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Ministério de Minas e Energia

Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura

Manual de Procedimentos e Rotinas

Administrativas do Cadastro Socioeconômico

Da População Atingida por Empreendimentos

De Geração de Energia Hidrelétrica

Brasília, DF

2012

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MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA

Ministro

Edson Lobão

Secretário-Executivo

Márcio Pereira Zimmermann

Secretário-Executivo Adjunto

Francisco Romário Wojcicki

Coordenadora do Núcleo Estratégico de Gestão Ambiental - NESA

Maria Ceicilene Aragão Martins Rego

Ministério de Minas e Energia

Esplanada dos Ministérios Bloco U - CEP 70065-900 - Brasília - DF Telefone: 55 (61) 3319-5555

www.mme.gov.br

INSTITUTO INTERAMERICA NO DE

COOPERAÇÃ O PARA A AGRICULTURA - IICA

Representante do IICA no Brasil

Manuel Rodolfo Otero

Coordenador da Unidade de Gerenciamento de Projetos de Cooperação

Técnica Internacional - UGP

Aureliano Matos

Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura - IICA

SHIS QI 03, Lote A, Bloco F - Centro Empresarial Terracotta CEP 71.605-450 - Brasília - DF - Telefone: 55 (61) 2106-5477

http://www.iica.int/Esp/regiones/sur/brasil

NÚCLEO ESTRATÉGICO DE GESTÃO SOCIOAMBIENTAL - NESA

Coordenadora

Maria Ceicilene Aragão Martins Rego

Equipe Técnica

Aldinéa do Carmo Montalvão

Cátia Frota Parente Guilherme dos Santos Floriani

Hélcio Drago José Vieira Batista Luciano Reis Vidal

Maria do Rosário de Fátima Lima Maria Elizabeth do Vale Lima

Michelle Parra de Souza

Pedro Tomaz de Oliveira Neto Rita Alves Silva

Silvia Maria Frattini Gonçalves Ramos Verônica E Silva Sousa

Núcleo Estratégico de Gestão Socioambiental – NESA

Esplanada dos Ministérios Bloco U, Sala 737, 7º Andar

70065-900 – Brasília – DF – Telefone: 55 (61) 3319-5831

ESTA PUBLICAÇÃO

Redação

Pedro Tomaz de Oliveira Neto

Revisão

............................................

Arte e Diagramação

............................................

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SUMÁRIO

A PRESENTA ÇÃ O

Capítulo I - CA DA STRO SOCIOECONÔMICO

1.1 Considerações iniciais

1.2 Objetivos

1.3 Aspectos legais

1.4 Composição

1.5 Competências e responsabilidades

Capítulo II - A SPECTOS CONCEITUA IS

2.1 Terminologia do Cadastro

Capítulo III - ETA PA S DE REA LIZA ÇÃ O DO CA DA STRO

3.1 Plano Cadastral

3.2 Preparatór ia

3.3 Campo

3.4 Resultados

A NEXO

1. Decreto nº 7.342/2010

2. Portar ia Interminister ial nº 340/2012

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AAPPRREESSEENNTTAAÇÇÃÃOO

processo de institucionalização e implantação do Ca dastro

Socioeconômico nos empreendimentos de geração de energia

elétr ica, sob a coordenação do Núcleo Estratégico de Gestão

Socioambiental (NESA) do Ministér io de Minas e Energia, ganhou

consistência a partir do Decreto nº 7.342, de 26 de outubro de

2010. Com este ato, o Presidente da República reconheceu a

necessidade de se estabelecerem parâmetros conceituais e normas

procedimentais para que concessionários ou autor izados e

população atingida possam melhor equacionar os gargalos e as

tensões que têm caracter izado suas relações.

Sob a coordenação do Núcleo Estratégico de Gestão Socioambiental

da Secretar ia Executiva do Ministér io de Minas e Energia

(NESA/MME), o governo federal abr iu um amplo debate sobre a

regulamentação e implantação do Cadastro, envolvendo cinco

ministér ios e a Secretar ia Geral da Presidência da República e

representantes dos empreendedores do setor elétr ico e da

população atingida pelos empreendimentos hidrelétr icos, além de

especialistas em gestão socioambiental e outros interessados. Esse

O

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processo de discussão se constituiu na base para elaboração da

Portar ia Interminister ial nº 340, de 1º de junho de 2012, que, em

síntese, estabelece: os objetivos e a composição do Cadastro

Socioeconômico; as responsabilidades dos entes públicos e

pr ivados perante o Cadastro; os requisitos a serem observados

pelo responsável pelo empreendimento no planejamento das

atividades de cadastramento; as condições para identificação dos

cadastrados numa das categorias de impacto relacionadas no art.

2º do Decreto nº 7.342/2010; as regras para o acesso dos diversos

interessados às informações do Cadastro; as formas de

disponibilização dos resultados, de consulta pública e manifestação

dos interessados; e o processo de aprovação e revisão do

Cadastro.

Uma vez regulamentado o Cadastro Socioeconômico, ficam cr iadas

as condições para que o Decreto nº 7.342/2010 seja integralmente

aplicado no âmbito dos empreendimentos hidrelétr icos a serem

licenciados a partir de então.

Com o objetivo de situar , informar e or ientar os empreendedores e

os agentes públicos responsáveis quanto às novas regras e

procedimentos relativos à execução do Cadastro, o Ministér io de

Minas e Energia, em parcer ia com o Instituto Interamericano de

Cooperação Agrícola (IICA), elaborou o presente Manual de

Procedimentos e Rotinas A dministrat ivas do Cadastro

Socioeconômico da População A t ingida por

Empreendimentos de Geração de Energia Hidrelétrica . Trata-

se de um conjunto de or ientações e esclarecimentos técnicos

visando o planejamento, gerenciamento e execução das atividades

relativas ao cadastramento.

Inicialmente, são destacados alguns aspectos gerais que envolvem

a nova realidade do Cadastro Socioeconômico. Neste capítulo são

abordados os objetivos do Cadastro, os aspectos legais a serem

observados para a sua execução, a sua composição e as

responsabilidades e competências dos entes públicos e pr ivados .

No segundo capítulo, são apresentados alguns dos pr incipais

conceitos que integram a terminologia do Cadastro, visando

eliminar ambiguidades e equívocos de i nterpretação dos

instrumentos legais que regulamentam esta ação. No terceiro e

último capítulo são detalhados os aspectos operacionais para a

realização do Cadastro Socioeconômico, quando são sintetizados os

procedimentos e as rotinas de cada etapa que compõe a atividade.

Ao disponibilizar o presente Manual, o MME e o IICA têm a

expectativa de que o mesmo terá grande util idade aos

empreendedores e técnicos do setor elétr ico, gestores

governamentais afinados com a questão socioambiental em torno

dos empreendimentos hidrelétr icos.

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Capítu l o I

CADASTRO SOCIOECONÔMICO

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1.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Cadastro Socioeconômico é um instrumento que busca reunir

informações acerca da população atingida pelos impactos das

hidrelétr icas no país. Sua ins titucionalização, mediante o Decreto

nº 7.342, de 26 de outubro de 2010, expressa o reconhecimento

da parte do Governo Federal quanto à necessidade de se

estabelecerem parâmetros conceituais e normas procedimentais

para que empreendedores e população ating ida possam melhor

equacionar o difícil processo de negociação das medidas de

reparação aos atingidos.

Há bem pouco tempo, prevalecia considerável lacuna normativa no

que se refere à aplicação do Cadastro como base das negociações

das medidas reparatór ias aos atingidos. Sem normas

preestabelecidas, faltavam cr itér ios claros e razoáveis que

pautassem a sua realização e aplicação. Com isso, os conflitos

entre empreendedores e atingidos eram inevitáveis, alguns

insolúveis até hoje.

Com a regulamentação a partir do refer ido Decreto e da Portar ia

Interminister ial nº 340/2012, o Cadastro Socioeconômico torna -se

O

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num importante instrumento para um melhor enfrentamento das

questões relacionadas aos projetos de mitigação, reparação e

compensação destinados à população atingida pelos

empreendimentos hidrelétr icos.

Neste sentido, ao longo do processo de discussão das novas

normas para o Cadastro, buscou-se a participação e a contr ibuição

das partes interessadas. Sob a coordenação do Núcleo Estratégico

de Gestão Socioambiental (NESA) da Secretar ia Executiva do

Ministér io de Minas e Energia, e com o envolvimento direto dos

Ministér ios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Pesca e

Aquicultura, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrár io, além

da Secretar ia-Geral da Presidência da República, os debates se

concentraram no âmbito do Comitê Interminister ial do Cadastro

Socioeconômico, instância cr iada pelo Decreto nº 7.342/2010 para

acompanhar as atividades em torno da realização do Cadastro.

Durante meses, autor idades e técnicos do Governo Federal,

representantes das empresas de geração de energia hidrelétr ica,

representantes dos atingidos pelos empreendimentos, em especial

o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) , e alguns

especialistas em questões socioambientais detiveram-se nessa

discussão.

Sem a pretensão de contemplar todas as partes no que se refere

ao conjunto de suas apreensões e expectativas, a redação final do

texto da Portar ia Interminister ial nº 340/2012 buscou expressar o

consenso possível diante de uma questão sensível e polêmica, com

muitas var iáveis e interesses diversos e contraditór ios.

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1.2 OBJETIVOS

ob a competência das empresas de geração de energia

hidrelétr ica, o Cadastro Socioeconômico vem a ser um

instrumento para identificação, quantificação, qualificação e

registro público da população atingida.

Com efeito, é o pr imeiro passo para o enfrentamento das questões

socioambientais que envolvem o futuro de indivíduos e

comunidades situados no inter ior e nos limites do polígono

geográfico do empreendimento. Assim, são grandes as

responsabilidades dos empreendedores e também dos agentes

públicos comprometidos com a realização do Cadastro e com a

qualidade dos seus resultados. Para tanto, esses agentes devem

reunir todo o conhecimento possível no que diz respeito ao

gerenciamento das atividades de cadastramento, esforço esse que

começa por uma correta compreensão em relação aos objetivos do

Cadastro.

1.2.1 Por que fazer o Cadastro?

A realização do Cadastro é uma necessidade e uma exigência legal

que se impõe a partir da decisão de se implantar um

empreendimento hidrelétr ico. Em que pese sua importância para o

desenvolvimento regional e para o suprimento das carências

energéticas nacionais, empreendimentos hidrelétr icos,

inevitavelmente, produzem impactos sociais e ambientais na região

em que serão implantadas, afetando a vida de considerável parcela

da população local. Na condição de atingidos, essa população

precisa ser identificada, quantificada e qualificada pelo

empreendimento, que, como agente causador de possíveis perdas e

prejuízos a ela, tem a responsabilidade e o compromisso de

S

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A obtenção de informações que servirão de

subsídios para uma adequada mit igação,

reparação e compensação à população

at ingida por empreendimentos de geração de

energia hidrelétrica, nos termos previstos pelo

Decreto n. 7.342/2010.

promover ações indenizatór ias e compensatór ias, além de dar

encaminhamento às medidas mitigadoras dos impactos.

