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1 MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL Projeto BRA/12/017- Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil CONVOCAÇÃO nº 02/2019 Seleção de Projetos para realização de estudos voltados à elaboração de modelagem detalhada de moradia provisória destinada à população desabrigada por desastres no Brasil O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do Documento de Projeto de Cooperação Técnica Internacional (PCTI), BRA/12/017 - Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil , tornam pública a presente Convocação para seleção pública de projetos de pesquisa e CONVIDAM os/as interessados/as a apresentarem propostas, nos termos do edital estabelecido. 1. ANTECEDENTES O Projeto Cooperação Técnica Internacional BRA/12/017 Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, firmado sob a égide do Acordo Básico de Assistência Técnica, entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Organização das Nações Unidas, tem por objeto promover o fortalecimento da cultura de Gestão de Riscos de Desastres no país, nos três níveis de governo - federal, estadual e municipal, por meio de ações voltadas à capacitação; incentivo à pesquisa e desenvolvimento de novas metodologias e práticas relacionadas ao tema; intercâmbio internacional; e sensibilização da sociedade civil, mídia e outros atores com atuação no tema, no âmbito do poder público.

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Page 1: MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL Brasil · 2019. 12. 16. · 2 Aspectos legais A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC foi instituída pela Lei nº 12.608,

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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Projeto BRA/12/017- Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no

Brasil

CONVOCAÇÃO nº 02/2019

Seleção de Projetos para realização de estudos voltados à elaboração de modelagem

detalhada de moradia provisória destinada à população desabrigada por desastres no

Brasil

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) por meio da Secretaria Nacional de

Proteção e Defesa Civil (SEDEC), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do Documento de Projeto de Cooperação Técnica

Internacional (PCTI), BRA/12/017 - Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de

Desastres no Brasil , tornam pública a presente Convocação para seleção pública de projetos

de pesquisa e CONVIDAM os/as interessados/as a apresentarem propostas, nos termos do edital

estabelecido.

1. ANTECEDENTES

O Projeto Cooperação Técnica Internacional BRA/12/017 – Fortalecimento da Cultura

de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, firmado sob a égide do Acordo Básico de

Assistência Técnica, entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Organização das

Nações Unidas, tem por objeto promover o fortalecimento da cultura de Gestão de Riscos de

Desastres no país, nos três níveis de governo - federal, estadual e municipal, por meio de ações

voltadas à capacitação; incentivo à pesquisa e desenvolvimento de novas metodologias e

práticas relacionadas ao tema; intercâmbio internacional; e sensibilização da sociedade civil,

mídia e outros atores com atuação no tema, no âmbito do poder público.

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Aspectos legais

A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC foi instituída pela Lei nº

12.608, de 10 de abril de 2012. Esse marco legal modernizou a maneira de abordagem ao tema

dos desastres no Brasil. Seu surgimento e estrutura tiveram como motivador o fatídico desastre

da região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, que resultou na morte de mais de 1000 pessoas

e um número não contabilizado de corpos desaparecidos. A perda dessas vidas se deu por falhas

na prevenção e por dificuldades na coordenação de uma resposta eficaz. Muitas pessoas,

vivendo em áreas de risco, não tiveram chances. E muitos agonizaram sob os escombros de

suas próprias casas, aguardando a ajuda, que não chegou. Todo esse cenário trouxe à tona uma

perturbadora realidade: o Brasil é um país vulnerável a desastres, possui potenciais áreas de

risco e está cada vez mais exposto a eventos climáticos extremos.

Essa nova Política Nacional elevou a qualidade da abordagem frente ao tema.

Incorporou, também, o conceito de “Proteção”, passando a abranger “as ações de prevenção,

mitigação, preparação, resposta e recuperação voltadas à proteção e defesa civil” (art. 3º da Lei

nº 12.608/2012). A PNPDEC enfatiza, como uma de suas diretrizes, a “atuação articulada entre

a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para redução de desastres e apoio às

comunidades atingidas” (art. 4º da Lei nº 12.608/2012); e, como um de seus objetivos, a

prestação de “socorro e assistência às populações atingidas por desastres” (art. 5º da Lei nº

12.608/2012).

Na esfera federal, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) tem entre

suas competências formular, orientar e conduzir a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil

(PNPDEC), e coordenar o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), em

articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Observando-se o conjunto de objetivos da PNPDEC, destacam-se a prestação de socorro

e assistência às populações atingidas por desastres, o combate à ocupação de áreas

ambientalmente vulneráveis e de risco, e a promoção da realocação da população residente

nessas áreas, além de estímulo das iniciativas que resultem na destinação de moradia em local

seguro.

A mesma lei 12.608/2012 estabeleceu competências aos 03 níveis federativos,

destacando-se aqui parte daquelas aplicáveis à União: o apoio aos Estados, Distrito Federal e

Municípios no mapeamento das áreas de risco, nos estudos de identificação de ameaças,

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suscetibilidades, vulnerabilidades e risco de desastre e nas demais ações de prevenção,

mitigação, preparação, resposta e recuperação.

Contexto brasileiro

O Brasil é um país acometido por eventos adversos variados ao longo dos anos. Dadas

as extensões territoriais, e as características típicas das regiões tropicais, o país está exposto a

diferentes riscos de desastres naturais, além de ameaças tecnológicas oriundas de atividades

produtivas desenvolvidas em seu território.

A condição socioeconômica precária de grande parte da população, aliada a um

processo histórico de descontrole do ordenamento do território pelo poder público brasileiro

propiciaram, ao longo do tempo, a ocupação de áreas impróprias à habitação, a exemplo de

encostas e planícies de inundação.

Nessas áreas há intensa presença de moradias de padrão construtivo precário, e

desconectadas de sistemas de saneamento, produzindo cenários de imensa vulnerabilidade

frente aos efeitos dos eventos adversos. Com isso, uma das consequências mais recorrentes

quando da ocorrência de desastres no país é a destruição de unidades habitacionais.

Ações de resposta e recuperação

No âmbito das fases de Resposta e Recuperação pós-desastres, a perspectiva de

atendimento às necessidades de moradia é composta por três etapas distintas: o abrigamento

imediato da população afetada, a moradia provisória, e a moradia definitiva.

Nos últimos anos tem sido possível observar no Brasil uma melhor capacidade de se

promover abrigamento imediato, o qual se dá por meio de instalações provisórias geralmente

disponíveis nos municípios, a exemplo de ginásios de esportes públicos ou parques de

exposição.

Nota-se ainda alguma capacidade de se providenciar os recursos humanitários

necessários a essa etapa, tais como água, alimento e colchões. Nesse quesito, o Cartão de

Pagamentos de Proteção e Defesa Civil (CPDC) desempenha um papel fundamental, pois ao

ser instituído otimizou o fluxo dos recursos financeiros necessários ao custeio desses itens,

permitindo sua disponibilização aos Municípios e Estados afetados por desastres em tempo

razoável.

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Todavia, a condição gerada por abrigos coletivos é própria a pequenos intervalos

temporais, e vai se tornando inadequada com o passar do tempo, passando a produzir

dificuldades de permanência das pessoas nessas instalações provisórias.

Habitação provisória

A Agência Federal de Gerenciamento de Emergências Norte-Americana (FEMA) define

que a habitação provisória é a fase da assistência habitacional que cobre a lacuna entre abrigos

imediatos e o retorno de vítimas de desastres a moradias permanentes. O objetivo da fase

intermediária da moradia é fornecer moradia temporária, segura e protegida, que permita a uma

família morar juntos, com uma quantidade razoável de privacidade, atenda às necessidades de

acessibilidade física de agregado familiar e inclua serviços essenciais e acesso a áreas para

preparação de alimentos e instalações sanitárias.

