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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro Preto Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental ProAmb CECÍLIA JÚLIA DA SILVA ANDRADE MODELAGEM HIDRÁULICA E HIDROLÓGICA PARA DIAGNÓSTICO DE ÁREAS SUSCEPTÍVEIS A INUNDAÇÕES COM LIMITAÇÕES DE DADOS FISIOGRÁFICOS E HIDROMETEOROLÓGICOS: ESTUDO DE CASO GUIDOVAL-MG OURO PRETO, MG Julho de 2017

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Ouro Preto

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental – ProAmb

CECÍLIA JÚLIA DA SILVA ANDRADE

MODELAGEM HIDRÁULICA E HIDROLÓGICA PARA DIAGNÓSTICO DE

ÁREAS SUSCEPTÍVEIS A INUNDAÇÕES COM LIMITAÇÕES DE DADOS

FISIOGRÁFICOS E HIDROMETEOROLÓGICOS: ESTUDO DE CASO

GUIDOVAL-MG

OURO PRETO, MG

Julho de 2017

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CECÍLIA JÚLIA DA SILVA ANDRADE

MODELAGEM HIDRÁULICA E HIDROLÓGICA PARA DIAGNÓSTICO DE

ÁREAS SUSCEPTÍVEIS A INUNDAÇÕES COM LIMITAÇÕES DE DADOS

FISIOGRÁFICOS E HIDROMETEOROLÓGICOS: ESTUDO DE CASO

GUIDOVAL-MG

OURO PRETO, MG

Julho de 2017

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Engenharia Ambiental da

Orientador: Prof. Dr. Aníbal da Fonseca

Santiago

Coorientador: Prof. Dr. Antenor Rodrigues

Barbosa Junior

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DEDICATÓRIA

Àqueles que direta ou indiretamente sofreram e sofrem com desastres naturais. A todos que

enxergam nas mazelas sociais sua motivação. Dedico.

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iv

AGRADECIMENTOS

À vida, ao presente da evolução espiritual. Ao professor Aníbal pela oportunidade. Ao

professor Barbosa pelo suporte e amizade. À Rayssa, meu braço direito, minha amiga e

companheira. À Malu minha colaboradora que doou seu tempo, conhecimento e ombro

amigo. À UFOP que foi minha casa por oito anos. Aos professores do DECIV e do

PROAMB, em especial o professor Gilberto Queiroz, exemplo de docente. Aos companheiros

de caminhada que contribuíram ao longo de minha jornada acadêmica para que este trabalho

fosse possível. Aos meus pais Márcio e Valéria pela confiança e incentivo. À minha irmã

Carla pelo carinho e cuidado a mim dispensados. Ao Gonzaga pelo apoio e companheirismo.

Obrigada.

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v

“Na vida, não há nada a se temer,

apenas a ser compreendido.”

Marie Curie

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vi

RESUMO

As inundações são eventos frequentes no Brasil e causam inúmeros prejuízos econômicos,

ambientais e sociais. Apesar da recorrência desses eventos ainda tem-se dificuldade no

planejamento à prevenção e mitigação dos mesmos, devido principalmente, à base de dados

físicos e hidrométricos deficitária. Uma oportunidade de diagnóstico de áreas propensas a

inundações surge da utilização de modelos hidráulico-hidrológicos. Os modelos contidos nos

softwares HEC-HMS e HEC-RAS têm sido muito utilizados para tal, pois eles possuem

interface simples e permitem a utilização de SIG para determinação dos parâmetros

necessários às simulações. A cidade de Guidoval, assim como muitas em nosso país, possui

registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, o principal curso d’água

da área de contribuição da mesma. Nestes registros constata-se a vulnerabilidade do

município, assim como, a ausência de informações que caracterizam os eventos ocorridos.

Diante disso, o presente trabalho se propôs a analisar o regime de chuvas e as condições

físicas da região, através de simulações hidrológicas e hidráulicas nos softwares HEC-HMS e

HEC-RAS com o intuito de avaliar a metodologia e a base de dados disponível na

quantificação de enchentes. Devido à inexistência de registros fluviométricos na área em

questão, adotou-se o método SCS de transformação chuva-vazão. As características que

interferem na geração do escoamento superficial e na propagação da onda de cheia na bacia

hidrográfica foram obtidas por imagens de satélite e contribuições externas da defesa civil de

Guidoval e outras fontes acadêmicas. Os resultados das simulações foram satisfatórios

comparados ao evento ocorrido em 2012, do qual se tem o registro das áreas atingidas pela

água dentro do município, o que permitiu que outras simulações fossem realizadas para

diferentes ocorrências de precipitação. Avalia-se com boa representatividade a metodologia

adotada, podendo a mesma ser replicada a outras regiões que também se encontram

susceptíveis a tais fenômenos e não possuem dados suficientes à sua quantificação.

Palavras-chave: Modelagem hidrológica, Modelagem hidráulica, Áreas inundáveis,

Caracterização fisiográfica, Análise de probabilidade pluviométrica, IDF.

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vii

ABSTRACT

Floods are frequent events in Brazil and cause numerous economic, environmental and social

damages. Despite the recurrence of these events, it is still difficult to plan the prevention and

mitigation of these events, mainly due to the lack of physical and hydrological data base. An

opportunity to diagnose flood-prone areas arises from the use of hydro-hydraulic models. The

models contained in the HEC-HMS and HEC-RAS softwares have been widely used for this,

since they have a simple interface and allow the use of GIS to determine the parameters

necessary for the simulations. The city of Guidoval, as well as many in our country, has

historical records of overflowing episodes of the Xopotó river, the main watercourse of the

area of contribution of the city. These records show the vulnerability of the municipality, as

well as the absence of information that characterizes the events that occurred. Therefore, the

present work proposed to analyze the rainfall regime and the physical conditions of the region

through hydrological and hydraulic simulations in the HEC-HMS and HEC-RAS software in

order to evaluate the methodology and the available database in the quantification of floods.

Due to the lack of fluviometric records in the area in question, the SCS method of rainfall-

flow transformation was adopted. The characteristics that interfere in the generation of the

surface runoff and the propagation of the flood wave in the hydrographic basin were obtained

by satellite images and external contributions of the Guidoval civil defense and other

academic sources. The results of the simulations were satisfactory compared to the event

occurred in 2012, which recorded the areas affected by water within the municipality, which

allowed other simulations to be performed for different precipitation occurrences. The

methodology adopted is evaluated with good representativity, and it can be replicated to other

regions that are also susceptible to such phenomena and do not have enough data to quantify

it.

Key words: Hydrological modeling, Hydraulic modeling, Flood areas, Physiographic

characterization, Rainfall probability analysis, IDF.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Vulnerabilidade a inundação do rio Xopotó em Guidoval. ..................................... 19 Figura 2 - Histórico de estação pluviométrica. ......................................................................... 31 Figura 3 - Área contribuinte às vazões em Guidoval. .............................................................. 47

Figura 4 - Sub-bacia do Xopotó. .............................................................................................. 48 Figura 5 - Fluxograma das etapas metodológicas. ................................................................... 49 Figura 6 - MDE. ....................................................................................................................... 51 Figura 7 - Hipsometria da sub-bacia do Xopotó. ..................................................................... 53 Figura 8 - Mapa de solos da sub-bacia do Xopotó. .................................................................. 54

Figura 9 - Imagem Rapideye. ................................................................................................... 56

Figura 10 - Estações fluviométricas. ........................................................................................ 63

Figura 11 – Polígono com área atingida pela inundação em Guidoval. ................................... 67 Figura 12 - Imagem aérea de Guidoval datada de 29/02/2012. ................................................ 68 Figura 13 - Casa 7 ferragens em Guidoval. .............................................................................. 68 Figura 14 - Microbacias resultantes da leitura da área combinada à hidrografia. .................... 69 Figura 15 - Modelo da bacia hidrográfica exportado para o HEC-HMS. ................................ 70

Figura 16 - Classificação dos solos segundo Sartori (2005). ................................................... 72 Figura 17 - Mapa de uso e ocupação sub-bacia do Xopotó. ..................................................... 73 Figura 18 - Parâmetro CN. ....................................................................................................... 74 Figura 19 - Polígonos de Thiessen. .......................................................................................... 75

Figura 20 - Distribuições de probabilidade, estação 2042015 – Seriquite. .............................. 78

Figura 21 - Distribuições de probabilidade, estação 2042016 – São Miguel do Anta. ............ 78 Figura 22 - Distribuições de probabilidade, estação 2142001 – Cataguases. .......................... 79 Figura 23 - Distribuições de probabilidade, estação 2142004 – Fazenda Umbaúbas. ............. 79

Figura 24 - Hietograma dos blocos alternados – evento do dia 02/01/2012. ........................... 82 Figura 25 - Hietograma dos blocos alternados – Tr=50 anos. .................................................. 83

Figura 26 - Hietograma dos blocos alternados – Tr=100 anos. ................................................ 83 Figura 27 - Hietograma dos blocos alternados – Tr=500 anos. ................................................ 84 Figura 28 - Seções transversais 1 (ST 1). ................................................................................. 88

Figura 29 - Seções transversais 2 (ST 2). ................................................................................. 89 Figura 30 - Seções transversais. ............................................................................................... 89 Figura 31 - Uso de Levees em seções transversais. .................................................................. 90

Figura 32 - Representação de projeto no HEC-RAS- ST 2. ..................................................... 91

Figura 33 - Representação de projeto no HEC-RAS – ST 2 interpoladas. ............................... 92

Figura 34 - Área inundada em 02/01/2012. .............................................................................. 93 Figura 35 - Perspectiva 3D simulação ST 1. ............................................................................ 95

Figura 36 - Perspectiva 3D simulação ST 2. ............................................................................ 95 Figura 37 - Mancha simulada, TIN 30, ST 1. ........................................................................... 96 Figura 38 - Mancha simulada, TIN 30, ST 2. ........................................................................... 96

Figura 39 - Mancha simulada, TIN 1, ST 1. ............................................................................. 97 Figura 40 - Mancha simulada, TIN 1, ST 2. ............................................................................. 97

Figura 41 - Mancha simulada Tr= 50 anos. .............................................................................. 98 Figura 42 - Mancha simulada Tr= 100 anos. ............................................................................ 99 Figura 43 - Mancha simulada Tr= 500 anos. ............................................................................ 99

Figura 44 - Perfis de simulação no HEC-RAS. ...................................................................... 100 Figura 45 - Perfis de velocidades do escoamento................................................................... 100

Figura 46 - Perfis de energia do escoamento. ......................................................................... 101 Figura 47 - Vazão x Nível d’água .......................................................................................... 102 Figura 48 - Distribuição de probabilidade Gumbel-Chow estação Seriquite. ........................ 111 Figura 49 - Distribuição de probabilidade Pearson estação Seriquite. ................................... 111

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ix

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Danos humanos em Minas Gerais por tipo de evento. ............................................ 18 Tabela 2 - Edificações danificadas em Minas Gerais por tipo de evento. ................................ 18

Tabela 3 - Referência de número de escoamento em bacias rurais para o método SCS. ......... 27 Tabela 4 - Tempo de concentração. .......................................................................................... 28 Tabela 5 - Coeficientes de desagregação de chuvas diárias. .................................................... 29 Tabela 6 - FDP e FDA. ............................................................................................................. 34 Tabela 7 - Quantil. .................................................................................................................... 35

Tabela 8 - Fatores de frequência............................................................................................... 36

Tabela 9 - Valores de para teste KS. ......................................................................... 38 Tabela 10 - Valores para cálculo do coeficiente de rugosidade de Manning ........................... 42 Tabela 11 - Estações pluviométricas. ....................................................................................... 58 Tabela 12 - Alturas precipitadas em 02/01/2012. ..................................................................... 61 Tabela 13 - Parâmetros do modelo de propagação Muskingum - Cunge. ................................ 71

Tabela 14 - Tempo de concentração e Lag Time. ..................................................................... 72 Tabela 15 - Máximas precipitações diárias. ............................................................................. 76 Tabela 16 - Teste GB. ............................................................................................................... 76

Tabela 17 - Valores de e para o teste KS. ............................................... 77 Tabela 18 - Equações IDF para pequenas e grandes durações. ................................................ 80

Tabela 19 - Análise das precipitações de 02/01/2012 com uso das IDF. ................................. 81

Tabela 20 - Aspectos quantitativos das recorrências simuladas. .............................................. 82

Tabela 21 - Resultados da simulação do evento ocorrido em 02/01/2012. .............................. 85 Tabela 22 - Resultados da simulação Tr=50 anos. ................................................................... 86

Tabela 23 - Resultados da simulação Tr=100 anos. ................................................................. 86 Tabela 24 - Resultados da simulação Tr=500 anos. ................................................................. 87

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LISTA DE SIGLAS

ANA – Agência Nacional de Águas

CN – Curve Number

HEC-GeoHMS - Hydrologic Engineering Center -Geospatial Hydrologic Modeling Extension

HEC-GeoRAS - Hydrologic Engineering Center -Geospatial River Analysis Extension

HEC-HMS - Hydrologic Engineering Center-Hydrologic Modeling System

HEC-RAS - Hydrologic Engineering Center-River Analysis System

IDF – Intensidade-Duração-Frequência

KS – Kolmogorov-Smirnov

MDE – Modelo Digital de Elevação

MDT– Modelo Digital de Terreno

n – Coeficiente de Rugosidade de Manning

SCS – Soil Conservation Service

SIG – Sistemas de Informações Geográficas

TIN - Triangular Irregular Network

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 13

2 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 16

2.1 Objetivo geral .................................................................................................................... 16

2.2 Objetivos específicos ......................................................................................................... 16

3 REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................. 17

3.1 Desastres naturais............................................................................................................... 17

3.1.1 Condicionantes físicas das inundações .............................................................................. 19

3.2 Modelos hidrológicos no estudo de enchentes ................................................................... 21

3.2.1 HEC-HMS ......................................................................................................................... 22

3.3 Método HU-SCS de transformação chuva-vazão .............................................................. 24

3.3.1 CN ...................................................................................................................................... 26

3.3.2 Tempo de concentração ..................................................................................................... 28

3.4 Precipitação ........................................................................................................................ 29

3.4.1 Equações IDF ..................................................................................................................... 30

3.4.2 Identificação de pontos atípicos em séries históricas de precipitação ............................... 32

3.4.3 Análise probabilística das séries históricas de precipitação ............................................... 33

3.4.4 Análise de aderência das distribuições de probabilidade ................................................... 37

3.4.5 Hietograma ......................................................................................................................... 38

3.5 Modelo Muskingum-Cunge de propagação de cheias em canais ...................................... 39

3.5.1 Coeficiente de rugosidade de Manning (n) ........................................................................ 41

3.6 HEC-RAS .......................................................................................................................... 42

3.6.1 HEC-GeoRAS .................................................................................................................... 44

3.7 Tipos e regimes de escoamento ......................................................................................... 44

3.8 Sistemas de Informações Geográficas (SIG) ..................................................................... 46

4 ÁREA EM ESTUDO .............................................................................................................. 47

5 METODOLOGIA .................................................................................................................. 49

5.1 Determinação das características físicas da sub-bacia do rio Xopotó ................................ 50

5.1.1 Delimitação da Bacia Hidrográfica .................................................................................... 50

5.1.1.1 Correção do MDE .............................................................................................................. 50

5.1.1.2 Identificação do fluxo ........................................................................................................ 51

5.1.2 Projeto para simulação no HEC-HMS ............................................................................... 52

5.1.3 Tempo de concentração e Lag Time .................................................................................. 52

5.1.4 Análise pedológica ............................................................................................................. 54

5.1.5 Caracterização quanto ao uso e ocupação .......................................................................... 55

5.1.6 Parâmetro CN .................................................................................................................... 57

5.2 Análise dos dados pluviométricos ..................................................................................... 57

5.2.1 Identificação das estações pluviométricas ......................................................................... 57

5.2.2 Distribuições de probabilidade .......................................................................................... 59

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xii

5.2.3 Determinação das equações IDF ........................................................................................ 59

5.3 Simulações no HEC-HMS ................................................................................................. 60

5.3.1 Precipitação na sub-bacia do rio Xopotó ........................................................................... 61

5.3.2 Hietogramas de blocos alternados...................................................................................... 62

5.4 Características dos canais de propagação das ondas de cheia ............................................ 62

5.5 Simulações no HEC-RAS .................................................................................................. 63

5.5.1 Elaboração do projeto no HEC-GeoRAS........................................................................... 64

5.5.2 Manchas de inundação ....................................................................................................... 66

5.6 Área inundada em 02/01/2012 ........................................................................................... 66

6 RESULTADOS ....................................................................................................................... 69

6.1 Características físicas da BH ............................................................................................. 69

6.1.1 Projeto para simulação hidrológica .................................................................................... 69

6.1.2 Canais................................................................................................................................. 71

6.1.3 Tempo de concentração ..................................................................................................... 71

6.1.4 Solo .................................................................................................................................... 72

6.1.5 Uso e ocupação .................................................................................................................. 73

6.1.6 CN ...................................................................................................................................... 73

6.2 Análise pluviométrica ........................................................................................................ 74

6.3 Determinação das equações IDF ........................................................................................ 80

6.4 Precipitações para simulação ............................................................................................. 81

6.5 Simulações HEC-HMS ...................................................................................................... 84

6.6 Projeto para simulação hidráulica ...................................................................................... 87

6.7 Simulação HEC-RAS......................................................................................................... 93

7 DISCUSSÕES ....................................................................................................................... 103

8 CONCLUSÕES .................................................................................................................... 114

9 CONSIDERAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................... 115

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 116

APÊNDICE A - Análise de probabilidade dos registros de pluviosidade máxima. .................... 125

APÊNDICE B- Modelagem hidráulica – Perfil TIN 1 ST 2 .......................................................... 129

APÊNDICE C- Modelagem hidráulica - Perfil TIN 30 ST 2......................................................... 132

APÊNDICE D- Modelagem hidráulica – Resumo dos perfis Tr 50, 100 e 500 anos. .................. 148

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13

1 INTRODUÇÃO

A ocupação do território pela população, sem um processo de urbanização planejado,

juntamente com a falta de políticas e investimentos adequados em infraestrutura urbana, têm

contribuído para que o número de desastres advindos de enchentes aumente. Isso ainda é

piorado quando associado às mudanças climáticas, principalmente as relacionadas ao aumento

do volume e da frequência das chuvas intensas no planeta. A quantidade de pessoas afetadas

direta e indiretamente por esses eventos, com elevados danos ambientais e materiais,

demonstram a necessidade de estudos e projetos mais adequados, a fim de que sejam

minimizados os problemas causados por tal.

O Brasil é um país de alta vulnerabilidade a desastres deste tipo, visto que, possui

extenso território e regime de chuvas generoso, principalmente nas regiões Sul e Sudeste. De

acordo com Emergency Database - EM-DAT (2016), o Brasil encontra-se entre os países do

mundo mais atingidos por inundações e enchentes, tendo cadastrados 129 desastres no

período de 1950 a 2016, com 7.537 mortes e aproximadamente 19 milhões de pessoas

afetadas (desabrigados/desalojados).

O grande volume precipitado em Minas Gerais nos anos de 2011 e 2012 foi o

responsável por diversos desastres naturais em muitos municípios mineiros. O pico das

decretações de situação de emergência ocorreu entre 31 de dezembro e 11 de janeiro de 2012.

Um dos municípios mais afetados no período em questão foi Guidoval, onde a alta

precipitação pluviométrica resultou em enchentes, inundações e movimentos gravitacionais de

massa e desmoronamento de residências e pontes (PEDRAZZI et al., 2012). A cidade entrou

em estado de emergência e precisou da ajuda da Defesa Civil, voluntários e exército para

construções de pontes temporárias. Houve ainda auxílio do Governo do Estado (GUIDOVAL,

2013).

O município não dispõe de cadastro da macrodrenagem, o que o torna susceptível a

alagamentos ou inundações causados por insuficiência de informações nos períodos de cheias

ou chuvas intensas. Além disso, foi verificada a ocorrência de assoreamento nos corpos

hídricos do município. Os principais corpos hídricos, caracterizados pela maior proximidade

com a mancha urbana são os córregos do Rosa, da Leonora, do Pombal, ribeirão Preto e rio

Xopotó (GUIDOVAL, 2013).

A saída tradicionalmente adotada por muitos engenheiros responsáveis pela drenagem

urbana é canalizar os cursos d’água, a fim de aumentar a velocidade de escoamento e expulsar

a água rapidamente evitando a inundação. Tal solução, porém, acaba por transferir o problema

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para áreas a jusante na bacia hidrográfica, aumentando a magnitude e frequência das

inundações (DECINA, 2012). Em Guidoval, observa-se a consequência da adoção de medidas

desse tipo, pois, em Visconde do Rio Branco, cidade situada à montante do município, são

realizadas limpezas periódicas nos cursos d’água, com retirada de vegetação das margens e

alargamento da calha fluvial. Segundo a Prefeitura Municipal de Visconde do Rio Branco

(2013), a limpeza do rio tem como objetivo desobstruir o canal, aumentando a capacidade de

vazão do curso das águas.

Desse modo, a tomada de decisão em áreas afetadas deve priorizar o favorecimento da

infiltração e o retardamento da propagação da onda de cheia. Para isso é necessário

planejamento preventivo atrelado a estudos mais abrangentes de caracterização das áreas

contribuintes e de possibilidades de ocorrência.

O conhecimento do comportamento hidrológico e das características fisiográficas de

bacias hidrográficas é um caminho para auxiliar nos processos de decisão que envolvem as

temáticas chuvas, enchentes, inundações, e os danos em geral decorrentes das mesmas. Nesse

sentido, tem crescido o desenvolvimento e o uso de ferramentas de modelagem hidráulica-

hidrológica e de simulação de cenários que, contribuem de maneira satisfatória na resolução

desta problemática, seja determinando as áreas potencialmente inundáveis, as vazões de

longas recorrências e até mesmo criando sistemas de alerta de enchentes.

No entanto, para que tais ferramentas possam representar de forma realística os

processos que ocorrem desde a precipitação até a propagação de uma onda de cheia em

determinada região, são necessários vários parâmetros e dados confiáveis. O Brasil

infelizmente é deficitário neste quesito, pois, em seu vasto território, existem ainda, regiões

não monitoradas em termos pluvio e fluviométricos e, em muitas das regiões com

monitoramento, as séries históricas são incompletas ou possuem muitos valores questionáveis.

A escassez de redes de monitoramento hidrológico é decorrente do elevado custo envolvido

nos processos de implantação, operação e manutenção das mesmas.

Além dos dados de chuva e vazão, outra dificuldade diz respeito aos aspectos de

ocupação territorial e de informações planialtimétricas. Esses dados quando existentes não

tem a qualidade mínima requerida em termos de escala e resolução, para que ferramentas de

alto desempenho como os softwares de modelagem possam ser utilizados em seu potencial

máximo.

Diante desta realidade, o presente trabalho fez parte dos esforços científicos na

temática desastres naturais quando se propõe analisar a aplicabilidade dos softwares HEC-

HMS (Hydrologic Engineering Center-Hydrologic Modeling System) e HEC-RAS

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15

(Hydrologic Engineering Center-River Analysis System) na caracterização e diagnóstico de

áreas potencialmente inundáveis, que tem por limitação a inexistência de uma base de dados

completa e confiável.

Guidoval foi escolhida para tanto, pois, situa-se em região que historicamente sofre

com episódios de elevadas vazões, culminantes no transbordamento da calha natural do rio

que corta a parte urbana do município, trazendo inúmeros prejuízos à região. Além disso, em

pesquisa realizada previamente notou-se a falta de informações que qualificam e quantificam

as inundações na cidade, ademais, grande carência de dados hidrometeorológicos e

fisiográficos em sua área de drenagem.

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2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

Aplicar os softwares HEC-HMS e HEC-RAS no diagnóstico de áreas potencialmente

inundáveis em regiões cujos dados referentes às características físicas, e o comportamento

pluvio e fluviométrico são escassos, tendo por estudo de caso o município de Guidoval-MG.

2.2 Objetivos específicos

1) Analisar estatisticamente os dados das estações pluviométricas representativas do

regime de chuvas da região em estudo, obtendo as recorrências das precipitações

máximas e as equações Intensidade-Duração-Frequência - IDF das estações.

2) Produzir base cartográfica digital referente às características físicas da bacia

hidrográfica, identificando as relações entre a paisagem e o comportamento

hidrológico.

3) Integrar os softwares ArcGIS, HEC-HMS e HEC-RAS com suas respectivas

ferramentas complementares, na modelagem hidrológica e hidráulica da área

estudada.

4) Definir as áreas potencialmente inundáveis na parte urbana do município de

Guidoval-MG, para diferentes recorrências pluviométricas.

5) Discutir os resultados obtidos, os dados utilizados para a modelagem, a

aplicabilidade dos softwares, e a possibilidade de replicação da metodologia

proposta em outras bacias hidrográficas.

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3 REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Desastres naturais

Segundo conceituação adotada por United Nations International Strategy for Disaster

Reduction - UN-ISDR (2009), considera-se desastre uma grave perturbação do funcionamento

de uma comunidade ou de uma sociedade envolvendo perdas humanas, materiais, econômicas

ou ambientais de grande extensão, cujos impactos excedem a capacidade da comunidade ou

da sociedade afetada de arcar com seus próprios recursos. Os desastres podem ser resultantes

de eventos naturais ou da ação antrópica. Para Tominaga et al. (2009), os desastres naturais

são aqueles causados por fenômenos e desequilíbrios da natureza que atuam

independentemente da ação humana. Exemplo: chuvas intensas provocando inundação, erosão

e escorregamentos; ventos fortes formando vendaval, tornado e furacão; etc. Desastres

Humanos ou Antropogênicos são aqueles resultantes de ações ou omissões humanas e estão

relacionados com as atividades do homem, como agente ou autor. Exemplos: acidentes de

trânsito, incêndios urbanos, contaminação de rios, rompimento de barragens, etc.

Os desastres naturais podem ser potencializados pelo homem quando este atua no

cenário natural realizando modificações na morfologia do território que ocupa. Exemplos

dessas modificações são alterações na rede de drenagem natural, ocupação de várzeas

naturalmente inundáveis, desmatamento, cortes em encostas e aterros, impermeabilização do

solo, seja por construções ou uso incorreto na agricultura, entre outras.

Os desastres naturais relacionados a chuvas intensas podem ser divididos em

inundações, enxurradas e alagamentos, segundo a Classificação e Codificação Brasileira de

Desastres - Cobrade (2012). Por esta classificação tem-se:

Inundações - Submersão de áreas fora dos limites normais de um curso de água em

zonas que normalmente não se encontram submersas. O transbordamento ocorre de modo

gradual, geralmente ocasionado por chuvas prolongadas em áreas de planície;

Enxurradas - Escoamento superficial de alta velocidade e energia, provocado por

chuvas intensas e concentradas, normalmente em pequenas bacias de relevo acidentado.

Caracterizada pela elevação súbita das vazões de determinada drenagem e transbordamento

brusco da calha fluvial. Apresenta grande poder destrutivo;

Alagamentos - Extrapolação da capacidade de escoamento de sistemas de drenagem

urbana e consequente acúmulo de água em ruas, calçadas ou outras infraestruturas urbanas,

em decorrência de precipitações intensas.

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Os danos humanos desses eventos em Minas Gerais, no período de 1991 a 2012

podem ser vistos na Tabela 1:

Tabela 1 - Danos humanos em Minas Gerais por tipo de evento.

Evento Inundações Enxurradas Alagamentos

Registros 1.052 1.155 43

Desabrigados/Desalojados 274.805 191.247 12.105

Mortos 55 112 2

Feridos/Doentes 3.931 12.034 65

Afetados 4.367.191 2.160.322 65.419

Desaparecidos 3 85 6

Fonte: Adaptado de Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 2013.

Além do aspecto humano representado anteriormente, deve-se salientar os prejuízos

materiais, os danos às edificações públicas e privadas e à infraestrutura dos sistemas de

saneamento, de transporte, entre outros. Na Tabela 2 tem-se os números referentes a esse tipo

de ocorrência no mesmo período, de 1991 a 2012.

Tabela 2 - Edificações danificadas em Minas Gerais por tipo de evento.

Evento Inundações Enxurradas Alagamentos

Tipo de edificação

Saúde 240 183 10

Ensino 309 4.302 16 Habitações 70.316 371 1.966

Infraestrutura 244.701 77.594 -

Fonte: Adaptado de Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 2013.

O município de Guidoval, escolhido para a realização deste estudo, está localizado na

região classificada como Zona da Mata. Segundo UFSC (2013), a região da Zona da Mata foi

a mais afetada por enxurradas e inundações, com 24% e 20% das ocorrênrias registradas no

Estado, respectivamente. Em relação aos alagamentos, registraram-se 19% das ocorrências

mineiras. Essa porcentagem foi menor apenas do que a registrada no norte do Estado. Só em

Guidoval, constaram-se no período de 1991 a 2012, 4 enxurradas e 3 inundações.

O evento mais recente registrado em Guidoval foi o ocorrido na transição de 2011 para

2012, onde o rio que drena a cidade, o rio Xopotó, elevou-se acima do normal rapidamente,

causando enormes prejuízos. Pedrazzi et al. (2012) contam que, a água subiu em menos de

uma hora e inundou boa parte da cidade, que ficou sem energia, telefone e água potável. A

BR-120 ficou interditada e a população foi isolada pelo desabamento da ponte que permite a

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saída da cidade para Ubá-MG. Entre os habitantes, sete mil foram afetados, sendo dois mil

desalojados, cento e dois desabrigados e um morto.

O rio Xopotó, no trecho que corta a cidade de Guidoval, é considerado um curso

d’água com alta vulnerabilidade a inundações segundo classificação do Sistema Nacional de

Informações sobre Recusos Hídricos, o SNIRH (2016). Na Figura 1 pode-se ver essa

classificação.

Figura 1 - Vulnerabilidade a inundação do rio Xopotó em Guidoval.

Fonte: SNIRH, 2016.

Apesar de observadas três classificações distintas (enxurradas, inundações e

alagamentos) em Cobrade (2012), para os desastres envolvendo grandes volumes de

escoamento superficial, que extrapolam calhas de rios e submergem áreas que normalmente

são secas, gerados por chuvas de maiores magnitudes, este trabalho admite os termos

enchente e inundação para descrever quaisquer das ocorrências relacionadas.

3.1.1 Condicionantes físicas das inundações

Os principais fatores hidrológico-hidráulicos naturais que propiciam enchentes são o

relevo, tipo e intensidade da precipitação, cobertura vegetal, capacidade de drenagem,

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geologia, morfologia fluvial e extensão do canal e da planície de inundação, interação canal-

planície de inundação e rugosidade (MONTE et al., 2016).

A drenagem é a remoção do excesso de água no solo e nas vias de escoamento

determinada pela combinação da capacidade de infiltração do solo e eficácia de escoadura dos

sistemas fluviais. A capacidade de infiltração do solo, diretamente relacionada à sua

permeabilidade e umidade, define a proporção da chuva que irá se tornar escoamento de base,

responsável pela recarga do lençol subterrâneo, e a proporção que se transformará em

escoamento superficial direto, alimentando diretamente a vazão dos cursos d’água. Quanto

maior a capacidade de infiltração do solo, menor o escoamento superficial resultante. A

permeabilidade do solo influi diretamente na capacidade de infiltração, isto é, quanto mais

permeável for o solo, maior será a velocidade do escoamento da água subterrânea e, em

consequência, maior a quantidade de água que ele poderá absorver pela superfície por unidade

de tempo.

Um relevo menos acidentado permite que o escoamento superficial seja mais lento do

que em condições de terreno mais íngremes. Isso faz com que as vazões sejam menores, já

que em um escoamento de velocidades reduzidas a evaporação e a infiltração da água são

favorecidas. Tal favorecimento também ocorre em terrenos cujo recobrimento se assemelha à

paisagem natural, onde a interceptação da água pela cobertura vegetal retarda sua chegada ao

solo. Em locais modificados pela ação antrópica, onde ocorreu por exemplo a instalação de

áreas urbanas, a impermeabilização do solo faz com que a retenção de água seja dificultada,

contribuindo para a geração de escoamentos de maiores vazões e velocidades.

No caso das precipitações, quanto maiores sua intensidade e duração, mais rápido o

solo atingirá sua capacidade de infiltração e o excesso de água poderá, então, escoar

superficialmente. A precipitação que ocorre quando o solo já está úmido, devido a uma chuva

anterior, terá maior chance de produzir escoamento superficial (BARBOSA JR., 2015a).

A forma e extensão dos canais, assim como as características da planície de inundação

definem a velocidade do escoamento e as condições em que ocorre o transbordamento da

calha fluvial. Quanto mais profundos e limpos os canais forem, menores as chances de um

extravasamento. Em canais retificados observam-se maiores velocidades da água em relação

a canais naturais que possuem seus meandros preservados.

As planícies de inundação são maiores e mais afetadas nas áreas de médio e baixo

perfil longitudinal, devido, a ocorrência de regiões mais planas, onde geralmente ocorre

deposição de sedimentos carreados pelo curso d’água, o que favorece o transborde e a

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formação de áreas alagadas. Podem ocorrer planícies de inundação em regiões de cabeceira,

porém, de duração e periodicidade pequenas.

A rugosidade, ou seja, a resistência ao escoamento no percurso hidráulico é definida

pelo coeficiente de Manning (n), que é um parâmetro que combina características da forma,

do recobrimento do canal, seja ele natural ou não, do grau de meandrização e da existência de

vegetação, a qual é analisada em sua densidade e tamanho.

3.2 Modelos hidrológicos no estudo de enchentes

Um modelo hidrológico pode ser definido como uma representação matemática do

fluxo de água e seus constituintes sobre alguma parte da superfície e/ou subsuperfície terrestre

(RENNÓ, 2003). A utilização de modelos hidrológicos tem sido bastante difundida, e suas

aplicações na representação do comportamento de bacias hidrográficas têm apresentado

resultados animadores, tanto na simulação e previsão de cenários hipotéticos para avaliação

de impactos, bem como ferramenta na elaboração de projetos hidrológicos ou hidráulicos

(MARINHO FILHO, et al., 2012).

Um dos fatores determinantes na escolha de qual modelo deve ser utilizado para

caracterização e diagnóstico de determinada área é a disponibilidade de dados que possam

subsidiar a aquisição de parâmetros para o mesmo. Outro ponto importante é a familiaridade

do modelador com o modelo escolhido, visto que, ao se ter conhecimento da sensibilidade

sobre a variação dos parâmetros, melhores são as análises a respeito de seus efeitos nos

processos simulados.

Muitos modelos hidrológicos foram desenvolvidos, alguns possuem representações

simplificadas dos processos que ocorrem na natureza, já outros são de maior complexidade.

Os fenômenos podem ser tratados em diferentes escalas de tempo e espaço. As simulações

podem abranger minutos, dias e até mesmo anos, ser em pontos bem definidos, passando por

regiões e atingindo até, o nível atmosférico.

Em geral, estes modelos descrevem a distribuição espacial da precipitação, as perdas

por interceptação e evaporação, processos de infiltração, o escoamento superficial e

subsuperficial no solo e nos canais. Os modelos hidrológicos procuram simular o percurso da

água desde a precipitação até sua saída no exutório da unidade de análise, a bacia

hidrográfica, seja por escoamento para fora da bacia, seja por evapotranspiração (RENNÓ,

2003).

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No presente estudo os softwares HEC-HMS e HEC-RAS, que são sistemas de

modelagem hidrológica e análise fluvial, foram escolhidos para simular os processos que

ocorrem na bacia hidrográfica delimitada a partir da ocupação urbana existente no município

de Guidoval. Estes sistemas garantiram a simulação de eventos desde a precipitação na bacia

até a representação espacial da vazão modelada, gerando a área provavelmente inundada por

tal.

Tais modelos foram desenvolvidos e estão em constante aperfeiçoamento pelo Centro

de Engenharia Hidrológica (HEC). O HEC é uma organização dentro do Instituto de Recursos

Hídricos, sendo um Centro de Especialização para o Corpo de Engenheiros do Exército dos

EUA nas áreas técnicas de hidrologia de águas superficiais e subterrâneas, hidráulica fluvial e

transporte de sedimentos, estatísticas hidrológicas e riscos. O HEC também atua na análise de

sistemas de reservatório, análise de planejamento, gerenciamento de controle de água em

tempo real e uma série de outros assuntos técnicos estreitamente associados (USACE, 2016).

3.2.1 HEC-HMS

O Sistema de Modelação Hidrológica (HEC-HMS) é projetado para simular os

processos hidrológicos completos dos sistemas dendríticos de bacias hidrográficas. O

software inclui muitos procedimentos tradicionais de análise hidrológica, tais como

infiltração, hidrogramas unitários e roteamento hidrológico. O HEC-HMS também inclui

procedimentos necessários para a simulação contínua, incluindo evapotranspiração, degelo, e

contabilidade de umidade do solo. Ferramentas complementares de análise são fornecidas

para otimização de modelos, fluxo de vazão prevista, redução da relação profundidade-área,

avaliação da incerteza do modelo, transporte de sedimentos, erosão e qualidade da água

(USACE, 2016).

O software possui um ambiente de trabalho totalmente integrado, incluindo um banco

de dados, utilitários de entrada de dados, mecanismo de computação e ferramentas de

relatórios de resultados. Uma interface gráfica permite ao usuário o movimento contínuo entre

as diferentes partes do software. Os resultados da simulação são armazenados no HEC-DSS

(Sistema de Armazenamento de Dados) e podem ser usados em conjunto com outros

softwares para estudos de disponibilidade de água, drenagem urbana, previsão de fluxo, futuro

impacto de urbanização, operação de sistemas (USACE, 2016).

Para simulação do escoamento superficial em uma bacia, o HMS requer pelo menos

quatro módulos de entrada de dados, a saber: representação da bacia (basin model), modelo

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meteorológico (precipitation model), especificações de controle (control specification) e

módulo de séries temporais (time-series model). O módulo de representação da bacia

relaciona-se à configuração geométrica da bacia, sendo representado o esquema hidrológico

da área, com as sub-bacias, os trechos de rios, possíveis reservatórios, junções e divisões dos

canais (CAMARGO et al., 2011).

