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MISSIONÁRIOS DA LUZ RESUMO DO CAPÍTULO 01 - O PSICOGRAFO Fixando-lhe a expressão espantadiça, Alexandre continuou: _ Preliminarmente, devemos reconhecer que, nos serviços mediúnicos, preponderam os fatores morais. Neste momento, o médium, para ser fiel ao mandato superior, necessita clareza e serenidade, como o espelho cristalino dum lago. De outro modo, as ondas de inquietude perturbariam a projeção de nossa espiritualidade sobre a materialidade terrena, como as águas revoltas não refletem as imagens sublimes do céu e da Natureza ambiente. Indicando o médium, prosseguiu o orientador com voz firme: _ Este irmão não é um simples aparelho. É um Espírito que deve ser tão livre quanto o nosso e que, a fim de se prestar ao intercâmbio desejado, precisa renunciar a si mesmo, com abnegação e humildade, primeiros fatores na obtenção de acesso à permuta com as regiões mais elevadas, Necessita calar, para que outros falem; dar de si próprio, para que outros recebam. Em suma, deve servir de ponte, onde se encontrem interesses diferentes. Sem essa compreensão consciente do espírito de serviço, não poderia atender aos propósitos edificantes. Naturalmente, ele é responsável pela manutenção dos recursos interiores, tais como a tolerância, a humildade, a disposição fraterna, a paciência e o amor cristão; todavia, precisamos cooperar no sentido de manter-lhe os estímulos de natureza exterior, porque se o companheiro não tem pão, nem paz relativa, se lhe falta assistência nas aquisições mais simples, não poderemos exigir-lhe a colaboração, redundante em sacrifício. Nossas responsabilidades, portanto, estão conjugadas nos mínimos detalhes da tarefa a cumprir. Deslocando, porém, a sua atenção do cérebro para a máquina corpórea em geral, o orientador prosseguiu: _ A operação da mensagem não é nada simples, embora os trabalhadores encarnados não tenham consciência de seu mecanismo intrínseco, assim como as crianças, em se fartando no ambiente doméstico, não conhecem o custo da vida ao sacrifício dos pais. Muito antes da reunião que se efetua, o servidor já foi objeto de nossa atenção especial, para que os pensamentos grosseiros não lhe pesem no campo íntimo. Foi convenientemente ambientado e, ao sentar-se aqui, foi assistido por vários operadores de nosso plano. Antes de tudo, as células nervosas receberam novo coeficiente magnético para que não haja perdas lamentáveis da tigroide (corpúsculo de Nissl), necessário aos processos da inteligência. O sistema nervoso simpático, mormente o campo autônomo do coração, recebeu auxílios energéticos e o sistema nervoso

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MISSIONÁRIOS DA LUZ RESUMO DO CAPÍTULO 01 - O PSICOGRAFO

Fixando-lhe a expressão espantadiça, Alexandre continuou: _ Preliminarmente, devemos reconhecer que, nos serviços mediúnicos, preponderam os fatores morais. Neste momento, o médium, para ser fiel ao mandato superior, necessita clareza e serenidade, como o espelho cristalino dum lago. De outro modo, as ondas de inquietude perturbariam a projeção de nossa espiritualidade sobre a materialidade terrena, como as águas revoltas não refletem as imagens sublimes do céu e da Natureza ambiente. Indicando o médium, prosseguiu o orientador com voz firme: _ Este irmão não é um simples aparelho. É um Espírito que deve ser tão livre quanto o nosso e que, a fim de se prestar ao intercâmbio desejado, precisa renunciar a si mesmo, com abnegação e humildade, primeiros fatores na obtenção de acesso à permuta com as regiões mais elevadas, Necessita calar, para que outros falem; dar de si próprio, para que outros recebam. Em suma, deve servir de ponte, onde se encontrem interesses diferentes. Sem essa compreensão consciente do espírito de serviço, não poderia atender aos propósitos edificantes. Naturalmente, ele é responsável pela manutenção dos recursos interiores, tais como a tolerância, a humildade, a disposição fraterna, a paciência e o amor cristão; todavia, precisamos cooperar no sentido de manter-lhe os estímulos de natureza exterior, porque se o companheiro não tem pão, nem paz relativa, se lhe falta assistência nas aquisições mais simples, não poderemos exigir-lhe a colaboração, redundante em sacrifício. Nossas responsabilidades, portanto, estão conjugadas nos mínimos detalhes da tarefa a cumprir. Deslocando, porém, a sua atenção do cérebro para a máquina corpórea em geral, o orientador prosseguiu: _ A operação da mensagem não é nada simples, embora os trabalhadores encarnados não tenham consciência de seu mecanismo intrínseco, assim como as crianças, em se fartando no ambiente doméstico, não conhecem o custo da vida ao sacrifício dos pais. Muito antes da reunião que se efetua, o servidor já foi objeto de nossa atenção especial, para que os pensamentos grosseiros não lhe pesem no campo íntimo. Foi convenientemente ambientado e, ao sentar-se aqui, foi assistido por vários operadores de nosso plano. Antes de tudo, as células nervosas receberam novo coeficiente magnético para que não haja perdas lamentáveis da tigroide (corpúsculo de Nissl), necessário aos processos da inteligência. O sistema nervoso simpático, mormente o campo autônomo do coração, recebeu auxílios energéticos e o sistema nervoso

central foi convenientemente atendido, para que não se comprometa a saúde do trabalhador de boa vontade. O vago foi defendido por nossa influenciação contra qualquer choque das vísceras. As glândulas suprarrenais receberam acréscimo de energia, para que se verifique acelerada produção de adrenalina, de que precisamos para atender ao dispêndio eventual das reservas nervosas. Nesse instante, vi que o médium parecia quase desencarnado. Suas expressões grosseiras, de carne, haviam desaparecido ao meu olhar, tamanha a intensidade da luz que o cercava, oriunda de seus centros perispirituais. Após longo intervalo, Alexandre continuou: _ Sob nossa apreciação, não temos o arcabouço de cal, revestido de carboidratos e proteínas, mas outra expressão mais significativa do homem imortal, filho do Deus Eterno. Repare, nesta anatomia nova, a glória de cada unidade minúscula do corpo. Cada célula é um motor elétrico que necessita de combustível para funcionar, viver e servir.

RESUMO DO CAPÍTULO 02 - A EPÍFISE

André: Enquanto o nosso companheiro se aproveitava da organização mediúnica, vali-me das forças magnéticas que o Instrutor me fornecera, para fixar a máxima atenção no médium. Quanto mais lhe notava as singularidades do cérebro, mais admirava a luz crescente que a epífise deixava perceber. Examinei atentamente os demais encarnados. Em todos eles, a glândula apresentava notas de luminosidade, mas em nenhum brilhava como no intermediário em serviço. Sobre o núcleo, semelhante agora a flor resplandecente, caíam luzes suaves, de Mais Alto, reconhecendo eu que ali se encontravam em jogo vibrações delicadíssimas, imperceptíveis para mim. Estudara a função da epífise nos meus apagados serviços de médico terrestre. Segundo os orientadores clássicos, circunscreviam-se suas atribuições ao controle sexual no período infantil. Não passava de velador dos instintos, até que as rodas da experiência sexual pudessem deslizar com regularidade, pelos caminhos da vida humana. Depois, decrescia em força, relaxava-se, quase desaparecia, para que as glândulas genitais a sucedessem no campo da energia plena. Alexandre o esclarece: "Não se trata de órgão morto, segundo velhas suposições. É a glândula da vida mental. Ela acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre... Enquanto no período do desenvolvimento infantil, fase de reajustamento desse centro importante do corpo perispiritual preexistente, a epífise parece constituir o freio às manifestações do sexo; entretanto há que retificar observações. "Aos catorze anos, aproximadamente, de posição estacionária, quanto às suas atribuições essenciais, recomeça a funcionar no homem reencarnado. O que representava controle é fonte criadora e válvula de escapamento. A glândula pineal reajusta-se ao concerto orgânico e reabre seus mundos maravilhosos de

sensações e impressões na esfera emocional. Entrega-se a criatura à recapitulação da sexualidade, examina o inventário de suas paixões vividas noutra época, que reaparecem sob fortes impulsos."