1.2.2 Qual a finalidade do Cadastro?

O Cadastro Socioeconômico tem por objetivo:

Portanto, a realização do Cadastro proporcionará informações que

indicam quem são os atingidos, permitem traçar um perfil

socioeconômico do indivíduo ou da comunidade atingida e

caracter izar as relações da população atingida com o seu meio

ambiente. Trata-se de informações essenciais para a etapa de

negociação entre empreendedores e atingidos acerca da reparação

das perdas e dos prejuízos provocados à população por conta dos

impactos da implantação do empreendimento hidrelétr i co. As

informações do Cadastro Socioeconômico poderão subsidiar , ainda,

os gestores públicos das diversas esferas de governo no que diz

respeito ao planejamento e à elaboração de políticas públicas em

favor das comunidades afetadas.

1.2.3 Qual a relação entre o Cadastro

Socioeconômico e o processo de negociação das

reparações entre concessionários e população

atingida?

De acordo com a Portar ia Interminister ial do Cadastro

Socioeconômico, o mero cadastramento não gera direitos ao

cadastrado ou obrigações ao responsável pelo

empreendimento. No entanto, o Cadastro Socioeconômico

constitui um importante subsídio para o processo de reparação e

compensação à população atingida pelos impactos causados pelos

empreendimentos hidrelétr icos . Eis a única relação poss ível entre a

etapa do Cadastro e a etapa de negociação das reparações e

compensações: a pr imeira é base de apoio para a segunda.

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1.3 ASPECTOS LEGAIS

esde outubro de 2010, a realização do Cadastro

Socioeconômico no âmbito dos empreendimentos

hidrelétr icos passou a ser disciplinada pelo Decreto 7.342/2010,

poster iormente regulamentado pela Portar ia Interminister ial nº

340/2012, assinada pelos ministros de Minas e Energia, da

Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento

Agrár io, do Meio Ambiente e da Pesca e Aquicultura.

Editado pela Presidência da

República e publicado em 26 de

outubro de 2010, o Decreto nº

7.342 institui o Cadastro

Socioeconômico para

identificação, qualificação e registro público da população atingida

por empreendimentos de geração de energia hidrelétr ica ; cr ia o

Comitê Interminister ial de Cadastramento Socioeconômico, no

âmbito do Ministér io de Minas e Energia ; e dá outras providências.

É o fundamento legal mais importante do Cadastro

Socioeconômico, no qual são estabelecidos os conceitos e as regras

que devem pautar sua realização, e também as responsabilidades e

o papel dos agentes públicos e pr ivados nesse processo.

Em síntese, esta Portar ia

apresenta os objetivos, a

composição e as

responsabilidades dos entes

públicos e pr ivados perante

o Cadastro Socioeconômico,

além dos requisitos a serem observados pelo responsável pelo

empreendimento no planejamento das atividades do Cadastro e as

condições de identificação dos cadastrados numa das categorias de

impacto relacionadas no art. 2º do Decreto nº 7.342/2010. Por f im,

estabelece as regras para o acesso dos diversos interessados às

informações do Cadastro, as formas de disponibilização dos

resultados, de consulta pública e de manifestação dos interessados

e o processo de aprovação e revisão do Cadastro.

A Portar ia Interminister ial conta ainda com três anexos, que

complementam alguns tópicos presentes no texto pr incipal , os

quais exigem um nível de detalhamento maior. É o caso das

diretr izes para o Plano de Comunicação, visando ass egurar a

publicidade e a transparência do processo de cadastramento

D

Decreto nº 7.342/2010

Portaria Interministerial nº 340/2012

15

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socioeconômico, que se encontram no Anexo I; do conteúdo

mínimo exigido para os questionários que serão aplicados durante

o cadastramento, que perfaz o Anexo II; e dos cr itér ios para

identificação do cadastrado numa das categorias de impacto

descr itas pelo Decreto nº 7.342/2010, disponibilizados no quadro

que compõe o Anexo III.

Além do Decreto e da Portar ia Interminister ial, os agentes públicos

e pr ivados deverão prestar observância para um conjunto de leis e

instrumentos normativos que, mesmo legislando sobre outros

assuntos, disciplinam certos procedimentos presentes na execução

do Cadastro:

Editado pelo Presidente da

República e publicado em 20 de

junho de 1984, este decreto

estabelece as normas técnicas da

cartografia nacional, que deverão

ser observadas no tratamento das informações gráficas que

comporão o Cadastro Socioeconômico.

Publicada em 31 de agosto de 1981, trata -

se da lei que dispõe sobre a Política

Nacional do Meio Ambiente, seus fins e

mecanismos de formulação e aplicação, e

dá outras providências . O empreendedor

deverá ficar atento ao prescr ito em seu art. 17, que obriga o

registro no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos

de Defesa Ambiental , instituído sob a coordenação do Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis

(IBAMA), o responsável técnico pelas atividades relativas ao

Cadastro Socioeconômico.

Publicada em 13 de fevereiro de 1995, esta

lei dispõe sobre o regime de concessão e

permissão da prestação de serviços

públicos, previsto no art. 175 da

Constituição Federal, e dá outras providências. Para efeitos do

Cadastro Socioeconômico, interessa particularmente o art. 21, que

assegura às empresas participantes do processo licitatór io do

empreendimento o acesso às informações do Cadastro .

Decreto nº

89.817/1984

Lei nº

6.938/1981

Lei nº 8.987/1995

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Publicada em 26 de dezembro de 1996, esta

lei disciplina o regime das concessões de

serviços públicos de energia elétr ica. Ao

Cadastro Socioeconômico interessa

particularmente o § 3º do art. 28, que

estabelece as condições para o ressarcimento dos custos do

Cadastro à empresa vencedora do leilão do empreendimento.

1.4 COMPOSIÇÃO

realização do Cadastro Socioeconômico tem por finalidade a

obtenção de informações confiáveis com o objetivo de

identificar e traçar um perfil socioeconômico e cultural dos

atingidos. De acordo com o art. 3º da Portar ia Interminister ial, o

Cadastro deverá ser composto por:

a) registro individualizado das informações obtidas por meio de

questionários e entrevistas;

b) dados e informações sistematizados a partir dos questionários

e entrevistas concedidas pelos cadastrados;

c) informações gráficas, como imagens digitais e cartográficas,

incluindo coordenadas geográficas georreferenciadas ao

S istema Geodésico Brasileiro;

d) em caráter complementar, dados e informações obtidos junto a

universidades, órgãos públicos presentes na região,

organizações não governamentais e entidades de classe que

possam auxiliar na identificação da população atingida; e

e) informações agregadas e descr ição analítica de relações

socioeconômicas e culturais, conforme Anexo II.

A

Lei nº

9.427/1996

17

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Trata-se das informações básicas de identificação do responsável

pela família ou grupo doméstico atingido, essenciais ao registro

público do Cadastro e desenvolvimento do processo de reparação e

compensação.

Com base nos questionários aplicados e entrevistas, os dados e as

informações deverão passar por uma sistematização para

consolidação do perfil socioeconômico dos atingidos.

Constituem o conjunto de mapas e imagens das parcelas

terr itor iais afetadas (particulares e públicas), visando à localização

das comunidades rurais e das áreas naturais , devidamente

georreferenciadas ao S istema Geodésico Brasileiro, em escalas e

padrões adequados e com precisão posicional previamente

determinada.

Trata-se de um complemento ou reforço ao conteúdo pr incipal do

Cadastro Socioeconômico. Nesse conjunto estão incluídos, entre

outras informações, estudos sobre aspectos sociais, econômicos e

culturais que caracter izam as comunidades localizadas na área de

influência do empreendimento; incluem-se também informações e

dados extraídos de programas e políticas públicas desenvolvidos no

âmbito do polígono e adjacências, que possam complementar o

processo de identificação dos atingidos ou auxiliar diagnósticos

socioeconômicos da área. Esse tipo de informação pode ser

buscado em instituições de ensino, centros de pesquisa, órgãos

públicos das esferas federal, estadual e municipa l, organizações

não governamentais, sindicatos, associações comunitár ias e outras

entidades classistas, que também poderão tomar a iniciativa de

Dados e informações obtidos junto a universidades, órgãos públicos, ONGs etc.

Dados e informações sistematizadas da

população atingida

Informações Gráficas

Registro individualizado das informações

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contr ibuir com os responsáveis pelo Cadastro. O uso dessas

informações, bem como a forma de apropriá - la ao Cadastro, no

entanto, fica a cr itér io da equipe técnica do empreendimento.

Trata-se de um diagnóstico da região de influência do

empreendimento, estruturado a partir das informações agregadas

— estatísticas demográficas e socioeconômicas —, obtidas a partir

da aplicação dos questionários junto aos cadastrados, identificando

as relações socioeconômicas e culturais das localidades existentes.

1.5 COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES

institucionalização e regulamentação do Cadastro

Socioeconômico pôs termo à falta de definições claras sobre as

competências e responsabilidades dos agentes públicos e pr ivados

diretamente envolvidos no processo. Na prática, toda a

responsabilidade perante o Cadastro recaía sobre o empreendedor,

sem a previsão de um acompanhamento formal da execução das

atividades. O papel do Governo Federal era mais de expectador do

que de fiscalizador das ações .

As novas regras trazem justamente como principal novidade a

definição de um papel mais ativo do Governo Federal no processo

do Cadastro Socioeconômico. Com isso, competências como

regulação, fiscalização, monitoramento e avaliação do Cadastro

serão assumidas exclusivamente pelo Governo. Aos

empreendedores foram mantidas as competências relativas à

execução do Cadastro, com a observação de que, agora, deverão

pautar-se por um conjunto de normas disciplinadoras da atividade

cadastral.

A

Informações agregadas e descrição analítica de

relações socioeconômicas e culturais

19

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1.5.1 Competências dos agentes públicos perante o

Cadastro

Os agentes públicos diretamente envolvidos com a questão do

Cadastro — ministér ios de Minas e Energia (MME), da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento (MAPA), do Meio Ambiente (MME), do

Desenvolvimento Agrár io (MDA) e da Pesca e Aquicultura (MPA),

além da Secretar ia-Geral da Presidência da República (SG-PR) —

compõem o Comitê Interminister ial do Cadastro Socioeconômico,

que, tem as seguintes atr ibuições:

a) fazer o acompanhamento da elaboração do Cadastro

Socioeconômico;

b) analisar o Plano Cadastral apresentado pelos

empreendedores e, no caso do cumprimento dos requisitos

exigidos, autor izar a realização do Cadastro Socioeconômico

nos empreendimentos hidrelétr icos;

c) aprovar resoluções visando disciplinar a implantação e o

gerenciamento das atividades relativas ao processo de

cadastramento da população atingida, sempre dentro dos

limites estabelecidos no Decre to e na Portar ia Interminister ial

que regulamenta o Cadastro Socioeconômico;

d) avaliar a adequação do Cadastro Socioeconômico, uma vez

concluído, para decidir sobre sua validação;

e) solicitar revisões no Cadastro Socioeconômico já validado,

nos termos previstos em sua regulamentação;

f) cr iar e manter banco de dados para armazenamento dos

Cadastros Socioeconômicos realizados pelos empreendimentos.

