miniguia prático lei de acesso à informação

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Filiado à Rede do: “Os olhos do povo sobre as Contas Públicas.” Av. Presidente Kennedy, 1.333, Sala 502, Ed. Presidente, Campinas, 88102-401, São José, SC Telefone (48) 3034-5171 / (48) 9911-6688 Site: www.ossj.org.br - E-mail: [email protected] MINIGUIA PRÁTICO DA LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO (versão dez./2014) Prezado Cidadão Fiscal, O Controle Social – fiscalização da gestão pública pela sociedade – é uma experiência relativamente nova no Brasil. Como é consabido, o país ainda é pouco auditado, pois está longe do quantitativo ideal de Auditores por habitantes, de modo que é imprescindível a idealização de ações que buscam a conscientização coletiva da necessidade do pleno exercício da Cidadania – que vai muito além de ser Eleitor e Contribuinte -, isto é, todos precisam se tornar um Cidadão Fiscal, um verdadeiro Auditor Social. Quem, em perfeito juízo, daria uma procuração e um cheque em branco para um terceiro sem fiscalizá-lo, sem exigir uma prestação de contas completa? Infelizmente, nós brasileiros, fizemos isso todos os dias. Por essa omissão, estamos pagando um preço altíssimo... Do mesmo modo, as Leis de Transparência (Lei Complementar federal nº 131, de 27 de maio de 2009) e a de Acesso à Informação (Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de 2011) também são relativamente novas e, em muitas Unidades da Federação, ainda estão sendo implantados e melhorados os Portais de Transparência e os Serviços de Informação ao Cidadão (SIC). A despeito dessas limitações, o Cidadão Fiscal já dispõe de instrumentos para exercer plena e satisfatoriamente o Controle Social, fomentando a eficiência da Gestão Pública e inibindo a corrupção, e, com isso, contribuindo para melhoria da qualidade e ampliação da quantidade dos Serviços Públicos oferecidos à população, bem como o Desenvolvimento Social e Econômico do seu Município. Para auxiliar nesse mister, o Observatório Social de São José (OSSJ) disponibiliza a primeira versão deste Miniguia Prático da Lei de Acesso à Informação, que apresenta, sobretudo, boas práticas idealizadas e/ou identificadas pela equipe de voluntários da Entidade, bem como modelos de documentos, objetivando compartilhar o know how com outros Cidadãos Fiscais. Caso desejar contribuir com sugestões para as próximas versões, bem como receber as atualizações, favor se manifestar por meio do e-mail [email protected]. Bom Proveito!

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Telefone (48) 3034-5171 / (48) 9911-6688 Site: www.ossj.org.br - E-mail: [email protected]

MINIGUIA PRÁTICO DA

LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO (versão dez./2014)

Prezado Cidadão Fiscal,

O Controle Social – fiscalização da gestão pública pela sociedade – é uma experiência

relativamente nova no Brasil. Como é consabido, o país ainda é pouco auditado, pois está

longe do quantitativo ideal de Auditores por habitantes, de modo que é imprescindível a

idealização de ações que buscam a conscientização coletiva da necessidade do pleno

exercício da Cidadania – que vai muito além de ser Eleitor e Contribuinte -, isto é, todos

precisam se tornar um Cidadão Fiscal, um verdadeiro Auditor Social. Quem, em perfeito

juízo, daria uma procuração e um cheque em branco para um terceiro sem fiscalizá-lo, sem

exigir uma prestação de contas completa? Infelizmente, nós brasileiros, fizemos isso todos

os dias. Por essa omissão, estamos pagando um preço altíssimo...

Do mesmo modo, as Leis de Transparência (Lei Complementar federal nº 131, de 27 de

maio de 2009) e a de Acesso à Informação (Lei federal nº 12.527, de 18 de novembro de

2011) também são relativamente novas e, em muitas Unidades da Federação, ainda estão

sendo implantados e melhorados os Portais de Transparência e os Serviços de Informação

ao Cidadão (SIC).

A despeito dessas limitações, o Cidadão Fiscal já dispõe de instrumentos para exercer

plena e satisfatoriamente o Controle Social, fomentando a eficiência da Gestão Pública e

inibindo a corrupção, e, com isso, contribuindo para melhoria da qualidade e ampliação da

quantidade dos Serviços Públicos oferecidos à população, bem como o Desenvolvimento

Social e Econômico do seu Município.

Para auxiliar nesse mister, o Observatório Social de São José (OSSJ) disponibiliza a primeira

versão deste Miniguia Prático da Lei de Acesso à Informação, que apresenta, sobretudo,

boas práticas idealizadas e/ou identificadas pela equipe de voluntários da Entidade, bem

como modelos de documentos, objetivando compartilhar o know how com outros

Cidadãos Fiscais.

Caso desejar contribuir com sugestões para as próximas versões, bem como receber as

atualizações, favor se manifestar por meio do e-mail [email protected].

Bom Proveito!

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LEI DE ACESSO À

INFORMAÇÃO (LAI)

TRANSPARÊNCIA ATIVA

A Administração Pública divulga informações à sociedade por iniciativa própria, de forma espontânea, independente de qualquer solicitação.

TRANSPARÊNCIA PASSIVA

A Administração Pública divulga informações sob demanda em atendimento às solicitações da sociedade. (requerimento)

FOMENTANDO À

TRANSPARÊNCIA ATIVA

CHECK LIST E PLANO DE AÇÃO

Gestor

DENÚNCIA

Tribunal de Contas e Ministério Público

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OPERACIONALIZANDO A

TRANSPARÊNCIA PASSIVA

REQUERIMENTO RECURSO ADMINISTRATIVO DENÚNCIA

Gestor (Secretário ou Diretor)

Prefeito ou Presidente da

Câmara Municipal

Ministério Público

(20 + 10 dias) (5 dias)

? O QUÊ PODE SER REQUERIDO

DOCUMENTOS INFORMAÇÕES DADOS

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ILUSTRÍSSIMO SENHOR FULANO DE TAL, DD. DIRETOR DE ADMINISTRAÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL DE ... / EXCELENTÍSSIMO SENHOR SICRANO DE TAL, DD. SECRETÁRIO MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO O requerente, abaixo assinado, vem, respeitosamente, perante V.Sa. / V.Exa., com fundamento nos artigos art. 5º, incisos XXXIII e XXXIV, 31, § 3º, e 37, caput, da Constituição Federal, e na Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011 (Lei de Acesso à Informação), requerer a(s) informação(ões) ou documento(s) inframencionado(s).

