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Estratgias para Conservao

A explorao dos produtos florestais e a preservao da floresta - viabilidade ecolgica

Atividade nada carismtica...

Existem outras opes?

SINOP - MT

Extrativismo?

Ecoturismo?

Servios ecolgicos?

Inventrio pr-explorao;Manejo Florestal procura reduzir impactos...Planejamento das estradas e ptios;Definio da direo da queda;Definio do arraste das toras;Corte dos cips;Entre outros...Nosso foco!

Caso 1: rvores remanescentesComo saber o nmero necessrio de remanescentes que garantam, por exemplo, alimento para asespcies animais?

Ex: Jatob (Hymenaea courbaril)

Caso 2: rvores ocasPergunta:E a seleo artificial?

www.manejoflorestal.org

Caso 3: Tratamentos silviculturaisSimplificao do habitat?Perda de biodiversidade?

AnelamentoCapina

Exemplo: Florestas de bambu na AmazniaCaso 4: Impactos ecolgicos podem ocorrer por caractersticas locais....

Distribuio dos tabocais(Silveira, 2007)

Estabelecimento das plntulas e reproduo vegetativa

Domnio de Guadua

Predao intensa desementes e germinao

Florescimento macio, frutificao e disperso desementesMortalidade

Histria de vida de Guadua weberbaueri

~ 29-32 anos

Crescimento cumulativo

* colmos da estao chuvosa apresentaram um maior incremento na altura mdia

1989Rio Purus

1988Rio Purus

Padres espaciais e temporais da floresta com bambu__________________________________________________

* bordas temporais internas perfeitamente detectveis* tonalidade verde: bambu vivo (inf. vermelho prximo e mdio); tonalidade castanha: bambu morto (inf. vermelho mdio); tonalidade verde: vegetao sem bambu maduro

Smith (2000)

Em reas sob manejo florestal com ocorrncia de Guadua sp., como se dar a regenerao florestal?

Para complicar.... mudanas climticas!

Seca de 2005Cenrio IPCC (2007):

Savanizao da Amaznia?

Monitoramento de variveis ambientais a nica ferramenta para avaliar impactos.

Mas qual varivel escolher?

Manejo florestal na Amaznia:

Hosokawa et al. (1998): monitoramento da vegetao e variveis fsicas;

FSC (2004) inclui monitoramento da fauna, mas enfoca s o impacto sobre espcies raras e ameaadas.

Monitoramento de Fauna e a
Certificao Florestal Certificao Florestal (CF):

Cumprimento imediato de pr-condies para obteno e de condies aps um perodo para manter a CF.

Monitoramento de Fauna e a
Certificao FlorestalCalouro (2005): em 16 Sumrios Pblicos para pedido de CF na Amaznia s existiam condicionantes sobre fauna:

Esses Projetos de Manejo Florestal recebem a CF sem a obrigatoriedade de avaliao de impactos ambientais sobre a fauna (pr e ps-explorao) e de monitoramento faunstico.

Sem monitoramento faunstico adequado fica difcil afirmar que o manejo florestal sustentvel.

Perda da biodiversidade afeta redundncia funcional dos ecossistemas.

Mas quantas espcies devem ser perdidas para que isso ocorra? Uma nica espcie-chave ou vrias?Para que monitorar biodiversidade?

O Monitoramento Faunstico e o
Manejo Florestal

Monitoramento Faunstico e o Manejo Florestal

Moraceae:

grande produo de frutos pequenos

e carnosos por rvore.

Arecaceae:

disponibiliza frutos na poca seca.

Exemplos de espcies-chaves:

Socratea exorrhiza

Brosimum alicastrum

Dispersores de sementes

Tapirus terrestrisAlouatta seniculus

Artibeus lituratus

Mitu tuberosa

Predadores de sementes

Tayassu tajacu

Agouti paca

Sciurus ingrame

Harpia harpyjaPanthera oncaPredadores (topo de cadeia)

Puma concolorMelanosuchus nigerPteronura brasiliensis

Monitoramento Faunstico e o Manejo Florestal

Rede trfica de floresta tropical - El Verde (Porto Rico)

Monitoramento Faunstico e o Manejo Florestal

Rede trfica de floresta tropical - El Verde (Porto Rico)Como monitorar essa complexidade?

Bioindicadores:

Uso de grupos taxonmicos (no espcies!);

Devem usar diferentes nichos;

Mais usados (avaliao de impacto): frica e sia

Monitoramento Faunstico e o Manejo Florestal

EmergentesDosselArbreoSub-bosqueHerbceoComeam os problemas...

Como escolher um bioindicadorque indique mudanas em todos esses habitats?

Uso estratificado da floresta por primatas do Suriname (Fleagle, 1987).

