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Conselhos da Comunidade Ministério da Justiça 2005

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Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Justiça – SNJDepartamento Penitenciário Nacional – DEPENCoordenação-Geral de Reintegração Social – CGRESCoordenação de Execução Penal – COEPE

Esplanada dos Ministérios, Anexo II, 6º Andar, Sala 612Cep 70.064-900, Brasília – DF, Brasil.Fone: 55 61 3429 9208/3429 3966Fax: 55 61 3429 9191Correio eletrônico: [email protected]: www.mj.gov.br/depen

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CartilhaConselhos daComunidade

Ministério da JustiçaSecretaria Nacional de Justiça

Departamento Penitenciario Nacional

Ministério da Justiça2005

Comissão para Implementação e Acompanhamentodos Conselhos da Comunidade

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Distribuição GratuitaEditado e Impresso pela Artcor Gráfica e Editora Ltda.Tiragem: 2000 exemplares

Esta edição foi patrocinada pelo Ministério da Justiça com os recursosdo Fundo Nacional Penitenciário – FUNPEN.

A Cartilha Conselhos da Comunidade foi elaborada pela Comissão paraImplementação e Acompanhamento dos Conselhos da Comunidade,criada por meio da Portaria do Ministério da Justiça n.º 2.710, de 23 desetembro de 2004, presidida pela Secretária Nacional de Justiça, CláudiaMaria de Freitas Chagas.

A transcrição e a tradução desta Cartilha são permitidas, desde quecitadas a autoria e a fonte.

Brasil. Comissão para Implementação e Acompanhamento dos Conselhos daComunidade.

Cartilha Conselhos da Comunidade / Comissão para Implementação eAcompanhamento dos Conselhos da Comunidade. – Brasília : Secretaria Nacionalde Justiça, Departamento Penitenciário Nacional, 2005.

32 p. ; 21 cm.

1. Elaboração de projetos 2. Execução Penal I. Título.

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República Federativa do Brasil

Luiz Inácio Lula da SilvaPresidente da República

Márcio Thomaz BastosMinistro de Estado da Justiça

Cláudia Maria de Freitas ChagasSecretária Nacional de Justiça

Clayton Alfredo NunesDiretor do Departamento Penitenciário Nacional

Leila Regina Paiva de SouzaCoordenadora-Geral de Reintegração Social –

Coordenação de Execução Penal e Coordenação daCentral Nacional de Penas e Medidas Alternativas

Otávio Augusto Buzar PerroniCoordenador de Execução Penal

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Comissão para Implementação e Acompanhamento dosConselhos da Comunidade

Cláudia Maria de Freitas ChagasSecretária Nacional de Justiça

Clayton Alfredo NunesDiretor do Departamento Penitenciário Nacional SNJ/MJ

Leila Regina Paiva de SouzaCoordenadora-Geral de Reintegração Social DEPEN/SNJ/MJ

Otávio Augusto Buzar PerroniCoordenador de Execução Penal CGRES/DEPEN/SNJ/MJ

Lúcia de Toledo Piza PelusoAssessora do Ministro da Justiça

Vanessa Fusco NogueiraPromotora de Justiça em Belo Horizonte – MG

Valdirene DaufembackConselheira do Conselho Carcerário da Comunidade de Joinville – SC

Pe. Günther A. ZgubickCoordenador da Pastoral Carcerária da CNBB

Alessandra TeixeiraRepresentante do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais –

IBCCRIM

Luciano LosekannJuiz Corregedor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul

Sérgio Sérvulo da CunhaRepresentante da sociedade civil

Vetuval Martins VasconcelosRepresentante do CNPCP

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Apresentação ............................................................ 09

Introdução................................................................... 11

1. O que é a LEP? ..................................................... 13

2. Quais são os órgãos da execução penal? ............ 13

3. Quais são os conselhos da LEP? ......................... 13

4. Quais são os direitos da pessoa presa? .............. 17

5. Como instalar um conselho da comunidade? ....... 17

6. Como funciona o trabalho do conselho dacomunidade? ............................................................. 20

7. De que forma fazer uma visita institucional? ......... 24

Anexos

I. Modelo de Portaria de Instalação ............... 27

II. Modelo de Relatório de Visita ....................... 31

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O governo brasileiro tem o firme propósito de estabelecer comopolítica pública o cumprimento dos Pactos Internacionais firmadosem matéria de tortura e maus tratos ou penas cruéis, desumanas oudegradantes e tornar efetivo o cumprimento da Lei de Execução Pe-nal, no que diz respeito à participação da comunidade como órgãoconsultor e fiscalizador da execução das penas.