RESUMO DO CAPÍTULO 03 - DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

Hoje, à noite - disse-me o devotado amigo - observará algumas demonstrações de desenvolvimento mediúnico. Antes do ingresso dos companheiros encarnados, já era muito grande a movimentação. Número considerável de trabalhadores. Muito serviço de natureza espiritual. Admirava as características dos socorros magnéticos, dispensados às entidades sofredoras, quando Alexandre acentuou: Por enquanto, nossos esforços são mais frutíferos ao círculo dos desencarnados infelizes. As atividades beneficentes da casa concentram-se neles, em maior porção, porque os encarnados, mesmo aqueles que já se interessam pela prática espiritista, muito raramente se dispõem, com sinceridade, ao aproveitamento real dos valores legítimos de nossa cooperação. E, depois de longa pausa, prosseguiu: É muito lenta e difícil a transição, entre a animalidade grosseira e a espiritualidade superior. Nesse sentido, há sempre, entre os homens um oceano de palavras e algumas gotas de ação. Alguns - explicou Alexandre - pretendem a psicografia, outros tentam a mediunidade de incorporação. Infelizmente, porém, quase todos confundem poderes psíquicos com funções fisiológicas. Acreditam no mecanismo absoluto da realização e esperam o progresso eventual e problemático, esquecidos de que toda edificação da alma requer disciplina, educação, esforço e perseverança. Mediunidade construtiva é a língua de fogo do Espírito Santo, luz divina para a qual é preciso conservar o pavio do amor cristão, o azeite da boa vontade pura. Sem a preparação necessária, a excursão dos que provocam o ingresso no reino invisível é, quase sempre, uma viagem nos círculos de sombra. Alcançam grandes sensações e esbarram nas perplexidades dolorosas. Fazem descobertas surpreendentes e acabam nas ansiedades e dúvidas sem fim. Ninguém pode trair a lei impunemente, e , para subir, Espírito algum dispensará o esforço de si mesmo, no aprimoramento íntimo... André Luiz, levado por Alexandre, pode observar algumas demonstrações de desenvolvimento mediúnico. Pode assim observar alguns candidatos e suas particularidades: um, apresentava, não obstante o desejo sincero de desenvolver-se para auxiliar, sinais iniludíveis da ingestão de alcoólicos; outra senhora, candidata a psicografa, trazia o ventre deformado tão repleto de alimentos, que André Luiz supôs enxergar ali um vasto alambique, cheio de pastas de carne e caldos gordurosos, cheirando a vinagre de condimentação ativa; e em outro, finalmente, "bacilos psíquicos de tortura sexual... "Fiquei estupefato." escreve ele. "As glândulas geradoras emitiam fraquíssima luminosidade, que parecia

abafada por aluviões de corpúsculos negros, a se caracterizarem por espantosa mobilidade... As mais vigorosas daquelas feras microscópicas situavam-se no epidídimo, onde absorviam, famélicas, os embriões delicados da vida orgânica... Que significava aquele acervo de pequeninos seres escuros? Seriam expressões mal conhecidas da sífilis?" Respondendo às suas indagações íntimas, Alexandre esclarece: "Não, André, não temos sob os nossos olhos o espiroqueta de Schaudinn, nem qualquer nova forma suscetível de análise material por bacteriologistas humanos. São bacilos psíquicos da tortura sexual, produzidos pela sede febril de prazeres inferiores... Tem sido cultivados por esse companheiro, não só pela incontinência no domínio das emoções próprias, através de experiências sexuais variadas, senão também pelo contato com entidades grosseiras, que se afinam com as predileções dele, entidades que o visitam com frequência, à maneira de imperceptíveis vampiros. A pretexto de aceitar o império da razão pura, na esfera da lógica, admite que o sexo nada tem a ver com a espiritualidade, como se esta não fosse a existência em si... O erro de nosso amigo é o de todos os religiosos que supõem a alma absolutamente separada do corpo físico, quando todas as manifestações psicofísicas se derivam da influenciação espiritual."

RESUMO DO CAPÍTULO 04 – VAMPIRISMO

Explica Alexandre: "Sem nos referirmos aos morcegos sugadores, o vampiro, entre os homens, é o fantasma dos mortos que se retira do sepulcro, altas horas, para alimentar-se do sangue dos vivos. Não sei quem é o autor de semelhante definição, mas. No fundo, não está errada. Apenas cumpre considerar que, entre nós, vampiro é toda entidade ociosa que se vale, indebitamente, das possibilidades alheias e, em se tratando de vampiros que visitam os encarnados, é necessário reconhecer que eles atendem aos sinistros propósitos a qualquer hora, desde que encontrem guarida no estojo de carne dos homens." Graças ao Senhor, tivemos uma noite feliz. Muito trabalho contra o vampirismo. Oh! era o vampirismo a tese que me preocupava. Vira os mais estranhos bacilos de natureza psíquica, completamente desconhecidos na microbiologia mais avançada. Não guardavam a forma esférica das

cocáceas, nem o tipo de bastonete das bacteriáceas diversas. Entretanto, formavam também colônias densas e terríveis. Reconhecera-lhes o ataque aos elementos vitais do corpo físico, atuando com maior potencial destrutivo sobre as células mais delicadas. Que significa aquele mundo novo? que agentes seriam aqueles, caracterizados por indefinível e pernicioso poder? Estariam todos os homens sujeitos à sua influenciação? ... André, meu amigo, as doenças psíquicas são muito mais deploráveis. A patogênese da alma está dividida em quadros dolorosos. A cólera, a intemperança, os desvarios do sexo, as viciações de vários matizes, formam criações inferiores que afetam profundamente a vida íntima. Quase sempre o corpo doente assinala a mente enfermiça... Ouça, meu amigo. Como se verificam os processos mórbidos de ascendência psíquica? Não resulta a afecção do assédio de forças exteriores? Em nosso domínio, como explicar a questão? é a viciação da personalidade espiritual que produz as criações vampirísticas ou estas que avassalam a alma, impondo-lhe certas enfermidades? Nesta última hipótese, poderíamos considerar a possibilidade do contágio? ...

Nas moléstias da alma, como nas enfermidade do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões... Cada viciação particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes... ... Desde o primeiro dia de razão na mente humana, a ideia de Deus criou princípios religiosos, sugerindo-nos as regras de bem-viver. Contudo, à medida que se refinam conhecimentos intelectuais, parece que há menor respeito no homem para com as dádivas sagradas...

