missão operária são pedro e são paulo - mopp.net · queridos irmãos e amigos nós nos...
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Jesus em Oração Bernadette Lopez (Berna)
Missão Operária São Pedro e São Paulo
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“Um anúncio renovado proporciona aos crentes, mesmo tíbios ou não
praticantes, uma nova alegria na fé e uma fecundidade evangelizadora. Na realidade, o seu centro e a sua essência são sempre o mesmo: o Deus que
manifestou o seu amor imenso em Cristo morto e ressuscitado. Ele torna os seus
fiéis sempre novos; ainda que sejam idosos, «renovam as suas forças. Têm asas como a águia, correm sem se cansar, marcham sem desfalecer» (Is 40, 31).
[...] como afirmava Santo Ireneu: «Na sua vinda, [Cristo] trouxe consigo toda a
novidade». Com a sua novidade, Ele pode sempre renovar a nossa vida e a nossa
comunidade, e a proposta cristã, ainda que atravesse períodos obscuros e fraquezas eclesiais, nunca envelhece.”
Evangelii Gaudium, 11
Queridos irmãos (as) e amigos (as) da Missão Operária São Pedro e São
Paulo, para nós é sempre uma imensa alegria partilharmos com vocês as
nossas atividades missionarias e, sobretudo a nossa imensa alegria em
anunciarmos o Evangelho do Senhor.
Essa Palavra que anunciamos a tempo e contra-tempo sabemos que não é
nossa e sim Palavra de Cristo e nela encontramos uma força, um
dinamismo capaz de transformar e transfigurar os homens e mulheres que
a acolhem em seus corações e se deixam fecundar por ela.
Nossa última Assembleia geral (julho 2013) constatou que nossa
comunidade (Mopp) é constituída na sua maior parte por irmãos já
idosos... Mas constatamos também que a Palavra de Cristo cujo somos
humildes anunciadores nos revigora e nos impulsiona num dinamismo
sempre novo a busca de caminhos para um Anúncio sempre renovado.
Queridos irmãos e amigos nós nos confiamos as vossas orações para que
em todos os lugares onde estamos inseridos (trabalho, comunidade), o
Senhor nos ajude a sermos humildes evangelizadores que anunciam a
Palavra de Cristo. Essa Palavra cheia de força e vida e que acreditamos de
todo nosso coração ser capaz de transformar e renovar tudo. Unidos pelas
orações a todos vocês.
Com imenso carinho
Os irmãos da Mopp
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ASSEMBLÉIA GERAL
A décima terceira Assembleia
Geral da MOPP aconteceu
durante a segunda quinzena do
mês de Julho de 2013 na Abadia
cisterciense de Nossa Senhora do
Deserto (situada perto de
Toulouse, no sul da França).
As duas semanas foram um
sucesso, no sentido que cada um
teve o tempo que precisava para
expressar a sua caminhada
missionária, partilhas em que a
serenidade nos encheu de ação de
graças.
Os três primeiro dias, enquanto
tivemos a possibilidade de
conhecer a bela região e seus
habitantes, nos reaproximaram
uns dos outros após três anos de
vida missionária em terras
longínquas uma das outras.
Antonio, o nosso responsável
geral nos partilhou as suas
reflexões após seis anos de
mandato.
Durante dois dias tivemos um
ensinamento aprofundado, dado
pelo P. Dominicano Serge
BONINO a respeito das
“oportunidades e dificuldades da
fé cristã”, mas de modo especial
em nosso tempo. Explanações
ricas e agradáveis para
permanecer conectado a
realidade.
Sempre cada um tinha a
possibilidade de comunicar o seu
parecer.
Um dia muito útil foi consagrado
a “comunicação da fé nas
mídias”.