A questão do sistema prisional é, sem dúvida alguma, um temaque inicialmente provocou calorosos debates que se restringiam aoâmbito de juristas, órgãos governamentais ou administradores do sis-tema prisional, os quais estavam envolvidos diretamente com o pro-blema.

Nos dias atuais, este debate transcendeu a esfera dos especi-alistas, originando novos espaços de discussão no seio da sociedadecivil, que, em um governo democrático, pode e deve assumir o seupapel de fomento de políticas públicas, participando mais ativamentequando o assunto a atinge de forma crucial, tal como as conseqüên-cias práticas da execução das penas privativas de liberdade.

Para lidar com tal realidade, o que propõe o Ministério da Jus-tiça por meio de sua Secretaria Nacional de Justiça, é incitar o deba-te das formas de se lidar com a pessoa privada de liberdade e asconseqüências de seu encarceramento, trazendo a sociedade paradesempenhar papel fundamental também junto a esta parcela da po-pulação “excluída”, mas formada por indivíduos advindos dela própriae que a ela retornarão. Se cidadãos melhores ou piores, isto depende-rá muito da aceitação sincera de engajamento nesta luta que é de

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todos e, acima de tudo, do comprometimento dos envolvidos no traba-lho que ora se propõe, que é a efetiva implementação dos “Conselhosda Comunidade”, um dos órgãos responsáveis pela execução penal emtodos os Estados da Federação.

Mais do que apelar para o espírito de solidariedade de cada umpara fazer parte do projeto que ora se propõe, de fomentar a imple-mentação e acompanhamento dos Conselhos de Comunidade, é fun-damental que toda sociedade atente para a importância de sua parti-cipação nas instâncias de discussão que surgirão, apresentando su-gestões, participando democraticamente dos debates que se instala-rão sobre a questão do preso e a sua relação com a comunidade.

Para que se conheça um pouco mais sobre os Conselhos daComunidade e o contexto da sua atuação, apresentamos a presentecartilha com algumas informações básicas sobre suas funções, com-posição e forma de atuação.

A Cartilha Conselho da Comunidade foi elaborada pela Comis-são de Implementação e Acompanhamento dos Conselhos da Comu-nidade, criada por meio da Portaria do Ministério da Justiça n.º 2.710,de 23 de setembro de 2004, presidida pela Secretária Nacional deJustiça, Cláudia Maria de Freitas Chagas, com base na “Cartilha doConselho da Comunidade”, elaborada pelo Conselho Penitenciário doRio Grande do Sul, que apresenta com pertinência e clareza orienta-ções de interesse nacional.

Vamos construir uma nova forma de lidar com a criminalidade ecom as penas privativas de liberdade, a sociedade brasileira merecedignidade.

Boa leitura!

A Comissão.

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“A história da pena é a história de suaconstante abolição”

(Von Ihering)

Assistimos hoje a um fenômeno que afeta toda a socie-dade: cadeias, presídios e penitenciárias superlotados, mui-tos desses estabelecimentos em condições precárias, semuma proposta de trabalho adequada àquilo que prevê a Lei.

A prisão tem sido tão degradante para as pessoas que osimples fato de ser submetido a um processo penal e acusadoformalmente da prática de um delito já traz para o indivíduo umacarga estigmatizante, produzida pelo seu contato com o siste-ma prisional. “A pessoa presa é levada a condições de vida quenada têm a ver com as de um adulto: é privada de tudo que oadulto faz ou deve fazer usualmente e com limitações que oadulto não conhece (fumar, beber, ver televisão, comunicar-sepor telefone, receber ou enviar correspondência, manter rela-ções sexuais, etc...). É também ferido em sua auto-estima detodas as formas imagináveis, pela perda da privacidade, de seupróprio espaço e submissões a revistas muitas vezes degra-dantes. A isso, juntam-se as condições deficientes de quasetodas as prisões: superpopulação, alimentação inadequada, faltade higiene e assistência sanitária, entre outras.”1

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1 ZAFFARONI, Eugenio Raul. Em busca das penas perdidas: a perda da legitimidade do sistema penal. Tradução: VâniaRomano Pedrosa, Amir Lopez da Conceição. Ed.Revan.5º Edição. Janeiro de 2001. pg.135.

