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PUBLICIDADE Minoritários abrem ofensiva contra grupo Jereissati e administradores de empresa de telemarketing Justiça cassa liminar que suspendia emissão de mais de R$ 1 bi em títulos da Liq, antigo braço de ‘call center’ da Oi POR DANIELLE NOGUEIRA 16/03/2018 18:05 / atualizado 17/03/2018 11:19 PUBLICIDADE Empresa de telemarketing: minoritários fazem queixa de acionistas e administradores da ex-Contax - Arquivo RIO - Acionistas minoritários da empresa de telemarketing Liq (antiga Contax) abriram uma ofensiva contra os principais sócios da companhia e seus administradores. A batalha se dá em três frentes: na Comissão de Valores Mobiliários, na Justiça e até na Polícia Federal. Representados pela gestora de recursos Hipca, eles questionam a venda da fatia de 8,43% do grupo Jereissati a uma empresa que classificam como “fantasma”, acusam o vice-presidente do Conselho de Administração, Fabio Carvalho, de uso de informação privilegiada e manipulação de mercado e, esta semana, conseguiram suspender a emissão de mais de R$ 1 bilhão em debêntures (títulos da dívida) por decisão ÚLTIMAS DE ECONOMIA EM DESTAQUE ECONOMIA Escândalo do Facebook: entenda como dados chegaram à... Após proibição do amianto no Brasil, Eternit pede... Zuckerberg cai na lista dos bilionários após escândalo de... Abilio Diniz é recebido como celebridade em evento de... ECONOMIA COMPARTILHAR BUSCAR g1 ge gshow famosos vídeos

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Minoritários abrem ofensivacontra grupo Jereissati e

administradores deempresa de telemarketing

Justiça cassa liminar que suspendia emissão de mais de R$ 1 biem títulos da Liq, antigo braço de ‘call center’ da Oi

POR DANIELLE NOGUEIRA

16/03/2018 18:05 / atualizado 17/03/2018 11:19

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Empresa de telemarketing: minoritários fazem queixa de acionistas e administradores da ex-Contax- Arquivo

RIO - Acionistas minoritários da empresa de telemarketing Liq (antiga

Contax) abriram uma ofensiva contra os principais sócios da

companhia e seus administradores. A batalha se dá em três frentes: na

Comissão de Valores Mobiliários, na Justiça e até na Polícia Federal.

Representados pela gestora de recursos Hipca, eles questionam a

venda da fatia de 8,43% do grupo Jereissati a uma empresa que

classificam como “fantasma”, acusam o vice-presidente do Conselho

de Administração, Fabio Carvalho, de uso de informação privilegiada e

manipulação de mercado e, esta semana, conseguiram suspender a

emissão de mais de R$ 1 bilhão em debêntures (títulos da dívida) por decisão

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Abilio Diniz é recebidocomo celebridade emevento de...

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judicial. A Liq conseguiu cassar a liminar nesta tarde. O novo cronograma da

oferta não foi informado.

A antiga Contax foi criada em 2000, como um braço da Oi. Deixou de ser

subsidiária da companhia em 2004 e abriu capital em Bolsa. A empresa, que

chegou a ser líder no mercado de call center e alcançou um valor de mercado

de R$ 1,9 bilhão em 2010, hoje enfrenta dificuldades financeiras. Acumula

prejuízo de mais de R$ 280 milhões nos primeiros nove meses de 2017 e

atualmente está avaliada em apenas R$ 19 milhões. A emissão de debêntures

que seria feita na última quarta-feira faz parte do programa de

reestruturação da companhia, que emprega mais de 40 mil pessoas e cuja

dívida alcança quase R$ 1,5 bilhão.

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A alegação do minoritário Fabio Camata, sócio da Hipca e que representa

mais dois minoritários da Liq, é que a operação vai diluir os pequenos

acionistas — já que parte das debêntures poderão ser convertidas em

participações acionárias — e que teria havido abuso do direito de voto dos

acionistas majoritários na assembleia que autorizou o aumento de capital,

em 30 de janeiro deste ano. Ná época, os dois principais acionistas da Liq

eram a JPSP Investimentos Participações, do grupo Jereissati, e a Telis

Participações, da Andrade Gutierrez, com 8,43% cada.

— Nós vamos ser diluídos e vamos virar pó. Eles querem fazer a emissão

antes da divulgação de resultados do quarto trimestre, que já foi adiada duas

vezes. Não sabemos qual a situação da empresa para saber se vamos

participar da emissão ou não — disse Camata, que junto aos outros dois

minoritários que representa, detém 0,03% da Liq.

FATO RELEVANTE INCOMPLETO

Além da briga na Justiça, Camata protocolou queixa na CVM, questionando

a venda da fatia do grupo Jereissati à Parthica Holdings, indiretamente

controlada por Fabio Carvalho, vice-presidente da Liq. O comunicado da

Liq, de 22 de fevereiro, diz que a empresa da família Jereissati venderá suas

ações à Parthica Participações, controlada pela Parthica Holdings. Não

constam da nota CNPJ nem endereço da Parthica Holdings ou de sua

subsidiária.

Após proibição do amianto no Brasil,Eternit pederecuperação judicial

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Escândalo doFacebook: entendacomo dados pessoaisforam obtidos por

empresa de marketing político20/03/2018 9:19

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Abilio Diniz é recebidocomo celebridade emevento desupermercados

20/03/2018 4:30

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Por essa razão, Camata acusa os Jereissati de vender sua fatia na Liq a uma

empresa que não existe e pediu à CVM que apurasse o caso. No comunicado

ao mercado, foram anexados os documentos que Fabio Carvalho e a

Jereissati Participações encaminharam à Liq na noite anterior informando a

empresa sobre a compra e venda das ações. Ambos estavam em papel

timbrado da Liq, levantando suspeitas sobre como teria sido acertada a

operação.

