moçambique - unicef · 7 gestão da informação ao nível central e sub-nacional; integração de...

28
Moçambique RELATÓRIO SOBRE AS LIÇÕES APRENDIDAS DURANTE A PRONTIDÃO E RESPOSTA AS EMERGÊNCIAS MAPUTO 29 /Maio /2013 © 27 Janeiro, Populações afectadas pelas cheias ao longo da estrada para Chokwe /INGC

Upload: doankiet

Post on 09-Nov-2018

220 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Moçambique

RELATÓRIO SOBRE AS LIÇÕES APRENDIDAS DURANTE A PRONTIDÃO E RESPOSTA AS EMERGÊNCIAS

MAPUTO 29 /Maio /2013

© 27 Janeiro, Populações afectadas pelas cheias ao longo da estrada para Chokwe /INGC

© Photograph Name / Organization

2

3

ABBREVIATURAS E ACRÓNIMOS

AMC Adaptação as Mudanças Cliáticas

BNA Bens Não Alimentares

CA Centros de Acomodação

CENOE Centro Nacional Operativo de Emergência

CERF Fundo Central de Resposta a Emergências

CLGR Comite Local de Gestão de Risco

CSA Cluster de Sefurança Alimentar

CTGC Conselho técnico de Gestão de Desastres

CVM Cruz Vermelha de Moçamique

DNA Direcção Nacional de Aguas

DPS Direcção provincial da Saude

FIPAG Fundo de Investimento do Património de Abastecimento de Água

FOFOA Aspectos Fortes, Fracos, Oportunidades e Ameaça

GoM Governo de Moçambique

HCT WG Grupo de Trabalho da Equipe Humanitária de Moçambique

HIV Virus de Imunodeficiência Humano

ICS

MISAU

Instituto de Comunicação Social

Ministério da Saúde

INAM Instituto Nacional de Meteorologia

INAS Instituto Nacional de Acção Social

INGC Instituto Nacional de Gestão de Calamidades

INGC-GACOR Instituto Nacional de Gestão de Calamidades – Gabinete de Apoio a Reconstrução

MOPH Ministério das Obras Públicas e Habitação

ONG Organizações Não Governamentais

PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

RI Cluster de Recuperação Inicial

RRD Redução de Risco de Desastres

SAP Sistema de Aviso Prévio

Sede Sede

ToR Termos de Referência

UNRCO Gabinete do Coordenador Residente das Nações Unidas

4

ÍNDICE

I. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................5

II. OBJECTIVOS DO RELATÓRIO .......................................................................................................................................... 6

Objetivo geral

Objectivos específicos ................................................................................................................................................6

III. METODOLOGIA .............................................................................................................................................................. 6

IV. RESULTADO ESPERADO ................................................................................................................................................. 6

2. ANÁLISE SECTORIAL .........................................................................................................................8

EDUCAÇÃO ........................................................................................................................................................................... 8

SEGURANÇA ALIMENTAR E MEIOS DE VIDA ...................................................................................................................... 9

SAÚDE ................................................................................................................................................................................... 10

LOGISTICA ......................................................................................................................................................................... 11

NUTRIÇÃO .......................................................................................................................................................................... 12

PROTECÇÃO ...................................................................................................................................................................... 13

ABRIGO E BENS NÃO ALIMENTARES ................................................................................................................................. 14

TELECOMUNICAÇÕES .................................................................................................................................................. 15

AGUA, SANEAMENTO E HIGIENE ....................................................................................................................................... 15

RECUPERAÇÃO INICIAL ....................................................................................................................................................... 16

3. ANÁLISE DE SECTORES SELECCIONADOS .................................................................................. 18

COORDENÇÃO / PARCERIA .......................................................................................................................................... 18

AVALIAÇÃO E ANÁLISE DE NECESSIDADES ..................................................................................................................... 18

MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS ......................................................................................................................................... 19

RESPOSTA GERAL DOS SECTORES ..................................................................................................................................... 20

4. RECOMENDAÇÕES FINAIS E PRÓXIMOS PASSOS ..................................................................... 22

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 27

5

I. INTRODUÇÃO

As calamidades naturais são o derradeiro teste a nossa capacidade prontidão e reposta as emergências. Os recentes acontecimentos em Maputo, Gaza, Zambézia e Cabo Delgado são ilustrativos. Para o caso de Gaza, embora a chuva não tivesse sido observada, os sinais da situação de emergência registados no início do corrente ano começaram a ser evidentes com as chuvas fortes nos países a montante, principalmente na África do Sul. Combinados os impactos das chuvas a montante e as registadas internamente, causaram um aumento acentuado dos níveis hidrométricos nas principais bacias hidrográficas da região Sul (Limpopo, Incomáti, Inhanombe e Save) e Central (Zambezi, Pungoe e Buzi). Como resultado do rápido aumento dos níveis Hidrométricos, as autoridades moçambicanas declararam o alerta vermelho a 22 de Janeiro e de forma bem-sucedida activaram a sua capacidade máxima de resposta incluindo os mecanismos que juntam os sectores de Governo de Moçambique (GdM) e a Equipe Humanitária do País (HCT) para de forma atempada prover assistência para os homens e mulheres, meninos e meninas afectados pelas cheias. Entretanto, enquanto o Sul do país se debatia com o problema de cheias, em particular a cidade de Maputo e distritos de Chokwe, Chibuto e Guijá, a região norte, as fortes chuvas associadas ao problema de saneamento crónico, foi incapaz de evitar que houvesse o surto de cólera em Cabo Delgado, que causou a perda de vida de cerca de 19 pessoas acrescidas aos cerca de 117 casos resultantes dos efeitos combinados de eventos hidro-métricas, incluindo relâmpagos. Com a melhoria da situação, o alerta vermelho foi desactivado a 19 de Abril de 2013. Estas cheias tiveram consequências devastadoras para os habitantes das áreas afectadas. Mais de 450 mil moçambicanos foram afectadas e cerca de 150.000 foram forçados a abandonar suas casas para residir temporária ou permanente em centros de acomodação (CA) e bairros de reassentamento, respectivamente, ambos nas zonas altos e seguras. O efeito surpresa deste evento fez com que muitas pessoas perdessem parte ou a totalidade de seus haveres, tornando-se em desprovidas ou vulneráveis. Pessoas abrigadas nos CA e depois em bairros de reassentamentos foram a consequência imediata das cheias, resultando no surgimento de necessidades imediatas de sobrevivência, riscos e vulnerabilidades que requeria uma resposta imediata por parte do (GM) e dos parceiros da HCT, incluindo ONGs, parceiros bi-multilateral para atender a tais necessidades e enfrentar os riscos e as vulnerabilidades associadas à rápida e grande concentração de pessoas. Esta situação ilustra que a nossa capacidade de lidar eficazmente com os desastres está se tornando mais relevante dado que os factores macro e micro que tendem a acentuar os riscos e as vulnerabilidades aos desastres no país têm estado em estado a aumentar. Os factores macro incluem a densidade populacional e residências em áreas de risco, os danos às infra-estruturas de protecção natural, aumento das vulnerabilidades da população, discrepância na percepção de risco pela população e, consequentemente, sobre as acções a levar a cabo após a emissão dos avisos de emergência bem como a limitada capacidade de resposta ao nível descentralizado. Enquanto isso, os factores micro que fazem com que a resposta seja complexa refere-se à discrepância nos dados sobre o número oficial de pessoas afectadas e aqueles que necessitam de assistência com o consequente impacto nos recursos disponíveis, a prestação simultânea de assistência as pessoas em CA e locais de origem, dado que algumas pessoas afectadas não abandonar suas residências, a baixa familiaridade dos actores envolvidos na resposta com os ambientes urbanos, o desafio do fluxo de informação do nível local ao central e vice-versa, como observado durante a recente situação de emergência. Em geral, estes factores tiveram uma importante contribuição para processo de resposta. A processo de resposta, baseando-se em protocolos específicos e testado, foi implementado visando a redução da vulnerabilidade e garantia de que os homens e mulheres, meninos e meninas afectados que vivendo fora das suas residências habituais, fossem tratados com respeito e dignidade e que o impacto de estarem a viver em CA fosse mínimo. Um aspecto muito positivo e digno de realce, foi a activa

6

solidariedade nacional da Organização da Sociedade Civil (OSC), os sectores privado, organizações religiosas e indivíduos que prontamente fornecer apoio moral e material para complementar a resposta iniciada pelo Governo e parceiros da HCT. Assim, da preparação para a resposta as emergências lições importantes incluindo positivas e negativas foram aprendidas e requerem esforços conjugados e colectivos para colmatá-los. Isto leva-nos ao objectivo central deste relatório.