Para a representação da bacia o HEC possui uma importante ferramenta, a Geospatial

Hydrologic Modeling Extension (HEC-GeoHMS), ou seja, a Extensão de Modelação

Hidrológica Geoespacial que foi desenvolvida como uma ferramenta de hidrologia

geoespacial. O HEC-GeoHMS usa o ArcGIS e a extensão Spatial Analyst para desenvolver

uma série de insumos de modelagem hidrológica para o HMS, analisando dados digitais do

terreno, identificando os caminhos de drenagem e os limites da bacia hidrográfica em uma

estrutura de dados hidrológicos que representa a rede de drenagem. O programa permite aos

usuários visualizar informações espaciais, documentar as características da bacia hidrográfica,

realizar análise espacial e delinear sub-bacias e riachos (USACE, 2016).

A interface simples e dinâmica desta ferramenta, juntamente com as diferentes

possibilidades de simulações hidrológicas faz com que ela seja amplamente utilizada no meio

acadêmico em trabalhos de análises de recursos hídricos. No Brasil, Decina e Brandão (2016),

realizaram simulações hidrológicas e hidráulicas, obtendo diferentes manchas de inundação

para os períodos de retorno de 25, 50 e 100 anos com a aplicação de HEC-HMS e HEC-RAS

na bacia do Córrego Gregório em São Carlos- SP. A área compreendida neste estudo é de

17,45 km² e os autores avaliaram a adoção de medidas estruturais e não estruturais no controle

de inundações, concluindo que a melhor opção foi a associação de ambas. Ressaltaram

também, a importância do planejamento urbano para o controle das inundações, visto que, a

adoção de medidas não estruturais na fase inicial dos projetos urbanos representou

significativamente resultados melhores do que quando implantadas no espaço urbano já

consolidado.

Rodrigues (2014) fez uso desta ferramenta para quantificação de cheias na bacia do rio

Cavaco em área de aproximadamente 4.000 km², em Benguela, Angola. Neste caso foram

utilizados somente dados pluviométricos históricos para simulação de eventos de precipitação

intensa, e informações a cerca das cheias que ocorreram na bacia como forma de comparação

de resultados. A autora revela que devido à baixa qualidade do Modelo Digital de Terreno

(MDT), resolução de 90 metros, não foi realizada a complementação hidráulica do estudo,

mas mesmo assim, ele fornece indicativos importantes do comportamento da área quanto à

geração de escoamento superficial. Ela ainda realça a importância das organizações e projetos

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internacionais que trabalham e compilam informação gratuita indispensável a este tipo de

estudo, uma vez que a maioria da informação utilizada no trabalho é de fontes desse tipo,

como é o caso do shapefile que deu origem ao mapa de uso e ocupação da bacia hidrográfica,

cuja resolução é 300 metros, disponibilizado pela Organização das Nações Unidas para a

Alimentação e a Agricultura (FAO, do inglês Food and Agriculture Organization).

Halwatura e Najim (2013) utilizaram o HEC-HMS para realizar diferentes simulações

na bacia hidrográfica do rio Attanagalu Oya, no Sri Lanka, a fim de que, o modelo

representativo da bacia fosse calibrado, sendo capaz de gerar dados de fluxo a longo prazo.

Foram testados, o método de perda pelo parâmetro CN (Curve Number) no modelo

Hidrograma Unitário (HU) SCS (Soil Conservation Service), e o método de perda Constante,

tanto pelo (HU) de Clark quanto pelo HU de Snyder. Além de dados de vinte anos de

precipitação em cinco estações pluviométricas dispersas na bacia e medidas de evaporação

mensais, os autores também possuíam dados do fluxo diário. As informações geográficas

necessárias neste estudo foram obtidas através de processamento digital com o software

ArcGIS.

Os estudos anteriores revelam algumas, dentre as múltiplas opções de utilização

oferecidas pelo HEC-HMS, que contemplam inclusive, regiões onde dados primordiais às

simulações são escassos. Observa-se que, mesmo com a facilidade de uso, é importante que se

tenha senso crítico e conhecimento da teoria envolta nos processos e nas variáveis simuladas,

a fim de que os recursos disponíveis sejam corretamente enquadrados na literatura

consolidada e nos cálculos permitidos pelo software, de modo que, os resultados obtidos

sejam fidedignos.

3.3 Método HU-SCS de transformação chuva-vazão

No HEC-HMS são encontrados diferentes métodos de simulação, alguns são para

simular acontecimentos enquanto outros são para simulações contínuas. A dificuldade de uma

simulação começa na quantidade de parâmetros exigida por cada método, em alguns, esse

número é tão grande que inviabiliza sua utilização. Dentre os métodos menos exigentes

encontra-se o HU-SCS, que requer como inputs apenas o parâmetro Curve Number, ou

simplesmente CN, para cálculo da chuva efetiva, e o parâmetro Lag Time para determinação

do hidrograma resultante. No proposto pelo HMS, a entrada de dados é objetiva, ficando a

cargo do software todos os cálculos necessários, que são realizados em segundo plano. O

modelador tem como output a resposta da bacia e/ou sub-bacias em forma gráfica e tabular.

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A teoria do HU admite como pressupostos fundamentais que a bacia hidrográfica se

comporta como um sistema linear e invariante no tempo em termos do processo de formação

de cheias. Um sistema diz-se linear quando um acréscimo no estímulo a que é sujeito produz

um acréscimo na resposta do sistema na mesma proporção do acréscimo do estímulo,

podendo, assim, serem sobrepostas as respostas do sistema a sucessivos estímulos. A

invariância temporal pressupõe que o mesmo estímulo causa sempre a mesma resposta

(PORTELA, 2016).

Um hidrograma unitário de duração D é o HU do escoamento direto (aquele sem a

parcela do escoamento de base) provocado numa seção de um curso d’água por uma

precipitação útil ou efetiva, considerada unitária, com intensidade constante no tempo e

aproximadamente uniforme sobre a bacia hidrográfica de duração também D (PORTELA,

2016).

Neste método, a precipitação efetiva (Pe) (parte da precipitação que se torna

escoamento superficial direto) é obtida em função da precipitação acumulada (P), da retenção

potencial máxima (S) e da abstração inicial (Ia), estas últimas relacionam-se às características

do terreno através do parâmetro CN. O CN é diretamente definido pelas condições do terreno

referentes à ocupação, ao uso e tipo de solo e às condições médias de umidade antecedentes a

precipitação (BARBOSA JR, 2015a).

A retenção potencial máxima (S) pode ser entendida como a capacidade máxima de

armazenamento de água na bacia hidrográfica quando no solo, nas depressões do terreno e nos

obstáculos que interceptam a chuva fosse atingido um estado de intensa saturação que se

pudesse admitir corresponder a uma taxa de infiltração tendente a zero. Nestas circunstâncias,

ou seja, depois de iniciado o runnof, as intensidades da precipitação total e efetiva seriam

iguais (PORTELA, 2016). Já a abstração inicial (Ia) representa todas as perdas antes que

comece o runoff. Inclui a água retida nas depressões da superfície e interceptada pela

vegetação, bem como, a água evaporada e infiltrada (TOMAZ, 2011).

O Lag Time ou tempo de atraso do hidrograma é definido como o período de tempo

entre o centróide da precipitação e o fluxo de pico do hidrograma resultante. O exame das

equações usadas na derivação do hidrograma unitário curvilíneo mostra que o tempo de

latência pode ser calculado como a duração da precipitação unitária dividida por dois, mais

60% do tempo de concentração ( ) (SCHARFFENBERG, 2013).

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3.3.1 CN

Para determinar o CN primeiramente deve-se determinar o “grupo de solo” que

descreve os solos na bacia. O método SCS agrupa os solos em quatro tipos, A, B, C e D,

dependendo de suas características de infiltração. Sua metodologia reúne os solos dos Estados

Unidos da América (EUA) em quatro grandes grupos: A (baixo potencial de escoamento); B

(moderado potencial de escoamento); C (alto potencial de escoamento); D (muito alto

potencial de escoamento) (SARTORI et al., 2005).

O grupo A compreende os solos de alta taxa de infiltração, consistido principalmente

de areias ou cascalhos, profundos e excessivamente drenados. O grupo B contém os solos de

moderada taxa de infiltração moderadamente profundos a profundos, moderadamente a bem

drenados, com textura moderadamente fina a moderadamente grossa. No grupo C estão os

solos de baixa taxa de infiltração, principalmente com camadas que dificultam o movimento

da água através das camadas superiores para as inferiores, ou com textura moderadamente

fina e baixa taxa de infiltração. Finalmente no grupo D encontram-se os solos que possuem

alto potencial de escoamento, tendo uma taxa de infiltração muito baixa, sendo

principalmente solos argilosos com alto potencial de expansão (TR-55, 1986).

Sartori et al. (2005) propuseram a adequação da classificação hidrológica dos solos

dos EUA apresentando as principais características das classes de solos em nível de ordem

para as unidades representativas dos grandes grupos encontrados no Estado de São Paulo.

Segundo os autores, no Brasil existem algumas classes de solos argilosos e arenosos que não

pertencem aos grupos hidrológicos do solo de alto e baixo potencial de escoamento

superficial, respectivamente.

Determinado o grupo de solo, a segunda etapa é a caracterização da superfície. Nesta

etapa analisa-se o tipo de cobertura do solo, a Tabela 3 pode ser utilizada como referência

para identificação do número de escoamento em bacias rurais. Os valores das tabelas de

referência de CN variam para as condições de umidade do solo antecedentes ao evento

chuvoso. Tais condições são:

• Condição I: solos secos, onde as chuvas nos últimos cinco dias não ultrapassam 15

mm;

• Condição II: situação média na época das cheias, onde as chuvas nos últimos cinco

dias totalizaram entre15 mm e 40 mm;

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• Condição III: solo úmido (próximo da saturação), onde as chuvas nos últimos cinco

dias foram superiores a 40 mm e as condições meteorológicas não favoreceram altas taxas de

evaporação.

Tabela 3 - Referência de número de escoamento em bacias rurais para o método SCS.

Uso do Solo Características da Superfície Tipo de Solo

A B C D

Solo lavrado Com sulcos retilíneos 77 86 91 94

Em fileiras retas 70 80 87 90

Plantações regulares

Em curvas de nível 67 77 83 87

Terraceado em nível 64 76 84 88

Em fileiras retas 64 76 84 88

Plantações de Cereais

Em curvas de nível 62 74 82 85

Terraceado em nível 60 71 79 82

Em fileiras retas 62 75 83 87

Plantações de legumes ou cultivados

Em curvas de nível 60 72 81 84

Terraceado em nível 57 70 78 89

Pobres 68 79 86 89

Normais 49 69 79 94

Boas 39 61 74 80

Pastagens

Pobres, em curva de nível 47 67 81 88

Normais, em curva de nível 25 59 75 83

Boas, em curva de nível 6 35 70 79

Campos permanentes

Muito esparsas, baixa transpiração 45 66 77 83

Esparsas 36 60 73 79

Normais 30 58 71 78

Densas, de alta transpiração 25 55 70 77

Chácaras e estrada de terra

Normais 56 75 86 91

Más 72 82 87 89

De superfície dura 74 84 90 92

Florestas

Muito esparsas, baixa transpiração 56 75 86 91

Esparsas 46 68 78 84

Normais 36 60 60 76

Densas, de alta transpiração 26 52 62 69

Fonte: TUCCI, 2015.

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3.3.2 Tempo de concentração

O tempo de concentração é um parâmetro hidrológico que surge da hipótese que a

bacia hidrográfica responde como sistema linear para o escoamento superficial direto.

Decorre desta hipótese a definição de tempo de concentração ( ) como o tempo necessário

para que toda a bacia esteja contribuindo na seção de saída. Nesta condição hipotética de

resposta linear da bacia o tempo de concentração é o tempo de equilíbrio quando se estabelece

o regime permanente entre uma chuva efetiva de intensidade constante e o escoamento

superficial direto dela decorrente (SILVEIRA, 2005).

Silveira (2005) avaliou o desempenho de 23 fórmulas de utilizando arquivos-teste

de bacias hidrográficas urbanas e rurais e uniformizou as unidades de medida, estando elas

adaptadas para dar o tempo de concentração em horas. O comprimento L refere-se ao

comprimento em km do rio, canal ou talvegue principal, ou o comprimento de percurso

hidráulico, S a sua declividade média em m/m e A área da bacia hidrográfica em km². Aimp é a

fração de área impermeável variando entre 0 e 1, n o coeficiente de rugosidade de Manning e i

a intensidade da chuva em mm/h.

Na Tabela 4 temos a síntese da avaliação de Silveira (2005) que sugere as equações de

Corps of Engineers, Ven Te Chow, Onda Cinemática e Kirpich para utilização em bacias

rurais de até 12.000 km², já para bacias urbanas as equações propostas são Carter, Schaake e

Desbordes, com áreas de aplicação de 1.100, 62 e 5.100 km² respectivamente.

Tabela 4 - Tempo de concentração.

Nome Equação

Corps of Engineers (3.1)

Ven Te Chow (3.2)

Onda Cinemática (3.3)

Kirpich (3.4)

Carter (3.5)

Schaake (3.6)

Desbordes (3.7)

Fonte: SILVEIRA, 2005.

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3.4 Precipitação

A precipitação é um fenômeno do tipo aleatório. Por isso, a frequência com que

ocorrem determinadas precipitações deve ser conhecida para uso em projetos associados ao

aproveitamento dos recursos hídricos ou de controle do impacto causado por chuvas intensas

(BARBOSA Jr., 2015b).

Um dos mais importantes usos das chuvas intensas de certa frequência é a estimativa

de vazões máximas para rios com pouca ou nenhuma medição de vazões, geralmente cursos

d’águas de pequenas bacias, urbanas ou rurais, e que constituem a macrodrenagem natural

dessas bacias (GENOVEZ e ZUFFO, 2000).

As chuvas intensas podem ser determinadas através das equações de Intensidade-

Duração-Frequência, ou simplesmente equações IDF. No Brasil existe relativa facilidade de

se obter dados de chuva de duração diária, porém dados de chuvas de menor duração, devido

à escassez de equipamentos registradores dificilmente são disponíveis e, quando existem, são

séries relativamente curtas que apresentam muitas falhas nos registros de dados (BACK et al.,

2012).

Algumas metodologias foram propostas visando obter chuvas de menor duração a

partir de registros pluviométricos diários. Tais metodologias empregam coeficientes para

transformar a chuva de 24 h em chuvas de menor duração, como é o caso da desagregação da

chuva de 24 h.

Damé et al. (2008) compararam diferentes metodologias para obtenção de curvas IDF

no Rio Grande do Sul e concluíram que o método mais representativo de intensidades

máximas foi o proposto por DAEE/CETESB (1980). Souza et al. (2012) também aplicaram os

mesmos coeficientes para o estado do Pará, em dados diários de séries históricas

disponibilizadas pela Agência Nacional de Águas (ANA).

A desagregação da chuva de um dia em chuvas de menor duração proposta por

DAEE/CETESB (1980) emprega os coeficientes multiplicativos apresentados na Tabela 5.

Tabela 5 - Coeficientes de desagregação de chuvas diárias.

Duração Coeficiente Duração Coeficiente 1 dia – 24 h 24h – 12h 24h – 10h

1,14 0,85 0,82

1h – 30min 0,5h – 25 min 0,5h – 20 min

0,74 0,91 0,81

24h – 8h 0,78 0,5h – 15 min 0,70 24h – 6h 0,72 0,5h – 10 min 0,54 24h – 1h 0,42 0,5h – 5 min 0,34

Fonte: DAEE/CETESB, 1980.

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30

3.4.1 Equações IDF

As relações entre intensidade, duração e frequência das chuvas intensas, são deduzidas

das observações de chuvas durante um período de tempo suficientemente longo, para que seja

possível aceitar as frequências como probabilidades (SILVA et al., 2012). As séries históricas

dos dados observados podem ser de máximas anuais ou parciais. As séries parciais

consideram observações acima de um valor pré-definido, independente de seu ano de

ocorrência. No caso de estudos de recorrências superiores a 10 anos ambas as séries

contemplam praticamente os mesmos resultados (CETESB, 1980).

Deve-se ressaltar que normalmente, no Brasil e em diversos outros países

subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, as pequenas e médias bacias urbanas ou rurais não

contam com dados hidrometeorológicos em quantidade e qualidade que permitam a avaliação

de tormentas de projeto para cada local específico (ABREU, 2013).

A baixa quantidade e má qualidade dos dados podem ser explicadas na maioria das

vezes, pela falta de equipamentos de medição instalados, por equipamentos estragados ou

inoperantes e até mesmo negligência ou não capacitação dos operadores responsáveis pelas

leituras dos mesmos. Na Figura 2 têm-se partes dos relatórios de consistência de duas estações

pluviométricas existentes na bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul. As ocorrências relatadas

neste documento justificam a necessidade de análises criteriosas dos dados na tentativa de

identificar os possíveis erros das séries históricas disponíveis no país.

As equações IDF são obtidas a partir de registros históricos de alturas de precipitação

relacionadas à duração da chuva. São resultados de cuidadosa avaliação de dados e

processamento estatístico os quais, dão subsídio para a obtenção de hietogramas, isto é, a

precipitação em função do tempo (TOMAZ, 2013). Tais equações frequentemente se

apresentam sob a forma:

( ) (3.8)

Onde é a intensidade da chuva em mm/h, o tempo de recorrência do evento em

anos e é o tempo de duração da chuva em minutos. , e são parâmetros obtidos pelo

ajuste dos dados por regressão não linear.

Page 33: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

31

Figura 2 - Histórico de estação pluviométrica.

Fonte: ANEEL, 1998.

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32

3.4.2 Identificação de pontos atípicos em séries históricas de precipitação

Naghettini e Pinto (2007) afirmam que, a presença de pontos atípicos em uma dada

amostra pode afetar drasticamente o ajuste de uma certa distribuição de probabilidades

àqueles dados. Um elemento ou ponto amostral é considerado atípico, ou um outlier, do ponto

de vista estatístico, quando ele se desvia significativamente do conjunto dos outros pontos. Os

autores referem-se a diversos testes de hipóteses para a detecção dos outliers, mas apontam

que, o proposto por Grubbs e Back (1972), o teste GB, encontra-se entre os mais

frequentemente empregados, sendo de grande utilidade na análise de frequência de variáveis

hidrológicas.

De acordo com esse teste, as quantidades e definem, respectivamente, os limites

superior e inferior, acima e abaixo dos quais, os pontos atípicos, eventualmente presentes em

uma amostra, são detectados e identificados. Para tal, tem-se que:

( ) (3.9)

e

( ) (3.10)

onde e representam, respectivamente, a média aritmética e o desvio-padrão dos

logaritmos naturais de uma amostra de tamanho N, de uma variável aleatória X, e denota

o valor crítico da estatística de Grubbs e Beck, para um nível de significância .

Para α = 10%, Pilon et al. (1985) citados por Naghettini e Pinto (2007) propõem que

seja aproximado por:

(3.11)

Detectados os outliers presentes na amostra, a decisão de excluí-los ou mantê-los nas

análises requer cuidado, visto que, a observação atípica pode ser resultado de um evento

natural. Em dados hidrometeorológicos, eliminar um valor extremo pode significar a exclusão

de um evento real, principalmente tratando-se de extremos máximos. É possível que, mesmo

em uma série de dados observacionais pequena tenha ocorrido um evento de alta recorrência,

ou seja, pouco frequente.

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33

3.4.3 Análise probabilística das séries históricas de precipitação

A análise probabilística é um processo iterativo onde se inicia com um modelo

escolhido que, por inspeção gráfica dos dados, pode representar razoavelmente suas

características principais. A função de utilizar modelos teóricos de distribuição de

probabilidade, em estudos de chuvas intensas é de fazer uma ponte entre as distribuições

empíricas (amostra conhecida) e as distribuições populacionais (amostra completa),

procurando manter as características das séries históricas e gerar extrapolações de uma

população (SILVA et al., 2012).

Dentre as distribuições probabilísticas mais empregadas na análise de dados

hidrológicos estão: Normal, Log Normal, Gumbel para máximas, Gumbel-Chow, Pearson

Tipo 3 e Log Pearson Tipo 3. Gandini (2016) fez uso destas distribuições e propôs

metodologia para a determinação da tendência de probabilidade de séries históricas de

máximas precipitações anuais por ano hidrológico. Têm-se como ponto de partida que, para

qualquer distribuição, ao medir , a probabilidade de se encontrar um valor menor ou igual a

um valor extremo é dada pela função densidade de probabilidade acumulada (FDA):

( ) { } ∫ ( )

(3.12)

Na Tabela 6 foram compiladas as funções de densidade de probabilidade (FDP) das

distribuições Normal, Log Normal, Pearson Tipo 3 e Log Pearson Tipo 3, as quais doravante

serão tratadas por Pearson e Log Pearson, e as funções densidade de probabilidade acumulada

(FDA) das distribuições Gumbel para máximas, que será referida apenas por Gumbel, e

Gumbel-Chow. Nessas distribuições é a variável aleatória, e são, respectivamente, a

média e o desvio-padrão da população, são parâmetros da distribuição, ( ) é a

distribuição gama (a função gama pode ser resolvida pelo comando direto GAMA em planilha

eletrônica do Excel) e é a variável reduzida de Gumbel calculada para cada posição de

uma amostra ordenada de tamanho .

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34

Tabela 6 - FDP e FDA.

Distribuição Função densidade de probabilidade

Normal ( )

[

(

)

], (3.13)

Log

Normal ( )

( ) [

( ( ) ( )

( ))

], . (3.14)

Pearson

( )

( ) (

)

* (

)+, . (3.15)

( ) (3.16)

(

)

Sendo a assimetria da amostra. (3.17)

. (3.18)

Log

Pearson

( )

( )( ( )

)

* ( ( )

)+, (3.19)

( ) (3.20)

( ) ( )

(3.21)

(3.22)

(3.23)

(3.24)

(3.25)

. (3.26)

Gumbel ( )

, (3.27)

( ). (3.28)

Gumbel-

Chow

( )

, (3.29)

(

); (3.30)

√ ∑ ( ) (∑ ( ))

; (3.31)

∑ ( )

; (3.32)

( ) * (

)+.

é a ordem de classificação do elemento amostral e n é o tamanho da amostra.

(3.33)

Fonte: Compilado de NAGHETTINI e PINTO, 2007 e GANDINI, 2016.

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35

Naghettini e Pinto (2007) atribuem à representação de um quantil (ponto estabelecido

em um intervalo regular a partir da FDA de uma variável aleatória) de uma variável

hidrológica como a média amostral , somada a um desvio XTr. O termo XTr depende da

dispersão característica da distribuição de x, do tempo de retorno (Tr) e de outros parâmetros

do modelo probabilístico.

O termo XTr pode ser assumido igual ao produto do desvio padrão amostral , por

um fator de frequência kTr. O fator de frequência é uma função do tempo de retorno e da

distribuição de probabilidades empregada na análise. Sendo assim, a estimativa do quantil

associado ao tempo de retorno Tr, XTr, pode ser escrita como:

(3.34)

Na Tabela 7 apresenta-se a representação do quantil e na Tabela 8 têm-se os fatores de

frequência para as distribuições de probabilidade anteriores. Sendo ( ) e ( ) a média e o

desvio padrão dos logaritmos neperianos de x, respectivamente.

Tabela 7 - Quantil.

Distribuição Fator de frequência Representação do quantil

Normal kN (3.35)

Log Normal kL-N ( ( ) ( ) ) (3.36)

Pearson kP (3.37)

Log Pearson kL-P ( ( ) ( ) ) (3.38)

Gumbel kG (3.39)

Gumbel-Chow kG-C (3.40)

Fonte: Compilado de NAGHETTINI e PINTO, 2007 e GANDINI, 2016.

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36

Tabela 8 - Fatores de frequência.

Distribuição Fator de frequência

Normal

(

); (3.41)

( ) √ (

( ) ). (3.42)

(

); (3.43)

( ) √ (

( ( )) ) (3.44)

.

Log Normal (3.45)

Pearson

(

); ; (3.46)

e ( )

( )∫

. (3.47)

(

); ; (3.48)

e ( )

( )∫

(3.49)

; ; (3.50)

( )( ) ∑ ( )

. (3.51)

Sendo o coeficiente de assimetria e o número de dados da amostra.

Log Pearson

( )

(

( ) ); ( ) ; (3.52)

( )

( )∫

( ). (3.53)

( )

(

( ) ); ( ) ; (3.54)

( )

( )∫

( ) (3.55)

; ( ) ; (3.56)

( )

( )( ) ∑ ( ( ) ( ))

( ( )) (3.57)

Sendo ( ) o coeficiente de assimetria dos logaritmos neperianos da

amostra.

Gumbel , * (

)+-. (3.58)

Gumbel-

Chow

(3.59)

e * (

)+. (3.60)

é a variável reduzida de Gumbel associada a um período de retorno

Fonte: Compilado de NAGHETTINI e PINTO, 2007 e GANDINI, 2016.

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37

3.4.4 Análise de aderência das distribuições de probabilidade

Assumir que determinado grupo de dados se comporta conforme uma distribuição de

probabilidade nos permite realizar estimativas sem precisar da totalidade das informações.

Para isso, é necessário estimar se a distribuição de um grupo de dados concorda com um

modelo de distribuição teórico. Tal concordância trata-se por aderência.

Ao se ajustar uma distribuição de probabilidade, a um conjunto de dados, trabalha-se

com a hipótese de que a distribuição pode representar adequadamente aquele conjunto de

informações. Uma maneira de comprovar esta hipótese é através de alguns testes não

paramétricos como o teste de Kolmogorov-Smirnov (KS) (CATALUNHA et al., 2002).

O teste KS avalia a distância máxima entre os resultados de uma distribuição de

probabilidade a ser testada e os valores associados à distribuição hipoteticamente verdadeira

(SILVA, 2009). Press et al. (2011) assumem que, por KS, para comparar um conjunto de

dados ( ) à uma FDA ( ) tem-se que:

| ( ) ( )| (3.61)

e para comparação entre duas FDA experimentais diferentes adota-se:

| ( ) ( )| (3.62)

Neste caso devem ser tais que os valores de nas duas distribuições

experimentais sejam vizinhos. O valor de deve ser comparado com o um valor crítico, o

, determinado de acordo com o tamanho da amostra e o nível de significância da

análise, conforme a Tabela 9. Sendo menor que é aceita a hipótese de aderência,

caso contrário rejeita-se a aderência entre a distribuição e a amostra.

Ao se adotar KS para testar diferentes FDP para uma mesma amostra o resultado pode

levar à aceitação de todas as distribuições testadas. Neste caso, além de uma comparação

entre os , sendo que, quanto menor o mais aderente é a FDP, é de suma

importância complementar o teste com a análise visual dos gráficos gerados pelas

distribuições. Isso garante que ocorra a escolha da distribuição mais adequada à extrapolação

dos dados.

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Tabela 9 - Valores de para teste KS.

Tamanho da

amostra (N)

Nível de significância (α)

0,2 0,1 0,05 0,01

5 0,45 0,51 0,56 0,67

10 0,32 0,37 0,41 0,49

15 0,27 0,30 0,34 0,40

20 0,23 0,26 0,29 0,36

25 0,21 0,24 0,27 0,32

30 0,19 0,22 0,24 0,29

35 0,18 0,20 0,23 0,27

40 0,17 0,19 0,21 0,25

45 0,16 0,18 0,20 0,24

50 0,15 0,17 0,19 0,23

>50

Fonte: PINTO et al., 1976.

3.4.5 Hietograma

O hietograma indica como um evento de precipitação pode estar distribuído no tempo.

É uma representação gráfica que mostra a intensidade da chuva ao longo de sua duração. O

conhecimento da distribuição temporal da chuva é de extrema importância, já que esta pode

influenciar significativamente na magnitude dos hidrogramas de cheia.

Se o pico da precipitação ocorrer no final do evento esta precipitação será igual ao

volume de chuva responsável pelo escoamento superficial, uma vez que as perdas iniciais já

foram satisfeitas; ao contrário, se o pico da precipitação ocorrer no início do evento, só uma

parte desta precipitação gerará escoamento superficial, sendo que o restante irá satisfazer as

perdas iniciais e, dessa forma, irá provocar uma vazão menor quando comparado à primeira

situação. (ABREU, 2013).

A composição de hietogramas a partir de curvas IDF pode ser bastante útil para o

modelador; porém, com a adoção desse método, ocorre uma maximização das precipitações

para cada duração, já que muito raramente os totais precipitados máximos para cada duração

ocorrerão em um único evento (CANHOLI, 2005 citado por ABREU, 2013).

Um hietograma comumente utilizado é o hietograma dos blocos alternados. Neste

método é estabelecida a distribuição temporal das alturas pluviométricas do modo mais

representativo de uma condição crítica. Esse método admite que a maior quantidade de

precipitação no incremento de tempo considerado, ∆t, ocorre sensivelmente a meio da

duração do acontecimento pluviométrico (CABRAL et al., 2016).

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39

Por esse procedimento, após a definição da duração total da chuva a ser obtida e de

seu tempo de retorno, são calculadas, com base nas relações IDF, as intensidades médias para

as diversas durações até a duração total. Essas intensidades são, então, transformadas em

alturas de chuva e representam os valores acumulados até o último intervalo. Os incrementos

entre um valor acumulado e outro são calculados e rearranjados, de forma que o maior valor

se localize no centro da duração total da chuva, e os demais sejam dispostos em ordem

decrescente, sempre um à direita e outro à esquerda do bloco central, alternadamente

(BEMFICA et al., 2000).

3.5 Modelo Muskingum-Cunge de propagação de cheias em canais

Quando o escoamento de um evento de precipitação segue a jusante em um curso

d’água, ele é considerado uma onda de cheia. Conforme a onda de cheia se desloca para

jusante, geralmente, sua altura diminui e ela se espalha na direção do curso d’água. Essa

redução da altura ou magnitude da onda é chamada atenuação, e o procedimento para calcular

a redução é conhecido como propagação. O termo propagação descreve um procedimento

matemático, não o mapeamento do movimento da onda (GRIBBIN, 2014).

O conceito de propagação se baseia no seguinte: em uma bacia hidrográfica a água flui

em uma extremidade da bacia é armazenada temporariamente e depois sai pela outra

extremidade a uma vazão reduzida. Quando o escoamento entra em uma seção do curso

d’água, chamada trecho, parte da água fica temporariamente armazenada nela, e então é

liberada a jusante.

No HEC-HMS são encontrados diferentes métodos para simulação do fluxo em canais

abertos. Os modelos de propagação do software calculam o hidrograma a jusante, dado um

hidrograma a montante como uma condição de contorno, através das equações de

continuidade e de momento. Os modelos de propagação que estão incluídos no HEC-HMS

são apropriados para muitos, mas não todos, estudos de escoamento em inundação.

O Corpo de Engenheiros do Exército dos Estados Unidos desenvolveu um

procedimento para estimar a propagação no rio Muskingum, em Ohio. Este método de

propagação se tornou universal e é amplamente utilizado em cursos d’água em geral. O

método de propagação de Muskingum consiste na determinação da velocidade de propagação

do escoamento em rios e córregos. Baseado na combinação da conservação da massa

representa a atenuação das ondas de cheias e pode ser usado em trechos com uma pequena

inclinação.

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40

A equação de momento e a equação de continuidade, juntas, são conhecidas como as

equações de Saint-Venant ou equações de ondas dinâmicas. A equação de momento

representa as forças (gravitacional, pressão, de atrito, o produto massa do fluido e aceleração)

que atuam sobre um corpo d’água (FELDMAN, 2000). A equação de continuidade é

fundamentada na conservação da massa de água entrando e saindo do reservatório, relaciona

as vazões afluente e efluente ao canal, e a quantidade armazenada em um intervalo de tempo

(GRIBBIN, 2014).

Feldman (2000) afirma que as equações de momento e continuidade são derivadas dos

seguintes princípios básicos:

• A velocidade é constante, e a superfície da água é aproximadamente horizontal em

qualquer seção do canal;

• Todo o fluxo é gradualmente variado, com pressão hidrostática prevalecendo em

todos os pontos do fluxo. Assim, as acelerações verticais podem ser negligenciadas;

• Não ocorre circulação lateral e secundária;

• Os limites do canal são fixos; erosão e deposição não alteram a forma de uma seção

transversal do canal;

• A água é de densidade uniforme e a resistência ao fluxo pode ser descrita por

fórmulas empíricas, como a equação de Manning e de Chezy.

Embora popular e fácil de usar, o modelo Muskingum inclui parâmetros que são

difíceis de estimar. Uma extensão deste modelo, o modelo Muskingum-Cunge supera essa

dificuldade. A grande vantagem e a popularidade do Método de Muskingum-Cunge é que,

apesar de similar ao Método de Muskingum, não precisa de dados hidrológicos para

calibração e os dados são fáceis de serem obtidos (TOMAZ, 2008).

No HEC-HMS o modelo Muskingum-Cunge tem como requisitos básicos apenas

descrição do canal e o influxo à montante. A descrição é fornecida em termos da inclinação,

largura e seção transversal do canal. Para descrever as perdas de energia do escoamento é

requerido o coeficiente de Manning (n). O influxo pode ser determinado com base em eventos

históricos observados, ou pode ser calculado com modelos de transformação chuva-vazão do

próprio HEC-HMS (FELDMAN, 2000).

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41

3.5.1 Coeficiente de rugosidade de Manning (n)

Estimar o coeficiente de Manning (n) significa estimar a resistência ao fluxo em um

percurso hidráulico (CHOW, 1959), sendo n um número empírico que descreve a aspereza do

revestimento do canal (GRIBBIN, 2014).

Segundo Chow (1959), os fatores que exercem maior influência sobre o coeficiente de

rugosidade, seja ele de canais naturais ou artificiais são:

• O tamanho e a forma dos grãos do material que formam o perímetro molhado.

Geralmente grãos finos resultam em um n relativamente baixo, enquanto grãos grosseiros

resultam em valores altos de n;

• Obstruções. A presença de obstruções ao longo do percurso hidráulico tende a

aumentar n. Esse aumento depende da natureza das obstruções, seu tamanho, forma, número e

distribuição;

• A vegetação que recobre o canal. A vegetação atua como uma espécie de rugosidade

da superfície, reduzindo a capacidade do canal e retardando o fluxo. Este efeito depende,

principalmente, altura, densidade, distribuição, e tipo de vegetação;

• A irregularidade do canal. Compreende irregularidades no perímetro molhado e

variações na seção transversal, no tamanho e forma ao longo do comprimento do canal.

• Assoreamento e Expurgo. O assoreamento pode transformar um canal muito

irregular em uma parte relativamente uniforme e diminuir n, enquanto a limpeza pode fazer o

inverso e aumentar n.

Em situações de cheia nos canais pode ocorrer transbordamento, nesse caso parte do

fluxo será ao longo da planície de inundação. O valor n das planícies de inundação é

geralmente maior do que a do canal, e a sua magnitude depende da condição da superfície ou

vegetação.

O coeficiente também pode variar sazonalmente devido ao crescimento de plantas

aquáticas, grama, ervas daninha e árvores, nos canais ou nos bancos laterais. Ele pode

aumentar na estação de crescimento e diminuir na fase de dormência.

Existem muitas referências para valores típicos de rugosidade de Manning (n). Chow

(1959) em seu livro “Open-Channel Hydraulics” compila diversos, com variados canais,

complementando as tabelas de indicação com ilustrações.

Devido aos vários fatores que afetam o coeficiente de Manning e a importância do tipo

e do material que recobrem o leito e as margens do canal, Cowan (1956) citado por Chow

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42

(1959) e Brunner (2010) desenvolveu um procedimento para sua determinação. Pelo método

de Cowan o valor de n pode ser determinado pela equação:

( ) (3.63)

Onde, é um valor base para um canal uniforme, reto e liso, é um valor

adicionado a para corrigir o efeito das irregularidades superficiais, é o valor para

variações na forma e tamanho da seção transversal, para obstruções, para as condições

de vegetação e fluxo e para a correção de meandros. Tais valores podem ser determinados

com base na Tabela 10:

Tabela 10 - Valores para cálculo do coeficiente de rugosidade de Manning

Condições do canal Valores

Material envolvido

Terra Corte de rocha Cascalho fino Cascalho grosso

0,020 0,025 0,024 0,028

Grau de irregularidade

Suave Menor Moderado Severo, grave

0,000 0,005 0,010 0,020

Variações da seção transversal do canal

Gradual Ocasionalmente alterado Frequentemente alterado

0,000 0,005 0,010-0,015

Efeito relativo das obstruções

Insignificante Menor Apreciável Severo

0,000 0,010-0,015 0,020-0,030 0,040-0,060

Vegetação

Baixa Média Alta Muito alta

0,005-0,010 0,010-0,025 0,025-0,050 0,050-0,100

Grau de meandros Menor Apreciável Severo

1,000 1,150 1,300

Fonte: CHOW, 1956.

3.6 HEC-RAS

O software HEC-RAS foi projetado para realizar cálculos hidráulicos bidimensionais

em uma rede completa de canais naturais e construídos. O sistema HEC-RAS contém vários

componentes de análise fluvial para cálculos de perfil de superfície de água, tanto em regime

permanente; podendo ser o escoamento subcrítico, supercrítico ou misto, quanto em regime

não permanente, unidimensional e bidimensional. O HEC-RAS ainda realiza cálculos de

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43

transporte de sedimentos e análise de qualidade da água. Um elemento-chave é que esses

componentes usam uma representação de dados geométrica comum e rotinas de cálculo

geométricas e hidráulicas também comuns. Além destes componentes de análise fluvial, o

sistema contém vários recursos de projeto hidráulicos que podem ser utilizados uma vez que

os perfis básicos da superfície da água são computados (USACE, 2016).

