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Norminha
Desde 18/08/2009
Nesta edição:
12 páginas
Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 26 de setembro de 2019 - Nº 538
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Revista Digital Semanal Toda quinta-feira grátis no seu e-mail
Consulta Pública da NR 31 e anexos da NR 15 e NR 9
Norminha, 26/09/2019 Está disponível para consulta pública a
proposta de revisão da Norma Regula-
mentadora nº 31 (Segurança e Saúde
no Trabalho na Agricultura, Pecuária,
Silvicultura, Exploração Florestal e A-
quicultura), dos anexos nº 1 (ruído con-
tínuo ou intermitente) e nº 2 (ruído de
impacto) da Norma Regulamentadora
nº 15 (Atividades e Operações Insalu-
bres), bem como da inclusão do anexo
nº 4 (Ruído contínuo ou intermitente e
ruído de impacto) na Norma Regula-
mentadora nº 9 (Programa de Preven-
ção de Riscos Ambientais). O aviso de
consulta pública foi publicado no últi-
mo dia dia 23 de setembro, no Diário
Oficial da União, pelo Ministério da E-
conomia, por meio da Secretaria Espe-
cial de Previdência e Trabalho.
A consulta dos textos pode ser reali-
zada no site:
http://participa.br/secretaria-de-
trabalho pelo prazo de 30 dias, a contar
da data da publicação do aviso no Diá-
rio Oficial da União. Expirado o prazo
fixado, as sugestões serão analisadas
pela Secretaria de Trabalho, que elabo-
rará a proposta de texto a ser encami-
nhada a grupo tripartite, formado por
representantes do governo, de trabalha-
dores e empregadores, para discussão
e aprovação. Ao final, o grupo tripartite
encaminhará a proposta de texto final a
ser discutida e aprovada no âmbito da
Comissão Tripartite Paritária Perma-
nente - CTPP.
Dúvidas a respeito da utilização da
plataforma poderão ser encaminhadas
para o e-mail:
Lembrando que as sugestões enca-
minhadas por correio eletrônico não
serão consideradas. N
Fundacentro concede
homenagem ao idealizador do “Abril Verde”
Norminha, 26/09/2019
O paraibano Nivaldo Barbosa,
técnico de segurança do trabalho, radi-
alista e jornalista, recebeu uma home-
nagem na última quinta-feira, 19 de se-
tembro de 2019 no XXIX Seminário de
Promoção da Segurança e Saúde no
Trabalho do Distrito Federal, realizado
pela (FUNDACENTRO-DF). O evento o-
correu no auditório do Centro Integrado
do (SESI/SENAI).
Na oportunidade, o comunicador
prevencionista proferiu a palestra “O
poder da comunicação para cultura de
prevenção de acidentes e doenças ocu-
pacionais”, cujo objetivo é de chamar a
atenção da sociedade brasileira para a
adoção de uma cultura permanente de
prevenção de acidentes do trabalho e
doenças ocupacionais.
Além de ser o idealizador do Abril
Verde no Brasil, também é apresentador
do programa ST NA TV, único em uma
TV aberta do país, com exclusividade
sobre Segurança e Saúde do Trabalho,
completando um ano no ar, neste mês
de setembro, vai ao ar todos os sábados
as 10h30 pelo canal 39.1 da TV Câmara
municipal de João Pessoa capital da
Paraíba.
Segundo Nivaldo, é de fundamental
utilizar todos os meios e formas de in-
formar aos trabalhadores e empregado-
res da importância da prevenção dos in-
fortúnios laborais, que causam bastante
prejuízos aos indivíduos, a sociedade e
aos cofres públicos.
Nivaldo recebeu uma menção hon-
rosa da FUNDACENTRO em forma de
placa, medalha e certificado pela atua-
ção em prol da promoção da saúde e
segurança do trabalho que vem desem-
penhando no Brasil. Emocionado agra-
deceu a todos que direta ou indireta-
mente contribuem com as ações desen-
volvidas ao longo da sua trajetória pro-
fissional, garantindo que a missão pre-
vencionista estará a cada dia mais pre-
sente em sua vida. N
Norminha, 26/09/2019 O Ministério da Economia, por meio da
Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho, publicou no dia 24 de setem-
bro de 2019, no Diário Oficial da União,
quatro portarias que tratam sobre as
Normas Regulamentadoras e os proce-
dimentos relativos aos embargos e in-
terdições.
A portaria nº 1.066, de 23 de setem-
bro de 2019, aprova a nova redação da
Norma Regulamentadora nº 24 (Condi-
ções de Higiene e Conforto nos Locais
de Trabalho). A portaria nº 1.067, de 23
de setembro de 2019, altera a redação
da Norma Regulamentadora nº 28 (Fis-
calização e Penalidades). A portaria nº
1.068, de 23 de setembro de 2019, a-
prova a nova redação da Norma Regula-
mentadora nº 03 (Embargo e Interdi-
ção). E, portaria nº 1.069, de 23 de se-
tembro de 2019, disciplina os procedi-
mentos relativos aos embargos e inter-
dições.
Conheça a nova NR-24.
Conheça a nova NR-3.
Conheça a alteração na NR-28.
Procedimentos relativos aos embar-
gos e interdições.
N
Carteira de Trabalho Digital entra em vigor
Norminha, 26/09/2019 Os brasileiros passam a contar com a
Carteira de Trabalho Digital, documen-
to totalmente em meio eletrônico e e-
quivalente à antiga Carteira de Trabalho
e Previdência Social física.
Segundo a Secretaria de Trabalho do
Ministério da Economia, a mudança vai
assegurar facilidades para trabalha-
dores e empregados, com redução da
burocracia e custos. Por exemplo: ao
ser contratado, o novo empregado não
precisará mais apresentar a carteira em
papel. Bastará informar o número do
CPF ao empregador e o registro será
realizado diretamente de forma digital.
Prevista na Lei da Liberdade Econô-
mica, sancionada na última sexta-feira
(20), a Carteira Digital é disciplinada
pela Portaria nº 1.065, da Secretaria Es-
pecial de Previdência e Trabalho do Mi-
nistério da Economia, publicada na edi-
ção desta última terça-feira do Diário
Oficial da União.
O documento digital está previa-
mente emitido para todos os brasileiros
e estrangeiros que estejam registrados
no Cadastro de Pessoa Física (CPF).
Cada trabalhador terá de habilitar o do-
cumento, com a criação de uma conta
de acesso no endereço específico.
eSocial
Empresas que já usam o eSocial po-
derão contratar funcionários sem a ne-
cessidade de exigir deles o documento
físico. Isso vai facilitar o acesso ao
mercado, pois não será mais necessá-
rio apresentar a carteira de trabalho em
papel para ingressar em um novo em-
prego, resultando em simplificação e
desburocratização.
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Com as novas regras, as anotações
que antes ficavam na CTPS de "cader-
ninho azul" passarão a ser realizadas e-
letronicamente. Para acompanhar es-
sas anotações, o trabalhador poderá u-
tilizar um aplicativo especialmente de-
senvolvido para celulares (com versões
IOS e Android) ou acessar o ambiente.
A Carteira Digital tem como identi-
ficação única o número do CPF do tra-
balhador, que passa a ser o número vá-
lido para fins de registro trabalhista.
N Economia UOL
Norminha, 26/09/2019 Por ACS/ Alexandra Rinaldi, com
contribuições de Eduardo Garcia Garcia-
RBSO
Em artigo publicado em agosto de
2019, na Revista Brasileira de Saúde O-
cupacional, pesquisadores da Secreta-
ria da Saúde e da Universidade Federal
da Bahia analisaram a implementação
de protocolo de vigilância e atenção à
saúde das populações expostas a
chumbo, cádmio, cobre e zinco, no mu-
nicípio de Santo Amaro, localizado no
Recôncavo baiano. A história local re-
flete problemas de contaminação por
metais pesados ao longo de 40 anos,
envolvendo moradores, pescadores,
trabalhadores e ex-trabalhadores do se-
tor metalúrgico, totalizando mais de 8
mil pessoas potencialmente expostas.
A partir de uma pesquisa qualitativa,
com base na percepção dos gestores e
profissionais da Saúde, o estudo bus-
cou analisar os avanços e os obstácu-
los encontrados nos cinco anos iniciais
da implantação das ações relacionadas
ao protocolo. “Poucas experiências no
Portarias aprovam novas NR 24 e NR 3 e altera a NR 28
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MPT lança ações para proteger frentistas dos malefícios do benzeno
O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC) lança uma série
de ações para proteger os frentistas dos malefícios do benzeno. A iniciativa é con-
duzida pelo Projeto de Prevenção do Câncer Ocupacional, da Coordenadoria Nacio-
nal de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho (Codemat) do MPT. Está sendo reali-
zada uma série de audiência públicas com sindicatos patronais e de trabalhadores,
agentes de saúde e da rede de proteção ao trabalhador. N
Artigo avalia implantação de Protocolo de Vigilância em Saúde de população exposta a metais pesados
Curso: Instrutor e Supervisor de Espaço Confinado Araçatuba (SP): 21, 22 e 23; e 28 e 29 de novembro de 2019
Curso: Higiene Ocupacional na prática Araçatuba (SP): 06, 07 e 08 de novembro de 2019
Instrutor NR20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis Presidente Prudente (SP): 25 a 27 de novembro de 2019
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Protocolo visa a orientar o desenvolvimento
de ações de assistência, acompanhamento e
vigilância das condições de saúde de
trabalhadores e da população exposta em
município da Bahia com histórico de
contaminação ambiental
Brasil retratam a avaliação de protoco-
los de vigilância ambiental e em saúde
do trabalhador implantados pelo SUS
em áreas afetadas por contaminantes
ambientais”, observam os pesquisado-
res.
O texto completo de Implantação de
protocolo de vigilância e atenção à saú-
de de ex-trabalhadores e população ex-
posta a chumbo, cádmio, cobre e zinco
em Santo Amaro, Bahia, de Rita Franco
Rego, Louise Oliveira Ramos Machado,
Gerluce Alves e Ila Rocha Falcão, está
disponível no SciELO. N
Simpósio sobre Sistemas de Gestão da SST será no CTN
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balho.
Nesse sentido, o simpósio tem co-
mo intuito debater com os atores gover-
namentais e sociais sobre os desafios e
perspectivas da gestão de riscos nos
ambientes de trabalho.
A coordenação técnica é realizada
pelos servidores Gilmar da Cunha Tri-
velato, José Damásio de Aquino, Rob-
son Spinelli Gomes, Rogério Galvão da
Silva e Luis Fernando Salles Moraes. O
especialista em medicina do trabalho,
Mário Bonciani, também faz parte da
coordenação.
Evento será realizado no dia 04 de
outubro
O evento é aberto para governo, em-
pregadores, trabalhadores, profissio-
nais especializados em segurança e
saúde no trabalho, pesquisadores e es-
tudantes.
Informações podem ser obtidas com
o Setor de Eventos, telefones:
(11) 3066.6368/6116, falar com
Claudia ou Gisele. A inscrição poderá
ser feita no site da Fundacentro.
Informações e Inscrição.
N Publicação conta histórias de trabalhadores adoecidos pelas
condições de trabalho Norminha, 26/09/2019 Por ACS/ Alexandra Rinaldi
Macedo, Sofia, Jorge, Carlos, Ander-
son, Antonio e Alice. Todos esses no-
mes têm algo em comum: são trabalha-
dores segurados do INSS com vínculo
de trabalho regido pela Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT) e que so-
freram violências no retorno ao traba-
lho.
Outro ponto que esses trabalhadores
têm em comum são as diversas formas
de violências, palavra caracterizada no
plural pelas pesquisadoras da Funda-
centro, como forma de descrever um
processo penoso pelo qual os trabalha-
dores passam quando retornam às suas
funções após o tempo de afastamento
por acidente de trabalho.
Os nomes dos trabalhadores, todos
fictícios, fazem parte da publicação re-
cém-lançada pela Fundacentro e que re-
cebe o título “Violências durante o pro-
cesso de adoecimento pelo trabalho”.
“Com esta publicação buscamos au-
mentar a visibilidade do drama de quem
adoece pelo trabalho. Posso dizer que a
publicação deverá interessar a vários
setores da sociedade, desde trabalha-
dores, passando por profissionais de
SST, acadêmicos e ainda formuladores
de políticas públicas, pois procuramos
analisar os determinantes da situação
Norminha, 26/09/2019 Por Fundacentro/ACS - Débora Maria
Santos
No dia 04 de outubro, a Fundacentro
promove Simpósio Nacional sobre Sis-
temas de Gestão da Segurança e Saúde
no Trabalho: desafios e perspectivas
para a realidade brasileira, a ser realiza-
do no auditório Edson Hatem, localiza-
do à rua Capote Valente, 710 – Pinhei-
ros – São Paulo – SP, das 8h30 às 16h
30.
