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CONTEÚDO DO BOLETIMO Redator é o único responsável pelo conteúdo de sua matéria, pelo formato

redacional e por eventual opinião manifestada.

João Cardoso, O Sombra, Cláudio Carlos de Oliveira, Antonio Valmor Junkes, Alberto José Antonelli, Vilmar Daleffe, Raimundo José Santana,

Antonio Henriques, Luiz Carlindo Maziviero e João Costa Pinto

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente:William Marinho de Faria ........ (l1)5078-8239 [email protected] Vice-Presidente:Marcos de Souza ..................... (11)3255-5456 [email protected]ário:Walter Figueiredo Souza ............. (31)3641-1172 walter.fi [email protected] Tesoureiro: Paulo Barbosa Mendonça ........ (l9)[email protected] Espiritual: Pe. Manoel F. dos Santos Jr ......... (11)[email protected]

CONSELHO FISCAL - TITULARJosé Manoel Lopes Filho .......... (l4)3223-3399Lásaro A. P. dos Santos ............ (11)3228-9988

CONSELHO FISCAL - SUPLENTEItelvino Giacomelli .................. (l1)4695-1288Vanderlei dos Reis Ribeiro . ..... (l9)2512-0063

REGIONAIS Ibicaré André Mardula ......................... (49)3522-0840São PauloMarcos de Souza ..................... (11)3228-5967CampinasJercy Maccari ............................. (19)3871-4906CuritibaMarco Rossoni Filho ............... (41)3253-7135Pirassununga Renato Pavão ............................ (19)356l-605lBauru Gino Crês ................................ (14)3236-1259Itapetininga Sílvio Munhoz Pires ................. (15)3272-2145S. José dos CamposNatanael Ribeiro de Campos ......... (l2)3207-9869Itajubá José Célio da Silva .................. (35)3644-1144

COORDENADORIASBoletim Informativo Inter-Ex João Costa Pinto................Res. (11)2341-2759 Cel.(11)96493-4520

DIAGRAMAÇÃOMarcelo Silva Calixto .............. (11)3476-9601

CARAVANAMoacyr Peinado Martin ............ (11)2421-4460

ATOS RELIGIOSOS Daniel R Billerbeck Nery .......... (11)2976-5240Lásaro A P dos Santos ............... (11)3228-9988

EXPEDIENTEASSOCIAÇÃO DOS EX-ALUNOS MSC

PresidênciaAl. dos Uapés, 529 - São Paulo - CEP: 04067-031

Tel: (11) 5078-8239 Cel: [email protected]

Boletim Informativo Inter-ExRua dos Cíclames, 858 - Vila Prudente - SP

CEP: 03146-010 - São Paulo - SPE-mail: [email protected]

Tel: (11) 2341-2759

REDATORES DESTA EDIÇÃO

Colaboração do João Cardoso (1945-1949)extraída do livro “Memórias de um ex-seminarista”,

de Nelson Altran (1948-1954)

TÚNEL do TEMPOTÚNEL do TEMPO

INTER EX

2 Novembro | 2014 Túnel do Tempo

A ROTINA

("Tudo tem a sua hora, cada empreen-dimento tem o seu tempo debaixo do céu". Eclesiastes lII, 1). 5:50hs de uma manhã de segunda-feira. As palmas vigorosas do Irmão Chico soam sonoras no vasto dormitório, os ferros das camas rangem enquanto fi leiras de vultos brancos se erguem e, em seguida, se ajoelham respondendo, ainda sonolentos, à jaculatória repetida a cada instante: "Ama-do seja por toda a parte o Sacratíssimo Cora-ção de Jesus. Eternamente". Três Ave-Marias, uma saudação a São José e outra ao Anjo da

Guarda. Rostos lavados, dentes escovados, cabelos penteados, des-cem todos à sapataria para dar lustro nos sapatos. Tudo em silêncio. Nada de conversas. Outra fi la e se dirigem à sala de estudos para a oração da manhã, de pé. Meditação, fi la, missa, fi la, preparação da matéria da primeira aula do dia, novamente na sala de estudos. Outra fi la, refeitório, nova oração: "Benedicite, Benedicite. Orémus: Benedic, Dómine, nos et haec tua dona, quae de tua largitate sumus sumpturi. Per Christum Dominum Nostrum. Amen". (Quanto latinório! Somente três anos depois vim a entender o que estava rezando!) 7:30: café com leite, pão, algum doce. Outra fi la rumo ao pátio e a turma se dispersa.

Maiores para um lado e Menores para outro, no recreio de cinco minutos. Apito do Irmão Chico, primeiro sinal do sino. Cada qual se ar-ruma e se dirige para outra fi la. Mais um apito, segundo toque do sino, silêncio geral. Algumas vozes ainda murmuram conversas inacabadas mas, ante o olhar bravio por detrás das grossas lentes do Irmão Chi-co, engolem a última sílaba e silenciam. Esses já podem esperar nas notas da semana: comportamento “sete" por falar demais nas fi las. Quinze minutos de estudos preparando a segunda aula. 8:00 horas. Mais dois toques do sino, aula de quarenta e cinco minutos, sino, inter-valo, sino, aula, sino, guardar os livros na sala de estudos. Fila rumo ao dormitório. Arrumar as camas. Os grandes fazem também a barba. Fila, recreio de quinze minutos. São 10:15. Às 10:30, outra fi la, sala de estudos, sino, fi la, aula, sino, sala de estudos, fi la, refeitório. 11:30: almoço. "Benedicite, Benedicite. (Mais latim). Oculi omnium in te spe-rant, Domine, et tu das escam in tempore opportuno". Meio-dia. Visi-ta ao Santíssimo Sacramento, (mais latim): "Adoro Te, devote, latens Deitas, quae sub his fi guris vere látitas". Fila, recreio. Jogo de voleibol obrigatório para todos, menos para os varredores escalados para a sala de estudos e para quem está com o braço quebrado. 12:55. Apito do padre "prefeito", sino, apito, sino, fi la. Exame de consciência na sala de estudos, no meio da poeira deixada pelos varredores apesar do uso do pó de serra molhado. Logo após, preparação da quarta aula. 13:15. A pior aula. Dormia-se ou, então, pescava-se, tirava-se uma tora, na gíria corrente. 13:50. Sino, sala de estudos. 14:00 horas. Café

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ou chá com pão, ou frutas, conforme a estação do ano. Recreio. Apito do Irmão Chico, sino, fi la, apito, silêncio, vozes, olhar bravio, etc., sala de estudos, preparação da quinta aula. 15,50. A última aula do dia: 16,00 ho-ras. Sino, fi la, sala de estudos, fi la, recreio. Apito, sino, fi la, apito, sino, silêncio, etc.etc., sala de estudos. Uma hora de dever escrito. Reza-se antes e depois. Isso, aliás, antes e depois de tudo e qualquer coisa que se faça. 17,30: Sino, fi la, jantar. (Continua o latim): "Be-nedicite, Benedicite. Edent páuperes et saturabuntur. Et laudabunt Dominum qui requirunt eum: vivent corda eorum in saeculum saeculi. 18,00 horas. Fila, recreio. Jogo de voleibol obrigatório para todos, menos para quem tem hora marcada no piano, harmônio ou violi-no. 18,45. Apito do padre "prefeito", sino, formação de fi la, apito, sino, silêncio geral. Terço rezado em con-junto na chácara fora dos muros, do outro lado da rua, rodeando os campos de futebol. Bom passeio para to-dos. Logo após, retornando à sala de estudos, segun-do dever escrito do dia. Matéria sempre especifi cada pelo professor. 20,00 horas: Sino. Leitura espiritual ou Bênção do Santíssimo. 20,30: Chá, fi la em direção ao refeitório. Oração, antes e depois. Fila, recreio da noi-

te. Ensaio da banda, na sapataria. Outros vão tocar piano ou harmônio, de acordo com a tabela. A maioria comenta os acontecimentos do dia em rodinhas impro-visadas. 21,45: Apito do padre "prefeito', sino, forma-ção de fi la, apito, sino, silêncio geral. Fila em direção à capela interna. Oração da Noite. Longa oração. Como custa a acabar! Afi nal surge o "Parce Dómine, parce pópulo tuo, ne in aeternum irascaris nobis", (ainda la-tim) cantado por entre bocejos não contidos e sob os acordes chorosos do harmônio. Fila, dormitório, afi nal. Lavar pés, escovar dentes, pijamas ou cami¬solões. Para se trocar no imenso dormitório é preciso meter-se dentro do camisolão e manipular calças e "et-coetera" ali por baixo o que, no início, requeria certa aprendiza-gem. Soam as palmas do Irmão Chico. As Ave-Marias ecoam pelo vasto dormitório. Fila ainda nos banheiros para os eternos desprevenidos que não aproveitaram o recreio para isso. Apagam-se as luzes. Apenas uma luzinha vermelha brilha lá em cima no centro do forro. Alguns dos grandes já roncam. Os relógios dos corre-dores, quase sempre desregulados, batem as horas. São já 22,45. Terminou o dia. Amanhã será outro dia. Outro dia. . . Sonhava-se.

3Novembro | 2014Túnel do Tempo

Os nomes dos que aparecem na foto abaixo são uma colaboração a mais do João Cardoso

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1- PE HENRIQUE ROBERTO2- AFONSO BERTAZZI3- PE HENRIQUE 4- PAULO VIEIRA5- (?) 6- EDYR BORGES 7 - SALVADOR ANDREETA 8 - GERALDO DEL NERY9 - GERARD BANNWART

10 - DELFIM PINTO CARNEIRO11 - CALIXTO COSTA 12 - BENEDITO INÁCIO13 - PE ANTÔNIO VAN ES14 - PE LUIZ FIGUEIREDO 15 - CLODOALDO MARINI16 - AMARO GOMES 17 - OSVALDO DE PAULA (?) 18 - VALENTIM

19 - JOÃO BANNWART 20 - CARNELOZ 21 - ALBERTO ANTONELLI 22 - PAULO DE CASTRO 23 - HOMERO 24 - ARMINDO BALDIN 25 - BENÍCIO ESTEVES 26 - JOÃO CARDOSO 27 - GERALDO MAGELA

28 - RENATO CABRAL 29 - GODOY 30 - SARMENTO 31 - PE LUIZ BERTAZZI 32 - JOSÉ FONTANARI 33 - JOSÉ AUGUSTO 34 - PE FRANCISCO PAIVA35 - LAUREANO36 - GRAZIANO

MAIS UMA FOTO VERDADEIRAMENTE HISTÓRICA! MAIS UMA FOTO VERDADEIRAMENTE HISTÓRICA!