Dados do Requerente Pessoa Física ou Jurídica

Nome Completo (sem abreviar):Nome Completo (sem abreviar):Nome Completo (sem abreviar):Nome Completo (sem abreviar):

Documento de Identificação Documento de Identificação Documento de Identificação Documento de Identificação (CPF, RG, CNH, Passaporte, RNE, CNPJ ou outro documento. Se a opção for por RG, indicar órgão emissor e UF):

Número do Documento:Número do Documento:Número do Documento:Número do Documento: Tipo de Documento:Tipo de Documento:Tipo de Documento:Tipo de Documento:

Endereço Físico:Endereço Físico:Endereço Físico:Endereço Físico:

Nome da Rua/Av./etc.:Nome da Rua/Av./etc.:Nome da Rua/Av./etc.:Nome da Rua/Av./etc.: Número:Número:Número:Número:

Complemento:Complemento:Complemento:Complemento: Bairro:Bairro:Bairro:Bairro: CEP:CEP:CEP:CEP:

Endereço Eletrônico (eEndereço Eletrônico (eEndereço Eletrônico (eEndereço Eletrônico (e----mail)mail)mail)mail) Telefone:Telefone:Telefone:Telefone:

Informação(ões) ou Documento(s) Requerido(s)

Descrição da solicitação Descrição da solicitação Descrição da solicitação Descrição da solicitação de forma clara e detalhada:de forma clara e detalhada:de forma clara e detalhada:de forma clara e detalhada:

Requer ainda a observância das seguintes disposições legais: a) disponibilizar gratuitamente as cópias das informações ou documentos às associações, como é o caso do desta entidade, que desenvolve ações voltadas para o pleno exercício da cidadania, com base no art. 1º da Lei federal n. 9.265, de 12 de fevereiro de 1996; a) fornecer imediatamente a informação ou documento se disponíveis, e, nos demais casos, em prazo não superior a 20 (vinte) dias (art. 11, caput e § 1o); b) comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a informação ou documento (art. 11, § 1o, inc. I); e c) indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, ou da indisponibilidade da informação ou documento do acesso pretendido (art. 11, § 1o, incisos II e III).

Alertamos, por fim, que a recusa no fornecimento, o retardo deliberado ou disponibilização intencional de forma incorreta, incompleta ou imprecisa constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público, por improbidade administrativa, de acordo com o art. 33 da Lei de Acesso à Informação.

Nestes Termos. Pede Deferimento. _________________, ______ de ________ de 2014.

________________

Nome Completo Cargo na Entidade

MODELO DE

REQUERIMENTO

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� Definir adequada e precisamente o objeto requerido, detalhando todos os documentos, dados ou informações;

� Não solicitar documentos desnecessário ou impertinentes, evitando excessos e alto custo de reprodução;

� Avaliar a relevância e materialidade do objeto do pedido;

� Verificar, preliminarmente, se o objeto não está disponível no Portal de Transparência;

� Apresentar muitos requerimentos, sobretudo quando o objeto deveria ser disponibilizado por iniciativa própria (Transparência Ativa) ou houver suspeita de possíveis irregularidades;

� Além de requerer o objeto, questionar por que ele ainda não está disponível no Portal de Transparência e a data em que isso ocorrerá;

� Solicitar os arquivos em meio eletrônico (digitalizados) e em formato de dados abertos (csv, .xls, .txt, etc.);

� Direcionar o requerimento ao titular do cargo que detém a competência sobre o assunto, de acordo com o organograma do Município;

� Não direcionar diretamente ao Prefeito ou ao Presidente da Câmara Municipal, pois prejudicará a possibilidade de recurso administrativo hierárquico;

� Solicitar informações sobre a existência de normatização, manuais e procedimentos sobre assuntos diversos, a fim de verificar a efetividade dos controles internos (atividade) e fomentando a sua institucionalização (órgão);

� Solicitar cópia integral dos processos, quando for necessário o aprofundamento das investigações;

� Utilizar modelo de formulário que já indique o prazo para apresentação da resposta (art. 11, caput e § 1o da LAI), informe a necessidade de indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, ou da indisponibilidade da informação ou documento do acesso pretendido (art. 11, § 1o, incisos II e III) e alerte que a recusa no fornecimento, o retardo deliberado ou disponibilização intencional de forma incorreta, incompleta ou imprecisa constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público, por improbidade administrativa, de acordo com o art. 33 da Lei de Acesso à Informação; e

� Requerer a disponibilização gratuita do objeto, sem custo de reprodução, quando se visa a desenvolver ações voltadas para o pleno exercício da cidadania, como a defesa do interesse público e denúncia de irregularidades administrativas na órbita pública, nos termos dos incisos III e V do art. 1o da Lei nº 9.265/1996.

ORIENTAÇÕES

IMPORTANTES

NA ELABORAÇÃO DO REQUERIMENTO

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� Exigir a formalização de processo administrativo, a fim de possibilitar o rastreamento do

requerimento, por meio do sistema informatizado, e garantir a sua integridade;

� Solicitar que o recurso administrativo dirigido ao Prefeito(a) ou ao Presidente da Câmara seja

acostado ao mesmo processo administrativo pré-constituído quando do protocolo do

requerimento;

� Insurgir-se contra a cobrança de taxa de abertura de processo administrativo (art. 12 da LAI;

inc. XI do § único do art. 2o da Lei federal nº 9.784/99; incisos III e V do art. 1o da Lei federal nº

9.265/1996); e

� Requerer se o Município possui legislação municipal específica sobre processo administrativo

ou fundamentar os requerimentos aplicando analogicamente Lei federal nº 9.784/1999.

� Quando a resposta não contemplar o objeto, reiterar o pedido ao agente público; e

� Apresentar recurso administrativo dirigido ao Prefeito ou ao Presidente da Câmara.

� Apresentar denúncia na Promotoria de Justiça da Moralidade Administrativa da Comarca

(Ministério Público do Estado).

NO PROTOCOLO DO REQUERIMENTO OU RECURSO

NA RECUSA OU ATEDIMENTO PARCIAL/IRREGULAR

NA OMISSÃO OU DESPROVIMENTO DO RECURSO

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� CONTRATOS EM GERAL

• Cópia xerográfica do contrato, firmado em 2013, com a empresa ...;

• Cópia xerográfica do último termo aditivo, firmado em 2014, com a empresa ..., inclusive com cópia do documento contendo a motivação “justificada por escrito e previamente autorizada pela autoridade competente” para prorrogação de prazo e valor, com vistas à obtenção de preços e condições mais vantajosas para a administração, exigível no art. 57, § 2o, c/c art. 57, inciso II, da Lei federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993;

• Relação detalhada dos serviços prestados pela ..., bem como a composição unitária e total dos preços;

• Cópia xerográfica integral dos processos de pagamento dos empenhos 157 e 181, efetuados nos dias 06/08/2014 e 10/09/2014, da empresa ..., contendo todos os documentos acostados, a saber, nota fiscal, comprovantes de regularidade – INSS, FGTS, ISS, folha de pagamento, comprovante de liquidação, ordem bancária, etc.

• Quem é e quais os contatos do responsável, designado formalmente pela Câmara Municipal, pela fiscalização da execução do contrato firmado com empresa ..., de acordo com o art. 67 c/c art. 116 da Lei federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993?

� LEIS MUNICIPAIS

• Cópia xerográfica do original das Leis Complementares n°s. 22, 23, 25, 26, 28, 48, 51 e 55, não disponíveis no Sistema de Normas contratado pela Câmara Municipal;

• Informação justificando por que há duas Leis Complementares de número 36, uma de 09/12/2009 e outra de 27/10/2010;

• Informação se há Lei Municipal que sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis, a exemplo da Lei Complementar (estadual) nº 589, de 18 de janeiro de 2013, objetivando padronizar as normas publicadas pelo Município de ..., desde o nascedouro, além de fixar a técnica legislativa; e

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponíveis no Sistema de Normas contratado pela Câmara Municipal as Leis Complementares enumeradas no item 1 deste requerimento, conforme determina a Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando as Leis Complementares serão disponibilizadas à sociedade.