O Comitê Interminister ial tem como órgão coordenador o Ministér io

de Minas e Energia (MME), a quem compete promover sua gestão

executiva nos termos de seu regimento interno. Compete também

ao MME o papel de articulador institucional do governo junto aos

movimentos sociais e empreendedores do setor elétr ico. No âmbito

do MME, essa coordenação será exercida pelo Núcleo Estr atégico

de Gestão Socioambiental (NESA) da Secretar ia Executiva .

Além dos órgãos que integram

o Comitê Interminister ial do

Cadastro Socioeconômico,

destaca-se ainda a participação

do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis (IBAMA) e da Agência Nacional de Energia Elétr ica

(Aneel). Ao IBAMA compete a regulação do processo de

licenciamento ambiental do empreendimento. Por sua vez, à Aneel

cabe a concessão de licença aos empreendedores para proceder

aos estudos de viabilidade da área do empreendimento e a

definição das responsabilidades do concessionário perante o

Cadastro após a realização do leilão do empreendimento.

Outros agentes

públicos

20

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1.5.2 Competências dos agentes privados perante o

Cadastro

Os agentes pr ivados são as empresas

autor izadas pelos órgãos públicos

competentes para realizar o Cadastro

Socioeconômico. São elas que respondem por sua execução desde

a etapa de planejamento até a divulgação pública dos resultados

finais. De acordo com a Portar ia Interminister ial nº 340/2012, as

pr incipais competências dos empreendedores são:

a) arcar com os custos inerentes à realização do Cadastro;

b) submeter à apreciação do Comitê Interminister ial do Cadastro

Socioeconômico o Plano Cadastral , demonstrando o

atendimento aos requisitos previstos na Portar ia

Interminister ial;

c) constituir equipe técnica para coordenar o processo de

realização do Cadastro, bem como a constituição e a

capacitação das equipes de campo para proceder à aplicação

dos questionários na população-alvo;

d) elaborar e implementar Plano de Comunicação, visando

manter a população das regiões afetadas devidamente

informada e esclarecida quanto ao desenvolvimento do

Cadastro, assim como assegurar ampla divulgação das

atividades de cadastramento e de consulta pública dos

resultados;

e) elaborar os questionários a serem aplicados durante as

entrevistas promovidas pelas equipes de campo com os

cadastrados, sempre com base no conteúdo mínimo disposto

no Anexo II da Portar ia Interminister ial;

f) cr iar meios na região do empreendimento para atender ao

público-alvo do Cadastro Socioeconômico;

g) emitir cópia do cadastro aos cadastrados, na forma prevista

na Portar ia Interminister ial;

h) facil itar o processo de consulta pública para manifestação

dos interessados quanto à lista preliminar dos cadastrados,

agilizando a recepção dos recursos interpostos, bem como a

resposta a eles;

i) sistematizar e consolidar os dados e informações obtidos

durante a etapa de campo em banco de dados, de acordo

com modelo e aplicativo definidos pela coordenação do

Comitê Interminister ial do Cadastro Socioeconômico;

j) registrar o Cadastro Socioeconômico, uma vez validado pelo

Comitê Interminister ial, no Cartór io da região em que se

localiza o empreendimento;

k) promover as revisões do Cadastro Socioeconômico porventura

solicitadas pelo Comitê Interminis ter ial.

Agentes privados

21

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l)

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m)

Capítu l o I I

ASPECTOS CONCE ITUAIS

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TERMINOLOGIA DO CADASTRO

ão obstante o conhecimento do ponto de vista normativo, a

realização do Cadastro Socioeconômico requer dos agentes

responsáveis o domínio da terminologia que permeia a matér ia.

Objetiva-se com isso, por um lado, evitar ambiguidades e

equívocos de interpretação e, por outro, proporcionar aos técnicos

e cadastradores a segurança necessár ia durante os procedimentos

técnicos exigidos em cada etapa do processo.

O Cadastro Socioeconômico

constitui-se num instrumento de

identificação, qualificação,

quantificação e registro público

da população atingida pelos impactos da implantação de

empreendimentos hidrelétr icos. Seu objetivo é a obtenção de

informações para subsidiar a adequada mitigação, reparação e

compensação à população atingida.

N

1) Cadastro Socioeconômico

25

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População atingida é o conjunto

das pessoas afetadas pelos

impactos da implantação das

hidrelétr icas, dentro ou nas imediações do polígono do

empreendimento. De acordo com o Decreto nº 7.342/2010, pode

ser dividida em até sete categorias, a depender do tipo de impacto

sofr ido por seus integrantes, quais sejam:

1) perda da propriedade ou da posse de imóvel localizado no

polígono do empreendimento;

2) perda da capacidade produtiva das terras de parcela

remanescente de imóvel que faça limite com o polígono do

empreendimento e por ele tenha sido parcialmente atingida;

3) perda de áreas de exercício da atividade pesqueira e dos

recursos pesqueiros, inviabilizando a atividade extrativa ou

produtiva;

4) perda de fontes de renda e trabalho, das quais os atingidos

dependam economicamente, em razão da ruptura de vínculo

com áreas do polígono do empreendimento;

5) prejuízos comprovados às atividades produtivas locais, com

inviabilização de estabelecimento;

6) inviabilização do acesso ou de atividade de manejo dos

recursos naturais e pesqueiros localizados nas áreas do

polígono do empreendimento, incluindo as terras de domínio

público e uso coletivo, afetando a renda, a subsistência e o

modo de vida de populações e

7) prejuízos comprovados às atividades produtivas locais a

jusante e a montante do reservatór io, afetando a renda, a

subsistência e o modo de vida de populações.

O conceito de população atingida contempla ainda trabalhadores

ou comunidades inteiras , cujo sustento depende da exploração de

atividades produtivas caracter izadas pela sazonalidade, atividades

estas que se ver ificam sempre em uma determinada época do ano.

De acordo com a Resolução

Conama nº 01/1996,

impactos são alterações das

propriedades fís icas, químicas

e biológicas do meio

ambiente, causadas por empreendimentos hidrelétr icos que, direta

ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da

população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as

condições estéticas e sanitár ias do meio ambiente e a qualidade

dos recursos ambientais.

2) População Atingida

3) Impactos Causados por

Empreendimentos

Hidrelétricos

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Polígono do empreendimento é o

terr itór io que abrange áreas

sujeitas à desapropriação ou à

negociação direta entre

proprietár ios ou possuidores e empreendedores, incluindo as áreas

reservadas ao canteiro de obras , ao enchimento do reservatór io e à

respectiva área de preservação permanente, às vias de acesso e às

demais obras acessór ias do empreendimento.

A etapa de licença prévia do

empreendimento é a fase do

processo de licenciamento

ambiental na qual o Cadastro

Socioeconômico deverá ser

realizado pelo responsável pelo empreendimento.

O responsável pelo

empreendimento é a empresa

autor izada pelos órgãos públicos

competentes para proceder aos

estudos de viabilidade técnica e econômica (EVTE) e estudos

ambientais na área de influência do empreendimento e que se

propõe a realizar o Cadastro Socioeconômico da população

atingida, cujo Plano Cadastral tenha sido aprovado pelo Comitê

Interminister ial do Cadastro Socioeconômico.

Concessionário ou autor izado é

a empresa ou o consórcio de

empresas vencedores do leilão

do empreendimento, sobre os

quais recairão todas as responsabilidades pela execução do

Cadastro Socioeconômico, tendo sido ou não o seu responsável

antes do processo licitatór io.

Plano Cadastral é o

planejamento elaborado pelo

responsável pelo

empreendimento para realização do Cadastro Socioeconômico no

respectivo empreendimento. Sua apresentação deve contemplar os

seguintes requisitos: a) indicação de responsável técnico pela

execução do Cadastro; b) cons tituição das equipes técnicas e de

campo; c) plano de comunicação; d) questionários para aplicação

durante as entrevistas e e) indicação dos meios para atendimento

ao público-alvo do cadastramento. Da aprovação do Plano

Cadastral pelo Comitê Interminister i al o responsável pelo

empreendimento depende o início do processo de cadastramento.

4) Polígono do Empreendimento

5) Etapa de Licença

Prévia do Empreendimento

6) Responsável pelo Empreendimento

7) Concessionário ou

Autorizado

8) Plano Cadastral

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Plano de Comunicação é o

instrumento pelo qual o

responsável pelo

empreendimento planejará sua

interação com o público-alvo do Cadastro Socioeconômico, desde

as ações de esclarecimento e or ientação até as ações de

divulgação de suas atividades, tanto na etapa de campo quanto na

etapa de resultados. O Plano de Comunicação é parte integrante do

Plano Cadastral e sua elaboração deve seguir as diretr izes

dispostas no Anexo I da Portar ia Interminister ial nº 340/2012.

Consulta Pública é a

denominação dada ao período

em que a lista preliminar dos

cadastrados é colocada à

disposição de todos, durante o qual os interessados poderão

manifestar-se quanto a sua correção perante o universo dos

cadastrados.

A lista preliminar dos cadastrados é a relação provisór ia das

pessoas cadastradas na área de influência de determinado

empreendimento hidrelétr ico e enquadradas como integrantes da

população atingida de acordo com uma das categorias previstas no

art. 2º do Decreto nº 7.342/2010. Esta lista poderá ser alterada

durante o prazo de consulta

pública para manifestação dos

interessados.

Lista final dos cadastrados é a

relação das pessoas cadastradas

na área de influência do

empreendimento hidrelétr ico e

enquadradas como integrantes da população atingida de acordo

com uma das categorias previstas no art. 2º do Decreto nº

7.342/2010. Divulgada após o prazo de Consulta Pública da lista

preliminar dos cadastrados, esta lista é o Cadastro Socioeconômico

propriamente dito do empreendimento e só poderá ser alterada nos

termos do art. 22 da Portar ia Interminister ial nº 340/2012.

9) Plano de Comunicação

10) Consulta Pública

12) Lista Final de Cadastrados

11) Lista Preliminar de Cadastrados

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Capítu l o I I I

ETAPAS DE REALIZAÇÃO

DO CADASTRO

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ETAPAS DE REALIZAÇÃO DO CADASTRO

o processo de realização do Cadastro Socioeconômico, o

pr incipal desafio dos responsáveis pelos empreendimentos

será o de definir , a partir do planejamento da realização do

Cadastro, expresso no Plano Cadastral, estratégias adequadas para

que o conjunto da população atingida possa ser cadastrado. É um

desafio que requer investimentos em recursos tecnológicos e

recursos humanos suficientes para alcançar os melhores resultados

e para assegurar a devida qualidade ao Cadastro Socioeconôm ico.

Um Cadastro elaborado de forma apressada, sem cobrir na sua

totalidade a população estimada como atingida e sem o apuro

técnico no trato das informações recolhidas, poderá representar ,

para o responsável pelo empreendimento ou para o concessionário,

aumento nos custos finais dessa atividade. Isso porque, pela

regulamentação disposta na Portar ia Interminister ial nº 340/2012,

já a partir da divulgação da lista preliminar dos cadastrados são

admitidas revisões no Cadastro, caso haja manifestações quanto a

omissões da parte dos cadastradores, e também após sua

validação pelo Comitê Interminister ial do Cadastro Socioeconômico.