Atualmente no Brasil, os principais instrumentos disponíveis para apoio às necessidades

de habitação provisória, em decorrência de desastres, são o pagamento de Aluguel Social e o

fornecimento de barracas de lona pelos Órgãos de Proteção e Defesa Civil do país.

Na União, esses instrumentos se materializam por meio de recursos financeiros para

pagamento do aluguel social, além de estoques de barracas estocados em alguns Estados do

país.

Quando uma área tem suas residências destruídas em função de um desastre,

naturalmente surge a necessidade da execução da política habitacional disponível para o alcance

de novas moradias, de caráter definitivo. No Brasil, a política habitacional tem instrumentos

que possuem uma dinâmica própria de funcionamento que não tem conseguido alcançar as

necessidades habitacionais oriundas dos desastres ocorridos. Prova disso é que das mais de

14.000 famílias afetadas por desastres, e homologadas pela SEDEC desde o ano de 2012 como

cabíveis ao atendimento, menos de 2.600 foram efetivamente inseridas na política habitacional.

Além do baixo nível de atendimento dos afetados por desastres, pode-se constatar um

longo distanciamento temporal entre as etapas de abrigamento provisório e de moradia

definitiva. Desastres ocorridos no país demonstraram que esse período pode vir a durar 03, 04

anos, ou mais.

O longo distanciamento temporal, ou mesmo o não atendimento das demandas pela

política habitacional demonstram que os instrumentos disponíveis – aluguel social e barracas,

são inadequados e/ou insuficientes para a perspectiva de habitação temporária que se apresenta.

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O aluguel social possui restrições de natureza legal, pois é limitado por norma a 06

meses de pagamento pela União. Esse período é efetivamente insuficiente para que a população

afetada alcance a etapa de moradia permanente, restando desassistida pelo caminho. A falta de

imóveis disponíveis para locação em diversos municípios do país, o valor insuficiente para o

custeio de valores de aluguel vigentes em determinadas localidades, e as situações de

indisponibilidade orçamentária para pagamento dos benefícios constituem problemas

adicionais associados ao instrumento do aluguel social no país.

Quanto às barracas, destaca-se que quando houve situações pós-desastre em que ocorreu

seu uso prolongado, diversas condições impróprias foram evidenciadas, com destaque para más

condições de saneamento, falta de higiene, insalubridade, e outros que afetam a dignidade

humana. A seguir, citam-se algumas situações ocorridas no país que ilustram o relatado:

1) Desastre de enxurradas ocorridas na divisa dos Estados de Alagoas e Pernambuco,

durante o mês de junho de 2010, ao longo dos rios Una, Sirinhaém, Piranji, Mundaú e Canhoto.

Mais de 30 municípios dos dois estados declararam situação de emergência.

Nesse desastre mais de 80 mil pessoas ficaram desabrigadas, tendo sido destruídas pelas

enxurradas milhares de unidades habitacionais. Grandes acampamentos foram montados e todo

tipo de carência foram vivenciados pela população. Após três anos, soluções de moradia

definitiva, ainda não haviam sido implementadas.

2) Inundações do Rio Madeira em 2014, quando mais de 3.700 famílias, entre

desabrigadas e desalojadas, foram atingidas pelas águas. Em seu Relatório de Fiscalização a

Controladoria Geral da União (CGU) apontou problemas tais como calor intenso, presença de

lixo, presença de animais domésticos, mau cheiro e uma característica de permanência em

instalações que deveriam ser de caráter provisório.

Proposta de solução para habitação temporária

Diante dessa realidade, técnicos da SEDEC identificaram a necessidade de se

desenvolver um recurso adicional para ser utilizado no período de moradia provisória, o qual

foi concebido a partir de um conjunto de premissas delimitadoras de suas capacidades.

Com isso foi desenvolvido um modelo conceitual de habitação provisória, que tem

característica de habitação-embrião e, ao menos conceitualmente, atende aos requisitos e

premissas identificados pelos técnicos como necessários ao atendimento das condições

existentes em momentos pós desastres e, de igual modo, necessários ao atendimento dos

aspectos de dignidade humana dos atingidos.

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Por essa razão o presente edital se propõe, a partir, do modelo conceitual, a desenvolver

as outras etapas de estudos e testes de viabilidade mercadológica e de desempenho técnico

satisfatório sob a ótica das normas técnicas vigentes no país.

Para possibilitar o alcance desse resultado geral, o projeto foi estruturado em 13 (treze)

etapas, que correspondem aos resultados intermediários (outputs) esperados para o projeto:

Produto 1 – Proposta detalhada de metodologia para o desenvolvimento da

pesquisa;

Produto 2 - Análise de mercado para as inovações técnicas proposta no modelo

conceitual para fundações, instalações elétricas e instalações hidráulicas;

Produto 3 - Análise de mercado para as inovações técnicas proposta no modelo

conceitual para vedações (paredes e esquadrias), e cobertura;

Produto 4 - Adequação do modelo construtivo à viabilidade de mercado e

precificação para fundações, instalações elétricas e instalações hidráulicas;

Produto 5 - Adequação do modelo construtivo à viabilidade de mercado e

precificação para vedações (paredes e esquadrias) e cobertura;

Produto 6 - Avaliação de desempenho técnico dos sistemas para fundações,

instalações elétricas e instalações hidráulicas;

Produto 7 - Avaliação de desempenho técnico dos sistemas para vedações (paredes

e esquadrias) e cobertura;

Produto 8 - Construção de protótipo completo e realização de testes;

Produto 9 - Estudo de compatibilização logística (estoque e transporte);

Produto 10 - Elaboração de documentação técnica e manuais executivos;

Produto 11 - Fornecimento de arquivos de projeto;

Produto 12 - Elaboração de caderno de especificações técnicas, orçamento e

modelo de Termo de Referência;

Produto 13 - Estudo com modelagens de implantação.

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O presente edital é realizado no âmbito do Resultado 1 – Capacitação e pesquisa na

área de gestão de riscos fortalecida no país. Este termo de referência está voltado ao

desenvolvimento de pesquisas voltadas ao detalhamento e teste de um modelo conceitual de

moradia provisória desenvolvido no âmbito da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil

(SEDEC).

A ideia principal é de que seja desenvolvida uma moradia provisória que possa ser

montada de forma célere, atenda aos aspectos de dignidade humana preconizados, e sirva de

embrião para a etapa posterior de habitação definitiva, que poderá dispor de ferramentas

necessárias à conclusão dos requisitos habitacionais, otimizando-se assim o emprego dos

recursos públicos.

As premissas norteadoras do modelo conceitual são:

✓ Modular: A ser construída em processo de módulos encaixados;

✓ Rápida Montagem: montagem fácil e inteligente sem necessidade de profissionais

especializados;

✓ Sem necessidade de ferramentas na montagem: condizente com as restrições dos

momentos pós-desastre promovendo a participação da própria população no processo

de montagem;

✓ Desmontável: que permita remanejamento, caso necessária a mudança de local do

assentamento após a definição de área definitiva;

✓ Móvel: pode ser deslocada, se necessário;

✓ Fácil Transportabilidade: paletizável e ajustada às dimensões de transporte comercial

do país;

✓ Leve: materiais constituintes devem viabilizar o transporte e o processo de

montagem/desmontagem;

✓ Caráter permanente: dentro da perspectiva de casa-embrião, servirá para o recomeço

da família;

✓ Resistente: desempenho técnico adequado, em observância às normas técnicas para

resistência mecânica, propagação de fogo, conforto acústico, térmico, etc.;

✓ Durável: resistir à perspectiva de uso permanente;

✓ Expansível: conceito de embrião para complementação na etapa posterior, de moradia

definitiva, ou pela própria família;

✓ Sustentável: deve priorizar o uso de materiais que não provoquem danos ao meio

ambiente, e/ou possuam baixa pegada ecológica.

