio do qual os

alunos, na disciplina de Artes, estudaram e trabalharam a vida e a obra de

Pablo Picasso, reproduziram obras do famoso pintor que foram expostas para

toda a escola e para a comunidade do bairro no dia do desfile cívico do 7 de

setembro.

Diante do que foi observado no primeiro dia na Escola Municipal

Celestino Pimentel a respeito da contextualização da instituição e de suas

práticas educativas, pude notar boa interação entre a equipe pedagógica,

professores e alunos. A escola sempre se apresentava limpa, a biblioteca, sala

de multimeios, laboratório de ciências, quadra de esportes estavam disponíveis

para atividades com os educandos.

Pela razão das atividades apresentarem proposta de interação entre os

alunos, foi pensado em uma proposta baseada em atividades fundamentadas

na leitura de textos e exercícios de interpretação, visando utilizar duas

linguagens diferentes, oral num primeiro momento e escrita, no segundo

momento.

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A construção do trabalho, primeiramente foi de reunir e selecionar

exercícios relacionados aos livros a serem trabalhados e como se daria esta

exposição para os alunos de forma dinâmica e criativa para que as aulas não

se tornassem desinteressantes e pudessem prender o interesse das crianças.

O planejamento foi instrumento que norteou o trabalho praticado

partindo de uma análise da realidade e da finalidade a qual se quis chegar,

refletindo sobre as condições existentes para traçar os objetivos. Nesse ponto

ZABALA (1998, p.94) diz que “Um planejamento como previsão das intenções

e como plano de intervenção, entendido como um marco flexível para a

orientação do ensino, que permita introduzir modificações e adaptações [...]”

Sem o planejamento o professor fica disperso, não tem como avaliar/revisar o

trabalho que realizou, portanto deve ser encarado como algo sério no processo

de ensino e aprendizagem, além de fomentar uma construção qualitativa do

ensino e das ações no interior da escola.

Toda educação verdadeiramente comprometida com o

exercício da cidadania precisa criar condições para o

desenvolvimento da capacidade de uso eficaz da linguagem

que satisfaça necessidades pessoais — que podem estar

relacionadas às ações efetivas do cotidiano, à transmissão e

busca de informação, ao exercício da reflexão. (BRASIL. 1998.

p.25).

Após o planejamento, foi conversado com a professora titular a respeito

das atividades que seriam realizadas em sala de aula para aquele momento. A

intervenção pedagógica faz que os alunos evoluam os conceitos conseguidos

na convivência social, para o nível dos conceitos científicos. Procurei sempre

atuar como condutor do processo de ensino e de aprendizagem, agindo como

mediadora, ajudando o aluno a concretizar um desenvolvimento que não atinge

sozinho. Sendo levados em consideração os conhecimentos prévios dos

alunos na medida em que entram em ação durante as atividades. Ou seja,

quando percebi que um aluno não conseguia responder a uma questão, ou

escrever uma frase, ou ainda, se a atividade não apresentou interesse porque

ele já sabia as respostas, foi observado o comportamento desses alunos e

tomadas medidas para ajustar as propostas de ensino a essas condições.

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1. PLANOS DIÁRIOS: DESCRIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO

DAS AULAS

O plano de aula apresenta subsídios para aplicação de uma metodologia

que integra o processo de ensino, envolvendo o aluno de forma planejada e

participativa. Ter um plano para servir de base para as aulas, que registre seus

objetivos, a matéria que será trabalhada, o material utilizado, o que será feito

proporciona uma organização que pode ser a diferença entre uma aula bem-

sucedida ou não.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais — PCN — são referências para

os Ensinos Fundamental e Médio de todo o país, cabendo a esses Parâmetros

nortearem os educadores em sua tarefa educativa para a formação de

cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. É por meio dos PCN, que os

professores podem rever objetivos, conteúdos, formas de encaminhamento das

atividades, expectativas de aprendizagem e maneiras de avaliar.

Os PCNs da Língua Portuguesa ressaltam o quão importante é o papel

do professor como mediador, durante o processo de aprendizagem da língua,

pois cabe a ele mostrar ao aluno a importância que, no processo de

interlocução, a consideração real da palavra do outro assume. Criar situações

de comunicação, como os estudos com os gêneros, o aluno irá adquirir a

habilidade de organizar o discurso de forma adequada, apropriando-se da

linguagem.