N

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Fluxo do Cadastro Socioeconômico

Neste capítulo, apresenta-se uma síntese operacional das etapas

que compõem o processo do Cadastro Socioeconômico, quais

sejam: Plano Cadastral, Preparatór ia, Campo e Resultados. Nos

tópicos seguintes , para cada uma dessas etapas, são descr itos os

procedimentos e as rotinas que deverão ser assimilados pelas

equipes — a técnica e as de campo — constituídas e capacitadas

pelo responsável pelo empreendimento.

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3.1 PLANO CADASTRAL

O planejamento do Cadastro Socioeconômico deve partir dos

estudos já realizados a respeito das caracter ísticas da área de

influência do empreendimento, como amplitude geográfica,

estimativa do contingente populacional a ser atingido, condições de

infraestrutura na região, etc.

Os responsáveis pelo Cadastro devem planejar as atividades a

serem realizadas durante o processo de cadastramento.

Recomenda-se iniciar com o cadastro dos sistemas de

abastecimento de água, pe la facil idade de obtenção da informação.

Depois, deve-se realizar o cadastro das soluções alternativas

coletivas e, finalmente, as soluções individuais.

3.1.1 Momento do Cadastro

O Cadastro Socioeconômico da população atingida pelos impactos

de um empreendimento hidrelétr ico torna-se uma imposição já a

partir dos pr imeiros estudos de impacto ambienta l (EIA) e da

elaboração do Relatór io de Impacto Ambiental (RIMA) da área de

influência. Apesar de ser o ideal, não há uma vinculação do

Cadastro à fase de licenciamento da obra. Isso se explica pelo

entendimento de que se trata de uma operação cujo grau de

complexidade var ia conforme as caracter ísticas do

empreendimento, como amplitude da área de influência, estimativa

do contingente populacional a ser atingido, condições de

infraestrutura na região, etc. Portanto, o momento do

Cadastro, preferencialmente, deverá ser o da fase de

licenciamento do empreendimento, mas, a depender do

caso, poderá se estender para fases posteriores.

3.1.2 Plano Cadastral

O Plano Cadastral é o planejamento das atividades necessár ias à

realização do Cadastro Socioeconômico, que deverá ser submetido

à apreciação do Comitê Interminister ial do Cadastro

Socioeconômico, que se pronunciará acerca de sua adequação. É

no Plano Cadastral que o responsável pelo empreendimento exporá

os objetivos, as metas e os resultados que pretende alcançar; a

metodologia a ser util izada no trabalho de campo e a logística que

dará suporte às atividades a serem desencadeadas .

Sem prejuízo de outras ações consideradas pelo empreendedor

importantes para o alcance dos resultados esperados, o Plano

Cadastral deverá, de acordo com os novos atos normativos que

regulam a ação do Cadastro, contemplar os seguintes requisitos:

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indicação de responsável técnico pela execução do

Cadastro, com registro no órgão de classe, nos casos em

que couber, e registro no Cadastro Técnico Federal do

IBAMA, conforme preconiza a Lei nº 6.938/1981;

const ituição das seguintes equipes : uma com a

atr ibuição de elaborar os questionários a serem util izados

durante o cadastramento e de sistematizar e consolidar as

informações, visando o armazenamento dos resultados em

banco de dados (equipe técnica); e outra capacitada e

treinada para proceder ao cadastramento propriamente dito

da população atingida (equipe de campo). A definição do

tamanho e da qualificação dessas equipes dependerá das

caracter ísticas do empreendimento (área abrangida,

municípios envolvidos, estimativas da população atingida,

etc.). O importante é que sejam equipes com pess oal

suficiente, qualificado de acordo com as exigências da função

de cada membro e capacitado para os desafios do Cadastro

Socioeconômico no empreendimento em questão;

apresentação de Plano de Comunicação (ver item 3.1.3);

apresentação dos quest ionários a serem aplicados aos

cadastrados (ver item 3.1.4 deste tópico);

criação de espaços, na região do empreendimento

dest inados ao funcionamento de escritórios e à

realização de reuniões informativas , com a finalidade de

assegurar atendimento à população atingida durante todo o

processo do Cadastro Socioeconômico.

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3.1.3 Plano de Comunicação

O Plano de Comunicação consiste no planejamento das ações de

comunicação e divulgação de informações relativas ao Cadastro

Socioeconômico voltado para a área de influência do

empreendimento. O objetivo é promover a publicidade e a

transparência do processo em todas as suas etapas, bem como a

segurança à população sujeita a ser atingida pelos impactos do

empreendimento hidrelétr ico, mantendo-a informada, esclarecida e

preparada para as atividades, das quais ela será seu objeto

pr incipal. Para tanto, o responsável pelo empreendimento precisa

assegurar:

ampla divulgação por meio das mídias eletrônicas e impressas

disponíveis na região do empreendimento;

confecção de cartilhas e fo lders sobre a ação do Cadastro, assim

como de boletins informativos, com ampla distr ibuição dentro

das localidades rurais e urbanas dos municípios que integram a

região e fixação de avisos em murais existentes nos prédios

públicos e nas sedes de entidades representativas da

comunidade e de organizações não governamentais;

cr iação de meios para atendimento à população a ser

cadastrada durante todo o processo de cadastramento, de forma

a suprir suas necessidades de informação e esclarecimento

sobre as atividades relacionadas.

Nos casos em que não haja exigência de audiência pública no

processo de Licenciamento Ambiental, o responsável pelo

empreendimento deverá incluir no Plano de Comunicação formas

de apresentação à população da região de influência das

caracter ísticas do empreendimento, bem como dos impactos

socioambientais previstos.

3.1.4 Questionários

Os questionários são os instrumentos pelos quais o cadastrador

conduzirá as entrevistas com o público-alvo. Sua elaboração deverá

ter como referência o conteúdo mínimo previsto no Anexo II da

Portar ia Interminister ial , contemplando os seguintes objetivos:

a) traçar o perfil socioeconômico e cultural de todos os

atingidos, de acordo com as categorias de impacto descr itas

no art. 2º do Decreto nº 7.342/2010;

b) confirmar e/ou identificar possíveis relações socioeconômicas

e culturais estabelecidas entre a população das áreas dos

polígonos e demais comunidades fora dos seus limites, a fim

de favorecer a compreensão da dinâmica socioeconômica e

ambiental do terr itór io;

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c) subsidiar a elaboração dos programas de reparação das

perdas e danos mater iais, identificando especificidades da

população atingida, entre outras informações relevantes para

formulação dos refer idos programas e promoção da melho ria

das condições de vida dessas coletividades e sua inclusão

econômica.

Além de respeitar o conteúdo mínimo, a elaboração dos

questionários depende também da definição dos tipos de

entrevistas que serão desenvolvidas durante a etapa de campo do

Cadastro Socioeconômico: entrevistas estruturadas ou entrevistas

semiestruturadas ou a combinação de ambas , escolha essa que

levará em consideração o perfil do público -alvo de cada localidade.

Entrevistas estruturadas : reúnem questões

fechadas, de modo a facilitar a obtenção de

dados sobre o universo pesquisado, com maior

nível de uniformidade na informação. Ao

entrevistado são postas questões tal como

foram escr itas e há categorias de respostas

previamente definidas. Neste modelo a análise

de dados é simplificada, mas, por outro lado,

reduz a flexibil idade e a espontaneidade; não

há possibil idade de aprofundamento, o que

impede o cadastrador de captar as

circunstâncias e os elementos pessoais de cada

entrevistado.

Entrevistas semiestruturadas : caracter izam-

se pela existência de um roteiro previamente

preparado apenas como referência ao

desenvolvimento da entrevista, sem r igidez na

ordem e exploração das questões. A entrevista

poderá, até mesmo, ser desenvolvida em

grupos. Neste modelo, no qual a condução

exige uma boa preparação dos entrevistadores,

a entrevista vai se adaptando às possibil idades

do entrevistado, podendo até serem

introduzidas novas questões.

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3.2 PREPARATÓRIA

Uma vez aprovado o Plano Cadastral, é hora de colocá-lo em

prática. Nesta etapa preparatór ia, a preocupação da equipe técnica

volta-se para a logística destinada a apoiar o trabalho de campo,

ou seja, o cadastramento propriamente dito da população . Dentre

as pr incipais ações de preparação, destacam-se:

Mapeamento do trabalho de campo. Mapear a área a ser

percorr ida pelas equipes de campo, identificando as localidades

que deverão ser visitadas e definindo o melhor roteiro para

otimizar o percurso de cada equipe.

Programação das entrevistas. Estabelecer datas para visita em

cada localidade da área de influência do empreendimento ,

escalando as equipes responsáveis e preparando os respectivos

questionários a serem aplicados. É importante que os técnicos se

certifiquem quanto ao período das atividades econômicas que se

caracter izam pela sazonalidade, para que os respectivos

trabalhadores possam ser contemplados na programação das

entrevistas.

Plano de Comunicação. Colocar em prática o Plano de

Comunicação no que se refere às estratégias de divulgação do

Cadastro Socioeconômico e, especificamente, das entrevistas com

o público-alvo. Instalar os escr itór ios do empreendimento para

atender, informar, esclarecer e or ientar a população quanto às

atividades do Cadastro.

Reuniões informativas. Como parte do Plano de Comunicação, a

programação dessas reuniões informativas tem o objetivo de

prestar esclarecimentos e or ientações ao público -alvo sobre o

cadastramento, destacando as regras e as atividades do Cadastro ,

bem como as formas de participação da população em cada etapa

do processo. A programação dessas reuniões deve contemplar as

localidades da área de influência do empreendimento.

Treinamento das equipes de campo. A qualidade do Cadastro

Socioeconômico de cada empreendimento está diretamente

associada à qualidade da informação recolhida durante o trabalho

das equipes de campo. Para tanto, uma das atividades mais

importantes dessa etapa preparatór ia é o treinamento dos

cadastradores, visando capacitá - los para conduzir entrevistas

individuais ou coletivas.

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3.3 CAMPO

A etapa de campo é o momento tão aguardado das entrevistas com

a população, de forma individual ou coletiva. O empreendedor

deverá seguir seu planejamento e os cronogramas estabelecidos

para cada localidade.

A depender do

tamanho da área

de influência do

empreendimento

e do contingente

populacional a ser

coberto pelas

equipes de

campo, esta etapa

poderá durar

meses. Nesse sentido, é importante que o responsável pelo

empreendimento estabeleça canais de comunicação entre as

equipes de campo e a coordenação técnica do cadastramento. Esse

contato permanente será importante para avaliar o cumprimento

do cronograma, a recepção dos cadastrados e o desempenho de

cada entrevistador , para que sejam decididos possíveis ajustes ou

reprogramadas visitas em localidades em que as pessoas não

foram encontradas.

Em apoio ao trabalho das equipes de campo, a coordenação

técnica deverá destacar profissionais habilitados para proceder ao

georreferenciamento de dados visando a produção de informações

gráficas relativas às propriedades cadastradas.

De acordo com o art. 14 da Portar ia Interminister ial nº 340/2012,

o responsável pelo empreendimento tem o dever de fornecer cópia

do Cadastro aos cadastrados , no prazo máximo de 5 (cinco) dias

úteis. Desse modo, a coordenação técnica do Cadastro deverá cr iar

as condições para que esta exigência seja cumprida.