Na avaliação de uma fonte a par das negociações, foi uma “trapalhada”, pois

os acionistas queriam cumprir o prazo de 15 dias do período de blackout

(período que antecede a divulgação de resultados em que a negociação com

ações da empresa é vedada). A divulgação estava marcada para 8 de março,

mas foi adiada duas vezes. A nova data é 22 deste mês.

A resolução 358 da CVM diz que “qualquer pessoa natural ou jurídica, ou

grupo de pessoas, agindo em conjunto ou representando um mesmo

interesse, que realizarem negociações relevantes deverão enviar à

companhia” informações como nome e qualificação, indicando o CNPJ ou

CPF. Para Lionel Zaclis, do Azavedo Sette Advogados, os acionistas

contrariaram a norma:

— O fato relevante tem que fornecer informações precisas, para que os

demais acionistas possam atestar se a empresa compradora é idônea

ou não e para que possam questionar a operação, caso se sintam

prejudicados — disse Zaclis.

Segundo fontes, a Parthica Holdings é o novo nome da Legion

Holdings, empresa sediada em Delaware (EUA) e que tem seis sócios,

entre eles Fabio Carvalho. Ela é focada em reestruturação de empresas

e tem, entre seus investimentos, a Bravante, do segmento de petróleo

e gás, e a varejista Leader. Para fazer o negócio com os Jereissati, a

Parthica comprou às pressas as cotas de uma empresa de prateleira —

empresas prontas oferecidas no mercado para driblar a burocracia —, prática

que não é considerada ilegal.

A alteração contratual da empresa que deu origem à Parthica Participações,

subsidiária da Parthica Holdings, é de 5 de fevereiro, mas o contrato social

só foi arquivado da Junta Comercial do Rio em 5 de março. De acordo com

Luiz Henrique Vieira, sócio do Bichara Advogados, como o contrato social

foi protocolado na Junta até 30 dias após a alteração societária, a data da

criação da Parthica Participações retroage a 5 de fevereiro, ou seja, antes da

operação de compra e venda entre o grupo Jereissati e a nova empresa.

O curioso é que o documento da alteração contratual tem a assinatura

reconhecida em cartório apenas de Fabio Carvalho, que representa os sócios

que compraram as cotas. Os sócios que venderam a empresa original não

têm a firma reconhecida. Além disso, a recém-criada Parthica Participações

tem capital social de R$ 500, e sua primeira compra de participação

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acionária (os 8,43% dos Jereissati) soma cerca de R$ 1,6 milhão,

considerando a atual cotação dos papéis da Liq.

ACUSAÇÕES NA PF

Procurada, a Liq informou que “os CNPJs da Parthica Participações Ltda e

da Parthica Holding LLC não constavam do comunicado encaminhado à

companhia (pelo grupo Jereissati e por Fabio Carvlho). Por esta simples

razão não foram inclusos no fato relevante” divulgado em 22 de fevereiro. A

Jereissati Participações não explicou por que não incluiu o CNPJ no

documento que enviou à Liq. Disse que “desde 2016 não exerce qualquer

atividade administrativa na Liq e/ou possuiu representante no Conselho de

Administração. Desta forma, não cabe à empresa comentar sobre decisões

tomadas pelos seus administradores”. Procurado, Fabio Carvalho não se

manifestou.

Na terceira frente da ofensiva que abriu contra os acionistas majoritários da

Liq, Fabio Camata protocolou notícia crime na Polícia Federal, na qual acusa

Fabio Carvalho de crime de manipulação de mercado e de uso de informação

privilegiada. As duas acusações também constam da queixa aberta na CVM.

Segundo advogados consultados pelo GLOBO, não há indícios claros de um

ou outro crime, pois a operação de compra e venda de ações não ocorreu no

mercado de capitais. Em nota, a Jereissati Participações reforça essa

posição: “a transação de compra e venda das ações não foi em Bolsa de

Valores e, sim, uma transação privada, que ainda não foi concluída”. A

expectativa é que isso ocorra em algumas semanas.

A posição de Camato não é unânime entre os minoritários. Fábio Salles, que

integra um grupo de acionistas pessoas físicas com 15% da Liq, é favorável à

emissão de debêntures e ao processo de reestruturação da empresa e não vê

indícios de fraudes em qualquer operação realizada por seus

administradores.

Em nota, após a publicação da reportagem, o vice-presidente do Conselho de

Administração da Liq, Fábio Carvalho, afirmou que a aquisição, pela

Parthica Holdings, da fatia acionária do grupo Jereissati na Liq seguiu todas

as normas da CVM e a legislação societária. "É, portanto, falsa e caluniosa a

afirmação de que teria havido irregularidade no negócio. A Parthica está

analisando as medidas judiciais que adotará a respeito", diz a nota.

O texto acrescenta que a transação foi informada à Liq no dia 21 de

fevereiro. Na manhã do dia seguinte, antes da abertura do mercado, a

Liq divulgou fato relevante sobre a compra, seguindo as regras que

regulam o mercado de capitais. O CNPJ da Parthica é

29.363.233/001-30.

Carvalho ressalta que a Hipca não é acionista da Liq. O texto

acrescenta ainda que a Junta Comercial do Rio de Janeiro não exige

reconhecimento de firma nos atos societários apresentados para

registro. "São caluniosas as inferências feitas a esse respeito. A

Parthica está analisando as medidas judiciais cabíveis", disse.

A nota ressalta que o grupo empresarial do qual a Parthica faz parte tem

ampla experiência em gestão e reestruturação de empresas. "Acreditamos

que a compra da participação na Liq contribuirá para o processo de

reestruturação da companhia e para o fortalecimento de sua capacidade

financeira".

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