RESUMO DO CAPÍTULO 05 – INFLUENCIAÇÃO

O ar do lado de fora pesava, era grosseiro. As lâmpadas elétricas semelhavam-se a pequenos globos, de luz muito pobre, ficando isoladas em sombras espessas. Aspirando o Ar, notou que o Oxigênio parecia tocado de um magnetismo menos agradável. Comparando com o que presenciara dentro do Centro, André compreende a beleza da oração, e dos serviços da Espiritualidade Superior, na intimidade de cada um de nós. Compreendeu que a prece, a meditação elevada, o pensamento edificante, modificam a atmosfera, purificando-a (qualquer semelhança, não é mera coincidência). André observa algumas pessoas que saem do Centro, as quais comentam com entusiasmo tudo que receberam durante os trabalhos. O amor, a paz, o ar purificador, enfim, todos se sentiam “nas nuvens” como costumamos dizer. Elogios não faltavam, nem agradecimentos a Deus e a espiritualidade Maior. Alexandre então diz a André, para não se impressionar com aquele entusiasmo, pois o que interessa é o esforço persistente. Há nove anos frequenta aquela casa, e raros são os que conseguem seguir este esforço. No primeiro problema com as necessidades reais com o trabalho na Casa que surgem, poucos

permanecem fiéis. Prometem muito com as palavras, mas pouco com os sentimentos. Alexandre pede para André observar alguns casos de influenciação. Primeiro ele passa a acompanhar aquele jovem do capítulo anterior, que estava tentando a psicografia e sofria de inquietações sexuais. O rapaz seguia com a irmã e mãe para casa. Três entidades com aspecto muito sombrio aproximam-se. Uma delas encosta-se à mãe, que instantaneamente muda seu semblante alegre e luminoso, para opaco, obscuro e fechado. Ela diz que não sabe o motivo porquê de repente tudo fica tão vago dentro dela, ela esforça-se por manter as lições evangélicas, porém diz que falta algo, que não saber definir. Neste momento, as duas outras entidade, agarram-se aos braços do rapaz, acontecendo o mesmo que a mãe. De semblante alegre e iluminado, torna-se sombrio e opaco. E ele diz. Diz que sua situação é terrível, pois está casado a quase oito meses, e apesar de devotar a esposa, está repleto de tentações descabidas. Pergunta a si mesmo o porquê daquilo. Acha que se desenvolvendo através da mediunidade, poderá localizar a causa. Alexandre coloca a mão sobre a fronte da irmã, e esta passa a falar rapaz, tentando esclarece-lo. Fala que antes dele enfrentar aqueles irmãos, filhos da ignorância, deveria armar o seu coração com a luz do amor e da sabedoria, ou seja, com a necessária preparação espiritual. Porém antes do desenvolvimento psíquico, devemos procurar a elevação de nossas ideias e sentimentos, ou seja, nossa reforma moral e espiritual, não esquecendo também, da importância do estudo. A mãe que estava com a entidade colada nela, fica contrariada com aquelas palavras, e diz que a filha ainda não tem idade para opinar, e quando vierem às desilusões Vera como é difícil manter a paz e a luz no coração. O rapaz, de idêntica forma, com as duas entidades ao seu lado, diz que um dia ela experimentara as lutas que ele já conhece da vida, diz que não lhe falta vontade, mas sente longe da libertação espiritual. Quanto às entidades, a que está com a mãe, foi seu marido terrestre, sendo um tremendo egoísta doméstico, e os dois que estão com o rapaz, ele os adquiriu em contato com o meretrício. Como liberta-los, diz André. Eles mesmos deverão romper estas algemas, A espiritualidade está fazendo a parte dela como pudemos observar nestes dois últimos capítulos. Já existe uma Luz no fundo do túnel. Eles sentem-se cansados da situação, já procuram a fonte de esclarecimentos, que é o Centro, porém por enquanto, esse desejo é mais dos lábios do que do coração. André pergunta o porquê não fazer a retirada daquelas entidades. Alexandre diz que foi tentado, porém a mãe, ficava demasiadamente saudosa do companheiro, chorando e chamando ele constantemente. Quanto ao rapaz, intimamente, afirmava sentir-se menos homem, e com isto, tanto expediram reclamações mentais que as suas atividades interiores dentro do Magnetismo do desejo constante, agregaram-lhe as entidades infelizes. Novamente vemos ai a necessidade da Reforma Intima, Moral e Espiritual. Sentir saudades de um ente querido é salutar, mas não ficarmos chorando sua partida, reclamando sua falta, pedindo sua ajuda para nossos problemas, enfim, estabelecer um magnetismo interior de contato constante com o desencarnado. Caso seja um Espírito ainda perturbado, não sairá de nosso lado, e se for esclarecido, terá dificuldades para se manter equilibrado na espiritualidade. A mãe e o filho continuavam a reclamar, e diziam que a única melhora se verificava durante as preces no Centro. O Espiritismo é uma fonte de sublime consolação. A filha, tendo sobre a fronte a mão de Alexandre, que lhe transmitia a palavra, dizia. O Espiritismo é consolo, mas também escola de preparação. A espiritualidade deseja a nossa renovação intima. Se apenas buscarmos a consolação no espiritismo, sem adquirir fortaleza, não passaremos de crianças espirituais. Se procurarmos a espiritualidade só para gozos de vantagens pessoais, onde estará o aprendizado? Não estamos na Terra em lição? Recebemos o corpo físico apenas para repousar? Os benfeitores Espirituais não nos querem para eternos necessitados da casa de Deus, mas companheiros nos serviços do bem, tão generosos, sábios, e felizes quanto eles. Querem que caminhemos com nossos próprios pés. André observou que a moça tinha facilidades de receber a comunicação de Alexandre. Ele explica que enquanto a Mãe e o rapaz eram facilmente envolvidos por entidades, pelas suas vibrações inferiores, a jovem com seus 16 anos, tinha o corpo orgânico puro, não tivera ainda emoções fortes em sua pouca

existência terrestre, suas células estavam completamente livres de influências tóxicas, ao contrário do que vimos em alguns casos de capítulos anteriores, seus órgãos vocais não foram viciados pela maledicência, pela revolta, pela hipocrisia, seu coração está envolvido em bons sentimentos. Porém, como diz Alexandre, dependerá dela ganhar ou perder, futuramente, estas vantagens no jogo da vida, já que a consciência é livre. Temos o livre-arbítrio. No próximo capítulo, iremos falar sobre a ORAÇÃO. Uma lição muito bonita que o André Luiz e o Alexandre nos vão passar.

RESUMO DO CAPÍTULO 06 – A ORAÇÃO

Como vimos no capítulo anterior, Alexandre e André Luiz estavam observando um rapaz, juntamente com sua mãe e sua irmã. Neste momento da história, eles se separam, e o rapaz segue para sua própria residência. André começa então a se questionar. Por sinal, suas dúvidas devem ser também as nossas. Ele profundo conhecedor da Medicina aqui na Terra, sempre tinha alguma solução para as doenças que se apresentavam em seus pacientes, tanto para tratamento medicamentoso como para cirúrgico. O caso do rapaz, era diferente para ele, e também para nós, claro, pois vítima do vampirismo, o rapaz ficava desesperado intimamente, o que deixava algumas perguntas no ar. Não haveria remédio para ele? Estaria abandonado e era mais infeliz que os doentes do mundo? O que fazer para aliviar-lhe as dores terríveis? O que fazer para lhe aliviar as angustias e permanentes inquietações? André observa que o VAMPIRISMO não ocorre somente no ambiente dos encarnados, como nós vimos até aqui, mas também no lado espiritual. Os Espíritos das zonas inferiores, longe do caminho evolutivo, reúnem-se em comunidades com permutas magnéticas da mais baixa classe. Passam a exercer o vampirismo os mais fortes nos mais fracos, e de todas estas forças de baixo padrão, acabam criando formas horripilantes, as quais acabam se exteriorizando naqueles encarnados que ficam na mesma sintonia vibratória. Em nosso mundo de encarnados, temos remédios para quase todas as doenças, ou para a cura ou para o alivio. Temos a cirurgia, temos os exames especializados, enfim toda uma técnica avançada para ajuda ao paciente. Mas e na espiritualidade? Qual o remédio para um caso como o vampirismo? Alexandre diz que na Terra entre os encarnados, o equilíbrio do corpo depende do equilíbrio das expressões mentais. É lógico que uma pessoa equilibrada moralmente, espiritualmente e fisicamente, não terá como companhia espíritos inferiores, mas sim espíritos de mesma sintonia. Portanto entre nós, o melhor remédio é a reforma intima. Este não tem contra-indicação e o efeito é imediato se tomado com muita fé e perseverança. Já do lado dos Espíritos desencarnados, existem também processos para sanear estas moléstias

