ministÉrio toda quinta-feira grátis no seu e-mail norminha · para a realidade brasileira, a ser...

12
Norminha Desde 18/08/2009 Nesta edição: 12 páginas Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 26 de setembro de 2019 - Nº 538 [email protected] - [email protected] – publicidade@ www.norminha.net.br NORMINHAS MINISTÉRIO TRABALHO MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA PORTAL NORMINHA FACEBOOK NORMINHA ARQUIVOS FUNDACENTRO INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO CBO NRs CA EPI GOOGLE OBSERVATÓRIO SST OBSERVATÓRIO VIÁRIO Revista Digital Semanal Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Consulta Pública da NR 31 e anexos da NR 15 e NR 9 Norminha, 26/09/2019 Está disponível para consulta pública a proposta de revisão da Norma Regula- mentadora nº 31 (Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração Florestal e A- quicultura), dos anexos nº 1 (ruído con- tínuo ou intermitente) e nº 2 (ruído de impacto) da Norma Regulamentadora nº 15 (Atividades e Operações Insalu- bres), bem como da inclusão do anexo nº 4 (Ruído contínuo ou intermitente e ruído de impacto) na Norma Regula- mentadora nº 9 (Programa de Preven- ção de Riscos Ambientais). O aviso de consulta pública foi publicado no últi- mo dia dia 23 de setembro, no Diário Oficial da União, pelo Ministério da E- conomia, por meio da Secretaria Espe- cial de Previdência e Trabalho. A consulta dos textos pode ser reali- zada no site: http://participa.br/secretaria-de- trabalho pelo prazo de 30 dias, a contar da data da publicação do aviso no Diá- rio Oficial da União. Expirado o prazo fixado, as sugestões serão analisadas pela Secretaria de Trabalho, que elabo- rará a proposta de texto a ser encami- nhada a grupo tripartite, formado por representantes do governo, de trabalha- dores e empregadores, para discussão e aprovação. Ao final, o grupo tripartite encaminhará a proposta de texto final a ser discutida e aprovada no âmbito da Comissão Tripartite Paritária Perma- nente - CTPP. Dúvidas a respeito da utilização da plataforma poderão ser encaminhadas para o e-mail: [email protected]. Lembrando que as sugestões enca- minhadas por correio eletrônico não serão consideradas. N Fundacentro concede homenagem ao idealizador do “Abril Verde” Norminha, 26/09/2019 O paraibano Nivaldo Barbosa, técnico de segurança do trabalho, radi- alista e jornalista, recebeu uma home- nagem na última quinta-feira, 19 de se- tembro de 2019 no XXIX Seminário de Promoção da Segurança e Saúde no Trabalho do Distrito Federal, realizado pela (FUNDACENTRO-DF). O evento o- correu no auditório do Centro Integrado do (SESI/SENAI). Na oportunidade, o comunicador prevencionista proferiu a palestra “O poder da comunicação para cultura de prevenção de acidentes e doenças ocu- pacionais”, cujo objetivo é de chamar a atenção da sociedade brasileira para a adoção de uma cultura permanente de prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Além de ser o idealizador do Abril Verde no Brasil, também é apresentador do programa ST NA TV, único em uma TV aberta do país, com exclusividade sobre Segurança e Saúde do Trabalho, completando um ano no ar, neste mês de setembro, vai ao ar todos os sábados as 10h30 pelo canal 39.1 da TV Câmara municipal de João Pessoa capital da Paraíba. Segundo Nivaldo, é de fundamental utilizar todos os meios e formas de in- formar aos trabalhadores e empregado- res da importância da prevenção dos in- fortúnios laborais, que causam bastante prejuízos aos indivíduos, a sociedade e aos cofres públicos. Nivaldo recebeu uma menção hon- rosa da FUNDACENTRO em forma de placa, medalha e certificado pela atua- ção em prol da promoção da saúde e segurança do trabalho que vem desem- penhando no Brasil. Emocionado agra- deceu a todos que direta ou indireta- mente contribuem com as ações desen- volvidas ao longo da sua trajetória pro- fissional, garantindo que a missão pre- vencionista estará a cada dia mais pre- sente em sua vida. N Norminha, 26/09/2019 O Ministério da Economia, por meio da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, publicou no dia 24 de setem- bro de 2019, no Diário Oficial da União, quatro portarias que tratam sobre as Normas Regulamentadoras e os proce- dimentos relativos aos embargos e in- terdições. A portaria nº 1.066, de 23 de setem- bro de 2019, aprova a nova redação da Norma Regulamentadora nº 24 (Condi- ções de Higiene e Conforto nos Locais de Trabalho). A portaria nº 1.067, de 23 de setembro de 2019, altera a redação da Norma Regulamentadora nº 28 (Fis- calização e Penalidades). A portaria nº 1.068, de 23 de setembro de 2019, a- prova a nova redação da Norma Regula- mentadora nº 03 (Embargo e Interdi- ção). E, portaria nº 1.069, de 23 de se- tembro de 2019, disciplina os procedi- mentos relativos aos embargos e inter- dições. Conheça a nova NR-24. Conheça a nova NR-3. Conheça a alteração na NR-28. Procedimentos relativos aos embar- gos e interdições. N Carteira de Trabalho Digital entra em vigor Norminha, 26/09/2019 Os brasileiros passam a contar com a Carteira de Trabalho Digital, documen- to totalmente em meio eletrônico e e- quivalente à antiga Carteira de Trabalho e Previdência Social física. Segundo a Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, a mudança vai assegurar facilidades para trabalha- dores e empregados, com redução da burocracia e custos. Por exemplo: ao ser contratado, o novo empregado não precisará mais apresentar a carteira em papel. Bastará informar o número do CPF ao empregador e o registro será realizado diretamente de forma digital. Prevista na Lei da Liberdade Econô- mica, sancionada na última sexta-feira (20), a Carteira Digital é disciplinada pela Portaria nº 1.065, da Secretaria Es- pecial de Previdência e Trabalho do Mi- nistério da Economia, publicada na edi- ção desta última terça-feira do Diário Oficial da União. O documento digital está previa- mente emitido para todos os brasileiros e estrangeiros que estejam registrados no Cadastro de Pessoa Física (CPF). Cada trabalhador terá de habilitar o do- cumento, com a criação de uma conta de acesso no endereço específico. eSocial Empresas que já usam o eSocial po- derão contratar funcionários sem a ne- cessidade de exigir deles o documento físico. Isso vai facilitar o acesso ao mercado, pois não será mais necessá- rio apresentar a carteira de trabalho em papel para ingressar em um novo em- prego, resultando em simplificação e desburocratização. Compre as 59 Dinâmicas para evitar Acidentes de Trabalho e ajude na sustentabilidade de Norminha. CLIQUE! https://go.hotmart.com/J14 605895D Com as novas regras, as anotações que antes ficavam na CTPS de "cader- ninho azul" passarão a ser realizadas e- letronicamente. Para acompanhar es- sas anotações, o trabalhador poderá u- tilizar um aplicativo especialmente de- senvolvido para celulares (com versões IOS e Android) ou acessar o ambiente. A Carteira Digital tem como identi- ficação única o número do CPF do tra- balhador, que passa a ser o número vá- lido para fins de registro trabalhista. N Economia UOL Norminha, 26/09/2019 Por ACS/ Alexandra Rinaldi, com contribuições de Eduardo Garcia Garcia- RBSO Em artigo publicado em agosto de 2019, na Revista Brasileira de Saúde O- cupacional, pesquisadores da Secreta- ria da Saúde e da Universidade Federal da Bahia analisaram a implementação de protocolo de vigilância e atenção à saúde das populações expostas a chumbo, cádmio, cobre e zinco, no mu- nicípio de Santo Amaro, localizado no Recôncavo baiano. A história local re- flete problemas de contaminação por metais pesados ao longo de 40 anos, envolvendo moradores, pescadores, trabalhadores e ex-trabalhadores do se- tor metalúrgico, totalizando mais de 8 mil pessoas potencialmente expostas. A partir de uma pesquisa qualitativa, com base na percepção dos gestores e profissionais da Saúde, o estudo bus- cou analisar os avanços e os obstácu- los encontrados nos cinco anos iniciais da implantação das ações relacionadas ao protocolo. “Poucas experiências no Portarias aprovam novas NR 24 e NR 3 e altera a NR 28 Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 01/12 MPT lança ações para proteger frentistas dos malefícios do benzeno O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC) lança uma série de ações para proteger os frentistas dos malefícios do benzeno. A iniciativa é con- duzida pelo Projeto de Prevenção do Câncer Ocupacional, da Coordenadoria Nacio- nal de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho (Codemat) do MPT. Está sendo reali- zada uma série de audiência públicas com sindicatos patronais e de trabalhadores, agentes de saúde e da rede de proteção ao trabalhador. N Artigo avalia implantação de Protocolo de Vigilância em Saúde de população exposta a metais pesados Curso: Instrutor e Supervisor de Espaço Confinado Araçatuba (SP): 21, 22 e 23; e 28 e 29 de novembro de 2019 Curso: Higiene Ocupacional na prática Araçatuba (SP): 06, 07 e 08 de novembro de 2019 Instrutor NR20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis Presidente Prudente (SP): 25 a 27 de novembro de 2019 Descontos especiais para pagamento antecipado Pague com cartão em até 12X via PagSeguro Whats: (18) 99765-2705 – [email protected] Protocolo visa a orientar o desenvolvimento de ações de assistência, acompanhamento e vigilância das condições de saúde de trabalhadores e da população exposta em município da Bahia com histórico de contaminação ambiental Brasil retratam a avaliação de protoco- los de vigilância ambiental e em saúde do trabalhador implantados pelo SUS em áreas afetadas por contaminantes ambientais”, observam os pesquisado- res. O texto completo de Implantação de protocolo de vigilância e atenção à saú- de de ex-trabalhadores e população ex- posta a chumbo, cádmio, cobre e zinco em Santo Amaro, Bahia, de Rita Franco Rego, Louise Oliveira Ramos Machado, Gerluce Alves e Ila Rocha Falcão, está disponível no SciELO. N

Upload: others

Post on 20-Jun-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Norminha

Desde 18/08/2009

Nesta edição:

12 páginas

Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 26 de setembro de 2019 - Nº 538

[email protected] - [email protected] – publicidade@ www.norminha.net.br

NORMINHAS

MINISTÉRIO TRABALHO

MINISTÉRIO PREVIDÊNCIA

PORTAL NORMINHA

FACEBOOK NORMINHA

ARQUIVOS FUNDACENTRO

INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO

CBO NRs CA EPI GOOGLE

OBSERVATÓRIO SST OBSERVATÓRIO VIÁRIO

Revista Digital Semanal Toda quinta-feira grátis no seu e-mail

Consulta Pública da NR 31 e anexos da NR 15 e NR 9

Norminha, 26/09/2019 Está disponível para consulta pública a

proposta de revisão da Norma Regula-

mentadora nº 31 (Segurança e Saúde

no Trabalho na Agricultura, Pecuária,

Silvicultura, Exploração Florestal e A-

quicultura), dos anexos nº 1 (ruído con-

tínuo ou intermitente) e nº 2 (ruído de

impacto) da Norma Regulamentadora

nº 15 (Atividades e Operações Insalu-

bres), bem como da inclusão do anexo

nº 4 (Ruído contínuo ou intermitente e

ruído de impacto) na Norma Regula-

mentadora nº 9 (Programa de Preven-

ção de Riscos Ambientais). O aviso de

consulta pública foi publicado no últi-

mo dia dia 23 de setembro, no Diário

Oficial da União, pelo Ministério da E-

conomia, por meio da Secretaria Espe-

cial de Previdência e Trabalho.

A consulta dos textos pode ser reali-

zada no site:

http://participa.br/secretaria-de-

trabalho pelo prazo de 30 dias, a contar

da data da publicação do aviso no Diá-

rio Oficial da União. Expirado o prazo

fixado, as sugestões serão analisadas

pela Secretaria de Trabalho, que elabo-

rará a proposta de texto a ser encami-

nhada a grupo tripartite, formado por

representantes do governo, de trabalha-

dores e empregadores, para discussão

e aprovação. Ao final, o grupo tripartite

encaminhará a proposta de texto final a

ser discutida e aprovada no âmbito da

Comissão Tripartite Paritária Perma-

nente - CTPP.

Dúvidas a respeito da utilização da

plataforma poderão ser encaminhadas

para o e-mail:

[email protected].

Lembrando que as sugestões enca-

minhadas por correio eletrônico não

serão consideradas. N

Fundacentro concede

homenagem ao idealizador do “Abril Verde”

Norminha, 26/09/2019

O paraibano Nivaldo Barbosa,

técnico de segurança do trabalho, radi-

alista e jornalista, recebeu uma home-

nagem na última quinta-feira, 19 de se-

tembro de 2019 no XXIX Seminário de

Promoção da Segurança e Saúde no

Trabalho do Distrito Federal, realizado

pela (FUNDACENTRO-DF). O evento o-

correu no auditório do Centro Integrado

do (SESI/SENAI).

Na oportunidade, o comunicador

prevencionista proferiu a palestra “O

poder da comunicação para cultura de

prevenção de acidentes e doenças ocu-

pacionais”, cujo objetivo é de chamar a

atenção da sociedade brasileira para a

adoção de uma cultura permanente de

prevenção de acidentes do trabalho e

doenças ocupacionais.

Além de ser o idealizador do Abril

Verde no Brasil, também é apresentador

do programa ST NA TV, único em uma

TV aberta do país, com exclusividade

sobre Segurança e Saúde do Trabalho,

completando um ano no ar, neste mês

de setembro, vai ao ar todos os sábados

as 10h30 pelo canal 39.1 da TV Câmara

municipal de João Pessoa capital da

Paraíba.

Segundo Nivaldo, é de fundamental

utilizar todos os meios e formas de in-

formar aos trabalhadores e empregado-

res da importância da prevenção dos in-

fortúnios laborais, que causam bastante

prejuízos aos indivíduos, a sociedade e

aos cofres públicos.

Nivaldo recebeu uma menção hon-

rosa da FUNDACENTRO em forma de

placa, medalha e certificado pela atua-

ção em prol da promoção da saúde e

segurança do trabalho que vem desem-

penhando no Brasil. Emocionado agra-

deceu a todos que direta ou indireta-

mente contribuem com as ações desen-

volvidas ao longo da sua trajetória pro-

fissional, garantindo que a missão pre-

vencionista estará a cada dia mais pre-

sente em sua vida. N

Norminha, 26/09/2019 O Ministério da Economia, por meio da

Secretaria Especial de Previdência e

Trabalho, publicou no dia 24 de setem-

bro de 2019, no Diário Oficial da União,

quatro portarias que tratam sobre as

Normas Regulamentadoras e os proce-

dimentos relativos aos embargos e in-

terdições.