INTER EX

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J A N E I R O01. João Carlos Billerbech Nery (13) 3316-837403. Ivo Luiz Bortolazzi (45) 3264-137705. Francisco Ferron (19) 3846-917106. Vanderlei dos Reis Ribeiro (19) 2512-006309. Renato Pavão (19) 3561-605111. João Batista Larizzati Jr. (15) 3327-584811. Pe. Benedito Ângelo Cortez (35) 3622-074913. João Roberto Lemes (12) 99642-927714. Leopoldo A. Ribeiro (35) 3621-266615. Pe. Geraldo Barbosa Mendonça (35) 3622-049418. José Bertuol (11) 4703.647121. Sebastião M. F. de Carvalho (35) 3291-205721. Maurício Ginotti Jordão (19) 3561-646323. Pe. Hubert Kilga (89) 3427-0094 (Telefax)26. Gilberto Faria de Azevedo (35) 3623-445727. Valdir Luiz Pagnoncelli (46) 3536-313127. Carlos Savietto (19) 3671-241728. Pe. Eugênio Luis de Barros (11) 3228-9988) 3671-241728. Ênio J. Correia de Moura (16) 3339-355931. Paulo Roberto de Carvalho e Silva (21) 2266-0397

F E V E R E I R O 03. Armindo Baldin (19) 3461-768803. Luiz Victor Martinello (14) 3234-104103. Luiz Carlindo Maziviero (13) 3284-383405. José Valentim Módena (19) 3262-218406. José Antônio de C.R. de Souza (62) 3291-688506. Célio Renato dos Santos (35) 3621-788208. Armando Turtelli Jr. (19) 3289-896608. Marcos Donizete de Faria (35) Piranguçu11. José Mauro Pereira (19) 3561-394713. Gervásio Canevari (19) 3571-227015. Geraldo Toledo Costa (35) 8463-315519. Aparício Celso da Silva (19) 3243-640221. Antoninho Marchesini (11) 4522-068124. José Possebon (11) 3812-306724. Natanael Ribeiro de Campos (12) 3207-986925. Jerci Maccari (19) 3871-490627.Jerônimo Alvim Rocha (31) 3621-355328. Pe. Alfredo Niedermeier (85) 3274-342028. Mauro Soares de Freitas (21) 3393-382729. Célio Antonio dos Santos (12) 99709-9811

M A R Ç O02/03 - José Murad (19) 3561-206702/03 - Cláudio Dias Chaves (12) 3623-146803/03 - Benedito Coldibelli (19) 3223-090803/03 - Luiz Carlos da Costa (12) 3192-953703/03 - Ricardo José dos Santos (Alguém sabe?)03/03 - Ricardo José Rosim (19) 3561-648008/03 - Pe. Joaquim dos Santos Filho (11) 3228-998809/03 - Norival José de Oliveira Paiva (Alguém sabe?)11/03 - Antônio Aparecido Marquetti (19) 3572-216511/03 - Moacir Lobo (Cascavel-PR) (00) 9911-575513/03 - José Claret da Silva (35) 9104-037915/03 - Alfredo Martins de Aguiar (51) 3019-157217/03 - Pe. Sírio José Motter (19) 3561-177517/03 – Vilmar Daleffe (44) 8433-579020/03 - Gaspar Ribeiro Rebelo (12) 3262-4855

21/03 - Olivo Bedin (19) 3869-864921/03 - Pe. Manoel F. dos Santos Jr. (11) 3228-998822/03 - Domingos Luiz Meneguzzi (19) 3238-680422/03 - Wanderlei Fechio (11) 2056-380024/03 - Helias Dezen (65) 3461-128430/03 - Benedito Augusto Gonçalves (Alguém sabe?)31/03 - Dom Ricardo Pedro Paglia (35) 3622-0494

A B R I L01/04 - Delfi m Pinto Carneiro (19) 3881-236901/04 - Marco Aparecido Crepaldi (14) 3232-684502/04 - Pe. Domingos H. Cruz Martins (98) 3382-111603/04 - Isaias José de Carvalho (35) 3645-127604/04 - Renato Pereira Leite (35) 3621-184005/04 - José Irineu Baptistela (19) 3561-376706/04 - Luiz Carlos Flach (41) 3527-553907/04 - Edson Niehues (41) 3347-460007/04 - Antoninho Hahn (00) 3385-027907/04 - Raimundo José Santana (11) 2973-110808/04 - Pe. Air José Mendonça (11) 2211-645410/04 - Marcos de Jesus Travagim (19) 3571-555410/04 - Oswaldo Renó Campos (35) 3662-132111/04 - Marlinaldo de Andrade Freire (11) 3831-203712/04 - Benedito Ronaldo Fernandes (35) 3621-164412/04 - Carlos Hermano Cardoso (19) 3239-119012/04 - José Roberto P. Carneiro (11) 3872-010314/04 - Arlindo Giacomelli (48) 3247-424917/04 - Wilson D. Mendes (00) 3565-168418/04 - Carlos Alberto Barbosa Lima (45) 3524-492618/04 - João Corrêa Filho (35) 3622-492520/04 - Sérgio Roberto Costa (35) 9907-603621/04 - Ivo Bottega (67) 3321-646422/04 - Pe. Ednei Antônio B. Rodrigues (14) 3236-491123/04 - Antônio Altafi n (19) 3434-759723/04 – José Célio da Silva (35) 3644-114424/04 - Jorge Ferreira da Rosa (15) Itapetininga-SP26/04 - Ângelo Garbossa Neto (41) 3206-804526/04 – José Carlos Ferreira (19) 3541-074428/04 - Pedro Antonio Grisa (48) 3249-626330/04 - Adelino Gouveia da Rocha (11) 2973-6046

Relação de aniversariantesRelação de aniversariantesCaro Ex-Aluno aniversariante, parabéns por esse dia, em que você festeja mais um ano de vida, junto com familiares, amigos ou confrades. Seja feliz e receba as bençãos do Alto.

Notas importantes e oportunasI - Se você souber o telefone completo ou

faltante de um aniversariante, queira, por especial favor, comunicá-lo por email ou

telefone à Coordenação do Boletim/Inter Ex, como segue:

[email protected] Tel.: (11) 2341-2759

[email protected] Tel.: (11) 5078-8239

II – Caso seu nome não conste da relação ou, por lapso, tenha deixado de constar, pedimos desculpas por essa falha,

pois continuamos revendo todos os nomes, da-tas e telefones. Não deixe de avisar a Redação.

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5Novembro | 2014Quem esteve no 68o Encontro de Pira-2014

Alberto José Antonelli, Ângelo José Prince Marcon-des, André Mardula Filho, Antonio Carlos Costa Cha-ves, Amaro de Jesus Gomes, Antonio Pádua de Si-queira, Antoninho Marchesini, Afonso Peres da Silva Nogueira, Antonio Valmor Junkes, Afonso Celso de S. Meirelles, Afonso Bertazi, Benedito Coldibelli, Be-nedito Ronaldo Fernandes, Luiz Carlindo Maziviero, Carlos Savietto, Cláudio Carlos de Oliveira, Clodo-aldo Meneguello, Domingos Luiz Meneguzzi, Dou-glas Dias Ferreira, Ernesto Leinhardt Costa, Ernes-to Schaffrath,Getúlio Gonçalves, Itelvino Giacomelli, Jair Ribeiro, João Batista Larizzatti Jr., João Cardoso, João Costa Pinto, João Roberto Leite, João Roberto Lemes, José Arnaldo Batistela, José Barbosa Ribei-ro, José Benedito Filho, José Benedito Ribeiro, José Carlos Ferreira, José Célio da Silva, José Genésio Fernandes, José Luiz Chaves (Belezura), José Ma-noel Lopes Filho, José Maria Martarelli, José Mauro Pereira, José Murad , J. V. Módena, José Tadeu Cor-rea, Lásaro A. P. dos Santos, Luiz Carlos Cachoeira,

QUEM ESTEVE NO 68QUEM ESTEVE NO 68OO ENCONTRO DE PIRA - 2014 ENCONTRO DE PIRA - 2014Luiz Gonzaga de Almeida, Manoel dos Santos Ribeiro Pontes, Mauro Pavão, Dr. Marcos de Souza, Marcos de Jesus Travagim, Marco Aparecido Crepaldi, Moa-cir Peinado Martin, Marlinaldo de A. Freire, Maurício Sinotti Jordão, Moacir Lobo, Norival Alkmin, Renato Pavão, Rubens Dias Maia, Renato Pereira Leite, Oli-vo Bedin, Paulo Barbosa Mendonça, Paulo César de Morais Rennó, Pedro Luíz Brandão, Renato Pereira Leite, Rubens Dias Maia, Luiz Victor Martinello, Wal-demar Checchinato e William Marinho de Faria. Reli-giosos: Pe. Provincial, Pe. Manoel Ferreira dos San-tos Jr., Diretor Espiritual e o Pe. Sírio José Motter. Foi notada e sentida a falta do Sebastião Mariano Franco de Camargo, a segunda em 70 anos.

LembreteNão se esqueçam do

Encontro Regional de Ibicaré, em 2015

Chegando em Pirassununga para o Encontro, logo somos saudados pela sempre acolhedora Escola Apostólica, antes mesmo de adentrarmos seu vetusto e memorável edifício.

Pela manhã, preces no Cemitério dos Religiosos, à sombra de árvores benfazejas

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o trigésimo dia do mês de Agosto de 2014, em Sala especial da antiga Escola Apostólica de Pirassunun-ga, reuniram-se, às 18:30hs, os Membros da Direto-

ria da Associação dos Ex-Alunos MSC, na presença de numerosos Associados participantes do 28º. Encontro de Pirassununga. O presidente da Associação, Dr. William Marinho de Faria, abrindo a reunião, cumprimentou os presentes e agradeceu a presença de todos. Impossibi-litado de falar por encontrar-se afônico, convidou o Vice--Presidente, Dr. Marcos de Souza, a presidir a reunião, no que foi prontamente atendido. Este informou estarem presentes também o Diretor Espiritual (Pe. Provincial), o Diretor Tesoureiro, Paulo Barbosa Mendonça e após co-municar a ausência do Diretor Secretário, Sr. Walter Fi-gueiredo Souza, que não pôde comparecer, por motivos particulares, deu início aos trabalhos, conforme pauta previamente defi nida. Como 1º. item da pauta, transmi-tiu mensagens dos ex-alunos José Antônio de Souza e Walter Figueiredo Souza, que não puderam estar presen-tes e saudavam os que compareceram, desejando que o Encontro transcorresse em ambiente aconchegante de paz, oração e alegria. No item 2º. da pauta, foram convi-dados a se apresentarem os Colegas ausentes há mais de cinco anos dos Encontros da Associação. O primeiro a falar foi Ângelo José Prince Marcondes, residente em Delfi m Moreira-MG, que havia estudado nos anos 76 a 78 na Escola Apostólica de Pirassununga. Falou brevemente de sua família e do seu trabalho. O segundo a se apre-sentar foi João Roberto Leite, residente em Campinas há mais de trinta anos. Estudou em Pirassununga de 74 a fi ns de 79 e depois cursou Filosofi a em Campinas, de 80 a 82. Deixando o seminário, procurou exercer uma profi s-são. Constituiu família, tem dois fi lhos. Atuou longo tempo no Sindicato dos Metalúrgicos, em Campinas. Como item 3º. da pauta foi apresentado o resultado de uma consulta feita pela Coordenação do boletim/Inter-Ex sobre o inte-resse do ex-aluno em receber o boletim por via eletrôni-ca em formato PDF, ou impresso, na forma tradicional. O coordenador, convocado a falar, esclareceu que diversos colegas manifestaram interesse em receber o boletim por e-mail. Por essa razão, realizou consulta, com o conheci-mento da presidência, aos Colegas que possuiam ende-reço eletrônico, que representam cerca de 45% do total estimado de 450 (quatrocentos e cinquenta) Ex-Alunos ativos. Pouco mais de duzentos (200) foram consultados, dos quais somente quarenta e quatro (44) responderam e, dentre estes, 26 optaram por receber o boletim por e-mail. Foi ressaltado que a adoção do correio eletrônico propi-cia redução do custo do boletim, ao dispensar impressão gráfi ca, envelopes, etiquetas e tarifas postais. Houve de-bates, do quais resultou a necessidade de se demonstrar a todos os Ex-Alunos a referida redução de custos que

poderá incentivar a opção pelo boletim eletrônico. Como item 4 da pauta, o Diretor Tesoureiro foi convida-