provocadas pelo vampirismo. Porém, são processos apenas de ordem exterior, ou seja, o próprio Espírito deve se conscientizar e procurar curar-se, pois como diz Alexandre, cada filho de Deus deve ser o médico de si mesmo. Até o Espírito aceitar esta verdade, e entender todos os princípios dela, ele continuará sujeito a incessantes desequilíbrios.Vimos isto em Nosso Lar com André Luiz. Eles então passa a seguir o rapaz até seu lar. Alexandre vai demonstrar a André, uma das várias medicações espirituais contra o vampirismo sobre os encarnados. Ao chegar à casa do rapaz, as duas entidades que acompanhavam ele, sentem-se terrivelmente contrafeitas. Alguma coisa as impedia de entrar no interior da casa. Alexandre nos lembra que as PRECES colocam fronteiras vibratórias em qualquer lugar. Aqui por exemplo, nossas preces com certeza devem ter estabelecido uma fronteira de proteção a esta casa. Pois bem, naquele lar que agora chegamos, a esposa do rapaz, tem a felicidade de cultivar a oração fervorosa e reta. Alexandre então explica a André, o motivo de tanta Paz dentro daquele lar. O lar não é só moradia dos corpos, mas acima de tudo, a residência das almas. O santuário doméstico que encontra criaturas amantes da oração e dos sentimentos elevados, converte-se num local das melhores colheitas espirituais. Todos nós podemos também transformar nosso lar, como faz a jovem, através do EVANGELHO NO LAR, atitudes elevadas, e oração. No caso que estamos narrando, o rapaz não se equilibrou ainda, por vacilar através de antigas experiências de sua juventude. Sua esposa porém, garante a tranquilidade da casa, com sua presença, pela abundante e permanente emissão de forças purificadoras e luminosas, que seu Espírito se nutre. No momento em que o rapaz penetrava no quarto de dormir, Alexandre pega André pela mão e o leva para a sala, dizendo que não deveriam penetrar em um santuário sem religioso respeito. Isto nos mostra que, ao contrário que algumas pessoas pensam, que os espíritos superiores a nós ficam ao nosso lado em momentos íntimos, estão profundamente enganados, pois dentro de sua grandeza, o respeito é profundamente observado. Agora, se nossas atitudes são inferiores, e atraímos Espíritos de mesma sintonia, nossa intimidade não será respeitada, como já vimos até na literatura Espírita, encarnados dormindo, com um ou mais desencarnados ao seu lado na cama. Na sala, eles encontram uma entidade, que André reconhece ser a esposa do rapaz, desligada do corpo físico, no momento do sono. Ela vem agradecer por eles estarem em seu Lar e orarem junto com eles Cecília, a esposa, pede desculpas, e volta para a cama. André observa que o leito tinha intensa luminosidade. Cecília eleva os olhos aos céus e faz fervorosa prece pela iluminação do companheiro. André repara assombrado que seu coração se transforma num foco ardente de luz, do qual saiam inúmeras partículas resplandecentes, projetando-se sobre o corpo e sobre a alma do esposo, como minúsculos raios. Os corpinhos minúsculos luminosos, penetravam seu corpo em todas as direções, mas particularmente, para a zona do sexo. Era ali justamente onde estavam as grandes anomalias psíquicas do rapaz, como nós sabemos, através dos outros capítulos. Pequenas formas escuras e horripilantes do vampirismo, concentravam-se em massa naquele local. Porém, aqueles elementos mortíferos, não permaneciam inativos. Lutavam desesperados, contra os agentes de luz, emanados pela Cecília, a esposa. Aos poucos, o rapaz perdia a expressão de cansaço e angustia, e demonstrava-se mais calmo, e gradativamente, cada vez mais forte e feliz. André estava maravilhado, e nós, logicamente aprendemos mais uma lição. Vimos como é importante o Amor, a Oração, a Doação, as atitudes elevadas, como nós também podemos nos tornar os remédios de alivio para nossos entes queridos. Eu disse Alivio, pois o Remédio de cura depende de suas expressões mentais e Reforma Intima. A oração é o mais eficiente antídoto contra o vampirismo. Como nós sabemos, a prece não é um movimento mecânico dos lábios, nem um disco de fácil repetição. É vibração, energia, poder. André diz que, a criatura em prece, em semelhante estado psíquico, descortina forças ignoradas, e coloca-nos em contato com as fontes divinas. Dentro dessa forma, o Espírito, pode emitir raios de espantoso poder. Alexandre nos dá o exemplo de alguns raios magnéticos que recebemos diariamente. São bilhões de raios cósmicos oriundos de estrelas e planetas, raios magnéticos emitidos pela água e pelos metais, vindos da terra pelos pés. Pelos vegetais, animais e pelos próprios semelhantes, que emitem raios horizontais. Temos finalmente as emanações dos seres desencarnados que rodeiam a terra, em colônias que envolvem a humanidade. Em cada segundo, cada um de nós recebe trilhões de raios de várias ordens e emitimos

forças que nos são peculiares, e que vão atuar no plano da vida, por vezes em regiões muitíssimas afastadas de nós. É portanto uma permuta incessante de emanações psíquicas entre desencarnados e encarnados. Nesse círculo de permuta incessante, os raios divinos, expedidos pela oração santificadora, convertem-se em fatores de cooperação eficiente e definitiva de cura do corpo, na renovação da alma e iluminação da consciência. Portanto, toda criatura que cultiva a oração, com o sentimento elevado, transforma-se em foco irradiante de energias da Divindade.

RESUMO DO CAPÍTULO 7 – SOCORRO ESPIRITUAL

Continuando nosso estudo do Livro, André Luiz terminou o aprendizado através do rapaz que nós acompanhamos através de vários capítulos, culminando com sua chegada ao lar, e a ajuda maravilhosa da esposa através da oração permanente e do Evangelho no Lar. Agora, Alexandre e André, passam a caminhar para outro aprendizado. A rua está repleta de entidades desencarnadas, em plena madrugada, sendo a maioria de natureza inferior. Trajavam roupas escuras. De certo em certos espaços, surgiam grupos de entidades luminosas, que passavam rapidamente, pois como diz Alexandre, os inferiores permanecem ociosos enquanto os espíritos esclarecidos têm sempre trabalho para fazer na seara do Senhor. É importante relacionar o que acontece na espiritualidade com nossa realidade. Nós não queremos crescer espiritualmente? Não é este nosso objetivo? Não podemos ficar ociosos no trabalho da caridade, da humildade, da ajuda ao próximo, e este próximo começa com aqueles parentes mais difíceis que estão ao nosso lado e vai até as pessoas desconhecidas. Precisamos acender nossa luz espiritual não só através de orações, novenário, evangelhos no lar, mas também através de ações, ou seja, da caridade espontânea, não a do supérfluo, ajudando nossos próximos a partir dos mais difíceis e não daqueles que mais se afinam com a gente, pois estes são fáceis de ajudar. Distribuir amor àqueles que não simpatizamos e não só aqueles que amamos, pois estes também são fáceis de amar. É como diz o Alexandre, sempre teremos trabalho na seara do Senhor. Vamos então ao caso da irmã Justina. Ela pede ajuda a Alexandre, pois seu filho encarnado, um senhor de 70 anos mais ou menos, deixou-se se envolver por inúmeras preocupações descabidas e angústias descabidas, durante o horário de repouso na cama, que estava tendo um derrame. Justina pedia mais dois