A base computacional do HEC-RAS apoia-se na solução da equação de energia, onde

as perdas são avaliadas pela equação de Manning e o coeficiente de contração/expansão. A

equação de momento pode ser usada em situações onde o perfil da superfície da água é

rapidamente variado. Estas situações incluem cálculos de regime de fluxo misto, hidráulica de

pontes e perfis de avaliação em confluências de rios (junções de corrente) (USACE, 2016).

Cabral et al. (2016) fizeram uso dos softwares HEC-HMS e HEC-RAS para a

determinação da área potencialmente inundável por chuva de recorrência centenária na cidade

de Crato – CE. Os autores utilizaram a extensão HEC-GeoRAS (Geospatial River Analysis

Extension) para fazer o mapeamento da área onde a onda de cheia seria propagada.

Ressaltaram a integração entre modelos hidrológicos e/ou hidráulicos a Sistemas de

Informação Geográfica (SIG) na caracterização de áreas inundáveis, em virtude

principalmente do potencial que essa ferramenta apresenta na junção de dados de tipos e

formatos diferentes.

Segundo Cabral et al. (2014), com a alta capacidade de armazenamento de dados dos

computadores atuais, o geoprocessamento surge como uma ferramenta dinâmica,

acrescentando precisão ao mapeamento por análise espacial e dados digitais. Os autores

utilizaram dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission) e o software ArcGIS para

delimitação da bacia de contribuição, além de, imagens aéreas e do Google Earth para estimar

o parâmetro CN do método SCS. A mancha de inundação obtida pelo HEC-RAS com a vazão

simulada no HEC-HMS foi comparada com marcas de cheia registradas na área em questão e

evidenciaram que a modelagem foi satisfatória. Os autores realizaram as simulações em uma

área de pouco mais de 14.000 km², a bacia do rio Acaraú, no Ceará, onde dispunham de 27

estações pluviométricas, sendo a chuva média na bacia obtida por polígonos de Thiessen.

Ribeiro et al. (2015) avaliaram a calibração dos modelos hidráulico e hidrodinâmico

do HEC-HMS e HEC-RAS representativos da bacia do rio Una, no agreste Pernambucano,

cuja área é de aproximadamente 6.700 km². Os autores testaram a calibração manual contínua

e por eventos, e alegaram que, a dificuldade da calibração contínua encontra-se na

variabilidade de parâmetros dos períodos chuvosos e de estiagem, sendo inviável a adoção de

um só cenário para ambos. Eles também reconstituíram um evento severo de precipitação

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ocorrido em 2010, cujo resultado só pôde ser comparado com o registro da espacialização da

água na cidade de Palmares. Um ponto importante deste trabalho é o MDT utilizado para a

simulação hidrodinâmica, já que, a geometria do rio foi obtida com 0,5 m de resolução

espacial através da técnica Light Detection and Ranging – LiDAR.

A técnica LiDAR é inviável financeiramente, apesar da precisão de seus resultados, na

concepção de muitos trabalhos acadêmicos, principalmente naqueles que abrangem áreas

muito grandes ou de pouco interesse econômico. LiDAR utiliza feixes de laser emitidos a

partir de uma aeronave para escanear terrenos fornecendo informações de cursos d’água e

adjacências. Apesar da dificuldade na obtenção de mapeamentos aéreos de boas resoluções o

HEC-HMS e o HEC-RAS não excluem a possibilidade de simulação mesmo em condições

desfavoráveis de descrição do terreno. Neste caso cabe ao simulador maior cuidado nas

análises e replicação dos resultados.

3.6.1 HEC-GeoRAS

O HEC-GeoRAS é um conjunto de ferramentas, procedimentos e utilitários para

processamento de dados geoespaciais no ArcGIS. Sua interface permite a preparação de dados

geométricos para importação no HEC-RAS e os resultados de simulação de processos do

HEC-RAS podem ser exportados de volta.

Para criar o arquivo de importação o usuário deve ter um modelo digital de terreno

(MDT) do sistema fluvial no formato TIN (Triangular Irregular Network). Através do TIN

podem ser criadas layers, ou seja, camadas, que permitem identificar o caminho do fluxo, as

margens do canal e as seções transversais por onde o escoamento ocorre. Além dessas

camadas principais, necessárias à modelagem no RAS, camadas adicionais podem ser criadas,

identificando áreas de fluxo ineficiente ou bloqueado e até mesmo onde ocorre

armazenamento de fluxo (USACE, 2016).

As simulações realizadas no HEC-RAS podem ser exportadas ao GeoRAS fornecendo

informações da lâmina d’água. Essas informações quando processadas permitem o

mapeamento de áreas inundadas e a computação dos dados da inundação.

3.7 Tipos e regimes de escoamento

Para realização de simulações no HEC-RAS é necessário que os tipos e condições de

escoamento sejam conhecidos. Porto (2006) diz que, no caso dos líquidos, em particular a

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água, a metodologia de abordagem consiste em agrupar os escoamentos em determinados

tipos, cada um dos quais com suas características comuns e estudá-los por métodos próprios.

Na classificação hidráulica, os escoamentos recebem diversas conceituações em

função de suas características, tais como: unidimensional ou bidimensional, permanente e não

permanente, uniforme ou variado, entre outros.

Segundo Porto (2006) tem-se que:

• O escoamento unidimensional é aquele em que suas propriedades (pressão,

velocidades, massa específica, etc.), são funções exclusivas de somente uma coordenada

espacial e do tempo, ou seja, são aqueles em que a corrente de fluxo se verifica em uma só

dimensão;

• No escoamento bidimensional admite-se que as partículas escoem em planos

paralelos segundo trajetórias idênticas, não havendo variação do escoamento na direção

normal aos planos. Nesse escoamento as grandezas variam em duas ou três dimensões com

alguma simetria;

• O escoamento permanente caracteriza-se pela não variância das propriedades

hidráulicas no tempo. Caso variem no tempo, o escoamento é dito não permanente ou

variável;

• Escoamento uniforme é aquele no qual o vetor velocidade, em módulo, direção e

sentido, é idêntico em todos os pontos, em um instante qualquer. De forma prática essa

condição ocorre quando todas as seções transversais do conduto forem iguais e a velocidade

média em todas as seções, em um determinado instante, for a mesma. Caso o vetor velocidade

varie de ponto a ponto, num instante qualquer, o escoamento será não uniforme ou variado.

Os escoamentos em condutos livres, ou seja, aqueles em que qualquer que seja a seção

transversal, o líquido está sempre em contato com a atmosfera, são os escoamentos em rios,

córregos e canais. Um escoamento em um conduto livre pode ser considerado como subcrítico

quando a profundidade é relativamente grande de modo que, a velocidade seja pequena e

como supercrítico em caso inverso, de profundidade pequena e grande velocidade. Para

equacionar esta relação faz-se uso do número de Froude, onde:

=√

(3.64)

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46

Sendo a massa específica do líquido, a velocidade média do líquido na seção, a

dimensão característica do escoamento e a aceleração da gravidade. Para o

escoamento é dito subcrítico, crítico, e supercrítico.

3.8 Sistemas de Informações Geográficas (SIG)

A modelagem hidrológica – hidráulica requer uma vasta quantidade de informação

para representar adequadamente os processos que ocorrem em uma bacia hidrográfica. Em

muitos casos a disponibilidade de dados limita o desenvolvimento do estudo e impede a

utilização de modelos. A integração de SIG aos modelos aparece como uma metodologia

promissora, permitindo a obtenção dos parâmetros necessários por meio de dados espaciais.

A utilização dos SIG na Modelação Hidrológica permite manipular os dados espaciais

e a combinação destas duas tecnologias revela-se de extrema importância na tomada de

decisões relacionadas com planejamento e ordenamento do território. A partir dos SIG é

possível combinar informações topográficas, do tipo e usos do solo, condições meteorológicas

relativas a bacias hidrográficas ou sub-bacias, sendo possível simular diferentes cenários e as

consequências da alteração dessas informações (SANTOS et al., 2006).

Atualmente, o estudo da paisagem está integrado ao planejamento regional em

diversos países sendo, inclusive, fator determinante na implantação ou não de um projeto ou

obra de engenharia. Seu emprego pode revelar informações intrínsecas ao mapa temático

gerado a partir de uma imagem orbital, como o empobrecimento da qualidade visual de uma

região, em consequência da implantação de uma obra de engenharia ou da ocorrência de um

desmatamento. Assim, a valoração da paisagem pode ser considerada um recurso que permite

avaliar a qualidade visual ou cênica de uma região com rapidez e eficácia, quando aliada às

técnicas de sensoriamento remoto podendo, ainda, ser viável econômica e tecnicamente, nas

questões de planejamento urbano e regional e de uso racional do solo. (LANDOVSKY et al.,

2006).

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4 ÁREA EM ESTUDO

O município de Guidoval situa-se a aproximadamente 280 km da capital mineira Belo

Horizonte e, de acordo com Censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística - IBGE, em 2010, possuía 7.210 habitantes em uma área de 158,4 km². Guidoval

tem como principal curso d’água o rio Xopotó, o qual é classificado como de alta

vulnerabilidade a inundações segundo critérios adotados pelo SNIRH.

A delimitação da área que contribui para as vazões do rio Xopotó em Guidoval foi

feita a partir de um ponto definido como o exutório, determinado pelo rio Xopotó, em uma

seção fluvial imediatamente à jusante da parte urbanizada da cidade. A área drenante definida

por este ponto foi denominada sub-bacia do Xopotó e tem por extensão 804,4 km², Figura 3.

Figura 3 - Área contribuinte às vazões em Guidoval.

Fonte: A autora.

A sub-bacia do Xopotó considerada neste estudo está localizada na bacia do rio

Xopotó, o qual é um dos afluentes do rio Pomba e integra o quadro hidrográfico da bacia do

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Paraíba do Sul, Figura 4. A bacia do rio Xopotó situa-se na região conhecida por Zona da

Mata, no leste mineiro.

Figura 4 - Sub-bacia do Xopotó.

Fonte: A autora.

A região da zona da mata é caracterizada climaticamente por Tropical Brasil Central

(IBGE, 2016). Nessa zona climática as temperaturas são elevadas (18 °C a 28 °C), com

amplitude térmica de 5 °C a 7 °C, e as estações são bem definidas sendo uma chuvosa e outra

seca. A estação de chuva ocorre no verão e no inverno ocorre a redução da umidade relativa

em razão do período da estação seca.

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5 METODOLOGIA

Como mencionado anteriormente, o objetivo deste trabalho foi, analisar a

aplicabilidade dos softwares HEC-HMS e HEC-RAS no diagnóstico de áreas potencialmente

inundáveis em regiões cujos dados referentes às características físicas, pluviométricas e

fluviométricas são escassos, tendo por estudo de caso o município de Guidoval, em Minas

Gerais. A metodologia aplicada para que tal feito fosse possível é representada na Figura 5.

Figura 5 - Fluxograma das etapas metodológicas.

Fonte: A autora.

Determinação das características físicas da (BH)

•Delimitação da bacia e divisão em microbacias;

•Obtenção do projeto da bacia para simulação no HMS;

•Determinação do tempo de concentração e Lag Time;

•Análise pedológica;

•Caracterização quanto ao uso e ocupação do solo;

•Determinação do parâmetro Curve Number (CN).

Análise dos dados pluviométricos

•Identificação das estações pluviométricas;

•Análise dos registros de pluviosidade;

•Distribuições de probabilidade;

•Determinação das equações IDF.

Simulção hidrológica no

HEC-HMS

•Elaboração do projeto no HEC-GeoHMS;

•Obtenção da precipitação na sub-bacia do rio Xopotó;

•Determinação dos hietogramas de blocos alternados;

•Definição das características dos canais de propagação das ondas de cheia;

Simulação hidráulica no

HEC-RAS

•Elaboração do projeto no HEC-GeoRAS;

•Elaboração de projeto no HEC-RAS;

•Determinação das manchas de inundação.

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5.1 Determinação das características físicas da sub-bacia do rio Xopotó

As características físicas da sub-bacia do rio Xopotó foram obtidas através do

tratamento do Modelo Digital de Elevação (MDE) da área correspondente, com resolução

espacial de 30 metros, através das extensões Hec-GeoHMS e Hec-GeoRAS. O MDE é

disponibilizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, com o projeto

TOPODATA, o qual oferece o MDE e suas derivações locais básicas em cobertura nacional,

elaborados a partir dos dados SRTM disponibilizados pelo USGS (United States Geological

Survey) na rede mundial de computadores (INPE, 2016). Esse tipo de modelo possui a

característica de manter uma consistência bastante acentuada entre seus dados de drenagem

real e a drenagem mapeada.

Além do MDE, utilizaram-se imagens de satélite Rapideye com resolução de 5 metros,

datadas dos anos 2009 e 2010 que foram disponibilizadas pelo Instituto Estadual de Florestas

– IEF de Minas Gerais. Informações complementares foram obtidas em imagens do Google

Earth Pro, dados repassados pela defesa civil de Guidoval e a hidrografia da área

disponibilizada pela Agência Nacional de Águas – ANA.

5.1.1 Delimitação da Bacia Hidrográfica

Preliminarmente à delimitação da bacia hidrográfica (BH) foi necessário um pré-

processamento dos dados contidos no Modelo Digital de Elevação (MDE). O pré-

processamento foi realizado com a ferramenta HEC-GeoHMS, que utiliza a extensão

ArcHidro do software ArcGIS como suporte. Este foi o primeiro passo para a geração de um

projeto no HEC-GeoHMS e agrega uma série de comandos simplificados em outras etapas,

que visam à correção das imperfeições do MDE, geração da direção de fluxo, acumulação e

definição do fluxo e por fim, a delimitação da área da BH (USACE, 2013).

5.1.1.1 Correção do MDE

A correção do MDE se inicia com a função DEM Reconditioning, a qual recondiciona

o MDE através de um arquivo de drenagem pré-existente lhe impondo feições lineares como

uma espécie de marcação, forçando a geração de uma rede de drenagem semelhante ao

arquivo utilizado, Figura 6. O arquivo usado neste caso foi a hidrografia da área

disponibilizada pela ANA.

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A função Fill Sinks corrige as depressões e imperfeições do MDE tornando-o

hidrologicamente consistido. Um modelo digital de elevação hidrologicamente consistido

(MDEHC) é aquele que é isento de depressões espúrias. Este tipo de depressão ocorre quando

células cercadas por outras com maiores valores de elevação geram descontinuidade da

drenagem, interrompendo o escoamento superficial, além da segmentação da área de

contribuição, impedindo sua correta delimitação. Desse modo, o comando para correção das

depressões torna o MDE hidrologicamente consistido preenchendo as depressões ou poços e

aumentando a elevação das células do poço para o nível do terreno circundante (USACE,

2013).

Figura 6 - MDE.

Fonte: A autora.

5.1.1.2 Identificação do fluxo

A primeira característica do fluxo que deve ser identificada é sua direção. O comando

Flow Direction calcula a direção do fluxo para uma determinada grade, onde são atribuídos

valores para cada uma das oito direções possíveis (norte, sul, leste, oeste, nordeste, noroeste,

sudeste e sudoeste). Ao definir as direções de escoamento, espera-se que a rede de drenagem

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resultante localize-se dentro da calha do rio. Determinada a direção de fluxo, o comando Flow

Accumulation identifica a acumulação de fluxo à montante em determinada célula.

O comando Stream Definition permite a identificação da rede de drenagem quanto a

seu nível de ramificação. Quanto mais detalhada for, maior o número de sub-bacias geradas.

Neste ponto, a utilização do MDEHC ofereceu melhores resultados do que o MDE e facilitou

a identificação dos cursos d’água existentes na área, o que aperfeiçoou todo o trabalho de

divisão em subáreas de contribuição. O comando Stream Segmentation divide a grade de

fluxo em segmentos. Segmentos esses, que, são as seções de um fluxo que conectam duas

junções sucessivas, uma junção a uma saída ou uma junção a uma divisão de drenagem

(USACE, 2013).

Após a identificação do fluxo em segmentos, o comando Catchment Grid Delineation

identificou para cada segmento uma subárea, ou seja, uma sub-bacia, que neste estudo são

chamadas microbacias. As microbacias foram agregadas a montante em cada confluência com

o auxílio do Adjoint Cathment Processing.

5.1.2 Projeto para simulação no HEC-HMS

Os dados necessários à criação do projeto para o HEC-HMS foram extraídos no menu

Project Setup, na barra de ferramentas do HEC-GeoHMS. Basicamente, definiu-se um ponto

de controle, em uma seção fluvial imediatamente à jusante da parte urbanizada da cidade de

Guidoval, de modo que o programa pudesse extrair um conjunto de informações de toda a

área situada à montante deste ponto.

Uma vez definido o ponto de controle, o próximo passo foi informar ao software que o

projeto estava pronto para ser gerado. Logo, o HEC-GeoHMS aglomerou todas as

informações definidas até o momento e criou a bacia hidrográfica com suas respectivas

microbacias.

5.1.3 Tempo de concentração e Lag Time

O tempo de concentração foi calculado para a área total determinando-se o maior

percurso hidráulico (Longest Flow) dentro da mesma. Para cada microbacia foi obtido o

tempo de concentração e o Lag Time para os Longest Flow determinados pelo HEC-

GeoHMS. As equações utilizadas foram as propostas por Silveira (2005) cuja aplicabilidade é

adequada a bacias rurais, sendo, portanto, Kirpich, Ven Te Chow e Corps of Engineers. A

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equação da Onda Cinemática foi desprezada neste estudo devido à dificuldade de

caracterização de uma área tão extensa quanto a sua rugosidade, representada pelo parâmetro

n da equação. O Lag Time correspondeu a 60% do tempo de concentração com adicional da

metade da duração da chuva discretizada.

Os parâmetros comprimento e declividade dos percursos hidráulicos foram extraídos

do MDEHC do terreno após determinação do maior caminho do fluxo (L), o Longest Flow,

não só da área da sub-bacia do Xopotó em sua totalidade, mas também para cada microbacia

com o uso do HEC-GeoHMS. Optou-se pela declividade característica , que utiliza como

extremos de determinação da declividade pontos a 10% e a 85% do comprimento do percurso.

Acredita-se que, essa característica seja mais representativa da declividade, excluindo-

se valores extremos de altitude, pois impede que tempos de concentração menores do que os

reais sejam calculados. Tal opção se deve à observação da hipsometria da área estudada,

Figura 7, onde, altitudes muito elevadas circundam a sub-bacia do Xopotó enquanto na região

central da bacia existe certa homogeneidade nas elevações que variam entre 287 e 500 metros.

Observa-se que, as altitudes máximas são próximas a 1.500 metros, enquanto as mínimas se

aproximam de 290 metros, correspondendo a um desnível de mais de 1.210 metros.

Figura 7 - Hipsometria da sub-bacia do Xopotó.

Fonte: A autora.

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5.1.4 Análise pedológica

A análise pedológica fez-se importante neste trabalho na identificação das

características do solo quanto a sua capacidade de infiltração. Tais características combinadas

ao tipo de cobertura e à ocupação sobre o solo permitem inferir sobre a geração de

escoamento superficial de determinada área. Tais inferências são possíveis através do

parâmetro CN, o qual dá subsídios para o cálculo de vazões pelo método SCS de

transformação chuva-vazão.

O mapa de solos aqui utilizado, Figura 8, é um recorte do Mapa de Solos do Estado de

Minas Gerais, elaborado pela Universidade Federal de Viçosa-UFV (2010).

Figura 8 - Mapa de solos da sub-bacia do Xopotó.

Fonte: Adaptado de UFV (2010).

Identificam-se três classes principais de solo presentes na área em questão, sendo elas,

Latossolo (LVAd8, LVAd10, LVAd22 e LVAd24 – Latossolo Vermelho-Amarelo),

Cambissolo (CHd2 e CXbe1 – Cambissolo Háplico) e Argissolo (PVAd1 e PVAe1 –

Argissolo Vermelho-Amarelo). As classes identificadas foram adequadas ao estudo em

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questão segundo proposta de reclassificação de Sartori et al. (2005), onde enquadraram-se em

A, B, C e D.

5.1.5 Caracterização quanto ao uso e ocupação

Um dos principais usos das imagens de satélite é a geração de mapas temáticos, com

maior frequência os de uso da terra (LANDOVSKY et al., 2006). O mapeamento de uso e

ocupação do solo indica a distribuição geográfica dos tipos de uso ou classes que podem ser

identificadas por meio de padrões homogêneos da cobertura terrestre em imagens espaciais.

No entanto, imagens orbitais de alta resolução ainda são uma opção inviável para fins

acadêmicos.

Neste trabalho foram realizadas algumas tentativas de caracterização do terreno

através de imagens orbitais gratuitas no software ArcGIS. A primeira delas ocorreu com um

mosaico de imagens do Google Earth Pro onde a delimitação de polígonos para a

classificação supervisionada exigiu um grande número de amostras devido à não

homogeneidade cromática das imagens. Tal metodologia foi muito trabalhosa devido à

extensão da área, 804,4 km², e não foi satisfatória, visto que várias lacunas apareceram entre

os polígonos, deixando espaços não classificados. A tentativa não supervisionada neste caso

ofereceu resultados piores ao gerar muitas classes para uma mesma característica.

Um mosaico de imagens Landsat também foi testado, porém sua baixa resolução, 30

metros, mesmo após tentativas de composição de bandas não foi suficiente para representar a

área. O melhor resultado foi obtido pela classificação supervisionada das imagens Rapideye,

Figura 9, cedidas pelo Instituto Estadual de Florestas-IEF de Minas Gerais. Essas imagens

apesar de não serem homogêneas em suas cores possuem boa resolução, 5 metros, o que

facilitou na identificação dos usos do solo na área, através de sua classificação

supervisionada.

Uma preocupação nesta etapa do trabalho foi saber se a imagem utilizada seria

suficiente para representar a área. Considerando as análises de Rosa e Breunig (2015) que

avaliaram a influência de diversas resoluções espaciais no mapeamento de fragmentos

florestais, com base na classificação supervisionada pelo algoritmo de máxima

verossimilhança, o mesmo método utilizado neste estudo, afirma-se que a imagem Rapideye

de resolução 5 metros e a abordagem adotada para classificar a mesma, indicaram os melhores

resultados, pois, os autores concluíram que a área total dos fragmentos florestais manteve um

comportamento semelhante nas resoluções espaciais altas a moderadas (até 50 metros),

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apresentando variação significativa apenas nas resoluções espaciais baixas (entre 120 e 250

metros).

Figura 9 - Imagem Rapideye.

Fonte: IEF -MG.

Outro ponto observado nas imagens orbitais é que sua escolha deve ser compatível

com o objetivo do estudo. No caso da classificação da área analisada, mais de 800 km², uma

imagem de resolução mais alta poderia confundir o classificador devido ao elevado número de

classes identificadas, das quais algumas poderiam não ser relevantes na modelagem, como é o

caso de plantações, onde culturas identificadas por tipo separadamente, representam

fragmentos de baixa densidade e tornam o processo de classificação moroso. O mesmo ocorre

nas áreas urbanizadas, com a distinção de edificações. Por outro lado uma imagem de baixa

resolução não identificaria a área de forma suficiente, sobrepondo em alguns casos classes

diferentes.

A verificação em campo da classificação adotada não foi realizada. Podem-se elencar

alguns empecilhos para isto como, a distância física entre o local onde o estudo foi

desenvolvido e a área analisada, o tamanho da BH, os custos e o pouco tempo hábil

envolvidos no processo. Conclui-se, portanto que, a classificação anterior, dentro das

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possibilidades encontradas, no caso a avaliação conjunta por meio de imagens do Google

Earth Pro, as quais permitiram a distinção dos usos do solo, principalmente pela

disponibilidade de cenas temporais, está adequada ao tamanho da área e ao propósito ao qual

se destina.

5.1.6 Parâmetro CN

O parâmetro CN foi obtido da associação, por meio de média ponderada, do tipo de

solo a seu tipo de cobertura ou ao seu uso. A sub-bacia do Xopotó foi classificada como rural

devido à pequena representação dos núcleos urbanos formados pelas cidades de São Geraldo,

Visconde do Rio Branco, Guiricema e Guidoval em relação à totalidade da área da BH e

também porque a resolução da imagem não permitiu a identificação das estruturas urbanas

que compõe os municípios. As cidades foram consideradas como chácaras e estradas, para

adequação às tabelas propostas por Tucci (2015). A condição de umidade antecedente adotada

foi a II, sendo uma situação média em época de cheias, onde, as chuvas dos últimos cinco dias

totalizam entre 15 e 40 mm.

5.2 Análise dos dados pluviométricos

Os dados pluviométricos utilizados neste trabalho são disponibilizados de forma

gratuita pela ANA, através do portal HIDROWEB (2016). Neste portal são encontradas

estações pluviométricas e fluviométricas de todo território nacional, algumas contendo até,

informações sobre qualidade da água.

Esta etapa do estudo envolveu exaustivo trabalho tabular, o qual foi realizado com o

auxílio de planilhas eletrônicas do tipo Excel e do software Origin 6.0.

5.2.1 Identificação das estações pluviométricas

Antes de iniciada a análise estatística, foi necessário que se identificasse as estações

pluviométricas mais representativas do regime de chuvas da sub-bacia do Xopotó.

Representatividade esta, quanto a sua localização e disponibilidade de dados aptos à análise

de probabilidade, ou seja, estações dentro ou próximas à área e que continham registros em

quantidade e qualidade suficientes ao estudo da tendência das precipitações máximas.

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Constatou-se que, não havia registros pluviométricos dentro da área em questão. A

busca por registros então, extrapolou os limites da sub-bacia, sendo encontradas seis estações

cujas características principais resumem-se na Tabela 11. As estações foram selecionadas por

conterem registros consistidos de no mínimo dez anos consecutivos.

Tabela 11 - Estações pluviométricas.

Código Nome Latitude

(UTM)

Longitude

(UTM)

Período de

registros

Período

apto

Nº de

dados

2042015 Seriquite 7706768.36722 m 716889.083275 m 1967-2005 1967-2001 35

2042016 São Miguel do Anta 7711445.26828 m 728471.260896 m 1967-2015 1967-2000 34

2142001 Cataguases 7632998.80978 m 738832.599523 m 1939-2005 1939-1962 24

2142004 Fazenda Umbaúbas 7670276.52273 m 758179.23912 m 1943-2015 1960-1976 17

2143001 Guarani 7637248.21901 m 702177.424707 m 1941-2015 1941-1975 35

2042000 Carangola 7703774.45179 m 809941.290719 m 1935-2005 1935-1977 42

Devido à baixa densidade de pluviômetros na região, as tentativas de consistir os

períodos de registros não consistidos e também de preencher as falhas identificadas não foram

bem sucedidas. Restando, portanto, para este trabalho apenas as estações com o período de

dados referidos na Tabela 11.

Após a identificação das estações, foi determinada a influência de seus registros na

sub-bacia do Xopotó. Isto foi possível pela análise da localização das estações com o método

dos polígonos de Thiessen.

Para identificação das precipitações máximas diárias, os registros das estações

identificadas anteriormente foram agrupados de modo a representar o ano hidrológico e não o

ano civil, que aqui no Brasil é considerado de outubro a setembro. Segundo Barboza (2014), a

análise por ano hidrológico garante que cada ano possuirá sua própria máxima precipitação,

evitando, por exemplo, que ao encontrar dois valores altos de precipitação no ano civil, o

segundo maior não entre para uma série anual, o que poderia comprometer o ajuste da

distribuição estatística.

Os registros de máximas diárias foram organizados em ordem decrescente e

submetidos ao teste GB, a um nível de significância de 10% para identificação de outliers.

Finalizada a etapa de identificação de registros espúrios prosseguiu-se às distribuições de

probabilidade.

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59

5.2.2 Distribuições de probabilidade

Os modelos de distribuição de probabilidade Normal, Log Normal, Pearson, Log

Pearson, Gumbel e Gumbel-Chow foram testados nas séries de máximas das estações

pluviométricas e verificados quanto à aderência pelo teste KS. Compararam-se as

distribuições teóricas e as frequências das amostras, calculadas segundo a probabilidade de

excedência (F) de acordo com a posição de plotagem de Weibull, a qual é dada por:

(5.1)

Onde é o número de ordem do valor de precipitação ordenado de forma decrescente e

o número total de dados da amostra.

5.2.3 Determinação das equações IDF

Para determinar as equações IDF de cada estação, obtiveram-se primeiramente os

quantis segundo representação correspondente à distribuição de probabilidade mais aderente,

para as recorrências 2, 5, 10, 20, 30, 50, 75 e 100 anos. Os quantis determinados

correspondem às chuvas de 1 dia, as quais foram desagregadas em chuvas de menores

durações pelos coeficientes indicados por DAEE/CETESB (1980).

Os valores de alturas pluviométricas obtidos da desagregação foram convertidos em

intensidades (mm/h) segundo a relação:

(5.2)

onde é a precipitação em milímetros e é o tempo de duração da chuva em minutos. Após

essa conversão, os valores foram agrupados por período de retorno e duração. Dois conjuntos

foram agrupados, um para durações de 5 a 60 minutos e outro para durações de 60 a 1.440

minutos.

Os grupos foram analisados separadamente por meio de regressão não linear no

software Origin 6.0, o qual utiliza o algoritmo de Levenberg- Marquardt (L-M) para ajustar os

valores dos parâmetros no procedimento iterativo. Este algoritmo combina o método de

Gauss-Newton e o método de descida mais íngreme. Essa metodologia foi utilizada com

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60

sucesso por Gandini (2016). As considerações a cerca da regressão não-linear e os algoritmos

utilizados para sua realização fogem do escopo deste trabalho, ficando apenas a indicação de

investigações futuras.

Realizadas as iterações, os parâmetros das equações foram definidos, chegando,

portanto a duas representações equacionadas por estação pluviométrica, possibilitando a

determinação de alturas pluviométricas tanto para eventos de pequenas, quanto de grandes

durações. A regressão foi avaliada pelo R², que é o coeficiente de determinação. R² é a

porcentagem da variação da variável de resposta explicada pela relação com uma ou mais

variáveis preditoras. Normalmente, quanto maior R², melhor o modelo se ajusta aos dados.

Seu valor está sempre entre 0 e 100%.

As equações também foram avaliadas por meio da média do erro relativo entre os

valores de intensidade utilizados para a regressão não linear e os correspondentes de mesma

duração e recorrência obtidos pelas equações.

5.3 Simulações no HEC-HMS

As simulações no HEC-HMS foram realizadas em duas etapas. Sabe-se que, Guidoval

é susceptível a inundações, porém muitos dos eventos que ocorreram no município não

possuem registros que permitiriam uma reconstituição, o que embasaria uma possível

calibração do modelo hidrológico simulado. Em 02/01/2012, entretanto, ocorreu uma cheia

histórica, onde boa parte do município ficou destruída e com a tecnologia atual, registros

fotográficos foram feitos e a notícia do ocorrido circulou pelo país. A primeira etapa então foi

simular a transformação da chuva precipitada no dia 02/01/2012 em vazão e comparar a área

inundada por este evento simulado com a área inundada esperada, a qual foi reconstituída pelo

que foi registrado em imagens.

A primeira etapa foi importante para avaliar o modelo e a metodologia escolhidos para

a simulação. Sabendo-se que eram passíveis de erros, uma boa aproximação das manchas de

inundação poderia resguardar a aplicabilidade do proposto, permitindo que outras simulações

fossem feitas.

A segunda etapa consistiu em simular eventos de diferentes períodos de retorno. Estas

simulações foram realizadas a fim de se determinar as áreas possivelmente atingidas pelo

transbordamento do rio Xopotó em casos de elevadas precipitações na área da sub-bacia.

Em todas as simulações as perdas por evaporação e evapotranspiração foram

desconsideradas, atendeu-se apenas às perdas por infiltração que no estudo das inundações

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61

são relevantes. O escoamento de base também foi desprezado e a transformação da chuva em

vazão se deu pelo método SCS.

5.3.1 Precipitação na sub-bacia do rio Xopotó

Para reprodução do evento ocorrido em 02/01/2012 recorreu-se, primeiramente, aos

valores precipitados registrados nas estações pluviométricas. Na estação Seriquite não havia

registros nesta data, adotou-se então o valor observado em São Miguel do Anta devido à

proximidade entre as estações. Na Tabela 12 encontram-se as medidas da precipitação nas

estações pluviométricas.

Tabela 12 - Alturas precipitadas em 02/01/2012.

Estação Precipitação (mm)

2042016 - S.M Anta 54,6

2042015 - Seriquite 54,6

2142001 - Cataguases 32,0

2142004 - Faz. Umbaúbas 198,7

2042000 - Carangola 26,4

Em reportagem do jornal Estado de Minas de 20/01/2015 leu-se: “Em janeiro de 2012,

Guidoval registrou 200 mm de chuva em apenas 12 horas (...) o curso d’água que corta a

cidade de pouco mais de sete mil habitantes atingiu 15 metros acima do nível normal”

(ESTADO DE MINAS, 2015).

Comparando-se o valor registrado na estação 2142004, que é a estação, segundo

método dos polígonos de Thiessen, cujo peso na chuva média que ocorre na sub-bacia do rio

Xopotó é de 64%, com o afirmado na reportagem, constata-se que são praticamente iguais.

Como as chuvas dos pluviômetros são registros de 24 horas e não havendo informação mais

precisa sobre a ocorrência do evento, partiu-se do pressuposto que, a duração do mesmo, foi

de 12 horas.

Para as demais simulações foram calculadas a precipitação média na bacia pelos pesos

determinados pelos polígonos de Thiessen para as recorrências de 50, 100 e 500 anos que

correspondem respectivamente a inundações frequentes, ocasionais e excepcionais. A entrada

da precipitação no HEC-HMS se deu por meio de hietogramas de blocos alternados

determinados para cada um dos eventos simulados.

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62

5.3.2 Hietogramas de blocos alternados

Os hietogramas foram determinados para as alturas pluviométricas das chuvas

intensas, pois o HEC-HMS determina a parcela efetiva da chuva, descontando-se as perdas

indicadas pelo CN. O intervalo de discretização da chuva foi fixado em cinco minutos (menor

intervalo que se pode ler no pluviógrafo com precisão adequada), sendo a duração do evento

ocorrido em 02/01/2012 de 12 horas e os demais eventos de recorrências 50, 100 e 500 anos, a

duração da chuva crítica, ou seja, o tempo de concentração da sub-bacia do rio Xopotó.

Para a construção dos hietogramas, de TR 50, 100 e 500 anos, pelo método dos blocos

alternados foram obtidas as intensidades das chuvas com o auxílio das equações IDF, onde, a

duração total da tormenta foi dividida em intervalos de cinco minutos. As intensidades foram

então transformadas em alturas pluviométricas, que neste caso são cumulativas

temporalmente e, portanto precisaram ser desacumuladas, obtendo-se assim os incrementos da

altura precipitada a cada cinco minutos. O total médio precipitado foi obtido, para cada

intervalo, após a ponderação do Thiessen para cada estação sobre a chuva desacumulada. Por

fim, as alturas pluviométricas calculadas foram rearranjadas de modo que, no centro do

hietograma ficasse situado o bloco correspondente à maior altura precipitada, e os demais

blocos dispostos em ordem decrescente, um à direita e outro à esquerda do centro,

sucessivamente até findada a precipitação.

Para determinar o hietograma correspondente ao evento do dia 02/01/2012, os

registros das estações pluviométricas precisaram ser distribuídos ao longo da duração da

chuva. Isso foi possível identificando o comportamento da precipitação pelas equações IDF,

onde o evento foi considerado crítico tendo por duração 12 horas. Após isto, seguiu-se o

proposto para as diferentes recorrências citadas anteriormente.

5.4 Características dos canais de propagação das ondas de cheia

Adotou-se Muskingum Cunge como modelo de propagação de cheia nos canais da

sub-bacia, e, para a execução deste método de cálculo no HMS foi necessário inserir no

software as características da rede drenagem como largura, forma da seção transversal e a

rugosidade característica.

O percurso hidráulico foi identificado quanto a sua extensão e declividade na leitura

do MDE feita pelo HEC-GeoHMS. A forma da seção transversal dos canais, suas dimensões e

coeficientes de rugosidade demandaram análises adicionais. O coeficiente de rugosidade de

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63

Manning foi determinado pela equação de Cowan, conforme descrito no item 3.5.1, cujos

parâmetros foram atribuídos com o auxílio de imagens do Google Earth e fotos dos cursos

d’água disponíveis na internet.

A seção transversal foi definida após análise dos registros de resumo de descarga de

três estações fluviométricas situadas nos cursos d’água na sub-bacia do rio Xopotó, Figura 10.

As estações 58737080 e 58737180 estão localizadas no rio Bagres, à montante de Guidoval,

já a estação 58736000 encontra-se à jusante do município, próxima à confluência do rio

Xopotó com o rio Pomba. Complementar a estes dados, a defesa civil de Guidoval forneceu

informações a cerca da situação atual do rio no município.

Figura 10 - Estações fluviométricas.

Fonte: A autora.

5.5 Simulações no HEC-RAS

As simulações no HEC-RAS também foram divididas em duas etapas. A primeira

etapa consistiu na avaliação do MDE, considerando o TIN derivado da altimetria de sua

resolução natural e o TIN derivado da altimetria interpolada em intervalos menores. As layers

criadas para descrever a área propensa à inundação também foram avaliadas segundo o tipo e

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abrangência do traçado. Para isso, foi analisada a correspondência entre o que era esperado

para o evento ocorrido em 02/01/2012 e o que foi simulado pela vazão determinada no HEC-

HMS.

Determinada a melhor maneira de representar a área inundada em Guidoval, a segunda

etapa foi simular as áreas propensas à inundação para chuvas de recorrência, 50, 100 e 500

anos. As simulações do fluxo das vazões no HEC-RAS foram realizadas nas condições de

regimente permanente, escoamento subcrítico e coeficientes de rugosidade de Manning

determinados através da equação de Cowan para o canal principal e a planície de inundação.