A portaria nº 1.066, de 23 de setem-

bro de 2019, aprova a nova redação da

Norma Regulamentadora nº 24 (Condi-

ções de Higiene e Conforto nos Locais

de Trabalho). A portaria nº 1.067, de 23

de setembro de 2019, altera a redação

da Norma Regulamentadora nº 28 (Fis-

calização e Penalidades). A portaria nº

1.068, de 23 de setembro de 2019, a-

prova a nova redação da Norma Regula-

mentadora nº 03 (Embargo e Interdi-

ção). E, portaria nº 1.069, de 23 de se-

tembro de 2019, disciplina os procedi-

mentos relativos aos embargos e inter-

dições.

Conheça a nova NR-24.

Conheça a nova NR-3.

Conheça a alteração na NR-28.

Procedimentos relativos aos embar-

gos e interdições.

N

Carteira de Trabalho Digital entra em vigor

Norminha, 26/09/2019 Os brasileiros passam a contar com a

Carteira de Trabalho Digital, documen-

to totalmente em meio eletrônico e e-

quivalente à antiga Carteira de Trabalho

e Previdência Social física.

Segundo a Secretaria de Trabalho do

Ministério da Economia, a mudança vai

assegurar facilidades para trabalha-

dores e empregados, com redução da

burocracia e custos. Por exemplo: ao

ser contratado, o novo empregado não

precisará mais apresentar a carteira em

papel. Bastará informar o número do

CPF ao empregador e o registro será

realizado diretamente de forma digital.

Prevista na Lei da Liberdade Econô-

mica, sancionada na última sexta-feira

(20), a Carteira Digital é disciplinada

pela Portaria nº 1.065, da Secretaria Es-

pecial de Previdência e Trabalho do Mi-

nistério da Economia, publicada na edi-

ção desta última terça-feira do Diário

Oficial da União.

O documento digital está previa-

mente emitido para todos os brasileiros

e estrangeiros que estejam registrados

no Cadastro de Pessoa Física (CPF).

Cada trabalhador terá de habilitar o do-

cumento, com a criação de uma conta

de acesso no endereço específico.

eSocial

Empresas que já usam o eSocial po-

derão contratar funcionários sem a ne-

cessidade de exigir deles o documento

físico. Isso vai facilitar o acesso ao

mercado, pois não será mais necessá-

rio apresentar a carteira de trabalho em

papel para ingressar em um novo em-

prego, resultando em simplificação e

desburocratização.

Compre as 59 Dinâmicas para evitar Acidentes de

Trabalho e ajude na sustentabilidade de Norminha. CLIQUE!

https://go.hotmart.com/J14605895D

Com as novas regras, as anotações

que antes ficavam na CTPS de "cader-

ninho azul" passarão a ser realizadas e-

letronicamente. Para acompanhar es-

sas anotações, o trabalhador poderá u-

tilizar um aplicativo especialmente de-

senvolvido para celulares (com versões

IOS e Android) ou acessar o ambiente.

A Carteira Digital tem como identi-

ficação única o número do CPF do tra-

balhador, que passa a ser o número vá-

lido para fins de registro trabalhista.

N Economia UOL

Norminha, 26/09/2019 Por ACS/ Alexandra Rinaldi, com

contribuições de Eduardo Garcia Garcia-

RBSO

Em artigo publicado em agosto de

2019, na Revista Brasileira de Saúde O-

cupacional, pesquisadores da Secreta-

ria da Saúde e da Universidade Federal

da Bahia analisaram a implementação

de protocolo de vigilância e atenção à

saúde das populações expostas a

chumbo, cádmio, cobre e zinco, no mu-

nicípio de Santo Amaro, localizado no

Recôncavo baiano. A história local re-

flete problemas de contaminação por

metais pesados ao longo de 40 anos,

envolvendo moradores, pescadores,

trabalhadores e ex-trabalhadores do se-

tor metalúrgico, totalizando mais de 8

mil pessoas potencialmente expostas.

A partir de uma pesquisa qualitativa,

com base na percepção dos gestores e

profissionais da Saúde, o estudo bus-

cou analisar os avanços e os obstácu-

los encontrados nos cinco anos iniciais

da implantação das ações relacionadas

ao protocolo. “Poucas experiências no

Portarias aprovam novas NR 24 e NR 3 e altera a NR 28

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 01/12

MPT lança ações para proteger frentistas dos malefícios do benzeno

O Ministério Público do Trabalho em Santa Catarina (MPT-SC) lança uma série

de ações para proteger os frentistas dos malefícios do benzeno. A iniciativa é con-

duzida pelo Projeto de Prevenção do Câncer Ocupacional, da Coordenadoria Nacio-

nal de Defesa do Meio Ambiente de Trabalho (Codemat) do MPT. Está sendo reali-

zada uma série de audiência públicas com sindicatos patronais e de trabalhadores,

agentes de saúde e da rede de proteção ao trabalhador. N

Artigo avalia implantação de Protocolo de Vigilância em Saúde de população exposta a metais pesados

Curso: Instrutor e Supervisor de Espaço Confinado Araçatuba (SP): 21, 22 e 23; e 28 e 29 de novembro de 2019

Curso: Higiene Ocupacional na prática Araçatuba (SP): 06, 07 e 08 de novembro de 2019

Instrutor NR20 Líquidos Combustíveis e Inflamáveis Presidente Prudente (SP): 25 a 27 de novembro de 2019

Descontos especiais para pagamento antecipado

Pague com cartão em até 12X via PagSeguro

Whats: (18) 99765-2705 – [email protected]

Protocolo visa a orientar o desenvolvimento

de ações de assistência, acompanhamento e

vigilância das condições de saúde de

trabalhadores e da população exposta em

município da Bahia com histórico de

contaminação ambiental

Brasil retratam a avaliação de protoco-

los de vigilância ambiental e em saúde

do trabalhador implantados pelo SUS

em áreas afetadas por contaminantes

ambientais”, observam os pesquisado-

res.

O texto completo de Implantação de

protocolo de vigilância e atenção à saú-

de de ex-trabalhadores e população ex-

posta a chumbo, cádmio, cobre e zinco

em Santo Amaro, Bahia, de Rita Franco

Rego, Louise Oliveira Ramos Machado,

Gerluce Alves e Ila Rocha Falcão, está

disponível no SciELO. N

Page 2: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Simpósio sobre Sistemas de Gestão da SST será no CTN

Página 02/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 02/12

balho.

Nesse sentido, o simpósio tem co-

mo intuito debater com os atores gover-

namentais e sociais sobre os desafios e

perspectivas da gestão de riscos nos

ambientes de trabalho.

A coordenação técnica é realizada

pelos servidores Gilmar da Cunha Tri-

velato, José Damásio de Aquino, Rob-

son Spinelli Gomes, Rogério Galvão da

Silva e Luis Fernando Salles Moraes. O

especialista em medicina do trabalho,

Mário Bonciani, também faz parte da

coordenação.

Evento será realizado no dia 04 de

outubro

O evento é aberto para governo, em-

pregadores, trabalhadores, profissio-

nais especializados em segurança e

saúde no trabalho, pesquisadores e es-

tudantes.

Informações podem ser obtidas com

o Setor de Eventos, telefones:

(11) 3066.6368/6116, falar com

Claudia ou Gisele. A inscrição poderá

ser feita no site da Fundacentro.

Informações e Inscrição.

N Publicação conta histórias de trabalhadores adoecidos pelas

condições de trabalho Norminha, 26/09/2019 Por ACS/ Alexandra Rinaldi

Macedo, Sofia, Jorge, Carlos, Ander-

son, Antonio e Alice. Todos esses no-

mes têm algo em comum: são trabalha-

dores segurados do INSS com vínculo

de trabalho regido pela Consolidação

das Leis do Trabalho (CLT) e que so-

freram violências no retorno ao traba-

lho.

Outro ponto que esses trabalhadores

têm em comum são as diversas formas

de violências, palavra caracterizada no

plural pelas pesquisadoras da Funda-

centro, como forma de descrever um

processo penoso pelo qual os trabalha-

dores passam quando retornam às suas

funções após o tempo de afastamento

por acidente de trabalho.

Os nomes dos trabalhadores, todos

fictícios, fazem parte da publicação re-

cém-lançada pela Fundacentro e que re-

cebe o título “Violências durante o pro-

cesso de adoecimento pelo trabalho”.

“Com esta publicação buscamos au-

mentar a visibilidade do drama de quem

adoece pelo trabalho. Posso dizer que a

publicação deverá interessar a vários

setores da sociedade, desde trabalha-

dores, passando por profissionais de

SST, acadêmicos e ainda formuladores

de políticas públicas, pois procuramos

analisar os determinantes da situação

Norminha, 26/09/2019 Por Fundacentro/ACS - Débora Maria

Santos

No dia 04 de outubro, a Fundacentro

promove Simpósio Nacional sobre Sis-

temas de Gestão da Segurança e Saúde

no Trabalho: desafios e perspectivas

para a realidade brasileira, a ser realiza-

do no auditório Edson Hatem, localiza-

do à rua Capote Valente, 710 – Pinhei-

ros – São Paulo – SP, das 8h30 às 16h

30.

De acordo com dados do Observató-

rio Digital de Saúde e Segurança do

Trabalho, de 2012 a 2018, o Brasil re-

gistrou 16.455 mortes e 4.5 milhões a-

cidentes. A Fundacentro, por sua vez,

desenvolve estudos, ações e iniciativas

que contribuem na redução do número

de acidentes de trabalho e na constru-

ção de uma cultura de prevenção de a-

cidentes e doenças relacionadas ao tra-

Objetivo é reconhecer os agentes de

riscos psicossociais e debater sobre as

suas consequências na vida do

trabalhador

prometimento do psicológico do traba-

lhador, favorecendo ao aparecimento

do transtorno emocional o qual corres-

ponde a uma série de sentimentos de

insegurança como fobias, medos, an-

siedade e depressão.

Compre as 59 Dinâmicas para evitar Acidentes de

Trabalho e ajude na sustentabilidade de Norminha. CLIQUE!

https://go.hotmart.com/J14605895D

Criado em 1992 pela Federal Mun-

dial de Saúde Mental (World Federan-

tion for Mental Health), o Dia Mundial

da Saúde Mental é celebrado em 10 de

outubro, visando alertar sobre a ques-

tão da saúde mental e, sobretudo, a

importância da preservação da saúde e

qualidade de vida.

Inscrição pode ser feita por meio do

e-mail: [email protected]

Telefone de contato: (51) 3225-6688

N

Notas Informativas avaliam mudanças Norminha, 26/09/2019 A antiga redação da NR 24, segundo a

nota, determinava uma série de exigên-

cias que não se justificavam do ponto

de vista da garantia da higiene e do

conforto no ambiente de trabalho e aca-

bavam por aumentar desnecessaria-

mente os custos das empresas. Cita,

como exemplos, a exigência de dimen-

sionamento de área dos vestiários de

acordo com o número total de funcio-

nários da empresa (não utilizando co-

mo referência o número de trabalha-

dores usuários do turno com maior

contingente) e a obrigatoriedade de ma-

nutenção de refeitórios em condições

muito específicas. A Norma foi refor-

mulada visando a reduzir o número de

exigências dessa natureza, que pouco

acrescentam em termos de higiene e

conforto, mas que representam um cus-

to elevado para as empresas. Sob a no-

va redação da norma, espera-se signifi-

cativa redução desse custo.VEJA NOTA

Com relação às mudanças produzi-

das na NR 3, a nota informativa apre-

senta estimativas dos impactos negati-

vos que embargos e interdições têm ti-

do no valor adicionado dos diferentes

setores da economia. As estimativas

indicam que o custo total dos embargos

e interdições pode chegar a R$ 6,5 bi-

lhões em termos de valor adicionado a-

nual (0,23% do valor adicionado total).

Logo, na medida em que a nova reda-

ção na NR 3 permita alguma redução no

número e na duração de embargos e

interdições, espera-se um impacto po-

sitivo nos setores produtivos.

VEJA NOTA. N

Pesquisa teve como objetivo

identificar, analisar e descrever

diversas formas de violência

desses trabalhadores”, conta a coorde-

nadora da pesquisa, Daniela Sanches

Tavares.

Em 111 páginas, disponível em for-

mato eletrônico, a publicação que teve a

colaboração do Centro de Referência em

Saúde do Trabalhador da Freguesia do

Ó – Secretaria Municipal de Saúde de

São Paulo (Cerest–Freguesia do Ó) e

Confederação Nacional dos Trabalha-

dores no Comércio e Serviços (Con-

tracs), descreve como ocorre o proces-

so de adoecimento pelo trabalho, tendo

o relato dos trabalhadores como peça-

chave para compreender a vulnerabili-

dade ao assédio moral e a outras formas

de violências que a condição de adoecer

pelo trabalho acarreta.

O tema das violências relacionadas

ao trabalho é amplo e vem sendo deba-

tido em vários âmbitos. Foi eleito como

tema do programa Trabalho Seguro, do

Conselho Superior da Justiça do Tra-

balho (CSJT) e do Tribunal Superior do

Trabalho (TST), para o biênio 2018-20.

Leia na integra, a publicação Vio-

lências durante o processo de adoeci-

mento pelo trabalho.

N

Riscos Psicossociais: Trabalho e Saúde Mental será destaque em curso no

Rio Grande do Sul Norminha, 26/09/2019 Por Fundacentro/ACS - Débora Maria

Santos

Nos dias 09 e 10 de outubro, das 9h às

17h, a Fundacentro (Centro Estadual do

Rio Grande do Sul) realizará o curso

“Riscos Psicossociais: Trabalho e Saú-

de Mental”, no espaço Mútua do Rio

Grande do Sul, localizado à rua Dom

Pedro II, nº 864 - Higienópolis, Porto

Alegre – RS.

O curso é oferecido aos gestores,

recursos humanos, profissionais da á-

rea de segurança e saúde no trabalho,

bem como interessados no tema.

A docente Maria Muccillo, servidora

da Fundacentro (Centro Estadual do Rio

Grande do Sul), informa que os riscos

psicossociais são considerados hoje

como emergentes pelos organismos in-

ternacionais. “Negligenciar na identifi-

cação dos agentes que agridem a saúde

mental do indivíduo é comprometer a e-

ficácia da Segurança e Saúde no Traba-

lho, considerando seus princípios de

precaução, prevenção e controle de tu-

do que possa desconstruir a integridade

do ser humano e que se encontram pre-

sentes nos ambientes, na organização e

dinâmica do trabalho”, frisa.