De acordo com dados do Observató-
rio Digital de Saúde e Segurança do
Trabalho, de 2012 a 2018, o Brasil re-
gistrou 16.455 mortes e 4.5 milhões a-
cidentes. A Fundacentro, por sua vez,
desenvolve estudos, ações e iniciativas
que contribuem na redução do número
de acidentes de trabalho e na constru-
ção de uma cultura de prevenção de a-
cidentes e doenças relacionadas ao tra-
Objetivo é reconhecer os agentes de
riscos psicossociais e debater sobre as
suas consequências na vida do
trabalhador
prometimento do psicológico do traba-
lhador, favorecendo ao aparecimento
do transtorno emocional o qual corres-
ponde a uma série de sentimentos de
insegurança como fobias, medos, an-
siedade e depressão.
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Criado em 1992 pela Federal Mun-
dial de Saúde Mental (World Federan-
tion for Mental Health), o Dia Mundial
da Saúde Mental é celebrado em 10 de
outubro, visando alertar sobre a ques-
tão da saúde mental e, sobretudo, a
importância da preservação da saúde e
qualidade de vida.
Inscrição pode ser feita por meio do
e-mail: [email protected]
Telefone de contato: (51) 3225-6688
N
Notas Informativas avaliam mudanças Norminha, 26/09/2019 A antiga redação da NR 24, segundo a
nota, determinava uma série de exigên-
cias que não se justificavam do ponto
de vista da garantia da higiene e do
conforto no ambiente de trabalho e aca-
bavam por aumentar desnecessaria-
mente os custos das empresas. Cita,
como exemplos, a exigência de dimen-
sionamento de área dos vestiários de
acordo com o número total de funcio-
nários da empresa (não utilizando co-
mo referência o número de trabalha-
dores usuários do turno com maior
contingente) e a obrigatoriedade de ma-
nutenção de refeitórios em condições
muito específicas. A Norma foi refor-
mulada visando a reduzir o número de
exigências dessa natureza, que pouco
acrescentam em termos de higiene e
conforto, mas que representam um cus-
to elevado para as empresas. Sob a no-
va redação da norma, espera-se signifi-
cativa redução desse custo.VEJA NOTA
Com relação às mudanças produzi-
das na NR 3, a nota informativa apre-
senta estimativas dos impactos negati-
vos que embargos e interdições têm ti-
do no valor adicionado dos diferentes
setores da economia. As estimativas
indicam que o custo total dos embargos
e interdições pode chegar a R$ 6,5 bi-
lhões em termos de valor adicionado a-
nual (0,23% do valor adicionado total).
Logo, na medida em que a nova reda-
ção na NR 3 permita alguma redução no
número e na duração de embargos e
interdições, espera-se um impacto po-
sitivo nos setores produtivos.
VEJA NOTA. N
Pesquisa teve como objetivo
identificar, analisar e descrever
diversas formas de violência
desses trabalhadores”, conta a coorde-
nadora da pesquisa, Daniela Sanches
Tavares.
Em 111 páginas, disponível em for-
mato eletrônico, a publicação que teve a
colaboração do Centro de Referência em
Saúde do Trabalhador da Freguesia do
Ó – Secretaria Municipal de Saúde de
São Paulo (Cerest–Freguesia do Ó) e
Confederação Nacional dos Trabalha-
dores no Comércio e Serviços (Con-
tracs), descreve como ocorre o proces-
so de adoecimento pelo trabalho, tendo
o relato dos trabalhadores como peça-
chave para compreender a vulnerabili-
dade ao assédio moral e a outras formas
de violências que a condição de adoecer
pelo trabalho acarreta.
O tema das violências relacionadas
ao trabalho é amplo e vem sendo deba-
tido em vários âmbitos. Foi eleito como
tema do programa Trabalho Seguro, do
Conselho Superior da Justiça do Tra-
balho (CSJT) e do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), para o biênio 2018-20.
Leia na integra, a publicação Vio-
lências durante o processo de adoeci-
mento pelo trabalho.
N
Riscos Psicossociais: Trabalho e Saúde Mental será destaque em curso no
Rio Grande do Sul Norminha, 26/09/2019 Por Fundacentro/ACS - Débora Maria
Santos
Nos dias 09 e 10 de outubro, das 9h às
17h, a Fundacentro (Centro Estadual do
Rio Grande do Sul) realizará o curso
“Riscos Psicossociais: Trabalho e Saú-
de Mental”, no espaço Mútua do Rio
Grande do Sul, localizado à rua Dom
Pedro II, nº 864 - Higienópolis, Porto
Alegre – RS.
O curso é oferecido aos gestores,
recursos humanos, profissionais da á-
rea de segurança e saúde no trabalho,
bem como interessados no tema.
A docente Maria Muccillo, servidora
da Fundacentro (Centro Estadual do Rio
Grande do Sul), informa que os riscos
psicossociais são considerados hoje
como emergentes pelos organismos in-
ternacionais. “Negligenciar na identifi-
cação dos agentes que agridem a saúde
mental do indivíduo é comprometer a e-
ficácia da Segurança e Saúde no Traba-
lho, considerando seus princípios de
precaução, prevenção e controle de tu-
do que possa desconstruir a integridade
do ser humano e que se encontram pre-
sentes nos ambientes, na organização e
dinâmica do trabalho”, frisa.
Diante disso, o objetivo do curso é
reconhecer os agentes de riscos psi-
cossociais e, assim, debater sobre as
suas consequências na vida do traba-
lhador.
De acordo com especialistas, os ris-
cos psicossociais não são tão fáceis de
serem identificados. O que leva o com-
Encontro reúne profissionais da SST em Presidente Prudente (SP) Evento teve a presença especial de Marcos Antonio de Almeida Ribeiro, Presidente do SINTESP e homenagem a Antonio Tadeu da Costa
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Norminha, 26/09/2019
O dia 21 de setembro de 2019 foi
superespecial para os profissionais de
Presidente Prudente (SP) e Região.
Coordenado pela Regional do SIN
TESP, foi realizado o Encontro Regional
de Segurança e Saúde no Trabalho com
a presença de mais de 100 profissio-
nais.
O evento contou com a presença es-
pecial de Marcos Antonio de Almeida
Ribeiro, Presidente do SINTESP que
também proferiu a palestra “Impactos
das alterações nas NRs na área da
SST”.
Os demais profissionais que se a-
presentaram foram:
Solange Miguel do Grupo Saúde e
Vida; Rodrigo Villar (Trabalho em altu-
ra); Lu Ruani (Motivação para SST);
William Taguti (Plano de Manutenção,
Operação e Controle); Dr. José Carlos
Figueira Jr. (PCMSO e eSocial); Ana
Thais Souza Stoco (Perícia Ergonômi-
ca); Dr. Rosinaldo Ramos (Reflexão
Previdenciária) e encerramento com a
palestra do homenageado do dia, Anto-
nio Tadeu da Costa que falou sobre as
alterações na legislação da SST.
Rodrigo Villar e a equipe da RV Assessoria
fez uma bela apresentação sobre Segurança
em Trabalho em Altura
Logo após as apresentações das palestras, profissionais da SST pousaram para uma foto aérea e encerraram evento com delicioso churrasco e muita alegria
HOMENAGEM
Antonio Tadeu da Costa foi home-
nageado pelos organizadores do even-
to, destacando sua atuação profissional
nos últimos 30 anos, mantendo o espí-
rito de união entre os profissionais da
região, provocando encontros como o
realizado e mantenedor de informações
profissionais e legais para que todos
possam usufruir em suas atividades,
enriquecendo a SST.
Parabéns aos organizadores e a
todos que participaram e ainda doaram
alimentos para entidade. N
As fotos abaixo demonstram alguns momentos do evento organizado pelos Diretores da Regional do SINTESP, Cláudio,
Saulo, João e Sérgio que agradavelmente receberam a todos os participantes e proporcionaram um dia de muitas informações,
debates e uma confraternização feliz, graças à ajuda de várias empresas e profissionais.
O encontro motivou a necessidade de união dos profissionais, principalmente neste momento de transição que vive o setor.
Fim do PPRA? Nova NR-38?
Resíduos plásticos: sociedade precisa amadurecer a visão
sobre o tema Norminha, 26/09/2019
A proibição do uso de canudos plásticos tem sido causadora de grandes polêmicas
em todo o Brasil. O fato da Prefeitura e Governo de São Paulo, por exemplo, terem
sancionado recentemente leis que proíbem o uso de canudos plásticos mostram
que mesmo diante da necessidade de reduzir os resíduos gerados por este tipo de
produto, o banimento do uso parece algo muito radical.
De acordo com as novas regras, no lugar do material plástico, os estabelecimen-
tos deverão fornecer canudos em papel reciclável, material comestível, ou biode-
gradável, embalados individualmente em envelopes hermeticamente fechados fei-
tos do mesmo material. Tais medidas destacam que haverá mudanças no dia a dia
consumidor e, especialmente, na cadeia produtiva do plástico.
“Para construir um cenário favorável, toda a cadeia tem que se engajar, desde
consumidores adotando o consumo conscientemente, de modo responsável e des-
cartando adequadamente. Os estabelecimentos de varejo e comércio disponibili-
zando locais adequados para descarte de recicláveis. O poder público tendo gestão
adequada dos resíduos e viabilizando a economia circular, entre outras ações”, diz
Edison Terra, coordenador da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Co-
plast) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que concedeu uma
entrevista para o canal Ecowords e falou sobre os desafios e soluções que envolvem
o universo dos resíduos plásticos no País. Confira:
Como a Abiquim, através da sua Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas,
se posiciona diante dessa lei? Proibir os canudos plásticos é uma solução para re-
duzir o descarte de plásticos e resolver o problema desse resíduo?
Antes de qualquer banimento, importante avaliar os impactos ambiental, social
e econômico de tal decisão. Muitas decisões estão sendo tomadas sem avaliar os
impactos do banimento e das soluções alternativas.
Entendemos a necessidade de resolver o problema da gestão de resíduos, prin-
cipalmente do lixo nos mares. Mas quando falamos de impacto ambiental, não se
trata somente do descarte, mas também de todos os impactos no ciclo produtivo,
tais como: emissões de CO2, utilização de energia, água, solo, dentre outros. Não
podemos esquecer que o banimento não é solução para o descarte ou a gestão ina-
dequada de resíduos plásticos. Para resolver o problema, toda a cadeia tem que se engajar, desde consumi-
dores adotando o consumo consciente, de modo responsável e descartando ade-
quadamente. Os estabelecimentos de varejo e comércio disponibilizando locais a-
dequados para descarte de recicláveis. O poder público tendo gestão adequada dos
resíduos e viabilizando a economia circular. A indústria de reciclagem desenvolvida
para iniciar um novo processo produtivo. Os Brand Owners valorizando o reciclado
e utilizando em seus produtos e os fabricantes desenvolvendo soluções circulares.
A proibição é considerada radical pelos empresários do setor?
A proibição abrupta elimina todo um setor produtivo, sem que sejam analisadas
outras soluções mais eficazes para o problema. Lembrando que os produtos podem
ser adequados para uso em uma situação e não em outra e o banimento nivela to-
das elas.
Na opinião da entidade, quais são os prós e contras dessa proibição?
Além de trazer impactos econômicos negativos, a proibição não resolverá o pro-
blema da falta de gestão adequada dos resíduos. Pode reduzir o volume de resíduos
plásticos, mas aumentará a geração de outros tipos de resíduos, hoje já tem canu-
dos de papel, metal, vidro, bambu dentre outros que poderão trazer outros impactos
ao meio ambiente. O lado positivo é a discussão que isto provoca e a chance que
temos de amadurecer a visão de todos nós sobre o tema.
A questão dos resíduos plásticos, em geral, tem movimentado bastante a opi-
nião pública. A Abiquim tem desenvolvido alguma iniciativa que vise soluções viá-
veis e que não prejudique o setor produtivo ligado aos plásticos? Poderia dar e-
xemplos?
A Abiquim lançou, no ano passado, seu compromisso para desenvolver a Eco
nomia Circular. Acreditamos que o plástico é uma solução sustentável, pois trouxe
grandes avanços para a sociedade, como na saúde, setor automotivo, agricultura,
extensão de vida útil dos alimentos dentre outros, mas a gestão inadequada dos re-
síduos plásticos tem gerado impacto ao meio ambiente, por isso, nosso compro-
misso de transformar a economia linear em circular, em que o resíduo passa a ser
matéria-prima para um novo processo produtivo é o caminho para solução deste
problema.
Leia a entrevista completa no link: https://ecowords.com.br/residuos-plasticos-
sociedade-precisa-amadurecer/ N
Página 04/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 26/09/2019
Por Herbert Bento*
Será que a modernização das NRs vai
levar ao fim do PPRA?
Talvez, mas não se assuste tanto.
Leia e entenda!
Esse artigo foi escrito no mês de se-
tembro de 2019, enquanto está em con-
sulta pública os novos textos da NR-07,
NR-09 e também uma provável nova NR
intitulada Plano de Gerenciamento de
Riscos (PGR).
Considerando que hoje temos até a
NR-37, caso o PGR vire norma, pode
ser que tenhamos a nova NR-38.
Nesse artigo vamos analisar alguns
pontos interessantes dos textos que es-
tão em consulta pública no Participa.
E, como se trata de consulta pública,
tudo pode mudar.
PGR substitui o PPRA?