Um tempo bastante forte nos foi
dado para comunicar nossas
orientações pessoais em relação
com nossa inserção no trabalho e
no ministério. Para facilitar a
comunicação tivemos um
excelente moderador na pessoa
de Michel Dagras, sacerdote
diocesano de Toulouse e
especialista pelas relações
humanas. Sua síntese foi de
dizer: que temos uma grande
riqueza pelo leque das nossas
situações apostólicas e
missionárias; que o
envelhecimento de nosso
Instituto é uma riqueza e uma
provação; que a nossa
disponibilidade pelo anúncio da
Palavra é reconfortante; enfim
que a nossa simplicidade, nossa
pobreza são autênticas.
Um pouco antes do fim da nossa
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Assembleia, tivemos a alegria de
conhecer, para a maioria dentre
nós, a pessoa do nosso bispo
“protetor”: Dom Charles
Morerod, bispo de Fribourg
(Suíça). Com sua presença
reelegemos para três anos nosso
Responsável Geral Antônio
(Rússia) tendo como assistentes
Rémi (Japão) e Fabiano (Brasil).
Com apego e animação
conseguimos estabelecer oito
orientações para estes três
próximos anos. (Nestas
orientações se destacam: o
envelhecimento dos membros da
MOPP, a família apostólica e
como acolher jovens).
Terminamos o nosso encontro na
cidade de Toulouse onde vários
amigos e amigas se juntaram a
nós para rezar, partilhar e se
alegrar.
Jomar
Os irmãos da Mopp juntamente com o seu Bispo protetor Charles Morerod
na Abadia Sainte Marie du Désert (França)
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Durante a nossa Assembleia Geral, Manfredo fez a proposta de ter uma
oração pela qual pediríamos pela intercessão do nosso fundador, Jacques
Loew, a misericórdia de Deus para os doentes e de modo especial aqueles
que nos são próximos. Eis esta oração:
Ó meu Deus em quem confiamos,
segundo vossa vontade
escolhestes vosso filho adotivo Jacques Loew,
evangelizador intrépido
para reunir vossos filhos dispersos.
Unidos a seus irmãos e irmãs
para que a Igreja de São Pedro e de São Paulo
não cesse de crescer
nós vos pedimos por sua intercessão
a cura de vosso servo..................................
Recorrendo ao vosso apóstolo Jacques
isto vos pedimos com confiança e humildade.
Por Jesus Cristo, vosso Filho
na unidade do Espírito Santo. Amém. (Pai-Nosso, Ave Maria, Glória ao Pai)
Jacques Loew em Roma (1954)
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A Pastoral da Sobriedade Santa Rita de Cássia
“Não se combatem, queridos irmãos, os fenômenos da droga e do
alcoolismo, nem se pode conduzir uma eficaz ação para a recuperação
das suas vítimas, se não se recuperarem preventivamente os valores
humanos do amor e da vida, os únicos capazes, sobretudo se iluminados
pela fé religiosa, de dar significado pleno à nossa existência.»
Jean-Paul II
Já fazem alguns anos que
se formou no nosso bairro um
pequeno grupo de homens e
mulheres que se reúnem para
partilhar seus sofrimentos,
sobretudo ligado à dependência
das drogas. Juntos, eles escutam a
Palavra de Deus e rezam. Esse
grupo se chama « a Pastoral da
sobriedade ». Ele foi fundado por
João Ceconello, presbítero
diocesano de Curitiba e com a
ajuda de duas mulheres :
Ernestina Flores e Silvane Cecato.
Nós percebemos amargurada-
mente o número impressionante
de bares no nosso bairro que
arrancam tantos pais de família de
seus lares desde a manhã até a
noite, por causa da dependência
desses homens pelo álcool. É
impressionante também o número
de adolescentes que ingressam
cada vez mais no consumo das
drogas, como a cocaína. Vale a
pena lembrar, as moças que
acabam se voltando para a
prostituição, pois a história
pessoal delas impede de descobrir
o que elas são capazes: de se
construírem de uma forma
diferente enquanto pessoas.