do a falar sobre a situação fi nanceira da Associação. Vá-rios enfoques foram apresentados, dos quais emergiram dois principais: a baixa contribuição dos Associados, de modo geral, e o custo do boletim/Inter-Ex que absorve boa parte dos recursos depositados pelos ex-alunos. A maté-ria foi debatida, surgindo pontos de vista divergentes que levaram à discussão do valor sugerido nos boletos reme-tidos aos Associados. A matéria fi cou sem conclusão. No item 5 da pauta estava prevista a apreciação e eventual adoção das formas ou mídias modernas de comunicação, como “facebook”, “twitter”, “blog”, etc. Não se chegou a debater a matéria que permanece, portanto, pendente, aguardando a oportunidade de apreciação. O Pe. Provin-cial lembrou que já existem em Itajubá alguns grupos de ex-alunos que se comunicam pelo Facebook. No item 6 da pauta, foi lembrado o Encontro de Ibicaré-SC que será re-alizado no início da Semana Santa de 2015. Foi feito con-vite para o comparecimento de todos os ex-alunos, não só os do Sul, quanto também os de outras Regionais. Usou da palavra o encarregado das caravanas, Moacyr Peinado Martin, dizendo ser necessário consultar os Associados e pesquisar transporte adequado para a viagem até Ibica-ré. Indagados previamente sobre esse Encontro, diversos Ex-Alunos manifestaram o desejo de participar do referido Encontro. O Vice-Presidente, que conduzia os trabalhos, passou, em seguida, a palavra ao Diretor Espiritual, Pe. Manoel Ferreira dos Santos Jr., como item 7 da Pauta. Este iniciou sua exposição falando sobre a Província MSC de São Paulo. Exibiu vídeo sobre os trabalhos desenvol-vidos pelos MSC nas diversas frentes de atuação, dentro e fora do Brasil. Discorreu sobre a carência de religiosos para atender a grande demanda missionária da Província e, de modo geral, da Igreja. Comunicou a ordenação dia-conal de três seminaristas no início de dezembro próximo: Fernando Clemente, Girley e Rodrigo e falou sobre os No-viços em 2015. Respondeu perguntas de alguns dos pre-sentes, entre as quais a possível locação das instalações do prédio do IPN, em Itajubá. Concluiu recomendando aos ex-alunos que contribuíssem com a Pequena Obra, fonte de recursos para a formação de novos missionários e as-sinassem a Revista de Nossa Senhora (antigos “Anais”). Retomando a palavra, o Vice-Presidente agradeceu aos presentes e deu por encerrados os trabalhos. Eu, João Costa Pinto, Secretário “ad hoc”, lavrei a presente ata, que vai assinada por mim, pelo presidente da Associação, Dr. William Marinho de Faria e pelo Vice-Presidente, Dr. Mar-cos de Souza, que presidiu a sessão.

Pirassununga, 30 de agosto de 2014. (Seguem as assinaturas)

6 Novembro | 2014 Ata da Reunião de Diretoria - Pira - 2014

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INTER EX

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7Novembro | 2014Palavra do Leitor

Caro João, recebi, e agradeço, o Boletim de ju-

lho. Como sempre, muito bem feito, com textos interessantes. Gostaria de desta-car "40 Anos Depois...", do Antônio v. Junkes (que não cheguei a conhecer). Seu soneto está muito bem composto, a meu ver, e lembrou-me de outros so-

netos portugueses de sentido análogo. O artigo sobre Legião de Maria me lembrou a visita que fi z, em Dublin, em 1959, à igreja de S.Nicolau, onde nasceu a Legião de Maria. E lembrou-me também de Frank Duff, que tive ocasião de ouvir pessoalmente. Claro que as contribui-ções do Antonelli são sempre preciosas e divertidas. Diga a ele que tenho, em português, os três volumes de Winnetou e os dois de Old Surehand da Ed.Globo, de 1983 e 1984. Só não sei dizer se a tradução é a mesma, à qual ele faz reparos. O artigo do Raimundo Santana sobre o pintor Asperlagh é, além de erudito, uma crônica interessante da recepção que teve sua pintura em Itaju-bá. Pessoalmente, gosto muito dela. Não vou detalhar cada contribuição, cada qual bem escrita, o que honra a formação que tivemos em Pirassununga, em Ibicaré e em Itajubá.

Tenho uma curiosidade: o papel do Boletim é, pare-ce-me, de qualidade superior: não terá encarecido a impressão? E obrigado a você pelo noticiário, que nos mantém em contato com os acontecimentos da Pro-víncia.

Um abraço, com votos de muita saúde e paz, para você e a Família.

Geraldo José de [email protected];

Nota da Redação - Esclareci ao Geraldo Paiva que o papel utilizado na impressão do Boletim (126) não majo-rou o custo, em razão de uma promoção da gráfi ca e que esta imprimiu duas páginas coloridas centrais ao preço de uma só. Disse também que o próximo Inter-Ex poderá

voltar ao papel comum e ter só duas pá-ginas em cores, a capa e a contracapa.

Alfenas, 20 de abril de 2014Caros amigos: Gostaria que me en-

viassem a foto da página 6 do Inter Ex número 125 de março de 2014, onde me descobri na foto de 50 anos atrás. Estu-

dei em Pirassununga, de 1962 a 1969. Fui da primeira turma que tb estudou no IEEP. Fiz parte do time titular de Futebol (goleiro e centroavante), Vôley e atletismo. Pela equipe de Pirassununga, representando o Seminário, fi -quei em primeiro lugar nos 1.000 metros em 1968, no

P A L A V R A D O L E I T O R

oitavo aniversário de Brasília.Fundador junto com o Pe. Humberto Capobianco do

CJP-Comunidade de Jovens de Pirassununga. Fui Ceri-moniário, porteiro, cozinheiro, pintor (pintamos o seminá-rio inteiro), cuidei do cemitério, e fui eu que fi z o túmulo do Pe. Adriano. Fui aluno dos padres: Gusmão, Durval, Ser-gio, Humberto, Mário, Adriano, Luiz, conheci os irmãos João e Adriano. Meus colegas: Genésio, Laerte, o atual Pe. Bertazzi .... Marcão, Rosim, Laercio, Getúlio. Meu en-dereço e telefones: Av. Afonso Pena 815-Centro-Alfenas MG - CEP: 30.130.000 -Tel: (35) 3291.3655/9967.7033

E-mails: [email protected] e [email protected] / .... Minha vida no seminário é inesquecível, me lembro de tudo. Estou preparando um livro de Contos sobre a minha vida e estarei escrevendo um só de Con-tos da época do Seminário.

Alair de [email protected]

Nota da Redação - Cópia da foto solicitada foi remetida ao Alair em 21.04.14. Cabe lembrar que a foto citada foi--nos encaminhada pelo Nelson Turim, do Rio.

Mairiporã, 26 de julho de 2004Mui estimado amigo Tramontina,Ametur ubique terrarum Cor Jesu Sa-

cratissimumFiquei muito contente por receber sua

carta. Há muito tempo temos enviado o Inter-Ex para você utilizando o endereço de que dispúnhamos e sempre o correio devolveu ao remetente. Acho que agora

encontramos o caminho das pedras. Coisa boa!Diante de tanta devolução de correspondência, o atual

redator desse Boletim da nossa Associação de ex-alunos MSC disse-me que, por morar próximo, pretendia ir até São Caetano tentar localizá-lo em endereço bem antigo. Como vê, você continua muito querido por nós da velha guarda. Agora, não mais o perderemos de vista.

Tudo o que você tinha que fazer pela Igreja já o fez e fez muito bem e santamente. Deus já está satisfeito. A Congregação dos MSC, dispensando você da Escola Apostólica de Pirassununga, cometeu grave engano e perdeu a chance de ter em suas fi leiras um grande e san-to sacerdote. Verdadeira vocação não lhe faltava e disso eu sou testemunha, porque fomos contemporâneos e vi que por duas vezes tentou seguir em frente.

Chegou a hora de sua merecida aposentadoria. De-sejo que Deus a faça longa para que com saúde possa distrair-se na lida com suas galinhas e suas verduras.Envio-lhe um fraterno abraço

João Baptista [email protected]

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8 Novembro | 2014 Sete homens e um destino

Raimundo José Santana (1954-1961)

Sete homens e um destino

Corria o ano de 1960. Hollywood lançava o fi lme “The Magni-

fi cent Seven” (No Brasil “Sete Ho-mens e um Destino), um dos gran-des clássicos do gênero “western” com atores que se tornariam famo-

sos nessa década, como Yul Brynner, Steve McQueen, Charles Bronson, James Coburn, e, para coroar tudo, uma fantástica trilha sonora.

Nessa época, no IPN, apreciávamos muito os fi lmes de “cowboy” (que serviam de inspiração para, nos re-creios mais longos, brincarmos de “camanibói”). À noite, logo após o chá das nove, era comum ver algum aluno vestido a caráter se escondendo atrás das mangueiras, pulando calçadas, rastejando com algum pedaço de ta-quara entre dentes (imitando a faca de James Coburn), espolinhando-se na areia com algum graveto na cintura (à semelhança de um revólver no coldre) e rodopiando sobre os calcanhares entre touceiras de capim, como Winnetou ou Karl May, no velho oeste americano. Um ou outro, às vezes, exagerava nessa fantasiosa brincadeira e acabava se arranhando um pouco, tendo que procu-rar a enfermaria do Padre Adriano van Iersel. O menino Cláudio Faria, lá da Queimada (atual Marmelópolis), era obcecado por essa diversão. Era o nosso mais rápido pistoleiro; saía em desabalada correria pelo pátio, como um azougue espiritado, gritando: “camanibói” e prenden-do bandido à beça! O vigilante Irmão Francisco via aqui-lo, balançava a cabeça e sorria.

Mas nossa classe (a mais velha e a primeira Retórica da história do IPN) composta de apenas sete alunos, já no rol dos “maiores”, tinha que impor respeito e não par-

ticipava muito dessas “infantilidades”, que nós, os nesto-res, considerávamos brincadeiras típicas dos “menores”. Era o nosso último ano de IPN e levávamos tudo a sério. Tínhamos que nos preocupar já com o ano seguinte: o Noviciado em Itapetininga.

Certo dia, o Padre Antônio Cortez nos pediu que fi zés-semos uma trouxinha de roupa para dois pernoites em São Paulo. Iríamos ter uma entrevista com um famoso psicólogo paulistano: uma rotina normal, segundo ele, para os pré-noviços.

Ele emprestou, então, a Rural Willys do seu Dito Fer-reira (seu pai) e, nela esprimidos como sardinhas na lata, pegamos a Via Dutra em direção à capital paulista. Em Taubaté, a Rural teve o primeiro enguiço: algo errado no motor. Chegamos com algum atraso ao consultório do psicólogo. Era um casarão, ali na Rua Piauí, pertinho do Estádio do Pacaembu. Uma perfunctória, descompromis-sada e chocha entrevista. Éramos sete e cada um não fi cou mais que sete minutos com o psicólogo. Algo meio cabalístico. Até hoje não entendemos o porquê daquilo: a nosso ver, foi tão rápida e inconsequente essa entre-vista como um cara/crachá do Severino da Globo. Padre Antônio, então, terminado aquele teatrinho, sentenciou: “Hoje, já tarde, vamos dormir no Escolasticado em Vila Formosa; amanhã, dia livre, ou vamos conhecer o Semi-nário Menor de Piraçununga ou vamos conhecer o Porto de Santos, onde faremos o bota-fora do Irmão Francis-co Strackx que está indo de férias para a Holanda”. Não houve dúvida: como éramos cinco sul-mineiros no grupo de sete (certamente um tanto angustiados pela vida sob a clausura natural das montanhas da Mantiqueira), por maioria absoluta, optamos por descer a Via Anchieta e

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9Novembro | 2014Sete homens e um destino

conhecer o mar.Nem dormimos direito naquela noite, tamanha a ansie-

dade. Ao descer a Serra do Mar, no dia seguinte, logo de manhã, o carro pifou pela segunda vez: o motor estava esquentando demais! Mas nós, os mineiros, já pressen-tíamos, embevecidos, o mar, a vastidão do mar e, como os dez mil soldados de Xenofonte, também gritávamos: “Thalassa! Thalassa” (O Mar! O Mar!).

Esfriado o motor, chegamos ao Porto. Entramos no transatlântico e conhecemos a cabine do Irmão Chico. Para nós aquilo era uma novidade e tanto! Enquanto sa-boreávamos aquele mundo desconhecido, íamos esga-nadamente devorando sanduíches de mortadela. Logo depois, de afogadilho, como se estivéssemos ouvindo a música do “Sete Homens e um Destino”, voamos para a Praia Grande. Lá nos esbaldamos pra valer: pulávamos na água e nos espojávamos na areia, como se revivês-semos a segunda infância. Tudo muito corrido. Nem tive-mos tempo de tomar um banho decente. Por mais que nos espanejássemos, não conseguíamos extrair da pele aquela saburra pegajosa.