� LEIS MUNICIPAIS

• Cópia xerográfica do contrato original e último aditivo firmado com a empresa ..., responsável pelo Sistema de Normas contratado pela Câmara Municipal;

• Quem é e quais os contatos do responsável, designado formalmente pela Câmara Municipal, pela fiscalização da execução do contrato firmado com empresa ..., de acordo com o art. 67 c/c art. 116 da

MODELOS DE

OBJETOS REQUERIDOS

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Lei federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993, responsável pelo Sistema de Normas contratado pela Câmara Municipal?

• Cópia xerográfica do original das Leis Ordinárias n°s. 4908, 4909, 4910, 4912, 4914, 4915, 4920, 4921, 4923, 4924, 4926, 4930, 4932, 4933, 4934, 4935, 4936, 4939, 4940, 4941, 4945, 4956, 4962, 4964, 4965, 4975, 4976, 4979, 4980, 4982, 4983, 4984, 4985, 4987, 4988, 4989, 4990, 5011, 5036, 5044, 5045, 5046, 5047, 5049, 5050, 5051, 5066, 5079, 5119, 5152, 5162, 5163, 5167, 5168, 5186, 5193, 5199, 5211, 5212, 5213, 5218, 5223, 5224, 5249, 5254, 5260, 5261, 5286, 5289, 5360, 5417, 5419, 5429 e 5432, não disponíveis no Sistema de Normas contratado pela Câmara Municipal;

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponíveis no Sistema de Normas contratado pela Câmara Municipal as Leis Ordinárias enumeradas no item 3 deste requerimento, conforme determina a Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando as Leis Ordinárias serão disponibilizadas à sociedade;

• Informação justificando o motivo por que “somente as Leis sancionadas ou promulgadas por esta Casa Legislativa são disponibilizadas no Sistema de Normas contratado pela Câmara Municipal.”, uma vez que a Municipalidade paga por um sistema que tem esta finalidade. E as demais leis, onde estão disponíveis para que a população, os contribuintes e as entidades possam acessá-las?

• Informação justificando por que há duas Leis Ordinárias n°s. 5239, uma de 19/11/2012 e outra de 19/11/2013;

• Informação justificando por que a Lei Ordinária n°. 3959, figura como 21/05/2013 e, portanto, encontra-se fora da ordem sequencial;

• Informação justificando por que há 73 Leis Ordinárias, nos últimos 5 anos, em que ainda constam na ementa o termo “Projeto de Lei”, provocando confusão entre os usuários se a norma já foi ou não publicada e encontra-se em vigor, a saber, 5150, 5136, 5139, 5095, 5069, 5130, 5108, 5093, 5087, 5082, 5107, 3959, 5115, 5074, 5111, 5109, 5138, 5155, 5117, 5154, 5148, 5149, 5053, 5125, 5072, 5120, 5060, 5063, 5078, 5062, 5080, 5126, 5091, 5077, 5103, 5065, 5081, 5073, 5061, 5057, 5104, 5098, 5035, 5127, 5105, 5102, 5099, 5034, 5033, 5121, 5114, 5048, 5059, 5101, 5086, 5090, 5088, 5085, 5089, 5106, 5075, 5092, 5084, 5067, 5096, 5068, 5071, 5037, 5097, 5058, 5100, 5083 e 5076;

• Informação justificando por que há 10 Leis Ordinárias em que ainda consta na ementa o autor do projeto, nos últimos 5 anos, ferindo o princípio da impessoalidade previsto no art. 37, caput, da Constituição Federal, a saber, 5158, 5156, 5157, 5159, 5124, 5143, 5043, 5123, 5042 e 5113;

• Informação se há Lei Municipal que trate sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis, a exemplo da Lei Complementar (estadual) nº 589, de 18 de janeiro de 2013, e da Lei Complementar (federal) nº 95, de 26 de fevereiro de 1998, objetivando padronizar as normas publicadas pelo Município de ..., desde o nascedouro, além de fixar a técnica legislativa; e

• Informação justificando o motivo por que os projetos de lei aprovados pelos vereadores já são numerados como “leis” pela Câmara Municipal de ..., antes da sanção ou promulgação do Chefe do Poder Executivo Municipal, em descumprimento ao disposto no art. 66 c/c e o princípio da publicidade previsto no art. 37, caput, ambos da Constituição Federal, gerando divergência de data entre a numeração da lei e a sanção ou promulgação e insegurança jurídica, bem como inobservância da numeração sequencial das normas, em descumprimento, por analogia, do art. 2º, inc. II do parágrafo 2º, da Lei Complementar (federal) nº 95, de 26 de fevereiro de 1998. Enfatiza-se tanto em âmbito estadual como federal as normas são numeradas pelo Poder Executivo.

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� RACIONALIZAÇÃO DE DESPESAS – PROCESSO LICITATÓRIO

• Fotocópia do estudo técnico que baseou o Processo Administrativo n.º 030/2014 do Pregão Presencial n.º 007/2014, citado na Decisão de Impugnação, de 30 de outubro de 2014, que determinou a necessidade de contratação de franquia mensal de 90.000 (noventa mil) páginas entre impressão, cópias e etiquetas, sendo que o número de cópias/impressões é de 30.000 (trinta mil); impressões coloridas e 30.000(trinta mil) cópias/ impressões P&B, e 30.000 (trinta mil) etiquetas; e

• Relatório emitido do sistema de almoxarifado e controle de estoque das saídas, do ano de 2013, para os setores da Câmara Municipal dos seguintes materiais de consumo: Papel A3, Papel A4 e Etiquetas. (Se Câmara Municipal não possui controle de estoques – o que por si só já é uma irregularidade – pode-se requerer cópia de todas as Notas Fiscais da mercadoria para se aferir se a quantidade licitada encontra-se compatível com a consumida nos últimos 12 meses)

� MULTAS DE TRÂNSITO – DESPESAS SEM CARTÁTER PÚBLICO

• Cópia xerográfica integral do processo de pagamento do empenho 90, efetuado no dia 07/04/2014, cujo credor é o “DETRAN - DEPARTAMENTO DE TRANSITO”;

• Informação se foram adotadas providências administrativas ou instaurada a tomada de contas especial, nos termos do art. 10 da Lei Complementar (estadual) nº 202, de 15 de dezembro de 2000, para apuração dos motoristas responsáveis pelas multas de trânsito, ou dos gestores que não implementaram medidas de controle para identificação desses condutores, no valor de R$ 638,45, que se caracterizam em despesa sem caráter público, não abrangidas no conceito de gastos próprios, em desacordo com os arts. 4º e 12 da Lei (federal) 4.320/1964; e

• Cópia xerográfica do documento que comprova o ressarcimento do valor R$ 638,45 aos cofres da Câmara Municipal de ...

� PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CONVÊNIO

• Cópia integral dos processos administrativos do PRIMEIRO e do SEGUNDO TERMO ADITIVO AO CONVÊNIO N. 010/2014, firmados com a entidade ...;

• Cópia integral dos processos administrativos de Prestação de Contas dos pagamentos efetuados no dia 25/06/2014 e 23/07/2014, nos valores de R$ 177.408,00;

• Qual é o endereço em que é prestado o serviço à população pela entidade ..., objeto do CONVÊNIO N. 010/2014?