meses de vida ao filho, que tinha um bom coração, para que pudesse resolver assuntos não acabados. Alexandre vai a residência do senhor, e percebe que ele já está inclusive com o períspirito parcialmente desligado do corpo físico. Um coágulo no cérebro provocou o derrame e o desenlace era questão de instantes. Alexandre coloca a mão sobre o cérebro do Períspirito do senhor e com autoridade pede a ele que se mantenha vigilante e coopere com eles. Alexandre então aplica alguns passes magnéticos na espinha dorsal, no fígado e no cérebro do corpo físico do senhor, e pede a André que se mantenha em oração, pois é muito importante naquele momento. Solicita a um grupo de trabalho composto de oito entidades, comandadas pelo irmão Francisco, para auxiliá-los nos trabalhos, e este grupo, convocado pelo pensamento, chega em menos de dois minutos. Alexandre solicita um doador de fluidos, encarnado. Irmão Francisco sugere Afonso, um rapaz que já colabora com o grupo. Justina tenta sugerir as netas que estão dormindo no quarto ao lado, porém Alexandre diz não ser possível, pois necessitam de alguém equilibrado mentalmente, o que não acontece com os integrantes da família naquele momento. André aproveita alguns instantes enquanto não chega Afonso, para saber de Alexandre sobre o filho de Justina. Ele estava viúvo há 20 anos, e chegava o momento de desencarnar, porém, necessitava de mais alguns dias para resolver alguns assuntos aqui na terra, lógico que não MATERIAIS. Todos nós estamos num planeta de expiações e provas, e provavelmente aquele senhor, deveria ainda terminar alguma prova ou expiação em poucos dias. Afonso chega, coloca as mãos sobre a fronte do idoso, e Alexandre começa a transferir fluidos de Afonso e começa a haver uma transformação na figura do doente. Sua forma Perispiritual, que estava já separada do corpo como dissemos antes, começava a juntar-se novamente ao corpo, célula por célula, demorando aqueles trabalhos cerca de 15 minutos. Terminado, Alexandre chama Justina, e diz que a ajuda deve dar ao filho pelo menos mais cinco meses de vida, porém, se ele continuar a ter as preocupações noturnas desnecessárias, poderá provocar novamente o problema, e ai será inevitável o desencarne. Pede a ela que através da intuição, procure ajudar o filho nos próximos dias, para que ele cumpra o que se faz necessário, e a noite fique relaxado, pois é a noite que ocorrem os mais sérios processos de circulação, pois ao invés do relaxamento normal a pessoa fica invigilânte e cria fantasmas terríveis em seus pensamentos. À noite ao deitar-se, uma boa oração, e se surgirem pensamentos ou fantasmas como diz o Alexandre, que são os fantasmas das dívidas, das vinganças, dos ódios, sensuais, os fantasmas dos programas da tv com seus crimes e falcatruas, faça uma oração para cada um deles. Pensou, orou. Isto se chama ORAR E VIGIAR. Garanto que o sono vai acontecer sem que você perceba. André quer saber mais sobre o grupo do irmão Francisco. Ele explica que existem aos milhares, grupos iguais ao dele. São turmas de socorro ligadas às diversas colônias espirituais. A do Irmão Francisco é ligada a Nosso Lar. Cada grupo tem tarefas diferentes. Alguns como do irmão tem a de atender doentes graves e agonizantes. Um fato importante que ele levanta é que, os trabalhos noturnos são mais necessitados, pelo fato de que, os raios solares no horário diurno, destroem a maior parte das criações mentais dos doentes em estado melindroso, ao passo que, o magnetismo lunar à noite, favorece as criações de qualquer espécie, boa ou má, aumentando portando os problemas com o estado dos doentes graves. Estes grupos como o do irmão Francisco, são de Espíritos abnegados, que ainda vivem na erraticidade, ou seja, desencarnam, ficam na espiritualidade estudando, aprendendo, trabalhando, encarnam novamente para expiar seus erros, e continuam como nós, neste ciclo até chegar à pureza espiritual. Existem além deles, como diz o irmão Francisco, grupo de Espíritos mais elevados, que eles não tem contato, que não chegam nem a ver, mas que dão uma assistência e sustentação a estes milhares de grupos existentes nas regiões da erraticidade. André nos diz uma grande verdade que ele tira como lição destes grupos. Quase sempre, nós encarnados, quando auxiliamos alguém, esperamos reconhecimento ou recompensa, mas quase sempre estamos com os olhos fechados para a ajuda invisível que vem do ALTO. Irmão Francisco relata que nós encarnados pouco sabemos da aflição que existe com aqueles enfermos que estão prestes a desencarnar. No leito da morte, as criaturas se tornam mais dóceis, deixam o egoísmo, o orgulho, enfraquece os instintos mais baixos. Ai então é possível o entendimento entre a criatura e estes grupos de trabalho.

Nunca ninguém observou a paciência inesperada de doentes graves, a calma de certos enfermos incuráveis, e a suprema conformação da maioria dos moribundos? Muitas vezes incompreensíveis para nós encarnados, são os frutos dos grupos de socorro espiritual, como do irmão Francisco. Por isso, quando estivermos ao lado de um enfermo necessitado, com certeza o grupo de socorro estará lá. Nós devemos então fazer a nossa parte. Orar, orar, orar. Pensamentos edificantes, para ajudar esses irmãozinhos tão abnegados do lado invisível. Como diz o capitulo de hoje. Façamos também o nosso Socorro Espiritual.

RESUMO DO CAPÍTULO 08 – NO PLANO DOS SONHOS

Voltamos a nossa viagem junto a André Luiz e Alexandre, rumo ao aprendizado, através do Livro MISSIONÁRIOS DA LUZ. Neste momento da viagem, Alexandre prepara uma reunião noturna, voltada para a mediunidade e o psiquismo, com a participação de encarnados durante o horário do sono noturno. Francisco, um irmão socorrista que vimos no capítulo anterior, se propõe a trazer alguns irmãos também encarnados, necessitados daqueles estudos. A intenção de Alexandre é levar aos médiuns encarnados, conhecimentos necessários que eles não conseguiriam adquirir no plano físico. Uma boa noite de sono, nos toma 8 horas dia, as quais poderiam ser muito bem aproveitadas pelo nosso Espírito, enquanto nosso corpo físico descansa. Durante estas horas, estes cursos na espiritualidade estariam ajudando em nosso crescimento espiritual, e muito em nosso trabalho de crescimento moral aqui no plano físico. O centro de estudos de Alexandre, conta com mais de trezentos associados, porém, apenas 32 conseguem comparecer, rompendo as vibrações inferiores que nos cercam, principalmente, sensações fisiológicas. Mesmo entre estes 32, esporadicamente, alguns falham presos pela inferioridade. André pergunta se os encarnados conservam os ensinamentos quando retornam ao plano físico, ou seja, estado de vigília. O Espírito conserva para sempre os ensinamentos, podendo intensificá-los ou valorizá-los dependendo de sua elevação espiritual. Portanto no Espírito os ensinamentos sempre serão proveitosos. Já no homem físico, o cérebro tem o potencial reduzido, e depende muito da iluminação de seu detentor