Já estava escuro quando retomamos a Via Anchieta para o regresso a São Paulo. E, no meio da serra, de novo, pela terceira vez, pifou a Rural. Padre Antônio, pa-ciencioso, pegou uma carona e retornou a Santos em busca de um mecânico. Nós fi camos ali, no acostamen-to, no escuro, vigiando o carro, solitários e jururus, com frio, fome e sede, com cara de paisagem, meditando (não sem uma pontinha de inveja), sobre a liberdade daque-les casaizinhos de banhistas que passavam alegres por nós, também retornando à Capital. Era um outro mundo que, de repente, se nos antojava ali belo e exuberante, ao qual não estávamos acostumados. A conversa com o psicólogo, na véspera, não nos alertara sobre as possí-veis consequências dessa descida à praia. O fato é que o sol brilhante, a praia quente, aqueles biquínis e aquelas águas iodadas açularam os demoniozinhos de Santo An-tão, que já, havia algum tempo, vinham nos mordiscando as beiradinhas do lombo. O mar revolto, o infi nito daque-la vastidão mexeu, certamente, com os nossos dezoito anos. Mas éramos ainda pré-noviços!

Duas horas depois, chegou o mecânico e diagnos-ticou: “problema no platinado”. Resultado: chegamos a Vila Formosa por volta da meia-noite. Embora cansa-dos, não quisemos pousar e pedimos ao Padre Antônio que achasse uma saída para a Via Dutra e seguíssemos viagem. Chegando a Aparecida do Norte, vendo que o Padre dormia ao volante e a Rural ziguezagueava pela pista, achamos mais prudente cochilar dentro do carro, por umas quatro horas, ali pertinho da Basílica Velha.

O sol já ia alto, quando, cheios de olheiras, chegamos esbofados, sujos e saburrentos a Itajubá. O Padre Cortez apreciava essas aventuras malucas! Em termos de pre-paração para o Noviciado, essa nossa ida ao psicólogo foi, por incrível que pareça, o “nec plus ultra” (o que hou-ve de melhor).

No fi lme “Sete Homens e um Destino”, todos lutaram até a morte!

Não foi o nosso caso, não chegamos a tanto, mas no IPN e no Noviciado, também houve muita luta! Até hoje reconhecemos o trabalhão que o Padre Antônio Cortez e os demais padres tiveram com essa nossa turma. Pa-rece que, se o ano de 1960 foi um ano de preparação

para o Noviciado, foi tudo em vão, um brutal fi asco. Ra-zão tinha, pois, o Padre Adriano van Iersel, ao nos repe-tir sempre que o importante era aprender para a vida e não apenas para a escola. Sete homens e um destino: todos fora da Congregação. Nosso grupo, na época, fi -cou famoso por ter levado essa goleada não de 7x 1 mas de 7 x 0. Uma lambada que nos deixou atordoados por muito tempo!

O Mestre de Noviços (ainda que mal comparando) não pediu a ninguém que atirasse a primeira pedra, como na narrativa bíblica da adúltera, mas o fato é que o casarão de Itapetininga, em 1961, praticamente acabou fi cando vazio: “Audientes autem unus post unum exibant, inci-pientes a senioribus, et remansit solus...” (Os que o ou-viam foram-se retirando, um após outro, a começar pelos mais velhos, e ele fi cou sozinho...). Parece que até foi coisa combinada. A saída do Noviciado deu-se, exata-mente, por ordem de idade (quase que mês a mês): Alk-mim, Pioker, Bibiano, Walter, Santana, Doljak e Signoret-ti. Como foi difícil, meus amigos, naquele famigerado ano de 1961, como foi difícil virar o disco, substituir aquela marcha fúnebre da saída de um mundo de sonhos pela trilha sonora do “The Magnifi cent Seven” da entrada em um mundo real extramuros!

Singela homenagemo dia 6 de outubro, Raimundo José Santana e sua esposa Ivone e João Costa Pinto compa-

receram ao Centro Histórico do Mackenzie, para o lançamento, em coautoria, da 3ª. Edição - revista e ampliada - da obra “Linguagem Jurídica e Argumen-tação”, Teoria e Prática, da Editora Atlas, São Paulo, pelos professores Fabio Trubilhano e Antonio Henri-ques, Ex-Aluno MSC. Antonio Henriques é Doutor em Filologia e Língua Portuguesa pela USP, ex-professor de Língua Portuguesa da FMU, do Colégio Bandei-rantes (SP) e da Rede Ofi cial de Ensino (SP).

Nossos calorosos cumprimentos ao Prof. Antonio Henriques, que demonstra vigor e disposição para continuar ensinando e, ao mesmo tempo, lançar no-vas obras literárias, com a invejável e abençoada ida-de de 90 anos.

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• Pirassununga como sempre um grande sucesso. • Em Ibicaré-2015 as leitoas assadas, especialidade da casa, não faltarão. Vamos ver se desta vez os pau-listas virão com sua força total. • Gostaríamos que o Pe. Humberto Capobianco presti-giasse esse encontro. • Lupo da Gubbio, gostei de seus comentários na revis-ta. “Estou mais forte que palanque no banhado", mas isso não impede que - aliás o vi comendo num encon-tro - pelos cantos da boca, não era mel, mas sangue que escorria, com os dentes escancarados - e a carne era até bem passada - aquilo me fez arrepiar as axilas. No fundo vc se parece com um alfarrábio grafi tado nas tumbas de faraó. • Parabéns aos editores do inter ex 126, o material usado foi de alta qualidade digno de um revista de alta classe. • agora a novidade é melhor ainda, pois diminui custos e todos terão acessomais fácil e rápido à REVISTA DIGITAL. Parabéns e aprovado!

• Junkes cada vez mais me convenço que vc é o Eucli-des da Cunha re-encarnado. • Também gostei demais do HINO DOS EX ALUNOS criado por SEBASTIÃO MARIANO. A letra foi bem fei-ta, fácil de cantar e memorizar. • Como desta vez não estive em PIRA, meus infor-mantes se calaram. • Restou apelar para o Facebook que está esquentan-do cada vez mais. • E quem anda colocando lenha na fogueira é o Jerô-nimo Rocha que não deixa passar nada. Suas fotos revelam saudades e segredos e o Zezo Módena e o Martinello curtem todas. • O José Albuquerque foi feliz ao postar a música "Lá-grimas do Paraiso", muito linda. • Outro que gosta muito de comentar, postar e curtir é o José Zambiasi. • Jerci Maccari, vc se APAGOU UM POUCO. Poderia postar suas novas pinturas e alguns vídeos de sua or-questra. • Quem não foi ao passeio na Aeronáutica de Piras-sununga perdeu. A aviação é impressionante e quem gosta de aviação não pode perder o museu da avia-ção em São Carlos, ver os aviões recuperados da 2ª guerra e outros, mais de 100. Jamais esquece. • VAMOS TODOS AO PRÓXIMO ENCONTRO EM IBI-CARÉ.

10 Novembro | 2014 O Sombra

O SombraO Sombra

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Alberto José Antonelli (1944/1956)

11Novembro | 2014Diante da gruta

Alunos a caminho do Sítio

s alunos da turma dos Meno-res, após uma semana, vol-

taram para o colégio. Recomeçou o barulho, a correria pelos pátios. Felizmente para nós, os Maiores, isto já pouco importava: estávamos de saída para o sítio. Seria uma ca-minhada de treze quilômetros, não

pela estrada plana de terra (hoje asfaltada), mas subindo o morro, usando as trilhas no pasto deixadas pelo gado. Atualmente, olhando ao longe, lá podem avistar-se as torres emissoras de televisão. – Sentíamos curiosidade: iria acompanhar-nos um sacerdote recém-chegado da Holanda, futuro professor de inglês. Seu nome correto, mas nunca usado: Pe. Adriano Tem-ming. Entre nós fi cou conhecido como Pe. Lourenço. A tradição do colégio exigia que, antes de qualquer viagem, pedíssemos a proteção divina. Coisa simples, gostosa: reunidos em frente à gruta de Nossa Senhora, cantávamos o “Sub tuum praesidium”. Mais com-plicado fi caria uns anos depois, para aqueles que, prosseguindo nos estu-dos, chegassem ao Escolasticado de Vila Formosa. Como fi lósofos ou teólo-gos, ou mesmo como padres, éramos aconselhados a recitar o “Itinerarium”, do latim Iter, caminho. Nesta ora-ção, tirada do Breviário, encontra-se uma série de An-tífonas, Salmos, Invocações a anjos e santos, seguida de alguma leitura ad libitum, usada como meditação no trajeto. Prática piedosa, sem dúvida, só que... tão longa! Provavelmente neste tempo nenhum dos Escolásticos se iludia pensando que orações “ao quadrado” trouxessem proteção divina ao quadrado. Um gênio de então citou isto numa alusão extemporânea ao teorema de Pitágoras. O fato que eu me lembro, é que umas poucas vezes no pátio do Escolasticado, em conversas descontraídas, surgia o assunto: por que ocorreram tantos acidentes graves com nossos padres? Não rezavam o Itinerarium? Referiam-se a algumas mortes e desastres então ocorridos. Estariam acima da média? Davam opiniões: os padres se movimen-tam muito pelas paróquias. Ou: por não terem esposa e fi lhos, talvez não sejam tão cuidadosos. Provavelmente estas “premissas” usadas em seus raciocínios estariam todas erradas. Tais acidentes estavam dentro da média geral. Para nós pareciam extraordinários pelo simples fato de ocorrerem com pessoas nossas conhecidas e amadas: chamavam mais a atenção. Vale lembrar como, naqueles anos, década de cinquenta, o número de membros MSC era maior que hoje em dia. Espalhavam-se por várias pa-róquias dos diferentes estados brasileiros. Mais gente, mais viagens, mais ocorrências.

Voltando ao colégio de Pirassununga, na tarde quente de dezembro, ao lado da gruta, alguns seminaristas pro-curavam abrigar-se do sol na sombra das folhagens ao redor. Outros afastaram-se alguns metros, procurando

Diante da gruta

fi car sob o abacateiro (junto ao galpão), ou debaixo da-quele saudoso pé de mexericas, que havia na escada. O padre não aparecia. Um aluno da Retórica abaixou-se e abriu o registro do tanquinho. O jato iridescente de água subiu alto, molhando quem estava distraído ao redor. Surgiram piadas, caçoaram. Peixinhos prateados se agi-taram. Sabíamos que um rapaz que pretendia ser Irmão leigo cuidava daquela gruta. Ele morava no seminário e tomava as refeições com os outros que também faziam seu noviciado. Mais tarde desistiu.

Após uns vinte minutos apareceu o padre holandês. Batina preta, carregava uma sacola de couro pendura-da nos ombros. Alto, musculoso, olhou com curiosidade a turma de alunos. Parecia não saber o que fazer. To-dos o fi tavam em silêncio. Esforçando-se para encontrar palavras, fez um gesto que ninguém entendeu. Silêncio. No fi m, ele decidiu-se: “vós comezzar ... ora..zzaaooo”. Todo mundo sorriu do português inesperado. Um gaiato lá no fundo repetiu em voz alta: “vós comezzar ora..zzaa-ooo!” Risos, silêncio. Tentando novamente, o padre ape-lou para a língua francesa: “s´il vous plait, commencez la prière!” Desta vez funcionou. O aluno da Poesis, até hoje com voz linda, então nomeado “puxador de canto”, entoou: “sub tuum praesidium confugimus”. Tensão ali-viada, o grupo inteiro prosseguiu com força: “sancta Dei Genitrix”... Ainda tenho este canto na memória, junto com dezenas de outras melodias gregorianas. Dou-lhes mais valor atualmente, do que quando era seminarista.