Se o título da NR-09 realmente for
alterado para “Agentes ambientais” e se
no seu corpo não aparece a palavra
“programa”, então eu entendo que o
programa de gestão da SST deixará de
ser o PPRA e passará a ser o PGR.
Será o fim do PPRA para nascer o
PGR.
Dessa forma a NR-09 ficará “com
cara” de higiene ocupacional e deixará
de ser um “programa”.
O que deve conter no PGR?
“7.2. O PGR deve conter, no mínimo,
os seguintes documentos:
a) Inventário de Riscos;
b) Plano de Ação”
Análise de riscos ganha mais peso
Análise de riscos hoje é obrigatório
em algumas atividades como trabalho
em altura, espaços confinados, trabalho
com inflamáveis, entre outros.
Porém, com o novo PGR, a análise
de riscos passa a ser necessária em to-
das as atividades como forma de reco-
nhecer os riscos e definir medidas pre-
ventivas.
Inventário de riscos
“4.3. Os dados das avaliações dos
riscos devem ser consolidados em do-
cumento denominado Inventário de
Riscos.”
As empresas terão que fazer inven-
tários de riscos. Da mesma maneira co-
mo se faz o inventário de máquinas e e-
quipamentos ou o inventário de espa-
ços confinados.
O que deve constar no inventário de
riscos?
“4.3.1. O Inventário de Riscos deve
contemplar, no mínimo, as seguintes
informações:
a) caracterização sucinta dos pro-
cessos e ambientes de trabalho;
b) caracterização das funções e ati-
vidades;
c) critérios adotados para avaliação
dos riscos e tomada de decisão;
d) dados disponíveis relativos a mo-
nitoramentos de exposições a agentes
ambientais, de acidentes e danos à saú-
de relacionados ao trabalho;
e) descrição dos riscos, com iden-
tificação dos trabalhadores expostos,
fatores determinantes dos riscos e das
medidas de controle existentes;
f) avaliação dos riscos, incluindo
sua estimativa e classificação em ter-
mos da importância para fins preventi-
vos.”
Matriz de risco
O PGR traz o conceito de matriz de
risco.
Isso antes nunca havia sido mencio-
nado em Norma Regulamentadora, em-
bora já exista em outras normas inter-
nacionais.
Então é a primeira vez que o concei-
to é aplicado em NR.
“4.2.7. Para cada risco deve ser in-
dicado o nível de risco.
4.2.7.1 O nível de risco deve ser de-
terminado pela combinação da severi-
dade dos possíveis danos com a proba-
bilidade ou chance de sua ocorrência,
utilizando-se matrizes de risco ou ou-
tros procedimentos equivalentes, a cri-
tério do empregador.”
Empregados X Trabalhadores
Outro fato que chama a atenção é
que no texto do PGR não encontramos
nenhuma vez a palavra “empregados”
mas sim “trabalhadores”.
Ou seja, independente da relação
contratual (CLT, terceirizado, etc), to-
dos que trabalham na empresa estão
contemplados.
Inclusive, o texto proposto deixa
claro que não importa a natureza jurí-
dica do contratado:
“8.1.1. A dispensa da obrigação de
elaborar o PGR não alcança a organi-
zação contratante do MEI, que deverá
incluí-lo nas suas ações de prevenção e
no seu PGR.”
Tratamento diferenciado ao MEI
Bem ao final do texto, temos:
“Tratamento diferenciado para MEI,
ME e EPP
8.1. O microempreendedor indivi-
dual – MEI está dispensado de elaborar
o PGR.
8.1.1. A dispensa da obrigação de e-
laborar o PGR não alcança a organi-
zação contratante do MEI, que deverá
incluí-lo nas suas ações de prevenção e
no seu PGR.
8.2. Serão expedidas pela Secretaria
Especial de Previdência e Trabalho fi-
chas com orientações sobre as ações
de prevenção a serem adotadas pelo
MEI.
8.3. As microempresas e empresas
de pequeno porte, observado o dispôs-
to no item 1.7.1 da NR1, que optarem
pela utilização de ferramenta de avalia-
ção de risco a ser disponibilizada pela
Secretaria Especial de Previdência e
Trabalho, poderão estruturar o PGR
considerando o relatório produzido por
esta ferramenta e o plano de ação.”
Depois que leu esse artigo, ainda
tem medo do fim do PPRA? Será que o
seu provável substituto, o PGR, será
mais eficiente na prevenção?
N
Herbert Bento
Fundador da Escola da Prevenção
Brasil tem quinto mês consecutivo
com saldo positivo de emprego
Norminha, 26/09/2019 Pelo quinto mês consecutivo, o Brasil
teve um saldo positivo na geração de
emprego formal. Em agosto, o número
de vagas adicionais no mercado de tra-
balho foi 121.387, que é o saldo positi-
vo decorrente 1.382.407 admissões e
de 1.261.020 desligamentos. As infor-
mações são do Cadastro Geral de Em-
pregados e Desempregados (Caged),
divulgado na quarta-feira (25) pela Se-
cretaria de Trabalho da Secretaria Espe-
cial de Previdência e Trabalho do Mi-
nistério da Economia. N Agência Brasil
Suicídio, um tema para debate permanente
Norminha, 26/09/2019 Setembro abriu um espaço no país para discussão sobre este tema delicado, cuja
ação dependerá permanentemente da vítima tentando contra a sua própria vida. A
cor amarela simboliza este evento complexo.
Que motivos levariam alguém a eliminar a própria vida? Ato de covardia ou
coragem?
O suicídio, expressão latina sui (=si mesmo), caedere (=ação de matar), surgido
no século XVIII. Homicídio de si mesmo. Assim, considera-se suicídio todo o caso
de morte que resulte direta ou indiretamente de um ato positivo ou negativo, prati-
cado pela própria vítima, sabedora de que devia produzir esse resultado. Podendo
ser definido como a morte voluntária, querida e desejada de uma pessoa com capa-
cidade de agir. É uma conduta propriamente humana, e praticamente desconhecida
pelo resto dos seres vivos.
Quando uma pessoa chega a condição de que sua existência já não tem mais
sentido, de que o sofrimento apaga todos os seus projetos, desejo e prazeres, e de-
cide quitar a própria vida, o direito não pode intervir, proibindo esse compor-
tamento, e menos ainda sancioná-las.
É arriscado fazer presunções sobre os suicídios tentados e consumados, uma
vez que é dificílimo afirmar-se, a princípio, dificuldade quando peritos e investi-
gadores não conseguem definir exatamente a causa da morte, pois há suicidas que
fingem acidentes no intuito de esconder da família o fato de ser suicida, ou aqueles
indivíduos que não pretendiam morrer, tinha apenas a intenção de chamar a aten-
ção.
Situação complicada, já que não há como entender o caminho que o homem e
mulheres tomam para a morte voluntária. A obscuridade quanto aos motivos e a in-
compreensão do porquê dessa escolha. E, aí, vemos o suicídio nos tempos moder-
nos como fenômeno social de grande relevo na maioria das sociedades. Acredito
que nos intrigam a todos o motivo de alguém desejar ceifar a própria vida.
Certamente, a vida é o maior bem juridicamente tutelado, e está positivada na
Constituição Pátria Consagrada como Direito Fundamental, como Cláusula Pétrea
Expressa no famoso Artigo Quinto. Entende-se ainda que, mesmo não havendo a
tutela constitucional, ela deveria ser respeitada, pois a vida é norma de direito natu-
ral, avinda da natureza do ser humano, como sabemos: “A vida tem prioridade sobre
todas as coisas, uma vez, que a dinâmica do mundo nela se contém e sem ela nada
terá sentido”.
Emile Durkheim é o principal autor a tratar com profundidade do assunto em
suas obras: “Da Divisão do Trabalho Social” e em “O suicídio: estudo da sociolo-
gia”. -O suicida estava sob influência do demônio ou estava louco. Durkheim era
agnóstico e não acreditava na existência de demônios, emprega o termo anomia,
para mostrar algo na sociedade que não funciona de forma harmônica. Demonstra
ainda que os fatores sociais, especialmente da sociedade moderna, exercem pro-
funda influência sobre a vida dos indivíduos com comportamento suicida, sendo a
anomia uma dessas influências. A anomia é um estado de falta de objetivo e regras
e de perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no
mundo social e moderno. A partir do surgimento do capitalismo e da tomada da ra-
zão como forma de explicar o mundo, há bruscos rompimento com valores tradi-
cionais, fortemente ligados à concepção religiosa. Foi observado por Durkheim que
os países em que há menos louco. São aqueles em que há mais suicídios.
No ordenamento jurídico brasileiro, tanto a autolesão (exceto na hipótese do ar-
tigo 171 § 2, V do Código Penal), quanto o suicídio não são apenas automutilações.
A vida humana é um bem público indisponível, pois o indivíduo não é o seu titular
exclusivo, uma vez que precede ao interesse do Estado na preservação da vida, na
medida em que aqueles como instituição criada pelo homem, nele se funda e sem
ele perde a razão de viver.
Aspectos geradores da culpa: -religião, morte, manipulação, crítica, regras, acu-
sações, depressão, rigidez, inflexibilidade, julgamento, controle, dependência, su-
perproteção, raiva, medo, rejeição, abandono, sucesso, expectativa, comparações,
necessidade de agradar, comodismo, falta de atitude, sentimento de impotência,
preconceitos, segredos.
A culpa, quando inteligentemente abordada, elimina o sentimento de ser louco,
de ser mau, remorso e censura; quando o movimento de raiva contra si mesmo po-
de despertar punição; porque os culpados sentem-se: a) -preocupados excessi-
vamente com a opinião dos outros; b) -desconfortáveis quando recebem “prensa”
ou elogios, pois não se consideram dignos; c) -raiva reprimida; d) -dificuldade em
assumir responsabilidade pelos próprios atos; e) -sentimento de rejeição e vitimi-
zação, não se sentem suficientemente fortes; f) -sensíveis a doenças, ou acidentes
frequentes; g) -dificuldade em expressar os reais sentimento e em dizer não; h) -
necessidade em agradar; i) -agem para os outros e não para si mesmos.
Consequências da culpa: 1-auto-punição; 2-medo; 3-sofrimento; 4-remorso; 5-
estagnação; 6-doença; 7-tristeza/depressão; 8-submissão; 9-prisão emocional;
10-solidão; 11-dificuldade em impor limites, dizer não; 12-fuga através do álcool,
drogas; 13-compulsão alimentar; 14-conflitos internos e nas relações; 15-dificul-
dade em sentir prazer; 16-destruição da autoestima e amor próprio.
É necessária a compreensão de que a culpa está distante da responsabilidade.
A culpa pressupõe um vilão e uma vítima. A responsabilidade é participada nos re-
lacionamentos, quando haverá permanentemente a responsabilidade dos dois
Continua na página abaixo (06/12)
Nota sobre o Projeto de Lei 99/2019 que proíbe copos,
pratos e talheres de plástico em
bares e restaurantes
Norminha, 26/09/2019 No último dia 18/09 a Câmara
Municipal de São Paulo aprovou, em
primeira votação, o Projeto de Lei 99/
2019 que impede a disponibilização de
copos, pratos, talheres, misturadores
de bebidas e varas de balões em mate-
rial plástico para os clientes de restau-
rantes, bares, hotéis, padarias, dentre
outros estabelecimentos comerciais.
Ocorre que tal proibição não contri-
bui com uma política de preservação
ambiental sustentável, tão somente a-
grava o problema do desemprego que
assola 12,7 milhões de brasileiros (3,3
milhões no estado de São Paulo). A in-
dústria de transformação e reciclagem
plástica possui hoje cerca de 5 mil em-
presas em atividade no estado de São
Paulo, empregando formalmente apro-
ximadamente 139 mil trabalhadores,
com uma remuneração média de R$ 2.
928,86.
O Projeto de Lei aprovado em pri-
meiro turno negligencia a necessidade
de implantação de uma política reversa
de resíduos sólidos, para que os produ-
tores viabilizem e intensifiquem a coleta
e a restituição dos resíduos para rea-
proveitamento em seus ciclos ou para
destinação ambiental adequada. Muitos
dos produtos plásticos proibidos pela
mencionada legislação auxiliam nos
cuidados de higiene pessoal e na pre-
venção de doenças. A destruição de um
setor produtivo importante, com amplo
potencial gerador de emprego e renda,
não pode ser apresentada como a solu-
ção de um problema significativamente
mais complexo.
A Federação dos Trabalhadores nas
Indústrias Químicas e Farmacêuticas
do Estado de São Paulo (FEQUIMFAR)
reivindica uma política ambiental sus-
tentável, estrategicamente elaborada e
construída em diálogo com a socieda-
de, posicionando-se criticamente às
medidas populistas que tendem a apro-
fundar a pobreza e a desigualdade em
nosso país, além de pouco contribuir
para a preservação do meio ambiente.N
Sergio Luiz Leite, Serginho
Presidente da FEQUIMFAR e
1º secretário da Força Sindical
Efeitos da reforma trabalhista É possível notar as consequências do projeto que entrou em vigor
em novembro de 2017.