Estratos utilizados pelos primatas da FEA antes (a) e aps (b) a explorao (Calouro, 2005).(a)(b)

Estratos da vegetao utilizados pelos primatas da rea Controle (Calouro, 2005).

Outro problema:

Somente uma varivel (efeito da explorao) est afetando o bioindicador? Exemplo 1: Anfbios

Permeabilidade da pele torna grupo sensvel poluio do ar e da gua;

32% das espcies esto ameaadas de extino (IUCN, 2005);

Situao agravou-se aps 1980:

9 espcies extintas,

outras 113 espcies extintas?

Causas:

chuva cida;

mudanas climticas?

E na Amaznia?

Exemplo 2: Primatas

Maioria das espcies so frugvoras;

Biomassa retirada da floresta alta;

Resultado: Extino ecolgica.

Espcie existe na rea, mas no cumpre mais a sua funo ecolgica.

Conceito de Floresta Vazia (Redford, 1992).

Efeito conjunto da presso de caa + impacto do manejo florestal:

Johns & Skorupa (1987):

Reduo populacional acentuada de primatas visados.

Ateles chamek Impacto indireto do manejo florestal: reocupao de colocaes.

Banco de dados sobre dieta de primatas:

197 artigos: 1815 espcies vegetais.

Observaes de campo: consumo de 27 espcies.

Quantas espcies da dieta coincidem com as 119 espcies madeireiras a serem exploradas na Floresta Estadual do Antimary (AC)?

36 espcies (valor subestimado).

Destaques:

Guariba amarela (Clarissia racemosa): 9 spp.

Ucuba branca (Osteophloeum platyspermum): 5 spp.

Breu vermelho (Tetragastris altissima): 5 spp.

Angico vermelho (Parkia pendula): 5 spp.

Dieta de Primatas (Calouro, 2005):

Pouco conhecimento sobre a ecologia das espcies madeireiras;

Martini et al. (1994) classificaram a capacidade de 305 espcies madeireiras para resistir ao impacto da explorao:

Grupo 1: populao;

Grupo 2: populao estvel;

Grupo 3: populao.

Das 36 espcies arbreas da FEA usadas por primatas:

Grupo 1: Parkia pendula.

Dieta de Primatas (Calouro, 2005):

Animais como Indicadores

Bioindicadores (fauna):

Devem ser fceis de encontrar e medir;

Histria natural bem conhecida;

Devem se correlacionar com mudanas no ecossistema;

Variveis mais usadas:

Densidade;

Abundncia relativa;

Presena/ausncia;

Disperso;

Sucesso reprodutivo.

Animais como Indicadores

5. Outras caractersticas de um bom indicador faunstico:

Especialista;

Baixa mobilidade;

Ampla distribuio.

Vegetao: sensoriamento remoto do dossel;Cursos dgua: variveis fsico-qumicas.Indicadores faunsticos: relaes de causa e efeito ainda em fase experimental.Tcnicas robustas

Animais como Indicadores

Invertebrados:

Cerca de 15% dos artigos analisados (n = 90);

Formigas, besouros e borboletas;

Borboletas apresentaram mais mudanas (87% dos artigos) do que formigas (39%);

Menos de 5 anos aps a explorao, houve variao na composio, mas no na riqueza;

Abertura de copa parece ser principal fator causal;

Problemas:

baixa intensidade amostral;

Influncia de fatores externos (ex: clima, acaso).

Animais como Indicadores

Herpetofauna:

Cerca de 10% dos artigos analisados;

Anfbios e lagartos dominam;

No houve variao na composio e riqueza, mas somente na abundncia (mais generalistas);

Lagartos da Amaznia respondem de forma diferente abertura de copa (conforme hbitos de vida);

No existem estudos que relacionam mudanas s caractersticas do habitat (ex: presena de corpos dgua);

Problemas:

45% dos estudos no determinaram qual o perodo ps-exploratrio da avaliao.

Animais como Indicadores

Aves:

Cerca de 14% dos artigos analisados;

So considerados bons bioindicadores:

Respondem mudanas ambientais em escalas;

Facilmente detectadas;

Vrias funes ecolgicas (guildas).

Variao na riqueza e diversidade:

Alguns estudos mostraram reduo, outros aumento (espcies de borda);

Reduo s nos primeiros anos aps explorao;

Insetvoros , frugvoros/nectarvoros .

Animais como Indicadores

Mamferos:

Cerca de 67% dos artigos analisados;

Somente trs dos 24 estudos citaram a ocorrncia de presso de caa na sua rea de estudo.

Animais como Indicadores

Mamferos:

16 estudos utilizam primatas, mas avaliao pontual e compara locais explorados e no-explorados:

Kibale (Uganda) exceo (monitoramento por 28 anos);

Espcies pequenas e generalistas aumentam;

N de espcies varia pouco, densidade varia mais.