Saímos em bloco pelo portão lateral, o mesmo que toda tarde, após a janta, nos levava recitando o terço pela chácara. Dois grupos se formaram: o maior, com uns trinta alunos, apressou o passo em direção ao mor-ro, que divisávamos ao longe. Lá seria obrigatório parar e esperar os últimos chegarem. Menos sanguíneo, num grupo pequeno, eu preferi acompanhar o padre novo. Ele arregaçara a batina, prendendo-a com o cordão que tra-zia à cintura. Mostrava a calça preta “três quartos” e um sapatão pesado que provocou comentários: ”coitado, vai sofrer”. Outro aluno mais específi co: “sapatão de neve”... O padre imprimiu um passo rápido e tivemos que acom-panhá-lo: proibido fi car atrás. Nós, porém, ex-alunos, que sete décadas depois relembramos coisas agradáveis, aqui podemos parar. Antes porém, uma lembrancinha para aqueles fi lósofos sabidos do escolasticado: “pou-quoi tant philosopher, alors qu´on peut chanter?”

O

Pe. Adriano Temming

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12 Novembro | 2014 40 anos depois ... XI Soneto de Natal

ais uma vez, ante o tempo exíguo, incerto e huma-namente incontrolável, vali-me de antigos alfarrá-

bios para colaborar com o presente Inter-ex. Desta feita, folheando arcaicas páginas, amarelecidas pelo mesmo tempo inexorável que não me concede tempo sufi ciente, deparei-me com um soneto que compus nalguma ma-drugada longínqua da qual nem mesmo me lembro mais. Todavia, foi publicado pelo jornal Gazeta do Povo, num desses Natais enterrados, mas não esquecidos, nas né-voas do passado.

Paz para todos é o que mais almejo, leiam ou não, mais este meu palavrório. Entretanto, se lido com atenção, ver-se-á embutida explicitamente nele a di-fi culdade extrema de se acreditar naquilo que não se viu. O ‘ver’ e o ‘enxergar’ têm sentidos amplos, pa-recidos, mas diferentes. Em meu ver poético, e que utilizo nestes versos, o ‘ver’ tem signifi cado de apenas ‘conhecer’, por curiosidade, talvez. Em meu enxergar poético, contudo, existe algo mais além do ‘ver’, ou

40 Anos Depois ... Capítulo XI Soneto de Natal

Antonio Valmor Junkes (58 - 64)

seja, ‘ver mais longe’, ‘pressentir’. Posto isso, tenho imensa admiração por aqueles que crêem até a última instância, e que morreriam por isso, tal qual aquele menino, que veio ao mundo em Belém, que cresceu em Nazaré, ensinou somente o Bem, e cumpriu o seu destino, de morrer por uma fé.

Ah! Como eu quisera enxergar!

Antecipadamente, Feliz Natal!!! Ou, em idioma natali-no, Frohe Weihnachten!!!

Aproveito o ensejo para desejar a todos um próximo ano venturoso. Então, “Glückliches Neues Jahr”, “Joyeux Nouvel An”, “Buon anno” e, para que ninguém fi que de fora, “Feliz Ano Novo”!

Ver-nos-emos, quem sabe, em Ibicaré[email protected]

Soneto - Opus 160Soneto do Natal

O nascido em Belém, em madrugadasalpicada de estrelas do Oriente,veio ao mundo ensinar a toda genteque a vida, sem amor, não vale nada.

A quem quis vê-Lo, apontou a estrada,e quem só O enxergou, seguiu em frentesem entender porque se é diferenteao dar-se a face a uma outra bofetada.

Se Ele é, ou foi, Filho de Deus, ou não,mas se ensinou pedir e dar perdão,indubitavelmente, é divinal!

Então, àqueles que piamente crêem,e aos que, mesmo enxergando, nada vêem,desejo a todos um Feliz Natal!

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13Novembro | 2014Ainda a velhice

ara tranquilizar o leitor, não vou discorrer sobre a mi-nha velhice, mas sobre a velhice, em geral, após ler

um tanto a respeito do assunto. Assim, li “en passant” (ra-pidamente) o livro de Simone de Beauvoir (dois volumes com um total de 653 páginas), com o título: “A Velhice”. Trata-se de uma visão antropológica da velhice, dos tem-pos primitivos até 1960. É uma visão pessimista, pois até mesmo nos países socialistas, os idosos são abandona-dos, o que acontece ainda agora na França, por exemplo.

Curtius, em seu alentado trabalho sobre a Idade Mé-dia, informa que desde o século II corria a expressão: “O menino e o ancião”: o “puer senilis” e o “puer senex”, a saber, o entrelaçamento da prudência do ancião e a in-teligência do jovem. Os derivados do latim vetus (velho), de origem rústica, trazem ideia de deterioração ao passo que senex indica apenas classe oposta a juvenis. A ex-pressão latina aquilae senectus referia-se à velhice ativa, com disposição de juventude.

Norberto Bobbio, em seu livro “O tempo da memó-ria”, no capítulo sobre a velhice (De senectute), insiste que a lei da vida é mudar; daí, que a inércia é sinônimo de morte, razão por que os geriatras recomendam ao idoso o exercício contínuo de atividade. Pode-se con-cluir da leitura de Bobbio que não só a juventude é a época do “carpe diem” (aproveita-te do dia); mesmo na velhice há rosas para colher porque sempre há com que se dedicar.

Ainda a velhiceAntonio Henriques (37-52)

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Também li o livro “O sujeito não envelhece” da psica-nalista Ângela Mucida. Para ela, “o cerne da questão é o sentimento da velhice e não a velhice em si mesma”; “entra-se na velhice quando se perde o desejo que não tem idade”. A questão é, assim, saber vestir o desejo. A autora ressalta a “presença do outro” na vida dos velhos; para ela, o termo francês “vieux” (os velhos) é composto de “vie” et “eux” (a vida e os outros).

Foi também neste livro que encontrei a expressão “es-tádio do espelho” (expressão usada por Lacan em 1936: “le stade du miroir”) e “estádio do espelho quebrado”. O “estádio do espelho” é o momento em que a criança se vê no espelho, se reconhece e se abre para a vida; trata-se, a meu juízo, de uma etapa de progressão, de visão prospectiva.

Já o “estádio do espelho quebrado” é a ocasião em que o velho se reencontra no espelho e se reconhe-ce como tal com a visão da calvície, da progressão das rugas, da flacidez da carne. Percebe-se, então, a visão retrospectiva, pois o mundo dos velhos é o mundo da memória e a sua dimensão é o passado. Os velhos somos todos “laudatores temporis acti” (louva-dores do tempo ido) e vêm-me à memória os versos de Paul Verlaine:

“[...], Quand Sonne l’heure, Je me souviens Des jours anciens Et je pleure.”

Érico Veríssimo em “Solo de clarineta”, livro de me-mórias, primeiro volume, dialoga com o espelho que ele chama de calendário implacável. O espelho está quebra-do para Mário Quintana:

“Se por certo surpreendo no espelho: quem é esseQue me olha e é tão mais velho do que eu?Porém, seu rosto... é cada vez menos estranho...Meu Deus, meu Deus... PareceMeu velho pai – que já morreu!Como pude fi carmos assim!”

Quebrado está o espelho de Cecília Meireles:

“Em que espelho Ficou perdida A minha face?”

O espelho dos idosos msc não está quebrado, pois temos uma perspectiva futura, mesmo que cônscios de nossa fi nitude; nosso mundo não termina aqui: muda-se a vida, ela não nos é arrebatada.

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os tempos de nossa afl itiva adolescência, coisas simples me proporcionavam sensações de encan-

tamento. Os jogos de futebol, aos sábados, na chácara ao lado do seminário, de onde voltávamos extenuados para o chuveiro de água fria, era uma delas. O futebol era um momento muito esperado, quase como uma necessi-dade física. Deixávamos lá as energias acumuladas du-rante a semana. Prudentemente, os padres nos obriga-vam a fazer exercícios físicos, cumprindo o lema “mens sana in corpore sano”. Logicamente a razão deveria pre-valecer sobre os impulsos do corpo. Pois, na formação de um ser puro, buscava-se a sublimação dos instintos. A prevalência dos sentimentos de amor sobre os impulsos do corpo. Eram os fundamentos convencionais com que se revogava pura e simplesmente a atração física entre homem e mulher, singelamente esculpidos na fragilidade da carne, fraca em todos os sentidos. Nesses tempos, tentações contra a castidade eram penosas, até na clau-sura das mais sofridas santidades.

Porém, nem a demonstração de irrelevância dos ins-tintos e da suposta inexistência de atrações físicas entre homens e mulheres, livrava os politicamente corretos de fazerem fi la nos confessionários após as visitas domini-cais à cidade. Não que tivessem algum contato intimo com o sexo oposto, mas o simples vislumbre de um joe-lho descoberto ou um fl ash de visão de um seio a mos-tra por descuido ou por malicia, despertava os impulsos carnais. Com o pagamento das duras penas, todos eram absolvidos dos pecados e, assim, fi cavam aptos para a reincidência na semana seguinte.

Lembro-me de que, nas primeiras férias na casa com meus pais, ouvi severas recomendações para que man-tivesse o bom comportamento e fugisse do assédio das coisas do mundo, principalmente das mulheres; descritas como messalinas orientadas por demônios decididos a le-var para o inferno a alma dos moleques excitados pela luxuria ou, no melhor dos casos, transforma-los em esta-

14 Novembro | 2014 Santo futebol

Luiz Carlindo Maziviero (1960-1971)Santo futebol

tuas de sal. Graças a essa educação e aos freios normais da moral da época, era possível manter um grupo de ho-mens, em ambiente fechado, com tolerância e harmonia.

No entanto, quando entramos no seminário sabíamos que a vocação estava intimamente ligada ao celibato. Que isso implicaria na renuncia à prática sexual e, por conseguinte ao casamento. O tempo vivido na instituição era um período de prova no qual se aprendia a guardar o celibato, sublimando a sexualidade.

Nossa formação, porém, era mais ampla e não se restringia a dimensão humano-afetiva. Contemplava também a vida comunitária, a formação espiritual e a for-mação intelectual.

Após o seminário menor, em contato com a fi losofi a moderna, altamente corrosiva para a tradição cultural e religiosa, vieram os questionamentos e as primeiras "crises de fé", que se somaram aos envolvimentos e descobertas afetivas. Na maioria dos casos a razão foi abatida pelos instintos. Entretanto creio que no seminá-rio construímos uma base humana sólida e saudável, onde adquirimos muitos conhecimentos, aprendemos a educar os sentimentos, cultivar relacionamentos sociais altruístas e uma convivência fraterna e harmoniosa com amizades sadias.

Ainda há em nós uma atração que nos leva anual-mente ao ponto de partida, Pirassununga.

N

1963 COM A VELHA CAPELA DO ROSÁRIO AO FUNDO À ESQUERDA PADRES ANTONIO GUSMÃO E HUMBERTO CAPOBIANCO

SEMINÁRIO – 1962 EM PÉ: RAIMUNDO, ZÉ MARIA, CÂNDIDO, RAUL, PAVÃO, MEROVEU E FERRAREZZIAGACHADOS: OLEGÁRIO, ILDEFONSO, HOLANDÊS E VICENTE

INTER EX

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15Novembro | 2014Fotofocando

Vilmar Daleffe (1959 - 1965)FOTOFOCANDO

Famíliasem

destaque

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16 Novembro | 2014 Viajando de trem

Cláudio Carlos de Oliveira (1959 - 1965)

Viajando de trem

ara nós, do interior de São Paulo, que estudáva-mos em Itajubá, as férias escolares eram espera-

das com muita expectativa, não só pela oportunidade de rever nossos familiares, como também pela aventura da longa viagem, geralmente de trem, do Sul de Minas até Pirassununga. Nos anos sessenta, o trem ainda era um meio de transporte popular, seguro, muito procurado e, principalmente, barato.

