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Página 7 Campo Bom 24 a 29 de maio de 2013 Ministério do Trabalho interdita obra em madeireira que fiscal foi agredido A Agressão O Jornal A Gazeta teve acesso, com exclusividade, ao boletim de ocorrência registrado em 14 de maio referente às agressões contra o fiscal do MTE. Conforme o B.O. 2987/2013, o fiscal teve sua carteira funcional tomada pela proprietária da madeireira e, ao tentar sair do local e pegar o documento, foi agredido por dois funcionários do estabelecimento, um deles menor de idade. Ainda conforme o B.O., ao chegar na delegacia acompanhado da Brigada Militar, o fiscal apresentava ferimentos na cabeça, perna, mão, dedos, pescoço e com dores na cabeça. A ocorrência relata ainda que durante a agressão, o fiscal teve seu celular, óculos e documentos do MTE subtraídos além de ser ameaçado pela proprietária da Madeireira Brasil. Entre as pessoas que acompanhavam a operação do MTE e PF estavam dois empreiteiros que tiveram problemas com a madeireira, que também atua como empreiteira. Segundo relato dos profissionais à reportagem, eles foram contratados pela madeireira para realizar serviços. “Me contrataram para umas empreitadas, comuniquei o preço, eles não aceitaram e disseram que pagariam um valor menor. Ainda assim, não recebi todo o dinheiro”, relata um dos empreiteiros. Ele comenta também que a comunicação com os proprietários era complicada. “Ele (proprietário) não atendia o telefone quando eu ligava e ela quando atendia, gritava e me ofendia.” Situação da Madeireira Brasil foi conferida por fiscais do Ministério do Trabalho e acompanhada por agentes da Polícia Federal Foto: A Gazeta Na manhã da última quarta-feira, 22, uma movimentação fora do comum chamou a atenção de quem passava pela Rua Victor Graeff no bairro Celeste. Viaturas da Polí- cia Federal e Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vieram até Campo Bom para verificar a situação de uma obra e também de máquinas na Madeireira Brasil. Conforme o Gerente Regional do Trabalho e Emprego em Novo Ham- burgo, Jorge Luiz Albé, a presença da polícia federal junto com os agentes do Ministério do Trabalho era motivo de segurança. “Na terça-feira da semana pas- sada, 14, um fiscal esteve nesse local para verificar a situação do local e foi agredido pela proprietária e funcionários. A situação foi tão grave que ele está de licença sem poder trabalhar “, relata Jorge. Mesmo com os portões fechados, os fiscais do Mi- nistério do Trabalho cons- tataram irregularidades na obra de ampliação do es- tabelecimento e também nas máquinas utilizadas. “Encontramos três beto- neiras e uma serra circular fora das normas de regu- lamentação. A ampliação do telhado também está irregular, sem proteção para trabalhos em altura”, informou um dos fiscais que participou da ação. “São normas antigas, não existe explicação para não serem cumpridas”, acres- centa. Ainda segundo os fis- cais, a atividade comercial não foi afetada. Problemas com terceiros Estado entrega viaturas e Policiamento Comunitário deve ser implantado Faisal esteve acompanhado do presidente do Consepro e do comandante da Brigada Militar durante a entrega das viaturas Foto: Divulgação Na tarde da última quarta- feira, 22, em solenidade no Palácio Piratini, o governador Tarso Genro fez a entrega de 39 novas viaturas à Brigada Militar (BM). Do total de veículos, 25 foram destinados às cidades que possuem policiamento comunitário e as outras 14 para os municípios intensificarem o policiamento ostensivo e treinamento de policiais. Representando Campo Bom estiveram na solenidade o prefeito Faisal Karam, o presidente do Consepro Pedro Rogério e o comandante da BM, Capitão Luciano Veríssimo. Com a entrega dos dois Ford Fiesta para Campo Bom, será possível implantar o Policiamento Comunitário nos bairros Operária e Quatro Colônias. Durante a solenidade, o governador destacou a impor- tância do programa para a aproximação entre a polícia e a comunidade. “Com o poli- no Quatro Colônias, o Poli- ciamento Comunitário conta- rá com quatro policiais mili- tares que prestarão atendi- mento exclusivo à comuni- dade local. Eles residirão com suas famílias nas próprias localidades, sendo que os custos com moradia ficará por conta da Administração Mu- nicipal através de uma bolsa auxílio no valor de R$ 600,00. O horário de atuação dos policiais será definido confor- me a demanda estipulada entre a BM e a comunidade para que a atuação ocorra em locais e horários definidos por ambos. O contato das duas comunidades com a BM continua pelo telefone 190, porém a central de Campo Bom fará o direcionamento para cada um dos núcleos. ciamento comunitário, aloca- mos policiais fixos em uma determinada região. Eles esta- belecem uma relação direta com a comunidade, recebem treinamento e aparelhamento especial para fazer o combate à criminalidade e ajudar nos programas sociais da região.” O Secretário de Segurança Pública, Airton Michels, reforçou a importância do policiamento comunitário para as cidades. “Esta harmo- nia entre o policiamento e a comunidade seguramente é um dos itens mais importantes para que se tenha bons resul- tados em segurança pública”. Funcionamento do Programa Tanto na Operária como