• Quem é o responsável, designado formalmente pela Administração Municipal, pela fiscalização da execução do convênio CONVÊNIO N. 010/2014, de acordo com o art. 67 c/c art. 116 da Lei federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993.

� ATAS DAS SESSÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

• Cópia das Atas das Sessões da Câmara Municipal de ... dos dias 03, 05 e 10 de fevereiro de 2014;

• Informação do motivo da não disponibilização dos áudios no Portal da Câmara Municipal DE .... das Sessões dos dias 03, 05 e 10 de fevereiro de 2014, conforme praxe desse Poder Legislativo, em homenagem aos princípios da ampla publicidade e da transparência da Gestão Pública; e

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Telefone (48) 3034-5171 / (48) 9911-6688 Site: www.ossj.org.br - E-mail: [email protected]

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponibilizados no menu “Reunião” do no Sistema de Normas contratado pela Câmara Municipal, as Atas das Sessões solicitadas no item 1 deste requerimento, conforme determina a Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando as Atas das Sessões passaram a ser disponibilizadas à Sociedade.

� PROCESSO ADMINISTRATIVO

• Cópia integral do processo administrativo relativo à contratação da empresa ..., para “SERVIÇO DE PRODUÇÃO DE 01 COMERCIAL DE 30" PARA A CAMPANHA DO IPTU 2014 DE ACORDO COM AT Nº 17845.”;

• Cópia integral do contrato firmado pelo Município de ... com a empresa ...;

• Cópia integral do processo de pagamento do empenho 279, da empresa ..., contendo todos os documentos acostados, a saber, nota fiscal, comprovantes de regularidade – INSS, FGTS, ISS, folha de pagamento, comprovante de liquidação, ordem bancária, etc.

• Quem é e quais os contatos do responsável, designado formalmente pela Administração Municipal, pela fiscalização da execução do contrato firmado com empresa ..., de acordo com o art. 67 c/c art. 116 da Lei federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993?

� CONTRATOS – ILUMINAÇÃO PÚBLICA

• Cópia integral do processo administrativo da Licitação n. 92/2010, cujo objeto é a seleção de empresa para prestação de serviços de manutenção de iluminação pública, que resultou na contratação da ...;

• Cópia integral do contrato e todos os termos aditivos firmados pelo Município de ... com as empresas ...;

• Cópia integral dos processos de pagamento dos empenhos 2444, da empresa ...; 2445 da ...; e 2446 da empresa ..., contendo todos os documentos acostados, a saber, nota fiscal, comprovantes de regularidade – INSS, FGTS, ISS, folha de pagamento, comprovante de liquidação, relação de manutenções realizadas ou materiais fornecidos, ordem bancária, etc.

• Cópia do relatório dos valores arrecadados mensalmente, no exercício financeiro de 2014, pelo Município de ..., relativos à COSIP - Contribuição para Custeio da Iluminação Pública, instituída Lei Complementar Municipal 7, de 30/12/2002; e

• Quem é e quais os contatos do responsável, designado formalmente pela Administração Municipal, pela fiscalização da execução dos contratos firmados com as empresas ..., de acordo com o art. 67 c/c art. 116 da Lei federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993? Fornecer cópia do ato de designação.

� CONTRATOS – MERENDA ESCOLAR

• Cópia integral do processo administrativo do Pregão Eletrônico n. 88/2011, cujo objeto é a seleção de empresa para atender a alimentação escolar da Rede Municipal de ..., que resultou na contratação da ...;

• Cópia integral do contrato e todos os termos aditivos firmados pelo Município de ... com a empresa ...;

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• Cópia integral do processo de pagamento dos empenhos 2622, 2623, 2722 e 2723 para a empresa ..., contendo todos os documentos acostados, a saber, nota fiscal, comprovantes de regularidade – INSS, FGTS, ISS, folha de pagamento, comprovante de liquidação, relação de refeições servidas ou materiais fornecidos, ordem bancária, etc.

• Quem é e quais os contatos do responsável, designado formalmente pela Administração Municipal, pela fiscalização da execução do contrato de alimentação escolar firmado com a empresa ..., de acordo com o art. 67 c/c art. 116 da Lei federal n. 8.666, de 21 de junho de 1993?

• Quem é e quais os contatos do(a) Nutricionista, designado formalmente pela Administração Municipal, que como responsável técnica pela alimentação escolar, de acordo com o art. 11 Lei federal n. 11.947, de 16 de junho de 2009?

� CONVÊNIO – INEXECUÇÃO

• Já foi iniciada a execução dos Convênios ns. 038/2014 e 039/ 2014, cujos objetos são os repasses de recursos provenientes do Fundo da Infância e Adolescência de ..., destinados, conforme os Projetos Técnicos/Plano de Aplicação, ao cofinanciamento do projeto “Atendimento Psicoterapêutico” e, ao projeto “Planejamento Estratégico CREAS - PAEFI”?

• Qual o valor que já foi desembolsado para pagamento dos Convênios ns. 038/2014 e 039/2014.?

• Se os Convênios ns. 038/2014 e 039/2014 não serão executados, solicitamos cópia da motivação que fundamentou esta decisão, e consequente, rescisão do pactuado.

• Cópia do termo de rescisão dos Convênios ns. 038/2014 e 039/2014. e dos extratos publicados no Diário Oficial.

� UTILIZAÇÃO DE ROCESSO ADMINISTRATIVO

• Informação se a Secretaria Municipal de Assistência Social e o Conselho Municipal de Assistência Social de ... atuam processos administrativos, devidamente registrados no sistema de protocolo e processo contrato pelo Município, com todas as suas páginas numeradas sequencialmente e rubricadas, a fim de garantir a sua integridade e os direitos previstos nos incisos XXXIV e LV da Constituição Federal, para pedidos de inscrição no CMAS, apresentação de projetos e formalização dos termos de convênio e subvenção e prestação de contas dos recursos recebidos, de acordo com a legislação municipal específica, se houver, ou aplicação analógica da Lei federal nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999.

� VALE TRANSPORTE

• Cópia das normas editadas (decretos, instruções normativas, etc.) que regulamentam o benefício do vale-transporte previsto no inciso III do art. 70, de acordo com o disposto no art. 71 da Lei municipal nº 2.248, de 20 de março de 1991;

• Cópia dos manuais de procedimentos e/ou orientações internas relativos à concessão de vale-transporte aos servidores públicos municipais, inclusive do modelo de requerimento e de cancelamento do benefício;

• Cópia integral dos processos de pagamento das despesas de vale-transporte adquiridos (relatórios de aquisição, notas fiscais, certificação/liquidação, ordem bancária e pagamento), de todas as empresas de transporte coletivo público, relativas ao mês de julho de 2014;

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• Cópia dos relatórios de distribuição dos vales-transportes, devidamente assinados pelos servidores públicos municipais beneficiários;

• Cópia do relatório, emitido no sistema de folha de pagamento, com a indicação do nome dos servidores públicos municipais e o valor descontado relativo à sua participação no custeio do benefício, conforme art. 4º, parágrafo único, da Lei federal nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985; e

• Informação da data de quando foi realizado o último recadastramento dos servidores públicos municipais que recebem o benefício, em cumprimento ao princípio da eficiência e economicidade previstos nos caputs dos arts. 37 e 70 da Constituição Federal.