Essas dependências destroem
numerosas famílias, não somente
na nossa região, mas em todas as
periferias de Curitiba.
A pastoral da sobriedade não
acolhe somente as pessoas que
são vítimas do álcool ou das
drogas, mas também aqueles e
aquelas que penam sob toda
forma de outra dependência : a
televisão, a comida, a fofoca, o
futebol, os jogos interativos, a
internet, a preguiça, o dinheiro…
talvez mesmo a religião, quando a
ideologia ou o moralismo estão
desvinculados do amor e da
misericórdia.
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Assim, nós nos encontramos toda
quarta-feira a noite para viver o
que chamamos « os doze passos
rumo à uma vida mais sobrea”:
admitir, confiar, entregar, arre-
pender-se, confessar, renascer,
reparar, professar a fé, orar e
vigiar, servir, celebrar e festejar.
Eis os doze passos para uma
nova vida no seguimento de Jesus
Cristo crucificado e Ressuscitado.
Fabiano.
Momento de partilha na Pastoral da Sobriedade
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JMJ E O TURBILHÃO DE EMOÇÕES
É um desafio enorme tentar
descrever o que sentimos e
passamos na Semana da JMJ
2013, realizada na nossa casa, o
Brasil. A cidade do Rio de
Janeiro, RJ, foi pequena pra tanta
diversidade cultural. Era como se
em cada quadra você desse uma
volta ao mundo, visitando e
conhecendo países e culturas
diferentes. O que não era
diferente em nenhuma dessas
culturas era o tamanho do sorriso
que cada rosto exibia. Um sorriso
que tenho pra mim, refletia o
sorriso dos anjos e todo céu ao
ver que tantos jovens estavam
sedentos por Deus. Mas vamos lá
aceitar esse desafio.
Decidimos que iríamos participar
desse evento - chamaríamos a
JMJ assim, até o dia em que
pisamos no Rio e percebemos
que evento era uma palavra
singela demais para
referenciarmos a experiência –
meses antes e ali, costumo dizer
para o Itamar e a Leticia, meus
companheiros nesta Jornada, que:
“Deus quando ouviu o nosso
SIM para a JMJ, sentou-se,
pegou uma caneta e um caderno
e disse: ‘Agora que vocês
decidiram se preparem porque Eu
mesmo vou planejar a viagem de
vocês’”. Passagens compradas,
inscrições feitas e junto no
pacote, muita ansiedade. Meu
Deus! Chegava o mês de
Dezembro e nunca o de Julho,
rsrs! Mas quando o grande dia
chegou Deus já estava lá de
prontidão com o check list da
nossa viagem em mãos, porque
foi aí que começou de verdade o
turbilhão de emoções.
Viajamos no dia 21 de julho,
retiramos nossos Kits no
Sambódromo, e fomos até a
Paróquia Santa Barbara, no
bairro Rocha Miranda, local
destinado para nos alojarmos. Na
chegada, mais uma vez o dedo de
Deus estava lá. Fomos super
acolhidos pelos voluntários e
pelo padre da paróquia e
encaminhados para a casa de
uma família que acabou se
tornando a nossa. Que família
abençoada era aquela... Acredito
que se dependesse deles, todos os
jovens da JMJ ficariam
hospedados por lá mesmo. Digo
isso porque na casa ficaram junto
conosco 24 rio grandenses e um
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casal de Foz do Iguaçu, PR.
Visitamos o Cristo Redentor.
Mas agora chega de tantos
detalhes da viagem e vamos para
as experiências da Jornada.
A chegada do Papa Francisco na
segunda feira, 22/07 aumentou a
nossa ansiedade. A missa de
abertura presidida pelo
Arcebispo do Rio, na terça feira
foi belíssima e emocionante. Na
quarta feira começou a
catequese. Foi tão belo ouvir
nossos sacerdotes dando
testemunhos e através deles
jovens serem tocados
profundamente, os ouvir falarem
sobre nossa Igreja, o amor de
Deus e encerrar com a missa.