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2. OBJETO

2.1. A presente convocação tem por objeto a seleção de pessoas jurídicas,

públicas e/ou privadas sem fins lucrativos, que, atendendo aos requisitos e termos

constantes nesta convocação, tenham interesse e habilidade técnico-científica para a

realização de pesquisas relacionadas ao desenvolvimento e teste de metodologia para

implantação de moradia provisória para situações pós desastre, a partir de modelo

conceitual desenvolvido no âmbito da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil

(SEDEC/MDR). As atividades incluem realização de pesquisas e estudos,

desenvolvimento de protótipos, realização de testes de desempenho e desenvolvimento

de material técnico referencial, detalhados em Plano de Trabalho constante deste Edital.

2.2. A instituição selecionada terá o prazo de nove meses (09) para

desenvolver a pesquisa, sendo possível a prorrogação do prazo, sem aditivo de valores,

desde que devidamente justificado em razões concretas.

2.3. A instituição selecionada ficará responsável pelo desenvolvimento da

pesquisa e pela elaboração de relatórios (produtos) definidos a seguir:

3. Produtos e subprodutos

3.1. Produto 1 – Proposta detalhada de metodologia para o desenvolvimento da

pesquisa.

3.2. Produto 2 - Análise de mercado para as inovações técnicas proposta no modelo

conceitual, contendo os seguintes subprodutos:

3.2.1. Fundação

3.2.1.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório técnico

contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando

resultados e proposições de ajustes, quando necessário;

3.2.1.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório técnico

contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos

preliminar;

3.2.1.3. 2.3.2.1.3 - Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório

técnico contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados

obtidos, incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes

identificados, e respectivos investimentos necessários.

3.2.2. Instalações Elétricas

3.2.2.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório

técnico contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando

resultados e proposições de ajustes, quando necessário;

3.2.2.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório

técnico contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos

preliminar;

3.2.2.3. Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório técnico

contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados obtidos,

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incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes identificados, e

respectivos investimentos necessários.

3.2.3. Instalações Hidráulicas

3.2.3.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório técnico

contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando

resultados e proposições de ajustes, quando necessário;

3.2.3.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório técnico

contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos

preliminar;

3.2.3.3. Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório técnico

contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados obtidos,

incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes identificados, e

respectivos investimentos necessários.

3.3. Produto 3 - Análise de mercado para as inovações técnicas proposta no modelo

conceitual, contendo os seguintes subprodutos:

3.3.1. Vedações (Paredes, esquadrias e sistema estrutural)

3.3.1.1.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório técnico

contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando

resultados e proposições de ajustes, quando necessário;

3.3.1.1.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório técnico

contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos

preliminar;

3.3.1.1.3. Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório técnico

contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados obtidos,

incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes identificados, e

respectivos investimentos necessários.

3.3.2. –Cobertura

3.3.2.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório técnico

contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando

resultados e proposições de ajustes, quando necessário;

3.3.2.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório técnico

contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos

preliminar;

3.3.2.3. Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório técnico

contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados obtidos,

incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes identificados, e

respectivos investimentos necessários.

3.4. Produto 4 – Adequação do modelo construtivo à viabilidade de mercado e

precificação

3.4.1. Fundações:

3.4.1.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de

mercado;

3.4.1.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.

3.4.2. Instalações Elétricas:

3.4.2.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de

mercado;

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3.4.2.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.

3.4.3. Instalações Hidráulicas:

3.4.3.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de

mercado;

3.4.3.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.

3.5. Produto 5 – Adequação do modelo construtivo à viabilidade de mercado e

precificação

3.5.1. Vedações (Paredes, esquadrias e sistema estrutural):

3.5.1.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de

mercado;

3.5.1.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.

3.5.2. Cobertura:

3.5.2.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de

mercado;

3.5.2.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.

3.6. Produto 6 - Avaliação de desempenho técnico dos sistemas

3.6.1. Fundações

3.6.1.1. Desenvolvimento de protótipo;

3.6.1.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;

3.6.1.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;

3.6.1.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências

normativas.

3.6.2. Instalações Elétricas

3.6.2.1. Desenvolvimento de protótipo;

3.6.2.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;

3.6.2.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;

3.6.2.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências

normativas.

3.6.3. Instalações Hidráulicas

3.6.3.1. Desenvolvimento de protótipo;

3.6.3.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;

3.6.3.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;

3.6.3.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências

normativas.

3.7. Produto 7 - Avaliação de desempenho técnico dos sistemas

3.7.1. Vedações (Paredes, esquadrias e sistema estrutural)

3.7.1.1. Desenvolvimento de protótipo;

3.7.1.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;

3.7.1.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;

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3.7.1.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências

normativas.

3.7.2. Cobertura

3.7.2.1. Desenvolvimento de protótipo;

3.7.2.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;

3.7.2.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;

3.7.2.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências

normativas.

3.8. Produto 8 – Construção de protótipo completo e realização de testes

3.8.1. Desenvolvimento de protótipo completo;

3.8.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;

3.8.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;

3.8.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências

normativas.

3.9. Produto 9 - Estudo de compatibilização logística (estoque e transporte):

3.9.1. Relatório contendo estudo de dimensões comerciais existentes no país, incluindo

os diversos modais de transporte disponíveis, para compatibilização do modelo de

paletização dos elementos construtivos visando à otimização do estoque e

transporte das peças;

3.9.2. Projeto de Paletização para transporte dos módulos construtivos,

compatibilizado com as dimensões comerciais dos modais brasileiros.

3.10. Produto 10 – Elaboração de manuais executivos

3.10.1. Manual construtivo: Elaboração e fornecimento de manual técnico para

detalhamento do sistema construtivo da casa;

3.10.2. Manual de preparação de área: Elaboração e fornecimento de manual

contemplando os requisitos técnicos e procedimentos para a preparação das áreas,

incluindo movimento de terra e sistemas de infraestrutura básica.

3.11. Produto 11 – Fornecimento de arquivos de projeto

3.11.1. Fornecimento de mídia digital contendo todos os arquivos em formato CAD de

projetos incluindo peças e do modelo construtivo, vistas, plantas, cortes,

perspectivas e quaisquer outros elementos de visualização e detalhamento

desenvolvidos;

3.11.2. Criação e fornecimento de biblioteca tridimensional dos elementos construtivos

em formato BIM – Building Information Modeling. Todos os elementos do projeto

deverão possuir metadados de características técnica em conformidade com o

formato IFC – Industry Foundation Classes.