para a fixação de determinadas bênçãos divinas. Portanto, nem tudo que aprendemos nestes cursos, nós aproveitamos em sua plenitude aqui no plano físico, pois dependemos muito de nosso elevação moral, e espiritual. No caso daqueles 32 irmãos que frequentam o curso com determinação, apesar de não lembrarem de onde vem o aprendizado e mesmo não revivendo todos os pormenores, guardarão a essência dos ensinamentos, que os ajudará a beneficiar o próximo, e combater até as próprias imperfeições. Vão ter pensamentos mais elevados, preces mais respeitosas, enfim, a elevação moral e espiritual necessária. André acha lamentável o não comparecimento de todos os inscritos, ou seja, mais de 300 encarnados. Toda elevação representa uma subida, e toda subida pede esforço. Todos têm seu livre-arbítrio, e na ora do esforço, acabam pulando fora, como se diz na gíria. É mais fácil deixar para a próxima segunda feira, do que começar hoje, como se diz popularmente. Alexandre chama André para o trabalho, ou seja, para irem ao local do curso. André estranha não ser na própria Colônia, mas sim em um Lar Espírita no plano físico. Como dissemos várias vezes, a espiritualidade quando encontra uma Casa Espírita séria, com dirigentes e trabalhadores sérios e irmanados, ela utiliza este lar como mais uma das moradas do Pai. É hospital, ministra cursos, reuniões, durante as 24 horas. Alexandre explica. Nesta Casa Espírita nossos trabalhos serão realizados com maior proveito, já que são dirigidos apenas a encarnados em estado de desprendimento, durante o sono. Os grandes ensinamentos de Jesus foram ministrados no seio da família. A primeira instituição visível do Cristianismo foi à casa de Simão Pedro. Uma das primeiras manifestações de Jesus foi numa festa de núpcias em pleno aconchego do lar (quando ele transformou água em vinho). O primeiro núcleo de serviço cristão em Jerusalém, foi na moradia simples de Pedro. As Casas Espíritas são alguns dos núcleos de luz que orientam os espíritos na escuridão da noite. Alexandre lembra algo que existia no começo do cristianismo, quando os Apóstolos fundavam casas espirituais que serviam para orações, pregações, asilo de idosos, orfanato, tratamento de doentes, e abrigo aos necessitados. Chamadas de Casas do Caminho eram as verdadeiras Casas de caridade e amor que Jesus pregava. Alexandre diz mais. Que no futuro da Humanidade, os templos deverão se transformar em igrejas-escola, igrejas-orfanato, igrejas-hospital, onde não só o sacerdote vincule a palavra do evangelho, mas também onde a criança encontre uma família e o esclarecimento, o jovem encontre a preparação moral necessária, o doente o remédio salutar, e o velho o amparo e a esperança. No Espiritismo, nós podemos já vislumbrar inúmeras casas espíritas trabalhando neste sentido, ou seja, mantendo um asilo para idosos, um orfanato, ensino através cursos especializados para jovens, procurando adaptar-se dentro do progresso moderno, aos ensinamentos que nos deixaram as Casas do Caminho. Faltavam 5 minutos para as 2 horas da madrugada. A palestra curso iria começar. Era grande o número de encarnados presentes. Alexandre nota a falta de 2 alunos dos 36 que mencionamos anteriormente, que eram os mais assíduos. Pede a Sertório que verifique o que está havendo, mas não faça nada, pois o horário deverá ser observado rigorosamente, ou seja, de 2 as 4 horas da madrugada. No caso dos 2 irmãos faltantes, ele providenciaria a devida ajuda após o término dos trabalhos, pois todo aquele que se prende a pensamentos inferiores, não comporta grandes conversações naquele momento. Sertório então convoca André Luiz para acompanhá-lo a fim de visitar a casa de Vieira e Marcondes. Em instantes eles chegam em um quarto confortável, e encontram um senhor idoso dormindo, fazendo um ruído estranho. Era o Vieira. Via-se perfeitamente o corpo Perispirítico ligado ao corpo físico, embora parcialmente desligados entre si. Ao seu lado permanecia uma entidade completamente estranha, totalmente vestida de negro. Vieira tinha expressão de pavor, gritos agudos saiam de sua garganta, às vezes sufocava-se. Já a entidade fazia gestos que André não conseguia entender. Sertório pergunta se a entidade era parenta de Vieira. Ela diz que são velhos amigos. E conta que, naquela noite Vieira o chamou ao lembrar do passado de ambos e o acusando de faltas que não cometeu. Estava desgosto pelas maledicências, do falso amigo, como dizia. Como suas famílias tinham laços afetivos, resolvera esperar o momento do sono para tentar resolver a questão com Vieira, prestando a ele os esclarecimentos que ele achava necessário.

Porém desde em que apareceu a Vieira no sono e começou a explicar, este ficou apavorado, e começou a gritar. A entidade dizia mais a Sertório e André Luiz. Vocês não acham que ele que pregava o respeito de uns com os outros, conhecedor da vida após a morte, ficar caluniando uma pessoa que morreu, e não dar oportunidade a esta de se defender, para saber os motivos particulares que a levaram a cometer a falha citada. Sertório tentando resolver pelo menos naquele instante o problema, sem alongar-se como recomendara Alexandre, sacode o adormecido, gritando o seu nome. Viera acorda assustado e confuso e diz: Graças a Deus acordei! Que pesadelo terrível! ... Será possível, eu estava lutando contra o velho Barbosa? Ao saírem, André Luiz nota que Vieira, ao invés de tentar ouvir sua consciência sobre as maledicências e leviandades que cometera, procurava arrumar um pretexto fisiológico para seu pavor noturno, colocando a culpa no estomago ou na comida do dia anterior. Com isto, a entidade enlutada, permanecia ali, ao seu lado. Eles agora vão para o apartamento de Marcondes. A cena que encontram é mais deprimente. Marcondes estava deitado na cama parcialmente desligado do corpo, com aparecida relaxada de quem é viciado, tendo ao seu lado três entidades femininas em atitudes pouco edificantes. De súbito, Marcondes vê Sertório e André Luiz e levanta muito envergonhado, e com as mãos no rosto, tenta se justificar ao enviado de Alexandre. André repara que as três entidades femininas eram da pior espécie que já vira no umbral. Elas começam a fazer tremenda algazarra, dizendo que Marcondes era delas. Sertório vendo Marcondes triste, e humilhado, resolve retirar-se sem acordá-lo, pois quando isto ocorrer, ele terá uma lembrança tão desagradável, que será duradoura, mudando seus pensamentos inferiores e afastando aquelas irmãs menos edificantes. Sertório diz a André Luiz que voltarão naquele instante ao local do curso, pois o tempo estava terminado. As duas em ponto iniciava-se os ensinamentos, terminando às quatro horas exatamente. Sertório fala a André que não podem ser prejudicados os outros integrantes do grupo, por causa daqueles irmãos, e que a atitude de André em querer ajudá-los era muito bonita, mas que eles precisavam passar por aquilo, a fim de aprenderem a orar e vigiar, aprender responsabilidades, aprender humildade. Já o grupo teria uma aula muito importante sobre mediunidade que muito os ajudaria na sua caminhada e progresso. Vamos lembrar de alguns fatos importantes que aprendemos hoje. O hábito da oração não só durante a manhã, mas principalmente durante a noite, faz com que ao deitarmos, através dela façamos uma ligação com a espiritualidade, e durante o sono, nosso desprendimento possa ser proveitoso através de cursos de elevação e trabalhos de caridade. Outro fato notado, é que mesmo na espiritualidade, nós temos cursos importantes, com 300 inscritos e apenas 32 persistentes. Isto ocorre também entre nós encarnados, quanto aos cursos oferecidos aos companheiros. Cursos que começam com 20 ou 30 alunos e terminam com menos de 10. Oferecemos um curso de Passes, tantas mãos subiram, mas na hora do curso, nenhuma estava presente. E tem mais. No caso de Vieira, como é importante vigiarmos nossa língua. Quando questionaram Jesus jejuar, ele disse, que importava o que saia pela boca e não o que entrava no estomago. E o que sai pela boca é a maledicência, a leviandade, a mentira. Já com Marcondes, nossa postura dentro do orar e vigiar principalmente os pensamentos menos edificantes afastam qualquer possibilidade de entrarmos em sintonia com entidades de mesma frequência. Notamos também a preocupação de Sertório quanto a voltar dentro do horário de 2 horas da madrugada. Para a espiritualidade é muito importante o horário. Todos devem ser cumpridos, Demonstram nossa responsabilidade, elevação moral e espiritual. Portanto, o Evangelho no Lar, O Novenário, Os trabalhos do Centro, enfim, tudo que envolve nossos amigos espirituais, tem horário a ser observado, e devem ser cumpridos. Eles cumprem a risca. E nós cumprimos? Fica ai o convite para a reflexão até a próxima aula.