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Conforme os PCNs de Língua Portuguesa (1998), o trabalho com leitura

tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente,

a formação de escritores, uma vez que a possibilidade de produzir textos

eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da

intertextualidade e fontes de referências. A leitura, por um lado, nos fornece a

matéria-prima para a escrita sobre o que escrever. E por outro lado, contribui

para a constituição de modelos de como escrever.

Todas as produções feitas pelos alunos, como procedimentos

metodológicos, sejam elas orais ou escritas, se basearam em formas padrões

de estruturação textuais. Essas práticas comunicativas foram modeladas e

remodeladas em processos dos quais eles mesmos são os sujeitos.

Para Irandé Antunes (2007. p.65):

Em termos bem gerais, podemos dizer que estudar mais que

gramática leva a procurar explorar o conhecimento de outras

áreas de outros domínios e assumir a certeza de que, ao lado

do conhecimento da gramática, outros são necessários. [...] Em

termos mais específicos, lembramos que para ir além da

gramática, a escola deve empenhar-se também nos estudo de

léxico. [...] Esse estudo, pode contemplar as inter-relações de

uma palavra com outras – relações de sinonímia, de antonímia,

de hiperonímia, de partonímia – e inter-relações externas, das

PLANO DE AULA

Série: 3ª série – ensino fundamental

Tema: Sinônimo e Antônimo

Objetivo:

Este plano tem objetivo de permitir que o aluno, ao final desse planejamento seja capaz de

conceituar os sinônimos e antônimos, identificar palavras que tenham significados iguais e

diferentes e substituir palavras por sinônimos e antônimos nas frases; Trabalhar a oralidade e

a escrita.

Justificativa:

Após uma observação na sala de aula, vi a necessidade de elaborar um plano de aula que

pudesse suprir algumas necessidades de aprendizagem, tendo como um ponto o trabalho com

sinônimos e antônimos, através da leitura e escrita.

Avaliação:

A avaliação se dará com a observação do envolvimento do aluno nas aulas. Como a atenção

no conteúdo, realização da atividade proposta e participação nos momentos de leitura. E

também o trabalho com atividades como o ditado e uso de quadrinhos, alem do dia a leitura.

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palavras com as coisas, os eventos, os fatos, os valores

culturais que povoam os mundos em que vivemos.

A escolha de trabalhar o ditado e atividades que envolvam quadrinhos

teve, portanto, que levar em conta, os objetivos visados, e a função que teve

que alcançar. Além disso, tive que adaptar o modelo do gênero aos valores e

características particulares da turma, adotando um estilo próprio. Assim, as

práticas de linguagem puderam ser relacionadas, no ensino, por meio dos

gêneros, que permitiram estabilizar os elementos formais e rituais das práticas

de linguagem. Os gêneros ligados a cada uma dessas práticas foram um termo

de referência para a aprendizagem, uma ferramenta que forneceu suporte para

a atividade nas situações de comunicação. O estudo da linguagem verbal traz

em sua trama tanto a ampliação da modalidade oral, por meio de processos de

escuta e de produção de textos falados, como o desenvolvimento da

modalidade escrita, que envolve o processo de leitura e o de elaboração de

textos.

PLANO DE AULA

Série: 3ª série – ensino fundamental

Tema: Masculino e Feminino

Objetivo:

O aluno seja capaz de aprimorar o conceito de masculino e feminino; Identificar e classificar os

substantivos quanto ao gênero, e desenvolver a leitura, a escrita e compreender o significado

das palavras.

Justificativa:

Trabalhar com os gêneros dos substantivos, propicia ao aluno a diferenciar uma palavra se ela

pode ser masculina ou feminina. E o trabalho com atividades como o ditado, envolvimento dos

alunos na correção da própria atividade e uso de quadrinhos e do dia a leitura torna a

aprendizagem mais prazerosa e divertida.

Avaliação:

A avaliação se dará com a observação do envolvimento do aluno nas aulas. Como a atenção

no conteúdo, realização da atividade proposta e participação nos momentos de correção da

atividade.