Página 05/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha, 26/09/2019 A reforma trabalhista entrou em vigor
em novembro de 2017. Ela não trouxe,
como esperado inicialmente, avanços
expressivos na contratação de trabalha-
dores, e as taxas de desemprego se-
guem altas, com cerca de 13 milhões de
pessoas sem trabalho no País. Pode-se,
entretanto, argumentar que a legislação,
por si só, não conseguiria mudar a gra-
ve situação econômica e que, sem a re-
forma, talvez o quadro fosse ainda pior.
É possível, porém, notar os efeitos
das mudanças na Justiça do Trabalho.
O estoque de ações na primeira ins-
tância, que atingiu o pico em 2016, com
1,843 milhão de processos, recuou de
modo expressivo, caindo praticamente
à metade em 2019: eram 959 mil em
junho, e foi a primeira vez que esse total
ficou abaixo de 1 milhão nesta década.
Também caiu bastante a quantidade
de novas ações que ingressaram na
Justiça do Trabalho. Em 2018, primeiro
ano em que valeram as novas regras, a
queda foi de 34,2%. Dados do Tribunal
Superior do Trabalho (TST) mostram
que foram ajuizados, em 2017, 2,6 mi-
lhões de ações, com pedidos de inde-
nizações diversos. Em 2018, este nú-
mero caiu para 1,7 milhão e neste ano,
até junho, 904 mil novos processos fo-
ram apresentados. Especialistas apon-
tam ainda que as reivindicações feitas
em cada ação também foram reduzidas.
Não se trata de precarizar direitos ou
limitar a capacidade de demanda dos
trabalhadores nos tribunais. De fato, as-
sistia-se no Brasil a uma enxurrada de
ações movidas por empregados demiti-
dos, não importando motivos: a certeza
era de vitória, ainda que parcial, pratica-
mente sem riscos. A situação mudou, e
uma das principais razões é a obriga-
ção dos demandantes pagarem custas
se derrotados. Segundo o ministro e ex-
presidente do TST, Ives Gandra da Silva
Martins Filho, essa regra tornou
responsável o processo do trabalho e
coibiu as aventuras judiciais dos que
litigavam pedindo o que não tinham di-
reito.
Nesse sentido, a reforma corrigiu
distorções. Está em curso etapa de a-
juste, que, no primeiro momento, fez
refluir o volume de ações apresentadas,
mas que, no médio prazo, não fará com
que as demandas, justas e razoáveis,
desapareçam ou sejam cerceadas. É
preciso, entretanto, prosseguir na mo-
dernização das relações de trabalho,
que passam por novas formas de con-
tratação, como a terceirização, que, fis-
calizada e controlada para evitar exces-
sos e distorções, representa alternativa
válida para o mercado de trabalho, já
referendada pelo Supremo Tribunal Fe-
deral (STF), que considerou lícita essa
forma de contratação, bem como as leis
de terceirização e a reforma trabalhista.
A lamentar que o Senado tenha reti-
rado itens importantes, como a permis-
são do trabalho aos domingos para to-
das as categorias, da MP da Liberdade
Econômica, que representava avanço,
coerente com a nova realidade social.N
Vinicius Oliveira
Especialista em Direito do Trabalho
Suicídio, um tema para debate permanente (continuação página 05/12)
lados. A culpa e responsabilidade não são palavras sinônimas. Na culpa o que sur-
ge é essencialmente um sentimento depreciativo de si mesmo que deriva de uma
crítica acusatória. A responsabilidade é uma habilidade, uma capacidade de respon-
der e agir perante algo. A culpa nos tira a força e nos deixa numa posição de vítima
de nós mesmos. Ela pede punição e dor, mas não oferece criatividade para reparar
o que ficou mal resolvido.
Kamikase Japoneses, jovens e estudantes universitários, convidados
para serem pilotos voluntários em aeronaves carregadas de
explosivos para ataques suicidas contra navios. 2.525 pilotos
suicidas. (militar)
Homem Bomba É o nome dado ao terrorista que se suicida com explosivo em
seu corpo, destruindo-se e matando pessoas ao seu redor em
nome de uma guerra santa e que viveria uma eternidade do
outro lado. (religioso)
Suicídio
Coletivo
Pastor e fundador do templo popular, uma seita pentecostal
cristã de orientação socialista induz ao suicídio coletivo atra-
vés de ingestão de ponche de frutas envenenadas de 919 se-
guidores. (religioso)
Jovens e idosos estão tendo um crescimento na taxa de suicídio por um único
motivo: a rejeição.
Façamos algo enquanto é tempo. A sugestão é brincar mais, sorrir, voltar a ser-
mos crianças. N
Jorge Gomes – Pós-graduado (stricto senso) em Psicologia do Trabalho
A passos lentos Página 06/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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MARCAS Norminha, 26/09/2019 Por Luiz Antonio*
Na era do conhecimento, a maioria das
marcas vai perder sua razão de ser. A
informação vai substituindo a marca.
Os consumidores compravam marcas
porque não tinham informação sufici-
ente para fazer sua escolha. Somente as
marcas que vão além da informação e
são realmente diferenciadas sobrevive-
rão.
Organização:
Toda empresa precisa aprender a o-
perar em pelo menos três economias ou
mercados diferentes: uma economia
global de informação e dinheiro, uma e-
conomia regional, que movimenta
bens, serviços e pessoas, e por último
o mercado local, que é cada vez menos
definido pela geografia.
Cada empresa precisará aprender a
operar de maneira diferente em cada um
desses mercados.
Gerenciamento de Si Mesmo:
Hoje os executivos têm de assumir
duas novas responsabilidades.
Uma é a responsabilidade pela in-
formação, tanto para si próprio, quanto
para a empresa.
A outra é a responsabilidade por seu
próprio aprendizado contínuo. Não es-
perem que alguém lhes diga o que pre-
cisam fazer.
Informação e Conhecimento:
O caldeirão em abolição da socie-
dade do conhecimento tem preço alto:
as pressões psicológicas e traumas e-
mocionais de uma corrida de ratos. Só
pode haver vencedores se houver per-
dedores. Por conta disso, os profissio-
nais dessa nova era, como os executi-
vos de negócios, vão atingir seu platô
de crescimento na faixa dos 40 anos de
idade.
Inteligência Emocional:
Os trabalhadores do conhecimento
precisarão urgentemente desenvolver
interesses fora de seu ramo de atuação.
A educação está no centro da sociedade
do conhecimento. Não limitem infor-
mação. Nem pensem em fazer isso com
seus clientes, fornecedores, subordina-
dos, colegas ou qualquer um.
N Luiz Antonio
Pharol
A história por trás da pulverização aérea de inseticidas
STF julga parcialmente constitucional trecho de lei que permite que aviões
despejem substâncias químicas nas cidades com a justificativa de combater o
mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha. Procuradoria Geral da
República contestava medida por afrontar o direito à saúde dos brasileiros
Norminha, 26/09/2019 Chegou ao fim um imbróglio jurídico
que envolve a pulverização aérea de in-
seticidas no combate ao mosquito Ae-
des aegypti e se arrasta desde 2016.
Naquele ano, a Procuradoria Geral da
República (PGR) apresentou a ação di-
reta de inconstitucionalidade nº 5.592
contestando um trecho da lei 13.301/
16, que autoriza a dispersão de subs-
tâncias químicas em situações de imi-
nente perigo à saúde pública por causa
do risco de transmissão dos vírus da
dengue, da chicungunha e da zika. Pas-
sados três anos, no dia 11 de setembro,
o Supremo Tribunal Federal (STF) foi
parcialmente desfavorável ao pedido da
PGR, validando o despejo por aerona-
ves nas cidades. O STF, entretanto, re-
forçou condições que já estavam pre-
sentes na lei, determinando que a pul-
verização só poderá acontecer mediante
permissão das autoridades sanitárias e
ambientais, e comprovação científica de
sua eficácia.
A ausência de pesquisas que com-
provem a eficácia da dispersão aérea de
inseticidas para combate ao mosquito
foi justamente a base da argumentação
da ADI, apresentada pelo então procu-
rador-geral da República, Rodrigo Já-
not, que também chamou atenção para
os potenciais riscos à saúde da popu-
lação e ao meio ambiente”. Segundo
Janot, a permissão afronta o direito à
saúde dos brasileiros. “A pulverização
aérea de produtos químicos, além de
não contribuir de maneira eficaz para
combater o Aedes, provoca importantes
malefícios à saúde humana”, diz o texto
da ação direta de inconstitucionalidade,
que alega a violação do direito ao am-
biente equilibrado previsto no artigo
225 da Constituição Federal.
Assim como a PGR, especialistas a-
lertam para a insustentabilidade do mo-
delo de enfrentamento de arboviroses
centrado no mosquito e no controle
químico. Segundo eles, além de gerar
riscos à saúde e ao meio ambiente, o
uso de inseticidas no combate ao inseto
pode ter contribuído para a manutenção
dos altos níveis de infestação do Aedes
país afora. Eles citam pesquisas que
mostram que esses animais são capa-
zes de se adaptar, desenvolvendo resis-
tência aos venenos.
A validação da pulverização de su-
bstâncias químicas na esfera federal vai
na contramão de uma lei estadual que
proíbe essa prática em zonas rurais, a-
provada em janeiro deste ano de forma
pioneira no Ceará. Luiz Claudio Meirel-
les, pesquisador do Centro de Estudos
da Saúde do Trabalhador afirma que,
apesar de cada estado ter o poder de
legislar sobre essa prática, a decisão do
STF pode ser usada como um argu-
mento a mais para enfraquecer a le-
gislação cearense. N Clique e leia mais
Norminha, 26/09/2019 Por Romeu Rodrigues*
Chega a ser desnecessário falar da
importância da BR 262 para os capixa-
bas. Esta e a BR 101 são as principais
portas rodoviárias do estado. Por essa
razão, o Espírito Santo precisa prestar
atenção na forma como está proposta a
concessão da BR 262. E vale ainda lem-
brar aqui que é praticamente impossível
a retomada das obras de duplicação que
estão interrompidas, por questões con-
tratuais e devido aos embargos do Tri-
bunal de Contas da União (TCU).
No processo de concessão junto à
Agência Nacional de Transportes Ter-
restres (ANTT) constam propostas alta-
mente prejudiciais ao estado. Come-
çando por um pedágio de R$ 16,07 a
cada 100 km, superior à da NovaDutra
(Rio/São Paulo, de R$ 14,85/100 km).
Tudo bem, se também pudéssemos
transitar a 100 km/h como na Dutra. Só
que a velocidade diretriz prevista para
todo o trecho capixaba é de 60 km/h. Há
ainda uma ponte de 790 metros sobre o
Rio Jucu e dois viadutos de 320 e 112
metros, e não haverá qualquer outra o-
bra de arte que retifique ou reduza a in-
clinação em algum segmento. A ANTT
chegou até a retirar um túnel que o De-
partamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes (DNIT) havia previsto na
Variante de Tapera.
Chama atenção a velocidade de 60
km/h por si só. Também é curioso que
o TCU tenha suspenso a execução das
obras de 7 km porque, acompanhando
o traçado atual, o projeto não atende à
velocidade diretriz de 80 km/h prevista
pelo DNIT, devido aos graus de incli-
nação de vários segmentos e aos raios
mínimos de curvas exigidos. O que AN
TT fez? Baixou a velocidade diretriz no
trecho do Espírito Santo para 60 km/h.
A conclusão a que se chega é que va-
mos andar a 60 km/h, como é hoje, por
30 anos, e vamos pagar preço de rodo-
via paulista.
Os capixabas precisam se unir para
exigir que, no mínimo, os valores de
outorga da concessão sejam revertidos
em pagamento dos “Trabalhos Iniciais”
e de “Recuperação” a serem executa-
dos nos dois primeiros anos de contra-
to no trecho do Espírito Santo da BR
262 e em obras de arte para retificação
de segmentos da rodovia no estado. A-
lém disso, deve-se exigir que a execu-
ção das obras de 7 km, atualmente em
andamento sob responsabilidade do
DNIT, seja incluída entre as obrigações
da concessionária como parte dos
“Trabalhos Iniciais”, com prazo de con-
clusão no primeiro ano do contrato.
Em tempo: devemos lembrar que a
responsabilidade de obter as licenças
de instalação e de fazer as desocupa-
ções das faixas de domínio deve cons-
tar do contrato de concessão como o-
brigação do DNIT, com cronogramas
previamente estabelecidos. Desta for-
ma a situação pode melhorar um pou-
quinho.
N
*Romeu Rodrigues é Mestre em Enge-
nharia de Produção, Consultor e Exe-
cutivo do Conselho Temático de Infra-
estrutura (Coinfra) da Federação das
Indústrias do Espírito Santo (Findes)
Obs: Tem algum artigo? Envie para:
Estudo da USP confirma celulares como fonte de propagação de
bactérias em UTI´s
Centro de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto – Foto: Banco de imagens / HCFMRP.
Suicídio é maior entre trabalhadores agropecuários, revela estudo
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Broto Legal Alimentos
realiza Sipat em Porto Ferreira
Norminha, 26/09/2019 A Broto Legal Alimentos realizou no
período de 16 a 20 de setembro de 2019
sua Sipat na unidade de Porto Ferreira
(SP).