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3.11.3. Fornecimento de mídia digital contendo todos os arquivos em formato CAD de

projetos de expansão futura da residência (conforme resultado do item 13.4),

incluindo peças e do modelo construtivo, vistas, plantas, cortes, perspectivas e

quaisquer outros elementos de visualização e detalhamento desenvolvidos;

3.12. Produto 12 – Elaboração de caderno de especificações técnicas, orçamento e

modelo de Termo de Referência

3.12.1. Caderno de Especificações técnicas do sistema construtivo;

3.12.2. Planilha orçamentária completa e detalhada do sistema construtivo;

3.12.3. Análise de contratação e proposição de Modelo de Termo de referência modelo;

3.12.4. Avaliação das formas de contratação possíveis com indicação das melhores

políticas licitatórias a serem empregadas;

3.12.5. Modelo de Termo de Referência a ser utilizado para contratação, em

consonância com os resultados do item 3.12.4.

3.13. Produto 13 – Estudo com modelagens de implantação;

3.13.1. Estudo voltado a diferentes modelagens de implantação de conjuntos do

protótipo, abordagem de aspectos urbanísticos e de convivência comunitária;

3.13.2. Relatório contendo estudo de modelos de implantação de conjuntos

habitacionais e abordagem de aspectos urbanísticos e de convivência comunitária;

3.13.3. Elaboração de guia consolidado de implantação do novo modelo de habitação

em situações de reconstrução pós-desastres (guia para disseminação do projeto, já

diagramado e impresso).

3.13.4. Elaboração de manual e projetos para futura ampliação da residência;

3.13.5. Realização de registro completo da solução técnica desenvolvida junto ao

Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI.

4. Outras disposições

4.1. A pesquisa deverá contemplar as especificidades indicadas nos termos do Anexo I

desta convocação.

4.2. A impossibilidade de atingimento das metas de mapeamento das principais práticas

exitosas em razão da omissão das empresas, não implicará no descumprimento do

edital, desde que comprovado o envio de questionário para as empresas selecionadas.

4.3. As propostas/estudos devem ser feitas com uma abordagem multidisciplinar,

ressaltando aspectos que favoreçam a convivência e reintegração dos habitantes das

unidades habitacionais (aspectos humanos mencionados durante a reunião).

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13

4.4. Todos os produtos técnicos, projetos, estudos, etc. utilizados e desenvolvidos no

âmbito deste Projeto são de exclusiva propriedade da SEDEC/MDR, não podendo

ser explorados comercialmente ou utilizados sem autorização prévia.

4.5. O pagamento será feito mediante entrega e aprovação dos produtos listados no item

anterior, acompanhado do respectivo relatório de execução orçamentária. No caso da

impossibilidade de entrega de um dos subprodutos previstos, poderá ser realizado o

pagamento parcial correspondente

5. ELEGIBILIDADE

5.1. Serão consideradas elegíveis instituições de ensino superior, públicas ou privadas,

centros de pesquisa, fundações e institutos que comprovadamente atuam ou realizam

pesquisas correlatas ao objeto do edital.

5.2. Para fins de comprovação das atividades de pesquisa, as instituições deverão

encaminhar no ato da sua inscrição na seleção pública, cadastros de grupos e projetos

no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq) ou Programas de Pós-Graduação reconhecidos pela

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com área de

concentração ou linha de pesquisa ligadas às áreas temáticas indicadas, bem como

outros documentos que comprovem as atividades na área temática.

6. HABILITAÇÃO

6.1. As instituições interessadas em participar do processo seletivo deverão apresentar:

6.1.1. Projeto de pesquisa que contemple proposta com definição de objeto, método,

objetivos do trabalho e cronograma.

6.1.2. Relação nominal da equipe de pesquisa, que deverá ser coordenada por

profissional com título acadêmico nas áreas de arquitetura e urbanismo ou

engenharia, com experiência em projetos de habitação de interesse social, e

experiência em gerenciamento de projetos, e composta por técnicos/as

nominalmente indicados no momento da propositura. Para fins de apresentação da

equipe de pesquisa, deverão ser apresentados os currículos lattes de todos os

membros e suas respectivas qualificações pessoais, incluindo o endereço

eletrônico (e-mail) e telefones do/a coordenador/a para contato.

6.1.3. A equipe técnica deverá ser constituída considerando a necessidade de

mobilização de saberes de diferentes áreas do conhecimento, tais como a

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arquitetura e urbanismo, as engenharias civil, elétrica, mecânica, de materiais e de

produção, a sociologia, a psicologia, a assistência social e a antropologia. A equipe

técnica a ser composta para o projeto deverá conter, minimamente:

6.1.3.1. 01 Arquiteto e urbanista Sênior;

6.1.3.2. 01 Sociólogo ou Antropólogo Sênior;

6.1.3.3. 01 Psicólogo ou Assistente Social Pleno;

6.1.3.4. 01 Engenheiro Civil Pleno;

6.1.3.5. 01 Engenheiro de Produção Pleno;

6.1.3.6. 01 Engenheiro de Materiais Sênior.

6.1.4. Instituição proponente, com ênfase em sua experiência anterior na área

temática, indicar, se for o caso, os respectivos grupos de pesquisa cadastrados no

Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq ou Programas de Pós-Graduação

reconhecidos pela CAPES;

6.1.5. A Instituição proponente deve comprovar seu histórico e experiência na área

temática, inclusive no que diz respeito às pesquisas já realizadas;

6.1.6. Com relação à apresentação da equipe de pesquisa e da instituição proponente,

serão consideradas somente as informações encaminhadas como parte integrante

das propostas de pesquisa. Deverão ser incluídas nas propostas de pesquisa todas

as informações pertinentes ao julgamento desses critérios, mesmo que constantes

em currículos lattes, sites institucionais, diretórios e grupos de pesquisa

publicamente disponíveis (por exemplo, Diretório dos Grupos de Pesquisa do

CNPq ou Programas de Pós-Graduação reconhecidos pela CAPES, com área de

concentração ou linha de pesquisa ligadas às áreas temáticas indicadas).

6.1.7. Cronograma de realização do projeto de pesquisa, observando os marcos

iniciais e final estabelecidos nesta Convocação para execução do projeto, bem

como, o prazo para entrega dos produtos e desembolso que estão detalhados no

item 6.3 deste edital.

6.1.8. Orçamento detalhado com descrição dos custos de implementação do projeto

e prazos para utilização dos recursos oriundos do apoio financeiro do Projeto

BRA/12/017 - Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no

Brasil (cronograma de apresentação de produtos e pagamentos);

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15

6.1.9. O orçamento deve englobar o planejamento das ações que serão executadas com

os recursos que estarão disponíveis em cada etapa da pesquisa, conforme os prazos

de entrega dos produtos. Despesas administrativas só serão aceitas quando

inequivocamente vinculadas ao objeto da pesquisa, sendo imprescindíveis à sua

realização. Caso despesas administrativas estejam previstas, estas devem: a) estar

discriminadas na proposta da instituição; b) serem necessárias e proporcionais ao

cumprimento do objeto; c) deve ser apresentada a memória de cálculo do rateio da

despesa, vedada a duplicidade ou a sobreposição de fontes de recursos no custeio

de uma mesma parcela de despesa; e d) sejam contabilizadas de forma

individualizada e mantidas em arquivo devidamente documentadas, de forma a

permitir eventuais verificações dos órgãos de controle.

6.1.10. O orçamento deve definir, previamente, a partilha dos recursos a serem

utilizados para remuneração direta do/a coordenador/a doutor/a e dos membros da

equipe de pesquisa.

6.1.11. Proposta expressa de contrapartida institucional à parceria, que pode

englobar desde a destinação de instalações físicas específicas até o aporte de

recursos humanos ou financeiros ao projeto. É necessário informar, por exemplo,

as áreas dos profissionais e quantos, a instalação física disponibilizada (sala,

prédio, com qual estrutura física) ou o montante aportado no projeto.