� VEÍCULOS OFICIAIS

• Cópia das normas editadas (decretos, instruções normativas, etc.) que regulamentam a utilização de veículos oficias (próprios, locados ou cedidos) pelos órgãos e entidades do Poder Executivo do Município de ..., bem como a responsabilidade sobre as infrações de trânsito e a obrigatoriedade do veículo circular com o licenciamento regular;

• Cópia dos manuais de procedimentos e/ou orientações internas relativos à utilização de veículos oficias (próprios, locados ou cedidos) pelos órgãos e entidades do Poder Executivo do Município de ...;

• Informação se todos os veículos oficias (próprios, locados ou cedidos) utilizados pelos órgãos e entidades do Poder Executivo do Município de .... possuem adesivo colante em suas portas dianteiras, com a logomarca do Governo do Municipal, bem como adesivo colante informando o DDG da Ouvidoria Geral do Município;

• Informação se todos os veículos oficias locados utilizados pelos órgãos e entidades do Poder Executivo do Município de ... possuem adesivo colante com a expressão “VEÍCULO LOCADO - SERVIÇO PÚBLICO MUNICIPAL”, uma vez que não possuem nenhuma carcaterística que indiquem ester sendo utilizados pelo Poder Público, pois não utilizam placas brancas;

• Informação se é permitida a utilização nos veículos oficias (próprios, locados ou cedidos) de adesivos imantados, que podem ser retirados e colocados facilmente sem danificá-los, fragilizando o controle do uso regular da frota de veículos pelos órgãos e entidades do Poder Executivo do Município de ..., sobretudo dos locados;

• Informação do rol dos agentes políticos e, também, eventuais servidores públicos que possuem direito a veículo de representação, bem como os direitos atribuídos a essa categoria (motorista, leva-e-traz para suas residências, etc.); e

• Informação se existe normatização ou orientação vedando a utilização de veículos oficias (próprios, locados ou cedidos) para os deslocamentos no percurso residência-trabalho e vice-versa, bem como a obrigação de mantê-los em garagens ou pátios dos órgãos e entidades do Poder Executivo do Município de ... nos períodos noturnos, pontos facultativos, sábados, domingos ou feriados, salvo se utilizados em serviços especiais ininterruptos ou que funcionem nesses períodos.

� TERCEIRIZADOS

• Cópia integral do contrato e aditivos, se houver, firmado por essa Câmara Municipal de ..., com a empresa ..., neste exercício financeiro.

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• Cópia integral do último processo de pagamento para a empresa ..., contendo nota fiscal, comprovantes de regularidade – INSS, FGTS, ISS, folha de pagamento, comprovante de liquidação, ordem bancária, etc.

• Relação dos postos de trabalho contratados, o nome dos empregados terceirizados em atividade no último dia do mês, o CPF, a carga horária e a área de trabalho nessa Câmara Municipal (gabinete, diretoria, coordenadoria, etc.).

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponibilizados no Portal de Transparência do Município de ...., os dados solicitados no item 1 a 3, deste requerimento, para download, conforme determina a Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação – LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando essa relação será publicada no Portal de Transparência.

� IMÓVEIS PRÓPRIOS

• Relação contendo todos os bens imóveis do Município de ..., inclusive da administração indireta, citando o número da matrícula no Cartório de Registro de Imóveis, se houver, localização e destinação atual (nome da unidade administrativa). No caso de cessão para terceiros, citar o ato legal e o prazo.

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponibilizados no Portal de Transparência do Município, os dados solicitados no item 1 deste requerimento, conforme determina a Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando essa relação será publicada no Portal de Transparência do Município.

� IMÓVEIS PRÓPRIOS – CONTABILIDADE

• Solicita em arquivo eletrônico, em formato editável (excel, word, etc.), o balancete analítico acumulado até o último mês encerrado, incluindo todos os órgãos e entidades do Poder Executivo do Município de ...; e

• Relação analítica contendo todos os bens de caráter permanente (móveis e imóveis) de cada unidade administrativa, “com indicação dos elementos necessários para a perfeita caracterização de cada um deles e dos agentes responsáveis pela sua guarda e administração”, que fundamentaram o registro e que compõe o saldo sintético existente na contabilidade do Poder Executivo do Município de ...., conforme artigos 94 a 96 da Lei 4.320/64.

� SERVIDORES MUNICIPAIS

• Arquivo eletrônico contendo relação de todos os servidores públicos (efetivos, comissionados, ACT´s), ativos e inativos, remunerados pelo Poder Executivo Municipal, compreendendo a administração direta e indireta, contendo nome, CPF, lotacional, carga horária, cargo, função, remuneração e mês de referência.

� RELAÇÃO DE TRABALHADOS POR ÁREA

• Relação contendo todos os servidores, terceirizados e estagiários que atuam no CAC – Centro de Atendimento ao Cidadão, vinculado a essa Secretaria Municipal da Receita, incluindo os turnos matutino e vespertino.

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� CONVÊNIOS

• Cópia integral dos Convênios ns. 038/ 2014 e 039/2014, cujos objetos são os repasses de recursos provenientes do Fundo da Infância e Adolescência de ..., destinados, conforme os Projetos Técnicos/Plano de Aplicação, ao cofinanciamento do projeto “Atendimento Psicoterapêutico” e, ao projeto “Planejamento Estratégico CREAS - PAEFI”.

� LICITAÇÃO – PROCESSO ADMINISTRATIVO

• Cópia integral do Processo Administrativo n. 162/2014, do Edital da Tomada de Preços n. 015/2014, cujo objeto é a contratação de empresa para construção de piscina destinada ao serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para idosos - CATI, com fornecimento do material necessário a realização dos serviços. .

� EQUIPAMENTOS EXCEDENTES OU INSERVÍVEIS

• Qual a destinação a ser dada aos equipamentos excedentes e/ou inservíveis, que atualmente estão sendo utilizados pela Câmara Municipal de ..., que serão substituídos quando da entrega dos novos equipamentos previstos nos seguintes editais: Pregão Presencial n. 008/2014 – Processo Administrativo n. 029/2014 e Pregão Presencial nº. 007/2014 – Processo Administrativo n.º 30/2014, quais sejam, desktops, notebooks, impressoras, estabilizadores e demais objetos.

� DISPENSA DE LICITAÇÃO – PROCESSO ADMINISTRATIVO

• Cópia integral do Processo de Inexigibilidade de Licitação n. 017/2014 – Processo n. 362/2013. Contratada: Associação Filarmônica Camerata Florianópolis – Câmara. Objeto: Inexigibilidade para a contratação da ... para realização de 02 (duas) apresentações na programação oficial de natal da Fundação Municipal de Cultura e Turismo, sendo uma no Centro Histórico e outra no Centro de Eventos Multiuso. Valor: R$ 160.000,00 (cento e sessenta mil reais).

� ORÇAMENTOS DA LICITAÇÃO

• Cópia de todos os orçamentos que formularam o quadro de custos do Anexo I do Edital do Pregão Presencial n. 008/2014 – Processo Administrativo n. 029/2014, conforme consta na resposta à analise da impugnação item IX (anexo), in verbis: “... estão disponíveis para vistas do Impugnante, e se preciso cópias, inclusive, para qualquer outro interessado.”