Logo no início das férias, arrumávamos as malas e nos dirigíamos à estação ferroviária de Itajubá, onde bem cedinho, embarcávamos num trem da Rede Minei-ra de Viação - R.M.V. - apelidada, carinhosamente, por nós, de Relincha Mula Velha ou de “É Ruim Mais Vai”. O irmão Francisco Strackx, sempre de olho em tudo, nos

acomodava num va-gão reservado. Dado o apito longo e agudo da partida, característico das locomotivas mo-vidas a vapor, só nos restava ter muita paci-ência, porque a viagem seria longa.

Bem devagar, os vagões começavam a se movimentar, desli-zando pelos trilhos ain-da úmidos pelo orvalho da madrugada. Sendo

uma região montanhosa, muitas descidas e subidas aguardavam a velha locomotiva. Com mais velocidade vencia as descidas e devagar, quase parando, avançava pelas subidas. Às vezes, a fumaça e as faíscas expeli-das pela locomotiva eram vistas pelas janelas do nosso vagão. Alguns diziam até que os mineiros ricos, porém modestos, não gostavam de viajar de trem, porque as faíscas entravam pelas janelas e chamuscavam seus ternos de linho. Como não éramos mineiros ricos, nem estávamos de terno de linho, as faíscas não nos pre-ocupavam. A cada apito, sabíamos que uma pequena Estação se aproximava e o trem parava para desembar-car e embarcar passageiros. E as paradas se sucediam: Pouso Alegre, Ouro Fino, Borda da Mata e outras. Às vezes parava também para apanhar água numa fonte no barranco que beirava a linha férrea. Pelas janelas, como que num fi lme, via-se a paisagem de vegetação baixa, ora verde, ora seca, que vestia as encostas das montanhas.

Sentado, em silêncio, o irmão Francisco, depois de várias tentativas, conseguia acender o seu inseparável cachimbo. A primeira baforada saiu pela janela e foi se misturar lá fora com a fumaça da locomotiva. E a “É Ruim Mais Vai” ia mesmo, uai! No fi m da manhã, já estávamos cruzando a divisa do Estado de Minas com São Paulo. Logo chegávamos em Sapucaí, onde passávamos para uma composição da Cia. Mojiana de Estrada de Ferro. Movida a diesel, sua velocidade era maior, não expelia fumaça e seu apito longo e grave era bem diferente do da locomotiva movida a vapor. A paisagem que apreci-ávamos pelas janelas já não era mais a mesma. Havia poucas montanhas e muita planície.

No longo trajeto até Campinas, muitas paradas em pe-quenas cidades eram esperadas. Numa dessas paradas, para surpresa de todos nós, entrou um grupo de ciganos com homens, mulheres e crianças, em trajes típicos, bem coloridos e folgados para o corpo franzino de todos eles. Traziam sacos de pano sujos e cheios de latas, panelas e tachos de cobre. Entraram e foram se acomodando em alguns bancos próximos aos nossos. Comunicavam-se numa língua estranha. O irmão Francisco tudo obser-vava, com serenidade. Assim que todos se sentaram, o mais velho de todos logo retirou do meio de suas tralhas um cachimbo grande, artisticamente enfeitado com fi letes dourados e se pôs a fumar. O Irmão Francisco não de-morou e logo fez o mesmo. Daquele momento em diante, não éramos mais acompanhados pela fumaça da loco-motiva, mas pela fumaça dos dois cachimbos. O velho cigano, com hábitos nem sempre bem vistos por nós, a cada baforada que tirava de seu cachimbo enfeitado, dava uma cusparada no assoalho do vagão. As crianças pobremente vestidas corriam e pulavam pelo vagão, ti-rando o sossego de nossa viagem. Ainda bem que nin-guém teve a iniciativa de pedir às ciganas para lerem nossas mãos, porque boas previsões não poderiam vir delas. Enfi m, entre baforadas de cachimbos, cusparadas do patriarca cigano e apitos da locomotiva, chegávamos em Campinas, no início da noite, onde embarcávamos num trem da Cia. Paulista de Estradas de Ferro com des-tino a Pirassununga.

Além dessas viagens de férias, íamos de trem tam-bém para São Lourenço, cujo trajeto era bem menor e também muito divertido. O trem, que, no passado, tra-zia alegria e novidades para cada Estação onde para-va, hoje está desativado nos velhos galpões das redes ferroviárias, porém seus apitos continuam ecoando em nossa memória.

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Irmão Francisco Strackx

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azendo uma retrospectiva de nossos caminhos, res-tam as lembranças de instantes que vivemos e que

parecem envoltos por uma névoa da invisível passagem do tempo. O tempo presente sempre traz a ilusão da eternidade, como se fosse uma sequência de momentos

17Novembro | 2014O tempo

O TempoBreve retrospectiva

Luiz Carlindo Maziviero (1960 - 1971)

perenes, que nos conduzem a um futuro infi nito. Quando éramos jovens, essa ilusão era quase absoluta. Nossa preocupação era tão somente estudar, sem uma visão clara do futuro. Tínhamos um objetivo, que era o sacer-dócio, porém parecia tão distante e abstrato. A vida nos acenava para a felicidade. No entanto, essa juventude nos abandonou, lenta e continuadamente, em movimen-tos invisíveis. Foi-se em passos despercebidos.

De repente, num certo momento da nossa existência, aparecem as dores causadas pelas perdas, ausências e recordações, e aí, a imagem real nos choca como se estivéssemos diante da tela de um espelho. Alguns ten-tam voltar atrás, numa tentativa de parar o tempo. Es-perneiam e querem se esconder da vida. Vem o desejo de recomeçar tudo; de repetir os bons momentos, repa-rar erros cometidos, afastar-se das horas amargas, viver cada segundo perdido, calar a palavra indevida, viver a vida intensamente, ainda que tais esperanças mostrem que não vale a pena o esforço.

Infelizmente, outros caem nas armadilhas do tempo, deixando-se arrastar sem rumo pela enxurrada das cir-cunstancias vazias. Como que esterilizados pela perda dos valores que recebemos, sem informações e sem aju-da, perdem também a fé e o idealismo. Alimentam-se das banalidades comerciais, que anestesiam seus sentidos e a esperança de viver.

A esses colegas que sentiram as dores da mocida-de tragicamente ferida, os nossos encontros anuais pa-recem dar um alento e amenizar o sofrimento do tempo que passa.

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Pai NossoSe em minha vida não ajo como fi lho de Deus, fe-chando meu coração ao amor, será inútil dizer: PAI NOSSO Se meus valores são representados pelos bens da terra, será inútil dizer:QUE ESTAIS NO CÉU Se penso apenas em ser cristão por medo, supersti-ção e comodismo, será inútil dizer:SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME Se acho tão sedutora a vida aqui, cheia de supérfl u-os e futilidades, será inútil dizer:VENHA A NÓS O VOSSO REINO Se no fundo o que eu quero mesmo é que os meus desejos se realizem, será inútil dizer:SEJA FEITA A VOSSA VONTADE Se prefi ro acumular riquezas, esque-cendo os irmãos que passam fome, será inútil dizer:O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DAI HOJE Se não importo em ferir, injustiçar, oprimir e magoar

aos que atravessam o meu caminho, será inútil dizer:PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO Se escolho sempre o caminho mais fácil, que não é o caminho do Cristo, será inútil dizer: E NÃO ME DEI-XEIS CAIR EM TENTAÇÃO Se procuro os prazeres terrenos e se tudo o que é proibido me seduz, será inútil dizer:LIVRAI-NOS DO MAL

Se sabendo que sou assim, continuo me omitindo e nada faço para me modifi car, será inútil dizer: AMÉM

Autor desconhecido

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18 Novembro | 2014 Destaques de Sábado e Domingo

Após a Reunião e a sopinha do sábado à noite, pudemos ouvir a Banda Municipal de Pirassununga, que executou com competência e galhardia

vários hinos e canções, inclusive o belo hino ofi cial da cidade.

Na Capela de São José, em restauração, o Provincial, Pe. Manoel, presidiu a Celebração Eucarística e transmitiu rica mensagem aos Ex-Alunos e Familiares.

Cumprida a programação do sábado, partimos domingo logo cedo rumo ao Sítio São José do Barrocão.

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19Novembro | 2014Destaques de Sábado e Domingo

Após a Capela, “Vamos às fotos”

Não demorou quase nada, e já era hora do rango

Belezura com sua voz forte conduziu o leilão das prendas.

Em seguida a equipe

dos brindes entrou em

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20 Novembro | 2014 Balanço do 68o Encontro de Pirassununga

Balanço do 68o. Encontro de Pirassununga - Agosto de 2014

DESPESASBuffet 6.000,00Arranjo Musical 300,00Refrigerantes para os músicos 83,00Vídeos 83,00Impressão do folheto da Missa 130,00Gastos em supermercados 332,08Aquisição de brindes 911,05Picolés e caipirinha 635,00 Total: 8.671,13

Observação: defi cit de R$ 1.273,13 coberto por mensalidades recebidas no Encontro, no valor de R$ 2.136,00.

Araras, 2 de outubro de 2014Paulo Barbosa Mendonça - Tesoureiro

RECEITA Recepção 5.980,00 Comissão do artenasato 184,00Venda de CD´s 390,00Leilão 844,00Total: 7.398,00

Momentos de descontração

Momentos de fé

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Notícias da Província de São PauloJoão Costa Pinto (1953 - 1966)

PALAVRA DO PROVINCIALEm sua homilia de posse do segundo mandato, as-

sim se expressou o Pe. Manoel, Superior Provincial re--eleito: “Confi ante na graça e na misericórdia de Deus, hoje assumo por mais três anos a coordenação de nos-sa querida Província de São Paulo. Deus mais uma vez, na sua infi nita bondade, como fez em Nazaré com Ma-ria, olhou para a humildade deste seu servo. Esta pare-ce ser em todos os termos a pedagogia de Deus: olhar para a nossa humildade e confi ar nela. Eu também quero dizer o meu “sim”, como Maria, reconhecendo “Eis aqui o servo do Senhor, faça-se em mim segundo a tua Santa Vontade”. E ao dizer “servo do Senhor” me coloco ao pleno serviço de meus confrades e de toda a Congregação.”

Prosseguindo, o Pe. Provincial faz menção à sua missão, prevista nas Constituições, de coordenar Pro-víncia, com sua história de 68 anos, à responsabilidade social da Província, e à sua presença missionária nos Estados de São Paulo, Minas, Piauí, Maranhão, Ceará, Amazonas e em terras equatorianas. Fala também do

Dia 25 de maio foi celebrada a grande Festa do Jubileu de 75 anos do Santuário de Vila Formosa, como paróquia. Impressio-nante e maravilhosa reunião de fi éis tor-nando evidente sua fé

na poderosa intercessão de Nossa Sra. do Sagrado Coração, Serva do Senhor. Tudo começou muito cedo com a movimentação da Equipe de Recepção dos Romeiros nas ruas da Vila Formosa para rece-ber os romeiros. A cada caravana que chegava, os ro-meiros eram acolhidos com muita festa. Iniciou-se às 6:30hs o primeiro momento especial de homenagem a Nossa Senhora, com música e oração, seguido da primeira Missa, celebrada pelo Pe. Benedito Ângelo Cortez. Após a celebração eucarística, os fi éis foram chamados para a memorável procissão, todos cami-nhando ao lado da imagem de Nossa Senhora.

FESTA DE NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO

desejo de assumir missão nas periferias das grandes cidades e de sua atuação em paróquias e santuários, em colégios, na Formação de novos missionários, na colaboração junto à Jus-tiça e Paz. O Pe. Manoel salientou também que os últimos três anos foram marcados por perdas e reconstrução. Confrades novos nos deixaram: padres Bertasi e Antonio Car-los. Também nos deixaram alguns idosos que ain-da serviam e animavam nossa comunidade (padres Arlindo, Romeu, José Maria, Godofredo, Francisco Janssen e o Irmão Antonio). A reconstrução se dá pelo número de vocações. Deus tem sido generoso conosco enviando-nos vocações para o serviço de nossa missão. Finaliza com um agradecimento ge-ral aos organismos provinciais e aos confrades. Sabe que não estará sozinho e pede orações para cumprir sua missão.