As atividades desenvolvidas pelos alunos, para que fossem

compreendidas, necessitaram do conhecimento do leitor e do ouvinte sobre o

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mundo de que falavam, sobre a sociedade em que estavam inseridos e

também sobre a língua em que estavam escritos e falados. Para a

compreensão de qualquer texto, e também para a sua produção, concentram

fatores linguísticos, sociais e culturais.

Tudo envolve a comunicação, e as atividades com a oralidade e a

escrita que envolveram os alunos com a correção de exercícios por eles

mesmos anima a vontade de explicar, criticar e contemplar a realidade, pois as

palavras são instrumentos essenciais para a comunicação. É importante que o

aluno perceba que a língua é um instrumento dinâmico, com a qual é possível

participar ativamente e essencialmente da construção da mensagem de

qualquer texto. As experiências conseguidas pela escuta e por leitura de textos,

bem como do frequente exercício de expressar ideias oralmente, são grandes

metodologias que impulsionam na elaboração e difusão de conhecimento. Um

texto, como a decifração de qualquer ato de comunicação, é, antes de tudo,

uma prática social que se dá na interação com o outro.

Assim sendo, as noções gramaticais são apenas parte dos saberes

indispensáveis as atividades da interação verbal. E conforme Irandé Antunes

(2007, p.58):

Nas atividades de linguagem, além do conhecimento do

mundo, é necessário também que conheçamos as muitas

regras (ou regularidades) que especificam o que devemos

fazer para organizar um texto, para lhe dar uma sequencia,

para lhe atribuir uma continuidade e uma progressão, para lhe

conferir algum tipo de sentido.

Trabalhar com livros nesta turma foi de suma importância, visto que

fazer que o aluno saiba que ler é essencial para preencher as necessidades

comunicativas e garantir a preparação que precisamos ter para enfrentar as

socializações do mundo lá fora. O ato de ler auxilia no desenvolvimento das

habilidades de produção textual, já que o aluno que adquire o hábito de leitura,

além de ampliar o horizonte cultural, tende a favorecer a interpretação de

textos, pois a leitura expande o universo linguístico do sujeito em termos de

vocabulário.

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2. ROTINA DE TRABALHO DIÁRIO: DESCRIÇÃO E ORGANIZAÇÃO DAS

AULAS

Durante a regência nas aulas da Língua Portuguesa pude trabalhar a

interdisciplinaridade. Por exemplo, enquanto os alunos trabalhavam a

separação das palavras em sílabas na atividade com palavras cruzadas, o

aluno aprende e fixa a sequência numérica, estudado na disciplina de

Matemática. Assim como em Ciências, quando os alunos visitaram o

laboratório de ciências da escola, no ultimo dia da regência. Desta forma, ao

estudarem os sinônimos e antônimos, masculinos e femininos nas atividades

propostas em sala, os alunos estavam também, exercitando conhecimentos da

Língua Portuguesa, Ciências e Matemática.

É na escola que os alunos aprendem desde cedo a exercer o seu papel

como cidadãos responsáveis por seus atos e seus direitos. Com essa visão, o

aluno passa a ser um multiplicador de conhecimentos. E de acordo com

Geraldi (2004) “[...] um dos aspectos da escola existente, aquela que

conhecemos hoje: lugar em que se ensina, lugar em que se aprende.” (p. 10)

Fig. 1. História contada aos alunos no 1º dia da regência na escola, dia 04/08/14

Fig.2. Atividade escrita no quadro após leitura do livro

Fig. 3. Caderno de aluno com atividade corrigida

Para atividades que façam o uso de livros em sala de aula, é

fundamental que o professor entenda que o que importa é que existam livros

de que as crianças gostem e disponibilizá-los para que os alunos sejam leitores

interessados e gostem de ler sendo imprescindível a disponibilidade de bons

materiais que possibilite aos alunos a escolha de suas próprias leituras.

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Acho que uma criança de qualquer idade pode entender qualquer tema,

desde que seja tratado de acordo com a visão dela. Devemos também ousar

na linguagem, assim como na dificuldade do texto. Para isso, o professor deve

escolher o que é mais adequado e dessa forma fazer que os alunos gostem da

leitura e não que tenham medo dela. E o gosto pela leitura foi o que aconteceu

no início da regência na Escola Municipal Celestino Pimentel.