A condição de contorno escolhida para estabelecer a cota de inundação foi a

Declividade da Linha de Energia, já que esta pode ser considerada igual ao valor da

declividade de canal. Os coeficientes de expansão e contração das seções transversais,

requeridos pelo software para calcular as perdas de energia durante a propagação do

escoamento, foram adotados como 0,3 e 0,1 respectivamente, representando uma transição

gradual entre as seções.

5.5.1 Elaboração do projeto no HEC-GeoRAS

Para simulações no HEC-RAS é necessário que se tenha uma representação do

terreno, onde estejam visíveis os canais por onde ocorre o escoamento e as áreas de alcance da

água em caso de transbordamento da calha fluvial. Ackerman (2011) no manual do usuário

HEC-GeoRAS recomenda que o modelo digital do terreno (MDT) utilizado para representar a

área a ser simulada deve ser uma superfície contínua que inclua o fundo do canal do rio e a

planície de inundação a ser modelada. Como todos os dados transversais serão extraídos do

MDT, somente um MDT de alta resolução que representa com precisão a superfície do solo

deve ser considerado para modelagem hidráulica.

Algumas representações são opcionais no HEC-RAS, como a delimitação de áreas

onde o fluxo é bloqueado ou inefetivo, a existência de pontes e estruturas laterais no curso

d’água, entre outros. Para uma boa simulação, entretanto, deve-se delimitar com cuidado o

canal de escoamento, a planície de inundação e as seções transversais à linha de fluxo.

Um ponto muito importante neste trabalho é que para o município de Guidoval não foi

encontrado MDT. Diante desta limitação, utilizou-se como modelo descritivo do terreno um

modelo digital de elevação (MDE) cuja resolução espacial é de 30 metros. O MDE

correspondente à área do município de Guidoval é parte do banco de dados geoespacial

disponibilizado pelo INPE, através do projeto TOPODATA.

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65

A principal diferença entre MDE e MDT consiste na resolução. Avaliando-os

separadamente, de um lado encontram-se os dados de baixa resolução, como os tradicionais

Modelos Digitais de Elevação (MDE) advindos da Shuttle Radar Topography Mission

(SRTM) e produtos derivados, que atendem a demandas de projetos que não necessitam de

alto detalhamento, acurácia altimétrica e posicional. De outro lado encontram-se os Modelos

Digitais de Terreno (MDT) com alto grau de detalhe da superfície do terreno, gerados

principalmente a partir de aerofotogrametria ou pares estereoscópicos de imagens de satélite

de alta resolução espacial. Um par estereoscópico de imagens de satélites consiste em duas

cenas adquiridas para uma mesma localização geográfica, de duas perspectivas distintas

durante uma mesma passagem do satélite.

O MDE em formato raster (representação do terreno em forma matricial, onde as

linhas e colunas da matriz definem os pixels) foi trabalhado de duas maneiras principais, uma

respeitando sua resolução natural, 30 metros, e outra se utilizando de uma versão com curvas

de nível interpoladas de 1 metro, obtidas com a ferramenta Contour disponível no ArcGIS.

Essa interpolação foi feita na tentativa de conseguir uma melhor representação do terreno,

visto que a resolução natural do MDE, sendo de 30 metros, esconde muitas informações da

superfície, as quais podem interferir diretamente no resultado da modelagem. A partir das

curvas de nível então, foi gerado o TIN (Triangulated Irregular Network) que é o modo de

leitura do terreno pelo HEC-GeoRAS. O TIN é um método de estruturação dos dados para

criação de uma superfície a partir de pontos espaçados irregularmente.

De posse das representações em formato TIN, denominadas TIN 30 e TIN 1, sendo

TIN 30 o TIN derivado do MDE em sua resolução natural e TIN 1 a representação a partir da

interpolação altimétrica, procedeu-se ao desenho das camadas do terreno através do pré-

processamento dos dados digitais pelo menu RAS Mapping. Primeiramente criou-se as layers

necessárias para representar o rio Xopotó (Stream Centerline), os limites da calha fluvial

(Bank Points), delimitar a área de alcance da água (Flow Path Centerlines) e as seções

transversais ao trecho do rio (XS Cut Lines) prosseguindo com o traçado manual das mesmas

sobre o TIN.

A leitura pelo GeoRAS da superfície criada foi feita com os comandos Stream

Centerline Attributes e XS Cut Lines Attributes. Feito isso, o projeto pôde ser exportado para o

HEC-RAS com uso do recurso Export RAS data, opção também contida no menu RAS

Mapping.

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Optou-se por não ter conhecimento prévio da área atingida pela água no evento

ocorrido em 02/01/2012, para que isto não influenciasse no decorrer da elaboração do projeto,

bem como na análise das variáveis envolvidas na propagação do fluxo.

Definidos no HEC-GeoRAS o traçado do rio, suas margens, a área potencialmente

inundável e as seções transversais do trecho em análise, o projeto foi então exportado para o

HEC-RAS. No HEC-RAS a geometria foi novamente avaliada. Existe a possibilidade de

serem traçadas mais seções transversais através da interpolação das que foram previamente

desenhadas. Deve-se tomar cuidado, porém, com as restrições do programa quanto ao número

máximo de pontos de elevação contidos nas seções, que é 500.

5.5.2 Manchas de inundação

Após a realização das simulações no RAS os resultados foram exportados em forma

tabular para análise principalmente da velocidade e do nível de elevação da água, da área de

escoamento e o número de Froude. Além das tabelas foi exportada a representação visual das

áreas encobertas pela vazão dos eventos simulados no HMS, representando o que pode-se

chamar de mancha de inundação.

As manchas foram exportadas do HEC-RAS com o comando Export GIS DATA e

importadas no ArcGIS através do Menu RAS Mapping em Import RAS DATA. Ainda no RAS

Mapping a definição da superfície da água seguiu os seguintes passos, RAS Mapping,

Inundation Mapping e Water Surface Generation. Para a visualização da mancha inundada a

representação do terreno em formato TIN também foi importada.

5.6 Área inundada em 02/01/2012

A mancha de inundação do evento ocorrido em 02/01/2012 utilizada para assegurar a

correspondência entre o que foi simulado e o esperado foi delimitada principalmente pelos

registros do evento feitos pela defesa civil de Guidoval, que, por meio de polígonos

desenhados em fotos aéreas da parte urbana do município, exemplificados pela Figura 11,

destacou os locais atingidos pela cheia. Informações complementares foram obtidas pela

imagem do Google Earth Pro, do dia 29/02/2012, a mais próxima ao ocorrido, que, apesar de

ter sido feita quase dois meses após a inundação ainda revelava pontos com rastros de lama e

movimentos de massa, como mostra a Figura 12.

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67

Reportagens dos principais veículos de informação que noticiaram o evento como o

Estado de Minas – EM (06/01/2012 e 20/01/2015), G1 (02/07/2012, 07/01/2012 e

16/09/2013) e Tribuna de Minas (07/01/2012), além de blogs e outros, também contribuíram à

obtenção da mancha ao publicarem descrições e fotos de locais atingidos, os quais por meio

de seu endereço puderam ser localizados. Um exemplo disso é a Casa 7 Ferragens, Figura 13,

que foi identificada por meio de entrevista publicada com moradores e equipes de auxílio e

resgate, onde afirmam que “...dentro da loja, a enchente alcançou dois metros, atingindo

produtos guardados nas prateleiras mais altas ...”(G1, 16/09/2013).

Figura 11 – Polígono com área atingida pela inundação em Guidoval.

Fonte: Defesa Civil de Guidoval.

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Figura 12 - Imagem aérea de Guidoval datada de 29/02/2012.

Fonte: Google Earth Pro.

Figura 13 - Casa 7 ferragens em Guidoval.

Fonte: G1, 16/09/2013.

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6 RESULTADOS

6.1 Características físicas da BH

As características físicas da sub-bacia do Xopotó são apresentadas a seguir em uma

sequência de imagens e tabelas resultantes das análises realizadas com o ArcGIS, HEC-

GeoHMS, HEC-HMS, HEC-GeoRAS e HEC-GeoRAS.

6.1.1 Projeto para simulação hidrológica

A partir das correções feitas no MDE, as quais o tornaram MDEHC, e a hidrografia

disponibilizada pela ANA, a sub-bacia do rio Xopotó foi delimitada. Com o auxílio do HEC-

GeoHMS e do ArcGIS, a área de projeto foi criada e dividida em partes menores, as

microbacias como mostra a Figura 14, para facilitar a obtenção dos parâmetros necessários à

modelagem e a interpretação dos resultados simulados.

Figura 14 - Microbacias resultantes da leitura da área combinada à hidrografia.

Fonte: A autora.

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A área da BH foi convertida para a simbologia de simulação, sendo gerado o modelo

esquemático da mesma. Na Figura 15 observa-se o modelo já exportado no HEC-HMS.

Figura 15 - Modelo da bacia hidrográfica exportado para o HEC-HMS.

Fonte: A autora.

W é o prefixo de watershed que é utilizado para simbolizar as bacias hidrográficas contidas na

área total, e que, foram geradas por análise da hidrografia e altimetria contidas no MDEHC. R

é o prefixo de reach, colocado nos trechos que transmitem o fluxo na bacia. Os símbolos ,

, e , representam o elemento hidrológico (watershed), a conexão de elementos

hidrológicos, as quais sempre são realizadas no sentido de montante à jusante, a transmissão

do fluxo ao longo da bacia, a qual é proveniente de um ou mais elementos hidrológicos e por

fim, o outlet ou sumidouro, ou seja, a junção de todo o fluxo gerado na BH.

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6.1.2 Canais

As características dos trechos dos canais que transmitem o fluxo ao longo da bacia, no

modo requerido pelo HEC-HMS para aplicação do modelo de propagação de Muskingum-

Cunge são mostradas na Tabela 13. Elas foram determinadas com o auxílio do HEC-GeoHMS

e informações das estações fluviométricas e da defesa civil de Guidoval. O coeficiente de

Manning foi obtido pela fórmula do Cowan.

Tabela 13 - Parâmetros do modelo de propagação Muskingum - Cunge.

Trecho Comprimento

(m)

Inclinação

(m/m)

Manning

(n)

Forma do

Canal

Largura

(m)

R80 3.336 0,010 0,12 Retangular 8,0

R110 3.618 0,001 0,12 Retangular 16,0

R130 3.611 0,004 0,12 Retangular 16,0

R150 4.335 0,012 0,12 Retangular 16,0

R160 9.526 0,004 0,12 Retangular 8,0

R170 5.569 0,010 0,12 Retangular 23,0

R190 4.917 0,002 0,12 Retangular 23,0

6.1.3 Tempo de concentração

O tempo de concentração foi determinado para as microbacias divididas anteriormente

e também para a bacia em sua totalidade considerando-se o maior percurso hidráulico dentro

das mesmas. O adotado foi a média dos resultados obtidos com as equações de Kirpich,

Ven Te Chow e Corps of Engineers, que são as equações propostas por Silveira (2005) para

cálculos em bacia rurais. O parâmetro Lag Time, já definido, correspondeu a 60% do tempo

de concentração adicionados à metade da duração da chuva unitária. Neste trabalho, o

intervalo de discretização da chuva adotado foi de cinco minutos.

Os valores determinados de e Lag Time estão resumidos na Tabela 14 de acordo

com a microbacia referente. Para a sub-bacia do rio Xopotó o tempo de concentração é de

14,1 horas, sendo o percurso mais longo o caminho percorrido da cabeceira à foz através das

microbacias W290, W270, W350,W360 e W380.

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Tabela 14 - Tempo de concentração e Lag Time.

Microbacia L

(km)

(m/m)

Kirpich

(h)

Ven Te

Chow

(h)

Corps

of Eng,

(h)

médio

(h)

Chuva

unitária

(min)

Lag

Time

(min)

W240 29,45 0,0030 8,36 8,92 7,52 8,3 5 300,0

W260 26,77 0,0255 3,42 4,25 4,67 4,1 5 150,5

W270 21,74 0,0020 7,82 8,44 6,48 7,6 5 275,4

W280 20,45 0,0062 4,80 5,62 4,97 5,1 5 187,1

W290 22,66 0,0231 3,13 3,94 4,19 3,7 5 137,5

W320 14,66 0,0183 2,45 3,21 3,14 2,9 5 108,1

W350 10,70 0,0001 13,09 12,94 6,38 10,8 5 391,4

W360 13,40 0,0017 5,71 6,49 4,62 5,6 5 204,3

W370 19,78 0,0186 3,06 3,87 3,93 3,6 5 132,9

W380 9,04 0,0001 10,80 11,03 5,44 9,1 5 329,8

6.1.4 Solo

Os grupos de solo da sub-bacia do rio Xopotó foram reclassificados segundo Sartori et

al. (2005). As classes encontradas foram A, B e C, como mostrado na Figura 16. Nota-se que

a maior parte da área é recoberta por solos de características C, o que indica propensão de

moderada a alta para geração de escoamento superficial.

Figura 16 - Classificação dos solos segundo Sartori (2005).

Fonte: A autora.

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73

6.1.5 Uso e ocupação

O uso e ocupação da bacia, Figura 17, foi determinado para obtenção do parâmetro

CN sendo a área classificada como rural com a identificação das principais classes presentes,

plantações, pastagens, florestas, chácaras e estradas e água. Chácaras e estradas foi o

enquadramento propício para a utilização das tabelas propostas por Tucci (2015), indicando

os núcleos urbanos e demais aglomerações populacionais. Esta classe é de baixa

representatividade na BH, sendo dominante a parcela destinada a plantações e pastagens.

Figura 17 - Mapa de uso e ocupação sub-bacia do Xopotó.

Fonte: A autora.

6.1.6 CN

A Figura 18 representa a compilação dos valores de CN encontrados para a área em

estudo advindos da associação do tipo de solo a seu tipo de cobertura e ao seu uso em

condição de umidade antecedente II. Observa-se que os valores de CN em questão são

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74

relativamente iguais, variando de 72 a 75, refletindo uma homogeneidade da região em

relação às condições de geração de escoamento superficial.

Figura 18 - Parâmetro CN.

Fonte: A autora.

6.2 Análise pluviométrica

As estações pluviométricas foram identificadas e suas influências foram medidas pelo

peso de suas localizações sobre a sub-bacia com o método dos polígonos de Thiessen, Figura

19. São Miguel do Anta (2042016) tem influência sobre 4% da precipitação que incide na

sub-bacia, enquanto Seriquite (2042015), Cataguases (2142001) e Fazenda Umbaúbas

(2142004) influenciam aproximadamente 28%, 4% e 64% respectivamente. A estação

Guarani (2143001) influencia em 0,1% a precipitação e a estação Carangola (2042000) não é

representativa segundo a triangulação, e, portanto foram desconsideradas (mantendo-se suas

posições na triangulação) nos demais cálculos deste passo em diante.

Os registros de máximas precipitações diárias foram organizados em ordem

decrescente, Tabela 15, e submetidos ao teste GB, a um nível de significância de 10% para

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75

identificação de outliers, Tabela 16. Neste teste, somente o valor 208,4 da estação Seriquite

foi identificado, sendo excluído das análises subsequentes.

Os modelos de distribuição de probabilidade Normal, Log Normal, Pearson, Log

Pearson, Gumbel e Gumbel-Chow foram testados nas séries de máximas das estações

selecionadas e segundo o teste de aderência KS, Tabela 17, somente os modelos Log Normal

e Log Pearson foram rejeitados na estação Cataguases já que, foi maior que

nessas distribuições de probabilidade. Entre os modelos mais aderentes, ou seja, os com

menor , destaca-se Pearson em todas as estações.

Figura 19 - Polígonos de Thiessen.

Fonte: A autora.

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76

Tabela 15 - Máximas precipitações diárias.

Estação Seriquite S. M. do Anta Cataguases Faz. Umbaúbas

Registros

1 208,4 118,6 140,0 131,4

2 134,0 117,2 118,0 125,1

3 132,4 112,4 108,0 116,2

4 109,2 101,2 104,0 114,3

5 106,8 96,4 102,0 109,1

6 102,4 88,4 95,0 96,4

7 97,6 87,4 87,0 93,4

8 92,2 86,4 85,0 92,4

9 90,0 80,6 83,0 83,6

10 89,8 77,8 82,0 83,1

11 89,6 76,8 74,0 80,9

12 85,4 76,6 68,0 71,7

13 83,2 75,4 65,0 69,9

14 77,8 74,8 64,8 69,1

15 77,6 74,3 64,0 61,3

16 77,2 69,9 63,5 54,2

17 74,2 67,2 63,3 44,4

18 72,0 65,6 63,0

19 70,0 64,6 62,5

20 69,6 62,2 62,0

21 68,8 62,2 62,0

22 68,4 60,5 62,0

23 65,6 58,6 62,0

24 64,6 57,8 59,0

25 62,2 56,8

26 61,8 52,4

27 57,2 52,2

28 56,2 52,2

29 52,2 51,6

30 52,2 49,0

31 46,2 48,2

32 44,8 38,2

33 42,8 37,2

34 37,8 37,2

35 29,6

Tabela 16 - Teste GB.

Parâmetros Seriquite S. M. do Anta Cataguases Faz. Umbaúbas

4,29 4,21 4,34 4,44

0,38 0,31 0,25 0,30

N 35 34 24 17

2,63 2,62 2,47 2,31

199,8 149,9 141,8 169,7

Máxima 208,4 118,6 140 131,4

Resultado OUTLIER

26,7 30,1 41,4 42,1

Mínima 29,6 37,2 59 44,4

Resultado

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77

Tabela 17 - Valores de e para o teste KS.

Estações Seriquite S. M. do Anta Cataguases Faz. Umbaúbas

Distribuições

Normal 0,098 0,098 0,241 0,099

Log Normal 0,081 0,071 0,246 0,095

Pearson 0,062 0,064 0,207 0,095

Log Pearson 0,081 0,071 0,246 0,095

Gumbel 0,075 0,085 0,224 0,120

Gumbel-Chow 0,084 0,071 0,210 0,096

0,205 0,205 0,242 0,286

Interessante observar que, os modelos probabilísticos podem aderir muito bem às

séries de dados por meio do teste KS, mas podem não ser os mais adequados à extrapolação

dos dados para grandes períodos de recorrência. Isso acontece porque o teste KS foi realizado

na totalidade dos dados das amostras, e isso esconde uma importante informação, a de que, a

melhor distribuição de probabilidade para extrapolação de máximas precipitações é aquela

que melhor se adere às pequenas probabilidades de exedência, ou seja, aos eventos menos

frequentes. Ao analisar toda a distribuição ela pode identificar melhor o comportamento das

maiores probabilidades de excedência e fazer com o que o teste seja aderente mesmo não

representado bem as máximas precipitações.

A fim de realizar análise mais detalhada foram plotados gráficos de Probabilidade de

excedência (%) versus pluviosidade (mm), Figuras 20 a 23, para que fosse observado o

comportamento das distribuições.

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78

Figura 20 - Distribuições de probabilidade, estação 2042015 – Seriquite.

Fonte: A autora.

Figura 21 - Distribuições de probabilidade, estação 2042016 – São Miguel do Anta.

Fonte: A autora.

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79

Figura 22 - Distribuições de probabilidade, estação 2142001 – Cataguases.

Fonte: A autora.

Figura 23 - Distribuições de probabilidade, estação 2142004 – Fazenda Umbaúbas.

Fonte: A autora.

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80

Nota-se a tendência da distribuição de Gumbel-Chow em descrever melhor as

precipitações de alturas pluviométricas mais elevadas, apesar de, não aderir muito bem à

distribuição nas precipitações mais frequentes. Portanto Gumbel-Chow foi escolhida para as

análises subsequentes. No Apêndice A são apresentados os gráficos Probabilidade x

Precipitação nas estações pluviométricas, permitindo a análise individual de cada distribuição

testada.

6.3 Determinação das equações IDF

Determinados os quantis segundo a distribuição de probabilidade de Gumbel-Chow,

para as recorrências 2, 5, 10, 20, 30, 50, 75 e 100 anos, os quais representam as chuvas de 1

dia, estes foram desagregados em chuvas de menores durações pelos coeficientes indicados

por DAEE/CETESB (1980). Os valores de alturas pluviométricas obtidos da desagregação

foram convertidos em intensidades e agrupados por período de retorno e duração.

Dois conjuntos de valores foram agrupados, um para durações de 5 a 60 minutos e

outro para durações de 60 a 1.440 minutos que, após realização de regressão não linear

determinaram os parâmetros das equações, as quais podem ser avaliadas na Tabela 18 onde,

ER é a média do erro relativo e R² o coeficiente de determinação.

Tabela 18 - Equações IDF para pequenas e grandes durações.

Estação IDF

duração<60

(%)

ER

(%)

IDF

60<duração<1440

(%)

ER

(%)

Seriquite

( ) 99,25 3,75

( ) 99,73 4,08

S. M. Anta

( ) 99,33 3,90

( ) 99,76 4,27

Cataguases

( ) 99,41 3,81

( ) 99,80 4,24

Faz.

Umbaúbas

( ) 99,34 3,48

( ) 99,77 3,86

Observa-se que o coeficiente K variou de 474,8 a 599,1 nas equações determinadas

para chuvas de pequena duração e de 678,0 a 854,3 nas equações de durações maiores,

enquanto isso o parâmetro m teve variação de 0,17 a 0,19 para as duas condições. Aragão et

al. (2013) sugerem que, essa pequena variabilidade desses parâmetros denote também

pequena variabilidade de intensidade entre as estações.

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81

Os parâmetros c e n podem ser considerados constantes entre si, tanto nas equações

para menores durações quanto para maiores. Mais uma vez Aragão et al. (2013) sugerem que,

tal comportamento possa ser consequência da desagregação das chuvas diárias.

Outra consideração importante faz-se a respeito do coeficiente de determinação R², o

qual esteve sempre acima de 99%, o que indica bom ajuste das equações. Por outro lado, essa

porcentagem sugere que este coeficiente possa ser tendencioso e não adequado à avaliação do

ajuste. A média do erro relativo esteve menor que 5% em todas as equações e, portanto, o erro

é considerado pequeno.

6.4 Precipitações para simulação

Considerando-se a chuva ocorrida em 02/01/2012, como sendo de duração 12 horas e

com as alturas pluviométricas descritas na Tabela 12, pela análise das equações IDF tem-se a

Tabela 19:

Tabela 19 - Análise das precipitações de 02/01/2012 com uso das IDF.

Estação Precipitação (mm) Duração (h) Intensidade (mm/h) Tr (anos)

S.M Anta 54,6 12 4,6 0,49

Seriquite 54.6 12 4,6 0,36

Cataguases 32,0 12 2,7 0,01

Faz. Umbaúbas 198,7 12 16,6 176

O evento acima, descrito em termos das estações pluviométricas, corresponde na área

em estudo, a uma precipitação média de 146 mm e intensidade constante de 12,1mm/h, a qual

foi determinada pelos pesos de cada estação calculados pelo método de Thiessen. De posse

dessa informação foi construído um hietograma, Figura 24, da chuva média, distribuindo-se

os 146 mm precipitados em 12 horas, em intervalos de 5 minutos.

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82

Figura 24 - Hietograma dos blocos alternados – evento do dia 02/01/2012.

Em estudos de cheias, o usual é que as avaliações de vazões máximas sejam feitas para

Tr = 100 anos, o que corresponde a uma inundação ocasional. Neste estudo além de Tr = 100

anos, também foram simulados Tr = 50 anos (inundação frequente) e Tr = 500anos

(inundação excepcional). Para cada evento foi determinado um hietograma, cuja duração da

precipitação corresponde ao tempo de concentração da bacia, 14,1 horas, respeitando-se a

condição do método SCS de que toda a bacia deve contribuir para vazão no exutório, ou seja,

deve-se respeitar o tempo que uma gota de chuva caindo no ponto mais remoto da bacia, leva

para percorrer todo o percurso hidráulico até a foz.

Para os eventos que foram simulados, determinaram-se as respectivas alturas

precipitadas (mm), as intensidades (mm/h) e os hietogramas. A Tabela 20 mostra a relação

entre a recorrência do evento e seu aspecto quantitativo. Nas Figura 25, Figura 26 e Figura 27,

têm-se os hietogramas para Tr = 50; Tr = 100 e Tr = 500, respectivamente.

Tabela 20 - Aspectos quantitativos das recorrências simuladas.

Tr Altura Precipitada (mm) Duração da chuva (h) Intensidade(mm/h)

50 157,3 14,1 11,2

100 178,5 14,1 12,7

500 239,4 14,1 17,0

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

1 5 9

13

17

21

25

29

33

37

41

45

49

53

57

61

65

69

73

77

81

85

89

93

97

10

1

10

5

10

9

11

3

11

7

12

1

12

5

12

9

13

3

13

7

14

1

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Blocos

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83

Figura 25 - Hietograma dos blocos alternados – Tr=50 anos.

Figura 26 - Hietograma dos blocos alternados – Tr=100 anos.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

1 6

11

16

21

26

31

36

41

46

51

56

61

66

71

76

81

86

91

96

10

1

10

6

11

1

11

6

12

1

12

6

13

1

13

6

14

1

14

6

15

1

15

6

16

1

16

6

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Blocos

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

1 6

11

16

21

26

31

36

41

46

51

56

61

66

71

76

81

86

91

96

10

1

10

6

11

1

11

6

12

1

12

6

13

1

13

6

14

1

14

6

15

1

15

6

16

1

16

6

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Blocos

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84

Figura 27 - Hietograma dos blocos alternados – Tr=500 anos.

6.5 Simulações HEC-HMS

As simulações hidrológicas foram realizadas com o método SCS Curve Number para

determinação da precipitação efetiva, e o hidrograma unitário do SCS na transformação

chuva-vazão.

Os resultados das simulações podem ser visualizados nas tabelas a seguir, onde a

Tabela 21 contém os resultados do evento ocorrido em 02/01/2012, e, as Tabela 22, Tabela 23

e Tabela 24, os resultados para Tr = 50, Tr = 100 e Tr = 500 anos respectivamente. Destaca-se

que a vazão utilizada para determinar a área inundada em Guidoval foi a vazão de pico do

trecho R190, o qual representa a parte do rio Xopotó que corta o município.

Observa-se que porcentagem da precipitação que foi transformada em vazão mantém

uma relação praticamente constante nas microbacias nas quatro simulações realizadas,

aumentando somente entre uma simulação e outra correspondendo ao acréscimo da altura

precipitada pela recorrência do evento. Tal fato se deve ao coeficiente CN, o qual teve pouca

variabilidade, estando entre 72 e 75 e à disposição da precipitação pelo hietograma dos blocos

alternados. Tal observação reforça o conceito de linearidade do sistema da BH, sendo a

resposta da simulação proporcional à magnitude do evento.

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

26

28

30

32

34

36

38

1 6

11

16

21

26

31

36

41

46

51

56

61

66

71

76

81

86

91

96

10

1

10

6

11

1

11

6

12

1

12

6

13

1

13

6

14

1

14

6

15

1

15

6

16

1

16

6

Pre

cip

itaç

ão (

mm

)

Blocos

Page 87: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

85

Outra observação cabível foi que, nas simulações que variaram os tempos de

recorrência o tempo de pico foi adiantado quando aumentada a precipitação. Isso ocorreu

porque a duração desses eventos foi a mesma, igual ao tempo de concentração da sub-bacia

do rio Xopotó e, nesse caso quanto maior foi a altura precipitada para um mesmo instante,

mais rápido as perdas iniciais foram supridas, sendo favorecida a formação do escoamento

superficial.

Tabela 21 - Resultados da simulação do evento ocorrido em 02/01/2012.

Elemento

hidrológico

Área de

drenagem (km²)

Vazão de

pico (m³/s)

Pico

(h)

Volume

Runoff (mm)

Volume

Loss (mm)

Geração de

escoamento (%)

W380 20,9 51,5 12:30 75,5 70,6 51,7

W370 60,1 293,9 08:30 79,2 67,0 54,2

W360 31,4 105,7 10:00 74,0 72,2 50,6

W350 26,8 57,3 13:30 72,3 73,8 49,5

W320 49,3 258,5 08:00 74,3 71,8 50,9

W290 171,3 758,9 08:30 74,1 72,1 50,7

W280 97,6 340,9 09:30 72,4 73,7 49,6

W270 58,0 155,7 11:30 73,2 73,0 50,1

W260 163,4 662,8 09:00 71,9 74,2 49,2

W240 125,8 319,9 12:00 73,4 72,8 50,2

Outlet1 804,4 1626,3 12:00 62,2

J54 783,5 1780,7 11:00 65,1

J59 692,1 1557,6 10:30 63,6

J64 171,3 758,9 08:30 74,1

J67 260,9 970,7 09:30 71,6

J70 355,1 880,3 10:00 66,8

J73 163,4 662,8 09:00 71,9

J78 171,3 541,1 09:00 60,7

R80 163,4 629,8 09:30 71,0

R110 171,3 541,1 09:00 60,7

R130 171,3 504,5 09:30 59,8

R150 355,1 874,9 10:30 66,6

R160 260,9 548,9 11:00 56,5

R170 692,1 1544,5 11:00 63,4

R190 783,5 1575,9 11:30 61,9

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86

Tabela 22 - Resultados da simulação Tr=50 anos.

Elemento

hidrológico

Área de

drenagem (km²)

Vazão de

pico (m³/s)

Pico

(h)

Volume

Runoff (mm)

Volume

Loss (mm)

Geração de

escoamento (%)

W380 20,9 56,0 13:30 83,61 73.7 53.2

W370 60,1 319,7 09:30 88,72 68.6 56.4

W360 31,4 115,4 11:00 83,10 74.2 52.8

W350 26,8 62,5 14:30 79,37 77.9 50.5

W320 49,3 282,3 09:00 83,63 73.7 53.2

W290 171,3 828,5 09:30 83,37 73.9 53.0

W280 97,6 372,9 10:30 81,55 75.8 51.8

W270 58,0 169,8 12:30 81,74 75.6 52.0

W260 163,4 726,3 10:00 81,05 76.3 51.5

W240 125,8 348,6 13:00 81,74 75.6 52.0

Outlet1 804,4 1763,3 12:30 69,46

J54 783,5 1954,0 11:30 72,93

J59 692,1 1700,5 11:30 71,45

J64 171,3 828,5 09:30 83,37

J67 260,9 1060,2 10:30 80,62

J70 355,1 966,8 11:00 75,16

J73 163,4 726,3 10:00 81,05

J78 171,3 602,7 10:00 69,12

R80 163,4 687,3 10:30 80,06

R110 171,3 602,7 10:00 69,12

R130 171,3 560,0 10:30 68,09

R150 355,1 959,8 11:30 74,87

R160 260,9 590,7 12:00 63,68

R170 692,1 1691,8 12:00 71,10

R190 783,5 1709,0 12:30 69,09

Tabela 23 - Resultados da simulação Tr=100 anos.

Elemento

hidrológico

Área de

drenagem (km²)

Vazão de

pico (m³/s)

Pico

(h)

Volume

Runoff (mm)

Volume

Loss (mm)

Geração de

escoamento (%)

W380 20,9 67,9 13:30 101,4 77,1 56,8

W370 60,1 387,7 09:30 107,3 71,2 60,1

W360 31,4 140,9 11:00 101,2 77,3 56,7

W350 26,8 75,9 14:30 96,4 82,1 54,0

W320 49,3 345,3 09:00 101,8 76,8 57,0

W290 171,3 1014,3 09:30 101,5 77,0 56,9

W280 97,6 457,1 10:30 99,5 79,0 55,7

W270 58,0 207,1 12:30 99,6 79,0 55,8

W260 163,4 889,8 10:00 99,0 79,6 55,4

W240 125,8 425,3 12:30 99,5 79,0 55,7

Outlet1 804,4 2119,1 12:00 83,8

J54 783,5 2391,9 11:30 88,3

J59 692,1 2065,1 11:30 86,4

J64 171,3 1014,3 09:30 101,5

J67 260,9 1291,6 10:30 98,3

J70 355,1 1188,9 11:00 91,4

J73 163,4 889,8 10:00 99,0

J78 171,3 761,1 10:00 84,6

R80 163,4 834,5 10:30 97,5

R110 171,3 761,1 10:00 84,6

R130 171,3 696,9 10:30 82,8

R150 355,1 1174,5 11:30 91,1

R160 260,9 696,6 11:30 76,0

R170 692,1 2048,8 12:00 86,0

R190 783,5 2056,1 12:00 83,4

Page 89: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

87

Tabela 24 - Resultados da simulação Tr=500 anos.

Elemento

hidrológico

Área de

drenagem (km²)

Vazão de

pico (m³/s)

Pico

(h)

Volume

Runoff (mm)

Volume

Loss (mm)

Geração de

escoamento (%)

W380 20,9 103,6 13:00 154,47 84,9 64,5

W370 60,1 588,7 09:30 162,59 76,8 67,9

W360 31,4 216,9 11:00 155,35 84,1 64,9

W350 26,8 115,9 14:30 147,43 92,0 61,6

W320 49,3 532,4 09:00 156,12 83,3 65,2

W290 171,3 1567,4 09:30 155,79 83,6 65,1

W280 97,6 708,8 10:30 153,39 86,0 64,1

W270 58,0 319,7 12:00 153,01 86,4 63,9

W260 163,4 1377,1 10:00 152,78 86,6 63,8

W240 125,8 655,2 12:30 152,64 86,8 63,8

Outlet1 804,4 3233,2 11:30 125,65

J54 783,5 3775,5 11:00 134,64

J59 692,1 3242,5 11:00 131,85

J64 171,3 1567,4 09:30 155,79

J67 260,9 1961,5 10:30 150,76

J70 355,1 1852,9 11:00 141,04

J73 163,4 1377,1 10:00 152,78

J78 171,3 1270,1 09:30 132,39

R80 163,4 1252,7 10:30 149,18

R110 171,3 1270,1 09:30 132,39

R130 171,3 1128,1 10:00 128,47

R150 355,1 1832,3 11:00 140,44

R160 260,9 1082,9 11:00 113,98

R170 692,1 3204,3 11:30 131,27

R190 783,5 3143,0 11:30 124,88

6.6 Projeto para simulação hidráulica

A partir do MDE da área referente à parte urbana de Guidoval foram criados dois

projetos, o TIN 30 e o TIN 1, que são a representação do terreno com a resolução natural de

30 metros e a representação com o TIN gerado a partir da interpolação da altimetria em

curvas de nível de 1 metro respectivamente. As representações foram trabalhadas no HEC-

GeoRAS para identificação do trecho do rio Xopotó, assim como as potenciais áreas

inundáveis no município. O desenho das seções transversais ao trecho do rio foi feito de duas

maneiras distintas para fins de comparação entre os resultados gerados por traçados

diferentes.

Nas Figura 28 e Figura 29 pode-se ver à esquerda a representação do terreno feita no

TIN 30 e à direita no TIN 1. As linhas de coloração verde representadas nas figuras

correspondem às seções transversais desenhadas sobre a representação do terreno, de modo a

cortar as linhas de fluxo perpendicularmente. Neste trabalho optou-se por avaliar também as

possíveis diferenças de resultados nas simulações decorrentes dos traçados das seções

Page 90: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

88

transversais. Observa-se na Figura 28 o que se chamou de Seções Transversais 1 (ST 1) e na

Figura 29 as Seções Transversais 2 (ST 2).

É nítida a variação da representação do terreno no TIN 30 e no TIN 1 em relação às

altitudes, tanto na identificação de máximas quanto mínimas. Nas Figura 28 e Figura 29

observa-se uma diferença de 19 metros entre as mínimas altitudes, já entre as máximas esse

valor ficou próximo de 80 metros.

Na Figura 30 estão representadas as mesmas seções transversais cujas informações de

superfície foram extraídas do TIN 30 (esquerda) e do TIN 1 (direita). Observa-se que a cota

mínima da seção do lado esquerdo está fixada em 300 metros enquanto a do direito está em

289 metros, uma diferença de 11 metros, entre as máximas cotas a diferença foi de

aproximadamente 2 metros. É notável também a suavização do contorno da seção no TIN 1

em relação ao observado no TIN 30. Tal fato se deve ao número de pontos identificados nas

seções, sendo no TIN 1 muito maior que no TIN 30.

Figura 28 - Seções transversais 1 (ST 1).

Page 91: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

89

Figura 29 - Seções transversais 2 (ST 2).

Figura 30 - Seções transversais.

Page 92: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

90

O projeto feito no HEC-GeoRAS foi exportado para o HEC-RAS onde sofreu algumas

intervenções, como foi o caso do acréscimo de Levees na representação do terreno. Isso foi

necessário para a identificação de áreas que são “erroneamente” inundáveis.

O programa, na leitura da geometria, distribui a água pela profundidade aparente do

terreno, não levando em conta os obstáculos presentes no caminho. Na Figura 31 é possível

ver uma seção transversal do terreno, os pontos vermelhos representam a calha do rio, em azul

tem-se o nível d’água e em lilás o Levee. O Levee pode ser interpretado como um comando

que impede que se tenha água entre as estações 700 e 1200 metros antes que a mesma tenha

atingido a cota 307 metros. Na Figura 32 os Levees podem ser observados de outra

perspectiva com a vista superior do projeto.

Figura 31 - Uso de Levees em seções transversais.

Uma consideração importante a ser feita antes da análise dos resultados em si é que o

HEC-RAS alertou sobre a necessidade de um maior número de seções transversais na

geometria do projeto para descrição do terreno. Tal alerta não impediu que as simulações

Page 93: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

91

fossem feitas, mas já sugere a imprecisão da representação da superfície. Para amenizar a

insuficiência de seções transversais fez-se uso da interpolação das mesmas. A interpolação foi

possível somente nas representações com TIN 30, visto que o limite de pontos por seção

transversal (500) foi extrapolado nas representações com TIN 1. A tentativa de reduzir o

número de pontos das seções não foi bem sucedida mesmo com o auxílio da ferramenta Cross

Section Points Filter. As Figura 32 e Figura 33 representam as ST 2 antes e depois da

interpolação respectivamente.