II. OBJECTIVOS DO RELATÓRIO

Objectivo Geral O objectivo deste exercício não é de culpabilizar os actores envolvidos. Contrariamente, esforça-se em aprender as lições do processo de preparação, resposta até a recuperação visando consolidar os aspectos positivos do processo, identificar lacunas sistémicas e melhorar a preparação geral para os próximos eventos que acontecem tanto em áreas urbanas como em rurais. A partir deste processo compreender com maior profundidade as lacunas e definir acções correctivas tendo em vista um sistema de gestão de calamidades mais robusto e uma mais efectiva colaboração entre os sectores de governo e os parceiros da equipe humanitária.

Objectivos especifícos

Formular um plano de acção com base nos resultados da análise FOFOA para colmatar as lacunas e

identificar e consolidar os aspectos positivos;

Através dos planos de acção reafirmar os papéis e responsabilidades compartilhadas na interação

/colaboração actual e futura entre os sectores do GoM e parcerios humanitários na gestão de

emergências;

Encontrar uma plataforma comum de colaboração continua e frutífera para um sistema de gestão

de desastre nacional mais robusta;

III. Metodologia

O workshop para dar seguimento as lições aprendidas durante o período de preparação e resposta as calamidades foi realizado a 29 de Maio, no escritório da Coordenadora Residente das Nações Unidas (UNRCO). Este foi precedido pela partilha com diferentes sectores da Equipa Humanitária de ferramentas previamente preparadas para orientar a discussão e reflexão sobre os aspectos específicas atinentes ao desempenho, preocupações e desafios do sector. Os sectores da equipa humanitária, alguns deles incluindo representantes da contraparte governamental, tiveram discussões preliminares que posteriormente seriam harmonizadas para apresentação e discussão durante o workshop. Cada um dos sectores foi representado por 3-4 membros que foram encarregados de partilhar a sua respectiva análise FOFOA, bem como a análise dos temas de gestão de emergência que incluem a preparação e pré-posicionamento de stocks de emergência, o funcionamento do sistema de aviso prévio, a coordenação intra-entre cluster e entre os parceiros e os sectores do Governo, gestão do fluxo de informação do nível central ao sub-nacional, utilidade das análises e avaliação, a avaliação do desempenho de resposta do sector, a estratégia de mobilização de recursos e as questões transversais. Com base nas lacunas, oportunidades e prioridades identificadas dos sectores foram divididos em pequenos grupos de trabalho para discutir as acções correctivas para colmatar as deficiências identificadas. Assim, as accções correctivas foram agrupadas pelas áreas prioridades a destacar:

A coordenação e colaboração entre os sectores do governo e da equipa humanitária durante todo o ciclo de gestão de emergências;

7

Gestão da informação ao nível central e sub-nacional;

Integração de temáticas transversais e;

Perspectivas e o papel dos exercícios de simulação para a preparação da resposta a emergência. Portanto, os resultados do trabalho em grupo foram recolhidos e harmonizados em um documento que servirá de base preliminar para o plano e as prioridades para a próxima época chuvosa. Espera-se que este plano de acção possa informar as operações dos sectores do Governo e da HCT bem como a colaboração durante o próximo ciclo de gestão de emergências.

IV. Resultados Esperados

Abordados os principais desafios e capacidade de preparação e resposta bem como a coordenação do nível central ao sub-nacional;

Aprovado o plano de acção para assegurar uma aplicação consistente das "lições aprendidas" durante a recente situação de emergência e passadas para que os erro ou fraquezas/lacunas passadas sejam superadas ou não voltem a repetir-se em situações futuras;

Consolidado o compromisso e criadas sinergias entre os sectores do governo e da equipe humanitária para a uma preparação e resposta eficazes e eficientes;

Consolidados e reafirmados os papéis e responsabilidades dos sectores durante a preparação e resposta aos desastres naturais.

O documento está organizado da seguinte forma: análise FOFOA com foco no desempenho dos sectores/cluster da HCT, (ii) a análise FOFOA de temas seleccionados atinentes a emergência e, finalmente, (iii) as lições aprendidas e resultados esperados a serem abordados conjuntamente por ambos os sectores governamentais e dos parceiros da equipe humanitária.

8

2. ANÁLISE SECTORIAL Nesta secção os sectores/clusters apresentam a análise das áreas que demonstraram fraquezas/lacunas e áreas que constituem ameaças para as futuras operações e que requerem acções correctivas conjuntas bem como as áreas que constituem pontos fortes e oportunidades que requerem acções concertadas para a sua consolidação e capitalização, respectivamente. Dado que estes elementos fazem parte dos factores internos e externos que influenciaram, de modo geral, a prontidão e resposta as situações de emergência. Por fim, os sectores analisam aspectos ligados a colaboração intra / entre sectores da equipa humanitária e os sectores do governo ao nível central e descentralizado.

EDUCAÇÃO

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

INT

ER

NO

S

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

• Ao nível Central o CTGC e HCT constituem um mecanismo importante de coordenação bem como bons fóruns para troca e partilha de informações;

• Clareza no papel do cluster e, quando necessário eles foram capazes de coordenar-se com outros cluster para o partilha de informações ou prestação de assistência ao nível descentralizado;

• Os Clusters fizeram o acompanhamento e partilha de informações em tempo útil para facilitar a resposta;

• O pré-posicionamento de bens de emergência por parte dos membros do cluster e MINED contribuiu para que houvesse uma resposta atempada;

• O apoio logístico comum do grupo de logística, incluindo transporte e distribuição de mercadorias foi positivo e um dos factores favoráveis para a resposta;

• A liderança do sector da educação pelo MINED foi crucial para a resposta do sector;

• A coordenação entre os clusters com os sectores do CTGC no terreno requer melhoramentos;

• O pre-posicionamento de bens de emergência por parte do sectores do Governo carece de melhorias;

• A dependência da resposta no terreno ao commando central conduziu a demora na tomada de decisão para resposta ao nível provincial e distrital;

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

As avaliações multisetorias pós desastres / recuperação rápida constituem uma enorme oportunidade para: • Mobilização de recursos adequados para

um processo de reconstrução e recuperação efectiva da população;

• Preparação para próxima época chuvosa, resposta e acções de Redução do Risco de Desastres (RRD) ao nível nacional e provincial;

• Para o HCT reunir parceiros e ter um diálogo sobre vários assuntos e, simultaneamente reforçar os pontos forte e

• Procedimentos diferentes sobre questões de marca podem influenciar negativamente na resposta à emergência e os esforços de coordenação;

• Minimização de emergência (nível de alerta) é uma questão que condiciona e limita uma resposta adequada a emergência, bem como a mobilização de financiamento;

• Dependência do HCT da comunicação do INGC sobre o nível de alerta retardou a mobilização dos recursos para a resposta na fase crítica da emergência.