Na celebração solene das 10:30hs, os bispos MSC, Dom Fernando Panico e Dom Ricardo P. Paglia, mo-tivaram os presentes com belas palavras de louvor a Deus e do signifi cado do título de Nossa Senhora do Sagrado Coração. Logo depois, no Santuário, crianças, jovens e adultos da Comunidade realizaram a coroa-ção de Nossa Senhora, apresentando coreografi as com música e dança, festejando o Grande Jubileu. O Pe. Air José de Mendonça, MSC, pároco e reitor do Santuário, foi homenageado num gesto de agradecimento e de incentivo à sua missão sacerdotal.

Festa de Nossa Senhora da Agonia.O Santuário estava repleto de romei-

ros. Estes, caminhando, acompanharam as Sete Dores de Nossa Senhora e depois participaram da celebração eucarística. No fi nal da celebração, houve a cerimô-nia da coroação de Nossa Senhora, pre-parada pela Ir. Maria José e a participação das crianças da Escola dos Meninos (ex--Granja Wenceslau Neto). Ver NR2.

Santuário N. Sra. da Agonia Itajubá-Brasil

21Novembro | 2014Notícias da Província de São Paulo

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1. Levar em consideração as vocações adultas e que se implante, aos poucos, acompanhamento vocacional apropriado a essas vocações, avaliando-se também a viabilidade de um Propedêutico próprio.2. O Capítulo reconhece que os “seminários gran-des”, diante da realidade da formação nos tempos de hoje e do número de candidatos, já não cumprem mais sua vocação de Casa de Formação. São neces-sários estudo e possíveis encaminhamentos. Ficou recomendado não alienar os respectivos patrimônios.3. Quanto à formação unifi cada no Propedêutico e Postulantado, o Capítulo vê como positiva, mas acha cedo para mudar a rota. Portanto, fi que como está, mas com avaliação periódica.4. Seja encaminhada pelo Provincial “circular norma-tiva” sobre o uso do hábito religioso, reservando-o, se for o caso, para depois da Profi ssão Perpétua. E o “clergyman” seja usado só após a ordenação diaconal.5. Que a nova Administração trabalhe com bastante ênfase a relação entre a pastoral vocacional, a forma-ção e a missão. Principalmente trabalhar com cora-gem profética a abertura para a missão intercultural. Além de fomentar alguma missão intercontinental, que se pense numa missão na periferia da Zona Leste de São Paulo. Costuma-se esperar vocações novas e novos membros para depois encarar novos desafi os missionários, mas o Papa Francisco pede que a Igreja saia em missão. Esta possui uma força extraordinária de convocação.6. Dar ênfase à Congregação, tanto no âmbito da Formação, quanto da Missão, evitando-se focar so-mente o provincialismo. Dar abertura a um diálogo mais denso e objetivo com outras Províncias MSC re-

Diversas recomendações do 25o Capítulo da Província de São Paulo, realizado em Pirassununga, de 5 a 9 de maio de 2014.

forçando os laços de Formação e Missão em comum. 7. Fica aprovada a locação dos prédios do IPN, re-servando-se uma parte do terreno, ao lado da Capela, para uso da comunidade. Construir futuramente um centro pastoral com ajuda fi nanceira da Província. O Provincial deve obter permissão para a mudança geo-gráfi ca do Noviciado, antes da decisão fi nal.8. É aprovada a proposta de mudança na Revista de Nossa Senhora, devendo os responsáveis sempre le-var em conta o carisma, a espiritualidade e a devoção para abranger a diversidade de vida e da missão MSC.

Posse do Provincial e do novo Conselho Provincial

No dia 20 de junho de 2014, às 10h00, no Santuá-rio das Almas, na sede da Província de São Paulo, foi celebrada a Missa Cerimonial da posse do Pe. Pro-vincial, Pe. Manoel, por mais três anos. Assumiu suas funções também o Conselho, eleito, da Província, as-sim composto: Pe. Edvaldo Rosa de Mendonça, Vice-

22 Novembro | 2014 Notícias da Província de São Paulo

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-Provincial, Pe. Luiz Carlos Araújo Moraes (2º Con-selheiro), Pe. Júlio César Machado (3º Conselheiro) e Pe. Alex Sandro Sudré (Secretário do Conselho).

Algumas transferênciasa) O Pe. Abimael assumiu a Paróquia de Aerolândia. b) O Pe. Francisco Tarcísio está em Itajubá e aju-dando nas pastorais, nas missas e no atendimento do povo. c) O Pe. Jênisson Lázaro S. de Jesus está em Bauru contribuindo, como vigário paroquial, no Santuário Nossa Sra. Aparecida. d) O Pe. Ailton Ro-drigues Damasceno deixou Itaitinga e seguiu para o Seminário de São Luís-MA, de onde vai coordenar a Pastoral Vocacional do Nordeste. e) O Diácono Ota-cílio Barreto F. Júnior assumiu o lugar do Pe. Ailton em Itaitinga.

Cargos de Confi ança da Província No mesmo no dia 20 de junho, o Conselho Provin-

cial confi rmou nos cargos de confi ança os seguintes membros, nas respectivas funções: • Ecônomo Pro-vincial: Valmir Teixeira • Secretário Provincial: Henri-que Garcia • Conselho de Gestão: Valmir, Júlio, Val-decir e Lásaro • Conselho de Formação: Junior, Luís Carlos, Cortez e Valdecir • Animação vocacional: Ail-ton e Girley • Conselho das Escolas: Tarcísio, Alex, Valmir, Lásaro, Humberto e Junior • Conselho dos Santuários: Air, Valmir, Gilberto e Lucemir • Pastoral da Educação: Alex, Fernando e Elinaldo • Fraterni-dades: Alex, Junior, Geraldo, Carlos • Saúde: Valmir, Elinaldo, Eduardo, Ir. Henrique e Sandro • Comunica-ção: Air, Fernando, Rodrigo, Humberto e Michel, e • Missão: Reuberson, Domingos, Tarcísio e Sandro.

Eventos especiaisPastoral da Educação: Os membros da Pasto-

ral da Educação se reuniram em Campinas, no dia 5 de junho de 2014, para avaliar e refl etir sobre sua ação evangelizadora. Todos os Colégios têm se es-forçado em trabalhar a espiritualidade MSC com os alunos, pais, professores e funcionários. No mês de abril aconteceram em todos os Colégios as ce-lebrações da Semana Santa, com destaque para o Lava-pés. No mês de maio foram realizados “terços luminosos” com as famílias dos alunos, além da vi-sita da imagem de N. Sra. do Sagrado Coração às residências. A Pastoral da Educação do Colégio de Pirassununga está preparando mais uma missão no Vale do Jequitinhonha.

Bodas de Ouro SacerdotalForam comemoradas no dia 29 de junho Bodas

de Ouro Sacerdotal do Pe. Rosário Martins de Aze-

vedo. Emitiu os votos religiosos em 2 de fevereiro de 1959 e tornou-se presbítero em 29 de junho de 1964. Em 2 de agosto, na matriz da Soledade, em Ita-jubá, houve novas festividades pelo jubileu de ouro, desta vez também em homenagem ao Pe. João José de Almeida, que proferiu votos religiosos em 2 de fevereiro de 1958 e recebeu sua ordenação sacerdota em 9 de agosto de 1964. Ambos fi zeram o Noviciado em Itapetininga-SP e cursaram Filosofi a e Teologia no Escolasticado, na Vila Formosa. Na celebração, presidida pelo Pe. Provincial, estiveram presentes vá-rios padres MSC e outros da Arquidiocese de Pouso Alegre. A Igreja estava lotada de fi éis amigos e de familiares dos jubilandos. Ambos deram seus teste-munhos de vida religiosa e sacerdotal.

Nota do Redator - Contemporâneo dos jubilan-dos nos tempos do Escolasticado, acompanhei à dis-tância a caminhada pastoral de ambos. Envio a eles meu abraço fraterno e os cumprimento pelo labor missionário de levar ao mundo durante nada menos que 50 anos dourados, a mensagem do amor divino, revelado no Coração de Cristo.

Ordens Menores No dia 16 de maio, os religiosos de votos perpétu-

os Fernando Clemente Santos, Girley de Oliveira Reis e Rodrigo Aparecido Domingues receberam os mi-nistérios do Acolitato e do Leitorato, com vistas a sua Ordenação Diaconal. Os três foram aprovados pelo Conselho Provincial e pelo Pe. Geral para o Diacona-to, que lhes será outorgado em celebração litúrgica, dia 6 de dezembro próximo, às 10:30hs, no Santuário de N. Sra. do Sagrado Coração, na Vila Formosa, por Dom Antonio Carlos Cruz Santos, novo bispo MSC.

Conselho Provincial• Bauru: Reforma do Santuário - O Pe. Gilber-

to está reformando o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no qual será feita a capela do Santíssimo. • Itajubá: ainda não foi alugado o prédio do Instituto Pe. Nicolau. Não prosperou a negociação com a pre-feitura local.

Votos de LouvorAlguns confrades receberam votos de louvor, do

Capítulo, pelo bom trabalho realizado em favor da Província: destaques para: 1) o Pe. Tarcísio Pereira Machado, pelo belo trabalho realizado em nossos Co-légios e, em especial, pelos 65 anos do Externato de N. Sra. do Sagrado Coração, e 2) o Pe. Eugênio Luís de Barros pelo belo trabalho realizado no CDP de Pinheiros junto aos presos. É uma presença MSC Mi-sericordiosa.

23Novembro | 2014Notícias da Província de São Paulo

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Noviciado - Grande Retiro

No dia 28 de julho, em Guararema, o Provincial presidiu a Missa de encerramento do Grande Retiro. Dos quatro Noviços, apenas um de Curitiba e um da Colômbia irão prosseguir em sua formação, visto que dois um outro da Colômbia e um italiano deixaram o Noviciado. Em 2015, o Noviciado acolherá nove Pré--Noviços, três sendo da Província de São Paulo.

Secção do EquadorA possibilidade de a Missão MSC do Equador se

tornar uma Secção foi tema levado à refl exão na reu-nião dos Superiores Maiores e dos Conselhos Pro-vinciais (Renasco). Se a Missão se transformar em Secção, os missionários que hoje lá estão trabalhando deverão optar por uma província da qual farão parte, a Província de São Paulo ou a da Indonésia.

Fraternidades Leigas MSC

Aconteceram re-centemente dois even-tos importantes para as Fraternidade Lei-gas. O primeiro foi a realização da primeira Assembleia Nacio-nal das Fraternidades Leigas, realizada em Atibaia-SP, com a as-sessoria do Pe. Bene-dito Ângelo Cortez, nos dias 19 e 20 de ju-lho último, com quase 120 participantes. O segundo evento foi

a 10ª Assembleia das Fraternidades Leigas MSC da Província de São Paulo, realizada em Bauru-SP, nos dias 5, 6, e 7 de setembro de 2014.

Cuidando da SaúdeO Pe. Ivo Trevisol sofreu um infarto em agosto

passado. Foi levado a um hospital onde fez catete-rismo e colocou um stent. De compleição forte, su-perou essa situação e agora está bem, pronto para muitos anos de vida, com saúde. O Pe. João Crisósto-mo Neto, que presentemente reside no Instituto Pe. Nicolau, pediu ao Provincial que comunicasse à Pro-víncia o quanto ele se sente grato e bem tratado pelos confrades e seminaristas que o acompanham neste momento de sua vida, no qual está em tratamento na cidade de Itajubá.

Adendo às Notícias da Província de São PauloCreio na comunhão dos santos, na ressurrei-

ção da carne e na vida eterna. Amém.