Diante disso, o objetivo do curso é

reconhecer os agentes de riscos psi-

cossociais e, assim, debater sobre as

suas consequências na vida do traba-

lhador.

De acordo com especialistas, os ris-

cos psicossociais não são tão fáceis de

serem identificados. O que leva o com-

Page 3: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Encontro reúne profissionais da SST em Presidente Prudente (SP) Evento teve a presença especial de Marcos Antonio de Almeida Ribeiro, Presidente do SINTESP e homenagem a Antonio Tadeu da Costa

Página 03/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 03/12

Norminha, 26/09/2019

O dia 21 de setembro de 2019 foi

superespecial para os profissionais de

Presidente Prudente (SP) e Região.

Coordenado pela Regional do SIN

TESP, foi realizado o Encontro Regional

de Segurança e Saúde no Trabalho com

a presença de mais de 100 profissio-

nais.

O evento contou com a presença es-

pecial de Marcos Antonio de Almeida

Ribeiro, Presidente do SINTESP que

também proferiu a palestra “Impactos

das alterações nas NRs na área da

SST”.

Os demais profissionais que se a-

presentaram foram:

Solange Miguel do Grupo Saúde e

Vida; Rodrigo Villar (Trabalho em altu-

ra); Lu Ruani (Motivação para SST);

William Taguti (Plano de Manutenção,

Operação e Controle); Dr. José Carlos

Figueira Jr. (PCMSO e eSocial); Ana

Thais Souza Stoco (Perícia Ergonômi-

ca); Dr. Rosinaldo Ramos (Reflexão

Previdenciária) e encerramento com a

palestra do homenageado do dia, Anto-

nio Tadeu da Costa que falou sobre as

alterações na legislação da SST.

Rodrigo Villar e a equipe da RV Assessoria

fez uma bela apresentação sobre Segurança

em Trabalho em Altura

Logo após as apresentações das palestras, profissionais da SST pousaram para uma foto aérea e encerraram evento com delicioso churrasco e muita alegria

HOMENAGEM

Antonio Tadeu da Costa foi home-

nageado pelos organizadores do even-

to, destacando sua atuação profissional

nos últimos 30 anos, mantendo o espí-

rito de união entre os profissionais da

região, provocando encontros como o

realizado e mantenedor de informações

profissionais e legais para que todos

possam usufruir em suas atividades,

enriquecendo a SST.

Parabéns aos organizadores e a

todos que participaram e ainda doaram

alimentos para entidade. N

As fotos abaixo demonstram alguns momentos do evento organizado pelos Diretores da Regional do SINTESP, Cláudio,

Saulo, João e Sérgio que agradavelmente receberam a todos os participantes e proporcionaram um dia de muitas informações,

debates e uma confraternização feliz, graças à ajuda de várias empresas e profissionais.

O encontro motivou a necessidade de união dos profissionais, principalmente neste momento de transição que vive o setor.

Page 4: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Fim do PPRA? Nova NR-38?

Resíduos plásticos: sociedade precisa amadurecer a visão

sobre o tema Norminha, 26/09/2019

A proibição do uso de canudos plásticos tem sido causadora de grandes polêmicas

em todo o Brasil. O fato da Prefeitura e Governo de São Paulo, por exemplo, terem

sancionado recentemente leis que proíbem o uso de canudos plásticos mostram

que mesmo diante da necessidade de reduzir os resíduos gerados por este tipo de

produto, o banimento do uso parece algo muito radical.

De acordo com as novas regras, no lugar do material plástico, os estabelecimen-

tos deverão fornecer canudos em papel reciclável, material comestível, ou biode-

gradável, embalados individualmente em envelopes hermeticamente fechados fei-

tos do mesmo material. Tais medidas destacam que haverá mudanças no dia a dia

consumidor e, especialmente, na cadeia produtiva do plástico.

“Para construir um cenário favorável, toda a cadeia tem que se engajar, desde

consumidores adotando o consumo conscientemente, de modo responsável e des-

cartando adequadamente. Os estabelecimentos de varejo e comércio disponibili-

zando locais adequados para descarte de recicláveis. O poder público tendo gestão

adequada dos resíduos e viabilizando a economia circular, entre outras ações”, diz

Edison Terra, coordenador da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Co-

plast) da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), que concedeu uma

entrevista para o canal Ecowords e falou sobre os desafios e soluções que envolvem

o universo dos resíduos plásticos no País. Confira:

Como a Abiquim, através da sua Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas,

se posiciona diante dessa lei? Proibir os canudos plásticos é uma solução para re-

duzir o descarte de plásticos e resolver o problema desse resíduo?

Antes de qualquer banimento, importante avaliar os impactos ambiental, social

e econômico de tal decisão. Muitas decisões estão sendo tomadas sem avaliar os

impactos do banimento e das soluções alternativas.

Entendemos a necessidade de resolver o problema da gestão de resíduos, prin-

cipalmente do lixo nos mares. Mas quando falamos de impacto ambiental, não se

trata somente do descarte, mas também de todos os impactos no ciclo produtivo,

tais como: emissões de CO2, utilização de energia, água, solo, dentre outros. Não

podemos esquecer que o banimento não é solução para o descarte ou a gestão ina-

dequada de resíduos plásticos. Para resolver o problema, toda a cadeia tem que se engajar, desde consumi-

dores adotando o consumo consciente, de modo responsável e descartando ade-

quadamente. Os estabelecimentos de varejo e comércio disponibilizando locais a-

dequados para descarte de recicláveis. O poder público tendo gestão adequada dos

resíduos e viabilizando a economia circular. A indústria de reciclagem desenvolvida

para iniciar um novo processo produtivo. Os Brand Owners valorizando o reciclado

e utilizando em seus produtos e os fabricantes desenvolvendo soluções circulares.

A proibição é considerada radical pelos empresários do setor?

A proibição abrupta elimina todo um setor produtivo, sem que sejam analisadas

outras soluções mais eficazes para o problema. Lembrando que os produtos podem

ser adequados para uso em uma situação e não em outra e o banimento nivela to-

das elas.

Na opinião da entidade, quais são os prós e contras dessa proibição?

Além de trazer impactos econômicos negativos, a proibição não resolverá o pro-

blema da falta de gestão adequada dos resíduos. Pode reduzir o volume de resíduos

plásticos, mas aumentará a geração de outros tipos de resíduos, hoje já tem canu-

dos de papel, metal, vidro, bambu dentre outros que poderão trazer outros impactos

ao meio ambiente. O lado positivo é a discussão que isto provoca e a chance que

temos de amadurecer a visão de todos nós sobre o tema.

A questão dos resíduos plásticos, em geral, tem movimentado bastante a opi-

nião pública. A Abiquim tem desenvolvido alguma iniciativa que vise soluções viá-

veis e que não prejudique o setor produtivo ligado aos plásticos? Poderia dar e-

xemplos?

A Abiquim lançou, no ano passado, seu compromisso para desenvolver a Eco

nomia Circular. Acreditamos que o plástico é uma solução sustentável, pois trouxe

grandes avanços para a sociedade, como na saúde, setor automotivo, agricultura,

extensão de vida útil dos alimentos dentre outros, mas a gestão inadequada dos re-

síduos plásticos tem gerado impacto ao meio ambiente, por isso, nosso compro-

misso de transformar a economia linear em circular, em que o resíduo passa a ser

matéria-prima para um novo processo produtivo é o caminho para solução deste

problema.

Leia a entrevista completa no link: https://ecowords.com.br/residuos-plasticos-

sociedade-precisa-amadurecer/ N

Página 04/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 04/12

Norminha, 26/09/2019

Por Herbert Bento*

Será que a modernização das NRs vai

levar ao fim do PPRA?

Talvez, mas não se assuste tanto.

Leia e entenda!

Esse artigo foi escrito no mês de se-

tembro de 2019, enquanto está em con-

sulta pública os novos textos da NR-07,

NR-09 e também uma provável nova NR

intitulada Plano de Gerenciamento de

Riscos (PGR).

Considerando que hoje temos até a

NR-37, caso o PGR vire norma, pode

ser que tenhamos a nova NR-38.

Nesse artigo vamos analisar alguns

pontos interessantes dos textos que es-

tão em consulta pública no Participa.

E, como se trata de consulta pública,

tudo pode mudar.

PGR substitui o PPRA?

Se o título da NR-09 realmente for

alterado para “Agentes ambientais” e se

no seu corpo não aparece a palavra

“programa”, então eu entendo que o

programa de gestão da SST deixará de

ser o PPRA e passará a ser o PGR.

Será o fim do PPRA para nascer o

PGR.

Dessa forma a NR-09 ficará “com

cara” de higiene ocupacional e deixará

de ser um “programa”.

O que deve conter no PGR?

“7.2. O PGR deve conter, no mínimo,

os seguintes documentos:

a) Inventário de Riscos;

b) Plano de Ação”

Análise de riscos ganha mais peso

Análise de riscos hoje é obrigatório

em algumas atividades como trabalho

em altura, espaços confinados, trabalho

com inflamáveis, entre outros.

Porém, com o novo PGR, a análise

de riscos passa a ser necessária em to-

das as atividades como forma de reco-

nhecer os riscos e definir medidas pre-

ventivas.

Inventário de riscos

“4.3. Os dados das avaliações dos

riscos devem ser consolidados em do-

cumento denominado Inventário de

Riscos.”

As empresas terão que fazer inven-

tários de riscos. Da mesma maneira co-

mo se faz o inventário de máquinas e e-

quipamentos ou o inventário de espa-

ços confinados.

O que deve constar no inventário de

riscos?

“4.3.1. O Inventário de Riscos deve

contemplar, no mínimo, as seguintes

informações:

a) caracterização sucinta dos pro-

cessos e ambientes de trabalho;

b) caracterização das funções e ati-

vidades;

c) critérios adotados para avaliação

dos riscos e tomada de decisão;

d) dados disponíveis relativos a mo-

nitoramentos de exposições a agentes

ambientais, de acidentes e danos à saú-

de relacionados ao trabalho;

e) descrição dos riscos, com iden-

tificação dos trabalhadores expostos,

fatores determinantes dos riscos e das

medidas de controle existentes;

f) avaliação dos riscos, incluindo

sua estimativa e classificação em ter-

mos da importância para fins preventi-

vos.”

Matriz de risco

O PGR traz o conceito de matriz de

risco.

Isso antes nunca havia sido mencio-

nado em Norma Regulamentadora, em-

bora já exista em outras normas inter-

nacionais.

Então é a primeira vez que o concei-

to é aplicado em NR.

“4.2.7. Para cada risco deve ser in-

dicado o nível de risco.

4.2.7.1 O nível de risco deve ser de-

terminado pela combinação da severi-

dade dos possíveis danos com a proba-

bilidade ou chance de sua ocorrência,

utilizando-se matrizes de risco ou ou-

tros procedimentos equivalentes, a cri-

tério do empregador.”

Empregados X Trabalhadores

Outro fato que chama a atenção é

que no texto do PGR não encontramos

nenhuma vez a palavra “empregados”

mas sim “trabalhadores”.

Ou seja, independente da relação

contratual (CLT, terceirizado, etc), to-

dos que trabalham na empresa estão

contemplados.

Inclusive, o texto proposto deixa

claro que não importa a natureza jurí-

dica do contratado:

“8.1.1. A dispensa da obrigação de

elaborar o PGR não alcança a organi-

zação contratante do MEI, que deverá

incluí-lo nas suas ações de prevenção e

no seu PGR.”

Tratamento diferenciado ao MEI

Bem ao final do texto, temos:

“Tratamento diferenciado para MEI,

ME e EPP

8.1. O microempreendedor indivi-

dual – MEI está dispensado de elaborar

o PGR.

8.1.1. A dispensa da obrigação de e-

laborar o PGR não alcança a organi-

zação contratante do MEI, que deverá

incluí-lo nas suas ações de prevenção e

no seu PGR.

8.2. Serão expedidas pela Secretaria

Especial de Previdência e Trabalho fi-

chas com orientações sobre as ações

de prevenção a serem adotadas pelo

MEI.

8.3. As microempresas e empresas

de pequeno porte, observado o dispôs-

to no item 1.7.1 da NR1, que optarem

pela utilização de ferramenta de avalia-

ção de risco a ser disponibilizada pela

Secretaria Especial de Previdência e

Trabalho, poderão estruturar o PGR

considerando o relatório produzido por

esta ferramenta e o plano de ação.”

Depois que leu esse artigo, ainda

tem medo do fim do PPRA? Será que o

seu provável substituto, o PGR, será

mais eficiente na prevenção?

N

Herbert Bento

Fundador da Escola da Prevenção

Brasil tem quinto mês consecutivo

com saldo positivo de emprego

Norminha, 26/09/2019 Pelo quinto mês consecutivo, o Brasil

teve um saldo positivo na geração de

emprego formal. Em agosto, o número

de vagas adicionais no mercado de tra-

balho foi 121.387, que é o saldo positi-

vo decorrente 1.382.407 admissões e

de 1.261.020 desligamentos. As infor-

mações são do Cadastro Geral de Em-

pregados e Desempregados (Caged),

divulgado na quarta-feira (25) pela Se-

cretaria de Trabalho da Secretaria Espe-

cial de Previdência e Trabalho do Mi-

nistério da Economia. N Agência Brasil

Page 5: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Suicídio, um tema para debate permanente

Norminha, 26/09/2019 Setembro abriu um espaço no país para discussão sobre este tema delicado, cuja

ação dependerá permanentemente da vítima tentando contra a sua própria vida. A

cor amarela simboliza este evento complexo.

Que motivos levariam alguém a eliminar a própria vida? Ato de covardia ou

coragem?

O suicídio, expressão latina sui (=si mesmo), caedere (=ação de matar), surgido

no século XVIII. Homicídio de si mesmo. Assim, considera-se suicídio todo o caso

de morte que resulte direta ou indiretamente de um ato positivo ou negativo, prati-

cado pela própria vítima, sabedora de que devia produzir esse resultado. Podendo

ser definido como a morte voluntária, querida e desejada de uma pessoa com capa-

cidade de agir. É uma conduta propriamente humana, e praticamente desconhecida

pelo resto dos seres vivos.

Quando uma pessoa chega a condição de que sua existência já não tem mais

sentido, de que o sofrimento apaga todos os seus projetos, desejo e prazeres, e de-

cide quitar a própria vida, o direito não pode intervir, proibindo esse compor-

tamento, e menos ainda sancioná-las.

É arriscado fazer presunções sobre os suicídios tentados e consumados, uma

vez que é dificílimo afirmar-se, a princípio, dificuldade quando peritos e investi-

gadores não conseguem definir exatamente a causa da morte, pois há suicidas que

fingem acidentes no intuito de esconder da família o fato de ser suicida, ou aqueles

indivíduos que não pretendiam morrer, tinha apenas a intenção de chamar a aten-

ção.

