missa i v domingo do tempo comum -...

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/15: LEITURA I Deut 18, 15-20 Moisés falou ao povo, dizendo: «O Senhor teu Deus fará surgir no meio de ti, de entre os teus irmãos, um profeta como eu; a ele deveis escutar. Foi isto mesmo que pediste ao Senhor teu Deus no Horeb, no dia da assembleia: ‘Não ouvirei jamais a voz do Senhor meu Deus, nem verei este grande fogo, para não morrer’. O Senhor disse-me: ‘Eles têm razão; farei surgir para eles, do meio dos seus irmãos, um profeta como tu. Porei as minhas palavras na sua boca e ele lhes dirá tudo o que Eu lhe ordenar. Se alguém não escutar as minhas palavras que esse profeta disser em meu nome, Eu próprio lhe pedirei contas. Mas se um profeta tiver a ousadia de dizer em meu nome o que não lhe mandei, ou de falar em nome de outros deuses, tal profeta morrerá’». Salmo Responsorial Refrão: Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações. LEITURA II 1 Cor 7, 32-35 Irmãos: Não queria que andásseis preocupados. Quem não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, com o modo de agradar ao Senhor. Mas aquele que se casou preocupa-se com as coisas do mundo, com a maneira de agradar à esposa, e encontra-se dividido. Da mesma forma, a mulher solteira e a virgem preocupam-se com os interesses do Senhor, para serem santas de corpo e espírito. Mas a mulher casada preocupa-se com as coisas do mundo, com a forma de agradar ao marido. Digo isto no vosso próprio interesse e não para vos armar uma cilada. Tenho em vista o que mais convém e vos pode unir ao Senhor sem desvios. MISSA IV DOMINGO DO TEMPO COMUM com universitários 29 Jan. 2012

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LEITURA I Deut 18, 15-20

Moisés falou ao povo, dizendo: «O Senhor teu Deus fará surgir no meio de ti, de entre os teus irmãos, um profeta como eu; a ele deveis escutar. Foi isto mesmo que pediste ao Senhor teu Deus no Horeb, no dia da assembleia: ‘Não ouvirei jamais a voz do Senhor meu Deus, nem verei este grande fogo, para não morrer’. O Senhor disse-me: ‘Eles têm razão; farei surgir para eles, do meio dos seus irmãos, um profeta como tu. Porei as minhas palavras na sua boca e ele lhes dirá tudo o que Eu lhe ordenar. Se alguém não escutar as minhas palavras que esse profeta disser em meu nome, Eu próprio lhe pedirei contas. Mas se um profeta tiver a ousadia de dizer em meu nome o que não lhe mandei, ou de falar em nome de outros deuses, tal profeta morrerá’».

Salmo Responsorial Refrão: Se hoje ouvirdes a voz do Senhor, não fecheis os vossos corações.

LEITURA II 1 Cor 7, 32-35

Irmãos: Não queria que andásseis preocupados. Quem não é casado preocupa-se com as coisas do Senhor, com o modo de agradar ao Senhor. Mas aquele que se casou preocupa-se com as coisas do mundo, com a maneira de agradar à esposa, e encontra-se dividido. Da mesma forma, a mulher solteira e a virgem preocupam-se com os interesses do Senhor, para serem santas de corpo e espírito. Mas a mulher casada preocupa-se com as coisas do mundo, com a forma de agradar ao marido. Digo isto no vosso próprio interesse e não para vos armar uma cilada. Tenho em vista o que mais convém e vos pode unir ao Senhor sem desvios.

MISSA IV DOMINGO DO TEMPO COMUM

com universitários 29 Jan. 2012

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EVANGELHO Mc 1, 21-28

Jesus chegou a Cafarnaum e quando, no sábado seguinte, entrou na sinagoga e começou a ensinar, todos se maravilhavam com a sua doutrina, porque os ensinava com autoridade e não como os escribas. Encontrava-se na sinagoga um homem com um espírito impuro, que começou a gritar: «Que tens Tu a ver connosco, Jesus Nazareno? Vieste para nos perder? Sei quem Tu és: o Santo de Deus». Jesus repreendeu-o, dizendo: «Cala-te e sai desse homem». O espírito impuro, agitando-o violentamente, soltou um forte grito e saiu dele. Ficaram todos tão admirados, que perguntavam uns aos outros: «Que vem a ser isto? Uma nova doutrina, com tal autoridade, que até manda nos espíritos impuros e eles obedecem-Lhe!». E logo a fama de Jesus se divulgou por toda a parte, em toda a região da Galileia.

