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MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Projeto BRA/12/017- Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no
Brasil
CONVOCAÇÃO nº 02/2019
Seleção de Projetos para realização de estudos voltados à elaboração de modelagem
detalhada de moradia provisória destinada à população desabrigada por desastres no
Brasil
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) por meio da Secretaria Nacional de
Proteção e Defesa Civil (SEDEC), em parceria com o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD), no âmbito do Documento de Projeto de Cooperação Técnica
Internacional (PCTI), BRA/12/017 - Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de
Desastres no Brasil , tornam pública a presente Convocação para seleção pública de projetos
de pesquisa e CONVIDAM os/as interessados/as a apresentarem propostas, nos termos do edital
estabelecido.
1. ANTECEDENTES
O Projeto Cooperação Técnica Internacional BRA/12/017 – Fortalecimento da Cultura
de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, firmado sob a égide do Acordo Básico de
Assistência Técnica, entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Organização das
Nações Unidas, tem por objeto promover o fortalecimento da cultura de Gestão de Riscos de
Desastres no país, nos três níveis de governo - federal, estadual e municipal, por meio de ações
voltadas à capacitação; incentivo à pesquisa e desenvolvimento de novas metodologias e
práticas relacionadas ao tema; intercâmbio internacional; e sensibilização da sociedade civil,
mídia e outros atores com atuação no tema, no âmbito do poder público.
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Aspectos legais
A Política Nacional de Proteção e Defesa Civil – PNPDEC foi instituída pela Lei nº
12.608, de 10 de abril de 2012. Esse marco legal modernizou a maneira de abordagem ao tema
dos desastres no Brasil. Seu surgimento e estrutura tiveram como motivador o fatídico desastre
da região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, que resultou na morte de mais de 1000 pessoas
e um número não contabilizado de corpos desaparecidos. A perda dessas vidas se deu por falhas
na prevenção e por dificuldades na coordenação de uma resposta eficaz. Muitas pessoas,
vivendo em áreas de risco, não tiveram chances. E muitos agonizaram sob os escombros de
suas próprias casas, aguardando a ajuda, que não chegou. Todo esse cenário trouxe à tona uma
perturbadora realidade: o Brasil é um país vulnerável a desastres, possui potenciais áreas de
risco e está cada vez mais exposto a eventos climáticos extremos.
Essa nova Política Nacional elevou a qualidade da abordagem frente ao tema.
Incorporou, também, o conceito de “Proteção”, passando a abranger “as ações de prevenção,
mitigação, preparação, resposta e recuperação voltadas à proteção e defesa civil” (art. 3º da Lei
nº 12.608/2012). A PNPDEC enfatiza, como uma de suas diretrizes, a “atuação articulada entre
a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios para redução de desastres e apoio às
comunidades atingidas” (art. 4º da Lei nº 12.608/2012); e, como um de seus objetivos, a
prestação de “socorro e assistência às populações atingidas por desastres” (art. 5º da Lei nº
12.608/2012).
Na esfera federal, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (SEDEC) tem entre
suas competências formular, orientar e conduzir a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil
(PNPDEC), e coordenar o Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (SINPDEC), em
articulação com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Observando-se o conjunto de objetivos da PNPDEC, destacam-se a prestação de socorro
e assistência às populações atingidas por desastres, o combate à ocupação de áreas
ambientalmente vulneráveis e de risco, e a promoção da realocação da população residente
nessas áreas, além de estímulo das iniciativas que resultem na destinação de moradia em local
seguro.
A mesma lei 12.608/2012 estabeleceu competências aos 03 níveis federativos,
destacando-se aqui parte daquelas aplicáveis à União: o apoio aos Estados, Distrito Federal e
Municípios no mapeamento das áreas de risco, nos estudos de identificação de ameaças,
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suscetibilidades, vulnerabilidades e risco de desastre e nas demais ações de prevenção,
mitigação, preparação, resposta e recuperação.
Contexto brasileiro
O Brasil é um país acometido por eventos adversos variados ao longo dos anos. Dadas
as extensões territoriais, e as características típicas das regiões tropicais, o país está exposto a
diferentes riscos de desastres naturais, além de ameaças tecnológicas oriundas de atividades
produtivas desenvolvidas em seu território.
A condição socioeconômica precária de grande parte da população, aliada a um
processo histórico de descontrole do ordenamento do território pelo poder público brasileiro
propiciaram, ao longo do tempo, a ocupação de áreas impróprias à habitação, a exemplo de
encostas e planícies de inundação.
Nessas áreas há intensa presença de moradias de padrão construtivo precário, e
desconectadas de sistemas de saneamento, produzindo cenários de imensa vulnerabilidade
frente aos efeitos dos eventos adversos. Com isso, uma das consequências mais recorrentes
quando da ocorrência de desastres no país é a destruição de unidades habitacionais.
Ações de resposta e recuperação
No âmbito das fases de Resposta e Recuperação pós-desastres, a perspectiva de
atendimento às necessidades de moradia é composta por três etapas distintas: o abrigamento
imediato da população afetada, a moradia provisória, e a moradia definitiva.
Nos últimos anos tem sido possível observar no Brasil uma melhor capacidade de se
promover abrigamento imediato, o qual se dá por meio de instalações provisórias geralmente
disponíveis nos municípios, a exemplo de ginásios de esportes públicos ou parques de
exposição.
Nota-se ainda alguma capacidade de se providenciar os recursos humanitários
necessários a essa etapa, tais como água, alimento e colchões. Nesse quesito, o Cartão de
Pagamentos de Proteção e Defesa Civil (CPDC) desempenha um papel fundamental, pois ao
ser instituído otimizou o fluxo dos recursos financeiros necessários ao custeio desses itens,
permitindo sua disponibilização aos Municípios e Estados afetados por desastres em tempo
razoável.
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Todavia, a condição gerada por abrigos coletivos é própria a pequenos intervalos
temporais, e vai se tornando inadequada com o passar do tempo, passando a produzir
dificuldades de permanência das pessoas nessas instalações provisórias.
Habitação provisória
A Agência Federal de Gerenciamento de Emergências Norte-Americana (FEMA) define
que a habitação provisória é a fase da assistência habitacional que cobre a lacuna entre abrigos
imediatos e o retorno de vítimas de desastres a moradias permanentes. O objetivo da fase
intermediária da moradia é fornecer moradia temporária, segura e protegida, que permita a uma
família morar juntos, com uma quantidade razoável de privacidade, atenda às necessidades de
acessibilidade física de agregado familiar e inclua serviços essenciais e acesso a áreas para
preparação de alimentos e instalações sanitárias.
Atualmente no Brasil, os principais instrumentos disponíveis para apoio às necessidades
de habitação provisória, em decorrência de desastres, são o pagamento de Aluguel Social e o
fornecimento de barracas de lona pelos Órgãos de Proteção e Defesa Civil do país.
Na União, esses instrumentos se materializam por meio de recursos financeiros para
pagamento do aluguel social, além de estoques de barracas estocados em alguns Estados do
país.
Quando uma área tem suas residências destruídas em função de um desastre,
naturalmente surge a necessidade da execução da política habitacional disponível para o alcance
de novas moradias, de caráter definitivo. No Brasil, a política habitacional tem instrumentos
que possuem uma dinâmica própria de funcionamento que não tem conseguido alcançar as
necessidades habitacionais oriundas dos desastres ocorridos. Prova disso é que das mais de
14.000 famílias afetadas por desastres, e homologadas pela SEDEC desde o ano de 2012 como
cabíveis ao atendimento, menos de 2.600 foram efetivamente inseridas na política habitacional.