Com vista nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) ressalto as

propostas do currículo para a prática da leitura como o exercício de tudo o que

se lê e vários exemplos de textos como recados, bulas, avisos, manuais de

instruções, receitas, faixas, textos informativos etc. Nesse cenário, os

Parâmetros indicam que é importante o aluno conhecer os diferentes gêneros e

os diversos tipos de textos que circulam na sociedade.

Em relação aos PCNs, não se pode deixar de reconhecer que

as concepções teóricas subjacentes ao documento já

privilegiam a dimensão interacional e discursiva da língua e

definem o domínio dessa língua com uma das condições para

a plena participação do individuo em seu meio social.

Estabelecem que os conteúdos de Língua Portuguesa devem

se articular em torno de dois grandes eixos, o do uso da língua

oral e escrita e o da reflexão acerca desses usos. (ANTUNES,

2003, p.22)

Em observância aos objetivos dos conteúdos conforme PCN da Língua

Portuguesa, foi seguido o interesse, iniciativa e autonomia para ler,

especialmente textos literários e o manuseio e cuidadoso de livros e demais

materiais escritos. Pois não basta o aluno somente aprender a ler e escrever, é

também imprescindível que ele saiba e compreenda a importância de

conservação do material que irá utilizar em sala de aula e entenda que outros

alunos também poderão utilizar o mesmo livro em outro momento.

No dia 11/08/14 foi programada para ser o segundo dia da regência de

estágio, mas ao chegar a escola, compareceram apenas 4 alunos, visto que

neste dia foi comemorado o dia do Estudante. Então a programação deste dia

foi assistir ao filme “O grande Urso” na sala de vídeo, modificando um pouco, o

planejamento.

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Sabemos que o planejamento é a orientação para a prática em sala de

aula e serve para guiar, orientar a metodologia em busca de resultados. E

entendo que o planejamento não deve ser rígido, por mais bem fundamentado

que seja o planejamento escolar, nós professores precisamos ter consciência

de que alguns imprevistos podem aparecer por isso o planejamento deve ser

flexível, para que possamos adequar o conteúdo às circunstâncias que vierem

a surgir.

Ao fornecer aos alunos a atividade com palavras cruzadas, eles ficaram

bastante entusiasmados para dar início ao exercício. Aceitaram como um

desafio terem que resolver os problemas com as palavras sozinhos.

Sempre com a mediação da professora, a problematização se deu

através da interação e diálogo professor-aluno, chamando a atenção para

pontos ainda que não tivesse sido percebidos pelos educandos. E ao serem

chamados para a correção no quadro, eles se dispuseram imediatamente e se

organizaram um a um a escrever a resposta para os outros coleguinhas verem.

Assim, ao trabalhar atividades com palavras cruzadas, a criança

consegue reconhecer os erros sozinha, pois quando sobra ou quando falta

alguma letra no exercício ela sabe que falta alguma coisa na escrita correta.

Alunos respondendo as atividades Interação e cooperação na realização das atividades

As práticas pedagógicas visaram um modelo de aprendizado no qual

poderia ser útil à criança, não somente no momento em que é ministrado, mas

para além dele. E o professor como mediador da aprendizagem, compartilha

com o aluno o processo de aprender, incentivando a busca por novos

conhecimentos, sendo aquele que possui o senso crítico, conhecendo a fundo

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o campo do saber que pretende ensinar, além de ser capaz de produzir novos

conhecimentos, por meio da realidade que o cerca.

E assim, a atividade com o conteúdo da Língua Portuguesa implicou que

os alunos tivessem uma experiência ativa na elaboração de suas respostas. A

atividade da linguagem é muito complexa, pois mobiliza tipos bem diferentes de

saberes e de competências. (ANTUNES, 2007, p.63). A escola, sem dúvida, é

o lugar privilegiado onde o aluno exercita os modos de abordar os textos, onde

o aluno aprende esse diálogo com o que está escrito. Resulta daí a

necessidade de trabalhar textos pertencentes a diferentes gêneros, explorando

as possibilidades de todos eles.

Envolvendo o aluno na correção das atividades

Envolvendo o aluno na correção das atividades

O momento que o professor envolve o aluno e o estimula a corrigir a

atividade com os colegas não apenas melhora o texto escrito desta criança,

mas também serve como um momento de os educandos poderem usar a

língua oral sobre a escrita e refletir sobre ela.