6.1.12. Comprovação de regularidade fiscal e trabalhista, nos termos da Lei

nº8.666, de 21 de junho de 1993, por meio dos seguintes documentos:

6.1.12.1. Prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro

Geral de Contribuintes (CGC);

6.1.12.2. Prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal,

se houver, relativo ao domicílio ou sede do proponente, pertinente ao seu

ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;

6.1.12.3. Prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal

do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;

6.1.12.4. Prova de regularidade relativa à Seguridade Social, demonstrando

situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei;

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16

6.1.12.5. Prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de

Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no

cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei

nº 8.883, de 1994);

6.1.12.6. Prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do

Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa, nos termos do Título

VII - A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no

5.452, de 1o de maio de 1943;

6.1.12.7. Cópia do Estatuto Social.

6.2. Os projetos poderão ser apresentados em conjunto com outras instituições.

6.2.1. Mesmo que outras instituições subscrevam o projeto de pesquisa selecionado, a

instituição proponente será exclusivamente responsável por sua execução, não

podendo transmitir tal responsabilidade a terceiros, nos termos da Carta de Acordo

a ser formalizada;

6.2.2. Caso o projeto seja apresentado em conjunto com outras instituições, deve-se

comprovar parceria entre as instituições e definir, previamente, a divisão de

trabalho.

6.3. As propostas de pesquisa deverão ser assinadas pelo/a representante legal da

instituição proponente e pelo/a coordenador/a da pesquisa.

6.4. Não será aceita a substituição da instituição proponente por outra. Essa vedação aplica-

se inclusive a universidades e suas fundações de apoio ou mantenedoras. Caso a

fundação de apoio seja a executora da pesquisa, ela deverá ser também a proponente.

7. CRITÉRIOS DE JULGAMENTO

7.1. Os projetos de pesquisa apresentados pelas instituições deverão cumprir integralmente

os requisitos previstos na presente Convocação;

7.2. A seleção das propostas submetidas em razão da presente Convocação será realizada

por intermédio de análises e avaliações comparativas por Comitê nomeado para esse

fim, especialmente considerando o mérito técnico-científico do projeto e proponente,

observando-se os seguintes critérios e pontuações:

7.3.

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Item Critério de

Avaliação Objetivo Subcritério 1 Subcritério 2 Subcritério 3

Pontuaçã

o

A Adequação

temática

Avaliar efetiva

compreensão do

tema apresentado e

se a proposta

contempla as

diretrizes expostas

A proposta

demonstrou

efetiva

compreensão do

tema? (máx 10

pontos)

A proposta atende

adequadamente ao

requerido nos objetivos

geral e específicos

definidos nas diretrizes

de pesquisa? (máx 10

pontos)

*** 20

B

Experiência

em pesquisa

empírica

Avaliar a

experiência da

equipe em pesquisa

empírica,

especialmente na

área temática

A equipe de

pesquisa possui

produção relevante

em pesquisa

empírica na área

temática? (máx 15

pontos)

A experiência prévia

da equipe de pesquisa

indica domínio de

conhecimentos e

habilidades necessários

para o

desenvolvimento do

projeto? (máx 15

pontos)

*** 30

C Composição

da equipe

Adequação da

composição da

equipe de pesquisa

às diretrizes de

pesquisa (Anexo I),

à metodologia

proposta e à

necessidade de

mobilização de

saberes de

diferentes áreas do

conhecimento,

como o direito e

administração, entre

outras

A composição da

equipe de pesquisa

é adequada às

diretrizes e à

metodologia

propostas para a

pesquisa? (máx 10

pontos)

A composição da

equipe de pesquisa

garante a necessária

mobilização de saberes

de diferentes áreas do

conhecimento? (máx

10 pontos)

*** 20

D Metodologia

científica

Avaliar adequação

da estratégia de

pesquisa frente aos

resultados

pretendidos e a

viabilidade do

projeto frente ao

cronograma e

orçamento

Os métodos e

técnicas propostos

são consistentes e

estão adequados às

diretrizes de

pesquisa e aos

resultados

pretendidos?

(máx. 10 pontos)

As etapas estão bem

delimitadas e o

cronograma está

suficientemente

detalhado, permitindo

a compreensão das

atividades a serem

desenvolvidas até o

alcance dos resultados,

revelando a viabilidade

do projeto? (máx. 10

pontos)

O orçamento

está

suficientement

e detalhado,

indica uma

distribuição

razoável dos

recursos e está

adequado às

necessidades

da pesquisa e

aos resultados

previstos no

projeto?

(máx. 10

pontos)

30

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18

7.4. Para fins de apreciação e julgamento dos critérios, as instituições proponentes deverão

incluir nas propostas de pesquisa todas as informações pertinentes, mesmo que

constantes em currículos lattes, sites institucionais, diretórios e grupos de pesquisa

publicamente disponíveis.

7.5. O Comitê de Avaliação poderá aprovar propostas de forma condicionada. Neste caso,

a assinatura da Carta Acordo dependerá do atendimento de todas as exigências feitas

pelo Comitê.

7.6. Caso o Comitê de Avaliação atribua o mesmo número de pontos a duas ou mais

propostas, será utilizado como critério de desempate a constatação de projetos de

pesquisas aplicadas e interdisciplinares, voltadas a propostas pertinentes com temática

da presente pesquisa. Não sendo possível o atendimento deste critério de desempate,

dar-se-á preferência para instituições que demonstrarem o maior tempo de experiência

em estudos e projetos aplicados para o desenvolvimento de sistemas inovadores para

habitações de interesse social.

Serão considerados:

a) 07 pontos para cada projeto de sistema construtivo (de arquitetura ou de engenharia)

realizado no tema por integrante da equipe da instituição;

b) 07 pontos para cada projeto de cunho social e humanitário realizado no tema por

integrante da equipe da instituição;

c) 02 pontos para cada ano de trabalho no tema comprovado por integrante da equipe

da instituição;

A comprovação dos itens “a” e “b” deverá se dar por apresentação documental que

demonstre o início, o desenvolvimento e a conclusão oficial do projeto realizado;

A comprovação do item “c” deverá se dar pela apresentação de documentação

comprobatória de vínculo trabalhista de qualquer natureza, permanente ou temporário,

de pessoa física ou jurídica, público ou privado, do(s) integrante(s) da equipe da

instituição.

8. APOIO FINANCEIRO AOS PROJETOS E CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO

8.1. Os recursos que serão aplicados na implementação da Carta de Acordo a ser firmada

com as instituições selecionadas são oriundos do Projeto BRA/12/017 -

Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil.