� IMPUGNAÇÕES - LICITAÇÕES

• Cópia de todas as impugnações apresentadas pelas empresas interessadas em participar do Pregão Presencial n. 007/2014 – Processo Administrativo n. 030/2014, e respostas da Câmara Municipal a esses questionamentos.

� TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

• Cópia do Termo de Ajustamento de Conduta n. 27/2013, firmado por essa egrégia Câmara com o Ministério Público do Trabalho.

� PROPAGANDA E PUBLICIDADE

• Relatório contendo o nome de todos os jornais em que foram publicados os balancetes e balanços dessa Câmara Municipal de ..., no período de janeiro de 2014 a março de 2014, e os valores cobrados mensalmente para divulgação. O relatório deverá ser segregado por mês.

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• Indicação da fundamentação legal para publicação dos balancetes e balanços dessa Câmara Municipal de .... em diversos jornais, gerando um custo elevado para o Contribuinte, caracterizando pagamento em duplicidade pelo fato do Município de ... já ter instituído o Diário Oficial dos Municípios de Santa Catarina – DOM/SC, como órgão de divulgação oficial dos atos do Poder Legislativo, em que a Municipalidade já paga uma mensalidade para participação do Consórcio de Informática na Gestão Pública Municipal – CIGA, conforme Lei Ordinária 4948/2010, de 10/03/2010, alterada pela Lei Ordinária 5266/2013, de 05/04/2013.

� PROPAGANDA E PUBLICIDADE

• Cópia integral de todos os processos de solicitação dos serviço e pagamentos efetuados à empresa ..., compreendidos entre os dias 1º de novembro de 2013 a 28 de fevereiro de 2014, incluindo todos os documentos anexados, especialmente:

o cópia dos Empenhos emitidos pela Câmara Municipal de ... (art. 58 da Lei federal n. 4.320/64);

o cópia de todas as notas fiscais apresentadas pela empresa ... (art. 58 da Resolução TC n. 16/94),

acompanhadas das cópias das notas fiscais dos serviços de terceiros que foram emitidas contra a agências de propaganda e publicidade contratada, decorrentes do faturamento dos serviços de publicidade, propaganda e marketing autorizados pela Câmara Municipal de ..., conforme Prejulgado 1506, do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina;

o cópia dos documentos que comprovam a liquidação da despesa (art. 63 da Lei federal n. 4.320/64), previstos no art. 65 da Resolução TC n. 16/94, do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, exigíveis quando da realização de gastos com publicidade: I - Memorial descritivo da campanha de publicidade, quando relativa a criação ou produção; II - Cópia da autorização de divulgação e/ou do contrato de publicidade; III - Indicação da matéria veiculada, com menção de datas, horários e tempos de divulgação; IV - Cópia do material impresso, em se tratando de publicidade escrita, e gravação da matéria veiculada, quando se tratar de publicidade radiofônica ou televisiva; V - Cópia da tabela oficial de preços do veículo de divulgação e demonstrativo da procedência dos valores cobrados.

o cópia dos documentos que comprovam o pagamento à empresa ... (art. 64 da Lei federal n.

4.320/64).

� PROCESSO LEGISLATIVO

• Cópia integral do processo legislativo que trata do Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 001/2014, dos Vereadores ..., que altera a redação do parágrafo 3º do art. 27, da Lei nº 2.123/90 - Lei Orgânica Municipal, que fixa em 19 (dezenove) o número de Vereadores do Município de ...

� CONTROLE DE FREQUÊNCIA

• Disponibilização de cópia do cartão ou ficha de controle de frequência – da competência 11/2013 - onde fica registrada a jornada de trabalho efetiva dos servidores públicos municipais relacionados no Anexo I, de acordo com o cargo e a respectiva legislação, dos 02 (dois) vínculos mantidos com o Município de ..., inclusive dos servidores comissionados, conforme item 1 do Prejulgado 2101, do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina, que subsidiam a regular liquidação da despesa, condição sine qua non para o pagamento, em observância ao disposto nos arts. 62 e 63 da Lei (federal) nº 4.320/64;

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� QUADRO DE CARGOS

• Relação atualizada do quadro contendo todos de cargos públicos da Câmara Municipal, de provimento efetivo ou comissionado, vagos ou ocupados, com informação da lei municipal que o criou.

� FATURAS DE ÁGUA, ENERGIA ELÉTRICA E TELEFONIA FIXA

• Cópia em meio digital ou físico das faturas de água, energia elétrica e telefonia fixa de todas as unidades do Governo Municipal de ..., inclusive da administração indireta, da última competência.

� IMÓVEIS LOCADOS

• Relação de todos os imóveis locados pelo Poder Executivo Municipal, inclusive da administração indireta, contendo a descrição completa, o nome do locador, o valor mensal e anual do aluguel, o prazo de vigência do contrato e a unidade administrativa que está instalada e utilizando o referido imóvel;

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponibilizados no Portal de Transparência do Município, os dados solicitados no itens 1 deste requerimento, conforme determina a Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando essa relação será publicada no Portal de Transparência do Município.

� VEÍCULOS PRÓPRIOS E LOCADOS

• Relação de todos os veículos oficiais próprios do Município de ..., inclusive da administração indireta, contendo placa, RENAVAN, marca, modelo, tipo, ano e unidade que está utilizando o referido bem;

• Relação de todos os veículos locados pelo Poder Executivo Municipal, inclusive da administração indireta, contendo placa, marca, modelo, tipo, ano, unidade que está utilizando o referido bem e valor da locação;

• Cópia integral do contrato de locação de veículos firmado pelo Poder Executivo Municipal;

• Cópia integral do contrato de seguro firmado pelo Poder Executivo Municipal, contendo a descriminação dos bens segurados;

• Cópia integral dos processos de pagamento das despesas (nota fiscal, comprovantes de regularidade, nota de empenho, liquidação, ordem bancária, etc.) apresentados pela locadora de veículos, relativas aos meses de outubro e novembro de 2013;

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponibilizados no Portal de Transparência do Município, os dados solicitados nos itens 1 a 4 deste requerimento, conforme determina a Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando essa relação será publicada no Portal de Transparência do Município.

� RELAÇÃO DE MÉDICOS

• Relação de todos os Médicos contratados por esse Município contendo as seguintes informações: o nome completo do servidor; o cargo ocupado; a especialidade médica; o tipo de vínculo (efetivo,

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comissionado ou ACT); a carga-horária mensal; remuneração bruta (agosto/2014); o local de trabalho (se for mais de um local, indicar todas as unidade onde exerce a função); e o horário de trabalho (por unidade onde exerce a função).

• Informação justificando por que a relação solicitada no item 1, deste requerimento, ainda não está disponibilizada no Portal de Transparência desse Município, para download, conforme determina os incisos I e VI do § 1º do art. 8º da Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação – LAI). Informar, também, a data de quando essa relação será publicada no Portal de Transparência.

� RELAÇÃO DE SERVIDORES PÚBLICOS

• Relação e arquivo eletrônico com todos os servidores públicos remunerados por essa Câmara Municipal, relativo à competência agosto de 2014, contendo o nome completo do servidor; o CPF; o cargo público ocupado; o nível de escolaridade; a formação; o tipo de vínculo (efetivo, comissionado ou ACT); a categoria (ativo ou inativo); o lotacional (gabinete, diretoria, gerência, etc.); a carga horária mensal; o horário de trabalho; e a remuneração bruta. (Os sistemas de folha de pagamento, em regra, possuem recursos para gerar este arquivo eletrônico).