Situação complicada, já que não há como entender o caminho que o homem e

mulheres tomam para a morte voluntária. A obscuridade quanto aos motivos e a in-

compreensão do porquê dessa escolha. E, aí, vemos o suicídio nos tempos moder-

nos como fenômeno social de grande relevo na maioria das sociedades. Acredito

que nos intrigam a todos o motivo de alguém desejar ceifar a própria vida.

Certamente, a vida é o maior bem juridicamente tutelado, e está positivada na

Constituição Pátria Consagrada como Direito Fundamental, como Cláusula Pétrea

Expressa no famoso Artigo Quinto. Entende-se ainda que, mesmo não havendo a

tutela constitucional, ela deveria ser respeitada, pois a vida é norma de direito natu-

ral, avinda da natureza do ser humano, como sabemos: “A vida tem prioridade sobre

todas as coisas, uma vez, que a dinâmica do mundo nela se contém e sem ela nada

terá sentido”.

Emile Durkheim é o principal autor a tratar com profundidade do assunto em

suas obras: “Da Divisão do Trabalho Social” e em “O suicídio: estudo da sociolo-

gia”. -O suicida estava sob influência do demônio ou estava louco. Durkheim era

agnóstico e não acreditava na existência de demônios, emprega o termo anomia,

para mostrar algo na sociedade que não funciona de forma harmônica. Demonstra

ainda que os fatores sociais, especialmente da sociedade moderna, exercem pro-

funda influência sobre a vida dos indivíduos com comportamento suicida, sendo a

anomia uma dessas influências. A anomia é um estado de falta de objetivo e regras

e de perda de identidade, provocado pelas intensas transformações ocorrentes no

mundo social e moderno. A partir do surgimento do capitalismo e da tomada da ra-

zão como forma de explicar o mundo, há bruscos rompimento com valores tradi-

cionais, fortemente ligados à concepção religiosa. Foi observado por Durkheim que

os países em que há menos louco. São aqueles em que há mais suicídios.

No ordenamento jurídico brasileiro, tanto a autolesão (exceto na hipótese do ar-

tigo 171 § 2, V do Código Penal), quanto o suicídio não são apenas automutilações.

A vida humana é um bem público indisponível, pois o indivíduo não é o seu titular

exclusivo, uma vez que precede ao interesse do Estado na preservação da vida, na

medida em que aqueles como instituição criada pelo homem, nele se funda e sem

ele perde a razão de viver.

Aspectos geradores da culpa: -religião, morte, manipulação, crítica, regras, acu-

sações, depressão, rigidez, inflexibilidade, julgamento, controle, dependência, su-

perproteção, raiva, medo, rejeição, abandono, sucesso, expectativa, comparações,

necessidade de agradar, comodismo, falta de atitude, sentimento de impotência,

preconceitos, segredos.

A culpa, quando inteligentemente abordada, elimina o sentimento de ser louco,

de ser mau, remorso e censura; quando o movimento de raiva contra si mesmo po-

de despertar punição; porque os culpados sentem-se: a) -preocupados excessi-

vamente com a opinião dos outros; b) -desconfortáveis quando recebem “prensa”

ou elogios, pois não se consideram dignos; c) -raiva reprimida; d) -dificuldade em

assumir responsabilidade pelos próprios atos; e) -sentimento de rejeição e vitimi-

zação, não se sentem suficientemente fortes; f) -sensíveis a doenças, ou acidentes

frequentes; g) -dificuldade em expressar os reais sentimento e em dizer não; h) -

necessidade em agradar; i) -agem para os outros e não para si mesmos.

Consequências da culpa: 1-auto-punição; 2-medo; 3-sofrimento; 4-remorso; 5-

estagnação; 6-doença; 7-tristeza/depressão; 8-submissão; 9-prisão emocional;

10-solidão; 11-dificuldade em impor limites, dizer não; 12-fuga através do álcool,

drogas; 13-compulsão alimentar; 14-conflitos internos e nas relações; 15-dificul-

dade em sentir prazer; 16-destruição da autoestima e amor próprio.

É necessária a compreensão de que a culpa está distante da responsabilidade.

A culpa pressupõe um vilão e uma vítima. A responsabilidade é participada nos re-

lacionamentos, quando haverá permanentemente a responsabilidade dos dois

Continua na página abaixo (06/12)

Nota sobre o Projeto de Lei 99/2019 que proíbe copos,

pratos e talheres de plástico em

bares e restaurantes

Norminha, 26/09/2019 No último dia 18/09 a Câmara

Municipal de São Paulo aprovou, em

primeira votação, o Projeto de Lei 99/

2019 que impede a disponibilização de

copos, pratos, talheres, misturadores

de bebidas e varas de balões em mate-

rial plástico para os clientes de restau-

rantes, bares, hotéis, padarias, dentre

outros estabelecimentos comerciais.

Ocorre que tal proibição não contri-

bui com uma política de preservação

ambiental sustentável, tão somente a-

grava o problema do desemprego que

assola 12,7 milhões de brasileiros (3,3

milhões no estado de São Paulo). A in-

dústria de transformação e reciclagem

plástica possui hoje cerca de 5 mil em-

presas em atividade no estado de São

Paulo, empregando formalmente apro-

ximadamente 139 mil trabalhadores,

com uma remuneração média de R$ 2.

928,86.

O Projeto de Lei aprovado em pri-

meiro turno negligencia a necessidade

de implantação de uma política reversa

de resíduos sólidos, para que os produ-

tores viabilizem e intensifiquem a coleta

e a restituição dos resíduos para rea-

proveitamento em seus ciclos ou para

destinação ambiental adequada. Muitos

dos produtos plásticos proibidos pela

mencionada legislação auxiliam nos

cuidados de higiene pessoal e na pre-

venção de doenças. A destruição de um

setor produtivo importante, com amplo

potencial gerador de emprego e renda,

não pode ser apresentada como a solu-

ção de um problema significativamente

mais complexo.

A Federação dos Trabalhadores nas

Indústrias Químicas e Farmacêuticas

do Estado de São Paulo (FEQUIMFAR)

reivindica uma política ambiental sus-

tentável, estrategicamente elaborada e

construída em diálogo com a socieda-

de, posicionando-se criticamente às

medidas populistas que tendem a apro-

fundar a pobreza e a desigualdade em

nosso país, além de pouco contribuir

para a preservação do meio ambiente.N

Sergio Luiz Leite, Serginho

Presidente da FEQUIMFAR e

1º secretário da Força Sindical

Efeitos da reforma trabalhista É possível notar as consequências do projeto que entrou em vigor

em novembro de 2017.

Página 05/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 05/12

Norminha, 26/09/2019 A reforma trabalhista entrou em vigor

em novembro de 2017. Ela não trouxe,

como esperado inicialmente, avanços

expressivos na contratação de trabalha-

dores, e as taxas de desemprego se-

guem altas, com cerca de 13 milhões de

pessoas sem trabalho no País. Pode-se,

entretanto, argumentar que a legislação,

por si só, não conseguiria mudar a gra-

ve situação econômica e que, sem a re-

forma, talvez o quadro fosse ainda pior.

É possível, porém, notar os efeitos

das mudanças na Justiça do Trabalho.

O estoque de ações na primeira ins-

tância, que atingiu o pico em 2016, com

1,843 milhão de processos, recuou de

modo expressivo, caindo praticamente

à metade em 2019: eram 959 mil em

junho, e foi a primeira vez que esse total

ficou abaixo de 1 milhão nesta década.

Também caiu bastante a quantidade

de novas ações que ingressaram na

Justiça do Trabalho. Em 2018, primeiro

ano em que valeram as novas regras, a

queda foi de 34,2%. Dados do Tribunal

Superior do Trabalho (TST) mostram

que foram ajuizados, em 2017, 2,6 mi-

lhões de ações, com pedidos de inde-

nizações diversos. Em 2018, este nú-

mero caiu para 1,7 milhão e neste ano,

até junho, 904 mil novos processos fo-

ram apresentados. Especialistas apon-

tam ainda que as reivindicações feitas

em cada ação também foram reduzidas.

Não se trata de precarizar direitos ou

limitar a capacidade de demanda dos

trabalhadores nos tribunais. De fato, as-

sistia-se no Brasil a uma enxurrada de

ações movidas por empregados demiti-

dos, não importando motivos: a certeza

era de vitória, ainda que parcial, pratica-

mente sem riscos. A situação mudou, e

uma das principais razões é a obriga-

ção dos demandantes pagarem custas

se derrotados. Segundo o ministro e ex-

presidente do TST, Ives Gandra da Silva

Martins Filho, essa regra tornou

responsável o processo do trabalho e

coibiu as aventuras judiciais dos que

litigavam pedindo o que não tinham di-

reito.

Nesse sentido, a reforma corrigiu

distorções. Está em curso etapa de a-

juste, que, no primeiro momento, fez

refluir o volume de ações apresentadas,

mas que, no médio prazo, não fará com

que as demandas, justas e razoáveis,

desapareçam ou sejam cerceadas. É

preciso, entretanto, prosseguir na mo-

dernização das relações de trabalho,

que passam por novas formas de con-

tratação, como a terceirização, que, fis-

calizada e controlada para evitar exces-

sos e distorções, representa alternativa

válida para o mercado de trabalho, já

referendada pelo Supremo Tribunal Fe-

deral (STF), que considerou lícita essa

forma de contratação, bem como as leis

de terceirização e a reforma trabalhista.

A lamentar que o Senado tenha reti-

rado itens importantes, como a permis-

são do trabalho aos domingos para to-

das as categorias, da MP da Liberdade

Econômica, que representava avanço,

coerente com a nova realidade social.N

Vinicius Oliveira

Especialista em Direito do Trabalho

Page 6: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Suicídio, um tema para debate permanente (continuação página 05/12)

lados. A culpa e responsabilidade não são palavras sinônimas. Na culpa o que sur-

ge é essencialmente um sentimento depreciativo de si mesmo que deriva de uma

crítica acusatória. A responsabilidade é uma habilidade, uma capacidade de respon-

der e agir perante algo. A culpa nos tira a força e nos deixa numa posição de vítima

de nós mesmos. Ela pede punição e dor, mas não oferece criatividade para reparar

o que ficou mal resolvido.

Kamikase Japoneses, jovens e estudantes universitários, convidados

para serem pilotos voluntários em aeronaves carregadas de

explosivos para ataques suicidas contra navios. 2.525 pilotos

suicidas. (militar)

Homem Bomba É o nome dado ao terrorista que se suicida com explosivo em

seu corpo, destruindo-se e matando pessoas ao seu redor em

nome de uma guerra santa e que viveria uma eternidade do

outro lado. (religioso)

Suicídio

Coletivo

Pastor e fundador do templo popular, uma seita pentecostal

cristã de orientação socialista induz ao suicídio coletivo atra-

vés de ingestão de ponche de frutas envenenadas de 919 se-

guidores. (religioso)

Jovens e idosos estão tendo um crescimento na taxa de suicídio por um único

motivo: a rejeição.

Façamos algo enquanto é tempo. A sugestão é brincar mais, sorrir, voltar a ser-

mos crianças. N

Jorge Gomes – Pós-graduado (stricto senso) em Psicologia do Trabalho

A passos lentos Página 06/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 06/12

MARCAS Norminha, 26/09/2019 Por Luiz Antonio*

Na era do conhecimento, a maioria das

marcas vai perder sua razão de ser. A

informação vai substituindo a marca.

Os consumidores compravam marcas

porque não tinham informação sufici-

ente para fazer sua escolha. Somente as

marcas que vão além da informação e

são realmente diferenciadas sobrevive-

rão.

Organização:

Toda empresa precisa aprender a o-

perar em pelo menos três economias ou

mercados diferentes: uma economia

global de informação e dinheiro, uma e-

conomia regional, que movimenta

bens, serviços e pessoas, e por último

o mercado local, que é cada vez menos

definido pela geografia.

Cada empresa precisará aprender a

operar de maneira diferente em cada um

desses mercados.

Gerenciamento de Si Mesmo:

Hoje os executivos têm de assumir

duas novas responsabilidades.

Uma é a responsabilidade pela in-

formação, tanto para si próprio, quanto

para a empresa.

A outra é a responsabilidade por seu

próprio aprendizado contínuo. Não es-

perem que alguém lhes diga o que pre-

cisam fazer.

Informação e Conhecimento:

O caldeirão em abolição da socie-

dade do conhecimento tem preço alto:

as pressões psicológicas e traumas e-

mocionais de uma corrida de ratos. Só

pode haver vencedores se houver per-

dedores. Por conta disso, os profissio-

nais dessa nova era, como os executi-

vos de negócios, vão atingir seu platô

de crescimento na faixa dos 40 anos de

idade.

Inteligência Emocional:

Os trabalhadores do conhecimento

precisarão urgentemente desenvolver

interesses fora de seu ramo de atuação.

A educação está no centro da sociedade

do conhecimento. Não limitem infor-

mação. Nem pensem em fazer isso com

seus clientes, fornecedores, subordina-

dos, colegas ou qualquer um.

N Luiz Antonio

Pharol

A história por trás da pulverização aérea de inseticidas

STF julga parcialmente constitucional trecho de lei que permite que aviões

despejem substâncias químicas nas cidades com a justificativa de combater o

mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha. Procuradoria Geral da

República contestava medida por afrontar o direito à saúde dos brasileiros

Norminha, 26/09/2019 Chegou ao fim um imbróglio jurídico

que envolve a pulverização aérea de in-

seticidas no combate ao mosquito Ae-

des aegypti e se arrasta desde 2016.

Naquele ano, a Procuradoria Geral da

República (PGR) apresentou a ação di-

reta de inconstitucionalidade nº 5.592

contestando um trecho da lei 13.301/

16, que autoriza a dispersão de subs-

tâncias químicas em situações de imi-

nente perigo à saúde pública por causa

do risco de transmissão dos vírus da

dengue, da chicungunha e da zika. Pas-

sados três anos, no dia 11 de setembro,

o Supremo Tribunal Federal (STF) foi

parcialmente desfavorável ao pedido da

PGR, validando o despejo por aerona-

ves nas cidades. O STF, entretanto, re-

forçou condições que já estavam pre-

sentes na lei, determinando que a pul-

verização só poderá acontecer mediante

permissão das autoridades sanitárias e

ambientais, e comprovação científica de

sua eficácia.