Figura 32 - Representação de projeto no HEC-RAS- ST 2.

Page 94: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

92

Figura 33 - Representação de projeto no HEC-RAS – ST 2 interpoladas.

A baixa qualidade do MDE teve grande influência neste ponto do trabalho, visto que,

houve dificuldades na criação do projeto para as simulações hidráulicas, que seriam

facilmente superadas em dados de melhores resoluções. A representação ruim do terreno foi

prejudicial à identificação das estruturas a serem avaliadas na propagação da onda de cheia,

principalmente o canal e suas margens, ou seja, River e Bank Stations.

Page 95: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

93

6.7 Simulação HEC-RAS

As simulações hidráulicas foram realizadas em regime permanente, com coeficientes

de rugosidade de Manning 0,12 para o canal e 0,20 para as planícies. A condição de contorno,

declividade da linha de energia, foi adotada como sendo a declividade do canal, sendo esta

0,002 m/m. Os coeficientes de expansão e contração entre as seções do canal foram 0,3 e 0,1

respectivamente.

Para avaliação dos resultados determinou-se a mancha esperada para o evento ocorrido

em 02/01/2012, Figura 34.

Figura 34 - Área inundada em 02/01/2012.

Para analisar a representatividade do terreno TIN 30 e TIN 1, assim como o traçado

das seções transversais sobre o rio Xopotó e o município de Guidoval, ST 1 e ST 2,

comparou-se os resultados gerados entre si e com a mancha de inundação gerada pelas

simulações com o esperado para o ocorrido.

Como parte dos resultados das simulações observam-se os perfis do terreno submerso,

na Figura 35 com ST 1 e na Figura 36 com ST 2, para a vazão de 1.576,0 m³/s correspondente

Page 96: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

94

à reconstituição do evento de 02/01/2012 realizada no HEC-HMS, sendo perceptível a

diferença entre as representações da lâmina d’água.

Na Figura 35 a representação do terreno com o TIN 30 se difere do TIN 1, sendo a

identificação do terreno pelo TIN 30 um pouco mais grosseira. Observa-se que, os Levees não

foram colocados de maneira suficiente devido a carência de seções transversais que não

puderam ser traçadas pela qualidade do MDE. Isso fez com que água ocupasse lugares que,

pela simples inspeção do terreno por imagens espaciais, não seriam atingidos. Tal fato se deve

também às seções traçadas que não conseguiram descrever o terreno de forma satisfatória, as

depressões assim como, as altitudes mais elevadas não foram identificadas corretamente. No

caso do TIN 30, em especial, o traçado das seções não abrangeu de forma suficiente o alcance

máximo da água.

Na Figura 36 observa-se que pelo segundo traçado das seções transversais foi possível

representar melhor o terreno, além do mais, não houve nenhum ponto em que a água atingiu

os limites da seção, ou seja, toda a planície inundável foi identificada. Observa-se, porém que,

na representação do TIN 30 a área inundada é relativamente maior que no TIN 1. Tal fato se

deve, mais uma vez, à quantidade e posicionamento dos Levees que foram comprometidos

pela rasa detecção de menores e maiores altitudes no MDE, e, mesmo com a interpolação do

projeto TIN 30 não foi possível melhorar os resultados dessa representação.

As Figura 37, Figura 38, Figura 39 e Figura 40 comparam as manchas simuladas no

HEC-RAS com a mancha esperada para a inundação para cada caso anteriormente descrito.

Constata-se grande semelhança em todos os casos. Observa-se que as manchas geradas pelo

TIN 30, Figura 37 e Figura 38 são maiores que a esperada, enquanto as do TIN 1, Figura 39 e

Figura 40 podem ser consideradas menores. Acredita-se que isso seja resultado do perfil do

terreno mais profundo identificado pelo TIN 1, o que fez com que a calha do rio comportasse

maiores vazões, resultando em uma mancha sensivelmente menor que a esperada.

Page 97: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

95

Figura 35 - Perspectiva 3D simulação ST 1.

Figura 36 - Perspectiva 3D simulação ST 2.

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96

Figura 37 - Mancha simulada, TIN 30, ST 1.

Figura 38 - Mancha simulada, TIN 30, ST 2.

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97

Figura 39 - Mancha simulada, TIN 1, ST 1.

Figura 40 - Mancha simulada, TIN 1, ST 2.

Após análise dos perfis do terreno, seções transversais e manchas de inundação,

excluíram-se das possibilidades de simulação subsequentes as representações TIN 30 ST 1 e

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98

TIN 1 ST 1 devido à não abrangência da planície de inundação e à ocupação da água em

regiões espúrias.

Nos apêndices deste documento encontram-se as tabelas geradas no HEC-RAS para

interpretação do escoamento segundo projeto de ST 2. Nota-se que, o TIN 1, Apêndice B,

identificou profundidades do terreno maiores e a lâmina d’água apresentou amplitude máxima

de 15 metros. Neste projeto a calha do rio teve variação de cota entre 306,2 e 289,0 metros.

No TIN 30, Apêndice C, foi registrado profundidade constante de 300 metros no que seria a

calha do rio, tendo a lâmina d’água atingido 13,7 metros. As velocidades do escoamento nesta

representação foram maiores, assim como o número de Froude, comparados aos resultados

obtidos com o TIN 1.

Analisando-se o formato das manchas e os resultados tabulares das simulações, pode-

se concluir que a melhor representação do ocorrido deu-se nas condições de TIN 1 e ST 2,

Figura 40, principalmente pelo fato das cotas do terreno terem atingido profundidades

maiores, ficando mais próxima da realidade esta representação.

A partir desta conclusão, utilizou-se o perfil TIN 1 e ST 2 para as simulações de

escoamento das vazões de recorrências 50, 100 e 500 anos, cujas áreas inundáveis são visíveis

nas Figura 41, Figura 42 e Figura 43 respectivamente.

Figura 41 - Mancha simulada Tr= 50 anos.

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99

Figura 42 - Mancha simulada Tr= 100 anos.

Figura 43 - Mancha simulada Tr= 500 anos.

A análise das manchas simuladas para os diferentes períodos de recorrência e a

mancha esperada para o evento de 02/01/2012, permite avaliar a forma como a lâmina d’água

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100

tende a se propagar nos casos em que a vazão aumenta. Por esta avaliação é possível interferir

em um provável crescimento da cidade, sugerindo áreas que não devem ser ocupadas.

As vazões para os diferentes períodos de retorno criam na interface do HEC-RAS

diferentes perfis a serem simulados em um mesmo projeto. Na Figura 44, tem-se PF 1 =

evento do dia 02/01/2012, PF 2 = Tr 50 anos, PF 3 = Tr 100 anos e PF 4 = Tr 500 anos.

Figura 44 - Perfis de simulação no HEC-RAS.

Os perfis das velocidades do escoamento podem ser avaliados na Figura 45. Observa-

se que, a velocidade aumenta proporcionalmente à vazão e o maior aumento da velocidade

ocorre nos pontos onde há estrangulamento da geometria do terreno, sendo mais visíveis entre

0 e 1.000 metros e entre 4.000 e 5.000 metros da foz.

Figura 45 - Perfis de velocidades do escoamento.

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101

Os perfis de energia do escoamento podem ser avaliados na Figura 46. Observa-se

que, entre 4.000 e 5.000 metros da foz há pontos onde a superfície da água está abaixo da

profundidade crítica, sinalizando que naquela seção o escoamento é supercrítico. Esta análise

é complementada pela velocidade elevada que ocorre neste mesmo intervalo, sinalizado na

Figura 45.

Figura 46 - Perfis de energia do escoamento.

Por fim, tem-se a representação gráfica na Figura 47 da relação vazão – nível d’água.

Esta relação representa a curva chave do rio e pode ser adotada como fonte de informação no

auxílio à tomada de decisão em projetos de engenharia, no intuito de garantir a segurança no

caso de ocorrência de eventos extremos de precipitação que culminem na inundação do

município.

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102

Figura 47 - Vazão x Nível d’água

As tabelas geradas no HEC-RAS que permitem a melhor avaliação do escoamento

para os diferentes períodos de retorno encontram-se no Apêndice D deste documento.

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103

7 DISCUSSÕES

A modelagem hidrológica e hidráulica realizada através dos softwares HEC-HMS e

HEC-RAS se mostrou eficiente na reconstituição do evento ocorrido em Guidoval em

02/01/2012, visto que, a área inundada gerada pelas simulações apresentou praticamente o

mesmo aspecto e abrangência da que era esperada de acordo com as informações compiladas.

A correspondência entre as manchas revela ainda que a metodologia aplicada para

caracterização da área de drenagem em termos físicos e pluviométricos foi satisfatória e que o

método de transformação chuva-vazão do SCS foi adequado ao proposto. A precipitação

utilizada para reproduzir o evento foi obtida de estações pluviométricas situadas fora dos

limites geográficos da BH, mas, com a adoção da chuva média pelo método dos polígonos de

Thiessen o valor resultante pôde representar muito bem a vazão da onda de cheia que

percorreu Guidoval.

A partir do bom resultado obtido, outras simulações variando a recorrência das chuvas,

puderam ser realizadas para a mesma caracterização física da BH. Para isso fez-se uso da

extrapolação dos registros de precipitação por métodos estatísticos a fim de se determinar o

comportamento das chuvas na região com equações de intensidade-duração-frequência.

A definição das equações IDF das estações foi imprescindível para caracterizar a

probabilidade de ocorrência de eventos semelhantes ao do dia 02/01/2012, sendo possível

então, a determinação da mancha inundada por eles. As áreas inundadas obtidas pela variação

de períodos de recorrência delimitaram os locais possivelmente alagados caso eventos

extremos reincidam sobre a bacia. Essa delimitação é de grande valia e poderá ser utilizada

pelo município para avaliar a implantação de medidas que visem resguardar os guidovalenses

dos prejuízos de uma nova enchente, principalmente impedindo que áreas de risco que ainda

não foram urbanizadas sejam ocupadas pela população.

Uma consideração importante a ser feita é que todas as formas utilizadas para

aquisição dos dados necessários a este estudo foram gratuitas, e, toda a pesquisa foi realizada

à distância, não ocorrendo nenhuma visita a campo durante a execução do trabalho. A

mobilidade da proposta metodológica aqui desenvolvida garante que, as simulações possam

ser realizadas de forma rápida e a baixos custos, abrangendo cada vez mais localidades

atingidas que se encontram em situação semelhante à de Guidoval quanto à ocorrência de

inundações e a carência de dados para sua qualificação e quantificação. Além do mais este

tipo de estudo com a aplicação das etapas aqui descritas permite melhores diagnósticos das

Page 106: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

104

áreas susceptíveis a estas ocorrências, e, que consequentemente sejam tomadas decisões

assertivas para solucionar o problema.

O que corrobora à replicação dos passos adotados neste trabalho é que tanto o HEC-

HMS quanto o HEC-RAS são ferramentas de utilização simples e que oferecem muitas

opções de modelagem, principalmente quando trabalhadas em conjunto com os processadores

de SIG, HEC-GeoHMS e HEC-GeoRAS. Os processadores agilizam o trabalho de

identificação das estruturas responsáveis pela geração e propagação do escoamento em uma

BH, além é claro de codificá-las em linguagem própria pronta para a modelagem. Uma grande

vantagem do uso de modelos hidráulico-hidrológicos é que eles permitem a compreensão dos

processos que ocorrem no interior da BH possibilitando a quantificação e manipulação de

variáveis importantes para a análise e a tomada de decisão. Santos (2009) concorda dizendo

que, a modelagem hidrológica permite verificar a consistência das informações disponíveis

(dados observados), que são em geral muito curtas, obtidas a partir das observações

hidrológicas nas bacias hidrográficas, e com base nesses dados, os modelos hidrológicos

podem ser calibrados, permitindo, por exemplo, a geração de séries sintéticas e a utilização

dos modelos como ferramenta de obtenção de dados em bacias não monitoradas.

Segundo Santos (2009), os modelos físicos, assim como o HEC, utilizam as principais

equações diferenciais do sistema físico para representar os processos e os seus parâmetros,

sendo aqueles que mais se aproximam da física do sistema. Dessa forma, as mudanças das

características das bacias podem alterar os valores dos parâmetros, os quais podem ser

avaliados através de medidas de campo e, portanto, modelos desse tipo, possuem uma

característica muito importante, a de poderem ser aplicados em bacias hidrográficas que não

possuem dados observados.

Graciosa (2010) afirma que as ferramentas disponibilizadas gratuitamente para uso, as

chamadas ferramentas livres, como o pacote HEC, tem se consolidado como uma importante

base para a implementação de processos de gestão com aplicação de tecnologia de ponta,

acessível à solução de problemas sociais, econômicos e ambientais graves como as

inundações. Segundo a autora, a plataforma HEC revelou ser muito eficaz para os propósitos

de planejamento e gerenciamento do risco em hidrologia urbana. As possibilidades que o

software oferece, em termos de multiplicidade de modelos disponíveis, as ferramentas de

calibração de parâmetros e a vasta documentação com manuais e informações detalhadas dos

métodos usados, juntamente com a possibilidade de operação em múltiplos sistemas

operacionais e gratuidade da licença, fizeram desta plataforma uma solução adequada aos

propósitos de simulação hidrológica. A autora utilizou o HEC-HMS para quantificação de

Page 107: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

105

vazões na bacia do córrego do Gregório em São Carlos - SP, bacia que naquela época

encontrava-se em processo de urbanização, com vistas à implementação de um mecanismo de

transferência do risco de inundações. O módulo HEC-RAS não foi utilizado por ela devido a

sua aplicação estar condicionada somente ao sistema operacional Windows, diferentemente

do HEC-HMS que possui versões compatíveis ao Linux e ao Solaris. Para Graciosa (2010)

isto também deve ser levado em conta na seleção de ferramentas para aplicação em longo

prazo na gestão pública de cidades brasileiras, que tem atualmente a tendência de utilizar

progressivamente sistemas operacionais abertos. Seguindo a linha de pensamento da autora

esta restrição aplica-se também ao ArcGIS que precisa ter sua licença comprada e fica

geralmente restrito ao ambiente acadêmico e às empresas que podem pagar por seu uso.

Santos (2009) também mencionou alguns empecilhos quanto à utilização de modelos

semelhantes ao pacote HEC. Como exemplo, ele compilou as observações de Foster (1982),

Beven e O'connel (1982), Abbott et al. (1986 a, b), Beven (1989), Galvão (1990) e Figueiredo

(1999) que dizem respeito às restrições relacionadas a escala, calibração, validação e as

incertezas inerentes aos valores dos parâmetros e da saída fornecida. Além disso, escreveu

sobre a necessidade de calibração dos parâmetros, e as suposições utilizadas para resolver o

sistema de equações que geram alguns erros difíceis de serem eliminados.

É fato que, dentro da área denominada sub-bacia do rio Xopotó, não existem, até a

presente data, registros pluviométricos e fluviométricos de fácil acesso, os quais poderiam

embasar a modelagem para obtenção dos modelos validados, o que garantiria maior acurácia e

credibilidade aos resultados. Além dos dados hidrometeorológicos, informações sobre os

elementos fisiográficos foram obtidas com o auxílio do processamento de imagens digitais e

não puderam ser confrontadas com mapeamentos pré-existentes ou com uma base de

elementos referente.

A falta dos dados descritivos da morfologia da área foi decisiva na caracterização da

parte inundável. Notou-se grande sensibilidade nas simulações feitas no HEC-RAS em

relação à descrição do terreno. Como não se dispunha de um MDT para elaboração do projeto

hidráulico foi utilizado um MDE cuja resolução não permitiu que a calha do rio assim como, a

planície de inundação fossem identificadas com boa precisão, influenciando diretamente na

forma e extensão da mancha simulada. A mesma sensibilidade foi avaliada por Cook e

Merwade (2009) ao compararem as simulações feitas no HEC-RAS para o rio Strouds Creek

na Carolina do Norte e o rio Brazos no Texas. Os resultados mostraram que a área de

inundação diminuiu com melhor resolução horizontal e vertical na precisão dos dados

Page 108: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

106

topográficos. Esta redução foi ainda reforçada pela incorporação da batimetria do rio nos

dados topográficos.

Diversos autores tiveram acesso a descrições do terreno mais refinadas, em alguns

casos até a batimetria do curso d’água foi obtida, como é o caso de Monte et al. (2016) que

combinaram cartas topográficas com cotas equidistantes de 1 metro (escala 1:2.000) na

planície alagável do rio Mundaú, localizado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, e a

altimetria do MDE disponibilizado pelo TOPODATA com resolução espacial de 30 metros,

interpolado e com correção de dados do MDE SRTM de resolução espacial 90 metros.

Segundo os autores foi possível observar uma sensível diferença entre os dados levantados em

campo e as estimativas do MDE, principalmente na calha do rio. Em média, esta diferença

ficou em torno de 12 %. Para eles, a combinação entre MDE, topografia e batimetria tende a

melhorar a qualidade dos resultados.

Campos (2011) em estudo realizado para obtenção de áreas inundáveis em

Governador Valadares – MG utilizou o HEC-GeoRAS para caracterização da planície de

inundação. O autor teve por base o MDT gerado a partir da topografia, com curvas de nível de

metro em metro, e a batimetria do rio Doce, onde o espaçamento adotado entre as verticais

para definição das profundidades nas seções foi de 3 metros. As seções batimétricas foram

levantadas em regiões onde pudessem ocorrer variações no regime de escoamento, como

trechos com mudança de declividade do fundo do canal, alargamento ou estreitamento da

seção, presença de pontes ou obstruções. Foi constatado por Campos (2011) que a largura da

calha e a profundidade do canal atingiram níveis menores para a batimetria, sendo notado em

alguns pontos divergências de até 50 metros na profundidade e 30 metros nas calhas laterais.

Tal observação o permitiu inferir que, somente a batimetria possui pontos de cotas

representativos para esse tipo de estudo e, o maior erro que pode estar associado à modelagem

hidráulica, provavelmente, é oriundo desta fonte. Contudo o autor entende que, dados de

topografia e batimetria são caros e demandam tempo para serem obtidos, além do mais, estas

informações sofrem alteração com o passar do tempo devido a processo de deposição ou

remoção de sedimentos, o que altera significativamente as características observadas.

Assim como os autores anteriores, notou-se neste trabalho a diferença entre o MDE

natural e o MDE que foi interpolado pela criação de curvas de nível em intervalos de 1 metro.

Acredita-se que as maiores profundidades encontradas no modelo interpolado apresentou

melhor resultado na mancha de inundação principalmente por ter identificado diferentes cotas,

algumas vezes até 19 metros menores que no modelo natural, chegando portanto, a uma

descrição mais próxima da realidade do terreno.

Page 109: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

107

Guidoval e sua área de contribuição representam um cenário comum no Brasil,

principalmente em bacias pequenas e médias, onde a ocorrência de inundações é frequente,

mas os parâmetros necessários a sua quantificação são escassos e/ou imprecisos. Apesar de

várias localidades brasileiras estarem defasadas de dados, o país ainda é carente de estudos

que se adequem a essa realidade, avaliando e discutindo as possibilidades de quantificação

dos eventos mesmo assim. Como ressaltado por Souza (2013a), as pesquisas acadêmicas têm

pouca visibilidade e, raramente, são avaliadas em escala real. Dessa forma, os pequenos

munícipios são os mais prejudicados, uma vez que as prefeituras destes locais não dispõem de

informações básicas que os ajudem a elaborar um bom plano de saneamento que realmente se

aplique àquela localidade.

Em Guidoval (2013) observa-se o que foi relatado por Souza (2013a), pois as

diretrizes da macrodrenagem urbana dispostas no plano municipal de saneamento básico não

são condizentes às necessidades do município. A primeira observação feita diz respeito à

equação utilizada para previsão da chuva de recorrência centenária, onde é aplicada a IDF

constante no software Plúvio 2.1 desenvolvido pelo Grupo de Pesquisas em Recursos

Hídricos (GPRH), vinculado ao Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade

Federal de Viçosa (DEA – UFV). Segundo Pruski (2016), um dos responsáveis pelo software,

as equações do Pluvio 2.1 seriam mais adequadas ao dimensionamento de obras de

microdrenagem, já que, foram desenvolvidas baseadas em chuvas médias e não em máximas.

A segunda observação é relacionada às incongruências observadas no método de

cálculo da vazão e ao resultado obtido. Guidoval (2013) refere-se primeiramente à área de

contribuição do município como sendo de 739, 99 km², já em um segundo instante utiliza os

métodos racional e I-PAI-WU para calcular a descarga em 814,64 km², os quais foram

divididos em três bacias, com áreas 800 km², 3,13 km² e 11,51 km². Segundo o próprio plano

de saneamento o método racional seria aplicado para bacias que não são complexas e tenham

até 2 km² de área de drenagem e período de retorno menor ou igual a 50 anos, já o método I-

PAI-WU seria aceito para bacias com áreas de drenagem de até 200 km², sem limitações

quanto ao período de retorno. O valor obtido para a vazão máxima no plano de saneamento

cujo período de retorno da precipitação é 100 anos foi de 871,81 m³/s, sendo este um valor

distante dos 2.056 m³/s, simulados neste trabalho.

Em termos pluvio e fluviométricos a ANA disponibiliza registros de todo o território

nacional, mas a densidade de postos de coleta de dados ainda é baixa e muitas vezes eles são

insuficientes para os estudos das tendências nos regimes da precipitação e vazão,

principalmente nos casos em que equações IDF precisam ser determinadas. Clark e Dias

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(2002) já relatavam essa dificuldade dizendo que a grande maioria das estações na rede básica

de monitoramento de precipitação observa apenas os totais diários e, além disso, as

observações da intensidade da precipitação que são importantes para o planejamento de redes

de drenagem urbana nem sempre são divulgados para uso geral. Os mesmos autores referem-

se a estações que registram cotas de água, mas que não têm curvas-chave necessárias para a

estimativa da vazão, as quais, frequentemente necessitam ser extrapoladas para estimar as

descargas altas em períodos de enchentes.

Clark e Dias (2009) afirmam ainda que existe uma enorme base de dados

pluviométricos que são coletados por instituições privadas ou mesmo por pessoas físicas que

têm interesse no tema. Segundo os autores é necessário que o monitoramento, processamento

e disponibilização dos dados tenham uma estrutura de gerenciamento, a qual deverá dar

especial atenção ao atendimento das normas de observação e de qualidade instrumental no

sistema observacional, podendo assim se beneficiar de um amplo programa de observações

voluntárias, semelhante ao que existe em alguns países como nos EUA e na Inglaterra.

Tendo por referência os EUA, Cook e Merwade (2009) contam que o país através do

Programa Nacional de Seguro Contra Inundações, em inglês National Flood Insurance

Program, e a Agência Federal de Gestão de Emergência, Federal Emergency Management

Agency (FEMA), cria mapas de inundação que correspondem a eventos de 100 anos de

período de retorno. Segundo os autores a FEMA produziu cerca de 100.000 cartas de zonas

inundáveis, abrangendo 150 mil milhas quadradas, algo em torno de 389 mil quilômetros

quadrados, de área de várzea para 19.200 comunidades. Em 2004, a FEMA assumiu o

Programa de Modernização de Mapas, Map Modernization Program (Mapa Mod), para

fornecimento de bases digitais para armazenamento a baixo custo, manutenção, distribuição e

atualização de informações de perigo de inundação. A atualização dos mapas para as

comunidades propensas a inundação se dá através de redefinição das áreas de várzea por

melhorias de mapas antigos e com o uso de dados topográficos mais recentes.

Graciosa (2010) reforça o que foi dito por Clark e Dias (2009) ressaltando que a

carência de dados hidrológicos ainda é uma etapa a ser superada para dar amparo à gestão do

risco de inundações. Segundo a autora, a maioria das sub-bacias não dispõe de séries

históricas de precipitação e vazão suficientemente longas, ininterruptas e confiáveis, para

calibrar os parâmetros dos modelos hidrológicos. Ela ainda completa dizendo que, além dos

dados de vazão e precipitação, são necessárias cartas topográficas atualizadas e em escala

adequada à geração de manchas de inundação, bem como cadastros atualizados das redes de

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drenagem e que, não existe uma base única e acessível que permita sua aplicação em larga

escala.

Rodrigues (2014) afirma que a limitação dos resultados de seu trabalho é devida à

inexistência ou inacessibilidade de alguns dados fundamentais para a análise das condições

topográficas e meteorológicas de sua área. Além disso, a falta de séries contínuas de dados e

do registo histórico de cheias também influenciaram na dificuldade da calibração correta do

modelo simulado com o HEC-HMS. A autora diz que seria importante a comparação de

hidrogramas de cheia sintéticos com os hidrogramas observados de forma a validar a

modelação.

Decina (2012) revela situação semelhante em seu trabalho quando relata que não foi

possível realizar a calibração dos modelos devido à falta de dados observados de vazão ao

longo do Córrego do Gregório. Para ele, os resultados obtidos permitem que se compare um

cenário com outro quanto aos hidrogramas e áreas inundáveis, porém não representam com

fidelidade a transformação chuva-vazão ocorrida na bacia hidrográfica e que, dessa forma, os

hidrogramas e manchas de inundação resultantes devem ser compreendidos como estimativas

da resposta da bacia aos eventos simulados.

Silva (2006) realizou simulações hidrológicas para quantificação de enchentes no

município de Nova Era-MG no sistema IPHS1, sistema semelhante ao HEC-HMS que foi

desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio

Grande do Sul (UFRGS), com os modelos transformação chuva-vazão e propagação em

canais por Muskingum-Cunge. Ele conta que, as maiores dificuldades para a execução do

trabalho recaíram sobre a má qualidade das séries pluviográficas da bacia, o que

impossibilitou simulações de eventos com os parâmetros calibrados dos modelos.

Para driblar a carência de registros de precipitação muitos autores recorrem à

extrapolação das séries históricas baseadas em modelos de distribuição de probabilidade e

avaliam a representatividade da amostra de dados com testes de aderência, sendo o KS um

dos mais utilizados. Para avaliação de enchentes, as recorrências das precipitações são

analisadas com base na frequência de chuvas máximas anuais, principalmente aquelas que

representam eventos extremos, ou seja, de pequena ocorrência.

Devido ao pequeno número de registros pluviométricos, ou seja, séries com 30, 20 e

até menos anos disponíveis, o teste KS é comumente aplicado a todos os dados da amostra.

Tal aplicação pode mascarar a verdadeira tendência dos extremos máximos (destacados em

vermelho, Figura 48 e Figura 49) caso o teste não seja complementar à análise visual dos

gráficos gerados pelas probabilidades de excedência das máximas registradas e das obtidas

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pelos modelos de distribuição. Gandini (2016) recomenda a visualização gráfica dos dados

para que se possa ter um bom discernimento de qual distribuição escolher, visando àquela que

garante uma melhor extrapolação dos dados, quando se trata de chuvas com recorrências altas.

Um exemplo pode ser visto a seguir, nas Figura 48 e Figura 49 onde, comparando-se

as distribuições de probabilidade Gumbel-Chow e Pearson da estação Seriquite, para

igual a 0,205, a um nível de significância de 10%, sendo os parâmetros para cada

distribuição 0,084 e 0,062, respectivamente, pelo KS, em termos de aderência, Pearson é mais

adequada que Gumbel-Chow para representar a amostra. Ao realizar a análise pelos gráficos

observa-se que Gumbel-Chow descreve melhor o comportamento dos extremos maiores,

sendo, portanto, esta distribuição mais indicada do que Pearson para extrapolação das

máximas.

O ideal é que as estações pluviométricas tivessem muitos anos de registros de

precipitação, pois, dessa forma, a chance de terem ocorrido mais eventos de baixa frequência,

característicos de tormentas, seria maior e isso permitiria que a tendência desses

acontecimentos fosse avaliada de forma mais fidedigna. Rodrigues (2014) confirma isso em

seu trabalho dizendo que, pode acontecer que o período de tempo utilizado não inclua os

eventos de precipitação com maior intensidade, as quais originam as maiores cheias para cada

período de retorno. Ela ainda diz que o ideal é trabalhar com o maior conjunto de dados

contínuo possível que diga respeito, de preferência, a um período de tempo superior a 30

anos.

No caso referente à estação Seriquite, a máxima precipitação registrada para 34 anos

de dados observados foi de 134 mm, o que corresponde a um evento de recorrência de

aproximadamente 35 anos. Nos estudos de enchentes onde são avaliados TRs da ordem de

100 e até mesmo 200 anos, somente o teste KS que analisa os valores de e

para séries como essa pode não ser adequado.

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Figura 48 - Distribuição de probabilidade Gumbel-Chow estação Seriquite.

Figura 49 - Distribuição de probabilidade Pearson estação Seriquite.

O ideal é que as estações pluviométricas tivessem muitos anos de registros de

precipitação, pois, dessa forma, a chance de terem ocorrido mais eventos de baixa frequência,

característicos de tormentas, seria maior e isso permitiria que a tendência desses

acontecimentos fosse avaliada de forma mais fidedigna. Rodrigues (2014) confirma isso em

seu trabalho dizendo que, pode acontecer que o período de tempo utilizado não inclua os

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eventos de precipitação com maior intensidade, as quais originam as maiores cheias para cada

período de retorno. Ela ainda diz que o ideal é trabalhar com o maior conjunto de dados

contínuo possível que diga respeito, de preferência, a um período de tempo superior a 30

anos.

No caso anterior, referente à estação Seriquite, a máxima precipitação registrada para

34 anos de dados observados foi de 134 mm, o que corresponde a um evento de recorrência

de aproximadamente 35 anos. Nos estudos de enchentes onde são avaliados TRs da ordem de

100 e até mesmo 200 anos, somente o teste KS que analisa os valores de e

para séries como essa pode não ser adequado.

Na literatura acadêmica foram encontrados trabalhos que discutiram a aplicação do

teste em precipitações médias, totais mensais, totais anuais, mas estes casos não se aplicam

aos máximos diários. Um exemplo disso é o trabalho de Souza et al. (2013b) onde os autores

avaliaram a ocorrência de erros tipo I e o poder da aderência em séries de dados

pluviométricos de totais anuais. Sendo o erro tipo I rejeitar a hipótese nula quando esta é

verdadeira, para:

• Hipótese Nula - A série de probabilidade de um modelo testado é igual à série de

probabilidade da amostra, e,

• Hipótese alternativa – A série de probabilidade de um modelo testado não é igual à

série de probabilidade da amostra.

Acredita-se que o pior erro no caso deste tipo de análise é o erro tipo II, onde, não se

rejeita a hipótese nula sendo a mesma falsa. Observa-se que no trabalho de Souza et al.

(2013b) a taxa de erro tipo I pelo KS é zero, esse pode ser portanto um indicativo da

necessidade de avaliação da ocorrência de erros tipo II e a importância da avaliação da

aderência das FDP pelos dados plotados de forma gráfica.

Em Silva et al. (2013) foram analisadas distribuições de probabilidade em séries de

dados de chuvas de dez cidades localizadas nas regiões centro-sul do estado do Ceará, onde,

as precipitações foram avaliadas mensalmente e em seus totais anuais, sendo o KS a medida

da aderência das mesmas. Um trecho do trabalho chama atenção, onde os autores citam Lyra

et al. (2006) e escrevem que o bom desempenho da distribuição exponencial pode ser

explicado pela maior frequência observada nas classes iniciais, decrescendo suavemente, em

forma de “J” invertido, com forte assimetria. Tal trecho deixa entendido que a forma dos

dados, quando gráfica, é um indicativo importante na caracterização da tendência dos

mesmos, apesar de os autores não exibirem suas análises desta forma.

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Com relação à calibração dos modelos utilizados na sub-bacia do rio Xopotó, esta foi

possível com a reconstituição da área inundada, feita com o auxílio de imagens de satélite e

notícias que circularam em jornais na época do ocorrido e na internet. Cabral et al. (2016)

realizaram uma aplicação integrada do HEC-HMS, HEC-GeoRAS, HEC-RAS e SIG na

delimitação de áreas inundadas por uma chuva centenária na BH do Rio Granjeiro, afluente

do Rio Salgado, no município do Crato, situado na Região Metropolitana do Cariri. Os

autores garantiram que a calibração da modelagem hidráulica no rio Granjeiro foi bem

sucedida quando relacionado o coeficiente de Manning e as marcas de cheias nos centros

urbanos, sendo esta uma forma confiável de verificação de outros eventos de cheias.

Monte et al. (2016) também realizaram simulações com o HEC-RAS. Os autores

avaliaram hidraulicamente a BH do rio Mundaú que fica entre os estados de Pernambuco e

Alagoas, onde, o trecho do rio principal teve extensão de 4,64 km, referente à área urbana do

município de Rio Largo (AL). Segundo os autores, a calibração desse modelo foi feita

utilizando os dados de marcas da inundação de 2010, e eles acreditam que, neste passo das

simulações, podem ter ocorrido eventuais erros por se tratar de um levantamento qualitativo

do local. Entretanto sua utilização demonstrou ser útil na falta de alternativas. Desta forma,

foi recomendado por eles o uso de um Modelo Digital de Superfície (MDS) mais detalhado, o

qual poderia proporcionar melhores resultados do mapeamento de inundação da área urbana.

Page 116: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

114

8 CONCLUSÕES

Os resultados alcançados e as discussões feitas permitem atestar que os objetivos

propostos foram satisfeitos com êxito, pois foi possível simular eventos críticos de inundação

no município de Guidoval mesmo com dados julgados inicialmente como pouco

representativos do comportamento hidráulico e hidrológico da bacia que drena o município.

Isso foi possível, visto que os modelos aplicados foram calibrados pela conformidade entre a

área inundada pela reconstituição e a esperada para o evento ocorrido em 02/01/2012.

As equações IDF das estações pluviométricas localizadas mais próximas à bacia foram

determinadas com base na tendência estatística das séries de registros históricos de cada

estação. Os testes, GB para identificação de pontos atípicos nos registros e, KS para

verificação de aderência das distribuições de probabilidade juntamente com a análise visual

das distribuições, aplicados nas análises, resguardaram a confiabilidade dos resultados obtidos

nesta etapa.

A caracterização da sub-bacia do rio Xopotó quanto ao tipo, uso e ocupação do solo

também foi bem sucedida. Por essa classificação percebeu-se maior propensão da área em

gerar escoamento superficial, visto que grande parte da sub-bacia é composta por solos do

tipo C, plantações e pastagens, resultando em valores de CN acima de 72. Em termos de

declividade percebe-se a mesma tendência de favorecimento da escoadura já que a área é de

grande desnível com cotas máximas da ordem de 1500 metros e mínimas de 287 metros.

Os softwares escolhidos para a modelagem hidrológica e hidráulica da área em

questão estiveram completamente integrados entre si e com ferramentas de processamento de

imagens digitais durante todo o trabalho. Tal integração foi fundamental para que o

referencial teórico, a base de dados disponível e as aptidões do modelador estivessem

conectados e culminassem nos melhores resultados possíveis.

Em suma, o estudo realizado obteve sucesso em todas as etapas envolvidas, culminado

em uma série de passos que podem ser reproduzidos em outras áreas de semelhante

dificuldade quanto à quantificação das variáveis envolvidas nas inundações. Este trabalho

pode ser utilizado como referência nos processos de tomada de decisão para prevenção de

enchentes, seja no dimensionamento de medidas estruturais ou no planejamento de medidas

não-estruturais.

Page 117: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

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9 CONSIDERAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

Entende-se que mesmo com o bom resultado obtido no trabalho existem diversos

pontos a serem analisados e dificuldades a serem superadas. A primeira delas diz respeito ao

MDT, então, uma indicação a trabalhos futuros é a tentativa de obtê-lo. Investigações

preliminares apontam que isso é possível através de SIG, com o MDE e as imagens Rapideye

como visto em Folharini et al. (2015).

As imagens espaciais de melhor resolução, assim como o MDE, são outro ponto

chave. Espera-se que, com informação mais detalhada do terreno e da superfície, os principais

parâmetros necessários à modelagem, como o tempo de concentração, CN e a descrição dos

canais de propagação da cheia, sejam obtidos de forma mais consistente.

Tratando-se dos dados pluviométricos, acredita-se ser válida a comparação das

equações IDF desenvolvidas com períodos consecutivos de dados consistidos, método

aplicado neste estudo, e as que seriam obtidas com os registros incontínuos. Ainda nesta

temática é de interesse que, a metodologia adotada para a determinação das equações esteja

em constante avaliação e sejam investigados os parâmetros K, m, c e n quanto a sua

variabilidade.

Observa-se que grande parte da área de contribuição às vazões que chegam a Guidoval

é caracterizada pela existência de plantações e pastagens. Uma possibilidade de atenuação do

pico de descarga que chega ao munícipio pode ser avaliada simulando-se a variação dos usos

e coberturas da bacia, sendo, por exemplo, analisada uma possível troca das culturas

cultivadas para o favorecimento da infiltração da água da chuva. Outra opção é simular a

adoção de medidas estruturais, como uma bacia de retenção, visto que os núcleos urbanos

instalados na área de contribuição já estão consolidados e isso seria de menor impacto nas

áreas agrícolas da bacia, tendo em vista a solução proposta anteriormente.

Por fim, sugere-se a avaliação da metodologia adotada neste trabalho com a aplicação

da mesma em áreas propensas a inundação com cursos d’água maiores, ou seja, mais largos e

mais profundos. Tal sugestão permite embasar a análise da replicabilidade proposta por este

estudo.

Page 118: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

116

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125

APÊNDICE A - Análise de probabilidade dos registros de pluviosidade máxima.