9

a coordenação em geral; • Intensificação dos mecanismos de resposta

e garantia para uma preparação eficaz, que tenha foco em RRD;

• Baixa prioridade para a educação ao nível do HCT influenciou negativamente na mobilização de recursos, uma vez que a educação é também uma das prioridades ao nível IASC;

• Não inclusão das necessidades do sector de educações na proposta do CERF afectou a resposta do sector.

SEGURANÇA ALIMENTAR E MEIOS DE VIDA

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

INT

ER

NO

S

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

Activação imediata do cluster; Os membros identificaram conjuntamente

as prioridades de resposta e as estratégias para responder as necessidades em termos de Segurança Alimentar e Nutricional;

Representação do Cluster de Segurança Alimentar (FSC) a nível provincial, em Gaza;

Falhou-se ao nível do sector a discussão inicial sobre os mecanismos e funcionamento do cluster;

Papel pouco claro dos membros do cluster / participantes no início da emergência;

Nenhuma representação do FSC a nível distrital;

Atrasos na entrega de sementes e ferramentas para a segunda época agrícola, devido à indisponibilidade e processos relacionados com a aquisição de fundos;

A não disponibilidade de fundos para sementes e ferramentas na fase humanitária comprometeu o tempo para a época de plantio;

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

• Presença do SETSAN nas reuniões e nas actividades do cluster - boa ligação com a contraparte do Governo;

• Planos de desenvolvimento distritais devem incluir projectos de construção de activos da comunidade (orçamentado) - ligando emergência ao desenvolvimento;

• Interligar as actividades de emergência de clusters, sistematizando as acções de recuperação inicial em projectos (tais como dinheiro pelo trabalho, comida pelo trabalho e de reabilitação de infra-estrutura);

• A intervenção do Cluster ao nível comunitário deve incorporar actividades que contribuem para a construção da resiliência;

A alta rotatividade dos funcionários das organizações ou instituições ligadas ao Cluster de segurança alimentar contribuiu para a perda da memória institucional;

Áreas inundada não acessíveis; Aassistência em áreas urbanas;

10

SAÚDE

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS F

AC

TO

RE

S IN

TE

RN

OS

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

A realização de reuniões de coordenação do cluster a nível central;

Disponibilidade de alguns parceiros em apoiar o sector da saúde;

A presença dos parceiros da saúde nas áreas afectadas desde o início da situação de emergência;

Boa coordenação entre os clusters por exemplo, entre Saúde e Nutrição;

Alocação de pessoal de saúde qualificado para a gestão de doenças diarréicas e disponibilidade de grande quantidade de informações sobre a situação epidemiológica;

Presença oportuna dos membros do cluster de saúde no terreno para apoiar a vigilância de doenças e implementação de medidas preventivas;

O Instituto de Comunicação Social (ICS) através das unidades móveis estava no terreno desde o início da emergência para prover apresentações áudio-visuais, facilitar e iniciar os debate bem como discussões sobre os comportamentos sexuais de risco, estigma e discriminação associados ao HIV, a prevenção da gravidez precoce, a prevenção da malária, doenças diarreicas como cólera, higiene e saneamento e campanhas de prevenção de violência contra as mulheres.

O ICS através de altifalantes gigantes também anunciou informações vitais para a população, como a abertura de novos serviços nos centros de acomodação (pontos de vacinação, aconselhamento em HIV e tendas para testes, etc) na cidade de Chiokwe.

Embora a maioria dos activistas, fossem externos a área afectada e pagos por ONGs internacionais, foram coordenados pela DDS e equipados com kits IEC para apoiar a promoção da saúde no CA e nos centros de reassentamento;

Baixa qualidade da informação recolhida

afectou o processo de tomada de decisão, bem como alocação de serviços de saúde necessários;

Várias reuniões realizadas em simultâneo e para o mesmo público-alvo;

Protocolos de resposta pouco claros para o sector de saúde e sistemas de comunicação fracos;

Atraso na activação do grupo de Grandes Endemias do MISAU;

Os líderes comunitários foram muito envolvido na distribuição de alimentos, abrigo, logística, mas pouco na Promoção da Saúde;

Vários actores da saúde realizaram avaliações das necessidades, mas os resultados não foram partilhadas entre os membros do cluster;

11

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Existência de Plano de Contingência do

Sector da Saúde;

Pré-posicionamento de stock de

medicamentos a nível provincial (Gaza);

O sistema de vigilância da Direcção

Provincial da Saúde (DPS) garantiu uma

comunicação eficaz;

Presença do pessoal de saúde no terreno

que colaborou com os membros dos

clusters/parceiros foi crucial;

Presença de líderes comunitários e

activistas nos centros de acolhimento com

experiência em mobilização social para a

saúde;

Apoio de parceiros para a realização de

avaliação de necessidades e gestão de

informações;

Rotação de pessoal em todos os níveis do

sector da saúde e perda de memória

institucional;

Foco da resposta na respectiva

Organização / e trabalho independente;

Fraca partilha de informações e, por vezes

as informações partilhadas eram

ultrapassadas influenciando o processo de

decisões bem como impedindo a resposta

adequada por parte da DPS e outros

parceiros de saúde;

Algumas comunidades afectadas foram

isoladas, dificultando a avaliação das

necessidades;

Enorme concorrência por recursos por

diferentes organizações não

governamentais (ONGs)

LOGISTICA

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

INT

ER

NO

S ASPECTOS PONITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS/LACUNAS

Boa planificação da prontidão; Forte cooperação e conhecimento dos

membros e actividades dos clusters bem como dos bens para a resposta e as necessidades;

Harmonização de bens de ajuda humanitária incluindo os kits;

Alguns pré-posicionamentos disponíveis e com localização ao nível central;

Forte apoio dos escritórios centrais e locais; Disponibilização atempada de

financiamento para serviços de logística comuns;

Baixo pré-posicionamento de bens de

emergência;

Alguns constrangimentos na importação

de bens de emergência necessários;

Pouca clareza nos procedimentos para

importação de mercadorias e a estratégia

de aquisição requer consolidação;

Pouca informação sobre os bens (pipeline)

a entrarem para o país;

Necessária a partilha atempada de

informações;

Melhorar cada vez mais a cooperação para

evitar a duplicação de registos e de

orçamentos nas propostas dos sectores;

Reforçar a presença de actores ao nível

local;

12

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Uma boa cooperação com o INGC; Disponibilização de uma pacote informativo

com os detalhes do pessoal internacional a apoiar na reposta;

Uma estratégia de procurement de bens;

Perda de memória institucional e da lista nacional de pessoal qualificado em stand-by vis-a-vis saída e entrega dos funcionários internacionais;

Limitado desenvolvimento dos mercados locais para fornecimento de bens de emergência / articulações com fornecedores locais / e os tipos de acordos;

Duplicação de quadros de acção (concorrência, elevados preços e consequentemente menos rentável);

Atrasos aduaneiros vis-a-vis desactivação do alerta vermelho;

Necessidade de tornar mais claro e formal o papel do sector de logística do INGC;

NUTRIÇÃO

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

IN

TE

RN

OS

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS/LACUNAS

Coordenação dos clusters ao nível central; Participação do MISAU; Distribuição atempada de alimentação

suplementar (BP-5);

Coordenação insuficiente do cluster e da resposta ao nível descentralizado (triagem tardia, monitoramento, apoio à amamentação) durante a fase de resposta e recuperação rápida;