Além do baixo nível de atendimento dos afetados por desastres, pode-se constatar um
longo distanciamento temporal entre as etapas de abrigamento provisório e de moradia
definitiva. Desastres ocorridos no país demonstraram que esse período pode vir a durar 03, 04
anos, ou mais.
O longo distanciamento temporal, ou mesmo o não atendimento das demandas pela
política habitacional demonstram que os instrumentos disponíveis – aluguel social e barracas,
são inadequados e/ou insuficientes para a perspectiva de habitação temporária que se apresenta.
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O aluguel social possui restrições de natureza legal, pois é limitado por norma a 06
meses de pagamento pela União. Esse período é efetivamente insuficiente para que a população
afetada alcance a etapa de moradia permanente, restando desassistida pelo caminho. A falta de
imóveis disponíveis para locação em diversos municípios do país, o valor insuficiente para o
custeio de valores de aluguel vigentes em determinadas localidades, e as situações de
indisponibilidade orçamentária para pagamento dos benefícios constituem problemas
adicionais associados ao instrumento do aluguel social no país.
Quanto às barracas, destaca-se que quando houve situações pós-desastre em que ocorreu
seu uso prolongado, diversas condições impróprias foram evidenciadas, com destaque para más
condições de saneamento, falta de higiene, insalubridade, e outros que afetam a dignidade
humana. A seguir, citam-se algumas situações ocorridas no país que ilustram o relatado:
1) Desastre de enxurradas ocorridas na divisa dos Estados de Alagoas e Pernambuco,
durante o mês de junho de 2010, ao longo dos rios Una, Sirinhaém, Piranji, Mundaú e Canhoto.
Mais de 30 municípios dos dois estados declararam situação de emergência.
Nesse desastre mais de 80 mil pessoas ficaram desabrigadas, tendo sido destruídas pelas
enxurradas milhares de unidades habitacionais. Grandes acampamentos foram montados e todo
tipo de carência foram vivenciados pela população. Após três anos, soluções de moradia
definitiva, ainda não haviam sido implementadas.
2) Inundações do Rio Madeira em 2014, quando mais de 3.700 famílias, entre
desabrigadas e desalojadas, foram atingidas pelas águas. Em seu Relatório de Fiscalização a
Controladoria Geral da União (CGU) apontou problemas tais como calor intenso, presença de
lixo, presença de animais domésticos, mau cheiro e uma característica de permanência em
instalações que deveriam ser de caráter provisório.
Proposta de solução para habitação temporária
Diante dessa realidade, técnicos da SEDEC identificaram a necessidade de se
desenvolver um recurso adicional para ser utilizado no período de moradia provisória, o qual
foi concebido a partir de um conjunto de premissas delimitadoras de suas capacidades.
Com isso foi desenvolvido um modelo conceitual de habitação provisória, que tem
característica de habitação-embrião e, ao menos conceitualmente, atende aos requisitos e
premissas identificados pelos técnicos como necessários ao atendimento das condições
existentes em momentos pós desastres e, de igual modo, necessários ao atendimento dos
aspectos de dignidade humana dos atingidos.
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Por essa razão o presente edital se propõe, a partir, do modelo conceitual, a desenvolver
as outras etapas de estudos e testes de viabilidade mercadológica e de desempenho técnico
satisfatório sob a ótica das normas técnicas vigentes no país.
Para possibilitar o alcance desse resultado geral, o projeto foi estruturado em 13 (treze)
etapas, que correspondem aos resultados intermediários (outputs) esperados para o projeto:
Produto 1 – Proposta detalhada de metodologia para o desenvolvimento da
pesquisa;
Produto 2 - Análise de mercado para as inovações técnicas proposta no modelo
conceitual para fundações, instalações elétricas e instalações hidráulicas;
Produto 3 - Análise de mercado para as inovações técnicas proposta no modelo
conceitual para vedações (paredes e esquadrias), e cobertura;
Produto 4 - Adequação do modelo construtivo à viabilidade de mercado e
precificação para fundações, instalações elétricas e instalações hidráulicas;
Produto 5 - Adequação do modelo construtivo à viabilidade de mercado e
precificação para vedações (paredes e esquadrias) e cobertura;
Produto 6 - Avaliação de desempenho técnico dos sistemas para fundações,
instalações elétricas e instalações hidráulicas;
Produto 7 - Avaliação de desempenho técnico dos sistemas para vedações (paredes
e esquadrias) e cobertura;
Produto 8 - Construção de protótipo completo e realização de testes;
Produto 9 - Estudo de compatibilização logística (estoque e transporte);
Produto 10 - Elaboração de documentação técnica e manuais executivos;
Produto 11 - Fornecimento de arquivos de projeto;
Produto 12 - Elaboração de caderno de especificações técnicas, orçamento e
modelo de Termo de Referência;
Produto 13 - Estudo com modelagens de implantação.
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O presente edital é realizado no âmbito do Resultado 1 – Capacitação e pesquisa na
área de gestão de riscos fortalecida no país. Este termo de referência está voltado ao
desenvolvimento de pesquisas voltadas ao detalhamento e teste de um modelo conceitual de
moradia provisória desenvolvido no âmbito da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
(SEDEC).
A ideia principal é de que seja desenvolvida uma moradia provisória que possa ser
montada de forma célere, atenda aos aspectos de dignidade humana preconizados, e sirva de
embrião para a etapa posterior de habitação definitiva, que poderá dispor de ferramentas
necessárias à conclusão dos requisitos habitacionais, otimizando-se assim o emprego dos
recursos públicos.
As premissas norteadoras do modelo conceitual são:
✓ Modular: A ser construída em processo de módulos encaixados;
✓ Rápida Montagem: montagem fácil e inteligente sem necessidade de profissionais
especializados;
✓ Sem necessidade de ferramentas na montagem: condizente com as restrições dos
momentos pós-desastre promovendo a participação da própria população no processo
de montagem;
✓ Desmontável: que permita remanejamento, caso necessária a mudança de local do
assentamento após a definição de área definitiva;
✓ Móvel: pode ser deslocada, se necessário;
✓ Fácil Transportabilidade: paletizável e ajustada às dimensões de transporte comercial
do país;
✓ Leve: materiais constituintes devem viabilizar o transporte e o processo de
montagem/desmontagem;
✓ Caráter permanente: dentro da perspectiva de casa-embrião, servirá para o recomeço
da família;
✓ Resistente: desempenho técnico adequado, em observância às normas técnicas para
resistência mecânica, propagação de fogo, conforto acústico, térmico, etc.;
✓ Durável: resistir à perspectiva de uso permanente;
✓ Expansível: conceito de embrião para complementação na etapa posterior, de moradia
definitiva, ou pela própria família;
✓ Sustentável: deve priorizar o uso de materiais que não provoquem danos ao meio
ambiente, e/ou possuam baixa pegada ecológica.
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2. OBJETO
2.1. A presente convocação tem por objeto a seleção de pessoas jurídicas,
públicas e/ou privadas sem fins lucrativos, que, atendendo aos requisitos e termos
constantes nesta convocação, tenham interesse e habilidade técnico-científica para a
realização de pesquisas relacionadas ao desenvolvimento e teste de metodologia para
implantação de moradia provisória para situações pós desastre, a partir de modelo
conceitual desenvolvido no âmbito da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
(SEDEC/MDR). As atividades incluem realização de pesquisas e estudos,
desenvolvimento de protótipos, realização de testes de desempenho e desenvolvimento
de material técnico referencial, detalhados em Plano de Trabalho constante deste Edital.