Estação 2042015 – Seriquite

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126

Estação 2042016 – São Miguel do Anta

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127

Estação 2142001 –Cataguases

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128

Estação 2142004 – Fazenda Umbaúbas

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129

APÊNDICE B- Modelagem hidráulica – Perfil TIN 1 ST 2

River Sta Q Total

(m³/s)

Min Ch

El (m)

W.S.El

(m)

Crit

W.S.(m)

E.G. El

(m)

E.G. Slope

(m/m)

Vel

(m/s)

Flow Area

(m²)

Top Width

(m) Froude

5.903.36 1576 299.09 313.89

313.91 0.000298 0.85 3528.06 403.95 0.07

5.867.542 1576 299 313.88

313.9 0.000241 0.78 3571.6 342.05 0.06

5.835.565 1576 299.84 313.87

313.89 0.000302 0.84 3163.33 294.26 0.07

5.807.852 1576 301 313.85

313.88 0.000404 0.91 2876.5 280.91 0.08

5.789.002 1576 301.69 313.84

313.86 0.000478 0.95 2729.63 277.08 0.09

5.754.944 1576 301.96 313.83

313.85 0.000458 0.93 2825.1 289.75 0.09

5.719.634 1576 301.51 313.82

313.83 0.000345 0.81 3238.82 318.56 0.07

5.683.87 1576 300.09 313.81

313.82 0.000236 0.73 3717.53 336.54 0.06

5.661.12 1576 298.9 313.81

313.82 0.000189 0.69 4001.29 345.32 0.06

5.635.884 1576 298 313.8

313.81 0.000164 0.67 4184.86 353.3 0.05

5.615.693 1576 298 313.8

313.81 0.000161 0.67 4201.99 353.69 0.05

5.597.492 1576 298 313.8

313.81 0.000162 0.67 4181 352.18 0.05

5.575.998 1576 298 313.79

313.8 0.000168 0.68 4137.05 352.21 0.05

5.559.171 1576 298 313.79

313.8 0.000176 0.69 4076.02 353.76 0.06

5.544.027 1576 298 313.78

313.79 0.000181 0.7 4048.67 357.69 0.06

5.522.112 1576 298 313.78

313.79 0.000186 0.71 4043.98 364.58 0.06

5.505.325 1576 298 313.78

313.79 0.000181 0.7 4137.87 375.88 0.06

5.481.356 1576 298 313.77

313.78 0.000171 0.68 4354.13 406.63 0.05

5.449.382 1576 298.77 313.77

313.78 0.000165 0.64 4817.03 505.78 0.05

5.412.165 1576 301.41 313.76

313.77 0.000207 0.63 4476.09 471.98 0.06

5.386.456 1576 303.42 313.75

313.76 0.000282 0.64 4000.81 442.18 0.07

5.362.672 1576 304.75 313.75

313.76 0.000352 0.63 3743 426.6 0.07

5.346.315 1576 305.63 313.74

313.75 0.00035 0.57 3785.07 428.01 0.07

5.321.142 1576 306.23 313.73

313.74 0.000314 0.51 3967.66 438.66 0.06

5.288.527 1576 305.53 313.72

313.73 0.000258 0.49 4308.76 465.23 0.06

5.264.365 1576 304.14 313.71

313.72 0.000226 0.52 4596.36 499.01 0.06

5.224.366 1576 301.15 313.69

313.7 0.000479 0.93 3417.35 529.58 0.09

5.179.31 1576 299 313.65 303.1 313.68 0.000554 1.16 2441.77 247.31 0.1

5.160.037 1576 299 313.63 303.2 313.67 0.000626 1.24 2273.12 228.7 0.1

5.120.603 1576 299 313.59 303.5 313.64 0.000789 1.39 2035.87 213.69 0.12

5.058.979 1576 299 313.55 303.73 313.6 0.000904 1.45 2159.18 289.6 0.12

5.020.652 1576 298.14 313.55 302.53 313.58 0.000396 1 3132.83 347.19 0.08

4.975.649 1576 298 313.54 301.77 313.56 0.000394 1.01 2824.35 274.47 0.08

4.939.683 1576 298.37 313.49 302.86 313.54 0.00065 1.27 2124.6 212.86 0.11

4.883.807 1576 299 313.44 303.68 313.5 0.001009 1.57 1813.86 190.03 0.13

4.844.379 1576 299 313.4 303.64 313.46 0.001069 1.61 1788.16 187.12 0.14

4.809.418 1576 299 313.34 304.37 313.43 0.001346 1.76 1577.49 175.75 0.15

4.779.958 1576 301 313.26 305.89 313.39 0.002205 2 1262.05 158.69 0.19

Page 132: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

130

4.741.93 1576 303.03 313.03 307.96 313.27 0.005885 2.67 883.22 137.33 0.29

4.694.874 1576 305 312.35 309.82 312.9 0.021058 3.97 567.6 119.3 0.52

4.650.771 1576 305 309.99 309.82 311.55 0.084031 6.51 344.97 104.46 0.99

4.557.031 1576 300.75 306.59 305.54 307.48 0.039384 5.24 484.46 126.77 0.7

4.468.424 1576 298.17 305.46 302.54 305.82 0.015157 3.61 734.26 153.05 0.45

4.404.512 1576 296.87 305.34 300.13 305.46 0.004858 2.23 1247.44 223.69 0.26

4.345.672 1576 296.29 305.24 299.08 305.3 0.002358 1.65 1700.53 272.06 0.18

4.278.235 1576 297.15 305.16 299.7 305.2 0.001738 1.37 2048.03 334.73 0.16

4.233.514 1576 298 305.11 299.77 305.14 0.001323 1.12 2434.27 402.77 0.13

4.203.876 1576 298 304.98 299.88 305 0.001317 1.1 2537.2 443.81 0.13

4.157.313 1576 298 304.94 300 304.94 0.000411 0.61 4908.46 920.55 0.07

4.102.914 1576 297.76 304.87 299.68 304.89 0.001123 1.01 3428.89 951.05 0.12

4.045.366 1576 296.57 304.75 298.06 304.79 0.001479 1.25 2111.68 332.07 0.14

4.019.866 1576 295.54 304.31 297.44 304.34 0.001409 1.28 2100.49 313.56 0.14

3.986.607 1576 294.12 304.17 296.96 304.21 0.001223 1.31 2145.9 300.27 0.14

3.955.109 1576 294 304.08

304.12 0.00126 1.38 2070.67 284.41 0.14

3.896.804 1576 294 303.98

304.04 0.001877 1.67 1742.66 255.38 0.17

3.850.204 1576 294.53 303.91

303.97 0.002075 1.63 1709.23 259.4 0.17

3.815.484 1576 295.68 303.87

303.91 0.001898 1.43 1901.29 304.5 0.16

3.777.115 1576 296.58 303.79

303.83 0.001862 1.3 2175.14 433.87 0.16

3.715.122 1576 297 303.71

303.73 0.001533 1.16 2521.85 491.02 0.14

3.624.206 1576 295.06 303.67

303.68 0.000653 0.88 3284.13 514.45 0.1

3.523.146 1576 292.74 303.64

303.65 0.000295 0.69 4304.93 540.42 0.07

3.402.738 1576 295 303.61

303.62 0.000251 0.55 4678.13 559.15 0.06

3.311.405 1576 293.5 303.6

303.61 0.0001 0.39 7821.3 997.84 0.04

3.273.312 1576 292.82 303.6

303.6 0.000068 0.33 8650.81 963.11 0.03

3.174.577 1576 293.6 303.59

303.59 0.000122 0.41 7434.18 1020.18 0.04

3.116.013 1576 296.18 303.56

303.58 0.000938 0.93 2921.1 486.25 0.11

3.032.03 1576 295 303.47

303.5 0.001148 1.15 2426.24 363.43 0.13

2.832.567 1576 291.96 303.4

303.4 0.000314 0.74 4205.33 531.1 0.07

2.575.749 1576 292.37 303.31

303.32 0.000247 0.63 4874.45 647.88 0.06

2.348.521 1576 291.26 303.28

303.28 0.000026 0.22 12862.89 1287.25 0.02

2.159.8 1576 291.61 303.27

303.27 0.000023 0.2 13700.76 1373.06 0.02

2.004.284 1576 289.9 303.26

303.26 0.000087 0.43 7480.59 857.04 0.04

1.854.885 1576 295.28 303.19

303.21 0.001309 1.08 2482.86 465.7 0.13

1.746.132 1576 290 303.04

303.07 0.000732 1.25 2715.16 386.09 0.11

1.613.469 1576 291.42 302.98

303.01 0.000845 1.19 2634.43 387.14 0.12

1.507.205 1576 289 302.95

302.97 0.000304 0.84 4030.37 499.29 0.07

1.462.599 1576 289.27 302.94

302.94 0.000134 0.55 6476.27 811.02 0.05

1.452.963 1576 289.56 302.94

302.94 0.000101 0.47 7399.15 905.54 0.04

1.439.553 1576 289.99 302.93 293.42 302.93 0.000092 0.44 7674.97 918.77 0.04

1.425.575 1576 290 302.93 293.1 302.93 0.000086 0.42 7861.75 922.3 0.04

1.412.193 1576 290 302.92 292.61 302.93 0.000084 0.41 7831.32 894.99 0.04

Page 133: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

131

1.378.898 1576 289.68 302.92 291.55 302.92 0.000086 0.42 7609.82 861.2 0.04

1.332.788 1576 289 302.91 291.89 302.92 0.000097 0.46 7171.95 817.82 0.04

1.263.076 1576 289.48 302.9 293.34 302.91 0.00017 0.61 5198.8 571.01 0.05

1.225.191 1576 290.77 302.83

302.85 0.000534 1.01 3279.65 462.39 0.09

1.200.217 1576 291.02 302.77

302.82 0.001087 1.41 2244.28 327.45 0.13

1.146.426 1576 292 302.72

302.76 0.001189 1.4 2200.69 319.53 0.14

1.113.109 1576 292 302.68

302.72 0.001363 1.48 2082.23 309.86 0.15

1.062.572 1576 293.68 302.54

302.63 0.003371 1.99 1441.47 248.38 0.22

1.017.605 1576 294.87 302.15

302.35 0.00918 2.81 942.96 182.2 0.35

9.635.675 1576 294 301.69

301.95 0.010257 3.16 850.49 160.49 0.37

8.969.326 1576 293 301.3

301.51 0.007164 2.89 968.43 171.77 0.32

8.434.122 1576 292.74 301.02

301.17 0.00576 2.47 1144.83 219.65 0.28

8.215.264 1576 293.03 300.8

300.88 0.003998 1.95 1555.6 359.16 0.23

7.932.771 1576 293.27 300.68

300.71 0.00215 1.38 2021.7 378.05 0.17

7.384.825 1576 292.85 300.64

300.66 0.000842 0.92 2860.26 418.25 0.11

7.035.645 1576 291.5 300.62

300.63 0.000457 0.76 3527.93 443.51 0.08

6.728.792 1576 290.15 300.6

300.61 0.000381 0.77 3635.24 425.38 0.08

6.395.148 1576 289 300.58

300.6 0.000429 0.88 3329.38 384.03 0.08

6.206.214 1576 289 300.57

300.59 0.000541 0.99 2952.11 339.63 0.09

5.850.651 1576 289 300.53

300.56 0.000766 1.18 2549.72 311.17 0.11

5.552.529 1576 289 300.5

300.53 0.000938 1.3 2356.08 300.68 0.12

5.250.131 1576 289 300.46

300.5 0.001009 1.35 2258.27 285.04 0.13

5.059.834 1576 289 300.39

300.43 0.001292 1.52 1963.69 244.11 0.14

4.719.597 1576 289 300.3

300.37 0.001832 1.8 1629.51 205.75 0.17

4.203.446 1576 289.56 300.09

300.24 0.003861 2.47 1161.2 166.6 0.24

3.658.006 1576 292.11 299.45

299.83 0.013964 3.75 732.74 143.3 0.44

3.074.746 1576 292 298.41

298.91 0.023121 4.29 633.34 147.66 0.55

2.541.778 1576 292 297.35

297.71 0.027617 3.97 749.81 238.73 0.58

2.080.223 1576 296.97 296.97

297.08 0.008369 2.28 1235.02 304.48 0.32

1.613.976 1576 290.41 296.89

296.92 0.001902 1.23 2170.24 394.92 0.16

1.187.134 1576 289 296.85

296.87 0.000835 0.93 2928.05 442.77 0.11

8.937.677 1576 289 296.8

296.82 0.001106 1.09 2674.16 441.23 0.12

6.035.343 1576 289 296.67

296.72 0.002282 1.55 1840.31 320.43 0.18

2.651.813 1576 289 296.57

296.63 0.002476 1.6 1741.5 299.96 0.19

0 1576 289 296.46 291.1 296.5 0.002004 1.42 1946.55 329.02 0.17

Page 134: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

132

APÊNDICE C- Modelagem hidráulica - Perfil TIN 30 ST 2

River Sta Q Total

(m³/s)

Min Ch

El (m)

W.S.El

(m)

Crit

W.S.(m)

E.G. El

(m)

E.G. Slope

(m/m)

Vel

(m/s)

Flow Area

(m²)