A ausência de pesquisas que com-

provem a eficácia da dispersão aérea de

inseticidas para combate ao mosquito

foi justamente a base da argumentação

da ADI, apresentada pelo então procu-

rador-geral da República, Rodrigo Já-

not, que também chamou atenção para

os potenciais riscos à saúde da popu-

lação e ao meio ambiente”. Segundo

Janot, a permissão afronta o direito à

saúde dos brasileiros. “A pulverização

aérea de produtos químicos, além de

não contribuir de maneira eficaz para

combater o Aedes, provoca importantes

malefícios à saúde humana”, diz o texto

da ação direta de inconstitucionalidade,

que alega a violação do direito ao am-

biente equilibrado previsto no artigo

225 da Constituição Federal.

Assim como a PGR, especialistas a-

lertam para a insustentabilidade do mo-

delo de enfrentamento de arboviroses

centrado no mosquito e no controle

químico. Segundo eles, além de gerar

riscos à saúde e ao meio ambiente, o

uso de inseticidas no combate ao inseto

pode ter contribuído para a manutenção

dos altos níveis de infestação do Aedes

país afora. Eles citam pesquisas que

mostram que esses animais são capa-

zes de se adaptar, desenvolvendo resis-

tência aos venenos.

A validação da pulverização de su-

bstâncias químicas na esfera federal vai

na contramão de uma lei estadual que

proíbe essa prática em zonas rurais, a-

provada em janeiro deste ano de forma

pioneira no Ceará. Luiz Claudio Meirel-

les, pesquisador do Centro de Estudos

da Saúde do Trabalhador afirma que,

apesar de cada estado ter o poder de

legislar sobre essa prática, a decisão do

STF pode ser usada como um argu-

mento a mais para enfraquecer a le-

gislação cearense. N Clique e leia mais

Norminha, 26/09/2019 Por Romeu Rodrigues*

Chega a ser desnecessário falar da

importância da BR 262 para os capixa-

bas. Esta e a BR 101 são as principais

portas rodoviárias do estado. Por essa

razão, o Espírito Santo precisa prestar

atenção na forma como está proposta a

concessão da BR 262. E vale ainda lem-

brar aqui que é praticamente impossível

a retomada das obras de duplicação que

estão interrompidas, por questões con-

tratuais e devido aos embargos do Tri-

bunal de Contas da União (TCU).

No processo de concessão junto à

Agência Nacional de Transportes Ter-

restres (ANTT) constam propostas alta-

mente prejudiciais ao estado. Come-

çando por um pedágio de R$ 16,07 a

cada 100 km, superior à da NovaDutra

(Rio/São Paulo, de R$ 14,85/100 km).

Tudo bem, se também pudéssemos

transitar a 100 km/h como na Dutra. Só

que a velocidade diretriz prevista para

todo o trecho capixaba é de 60 km/h. Há

ainda uma ponte de 790 metros sobre o

Rio Jucu e dois viadutos de 320 e 112

metros, e não haverá qualquer outra o-

bra de arte que retifique ou reduza a in-

clinação em algum segmento. A ANTT

chegou até a retirar um túnel que o De-

partamento Nacional de Infraestrutura

de Transportes (DNIT) havia previsto na

Variante de Tapera.

Chama atenção a velocidade de 60

km/h por si só. Também é curioso que

o TCU tenha suspenso a execução das

obras de 7 km porque, acompanhando

o traçado atual, o projeto não atende à

velocidade diretriz de 80 km/h prevista

pelo DNIT, devido aos graus de incli-

nação de vários segmentos e aos raios

mínimos de curvas exigidos. O que AN

TT fez? Baixou a velocidade diretriz no

trecho do Espírito Santo para 60 km/h.

A conclusão a que se chega é que va-

mos andar a 60 km/h, como é hoje, por

30 anos, e vamos pagar preço de rodo-

via paulista.

Os capixabas precisam se unir para

exigir que, no mínimo, os valores de

outorga da concessão sejam revertidos

em pagamento dos “Trabalhos Iniciais”

e de “Recuperação” a serem executa-

dos nos dois primeiros anos de contra-

to no trecho do Espírito Santo da BR

262 e em obras de arte para retificação

de segmentos da rodovia no estado. A-

lém disso, deve-se exigir que a execu-

ção das obras de 7 km, atualmente em

andamento sob responsabilidade do

DNIT, seja incluída entre as obrigações

da concessionária como parte dos

“Trabalhos Iniciais”, com prazo de con-

clusão no primeiro ano do contrato.

Em tempo: devemos lembrar que a

responsabilidade de obter as licenças

de instalação e de fazer as desocupa-

ções das faixas de domínio deve cons-

tar do contrato de concessão como o-

brigação do DNIT, com cronogramas

previamente estabelecidos. Desta for-

ma a situação pode melhorar um pou-

quinho.

N

*Romeu Rodrigues é Mestre em Enge-

nharia de Produção, Consultor e Exe-

cutivo do Conselho Temático de Infra-

estrutura (Coinfra) da Federação das

Indústrias do Espírito Santo (Findes)

Obs: Tem algum artigo? Envie para:

[email protected]

Page 7: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Estudo da USP confirma celulares como fonte de propagação de

bactérias em UTI´s

Centro de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto – Foto: Banco de imagens / HCFMRP.

Suicídio é maior entre trabalhadores agropecuários, revela estudo

Página 07/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 07/12

Broto Legal Alimentos

realiza Sipat em Porto Ferreira

Norminha, 26/09/2019 A Broto Legal Alimentos realizou no

período de 16 a 20 de setembro de 2019

sua Sipat na unidade de Porto Ferreira

(SP).

A Semana Interna de Prevenção de

Acidentes do Trabalho foi organizada e

coordenada pela CIPA com a assesso-

ria e apoio do SESMT, onde ocorreu di-

versas palestras e dinâmicas.

Os temas apresentados foram:

Faça da sua segurança um hábito; A

importância do relacionamento inter-

pessoal; Mais qualidade de vida; le-

vantamento e transporte manual de car-

ga; Postura no trabalho com compu-

tador; e Segurança no trânsito.

2020 tem mais!

N

Norminha, 26/09/2019

A maioria das bactérias está resistente

à limpeza diária e o celular é uma das

principais fontes de contaminação em

Unidade de Terapia Intensiva (UTI´s) –

essas foram as conclusões que um ma-

peamento realizado na Unidade de Te-

rapia Intensiva (UTI) do Hospital das

Clínicas da USP em Ribeirão Preto (SP)

identificou.

Os resultados do estudo foram pu-

blicados em artigo na revista inglesa

“Fronteiras na Saúde Pública”, em a-

gosto deste ano. Segundo o pesquisa-

dor Lucas Ferreira Ribeiro, o objetivo

do grupo é alertar profissionais da saú-

de sobre a importância da revisão cons-

tante dos protocolos de higiene.

“Às vezes, o contato com determi-

nado paciente e o toque em outras su-

perfícies dentro da própria UTI, você

pode criar contaminações cruzadas

dentro deste ambiente. Então, há a ne-

cessidade de estar vigilante e compro-

metido com a higienização adequada”,

diz.

A pesquisa destaca ainda que o uso

de antibióticos não é o único fator que

torna as bactérias resistentes. O uso do

mesmo produto químico diariamente

também leva os microrganismos –

principalmente os que são potencial-

mente mais preocupantes – se torna-

rem adaptados e ele.

Para mapear as comunidades de mi-

crorganismos, o grupo coletou amos-

tras de superfícies que devem ser lim-

pas diariamente, como colchões, ca-

mas, maçanetas e respiradores, em dias

de funcionamento normal, sem que as

equipes de enfermagem fossem avisa-

das.

Também foram recolhidas amostras

das superfícies de computadores, celu-

lares e pastas de prontuários que esta-

vam nas UTIs, assim como dos jalecos

utilizados pelos profissionais. As cole-

tas ocorreram antes e logo após a lim-

peza diária com produtos específicos.

“Observamos que na UTI pediátrica

havia uma diversidade maior de micror-

ganismos e isso pode estar relacionado

à entrada e à saída maior de visitantes.

Em ambos encontramos esses micror-

ganismos relacionados com infecções

hospitalares”, afirma Ribeiro.

O pesquisador destaca que muitas

bactérias podem estar em visitantes

saudáveis e não gerar nenhum tipo de

problema, mas, em ambiente de UTI,

especialmente pediátrica, esses micror-

ganismos oferecem mais risco, devido

à vulnerabilidade dos pacientes.

“Mesmo após a limpeza, não houve

a diminuição efetiva de bactérias rela-

cionadas com infecção hospitalar. En-

tão, há a necessidade de rever esses

protocolos, buscar outros mais eficien-

tes ou mesmo ter rotatividade, não só

de limpeza, mas da parte de higieni-

zação”, diz.

http://radiosesmt1.agoranoar.com.br/

Celular e jaleco

Outro dado importante do estudo é

que o celular é uma das vias de conta-

minação mais comum. Por isso, profis-

sionais da saúde e até mesmo família-

res dos pacientes devem estar atentos

para nunca manusear os aparelhos den-

tro das UTIs.

“Pega o telefone, dá uma olhada e

naquele momento acaba de contaminar

o aparelho. Se ele contaminou o apa-

relho, ou vai levar para casa, ou vai an-

dar em outro quarto e pode ter o apa-

relho como fonte de contaminação”, a-

firma o pesquisador Rafael Silva Rocha.

Doutor em biologia molecular pela

Universidade Autônoma de Madrid, na

Espanha, Rocha alerta que os jalecos

nunca devem ser usados pelos profis-

sionais da saúde fora do ambiente hos-

pitalar. Isso porque, também carregam

inúmeras bactérias.

“O jaleco é um material de proteção

pessoal e tem que ser tratado como algo

altamente contaminado. Não é enfeite,

não é só para mostrar que está sendo

usado. Ele tem que ser usado para pro-

teger a si mesmo e outras pessoas, e

não tratar como acessório de moda”,

diz. Com informações do G1.

N

Gazeta News

http://bit.ly/2L0Lt4C

Norminha, 26/09/2019

Setembro amarelo. No mês dedicado,

mundialmente, à prevenção ao suicídio,

os dados brasileiros reforçam o alerta:

mais de 8,5 mil casos são registrados

por ano no país. E essas mortes podem

variar de acordo com os postos de tra-

balho ocupados.

É o que aponta um novo estudo di-

vulgado pelo Instituto de Saúde Cole-

tiva da Universidade Federal da Bahia

(ISC/UFBA). Inicialmente o levanta-

mento, proposto pelo Ministério da

Saúde, buscava identificar no ano da

Saúde Mental, 2019, – instituído pela

Organização Mundial de Saúde (ONU) –

um raio-x dos transtornos mentais re-

lacionados ao trabalho.

A morte de homens por suicídio na

agricultura é maior que em outras pro-

fissões e vem aumentando ano a ano,

embora não seja um caso isolado brasi-

leiro. É o que esclarece a professora Vil-

ma Santana, coordenadora do Progra-

ma Integrado em Saúde Ambiental e do

Trabalhador da UFBA, no Repórter SUS,

programa produzido em parceria com a

Escola Politécnica de Saúde Joaquim

Venâncio da Fundação Oswaldo Cruz

(EPSJV/Fiocruz).

“Mulheres agropecuárias têm maior

mortalidade por suicídio - esta mortali-

dade vem crescendo entre 2007 e 2015

– enquanto as mulheres de outras ati-

vidades de trabalho não demonstrou

nenhuma elevação. Entre os homens, os

agropecuários têm maior mortalidade

por suicídio do que os não agropecuá-

rios”.

Foram registrados 77.373 suicídios

no país, entre 2007 e 2015. No primeiro

ano, 16,6 mortes desse tipo por 100 mil

habitantes. Em 2015, a taxa de pessoas

que tiraram a própria vida saltou para

20,5. O número representa o dobro da

média de suicídios para os trabalhado-

res em geral.

Fatores como baixa renda, instabili-

dade no emprego, pressão por produti-

vidade, o acesso limitado à educação e

saúde são algumas das hipóteses cau-

sadoras de maior risco de suicídios en-

tre os trabalhadores da agropecuária.

“Existem muitas causas possíveis,

mas nós não temos evidências empíri-

cas do nosso estudo, mas outros estu-

dos têm levantado a questão da po-

breza, da falta de serviços de saúde de

qualidade”.

Ainda de acordo com a coordenado-

ra, a exposição a substâncias químicas,

presentes nos agrotóxicos representa

uma causa importante indicada por es-

tudos.

“Porque o Brasil é campeão mun-

dial no uso de substâncias químicas. E-

xistem estudos da Unicamp demons-

trando que as medidas de proteção dos

trabalhadores que utilizam, que mane-

jam agrotóxicos é muito pouco efici-

ente no sentido de proteção. Além do

cuidado de rede de apoio, sintomato-

logia psíquica, ideação suicida, nós te-

mos que pensar na proteção do traba-

lhador, especialmente da agropecuária

em relação a esses venenos”.

Os pesquisadores analisaram regis-

tros do Sistema de Informação sobre

Mortalidade (SIM) e da Pesquisa Na-

cional por Amostra de Domicílios

(PNAD). N

Edição: Cecília Figueiredo/ Saúde

Popular

Por: Ana Paula Evangelista

Fiocruz

Page 8: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Brasil tem a maior taxa de ansiedade do mundo

As mudanças nas NRs e a regulação de SST em geral

Página 08/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 08/12

Norminha, 26/09/2019 Por José Augusto da Silva Filho*

Mesmo não querendo sofrer por ante-

cedência, como diz o Profº Edwar Abreu

Gonçalves, iremos apresentar alguns

pontos de mudança e de regulação da

segurança e saúde no trabalho que es-

tão sendo propostos e outros já em vi-

gência.

Programa de Gestão de Riscos -

PGR, Limite de Tolerância Ocupacional

- LEO no lugar do Limite de Tolerância,

Inventário de Riscos, privatização de

benefícios não programados, fim do

FAP, Projeto de Lei alterando o Capítulo

V da CLT (Segurança e Medicina do

Trabalho), fim do PPRA, fim da AET (A-

valiação Ergonômica de Trabalho), en-

fim, são muitas as mudanças que ocor-

reram e que estão em curso, na área da

segurança e saúde no trabalho, mas in-

felizmente muitos desconhecem e tam-

pouco pesquisam, acompanham, estu-

dam e interpretam.