2.2. A instituição selecionada terá o prazo de nove meses (09) para
desenvolver a pesquisa, sendo possível a prorrogação do prazo, sem aditivo de valores,
desde que devidamente justificado em razões concretas.
2.3. A instituição selecionada ficará responsável pelo desenvolvimento da
pesquisa e pela elaboração de relatórios (produtos) definidos a seguir:
3. Produtos e subprodutos
3.1. Produto 1 – Proposta detalhada de metodologia para o desenvolvimento da
pesquisa.
3.2. Produto 2 - Análise de mercado para as inovações técnicas proposta no modelo
conceitual, contendo os seguintes subprodutos:
3.2.1. Fundação
3.2.1.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório técnico
contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando
resultados e proposições de ajustes, quando necessário;
3.2.1.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório técnico
contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos
preliminar;
3.2.1.3. 2.3.2.1.3 - Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório
técnico contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados
obtidos, incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes
identificados, e respectivos investimentos necessários.
3.2.2. Instalações Elétricas
3.2.2.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório
técnico contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando
resultados e proposições de ajustes, quando necessário;
3.2.2.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório
técnico contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos
preliminar;
3.2.2.3. Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório técnico
contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados obtidos,
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incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes identificados, e
respectivos investimentos necessários.
3.2.3. Instalações Hidráulicas
3.2.3.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório técnico
contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando
resultados e proposições de ajustes, quando necessário;
3.2.3.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório técnico
contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos
preliminar;
3.2.3.3. Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório técnico
contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados obtidos,
incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes identificados, e
respectivos investimentos necessários.
3.3. Produto 3 - Análise de mercado para as inovações técnicas proposta no modelo
conceitual, contendo os seguintes subprodutos:
3.3.1. Vedações (Paredes, esquadrias e sistema estrutural)
3.3.1.1.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório técnico
contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando
resultados e proposições de ajustes, quando necessário;
3.3.1.1.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório técnico
contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos
preliminar;
3.3.1.1.3. Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório técnico
contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados obtidos,
incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes identificados, e
respectivos investimentos necessários.
3.3.2. –Cobertura
3.3.2.1. Estudo de viabilidade construtiva: Desenvolvimento de relatório técnico
contendo estudo de viabilidade sob a ótica de mercado, apresentando
resultados e proposições de ajustes, quando necessário;
3.3.2.2. Estimativa preliminar de custos: Desenvolvimento de Relatório técnico
contendo estudo de custos, memórias de cálculo e tabela de custos
preliminar;
3.3.2.3. Estudo de viabilidade econômico-financeira: Relatório técnico
contendo estudo econômico-financeiro, apresentando resultados obtidos,
incluindo avaliação de capacidade produtiva dos fabricantes identificados, e
respectivos investimentos necessários.
3.4. Produto 4 – Adequação do modelo construtivo à viabilidade de mercado e
precificação
3.4.1. Fundações:
3.4.1.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de
mercado;
3.4.1.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.
3.4.2. Instalações Elétricas:
3.4.2.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de
mercado;
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3.4.2.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.
3.4.3. Instalações Hidráulicas:
3.4.3.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de
mercado;
3.4.3.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.
3.5. Produto 5 – Adequação do modelo construtivo à viabilidade de mercado e
precificação
3.5.1. Vedações (Paredes, esquadrias e sistema estrutural):
3.5.1.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de
mercado;
3.5.1.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.
3.5.2. Cobertura:
3.5.2.1. Atualização do projeto conceitual para incorporação dos requisitos de
mercado;
3.5.2.2. Atualização da precificação do sistema construtivo.
3.6. Produto 6 - Avaliação de desempenho técnico dos sistemas
3.6.1. Fundações
3.6.1.1. Desenvolvimento de protótipo;
3.6.1.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;
3.6.1.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;
3.6.1.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências
normativas.
3.6.2. Instalações Elétricas
3.6.2.1. Desenvolvimento de protótipo;
3.6.2.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;
3.6.2.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;
3.6.2.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências
normativas.
3.6.3. Instalações Hidráulicas
3.6.3.1. Desenvolvimento de protótipo;
3.6.3.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;
3.6.3.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;
3.6.3.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências
normativas.
3.7. Produto 7 - Avaliação de desempenho técnico dos sistemas
3.7.1. Vedações (Paredes, esquadrias e sistema estrutural)
3.7.1.1. Desenvolvimento de protótipo;
3.7.1.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;
3.7.1.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;
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3.7.1.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências
normativas.
3.7.2. Cobertura
3.7.2.1. Desenvolvimento de protótipo;
3.7.2.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;
3.7.2.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;
3.7.2.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências
normativas.
3.8. Produto 8 – Construção de protótipo completo e realização de testes
3.8.1. Desenvolvimento de protótipo completo;
3.8.2. Levantamento das normas de desempenho aplicáveis;
3.8.3. Realização de ensaios nos termos das normas de desempenho vigentes;
3.8.4. Proposição de ajustes construtivos para adequação às exigências
normativas.
3.9. Produto 9 - Estudo de compatibilização logística (estoque e transporte):
3.9.1. Relatório contendo estudo de dimensões comerciais existentes no país, incluindo
os diversos modais de transporte disponíveis, para compatibilização do modelo de
paletização dos elementos construtivos visando à otimização do estoque e
transporte das peças;
3.9.2. Projeto de Paletização para transporte dos módulos construtivos,
compatibilizado com as dimensões comerciais dos modais brasileiros.
3.10. Produto 10 – Elaboração de manuais executivos
3.10.1. Manual construtivo: Elaboração e fornecimento de manual técnico para
detalhamento do sistema construtivo da casa;
3.10.2. Manual de preparação de área: Elaboração e fornecimento de manual
contemplando os requisitos técnicos e procedimentos para a preparação das áreas,
incluindo movimento de terra e sistemas de infraestrutura básica.
3.11. Produto 11 – Fornecimento de arquivos de projeto
3.11.1. Fornecimento de mídia digital contendo todos os arquivos em formato CAD de
projetos incluindo peças e do modelo construtivo, vistas, plantas, cortes,
perspectivas e quaisquer outros elementos de visualização e detalhamento
desenvolvidos;
3.11.2. Criação e fornecimento de biblioteca tridimensional dos elementos construtivos
em formato BIM – Building Information Modeling. Todos os elementos do projeto
deverão possuir metadados de características técnica em conformidade com o
formato IFC – Industry Foundation Classes.
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3.11.3. Fornecimento de mídia digital contendo todos os arquivos em formato CAD de
projetos de expansão futura da residência (conforme resultado do item 13.4),
incluindo peças e do modelo construtivo, vistas, plantas, cortes, perspectivas e
quaisquer outros elementos de visualização e detalhamento desenvolvidos;
3.12. Produto 12 – Elaboração de caderno de especificações técnicas, orçamento e
modelo de Termo de Referência
3.12.1. Caderno de Especificações técnicas do sistema construtivo;
3.12.2. Planilha orçamentária completa e detalhada do sistema construtivo;
3.12.3. Análise de contratação e proposição de Modelo de Termo de referência modelo;
3.12.4. Avaliação das formas de contratação possíveis com indicação das melhores
políticas licitatórias a serem empregadas;
3.12.5. Modelo de Termo de Referência a ser utilizado para contratação, em
consonância com os resultados do item 3.12.4.