• Informação justificando por que a relação solicitada no item 1, deste requerimento, se for o caso, ainda não está disponibilizada no Portal de Transparência dessa Câmara Municipal, conforme determina os incisos II do § 1º do art. 8º da Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação – LAI) e I do art. 48-A da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (LRF). Informar, também, a data de quando essa relação será publicada no Portal de Transparência, se ainda não disponibilizada.

� SISTEMAS INFORMATIZADOS

• Relação de todos os contratos de licença e de manutenção de softwares (sistemas informatizados) mantidos pelo Município de ..., inclusive pela administração indireta, descriminando o nome da ferramenta/sistema (finalidade), a empresa contratada, o valor mensal, o gestor responsável pelo sistema na Prefeitura e os órgãos e entidades que efetivamente estão utilizando esses softwares.

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponibilizados no Portal de Transparência do Município, os dados solicitados no item 1 deste requerimento, conforme determina a Lei Federal n. 12.527/ 2011 ( Lei de Acesso à Informação – LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando essa relação será publicada no Portal de Transparência do Município.

� IMÓVEIS LOCADOS

• Relação dos imóveis locados pelo Município de ..., inclusive da administração indireta, contendo sua descrição, localização, nome do locador, o valor anual do aluguel, o prazo de vigência e a unidade instalada no local.

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponibilizados no Portal de Transparência do Município, os dados solicitados no item 1 deste requerimento, conforme determina a Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando essa relação será publicada no Portal de Transparência do Município.

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� CONSELHOS MUNICIPAIS

• Lista de todos os Conselhos Municipais existentes no Município de ..., contendo o nome de todos os membros, segmentos ou entidades que representam, contatos (e-mail e telefone) e o prazo do mandato.

• Informação justificando o motivo pelo qual ainda não estão disponibilizados no Portal de Transparência do Município, os dados solicitados no item 1 deste requerimento, conforme determina a Lei federal n. 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação - LAI) e a Lei Complementar Federal n. 131/2009 (Lei da Transparência). Além disso, informar a data de quando essa relação será publicada no Portal de Transparência do Município.

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR FULANO DE TAL, DD. PREFEITO MUNICIPAL DE ... / DD. PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE ...

(Juntar cópia ao processo administrativo n. .....)

O OBSERVATÓRIO SOCIAL DE ...., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ ...., situado na av. ...., n. ..., Sala ...., Ed. ....., Bairro ...., Cidade de ...., Estado de ...., por meio do seu representante legal abaixo assinado, vem, respeitosamente, perante V.Exa., com fundamento no artigo 15 da Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação –, apresentar

RECURSO ADMINISTRATIVO

contra a omissão do Senhor ....., Diretor de Administração dessa Câmara Municipal, / Secretário Municipal de ...., em disponibilizar de forma integral documentos e informações solicitados com base na Lei de Acesso à Informação.

DOS FATOS

O Observatório Social de ..., entidade não governamental, criada pela sociedade civil organizada, empresários e cidadãos ..., sem fins econômicos e vínculos político-partidários, atua no exercício da cidadania e defesa dos direitos sociais, visando realizar o controle social dos gastos públicos do Município de ... – Poder Executivo e Legislativo -, para que sejam garantidos e, sobretudo, prestados os serviços públicos em quantidade e qualidade que atendam às necessidades da população.

Nesse mister, e no intuito de poder contribuir com o processo de transparência e

qualidade na aplicação dos recursos públicos, apresentando uma análise completa do tema, protocolou na Câmara Municipal de ... / no Paço Municipal de ..., requerimento (Anexo I), com base na Lei federal n. 12.527/11 - Lei de Acesso à Informação –, solicitando documentos e informações.

Ocorre que, decorrido o prazo previsto no § 1o do art. 11 da Lei de Acesso à Informação,

sem que houvesse qualquer pedido de prorrogação, a fim de que fossem apresentados os documentos e informações requeridas, nenhuma resposta foi encaminhada a esta Entidade, preferindo o Diretor de ... / Secretário Municipal de ... permanecer em completo silêncio, a

MODELO DE

RECURSO ADMINISTRATIVO

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despeito das graves sanções previstas no art. 33 da citada lei a que o agente público recalcitrante encontra-se passível.

Em razão da omissão, apresentamos a V.Exa. este recurso administrativo, com o mesmo

objetivo, a saber, a disponibilização integral dos documentos e informações requeridas.

DO DIREITO

A constituição de 1988 inaugura um novo ordenamento jurídico que tem como maior

corolário o Estado Democrático de Direito, para sua concretização a lei maior estabelece como princípios a cidadania e a soberania popular, afirmando, vez por todas, a relevância da participação popular para concretização de uma verdadeira democracia popular. Trata-se da normatização de princípios democráticos que por longo tempo foram negligenciados por regimes ditatoriais no Brasil que, como não poderia deixar de ser, veio acompanhada com uma larga ampliação das garantias individuais frente ao Estado como os direitos à liberdade de associação, de manifestação, dentre outros direitos fundamentais.

Neste contexto, instaurado pela “constituição cidadã”, o controle social do Estado

apresenta-se como a materialização do princípio do Estado Democrático de Direito. Somente quando a população estiver participando ativamente das decisões, poder-se-á falar em um regime verdadeiramente democrático. A constituição, então, cria os meios para o seu surgimento.

A fiscalização popular das contas públicas deve ser entendida não somente como um

meio de combate à corrupção e aos desvios da função pública, heranças de formas de governos patrimonialistas que buscavam atender somente interesses individuais, mas, principalmente, como um caminho para a construção de uma cultura de transparência em relação ao patrimônio público e participação popular na criação das políticas públicas.

Nesse viés, a atuação do Observatório Social de ... e, também, o direto de acesso à

informação e documentos de caráter público, encontram-se fundamentados e estão assegurados no artigo 5º, incisos XXXIII e XXXIV, 31 § 3º da Constituição Federal, no art. 1º da Lei federal n. 9.051/95 e no art. 48-A, incisos I e II, da Lei Complementar federal n. 131/2009. Neste sentido, destacamos:

“Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:

I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado; II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.”

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Complementarmente, a Lei de Acesso à Informação também obriga os órgãos e

entidades públicas a divulgarem e disponibilizarem uma variada gama informações:

“Art. 8o É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. § 1o Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no mínimo: I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; III - registros das despesas; IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. § 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet). § 3o Os sítios de que trata o § 2o deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos: (...) II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;”

Desta forma, o direito de acesso às informações públicas vem expressamente previsto

na Constituição da República e inserida no rol dos direitos individuais. O dispositivo visa garantir a obtenção de documentos não apenas para informação particular, mas também de “interesse coletivo ou geral”, o que indica uma das formas do exercício da cidadania. Ademais, a garantia vem expressa pelo direito de petição (art. 5°, XXXIV, a) que significa a perspectiva de postular junto ao Poder Público “em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder” e pelo direito de obtenção de certidões, “para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal” (letra b do mesmo inciso).

Além disso, dentre os diversos princípios que regem a atuação da Administração

Pública, a Constituição Federal apontou expressamente o princípio da publicidade como um dos princípios basilares da atuação dos agentes públicos no Brasil, buscando, desta forma, dar transparência aos atos administrativos e, mais especificamente, em relação às licitações, extinguir favoritismos, tráficos de influência e outras práticas que afrontam a moralidade e contribuem para a malversação do patrimônio público.