A ambientação da sala de aula, a organização para que os alunos

pudessem expressar o que aprenderam para os outros colegas são elementos

constitutivos da aprendizagem. É sempre necessário que o professor ou a

professora considere qual é a melhor organização e sequenciação, tendo em

mente a efetiva situação de aprendizado de seus alunos. (BRASIL, 2008, p.17).

Sob a supervisão do professor, os alunos aprenderam que cada um tem sua

vez de falar e esperar para que houvesse troca de pontos de vista. E assim,

puderam se organizar para que cada um dos alunos se apresentasse ao

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quadro e mostrasse aos demais colegas, sua contribuição para a correção

coletiva da atividade.

A interação grupal é, em toda a escolaridade, um importante

recurso pedagógico: trabalhar verdadeiramente em

colaboração possibilita maior produtividade na aprendizagem.

A análise pelo professor de como os alunos procederam em

relação à tarefa, de como se relacionaram durante sua

realização, e dos resultados obtidos em relação aos objetivos

propostos permite identificar melhores possibilidades de

intercâmbio para atividades futuras. (BRASIL. 1998, p.79)

É sempre possível ampliar as possibilidades de interação e participação

ativa do aluno na cultura escrita. Por isso, o livro Pró-Letramento: alfabetização

e linguagem, nos mostra eixos a serem trabalhados desde os primeiros

momentos do percurso de alfabetização. Isso significa promover ao mesmo

tempo a alfabetização e o letramento. Por isso é importante que a escola, pela

mediação do professor proporcione aos alunos o contato com diferentes

gêneros e suportes de textos escritos.

Segundo livro trabalhado em sala de aula

Cabe à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo dos textos que

circulam socialmente, ensinar a produzi-los e a interpretá-los. (BRASIL. p.26).

Na prática pedagógica o professor parte das vivências sociais do aluno para

desenvolver o processo de ensino e aprendizagem. E com o livro “Se um gato

for...” pude trabalhar os elementos do dia a dia do aluno.

Trabalhar as capacidade e atitudes na compreensão dos usos e funções

da escrita implica trazer para a sala de aula e disponibilizar, para observação e

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manuseio pelos alunos, vários textos. Implica também, orientar a exploração

desses materiais, valorizando os conhecimentos prévios do aluno,

questionando-os e possibilitando a ele deduções e descobertas.

A escola, como qualquer outra instituição social, reflete as

condições gerais de vida na comunidade em que está inserida.

No entanto, é evidente também que fatores internos à própria

escola condicionam a qualidade e a relevância dos resultados

alcançados. (ANTUNES, 2003. p.20)

Entre os objetivos em ensinar uma língua a seus falantes, está o

desenvolvimento da competência comunicativa, ou seja, a capacidade do

usuário de empregar adequadamente a língua nas diversas situações. Situação

essa vivida pelos alunos quando participaram do momento da leitura coletiva

em sala de aula. Entendo que esse objetivo é muito importante, tendo em vista

que a língua possui variações. Desse modo, é imprescindível ao aluno

conhecê-las para comunicar-se adequadamente nas diversas situações.

Ao trabalhar com livros literários, pude construir uma ligação lúdica entre

o mundo da imaginação, dos símbolos subjetivos, e o mundo da escrita, dos

signos convencionais impostos pela cultura sistematizada. A contação de

histórias foi bastante significativa, porque proporcionou um momento mágico de

valor educativo sem igual na correlação dos eixos leitura, escrita e oralidade.

A oralidade foi também bastante trabalhada no momento em que os

alunos puderam ter contato direto com vários livros emprestados da biblioteca

da escola, e em sala de aula, puderam fazer a escolha de qual livro recaía seu

interesse, para que após leitura da capa, das características visuais, e da

leitura silenciosamente em sua carteira, pudesse expor, para seus colegas, seu

entendimento e reflexão sobre o texto que acabara de ler.

A análise avaliativa, no entanto, fica por conta da professora. O texto

literário mexe com a imaginação da criança e a faz pensar que faz parte

também daquela história, sobre como seria se ela fosse a personagem daquele

livro. Fazer com que o aluno se familiarize com esse tipo de emoção é decisivo

para que ele valorize e aprenda amar o ato de ler.