3.13. Produto 13 – Estudo com modelagens de implantação;
3.13.1. Estudo voltado a diferentes modelagens de implantação de conjuntos do
protótipo, abordagem de aspectos urbanísticos e de convivência comunitária;
3.13.2. Relatório contendo estudo de modelos de implantação de conjuntos
habitacionais e abordagem de aspectos urbanísticos e de convivência comunitária;
3.13.3. Elaboração de guia consolidado de implantação do novo modelo de habitação
em situações de reconstrução pós-desastres (guia para disseminação do projeto, já
diagramado e impresso).
3.13.4. Elaboração de manual e projetos para futura ampliação da residência;
3.13.5. Realização de registro completo da solução técnica desenvolvida junto ao
Instituto Nacional de Propriedade Industrial – INPI.
4. Outras disposições
4.1. A pesquisa deverá contemplar as especificidades indicadas nos termos do Anexo I
desta convocação.
4.2. A impossibilidade de atingimento das metas de mapeamento das principais práticas
exitosas em razão da omissão das empresas, não implicará no descumprimento do
edital, desde que comprovado o envio de questionário para as empresas selecionadas.
4.3. As propostas/estudos devem ser feitas com uma abordagem multidisciplinar,
ressaltando aspectos que favoreçam a convivência e reintegração dos habitantes das
unidades habitacionais (aspectos humanos mencionados durante a reunião).
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4.4. Todos os produtos técnicos, projetos, estudos, etc. utilizados e desenvolvidos no
âmbito deste Projeto são de exclusiva propriedade da SEDEC/MDR, não podendo
ser explorados comercialmente ou utilizados sem autorização prévia.
4.5. O pagamento será feito mediante entrega e aprovação dos produtos listados no item
anterior, acompanhado do respectivo relatório de execução orçamentária. No caso da
impossibilidade de entrega de um dos subprodutos previstos, poderá ser realizado o
pagamento parcial correspondente
5. ELEGIBILIDADE
5.1. Serão consideradas elegíveis instituições de ensino superior, públicas ou privadas,
centros de pesquisa, fundações e institutos que comprovadamente atuam ou realizam
pesquisas correlatas ao objeto do edital.
5.2. Para fins de comprovação das atividades de pesquisa, as instituições deverão
encaminhar no ato da sua inscrição na seleção pública, cadastros de grupos e projetos
no Diretório dos Grupos de Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) ou Programas de Pós-Graduação reconhecidos pela
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), com área de
concentração ou linha de pesquisa ligadas às áreas temáticas indicadas, bem como
outros documentos que comprovem as atividades na área temática.
6. HABILITAÇÃO
6.1. As instituições interessadas em participar do processo seletivo deverão apresentar:
6.1.1. Projeto de pesquisa que contemple proposta com definição de objeto, método,
objetivos do trabalho e cronograma.
6.1.2. Relação nominal da equipe de pesquisa, que deverá ser coordenada por
profissional com título acadêmico nas áreas de arquitetura e urbanismo ou
engenharia, com experiência em projetos de habitação de interesse social, e
experiência em gerenciamento de projetos, e composta por técnicos/as
nominalmente indicados no momento da propositura. Para fins de apresentação da
equipe de pesquisa, deverão ser apresentados os currículos lattes de todos os
membros e suas respectivas qualificações pessoais, incluindo o endereço
eletrônico (e-mail) e telefones do/a coordenador/a para contato.
6.1.3. A equipe técnica deverá ser constituída considerando a necessidade de
mobilização de saberes de diferentes áreas do conhecimento, tais como a
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arquitetura e urbanismo, as engenharias civil, elétrica, mecânica, de materiais e de
produção, a sociologia, a psicologia, a assistência social e a antropologia. A equipe
técnica a ser composta para o projeto deverá conter, minimamente:
6.1.3.1. 01 Arquiteto e urbanista Sênior;
6.1.3.2. 01 Sociólogo ou Antropólogo Sênior;
6.1.3.3. 01 Psicólogo ou Assistente Social Pleno;
6.1.3.4. 01 Engenheiro Civil Pleno;
6.1.3.5. 01 Engenheiro de Produção Pleno;
6.1.3.6. 01 Engenheiro de Materiais Sênior.
6.1.4. Instituição proponente, com ênfase em sua experiência anterior na área
temática, indicar, se for o caso, os respectivos grupos de pesquisa cadastrados no
Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq ou Programas de Pós-Graduação
reconhecidos pela CAPES;
6.1.5. A Instituição proponente deve comprovar seu histórico e experiência na área
temática, inclusive no que diz respeito às pesquisas já realizadas;
6.1.6. Com relação à apresentação da equipe de pesquisa e da instituição proponente,
serão consideradas somente as informações encaminhadas como parte integrante
das propostas de pesquisa. Deverão ser incluídas nas propostas de pesquisa todas
as informações pertinentes ao julgamento desses critérios, mesmo que constantes
em currículos lattes, sites institucionais, diretórios e grupos de pesquisa
publicamente disponíveis (por exemplo, Diretório dos Grupos de Pesquisa do
CNPq ou Programas de Pós-Graduação reconhecidos pela CAPES, com área de
concentração ou linha de pesquisa ligadas às áreas temáticas indicadas).
6.1.7. Cronograma de realização do projeto de pesquisa, observando os marcos
iniciais e final estabelecidos nesta Convocação para execução do projeto, bem
como, o prazo para entrega dos produtos e desembolso que estão detalhados no
item 6.3 deste edital.
6.1.8. Orçamento detalhado com descrição dos custos de implementação do projeto
e prazos para utilização dos recursos oriundos do apoio financeiro do Projeto
BRA/12/017 - Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no
Brasil (cronograma de apresentação de produtos e pagamentos);
15
6.1.9. O orçamento deve englobar o planejamento das ações que serão executadas com
os recursos que estarão disponíveis em cada etapa da pesquisa, conforme os prazos
de entrega dos produtos. Despesas administrativas só serão aceitas quando
inequivocamente vinculadas ao objeto da pesquisa, sendo imprescindíveis à sua
realização. Caso despesas administrativas estejam previstas, estas devem: a) estar
discriminadas na proposta da instituição; b) serem necessárias e proporcionais ao
cumprimento do objeto; c) deve ser apresentada a memória de cálculo do rateio da
despesa, vedada a duplicidade ou a sobreposição de fontes de recursos no custeio
de uma mesma parcela de despesa; e d) sejam contabilizadas de forma
individualizada e mantidas em arquivo devidamente documentadas, de forma a
permitir eventuais verificações dos órgãos de controle.
6.1.10. O orçamento deve definir, previamente, a partilha dos recursos a serem
utilizados para remuneração direta do/a coordenador/a doutor/a e dos membros da
equipe de pesquisa.
6.1.11. Proposta expressa de contrapartida institucional à parceria, que pode
englobar desde a destinação de instalações físicas específicas até o aporte de
recursos humanos ou financeiros ao projeto. É necessário informar, por exemplo,
as áreas dos profissionais e quantos, a instalação física disponibilizada (sala,
prédio, com qual estrutura física) ou o montante aportado no projeto.