Padre Agenor José Possa, MSCO Padre Agenor José Possa, MSC, nasceu em

Barra Bonita-SP, no dia 06 de novembro de 1928. Filho de Maria Delcorso e Hermínio Possa. Foi ba-tizado no dia 23/06/1929 em Barra Bonita. entrou para o postulantado em 1952. Em fev/54 emitiu os primeiros votos no Noviciado, em Itapetininga, e em fev/60 fez sua profi ssão Perpétua. Foi no-meado em agosto de 1960 para a Casa Provincial, Ponte Pequena/ São Paulo. Fez curso de alfaiate em 1961 e já no fi nal desse ano foi nomeado para o Escolasticado, na Vila Formosa, como alfaiate. Foi nomeado em 1970 auxiliar do ecônomo provincial. Cursou fi losofi a nos anos 1973-1974-1975, termi-nou a teologia em 1978. Foi ordenado diácono em 10/09/1978, por Dom Luciano Mendes. Dom Pedro Paulo Koop, MSC outorgou-lhe a ordem do Presbi-terato em dezembro de 1978, na Paróquia Nossa Se-nhora Aparecida em Bauru. Sua atuação pastoral foi exercida em Itapetininga, Cunha, Alfenas, São Paulo (Ponte Pequena), Pirajuí, Piranguçu, Alfenas, Itajubá, Piranguçu, Bauru, Itajubá, Campinas, Piranguçu e por fi m, desde janeiro de 2010, como vigário Paroquial no Santuário das Almas, na Ponte Pequena, em São Paulo.

O Pe. Agenor sofreu uma queda, no dia 23 de se-tembro último, na escada e bateu a cabeça. Socorri-do bem rápido, foi levado para um hospital, mas não conseguiu se recuperar. Faleceu nas últimas horas de 1º de outubro de 2014. O sepultamento foi feito em Pirassununga. Rezemos em sufrágio de sua alma.

“Vita non tollitur, sed mutatur.” (A vida não é tira-da, mas mudada.” - Prefácio da Missa dos Falecidos -

Fonte: Portal MSC e Lásaro A. P. dos Santos (Lasinho)

24 Novembro | 2014 Notícias da Província de São Paulo

INTER EX

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Notas da RedaçãoNR 1. Fonte - A fonte principal do conteúdo des-

ta coluna foram as Comunicações nºs. 628 e 629 da Província de São Paulo. Inevitável vez por outra reprodução parcial de texto. Com espaço gráfi co re-duzido, as notícias seguem resumidas.

NR 2. Devoção a Nossa Senhora da AgoniaUm santuário dedica-

do a N.Sra. da Agonia foi construído em Itajubá-MG, nos limites da Paróquia e Matriz N. Sra. da Sole-dade. Os MSC acompa-nharam pastoralmente a nova comunidade desde o começo. A devoção a N. Sra. da Agonia tem origem na Romaria de Nossa Se-nhora D´Agonia, realizada na cidade de Viana do Castelo, situada ao norte de Portugal, Romaria, essa, que remonta a uma via--sacra relatada em documentos do século XV. No local onde hoje se encontra o Santuário de Nossa Senhora da Agonia, em Portugal, foi construída, em 1674, a Capela do Bom Jesus do Santo Sepulcro. Essa antiga devoção à padroeira dos homens do mar surgiria em 1751, quando a imagem de. N. Sra. foi entronizada na citada capela. E uma igreja dedi-cada a N. Senhora D´Agonia começou a ser erigida em 1774. Nove anos depois, recebeu da Sagrada Congregação dos Ritos licença para a celebração de Missa Solente, em 20 de Agosto. Os dias de festa atraem à zona da Ribeira, às margens do Rio Lima, na qual vive e trabalha uma grande comuni-dade de pescadores, milhares de pessoas e cente-nas de barcos, que levam a imagem da padroeira ao mar e ao rio. No regresso ao santuário, a venerada imagem percorre as principais artérias da Ribeira, cobertas de tapetes fl oridos, confeccionados pelos pescadores durante toda a noite.

A Comunidade Nossa Senhora da Agonia, em Ita-jubá começou a existir em agosto de 1990, quando seus primeiros membros se interessaram em cons-truir um templo no bairro Pinheirinho, onde residia boa parte dos fi éis. Estes pediram a pessoas que possuíam terras nas proximidades que doassem um terreno para o templo. Não demorou muito e logo receberam com alegria a notícia de que um senhor português, Antônio de Lima Costa, radicado no Bra-sil há muitos anos, estava querendo doar um terreno no alto de uma colina, para que nela se construísse um templo. A doação foi feita. Indagado se havia al-gum padroeiro escolhido por ele ou por sua família, o doador respondeu: “É a Senhora D´Agonia”. Já mandei entalhar sua imagem em Portugal”. O título sugerido não era do conhecimento de ninguém da comunidade, exceto do doador e sua família. Anto-nio, muito devoto da Senhora D´Agonia, logo após a doação, veio a falecer.

Igreja da Senhora D'AgoniaViana do

Castelo-Portugal

Nesta oportunidade, venho expressar meu agrade-cimento especial pelo generoso envio de fotos do 68º. Encontro de Pirassununga pelos colegas Dr. Marcos de Souza, José Maria Martarelli e Luiz Gon-zaga de Almeida. Sou muito grato também a todos àqueles que se prontifi caram a enviar artigos e cola-borações, enriquecendo este importante veículo de comunicação entre os Ex-Alunos, que ajuda a man-ter viva nossa Associação.

O Coordenador do Boletim Informativo Inter-ExREGISTRO INUSITADO

Outubro, dia 17 - Após revisar todo o texto do bo-letim 127, item por item, página por pagina, inclusive os nomes dos aniversariantes, datas e telefones e de inserir as principais fotos, os títulos, organizan-do a sequência das matérias, além de completar o texto com as “Notícias da Província de São Paulo”, de minha responsabilidade, enviei ao diagramador, via núvem, a formatação inicial. Importante etapa

Agradecimentos

Chegou de Portugal a imagem de da Senhora D´Agonia, encomendada pelo Sr. Antonio, e fi cou guardada na Matriz da Soledade. Enquanto isso, a comunidade se mobilizava no sentido de promover a construção do almejado santuário. Desde o início até os dias de hoje, as atividades de construção do santuário não foram interrompidas. Embora as arre-cadações conseguidas no início fossem pequenas, eram todavia sufi cientes para manter a obra em an-damento.

Até que o templo fosse concluído, diversas eta-pas se sucederam, desde a entronização da ima-gem em uma cerimônia de Primeira Eucaristia, numa garagem em terreno situado à Rua Pref. Tigre Maia, cedido por um devoto. Nessa celebração, a pedra fundamental foi abençoada, deixando claro que a obra do santuário havia sido iniciada. Outros passos foram dados até que fosse possível trasla-dar a imagem da padroeira, ainda que para local não defi nitivo. Mesmo assim, a presença da imagem representava um passo importante, pois a partir do traslado, as atividades religiosas seriam realizadas ao lado da obra.

O modelo do projeto arquitetônico do santuário exigiu um tipo de escoramento especial. Sem recur-sos para contratar fi rma especializada, optou-se por escoramento de madeira, que foi providenciado por fazendeiros da região. A presença do Arcebispo Me-tropolitano de Pouso Alegre veio coroar as últimas etapas da construção e coube a Dom Ricardo P. Pa-glia, MSC, celebrar a missa da Dedicação do Templo. A Comunidade está presentemente sob a liderança do Pe. Lucemir Alves Ribeiro, MSC.

(Fonte: Informações do Pe. Lucemir, site www.nsagonia.com.br e internet)

25Novembro | 2014Notícias da Província de São Paulo

(ou Diário de Bordo)

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vencida. Daí em diante a próxima batalha será com envelopes, etiquetas e boletos, logo que chegarem do tesoureiro.

Hoje, 27.10, adquiri uma caixa com 250 envelopes K34O e carimbei no verso o endereço do remetente. Vou colar etiquetas de endereçamento, recebidas do Tesoureiro, nos 250 envelopes e nas sobras de outras edições do boletim. Cerca de 30 ex-alunos e 40 religiosos e padres MSC vão receber o Inter-Ex por email, o que trará economia de envelope, cola pritt, etiqueta, impressão e despesa postal. Eles vão receber o boletim em formato eletrônico, inteirinho a cores, exceto fotos em branco e preto

Tenho tido um trabalho adicional com etiquetas, diversas precisando ser redigitadas, além de outras que foram impressas no verso da cartela (3 carte-las de 14, ou 42 etiquetas), o que só se percebe ao tentar destacá-las. Não posso deixar de registrar que há aborrecimentos. Quem muda de endereço não se esqueça de comunicar o novo à Associação. Quero registrar que tenho uma coletânea de malcri-ações e uma pérola bem guardada da má educação e da falta de senso de um ex-aluno. Quando chegar o momento de minha renúncia à Coordenação do Boletim, que ocorrerá em breve, vou revelar essa pérola. Tudo isso, claro, é exceção à regra geral de colegas superlegais, fi nos e educados.

Hoje, 4/11, estou adiantado no trabalho de re-visão da diagramação, item por item, linha por linha, com rearranjos de fotos e imagens, defi nição fi nal de algum texto pendente por falta informação, preo-cupação com o número de páginas do boletim, que não fogem de uma sequência quádrupla. Sobra para o diagramador que terá que ser criativo, com o arquivo de imagens e fotos que tem, para acomo-dar textos e imagens. Falta ainda a diagramação da

DoaçãoO casal José Manoel e Marilza,atendendo ao pedido do Pe. Manoel, Superior Provincial, feito em Pirassununga, doou 10 ventiladores de 60 cm de diâmetro para a Capela de São José, no Sítio do Barrocão. A entrega (ver foto) foi feita na Escola Apostólica ao Pe. José Saraiva Júnior.

Os Ex-Alunos agradecem ao generoso casal e dão adeus ao calor e aos “porvinhas” durante a Santa Missa.

capa e da contracapa, em cores. Estou aguardando os boletos e as etiquetas refeitas. Dia 25 de novem-bro o Inter-Ex 127 deverá estar “prontinho da silva” para ser levado aos Correios.

Quarta-feira, 5/11 - Avancei um pouco mais na re-visão da diagramação e por coincidência recebi do Tesoureiro um supersedex com 1 kg de boletos e diversas etiquetas refeitas. Consegui pôr nos enve-lopes já etiquetados os boletos. Ufa!

Segunda-feira, 10/11 - Revisei todos os casos du-vidosos quanto a destinatário, cidade, Estado e cep e nomes excluídos. Contei os envelopes: 380, fi can-do alguns pendentes com algum detalhe a retifi car. É importante saber a quantidade dos exemplares por imprimir para repassá-la ao diagramador. Este fará cotações com algumas novas gráfi cas, pois fal-eceu o dono da gráfi ca que atendia a Associação e propiciava um preço razoável. A capa exige uma revisão especial.

15 de novembro. Hoje fi nalizei a revisão da capa do boletim. Falei com o diagramador, Marcelo Ca-lixto, e espero liberar a impressão no próximo dia 17, segunda -feira.

Segunda quinzena de Novembro. Quando chega-rem os pacotes de boletins impressos, será um pega danado, pois deverei colocar os 380 exemplares nos envelopes e fechar um a um. Em seguida, farei a postagem, na categoria de impresso ou mala direta para baixar a tarifa postal. Pagamento à vista. Vou solicitar reembolso, anexando os comprovantes de todas as despesas. Terminou? Não, porque vários envelopes acabam retornando e tentarei re-enviá-los, corrigindo o que for viável. Fim!!! Depois de umas curtas férias, tudo recomeçará com o Boletim Inter-Ex 128, que vai circular em fevereiro de 2015, para convocação do Encontro de Ibicaré, que vai acontecer nos dias 28/29 de março.

O Coordenador do Boletim Informativo Inter-Ex

26 Novembro | 2014 Notícias da Província de São Paulo

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