8.2. O apoio financeiro destinado à instituição será de até R$ 1.891.156,20.

8.3. Os valores serão repassados em conformidade com o cronograma de desembolso a ser

estabelecido na Carta de Acordo:

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PARCELA DESEMBOLSO PRAZO PRAZO

ACUMULADO

ATIVIDADE

RELACIONADA

1ª 01% (um por

centro)

10 dias após

assinatura da

Carta Acordo

10 dias 1º Produto

2ª 03% (três por

cento)

20 dias após a

entrega do

primeiro

produto

30 dias 2º Produto

3ª 02% (dois por

cento)

20 dias após a

entrega do

segundo

produto

50 dias 3º Produto

4ª 02% (dois por

cento)

20 dias após a

entrega do

terceiro

produto

70 dias 4º Produto

5ª 01% (um por

centro)

20 dias após a

entrega do

quarto produto

90 dias 5º Produto

6ª 19% (dezenove

por cento)

30 dias após a

entrega do

quinto produto

120 dias 6º Produto

7ª 13% (treze por

cento)

30 dias após a

entrega do

sexto produto

150 dias 7º Produto

8ª 54% (cinquenta e

quatro por cento)

40 dias após a

entrega do

190 dias 8º Produto

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20

sétimo

produto

9ª 01% (um por

centro)

20 dias após a

entrega do

oitavo produto

210 dias 9º Produto

10ª 01% (um por

centro)

20 dias após a

entrega do

nono produto

230 dias 10º Produto

11ª 01% (um por

centro)

20 dias após a

entrega do

décimo

produto

240 dias 11º Produto

12ª 01% (um por

centro)

20 dias após a

entrega do

décimo

primeiro

produto

250 dias 12º Produto

13ª 02% (dois por

cento)

20 dias após a

entrega do

décimo

segundo

produto

270 dias 13º Produto

8.4. As instituições deverão apresentar os produtos à equipe da SEDEC/MDR em meio

eletrônico e/ou presencialmente, em Brasília, conforme definição da supervisão. Caso

necessário, o deslocamento de seu(s) representante(s) a Brasília para apresentação dos

produtos é de responsabilidade da instituição parceira.

8.5. Ao longo do período do projeto a instituição é responsável ainda pela organização de

03 eventos de debate e/ou apresentação da pesquisa, com foco na promoção do diálogo

entre atores interessados e na divulgação dos produtos. Os eventos serão organizados

em parceria com a SEDEC/MDR.

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8.6. Custos relacionados à realização das atividades previstas nos itens 8.4 e 8.5 podem ser

incluídos na proposta de orçamento apresentada pela instituição. Deve-se, entretanto,

observar o limite de apoio financeiro estabelecido no item 8.2.

8.7. Os valores previstos no item 8.3 são referentes aos produtos que devem ser entregues

pela instituição selecionada, nos termos regulamentados por esta Convocação.

8.7.1. A não-apresentação ou a irregularidade de quaisquer dos documentos

comprobatórios da regularização jurídico-fiscal das instituições selecionadas

impede a assinatura da Carta de Acordo, facultando-se ao Comitê de Avaliação a

convocação da instituição cuja proposta tenha sido classificada em segundo lugar.

9. APLICAÇÃO DOS RECURSOS REPASSADOS E RELATÓRIO FINANCEIRO

9.1. Os recursos poderão ser utilizados para a remuneração direta do/a coordenador/a-

doutor/a e dos membros da equipe de pesquisa, em partilha definida previamente pela

própria instituição, bem como para os demais custos correlatos à realização do projeto,

incluindo-se, entre outros, aquisição de material permanente e organização de eventos.

9.2. Sendo algum membro da equipe de pesquisa servidor/a público/a, o recebimento de

bolsa ficará condicionado à verificação junto ao seu órgão dessa possibilidade. Esse

procedimento é de responsabilidade do/a coordenador/a.

9.3. A instituição selecionada deverá submeter relatório financeiro dos gastos realizados

juntamente com o envio de cada produto previsto, assim como relatório financeiro

consolidado ao final da execução do projeto de pesquisa. Esta assume responsabilidade

pela destinação dos recursos repassados, devendo observar eventuais impedimentos e

vedações legais. O registro, arquivo de documentação comprobatória e controle

contábil das despesas, deverá ser mantido na instituição responsável pela execução da

pesquisa pelo prazo mínimo de cinco (05) anos, de forma a permitir eventuais

verificações dos órgãos de controle.

10. ENTREGA DAS PROPOSTAS

10.1. As propostas de pesquisas deverão ser apresentadas à Secretaria Nacional de

Proteção e Defesa Civil até às 23:59 (vinte e três horas e cinquenta e nove minutos),

horário de Brasília, do dia XX de XXXX de 2019.

10.1.1. As propostas poderão ser enviadas para o correio

eletrônico:[email protected]

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10.1.2. O e-mail deverá estar identificado com a inscrição “Convocação 02/2019 -

Projeto BRA/12/017 - Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de

Desastres no Brasil - Seleção de Projetos para o Desenvolvimento de projeto

de moradia provisória destinada à população desabrigada por desastre no

Brasil”, a indicação do projeto e nome da instituição proponente.

10.2. Somente serão analisadas as propostas de pesquisa encaminhadas até o prazo

previsto no Item 10.1.

10.2.1. Recomenda-se o envio das propostas com antecedência, uma vez que o PNUD

e a SEDEC não se responsabilizarão por propostas não recebidas no prazo

estipulado em decorrência de eventuais problemas técnicos.

11. DO JULGAMENTO

11.1. A análise das propostas e da documentação será efetuada por um Comitê de

Avaliação constituído por representantes do PNUD e do SEDEC/MDR.

11.2. Também poderão ser convidados a integrar o Comitê professores/as e

pesquisadores/as especializados/as na temática, desde que não tenham vinculação com

nenhuma das instituições proponentes.

11.3. O julgamento realizar-se-á mediante análise comparativa, em conformidade

com os critérios definidos nesta convocação.

11.4. Caso o proponente queira interpor recurso ao resultado do julgamento das

propostas, poderá apresentar recurso, por meio do endereço eletrônico

[email protected], no prazo de 5 (cinco) dias corridos, a contar da data da

publicação do resultado no site do PNUD.

11.5. O recurso deverá ser dirigido a Comitê de Avaliação que, após o exame, poderá

julgar pelo deferimento ou pelo indeferimento.

11.6. Na contagem do prazo excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do

vencimento, e considerar-se-ão os dias consecutivos. O prazo só se inicia e vence em

dias de expediente da SEDEC.

12. ANEXOS QUE INTEGRAM A CONVOCAÇÃO

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São anexos que integram a presente convocação:

12.1. O anexo I, contendo as Diretrizes da pesquisa.

12.2. O anexo II, contendo Roteiro para elaboração do projeto de pesquisa.

13. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS

13.1. O resultado do processo seletivo será divulgado na página eletrônica do PNUD

disponível no endereço http://www.pnud.org.br/.

13.2. Todos/as os/as candidatos/as da presente Convocação tomarão conhecimento da

aprovação ou reprovação das suas propostas por intermédio de correspondência

eletrônica.

13.3. A divulgação dos resultados não implicará direito ao apoio financeiro e técnico

por parte da SEDEC/MDR e/ou do PNUD.

14. DISPOSIÇÕES GERAIS

14.1. A presente convocação poderá ser revogada ou anulada, no todo ou em parte, a

qualquer momento, por iniciativa do PNUD ou da SEDEC/MDR, sem que isto

implique direito de indenização ou reclamação de qualquer natureza.

14.2. A seleção é conduzida no âmbito do Documento de Projeto BRA/12/017 –

Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, firmado com

base no Acordo Básico de Assistência Técnica firmado entre a República Federativa

do Brasil e a Organização das Nações Unidas, suas Agências Especializadas e outras,

assinado em 29 de dezembro de 1964, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 11, de 25

de abril de 1966, e promulgado pelo Decreto nº 59.308, de 23 de setembro de 1966.