6.1.12. Comprovação de regularidade fiscal e trabalhista, nos termos da Lei
nº8.666, de 21 de junho de 1993, por meio dos seguintes documentos:
6.1.12.1. Prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro
Geral de Contribuintes (CGC);
6.1.12.2. Prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal,
se houver, relativo ao domicílio ou sede do proponente, pertinente ao seu
ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;
6.1.12.3. Prova de regularidade para com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal
do domicílio ou sede do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;
6.1.12.4. Prova de regularidade relativa à Seguridade Social, demonstrando
situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei;
16
6.1.12.5. Prova de regularidade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de
Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no
cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei
nº 8.883, de 1994);
6.1.12.6. Prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do
Trabalho, mediante a apresentação de certidão negativa, nos termos do Título
VII - A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no
5.452, de 1o de maio de 1943;
6.1.12.7. Cópia do Estatuto Social.
6.2. Os projetos poderão ser apresentados em conjunto com outras instituições.
6.2.1. Mesmo que outras instituições subscrevam o projeto de pesquisa selecionado, a
instituição proponente será exclusivamente responsável por sua execução, não
podendo transmitir tal responsabilidade a terceiros, nos termos da Carta de Acordo
a ser formalizada;
6.2.2. Caso o projeto seja apresentado em conjunto com outras instituições, deve-se
comprovar parceria entre as instituições e definir, previamente, a divisão de
trabalho.
6.3. As propostas de pesquisa deverão ser assinadas pelo/a representante legal da
instituição proponente e pelo/a coordenador/a da pesquisa.
6.4. Não será aceita a substituição da instituição proponente por outra. Essa vedação aplica-
se inclusive a universidades e suas fundações de apoio ou mantenedoras. Caso a
fundação de apoio seja a executora da pesquisa, ela deverá ser também a proponente.
7. CRITÉRIOS DE JULGAMENTO
7.1. Os projetos de pesquisa apresentados pelas instituições deverão cumprir integralmente
os requisitos previstos na presente Convocação;
7.2. A seleção das propostas submetidas em razão da presente Convocação será realizada
por intermédio de análises e avaliações comparativas por Comitê nomeado para esse
fim, especialmente considerando o mérito técnico-científico do projeto e proponente,
observando-se os seguintes critérios e pontuações:
7.3.
17
Item Critério de
Avaliação Objetivo Subcritério 1 Subcritério 2 Subcritério 3
Pontuaçã
o
A Adequação
temática
Avaliar efetiva
compreensão do
tema apresentado e
se a proposta
contempla as
diretrizes expostas
A proposta
demonstrou
efetiva
compreensão do
tema? (máx 10
pontos)
A proposta atende
adequadamente ao
requerido nos objetivos
geral e específicos
definidos nas diretrizes
de pesquisa? (máx 10
pontos)
*** 20
B
Experiência
em pesquisa
empírica
Avaliar a
experiência da
equipe em pesquisa
empírica,
especialmente na
área temática
A equipe de
pesquisa possui
produção relevante
em pesquisa
empírica na área
temática? (máx 15
pontos)
A experiência prévia
da equipe de pesquisa
indica domínio de
conhecimentos e
habilidades necessários
para o
desenvolvimento do
projeto? (máx 15
pontos)
*** 30
C Composição
da equipe
Adequação da
composição da
equipe de pesquisa
às diretrizes de
pesquisa (Anexo I),
à metodologia
proposta e à
necessidade de
mobilização de
saberes de
diferentes áreas do
conhecimento,
como o direito e
administração, entre
outras
A composição da
equipe de pesquisa
é adequada às
diretrizes e à
metodologia
propostas para a
pesquisa? (máx 10
pontos)
A composição da
equipe de pesquisa
garante a necessária
mobilização de saberes
de diferentes áreas do
conhecimento? (máx
10 pontos)
*** 20
D Metodologia
científica
Avaliar adequação
da estratégia de
pesquisa frente aos
resultados
pretendidos e a
viabilidade do
projeto frente ao
cronograma e
orçamento
Os métodos e
técnicas propostos
são consistentes e
estão adequados às
diretrizes de
pesquisa e aos
resultados
pretendidos?
(máx. 10 pontos)
As etapas estão bem
delimitadas e o
cronograma está
suficientemente
detalhado, permitindo
a compreensão das
atividades a serem
desenvolvidas até o
alcance dos resultados,
revelando a viabilidade
do projeto? (máx. 10
pontos)
O orçamento
está
suficientement
e detalhado,
indica uma
distribuição
razoável dos
recursos e está
adequado às
necessidades
da pesquisa e
aos resultados
previstos no
projeto?
(máx. 10
pontos)
30
18
7.4. Para fins de apreciação e julgamento dos critérios, as instituições proponentes deverão
incluir nas propostas de pesquisa todas as informações pertinentes, mesmo que
constantes em currículos lattes, sites institucionais, diretórios e grupos de pesquisa
publicamente disponíveis.
7.5. O Comitê de Avaliação poderá aprovar propostas de forma condicionada. Neste caso,
a assinatura da Carta Acordo dependerá do atendimento de todas as exigências feitas
pelo Comitê.
7.6. Caso o Comitê de Avaliação atribua o mesmo número de pontos a duas ou mais
propostas, será utilizado como critério de desempate a constatação de projetos de
pesquisas aplicadas e interdisciplinares, voltadas a propostas pertinentes com temática
da presente pesquisa. Não sendo possível o atendimento deste critério de desempate,
dar-se-á preferência para instituições que demonstrarem o maior tempo de experiência
em estudos e projetos aplicados para o desenvolvimento de sistemas inovadores para
habitações de interesse social.
Serão considerados:
a) 07 pontos para cada projeto de sistema construtivo (de arquitetura ou de engenharia)
realizado no tema por integrante da equipe da instituição;
b) 07 pontos para cada projeto de cunho social e humanitário realizado no tema por
integrante da equipe da instituição;
c) 02 pontos para cada ano de trabalho no tema comprovado por integrante da equipe
da instituição;
A comprovação dos itens “a” e “b” deverá se dar por apresentação documental que
demonstre o início, o desenvolvimento e a conclusão oficial do projeto realizado;
A comprovação do item “c” deverá se dar pela apresentação de documentação
comprobatória de vínculo trabalhista de qualquer natureza, permanente ou temporário,
de pessoa física ou jurídica, público ou privado, do(s) integrante(s) da equipe da
instituição.
8. APOIO FINANCEIRO AOS PROJETOS E CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO
8.1. Os recursos que serão aplicados na implementação da Carta de Acordo a ser firmada
com as instituições selecionadas são oriundos do Projeto BRA/12/017 -
Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil.