A AUTORIDADE QUE ATRAI O pai, interpretado por George Clooney no filme “Os Descendentes”, que, inesperadamente, tem de cuidar das duas filhas porque a mulher teve um grave acidente, surpreende-se com a pouca autoridade que tem sobre elas. Irá descobrir que a autoridade tem a ver com convicções, com a referência a valores fundamentais e comunitários, com a profundidade da relação, e até com a importância das raízes familiares. Mas a autoridade é diferente do autoritarismo. A primeira tem em conta o interlocutor, é uma proposta de crescimento, algo que desacomoda mas que também atrai; o segundo é afirmação de força e domínio, impõe sem convencer, nada faz para tornar credíveis as convicções que defende. A autoridade de Jesus incomodava e atraía. Certamente ninguém adormecia quando ele falava ou tinha o pensamento noutro lado. Logo no início do evangelho de Marcos (ainda estamos no primeiro capítulo) participamos na força transformadora da sua palavra. Imaginamos os olhos a brilhar dos ouvintes, mas também o incómodo da religião de subsistência, dos ritos vazios de vida, da ideia de um Deus distante ou indiferente ao quotidiano. Que dizia Jesus de novo, com que palavra expressava o amor, mas também como semeava o projecto que Deus tem para todos, como maravilhava quem O escutava? É curioso como o homem com o “espírito impuro” estava calmo e integrado na assembleia até ouvir Jesus. Talvez fosse um dos mais “praticantes”, habituado a uma religião que “não aquecia nem arrefecia”. A palavra viva de Jesus faz revelar a prisão daquele homem. E liberta-o com a mesma palavra. Não é uma mudança fácil (é agitado violentamente, solta um forte grito) mas tem o sabor de uma recriação. É a bondade de Deus em movimento, capaz de devolver a verdadeira liberdade que compromete, que leva a descobrir a vida nova em Cristo, que faz nascer e crescer a fé como motor de transformação do mundo. Por estes dias Mons. Fernando Sebastián, Arcebispo emérito de Pamplona e Tudela, falando aos padres de Lisboa nas Jornadas de Formação Permanente sobre a “Nova Evangelização”, afirmou-a como “a acção pastoral que se ordena directamente a fortalecer a fé dos que crêem (muitos afastados, débeis, feridos…) e a fomentar, provocar a fé dos que não crêem, que desertaram da Igreja ou nunca acreditaram. Isto significa uma redescoberta da fé como raiz da vida cristã. Temos de superar a pastoral utilitária (…) a dispersão. Parecemos a Igreja dos centenários, das solenidades. A fé é conversão a Deus, a Jesus Cristo, à vida eterna, ruptura com o modo de ser do mundo, comunhão com a Igreja. Não podemos conformar-nos com menos.” A autoridade tem a ver com o “mais” do amor: e isso atrai! P. Vitor Gonçalves

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VIDA(S) DA PALAVRA Hoje, dou (finalmente…) a palavra! Desta vez a Aurora Nicosia, jornalista italiana e que testemunhou, como eu uma jornada extraordinária feita de… vida(s) da Palavra… vivida ! E não por nada o título / lema da mesma era… uma palavra que marca a diferença! Como aquela(s) com que em cada Domingo Jesus inspira e sustenta os nossos passos de cada dia na semana que assim se abre. P. Antº Bacelar