Almoçávamos (e quase
morávamos na fila pra poder
almoçar, tamanha a quantidade
de jovens. Até hoje rimos quando
lembramos que 40 minutinhos,
para o carioca, naquela semana
se transformaram em horas.
Enfrentamos filas, mas era tudo
tão maravilhoso que na fila
mesmo, tirávamos fotos,
conhecemos pessoas de ‘ene’
países, fizemos amigos, ou
melhor, irmãos fraternos; rimos
das historias de cada grupo,
houve momentos em que não
sabíamos mais como conversar,
ora falávamos inglês e ora
falávamos espanhol, a confusão
foi tanto que as vezes dizíamos
“Gracias” para os americanos e
“thank you” para os que falavam
apenas espanhol, rsrs! Teve
historias de interpretação gestual
de uma galinha pra poder
explicar pra chilena o que era a
coxinha, não é mesmo Leticia?!
Tiveram os “exchange”, que
deixaram o Itamar doidinho pra
fazer as trocas de lembrancinhas
de cada país; trouxemos coisas
do mundo todo e mandamos do
Brasil para o mundo. O metrô era
em cada metro quadrado uma
variedade de povos.
Nossos olhos brilhavam. Nosso
encontro com o Papa Francisco
foi na quinta feira, em
Copacabana. A emoção era tanta
que quase desmaiei, e o conselho
da Letícia era: “se você desmaiar
eu te ajudo, mas só depois que o
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Papa passar por aqui!”, rsrs! E
valeu a pena respirar fundo,
porque ver Pedro (Papa
Francisco) foi demais. Vi o
sorriso de um Papa encantado
por tantos jovens, um sorriso
lindo, doce, sereno, amoroso,
humilde que transmite algo
maravilhoso e que traz calma aos
corações.
A via Sacra na sexta feira foi
belíssima. E no sábado, foi
decidido que a Peregrinação teria
que ser feita para a praia de
Copacabana, devido a chuva que
impossibilitou a realização da
vigília no Campus Fidei.
Percorremos 9,5km até a chegada
no túnel que marcava a chegada,
com muito entusiasmo, cantando
“Esta é la juventude del Papa”,
“Papa Francisco, juntos em
Cristo” e tantas outras. Andamos
mais um pouco pela areia até
chegarmos a um ponto bom para
passarmos a vigília. Havia tantas
pessoas naquela praia que era
impossível ver areia. Mas nada
disso impediu que durante a
vigília e a adoração ao
Santíssimo não pairasse o
silencio. Só o Amor e a Fé eram
barulhentos dentro de nós.
Lagrimas escorrem dos olhos
cada vez que me recordo do
barulho do mar, do Santíssimo
Sacramento maravilhoso exposto
no altar, de presenciar quase
quatro milhões de pessoas
ajoelharem e se entregarem a
Deus. Lembrar que mesmo no
meio de tantas pessoas, era um
encontro apenas seu com Deus,
lembrar das palavras do Papa e
hoje ler esses mesmos textos e
fechar os olhos e voltar para cada
momento, ouvir a voz de Pedro,
nos ensinando mais a ser como
Jesus Cristo foi e é, nos
ensinando a amar mais e a
acolher o próximo. Passamos a
noite na areia, mas com o
coração elevado ao céu.
Acordamos pela manhã, e nos
preparamos para a Missa de
Envio. O que dizer de um
momento que já é sublime, mas
que dessa vez, além disso, era
especial? Nada, a não ser que a
emoção tomou conta do corpo
todo. Os olhos choravam, o
coração acelerava, os ouvidos
tentavam não perder nada, nem
mesmo um suspiro do Papa no
microfone, a boca só sabia
agradecer e louvar, e a alma,
tenho pra mim, que dançava de
tanta alegria. Cristo se fez carne
e sangue por nós e nós nos
entregamos a Ele naquela missa,
aceitando o que nos foi pedido
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“Ide e fazei discípulos entre
todas as nações! (cf. Mt 28, 19)”.