A Semana Interna de Prevenção de
Acidentes do Trabalho foi organizada e
coordenada pela CIPA com a assesso-
ria e apoio do SESMT, onde ocorreu di-
versas palestras e dinâmicas.
Os temas apresentados foram:
Faça da sua segurança um hábito; A
importância do relacionamento inter-
pessoal; Mais qualidade de vida; le-
vantamento e transporte manual de car-
ga; Postura no trabalho com compu-
tador; e Segurança no trânsito.
2020 tem mais!
N
Norminha, 26/09/2019
A maioria das bactérias está resistente
à limpeza diária e o celular é uma das
principais fontes de contaminação em
Unidade de Terapia Intensiva (UTI´s) –
essas foram as conclusões que um ma-
peamento realizado na Unidade de Te-
rapia Intensiva (UTI) do Hospital das
Clínicas da USP em Ribeirão Preto (SP)
identificou.
Os resultados do estudo foram pu-
blicados em artigo na revista inglesa
“Fronteiras na Saúde Pública”, em a-
gosto deste ano. Segundo o pesquisa-
dor Lucas Ferreira Ribeiro, o objetivo
do grupo é alertar profissionais da saú-
de sobre a importância da revisão cons-
tante dos protocolos de higiene.
“Às vezes, o contato com determi-
nado paciente e o toque em outras su-
perfícies dentro da própria UTI, você
pode criar contaminações cruzadas
dentro deste ambiente. Então, há a ne-
cessidade de estar vigilante e compro-
metido com a higienização adequada”,
diz.
A pesquisa destaca ainda que o uso
de antibióticos não é o único fator que
torna as bactérias resistentes. O uso do
mesmo produto químico diariamente
também leva os microrganismos –
principalmente os que são potencial-
mente mais preocupantes – se torna-
rem adaptados e ele.
Para mapear as comunidades de mi-
crorganismos, o grupo coletou amos-
tras de superfícies que devem ser lim-
pas diariamente, como colchões, ca-
mas, maçanetas e respiradores, em dias
de funcionamento normal, sem que as
equipes de enfermagem fossem avisa-
das.
Também foram recolhidas amostras
das superfícies de computadores, celu-
lares e pastas de prontuários que esta-
vam nas UTIs, assim como dos jalecos
utilizados pelos profissionais. As cole-
tas ocorreram antes e logo após a lim-
peza diária com produtos específicos.
“Observamos que na UTI pediátrica
havia uma diversidade maior de micror-
ganismos e isso pode estar relacionado
à entrada e à saída maior de visitantes.
Em ambos encontramos esses micror-
ganismos relacionados com infecções
hospitalares”, afirma Ribeiro.
O pesquisador destaca que muitas
bactérias podem estar em visitantes
saudáveis e não gerar nenhum tipo de
problema, mas, em ambiente de UTI,
especialmente pediátrica, esses micror-
ganismos oferecem mais risco, devido
à vulnerabilidade dos pacientes.
“Mesmo após a limpeza, não houve
a diminuição efetiva de bactérias rela-
cionadas com infecção hospitalar. En-
tão, há a necessidade de rever esses
protocolos, buscar outros mais eficien-
tes ou mesmo ter rotatividade, não só
de limpeza, mas da parte de higieni-
zação”, diz.
http://radiosesmt1.agoranoar.com.br/
Celular e jaleco
Outro dado importante do estudo é
que o celular é uma das vias de conta-
minação mais comum. Por isso, profis-
sionais da saúde e até mesmo família-
res dos pacientes devem estar atentos
para nunca manusear os aparelhos den-
tro das UTIs.
“Pega o telefone, dá uma olhada e
naquele momento acaba de contaminar
o aparelho. Se ele contaminou o apa-
relho, ou vai levar para casa, ou vai an-
dar em outro quarto e pode ter o apa-
relho como fonte de contaminação”, a-
firma o pesquisador Rafael Silva Rocha.
Doutor em biologia molecular pela
Universidade Autônoma de Madrid, na
Espanha, Rocha alerta que os jalecos
nunca devem ser usados pelos profis-
sionais da saúde fora do ambiente hos-
pitalar. Isso porque, também carregam
inúmeras bactérias.
“O jaleco é um material de proteção
pessoal e tem que ser tratado como algo
altamente contaminado. Não é enfeite,
não é só para mostrar que está sendo
usado. Ele tem que ser usado para pro-
teger a si mesmo e outras pessoas, e
não tratar como acessório de moda”,
diz. Com informações do G1.
N
Gazeta News
http://bit.ly/2L0Lt4C
Norminha, 26/09/2019
Setembro amarelo. No mês dedicado,
mundialmente, à prevenção ao suicídio,
os dados brasileiros reforçam o alerta:
mais de 8,5 mil casos são registrados
por ano no país. E essas mortes podem
variar de acordo com os postos de tra-
balho ocupados.
É o que aponta um novo estudo di-
vulgado pelo Instituto de Saúde Cole-
tiva da Universidade Federal da Bahia
(ISC/UFBA). Inicialmente o levanta-
mento, proposto pelo Ministério da
Saúde, buscava identificar no ano da
Saúde Mental, 2019, – instituído pela
Organização Mundial de Saúde (ONU) –
um raio-x dos transtornos mentais re-
lacionados ao trabalho.
A morte de homens por suicídio na
agricultura é maior que em outras pro-
fissões e vem aumentando ano a ano,
embora não seja um caso isolado brasi-
leiro. É o que esclarece a professora Vil-
ma Santana, coordenadora do Progra-
ma Integrado em Saúde Ambiental e do
Trabalhador da UFBA, no Repórter SUS,
programa produzido em parceria com a
Escola Politécnica de Saúde Joaquim
Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz
(EPSJV/Fiocruz).
“Mulheres agropecuárias têm maior
mortalidade por suicídio - esta mortali-
dade vem crescendo entre 2007 e 2015
– enquanto as mulheres de outras ati-
vidades de trabalho não demonstrou
nenhuma elevação. Entre os homens, os
agropecuários têm maior mortalidade
por suicídio do que os não agropecuá-
rios”.
Foram registrados 77.373 suicídios
no país, entre 2007 e 2015. No primeiro
ano, 16,6 mortes desse tipo por 100 mil
habitantes. Em 2015, a taxa de pessoas
que tiraram a própria vida saltou para
20,5. O número representa o dobro da
média de suicídios para os trabalhado-
res em geral.
Fatores como baixa renda, instabili-
dade no emprego, pressão por produti-
vidade, o acesso limitado à educação e
saúde são algumas das hipóteses cau-
sadoras de maior risco de suicídios en-
tre os trabalhadores da agropecuária.
“Existem muitas causas possíveis,
mas nós não temos evidências empíri-
cas do nosso estudo, mas outros estu-
dos têm levantado a questão da po-
breza, da falta de serviços de saúde de
qualidade”.
Ainda de acordo com a coordenado-
ra, a exposição a substâncias químicas,
presentes nos agrotóxicos representa
uma causa importante indicada por es-
tudos.
“Porque o Brasil é campeão mun-
dial no uso de substâncias químicas. E-
xistem estudos da Unicamp demons-
trando que as medidas de proteção dos
trabalhadores que utilizam, que mane-
jam agrotóxicos é muito pouco efici-
ente no sentido de proteção. Além do
cuidado de rede de apoio, sintomato-
logia psíquica, ideação suicida, nós te-
mos que pensar na proteção do traba-
lhador, especialmente da agropecuária
em relação a esses venenos”.
Os pesquisadores analisaram regis-
tros do Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM) e da Pesquisa Na-
cional por Amostra de Domicílios
(PNAD). N
Edição: Cecília Figueiredo/ Saúde
Popular
Por: Ana Paula Evangelista
Fiocruz
Brasil tem a maior taxa de ansiedade do mundo
As mudanças nas NRs e a regulação de SST em geral
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Norminha, 26/09/2019 Por José Augusto da Silva Filho*
Mesmo não querendo sofrer por ante-
cedência, como diz o Profº Edwar Abreu
Gonçalves, iremos apresentar alguns
pontos de mudança e de regulação da
segurança e saúde no trabalho que es-
tão sendo propostos e outros já em vi-
gência.
Programa de Gestão de Riscos -
PGR, Limite de Tolerância Ocupacional
- LEO no lugar do Limite de Tolerância,
Inventário de Riscos, privatização de
benefícios não programados, fim do
FAP, Projeto de Lei alterando o Capítulo
V da CLT (Segurança e Medicina do
Trabalho), fim do PPRA, fim da AET (A-
valiação Ergonômica de Trabalho), en-
fim, são muitas as mudanças que ocor-
reram e que estão em curso, na área da
segurança e saúde no trabalho, mas in-
felizmente muitos desconhecem e tam-
pouco pesquisam, acompanham, estu-
dam e interpretam.
ALGUNS PONTOS DE MUDANÇA E
DE REGULAÇÃO DA SEGURANÇA
A mudança é de CONCEITO, com
por exemplo, o fim do Estado/INSS ar-
cando com os custos da insegurança:
Alteração do art. 201, §10 da Cons-
tituição, permitindo a atuação das se-
guradoras privadas nos benefícios não
programados (SEGURO ACIDENTE),
auxílio doença, pensão por morte e in-
validez, natalidade etc.), já realizado;
LEO está previsto no texto da nova
NR 9, mas seus valores, que estarão em
um anexo, ainda não foram divulgados;
Em estudo o Fim do Fator Acidentá-
rio Previdenciário - FAP e adoção de
critérios atuariais no cálculo da GILRAT
(Seguro Acidentário) e, do pagamento
da GILRAT pelas empresas do Sistema
Simples;
Em estudo também pelo governo a
harmonização da legislação trabalhis-
ta/insalubridade e previdenciária/apo-
sentadoria especial;
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A criação na regulamentação do
PGR (Programa de Gestão de Riscos) e
a in-trodução do conceito de Inventário
de Riscos (termo que é utilizado no
mer-cado de seguros), que se encontra
em Consulta Pública;
Em Consulta Pública também, a alte-
ração das NRs 7, 9 e 17, que passam a
remeter a Gestão dos Riscos de HO e
Ergonômicos ao PGR;
Substituição do Limite de Tolerância
baseado na ACGIH pelo LEO - Limite de
Exposição Ocupacional definido por
técnicos brasileiros, que se encontra
em Consulta Pública.
Projeto de Lei 3818/19
Em tramitação a alteração do Capítu-
lo V da CLT (da Segurança e Medicina
do Trabalho), através do Projeto de Lei
3818/19;
Obs.: O Deputado Federal Geninho
Zuliani (DEM-SP), autor em seu Projeto
de Lei, define que as atividades ou ope-
rações insalubres deixa de se relacionar
a limites fixos de tolerância e passa a
ser definida como qualquer atividade
que, por sua natureza, condições ou
métodos de trabalho, exponham os em-
pregados a agentes nocivos à saúde. A
constatação da exposição será realizada
por inspeção no local de trabalho.
O deputado afirma que a mudança na
CLT permitirá a atualização das normas
regulamentadoras (NRs) que tratam das
condições de trabalho. Segundo ele, o
Projeto prevê que as normas de enge-
nharia de segurança do trabalho e medi-
cina do trabalho deverão ser seguidas
por todas as empresas, beneficiando
trabalhadores com ou sem vínculo em-
pregatício. A proposta determina tam-
bém que as mudanças entrarão em vi-
gor 60 dias após a publicação da lei de-
corrente do Projeto.
O Projeto de Lei 3818/19 propõe que
todo empreendimento (empresas /
organizações) deverão possuir projeto
amparado por estudos prévios para as
atividades desempenhadas, conside-
rando o impacto nas condições e no
meio ambiente de trabalho. Também
deverá elaborar e implantar, obrigato-
riamente, um “Sistema Integrado de
Gestão das Condições do Meio Ambi-
ente, do Trabalho e do Social”.
Caso sejam constatadas condições
de perigo ao trabalhador, o Auditor Fis-
cal do Trabalho poderá interditar de
imediato as atividades da empresa, e até
embargar. A empresa poderá recorrer à
Superintendência Regional do Trabalho
(SRT) no prazo atual vigente (10 dias
após a interdição).
O Projeto, porém, permite que o Su-
perintendente ou Gerente Regional do
Trabalho suspenda a interdição basea-
do em laudo técnico e independen-
temente do Recurso.
Concluindo, consta no Projeto, que
as empresas deverão documentar o
histórico laboral de seus trabalhadores,
incluindo informações sobre identifica-
ção e avaliação da exposição aos ris-
cos, implantação de tecnologias de pro-
teção e conformação às NRs.