Estudar os conteúdos variantes da escrita, e compreender a escrita e a

oralidade são importantes para conhecer a função estética das palavras em

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que é possível para explorar novos sentidos, revelando assim novas maneiras

de ver o mundo. O impacto profundo causado por uma produção literária, oral

ou escrita, acontece em função da fusão perfeita entre a mensagem e sua

organização.

Em todas as atividades de produção de texto, a linguagem está a serviço

da necessidade de comunicar pensamentos próprios e alheios; desenvolve a

concentração, a observação, a abstração.

Fora da escola escrevem-se textos dirigidos á interlocutores de

fato. Todo texto pertence a um determinado gênero, com uma

forma própria, que se pode aprender. Quando entram na

escola, os textos que circulam socialmente cumprem um papel

modelizador, servindo como fonte de referência, repertório

textual, suporte da atividade intertextual. A diversidade textual

que existe fora da escola pode e deve estar a serviço da

expansão do conhecimento letrado do aluno. (BRASIL. 1998,

p.28)

No oitavo dia da regência, dia 03/09/14, a escola programou o desfile

Cívico dos 7 de Setembro. Neste dia, não teve aula dentro de sala, contudo, os

alunos foram às ruas e representaram a Escola Municipal Celestino Pimentel

com um desfile grandioso que envolveu tanto os alunos e seus pais como

também os professores, coordenadores e todo o corpo educacional da escola e

comunidade.

Participação no desfile da escola no dia 03/09/14 Participação no desfile da escola no dia 03/09/14

A escola é um dos lugares aos quais se confia uma visão idealista da

cidadania, e o corpo docente contribui para isso. Resgatar valores sociais,

defender o amor à pátria e o orgulho pela sua bandeira e sua escola foram

objetivos e sentimentos observados durante a semana da realização do desfile

cívico do 7 de setembro desenvolvido por esta Escola. A possibilidade de o

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colégio participar do desfile tornou um momento agradável o qual envolveu

todo o corpo docente da escola. Os alunos estudaram o Hino Nacional, como

também aprenderam a lição de como se portar durante a realização do desfile.

Os alunos participavam dos ensaios no contra turno da aula, e esta ideia foi

bem aceita pela maioria dos alunos. O momento mais esperado por alguns

alunos foram as aulas de música, nos quais puderam aprender a tocar

instrumentos e aprender os passos para o desfile da escola no bairro,

ganhando assim, formação cultural e cívica, em vez de ficarem na rua, além de

aprendem a respeitar o outro.

O ensaio para o desfile de 7 de setembro se intensificou a medida que

se aproximava da data, existindo uma empolgação muito grande por parte dos

alunos. A comunidade e os pais dos alunos participaram desse projeto, e este

momento foi de suma importância para a Escola por desenvolver um espaço

social para mostrar o trabalho que vem realizando na comunidade.

No último dia da regência, a professora titular informou que nossa aula

seria no laboratório de ciências. Assim sendo, reajustei meu plano de aula para

ser realizado não na sala convencional, mas utilizando os materiais do

laboratório de Ciências. Um planejamento é a projeção de uma prática na sala

de aula. Ele contribui para orientar uma ação em busca de resultados. No caso

do ensino, planejar envolve decidir sobre o quê e o como ensinar, por isso o

planejamento deve ser flexível, visto que o professor precisa ter consciência de

que alguns imprevistos podem surgir, e foi isso que aconteceu no último dia de

regência.

Aula no laboratório de Ciências, último dia da regência, 10/09/14

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Neste dia foi trabalhado o conceito de animais vertebrados e

invertebrados, e assim, ao fazer a dinâmica com os alunos sobre os nomes dos

animais que estavam dentro dos potes de vidro, foi realizado um gancho e

trabalhado o gênero do substantivo, ou seja, o masculino e feminino desses

animais, escrevendo no quadro, e separando-os em duas colunas.