O que trouxemos do Rio vai além
dos “exchange”, trouxemos
experiências, emoções diferentes,
amigos fraternos, uma fé
renovada, um coração mais
humilde e manso. E que venha
logo a próxima Jornada em 2016
em Cracóvia, queremos rever o
sorriso de Pedro!
Jucelia
Leticia, Jucelia e Itamar do grupo de Jovens Junac
Comunidade São Sebastião, Curitiba (Tatuquara)
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Comuhão de Destino Aqui um texto do nosso fundador Jacques Loew, extraido do livro : « Parabolas e
Faribolas » pg 48.
A gente acredita ser, a gente pretende ser, a gente é
missionário perdidos no meio do mundo, locatários
de casas populares, moradores dos suburbios das
grandes cidades, no coração das massas, operários de
fábrica, pobres com os pobres. Mergulhados em
comunhão de destino no seio do oceano humano.
Que pode haver de mais imerso dentro d’água do que um submarino ? Por
cima, por baixo, por trás, pela frente, apenas oceano.
Mas também, que pode haver de mais protegido ? Nenhuma gota d’água
poderá jamais penetrar nele.
Completamente diferente era a barca do apostolo Pedro : “Coberta de tal
maneira pelas ondas que a água a invadia”, “Eles já estavam submergindo
e achavam-se em perigo”,
dizem-nos os Evangelhos.
E nós? Seremos, porventura,
barcas de Pedro ou
submarinos...?
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Pesquisa MOPP, Paróquia Santa Ana
Desenho de Berna Lopez Há algum tempo atrás, em
comum acordo, a nossa equipe resolveu lançar um trabalho de pesquisa nas três comunidades que compõem um dos setores da nossa paróquia onde vivemos no bairro Santa Rita e incluindo a igreja matriz no bairro Santana. A ideia foi de reavivar uma prática tradicional da MOPP no Brasil, mas que se enraíza nas intuições e primeiras ações missionárias do nosso próprio fundador Jacques Loew, tal como nos é descrito no seu livro “Jornal de uma missão operária”. O objetivo da pesquisa foi de sondar o nosso “terreno de missão”, conhecer um pouco melhor, através da participação ativa do próprio povo, o comprometimento dos batizados (as) na sua vida de fé, de comunhão e sua familiaridade com a Palavra de Deus. Para isso, nós compomos um questionário com diversas perguntas que orientavam ao
conhecimento da pessoa de Jesus, o significado da celebração eucarística, os sacramentos em geral, a importância da Palavra de Deus no quotidiano e algumas outras questões em geral. Nesse processo de discernimento, desde o início, estávamos bem conscientes da pequenez do nosso esforço sem alvejar grandes pretensões, mas somente de poder levantar algumas modestas constatações que possam orientar nossos próximos passos missionários nesse bairro. É preciso acrescentar, que foi primordial o apoio dos nossos confrades; os cônegos lateranences e das lideranças de cada comunidade. Após o levantamento de dados, seguiram-se algumas considerações que naturalmente variam de uma comunidade para outra: em relação as cópias de enquête distribuídas, menos da metade retornaram respondidas, a faixa etária de maior
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participação foi entre 50 e 60 anos, em todas as comunidades sublinhou-se que o acontecimento mais importante na vida de Jesus foi a sua morte e Ressurreição, o que mais se busca na missa é a paz e o perdão, o programa de televisão favorito é a missa nas redes católicas, a formação que se
desejaria mais nas comunidades é em torno da Bíblia. O próximo passo agora será divulgar esse levantamento nas comunidades para quem desejar conhecer e propor formações voltadas à Palavra de Deus como pedido pelo povo de Deus.
Fabiano.