Outros pontos
O projeto do deputado Geninho Zu-
liani estabelece em seu Projeto tam-
bém:
- as empresas, incluindo as micros,
serão obrigadas a manter Serviços Es-
pecializados em Engenharia de Segu-
rança do Trabalho e em Medicina do
Trabalho Centralizados, com a respon-
sabilidade de atuar no planejamento e
Gestão das Condições de Trabalho;
- as Comissões Internas de Preven-
ção de Acidentes (CIPAs) foram manti-
das, mas as atribuições, a composição
e o funcionamento serão integralmente
regulados pelo Ministério da Econo-
mia;
- a empresa deverá ter programas de
identificação e análise de riscos, e me-
lhoria contínua do processo de produ-
ção, com parâmetros e metas de elimi-
nação dos riscos;
- a empresa deverá ter Programa de
Controle Médico de Saúde no Traba-
lho, para promover e preservar a saúde
dos empregados. O Ministério da Eco-
nomia estabelecerá os parâmetros mí-
nimos e diretrizes gerais do programa;
- a notificação de doenças profis-
sionais só será feita após a compro-
vação de Nexo Causal (que liga a doen-
ça à atividade desempenhada); feita por
engenheiro de segurança do trabalho e
não mais por médico do trabalho;
- os municípios deverão exigir a a-
presentação de Projeto de Engenharia
de Segurança em Edificações e Instala-
ções e de Projeto das Condições e Me-
io Ambiente de Trabalho antes de apro-
var qualquer obra estrutural no local de
trabalho;
O projeto será analisado em caráter
conclusivo pelas Comissões de Desen-
volvimento Econômico, Indústria, Co-
mércio e Serviços; Seguridade Social e
Família; Trabalho, de Administração e
Serviço Público; e Constituição e Justi-
ça e de Cidadania.
Situação: Aguardando Parecer do
Relator na Comissão de Desenvolvi-
mento Econômico, Indústria, Comércio
e Serviços (CDEICS). N
Fonte: Portal da Câmara dos Deputados
*Por José Augusto da Silva Filho
Jornalista - Registro nº 0089062 (SRT/SP)
Técnico de Segurança do Trabalho
Redação
www.js.srv.br
Norminha, 26/09/2019
Dados recentes divulgados pela Orga-
nização Mundial de Saúde (OMS) mos-
tram que 9,3% dos brasileiros, mais de
18 milhões, apresentam os sintomas de
ansiedade. Infelizmente, o Brasil é o lí-
der mundial na patologia, apresentado
números três vezes maiores que a mé-
dia mundial. Na América do Sul, por e-
xemplo, os índices brasileiros superam
países que se encontram em estado a-
larmante quando o assunto é ansieda-
de, entre eles Paraguai (7,6%), Chile
(6,5%) e Uruguai (6,4%).
Hoje, os transtornos derivados da
ansiedade já são a terceira razão de a-
fastamentos do trabalho no Brasil, sen-
do que os gastos do INSS (Instituto Na-
cional do Seguro Social) giram em tor-
no de R$ 200 milhões em pagamentos
de benefícios anuais, de acordo com
dados da Previdência Social. Segundo
Dr. Massimo Colombini, médico da fa-
mília da Docway, acredita-se que esses
números são decorrentes dos conflitos
sócio-econômicos, da violência, trânsi-
to nas grandes cidades, e instabilidade
política, que geram grande tensão na
população. Mas, afinal de contas, o que
é ansiedade, quais seus sintomas, e co-
mo preveni-la? O médico explica que a
ansiedade é que uma resposta subjetiva
ao estresse sofrido por um indivíduo.
Para a medicina existem dois tipos de
transtorno: o Transtorno de Ansiedade
Generalizada (TAG) e a Síndrome do
Pânico. Ambos constituem doenças
graves e precisam ser tratados por um
psiquiatra com o uso de medicamentos
adequados para o controle dos sinto-
mas e acompanhamento médico contí-
nuo.
Quanto aos sintomas, o médico ex-
plica que podem variar de acordo com
cada paciente. “Os sintomas são muito
variáveis, desde uma sensação de an-
gústia, mal-estar, coração acelerado,
desatenção, tremores, entre outros. O
que pode levar a sentimentos de grande
desespero com prejuízos a vida de
quem sofre com esse transtorno”, co-
menta Colobini. O tratamento também
varia de acordo com cada paciente, o
grau de estresse, de ansiedade de cada
indivíduo. “A forma com que a pessoa
lida com a ansiedade é muito indivi-
dual, quando ela procura ajuda no con-
sultório procuro analisar a melhor for-
ma de trabalhar o problema para que os
resultados sejam satisfatórios”, com-
pleta o médico.
Confira dicas especiais do especia-
lista para controlar a ansiedade:
1. Pratique atividades físicas: nosso
corpo produz endorfina que é um hor-
mônio que propicia uma sensação de
bem-estar, satisfação e relaxamento;
2. Beba água: considerada um “cal-
mante” natural, é fundamental e ajuda
no controle da ansiedade;
3. Respire lentamente: o simples fato
de respirar lenta e profundamente algu-
mas vezes acalma;
4. Conversar/desabafar com pessoa
amiga, profissional de saúde, terapeuta
ou coach: resulta em grandes benefícios
e pode contribuir para reduzir bastante
a ansiedade;
5. Atividades em contato com a na-
tureza ou animais: traz paz e sensação
de plenitude para a maioria das pes-
soas;
6. Técnicas de meditação ou ativida-
des de relaxamento: mindfulness, yoga,
pilates, exercícios de alongamento e
Lian Gong;
7. Música e dança: são atividades
excelentes, procure uma que você gos-
te. N Revista CIPA
Autônomo que não usa EPI não terá direito à aposentadoria especial. Entenda
A TNU em 22 de agosto julgou o representativo da controvérsia (Tema 188) e fixou a tese sobre o EPI e o autônomo.
Governo muda normas trabalhistas; empresa pequena poderá ter só um
banheiro
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nhecimento de atividade especial exer-
cida antes de 03/12/1998, data de início
da vigência da MP 1.729/98, convertida
na Lei n. 9.732/98".
“Entendo que, para o segurado con-
tribuinte individual, após 03/12/1998,
não se deve reconhecer a especialidade
em período laborativo no qual não hou-
ve a utilização de EPI mesmo existindo
equipamento de proteção apto a afastar
a nocividade do agente a qual esteve
exposto o trabalhador. Do contrário,
ainda que para determinado agente no-
civo existisse EPI eficaz, haveria estí-
mulo ao segurado contribuinte indivi-
dual para a não utilização do respectivo
EPI, com o escopo de obter redução no
seu tempo de aposentadoria. Ademais,
deve-se dar prevalência à proteção da
saúde do trabalhador, cuja responsa-
bilidade, na espécie, recai sobre o pró-
prio contribuinte individual”, concluiu
o relator.
Conclusão
Os Juízes Federais fixaram a tese
com o argumento de que o contribuinte
individual deixa de utilizar o EPI com o
objetivo de obter uma redução no seu
tempo de aposentadoria.
Em meu entendimento, a falta de uti-
lização do EPI decorre da falta de infor-
mação do próprio segurado e não que a
pessoa agiu de má-fé, isto porque, a
exposição ao frio acima dos limites le-
gais não é nada benéfico a saúde e a in-
tegridade física do trabalhador, por e-
xemplo. N
Ian Ganciar Varella
Advogado Previdenciário
no.
Além disso, o tamanho de banhei-
ros, vestiários, refeitórios deve levar em
conta o número de trabalhadores do
turno com maior número de emprega-
dos, e não mais o total de funcionários
da empresa.
Só será obrigatório a empresa ter um
vestiário se exigir vestimentas es-
pecíficas, como uniforme. Antes, era o-
brigatório em empresas com mais de 50
funcionários.
2. Multas
Com mudanças feitas na NR 28, o
total de multas possíveis de serem apli-
cadas a empresas que infringirem as
normas foi reduzido. Antes, existiam
cerca de 6.800 possibilidades de mul-
tas, agora são 4.000, segundo o gover-
no.
O Ministério afirma que esse núme-
ro é a somatória de infrações possíveis
de todos os setores da economia. As-
sim, uma empresa não está sujeita a
4.000 multas. A construção civil tem
600 itens aplicáveis, enquanto 534 são
do setor de mineração, por exemplo.
3. Interdições
As alterações na NR 3 reforçam que
embargos e interdições de locais de
trabalho são medidas emergenciais que
devem ser adotadas apenas em ca-sos
de risco de acidente ou doenças graves
relacionadas ao trabalho. Cipa
Norminha, 26/09/2019 O que é EPI?
O Equipamento de Proteção Indivi-
dual - EPI é destinado a proteção contra
riscos capazes de ameaçar a sua segu-
rança e a sua saúde.
Quando as medidas de proteção co-
letiva não forem viáveis, eficientes e su-
ficientes para a atenuação dos riscos e
não oferecerem completa proteção, o
trabalhador deve fazer uso do EPI.
Portanto, o EPI será obrigatório so-
mente se o EPC não atenuar os riscos
completamente ou se oferecer proteção
parcialmente.
Autônomo pode se aposentar aos 25
anos de tempo?
Conforme entendimento jurispru-
dencial do STJ, é possível a concessão
da aposentadoria especial ao Segurado
que cumpriu a carência e comprovou a
realização do trabalho em condições
especiais nocivas à sua saúde ou in-
tegridade física, nos termos da lei vi-
gente à época da prestação do serviço,
independentemente de ser contribuinte
individual não cooperado.
O caput do artigo 57 da Lei 8.213
/1991 não traça qualquer diferenciação
entre as diversas categorias de segura-
dos, elegendo como requisitos para a
concessão do benefício aposentadoria
especial tão somente a condição de se-
gurado, o cumprimento da carência le-
gal e a comprovação do exercício de a-
tividade especial pelo período de 15
(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco)
anos.
O autônomo que não utiliza EPI e a
atividade especial
O tema foi afetado como representa-
tivo da controvérsia, com a seguinte
questão submetida a julgamento (Tema
188):
"Saber se o segurado contribuinte
individual pode obter o reconhecimento
de atividade especial para fins previ-
denciários após 11/12/1998, mesmo
na hipótese em que a exposição a a-
gentes nocivos à sua saúde ou à inte-
gridade física decorreu da não utiliza-
ção deliberada de EPI eficaz (Súmula 62
da TNU)".
Foi fixada a seguinte tese pela Tur-
ma Nacional de Uniformização dos Jui-
zados Especiais Federais (TNU):
"após 03/12/1998, para o segurado
contribuinte individual, não é possível
o reconhecimento de atividade especial
em virtude da falta de utilização de e-
quipamento de proteção individual (E
PI) eficaz, salvo nas hipóteses de: (a)
exposição ao agente físico ruído acima
Norminha, 26/09/2019 O governo publicou na terça-feira (24)
mais mudanças em normas de seguran-
ça e saúde no trabalho, conhecidas co-
mo NRs, reduzindo exigências para as
empresas em relação a higiene e con-
forto, multas em caso de infração e in-
terdição de locais de trabalho. Por e-
xemplo, empresas pequenas, com até
dez funcionários, poderão ter apenas
um banheiro. Vestiário só será obriga-
tório se a companhia exigir o uso de
roupa específica, como uniforme.
Segundo a advogada trabalhista A-
lessandra Wasserman Macedo, do es-
critório Melcheds - Mello e Rached Ad-
vogados, para explicar essas mudan-
ças. “O que era muito complexo ficou
um pouco menos complexo”, afirmou
ela. Veja abaixo mais detalhes sobre as
mudanças:
1. Higiene e conforto
O governo alterou regras sobre higi-
ene e conforto dos trabalhadores, que
constavam na NR 24, afirmando que es-
tavam desatualizadas -segundo o Mi-
nistério, foram publicadas em 1978 e
“41 anos depois não se aplicam mais”.
Deixa de valer a exigência de que as
janelas dos alojamentos sejam de ma-
deira ou de ferro e a obrigatoriedade do
uso de lâmpadas incandescentes. A
norma determinava até o tipo de tinta a
ser usada nas paredes de banheiros, se-
gundo a advogada Alessandra Wasser-
man Macedo.
Em relação a banheiro, empresas
com até dez funcionários poderão ter
apenas um banheiro individual, para
uso comum de todos os sexos, desde
que respeitada a intimidade. Antes, era
necessário um masculino e um femini-
"dos limites legais; (b) exposição a a-
gentes nocivos reconhecidamente can-
cerígenos, constantes do Grupo 1 da
lista da LINACH; ou (c) demonstração
com fundamento técnico de inexistên-
cia, no caso concreto, de EPI apto a eli-
dir a nocividade da exposição ao agente
agressivo a que se submeteu o segu-
rado".
O que isso significa?
Se o segurado que trabalhou como
autônomo e não fez uso de EPI eficaz
não terá seu direito reconhecido: ou pa-
ra se aposentar pela aposentadoria es-
pecial ou o reconhecimento da ativi-
dade especial para fins de conversão.
Há duas ressalvas na tese fixada:
1. Para o agente nocivo cancerígeno
e o ruído não existe EPI eficaz.
2. O Segurado deve comprovar que
não há EPI eficaz para o agente que es-
tava exposto, por exemplo, o cirurgião-
dentista deve comprovar que mesmo se
utilizasse o EPI não haveria atenuação
ou neutralização da nocividade do a-
gente biológico.
Então, se o autônomo não fez uso do
EPI para algum agente que estava ex-
posto e há comprovação técnica-cientí-
fica sobre a neutralização do efeitos no-
civos, o Poder Judiciário pode desca-
racterizar a atividade como especial.
Do caso
A TNU julgou um caso em que o a-
çougueiro estava exposto ao agente fí-
sico frio.