Insuficiente acompanhamento dos beneficiários de suprimentos distribuídos;

Resposta não focalizada para o contexto do HIV e malária;

Preparação insuficiente para aspectos práticos de resposta e os papéis e responsabilidades;

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

Presença de ONGs no terreno logo na fase inicial da emergência;

Integração com outros Clusters (Saúde, Segurança Alimentar, Proteção);

Esclarecimento dos papéis e responsabilidades com o governo e colmatar lacunas;

Estabelecer directrizes e orientação claras para a capacitação visando os profissionais de saúde sobre a intervenção nutricional em situações de emergência;

A integração da nutrição na avaliação e resposta do CTGC e MISAU

Baixa capacidade do sector de saúde para prover uma resposta nutricional ao nível descentralizado durante as cheias;

Uma logística limitada e baixa capacidade de gestão de abastecimento pelo sector;

A política do governo (INAS) sobre a distribuição de leite em pó para crianças menores de 5 anos contrária as recomendações da OMS;

Baixo monitoramento e gestão de dados sobre nutrição;

Colaboração insuficiente entre o sector da Nutrição e o cluster da Saúde;

13

PROTECÇÃO

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

IN

TE

RN

OS

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

• Existência de cluster de protecção e Pontos Focais da HCT para lidar com HIV e questões de género;

• Os serviços de protecção alocados ao terreno ou locais de emergência;

• Unidades móveis multimédia do ICS desempenharam um papel central na reunificação de crianças separadas no principal centro de acomodação de Chiaquelane durante as primeiras semanas da emergência

• Falta de liderança do MMAS a nível central

atrasou a criação de serviços de protecção

adequados nos centros de acomodação;

• As questões transversais, tais como

protecções, HIV, Género tiveram uma

resposta fragmentada quer pelos sectores

do Governo quer pelos parceiros

humanitários;

• Não uso sistemático de normas

humanitárias impediram a realização ou

prestação de serviços mínimos em

diversos sectores;

• Informação limitada sobre o progresso da

resposta limitou-a apenas a região sul,

enquanto as regiões centro e norte

também estavam enfrentando situações

humanitárias (por exemplo, o foco era

tanto em Gaza e Zambézia acabou

omitida);

• A não aprovação do código de conduta,

está a impedir o tratamento devido as

questões de VBG, abuso e outras

preocupações sobre a protecção;

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

• Aprovação do Código de Conduta e a operacionalização da plataforma para apoiar a integração do HIV&SIDA e Género na resposta e recuperação pois emergência;

• Uso mais amplo de metodologias / Directrizes para alcançar as populações em maior risco;

• A VBG continua a receber uma atenção muito fraca pelos sectores do Governo e, por vezes não é reconhecido como fenómeno crítico;

• Baixa priorização da protecção ao nível do HCT afectou a mobilização de recursos, embora a protecção seja uma prioridade ao nível do IASC;

• Compromisso pouco claro por parte do MMAS para prover rapidamente serviços de protecção nos Centros e ou Bairros de reassentamento;

14

ABRIGO E BENS NÃO ALIMENTARES

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS F

AC

TO

RE

S IN

TE

RN

OS

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

• Boa coordenação intra cluster ao nível central e no terreno durante a fase de emergência;

• Existência de CLGR bem treinados (Zambézia);

• Sistema de aviso prévio bem desenvolvido ao nível Central / Provincial;

• Boa alocação de bens não alimentar dada a sua disponibilidade, e a declaração do alerta vermelho;

• Várias avaliações foram realizadas em coordenação com Gov e membros de cluster;

Pré-posicionamento Insuficiente, sem visão de longo prazo na bacia do Limpopo, tendo Inundações de 2000 como base para qualquer acção de preparação;

Após ciclone Funso que atingiu Zambézia em 2012 não foi feita nenhuma reposição de stocks de bens não alimentares;

Chagada tardia de bens não alimentar para o abrigo e pré-posicionamento insuficiente;

Preparação para a Bacia do Limpopo focada na emergência de pequena escala que não foi adaptada à magnitude dos desastres históricos;

Foco irregular de resposta em diferentes áreas geográficas (ex. bacia do rio Zambezia, Cidade de Maputo);

Simulações de emergência muito limitada e a pequenas áreas e comunidades, e não incluem as zonas urbanas (Maputo, Chókwé etc).

Mapeamento de risco fraco e nenhuma correlação entre os factos observados nos níveis de águas, as precipitações e as suas consequências potenciais (áreas de risco, por exemplo);

Os fundos CERF não cobriram a província de Zambézia.

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

• Elevar os níveis de prontidão nas bacias hidrográficas (Zambezi e Limpopo) e áreas propensas a Ciclones com perpectiva global de longo prazo para planeamento territorial até ao nível da comunidade, por exemplo, CLGRC;

• Aumentar o conhecimento técnico Nacional sobre o planeamento do Abrigo;

• Esforços contínuos para reforçar as actividades de preparação;

• Desenvolver e prestar maior atenção a preparação e resposta as emergência nas áreas Urbanas;

• Reassentamento: precisa-se de uma estrutura de cluster para consolidar o protocolo a fim de prover uma resposta rápida e adequada dos planos de

• Concentração da resposta em algumas áreas e intervenções de resposta pouco clara em outras (por exemplo, Limpopo v/ s Zambeze);

• Não-alinhamento entre os planos nacionais de contingência a nível central com os provinciais e distritais;

15

reassentamento incluindo metodologias, actividades, abordagens e respectivos limites, etc;

TELECOMUNICAÇÕES DE EMERGÊNCIA

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

INT

ER

NO

S

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

Rede VHF já implantado em Chibuto; Operadores de rádio treinados sobre como

usar o sistema de comunicação; CENOE móvel equipada; Boa coordenação do Cluster para apoiar o

sistema de comunicações de rádio em Gaza;

Stock de equipamentos muito limitado; Nenhuma actualização do status do

equipamento instalado (operacional ou não operacional);

Atraso na finalização da instalação da repetidora em Chibuto;

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS OPPORTUNIDADES AMEAÇAS

A necessidade de ter uma rede VHF pré-instalada ao longo das áreas críticas;

Realizar uma avaliação para as áreas ao longo do vale do limpopo para instalar uma repetidora VHF;

O facto da conectividade de Voz e Dados com as empresas locais ter sido afectada;

Demora no processo de aquisição de equipamento, pelo sector de procurement;

Acesso condicionado ao local para fazer a instalação;

AGUA, SANEAMENTO E HIGIENE (ASH)

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

INT

ER

NO

S

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

• Bens adequados pré-posicionados em Maputo e Beira;

• Sistema de aviso prévio do INGC / DNA bem-desenvolvido;

• Comunicação pró-activa entre os parceiros do cluster e entidades locais;

• Existência de acordos de parceria e rápida mobilização dos doadores;

• Um mapeamento adequado dos parceiros para a implementação dos projectos relacionados com o CERF e as comunidades alvo;

• A colaboração intersectorial / coordenação a nível de campo (por meio do engajamento de membros dos diferentes sectores), em especial para a prestação de serviços de promoção de higiene;

• Melhorar a clareza e relevância dos exercícios de simulação para que sejam mais eficazes e assegurar uma mais alargada e activa participação local;

• Limitado e fragmentado envolvimento da DNA nas consultas locais;

• Disponibilização não atempada de informação ou dados fiáveis para permitir a identificação de lacunas e acompanhar o progresso das actividades;

• Desafios persistem na colecta / análise e gestão de dados em tempo útil;

• Discrepâncias nos números das populações afectadas (números oficiais versus números reais);