GRUPO DE AMIGOS DA MISSÃO OPERÁRIA
SÃO PEDRO E SÃO PAULO
“Segui-me... eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram” Mt 4,19-20
Caros amigos e irmãos na missão
e da Missão Operária São Pedro
e São Paulo.
Elias numa visita ao GAMOPP
Muito nos satisfaz participar com
uma pequena parcela neste
anuário informativo (de grande
valor para os quais é destinada
esta publicação) – a “Carta
Azul”. Participar da missão de
Jesus não é uma tarefa fácil;
exige renúncia, dedicação,
comprometimento, doação. A
referência bíblica acima citada
dá-nos uma dimensão do
desprendimento qual deve
nortear a vida do cristão
missionário que se propõe a
seguir Jesus.
O modo simples de evangelizar e
trabalhar com as comunidades
nas quais está inserida,
demonstrada pelas equipes da
MOPP despertou nos membros
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do GAMOPP o desejo de unir e
difundir as experiências vividas
nos trabalhos pastorais nas
comunidades onde vivem.
Anualmente, em vários
momentos importantes das
nossas comunidades, nos unimos
para partilhar as nossos dons.
Participamos do evento do Dia
Internacional da Mulher,
ajudando a comunidade a refletir
a força e a importância da mulher
na vida do lar, da sociedade civil
e na igreja; Celebramos juntos
com a comunidade a festa de São
Pedro e São Paulo, interiorizando
e procurando perceber a
dimensão missionária destes dois
santos que a seu modo se
dedicaram intensamente à causa
do evangelho, anunciando Jesus.
Marcamos presença ainda no
evento do grito dos excluídos
onde o povo de Deus,
marginalizado nos grandes
projetos sociais dos nossos
governantes, procura demonstrar
sua presença e sua força.
Procuramos participar e
contribuir em nossas
comunidades levando o exemplo
de dedicação e serviço vividos
pelas equipes MOPP, sem inibir
ou impor um modo definido de
evangelizar, mas ajudando-as a
refletir o convite de Jesus: “Vem,
segui-me!”
GAMOPP-MG
Alguns membros do
Gamopp com o seu
pároco.
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Notícias breves de cada irmão
Jomar: continua o seu ministério de evangelização na região de
Mandirituba como capelão das irmãs beneditinas e na animação dos
diversos grupos bíblicos na roça e em Curitiba. Uma novidade, os amigos
de longa data da Vila das Torres, convidaram Jomar para ajuda-los na
reflexão ligada à ação social (Ele apresenta atualmente Madeleine
Delbrêl).
Jomar junto com os
nossos vizinhos amigos
(Junior, Cicero e Zilda)
Jean: Continua trabalhando no Lar Junshin ajudando os idosos à
desenvolverem suas atividades. Ele anima dois grupos bíblicos que focam
um percurso no Antigo Testamento. Um dos grupos se reúne todas as
segundas feiras e é constituído por alguns jovens do grupo Junac. Ele
também acompanha alguns grupos de jovens e se alegra imensamente com
dinamismo que encontra no meio desses jovens.
Jean e alguns
Jovens do grupo
de jovens Alfa...
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Fabiano: Na Westaflex onde trabalha, retornou ao setor de laboratório
após ter parcialmente deixado durante 3 anos e se alegra muito com essa
mudança. Continua a sua participação na pastoral da sobriedade e iniciou
com um grupo de umas 15 pessoas dentre adolescentes até mais
experientes, um percurso de leitura do Evangelho de São Mateus.
Grupo de leitura
da Palavra de
Deus reunido em
Mandirituba
Im memoriam - Nosso irmão Georges CONVERT
Dia 28 de dezembro de 2013 faleceu em casa Georges Convert (1936-
2013) que durante seis anos foi Responsável Geral da MOPP. Francês,
depois de cinco anos de apostolado no clero diocesano de Paris Ele
ingressou na MOPP no ano de 1965.