Animais como Indicadores

Mamferos:

Variaes no esforo amostral, intensidade de explorao e tempo aps a explorao explicam falta de padro para marsupiais;

Morcegos e roedores so pouco estudados, mas mostraram potencial para uso como bioindicador:

Venezuela: morcegos frugvoros se beneficiam com aumento de espcies vegetais pioneiras (Ex: Piper spp.);

frica: roedores continuaram a mostrar mudana at 10 anos aps a explorao.

Ambos so abundantes, diversos, difundidos e fceis de amostrar.

Animais como Indicadores

Como escolher o melhor bioindicador?

Sapos de reas preservadas: baixa densidade natural;

Insetos (formigas e borboletas): dependncia de especialistas para a identificao;

Aves: falta de conhecimento sobre ecologia de vrias espcies limitante, mas guilda de insetvoros promissora;

Mamferos: muitas variaes dentro e entre espcies.

Animais como Indicadores

Recomendaes de Azevedo-Ramos et al. (2005):

Uso de vrios indicadores com diferentes guildas;

Procurar correlaes entre mudanas no habitat e mudanas nos indicadores faunsticos podem baratear monitoramento no longo prazo;

Comparar resultados em EAI com EBI;

Avaliar mudanas com diferentes tratos silviculturais;

Situao atual: resultados de um txon em uma rea no devem ser extrapolados automaticamente para outras;

Monitoramento da vegetao deve vir primeiro que faunstico.

Sugestes para discusso nos grupos de trabalho:

Monitoramento Faunstico e o Manejo Florestal
Workshop WWF/UFAC

Grupo taxonmico como bioindicador;

Indicar ao menos dois grupos para monitorar:

Efeito complementar.

Priorizar os grupos que tenham:

Facilidade de obteno e anlise de dados;

Facilidade de replicao do mtodo;

Relevncia para manejo. Exemplos:

Dispersores/predadores de sementes;

Polinizadores.

Sugestes para discusso nos grupos de trabalho:

Tempo de resposta:

Bioindicadores de grande porte respondem mais lentamente perturbao;

Bioindicadores de menor porte reagem a fatores sazonais mais fortemente (ex: seca de 2005).

Recomendao: Definio de obrigatoriedade de avaliao pr-exploratria no talho e em rea controle no monitoramento faunstico.

Monitoramento Faunstico e o Manejo Florestal
Workshop WWF/UFAC

Grupo Fauna e Meio Aqutico

Metodologia de cada indicador:

Material;

Nmero mnimo de pessoas;

Perodo do ano indicado (sazonalidade);

Desenho amostral (replicao).

Anlise: laboratorial e necessidade de envio para identificao;

Proposta de treinamento.

Ranking: custo, facilidade de coleta, tempo de anlise, facilidade de aprendizado, necessidade de envio erelevncia para o manejo.

Grupo Fauna e Meio Aqutico

Ranking de indicadores ambientais:

1. Grandes e mdios mamferos2. Abelhas3. Aves4. Borboletas/Morcegos5. Aranhas6. Pequenos mamferos/lagartos e serpentes7. Peixes8. Anfbios/Colepteros

Recomendaes:

1. Obteno de dados microclimticos (temperatura, precipitao);

2. Obrigatoriedade de avaliao pr-exploratria e na rea Controle;

3. Monitoramento de caa e pesca:

presso sobre frugvoros;

ex: calendrio de caa.

4. Medidas para evitar aumento da presso de caa nas reas exploradas (ex: evitar reocupao de colocaes);

5. Trabalho de esclarecimento e envolvimento da populao do entorno da rea de explorao (ex: como coletores de dados);

6. Anlise da gua:

Monitoramento de pesquisa: APP realmente funciona?

Escolha de UMA rea piloto no Estado.

Grupo Fauna e Meio Aqutico

Encaminhamentos:

Criao de GT-Monitoramento/Manejo Florestal;

Indicar reas pilotos (Ex: WWF);

Sugerir criao de fundo financiador para pesquisas em monitoramento:

Fundo de amparo cientfico do Acre;

Empresrios do setor (Ex: incentivo fiscal).

c) Articulao com entidades que trabalham com formao de tcnicos florestais e pessoal de apoio:

Cursos de extenso;

Formao de multiplicadores;

Protocolos de coleta de campo.

Grupo Fauna e Meio Aqutico

Encaminhamentos:

2. Fortalecimento das colees cientficas de referncia:

Barateamento do monitoramento no mdio prazo.

3. Para pensar....

Como construir um dilogo do etnoconhecimento com as tcnicas de monitoramento?