RESUMO DO CAPÍTULO 9 – MEDIUNIDADE E FENÔMENO

O auditório da Casa Espírita estava repleto. Nos primeiros lugares, perto da mesa diretora, estavam os alunos diretos do curso, ou seja, aqueles inscritos e persistentes. Vocês devem lembrar que, de mais de 300 inscritos, apenas 32 eram assíduos participantes, e que naquela noite, dois deles estavam infelizmente fora de sintonia com a espiritualidade, e fracassaram. Já nos demais lugares, estavam os Espíritos encarnados que participavam esporadicamente dos cursos, ou eram convidados pelos mentores das Casas Espíritas para aprendizado e aperfeiçoamento da mediunidade. André examinando a sala calcula mais de 100 espíritos encarnados, comparecendo ao curso, bem como, uma grande quantidade de trabalhadores desencarnados pertencentes a grupos de socorro, que aproveitam aquele momento para seu aperfeiçoamento. Para manter a ordem dentro dos trabalhos, apenas é permitida pergunta aos alunos comprometidos com o curso, no caso aqueles 32, e mesmo assim por escrito antes do início dos trabalhos. Explica-se; não é proteção, mas uma questão de organização e ordem. Se eles acompanham todo o curso, desde o começo, eles têm condição de formularem perguntas atinentes à matéria estudada. Por outro lado, aqueles que compareceram apenas naquele dia, só criariam tumulto e confusão, com inúmeras perguntas, atrapalhando os alunos permanentes. Portanto, os demais, deverão inscrever-se em uma das diversas escolas da Espiritualidade como aquela, participar de modo assíduo, quando terão direitos a todos os ensinamentos necessários. André quer saber qual o tema daquela noite, e como Alexandre chegara ao mesmo. De posse das indagações e consultas dos frequentadores assíduos de seu curso, ele improvisa os temas visando fornecer instruções e ensinamentos globais sobre tudo o que foi solicitado pelos seus discípulos permanentes, O tema daquela noite era Mediunidade e Fenômeno. Os médiuns pedem orientações mediúnicas, em face das dificuldades que eles encontram no dia-a-dia com os problemas psíquicos e fisiológicos. Querem realizar coisas generosas através de revelações superiores, sonham com conquistas e realizações gloriosas e sublimes. Entretanto, os médiuns têm que corrigir suas atitudes mentais diante da vida humana. Como vão tentar boas ações, sem conseguir uma base moral sólida? Como poderá atingir os fins sem antes atender os princípios? A fé não pode ser reduzida a um simples amontoado de promessas brilhantes. Para elevar nossa luz interior, e colocarmos nela a LUZ DIVINA, é necessário muito trabalho. Persistente e Sereno antes de tudo. Não será com palavras que o médium erguerá o templo da fé, mas sim, com esforços de aquisição moral e espiritual, aplicação necessária, estudos, demonstrações de equilíbrio, firmeza de caráter, harmonia. Alguns médiuns acham que mediunidade é apenas expressões fenomênicas, e aguardam elas como se fosse puro mecanismo, sem preparação ou disciplina.

Para o exercício da clarividência, e da clariaudiência, requerem um intercâmbio completo com os planos mais elevados. Os médiuns terão que aprender a ver, ouvir e, sobretudo a servir na esfera do trabalho cotidiano. Terão que dominar todos os impulsos inferiores e se colocarem no rumo das regiões superiores. O médium deve gostar do trabalho, antes do repouso. Aceitar o dever sem exigências, desenvolver as tarefas aparentemente pequeninas, sem pensar nas grandes obras, e colocar os desígnios do Senhor acima de todas as preocupações individuais. Coletivamente, encarnados e desencarnados não são duas raças antagônicas, separadas pela linha da vida e da morte, mas uma grande comunidade de vivos diferenciados apenas pelas vibrações , porém, unidos para a mesma tarefa da redenção final. O problema da glória mediúnica, não consiste em ser instrumento de determinadas Inteligências, no caso, entendam-se Espíritos, mas sim, ser um instrumento fiel de Deus. Para isto é necessário que a alma encarnada efetue e desenvolva seus próprios princípios divinos. Mediunidade constitui-se de MEIO DE COMUNICAÇÃO, e o próprio Jesus nos afirma “EU SOU A PORTA..., SE ALGUÉM ENTRAR POR MIM SERÁ SALVO E ENTRARÁ, SAIRÁ E ACHARÁ PASTAGENS”. É incompreensível um médium achar que pode realizar os sublimes serviços da mediunidade, sem aprender os ensinamento do Espírito da Verdade, que na realidade é o próprio Senhor. Se o médium pretende entrar nos serviços da mediunidade, não há outro caminho senão através d’Ele (aponte para trás), que detém a luz, a infinita luz divina. Não existe outra porta para a mediunidade. Somente através dele vivendo-lhe as sublimes lições, os médiuns conseguirão entrar na mediunidade sublime e sair. Sem os ensinamentos de Jesus, a mediunidade será um simples meio de comunicação, o qual poderá ser utilizado por interessados em perturbações, tanto do lado dos encarnados como dos desencarnados. Muitas vezes o médium acha que sem a preparação necessária, sem cultivar dentro dele as qualidades que Jesus nos ensinou, através do trabalho, caridade, estudo da doutrina, através dos livros da Codificação, estudo do evangelho, reforma íntima, moral e espiritual, pratica sistemática da humildade e do amor, os médiuns acham que podem vencer o domínio pesado das vibrações grosseiras, tão-somente através de movimentação mecânica das células materiais. Sem qualquer preparação invocam forças da natureza ou potencias invisíveis. É como se passássemos por uma movimentada avenida, com milhares de pessoas circulando, todas com características diferentes, e nós chamássemos uma qualquer ao acaso para ensinar, orientar ou beneficiar alguém. A uma grande possibilidade de cometermos uma tremenda confusão. Na mediunidade do mesmo modo. Sem o estudo e preparação, poderemos invocar forças da natureza ou de Espíritos dentro da multidão que nos cercam, que poderão ser até fatais. A paixão pelo fenômeno da mediunidade, pode transformar o médium num viciado, como o é o alcoólatra. Só procura o fenômeno. É necessária a experimentação para o aprendizado, como também, necessita da pesquisa que é o processo para o conhecimento. Necessita do campo de observação e trabalho, que seria a grosso modo, o material didático usado pelo médium. Deve-se também lembrar que este aprendizado não pode ser levado como entretenimento ou brincadeira pelo médium, deixando claro ainda que o esclarecimento educativo é apenas parte do aprendizado. Porque mencionamos isto. Porque alguns companheiros estudam sempre, mas não aprendem nas verdadeiras aplicações. Outros, são excelentes oradores, porém nunca se iluminam a si mesmos. Se o médium pretende o desenvolvimento superior, o qual deve ser sua aspiração lógica, deve abandonar os planos inferiores, e fazer imediatamente a sua reforma intima total e irrestrita. Se pretender o intercâmbio com Espíritos inteligentes, deve crescer no conhecimento, valorizar as experiências, intensificar as luzes do raciocínio. Se quiser a companhia sublime de espíritos elevados a seu lado, santifique-se na luta de cada dia, Se desejas a presença dos bons, deve tornar-se bondoso com seus semelhantes. Tudo dentro da lei de sintonia. Se o médium tem desejos de transformar o próximo, e isto atormenta sua alma, deve lembrar que existem mil modos de auxiliar sem impor. Deve se desligar do excessivo verbalismo sem nenhuma obra. E as obras não são só as do bem, mas, principalmente as obras silenciosas da renúncia, da paciência, da esperança, do perdão, no trabalho de entendimento de cada dia de Jesus-Cristo. Estas obras abrem uma porta imensa dentro de nossas almas. Ter sempre em mente que não devemos esperar baixar um Espírito superior até nós, mas pelo contrário, devemos nós com nossas ações apreender a ir até eles. Não podemos permitir que, como médiuns, o

egoísmo, a vaidade, os apetites inferiores, e as tiranias do “eu”, quebrem o fio de luz que nos liga a divindade. Devemos sempre recordar que, em nossa capacidade de servir e em nossa posição de trabalhadores, estamos para DEUS, como as pedras preciosas da Terra estão para o Sol. Quanto mais nobre a pureza da pedra, mais possibilidades apresenta para refletir o brilho solar. Quanto mais obras apresentamos, dentro do bem, da renúncia, da paciência, da esperança, da humildade, do amor, do perdão, temos mais possibilidades de refletir a luz Divina.