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Página7

Campo Bom24 a 29 de maio de 2013

Ministério do Trabalho interdita obraem madeireira que fiscal foi agredido

A AgressãoO Jornal A Gazeta teve acesso, com exclusividade, ao boletim de

ocorrência registrado em 14 de maio referente às agressões contra ofiscal do MTE. Conforme o B.O. 2987/2013, o fiscal teve sua carteirafuncional tomada pela proprietária da madeireira e, ao tentar sair dolocal e pegar o documento, foi agredido por dois funcionários doestabelecimento, um deles menor de idade. Ainda conforme o B.O., aochegar na delegacia acompanhado da Brigada Militar, o fiscal apresentavaferimentos na cabeça, perna, mão, dedos, pescoço e com dores na cabeça.A ocorrência relata ainda que durante a agressão, o fiscal teve seucelular, óculos e documentos do MTE subtraídos além de ser ameaçadopela proprietária da Madeireira Brasil.

Entre as pessoas que acompanhavam a operação do MTE e PF estavamdois empreiteiros que tiveram problemas com a madeireira, quetambém atua como empreiteira. Segundo relato dos profissionais àreportagem, eles foram contratados pela madeireira para realizarserviços. “Me contrataram para umas empreitadas, comuniquei o preço,eles não aceitaram e disseram que pagariam um valor menor. Aindaassim, não recebi todo o dinheiro”, relata um dos empreiteiros. Elecomenta também que a comunicação com os proprietários era complicada.“Ele (proprietário) não atendia o telefone quando eu ligava e elaquando atendia, gritava e me ofendia.”

Situação da Madeireira Brasil foi conferida por fiscais doMinistério do Trabalho e acompanhada por agentes daPolícia Federal

Foto: A Gazeta

Na manhã da últimaquarta-feira, 22, umamovimentação fora docomum chamou a atençãode quem passava pela RuaVictor Graeff no bairroCeleste. Viaturas da Polí-cia Federal e Ministériodo Trabalho e Emprego(MTE) vieram até CampoBom para verificar asituação de uma obra etambém de máquinas naMadeireira Brasil.

Conforme o GerenteRegional do Trabalho eEmprego em Novo Ham-burgo, Jorge Luiz Albé, apresença da polícia federaljunto com os agentes doMinistério do Trabalho era

motivo de segurança. “Naterça-feira da semana pas-sada, 14, um fiscal estevenesse local para verificar asituação do local e foiagredido pela proprietáriae funcionários. A situaçãofoi tão grave que ele estáde licença sem podertrabalhar “, relata Jorge.

Mesmo com os portõesfechados, os fiscais do Mi-nistério do Trabalho cons-tataram irregularidades naobra de ampliação do es-tabelecimento e tambémnas máquinas utilizadas.“Encontramos três beto-neiras e uma serra circularfora das normas de regu-lamentação. A ampliação

do telhado também estáirregular, sem proteçãopara trabalhos em altura”,informou um dos fiscaisque participou da ação.“São normas antigas, não

existe explicação para nãoserem cumpridas”, acres-centa.

Ainda segundo os fis-cais, a atividade comercialnão foi afetada.

Problemas com terceiros

Estado entrega viaturas e PoliciamentoComunitário deve ser implantado

Faisal esteve acompanhado do presidente do Consepro e docomandante da Brigada Militar durante a entrega das viaturas

Foto: DivulgaçãoNa tarde da última quarta-

feira, 22, em solenidade noPalácio Piratini, o governadorTarso Genro fez a entrega de39 novas viaturas à BrigadaMilitar (BM). Do total deveículos, 25 foram destinadosàs cidades que possuempoliciamento comunitário e asoutras 14 para os municípiosintensificarem o policiamentoostensivo e treinamento depoliciais. RepresentandoCampo Bom estiveram nasolenidade o prefeito FaisalKaram, o presidente doConsepro Pedro Rogério e ocomandante da BM, CapitãoLuciano Veríssimo.

Com a entrega dos doisFord Fiesta para Campo Bom,será possível implantar oPoliciamento Comunitárionos bairros Operária e QuatroColônias.

Durante a solenidade, ogovernador destacou a impor-tância do programa para aaproximação entre a polícia ea comunidade. “Com o poli-

no Quatro Colônias, o Poli-ciamento Comunitário conta-rá com quatro policiais mili-tares que prestarão atendi-mento exclusivo à comuni-dade local. Eles residirão comsuas famílias nas própriaslocalidades, sendo que os

custos com moradia ficará porconta da Administração Mu-nicipal através de uma bolsaauxílio no valor de R$ 600,00.

O horário de atuação dospoliciais será definido confor-me a demanda estipuladaentre a BM e a comunidade

para que a atuação ocorra emlocais e horários definidos porambos. O contato das duascomunidades com a BMcontinua pelo telefone 190,porém a central de Campo Bomfará o direcionamento paracada um dos núcleos.

ciamento comunitário, aloca-mos policiais fixos em umadeterminada região. Eles esta-belecem uma relação diretacom a comunidade, recebemtreinamento e aparelhamentoespecial para fazer o combateà criminalidade e ajudar nosprogramas sociais da região.”

O Secretário de SegurançaPública, Airton Michels,reforçou a importância do

policiamento comunitáriopara as cidades. “Esta harmo-nia entre o policiamento e acomunidade seguramente éum dos itens mais importantespara que se tenha bons resul-tados em segurança pública”.

Funcionamento doPrograma

Tanto na Operária como