• Fraca liderança "na gestão dos centros de acomodação prejudicou a disponibilização

16

• Realizadas três avaliações conjuntas das áreas afectadas;

atempada dos serviços de higiene e saneamento;

• As questões transversais não foram enfatizadas no início da resposta;

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPPORTUNIDADS AMEAÇAS

• Implementação pelo FIPAG do plano de

protecção do sistema de abastecimento de água;

• Uso dos resultados destes exercícios (FOFOA) como ponto de entrada para as discussões com os sectores do Governo para a sua participação activa em futuras intervenções do sector de ASH;

• O Plano Nacional de Contingência não exerceu o seu papel dado que esteve pouco ajustado a realidade e não havia alinhamento entre o nível central e provincial;

RECUPERAÇÃO INICIAL

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

INT

ER

NO

S

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

• O Governo teve uma papel de coordenação e liderança forte;

• Pré-posicionamento de stock do Governo e dos parceiros;

• A plataforma de coordenação e liderança do Governo e HCT respeitáveis e de confiança;

• Existência de um plano de contingência nacional que permite uma resposta imediata para as comunidades afectadas;

• Avaliações multi-setoriais conduzida pelos parceiros (INGC, HCT, WB, Holanda, Japão, etc) para apoiar os processos de tomada de decisão;

• Os membros do clusters chefiaram outros clusters o que permitiu que estes dessem contribuições nos respectivos clusters e noutros consoante as necessidades;

• Capacidade para apoiar a elaboração de planos e propostas de respostas;

• Tardio acesso aos recursos financeiros e outros previstos no plano de contingência;

• Falta de orientação dos membros do clusters de recuperação inicial (RI) sobre o elaboração e desenvolvimento de relatórios para a mobilização de recursos;

• Do ponto de vista das províncias o planificação e coordenação foi realizada sem o envolvimento dos principais líderes dos cluster e ou representantes (a nível local) fazendo com que houvesse o não-alinhamento entre as ideias do nível central e provinciais para a resposta;

• Questões de termos de referência ou mandato fez com que o INGC ao invés de concentrar-se na coordenação focalizasse a implementação e exigindo que as ONGs passassem a si os bens de emergência entrando em choque com as políticas e procedimentos das ONGs;

• Baixo envolvimento dos comités de gestão de risco durante as avaliações levadas a cabo no terreno;

• Ausência do INGC nos encontros de coordenação dos clusters embora tenham estado presentes nos últimos anos;

• As habilidades e capacidades dos membros de RI não foram utilizadas de forma eficaz;

17

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

• Compromisso político para trabalhar com os parceiros de desenvolvimento em RRD incluindo na resposta a emergências;

• Unidade entre os membros do HCT e das equipes do Governo (GM & HCT WG) para continuar a trabalhar harmoniosamente;

• Doações locais do sector privado, OSC podem ser uma fonte significativa de recursos para responder as emergências;

• Cometimento do Governo e vontade política de mudança - muita tolerância e acomodação;

• Inclusão componente de RRD na fase de resposta e não deixar para a fase de RI.

• Falta de recursos para reconstruir melhor; • Falta de coordenação eficaz para evitar a

duplicação de recursos e “o sindome de não causar mais danos”;

• Falta de capacidade a nível provincial para auxiliar a colecta de dados para apoiar a tomada de decisão;

• RRD não era prioridade no processo, por isso precisamos de melhorar a inclusão desta componente na fase de resposta e não deixar para a fase de RI.

18

3. ANÁLISE DE TÓPICOS SELECCIONADOS

COORDINAÇÃO / PARCERIAS

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

INT

ER

NO

S

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

• Estruturas de coordenação bem estabelecida, tanto do Governo como da HCT;

• O Cluster de abrigo esteve bem organizado em termos de parceria;

• Embora a participação dos membros em diferentes grupos resulte em sobrecarga de reuniões e de trabalho, em contra partida esta melhora significativamente a comunicação e partilha de informação;

• Assegurar que o apoio de emergência de organizações chave seja fornecido em tempo útil e, se possível, desde a fase de prontidão;

• Ausência do INGC nos encontros dos clusters, bem como algumas ONGs importantes, tais como Conselho Cristão de Moçambique (CCM), World Relief International (WRI) e Cruz Vermelha de Moçambique (CVM);

• Ausência de mapeamento dos parceiros para a rápida identificação de possíveis / parceiros em posição avantajada;

• Centralização da resposta o que causou o atrasando ao atendimento das necessidades das comunidades afectadas, bem como nos centros de reassentamento

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS OPPORTUNIDADES AMEAÇAS

• Reuniões diárias do CTGC;

• As autoridades governamentais ao nível

central, provincial e distrital disponíveis

para coordenação com parceiros;

• Melhorar as capacidades de cada parceiro e

o papel que irá desempenhar;

• Decisões técnicas/políticas sobre as

comunidades afectadas e mapeamento (ao

nível central / distrital) comprometeu uma

boa coordenação;

AVALIAÇÕES E ANALISES DE NECESSIDADES

ASPECTOS POSITIVE ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

INT

ER

NO

S

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

• Abordagens comuns para a identificação de necessidades e prioridades;

• Termos de Referência, ferramentas e relatórios de avaliação partilhados e acordados entre os membros;

• Os dados secundários e análise espacial usados para obter extensão geográfica das inundações e o número de pessoas afectadas;

• Disponibilidade de mapas; • Avaliação da segurança alimentar de

emergência qualitativa orientou a assistência alimentar, em termos de número

• Muitas missões de avaliação rápida na fase inicial de emergência resultaram em diferentes percepções do número de pessoas afectadas e os potenciais beneficiários bem como fadiga dos entrevistados;

• Elaborar e rever com antecedência of formulários de avaliação e triangular com outros formulários dos clusters;

• Formar avaliadores (activistas) com antecedência.

• Algumas questões de avaliação requerem um nível mínimo de conhecimentos sobre

19

de pessoas e duração; • Várias avaliações foram realizadas e uma

avaliação conjunta do sector de abrigo para todos os membros em Gaza e Zambézia.

o abrigo.

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPPORTUNIDADES AMEAÇAS

• Avaliação das áreas afectadas com participação das autoridades locais;

• Pessoal de campo treinado em ferramentas de avaliação e trabalhou conjuntamente no campo;

• A equipe que fará parte da missão de avaliação multi-sectorial deve ser constituída e acordada antes da emergência;

Áreas inundadas não acessíveis por

estrada; Várias equipeis realizando avaliação para

os mesmos locais e as mesmas pessoas, com consequente risco de fadiga de avaliação;

MOBILIZAÇAO DE RECURSOS

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

INT

ER

NO

S

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS/LACUNAS

• A estratégia de HCT de mobilização conjunta de recursos, quer de CERF (aprovada rapidamente para as necessidades de salvar-vidas) ou junto dos parceiros nacionais e internacionais for crucial;

• Uso do Fundo Comum para servir de plataforma dos parceiros fora do sistema das Nações Unidas;

• Vantagens comparativas das Agências das Nações Unidas para acessar fundos de doadores;

• Resposta rápida pelos Parceiros no desembolso de fundos para implementação das actividades de resposta;

• Disponibilidade de mecanismos de adiantamento de recursos para a resposta de emergência até que os fundos em mobilização sejam desembolsados;

• Tardia disponibilização de fundos para insumos e instrumentos agrícolas para a resposta humanitária comprometeu a época de plantio;

• Falta de coordenação para a gestão dos recursos escassos;

• Desafios para coordenar recursos próprios dos parceiros e, consequentemente, houve casos de individualismo;