No ano de 1969, em Montréal, Québec – Canadá – ele inicia a missão com
André Choquette. Ao longo destes anos ele se empenhou aos pequenos,
aos sedentos de conhecer a Verdade. Sua herança espiritual é bastante
importante, livros, rádios... e de modo especial as fundações da
Comunidade COPAM e do Relais Mont-Royal.
Assim testemunha um amigo:
“Georges tu eras um vigia, sempre de alerta, sempre espreitando sinais do
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que ia acontecer, por isso as vezes incompreendido... Tu escreves um
último livro que soa como um testamento espiritual: Será que nossa Igreja
é fiel a Jesus? Livro que fala exatamente o que está se passando em Roma
em nossos dias.” (Gilles Fumet – Sèves).
Georges Convert
Im memoriam - Meu irmão Manu,
A primeira vez que nos encontramos, você fazia parte da pequena
equipe da Missão Operária São Pedro e Paulo inserida num bairro da
periferia de Osasco, cidade cem por cento operária da grande periferia de
São Paulo. No próprio dia da minha chegada estourava uma greve “ilegal”
que ia recolocar em questão todos os projetos missionários que tínhamos
elaborado. Paulo acabava de falecer esmagado por um caminhão no fim de
um dia banal de trabalho, seu companheiro Pedro tinha sido expulso
“manu militari”, a causa da sua participação a esta greve “comunista!”
Você, o único brasileiro da equipe enfrentou a situação e assumiu com
coragem todos os desafios que se apresentavam todos os dias.
A coragem da fidelidade. Você se levantava às 4 horas e meia da
madrugada para celebrar a missa antes de sair para o serviço. O trenzinho
que levava os operários para as fabricas da redondeza tornou-se agora uma
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curiosidade que se visita no museu. Na época, porém era o único jeito para
conseguir chegar na fabrica. Uns sentavam em cima do teto, outros
grudavam as portas sempre abertas dos vagões com perigo de vida. Para
ter segurança de chegar na hora, precisava ter a certeza de poder sair.
Manu homem ultra regular e fiel a todos os seus compromissos tomava o
primeiro trem a sair e chegava assim 45 minutos antes que tocasse a sirena
da firma. Aproveitava-se deste intervalo para “fazer adoração num lugar
tranquilo!” Como ele nos explicou, sentava-se em cima de uma pedra que
lhe servia de cadeira de oração!
Seu trabalho consistia em aquecer até o vermelho peças de
fundição que deviam integrar-se numa peça sofisticada. Não corria assim
o risco de sofrer do frio ou de adormecer de cansaço! A volta para casa
seguia o mesmo ritual. Juntava-se por um pequeno momento à oração dos
irmãos, pois tomava uma sopa consistente, e acolhia uma turma de jovens
do bairro que debatiam das alegrias e dos sofrimentos que suscitavam
neles decepções e também esperanças. Quando tudo ia normalmente,
Manu podia esperar 4 ou 5 horas de sono antes do canto do galo !
A coragem da verdade.
Manu era religioso dominicano e tinha estudado a teologia durante sua
formação tanto no Brasil como na França onde fizera vários estágios com
o grupo do Padre Jacques Loew: “a Missão Operária São Pedro e São
Paulo”. Tinha guardado um bom senso e um equilíbrio intelectual que iam
ajudá-lo durante os grandes debates organizados no Brasil, anos depois, na
dinâmica que acompanhava a chamada « teologia da libertação ».
Discípulo do grande Mestre Santo Tomas de Aquino, sua participação em
qualquer debate ajudava a guardar um bom senso e a acompanhar as
novidades sem se tornar escravo da « modernidade ». Os que gostavam de
provocá-lo não resistiam muito tempo a capacidade que ele tinha de
examinar todos os pormenores de uma dada situação para salientar a
verdade de hoje e de sempre.