Relator do processo na TNU, o juiz
federal Sérgio de Abreu Brito, da Seção
Judiciária de Alagoas, esclareceu que, a
Turma Recursal de origem afastou a
especialidade do período posterior a
11/12/1998, tendo em vista que não é
possível reconhecer a especialidade do
período laborativo do segurado contri-
buinte individual por exposição a agen-
tes nocivos, na situação em que este
possuía suficiente autonomia para ad-
quirir e utilizar EPIs aptos a elidir a no-
cividade da exposição ao agente noci-
vo, já que o autor era sócio da empresa
na qual trabalhava como açougueiro.
Sérgio de Abreu Brito lembrou, ain-
da, do limite temporal contido na recen-
te Súmula 87 da TNU,
"a eficácia do EPI não obsta o reco-
Assédio moral no trabalho: Tire todas as suas dúvidas aqui
Representantes de entidades públicas e privadas defendem
cultura da prevenção
Realizado no Centro Integrado do Sesi e Senai, seminário teve como objetivo
reforçar uma cultura de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho
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Norminha, 26/09/2019
O que é assédio moral no trabalho e
quando ocorre?
São situações onde o trabalhador é
exposto à condutas humilhantes e
constrangedoras durante a jornada de
trabalho, de forma repetitiva e prolon-
gada.
Ocorre no ambiente de trabalho, ge-
ralmente na relação entre chefe e su-
bordinado. Porém, também pode ocor-
rer entre subordinado e outro empre-
gado de mesmo nível.
Como saber se estou sofrendo assé-
dio moral?
Se você está numa situação recor-
rente de sofrimento e desconforto psi-
cológico no ambiente de trabalho, oca-
sionada por um colega de trabalho ou
chefe, você está numa situação de as-
sédio moral. Exemplos do dia a dia: vo-
cê está sendo forçado a pedir demissão,
a assinar um PDV (Plano de Demissão
Voluntária), sendo cobrado excessiva-
mente, sendo isolado dos colegas ou
alvo de piadas humilhantes, entre ou-
tros.
Você passará por uma avaliação téc-
nica feita por um advogado para veri-
ficar se é a sua situação, já que a rela-
ção de trabalho possui algumas exigên-
cias que podem ser confundidas com
assédio moral.
Quais os direitos do trabalhador que
sofre assédio moral?
Se confirmada o assédio, terá direito
a uma indenização por danos morais e,
a depender da gravidade da situação,
também danos materiais. Caso o em-
pregado não tenha interesse em deixar
o emprego, poderá somente pleitear na
justiça a reparação pelo dano sofrido,
mas como o empregado vai ter que en-
trar na justiça para demandar seus di-
reitos, é comum que a relação de traba-
lho já esteja em um nível de desgaste
insustentável, e nesse caso poderá pe-
dir rescisão indireta.
Rescisão indireta é quando você pe-
de demissão, mas recebe todos os di-
reitos como se tivesse sido demitido
sem justa causa pelo patrão, em virtude
de alguma conduta inaceitável do em-
pregador.
Estou sofrendo assédio moral no
trabalho. O que fazer?
Primeiramente, junte provas que
possam te ajudar a demonstrar o assé-
dio que você está sofrendo. Depois, fale
com alguém dentro da empresa que po-
de tomar providências quanto a isso.
Também é indicado buscar o sindicato
da sua categoria, mas caso a situação
continue e você perceba que não será
possível resolver de forma amigável,
procure um advogado para lhe auxiliar
no caso.
Como provar que estou sofrendo as-
sédio moral?
Junte documentos, e-mails, comu-
nicações internas da empresas, fotos,
guarde conversas por mensagem, seja
de Whatsapp ou escrita, junte teste-
munhas e, no caso das situações de
assédio acontecerem quando você está
sozinho com a pessoa, numa sala fe-
chada, por exemplo, é possível também
gravar áudios da situação.
A empresa pode ser responsabili-
zada pelo assédio que sofri?
Sim. A empresa é responsável por
manter o ambiente de trabalho saudá-
vel. Se diante de um relato de assédio
moral (constante, com objetivo de hu-
milhar, etc) a empresa não toma ne-
nhum tipo de providência, ela assume o
risco de responder pela conduta do as-
sédio. A depender da situação, o funcio-
nário que te assediou também poderá
responder judicialmente.
Estou sofrendo assédio sexual no
trabalho constantemente. Como proce-
der?
O ideal é reunir provas do assédio
que vinha sofrendo, pedir a rescisão in-
direta do contrato de trabalho e procurar
um advogado. Ele irá entrar com uma a-
ção através da justiça do trabalho, bus-
cando seus direitos e uma indenização
por danos morais. O assediante ainda
pode responder em processo criminal
por conta do assédio sexual cometido
contra você.
Você ainda pode fazer uma denuncia
na própria empresa (setores de confian-
ça), em sindicatos, associações, dele-
gacias ou no Ministério Público do Tra-
balho. Neste último caso, pode ser feita
pelo site. Acesse para saber mais.
Fui revistado e acusado de roubo na
frente de colegas. Podem fazer isso?
A revista é uma prática permitida no
ambiente de trabalho e só ela não carac-
teriza assédio moral. Caso a revista te-
nha colocado o funcionário numa situa-
ção de constrangimento, ao invés do
assédio moral, ele poderá pedir uma
indenização por danos morais.
Mas, caso essa prática seja recor-
rente e tenha sido exercida de forma
constrangedora e humilhante ao empre-
gado, passa a ser assédio moral. Neste
caso, o indicado é reunir testemunhas
do ocorrido e procurar um advogado
para maior auxílio.
Meu chefe me persegue, me deu ad-
vertência por nada e me mudou de se-
tor. O que posso fazer?
Junte provas da situação, comuni-
que a alguém da empresa ou do sindi-
cato que pode tomar uma iniciativa e, se
necessário, contrate um advogado para
lhe auxiliar com o processo e fazer uma
avaliação técnica do seu caso.
Fiquei com problemas psicológicos
por sofrer assédio moral no trabalho.
Posso processar?
Sim. Comece juntando provas da
situação e, caso já tenha comunicado a
alguém da empresa ou do sindicato,
procure um advogado para fazer uma a-
valiação técnica do seu caso. É impor-
tante ter um laudo médico que possa
comprovar a conexão entre a prática do
assédio no trabalho e o problema psi-
cológico.
Fui humilhado no trabalho por cole-
gas e chefe por ser gay, e logo depois
fui demitido. O que fazer?
Se a conduta do patrão e dos cole-
gas aconteceu só uma vez, não se en-
quadra em assédio moral, mas é possí-
vel entrar com uma ação de danos mo-
rais.
Se a situação se repetiu, mesmo de-
pois de você ter falado sobre isso com
alguém da empresa ou sindicato, até a-
contecer a demissão, junte provas, tes-
temunhas e procure um (a) advogado
(a) para entrar com uma ação de as-
sédio moral.
Estou sendo forçado a pedir demis-
são. Isso é assédio moral? O que devo
fazer?
Sim. Se você é forçado repetida-
mente a pedir demissão, junte provas,
comunique ao sindicato e entre em
contato com um advogado para fazer
uma avaliação técnica, para verificar a
sua situação.
Quais os documentos necessários
para entrar com uma ação de assédio
moral?
Em geral, esses são os documentos:
CPF, RG e comprovante de endere-
ço do trabalhador; CTPS (a carteira de
trabalho); Termo de rescisão ou o con-
trato de trabalho; Documentos e provas
que comprovem o assédio.
Procure um advogado para lhe auxi-
liar com o caso. N
Com o auxílio dos advogados
Marcelo Branco,
Marcelo Trigueiros e
Wilson Seabra
Norminha, 26/09/2019 Por ACS/ Alexandra Rinaldi
Durante a realização do XXIX Seminário
de Promoção da Segurança e Saúde no
Trabalho do Distrito Federal, represen-
tantes de entidades públicas e privadas
defenderam a cultura da prevenção de
acidentes e doenças decorrentes do tra-
balho.
A mesa de abertura, presidida pelo
chefe da Fundacentro (Centro Regional
do Distrito Federal), Dionisio Leone La-
mera, contou com a participação de Há-
milton Lourenço Filho, diretor do Se-
conci-DF; Milton Alves de Oliveira, vi-
ce-presidente do Sindicato dos Traba-
lhadores nas Indústrias da Construção
e do Mobiliário de Brasilia; Wilton Car-
doso de Araújo, presidente do Sindic-
ato dos Técnicos de Segurança do Dis-
trito Federal; Luiz Carlos Tomás, repre-
sentante da empresa Primeira Linha;
Juliana Rocha, gerente da Unyleya e
Ana Paula Delgado de Lima, repre-
sentando a Subsecretaria de Segurança
e Saúde no Trabalho (Subsaúde).
Durante sua fala, Dionisio falou da
importância da realização do evento, re-
forçando a necessidade de uma cultura
de prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho. Destacou tam-
bém a relevância das informações téc-
nicas compartilhadas e das inovações
na área da segurança e saúde do traba-
lhador.
O evento que ocorreu nos dias 18 e
19 de setembro de 2019 foi destinado
aos membros de CIPAs, sindicalistas,
empresários, administradores, servido-
res, estudantes e representantes de en-
tidades públicas e privadas, cuja parti-
cipação ultrapassou mais de 200 pro-
fissionais do segmento da segurança e
saúde no trabalho.
Sob coordenação técnica de Luiz
Augusto Damasceno Brasil, tecnologis-
ta e servidor da Fundacentro, as pales-
tras foram divididas em 2 painéis e a-
bordaram a Novo E-Social; Aposenta-
doria; SST em instalações de sistemas
fotovoltaicos para energia solar; Os im-
pactos das tecnologias digitais na saú-
de mental; Modelagem da informação
da construção civil (BIM) para segu-
rança e saúde no trabalho e Movimento
Abril Verde: o poder da comunicação
para cultura de prevenção de acidentes
e doenças ocupacionais.
O evento contou com a participação
da Federação das Indústrias do Distrito
Federal (Fibra), Seconci/DF, Sindicato
dos Trabalhadores nas Indústrias da
Construção e do mobiliário de Brasília
(Sticmb), Instituto Santa Marta de En-
sino e Pesquisa (Ismep), Sintest/DF,
Abraest, Sinduscon, Unyleya, Primeira
Linha, CPR/DF, Subsaúde da Secretaria
de Economia do GDF, Fundação Cléo
Octávio e Cbim.
N
Microempreendedor individual, saiba como proceder com a sua aposentadoria
MEI: Como funciona a sua aposentadoria? Meu patrão pode diminuir o valor da minha comissão?
Página 11/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 11/12
Norminha, 26/09/2019
A partir do momento que você se regis-
tra como MEI (Microempreendedor In-
dividual), você passa a pagar os impos-
tos desse tipo de empresa.
O pagamento é feito através de uma
única guia mensal, a DAS em que estão
inclusos o ISS, ICMS e INSS. A alíquo-
ta de contribuição do MEI para a Previ-
dência Social é um valor bem reduzido,
somente 5% (R$ 49,90) do valor de um
salário mínimo (R$ 998,00).
O Microempreendedor pertence à
categoria de Contribuinte Individual do
INSS, contudo o pagamento será feito
pela guia DAS-MEI. Assim sendo,
quando a contribuição estiver em dia, o
MEI passará a usufruir de alguns be-
nefícios:
• Auxílio-doença;
• Aposentadoria por idade;
• Aposentadoria por invalidez;
• Salário maternidade (gestantes e
adotantes).
Além disso, a família terá direito a
pensão por morte e também o auxílio
reclusão. É importante dizer que todos
os valores são pagos com base no valor
do salário mínimo vigente.
APOSENTADORIA DO MEI
O que acontece com as contribui-
ções feitas antes da abertura da em-
presa? Como continuar contribuindo
quando a baixa da empresa é feita?
Primeiramente, caso esteja aposen-
tado por idade como Microempreende-
dor Individual é preciso ter no mínimo
180 contribuições, ou seja, pelo menos
15 anos de contribuição, com idade mí-
nima de 60 anos para mulheres e 65
para os homens.
Em segundo lugar, para ter direito a
Aposentadoria por Tempo de Contri-
buição ou a Certidão de Tempo de
Contribuição (CTC), o empresário deve
completar 15% sobre o valor do salário
mínimo nacional, com juros monetá-
rios.
Caso a vontade seja de se aposentar
com mais de um salário mínimo, uma
guia chamada GPS será adquirida, em
papelarias ou livrarias. Em suma, o em-
preendedor preencherá ela com o códi-
go 1007 de pagamento. O código faz re-
ferência ao Contribuinte Individual
mensal e o valor que você deseja rece-
ber de aposentadoria aplicado a se-
guinte fórmula: (Salário Desejado – Sa-
lário Mínimo Nacional) X 20%.
O valor da contribuição complemen-
tar mensal é de 20% sobre a diferença
entre o salário desejado e o salário mí-
nimo nacional.
Agora, caso solicitar a aposentado-
ria integral por tempo de contribuição
seja a forma desejada, o período míni-
mo deve ser de 30 anos com 48 anos
de idade, no caso das mulheres. Para
os homens, a contribuição é de 35 a-
nos, com 53 anos de idade.