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Quais são as conseqüências práticas desse tipo de en-carceramento para as pessoas e para a sociedade? Pelosestudos já realizados e pelo que podemos observar em nossocotidiano com relação à reincidência, à dificuldade de inser-ção social e profissional do egresso, à desagregação familiarque acontece correntemente quando uma pessoa da famíliaestá presa e outros aspectos, os efeitos são muito danosostanto para as pessoas submetidas à prisão como para a soci-edade.

A participação da sociedade no cumprimento da pena éfundamental para a mudança desse quadro, para que se al-cance de fato a principal finalidade da prisão: a reintegraçãodas pessoas submetidas a ela. Para isso, a Lei de ExecuçõesPenais previu a existência de um órgão a ser constituído emcada comarca onde houver pessoas em situação de aprisio-namento, que represente a comunidade nesse processo, quevai desde o início do cumprimento da pena até o reingressoao convívio social. Esse órgão é o Conselho da Comunidade.

Compreendendo que a prisão e as pessoas lá detidasintegram a mesma sociedade em que vivemos, e não ummundo à parte sobre o qual nada temos a ver, os Conselhosda Comunidade operam como um mecanismo para esse re-conhecimento e para que a sociedade civil possa efetivamen-te atuar nas questões do cárcere, quer para humanizá-lo, querpara que as pessoas que lá estão possam retornar ao conví-vio social a partir de uma perspectiva mais reintegradora.

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1. O que é a LEP?

A LEP – Lei de Execução Penal, Lei nº 7210, foi sancio-nada em julho de 1984 e tem por objetivo determinar comoacontecem as disposições de sentença ou decisão criminal eproporcionar condições para a harmônica integração socialda pessoa condenada e internada. A LEP também determina,no seu Art 4º, que o “Estado deverá recorrer à cooperação dacomunidade nas atividades de execução da pena e da medidade segurança”.

2. Quais são os órgãos da execução penal?

O art. 61 da LEP enuncia os órgãos da execução penal,os quais devem atuar de forma harmônica e integrada:

I - o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenci-ária – CNPCP;

II - o Juízo da Execução;

III – o Ministério Público;

IV – o Conselho Penitenciário;

V – os Departamentos Penitenciários;

VI – o Patronato;

VII – o Conselho da Comunidade.

3. Quais são os conselhos da LEP?

Os Conselhos previstos na LEP são três:

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3.1 – Conselho Nacional de Política Criminal ePenitenciária (CNPCP)

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciá-ria, conforme o disposto no artigo 62, é um órgão da execu-ção penal que é subordinado ao Ministério da Justiça, cuja sedeé em Brasília.

Os membros que compõem este órgão são designadospor meio de ato do Ministro da Justiça, dentre professores eprofissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Pe-nitenciário e ciências correlatas, bem como por representan-tes da comunidade e dos Ministérios da área social, sendo umtotal de 13 (treze) membros, com mandato de 2 (dois) anos,renovado 1/3 (um terço) a cada ano.

Incumbe a este Conselho, em âmbito federal ou estadu-al: propor diretrizes de política criminal quanto à prevenção dodelito, administração da Justiça Criminal e execução das pe-nas e das medidas de segurança; contribuir na elaboração deplanos nacionais de desenvolvimento, sugerindo as metas eprioridades da política criminal e penitenciária; promover aavaliação periódica do sistema criminal para a sua adequa-ção às necessidades do País; estimular e promover a pesqui-sa criminológica; elaborar programa nacional penitenciário deformação e aperfeiçoamento do servidor; estabelecer regrassobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penaise casas de albergados; estabelecer os critérios para a elabo-ração da estatística criminal; inspecionar e fiscalizar os esta-belecimentos penais, bem assim informar-se, mediante rela-tórios do Conselho Penitenciário, requisições, visitas ou ou-tros meios, acerca do desenvolvimento da execução penal nos

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Estados, Territórios e Distrito Federal, propondo às autorida-des dela incumbidas as medidas necessárias ao seu aprimo-ramento; representar ao juiz da execução ou à autoridade ad-ministrativa para instauração de sindicância ou procedimentoadministrativo, em caso de violação das normas referentes àexecução penal; representar à autoridade competente para ainterdição, no todo ou em parte, de estabelecimento penal.