RESUMO DO CAPÍTULO 10 – MATERIALIZAÇÃO

André Luiz neste momento do aprendizado, parte para um novo campo da MEDIUNIDADE. A Materialização. Alexandre dá uma explicação muito importante para início do entendimento sobre a materialização. A materialização é a que mais exige do médium, ou seja, necessita de toda potencialidade física, moral e espiritual do médium, bem como, de todos os companheiros encarnados que fizerem parte daqueles trabalhos. Todos devem estar físicos, morais e espiritualmente preparados para poderem realizar este tipo de trabalho, pois envolve todos em perfeita sintonia. Se isto acontecer, a materialização será uma manifestação tão natural, que não causaria prejuízo para os médiuns e nem para os assistentes. André e Alexandre seguem a noite para uma residência na terra, onde as 21 horas seria realizada uma reunião espiritual, com possível materialização. André ao chegar nota algumas diferenças das reuniões nos lares Espíritas que atendiam sofredores e que visitara anteriormente, e que nós acompanhamos nas aulas anteriores. Por volta de vinte metros ao redor da casa, um extenso cordão de trabalhadores do plano espiritual, isolava a mesma, oferecendo uma forte segurança. Nenhum princípio mental inferior, poderia ultrapassar aqueles limites penetrando naquele lar, para não afetarem a saúde física dos encarnados, nem a pureza material indispensável que seria utilizada nos processos fenomênicos, como veremos mais adiante. Portanto nenhum acesso a entidades menos dignas, através dos canais vibratórios, poderia ocorrer. André então repara que vinte entidades de hierarquia superior, estão através gestos sincronizados, ionizando a atmosfera do ambiente de trabalho, combinando recursos para efeitos elétricos e magnéticos. Em seguida, outras entidades entram com alguns pequenos aparelhos parecendo instrumentos reduzidos de grande potencial elétrico, já que emitiam raios em todas as direções. Eram aparelhos para operar a condensação do oxigênio em toda a casa, sendo aquela ozonização necessária para limpar o ambiente de bactérias e larvas de atividade inferior. Todo este trabalho é para preservar o ectoplasma que será extraído do médium, o terá que ser muito puro, não sofrer nenhuma interferência de elementos microbianos.

Agora entra na sala, várias entidades que chegam do exterior, com extenso material luminoso. Trata-se de recursos da Natureza, ou seja, elementos das plantas, e das águas, invisíveis aos homens encarnados, os quais são recolhidos por operários do plano espiritual. Os encarnados chegaram e tomaram seus lugares. Logo em seguida, chega a jovem médium acompanhada por diversas entidades do plano Espiritual, dentre as quais, se destacava uma de elevada condição, que chefiava o grupo, e exercia considerável controle sobre a moça, a qual se ligava a ele, através de delicados fios de natureza magnética. Devido à complexidade da materialização, aquelas entidades eram especialistas no corpo humano. A entidade que estava ligada à médium fora Médico na Terra. Uma das entidades, eximia enfermeira na Terra, pede a Alexandre que iniciem com auxilio magnético para incentivar os processos digestivos da médium, para que o aparelho mediúnico funcione sem obstáculos. Com mais três assistentes, eles colocam as mãos na fronte da jovem formando enorme fluxo magnético que é projetado até o estomago e o fígado, entrando os mesmos imediatamente em novo ritmo de vibrações, acelerando o processo químico da digestão. Em poucos minutos o estômago permanecia completamente livre. Em seguida, Verônica, a enfermeira, pede para prepararem o sistema nervoso para a saída de forças. Agora a operação foi de modo diferente. Alexandre mantinha as mãos na fronte da jovem, magnetizando-a, enquanto Verônica e os três assistentes magnetizavam outras regiões do corpo, cada um deles, ou seja, Nervos serviçais, dorsais, lombares e sacros. Resíduos escuros eram arrancados daqueles locais da médium, fazendo total limpeza. Enquanto Verônica aplicava passes magnéticos na médium para o desdobramento, algo desagradável aconteceu. Um trabalhador encarnado chegava com fortes traços de álcool. Rapidamente é cercado pelas entidades, pois só a sua respiração, já é motivo de emitir ar venenoso naquela atmosfera totalmente higienizada, como vimos no início. A médium é levada para um pequeno quartinho, e durante as orações, André verifica que não há existe pensamento homogêneo entre os encarnados. Estamos falando de uma reunião especial, em que haveria uma materialização de um espírito, e mencionamos que todos deveriam manter a mesma sintonia. Porém, cada encarnado orava a seu modo, pedia o seu “eu” particular, invocava um seu parente, e até faziam exigências em seus pensamentos. As entidades espirituais faziam de tudo para combinar as radiações magnéticas dos encarnados, a fim de constituírem material de cooperação. A jovem durante o desdobramento, parcialmente libertada do corpo físico, era amparada por Verônica. Era necessário orientar os encarnados imediatamente para que ficassem na mesma sintonia. Mas como? Calimério a entidade que coordenava os trabalhos, diz que deveriam fazer com que eles cantassem ou fizessem músicas, assim entrariam em sintonia. Alexandre chama André e diz que vão improvisar uma garganta ectoplasmica. Alexandre pega pequena quantidade de eflúvios leitosos que se exteriorizam das bocas, narinas e ouvidos dos médiuns, e começou a manipulá-los. Ele faz um delicado aparelho de fonação, muito parecido com nossa garganta. Utilizando sons de vozes humanas espalhadas pela sala, Alexandre falou pela garganta artificial. Pediu em nome de Jesus, que ajudassem cantando. E todos passaram a colaborar. Depois de alguns momentos, uma entidade de nome Alencar, passa a tomar forma no salão, ao lado da médium, que era sustentada por Calimério e por inúmeros assistentes. Aos poucos, aliando vários matérias fluídicos extraídos do interior da casa, aliados a recursos da natureza, Alencar materializava-se completamente aos olhos dos encarnados. Alexandre explica que naquela materialização, existem 3 envolvidos principais. A médium que faz o papel de “entidade maternal”, pois o espírito materializado está totalmente ligado a ela por fios delicadíssimos. É a própria mãe. O segundo é o Espírito Materializado, que permanece em temporária filiação a médium, ou seja, é o “filhão”. O terceiro é o Espírito Elevado que sustenta a médium o tempo todo através de energias ativas, e por extensão o espírito materializado. A importância dos 3 é tão grande que, se forçar o médium no plano espiritual, o Espírito materializado será ferido. Se agredirem o Espírito Materializado o médium sofrerá consequência funestas e imprevisíveis. Como diz Alexandre para este tipo de mediunidade exige-se santificação, e ao homem não é permitido o uso a sua vontade, existindo muitas fronteiras de limitação.

Em seguida materializam-se mãos e flores, para surpresa dos presentes. No Livro dos Médiuns, Capitulo VIII, perguntas 11 e 12, Kardec pergunta se os Espíritos poderiam materializar um liquido venenoso, e os Espíritos respondem que poderiam, mas que não os é permitido. E um remédio para cura? Sim poderiam, e já aconteceu muitas vezes. Se vocês lerem as outras perguntas deste capítulo, verão também sobre objetos (flores por exemplo). Mas, André não ficou feliz, pois achou que apenas meia dúzia de pessoas assistiram aquela maravilha, e estavam longe de pensarem em servir à causa da Verdade e do Bem.