14.3. As instituições participantes da seleção reconhecem que o PNUD goza dos

privilégios e imunidades a ele dispensados por força da Convenção sobre Privilégios e

Imunidades das Nações Unidas de 1946, ratificada pelo Governo brasileiro, e nada do

que está contido no presente instrumento deverá ser interpretado como renúncia, tácita

ou expressa, pelo PNUD a tais privilégios e imunidades.

15. ESCLARECIMENTOS ADICIONAIS

15.1. Quaisquer esclarecimentos ou informações adicionais deverão ser solicitados

por escrito pelo endereço eletrônico [email protected] identificadas, no campo

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“assunto”, pela inscrição “BRA/12/017 - Fortalecimento da Cultura de Gestão de

Riscos de Desastres no Brasil -Convocação 02/2019 - Seleção de Projetos para o

Desenvolvimento de projeto de moradia provisória destinada à população

desabrigada por desastre no Brasil”.

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25

ANEXO I

DIRETRIZES DE PESQUISA

PROJETO "DESENVOLVIMENTO DE MORADIA PROVISÓRIA PARA

SITUAÇÕES PÓS DESASTRE A PARTIR DE MODELO CONCEITUAL

DESENVOLVIDO POR TÉCNICOS DA SECRETARIA NACIONAL DE

PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL (SEDEC)”

Justificativas

A destruição de unidades habitacionais é resultado bastante comum dos

desastres ocorridos no Brasil. A ocupação desordenada de áreas impróprias, associada

ao baixo padrão construtivo das residências típicas da população de baixa renda do país

criam um cenário de elevada vulnerabilidade aos eventos adversos. Essa condição faz

com que, em muitos casos, residências sejam danificadas ou destruídas mesmo quando

da ocorrência de eventos adversos de menor magnitude.

A reação institucional aos danos em unidades habitacionais possui tipicamente

três etapas bem definidas. A primeira se dá no âmbito das ações de Assistência

Humanitária, por meio de iniciativas de abrigamento provisório e fornecimento de itens

de assistência básica aos desabrigados. Deve ser uma etapa breve, dadas as condições

limitadas que um abrigo oferece.

A segunda etapa é a moradia provisória, que tem como premissa oferecer

melhores condições de dignidade humana aos desabrigados enquanto a moradia

definitiva, última etapa, não é viabilizada.

Em geral a moradia definitiva é viabilizada por programas governamentais de

habitação. O Brasil possui políticas públicas dessa natureza que focam no défcit

habitacional existente, e possui tramites processuais que se desenrolam em uma

dinâmica de “normalidade”.

As demandas habitacionais produzidas por desastres possuem um caráter

emergencial, que não obedece a listas prévias de espera nem se adequa aos trâmites

burocráticos regulares da política habitacional.

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Com isso, na prática o que se observa no país é um descompasso entre ambas as

instâncias, resultando em baixo nível de atendimento das demandas oriundas de

desastres pelos programas definitivos, e grande lapso temporal entre a fase de

abrigamento e a moradia definitiva.

Esse espaço de tempo corresponde à fase de moradia provisória, a qual, como já

dito, deveria garantir as condições de dignidade humana da população afetada. Todavia,

os instrumentos disponíveis no Brasil para essa etapa são o Aluguel Social e estoques

de barracas de lona adquiridas pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.

O Aluguel Social tem uma proposta interessante de disponibilizar recursos

financeiros aos afetados para auxílio ao custeio de despesas de aluguel durante o período

de moradia provisória. O que ocorre, porém, é que esse benefício é limitado por norma

a 06 meses. No Brasil, os processos de viabilização de moradia definitiva chegam a

durar 03 a 04 anos. Com isso, a população fica desassistida em momento muito distante

do término da etapa provisória.

Há ainda outros problemas recorrentes no uso do aluguel socias, tais como

insuficiência de valor para o custeio de aluguéis de determinadas regiões, a insuficiência

de imóveis disponíveis na localidade para absorver a demanda de afetados, e eventual

indisponibilidade orçamentária para esse fim.

Já as barracas de lona, em que pese serem bons instrumentos para curtos períodos

de abrigamento, sofrem com condições adversas com o passar do tempo. Há problemas

com intempéries, falta de espaço sanitário privado, falta de divisão interna, baixa

circulação de ar, entre outras.

Devido a esse contexto, técnicos da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa

Civil identificaram a necessidade e a oportunidade de propor um modelo conceitual de

moradia provisória, desenvolvido com base em premissas desenvolvidas pela

observação dos problemas ocorridos em casos concretos de demandas habitacionais

geradas por desastres ocorridos no Brasil.

As premissas norteadoras do modelo conceitual são:

✓ Modular: A ser construída em processo de módulos encaixados. Motivo: há

necessidade de processo construtivo simplificado, eliminando a necessidade de

profissionais especializados, normalmente indisponíveis em situações pós-desastre.

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✓ Rápida Montagem: montagem fácil e inteligente. Motivo: A necessidade de habitação

provisória necessita de uma resposta rápida para atendimento da população afetada.

✓ Sem necessidade de ferramentas na montagem Motivo: é condizente com as

restrições dos momentos pós-desastre e promove a participação da própria população

no processo de recuperação.

✓ Desmontável: que permita remanejamento. Motivo: é comum em situações pós-

desastre não se dispor de local definitivo para a instalação das moradias. Com isso, pode

ser necessária a mudança de local do assentamento após a confirmação de área

definitiva.

✓ Móvel: pode ser deslocada. Motivo: As áreas onde se instalam as habitações

temporárias podem ter que passar por ajustes em seu ordenamento, havendo

possibilidade de movimentação das casas.

✓ Fácil Transportabilidade: paletizável e ajustada às dimensões de transporte comercial

do país. Motivo: Para viabilizar a alocação célere de unidades habitacionais nas diversas

regiões do país onde houver ocorrência de desastres e necessidade de implementação de

moradia provisória.

✓ Leve: materiais constituintes devem viabilizar o transporte e o processo de

montagem/desmontagem. Motivo: Considerando a necessidade de transporte comercial

das partes construtivas, e o próprio processo de montagem, os elementos constituintes

devem ser prioritariamente leves.

✓ Caráter permanente: dentro da perspectiva de casa-embrião, servirá para o recomeço

da família. Motivo: Considerando o longo tempo aé o alcance da etapa de moradia

finitiva entende-se que a casa deve ter características de construção permanente,

podendo ir a funcionar como casa-embrião a partir da qual a família pode empreender

seu recomeço, podendo ir a promover sua expansão futura.

✓ Resistente: desempenho técnico adequado, em observância às normas técnicas para

resistência mecânica, propagação de fogo, conforto acústico, térmico, etc. Dentro das

características de permanência da família, os sistemas construivos devem possuir

desempenho técnico adequado em consonância com as normas brasileiras.

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✓ Durável: resistir à perspectiva de uso permanente. Motivo: Os sistemas construtivos

que compõem residência devem possuir durabilidade adequada pra permitir o seu uso

prolongado.

✓ Expansível: perspectiva de embrião para complementação na etapa posterior, de

moradia definitiva, ou pela própria família. Motivo: perspectiva de recomeço para a

família, que pode vir a ser viabilizado por programa de fomento complementar na fase

de moradia definitiva.

✓ Sustentável: deve priorizar o uso de materiais que não provoquem danos ao meio

ambiente, e/ou possuam baixa pegada ecológica.