ALGUNS PONTOS DE MUDANÇA E

DE REGULAÇÃO DA SEGURANÇA

A mudança é de CONCEITO, com

por exemplo, o fim do Estado/INSS ar-

cando com os custos da insegurança:

Alteração do art. 201, §10 da Cons-

tituição, permitindo a atuação das se-

guradoras privadas nos benefícios não

programados (SEGURO ACIDENTE),

auxílio doença, pensão por morte e in-

validez, natalidade etc.), já realizado;

LEO está previsto no texto da nova

NR 9, mas seus valores, que estarão em

um anexo, ainda não foram divulgados;

Em estudo o Fim do Fator Acidentá-

rio Previdenciário - FAP e adoção de

critérios atuariais no cálculo da GILRAT

(Seguro Acidentário) e, do pagamento

da GILRAT pelas empresas do Sistema

Simples;

Em estudo também pelo governo a

harmonização da legislação trabalhis-

ta/insalubridade e previdenciária/apo-

sentadoria especial;

Compre agora mesmo as 59 Dinâmicas para evitar acidentes de Trabalho e

ajude na sustentabilidade de Norminha:

https://go.hotmart.com/J14605895D

A criação na regulamentação do

PGR (Programa de Gestão de Riscos) e

a in-trodução do conceito de Inventário

de Riscos (termo que é utilizado no

mer-cado de seguros), que se encontra

em Consulta Pública;

Em Consulta Pública também, a alte-

ração das NRs 7, 9 e 17, que passam a

remeter a Gestão dos Riscos de HO e

Ergonômicos ao PGR;

Substituição do Limite de Tolerância

baseado na ACGIH pelo LEO - Limite de

Exposição Ocupacional definido por

técnicos brasileiros, que se encontra

em Consulta Pública.

Projeto de Lei 3818/19

Em tramitação a alteração do Capítu-

lo V da CLT (da Segurança e Medicina

do Trabalho), através do Projeto de Lei

3818/19;

Obs.: O Deputado Federal Geninho

Zuliani (DEM-SP), autor em seu Projeto

de Lei, define que as atividades ou ope-

rações insalubres deixa de se relacionar

a limites fixos de tolerância e passa a

ser definida como qualquer atividade

que, por sua natureza, condições ou

métodos de trabalho, exponham os em-

pregados a agentes nocivos à saúde. A

constatação da exposição será realizada

por inspeção no local de trabalho.

O deputado afirma que a mudança na

CLT permitirá a atualização das normas

regulamentadoras (NRs) que tratam das

condições de trabalho. Segundo ele, o

Projeto prevê que as normas de enge-

nharia de segurança do trabalho e medi-

cina do trabalho deverão ser seguidas

por todas as empresas, beneficiando

trabalhadores com ou sem vínculo em-

pregatício. A proposta determina tam-

bém que as mudanças entrarão em vi-

gor 60 dias após a publicação da lei de-

corrente do Projeto.

O Projeto de Lei 3818/19 propõe que

todo empreendimento (empresas /

organizações) deverão possuir projeto

amparado por estudos prévios para as

atividades desempenhadas, conside-

rando o impacto nas condições e no

meio ambiente de trabalho. Também

deverá elaborar e implantar, obrigato-

riamente, um “Sistema Integrado de

Gestão das Condições do Meio Ambi-

ente, do Trabalho e do Social”.

Caso sejam constatadas condições

de perigo ao trabalhador, o Auditor Fis-

cal do Trabalho poderá interditar de

imediato as atividades da empresa, e até

embargar. A empresa poderá recorrer à

Superintendência Regional do Trabalho

(SRT) no prazo atual vigente (10 dias

após a interdição).

O Projeto, porém, permite que o Su-

perintendente ou Gerente Regional do

Trabalho suspenda a interdição basea-

do em laudo técnico e independen-

temente do Recurso.

Concluindo, consta no Projeto, que

as empresas deverão documentar o

histórico laboral de seus trabalhadores,

incluindo informações sobre identifica-

ção e avaliação da exposição aos ris-

cos, implantação de tecnologias de pro-

teção e conformação às NRs.

Outros pontos

O projeto do deputado Geninho Zu-

liani estabelece em seu Projeto tam-

bém:

- as empresas, incluindo as micros,

serão obrigadas a manter Serviços Es-

pecializados em Engenharia de Segu-

rança do Trabalho e em Medicina do

Trabalho Centralizados, com a respon-

sabilidade de atuar no planejamento e

Gestão das Condições de Trabalho;

- as Comissões Internas de Preven-

ção de Acidentes (CIPAs) foram manti-

das, mas as atribuições, a composição

e o funcionamento serão integralmente

regulados pelo Ministério da Econo-

mia;

- a empresa deverá ter programas de

identificação e análise de riscos, e me-

lhoria contínua do processo de produ-

ção, com parâmetros e metas de elimi-

nação dos riscos;

- a empresa deverá ter Programa de

Controle Médico de Saúde no Traba-

lho, para promover e preservar a saúde

dos empregados. O Ministério da Eco-

nomia estabelecerá os parâmetros mí-

nimos e diretrizes gerais do programa;

- a notificação de doenças profis-

sionais só será feita após a compro-

vação de Nexo Causal (que liga a doen-

ça à atividade desempenhada); feita por

engenheiro de segurança do trabalho e

não mais por médico do trabalho;

- os municípios deverão exigir a a-

presentação de Projeto de Engenharia

de Segurança em Edificações e Instala-

ções e de Projeto das Condições e Me-

io Ambiente de Trabalho antes de apro-

var qualquer obra estrutural no local de

trabalho;

O projeto será analisado em caráter

conclusivo pelas Comissões de Desen-

volvimento Econômico, Indústria, Co-

mércio e Serviços; Seguridade Social e

Família; Trabalho, de Administração e

Serviço Público; e Constituição e Justi-

ça e de Cidadania.

Situação: Aguardando Parecer do

Relator na Comissão de Desenvolvi-

mento Econômico, Indústria, Comércio

e Serviços (CDEICS). N

Fonte: Portal da Câmara dos Deputados

*Por José Augusto da Silva Filho

Jornalista - Registro nº 0089062 (SRT/SP)

Técnico de Segurança do Trabalho

Redação

www.js.srv.br

Norminha, 26/09/2019

Dados recentes divulgados pela Orga-

nização Mundial de Saúde (OMS) mos-

tram que 9,3% dos brasileiros, mais de

18 milhões, apresentam os sintomas de

ansiedade. Infelizmente, o Brasil é o lí-

der mundial na patologia, apresentado

números três vezes maiores que a mé-

dia mundial. Na América do Sul, por e-

xemplo, os índices brasileiros superam

países que se encontram em estado a-

larmante quando o assunto é ansieda-

de, entre eles Paraguai (7,6%), Chile

(6,5%) e Uruguai (6,4%).

Hoje, os transtornos derivados da

ansiedade já são a terceira razão de a-

fastamentos do trabalho no Brasil, sen-

do que os gastos do INSS (Instituto Na-

cional do Seguro Social) giram em tor-

no de R$ 200 milhões em pagamentos

de benefícios anuais, de acordo com

dados da Previdência Social. Segundo

Dr. Massimo Colombini, médico da fa-

mília da Docway, acredita-se que esses

números são decorrentes dos conflitos

sócio-econômicos, da violência, trânsi-

to nas grandes cidades, e instabilidade

política, que geram grande tensão na

população. Mas, afinal de contas, o que

é ansiedade, quais seus sintomas, e co-

mo preveni-la? O médico explica que a

ansiedade é que uma resposta subjetiva

ao estresse sofrido por um indivíduo.

Para a medicina existem dois tipos de

transtorno: o Transtorno de Ansiedade

Generalizada (TAG) e a Síndrome do

Pânico. Ambos constituem doenças

graves e precisam ser tratados por um

psiquiatra com o uso de medicamentos

adequados para o controle dos sinto-

mas e acompanhamento médico contí-

nuo.

Quanto aos sintomas, o médico ex-

plica que podem variar de acordo com

cada paciente. “Os sintomas são muito

variáveis, desde uma sensação de an-

gústia, mal-estar, coração acelerado,

desatenção, tremores, entre outros. O

que pode levar a sentimentos de grande

desespero com prejuízos a vida de

quem sofre com esse transtorno”, co-

menta Colobini. O tratamento também

varia de acordo com cada paciente, o

grau de estresse, de ansiedade de cada

indivíduo. “A forma com que a pessoa

lida com a ansiedade é muito indivi-

dual, quando ela procura ajuda no con-

sultório procuro analisar a melhor for-

ma de trabalhar o problema para que os

resultados sejam satisfatórios”, com-

pleta o médico.

Confira dicas especiais do especia-

lista para controlar a ansiedade:

1. Pratique atividades físicas: nosso

corpo produz endorfina que é um hor-

mônio que propicia uma sensação de

bem-estar, satisfação e relaxamento;

2. Beba água: considerada um “cal-

mante” natural, é fundamental e ajuda

no controle da ansiedade;

3. Respire lentamente: o simples fato

de respirar lenta e profundamente algu-

mas vezes acalma;

4. Conversar/desabafar com pessoa

amiga, profissional de saúde, terapeuta

ou coach: resulta em grandes benefícios

e pode contribuir para reduzir bastante

a ansiedade;

5. Atividades em contato com a na-

tureza ou animais: traz paz e sensação

de plenitude para a maioria das pes-

soas;

6. Técnicas de meditação ou ativida-

des de relaxamento: mindfulness, yoga,

pilates, exercícios de alongamento e

Lian Gong;

7. Música e dança: são atividades

excelentes, procure uma que você gos-

te. N Revista CIPA

Page 9: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Autônomo que não usa EPI não terá direito à aposentadoria especial. Entenda

A TNU em 22 de agosto julgou o representativo da controvérsia (Tema 188) e fixou a tese sobre o EPI e o autônomo.

Governo muda normas trabalhistas; empresa pequena poderá ter só um

banheiro

Página 09/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 09/12

nhecimento de atividade especial exer-

cida antes de 03/12/1998, data de início

da vigência da MP 1.729/98, convertida

na Lei n. 9.732/98".

“Entendo que, para o segurado con-

tribuinte individual, após 03/12/1998,

não se deve reconhecer a especialidade

em período laborativo no qual não hou-

ve a utilização de EPI mesmo existindo

equipamento de proteção apto a afastar

a nocividade do agente a qual esteve

exposto o trabalhador. Do contrário,

ainda que para determinado agente no-

civo existisse EPI eficaz, haveria estí-

mulo ao segurado contribuinte indivi-

dual para a não utilização do respectivo

EPI, com o escopo de obter redução no

seu tempo de aposentadoria. Ademais,

deve-se dar prevalência à proteção da

saúde do trabalhador, cuja responsa-

bilidade, na espécie, recai sobre o pró-

prio contribuinte individual”, concluiu

o relator.

Conclusão

Os Juízes Federais fixaram a tese

com o argumento de que o contribuinte

individual deixa de utilizar o EPI com o

objetivo de obter uma redução no seu

tempo de aposentadoria.

Em meu entendimento, a falta de uti-

lização do EPI decorre da falta de infor-

mação do próprio segurado e não que a

pessoa agiu de má-fé, isto porque, a

exposição ao frio acima dos limites le-

gais não é nada benéfico a saúde e a in-

tegridade física do trabalhador, por e-

xemplo. N

Ian Ganciar Varella

Advogado Previdenciário

no.

Além disso, o tamanho de banhei-

ros, vestiários, refeitórios deve levar em

conta o número de trabalhadores do

turno com maior número de emprega-

dos, e não mais o total de funcionários

da empresa.

Só será obrigatório a empresa ter um

vestiário se exigir vestimentas es-

pecíficas, como uniforme. Antes, era o-

brigatório em empresas com mais de 50

funcionários.

2. Multas

Com mudanças feitas na NR 28, o

total de multas possíveis de serem apli-

cadas a empresas que infringirem as

normas foi reduzido. Antes, existiam

cerca de 6.800 possibilidades de mul-

tas, agora são 4.000, segundo o gover-

no.

O Ministério afirma que esse núme-

ro é a somatória de infrações possíveis

de todos os setores da economia. As-

sim, uma empresa não está sujeita a

4.000 multas. A construção civil tem

600 itens aplicáveis, enquanto 534 são

do setor de mineração, por exemplo.

3. Interdições

As alterações na NR 3 reforçam que

embargos e interdições de locais de

trabalho são medidas emergenciais que

devem ser adotadas apenas em ca-sos

de risco de acidente ou doenças graves

relacionadas ao trabalho. Cipa

Norminha, 26/09/2019 O que é EPI?

O Equipamento de Proteção Indivi-

dual - EPI é destinado a proteção contra

riscos capazes de ameaçar a sua segu-

rança e a sua saúde.

Quando as medidas de proteção co-

letiva não forem viáveis, eficientes e su-

ficientes para a atenuação dos riscos e

não oferecerem completa proteção, o

trabalhador deve fazer uso do EPI.

Portanto, o EPI será obrigatório so-

mente se o EPC não atenuar os riscos

completamente ou se oferecer proteção

parcialmente.

Autônomo pode se aposentar aos 25

anos de tempo?

Conforme entendimento jurispru-

dencial do STJ, é possível a concessão

da aposentadoria especial ao Segurado

que cumpriu a carência e comprovou a

realização do trabalho em condições

especiais nocivas à sua saúde ou in-

tegridade física, nos termos da lei vi-

gente à época da prestação do serviço,

independentemente de ser contribuinte

individual não cooperado.

O caput do artigo 57 da Lei 8.213

/1991 não traça qualquer diferenciação

entre as diversas categorias de segura-

dos, elegendo como requisitos para a

concessão do benefício aposentadoria

especial tão somente a condição de se-

gurado, o cumprimento da carência le-

gal e a comprovação do exercício de a-

tividade especial pelo período de 15

(quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco)

anos.

O autônomo que não utiliza EPI e a

atividade especial

O tema foi afetado como representa-

tivo da controvérsia, com a seguinte

questão submetida a julgamento (Tema

188):

"Saber se o segurado contribuinte

individual pode obter o reconhecimento

de atividade especial para fins previ-

denciários após 11/12/1998, mesmo

na hipótese em que a exposição a a-

gentes nocivos à sua saúde ou à inte-

gridade física decorreu da não utiliza-

ção deliberada de EPI eficaz (Súmula 62

da TNU)".

Foi fixada a seguinte tese pela Tur-

ma Nacional de Uniformização dos Jui-

zados Especiais Federais (TNU):

"após 03/12/1998, para o segurado

contribuinte individual, não é possível

o reconhecimento de atividade especial

em virtude da falta de utilização de e-

quipamento de proteção individual (E

PI) eficaz, salvo nas hipóteses de: (a)

exposição ao agente físico ruído acima

Norminha, 26/09/2019 O governo publicou na terça-feira (24)

mais mudanças em normas de seguran-

ça e saúde no trabalho, conhecidas co-

mo NRs, reduzindo exigências para as

empresas em relação a higiene e con-

forto, multas em caso de infração e in-

terdição de locais de trabalho. Por e-

xemplo, empresas pequenas, com até

dez funcionários, poderão ter apenas

um banheiro. Vestiário só será obriga-

tório se a companhia exigir o uso de

roupa específica, como uniforme.