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3.4 RESULTADOS

Nesta etapa, inicialmente, todo o mater ial vindo da etapa de

campo passará por uma análise da equipe técnica do Cadastro. O

objetivo é sistematizar e consolidar as informações recebidas por

meio dos questionários e da documentação fornecida pelos

cadastrados. Busca-se, com isso, confer ir o enquadramento de

cada pessoa entrevistada em uma das categorias de impacto

previstas no art. 2º do Decreto nº 7.342/2010.

Divulgação da lista preliminar de cadastrados. A lista

preliminar de cadastrados será divulgada nos termos previstos no

art. 17 da Portar ia Interminister ial nº 340/2012 e de acordo com o

que foi programado no Plano de Comunicação do Cadastro.

Prazo de Consulta Pública. Este prazo começa a contar a partir

da divulgação da lista preliminar de cadastrados. Durante sua

vigência, o responsável pelo empreendimento deverá assegurar

toda a logística necessár ia para recepcionar as manifestações dos

interessados quanto a possíveis omissões detectadas na lista

preliminar. Os casos omitidos durante as entrevistas e nos

resultados, uma vez comprovados , passarão por análise da equipe

técnica, que decidirá sobre a pertinência de serem incluídos na

lista final de cadastrados.

Divulgação da Lista Final de Cadastrados. A lista final de

cadastrados só poderá ser divulgada após a análise de todas as

manifestações dos interessados interpostas durante o prazo de

Consulta Pública. A divulgação desta lista, a exemplo da lista

preliminar , deverá observar o prescr ito no aqui já refer ido art. 17

da Portar ia Interminister ial.

A rmazenamento das informações em banco de dados. Os

dados e as informações obtidas durante a etapa de campo deverão

ser armazenados e sistematizados em banco de dados, de acordo

com os modelos e aplicativos-padrão indicados pelo Comitê

Interminister ial do Cadastro Socioeconômico.

Validação do Cadastro Socioeconômico. Uma vez concluído o

trabalho de sistematização das informações em banco de dados, o

Cadastro Socioeconômico estará pronto para ser enviado ao Comitê

Interminister ial do Cadastro Socioeconômico, em Brasília, para ser

validado. Obtida a validação, o Cadastro poderá ser registrado em

cartór io da região onde se situa o empreendimento.

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ANEXOS

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Decreto nº 7.342, de 26 de outubro de

2010

Institui o cadastro socioeconômico

para identificação, qualificação e

registro público da população atingida

por empreendimentos de geração de

energia hidrelétr ica, cr ia o Comitê

Interminister ial de Cadastramento

Socioeconômico, no âmbito do

Ministér io de Minas e Energia, e dá

outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA , no uso da atr ibuição que

lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea "a", da Constituição, e

tendo em vista o disposto no art. 3º-A da Lei n. 9.427, de 26 de

dezembro de 1996,

DECRETA :

Art. 1º Fica instituído o cadastro socioeconômico, como

instrumento de identificação, qualificação e registro público da

população atingida por empreendimentos de geração de energia

hidrelétr ica.

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Parágrafo único. Deverá ser assegurada ampla publicidade

ao cadastro de que trata este Decreto.

Art. 2º O cadastro socioeconômico previsto no art. 1 o

deverá contemplar os integrantes de populações sujeitos aos

seguintes impactos:

I − perda de propriedade ou da posse de imóvel localizado

no polígono do empreendimento;

II − perda da capacidade produtiva das terras de parcela

remanescente de imóvel que faça limite com o polígono do

empreendimento e por ele tenha sido parcialmente atingido;

III − perda de áreas de exercício da atividade pesqueira e

dos recursos pesqueiros, inviabilizando a atividade extrativa ou

produtiva;

IV − perda de fontes de renda e trabalho das quais os

atingidos dependam economicamente, em virtude da ruptura de

vínculo com áreas do pol ígono do empreendimento;

V − prejuízos comprovados às atividades produtivas locais,

com inviabilização de estabelecimento;

VI − inviabilização do acesso ou de atividade de manejo dos

recursos naturais e pesqueiros localizados nas áreas do polígono

do empreendimento, incluindo as terras de domínio público e uso

coletivo, afetando a renda, a subsistência e o modo de vida de

populações; e

VII − prejuízos comprovados às atividades produtivas locais

a jusante e a montante do reservatór io, afetando a renda, a

subsistência e o modo de vida de populações.

Parágrafo único. Para os efeitos do disposto neste Decreto,

o polígono do empreendimento abrange áreas sujeitas à

desapropriação ou negociação direta entre proprietár io ou

possuidor e empreendedor, incluindo as áreas reservadas ao

canteiro de obras, ao enchimento do reservatór io e à respectiva

área de preservação permanente, às vias de acesso e às demais

obras acessór ias do empreendimento.

Art. 3º Fica instituído o Comitê Interminister ial do Cadastro

Socioeconômico, no âmbito do Ministér io de Minas e Energia, com

as seguintes funções:

I − apresentar, no âmbito do processo de licenciamento

ambiental, os requisitos para que o responsável pelo

empreendimento elabore o cadastro socioeconômico da população

atingida por empreendimentos de geração de energia hidrelétr ica;

e

II − acompanhar a elaboração do cadastro socioeconômico,

a ser realizada pelo responsável pelo empreendimento, e

manifestar-se sobre sua adequação.

§ 1º O Comitê será composto por representantes dos

Ministér ios de Minas e Energia, do Meio Ambiente, da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrár io, da Pesca e

Aquicultura e da Secretar ia -Geral da Presidência da República,

cabendo ao Ministér io de Minas e Energia a sua coordenação.

§ 2º O Comitê será integrado, ainda, por representantes

dos órgãos e entidades federais com atr ibuições relativas à

população atingida pelo empreendimento analisado, quanto aos

impactos refer idos no art. 2º.

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Art. 4º O cadastro socioeconômico e o funcionamento do

Comitê serão disciplinados em ato conjunto dos Ministér ios de

Minas e Energia, do Meio Ambiente, da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento, do Desenvolvimento Agrár io e da Pesca e

Aquicultura.

Art. 5º A Agência Nacional de Energia Elétr ica – Aneel

incluirá, nos contratos de concessão de uso do bem público e nos

editais de leilão, cláusula específica sobre responsabilidades do

concessionário, frente ao cadastro socioeconômico da população

atingida por empreendimentos de geração de energia hidrelétr ica.

Art. 6º Este Decreto se aplica aos empreendimentos a

serem licenciados a partir de janeiro de 2011.

Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua

publicação.

Brasília, 26 de outubro de 2010; 189º da Independência e

122º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA S ILVA

Wagner Gonçalves Rossi

Marcio Pereira Zimmermann

José Machado

Guilherme Cassel

Cleberson Carneiro Zavaski

Luiz Soares Dulci

Portaria Interministerial nº 340, de 1º

de junho de 2012

OS MINISTROS DE ESTADO DE MINAS E ENERGIA, DO

MEIO AMBIENTE, DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E

ABASTECIMENTO, DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO E DA

PESCA E AQUICULTURA, no uso das atr ibuições que lhes

confere o art. 87, parágrafo único, incisos II e IV, da

Constituição, e tendo em vista o disposto no Decre to nº

7.342, de 26 de outubro de 2010,

resolvem:

CAPÍTULO I

DOS OBJET IV OS

Art. 1º Estabelecer competências e procedimentos

para a execução do Cadastro Socioeconômico para fins de

identificação, quantificação, qualificação e registro público

da população atingida por empreendimentos de geração de

energia hidrelétr ica, nos termos previstos no Decreto nº

7.342, de 26 de outubro de 2010.

Art. 2º O objetivo precípuo do Cadastro

Socioeconômico é a obtenção de informações que servirão de

subsídios para adequadas mitigação, reparação e

45

Page 46: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME · Ministério de Minas e Energia, e com o envolvimento direto dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Pesca e Aquicultura,

compensação à população atingida por impactos causados

por empreendime nto s de geração de energia hidrelétr ica .

Parágrafo único. O mero cadastramento não gera

direitos nem obrigações para pessoas cadastradas e para

responsáveis por empreendimento de geração, à exceção dos

constantes do art. 6º.

CAPÍTULO II

DA COMPOSIÇÃ O

Art. 3º O Cadastro Socioeconômic o será composto por:

I - registro individualizado das informações obtidas

por meio de questionári os e entrevistas;

II - dados e informações sistematizados a partir dos

questionár ios e entrevistas concedidas pelos cadastrados;

III - informações gráficas, como imagens digitais e

cartográficas, incluindo coordenadas geográficas

georreferenci adas ao S istema Geodésico Brasileiro;

IV - em caráter complementar, dados e informações

obtidos junto a universidades, órgãos públicos presentes na

região, organizações não governamentais e entidades de

classe que possam auxiliar na identificação da população

atingida; e

V - informações agregadas e descr ição analítica de

relações socioeconômi ca s e culturais, conforme Anexo II.

Parágrafo único. Os dados cartográficos devem

obedecer às normas técnicas da cartografia nacional,

conforme Decreto nº 89.817, de 20 de junho de 1984.

CAPÍTULO III

DAS RESPONSABILI DA D ES

Art. 4º O Cadastro Socioeconômico estará a cargo da

empresa autor izada pelos órgãos públicos competentes para

proceder aos Estudos de Viabilidade Técnica e Econômica

(EVTE), assegurada a revisão nos casos previstos no art. 22

desta Portar ia.

Parágrafo único. As atividades de elaboração do

Cadastro Socioeconômico serão realizadas,

preferencialmente, em concomitância com a etapa da Licença

Prévia do empreendime nto de geração.

Art. 5º O responsável pelo empreendimento arcará

com os custos inerentes à realização do Cadastro

Socioeconômi c o.

§ 1º O vencedor do Leilão, autor izado ou

concessionário deverá ressarcir os custos de realização do

Cadastro Socioeconômico, nos termos do art. 21 da Lei nº

8.987, de 13 de fevereiro de 1995, do art. 28 da Lei nº

9.427, 26 de dezembro de 1996, e das Resoluções da

Agência Nacional de Energia Elétr ica - ANEEL que

regulamentam a forma e as condições de compensação dos

custos dos estudos aprovados que integram o objeto da

concessão pública.

46

Page 47: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME · Ministério de Minas e Energia, e com o envolvimento direto dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Pesca e Aquicultura,

§ 2º Nos casos em que o Cadastro Socioeconômico não

for finalizado até a realização do Leilão, o ressarcimento dos

custos será proporcional aos valores despendidos, observada

a legislação citada no § 1o deste artigo, ficando a cargo do

concessionár io ou autor izado a conclusão do trabalho.

Art. 6º A ANEEL incluirá, nos Contratos de Concessão

de Uso do Bem Público e nos Editais de Leilão, cláusula

específica sobre a responsabilidade do Concessionário, ante

o Cadastro Socioeconômico da população atingida por

empreendimento de geração de energia hidrelétr ica,

conforme o estabelecido no Decreto nº 7.342, de 2010.