3.2 – Conselho Penitenciário (CP)

O Conselho Penitenciário, em conformidade com o arti-go 69 da Lei 7.210/84 – Lei de Execução Penal, é o órgãoconsultivo e fiscalizador da execução da pena.

Os membros integrantes são nomeados pelo Governa-dor do Estado, dentre professores e profissionais da área doDireito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências cor-relatas, bem como por representantes da comunidade, paraum mandato de duração de 04 (quatro) anos. As atribuiçõesdo Conselho Penitenciário estão previstas no artigo 70 da LEP.

Com relação à função consultiva, compete a esse órgãoemitir parecer acerca de pedidos de indulto e comutação depena, excetuada a hipótese de pedido de indulto com base noestado de saúde do apenado.

No que diz respeito à função de fiscalização, incumbeao Conselho, além da análise crítica realizada durante o exa-me dos Processos de Execução, inspecionar os estabeleci-mentos e serviços penais, supervisionar os patronatos, bemcomo a assistência ao egresso, devendo apresentar no 1ºtrimestre de cada ano relatório das atividades exercidas no

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ano anterior ao Conselho Nacional de Política Criminal e Pe-nitenciária.

3.3 – Conselho da Comunidade (CC)

A composição e as incumbências do Conselho da Co-munidade estão previstas nos artigos 80 e 81 da LEP. Noscapítulos 5º e 6º desta cartilha conheceremos um pouco maissobre a composição do Conselho da Comunidade.

Em relação às incumbências dos Conselhos da Comu-nidade, dispõe a LEP: visitar, pelo menos, mensalmente, osestabelecimentos penais existentes na Comarca; entrevistarpresos; apresentar relatórios mensais ao Conselho Peniten-ciário e ao juiz da execução, especificando as contas; e dili-genciar a obtenção de recursos materiais e humanos paramelhor assistência ao preso ou internado, em harmonia coma direção do estabelecimento.

Os relatórios são muito importantes para dar conheci-mento da situação carcerária no Estado e para a realizaçãode um trabalho em conjunto das esferas municipais, estadu-ais e federais.

Não há um levantamento preciso do número de Conse-lhos de Comunidade em funcionamento no Brasil. Pode-sedizer que são poucos os que funcionam desde a sua criaçãopela Lei de Execução Penal. Todavia, onde estão em ativida-de, as experiências são positivas e estão contribuindo para ahumanização das penas e a assistência ao egresso. O Minis-tério da Justiça pretende criar um banco de dados que permi-ta um diagnóstico mais exato de quantos são e como funcio-nam os Conselhos da Comunidade.

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4. Quais são os direitos da pessoa presa?

A LEP garante à pessoa condenada ou internada todosos direitos não atingidos pela sentença ou pela lei e não per-mite qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa oupolítica. Ou seja, toda pessoa que estiver cumprindo uma sen-tença judicial terá os direitos previstos na Constituição e nasoutras leis do país (como saúde, educação, privacidade nacorrespondência, entre outros), com exceção daqueles que amedida judicial restringiu, como, por exemplo, a liberdade.

Para esclarecer e regulamentar como a pessoa presadeve ser tratada, o CNPCP fixou, em 1994, as Regras Míni-mas para o Tratamento do Preso no Brasil. Esse documentoobedece aos princípios constantes da Declaração dos Direi-tos do Homem e dos tratados, convenções e regras internaci-onais de que o Brasil é signatário.

5. Como instalar um conselho da comunidade?

5.1 - Como se instala um conselho da comunidade?

Os Conselhos de Comunidade são instalados pelo Juizda Vara de Execução Criminal da respectiva comarca. Porprevisão legal, devem ser constituídos por 3 (três) membros,no mínimo, sendo eles: um representante da associação co-mercial ou industrial; um advogado indicado pela Seção daOAB local e um assistente social, escolhido pela DelegaciaSeccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais. To-dos deverão ser nomeados pelo Juiz de Execução da Comar-ca, que poderá também escolher outras pessoas.

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5.2 – E, se não se conseguir a adesão dessaspessoas, não se poderá constituir o conselho?

A lei prevê que na falta destas pessoas, o próprio juiz daexecução fará, em caráter supletivo, a escolha dos integran-tes do Conselho, ouvida a comunidade.

5.3 - Que outras pessoas podem compor o conselho?