“Queres saber o que marca a diferença na vida? Alicerçá-la na Palavra vivida. Esta poderia ser a síntese de um encontro nacional que reuniu 700 jovens, provenientes de todos os ângulos de Portugal, no Centro Comunitário S.ra da Boa Nova, um novo auditório, no Estoril, a poucos quilómetros de Lisboa. No dia anterior chegaram também das longínquas Ilhas dos Açores e da Madeira. Aqueles que descem dos autocarros provenientes da região norte não podem esconder um semblante adormentado, devido à viagem de 4-5 horas e portanto o fato de terem acordado cedo para não faltar ao encontro, mas quando às 11 as portas do auditório são abertas, explode a vivacidade típica desta terra: a sala imediatamente está compacta, atenta, participante. Todos estão “sincronizados”, como dizem as palavras da canção de abertura. Quem os convidou e preparou o programa, denso de contribuições de todos os tipos, com canções, coreografias, testemunhos, reflexões, trabalhou durante meses, e num período que aqui em Portugal representa o ápice da vida universitária, com exames sem tréguas. E‟ também por isso que uma sala com 700 jovens significa algo extraordinário. Muitos dos presentes enfrentarão nos próximos dias um exame e há quem o adiou, para estar aqui. Sobre o palco, além do conjunto, uma frase de cinco grandes letras nos painéis, acolhe os presentes: ID GEN. Na época dos sms, facebook e do twitter, são suficientes poucas letras para poder-se entender; as 5 citadas exprimem todo um programa, e não apenas o deste dia: identidade gen, ou seja, a vida, os ideais, as ações dos gen, os jovens do Movimento dos Focolares que prepararam este dia. João, Adrian, Tiago, Rita, Violeta, António, Ana, Ricardo, Joana, Inês contam o que significa viver o Evangelho nas várias situações de suas vidas. Há quem conseguiu ir além das injustiças na universidade, quem procurou não se deixar arrastar pela competição do mundo do trabalho, quem entendeu que a mudança dos relacionamentos começa a partir da renúncia às próprias comodidades. Efeitos do amor com inúmeras consequências. Violeta narra como viveu um período de estudos em Barcelona, onde partilhou a experiência com outras 18 jovens de várias nacionalidades. Um delas provém do Egito e é muçulmana. Nem sempre os seus costumes são entendidos pelos outros, mas para Violeta amar significa não somente respeitar esses costumes. “Isto era o minimo que eu podia fazer. Lembrei-me daquela frase do Evangelho que diz para fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem”, e assim não deixa só a sua amiga em algumas situações nas quais os outros a deixam. São gestos que não ficam isolados, mas que pouco a pouco envolvem um, dois, três e mais colegas. Um mundo mais unido e fraterno passa também através destes fatos. Fala-se de um amor pelo qual sujamos as mãos. Foi o que, literalmente, aconteceu com Tiago que, convidado por um sacerdote, fez um período de voluntariado para ajudar pessoas que vivem na rua. No começo era difícil apertar mãos fedorentas, lavar os talheres que eles usavam, limpar os banheiros do centro onde aos poucos começavam a tomar banho. Também aqui é o Evangelho que vem ajudar. “Em verdade vos digo, todas as vezes que o fizerdes a um destes meus irmãos menores, foi a mim que o fizeste”. E não somente melhora, a olhos vistos, a situação destas pessoas que reencontram a propria dignidade, mas também Tiago, após cinco meses passados com eles, pode afirmar: “Eu podia olhá-los como „professores‟ que me ensinaram a amar, a alargar o coração”. Amar, mesmo quando a dor chega forte, como conta Ana Filipa na experiência com dois irmãos acometidos pela distrofia muscular. Uma experiência partilhada com os outros gen da cidade até a morte de um dos dois, confirma Ricardo que testemunha o quanto sejam verdadeiras as palavras com as quais Chiara Lubich, numa resposta dada em 2000, explica como “mesmo a dor mais aguda, se abraçada, deixa o amor no coração”. E então, também aquela que é chamada “geração sem futuro”, por deparar-se com a precariedade da vida de hoje, descobre que este amor maior contém uma saída, que a meta de um mundo unido talvez seja

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distante para muitos, mas está ao alcance de quem ama. Podem perguntá-lo a Joana, que desde pequena queria mudar o mundo e agora o faz vivendo evangelicamente no Parlamento da nação. A presidente do movimento dos Focolares, Maria Voce, não quis faltar ao encontro e gravou uma mensagem vídeo para os jovens presentes. “Hoje vocês ouviram falar de um sonho, de um grande sonho – disse a presidente –: o mundo unido. E apresentaram-vos um caminho para realizá-lo, um estilo de vida, baseado numa revolução, a revolução do amor evangélico. […]. E pôde-se esclarecer qual é o caminho a ser percorrido, um caminho que podemos tomar com coragem, sem hesitação ”. Se “o sonho é grande, o caminho não é fácil e nem mesmo isento de obstáculos, mas é sempre “entusiasmante”, garante Maria Voce e “garante uma felicidade que nenhuma outra experiência humana, por mais bonita, rica, grandiosa seja, pode equiparar”. E‟ sempre uma revolução, que tem a “garantia de successo, porque não se alicerça em nós, mas sim na Palavra de Deus”. E‟ isto que marca a diferença na vida de um gen, de um jovem. E não só! A jornada é encerrada com um telefonema dos jovens com Maria Voce que estava coligada durante o programa via internet. A presidente marca um encontro com todos os presentes: o Genfest em Budapeste, de 30 de agosto a 2 de setembro próximos.

e: 7 (dias) a partir de 1. Ter. 31 jan. / 21h15 (às 22h30)– Do YouCat? Yes, I believe… o quarto de 9

encontros (próximo a 28 fev.) a partir do recente YouCat (Catecismo Jovem da Igreja Católica) e a partir dos números que, semanalmente e durante 30 semanas, à sex., são disponibilizados na nossa página web

Sáb. 04 fev. – Juventude e Família em Comunhão: Jornada Diocesana da Pastoral Familiar em parceria com a Pastoral da Juventude e com interrogações como Juventude e(m) família: como estamos? Como Deus quer?! Como queremos nós?

Dom. 12 fev. – 1ª caminhada de preparação (Porto - Vila do Conde - 28,6 Km / partida às 08h00 da Sé do Porto e regresso de Metro) da Páscoa com Universitários “A caminho de Santiago” (de 31 de Março a 8 de Abril e desta vez pelo...Caminho Português da costa)!

Sáb. 18 fev. – no 2º aniversário do Encontro Ibérico com Taizé, em 2010, a proposta de uma tarde em workshops (programa detalhado a ser disponibilizado esta semana), acolhimento a partir das 14h30 na sede da Associação Católica (Rua Passos Manuel 54) também para partilha dos farnéis com que no mesmo local faremos o jantar. Oração na igreja da Trindade às 21h30!

Mais informações (e subscrições desta folha e da newsletter semanal, entre outras) em

www.puporto.org