Segundo a advogada trabalhista A-

lessandra Wasserman Macedo, do es-

critório Melcheds - Mello e Rached Ad-

vogados, para explicar essas mudan-

ças. “O que era muito complexo ficou

um pouco menos complexo”, afirmou

ela. Veja abaixo mais detalhes sobre as

mudanças:

1. Higiene e conforto

O governo alterou regras sobre higi-

ene e conforto dos trabalhadores, que

constavam na NR 24, afirmando que es-

tavam desatualizadas -segundo o Mi-

nistério, foram publicadas em 1978 e

“41 anos depois não se aplicam mais”.

Deixa de valer a exigência de que as

janelas dos alojamentos sejam de ma-

deira ou de ferro e a obrigatoriedade do

uso de lâmpadas incandescentes. A

norma determinava até o tipo de tinta a

ser usada nas paredes de banheiros, se-

gundo a advogada Alessandra Wasser-

man Macedo.

Em relação a banheiro, empresas

com até dez funcionários poderão ter

apenas um banheiro individual, para

uso comum de todos os sexos, desde

que respeitada a intimidade. Antes, era

necessário um masculino e um femini-

"dos limites legais; (b) exposição a a-

gentes nocivos reconhecidamente can-

cerígenos, constantes do Grupo 1 da

lista da LINACH; ou (c) demonstração

com fundamento técnico de inexistên-

cia, no caso concreto, de EPI apto a eli-

dir a nocividade da exposição ao agente

agressivo a que se submeteu o segu-

rado".

O que isso significa?

Se o segurado que trabalhou como

autônomo e não fez uso de EPI eficaz

não terá seu direito reconhecido: ou pa-

ra se aposentar pela aposentadoria es-

pecial ou o reconhecimento da ativi-

dade especial para fins de conversão.

Há duas ressalvas na tese fixada:

1. Para o agente nocivo cancerígeno

e o ruído não existe EPI eficaz.

2. O Segurado deve comprovar que

não há EPI eficaz para o agente que es-

tava exposto, por exemplo, o cirurgião-

dentista deve comprovar que mesmo se

utilizasse o EPI não haveria atenuação

ou neutralização da nocividade do a-

gente biológico.

Então, se o autônomo não fez uso do

EPI para algum agente que estava ex-

posto e há comprovação técnica-cientí-

fica sobre a neutralização do efeitos no-

civos, o Poder Judiciário pode desca-

racterizar a atividade como especial.

Do caso

A TNU julgou um caso em que o a-

çougueiro estava exposto ao agente fí-

sico frio.

Relator do processo na TNU, o juiz

federal Sérgio de Abreu Brito, da Seção

Judiciária de Alagoas, esclareceu que, a

Turma Recursal de origem afastou a

especialidade do período posterior a

11/12/1998, tendo em vista que não é

possível reconhecer a especialidade do

período laborativo do segurado contri-

buinte individual por exposição a agen-

tes nocivos, na situação em que este

possuía suficiente autonomia para ad-

quirir e utilizar EPIs aptos a elidir a no-

cividade da exposição ao agente noci-

vo, já que o autor era sócio da empresa

na qual trabalhava como açougueiro.

Sérgio de Abreu Brito lembrou, ain-

da, do limite temporal contido na recen-

te Súmula 87 da TNU,

"a eficácia do EPI não obsta o reco-

Page 10: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Assédio moral no trabalho: Tire todas as suas dúvidas aqui

Representantes de entidades públicas e privadas defendem

cultura da prevenção

Realizado no Centro Integrado do Sesi e Senai, seminário teve como objetivo

reforçar uma cultura de prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho

Página 10/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 10/12

Norminha, 26/09/2019

O que é assédio moral no trabalho e

quando ocorre?

São situações onde o trabalhador é

exposto à condutas humilhantes e

constrangedoras durante a jornada de

trabalho, de forma repetitiva e prolon-

gada.

Ocorre no ambiente de trabalho, ge-

ralmente na relação entre chefe e su-

bordinado. Porém, também pode ocor-

rer entre subordinado e outro empre-

gado de mesmo nível.

Como saber se estou sofrendo assé-

dio moral?

Se você está numa situação recor-

rente de sofrimento e desconforto psi-

cológico no ambiente de trabalho, oca-

sionada por um colega de trabalho ou

chefe, você está numa situação de as-

sédio moral. Exemplos do dia a dia: vo-

cê está sendo forçado a pedir demissão,

a assinar um PDV (Plano de Demissão

Voluntária), sendo cobrado excessiva-

mente, sendo isolado dos colegas ou

alvo de piadas humilhantes, entre ou-

tros.

Você passará por uma avaliação téc-

nica feita por um advogado para veri-

ficar se é a sua situação, já que a rela-

ção de trabalho possui algumas exigên-

cias que podem ser confundidas com

assédio moral.

Quais os direitos do trabalhador que

sofre assédio moral?

Se confirmada o assédio, terá direito

a uma indenização por danos morais e,

a depender da gravidade da situação,

também danos materiais. Caso o em-

pregado não tenha interesse em deixar

o emprego, poderá somente pleitear na

justiça a reparação pelo dano sofrido,

mas como o empregado vai ter que en-

trar na justiça para demandar seus di-

reitos, é comum que a relação de traba-

lho já esteja em um nível de desgaste

insustentável, e nesse caso poderá pe-

dir rescisão indireta.

Rescisão indireta é quando você pe-

de demissão, mas recebe todos os di-

reitos como se tivesse sido demitido

sem justa causa pelo patrão, em virtude

de alguma conduta inaceitável do em-

pregador.

Estou sofrendo assédio moral no

trabalho. O que fazer?

Primeiramente, junte provas que

possam te ajudar a demonstrar o assé-

dio que você está sofrendo. Depois, fale

com alguém dentro da empresa que po-

de tomar providências quanto a isso.

Também é indicado buscar o sindicato

da sua categoria, mas caso a situação

continue e você perceba que não será

possível resolver de forma amigável,

procure um advogado para lhe auxiliar

no caso.

Como provar que estou sofrendo as-

sédio moral?

Junte documentos, e-mails, comu-

nicações internas da empresas, fotos,

guarde conversas por mensagem, seja

de Whatsapp ou escrita, junte teste-

munhas e, no caso das situações de

assédio acontecerem quando você está

sozinho com a pessoa, numa sala fe-

chada, por exemplo, é possível também

gravar áudios da situação.

A empresa pode ser responsabili-

zada pelo assédio que sofri?

Sim. A empresa é responsável por

manter o ambiente de trabalho saudá-

vel. Se diante de um relato de assédio

moral (constante, com objetivo de hu-

milhar, etc) a empresa não toma ne-

nhum tipo de providência, ela assume o

risco de responder pela conduta do as-

sédio. A depender da situação, o funcio-

nário que te assediou também poderá

responder judicialmente.

Estou sofrendo assédio sexual no

trabalho constantemente. Como proce-

der?

O ideal é reunir provas do assédio

que vinha sofrendo, pedir a rescisão in-

direta do contrato de trabalho e procurar

um advogado. Ele irá entrar com uma a-

ção através da justiça do trabalho, bus-

cando seus direitos e uma indenização

por danos morais. O assediante ainda

pode responder em processo criminal

por conta do assédio sexual cometido

contra você.

Você ainda pode fazer uma denuncia

na própria empresa (setores de confian-

ça), em sindicatos, associações, dele-

gacias ou no Ministério Público do Tra-

balho. Neste último caso, pode ser feita

pelo site. Acesse para saber mais.

Fui revistado e acusado de roubo na

frente de colegas. Podem fazer isso?

A revista é uma prática permitida no

ambiente de trabalho e só ela não carac-

teriza assédio moral. Caso a revista te-

nha colocado o funcionário numa situa-

ção de constrangimento, ao invés do

assédio moral, ele poderá pedir uma

indenização por danos morais.

Mas, caso essa prática seja recor-

rente e tenha sido exercida de forma

constrangedora e humilhante ao empre-

gado, passa a ser assédio moral. Neste

caso, o indicado é reunir testemunhas

do ocorrido e procurar um advogado

para maior auxílio.

Meu chefe me persegue, me deu ad-

vertência por nada e me mudou de se-

tor. O que posso fazer?

Junte provas da situação, comuni-

que a alguém da empresa ou do sindi-

cato que pode tomar uma iniciativa e, se

necessário, contrate um advogado para

lhe auxiliar com o processo e fazer uma

avaliação técnica do seu caso.

Fiquei com problemas psicológicos

por sofrer assédio moral no trabalho.

Posso processar?

Sim. Comece juntando provas da

situação e, caso já tenha comunicado a

alguém da empresa ou do sindicato,

procure um advogado para fazer uma a-

valiação técnica do seu caso. É impor-

tante ter um laudo médico que possa

comprovar a conexão entre a prática do

assédio no trabalho e o problema psi-

cológico.

Fui humilhado no trabalho por cole-

gas e chefe por ser gay, e logo depois

fui demitido. O que fazer?

Se a conduta do patrão e dos cole-

gas aconteceu só uma vez, não se en-

quadra em assédio moral, mas é possí-

vel entrar com uma ação de danos mo-

rais.

Se a situação se repetiu, mesmo de-

pois de você ter falado sobre isso com

alguém da empresa ou sindicato, até a-

contecer a demissão, junte provas, tes-

temunhas e procure um (a) advogado

(a) para entrar com uma ação de as-

sédio moral.

Estou sendo forçado a pedir demis-

são. Isso é assédio moral? O que devo

fazer?

Sim. Se você é forçado repetida-

mente a pedir demissão, junte provas,

comunique ao sindicato e entre em

contato com um advogado para fazer

uma avaliação técnica, para verificar a

sua situação.

Quais os documentos necessários

para entrar com uma ação de assédio

moral?

Em geral, esses são os documentos:

CPF, RG e comprovante de endere-

ço do trabalhador; CTPS (a carteira de

trabalho); Termo de rescisão ou o con-

trato de trabalho; Documentos e provas

que comprovem o assédio.

Procure um advogado para lhe auxi-

liar com o caso. N

Com o auxílio dos advogados

Marcelo Branco,

Marcelo Trigueiros e

Wilson Seabra

Norminha, 26/09/2019 Por ACS/ Alexandra Rinaldi

Durante a realização do XXIX Seminário

de Promoção da Segurança e Saúde no

Trabalho do Distrito Federal, represen-

tantes de entidades públicas e privadas

defenderam a cultura da prevenção de

acidentes e doenças decorrentes do tra-

balho.

A mesa de abertura, presidida pelo

chefe da Fundacentro (Centro Regional

do Distrito Federal), Dionisio Leone La-

mera, contou com a participação de Há-

milton Lourenço Filho, diretor do Se-

conci-DF; Milton Alves de Oliveira, vi-

ce-presidente do Sindicato dos Traba-

lhadores nas Indústrias da Construção

e do Mobiliário de Brasilia; Wilton Car-

doso de Araújo, presidente do Sindic-

ato dos Técnicos de Segurança do Dis-

trito Federal; Luiz Carlos Tomás, repre-

sentante da empresa Primeira Linha;

Juliana Rocha, gerente da Unyleya e

Ana Paula Delgado de Lima, repre-

sentando a Subsecretaria de Segurança

e Saúde no Trabalho (Subsaúde).

Durante sua fala, Dionisio falou da

importância da realização do evento, re-

forçando a necessidade de uma cultura

de prevenção de acidentes e doenças

decorrentes do trabalho. Destacou tam-

bém a relevância das informações téc-

nicas compartilhadas e das inovações

na área da segurança e saúde do traba-

lhador.

O evento que ocorreu nos dias 18 e

19 de setembro de 2019 foi destinado

aos membros de CIPAs, sindicalistas,

empresários, administradores, servido-

res, estudantes e representantes de en-

tidades públicas e privadas, cuja parti-

cipação ultrapassou mais de 200 pro-

fissionais do segmento da segurança e

saúde no trabalho.

Sob coordenação técnica de Luiz

Augusto Damasceno Brasil, tecnologis-

ta e servidor da Fundacentro, as pales-

tras foram divididas em 2 painéis e a-

bordaram a Novo E-Social; Aposenta-

doria; SST em instalações de sistemas

fotovoltaicos para energia solar; Os im-

pactos das tecnologias digitais na saú-

de mental; Modelagem da informação

da construção civil (BIM) para segu-

rança e saúde no trabalho e Movimento

Abril Verde: o poder da comunicação

para cultura de prevenção de acidentes

e doenças ocupacionais.

O evento contou com a participação

da Federação das Indústrias do Distrito

Federal (Fibra), Seconci/DF, Sindicato

dos Trabalhadores nas Indústrias da

Construção e do mobiliário de Brasília

(Sticmb), Instituto Santa Marta de En-

sino e Pesquisa (Ismep), Sintest/DF,

Abraest, Sinduscon, Unyleya, Primeira

Linha, CPR/DF, Subsaúde da Secretaria

de Economia do GDF, Fundação Cléo

Octávio e Cbim.

N

Page 11: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Microempreendedor individual, saiba como proceder com a sua aposentadoria

MEI: Como funciona a sua aposentadoria? Meu patrão pode diminuir o valor da minha comissão?

Página 11/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 11/12

Norminha, 26/09/2019

A partir do momento que você se regis-

tra como MEI (Microempreendedor In-

dividual), você passa a pagar os impos-

tos desse tipo de empresa.

O pagamento é feito através de uma

única guia mensal, a DAS em que estão

inclusos o ISS, ICMS e INSS. A alíquo-

ta de contribuição do MEI para a Previ-

dência Social é um valor bem reduzido,

somente 5% (R$ 49,90) do valor de um

salário mínimo (R$ 998,00).

O Microempreendedor pertence à

categoria de Contribuinte Individual do

INSS, contudo o pagamento será feito

pela guia DAS-MEI. Assim sendo,

quando a contribuição estiver em dia, o

MEI passará a usufruir de alguns be-

nefícios:

• Auxílio-doença;

• Aposentadoria por idade;

• Aposentadoria por invalidez;

• Salário maternidade (gestantes e

adotantes).

Além disso, a família terá direito a

pensão por morte e também o auxílio

reclusão. É importante dizer que todos

os valores são pagos com base no valor

do salário mínimo vigente.

APOSENTADORIA DO MEI

O que acontece com as contribui-

ções feitas antes da abertura da em-

presa? Como continuar contribuindo

quando a baixa da empresa é feita?

Primeiramente, caso esteja aposen-

tado por idade como Microempreende-

dor Individual é preciso ter no mínimo

180 contribuições, ou seja, pelo menos

15 anos de contribuição, com idade mí-

nima de 60 anos para mulheres e 65

para os homens.