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS OPORTUNIDADES AMEAÇAS

Existência de parceiros dispostos a apoiar as actividades de avaliação;

HCT como plataforma de mobilização de recursos que atende a todos os parceiros humanitários e sectores do governo para de forma mais adequadamente apoiar a população necessitada;

Intervenções agrícolas percebidas como actividades da fase de recuperação inicial;

Cada organização mobilizando seus próprios recursos e trabalhando de forma independente;

20

AVALIAÇÃO GERAL DA RESPOSTA DOS SECTORES

ASPECTOS POSITIVOS ASPECTOS NEGATIVOS

FA

CT

OR

ES

IN

TE

RN

OS

ASPECTOS FORTES ASPECTOS FRACOS /LACUNAS

A solidariedade nacional demonstrada pelas OSC, sector privado e outros reforçou a resposta nacional;

Disponibilidade dos membros dos clusters para distribuir sementes, instrumentos e alimentos nos CA;

Boa coordenação dos contratos de insumos agrícolas (sementes e instrumentos) e feiras (adotado o sistema de voucher);

Alimentos do PMA disponíveis em pipeline para actividades regulares alocados atempadamente para a resposta a emergência;

Pessoal disponível e pronto para responder a situações de emergência e possibilidade de rápido recrutamento de pessoal adicional, se necessário;

Operações aéreas para apoiar a resposta organizado pelo PMA;

Serviços de Logística comum disponível para apoiar Movimentos e distribuição de carga;

Serviços ambulatórias prestados nos centros de acomodação bem como disponibilidade de transportes para os pacientes;

Disponibilidade do transporte de parceiros para apoiar as visitas de monitoria aos centros de acomodação;

Resposta rápida às necessidades básicas de saúde;

Diferentes capacidades e abordagens entre os órgãos distritais nacionais e provincial;

Entrega de sementes e ferramentas para a

segunda época agrícola sofreu atrasos

consideráveis devido à disponibilidade e

processos relacionados com a aquisição;

Cesta de alimentos limitada a bens

disponíveis (milho em grãos, rações

limitadas);

Falta de informação confiável no terreno

sobre o número de pessoas a serem

atendidas com o risco de ajudar as pessoas

que não estavam realmente afectados;

Altos custos de transporte;

Sobrecarga de algumas unidades de saúde;

Pouca atenção dada aos profissionais de

saúde afectados (comida, água, abrigo e

apoio psicológico);

Resposta incompleta para os problemas

identificados (latrinas, medicamentos,

reagentes de laboratório, etc);

Fraco sistema de referência para os

pacientes nos CA (ambulâncias);

Algumas agências contaram com o

aumento da sua capacidade com base em

funcionários internacionais mas com alta

taxa de mobilidade;

Desorganização dos centros de

acomodação impediu a prestação de

serviços de ASH adequados;

Deficiente operacionalização do Plano de

Contingência Nacional;

Capacidades e prioridades, em inúmeras

vezes diferiram entre o nível nacional e

provincial;

Fraca presença do MMAS na gestão dos CA

nas duas Primeiras Semanas afectou a

provisão de serviços sensíveis ao género;

21

FA

CT

OR

ES

EX

TE

RN

OS

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

• HCT deve continuar a incentivar o trabalho conjunto;

• Governo tinha sementes para distribuição imediata;

• Operações aéreas geridas pelo INGC disponível para as operações dos clusters;

• O centro de saúde de Chiaquelane próximo do maior centro de CA;

• Desenvolver e compartilhar lições aprendidas do sector de ASH incluindo os desafios para implementar um sistema de Saneamento / construção de latrinas (por exemplo, aspectos ligados aos esquemas de pagamento dos trabalhos realizados);

• Fortalecer a vigilância epidemiológica e nutricional;

• Fortalecer os conhecimentos sobre a gestão dos centros de acomodação;

• Resposta do sector de ASH beneficiou da presença de ONGs com programas de curto prazo em Gaza;

• A matrix de seguimento de deslocados internos (DTM) foi uma ferramenta crucial para monitorar a evolução da situação nas áreas afectadas;

• Continuar a apoiar os sectores do Governo para definir cenários reais e actualizados para alimentar o Plano Nacional de Contingência.

Algumas agências contaram com o aumento da sua capacidade com base em funcionários internacionais mas com alta taxa de mobilidade;

A não disponibilidade local de sementes e

a sua aquisição no exterior resultou em

atrasos na distribuição das mesmas no

terreno;

Rapido e crescimento imprevisível do

número de pessoas a aderirem aos CA e

reassetamento com impacto nos recursos

disponíveis planificados;

Nalguns casos a distribuição de bens

alimentares e não alimentares no terreno

esteve dependente da vontade dos líderes

comunitários;

Ausência de meios de verificação dos

beneficiários que já tinham sido

alcançados ou assistidos;

Mapas contendo erros com consequente

impacto nas decisões de resposta;

Ausência de privacidade na assistência de

pacientes com doenças crónicas,

especialmente HIV;

A exposição a condições adversas

aumentou a incidência da doença;

A emergência ultrapassou as previsões e cenários do Plano Nacional de Contingência;

22

4. RECOMENDAÇÕES FINAIS E PRÓXIMOS PASSOS

Áreas Resultados esperados Actividades Responsáveis Parceiros Prazos

Coordenação & Prontidão para Resposta a a Emergência

Fortalecida a colaboração entre os sectores do governo e os parceiros da HCT ao nível central e descentralizado

Assegurar que os líderes e membros dos sectores do CTGC têm os seus papéis e responsabilidades claramente definidos e compreendidos durante a fase de preparação para emergências;

INGC Ministéros parte do CTGC e membros da HCT

Permanente Os líderes dos sectores devem supervisionar e assegurar a participação activa dos membros, incluindo parceiros do HCT para que eles respondam como um grupo;

Lideres dos sectores do CENOE

Os Clsuters do HCT devem indicar representantes ao nível descentralizados para trabalharem em estreita colaboração com os respectivos sectores do Gov;

Lideres dos clusters e membros ao nivel central e descentralizado

INGC e outros actores chave

Todos os anos nos Finais de Outubro

Envolver o governo em todos os níveis para a apoiar na construção de sua capacidade e assegurar o sentido de apropriação das acções e iniciativas;

Permanente

Creado um ambiente favorável para uma contínua parceria, coordenação e colaboração entre o Governo e os parceiros da HCT

Os sectores do Gov e dos clusters devem participar ou se fazer representar nas reuniões de coordenação e discutir as prioridades e acções relevantes para integração de RRD e AMC;

Lideres dos Sectores do Gov & lideres dos Clusters

Todos os sectores do Governo e parceiros humanitários

Permanente Assegurar de que os novos membros dos clusters sejam apresentados aos membros do cluster e sectores do Gov antes das situações de emergência;

Os Clusters e os sectores do governos

Certificar-se de que os parceiros estão familiarizados com os instrumentos de mobilização de recursos tais como CERF, Processo de Apelo Consolidado e Apelo Rápido e outras ferramentas relevantes;

HCT-RCO

Todos os sectores do Governo e parceiros humanitários

Finais de outubro de todos os anos

Advogar para que haja uma preparação prática e detalhada antes da próxima fase de emergência;

Os Clusters e os sectores do governo

Permanente Alocar, como parte da preparação, recursos internos adequados para permitir que haja uma resposta oportuna as situações de emergência enquanto se aguarda pela disponibilização de fundos externos;