Top Width

(m) Froude

5903.36 1576 300 313.67 313.72 0.00073 1.28 2024.25 228.65 0.11

5894.40* 1576 300 313.67 313.71 0.00064 1.2 2165.39 232.88 0.1

5885.45* 1576 300 313.67 313.7 0.00055 1.12 2314.53 237.98 0.1

5876.49* 1576 300 313.66 313.7 0.00048 1.04 2471.21 243.6 0.09

5.867.542 1576 300 313.66 313.69 0.00042 0.97 2635.38 249.57 0.08

5859.54* 1576 300 313.66 313.69 0.00044 0.99 2592.13 249.13 0.09

5851.55* 1576 300 313.65 313.68 0.00046 1.02 2547.98 248.35 0.09

5843.55* 1576 300 313.65 313.68 0.00048 1.04 2503.15 247.16 0.09

5.835.565 1576 300 313.64 313.67 0.0005 1.06 2457.93 245.44 0.09

5826.32* 1576 300 313.63 313.67 0.00051 1.08 2434.89 243.93 0.09

5817.09* 1576 300 313.63 313.66 0.00053 1.09 2413.3 242.81 0.09

5.807.852 1576 300 313.62 313.66 0.00054 1.11 2393.15 241.78 0.1

5798.42* 1576 300 313.61 313.65 0.00055 1.12 2375.56 239.08 0.1

5.789.002 1576 300 313.61 313.64 0.00056 1.12 2360.38 235.92 0.1

5780.48* 1576 300 313.6 313.64 0.00055 1.11 2380.37 237.65 0.1

5771.97* 1576 300 313.6 313.63 0.00054 1.1 2400.8 239.46 0.1

5763.45* 1576 300 313.59 313.63 0.00053 1.1 2421.76 241.35 0.09

5.754.944 1576 300 313.59 313.62 0.00053 1.09 2443.12 243.33 0.09

5746.11* 1576 300 313.59 313.62 0.00049 1.05 2542.14 253.12 0.09

5737.28* 1576 300 313.59 313.61 0.00046 1.02 2654.73 262.93 0.09

5728.46* 1576 300 313.58 313.61 0.00042 0.97 2780.51 272.83 0.08

5.719.634 1576 300 313.58 313.6 0.00038 0.93 2919.44 282.87 0.08

5710.69* 1576 300 313.58 313.6 0.00037 0.91 2986.95 290.44 0.08

5701.75* 1576 300 313.58 313.6 0.00036 0.89 3060.54 296.99 0.08

5692.81* 1576 300 313.58 313.6 0.00034 0.87 3140.25 303.32 0.08

5683.87 1576 300 313.58 313.59 0.00032 0.85 3226.03 309.83 0.07

5676.28* 1576 300 313.57 313.59 0.00031 0.83 3282.8 311.33 0.07

5668.70* 1576 300 313.57 313.59 0.0003 0.82 3340.52 312.74 0.07

5661.12 1576 300 313.57 313.59 0.00028 0.8 3399.15 314.09 0.07

5652.70* 1576 300 313.57 313.58 0.00028 0.79 3415.18 316 0.07

5644.29* 1576 300 313.57 313.58 0.00028 0.79 3431.47 317.93 0.07

5.635.884 1576 300 313.56 313.58 0.00028 0.79 3448.06 319.89 0.07

5629.15* 1576 300 313.56 313.58 0.00028 0.79 3447.22 320.48 0.07

5622.42* 1576 300 313.56 313.57 0.00028 0.79 3451.39 320.96 0.07

5.615.693 1576 300 313.56 313.57 0.00027 0.78 3460.19 321.73 0.07

5606.59* 1576 300 313.55 313.57 0.00028 0.79 3439.24 320.35 0.07

5.597.492 1576 300 313.55 313.57 0.00028 0.79 3427.25 317.33 0.07

5590.32* 1576 300 313.55 313.56 0.00028 0.79 3409.64 317.1 0.07

Page 135: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

133

5583.16* 1576 300 313.55 313.56 0.00028 0.79 3399.32 317.2 0.07

5.575.998 1576 300 313.54 313.56 0.00028 0.8 3396.28 317.21 0.07

5567.58* 1576 300 313.54 313.56 0.00029 0.81 3351.74 316.2 0.07

5.559.171 1576 300 313.54 313.55 0.0003 0.82 3307.25 314.14 0.07

5551.59* 1576 300 313.53 313.55 0.00031 0.83 3266.8 312.67 0.07

5.544.027 1576 300 313.53 313.55 0.00032 0.84 3235.45 311.39 0.07

5536.72* 1576 300 313.53 313.54 0.00033 0.86 3176.8 307.96 0.07

5529.41* 1576 300 313.52 313.54 0.00034 0.87 3121.48 303.97 0.08

5.522.112 1576 300 313.52 313.54 0.00035 0.89 3071.43 298.74 0.08

5513.71* 1576 300 313.52 313.54 0.00036 0.9 3032.27 297.8 0.08

5.505.325 1576 300 313.51 313.53 0.00038 0.92 3003.56 300.98 0.08

5497.33* 1576 300 313.51 313.53 0.00037 0.91 3027.64 303.82 0.08

5489.34* 1576 300 313.51 313.53 0.00037 0.91 3053.59 307.11 0.08

5.481.356 1576 300 313.5 313.52 0.00037 0.91 3080.88 310.74 0.08

5473.36* 1576 300 313.5 313.52 0.00036 0.9 3105.95 313.06 0.08

5465.36* 1576 300 313.5 313.52 0.00036 0.89 3131.95 315.4 0.08

5457.37* 1576 300 313.49 313.51 0.00035 0.89 3158.85 317.75 0.08

5.449.382 1576 300 313.49 313.51 0.00035 0.88 3186.67 320.11 0.08

5440.07* 1576 300 313.49 313.51 0.00035 0.88 3198.85 321.92 0.08

5430.77* 1576 300 313.48 313.5 0.00034 0.87 3211.49 323.91 0.08

5421.46* 1576 300 313.48 313.5 0.00034 0.87 3224.71 326.16 0.08

5.412.165 1576 300 313.48 313.5 0.00034 0.87 3238.53 328.73 0.08

5403.59* 1576 300 313.48 313.49 0.00032 0.85 3292.46 329.01 0.07

5395.02* 1576 300 313.47 313.49 0.00031 0.82 3346.77 328.94 0.07

5.386.456 1576 300 313.47 313.49 0.00029 0.8 3401.18 328.64 0.07

5378.52* 1576 300 313.47 313.49 0.00028 0.79 3481.81 336.43 0.07

5370.6* 1576 300 313.47 313.48 0.00027 0.77 3579.35 344.23 0.07

5.362.672 1576 300 313.47 313.48 0.00025 0.75 3686.49 349.26 0.07

5354.49* 1576 300 313.47 313.48 0.00024 0.73 3810.1 358.99 0.06

5.346.315 1576 300 313.47 313.48 0.00022 0.7 3952.73 368.73 0.06

5337.92* 1576 300 313.47 313.48 0.00021 0.68 4081.85 377.91 0.06

5329.53* 1576 300 313.46 313.47 0.00019 0.65 4222.13 385.52 0.06

5.321.142 1576 300 313.46 313.47 0.00018 0.63 4371.11 392.14 0.05

5312.98* 1576 300 313.46 313.47 0.00017 0.61 4457.06 398.5 0.05

5304.83* 1576 300 313.46 313.47 0.00016 0.6 4547.02 404.85 0.05

5296.68* 1576 300 313.46 313.47 0.00016 0.59 4641.03 411.4 0.05

5.288.527 1576 300 313.46 313.46 0.00015 0.58 4739.27 418.1 0.05

5280.47* 1576 300 313.46 313.46 0.00016 0.6 4610.99 413.05 0.05

5272.41* 1576 300 313.45 313.46 0.00017 0.62 4486.74 408.53 0.05

5.264.365 1576 300 313.45 313.46 0.00019 0.64 4366.44 403.83 0.06

5254.36* 1576 300 313.45 313.46 0.00026 0.76 3847.46 386.98 0.07

5244.36* 1576 300 313.44 313.45 0.00036 0.89 3361.15 365.88 0.08

5234.36* 1576 300 313.43 313.45 0.00046 1.01 2935.45 326.02 0.09

Page 136: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

134

5.224.366 1576 300 313.42 313.44 0.00053 1.08 2639.19 282.74 0.09

5215.35* 1576 300 313.4 313.44 0.00062 1.17 2448.79 270.41 0.1

5206.34* 1576 300 313.39 313.43 0.00072 1.26 2272.78 257.53 0.11

5197.33* 1576 300 313.38 313.43 0.00083 1.35 2112.69 244.09 0.12

5188.32* 1576 300 313.36 313.42 0.00093 1.43 1970.08 229.8 0.12

5179.31 1576 300 313.34 313.41 0.00103 1.5 1846.42 215.45 0.13

5169.67* 1576 300 313.32 313.39 0.00114 1.58 1739.03 200.15 0.14

5.160.037 1576 300 313.3 313.38 0.00123 1.64 1656.68 184.99 0.14

5150.17* 1576 300 313.29 313.37 0.00126 1.66 1643.83 184.64 0.15

5140.32* 1576 300 313.28 313.36 0.00128 1.67 1630.87 184.45 0.15

5130.46* 1576 300 313.26 313.34 0.00131 1.69 1617.94 184.39 0.15

5.120.603 1576 300 313.25 313.33 0.00134 1.71 1604.94 184.45 0.15

5111.8* 1576 300 313.24 313.32 0.00135 1.71 1605.28 185.81 0.15

5102.99* 1576 300 313.23 313.32 0.00135 1.71 1607.48 187.38 0.15

5094.19* 1576 300 313.22 313.31 0.00135 1.71 1611.63 189.17 0.15

5085.38* 1576 300 313.22 313.3 0.00135 1.7 1617.91 191.1 0.15

5076.58* 1576 300 313.21 313.29 0.00134 1.7 1626.37 193.2 0.15

5067.78* 1576 300 313.2 313.28 0.00133 1.69 1637.19 195.51 0.15

5.058.979 1576 300 313.19 313.27 0.00132 1.68 1650.43 197.34 0.15

5049.39* 1576 300 313.19 313.26 0.0012 1.61 1711.52 199 0.14

5039.81* 1576 300 313.19 313.25 0.0011 1.54 1772.64 200.66 0.14

5030.23* 1576 300 313.18 313.24 0.00102 1.48 1833.68 202.33 0.13

5.020.652 1576 300 313.18 313.23 0.00094 1.42 1894.7 204 0.13

5011.65* 1576 300 313.17 313.23 0.00091 1.4 1926.04 206.31 0.12

5002.65* 1576 300 313.17 313.22 0.00088 1.38 1957.84 208.63 0.12

4993.65* 1576 300 313.17 313.22 0.00085 1.35 1989.99 210.95 0.12

4984.64* 1576 300 313.16 313.21 0.00082 1.33 2022.63 213.29 0.12

4.975.649 1576 300 313.16 313.2 0.00079 1.31 2055.69 215.64 0.12

4966.65* 1576 300 313.14 313.19 0.00089 1.38 1937.57 207.49 0.12

4957.66* 1576 300 313.12 313.18 0.00098 1.45 1835.92 199.47 0.13

4948.67* 1576 300 313.1 313.17 0.00107 1.51 1749.75 192.35 0.13

4.939.683 1576 300 313.08 313.16 0.00114 1.56 1678.58 185.31 0.14

4930.37* 1576 300 313.07 313.15 0.00122 1.61 1635.46 181.95 0.14

4921.05* 1576 300 313.05 313.14 0.00131 1.67 1592.65 178.6 0.15

4911.74* 1576 300 313.04 313.13 0.00141 1.73 1550.2 175.26 0.15

4902.43* 1576 300 313.02 313.11 0.00152 1.8 1508.04 171.92 0.16

4893.12* 1576 300 313 313.1 0.00164 1.87 1466.21 168.6 0.17

4.883.807 1576 300 312.98 313.09 0.00178 1.94 1424.58 165.28 0.17

4873.95* 1576 300 312.97 313.07 0.0018 1.95 1425.52 165.17 0.17

4864.09* 1576 300 312.95 313.05 0.00181 1.96 1426.84 165.08 0.17

4854.23* 1576 300 312.93 313.04 0.00182 1.96 1428.54 165.01 0.17

4.844.379 1576 300 312.92 313.02 0.00184 1.97 1430.68 164.94 0.17

4835.63* 1576 300 312.89 313.01 0.00195 2.02 1379.35 162.18 0.18

Page 137: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

135

4826.89* 1576 300 312.87 312.99 0.00207 2.08 1330.01 159.45 0.19

4818.15* 1576 300 312.84 312.98 0.00219 2.13 1282.76 156.72 0.19

4.809.418 1576 300 312.81 312.96 0.00232 2.18 1237.56 154.02 0.2

4799.59* 1576 300 312.74 312.94 0.00297 2.39 1091.66 147.27 0.22

4789.77* 1576 300 312.64 312.9 0.00412 2.65 937.38 138.3 0.25

4.779.958 1576 300 312.49 312.85 0.00637 3.04 775.07 128.95 0.31

4770.45* 1576 300 312.4 312.79 0.00684 3.13 740.28 124.07 0.32

4760.94* 1576 300 312.31 312.73 0.00729 3.21 708.85 118.93 0.33

4751.43* 1576 300 312.22 312.66 0.0077 3.28 681.47 113.52 0.34

4741.93 1576 300 312.13 312.59 0.00809 3.34 658 108.55 0.34

4732.51* 1576 300 312.04 312.52 0.00835 3.38 649.38 107.87 0.35

4723.10* 1576 300 311.96 312.45 0.00862 3.42 640.51 107.16 0.35

4713.69* 1576 300 311.87 312.38 0.00893 3.47 631.32 106.44 0.36

4704.28* 1576 300 311.78 312.3 0.00926 3.52 621.78 105.67 0.37

4.694.874 1576 300 311.68 312.22 0.00963 3.57 611.89 104.87 0.37

4686.05* 1576 300 311.58 312.14 0.01004 3.63 602.3 104.15 0.38

4677.23* 1576 300 311.48 312.06 0.0105 3.71 592 103.35 0.39

4668.41* 1576 300 311.37 311.97 0.01102 3.78 581.1 102.48 0.4

4659.59* 1576 300 311.25 311.88 0.01162 3.87 569.42 101.51 0.41

4.650.771 1576 300 311.12 311.78 0.01231 3.96 556.92 100.46 0.42

4641.39* 1576 300 311.01 311.68 0.01274 4.01 556.76 102.34 0.43

4632.02* 1576 300 310.89 311.57 0.01321 4.06 556.12 104.22 0.43

4622.64* 1576 300 310.77 311.46 0.01375 4.12 554.97 106.11 0.44

4613.27* 1576 300 310.63 311.34 0.01437 4.18 553.19 107.98 0.45

4603.90* 1576 300 310.5 311.22 0.01506 4.25 550.75 109.84 0.46

4594.52* 1576 300 310.35 311.1 0.01587 4.32 547.42 111.66 0.47

4585.15* 1576 300 310.2 310.96 0.01685 4.41 542.73 113.38 0.48

4575.77* 1576 300 310.03 310.82 0.01802 4.51 536.52 114.97 0.5

4566.40* 1576 300 309.84 310.67 0.01949 4.63 528.21 116.38 0.52

4.557.031 1576 300 309.63 310.5 0.02139 4.78 517.01 117.48 0.54

4547.18* 1576 300 309.56 310.29 0.01786 4.47 568.15 124.13 0.5

4537.34* 1576 300 309.51 310.12 0.01475 4.15 626.28 130.44 0.46

4527.49* 1576 300 309.48 309.97 0.01212 3.84 690.14 136.33 0.42

4517.65* 1576 300 309.46 309.86 0.00999 3.55 758.91 142.52 0.38

4507.80* 1576 300 309.44 309.77 0.00826 3.27 832.47 148.91 0.35

4497.95* 1576 300 309.43 309.7 0.00685 3.02 910.65 155.46 0.32

4488.11* 1576 300 309.42 309.64 0.00571 2.78 993.42 162.17 0.29

4478.26* 1576 300 309.42 309.59 0.00478 2.56 1080.73 169.18 0.27

4.468.424 1576 300 309.41 309.56 0.00402 2.36 1172.74 176.36 0.25

4459.29* 1576 300 309.4 309.53 0.0037 2.26 1232.11 184.6 0.23

4450.16* 1576 300 309.39 309.51 0.00337 2.15 1296.74 192.93 0.22

4441.03* 1576 300 309.38 309.48 0.00305 2.05 1366.49 200.96 0.21

4431.90* 1576 300 309.38 309.47 0.00274 1.94 1441.17 208.87 0.2

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136

4422.77* 1576 300 309.37 309.45 0.00246 1.84 1520.63 216.65 0.19

4413.64* 1576 300 309.37 309.43 0.00219 1.73 1604.75 224.37 0.18

4.404.512 1576 300 309.36 309.42 0.00195 1.63 1693.41 232.01 0.17

4394.70* 1576 300 309.35 309.41 0.00179 1.56 1778.39 244.73 0.16

4384.89* 1576 300 309.34 309.39 0.00166 1.51 1871.43 261.26 0.16

4375.09* 1576 300 309.33 309.38 0.00153 1.44 1974.64 278.55 0.15

4365.28* 1576 300 309.32 309.36 0.00139 1.37 2088.83 296.14 0.14

4355.47* 1576 300 309.32 309.35 0.00125 1.3 2214.64 314.3 0.14

4.345.672 1576 300 309.31 309.34 0.00111 1.23 2352.78 333.02 0.13

4336.03* 1576 300 309.3 309.33 0.00104 1.19 2414.96 338.74 0.12

4326.40* 1576 300 309.3 309.32 0.00097 1.15 2486.07 345.02 0.12

4316.77* 1576 300 309.29 309.32 0.0009 1.11 2566.18 351.61 0.12

4307.13* 1576 300 309.29 309.31 0.00083 1.06 2655.25 358.19 0.11

4297.50* 1576 300 309.28 309.3 0.00076 1.01 2752.81 364.89 0.11

4287.86* 1576 300 309.28 309.3 0.00069 0.97 2859.06 371.78 0.1

4.278.235 1576 300 309.28 309.29 0.00062 0.92 2973.99 378.82 0.1

4269.29* 1576 300 309.27 309.29 0.00062 0.91 2995.42 382.95 0.1

4260.34* 1576 300 309.27 309.28 0.0006 0.9 3043.22 392.23 0.09

4251.40* 1576 300 309.26 309.28 0.00056 0.87 3134.65 399.01 0.09

4242.45* 1576 300 309.26 309.27 0.00051 0.83 3264.38 404.68 0.09

4.233.514 1576 300 309.26 309.27 0.00044 0.77 3432.63 410.09 0.08

4223.63* 1576 300 309.24 309.25 0.00043 0.76 3582.8 447.22 0.08

4213.75* 1576 300 309.23 309.24 0.00042 0.75 3918.21 558.91 0.08

4.203.876 1576 300 309.23 309.23 0.00011 0.38 7319.83 914.52 0.04

4194.56* 1576 300 309.23 309.23 0.0001 0.37 7446.97 918.45 0.04

4185.25* 1576 300 309.22 309.23 9.9E-05 0.36 7577.42 922.39 0.04

4175.93* 1576 300 309.22 309.23 9.4E-05 0.36 7711.15 926.32 0.04

4166.62* 1576 300 309.22 309.22 8.9E-05 0.35 7848.17 930.21 0.04

4.157.313 1576 300 309.22 309.22 8.5E-05 0.34 7988.43 934.03 0.04

4148.24* 1576 300 309.22 309.22 9.9E-05 0.36 7613.34 933.89 0.04

4139.18* 1576 300 309.22 309.22 0.00012 0.4 7235.41 933.35 0.04

4130.11* 1576 300 309.22 309.22 0.00014 0.43 6855.75 929.8 0.05

4121.04* 1576 300 309.21 309.22 0.00016 0.47 6475.23 927.46 0.05

4111.98* 1576 300 309.21 309.21 0.00019 0.51 6095.99 919.45 0.05

4.102.914 1576 300 309.21 309.21 0.00023 0.55 5722.88 905.2 0.06

4093.32* 1576 300 309.2 309.21 0.00029 0.62 5239.47 879.69 0.07

4083.73* 1576 300 309.2 309.2 0.00036 0.7 4774.39 856.98 0.07

4074.14* 1576 300 309.19 309.2 0.00046 0.78 4321.71 841.69 0.08

4064.54* 1576 300 309.18 309.19 0.00046 0.78 3937.89 709.8 0.08

4054.95* 1576 300 309.17 309.19 0.00048 0.8 3631.83 642.2 0.08

4.045.366 1576 300 309.17 309.18 0.00052 0.83 3367.9 574.86 0.09

4036.86* 1576 300 309.12 309.14 0.00064 0.92 3088.9 428.52 0.1

4028.36* 1576 300 309.07 309.09 0.00067 0.93 3012.64 414.02 0.1

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137

4.019.866 1576 300 309.02 309.04 0.00066 0.93 2935.77 380.96 0.1

4011.55* 1576 300 309 309.02 0.00069 0.95 2860.28 373.02 0.1

4003.23* 1576 300 308.99 309.01 0.00073 0.98 2785.84 364.99 0.1

3994.92* 1576 300 308.97 308.99 0.00078 1 2712.38 356.95 0.11

3.986.607 1576 300 308.95 308.97 0.00082 1.03 2639.85 348.9 0.11

3978.73* 1576 300 308.93 308.96 0.00085 1.05 2601.73 346.63 0.11

3970.85* 1576 300 308.92 308.94 0.00088 1.06 2565.76 343.16 0.11

3962.98* 1576 300 308.9 308.93 0.0009 1.08 2529.5 338.49 0.12

3.955.109 1576 300 308.89 308.91 0.00093 1.09 2490.17 332.45 0.12

3945.39* 1576 300 308.88 308.91 0.00092 1.08 2498.47 332.4 0.12

3935.67* 1576 300 308.87 308.9 0.00091 1.08 2513.36 333 0.12

3925.95* 1576 300 308.87 308.89 0.00089 1.07 2533.34 334.05 0.11

3916.23* 1576 300 308.86 308.88 0.00087 1.05 2557.43 335.41 0.11

3906.52* 1576 300 308.85 308.88 0.00085 1.04 2584.84 336.98 0.11

3.896.804 1576 300 308.85 308.87 0.00083 1.03 2614.97 338.68 0.11

3887.48* 1576 300 308.84 308.86 0.00079 1 2691.57 350.69 0.11

3878.16* 1576 300 308.84 308.86 0.00074 0.97 2783.57 362.48 0.1

3868.84* 1576 300 308.84 308.85 0.00068 0.93 2890.68 374.05 0.1

3859.52* 1576 300 308.83 308.85 0.00062 0.89 3012.55 385.42 0.1

3.850.204 1576 300 308.83 308.84 0.00056 0.84 3148.87 396.61 0.09

3841.52* 1576 300 308.83 308.84 0.00053 0.82 3228.01 405.11 0.09

3832.84* 1576 300 308.82 308.84 0.00051 0.8 3307.67 413.71 0.09

3824.16* 1576 300 308.82 308.83 0.00048 0.78 3387.83 422.39 0.08

3.815.484 1576 300 308.82 308.83 0.00046 0.76 3468.52 431.14 0.08

3805.89* 1576 300 308.81 308.82 0.00044 0.75 3558.58 447.04 0.08

3796.29* 1576 300 308.8 308.81 0.00043 0.74 3650.69 464.4 0.08

3786.70* 1576 300 308.8 308.81 0.00042 0.72 3746.2 484.37 0.08

3.777.115 1576 300 308.79 308.8 0.00041 0.71 3848.46 507.64 0.08

3768.25* 1576 300 308.79 308.8 0.00039 0.7 3927.71 517.89 0.08

3759.40* 1576 300 308.79 308.8 0.00037 0.69 4012.01 528.97 0.07

3750.54* 1576 300 308.79 308.79 0.00036 0.67 4102.84 542.28 0.07

3741.69* 1576 300 308.78 308.79 0.00034 0.66 4200.77 555.98 0.07

3732.83* 1576 300 308.78 308.79 0.00033 0.64 4305.4 568.62 0.07

3723.97* 1576 300 308.78 308.79 0.00031 0.62 4415.89 581.07 0.07

3.715.122 1576 300 308.78 308.78 0.00029 0.61 4532.46 593.61 0.07

3706.03* 1576 300 308.77 308.78 0.00029 0.6 4570.13 598.61 0.06

3696.93* 1576 300 308.77 308.78 0.00028 0.6 4608.91 603.74 0.06

3687.84* 1576 300 308.77 308.78 0.00028 0.59 4648.6 608.99 0.06

3678.75* 1576 300 308.77 308.78 0.00027 0.59 4689.08 614.34 0.06

3669.66* 1576 300 308.77 308.78 0.00027 0.58 4730.29 619.75 0.06

3660.57* 1576 300 308.77 308.78 0.00026 0.58 4772.11 625.16 0.06

3651.48* 1576 300 308.77 308.77 0.00026 0.57 4814.54 629.94 0.06

3642.38* 1576 300 308.77 308.77 0.00025 0.57 4857.62 634.46 0.06

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138

3633.29* 1576 300 308.77 308.77 0.00025 0.56 4901.55 638.35 0.06

3.624.206 1576 300 308.77 308.77 0.00024 0.55 4946.39 641.82 0.06

3615.01* 1576 300 308.76 308.77 0.00024 0.55 4997.27 651.91 0.06

3605.83* 1576 300 308.76 308.77 0.00024 0.54 5053.8 659.86 0.06

3596.64* 1576 300 308.76 308.77 0.00023 0.54 5114.64 665.86 0.06

3587.45* 1576 300 308.76 308.76 0.00022 0.53 5179.38 671.56 0.06

3578.27* 1576 300 308.76 308.76 0.00022 0.52 5247.95 677.13 0.06

3569.08* 1576 300 308.76 308.76 0.00021 0.51 5320.27 682.56 0.06

3559.89* 1576 300 308.75 308.76 0.0002 0.5 5396.18 687.67 0.05

3550.70* 1576 300 308.75 308.76 0.0002 0.49 5475.55 692.59 0.05

3541.52* 1576 300 308.75 308.76 0.00019 0.49 5558.25 697.25 0.05

3532.33* 1576 300 308.75 308.75 0.00018 0.48 5644.29 701.81 0.05

3.523.146 1576 300 308.75 308.75 0.00017 0.47 5733.48 706.27 0.05

3513.88* 1576 300 308.75 308.75 0.00017 0.46 5779.32 715.6 0.05

3504.62* 1576 300 308.75 308.75 0.00017 0.46 5829.62 724.87 0.05

3495.36* 1576 300 308.75 308.75 0.00017 0.46 5884.42 734.08 0.05

3486.09* 1576 300 308.74 308.75 0.00017 0.45 5943.79 743.01 0.05

3476.83* 1576 300 308.74 308.75 0.00016 0.45 6007.92 751.85 0.05

3467.57* 1576 300 308.74 308.75 0.00016 0.45 6076.81 760.65 0.05

3458.31* 1576 300 308.74 308.75 0.00016 0.44 6150.55 769.42 0.05

3449.04* 1576 300 308.74 308.74 0.00015 0.43 6229.19 778.08 0.05

3439.78* 1576 300 308.74 308.74 0.00015 0.43 6312.83 786.61 0.05

3430.52* 1576 300 308.74 308.74 0.00014 0.42 6401.64 795.02 0.05

3421.26* 1576 300 308.74 308.74 0.00014 0.41 6495.69 803.15 0.04

3412.* 1576 300 308.74 308.74 0.00013 0.41 6595.2 811.33 0.04

3.402.738 1576 300 308.74 308.74 0.00013 0.4 6700.04 819.61 0.04

3393.60* 1576 300 308.73 308.74 0.00013 0.4 6805.63 837.73 0.04

3384.47* 1576 300 308.73 308.74 0.00012 0.39 6921.92 858.05 0.04

3375.33* 1576 300 308.73 308.74 0.00012 0.39 7053.15 881.44 0.04

3366.20* 1576 300 308.73 308.73 0.00012 0.38 7206.46 909.53 0.04

3357.07* 1576 300 308.73 308.73 0.00011 0.37 7391.72 936.86 0.04

3347.93* 1576 300 308.73 308.73 0.0001 0.36 7598.37 955.13 0.04

3338.80* 1576 300 308.73 308.73 9.7E-05 0.35 7821.06 972.32 0.04

3329.67* 1576 300 308.73 308.73 0.00009 0.34 8058.7 988.68 0.04

3320.53* 1576 300 308.73 308.73 8.3E-05 0.32 8310.22 1005.26 0.03

3.311.405 1576 300 308.73 308.73 7.7E-05 0.31 8577.37 1026.75 0.03

3301.88* 1576 300 308.73 308.73 8.1E-05 0.32 8435.77 1025.71 0.03

3292.35* 1576 300 308.73 308.73 8.4E-05 0.32 8358.72 1027.97 0.03

3282.83* 1576 300 308.72 308.73 8.3E-05 0.32 8355.72 1016.06 0.03

3.273.312 1576 300 308.72 308.72 0.00008 0.32 8390.57 1002.14 0.03

3263.43* 1576 300 308.72 308.72 0.00008 0.32 8397.82 1004.17 0.03

3253.56* 1576 300 308.72 308.72 0.00008 0.32 8409.23 1007.01 0.03

3243.69* 1576 300 308.72 308.72 0.00008 0.32 8426.21 1010.83 0.03

Page 141: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

139

3233.81* 1576 300 308.72 308.72 0.00008 0.32 8450.94 1016.35 0.03

3223.94* 1576 300 308.72 308.72 0.00008 0.31 8487.51 1024.48 0.03

3214.07* 1576 300 308.72 308.72 7.9E-05 0.31 8543.58 1034.96 0.03

3204.19* 1576 300 308.72 308.72 7.7E-05 0.31 8617 1040.54 0.03

3194.32* 1576 300 308.72 308.72 7.5E-05 0.31 8703.51 1046.21 0.03

3184.45* 1576 300 308.72 308.72 7.3E-05 0.3 8802.93 1052 0.03

3.174.577 1576 300 308.72 308.72 7.1E-05 0.3 8915.05 1057.94 0.03

3164.81* 1576 300 308.72 308.72 0.00011 0.37 7720.94 1055.01 0.04

3155.05* 1576 300 308.71 308.72 0.00019 0.49 6520.37 1052.07 0.05

3145.29* 1576 300 308.71 308.72 0.00028 0.59 5464.25 916.64 0.06

3135.53* 1576 300 308.71 308.71 0.00034 0.65 4858.45 792.51 0.07

3125.77* 1576 300 308.7 308.71 0.00038 0.69 4481.49 694.23 0.07

3.116.013 1576 300 308.7 308.71 0.00041 0.71 4246.82 639.27 0.08

3106.68* 1576 300 308.7 308.7 0.00044 0.74 4064.47 609.51 0.08

3097.35* 1576 300 308.69 308.7 0.00047 0.76 3927.44 585.61 0.08

3088.01* 1576 300 308.69 308.7 0.00049 0.78 3829.63 567.66 0.08

3078.68* 1576 300 308.68 308.69 0.00049 0.78 3766.18 547.52 0.08

3069.35* 1576 300 308.68 308.69 0.00049 0.78 3730.53 536.14 0.08

3060.02* 1576 300 308.68 308.69 0.00049 0.78 3714.15 528.13 0.08

3050.69* 1576 300 308.67 308.68 0.00049 0.78 3714.39 521.91 0.08

3041.36* 1576 300 308.67 308.68 0.00048 0.77 3728.2 517.9 0.08

3032.03 1576 300 308.66 308.67 0.00047 0.76 3753.73 515.86 0.08

3022.05* 1576 300 308.66 308.67 0.00047 0.76 3747.85 519.29 0.08

3012.08* 1576 300 308.66 308.67 0.00048 0.77 3747.4 523.04 0.08

3002.11* 1576 300 308.65 308.66 0.00048 0.77 3752.54 527.09 0.08

2992.13* 1576 300 308.65 308.66 0.00048 0.77 3763.19 531.94 0.08

2982.16* 1576 300 308.65 308.66 0.00048 0.77 3779.58 537.08 0.08

2972.19* 1576 300 308.64 308.65 0.00047 0.76 3802.2 542.5 0.08

2962.21* 1576 300 308.64 308.65 0.00047 0.76 3831.96 548.29 0.08

2952.24* 1576 300 308.64 308.65 0.00046 0.75 3868.04 553.92 0.08

2942.27* 1576 300 308.63 308.64 0.00045 0.74 3909.8 560.18 0.08

2932.29* 1576 300 308.63 308.64 0.00044 0.74 3957.15 566.56 0.08

2922.32* 1576 300 308.63 308.64 0.00043 0.72 4010.57 571.34 0.08

2912.35* 1576 300 308.62 308.63 0.00041 0.71 4071.44 575.42 0.08

2902.37* 1576 300 308.62 308.63 0.0004 0.7 4138.78 581.46 0.08

2892.40* 1576 300 308.62 308.63 0.00038 0.68 4211.58 588.09 0.07

2882.43* 1576 300 308.62 308.63 0.00036 0.67 4289.45 595.21 0.07

2872.45* 1576 300 308.62 308.62 0.00035 0.65 4372.14 602.75 0.07

2862.48* 1576 300 308.61 308.62 0.00033 0.64 4459.5 610.59 0.07

2852.51* 1576 300 308.61 308.62 0.00032 0.62 4551.72 619.46 0.07

2842.54* 1576 300 308.61 308.62 0.0003 0.61 4649.6 629.94 0.07

2.832.567 1576 300 308.61 308.61 0.00029 0.59 4753.04 639.56 0.06

2822.68* 1576 300 308.6 308.61 0.00029 0.6 4729.15 640.47 0.07

Page 142: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

140

2812.81* 1576 300 308.6 308.61 0.0003 0.6 4707.88 641.67 0.07

2802.93* 1576 300 308.6 308.6 0.0003 0.61 4689.45 643.2 0.07

2793.05* 1576 300 308.59 308.6 0.00031 0.61 4674.06 645.08 0.07

2783.17* 1576 300 308.59 308.6 0.00031 0.61 4661.9 647.36 0.07

2773.30* 1576 300 308.59 308.59 0.00031 0.62 4653.36 650.12 0.07

2763.42* 1576 300 308.58 308.59 0.00031 0.62 4648.78 653.41 0.07

2753.54* 1576 300 308.58 308.59 0.00032 0.62 4648.53 657.32 0.07

2743.66* 1576 300 308.58 308.58 0.00032 0.62 4652.87 659.86 0.07

2733.79* 1576 300 308.57 308.58 0.00032 0.62 4661.41 662.04 0.07

2723.91* 1576 300 308.57 308.58 0.00032 0.62 4674.37 665 0.07

2714.03* 1576 300 308.57 308.57 0.00031 0.62 4692.24 669.34 0.07

2704.15* 1576 300 308.56 308.57 0.00031 0.62 4717.29 675.77 0.07

2694.28* 1576 300 308.56 308.56 0.00031 0.61 4750.59 679.89 0.07

2684.40* 1576 300 308.56 308.56 0.0003 0.61 4792.15 685.97 0.07

2674.52* 1576 300 308.55 308.56 0.0003 0.6 4844.9 698.93 0.07

2664.64* 1576 300 308.55 308.55 0.00029 0.6 4911.31 710.43 0.06

2654.77* 1576 300 308.54 308.55 0.00028 0.59 4993.63 726.92 0.06

2644.89* 1576 300 308.54 308.55 0.00028 0.58 5103.03 754.48 0.06

2635.01* 1576 300 308.54 308.54 0.00026 0.56 5234.77 761.32 0.06

2625.13* 1576 300 308.54 308.54 0.00024 0.54 5375.88 767.8 0.06

2615.26* 1576 300 308.53 308.54 0.00022 0.52 5525.53 773.96 0.06

2605.38* 1576 300 308.53 308.53 0.00021 0.5 5683.02 779.86 0.05

2595.50* 1576 300 308.53 308.53 0.00019 0.48 5847.64 785.52 0.05

2585.62* 1576 300 308.53 308.53 0.00018 0.46 6019.03 790.98 0.05

2.575.749 1576 300 308.52 308.53 0.00016 0.44 6196.63 796.27 0.05

2565.87* 1576 300 308.52 308.52 0.00015 0.43 6337.98 817.37 0.05

2555.99* 1576 300 308.51 308.52 0.00015 0.42 6482.34 839.12 0.05

2546.11* 1576 300 308.51 308.51 0.00014 0.41 6630.12 861.35 0.05

2536.23* 1576 300 308.5 308.51 0.00014 0.41 6781.6 884.25 0.04

2526.35* 1576 300 308.5 308.5 0.00013 0.4 6937.35 907.9 0.04

2516.47* 1576 300 308.5 308.5 0.00013 0.39 7097.92 932.47 0.04

2506.59* 1576 300 308.49 308.5 0.00012 0.38 7263.99 958.09 0.04

2496.71* 1576 300 308.49 308.49 0.00012 0.37 7436.48 985 0.04

2486.83* 1576 300 308.49 308.49 0.00011 0.37 7616.58 1013.47 0.04

2476.95* 1576 300 308.48 308.49 0.00011 0.36 7805.75 1043.85 0.04

2467.07* 1576 300 308.48 308.48 0.0001 0.35 8006.07 1076.58 0.04

2457.19* 1576 300 308.48 308.48 9.8E-05 0.34 8220.34 1112.31 0.04

2447.31* 1576 300 308.48 308.48 9.3E-05 0.33 8447.85 1139.25 0.04

2437.43* 1576 300 308.47 308.48 8.8E-05 0.32 8686.6 1170.15 0.04

2427.55* 1576 300 308.47 308.47 8.3E-05 0.31 8937.59 1200.17 0.03

2417.67* 1576 300 308.47 308.47 7.8E-05 0.31 9201.11 1230.58 0.03

2407.79* 1576 300 308.47 308.47 7.3E-05 0.3 9477.62 1261.37 0.03

2397.91* 1576 300 308.47 308.47 6.8E-05 0.29 9767.52 1292.45 0.03

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141

2388.03* 1576 300 308.47 308.47 6.4E-05 0.28 10071.4 1323.94 0.03

2378.15* 1576 300 308.46 308.47 5.9E-05 0.27 10389.5 1355.75 0.03

2368.28* 1576 300 308.46 308.46 5.5E-05 0.26 10722.4 1387.85 0.03

2358.4* 1576 300 308.46 308.46 5.1E-05 0.25 11070.2 1420.24 0.03

2.348.521 1576 300 308.46 308.46 4.7E-05 0.24 11433.4 1452.91 0.03

2338.58* 1576 300 308.46 308.46 4.8E-05 0.24 11401.4 1453.37 0.03

2328.65* 1576 300 308.46 308.46 4.8E-05 0.24 11372.4 1454.4 0.03

2318.72* 1576 300 308.46 308.46 4.9E-05 0.24 11346.6 1455.35 0.03

2308.79* 1576 300 308.46 308.46 4.9E-05 0.24 11323.8 1455.62 0.03

2298.85* 1576 300 308.46 308.46 4.9E-05 0.24 11303.9 1455.48 0.03

2288.92* 1576 300 308.45 308.46 4.9E-05 0.24 11286.4 1455.03 0.03

2278.99* 1576 300 308.45 308.45 0.00005 0.24 11271.2 1454.21 0.03

2269.06* 1576 300 308.45 308.45 0.00005 0.24 11258.2 1453.16 0.03

2259.12* 1576 300 308.45 308.45 0.00005 0.24 11247.2 1451.85 0.03

2249.19* 1576 300 308.45 308.45 0.00005 0.24 11238.2 1450.31 0.03

2239.26* 1576 300 308.45 308.45 0.00005 0.24 11230.9 1448.55 0.03

2229.32* 1576 300 308.45 308.45 0.00005 0.24 11225.5 1446.59 0.03

2219.39* 1576 300 308.45 308.45 0.00005 0.24 11221.5 1444.39 0.03

2209.46* 1576 300 308.45 308.45 0.00005 0.24 11219.2 1442.04 0.03

2199.53* 1576 300 308.44 308.45 0.00005 0.24 11218.6 1439.49 0.03

2189.59* 1576 300 308.44 308.44 0.00005 0.24 11219.3 1436.71 0.03

2179.66* 1576 300 308.44 308.44 4.9E-05 0.24 11221.5 1433.72 0.03

2169.73* 1576 300 308.44 308.44 4.9E-05 0.24 11225 1430.5 0.03

2159.8 1576 300 308.44 308.44 4.9E-05 0.24 11230 1427.11 0.03

2150.08* 1576 300 308.44 308.44 5.2E-05 0.25 10932.4 1396.49 0.03

2140.36* 1576 300 308.44 308.44 5.5E-05 0.26 10640.1 1365.82 0.03

2130.64* 1576 300 308.44 308.44 5.9E-05 0.26 10353.3 1335.13 0.03

2120.92* 1576 300 308.44 308.44 6.2E-05 0.27 10071.7 1304.43 0.03

2111.20* 1576 300 308.43 308.44 6.6E-05 0.28 9795.38 1273.59 0.03

2101.48* 1576 300 308.43 308.43 0.00007 0.29 9524.15 1242.55 0.03

2091.76* 1576 300 308.43 308.43 7.5E-05 0.3 9257.92 1211.55 0.03

2082.04* 1576 300 308.43 308.43 7.9E-05 0.31 8996.65 1180.4 0.03

2072.32* 1576 300 308.43 308.43 8.4E-05 0.32 8740.18 1149.39 0.03

2062.60* 1576 300 308.42 308.43 8.9E-05 0.33 8488.51 1118.39 0.04

2052.88* 1576 300 308.42 308.42 9.5E-05 0.34 8241.53 1087.39 0.04

2043.16* 1576 300 308.42 308.42 0.0001 0.35 7999.47 1054.32 0.04

2033.44* 1576 300 308.42 308.42 0.00011 0.36 7762.77 1022.48 0.04

2023.72* 1576 300 308.41 308.41 0.00011 0.37 7530.22 991.42 0.04

2014.00* 1576 300 308.41 308.41 0.00012 0.38 7301.61 960.47 0.04

2.004.284 1576 300 308.4 308.41 0.00013 0.39 7076.63 929.72 0.04

1994.32* 1576 300 308.4 308.41 0.00015 0.42 6660.25 913.3 0.05

1984.36* 1576 300 308.4 308.4 0.00018 0.46 6271.42 886.18 0.05

1974.40* 1576 300 308.4 308.4 0.00021 0.49 5922.72 861.58 0.05

Page 144: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

142

1964.44* 1576 300 308.39 308.4 0.00024 0.53 5608.59 840.56 0.06

1954.48* 1576 300 308.39 308.4 0.00027 0.57 5323.29 820.37 0.06

1944.52* 1576 300 308.39 308.39 0.00031 0.6 5066.14 799.63 0.07

1934.56* 1576 300 308.38 308.39 0.00032 0.62 4859.21 747.75 0.07

1924.60* 1576 300 308.38 308.38 0.00034 0.63 4707.06 709.73 0.07

1914.64* 1576 300 308.37 308.38 0.00035 0.64 4588.27 682.81 0.07

1904.68* 1576 300 308.37 308.38 0.00036 0.65 4492.96 659.66 0.07

1894.72* 1576 300 308.36 308.37 0.00036 0.65 4420.73 631.77 0.07

1884.76* 1576 300 308.36 308.37 0.00036 0.65 4368.25 611.55 0.07

1874.80* 1576 300 308.35 308.36 0.00036 0.65 4328.5 600.05 0.07

1864.84* 1576 300 308.35 308.36 0.00036 0.65 4296.36 591.52 0.07

1.854.885 1576 300 308.35 308.35 0.00036 0.65 4271.02 584.1 0.07

1844.99* 1576 300 308.34 308.35 0.00041 0.69 4083.48 571.97 0.08

1835.11* 1576 300 308.33 308.34 0.00045 0.73 3913.5 560.72 0.08

1825.22* 1576 300 308.33 308.34 0.0005 0.77 3762.29 549.97 0.08

1815.33* 1576 300 308.32 308.33 0.00055 0.8 3632.18 541.32 0.09

1805.45* 1576 300 308.31 308.33 0.00059 0.83 3522.94 531.36 0.09

1795.56* 1576 300 308.31 308.32 0.00062 0.85 3438.04 517.31 0.09

1785.67* 1576 300 308.3 308.31 0.00064 0.86 3372.74 505.31 0.1

1775.79* 1576 300 308.29 308.3 0.00065 0.87 3320.55 494.08 0.1

1765.90* 1576 300 308.28 308.3 0.00066 0.88 3277.9 483.31 0.1

1756.01* 1576 300 308.27 308.29 0.00067 0.88 3242.45 472.84 0.1

1.746.132 1576 300 308.27 308.28 0.00067 0.88 3212.91 462.77 0.1

1736.65* 1576 300 308.26 308.28 0.0007 0.9 3173.96 462.05 0.1

1727.18* 1576 300 308.26 308.27 0.00072 0.91 3139.89 461.69 0.1

1717.70* 1576 300 308.26 308.27 0.00074 0.92 3111.32 461.85 0.1

1708.22* 1576 300 308.25 308.27 0.00076 0.93 3088.79 462.71 0.1

1698.75* 1576 300 308.25 308.26 0.00077 0.94 3073.27 463.41 0.1

1689.27* 1576 300 308.25 308.26 0.00077 0.94 3064.32 463.23 0.11

1679.80* 1576 300 308.24 308.26 0.00077 0.94 3062.01 463.04 0.1

1670.32* 1576 300 308.24 308.25 0.00077 0.94 3066.33 462.88 0.1

1660.84* 1576 300 308.24 308.25 0.00076 0.93 3077.26 462.52 0.1

1651.37* 1576 300 308.23 308.25 0.00074 0.92 3095.62 460.96 0.1

1641.89* 1576 300 308.23 308.24 0.00072 0.91 3120.97 460.21 0.1

1632.42* 1576 300 308.23 308.24 0.0007 0.9 3152.45 460.1 0.1

1622.94* 1576 300 308.22 308.24 0.00067 0.88 3189.39 460.45 0.1

1.613.469 1576 300 308.22 308.24 0.00064 0.86 3231.29 461.16 0.1

1603.80* 1576 300 308.22 308.23 0.00064 0.86 3254.05 467.86 0.1

1594.14* 1576 300 308.21 308.22 0.00064 0.86 3283.02 475.36 0.1

1584.48* 1576 300 308.21 308.22 0.00063 0.85 3319.41 483.92 0.09

1574.82* 1576 300 308.2 308.21 0.00062 0.84 3365.31 494.13 0.09

1565.16* 1576 300 308.2 308.21 0.00061 0.83 3424.61 507.63 0.09

1555.50* 1576 300 308.19 308.2 0.00058 0.82 3502.57 520.81 0.09

Page 145: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

143

1545.84* 1576 300 308.19 308.2 0.00055 0.79 3595.8 531.16 0.09

1536.18* 1576 300 308.18 308.19 0.00051 0.77 3703.7 541.98 0.09

1526.52* 1576 300 308.18 308.19 0.00048 0.74 3827.97 553.88 0.08

1516.86* 1576 300 308.17 308.18 0.00044 0.71 3970.24 566.65 0.08

1.507.205 1576 300 308.17 308.18 0.0004 0.68 4132.96 581.34 0.08

1498.28* 1576 300 308.16 308.17 0.0004 0.68 4178.17 604.3 0.08

1489.36* 1576 300 308.15 308.16 0.0004 0.67 4288.13 636.53 0.08

1480.44* 1576 300 308.15 308.15 0.00037 0.65 4526.47 692.24 0.07

1471.52* 1576 300 308.14 308.15 0.00029 0.57 5309.76 852.76 0.06

1.462.599 1576 300 308.14 308.14 0.00014 0.4 6584.85 849.91 0.05

1.452.963 1576 300 308.14 308.14 0.00011 0.36 7331.98 933.26 0.04

1446.25* 1576 300 308.13 308.14 8.5E-05 0.31 8913.55 1213.71 0.03

1.439.553 1576 300 308.13 308.13 6.7E-05 0.28 10203.3 1439.3 0.03

1432.56* 1576 300 308.13 308.13 3.9E-05 0.21 13288.9 1826.52 0.02

1.425.575 1576 300 308.13 308.13 0.00002 0.15 17423.7 2176.26 0.02

1418.88* 1576 300 308.13 308.13 1.9E-05 0.14 18172.8 2269.52 0.02

1.412.193 1576 300 308.13 308.13 1.7E-05 0.14 18925.8 2363.17 0.02

1403.86* 1576 300 308.13 308.13 2.1E-05 0.15 17490 2271.07 0.02

1395.54* 1576 300 308.13 308.13 2.4E-05 0.16 16373.5 2117.84 0.02

1387.22* 1576 300 308.13 308.13 2.6E-05 0.17 15654.1 1999.17 0.02

1.378.898 1576 300 308.13 308.13 2.7E-05 0.18 15058.8 1910.8 0.02

1369.67* 1576 300 308.13 308.13 2.7E-05 0.18 15144.7 1932.13 0.02

1360.45* 1576 300 308.13 308.13 2.7E-05 0.18 15285.2 1966.88 0.02

1351.23* 1576 300 308.13 308.13 2.7E-05 0.17 15561.5 2030.63 0.02

1342.01* 1576 300 308.13 308.13 2.5E-05 0.17 16028.3 2065.45 0.02

1.332.788 1576 300 308.13 308.13 2.2E-05 0.16 16591.1 2085.4 0.02

1322.82* 1576 300 308.13 308.13 0.00003 0.19 14820.9 1981.71 0.02

1312.87* 1576 300 308.13 308.13 4.2E-05 0.22 13173.4 1876.95 0.02

1302.91* 1576 300 308.13 308.13 5.8E-05 0.26 11653.1 1768.24 0.03

1292.95* 1576 300 308.13 308.13 6.8E-05 0.28 10418.8 1528.62 0.03

1282.99* 1576 300 308.13 308.13 7.4E-05 0.29 9584.96 1309.97 0.03

1273.03* 1576 300 308.12 308.13 8.4E-05 0.31 8896.25 1200.25 0.03

1.263.076 1576 300 308.12 308.13 9.6E-05 0.33 8267.98 1105.06 0.04

1253.60* 1576 300 308.12 308.12 0.00017 0.44 6459.44 953.98 0.05

1244.13* 1576 300 308.11 308.11 0.00029 0.57 5228.35 841.92 0.06

1234.66* 1576 300 308.09 308.1 0.00035 0.62 4579.68 681.35 0.07

1.225.191 1576 300 308.06 308.07 0.00044 0.7 3781.93 507.56 0.08

1216.86* 1576 300 308.06 308.07 0.00057 0.8 3402.86 477.71 0.09

1208.54* 1576 300 308.05 308.06 0.00068 0.87 3115.49 441.85 0.1

1.200.217 1576 300 308.04 308.06 0.00074 0.91 2943.52 407.36 0.1

1191.25* 1576 300 308.03 308.05 0.00079 0.94 2856.35 397.1 0.11

1182.28* 1576 300 308.03 308.05 0.00084 0.97 2770.68 386.82 0.11

1173.32* 1576 300 308.02 308.04 0.00089 1 2686.49 376.53 0.11

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144

1164.35* 1576 300 308.01 308.03 0.00095 1.03 2603.75 366.23 0.12

1155.39* 1576 300 308 308.02 0.00102 1.06 2522.44 355.92 0.12

1.146.426 1576 300 307.99 308.02 0.00109 1.1 2442.58 345.58 0.12

1138.09* 1576 300 307.98 308.01 0.0011 1.11 2427.92 343.5 0.12

1129.76* 1576 300 307.98 308 0.00112 1.11 2413.16 341.4 0.13

1121.43* 1576 300 307.97 307.99 0.00113 1.12 2398.33 339.31 0.13

1.113.109 1576 300 307.96 307.99 0.00115 1.13 2383.42 337.2 0.13

1104.68* 1576 300 307.95 307.98 0.00125 1.17 2299.2 328.91 0.13

1096.26* 1576 300 307.94 307.97 0.00135 1.22 2219.32 320.59 0.14

1087.84* 1576 300 307.93 307.96 0.00145 1.26 2143.75 312.22 0.14

1079.41* 1576 300 307.92 307.95 0.00156 1.31 2072.57 303.83 0.15

1070.99* 1576 300 307.91 307.94 0.00167 1.35 2005.79 295.38 0.15

1.062.572 1576 300 307.89 307.93 0.00178 1.39 1943.43 286.91 0.16

1053.57* 1576 300 307.87 307.91 0.002 1.47 1846.48 276.72 0.17

1044.58* 1576 300 307.84 307.89 0.00223 1.55 1757.01 266.69 0.18

1035.59* 1576 300 307.82 307.87 0.00247 1.63 1674.66 256.9 0.19

1026.59* 1576 300 307.78 307.85 0.00272 1.71 1599 247.45 0.2

1.017.605 1576 300 307.75 307.82 0.00298 1.78 1529.63 238.11 0.2

1008.59* 1576 300 307.73 307.8 0.00306 1.8 1510.53 235.87 0.21

999.592* 1576 300 307.71 307.78 0.00313 1.82 1492.68 233.44 0.21

990.586* 1576 300 307.69 307.76 0.00319 1.83 1476.05 230.79 0.21

981.58* 1576 300 307.67 307.75 0.00324 1.85 1460.85 227.91 0.21

972.573* 1576 300 307.65 307.73 0.0033 1.86 1446.91 225.5 0.21

9.635.675 1576 300 307.63 307.71 0.00334 1.87 1434.01 223.13 0.22

954.048* 1576 300 307.61 307.69 0.00313 1.8 1488.34 231.87 0.21

944.529* 1576 300 307.6 307.67 0.00291 1.74 1546.14 240.47 0.2

935.009* 1576 300 307.59 307.65 0.0027 1.67 1607.27 248.94 0.19

925.490* 1576 300 307.57 307.63 0.00249 1.6 1671.64 257.36 0.19

915.971* 1576 300 307.56 307.61 0.0023 1.54 1739.19 265.72 0.18

906.451* 1576 300 307.55 307.6 0.00211 1.47 1809.8 273.89 0.17

8.969.326 1576 300 307.54 307.59 0.00194 1.41 1883.34 281.89 0.16

888.012* 1576 300 307.53 307.57 0.00182 1.36 1949.39 291.5 0.16

879.092* 1576 300 307.53 307.56 0.0017 1.32 2017.6 301.07 0.15

870.172* 1576 300 307.52 307.55 0.00159 1.28 2088.06 311.14 0.15

861.252* 1576 300 307.51 307.54 0.00149 1.23 2161.37 322.39 0.14

852.332* 1576 300 307.5 307.53 0.0014 1.2 2238.24 334.95 0.14

8.434.122 1576 300 307.5 307.53 0.00132 1.16 2319.91 349.57 0.14

836.116* 1576 300 307.48 307.51 0.00123 1.12 2444.81 377.34 0.13

828.821* 1576 300 307.47 307.49 0.00105 1.03 2614.07 393.41 0.12

8.215.264 1576 300 307.46 307.48 0.00088 0.94 2813.79 408.56 0.11

812.11* 1576 300 307.45 307.47 0.00085 0.92 2866.31 417.01 0.11

802.693* 1576 300 307.44 307.45 0.00082 0.91 2924.02 425.8 0.11

7.932.771 1576 300 307.43 307.44 0.00078 0.89 2987.51 435.04 0.1

Page 147: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

145

784.144* 1576 300 307.42 307.44 0.00077 0.88 3024.77 441.69 0.1

775.012* 1576 300 307.42 307.43 0.00075 0.87 3066.16 448.22 0.1

765.879* 1576 300 307.41 307.43 0.00073 0.85 3111.62 454.67 0.1

756.747* 1576 300 307.41 307.42 0.0007 0.84 3161.03 461.02 0.1

747.614* 1576 300 307.41 307.42 0.00068 0.82 3214.3 467.2 0.1

7.384.825 1576 300 307.4 307.42 0.00065 0.81 3271.28 473.25 0.09

729.753* 1576 300 307.4 307.41 0.00065 0.81 3289.14 477.81 0.09

721.023* 1576 300 307.39 307.4 0.00064 0.8 3320.17 482.14 0.09

712.294* 1576 300 307.38 307.4 0.00062 0.78 3364.26 486.01 0.09

7.035.645 1576 300 307.38 307.39 0.00059 0.77 3421.04 489.6 0.09

695.893* 1576 300 307.37 307.38 0.0006 0.78 3382.8 484.8 0.09

688.221* 1576 300 307.37 307.38 0.00062 0.78 3345.14 480.03 0.09

680.550* 1576 300 307.36 307.37 0.00063 0.79 3308.02 475.21 0.09

6.728.792 1576 300 307.35 307.37 0.00065 0.8 3271.56 470.33 0.09

664.538* 1576 300 307.35 307.36 0.0007 0.83 3174.51 462.96 0.1

656.197* 1576 300 307.34 307.35 0.00074 0.85 3095 455.05 0.1

647.855* 1576 300 307.33 307.35 0.00077 0.87 3034.71 446.35 0.1

6.395.148 1576 300 307.32 307.34 0.00078 0.88 2993.48 438.31 0.1

630.068* 1576 300 307.31 307.33 0.0009 0.94 2815.3 418.91 0.11

6.206.214 1576 300 307.29 307.31 0.001 0.99 2679.97 399.86 0.12

611.732* 1576 300 307.28 307.3 0.00106 1.02 2610.42 391.76 0.12

602.843* 1576 300 307.27 307.29 0.00112 1.04 2546.84 383.66 0.12

593.954* 1576 300 307.26 307.28 0.00117 1.07 2489.21 375.76 0.13

5.850.651 1576 300 307.24 307.27 0.00122 1.09 2437.46 368.07 0.13

575.127* 1576 300 307.23 307.25 0.00126 1.11 2402.84 363.4 0.13

565.190* 1576 300 307.21 307.24 0.0013 1.12 2370.28 359.27 0.13

5.552.529 1576 300 307.2 307.22 0.00134 1.14 2339.57 355.25 0.14

547.693* 1576 300 307.18 307.21 0.00138 1.15 2306.75 351.74 0.14

540.133* 1576 300 307.17 307.2 0.00143 1.17 2275.27 348.31 0.14

532.573* 1576 300 307.16 307.19 0.00147 1.19 2245.02 344.94 0.14

5.250.131 1576 300 307.14 307.17 0.00152 1.2 2215.97 341.62 0.14

515.498* 1576 300 307.09 307.12 0.00191 1.34 1994.58 313.55 0.16

5.059.834 1576 300 307.02 307.06 0.00214 1.41 1870.26 290.85 0.17

497.477* 1576 300 306.99 307.04 0.0024 1.49 1779.26 282.24 0.18

488.971* 1576 300 306.96 307.02 0.00267 1.57 1699.22 273.26 0.19

480.465* 1576 300 306.93 306.99 0.0029 1.63 1631.46 263.42 0.2

4.719.597 1576 300 306.9 306.96 0.00308 1.68 1576.55 253.75 0.2

463.357* 1576 300 306.87 306.93 0.00339 1.75 1515.69 248.46 0.21

454.754* 1576 300 306.84 306.91 0.0037 1.83 1459.19 242.95 0.22

446.152* 1576 300 306.8 306.88 0.00402 1.9 1407.39 237.24 0.23

437.549* 1576 300 306.76 306.84 0.00433 1.96 1360.66 231.31 0.24

428.947* 1576 300 306.72 306.81 0.00461 2.01 1319.39 225.15 0.25

4.203.446 1576 300 306.68 306.77 0.00484 2.06 1284.04 218.78 0.25

Page 148: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

146

411.253* 1576 300 306.63 306.72 0.00499 2.08 1273.28 219.47 0.26

402.163* 1576 300 306.58 306.67 0.00515 2.1 1262.02 220.02 0.26

393.072* 1576 300 306.52 306.62 0.00532 2.12 1250.34 220.41 0.27

383.981* 1576 300 306.47 306.57 0.00549 2.14 1238.29 220.63 0.27

374.891* 1576 300 306.41 306.51 0.00567 2.17 1225.99 220.68 0.27

3.658.006 1576 300 306.35 306.46 0.00586 2.19 1213.53 220.57 0.28

356.079* 1576 300 306.31 306.41 0.00569 2.15 1237.77 226.03 0.27

346.358* 1576 300 306.27 306.37 0.00551 2.1 1263.18 231.47 0.27

336.637* 1576 300 306.23 306.33 0.00532 2.06 1289.79 236.87 0.26

326.916* 1576 300 306.2 306.28 0.00513 2.01 1317.59 242.25 0.26

317.195* 1576 300 306.16 306.25 0.00493 1.97 1346.63 247.61 0.25

3.074.746 1576 300 306.13 306.21 0.00473 1.92 1376.89 252.95 0.25

298.591* 1576 300 306.1 306.18 0.00459 1.89 1413.55 264 0.24

289.709* 1576 300 306.07 306.15 0.00449 1.86 1464 284.02 0.24

280.826* 1576 300 306.05 306.12 0.00415 1.78 1545.7 305.56 0.23

271.943* 1576 300 306.03 306.09 0.00362 1.66 1648.56 321.04 0.22

263.060* 1576 300 306.02 306.07 0.00307 1.53 1767.61 334.19 0.2

2.541.778 1576 300 306.01 306.05 0.00256 1.39 1901.25 347.59 0.18

244.946* 1576 300 305.99 306.03 0.00243 1.36 1963.34 361.9 0.18

235.715* 1576 300 305.98 306.01 0.00228 1.31 2035.58 376.57 0.17

226.484* 1576 300 305.96 305.99 0.0021 1.26 2118.07 390.75 0.16

217.253* 1576 300 305.95 305.98 0.00192 1.2 2210.82 405.3 0.16

2.080.223 1576 300 305.94 305.96 0.00174 1.14 2313.94 419.92 0.15

198.697* 1576 300 305.92 305.95 0.00164 1.1 2397.07 437.34 0.14

189.372* 1576 300 305.91 305.93 0.00153 1.06 2488.15 454.95 0.14

180.047* 1576 300 305.9 305.92 0.00142 1.02 2587.6 473.27 0.13

170.722* 1576 300 305.89 305.91 0.00131 0.98 2696.25 491.97 0.13

1.613.976 1576 300 305.88 305.89 0.00119 0.94 2813.67 509.69 0.12

152.860* 1576 300 305.86 305.88 0.00117 0.93 2857.87 520.04 0.12

144.323* 1576 300 305.85 305.87 0.00114 0.91 2903.33 529.83 0.12

135.787* 1576 300 305.84 305.85 0.0011 0.9 2950.68 538.33 0.12

127.250* 1576 300 305.82 305.84 0.00107 0.88 3000.35 547.49 0.12

1.187.134 1576 300 305.81 305.83 0.00103 0.87 3052.09 556.92 0.11

108.934* 1576 300 305.79 305.81 0.00107 0.88 3035.58 564.19 0.12

99.1556* 1576 300 305.77 305.79 0.00106 0.87 3058.51 570.89 0.12

8.937.677 1576 300 305.76 305.77 0.001 0.85 3116.73 575.17 0.11

79.7023* 1576 300 305.73 305.75 0.00131 0.97 2797.3 542.44 0.13

70.0278* 1576 300 305.7 305.72 0.00156 1.05 2562.7 500.35 0.14

6.035.343 1576 300 305.66 305.68 0.00168 1.08 2429.38 464.12 0.15

51.8946* 1576 300 305.64 305.67 0.00176 1.11 2377.29 457.05 0.15

43.4357* 1576 300 305.63 305.65 0.00184 1.13 2329.76 450.34 0.15

34.9769* 1576 300 305.61 305.64 0.00192 1.15 2286.87 443.55 0.16

2.651.813 1576 300 305.59 305.62 0.00198 1.17 2248.72 436.65 0.16

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147

17.6787* 1576 300 305.55 305.58 0.00205 1.18 2237.83 442.86 0.16

8.83937* 1576 300 305.51 305.54 0.00206 1.18 2244.37 447.77 0.16

0 1576 300 305.47 301.24 305.5 0.002 1.16 2272.44 451.62 0.16

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148

APÊNDICE D- Modelagem hidráulica – Resumo dos perfis Tr 50, 100 e 500 anos.