Em segundo lugar, para ter direito a

Aposentadoria por Tempo de Contri-

buição ou a Certidão de Tempo de

Contribuição (CTC), o empresário deve

completar 15% sobre o valor do salário

mínimo nacional, com juros monetá-

rios.

Caso a vontade seja de se aposentar

com mais de um salário mínimo, uma

guia chamada GPS será adquirida, em

papelarias ou livrarias. Em suma, o em-

preendedor preencherá ela com o códi-

go 1007 de pagamento. O código faz re-

ferência ao Contribuinte Individual

mensal e o valor que você deseja rece-

ber de aposentadoria aplicado a se-

guinte fórmula: (Salário Desejado – Sa-

lário Mínimo Nacional) X 20%.

O valor da contribuição complemen-

tar mensal é de 20% sobre a diferença

entre o salário desejado e o salário mí-

nimo nacional.

Agora, caso solicitar a aposentado-

ria integral por tempo de contribuição

seja a forma desejada, o período míni-

mo deve ser de 30 anos com 48 anos

de idade, no caso das mulheres. Para

os homens, a contribuição é de 35 a-

nos, com 53 anos de idade.

Caso o MEI queira solicitar a apo-

sentadoria no período anterior ao míni-

mo exigido, ele receberá a aposenta-

doria proporcional.

Por fim, no caso de aposentadoria

por invalidez, é necessário o mínimo de

1 ano de contribuição.

CONTRIBUIÇÕES FEITAS ANTES

DE VIRAR MEI

As contribuições feitas antes da for-

malização continuam a valer. Quando o

trabalhador é contratado via CLT, rece-

be um número de cadastro do PIS. En-

tão, as contribuições ficam vinculadas

ao número do PIS e o tempo anterior é

somado ao atual, caso o empreendedor

faça a contribuição complementar men-

sal.

Exemplo: 10 anos acumulados de

contribuição anteriores ao período de

MEI, mais 10 anos após a formalização

da empresa fazendo a contribuição

complementar mensal. Portanto, a con-

tribuição final será de 20 anos (10+10).

CONTRIBUIÇÕES FEITAS DURAN-

TE A ATIVIDADE NA EMPRESA

Da mesma forma como o caso aci-

ma, o MEI não perderá o tempo de con-

tribuição feito quando atuou formali-

zado. Ele continuará a fazer as contri-

buições de forma autônoma ou pela

CLT. No entanto, passará a pagar o va-

lor normal de contribuição e não mais o

valor reduzido da guia (DAS) do MEI.

Exemplo: 20 anos de contribuição

como MEI e após da baixa na empresa,

contribui mais 10 de forma autônoma

ou pela CLT fecharão em 30 anos de

período (20+10).

O DIREITO À APOSENTADORIA É

PERDIDO AO VIRAR MEI?

Não. A Previdência Social é finan-

ciada por todos, tanto direta quanto in-

diretamente. Por isso, o trabalhador

continua a contribuir para que outros

recebam o mesmo benefício. A seguri-

dade do MEI é garantida pela Previdên-

cia.

Portanto, quando a atividade é inici-

ada, é obrigatório a contribuição, seja

aposentado ou não. Caso o trabalhador

seja aposentado por invalidez antes de

se tornar um microempreendedor, ao se

formalizar, ele perde o direito à aposen-

tadoria, pois é entendido que ele deixou

de ser incapaz para o trabalho.

COMO FUNCIONA O AUXÍLIO-DO-

ENÇA PARA O MEI?

Acima de tudo, é preciso saber que

o auxílio-doença é válido quando o tra-

balhador precisa ficar afastado por um

período do trabalho por conta de algu-

ma doença. O tempo que o empregado

fica afastado não é remunerado, por is-

so um pedido à Previdência deve ser

feito. O valor é um salário mínimo (R$

998,00).

Após o pedido, uma consulta com

um médico será feita para que um exa-

me pericial seja realizado, comprovan-

do a doença. Para ter direito ao bene-

fício é necessário ter contribuído, no

mínimo, um ano com o INSS.

O auxílio é perdido nas seguintes si-

tuações:

• Recuperação da capacidade de

trabalho (alta médica);

• Transformação em Aposentadoria

por Invalidez ou Auxílio-doença Previ-

denciário decorrente de acidente de

trabalho de qualquer natureza ou causa;

• Falecimento do segurado;

• Concessão de aposentadoria de

qualquer espécie;

• Retorno voluntário ao trabalho

sem perícia médica – alta antecipada.

E A PENSÃO POR MORTE?

Em resumo, a pensão por morte é o

benefício pago à família do MEI ou do

trabalhador em caso de morte do mes-

mo. Para que eles tenham direito ao se-

guro, basta que as contribuições este-

jam em dia.

A pensão por morte não pode ser

acumulada com:

• Renda Mensal Vitalícia;

• Benefícios de Prestação Continu-

ada – BPC-LOAS;

• Pensão Mensal Vitalícia de Serin-

gueiro;

• Auxílio-Reclusão;

• Outra pensão por morte de cônju-

ge ou companheiro, com início a partir

de 29/04/1995, com ressalva sobre o

direito de opção pela mais vantajosa.

Pode ser acumulada com:

• Seguro desemprego;

• Pensão por morte de cônjuge ou

companheiro, com óbito ocorrido ante-

rior a 29/04/1995;

• Auxílio-Doença; Auxílio-Acidente;

Aposentadoria; Salário Maternidade.

Conclusão

Primeiramente, esse não é um as-

sunto muito comentado, por isso mui-

tas dúvidas surgem. Contudo, como foi

passado no conteúdo, ainda existem al-

gumas vantagens em se tornar um MEI.

Por isso, é importante ficar atento ao

material para que nada passe desperce-

bido, ainda mais se você planeja abrir

uma empresa.

Portanto, se precisar de ajuda com o

processo para a abertura do seu negó-

cio ou para o pedido da sua aposen-

tadoria, nos mande uma mensagem,

estaremos preparados para te auxiliar.N

Bruno Pellizzetti

pectivas condições por mútuo consen-

timento, e ainda assim desde que não

resultem, direta ou indiretamente, pre-

juízos ao empregado, sob pena de nuli-

dade da cláusula infringente desta ga-

rantia.

Mas o empregador pode sim reduzir

a porcentagem recebida pelo emprega-

do e cito aqui dois casos:

a) Desde que haja um aumento em

seu salário base, de forma que no final

do mês, o empregado receba o a média

de valor de remuneração (salário + co-

missão) de quando sua comissão era

maior.

b) O empregador também pode alte-

rar o sistema de comissões para salário

fixo, e vice-versa, sem que o empre-

gado possa dizer que isso lhe trouxe

prejuízos; contanto que o empregador

mantenha a média remuneratória men-

sal. N

@advogadamariana

Norminha, 26/09/2019 Em regra, não. O salário é protegido

de ser reduzido pelo artigo 7º da Cons-

tituição Federal:

Art. 7º São direitos dos trabalhado-

res urbanos e rurais, além de outros que

visem à melhoria de sua condição so-

cial:

VI - irredutibilidade do salário, salvo

o disposto em convenção ou acordo co-

letivo;

Inclusive a regra é que qualquer alte-

ração no contrato de trabalho só possa

ser feita se o empregado aceitar e desde

que essa alteração não lhe prejudique:

Art. 468 - Nos contratos individuais

de trabalho só é lícita a alteração das res

Page 12: MINISTÉRIO Toda quinta-feira grátis no seu e-mail Norminha · para a realidade brasileira, a ser realiza Evento será realizado no dia 04 de outubro -pregadores, trabalhadores,

Semana na Fundacentro teve seminário e curso voltado para a segurança química

Profissionais discutem riscos de gases no ambiente de trabalho

Seminários em nanotecnologia abordam as interações entre

direito, tecnologia e meio ambiente

Página 12/12 - Norminha - Nº 538 - 26/09/2019 - ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860

Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 538 - 26/09/2019 - Fim da Página 12/12

Robledo Dias

tecnologia proporciona um melhor con-

trole dos riscos e auxilia na tomada de

decisões.

Os usos e a segurança dos gases

criogênicos (nitrogênio, oxigênio, hi-

drogênio, argônio) foram retratados

pelo especialista Robledo Almeida. Fer-

nando Rosalvo, por sua vez, palestrou

sobre os benefícios e riscos associados

à amônia, além da questão da seguran-

ça e proteção em casos de vazamentos.

N

Allan Soares e Fernando Sobrinho

(Fotos: Cristiane Reimberg)

Norminha, 26/09/2019 Por Fundacentro / ACS - Cristiane Reimberg

e Débora Maria Santos

Mais uma vez a Fundacentro teve o

auditório lotado para discutir aspectos

da segurança química. Nos dias 19 e 20

de setembro, ocorreu o Seminário so-

bre Segurança com GLP, GNV, Monó-

xido de Carbono e Gases Industriais no

auditório da instituição em São Paulo/

SP. O evento teve a coordenação do en-

genheiro químico e de segurança Fer-

nando Sobrinho, tecnologista da Fun-

dacentro há 32 anos, que considerou

proveitosos a troca de informações e

aprendizado proporcionados.

José Possebon

“Na semana passada, tivemos audi-

ências públicas na Fundacentro sobre

as NRs, entre elas, a NR 9, que tem rela-

ção com a questão dos gases”, desta-

cou Sobrinho. A nova proposta dessa

norma regulamentadora “estabelece os

requisitos mínimos para a proteção da

saúde e da integridade dos trabalha-

dores contra os riscos relacionados a

agentes físicos, químicos e biológicos

nas atividades e ambientes de traba-

lho”.

Os gases são agentes químicos que,

em caso de acidentes, costumam cau-

sar danos graves aos trabalhadores, ao

ambiente e à comunidade. “O GLP

quando explode causa bastante estra-

go”, exemplificou o tecnologista da

Fundacentro.

Fernando Rosalvo

“Pensando na Prevenção de Aciden-

tes Industriais Maiores, é fundamental

levar à sociedade informações sobre os

riscos de diferentes gases. Acidentes

com essas substâncias podem ter gra-

ves proporções e consequências não só

para os trabalhadores dessas indústrias

mas também a toda população ao seu

redor. Temos visto nos últimos anos a-

cidentes como em Cubatão e Santos”,

completou o assessor da Presidência,

Allan Soares.

Durante o seminário, Fernando So-

http://bit.ly/2HrKp8O

Inscrições para submissão de

trabalhos técnicos vão até

1 de outubro de 2019

Norminha, 26/09/2019 Por ACS/ Alexandra Rinaldi

A XVI edição do Seminário Internacio-

nal Nanotecnologia, Sociedade e Meio

ambiente (Seminanosoma), junto com

o I Seminário Internacional de Nanotec-

nologia, Desenvolvimento e Trabalho

4.0 (I Senano), acontecem simultanea-

mente, com o objetivo de difundir co-

nhecimento sobre os riscos e os desa-

fios da nanotecnologia e outras tecno-

logias, para os campos do Direito, Saú-

de e Segurança do Trabalhador, Meio

Ambiente, da governança de riscos e do

engajamento público em ciência e tec-

nologia.

Sob coordenação da Fundacentro,

Ministério Público do Trabalho e Rena-

nosoma, os eventos serão destinados a

trabalhadores, empregadores e profis-

sionais envolvidos com as novas tec-

nologias, além dos operadores do Di-

reito, alunos de graduação, pós-gradu-

ação e demais interessados.

Palestrantes do Brasil, da América

do Sul e da Europa irão contribuir, via

video, com informações relevantes para

a troca de experiências, onde serão re-

latadas as pesquisas e regulações mais

recentes no campo da nanotecnologia e

das novas tecnologias.

O evento que acontece de 26 a 29 de

novembro de 2019, na sede da Procu-

radoria Regional do Trabalho – PRT 2ª.

Região, em São Paulo-SP, conta tam-

bém com a participação na organização

do Programa de Pós-Graduação em Di-

reito – Mestrado e Doutorado da Uni-

versidade do Vale do Rio dos Sinos –

Unisinos; Programa de Pós-Graduação

– Mestrado Profissional em Direito da

Empresa e dos Negócios da Universi-

dade do Vale do Rio dos Sinos – Unisi-

nos e da Escola Nacional da Associação

Nacional dos Procuradores do Traba-

lho.

Chamada para submissão de traba-

lhos

O prazo para o envio de trabalhos vai

até 1 de outubro de 2019, até às 17h.

Os temas centrais dos seminários

estarão voltados para “Nanotecnologia,

novas tecnologias e interações entre

direito, tecnologia e sociedade: refletin-

do sobre desafios e incertezas”.

Serão aceitos resumos de pôsteres,

cujas linhas temáticas abordem a tec-

nologia e sua intersecção com Saúde e

Segurança do Trabalho; Direito, Legis-

lação e Regulação; Tecnologias Disrup-

tivas; Agricultura e Meio Ambiente; Na-

noética; Ética e Tecnologia; Engajamen-

to Público; Nanotoxicologia; Estudos

de Ciência e Tecnologia e Meio Ambi-

ente.

O formulário está disponível no por-

tal da Fundacentro para que os autores

possam preencher o documento e sub-

meter com um único resumo para o e-

vento. A coordenação ressalta que cada

autor não poderá enviar mais de um re-

sumo, caso isso ocorra, todos os res-

pectivos resumos serão desclassifica-

dos e excluídos da avaliação.

Acesse o link para convocatório e

inscrição.

Informações gerais

O XVI Seminário Internacional Na-

notecnologia, Sociedade e Meio ambi-

ente (Seminanosoma) e o I Seminário

Internacional de Nanotecnologia, De-

senvolvimento e Trabalho 4.0 (I Sena-

no) serão realizados na Procuradoria

Regional do Trabalho – PRT 2ª. Região,

situado na Rua Cubatão, 322-Paraíso-

São Paulo-SP.

O horário será das 9h às 17h30, com

entrada gratuita.

Mais informações poderão ser obti-

das no subsite Nanotecnologia.

Haverá transmissão online do even-

to via internet.

A programação completa será divul-

gada oportunamente. N

Alexandre Sá

brinho abordou os perigos do gás li-

quefeito de petróleo e do gás natural.

José Possebon, tecnologista aposenta-

do da Fundacentro, falou sobre os ris-

cos dos gases de processo (acetileno,

cloro e oxido nitroso). Ambos retrata-

ram os aspectos da segurança.

Outro gás retratado por Possebon foi

o monóxido de carbono e seus riscos e

monitoramento. Já o especialista Ale-

xandre Sá deu palestra sobre o monito-

ramento remoto de gases. O uso dessa