Os Clusters e os sectores do governo

Desenhar uma estratégia de saída para situações de emergência

Os Clusters e os sectores do governo

Os Clusters e os sectores do governos

Permanente

O sectores do Governo mais informados sobre as actividades dos parceiros da HCT

Fazer o mapeamento das capacidades dos membros da HCT e sectores do Gov, aos níveis nacional e descentralizado e trimestralmente trocar informações e mantar um inventário actualizado das capacidades existentes como parte da preparação para emergências

Os Clusters e os sectores do governo

Todos os sectores do CTGC e parceiros humanitários

Trimestralmente

23

Definidos os papeis e responsabilidades dos principais actores visando a prontidão e resposta as emergências;

Realizar reuniões dos clusters o nível provincial preferencialmente co-lideradas pelos parceiros HCT e sectores Govoverno respectivos;

Os Clusters e os sectores do governo

Qualquer organização presente nas operações de resposta no terreno

Ate Dez todos os anos

Garantir o fluxo de informações através do CTGC e HCT;

Os Clusters e os sectores do governo

Todos os sectores do Governo e parceiros humanitários

Continuamente

Os líderes dos sectores do CTGC devem ter um Termo de referência claro que deve ser partilhado de modo que cada sector possa ser responsabilizado pelas suas actividades e desempenho;

INGC

Durante as emergências as populações afectadas são assistidas adequadamente e em tempo útil

Engajar-se com os políticos/decisores através do diálogo e formações para garantir que as necessidades/acções humanitárias sejam interrompidas de interesse político

Os Clusters e os sectores do governo

Mais breve possivel

Assuntos Transversais (Foco em Genéro & HIV, RRD e grupos vulneráveis)

Definidos claramente os papéis e responsabilidades dos sectores do Gov e HCT em relação às questões transversais visando a preparação para emergências, resposta e recuperação;

Os sectores do Gov e da HCT devem elaborar um Plano de Acção para responder a questões de Género e HIV bem como descrever as funções e responsabilidades dos actores no concernente a integração das questões transversais (género, HIV, grupos vulneráveis, RRD);

Lideres dos clusters e membros

Todos os sectores do Governo e parceiros humanitários

Continuamente

Desenvolver uma plataforma para lidar com Gênero e HIV em situações de emergência com os pontos focais indicados por parte do Gov e parceiros HCT; Sectores do Gov e

da HCT e dependendo de fundos;

Finais de Outubro

Identificar pontos focais permanentes em todos os sectores do Gov e dos clusters que devem ser treinados para integrar e lidar com aspectos de género e HIV em situações de emergência;

Permanente

Tirar proveito do desastre para elevar a importância das questões de género ao nível das outras áreas tradicionais em todas as intervenções e como base para o desenvolvimento sustentável

Sectores do Gov e da HCT e dependendo de fundos;

Criar de forma atempada serviços para lidar com o HIV&SIDA e género que sejam confidenciais para a população-alvo e os actores humanitários

Sectores do Gov e da HCT

Durante as emergência implementar actividades práticas visando reduzir a vulnerabilidade da população afectada a VSBG e HIV;

Sectores do Gov (CNCS, MISAU, INGC, MMAS) e da HCT

Permanente

Criar um mecanismo para uma melhor identificação de grupos vulneráveis nos centros de acomodação ou locais de origem;

Sectores do Gov e da HCT

Permanente

24

Gestão do Informação

Stock disponíveis mantidos actualizados e partilhados regularmente com os sectores do Governo

Finalizar e harmonizar a base de dados para as acções de preparação bem como stocks a pré-posicionar;

Abrigo: CVM, com apoio tecnico do UN-Habitat & UNICEF

Todos os sectores do Governo e parceiros humanitários

30 de Setembro

Produzida informaçào de qualidade para tomada de decisão sobre a prontidão e resposta a emergência

Treinar o pessoal do Gov e agentes humanitários para usarem as ferramentas de colecta, analise e processamento de dados para produzir informação de boa qualidade

Sectores do Gov e da HCT (Nutrição: Unicef & Saúde OMS)

Equipe de Avaliação

Novembro

Assegurado o fluxo de informação do nível central ao nível descentalzado e vice-versa;

Elaborar Termos de Referência para a equipe de avaliação multi-sectorial de emergência, incluindo seu papel e as responsabilidades;

Lideres dos sectores do Gov & membros da HCT Todos os

sectores do Governo e parceiros humanitários

A partir de Agosto

Durante as emergências esforçar-se em colectar dados desagregados por sexo, idade visando uma resposta consentânea e sensível ao género;

Sectores do Gov & Equipas de Avaliação

Permanente

Estabelecer uma equipa conjunta integrando o Gov / HCT para a colecta e análise de dados que devem trabalhar conjuntamente durante a fase de preparação para harmonizar os formulários e outros instrumentos;

Lideres dos clusters, dos sectores do CTGC & PNUD

Parceiros da HCT & sectores do CTGC

30-Setembro

Acordadas as fontes de informação e os canais para assegurar o fluxo de informação para uma resposta as situações de emergência rápidas e adequada;

Durante a emergência, uma ou mais pessoas da equipe de avaliação devem basear-se no terreno para assegurar a ligação com os actores envolvidos nas operações e apoiar na organização e filtragem da informações;

Sectores do CTGC e da HCT

Parceiros da HCT & sectores do CTGC

Ao longo do periodo de resposta

Concordar com uma metodologia de avaliação comum especificando as responsabilidades para a definição do cenário preliminar para obter uma visão abrangente da situação

Antes da época chuvosa

Estabelicidos procedimentos Operacionais Padrão (POP) comuns para a colecta de informação, análise e utilização para todos os setores do CTGC e parceiros humanitários durante a prontidão e resposta as emergência

Concordar sobre os recursos a serem alocados e respectivas modalidades de co-participação para apoiar as operações das equipe de avaliações;

Antes da época chuvosa

Decidir sobre os tipos de software e formulários multi-sectoriais para partilha e gestão de informação baseada na rede/internet;

Sectores do CTGC e da HCT, PNUD, e OCHA

Todos 13-Dez

Os sectores do Gov e os Clusters devem, no período de preparação, confirmar os formulários sectoriais para a colecta e análise de dados;

Sectores do Gov, PNUD e RCO

Sectores do CTGC & Parceiros da HCT

Setembro-Outubro

Actualizar regularmente e partilhar os formulários de avaliação multi-sectorial rápida e aprofundado pelos sectores respectivos;

Sectores do Gov, sectores de HCT e RCO Todos os

sectores do Governo e parceiros humanitários

Até finais de Outubro de cada ano

Consolidar todas as avaliações electrónicas para harmonizar com a de todos os actores humanitários;

Sectores do Gov & Lideres dos Clusters

Reduzir a tendência de avaliações individuais para o mesmo local da emergência;

Sectores do Gov, Lideres dos clusters e UNDP

25

Processo de Plano de Contigência

Inclusa no PC informação práctica e pronta para uso visando a prontidâo e resposta a emergência tendo em consideração as prioridades provinciais e distritais;

Garantir a disponibilidade de mapas relevantes, listas e dados de base para todos os sectores, incluindo mapas de perfil populacional, vulnerabilidade e banco de dados sobre Quem Faz o quê e Onde de todos os actores humanitários e sectores de Governo do país;

Sectores do Governo e HCT-RCO

Todos os sectores do Governo e parceiros humanitários

Permanente

Revisitar o Plano de Contingência com a intenção de torná-lo mais prático, melhorar a sua funcionalidade visando os próximos eventos;

Sectores do Gov ao nível central, provincial e distrital

Incluir o plano de contingência Provincial como um anexo do CP principal e assegurar que o processo começa bem antes da época chuvosa;

Durante a elaboração do PC

Assegurar de que as estratégias de preparação e resposta dos diferentes sectores estejam claras, compartilhada e compreendidas por todos os intervenientes a todos os níveis;