Correspondência entre vazão e período de retorno:

Q Total (m³/s) Tr

1709 50

2056 100

3143 500

River Sta

Q

Total

(m³/s)

Min Ch

El (m)

W.S.El

e (m)

Crit

W.S.

(m)

E.G. Ele

(m)

E.G. Slope

(m/m)

Vel

(m/s)

Flow

Area

(m²)

Top

Width

(m)

Froude

5903.36 1709 299.09 314.25

314.26 0.000312 0.88 3670.76 405.4 0.07

5903.36 2056 299.09 315.1

315.12 0.000346 0.96 4018.94 408.93 0.08

5903.36 3143 299.09 317.33

317.37 0.000439 1.19 4941.87 417.71 0.09

5.867.542 1709 299 314.23

314.25 0.000258 0.82 3692.68 346.49 0.07

5.867.542 2056 299 315.09

315.11 0.000303 0.92 3993.18 358.76 0.07

5.867.542 3143 299 317.31

317.34 0.000463 1.25 4854.72 434.69 0.09

5.835.565 1709 299.84 314.22

314.24 0.000324 0.88 3266.99 297.06 0.07

5.835.565 2056 299.84 315.07

315.09 0.000378 0.99 3522.31 303.79 0.08

5.835.565 3143 299.84 317.28

317.33 0.000529 1.29 4214.99 321.71 0.1

5.807.852 1709 301 314.2

314.23 0.00043 0.96 2975.13 283.39 0.08

5.807.852 2056 301 315.05

315.08 0.000495 1.07 3217.79 289.4 0.09

5.807.852 3143 301 317.26

317.31 0.000673 1.38 3873.5 304.6 0.11

5.789.002 1709 301.69 314.19

314.21 0.000507 1 2826.66 279.47 0.09

5.789.002 2056 301.69 315.03

315.07 0.000578 1.12 3065.26 285.27 0.1

5.789.002 3143 301.69 317.24

317.29 0.000771 1.43 3709.6 300.2 0.12

5.754.944 1709 301.96 314.17

314.2 0.000485 0.97 2926.37 292.37 0.09

5.754.944 2056 301.96 315.02

315.05 0.000552 1.08 3175.54 298.73 0.1

5.754.944 3143 301.96 317.21

317.26 0.000736 1.39 3849.8 315.41 0.11

5.719.634 1709 301.51 314.16

314.18 0.000368 0.85 3350.01 321.67 0.08

5.719.634 2056 301.51 315

315.03 0.000423 0.95 3623.89 329.07 0.08

5.719.634 3143 301.51 317.2

317.23 0.000577 1.24 4367.26 349.31 0.1

5683.87 1709 300.09 314.16

314.17 0.000254 0.77 3834.89 339.78 0.07

5683.87 2056 300.09 315

315.02 0.000298 0.86 4123.94 347.59 0.07

5683.87 3143 300.09 317.19

317.22 0.000423 1.13 4908.63 368.81 0.09

5661.12 1709 298.9 314.15

314.17 0.000204 0.72 4121.57 348.49 0.06

5661.12 2056 298.9 314.99

315.01 0.000242 0.82 4417.63 356.22 0.07

5661.12 3143 298.9 317.18

317.21 0.000351 1.07 5219.74 376.4 0.08

5.635.884 1709 298 314.15

314.16 0.000178 0.71 4307.78 356.48 0.06

5.635.884 2056 298 314.99

315 0.000212 0.8 4610.24 364.15 0.06

5.635.884 3143 298 317.17

317.2 0.000311 1.05 5428.61 384.36 0.08

5.615.693 1709 298 314.15

314.16 0.000175 0.7 4324.92 356.86 0.06

5.615.693 2056 298 314.98

315 0.000208 0.79 4627.41 364.47 0.06

5.615.693 3143 298 317.17

317.19 0.000306 1.04 5445.38 384.69 0.08

5.597.492 1709 298 314.14

314.15 0.000176 0.71 4303.32 355.38 0.06

Page 151: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

149

5.597.492 2056 298 314.98

314.99 0.00021 0.8 4604.3 363.09 0.06

5.597.492 3143 298 317.16

317.19 0.000309 1.05 5418.22 383.08 0.08

5.575.998 1709 298 314.14

314.15 0.000181 0.71 4259.24 355.28 0.06

5.575.998 2056 298 314.97

314.99 0.000216 0.81 4559.64 362.67 0.06

5.575.998 3143 298 317.15

317.18 0.000316 1.06 5371.45 382.51 0.08

5.559.171 1709 298 314.13

314.14 0.00019 0.73 4198.64 356.85 0.06

5.559.171 2056 298 314.97

314.98 0.000225 0.82 4500.07 364.15 0.06

5.559.171 3143 298 317.14

317.17 0.000326 1.07 5312.26 382.25 0.08

5.544.027 1709 298 314.13

314.14 0.000195 0.74 4172.57 360.96 0.06

5.544.027 2056 298 314.96

314.98 0.000231 0.83 4477.38 368.79 0.06

5.544.027 3143 298 317.14

317.16 0.000333 1.08 5299.98 387.5 0.08

5.522.112 1709 298 314.12

314.14 0.0002 0.74 4170.15 367.89 0.06

5.522.112 2056 298 314.96

314.97 0.000236 0.84 4480.53 375.9 0.07

5.522.112 3143 298 317.13

317.16 0.000338 1.09 5318.34 395.4 0.08

5.505.325 1709 298 314.12

314.13 0.000194 0.73 4267.87 379.39 0.06

5.505.325 2056 298 314.95

314.97 0.000229 0.83 4587.88 387.94 0.06

5.505.325 3143 298 317.13

317.15 0.000328 1.07 5453.65 409.75 0.08

5.481.356 1709 298 314.12

314.13 0.000184 0.71 4494.73 410.99 0.06

5.481.356 2056 298 314.95

314.96 0.000217 0.8 4841.88 422.2 0.06

5.481.356 3143 298 317.12

317.14 0.000307 1.03 5788.96 450.35 0.08

5.449.382 1709 298.77 314.11

314.12 0.000176 0.67 4992.43 515.29 0.06

5.449.382 2056 298.77 314.94

314.95 0.000204 0.75 5430.52 535.96 0.06

5.449.382 3143 298.77 317.11

317.13 0.000272 0.94 6651.89 574.19 0.07

5.412.165 1709 301.41 314.1

314.11 0.000219 0.66 4638.93 476.95 0.06

5.412.165 2056 301.41 314.94

314.95 0.000249 0.73 5041.05 489.68 0.06

5.412.165 3143 301.41 317.1

317.12 0.00033 0.93 6133.1 519.64 0.08

5.386.456 1709 303.42 314.1

314.11 0.000297 0.67 4153.13 446.25 0.07

5.386.456 2056 303.42 314.93

314.94 0.000331 0.75 4527.75 455.56 0.07

5.386.456 3143 303.42 317.09

317.11 0.000422 0.95 5537.2 477.38 0.08

5.362.672 1709 304.75 314.09

314.1 0.000368 0.66 3889.67 429.84 0.07

5.362.672 2056 304.75 314.92

314.93 0.000404 0.73 4249.28 436.48 0.08

5.362.672 3143 304.75 317.08

317.1 0.000503 0.94 5209.91 452.85 0.09

5.346.315 1709 305.63 314.08

314.09 0.000365 0.6 3932.06 430.69 0.07

5.346.315 2056 305.63 314.91

314.93 0.000402 0.68 4291.97 437.12 0.08

5.346.315 3143 305.63 317.07

317.09 0.000501 0.89 5252.69 452.75 0.09

5.321.142 1709 306.23 314.07

314.08 0.000329 0.54 4118.07 441.1 0.07

5.321.142 2056 306.23 314.9

314.91 0.000364 0.61 4486.01 446.98 0.07

5.321.142 3143 306.23 317.06

317.08 0.000458 0.81 5465.77 461.68 0.08

5.288.527 1709 305.53 314.06

314.07 0.000271 0.52 4468.01 467.77 0.06

5.288.527 2056 305.53 314.89

314.9 0.000301 0.59 4857.5 473.83 0.07

5.288.527 3143 305.53 317.04

317.06 0.000384 0.77 5894.09 489.02 0.08

5.264.365 1709 304.14 314.05

314.06 0.000237 0.55 4767.1 502.19 0.06

5.264.365 2056 304.14 314.88

314.89 0.000264 0.61 5185.03 509.22 0.06

5.264.365 3143 304.14 317.03

317.04 0.000338 0.79 6300.74 528.38 0.07

5.224.366 1709 301.15 314.03 304.1 314.04 0.000491 0.96 3598.5 535.13 0.09

Page 152: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

150

5.224.366 2056 301.15 314.85 304.5 314.87 0.000515 1.03 4043.69 544.27 0.09

5.224.366 3143 301.15 317 305.56 317.03 0.00058 1.21 5240.14 570.78 0.1

5179.31 1709 299 313.98 303.28 314.02 0.000594 1.22 2525.53 250.25 0.1

5179.31 2056 299 314.8 303.69 314.85 0.000691 1.36 2732.55 257.4 0.11

5179.31 3143 299 316.92 304.89 316.99 0.000972 1.76 3298.1 278.65 0.13

5.160.037 1709 299 313.96 303.38 314 0.000673 1.31 2350.22 231.84 0.11

5.160.037 2056 299 314.77 303.84 314.83 0.000788 1.46 2541.24 239.33 0.12

5.160.037 3143 299 316.88 305.06 316.96 0.001107 1.89 3064.15 257.44 0.14

5.120.603 1709 299 313.92 303.7 313.98 0.000846 1.46 2107.3 216.89 0.12

5.120.603 2056 299 314.72 304.19 314.79 0.000989 1.63 2284.6 224.66 0.13

5.120.603 3143 299 316.8 305.51 316.92 0.001382 2.1 2773.11 244.2 0.16

5.058.979 1709 299 313.88 303.94 313.94 0.000949 1.51 2256.66 294.16 0.13

5.058.979 2056 299 314.68 304.44 314.75 0.001038 1.64 2494.11 297.27 0.13

5.058.979 3143 299 316.77 305.72 316.86 0.00122 1.93 3391.79 359.47 0.15

5.020.652 1709 298.14 313.89 302.72 313.91 0.000418 1.04 3248.27 348.37 0.09

5.020.652 2056 298.14 314.69 303.22 314.72 0.000472 1.15 3529.45 351.22 0.09

5.020.652 3143 298.14 316.78 304.47 316.82 0.000624 1.43 4270.05 358.64 0.11

4.975.649 1709 298 313.87 301.97 313.9 0.000425 1.07 2915.56 277.97 0.09

4.975.649 2056 298 314.67 302.4 314.7 0.000502 1.2 3141.15 286.37 0.09

4.975.649 3143 298 316.74 303.54 316.8 0.000723 1.56 3756.7 307.91 0.12

4.939.683 1709 298.37 313.82 303.05 313.87 0.0007 1.34 2194.42 215.56 0.11

4.939.683 2056 298.37 314.61 303.51 314.67 0.000824 1.51 2366.73 221.47 0.12

4.939.683 3143 298.37 316.65 304.77 316.75 0.001178 1.95 2833.58 236.21 0.15

4.883.807 1709 299 313.76 303.88 313.83 0.001085 1.65 1875.34 192.49 0.14

4.883.807 2056 299 314.54 304.39 314.62 0.001272 1.85 2027.19 198.44 0.15

4.883.807 3143 299 316.54 305.74 316.68 0.001805 2.39 2440.68 213.82 0.18

4.844.379 1709 299 313.72 303.84 313.79 0.00115 1.7 1848.13 189.53 0.14

4.844.379 2056 299 314.49 304.36 314.58 0.001351 1.9 1996.23 195.35 0.15

4.844.379 3143 299 316.47 305.73 316.62 0.001924 2.46 2398.63 210.18 0.19

4.809.418 1709 299 313.66 304.58 313.75 0.001443 1.85 1633.03 178.11 0.16

4.809.418 2056 299 314.41 305.14 314.53 0.001684 2.06 1770.26 183.83 0.17

4.809.418 3143 299 316.37 306.63 316.56 0.002364 2.66 2143.08 198.27 0.21

4.779.958 1709 301 313.56 306.11 313.71 0.002342 2.1 1311.19 161.11 0.19

4.779.958 2056 301 314.3 306.66 314.48 0.002675 2.34 1432.84 166.93 0.21

4.779.958 3143 301 316.21 308.15 316.48 0.003593 2.98 1764.53 181.56 0.25

4741.93 1709 303.03 313.33 308.18 313.59 0.006117 2.78 923.9 139.64 0.3

4741.93 2056 303.03 314.03 308.72 314.35 0.006669 3.06 1024.74 145.15 0.32

4741.93 3143 303.03 315.84 310.17 316.31 0.008182 3.8 1299.57 159.23 0.36

4.694.874 1709 305 312.62 310.04 313.2 0.021184 4.1 600.05 121.79 0.52

4.694.874 2056 305 313.26 310.58 313.93 0.021552 4.42 681.01 127.89 0.54

4.694.874 3143 305 314.89 312.05 315.82 0.02329 5.29 900.8 141.79 0.58

4.650.771 1709 305 310.15 310.05 311.83 0.086387 6.77 362.28 106.22 1.01

4.650.771 2056 305 310.57 310.57 312.52 0.090496 7.34 407.68 110.71 1.05

4.650.771 3143 305 311.96 311.96 314.37 0.084106 8.33 572.55 125.53 1.05

4.557.031 1709 300.75 306.88 305.74 307.79 0.037938 5.32 521.8 130.4 0.7

Page 153: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

151

4.557.031 2056 300.75 307.61 306.22 308.54 0.034427 5.47 619.65 138.15 0.68

4.557.031 3143 300.75 309.49 307.56 310.54 0.02926 5.96 898.27 156.52 0.65

4.468.424 1709 298.17 305.81 302.74 306.17 0.014706 3.68 787.33 157.06 0.45

4.468.424 2056 298.17 306.64 303.25 307.03 0.013775 3.84 922.64 166.77 0.44

4.468.424 3143 298.17 308.66 304.5 309.14 0.013137 4.37 1282.39 190.26 0.45

4.404.512 1709 296.87 305.69 300.29 305.81 0.00485 2.3 1326.12 229.75 0.26

4.404.512 2056 296.87 306.53 300.71 306.67 0.004872 2.47 1527.08 246.97 0.27

4.404.512 3143 296.87 308.58 301.81 308.75 0.005058 2.89 2123.73 346.4 0.28

4.345.672 1709 296.29 305.59 299.23 305.65 0.002373 1.7 1795.47 276.54 0.19

4.345.672 2056 296.29 306.43 299.59 306.5 0.002404 1.83 2032.82 286.87 0.19

4.345.672 3143 296.29 308.46 300.58 308.56 0.002661 2.19 2640.65 311.58 0.21

4.278.235 1709 297.15 305.51 299.81 305.55 0.001732 1.4 2164.83 338.89 0.16

4.278.235 2056 297.15 306.35 300.11 306.4 0.001724 1.49 2455.07 349.02 0.16

4.278.235 3143 297.15 308.38 300.82 308.45 0.001862 1.78 3187.19 372.42 0.17

4.233.514 1709 298 305.46 299.85 305.49 0.001309 1.15 2575.03 406.92 0.13

4.233.514 2056 298 306.31 300.05 306.34 0.001284 1.22 2923.36 416.53 0.14

4.233.514 3143 298 308.34 300.62 308.38 0.001357 1.46 3790.21 438.02 0.14

4.203.876 1709 298 305.33 299.98 305.35 0.001299 1.13 2693.42 451.14 0.13

4.203.876 2056 298 306.18 300.16 306.2 0.001265 1.2 3083.9 469.33 0.13

4.203.876 3143 298 308.29 300.7 308.3 0.000397 0.79 7511.3 917.13 0.08

4.157.313 1709 298 305.29 300.11 305.29 0.000396 0.62 5233.23 928.39 0.07

4.157.313 2056 298 306.14 300.33 306.15 0.000368 0.65 6033.69 948.74 0.07

4.157.313 3143 298 308.26 300.84 308.27 0.000346 0.73 8098.56 995.93 0.07

4.102.914 1709 297.76 305.23 299.78 305.24 0.00101 0.99 3769.19 960.21 0.12

4.102.914 2056 297.76 306.09 300.07 306.1 0.000821 0.96 4607.03 983.46 0.11

4.102.914 3143 297.76 308.22 300.83 308.24 0.000615 0.97 6764.76 1088.65 0.1

4.045.366 1709 296.57 305.11 298.18 305.15 0.001492 1.3 2232.12 340.06 0.15

4.045.366 2056 296.57 305.97 298.49 306.02 0.001528 1.4 2534.15 361.75 0.15

4.045.366 3143 296.57 308.15 299.31 308.18 0.000986 1.3 5161.98 849.22 0.12

4.019.866 1709 295.54 304.66 297.58 304.7 0.001427 1.32 2213.37 319.18 0.14

4.019.866 2056 295.54 305.52 297.88 305.57 0.001472 1.43 2493.16 332.76 0.15

4.019.866 3143 295.54 307.79 298.76 307.86 0.001586 1.71 3292.24 372.32 0.16

3.986.607 1709 294.12 304.52 304.56 0.001253 1.35 2253.29 305.23 0.14

3.986.607 2056 294.12 305.38 305.42 0.001319 1.47 2518.41 315.97 0.14

3.986.607 3143 294.12 307.64 307.7 0.001466 1.76 3263.34 342.22 0.16

3.955.109 1709 294 304.43 304.47 0.001294 1.43 2171.62 288.66 0.14

3.955.109 2056 294 305.28 305.33 0.001378 1.55 2420.89 299.51 0.15

3.955.109 3143 294 307.53 307.6 0.001564 1.87 3124.96 325.65 0.16

3.896.804 1709 294 304.33 304.4 0.001916 1.73 1832.69 259.59 0.17

3.896.804 2056 294 305.17 305.25 0.00201 1.86 2055.1 269.55 0.18

3.896.804 3143 294 307.4 307.51 0.00223 2.22 2688.32 297.24 0.19

3.850.204 1709 294.53 304.26 304.32 0.002101 1.69 1800.4 263.41 0.18

3.850.204 2056 294.53 305.1 305.17 0.002171 1.82 2025.27 272.82 0.18

3.850.204 3143 294.53 307.32 307.43 0.002335 2.15 2660.75 297.8 0.2

3.815.484 1709 295.68 304.21 304.26 0.001906 1.47 2008.47 309.78 0.16

Page 154: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

152

3.815.484 2056 295.68 305.05 305.11 0.001929 1.58 2273.38 321.61 0.17

3.815.484 3143 295.68 307.28 307.36 0.002012 1.87 3026.94 359.6 0.18

3.777.115 1709 296.58 304.14 298.32 304.18 0.001809 1.32 2328.4 440.57 0.16

3.777.115 2056 296.58 304.98 298.58 305.02 0.001702 1.38 2705.42 454.56 0.16

3.777.115 3143 296.58 307.22 299.28 307.27 0.001531 1.54 3765.29 492.9 0.15

3.715.122 1709 297 304.06 304.09 0.001467 1.17 2696.47 496.43 0.14

3.715.122 2056 297 304.91 304.94 0.001353 1.21 3122.95 508.95 0.14

3.715.122 3143 297 307.16 307.19 0.00119 1.35 4303.12 541.19 0.13

3.624.206 1709 295.06 304.02 304.04 0.000654 0.91 3467.62 521 0.1

3.624.206 2056 295.06 304.87 304.89 0.000658 0.97 3916.43 534.8 0.1

3.624.206 3143 295.06 307.12 307.15 0.000672 1.12 5154.69 564.5 0.1

3.523.146 1709 292.74 303.99 304 0.000305 0.72 4497.13 545.71 0.07

3.523.146 2056 292.74 304.84 304.85 0.000327 0.78 4965.15 557.55 0.07

3.523.146 3143 292.74 307.09 307.1 0.000384 0.95 6253.14 588.31 0.08

3.402.738 1709 295 303.97 303.97 0.00026 0.57 4876.41 563.96 0.06

3.402.738 2056 295 304.81 304.82 0.000282 0.63 5358.53 575.47 0.07

3.402.738 3143 295 307.05 307.07 0.000341 0.8 6688.98 611.65 0.07

3.311.405 1709 293.5 303.96 303.96 0.000102 0.4 8174.38 1002.72 0.04

3.311.405 2056 293.5 304.8 304.81 0.000108 0.43 9027.84 1014.38 0.04

3.311.405 3143 293.5 307.04 307.05 0.000123 0.52 11335.55 1045.51 0.05

3.273.312 1709 292.82 303.95 303.95 0.000071 0.35 8991.23 966.65 0.03

3.273.312 2056 292.82 304.8 304.8 0.000078 0.38 9812.32 975.12 0.04

3.273.312 3143 292.82 307.04 307.04 0.000095 0.47 12021.38 996.72 0.04

3.174.577 1709 293.6 303.94 303.95 0.000123 0.42 7794.56 1023.47 0.04

3.174.577 2056 293.6 304.79 304.79 0.000126 0.45 8663.01 1030.9 0.04

3.174.577 3143 293.6 307.03 307.03 0.000137 0.53 10993.44 1050.26 0.05

3.116.013 1709 296.18 303.92 303.93 0.000953 0.97 3095.07 503.16 0.11

3.116.013 2056 296.18 304.76 304.78 0.000991 1.06 3538.51 546.91 0.12

3.116.013 3143 296.18 306.99 307.02 0.000992 1.25 4860.87 633.7 0.12

3032.03 1709 295 303.82 303.85 0.001173 1.2 2554.61 371.14 0.13

3032.03 2056 295 304.66 304.69 0.001235 1.3 2873.61 390.65 0.14

3032.03 3143 295 306.88 306.93 0.001352 1.57 3798.96 441.52 0.15

2.832.567 1709 291.96 303.74 303.75 0.000327 0.77 4391.29 539.31 0.07

2.832.567 2056 291.96 304.57 304.59 0.000359 0.84 4848.29 559.64 0.08

2.832.567 3143 291.96 306.79 306.8 0.000434 1.03 6144.67 612.34 0.09

2.575.749 1709 292.37 303.65 303.66 0.000255 0.65 5099.02 656.26 0.06

2.575.749 2056 292.37 304.48 304.49 0.000277 0.71 5648.46 677.7 0.07

2.575.749 3143 292.37 306.67 306.69 0.000326 0.87 7195.62 731.39 0.07

2.348.521 1709 291.26 303.62 303.62 0.000028 0.23 13303.89 1296.21 0.02

2.348.521 2056 291.26 304.44 304.44 0.000032 0.26 14376.48 1319.6 0.02

2.348.521 3143 291.26 306.63 306.63 0.000042 0.33 17326.76 1377.92 0.03

2159.8 1709 291.61 303.61 303.62 0.000024 0.21 14172.82 1382.85 0.02

2159.8 2056 291.61 304.43 304.43 0.000028 0.24 15316.88 1409.48 0.02

2159.8 3143 291.61 306.62 306.62 0.000037 0.31 18454.45 1465.26 0.03

2.004.284 1709 289.9 303.6 303.6 0.000091 0.45 7774.68 867.26 0.04

Page 155: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

153

2.004.284 2056 289.9 304.41 304.42 0.000103 0.5 8492.3 890.63 0.04

2.004.284 3143 289.9 306.59 306.6 0.00013 0.61 10489.14 945.02 0.05

1.854.885 1709 295.28 303.53 303.55 0.001302 1.11 2642.45 476.47 0.13

1.854.885 2056 295.28 304.34 304.37 0.001292 1.19 3037.29 499.27 0.13

1.854.885 3143 295.28 306.5 306.53 0.00126 1.38 4172.29 551.3 0.14

1.746.132 1709 290 303.37 303.4 0.00076 1.29 2845.68 392.69 0.11

1.746.132 2056 290 304.18 304.21 0.000831 1.41 3167.34 409.13 0.12

1.746.132 3143 290 306.32 306.37 0.00098 1.68 4088.26 448.82 0.13

1.613.469 1709 291.42 303.32 303.35 0.000871 1.24 2764.64 393.37 0.12

1.613.469 2056 291.42 304.12 304.15 0.000933 1.34 3084.55 408.15 0.12

1.613.469 3143 291.42 306.25 306.3 0.00107 1.6 3999.18 447.17 0.14

1.507.205 1709 289 303.29 303.3 0.00032 0.87 4197.39 506.02 0.07

1.507.205 2056 289 304.08 304.1 0.00036 0.96 4606.81 524.23 0.08

1.507.205 3143 289 306.21 306.23 0.000453 1.17 5771.08 568.91 0.09

1.462.599 1709 289.27 303.27 303.28 0.000139 0.57 6746.02 814.88 0.05

1.462.599 2056 289.27 304.07 304.07 0.000151 0.61 7396.39 823.8 0.05

1.462.599 3143 289.27 306.19 306.2 0.000181 0.73 9172.85 846.05 0.06

1.452.963 1709 289.56 303.27 303.27 0.000105 0.49 7700.08 908.39 0.04

1.452.963 2056 289.56 304.06 304.07 0.000115 0.53 8423.73 915.22 0.04

1.452.963 3143 289.56 306.19 306.2 0.000138 0.64 10390.12 933.53 0.05

1.439.553 1709 289.99 303.26 293.51 303.27 0.000096 0.46 7980.31 923 0.04

1.439.553 2056 289.99 304.06 293.72 304.06 0.000106 0.5 8719.29 940.94 0.04

1.439.553 3143 289.99 306.18 294.28 306.19 0.000131 0.61 10754.7 987.8 0.05

1.425.575 1709 290 303.26 293.18 303.26 0.00009 0.44 8169.36 931.27 0.04

1.425.575 2056 290 304.05 293.37 304.05 0.000099 0.48 8908.82 934.78 0.04

1.425.575 3143 290 306.18 293.76 306.18 0.000052 0.38 19463.51 2145.02 0.03

1.412.193 1709 290 303.25 292.7 303.26 0.000088 0.43 8129.19 914.33 0.04

1.412.193 2056 290 304.05 293 304.05 0.000043 0.31 16183.58 2244.01 0.03

1.412.193 3143 290 306.18 293.42 306.18 0.000045 0.35 21046.16 2324.94 0.03

1.378.898 1709 289.68 303.25 292.09 303.25 0.000091 0.44 7895.82 867.53 0.04

1.378.898 2056 289.68 304.05 292.5 304.05 0.000102 0.48 8596.14 885.94 0.04

1.378.898 3143 289.68 306.18 292.97 306.18 0.000064 0.42 17035.3 1830.02 0.03

1.332.788 1709 289 303.24 292.03 303.25 0.000102 0.48 7443.3 824.23 0.04

1.332.788 2056 289 304.04 292.28 304.04 0.000063 0.39 13197.58 1978.56 0.03

1.332.788 3143 289 306.17 293.04 306.18 0.000064 0.44 17490.08 2050.49 0.03

1.263.076 1709 289.48 303.23 293.48 303.24 0.000179 0.63 5387.82 574.94 0.05

1.263.076 2056 289.48 304.03 293.89 304.03 0.000203 0.7 5850.39 584.62 0.06

1.263.076 3143 289.48 306.15 294.88 306.17 0.000262 0.87 7120.27 609.31 0.07

1.225.191 1709 290.77 303.15 303.17 0.00055 1.04 3431.16 465.89 0.09

1.225.191 2056 290.77 303.94 303.97 0.000588 1.12 3802.46 474.04 0.1

1.225.191 3143 290.77 306.05 306.08 0.000679 1.33 4823.05 494.48 0.11

1.200.217 1709 291.02 303.1 303.14 0.001136 1.47 2351.65 336.46 0.14

1.200.217 2056 291.02 303.88 303.94 0.001232 1.59 2621.12 351.2 0.14

1.200.217 3143 291.02 305.97 306.05 0.001444 1.91 3397.96 390.42 0.16

1.146.426 1709 292 303.04 303.08 0.00123 1.45 2304.19 324.11 0.14

Page 156: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

154

1.146.426 2056 292 303.82 303.87 0.001326 1.57 2561.26 335.11 0.15

1.146.426 3143 292 305.9 305.97 0.001535 1.89 3287.84 361.43 0.16

1.113.109 1709 292 303 303.04 0.001408 1.53 2182.2 314.4 0.15

1.113.109 2056 292 303.77 303.83 0.00151 1.66 2430.64 325.21 0.16

1.113.109 3143 292 305.85 305.93 0.001724 1.98 3131.03 348.44 0.17

1.062.572 1709 293.68 302.86 302.95 0.003429 2.06 1520.82 253.79 0.22

1.062.572 2056 293.68 303.62 303.73 0.003559 2.22 1720.55 267.38 0.23

1.062.572 3143 293.68 305.68 305.82 0.003749 2.6 2307.36 299.43 0.24

1.017.605 1709 294.87 302.46 302.67 0.009175 2.89 999.91 186.32 0.35

1.017.605 2056 294.87 303.21 303.44 0.009175 3.1 1143.66 196.68 0.36

1.017.605 3143 294.87 305.24 305.53 0.008981 3.58 1568.65 222.1 0.37

9.635.675 1709 294 301.99 302.27 0.010336 3.26 899.92 164.06 0.38

9.635.675 2056 294 302.73 303.05 0.010509 3.5 1024.42 172.71 0.39

9.635.675 3143 294 304.74 305.14 0.01065 4.07 1394.28 195.99 0.4

8.969.326 1709 293 301.6 301.83 0.007287 2.99 1020.57 174.85 0.32

8.969.326 2056 293 302.33 302.59 0.00756 3.21 1151.16 182.22 0.34

8.969.326 3143 293 304.33 304.67 0.00799 3.76 1535.25 201.71 0.36

8.434.122 1709 292.74 301.33 296.54 301.48 0.005826 2.55 1211.88 225.57 0.29

8.434.122 2056 292.74 302.07 296.98 302.24 0.005867 2.71 1383.4 234.56 0.29

8.434.122 3143 292.74 304.09 298.17 304.3 0.006001 3.15 1965.46 310.64 0.31

8.215.264 1709 293.03 301.11 301.19 0.003886 1.98 1668.63 364.16 0.23

8.215.264 2056 293.03 301.87 301.96 0.003637 2.05 1951.47 373.63 0.23

8.215.264 3143 293.03 303.95 304.04 0.003178 2.22 2752.77 397.97 0.22

7.932.771 1709 293.27 300.99 301.03 0.002129 1.42 2141.94 381.86 0.17

7.932.771 2056 293.27 301.77 301.81 0.002088 1.5 2441.21 390.94 0.17

7.932.771 3143 293.27 303.86 303.91 0.002005 1.73 3281.03 411.59 0.17

7.384.825 1709 292.85 300.95 300.97 0.000862 0.96 2993.24 422.19 0.11

7.384.825 2056 292.85 301.73 301.75 0.000908 1.05 3323.76 431.38 0.11

7.384.825 3143 292.85 303.82 303.85 0.001007 1.28 4251.48 454.81 0.13

7.035.645 1709 291.5 300.93 300.95 0.000477 0.8 3668.49 446.69 0.08

7.035.645 2056 291.5 301.71 301.72 0.000522 0.88 4016.7 454.11 0.09

7.035.645 3143 291.5 303.79 303.82 0.000629 1.1 4985.65 473.48 0.1

6.728.792 1709 290.15 300.92 300.93 0.000401 0.81 3769.79 429.09 0.08

6.728.792 2056 290.15 301.69 301.7 0.000449 0.9 4103.74 436.89 0.08

6.728.792 3143 290.15 303.77 303.79 0.000564 1.13 5033.72 454.93 0.1

6.395.148 1709 289 300.9 300.91 0.000453 0.92 3450.4 387.18 0.09

6.395.148 2056 289 301.67 301.69 0.000512 1.02 3750.85 394.86 0.09

6.395.148 3143 289 303.74 303.77 0.000658 1.28 4592.26 415.63 0.11

6.206.214 1709 289 300.88 300.9 0.000574 1.04 3058.82 343.11 0.1

6.206.214 2056 289 301.64 301.67 0.000653 1.16 3324.97 352.39 0.1

6.206.214 3143 289 303.71 303.75 0.000844 1.45 4076.33 373.89 0.12

5.850.651 1709 289 300.84 300.87 0.000808 1.23 2646.81 314.31 0.11

5.850.651 2056 289 301.6 301.64 0.000908 1.36 2888.64 322.05 0.12

5.850.651 3143 289 303.66 303.71 0.001152 1.69 3573.21 343.94 0.14

5.552.529 1709 289 300.8 300.84 0.000986 1.36 2449.34 303.77 0.13

Page 157: MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Ouro …‡ÃO... · registros históricos de episódios de transbordamento do rio Xopotó, ... Figura 33 - Representação de projeto

155

5.552.529 2056 289 301.56 301.6 0.001096 1.49 2681.62 310.99 0.13

5.552.529 3143 289 303.6 303.67 0.001361 1.84 3337.08 330.41 0.15

5.250.131 1709 289 300.77 300.8 0.001062 1.41 2346.1 288.11 0.13

5.250.131 2056 289 301.52 301.56 0.001189 1.55 2565.25 295.79 0.14

5.250.131 3143 289 303.55 303.62 0.001496 1.92 3187.45 316.71 0.16

5.059.834 1709 289 300.69 300.74 0.001366 1.59 2037.75 246.86 0.15

5.059.834 2056 289 301.43 301.49 0.001542 1.76 2222.66 253.58 0.16

5.059.834 3143 289 303.43 303.52 0.001967 2.19 2747.82 270.93 0.18

4.719.597 1709 289 300.6 300.68 0.00194 1.88 1690.73 208.2 0.18

4.719.597 2056 289 301.32 301.42 0.002198 2.08 1843.77 214.04 0.19

4.719.597 3143 289 303.29 303.43 0.002817 2.6 2278.56 228.77 0.22

4.203.446 1709 289.56 300.37 300.54 0.004067 2.58 1208.49 168.93 0.25

4.203.446 2056 289.56 301.06 301.26 0.004551 2.84 1327.16 174.67 0.27

4.203.446 3143 289.56 302.94 303.23 0.005678 3.52 1669.4 190.2 0.31

3.658.006 1709 292 299.7 300.1 0.014375 3.89 768.84 145.67 0.45

3.658.006 2056 292 300.31 300.78 0.01525 4.22 860.5 151.52 0.47

3.658.006 3143 292 302.03 302.66 0.016733 5 1133.85 167.72 0.5

3.074.746 1709 292 298.63 299.16 0.023685 4.44 666.12 150.47 0.56

3.074.746 2056 292 299.19 299.8 0.024486 4.78 753.44 157.49 0.58

3.074.746 3143 292 300.91 301.66 0.023605 5.43 1042.05 177.38 0.59

2.541.778 1709 292.11 297.64 297.99 0.025097 3.94 821.53 244.6 0.55

2.541.778 2056 292.11 298.39 298.72 0.020239 3.87 1009.65 258.34 0.51

2.541.778 3143 292.11 300.48 300.78 0.013021 3.8 1585.85 292.08 0.43

2.080.223 1709 291.72 297.3 297.41 0.00778 2.29 1337.76 311.03 0.31

2.080.223 2056 291.72 298.12 298.23 0.006694 2.33 1597.53 326.6 0.3

2.080.223 3143 291.72 300.31 300.43 0.005013 2.46 2356.09 363.8 0.27

1.613.976 1709 290.41 297.23 297.26 0.001874 1.27 2304.13 401.18 0.16

1.613.976 2056 290.41 298.05 298.08 0.001817 1.35 2639.62 416.17 0.16

1.613.976 3143 290.41 300.25 300.3 0.001702 1.55 3597.38 451.4 0.16

1.187.134 1709 289 297.19 297.2 0.000846 0.97 3077.6 448.45 0.11

1.187.134 2056 289 298.01 298.03 0.000873 1.05 3450.67 462.25 0.11

1.187.134 3143 289 300.21 300.24 0.000926 1.25 4507 496.33 0.12

8.937.677 1709 289 297.14 297.16 0.001112 1.12 2823.16 448.85 0.13

8.937.677 2056 289 297.95 297.98 0.001125 1.21 3197.91 467.93 0.13

8.937.677 3143 289 300.15 300.19 0.00113 1.4 4275.55 510.56 0.13

6.035.343 1709 289 297 297.05 0.00228 1.59 1948.08 326.41 0.18

6.035.343 2056 289 297.81 297.87 0.002276 1.7 2219.57 341.18 0.18

6.035.343 3143 289 300 300.08 0.002266 1.96 3013.45 384.21 0.19

2.651.813 1709 289 296.9 296.96 0.002472 1.64 1842.26 304.74 0.19

2.651.813 2056 289 297.72 297.79 0.002467 1.75 2094.85 316.33 0.19

2.651.813 3143 289 299.91 299.99 0.002447 2.03 2820.82 346.4 0.2

0 1709 289 296.79 291.2 296.84 0.002003 1.47 2057.08 333.97 0.17

0 2056 289 297.61 291.47 297.66 0.002001 1.57 2333.58 345.44 0.17

0 3143 289 299.8 292.2 299.87 0.002002 1.82 3124.32 376.51 0.18