A Lei não estabelece restrição quanto ao número de pes-soas nem suas qualificações. A princípio, qualquer pessoamaior de 18 (dezoito) anos pode ser um(a) conselheiro(a),desde que nomeado(a). Há Conselhos no Brasil que prevê-em a possibilidade de pessoas presas, seus familiares eegressos(as) virem a compor o Conselho. Quanto maior fora participação popular, mais força terá o Conselho da Comu-nidade.

5.4 – Ser conselheiro(a) é uma atividaderemunerada?

Os membros dos Conselhos de Comunidade não sãoremunerados e sua nomeação depende do Juiz da Execu-ção Penal da Comarca. É um trabalho voluntário, de interes-se público.

5.5 - Quais são os passos para instalar o Conselho?

Os representantes da Comunidade podem procurar o(a)Juiz(a) da Execução, o Ministério Público ou qualquer outroórgão da Execução da Pena na Comarca, para colaborar nofomento da organização do Conselho da Comunidade, con-forme previsto na LEP;

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Em seguida, solicitar ao do Juiz(a) da Vara de Execu-ção que oficie às variadas entidades, sem fins lucrativos,assim como as previstas na LEP, para que indiquem ummembro de seus quadros para compor o Conselho da Co-munidade;

Feito isso, poderá ser realizada a primeira reunião comas pessoas indicadas pelas entidades, e outros interessa-dos na organização do Conselho, na qual será reforçada aimportância e os ganhos sociais que se terá quando do en-volvimento da comunidade com a questão, alertando aindasobre as incumbências do Conselho, previstas em lei.

Dessa forma, aqueles que se identificarem com amatéria e se dispuserem a prestar este serviço voluntário,retornarão em uma segunda reunião para nomeação e ela-boração da ata constitutiva do Conselho. A ata deverá con-ter o nome das pessoas indicadas e suas respectivas enti-dades, se houver.

Ainda na segunda reunião, haverá a eleição de umadiretoria, com no mínimo 03 (três) pessoas que represen-tarão o Conselho, e a aprovação do Estatuto Social.

5.6 – O que fazer se o Juiz da Execução não criar oConselho?

As pessoas da comunidade devem se mobilizar comas entidades interessadas, como o Centro dos Direitos Hu-manos, a Ordem dos Advogados do Brasil, a Pastoral Car-cerária, as Igrejas e outras, articulando fóruns de debatesque possam esclarecer sobre a importância do Conselho e

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influenciar a sociedade quanto à necessidade de sua criação,manifestando, assim, o interesse em participar dessa políticapública. Podem atuar como uma comissão de trabalho até queo Conselho seja instituído.

6. Como funciona o trabalho do Conselho daComunidade?

6.1 – Que papel devem assumir os Conselhos?

É importante que os Conselhos assumam um papel derepresentação da comunidade na implementação das políti-cas penais e penitenciárias no âmbito municipal. É necessá-rio assumir uma função política, de articulação e participaçãodas forças locais e ainda de defesa de direitos e não apenasaquela assistencial.

6.2 – Qual postura devem assumir os Conselhos naexecução das suas atividades?

Apesar de articulados com o Poder Judiciário para suaformação e, com a administração carcerária para a execuçãode suas atividades, os conselhos devem buscar preservar suaautonomia para que possam exercer de forma independentesuas funções.

6.3 – Como os Conselhos podem se relacionar comas Universidades?

As universidades podem ser parceiras importantes, po-dendo trabalhar em diversas áreas em conjunto com os Con-selhos, como programas de ensino, de extensão universitária

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e de pesquisa. Da mesma forma, ao mesmo tempo em quepodem aportar conhecimentos e assessoria técnica, os alu-nos passam a conhecer empiricamente a problemática estu-dada, possibilitando uma formação mais crítica e contextuali-zada na realidade.

6.4 – Como podem ser utilizados os espaços damídia?

Os meios de comunicação locais devem ser utilizadospara divulgação de atividades dos Conselhos e de outros as-pectos relativos às atividades realizadas nas prisões. Muitasvezes, há possibilidade de potencializar espaços subutiliza-dos que podem ser preenchidos com pautas positivas, de for-ma a estimular a participação da comunidade e diminuir a car-ga de preconceito com os presos e egressos.

6.5 – Quais relações podem ser estabelecidas com asesferas do poder municipal?