Sectores do Gov e parceiros do HCT

Sectores do Gov e parceiros

Permanent e Estabelecer uma rede de gestão da Informação e compilar uma lista de pontos focais a todos os níveis para a gestão de informação bem como o envio atempado dos dados relativos aos plano de contingência

Sectores do Gov ao nível central, provincial e distrital

Sectores do Gov e parceiros

Exercícios de simulação

Testadas e avaliadas as capacidades dos sectores do Governo e parceiros para operacionalizar o Plano de Contingência e executar os procedimentos de resposta a emergência

A planificação dos exercícios de simulação deve, desde o início, definir claramente o papel de cada um dos níveis e sectores e garantir a sua participação activa e realizar as funções e responsabilidades que o sector geralmente desempenha durante a emergência;

Sectores do Gov e parceiros

Todos os sectores do Governo e parceiros humanitários

Continuamente

Cada sector deve ter um checklist para verificar as actividades prioritárias a serem executadas em cada nível de alerta de emergência contra a qual deverão ser avaliados no final do exercício da simulação;

Sectores do Gov e parceiros

Certificar que, durante os exercícios de simulação as actividades dos sectores e as estratégias indicadas no Plano de contingência e os procedimentos padrão para a resposta são testados e avaliados;

Sectores do Gov e parceiros

As lições aprendidas durante os exercícios de simulação devem ser acompanhados de um plano de acção e alocados recursos necessários para sua implementação visando colmatar as lacunas identificadas;

Sectores do Gov e parceiros

As entidades mandatadas para emitir alertas hídricos, meteorológicos e de segurança alimentar devem esforçar-se por fornecer alertas menos técnicos e de fácil compreensão e bastante simplificados para que as pessoas hajam consequentemente;

INAM, DNA, FEWSNET e SETSAN

Sectores do Gov e parceiros

Continuamente

26

Sistema de Aviso prévio (topo-base e vice-versa)

O sistema nacional de aviso prévio para eventos hidro-meteorológicos e de segurança alimentar melhor transmitido aos oficiais locais e população alvo e as recomendações prontamente acatadas;

Sensibilizar as populações - alvo visando familiariza-las com a linguagem dos avisos para tomarem medidas ou agirem em tempo útil em face de futuras advertências a emitir;

INAM, DNA, FEWSNET e SETSAN

Sectores do Gov e parceiros

Continuamente

Envolver e capacitar as estruturas locais e comités locais de gestão de risco para que de forma atempada disseminem os avisos emitidos tendo em conta os níveis de risco, as necessidades e acção correspondente;

INGC, INAM, DNA, FEWSNET e SETSAN

Melhorar o sistema de aviso prévio a nível internacional, principalmente com aqueles países que partilhamos os rios internacionais (por exemplo, RSA e Zimbabwe e Zâmbia);

INAM, DNA, FEWSNET and SETSAN

Abordar a questão do escalonamento ou redução dos níveis de alerta, devido ao seu impacto sobre a resposta a emergência, bem como na mobilização de recursos.

INGC-CTGC

27

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Vamos começar a nossa reflexão sobre as conclusões, levantando uma questão antiga mas relevante sobre que nível de prontidão é suficiente para a resposta aos desastres? Em particular, com que nível de preparação nos sentimos confiantes de que observamos as ameaças, riscos e vulnerabilidades relevantes para o país, tanto nas áreas rurais quanto nas urbanas e equacionamos os meios necessários para geri-los? As inundações nas cidades de Maputo e Chokwe foram um grande teste para a nossa preparação e resposta. Nos últimos anos a nossa preparação centrou-se nas áreas rurais, pelo que existe agora um consenso de que devemos estar também preparados para responder a eventos que acontecem nas áreas urbanas. Desde as grandes cheias de 2000 Moçambique tem vindo progressivamente a investir em sistemas para responder aos desastres naturais que afectam o país. Contudo ainda não se criou uma visão ou compromisso comum sobre a prontidão entre os principais sectores chave, tais como o Governo, os Municípios e os parceiros, incluindo agências da Nacções Unidas, ONGs, parceiros bi-multilaterais no país, as comunidades e os cidadãos e, mais recentemente, os sectores privado e OSC: em termos do que devemos fazer para evitar (a medida do possível), proteger contra, responder e recuperar em cado de desastres. Sem uma visão comum ou compartilhada que seja posta em prática a todos os níveis e estruturas e abranja a todo o processo de preparação e capacitação para a resposta, não conseguiremos ter uma verdadeira transformação e um Estado de prontidão em todos os sectores ou o país em geral. Neste exercício de lições aprendidas foram identificados seis prioridades imediatas visando essa transformação: (i) Coordenação e Preparação para a resposta a emergências (ii) abordar adequadamente as questões transversais, (iii) sistema de gestão de informação, (iv) o processo de Planinificação de Contingência, (v) os exercícios de simulação, (vi) o sistema de aviso prévio como áreas críticas que necessitam de nossa acção imediata e conjunta. Uma linha de base nacional será necessária para abordar essas prioridades. Esta deve ser usada como um inventário das capacidades nacionais e reflectida nos planos de de contigência (PC) locais (distritos, município e província). Mais importante ainda, a linha de base dir-nos-ia como estamos preparados hoje em cada um dos níveis do distrito ao central. As lacunas identificadas na linha de base podem, deste modo, servir de alvo prioritário durante o nosso processo de preparação do PC. Assim, o PC Nacional deve ser dinâmico para que possa, de forma rotineira, ser revisto de modo a permitir a reavaliação das capacidades existentes para mais adequadamente responder-se ao risco crescente e demandas da resposta, bem como melhorar as nossas capacidades e inovações exigidas pela preparação. Em relação às lições aprendidas, os gestores de desastres devem investigar de forma sistemática na busca de abordagens inovadoras para aplicar ou lidar com elas ao nível descentralizado e compartilhar as melhores práticas e mais promissoras, numa base contínua, de modo que nunca paremos de melhorar a nossa preparação tendo em conta que com as mudanças climáticas em curso, os desastres que afectam as áreas urbanas e rurais podem ser mais intensos e devastadores. Portanto, esta é uma abordagem que visa garantir que os problemas identificados nas sessões de formação e nas lições aprendidas sejam corrigidos. Pois muitas vezes, os exercícios de simulações ou relatórios deles resultantes tendem a identificar os mesmos problemas, o que pode significar que estes não receberam um tratamento adequado ou não foram resolvidos na íntegra, por exemplo, a questão perene é o fluxo e gestão de informação do topo para a base e vice-versa. Assim, o ciclo da preparação deve ser fechado com um plano de acção coordenado pelo INGC e executado pelos sectores do CTGC de forma individual ou colectiva com o envolvimento dos respectivos parceiros. O plano de acção do sector deve traduzir os resultados, as lacunas e as vulnerabilidades em programas ou acções correctivas

28

concretas que devem ser plenamente implementadas em tempo útil de modo que as lições aprendidas no passado não sejam repitadas. Finalmente, em resposta à questão levantada no topo, e por reconhecer que o futuro é incerto e que não é possível antecipar todas e quaisquer ameaças, nós, como gestores de desastres devemos procurar basear a nossa planificação nas capacidades existentes para responder a estas questões, i.e, devemos estabelecer níveis de capacidades de referência ao nível central, provincial, municipal, distrital, regional até ao local para responder a eventos futuros.

GABINETE DO COORDENADOR RESIDENTE DAS NAÇÕES UNIDAS EM MOÇAMBIQUE

José Caveirinha, 237

Maputo, May 2013

Moçambique