Art. 7º O processo de elaboração do Cadastro

Socioeconômico deverá ser acompanhado pelo Comitê

Interminister ial do Cadastro Socioeconômico, nos termos do

art. 3o do Decreto nº 7.342, de 2010.

CAPÍTULO IV

DO PLANO CADASTRAL

Art. 8º Para a elaboração do Cadastro

Socioeconômico, o responsável pelo empreendimento deverá

submeter à apreciação do Comitê Interminister ial um Plano

Cadastral, contemplando os seguintes requisitos:

I - indicação de Responsável Técnico pela execução do

Cadastro, com registro no órgão de classe, nos casos em que

couber, e registro no Cadastro Técnico Federal do Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis - IBAMA, conforme preconiza a Lei nº 6.938, de

31 de agosto de 1981;

II - constitui ção de duas Equipes:

a) Equipe Técnica, com a atr ibuição de elaborar o

Plano Cadastral, bem como preparar os questionários a

serem util izados durante o cadastramento e sistematizar e

consolidar as informações com vistas à divulgação dos

resultados e o seu armazenamento em Banco de Dados; e

b) Equipe de Campo, capacitada para proceder ao

cadastramento propriamente dito da população atingida;

III - apresentação de Plano de Comunicação, a partir

das diretr izes descr itas no Anexo I e nos arts. 10 e 11 desta

Portar ia e da observância quanto aos meios e prazos de

divulgação das informações relativas ao Cadastro

Socioeconômi c o;

IV - apresentação dos questionários a serem aplicados

aos cadastrados com base no conteúdo mínimo especificado

no Anexo II desta Portar ia; e

V - cr iação de meios na região do empreendimento

para assegurar atendimento ao público alvo do

cadastramento durante todo o processo do Cadastro

Socioeconômico, conforme Diretr izes para o Plano de

Comunicaçã o, descr itas no Anexo I desta Portar ia.

Parágrafo único. Nos eventuais casos em que não haja

exigência de Audiência Pública no Processo de Licenciamento

Ambiental, o responsável pelo empreendimento deverá incluir

no Plano de Comunicação do Cadastro Socioeconômico

formas de apresentação, à população da região de influência,

47

Page 48: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME · Ministério de Minas e Energia, e com o envolvimento direto dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Pesca e Aquicultura,

das caracter ísticas do empreendimento, bem como dos

impactos socioambien ta is previstos.

Art. 9º O Comitê Interminister ial deverá avaliar o

Plano Cadastral no prazo de tr inta dias após o seu

recebimento e, na hipótese do cumprimento dos requisitos

estipulados nesta Portar ia, autor izará o responsável pelo

empreendimento a iniciar as atividades do respectivo

Cadastro Socioeconôm ic o.

Parágrafo único. Considerando as particular idades de

cada empreendimento, o Comitê Interminister ial poderá

solicitar ao responsável pelo empreendimento o atendimento

a outros requisitos para compor o Plano Cadastral.

CAPÍTULO V

DA DIVULGAÇ ÃO

Art. 10. O responsável pelo empreendimento

assegurará ampla divulgação das atividades do Cadastro

Socioeconômico junto ao público-alvo no decorrer de cada

etapa do processo, mediante o uso dos seguintes meios de

comunicaçã o:

a) emissoras de televisão locais e regionais;

b) emissoras de rádio locais e regionais;

c) rede mundial de computadore s (Interne t);

d) per iódicos locais ou regionais;

e) outros meios de comunicação, tais como cartazes,

folders, carros de som; ou

f) promoção de reuniões informativas.

Art. 11. O responsável pelo empreendimento deverá

observar os seguintes prazos de veiculação para divulgação

de informações relativas ao Processo de Cadastramento:

I - informações sobre datas e locais de visitas para

entrevistas e aplicação dos questionários serão divulgadas

por, no mínimo, tr inta dias anter iores ao início do

cadastramento propriamente dito, conforme definição do

cronograma para cada localidade; e

II - informações quanto aos resultados do Cadastro,

tais como: locais para consulta pública, formas de

manifestação dos interessados e demais or ientações relativas

às ações poster iores ao cadastramento, serão divulgadas por

sessenta dias após a disponibilização da relação dos

cadastrados.

CAPÍTULO VI

DO CADASTRAMENTO

Art. 12. O cadastramento será efetuado com a

aplicação de questionário ao público alvo, mediante

entrevistas estruturada s e semiestrutura das .

Parágrafo único. O cadastramento incluirá também a

população envolvida em atividades produtivas caracter izadas

pela sazonalidade.

CAPÍTULO VII

DA IDENT IF IC AÇÃ O

48

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Art. 13. O enquadramento do cadastrado em uma das

categorias de impacto relacionadas no art. 2o do Decreto nº

7.342, de 2010, poderá ocorrer mediante o atendimento às

condições de identificação dispostas no Anexo III desta

Portar ia.

§ 1o As informações prestadas pelo cadastrado serão

de caráter declaratór io, presumindo-se a veracidade das

declarações.

§ 2o Em caráter complementar à documentação

relacionada no Anexo III desta Portar ia, outros documentos

poderão ser anexados aos Cadastros Individuais, seja por

solicitação do responsável pelo empreendimento, seja por

vontade da pessoa cadastrada.

CAPÍTULO VIII

DO ACESSO ÀS INFORMAÇ ÕES

Art. 14. O acesso dos cadastrados ao conteúdo de seu

cadastro será assegurado:

a) pelo responsável pelo empreendimento, que deverá

fornecer cópia do questionário aos cadastrados no prazo

máximo de cinco dias úteis após a realização da entrevista; e

b) pela Coordenação do Comitê Interminister ial, após

a validação do Cadastro Socioeconômico, mediante

solicitação formal, com prazo de atendimento de até quinze

dias.

Art. 15. O acesso de terceiros ao Cadastro

Socioeconômico dos empreendimentos se limitará às

informações agregadas e dados estatísticos da população

atingida.

Art. 16. Fora das situações previstas nos arts. 14 e 15

desta Portar ia, as informações individuais do Cadastro

Socioeconômico deverão ser protegidas nos termos do art. 31

da Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011.

Parágrafo único. Mediante cláusula de garantia do

respectivo sigilo, o Cadastro Socioeconômico estará à

disposição das empresas habilitadas a participar da licitação

do empreendimento, conforme o art. 21 da Lei nº 8.987, de

1995, e nos termos especificados no respectivo Edital.

CAPÍTULO IX

DOS RESULTA DOS

Art. 17. A lista preliminar dos cadastrados será

disponibilizada pelo responsável pelo empreendimento para

Consulta Pública, sem prejuízo do uso de outros meios, da

seguinte forma:

a) publicação em periódico local e regional;

b) disponibili zaç ão via rede mundial de computadores;

c) afixação em locais públicos, contemplando os meios

rural e urbano dos Municípios que integram o polígono do

empreendime nto .

Art. 18. Fica estabelecido o prazo de sessenta dias,

contados a partir da data de publicação da lista preliminar

dos cadastrados, para manifestaçã o dos interessado s.

49

Page 50: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME · Ministério de Minas e Energia, e com o envolvimento direto dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Pesca e Aquicultura,

Parágrafo único. Fica assegurada, conforme as

manifestações interpostas, a inclusão de novos cadastrados

se comprovada a sua pertinência .

Art. 19. O responsável pelo empreendimento

providenciará, após a apreciação dos casos omissos, a

divulgação da lista final dos cadastrados, util izando os

mesmos meios previstos no art. 17 desta Portar ia.

CAPÍTULO X

DA APROVAÇÃO DO CADASTRO

Art. 20. O Cadastro Socioeconômico será encaminhado

ao Comitê Interminister ial, que, no prazo de sessenta dias,

se pronunciará sobre sua adequação às normas estabelecidas

nesta Portar ia Intermini ster i al.

§ 1º As informações do Cadastro Socioeconômico

(dados, mapas e imagens) deverão ser sistematizadas, pelo

responsável pelo empreendimento, em banco de dados, de

acordo com modelo e aplicativo definido pela Coordenação

do Comitê Intermin is ter ial .

§ 2º As comprovações relativas ao cumprimento do

Plano de Comunicação e da capacitação da Equipe de Campo,

deverão ser encaminhadas à Coordenação do Comitê

Intermini s ter i al .

Art. 21. O Cadastro Socioeconômico será registrado

em Cartór io de Registro de Títulos e Documentos da região

do empreendimento, em até quinze dias úteis após a data de

sua validação pelo Comitê Interminister ial, providência esta

a cargo do responsáve l pelo empreendime nto.

CAPÍTULO XI

DA REVISÃO DO CADASTRO

Art. 22. O Cadastro Socioeconômico poderá ser

revisado nos seguintes casos:

I - alteração no projeto ou no polígono do

empreendimento com consequências sobre o público alvo do

cadastramento, conforme art. 2º do Decreto nº 7.342, de

2010;

II - erro mater ial por falta de cadastramento de

pessoas, em razão de sua ausência temporár ia durante o

per íodo de realização do cadastro, desde que devidamente

comprovada pelos interessados; e

III - solicitação do Comitê Interminister ial do Cadastro

Socioeconômico, após dois anos da realização do Leilão do

empreendimento ou registro público, tendo em vista o

concessionário não ter iniciado, de acordo com a avaliação

do Comitê Interminister ial, o processo de negociação e

implementação das medidas reparadoras com a população

atingida.

CAPÍTULO XII

DO COMITÊ INTERMINISTER IA L

Art. 23. O Comitê Interminister ial do Cadastro

Socioeconômico terá seu funcionamento disciplinado por

50

Page 51: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME · Ministério de Minas e Energia, e com o envolvimento direto dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Pesca e Aquicultura,

Regimento Interno específico, proposto e aprovado por seus

membros.

§ 1º Os Ministros de Estado e o Secretár io -Geral da

Presidência da República designarão, em ato específico,

titular e suplente para comporem o Comitê.

§ 2º A participação no Comitê Interminister ial não

enseja qualquer tipo de remuneração.

Art. 24. Esta Portar ia entra em vigor na data de sua

publicação .

EDISON LOBÃO

Ministro de Estado de Minas e Energia

IZABELLA TEIXEIRA

Ministra de Estado do Meio Ambiente

MENDES RIBEIRO FILHO

Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária

e Abastecimento

GILBERT O JOSÉ SPIER VARGAS

Ministro de Estado do Desenvol vime nto Agrár io

MARCELO BEZERRA CRIVELLA

Ministro de Estado da Pesca e Aquicultura

A NEXO I

DIRETRIZES PA RA O PLA NO DE COMUNICA ÇÃ O DO

CA DA STRO SOCIOECONÔMICO

1. DEFINIÇÃO. O Plano de Comunicação consistirá no planejamento

das ações de comunicação e divulgação de informações relativas

ao processo de cadastramento socioeconômico.

2. OBJETIVO GERAL. Informar, esclarecer e preparar a população

da região onde se localiza o empreendimento hidrelétr ico para o

cadastramento socioeconômico, com vistas a promover a

publicidade e a transparência do processo em todas as suas

etapas, bem como a segurança das pessoas a serem cadastradas.

3. PÚBLICO ALVO. População sujeita aos impactos previstos no art.

2º do Decreto nº 7.342, de 2010.