Atividades a serem desenvolvidas pelo(a) coordenador(a) do projeto de pesquisa:

• Participar de reunião de adequação do projeto de pesquisa apresentado para seleção, em

Brasília na Sede da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, em data a ser

definida;

• Coordenar o trabalho da equipe de pesquisa no mapeamento, levantamento e análise dos

dados;

• Participar de reuniões de trabalho em Brasília, sempre que necessário;

• Coordenar a produção dos produtos, zelando pelo alinhamento com as diretrizes de

pesquisa indicadas acima;

• Organizar, em parceria com a SEDEC, evento de divulgação e discussão da pesquisa,

apresentando os resultados preliminares e os produtos produzidos;

• Apresentar o relatório de prestações de contas e o relatório final de atividades,

responsabilizando-se pelas informações.

Ao longo da pesquisa deverão ser entregues à SEDEC 13 (treze) produtos, conforme

especificações e prazos definidos no quadro abaixo:

PRODUTO DESCRIÇÃO PRAZO

1ª Produto 1 – Proposta detalhada de metodologia

para o desenvolvimento da pesquisa;

10 dias após assinatura da

Carta Acordo

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2ª Produto 2 - Análise de mercado para as inovações

técnicas proposta no modelo conceitual para fundações,

instalações elétricas e instalações hidráulicas;

20 dias após a entrega do

primeiro produto

3ª Produto 3 - Análise de mercado para as inovações

técnicas proposta no modelo conceitual para vedações

(paredes e esquadrias), e cobertura;

20 dias após a entrega do

segundo produto

4ª Produto 4 - Adequação do modelo construtivo à

viabilidade de mercado e precificação para fundações,

instalações elétricas e instalações hidráulicas;

20 dias após a entrega do

terceiro produto

5ª Produto 5 - Adequação do modelo construtivo à

viabilidade de mercado e precificação para vedações

(paredes e esquadrias) e cobertura;

20 dias após a entrega do

quarto produto

6ª Produto 6 - Avaliação de desempenho técnico dos

sistemas para fundações, instalações elétricas e

instalações hidráulicas;

30 dias após a entrega do

quinto produto

7ª Produto 7 - Avaliação de desempenho técnico dos

sistemas para vedações (paredes e esquadrias) e

cobertura;

30 dias após a entrega do

sexto produto

8ª Produto 8 - Construção de protótipo completo e

realização de testes;

40 dias após a entrega do

sétimo produto

9ª Produto 9 - Estudo de compatibilização logística

(estoque e transporte);

20 dias após a entrega do

oitavo produto

10ª Produto 10 - Elaboração de documentação técnica

e manuais executivos;

20 dias após a entrega do

nono produto

11ª Produto 11 - Fornecimento de arquivos de projeto; 10 dias após a entrega do

décimo produto

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12ª Produto 12 - Elaboração de caderno de

especificações técnicas, orçamento e modelo de Termo de

Referência;

10 dias após a entrega do

décimo primeiro

produto

13ª Produto 13 - Estudo com modelagens de

implantação.

20 dias após a entrega do

décimo segundo produto

Resultados esperados

1. Desenvolvimento de metodologia para o desenvolvimento da pesquisa. É esperado o

planejamento da estratégia e dos procedimentos a serem adotados nas diferentes etapas para

o alcance dos objetivos. A metodologia deve estar estruturada observando-se as etapas

clássicas de gerenciamento de projetos, preferencialmente seguindo metodologia PMI –

Project Management Institute ou outra escola de gerenciamento de projetos consagrada.

2. Avaliação das capacidades do mercado e proposição de ajustes visando à constatação de

viabilidade de produção dos elementos construtivos idealizados no modelo conceitual da

casa provisória, alcançando todos as partes construtivas: Fundações, Instalações Elétricas,

Instalações Hidráulicas. Vedações e Cobertura;

3. Em caso de necessidade, desenvolvimento de adequações aos elementos em projeto visando

à adequação aos requisitos de mercado para produção das partes construtivas: Fundações,

Instalações Elétricas, Instalações Hidráulicas. Vedações e Cobertura;

4. Obtenção de estimativa de custos detalhada e atualizada, após ajustes do projeto, para

produção das partes construtivas: Fundações, Instalações Elétricas, Instalações Hidráulicas.

Vedações e Cobertura;

5. Avaliação de desempenho técnico, incluindo testes e ensaios, das partes construtivas da casa

provisória, à luz da normatização de desempenho técnico aplicável e vigente no país;

6. Realização de ajustes e correções necessárias para adequação a eventuais requisitos de

desempenho técnico não atingidos;

7. Construção de protótipos das casas (estimam-se 03 unidades) destinados à realização de

ensaios de desempenho técnico do sistema global, alcançando requisitos de resistência

mecânica, conforto térmico, acústico, estanqueidade, ventilação, resistência ao fogo e

demais avaliações necessárias, à luz da normatização vigente no país;

8. Elaboração de documentação técnica, a saber:

a. Manual técnico para a construção das casas;

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b. Manual técnico para a preparação de áreas e infraestrutura para implantação das

casas;

c. Caderno de especificação técnica dos elementos construtivos;

d. Planilha orçamentária detalhada da casa;

e. Relatório contendo avaliação de formas de contratação aplicáveis, acompanhado

de termo de referência modelo;

9. Elaboração e fornecimento de estudo de compatibilização logística, visando à adequação da

forma de paletização dos elementos construtivos com as dimensões comerciais existentes

nos modais de transporte brasileiros;

10. Fornecimento de mídia digital contendo todos os projetos, plantas, croquis, detalhamento,

desenvolvidos ao longo do Projeto. Os arquivos devem estar organizados de forma

compatível com a estrutura de produtos previstos;

11. Fornecimento de Biblioteca de modelagem tridimensional para uso em formato BIM –

Building Information Modeling, dotada de conjunto de metadados mínimo compatível com

os critérios standart do IFC – Industry Foundation Classes;

12. Elaboração de relatório apresentando estudo voltado às diferentes modelagens de

implantação de conjuntos das casas, incluindo abordagem de aspectos urbanísticos e de

conveniência comunitária;

13. Fornecimento de mídia digital contendo todos os arquivos em formato CAD de projetos de

expansão futura da residência (conforme resultado do item 13.4), incluindo peças e do

modelo construtivo, vistas, plantas, cortes, perspectivas e quaisquer outros elementos de

visualização e detalhamento desenvolvidos;

14. Elaboração de um guia consolidado de implantação do novo modelo de habitação em

situações de reconstrução pós-desastres (guia para disseminação, já diagramado e

impresso);

15. Elaboração de Relatório contendo estudo de modelos de implantação de conjuntos

habitacionais e abordagem de aspectos urbanísticos e de convivência comunitária;

16. Elaboração de manual e projetos para futura ampliação da residência;

17. Realização de registro completo da solução técnica desenvolvida junto ao Instituto Nacional

de Propriedade Industrial – INPI.

18. Realização de eventos para apresentação e discussão dos produtos da pesquisa;

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ANEXO II

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA

O projeto de pesquisa deverá ser redigido em língua portuguesa e conter os seguintes itens:

A. Contextualização da proposta

B. Objetivo geral

C. Objetivo específico

D. Justificativa

E. Metodologia proposta

F. Atividades e cronogramas de trabalho

G. Resultados esperados

H. Orçamento

I. Outras informações relevantes

J. Fontes e referências bibliográficas

A proposta deverá obedecer às normas da Associação Brasileira de Normatização Técnica –

ABNT no que se refere às citações e referências. Para fins de padronização formal dos

documentos, exige-se a seguinte formatação:

a. Fonte Times New Roman

b. Tamanho 12

c. Espaçamento entrelinhas 1,5

d. Margens 2,5 cm