A exigência da santidade.
Manu iniciou sua vida consagrada a Deus como padre diocesano na
diocese de origem dele em Fortaleza, pois percebeu que não se sentia a
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vontade nas tarefas de padre de paroquia. Entrou então na congregação
dos Dominicanos em São Paulo, e percorreu todas as etapas da formação e
da disciplina deles até tornar-se « o Mestre dos noviços ». Durante uma
dezena de anos partilhou a vida das equipes da Missão Operária São Pedro
e São Paulo no Brasil. Quando percebeu que tinha dado o melhor do que
ele havia ; pediu à MOPP para reencontrar sua liberdade e estruturar sua
vida na base da Regra de São Bento ; encaminhou assim anos de
noviciado beneditino ; mas depois ele quis encontrar um modo mais
radical ainda de viver como um monge o que o levou a refazer um novo
noviciado até viver um compromisso total com os trapistas. Esta busca da
radicalidade de uma vida sob a regra dos grandes santos não foi coisa
simples nem fácil. Encontrou a alegria e os grandes sofrimentos daqueles
que não olham para a facilidade, mas para a santidade.
Acabou seu percurso no mês de janeiro de 2014, e repousa no mosteiro
trapista de Port du Salut na França.
Michel
Manu no mosteiro Trapista Port du Salut (França)
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Endereços MOPP SUIÇA :
Eric Marchand, Gilles Kirouac, Philippe Hennebicque : Route de l'Église 2, Case Postale 37, CH 1752 VILLARS-SUR-GLÂNE 2
Tél. maison: +41(0)26 402 7036 ; E-mail: [email protected]; [email protected];
FRANÇA :
Bruno de Boissieu, Gilbert Ménégaux : 2, Chemin de la Fontaine Romaine, 31130 QUINT.
[email protected]; [email protected]
Jean-Claude Briand, Gaspard Neerinck: 4, rue du Général Baurot apt 141, 31500 TOULOUSE Tel:+ 33 (0)5 62 16 00 46 E-mail: [email protected] e [email protected]
Nico Marchelli : Église Saint Paul, 55, bd Emile Zola, 92000 Nanterre
tel. +33(0)6 08184837 E-mail: [email protected]
Giuseppe dell'Orto : 5 Place de l'Eglise, 45480 Bazoches-les-Gallerandes
tel. +33(0)238394024
E-mail: [email protected]
Manfred Pook : Abbaye "La Joie Notre Dame", 56800 Campénéac tél (0)2 9793 1041
E-mail : [email protected]
Michel Cüenot : 5, Place Charles de Gaulle, 57580 Remilly / tél.: (0) 9 6501 5248 E-mail
Pierre Fricot e Claire Patier 68, rue Alphonse Daudet, 13013 Marseille tel. +33(0) 9 84 55 60 73
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JAPÃO :
Giuliano Delpero 1-26-31 Wada-Higashi-Tokorozawa, TOKOROZAWA-shi, Saitama 359-0023
Tél. : +81 (0) 4 2945 0510 E-mail: [email protected]
Louis Roguet e Rémi Aude 2-38-12-201 Higashi-Tokorozawa, TOKOROZAWA-shi, Saitama 359-0021 Tél. : +81 (0) 4 2946 1269 E-mail : [email protected]; [email protected]
RUSSIA :
Antonio Santi : Uliza Tkackoj Fabriki 23-3-94, 143443
KRASNOGORSK, Moskovskaya oblast
Tel +7 910 470 02 98 E-mail : [email protected]
BRASIL :
Jean Carlos de Souza, Fabiano Renaldi, Jomar Vigneron
Rua Deputado Vidal Vanhoni 1173,
81470-202 Tatuquara- CURITIBA - PR
Tel: + 5541 3349 1218 celular: Jean Carlos (41) 9942 6603 Fabiano (41)
9696 5167 E-mail : [email protected] ; [email protected] ;
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