4. MEIOS DE COMUNICAÇÃO. Visando alcançar o conjunto do

público alvo para mantê-lo informado e devidamente or ientado

quanto a participação no processo de cadastramento, o

responsável pelo empreendimento deverá assegurar:

4.1. ampla divulgação por meio das mídias eletrônicas e impressas

disponíveis na região;

4.2. confecção de cartilhas e folders sobre a ação a ser

desencadeada, assim como de boletins informativos sobre o

Cadastro Socioeconômico, com ampla distr ibuição dentro das

localidades rurais e urbanas dos municípios que integram a região

e fixação de avisos em murais existentes nos prédios públicos e

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Page 52: MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME · Ministério de Minas e Energia, e com o envolvimento direto dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, da Pesca e Aquicultura,

nas sedes de entidades representativas da comunidade e de

organizações não governamentais; e

4.3. cr iação de meios para atendimento à população a ser

cadastrada, durante todo o Processo de Cadastramento, de forma a

suprir suas necessidades de informação e esclarecimento sobre a

atividade. O empreendedor poderá instalar escr itór ios, estandes de

informação, serviço 0800, entre outros meios. O importante é que

a definição e a amplitude desses meios considerem a magnitude

dos impactos do empreendimento e a estimativa e distr ibuição da

população a ser atingida pela área de influência.

5. AÇÕES DE COMUNICAÇÃO. O responsável pelo empreendimento

deverá indicar, no Plano de Comunicação, os meios para

desenvolver as seguintes ações conforme as Etapas do Processo de

Cadastramento:

5.1. Etapa Preparatór ia, que envolve as atividades preparatór ias

relativas aos trabalhos de campo:

5.1.1. divulgação dos objetivos do Cadastro Socioeconômico;

5.1.2. divulgação da área de abrangência do Cadastro

Socioeconômico;

5.1.3. divulgação do público-alvo e dos cr itér ios e da

documentação para a identificação dos atingidos pelo

empreendimento;

5.1.4. divulgação das datas e localidades a serem visitadas pela

equipe de cadastradores para aplicação dos questionários, com

observância do disposto no art. 11, inciso I, desta Portar ia

Interminister ial.

5.2. Etapa de Campo, que corresponde às atividades de aplicação

dos questionários:

5.2.1 reforço na divulgação das informações básicas relativas ao

Cadastro Socioeconômico, necessár ias ao conhecimento e à

segurança do público-alvo.

5.3. Etapa de Resultados, que compreende as atividades realizadas

após os trabalhos de campo, com observância para o disposto no

art. 11, inciso II, desta Portar ia Interminister ial:

5.3.1. divulgação da lista preliminar dos cadastrados, por

Município;

5.3.2. divulgação dos meios e locais para que os interessados

busquem informações sobre o resultado de seu possível

cadastramento; e

5.3.3. divulgação dos meios, locais e prazos para manifestaçã o

pública.

A NEXO II

CONTEÚDO MÍNIMO PA RA A ELA BORA ÇÃ O DOS

QUESTIONÁ RIOS A SEREM A PLICA DOS POR MEIO DE

ENTREV ISTA S

I - CONTEÚDO MÍNIMO DO QUESTIONÁRIO

O questionário do Cadastro deve apresentar questões que

possibil item:

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a) traçar o perfil socioeconômico e cultural de todos os atingidos,

de acordo com as categorias de impacto descr itas no art. 2 º do

Decreto nº 7.342, de 2010;

b) confirmar e/ou identificar possíveis relações socioeconômicas e

culturais estabelecidas entre a população das áreas dos polígonos e

demais comunidades fora dos seus limites, a fim de favorecer a

compreensão da dinâmica socioeconômica e ambiental do

terr itór io; e

c) subsidiar a elaboração dos programas de reparação das perdas e

danos mater iais, identificando especificidades da popula ção

atingida, entre outras informações relevantes para formulação dos

refer idos programas e promoção da melhoria das condições de vida

dessas coletividades e sua inclusão econômica.

II - ITEMIZAÇÃO DO CONTEÚDO MÍNIMO DO CADASTRO

1) Identificação do Responsável Técnico e do Cadastrador

Finalidade/Função: identificação do Responsável Técnico e do

Pesquisador de Campo, devendo o pr imeiro ter registro de

inscr ição no CTF e o segundo ser devidamente habilitado para o

trabalho; identificar a data e o local de aplicação da entrevista,

com finalidade de favorecer o processo de avaliação e auditagem

da etapa de Execução do Cadastro, bem como possíveis

adequações e atualizações de seu conteúdo.

ITEM INFORMAÇÃO ITEM INFORMAÇÃO

1 Nome da empresa e do responsável técnico

4 Número do Cadastro

2 Número de inscrição no Cadastro Técnico Federal

5 Nome do cadastrador/entrevistador

3 Data e local de realização da entrevista

2) Identificação do A t ingido - Levantamento de Dados

Pessoais

Finalidade/Função: levantamento de informações básicas de

identificação do responsável pela família ou grupo doméstico

atingido, essenciais ao registro público do Cadastro e

desenvolvimento dos programas de ressarcimento; o tempo de

residência ou vínculo auxilia a avaliação do impacto; deve constar

o endereço de residência e postal, assim como demais registros

que permitam a identificação do imóvel e áreas de exercício das

atividades pesqueiras; identificar a naturalidade, escolar idade e

estado civil, visando obter um adequado perfil do atingido; a data

de nascimento visa ver ificar possível maior idade de membro da

família, em qualquer etapa do processo e para definir as

estratégias futuras.

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ITEM INFORMAÇÃO ITEM INFORMAÇÃO

1 Nome completo do responsável familiar

9 Telefone para contato

2

Vínculo da família com o imóvel ou vínculo com as áreas de exercício das atividades pesqueiras RGP – Registro Geral de Atividade Pesqueira

10 Sexo

3 Tempo de residência ou vínculo

11 Idade

4 Profissão principal e outras atividades que complementam sua renda

12 Data de nascimento

5 CPF (pessoa física) ou CNPJ (pessoa jurídica)

13 Naturalidade

6 Inscrição como produtor rural (se houver)

14 Estado civil

7

Endereço postal (logradouro, bairro, CEP, cidade, coordenadas geográficas)

15 Assentado de reforma agrária

8 Endereço de residência

3) Perfil do A t ingido - Levantamento de Dados

Socioculturais

Finalidade/Função: compreender as condições sociais do

atingido, por meio da análise de informações a respeito das

pr incipais dimensões sociais. Compreender o seu modo de vida e

as relações culturais predominantes, estabelecidas a partir da

parcela terr itor ial e/ou unidade imobiliár ia, a fim de se traçar um

perfil da identidade local. Objetiva -se também verificar a

importância da rede de relações sociais para a conservação da

estrutura familiar e comunitár ia, a forma de organização da cadeia

produtiva, a reprodução social e cultural do grupo, as relações

políticas internas e intragrupais, o grau de vulnerabilidade da

população estudada e os pr incipais conf litos locais. Embora a

pesquisa tenha como referência a unidade imobiliár ia, ela não se

limita à área do polígono do empreendimento, ainda que não gere

direitos e obrigações, podendo o Cadastro ser aplicado em parcelas

terr itor iais de domínio público, áreas de exercício das atividades

pesqueiras e reservas ambientais, onde se estabeleçam

comunidades, pequenos povoados ou famílias isoladas. Tais

informações cumprem duas funções pr incipais: identificar, a partir

da entrevista, situações de trabalho sazonal que exijam a inclusão

no Cadastro, inclusive de grupos especiais, como idosos e

deficientes; e subsidiar a elaboração dos programas de

ressarcimento.

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ITEM INFORMAÇÃO ITEM INFORMAÇÃO

1 Número de filhos e dependentes

11 Estrutura de transporte (principais vias de acesso)

2

Nome, idade, sexo, estado civil, profissão, residência e vínculo de dependência dos filhos e dependentes em relação ao imóvel e às áreas de exercício das atividades extrativistas/pesqueiras.

12 Acesso a serviços de energia (outras fontes de energia)

3 Escolaridade dos filhos e dependentes

13 Acesso a serviço de telefonia

4 Local onde estudam filhos e dependentes

14 Estrutura de esgotamento sanitário

5 Número e nome de idosos e deficientes

15

Estrutura de abastecimento de água; fonte de água utilizada na propriedade (cacimba/poço artesiano/nascente/outros)

6 Número de famílias que ocupam o mesmo imóvel

16

Nível de participação social (sindicatos, colônias, associações, cooperativas e outros)

7

Nome do responsável familiar da família desmembrada ou agregada (*)

17 Outras relações de parentesco na área de abrangência do empreendimento

8 Rede de saúde utilizada (localização)

18

Principais atividades culturais e tradicionais (participa de associações ou grupos culturais, de artesãos, grupos folclóricos, festas tradicionais, grupos musicais e religiosos etc. – identificar e localizar)

9 Tipo e condições de habitação

19

Principais atividades de lazer, esporte e recreação (participa de associações recreativas, esportivas, clubes diversos e outras atividades de lazer − tipo e localização)

10 Rede de educação utilizada (localização)

20 Situações de conflitos e/ou litígios (de ordem social, ambiental ou econômica)

(*) Em caso de mais de uma família no mesmo imóvel, rea lizar nova ent rev ista

com o responsável f amiliar.

4) Perfil do A t ingido - Levantamento de Dados de Trabalho

e Renda

Finalidade/Função: identificar as condições de trabalho,

ocupação e renda da população atingida e sua relação com os

recursos naturais e pesqueiros do terr itór io abr angido pelo

empreendimento, no que se refere à atividade produtiva comercial

e de subsistência. Tais informações cumprem a função de

identificar a situação da família, ver ificar possíveis relações de

dependência com atividades que se desenvolvem dentro das áreas

inundadas, subsidiar os programas de remanejamento e

recomposição de renda e identificar as consequências econômicas

para o terr itór io.

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ITEM INFORMAÇÃO ITEM INFORMAÇÃO

1 Ocupação (atividades atuais)

6 Pessoas da família que trabalham (ocupação e local da atividade)

2

Locais onde se realizam a atividade profissional, inclusive as áreas de exercício das atividades extrativistas/pesqueiras

7

Formação da renda familiar (principais fontes de renda: aposentadoria/produção agrícola/produção animal/extrativismo/pesca/outras remunerações)

3 Condições da atividade (Registro profissional ou informal)

8

Principais atividades de subsistência (pesca, aquicultura, extrativismo, plantas medicinais, artesanato e outros)

4 Rendimento mensal do responsável familiar

9 Dados de associativismo e cooperativos

5 Rendimento médio mensal familiar

10 Crédito, incentivos fiscais e demais políticas públicas direcionadas à produção

5) Identificação das Relações Econômicas e Caracterização

da Propriedade - Levantamento de Dados Produtivos e

Imobiliários

Finalidade/Função: o conjunto de informações do quadro abaixo

objetiva atender a três finalidades:

1º) identificar a propriedade afetada pelo polígono do

empreendimento, contudo, reservando para o laudo de avaliação o

detalhamento de informações para a valoração final dos bens, o

que não cabe ao Cadastro. As informações restr ingem-se aos

aspectos econômicos e produtivos da propriedade e das áreas de

exercício das atividades extrativistas, inclusive pesqueiras, a fim de

ver ificar a composição da renda familiar, sua localização precisa e

sua aptidão produtiva;

2º) identificar, a partir do imóvel atingido e das áreas de exercício

das atividades extrativistas dentro do polígono do

empreendimento, as relações de dependência econôm ica e

influência desta área sobre as atividades de outras famílias e

comunidades que não estejam instaladas dentro dos limites dos

polígonos, mas que sofram perdas de fonte de renda e trabalho e

prejuízos às atividades locais, conforme especificado nos itens IV e

V do art. 2º do Decreto nº 7.342, de 2010, estando, portanto,

aptas ao cadastramento;

3º) identificar atividades econômicas sazonais, agr ícolas, extrativas

e tur ísticas, que componham a renda familiar e que possam ser

inviabilizadas, afetando a renda, a subsistência e o modo de vida

das populações, nos moldes dos itens VI e VII do art. 2º do

Decreto nº 7.342, de 2010.