No esteio da Constituição Federal, que direciona a admi-nistração e o controle das políticas sociais para a esfera muni-cipal, os Conselhos devem estar articulados com outras áre-as de intervenção que, em âmbito local, são responsáveis pelagestão das políticas sociais. Áreas como saúde, trabalho, edu-cação, assistência destinadas à população devem dirigir-se,igualmente, para a população encarcerada.

6.6 – Qual a importância da vinculação dos Conselhosàs redes municipais de DH?

Os Conselhos da Comunidade devem reforçar as redesmunicipais de direitos humanos, ao mesmo tempo em que deve

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ser buscada a contribuição dessas para o seu trabalho. Mes-mo que as redes tenham uma perspectiva mais ampla, mui-tas pautas podem ser comuns e trabalho conjunto será certa-mente importante.

6.7 – Qual a importância da articulação do Conselhoda Comunidade com o Conselho PenitenciárioEstadual?

Os Conselhos da Comunidade, os Conselhos Peniten-ciários Estaduais e o Conselho Nacional de Política Criminal ePenitenciária devem ser pensados como um sistema, e, poristo as ações devem desenvolver-se de forma conjunta e co-ordenada, de forma a superar a desarticulação existente.

6.8 – Os Conselhos da Comunidade podem atuar comas penas alternativas?

O trabalho dos Conselhos não deve ficar restrito apenasao âmbito da prisão. Atuar junto a outras formas de encarce-ramento significa compromisso em reforçar a aplicação depenas alternativas à prisão, solução que vem sendo adotadacomo mais condizente com a finalidade social da pena.

6.9 – Como funcionam os Conselhos que abrangemdiversos municípios?

No interior dos Estados é comum o presídio receber pre-sos de diferentes Comarcas da região. Nesse caso, sugere-se que os Conselhos sejam formados também com membrosdessas comunidades, ampliando a participação e o envolvi-mento dos demais municípios na resolução dos problemas.

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6.10 – Na prática, os Conselhos da Comunidadepodem atuar em quais questões nosestabelecimentos prisionais?

O Conselho da Comunidade pode atuar em demandasde diversas ordens, baseadas inclusive nas Regras Mínimaspara o Tratamento do Preso no Brasil. As mais comuns sãoquanto a:

a) situação jurídica e processual;

b) relacionamento da pessoa presa e seus familiares;

c) necessidade de banho de sol;

d) denúncias de maus tratos;

e) condições gerais da prisão (alimentação, roupas decama etc.);

f) necessidades de orientação e tratamento de saúde emedicamentos;

g) necessidade de acompanhamento psicológico, ocu-pacional e social;

h) necessidade de capacitação profissional;

i) necessidade de programas educacionais;

j) necessidade de atividades laborativas.

6.11. Se o Conselho tiver qualquer uma dessasdemandas, a quem deve encaminhar?

O Conselho da Comunidade deve também participar ati-vamente das questões apresentadas pela comunidade carce-rária e algumas matérias podem ser objetos de sua própriaatuação, como a articulação e realização de parcerias comUniversidades e Empresas, a arrecadação emergencial de

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itens de necessidade primária como medicamentos e vesti-mentas, apoio na gestão prisional, entre outras possibilida-des. Com relação às demandas que implicam atuação de ór-gãos específicos de fiscalização, deve o Conselho de Comu-nidade relatá-las em um documento dirigido ao Conselho Pe-nitenciário de seu Estado e ao Juiz de Execução da Comarca,como denúncias de maus tratos, andamento dos processos epossibilidade de algum benefício.

7. De que forma fazer uma visita institucional?

7.1 – Quais são os principais objetivos das visitas?a) conhecimento das condições do sistema prisional;

b) verificação da situação de cumprimento da LEP, naComarca, especialmente infrações dos direitos dospresos;

c) divulgação do papel e das atuais diretrizes do Conse-lho da Comunidade;

d) encaminhamento de soluções no âmbito de ação doConselho da Comunidade.

7.2 – Quais aspectos devem ser observados nasvisitas?a) infra-estrutura geral do estabelecimento penal;

b) situação do atendimento e dos encaminhamentos ju-rídicos;

c) atendimentos prestados: saúde, psicologia e serviçosocial;

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d) possibilidades e condições de estudo e trabalho;

e) visitas e visitas íntimas;

f) relacionamento da Casa com o Poder Judiciário ecom a comunidade em geral;

g) aspectos administrativos e funcionais (número defuncionários, condições de trabalho, etc.)

7.3 – O Conselho deve agendar a visita?