A interdisciplinaridade é uma ligação entre o entendimento das

disciplinas nas suas mais variados conceitos, apresentando o propósito de

promover a interação entre o aluno e o professor, estabelecendo uma

comunicação entre disciplinas. Ou seja, o exercício interdisciplinar é

considerado uma integração de conteúdos entre disciplinas do currículo

escolar. Assim, como os alunos já tinham estudado os sinônimos e antônimos,

masculinos e femininos nas atividades propostas em sala, nos conteúdos da

disciplina de Língua Portuguesa, foi feito uma adaptação da atividade

envolvendo conteúdo desta disciplina com a disciplina de Ciências,

transformando o conteúdo de classificação dos animais dos grupos dos

vertebrados e invertebrados com o conteúdo da disciplina de Língua

Portuguesa.

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IV – CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Estágio na Escola Municipal Celestino Pimentel, me trouxe reflexões a

respeito da educação no Ensino Fundamental das escolas públicas. Feitas as

observações dos alunos, concluí que eles possuem um conhecimento

linguístico distinto, ou seja, na turma há alunos que a compreensão de escrita,

oralidade e interpretação textual apresentam diferentes níveis. Há alunos que

necessitam de um acompanhamento mais preciso, entretanto seguem um

estilo comportamental semelhante, devido padrões social, cultural e econômico

no qual estão inseridas.

Sei que na escola o aluno tem contato direto com os livros, porém não

deveria ser de responsabilidade única dela este contato, uma vez que os

próprios pais podem também iniciar seus filhos na leitura. Contudo, esse

costume não acontece em todas as casas. Daí que muitos alunos chegam a

escola sem a leitura de um livro se quer. Quando isso ocorre, a postura do

professor para a iniciação dos alunos nesta competência é extremamente

significativa. Na turma do 3º ano do ensino fundamental na qual desenvolvi a

regência, foram observadas essas características. Vários dos alunos

apresentavam dificuldades na leitura e na escrita e por isso foi priorizada a

prática de leitura, já que ela não é uma atividade natural para estes alunos.

E foi por entender que a leitura é de suma importância para o convívio

social do aluno que foi escolhido trabalhar continuamente com a leitura,

oralidade e a interpretação textual. Estimulando a interação dos alunos com o

texto, fazendo-os buscar informações a respeitos dos livros e fazendo o uso de

estratégias adequadas para a apropriação do conhecimento dos conteúdos da

Língua Portuguesa. Daí a importância da leitura dos livros paradidáticos nas

series iniciais do Ensino Fundamental, pois ela pretende formar não apenas o

gosto pela leitura e pelo mundo na imaginação, mas também o hábito de ler.

Ao final do estágio, observei que os alunos já identificavam os gêneros

do substantivo em textos e frases, que são capazes de inserir masculino e

feminino em seu vocabulário ativo, e melhoraram a capacidade de ler, escrever

e compreender o significado das palavras e se utilizam a linguagem para

expressar ideias, considerando a linguagem das outras pessoas. Isso foi feito

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através das diferentes atividades realizadas. Porém, não me esqueci que a

avaliação da atividade deve ser feita durante seu desenvolvimento, ou seja,

observei a interação entre os alunos, as facilidades e dificuldades encontradas

durante as atividades propostas.

Durante o estágio supervisionado é possível a aplicação e concretização

dos conhecimentos teóricos obtidos durante o curso é a oportunidade para os

professores em formação exercitem os princípios de cidadania e de

responsabilidade social, para que todas as atividades pedagógicas sejam

desenvolvidas de forma coerente e fundamental fez-se necessário a orientação

do professor. Para tanto, a prática na formação docente auxilia a compreensão

entre teoria e a realidade escolar, pois tendo reflexão na prática haverá a busca

de conhecimentos teóricos, os quais contribuirão para a prática. Portanto, foi

através do estágio que me deparei com a experiência da realidade em sala de

aula e pude refletir sobre minha prática pedagógica.

Conclui, assim, que o Estágio Supervisionado nos cursos de formação

de professores, constitui como via fundamental ao possibilitar que os futuros

professores compreendam a complexidade das práticas institucionais e das

ações aí praticadas como alternativa no preparo para a inserção profissional e

que essa experiência me revelou que as atividades desenvolvidas pelos

valorizaram os conhecimentos adquiridos para um aprendizado significativo e

contextualizado, utilizando temas que envolvessem os alunos e que os

motivassem durante o processo de ensino e aprendizagem.

.

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IV – REFERÊNCIAS

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Paulo: Parábola Editorial, 2003.

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