8.2. O apoio financeiro destinado à instituição será de até R$ 1.891.156,20.
8.3. Os valores serão repassados em conformidade com o cronograma de desembolso a ser
estabelecido na Carta de Acordo:
19
PARCELA DESEMBOLSO PRAZO PRAZO
ACUMULADO
ATIVIDADE
RELACIONADA
1ª 01% (um por
centro)
10 dias após
assinatura da
Carta Acordo
10 dias 1º Produto
2ª 03% (três por
cento)
20 dias após a
entrega do
primeiro
produto
30 dias 2º Produto
3ª 02% (dois por
cento)
20 dias após a
entrega do
segundo
produto
50 dias 3º Produto
4ª 02% (dois por
cento)
20 dias após a
entrega do
terceiro
produto
70 dias 4º Produto
5ª 01% (um por
centro)
20 dias após a
entrega do
quarto produto
90 dias 5º Produto
6ª 19% (dezenove
por cento)
30 dias após a
entrega do
quinto produto
120 dias 6º Produto
7ª 13% (treze por
cento)
30 dias após a
entrega do
sexto produto
150 dias 7º Produto
8ª 54% (cinquenta e
quatro por cento)
40 dias após a
entrega do
190 dias 8º Produto
20
sétimo
produto
9ª 01% (um por
centro)
20 dias após a
entrega do
oitavo produto
210 dias 9º Produto
10ª 01% (um por
centro)
20 dias após a
entrega do
nono produto
230 dias 10º Produto
11ª 01% (um por
centro)
20 dias após a
entrega do
décimo
produto
240 dias 11º Produto
12ª 01% (um por
centro)
20 dias após a
entrega do
décimo
primeiro
produto
250 dias 12º Produto
13ª 02% (dois por
cento)
20 dias após a
entrega do
décimo
segundo
produto
270 dias 13º Produto
8.4. As instituições deverão apresentar os produtos à equipe da SEDEC/MDR em meio
eletrônico e/ou presencialmente, em Brasília, conforme definição da supervisão. Caso
necessário, o deslocamento de seu(s) representante(s) a Brasília para apresentação dos
produtos é de responsabilidade da instituição parceira.
8.5. Ao longo do período do projeto a instituição é responsável ainda pela organização de
03 eventos de debate e/ou apresentação da pesquisa, com foco na promoção do diálogo
entre atores interessados e na divulgação dos produtos. Os eventos serão organizados
em parceria com a SEDEC/MDR.
21
8.6. Custos relacionados à realização das atividades previstas nos itens 8.4 e 8.5 podem ser
incluídos na proposta de orçamento apresentada pela instituição. Deve-se, entretanto,
observar o limite de apoio financeiro estabelecido no item 8.2.
8.7. Os valores previstos no item 8.3 são referentes aos produtos que devem ser entregues
pela instituição selecionada, nos termos regulamentados por esta Convocação.
8.7.1. A não-apresentação ou a irregularidade de quaisquer dos documentos
comprobatórios da regularização jurídico-fiscal das instituições selecionadas
impede a assinatura da Carta de Acordo, facultando-se ao Comitê de Avaliação a
convocação da instituição cuja proposta tenha sido classificada em segundo lugar.
9. APLICAÇÃO DOS RECURSOS REPASSADOS E RELATÓRIO FINANCEIRO
9.1. Os recursos poderão ser utilizados para a remuneração direta do/a coordenador/a-
doutor/a e dos membros da equipe de pesquisa, em partilha definida previamente pela
própria instituição, bem como para os demais custos correlatos à realização do projeto,
incluindo-se, entre outros, aquisição de material permanente e organização de eventos.
9.2. Sendo algum membro da equipe de pesquisa servidor/a público/a, o recebimento de
bolsa ficará condicionado à verificação junto ao seu órgão dessa possibilidade. Esse
procedimento é de responsabilidade do/a coordenador/a.
9.3. A instituição selecionada deverá submeter relatório financeiro dos gastos realizados
juntamente com o envio de cada produto previsto, assim como relatório financeiro
consolidado ao final da execução do projeto de pesquisa. Esta assume responsabilidade
pela destinação dos recursos repassados, devendo observar eventuais impedimentos e
vedações legais. O registro, arquivo de documentação comprobatória e controle
contábil das despesas, deverá ser mantido na instituição responsável pela execução da
pesquisa pelo prazo mínimo de cinco (05) anos, de forma a permitir eventuais
verificações dos órgãos de controle.
10. ENTREGA DAS PROPOSTAS
10.1. As propostas de pesquisas deverão ser apresentadas à Secretaria Nacional de
Proteção e Defesa Civil até às 23:59 (vinte e três horas e cinquenta e nove minutos),
horário de Brasília, do dia XX de XXXX de 2019.
10.1.1. As propostas poderão ser enviadas para o correio
eletrônico:[email protected]
22
10.1.2. O e-mail deverá estar identificado com a inscrição “Convocação 02/2019 -
Projeto BRA/12/017 - Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de
Desastres no Brasil - Seleção de Projetos para o Desenvolvimento de projeto
de moradia provisória destinada à população desabrigada por desastre no
Brasil”, a indicação do projeto e nome da instituição proponente.
10.2. Somente serão analisadas as propostas de pesquisa encaminhadas até o prazo
previsto no Item 10.1.
10.2.1. Recomenda-se o envio das propostas com antecedência, uma vez que o PNUD
e a SEDEC não se responsabilizarão por propostas não recebidas no prazo
estipulado em decorrência de eventuais problemas técnicos.
11. DO JULGAMENTO
11.1. A análise das propostas e da documentação será efetuada por um Comitê de
Avaliação constituído por representantes do PNUD e do SEDEC/MDR.
11.2. Também poderão ser convidados a integrar o Comitê professores/as e
pesquisadores/as especializados/as na temática, desde que não tenham vinculação com
nenhuma das instituições proponentes.
11.3. O julgamento realizar-se-á mediante análise comparativa, em conformidade
com os critérios definidos nesta convocação.
11.4. Caso o proponente queira interpor recurso ao resultado do julgamento das
propostas, poderá apresentar recurso, por meio do endereço eletrônico
[email protected], no prazo de 5 (cinco) dias corridos, a contar da data da
publicação do resultado no site do PNUD.
11.5. O recurso deverá ser dirigido a Comitê de Avaliação que, após o exame, poderá
julgar pelo deferimento ou pelo indeferimento.
11.6. Na contagem do prazo excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do
vencimento, e considerar-se-ão os dias consecutivos. O prazo só se inicia e vence em
dias de expediente da SEDEC.
12. ANEXOS QUE INTEGRAM A CONVOCAÇÃO
23
São anexos que integram a presente convocação:
12.1. O anexo I, contendo as Diretrizes da pesquisa.
12.2. O anexo II, contendo Roteiro para elaboração do projeto de pesquisa.
13. DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
13.1. O resultado do processo seletivo será divulgado na página eletrônica do PNUD
disponível no endereço http://www.pnud.org.br/.
13.2. Todos/as os/as candidatos/as da presente Convocação tomarão conhecimento da
aprovação ou reprovação das suas propostas por intermédio de correspondência
eletrônica.
13.3. A divulgação dos resultados não implicará direito ao apoio financeiro e técnico
por parte da SEDEC/MDR e/ou do PNUD.
14. DISPOSIÇÕES GERAIS
14.1. A presente convocação poderá ser revogada ou anulada, no todo ou em parte, a
qualquer momento, por iniciativa do PNUD ou da SEDEC/MDR, sem que isto
implique direito de indenização ou reclamação de qualquer natureza.
14.2. A seleção é conduzida no âmbito do Documento de Projeto BRA/12/017 –
Fortalecimento da Cultura de Gestão de Riscos de Desastres no Brasil, firmado com
base no Acordo Básico de Assistência Técnica firmado entre a República Federativa
do Brasil e a Organização das Nações Unidas, suas Agências Especializadas e outras,
assinado em 29 de dezembro de 1964, aprovado pelo Decreto Legislativo nº 11, de 25
de abril de 1966, e promulgado pelo Decreto nº 59.308, de 23 de setembro de 1966.
14.3. As instituições participantes da seleção reconhecem que o PNUD goza dos
privilégios e imunidades a ele dispensados por força da Convenção sobre Privilégios e
Imunidades das Nações Unidas de 1946, ratificada pelo Governo brasileiro, e nada do
que está contido no presente instrumento deverá ser interpretado como renúncia, tácita
ou expressa, pelo PNUD a tais privilégios e imunidades.