Caso o MEI queira solicitar a apo-
sentadoria no período anterior ao míni-
mo exigido, ele receberá a aposenta-
doria proporcional.
Por fim, no caso de aposentadoria
por invalidez, é necessário o mínimo de
1 ano de contribuição.
CONTRIBUIÇÕES FEITAS ANTES
DE VIRAR MEI
As contribuições feitas antes da for-
malização continuam a valer. Quando o
trabalhador é contratado via CLT, rece-
be um número de cadastro do PIS. En-
tão, as contribuições ficam vinculadas
ao número do PIS e o tempo anterior é
somado ao atual, caso o empreendedor
faça a contribuição complementar men-
sal.
Exemplo: 10 anos acumulados de
contribuição anteriores ao período de
MEI, mais 10 anos após a formalização
da empresa fazendo a contribuição
complementar mensal. Portanto, a con-
tribuição final será de 20 anos (10+10).
CONTRIBUIÇÕES FEITAS DURAN-
TE A ATIVIDADE NA EMPRESA
Da mesma forma como o caso aci-
ma, o MEI não perderá o tempo de con-
tribuição feito quando atuou formali-
zado. Ele continuará a fazer as contri-
buições de forma autônoma ou pela
CLT. No entanto, passará a pagar o va-
lor normal de contribuição e não mais o
valor reduzido da guia (DAS) do MEI.
Exemplo: 20 anos de contribuição
como MEI e após da baixa na empresa,
contribui mais 10 de forma autônoma
ou pela CLT fecharão em 30 anos de
período (20+10).
O DIREITO À APOSENTADORIA É
PERDIDO AO VIRAR MEI?
Não. A Previdência Social é finan-
ciada por todos, tanto direta quanto in-
diretamente. Por isso, o trabalhador
continua a contribuir para que outros
recebam o mesmo benefício. A seguri-
dade do MEI é garantida pela Previdên-
cia.
Portanto, quando a atividade é inici-
ada, é obrigatório a contribuição, seja
aposentado ou não. Caso o trabalhador
seja aposentado por invalidez antes de
se tornar um microempreendedor, ao se
formalizar, ele perde o direito à aposen-
tadoria, pois é entendido que ele deixou
de ser incapaz para o trabalho.
COMO FUNCIONA O AUXÍLIO-DO-
ENÇA PARA O MEI?
Acima de tudo, é preciso saber que
o auxílio-doença é válido quando o tra-
balhador precisa ficar afastado por um
período do trabalho por conta de algu-
ma doença. O tempo que o empregado
fica afastado não é remunerado, por is-
so um pedido à Previdência deve ser
feito. O valor é um salário mínimo (R$
998,00).
Após o pedido, uma consulta com
um médico será feita para que um exa-
me pericial seja realizado, comprovan-
do a doença. Para ter direito ao bene-
fício é necessário ter contribuído, no
mínimo, um ano com o INSS.
O auxílio é perdido nas seguintes si-
tuações:
• Recuperação da capacidade de
trabalho (alta médica);
• Transformação em Aposentadoria
por Invalidez ou Auxílio-doença Previ-
denciário decorrente de acidente de
trabalho de qualquer natureza ou causa;
• Falecimento do segurado;
• Concessão de aposentadoria de
qualquer espécie;
• Retorno voluntário ao trabalho
sem perícia médica – alta antecipada.
E A PENSÃO POR MORTE?
Em resumo, a pensão por morte é o
benefício pago à família do MEI ou do
trabalhador em caso de morte do mes-
mo. Para que eles tenham direito ao se-
guro, basta que as contribuições este-
jam em dia.
A pensão por morte não pode ser
acumulada com:
• Renda Mensal Vitalícia;
• Benefícios de Prestação Continu-
ada – BPC-LOAS;
• Pensão Mensal Vitalícia de Serin-
gueiro;
• Auxílio-Reclusão;
• Outra pensão por morte de cônju-
ge ou companheiro, com início a partir
de 29/04/1995, com ressalva sobre o
direito de opção pela mais vantajosa.
Pode ser acumulada com:
• Seguro desemprego;
• Pensão por morte de cônjuge ou
companheiro, com óbito ocorrido ante-
rior a 29/04/1995;
• Auxílio-Doença; Auxílio-Acidente;
Aposentadoria; Salário Maternidade.
Conclusão
Primeiramente, esse não é um as-
sunto muito comentado, por isso mui-
tas dúvidas surgem. Contudo, como foi
passado no conteúdo, ainda existem al-
gumas vantagens em se tornar um MEI.
Por isso, é importante ficar atento ao
material para que nada passe desperce-
bido, ainda mais se você planeja abrir
uma empresa.
Portanto, se precisar de ajuda com o
processo para a abertura do seu negó-
cio ou para o pedido da sua aposen-
tadoria, nos mande uma mensagem,
estaremos preparados para te auxiliar.N
Bruno Pellizzetti
pectivas condições por mútuo consen-
timento, e ainda assim desde que não
resultem, direta ou indiretamente, pre-
juízos ao empregado, sob pena de nuli-
dade da cláusula infringente desta ga-
rantia.
Mas o empregador pode sim reduzir
a porcentagem recebida pelo emprega-
do e cito aqui dois casos:
a) Desde que haja um aumento em
seu salário base, de forma que no final
do mês, o empregado receba o a média
de valor de remuneração (salário + co-
missão) de quando sua comissão era
maior.
b) O empregador também pode alte-
rar o sistema de comissões para salário
fixo, e vice-versa, sem que o empre-
gado possa dizer que isso lhe trouxe
prejuízos; contanto que o empregador
mantenha a média remuneratória men-
sal. N
@advogadamariana
Norminha, 26/09/2019 Em regra, não. O salário é protegido
de ser reduzido pelo artigo 7º da Cons-
tituição Federal:
Art. 7º São direitos dos trabalhado-
res urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição so-
cial:
VI - irredutibilidade do salário, salvo
o disposto em convenção ou acordo co-
letivo;
Inclusive a regra é que qualquer alte-
ração no contrato de trabalho só possa
ser feita se o empregado aceitar e desde
que essa alteração não lhe prejudique:
Art. 468 - Nos contratos individuais
de trabalho só é lícita a alteração das res
Semana na Fundacentro teve seminário e curso voltado para a segurança química
Profissionais discutem riscos de gases no ambiente de trabalho
Seminários em nanotecnologia abordam as interações entre
direito, tecnologia e meio ambiente
Página 12/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Robledo Dias
tecnologia proporciona um melhor con-
trole dos riscos e auxilia na tomada de
decisões.
Os usos e a segurança dos gases
criogênicos (nitrogênio, oxigênio, hi-
drogênio, argônio) foram retratados
pelo especialista Robledo Almeida. Fer-
nando Rosalvo, por sua vez, palestrou
sobre os benefícios e riscos associados
à amônia, além da questão da seguran-
ça e proteção em casos de vazamentos.
N
Allan Soares e Fernando Sobrinho
(Fotos: Cristiane Reimberg)
Norminha, 26/09/2019 Por Fundacentro / ACS - Cristiane Reimberg
e Débora Maria Santos
Mais uma vez a Fundacentro teve o
auditório lotado para discutir aspectos
da segurança química. Nos dias 19 e 20
de setembro, ocorreu o Seminário so-
bre Segurança com GLP, GNV, Monó-
xido de Carbono e Gases Industriais no
auditório da instituição em São Paulo/
SP. O evento teve a coordenação do en-
genheiro químico e de segurança Fer-
nando Sobrinho, tecnologista da Fun-
dacentro há 32 anos, que considerou
proveitosos a troca de informações e
aprendizado proporcionados.
José Possebon
“Na semana passada, tivemos audi-
ências públicas na Fundacentro sobre
as NRs, entre elas, a NR 9, que tem rela-
ção com a questão dos gases”, desta-
cou Sobrinho. A nova proposta dessa
norma regulamentadora “estabelece os
requisitos mínimos para a proteção da
saúde e da integridade dos trabalha-
dores contra os riscos relacionados a
agentes físicos, químicos e biológicos
nas atividades e ambientes de traba-
lho”.
Os gases são agentes químicos que,
em caso de acidentes, costumam cau-
sar danos graves aos trabalhadores, ao
ambiente e à comunidade. “O GLP
quando explode causa bastante estra-
go”, exemplificou o tecnologista da
Fundacentro.
Fernando Rosalvo
“Pensando na Prevenção de Aciden-
tes Industriais Maiores, é fundamental
levar à sociedade informações sobre os
riscos de diferentes gases. Acidentes
com essas substâncias podem ter gra-
ves proporções e consequências não só
para os trabalhadores dessas indústrias
mas também a toda população ao seu
redor. Temos visto nos últimos anos a-
cidentes como em Cubatão e Santos”,
completou o assessor da Presidência,
Allan Soares.
Durante o seminário, Fernando So-
http://bit.ly/2HrKp8O
Inscrições para submissão de
trabalhos técnicos vão até
1 de outubro de 2019
Norminha, 26/09/2019 Por ACS/ Alexandra Rinaldi
A XVI edição do Seminário Internacio-
nal Nanotecnologia, Sociedade e Meio
ambiente (Seminanosoma), junto com
o I Seminário Internacional de Nanotec-
nologia, Desenvolvimento e Trabalho
4.0 (I Senano), acontecem simultanea-
mente, com o objetivo de difundir co-
nhecimento sobre os riscos e os desa-
fios da nanotecnologia e outras tecno-
logias, para os campos do Direito, Saú-
de e Segurança do Trabalhador, Meio
Ambiente, da governança de riscos e do
engajamento público em ciência e tec-
nologia.
Sob coordenação da Fundacentro,
Ministério Público do Trabalho e Rena-
nosoma, os eventos serão destinados a
trabalhadores, empregadores e profis-
sionais envolvidos com as novas tec-
nologias, além dos operadores do Di-
reito, alunos de graduação, pós-gradu-
ação e demais interessados.
Palestrantes do Brasil, da América
do Sul e da Europa irão contribuir, via
video, com informações relevantes para
a troca de experiências, onde serão re-
latadas as pesquisas e regulações mais
recentes no campo da nanotecnologia e
das novas tecnologias.
O evento que acontece de 26 a 29 de
novembro de 2019, na sede da Procu-
radoria Regional do Trabalho – PRT 2ª.
Região, em São Paulo-SP, conta tam-
bém com a participação na organização
do Programa de Pós-Graduação em Di-
reito – Mestrado e Doutorado da Uni-
versidade do Vale do Rio dos Sinos –
Unisinos; Programa de Pós-Graduação
– Mestrado Profissional em Direito da
Empresa e dos Negócios da Universi-
dade do Vale do Rio dos Sinos – Unisi-
nos e da Escola Nacional da Associação
Nacional dos Procuradores do Traba-
lho.
Chamada para submissão de traba-
lhos
O prazo para o envio de trabalhos vai
até 1 de outubro de 2019, até às 17h.
Os temas centrais dos seminários
estarão voltados para “Nanotecnologia,
novas tecnologias e interações entre
direito, tecnologia e sociedade: refletin-
do sobre desafios e incertezas”.
Serão aceitos resumos de pôsteres,
cujas linhas temáticas abordem a tec-
nologia e sua intersecção com Saúde e
Segurança do Trabalho; Direito, Legis-
lação e Regulação; Tecnologias Disrup-
tivas; Agricultura e Meio Ambiente; Na-
noética; Ética e Tecnologia; Engajamen-
to Público; Nanotoxicologia; Estudos
de Ciência e Tecnologia e Meio Ambi-
ente.
O formulário está disponível no por-
tal da Fundacentro para que os autores
possam preencher o documento e sub-
meter com um único resumo para o e-
vento. A coordenação ressalta que cada
autor não poderá enviar mais de um re-
sumo, caso isso ocorra, todos os res-
pectivos resumos serão desclassifica-
dos e excluídos da avaliação.
Acesse o link para convocatório e
inscrição.
Informações gerais
O XVI Seminário Internacional Na-
notecnologia, Sociedade e Meio ambi-
ente (Seminanosoma) e o I Seminário
Internacional de Nanotecnologia, De-
senvolvimento e Trabalho 4.0 (I Sena-
no) serão realizados na Procuradoria
Regional do Trabalho – PRT 2ª. Região,
situado na Rua Cubatão, 322-Paraíso-
São Paulo-SP.
O horário será das 9h às 17h30, com
entrada gratuita.
Mais informações poderão ser obti-
das no subsite Nanotecnologia.
Haverá transmissão online do even-
to via internet.
A programação completa será divul-
gada oportunamente. N
Alexandre Sá
brinho abordou os perigos do gás li-
quefeito de petróleo e do gás natural.
José Possebon, tecnologista aposenta-
do da Fundacentro, falou sobre os ris-
cos dos gases de processo (acetileno,
cloro e oxido nitroso). Ambos retrata-
ram os aspectos da segurança.
Outro gás retratado por Possebon foi
o monóxido de carbono e seus riscos e
monitoramento. Já o especialista Ale-
xandre Sá deu palestra sobre o monito-
ramento remoto de gases. O uso dessa