Não se faz necessário agendar, na unidade prisional,as visitas; a não ser que o Conselho da Comunidade tenhainteresse em algum aspecto em particular, que seja neces-sário contatar com um funcionário especificamente ou coma direção. Deve-se procurar evitar as visitas nos dias devisita dos familiares dos presos, exceto se houver alguminteresse específico com relação a essa situação.

Os(as) conselheiros(as) responsáveis pela visita de-verão ficar também responsáveis pelos encaminhamentosdas situações detectadas e pela apresentação do relatóriona reunião do Conselho.

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I – Modelo de Portaria de Instalação

PORTARIA Nº ........./200......

Constitui e instala o Conselho da Comunidade da Co-marca de .............................................................................

O(A) Excelentíssimo(a) Senhor(a) ................................,

Meritíssimo(a) Juiz(a) de Direito da Vara de ExecuçãoCriminal de........................................................, no uso de suasatribuições legais,

CONSIDERANDO o disposto nos arts. 4º e 80 daLei nº 7.210/84 (Lei de Execução Penal - LEP), que referemque o Estado deve recorrer à cooperação da comunidade nasatividades de execução da pena e da medida de segurança eque em cada Comarca deve haver um Conselho da Comunida-de composto, no mínimo, por um representante da associaçãocomercial ou industrial, um advogado indicado pela subseçãoda OAB e um assistente social escolhido pela Delegacia Sec-cional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais;

ANEX

OS

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CONSIDERANDO, de outro lado, que a LEP nãoimpede seja o Conselho da Comunidade integrado por outraspessoas nomeadas pelo Juízo da Execução Penal;

CONSIDERANDO, igualmente, o teor do art. 66,inciso IX, da LEP, que diz competir ao Juízo da Execução Pe-nal a composição e instalação do Conselho da Comunidade;

CONSIDERANDO, ainda, que a constituição, ins-talação e efetivo funcionamento do Conselho da Comunidaderepresenta uma abertura do cárcere à sociedade, visando aneutralizar os efeitos danosos da marginalização e segrega-ção e, bem assim, servir de meio auxiliar na fiscalização eexecução das penas e medidas de segurança;

CONSIDERANDO ... (razões entendidas comorelevantes e que podem ser destacadas pelo magistrado),

RESOLVE

constituir e instalar o Conselho da Comunidade da Co-marca de........................................, que será composto pelosseguintes membros, indicados previamente pelos diversos seg-mentos da comunidade local, que, a partir desta data, passa-rão a exercer as atribuições expressamente previstas no art.81 da LEP:

- XXX, advogado, representando a Subseção da OAB de...............................;

- XXX, assistente social, representando o Conselho Re-gional de Serviço Social:

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- XXX, comerciante/industrial, representando a Associa-ção Comercial e Industrial de...................................;

- XXX, religioso, representando a Pastoral Carcerária daIgreja Católica Apostólica Romana;

- XXX, religioso, representando a Igreja Evangélica...................................................................;

- XXX, (...)

Cumpra-se.

Intimem-se.

________, de_____de __________.

XXX,

Juiz(a) de Direito.

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II – Modelo de Relatório de Visita

Identificação da Unidade Prisional• Endereço;

• Regime;

• Capacidade;

• Lotação atual:.........Masculino;.........Feminino;..........

Situação Atual• Infra-estrutura geral da unidade prisional;

• Situação do atendimento e dos encaminhamentos jurí-dicos;

• Atendimentos prestados: saúde, psicologia e serviço-social;

• Possibilidades e condições de estudo e trabalho;

• Visitas, visitas íntimas;

• Relacionamentos da Casa com o Poder Judiciário e coma comunidade em geral;

• Aspectos administrativos e funcionais (número de fun-cionários, condições de trabalho, etc)

Descrição das demais atividades efetuadas (reuniões,articulações com a comunidade, convênios, etc)

Encaminhamentos

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ColaboraçãoConselho Nacional de Política Criminal de Penitenciária -CNPCP

Referências bibliográficas

Cartilha do Conselho da Comunidade – Modelo do Esta-do do Rio Grande do Sul.

Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária –O que é? O que faz? O que pode fazer?

ZAFFARONI, Eugenio Raul - Em busca das penas per-didas: a perda da legitimidade do sistema penal. Tradu-ção: Vânia Romano Pedrosa, Amir Lopez da Conceição.Ed.Revan. 5º Edição. Janeiro de 2001.

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