15. ESCLARECIMENTOS ADICIONAIS
15.1. Quaisquer esclarecimentos ou informações adicionais deverão ser solicitados
por escrito pelo endereço eletrônico [email protected] identificadas, no campo
24
“assunto”, pela inscrição “BRA/12/017 - Fortalecimento da Cultura de Gestão de
Riscos de Desastres no Brasil -Convocação 02/2019 - Seleção de Projetos para o
Desenvolvimento de projeto de moradia provisória destinada à população
desabrigada por desastre no Brasil”.
25
ANEXO I
DIRETRIZES DE PESQUISA
PROJETO "DESENVOLVIMENTO DE MORADIA PROVISÓRIA PARA
SITUAÇÕES PÓS DESASTRE A PARTIR DE MODELO CONCEITUAL
DESENVOLVIDO POR TÉCNICOS DA SECRETARIA NACIONAL DE
PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL (SEDEC)”
Justificativas
A destruição de unidades habitacionais é resultado bastante comum dos
desastres ocorridos no Brasil. A ocupação desordenada de áreas impróprias, associada
ao baixo padrão construtivo das residências típicas da população de baixa renda do país
criam um cenário de elevada vulnerabilidade aos eventos adversos. Essa condição faz
com que, em muitos casos, residências sejam danificadas ou destruídas mesmo quando
da ocorrência de eventos adversos de menor magnitude.
A reação institucional aos danos em unidades habitacionais possui tipicamente
três etapas bem definidas. A primeira se dá no âmbito das ações de Assistência
Humanitária, por meio de iniciativas de abrigamento provisório e fornecimento de itens
de assistência básica aos desabrigados. Deve ser uma etapa breve, dadas as condições
limitadas que um abrigo oferece.
A segunda etapa é a moradia provisória, que tem como premissa oferecer
melhores condições de dignidade humana aos desabrigados enquanto a moradia
definitiva, última etapa, não é viabilizada.
Em geral a moradia definitiva é viabilizada por programas governamentais de
habitação. O Brasil possui políticas públicas dessa natureza que focam no défcit
habitacional existente, e possui tramites processuais que se desenrolam em uma
dinâmica de “normalidade”.
As demandas habitacionais produzidas por desastres possuem um caráter
emergencial, que não obedece a listas prévias de espera nem se adequa aos trâmites
burocráticos regulares da política habitacional.
26
Com isso, na prática o que se observa no país é um descompasso entre ambas as
instâncias, resultando em baixo nível de atendimento das demandas oriundas de
desastres pelos programas definitivos, e grande lapso temporal entre a fase de
abrigamento e a moradia definitiva.
Esse espaço de tempo corresponde à fase de moradia provisória, a qual, como já
dito, deveria garantir as condições de dignidade humana da população afetada. Todavia,
os instrumentos disponíveis no Brasil para essa etapa são o Aluguel Social e estoques
de barracas de lona adquiridas pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.
O Aluguel Social tem uma proposta interessante de disponibilizar recursos
financeiros aos afetados para auxílio ao custeio de despesas de aluguel durante o período
de moradia provisória. O que ocorre, porém, é que esse benefício é limitado por norma
a 06 meses. No Brasil, os processos de viabilização de moradia definitiva chegam a
durar 03 a 04 anos. Com isso, a população fica desassistida em momento muito distante
do término da etapa provisória.
Há ainda outros problemas recorrentes no uso do aluguel socias, tais como
insuficiência de valor para o custeio de aluguéis de determinadas regiões, a insuficiência
de imóveis disponíveis na localidade para absorver a demanda de afetados, e eventual
indisponibilidade orçamentária para esse fim.
Já as barracas de lona, em que pese serem bons instrumentos para curtos períodos
de abrigamento, sofrem com condições adversas com o passar do tempo. Há problemas
com intempéries, falta de espaço sanitário privado, falta de divisão interna, baixa
circulação de ar, entre outras.
Devido a esse contexto, técnicos da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa
Civil identificaram a necessidade e a oportunidade de propor um modelo conceitual de
moradia provisória, desenvolvido com base em premissas desenvolvidas pela
observação dos problemas ocorridos em casos concretos de demandas habitacionais
geradas por desastres ocorridos no Brasil.
As premissas norteadoras do modelo conceitual são:
✓ Modular: A ser construída em processo de módulos encaixados. Motivo: há
necessidade de processo construtivo simplificado, eliminando a necessidade de
profissionais especializados, normalmente indisponíveis em situações pós-desastre.
27
✓ Rápida Montagem: montagem fácil e inteligente. Motivo: A necessidade de habitação
provisória necessita de uma resposta rápida para atendimento da população afetada.
✓ Sem necessidade de ferramentas na montagem Motivo: é condizente com as
restrições dos momentos pós-desastre e promove a participação da própria população
no processo de recuperação.
✓ Desmontável: que permita remanejamento. Motivo: é comum em situações pós-
desastre não se dispor de local definitivo para a instalação das moradias. Com isso, pode
ser necessária a mudança de local do assentamento após a confirmação de área
definitiva.
✓ Móvel: pode ser deslocada. Motivo: As áreas onde se instalam as habitações
temporárias podem ter que passar por ajustes em seu ordenamento, havendo
possibilidade de movimentação das casas.
✓ Fácil Transportabilidade: paletizável e ajustada às dimensões de transporte comercial
do país. Motivo: Para viabilizar a alocação célere de unidades habitacionais nas diversas
regiões do país onde houver ocorrência de desastres e necessidade de implementação de
moradia provisória.
✓ Leve: materiais constituintes devem viabilizar o transporte e o processo de
montagem/desmontagem. Motivo: Considerando a necessidade de transporte comercial
das partes construtivas, e o próprio processo de montagem, os elementos constituintes
devem ser prioritariamente leves.
✓ Caráter permanente: dentro da perspectiva de casa-embrião, servirá para o recomeço
da família. Motivo: Considerando o longo tempo aé o alcance da etapa de moradia
finitiva entende-se que a casa deve ter características de construção permanente,
podendo ir a funcionar como casa-embrião a partir da qual a família pode empreender
seu recomeço, podendo ir a promover sua expansão futura.
✓ Resistente: desempenho técnico adequado, em observância às normas técnicas para
resistência mecânica, propagação de fogo, conforto acústico, térmico, etc. Dentro das
características de permanência da família, os sistemas construivos devem possuir
desempenho técnico adequado em consonância com as normas brasileiras.
28
✓ Durável: resistir à perspectiva de uso permanente. Motivo: Os sistemas construtivos
que compõem residência devem possuir durabilidade adequada pra permitir o seu uso
prolongado.
✓ Expansível: perspectiva de embrião para complementação na etapa posterior, de
moradia definitiva, ou pela própria família. Motivo: perspectiva de recomeço para a
família, que pode vir a ser viabilizado por programa de fomento complementar na fase
de moradia definitiva.
✓ Sustentável: deve priorizar o uso de materiais que não provoquem danos ao meio
ambiente, e/ou possuam baixa pegada ecológica.