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ITEM INFORMAÇÃO ITEM INFORMAÇÃO

1

Identificação do imóvel ou da área de exercício das atividades pesqueiras/extrativistas.

13 Maquinários, apetrechos e equipamentos (tipo e quantidade)

2 Localização (gleba, lote, localidade, município) 14

Produção agrícola, pesqueira e pecuária anual (quant.)

3

Condições de domínio (propriedade, posse, arrendamento, cessão), situação fiscal (NIRF ou inscrição na Prefeitura Municipal) e situação cadastral (INCRA − CCIR, SPU, RGP etc.)

15

Atividade industrial na propriedade (abatedouro, fecularia, curtume, laticínio, cerealistas, áreas de processamento de pescado, pequenas usinas de beneficiamento e outros)

4 Coordenadas gráficas do imóvel (GPS)

16

Principais relações comerciais (elos de comercialização da produção: cooperativa, associação, cerealista, particular, direto ao consumidor, outros – identificação e localização)

5 Fotografias do imóvel ou das áreas de exercício das atividades pesqueiras

17

Fornecedores de matéria-prima para atividade de beneficiamento na propriedade (nomes e localidade)

6 Medidas e limites da área − Área total do imóvel (ha)

18 Renda anual bruta

7 Grau de afetação do imóvel (%)

19

Mão de obra na propriedade (familiar ou contratada) Mão de obra empregada nas atividades de pesca e aquicultura e atividades extrativistas

8

Instalações agropecuárias, pesqueiras e aquícolas (quantidade e área total/m²)

20

Uso e ocupação do solo no último ano (ha) (cultura anual, cultura perene, pastagem perene, floresta ou mata, reflorestamento ou sistemas agroflorestais, açudes, sede e edificações)

9

Outras benfeitorias (casa, galpão, paiol, silo, trapiches, áreas de desembarques e outra − quantidade e área total em m²)

21 Financiamentos em curso

10 Número total de animais (confinado e extensivo)

22 Integra programa de assistência técnica

11 Dimensionamento da área de exercício de atividade pesqueira (Km do rio)

23

Condições ambientais da propriedade, posse ou cessão (nascentes, rios ou córregos, APP´s, reserva legal, áreas degradadas – situação)

12

Atividades comerciais e prestadoras de serviços − estabelecimentos, instalações para armazenagem de produtos no atacado e varejo etc.

24

Principais dificuldades por ordem de prioridade (falta assistência técnica, falta financiamento, dificuldade na comercialização, baixa fertilidade do solo, falta mão de obra, falta armazenamento, baixo preço dos produtos, elevado preço dos insumos e outras)

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A NEXO III

COMPROVA ÇÃ O NECESSÁ RIA PA RA FINS DE REPA RA ÇÃ O

(A rt igos 10 e 11 desta Portaria Interministerial)

CATEGORIAS DE

IMPACTO PÚBLICO-ALVO COMPROVAÇÃO NECESSÁRIA OBSERVAÇÕES

I − Perda de propriedade ou da posse de imóvel localizado no polígono do empreendimento

- Proprietários - Posseiros rurais e urbanos - Assentados da reforma agrária

Um dos seguintes documentos: - Escritura do imóvel ou - Título ou registro de propriedade do imóvel Documentos complementares: - Carnê de IPTU ou ITR - Termo de Posse ou Direito de Uso emitido em Cartório de Títulos e Documentos - Termo de posse da Concessão de Uso ou título emitido pelo órgão responsável pelo projeto de assentamento da reforma agrária

- Declaração de Imposto de Renda

II − Perda da capacidade produtiva das terras de

parcela remanescente de imóvel que faça limite com o polígono do empreendimento e por ele tenha sido parcialmente atingido

- Proprietários

- Posseiros e assentados da reforma agrária de áreas rurais remanescentes

Um dos seguintes documentos: - Escritura do imóvel ou - Título ou registro de propriedade do imóvel Documentos complementares:

- Carnê de IPTU ou ITR - Termo de Posse ou Direito de Uso emitido em Cartório de Títulos e Documentos - Termo de posse da Concessão de Uso ou título emitido pelo órgão responsável pelo projeto de assentamento da reforma agrária - Declaração de Imposto de Renda

Parâmetros a serem observados da parcela remanescente do imóvel: - Classe de capacidade de uso do solo

- Módulo mínimo regional para a subsistência da família - Plano de Desenvolvimento do Assentamento e - Capacidade de manutenção da mesma atividade produtiva anterior à implantação do empreendimento

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CATEGORIAS DE

IMPACTO PÚBLICO-ALVO COMPROVAÇÃO NECESSÁRIA OBSERVAÇÕES

III - Perda de áreas de exercício da atividade

pesqueira e dos recursos pesqueiros, inviabilizando a atividade extrativa ou produtiva

Produtores das atividades pesqueiras ou que utilizem recursos

pesqueiros dentro dos limites do polígono do empreendimento, em áreas não proibidas por lei. São pescadores e aquicultores

- Registro Geral da Pesca – RGP, nos termos da Lei nº 11.958/2009 e da Instrução Normativa nº 2, de 25 de janeiro de 2011 - Cadastramento em instituição associativa ou

cooperativista com atuação nas áreas de exercício da atividade pesqueira e dos recursos pesqueiros impactados pelo empreendimento - Emissão de nota fiscal de comercialização da produção, com comprovação de autenticação da nota nos órgãos competentes ou empresa compradora

IV - Perda de fontes de renda e trabalho das quais os atingidos dependam economicamente, em

virtude da ruptura de vínculo com áreas do polígono do empreendimento

Área Rural: Produtores, arrendatários, parceiros, meeiros, comerciantes, trabalhadores rurais permanentes ou sazonais, filhos maiores de 18 anos

ou emancipados de produtores rurais cadastrados com vínculo de moradia e trabalho na área do polígono do empreendimento

Rural: - Contrato de arrendamento ou parceria, em vigência e registrado, relativo ao imóvel localizado no polígono do empreendimento - Declaração do arrendamento ou da parceria de trabalho pelo proprietário ou posseiro do imóvel rural no Cadastro Socioeconômico - Emissão de nota fiscal de comercialização da produção, com comprovação de autenticação da nota nos órgãos competentes ou empresa compradora

- Bloco de produtor rural, em nome do requisitante - Históricos ou boletins escolares próprios e dos filhos - Informações existentes em cooperativas, associações produtivas, mercados, lojas, hospitais, bancos, sindicatos e igrejas - Certidão de nascimento e casamento - Carteira de vacinação dos filhos - Certificado de reservista - Ficha de criação e vacinação do gado

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CATEGORIAS DE

IMPACTO PÚBLICO-ALVO COMPROVAÇÃO NECESSÁRIA OBSERVAÇÕES

IV - Perda de fontes de renda e trabalho das quais os atingidos dependam economicamente, em

virtude da ruptura de vínculo com áreas do polígono do empreendimento (continuação)

Área Urbana: Produtores, trabalhadores, comerciantes, prestadores de serviço com

dependência econômica e com vínculo de moradia e trabalho na área do polígono do empreendimento

Rural e urbano - Carteira de Trabalho e Previdência Social - Declaração do vínculo de trabalho pelo proprietário ou posseiro do imóvel rural ou urbano no Cadastro Socioeconômico - Recibos de pagamento pelos serviços prestados - Históricos ou boletins escolares próprios e dos filhos

- Informações existentes em cooperativas, associações produtivas, mercados, lojas, hospitais, bancos, sindicatos e igrejas - Certidão de nascimento casamento - Carteira de vacinação dos filhos - Certificado de reservista

V − Prejuízos comprovados às atividades produtivas locais, com inviabilização de estabelecimento

Produtores, comerciantes e prestadores de serviço, estabelecidos fora do polígono do empreendimento, que tenham seu estabelecimento ou atividade inviabilizados.

- Registro do estabelecimento, empresa ou atividade no órgão competente (Junta Comercial) - Comprovantes contábeis que demonstrem a inviabilização do empreendimento, empresa ou atividade em virtude da implantação do empreendimento - Comprovante do estabelecimento físico e das relações comerciais interrompidas em decorrência da implantação do empreendimento hidrelétrico

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CATEGORIAS DE

IMPACTO PÚBLICO-ALVO COMPROVAÇÃO NECESSÁRIA OBSERVAÇÕES

VI − Inviabilização do acesso ou de atividade de manejo dos recursos naturais e pesqueiros localizados nas áreas do polígono do empreendimento,

incluindo as terras de domínio público e uso coletivo, afetando a renda, a subsistência e o modo de vida de populações

Produtores e trabalhadores das atividades pesqueiras e extrativistas ou que utilizem recursos pesqueiros ou naturais em

áreas não proibidas por lei, como pescadores, aquicultores, mineradores, garimpeiros.

- Registro profissional em instituição com atuação nas áreas de exercício da atividade pesqueira e dos recursos pesqueiros impactados pelo empreendimento - Comprovante de vínculo de trabalho (Carteira de Trabalho), ou da condição de produtor nas áreas de exercício da atividade pesqueira e extrativista e dos recursos pesqueiros e naturais inviabilizados - Para o caso de atividades de extração de minérios, Licença Municipal, Licença Ambiental e Concessão, Autorização ou Licença do Departamento Nacional de

Produção Mineral para realização da atividade de extração - Emissão de nota fiscal de comercialização da produção, com comprovação de autenticação da nota nos órgãos competentes ou empresa compradora - Para o caso de afetação da Reserva Legal de Assentamento da Reforma Agrária, apresentação do Plano de Desenvolvimento do Assentamento – PDA

VII − Prejuízos comprovados às atividades produtivas locais a jusante e a montante do reservatório, afetando a renda, a subsistência e o modo de vida de populações

Produtores, comerciantes e prestadores de serviço locais, porém não estabelecidos no polígono do empreendimento, que tenham seu estabelecimento ou atividade inviabilizados por sua implantação

- Registro do empreendimento empresa ou atividade no órgão competente (Junta Comercial) - Comprovantes contábeis que demonstrem a inviabilização do empreendimento, empresa ou atividade em virtude da implantação do empreendimento - Comprovante do estabelecimento físico e das relações comerciais interrompidas em decorrência da implantação do empreendimento hidrelétrico

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