Atividades a serem desenvolvidas pelo(a) coordenador(a) do projeto de pesquisa:
• Participar de reunião de adequação do projeto de pesquisa apresentado para seleção, em
Brasília na Sede da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, em data a ser
definida;
• Coordenar o trabalho da equipe de pesquisa no mapeamento, levantamento e análise dos
dados;
• Participar de reuniões de trabalho em Brasília, sempre que necessário;
• Coordenar a produção dos produtos, zelando pelo alinhamento com as diretrizes de
pesquisa indicadas acima;
• Organizar, em parceria com a SEDEC, evento de divulgação e discussão da pesquisa,
apresentando os resultados preliminares e os produtos produzidos;
• Apresentar o relatório de prestações de contas e o relatório final de atividades,
responsabilizando-se pelas informações.
Ao longo da pesquisa deverão ser entregues à SEDEC 13 (treze) produtos, conforme
especificações e prazos definidos no quadro abaixo:
PRODUTO DESCRIÇÃO PRAZO
1ª Produto 1 – Proposta detalhada de metodologia
para o desenvolvimento da pesquisa;
10 dias após assinatura da
Carta Acordo
29
2ª Produto 2 - Análise de mercado para as inovações
técnicas proposta no modelo conceitual para fundações,
instalações elétricas e instalações hidráulicas;
20 dias após a entrega do
primeiro produto
3ª Produto 3 - Análise de mercado para as inovações
técnicas proposta no modelo conceitual para vedações
(paredes e esquadrias), e cobertura;
20 dias após a entrega do
segundo produto
4ª Produto 4 - Adequação do modelo construtivo à
viabilidade de mercado e precificação para fundações,
instalações elétricas e instalações hidráulicas;
20 dias após a entrega do
terceiro produto
5ª Produto 5 - Adequação do modelo construtivo à
viabilidade de mercado e precificação para vedações
(paredes e esquadrias) e cobertura;
20 dias após a entrega do
quarto produto
6ª Produto 6 - Avaliação de desempenho técnico dos
sistemas para fundações, instalações elétricas e
instalações hidráulicas;
30 dias após a entrega do
quinto produto
7ª Produto 7 - Avaliação de desempenho técnico dos
sistemas para vedações (paredes e esquadrias) e
cobertura;
30 dias após a entrega do
sexto produto
8ª Produto 8 - Construção de protótipo completo e
realização de testes;
40 dias após a entrega do
sétimo produto
9ª Produto 9 - Estudo de compatibilização logística
(estoque e transporte);
20 dias após a entrega do
oitavo produto
10ª Produto 10 - Elaboração de documentação técnica
e manuais executivos;
20 dias após a entrega do
nono produto
11ª Produto 11 - Fornecimento de arquivos de projeto; 10 dias após a entrega do
décimo produto
30
12ª Produto 12 - Elaboração de caderno de
especificações técnicas, orçamento e modelo de Termo de
Referência;
10 dias após a entrega do
décimo primeiro
produto
13ª Produto 13 - Estudo com modelagens de
implantação.
20 dias após a entrega do
décimo segundo produto
Resultados esperados
1. Desenvolvimento de metodologia para o desenvolvimento da pesquisa. É esperado o
planejamento da estratégia e dos procedimentos a serem adotados nas diferentes etapas para
o alcance dos objetivos. A metodologia deve estar estruturada observando-se as etapas
clássicas de gerenciamento de projetos, preferencialmente seguindo metodologia PMI –
Project Management Institute ou outra escola de gerenciamento de projetos consagrada.
2. Avaliação das capacidades do mercado e proposição de ajustes visando à constatação de
viabilidade de produção dos elementos construtivos idealizados no modelo conceitual da
casa provisória, alcançando todos as partes construtivas: Fundações, Instalações Elétricas,
Instalações Hidráulicas. Vedações e Cobertura;
3. Em caso de necessidade, desenvolvimento de adequações aos elementos em projeto visando
à adequação aos requisitos de mercado para produção das partes construtivas: Fundações,
Instalações Elétricas, Instalações Hidráulicas. Vedações e Cobertura;
4. Obtenção de estimativa de custos detalhada e atualizada, após ajustes do projeto, para
produção das partes construtivas: Fundações, Instalações Elétricas, Instalações Hidráulicas.
Vedações e Cobertura;
5. Avaliação de desempenho técnico, incluindo testes e ensaios, das partes construtivas da casa
provisória, à luz da normatização de desempenho técnico aplicável e vigente no país;
6. Realização de ajustes e correções necessárias para adequação a eventuais requisitos de
desempenho técnico não atingidos;
7. Construção de protótipos das casas (estimam-se 03 unidades) destinados à realização de
ensaios de desempenho técnico do sistema global, alcançando requisitos de resistência
mecânica, conforto térmico, acústico, estanqueidade, ventilação, resistência ao fogo e
demais avaliações necessárias, à luz da normatização vigente no país;
8. Elaboração de documentação técnica, a saber:
a. Manual técnico para a construção das casas;
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b. Manual técnico para a preparação de áreas e infraestrutura para implantação das
casas;
c. Caderno de especificação técnica dos elementos construtivos;
d. Planilha orçamentária detalhada da casa;
e. Relatório contendo avaliação de formas de contratação aplicáveis, acompanhado
de termo de referência modelo;
9. Elaboração e fornecimento de estudo de compatibilização logística, visando à adequação da
forma de paletização dos elementos construtivos com as dimensões comerciais existentes
nos modais de transporte brasileiros;
10. Fornecimento de mídia digital contendo todos os projetos, plantas, croquis, detalhamento,
desenvolvidos ao longo do Projeto. Os arquivos devem estar organizados de forma
compatível com a estrutura de produtos previstos;
11. Fornecimento de Biblioteca de modelagem tridimensional para uso em formato BIM –
Building Information Modeling, dotada de conjunto de metadados mínimo compatível com
os critérios standart do IFC – Industry Foundation Classes;
12. Elaboração de relatório apresentando estudo voltado às diferentes modelagens de
implantação de conjuntos das casas, incluindo abordagem de aspectos urbanísticos e de
conveniência comunitária;
13. Fornecimento de mídia digital contendo todos os arquivos em formato CAD de projetos de
expansão futura da residência (conforme resultado do item 13.4), incluindo peças e do
modelo construtivo, vistas, plantas, cortes, perspectivas e quaisquer outros elementos de
visualização e detalhamento desenvolvidos;
14. Elaboração de um guia consolidado de implantação do novo modelo de habitação em
situações de reconstrução pós-desastres (guia para disseminação, já diagramado e
impresso);
15. Elaboração de Relatório contendo estudo de modelos de implantação de conjuntos
habitacionais e abordagem de aspectos urbanísticos e de convivência comunitária;
16. Elaboração de manual e projetos para futura ampliação da residência;
17. Realização de registro completo da solução técnica desenvolvida junto ao Instituto Nacional
de Propriedade Industrial – INPI.
18. Realização de eventos para apresentação e discussão dos produtos da pesquisa;
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ANEXO II
ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA
O projeto de pesquisa deverá ser redigido em língua portuguesa e conter os seguintes itens:
A. Contextualização da proposta
B. Objetivo geral
C. Objetivo específico
D. Justificativa
E. Metodologia proposta
F. Atividades e cronogramas de trabalho
G. Resultados esperados
H. Orçamento
I. Outras informações relevantes
J. Fontes e referências bibliográficas
A proposta deverá obedecer às normas da Associação Brasileira de Normatização Técnica –
ABNT no que se refere às citações e referências. Para fins de padronização formal dos
documentos, exige-se a seguinte formatação:
a. Fonte Times New Roman
b. Tamanho 12
c. Espaçamento entrelinhas 1,5
d. Margens 2,5 cm