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A publicidade, portanto, passou a ser um dos elementos essenciais dos atos administrativos, tendo o condão de atribuir eficácia perante terceiros, manter o controle público pela comunidade e permitir que a sociedade fiscalize a transparência e retidão dos atos públicos. Desta maneira, de forma sucinta, o princípio da publicidade está intimamente ligado à viabilização do controle popular sobre os atos da Administração e ao conceito de transparência administrativa.

Além da garantia ao acesso à informação e entrega de documentos, faz-se necessário

salientar que a Lei federal n. 9.265/96 garante também a gratuidade no fornecimento destas cópias às associações e a todos os cidadãos, pois estas representam o exercício pleno da cidadania, conforme pode ser aferido:

“Art. 1º São gratuitos os atos necessários ao exercício da cidadania, assim considerados: (...) III - os pedidos de informações ao poder público, em todos os seus âmbitos, objetivando a instrução de defesa ou a denúncia de irregularidades administrativas na órbita pública; (...) V - quaisquer requerimentos ou petições que visem às garantias individuais e a defesa do interesse público.”

Cabe ainda ressaltar que a recusa no fornecimento das informações e documentos requeridos constituí conduta ilícita que enseja responsabilidade do agente público, pois está incorrendo numa espécie de ato de improbidade administrativa, prevista no art. 33 da Lei federal n. 12.527/2011.

Além disso, a inobservância dos princípios constitucionais previstos no caput do art. 37

e seu inciso XXI, da CF, e art. 3º da Lei federal nº. 8.666/93 poderá tipificar ato de improbidade administrativa, passível de anulação por ação civil pública ou ação popular, com sérias implicações negativas apara o Gestor Público. Ainda, é necessário frisar que o Gestor saiba que é papel precípuo de cada agente público cuidar para que a Lei seja cumprida e quando não o faz incorre também no mesmo erro legal, de acordo com o art. 10 da Lei federal n. 8.429/92.

Ressaltamos ainda que o Decreto Lei federal nº. 201, de 27 de fevereiro de 1967, que

dispõe sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores, define no artigo 1º que é crime de responsabilidade dos Prefeitos Municipais “Negar execução a lei federal, estadual ou municipal, ou deixar de cumprir ordem judicial, sem dar o motivo da recusa ou da impossibilidade, por escrito, à autoridade competente”.

Todos os direitos acima mencionados, vale frisar, são senão reflexo de todo um

histórico de lutas e conquistas dos movimentos sociais pela construção de um Estado Democrático de Direito, pautado pelo exercício da participação e da cidadania e não apenas pelo direito de ser representado.

Assim, fica legalmente esclarecido o direito cívico deste Observatório Social exercer o

controle social das contas públicas municipais, bem como o dever do Poder Executivo Municipal de abrir as portas para a população efetivar seu papel fiscalizador.

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DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

A Lei federal nº. 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação –

dispõe sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal, estabelecendo, em seu art. 5º, que “é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão.”

Esse diploma legal estabelece ainda:

“Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou militar: I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar

deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma

incorreta, incompleta ou imprecisa; (...) III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação; (...) § 1o Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, as condutas descritas no caput serão consideradas: (...) § 2o Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente público responder, também, por improbidade administrativa, conforme o disposto nas Leis nos 1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho de 1992.” (G/N)

A Lei de Acesso à Informação também estabelece as sanções em caso de inobservância

da norma, caracterizando-se numa espécie de ato de improbidade administrativa, conforme se depreende do art. 33:

“Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: I - advertência; II - multa; III - rescisão do vínculo com o poder público; IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. § 1o As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. (...)”

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Ademais, a Lei federal n° 8.429/1992, que dispõe sobre os atos de Improbidade Administrativa praticados por agente público contra a administração do município determina que o Prefeito, bem como o Presidente da Câmara, na condição de agentes públicos, fica obrigado a informar à população, tornando-lhes acessíveis, todos os seus atos administrativos.

Incorre em ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da

administração pública, aquele que nega a publicidade de informações, seja por não prestar contas no período legal de sessenta dias, seja negando ou protelando a resposta aos cidadãos que enviaram ofício ao Executivo e à Câmara Municipal requerendo explicações sobre as possíveis irregularidades encontradas durante a fiscalização popular das contas públicas.

Sobre a questão dispõe o art. 11, incisos I, II, IV e VI dessa Lei:

“Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; (...) IV - negar publicidade aos atos oficiais; VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;” (G/N)

DO PEDIDO

Diante dos fatos e do direito expostos, requeremos: a) Manifestação, no prazo de 5 (cinco) dias, conforme disposto no parágrafo único do art. 15 da

Lei de Acesso à Informação; e b) Disponibilização integral dos documentos e informações solicitadas, conforme

requerimentos em anexo, protocolado na Prefeitura Municipal ... / Câmara Municipal de ....

Nestes termos, pede deferimento,

_________________, ______ de ________ de 2014.

________________ Nome Completo

Cargo na Entidade

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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR FULANO DE TAL – DD. PROMOTOR DE JUSTIÇA DA DEFESA DA MORALIDADE ADMINISTRATIVA DA COMARCA DE ...

O OBSERVATÓRIO SOCIAL DE ...., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ ...., situado na av. ...., n. ..., Sala ...., Ed. ....., Bairro ...., Cidade de ...., Estado de ...., por meio do seu representante legal abaixo assinado, vem, respeitosamente, perante V.Exa., com fundamento nos artigos 127, 129, II e III , art. 5º, XXXIV, “a”, e 37, caput, da Constituição Federal, e na Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação –, apresentar

DENÚNCIA

contra o Prefeito Municipal, Sr. Sicrano de Tal, / Presidente da Câmara Municipal, Sr. Beltrano de Tal, em face dos fatos e ilegalidades perpetrados em flagrante e reiterado descumprimento às Leis de Acesso à Informação e Transparência Pública (Lei Complementar federal n. 131, de 27 de maio de 2009).

DOS FATOS

O Observatório Social de ..., entidade não governamental, criada pela sociedade civil organizada, empresários e cidadãos ..., sem fins econômicos e vínculos político-partidários, atua no exercício da cidadania e defesa dos direitos sociais, visando ao controle social dos gastos públicos do Município de ... – Poder Executivo e Legislativo -, para que sejam garantidos e, sobretudo, prestados os serviços públicos em quantidade e qualidade que atendam às necessidades da população.

Nesse mister, e no intuito de poder contribuir com o processo de ampliação da transparência

pública, objetivando a melhoria da qualidade na aplicação dos recursos públicos, esta entidade protocolou no Poder Executivo, os seguintes requerimentos:

1) de 14 de agosto de 2013, solicitando relação dos veículos oficias próprios do Município de ... e cópia

dos contratos de seguro (Anexo 1); 2) de 14 de agosto de 2013, pedindo relação de todos os veículos locados pelo Município de ... e cópia

dos contratos de locação (Anexo 2); 3) de 27 de agosto de 2013, requerendo rol dos imóveis locados pelo Município de ... (Anexo 3); 4) de 30 de agosto de 2013, solicitando diversas informações sobre o contrato da empresa ... (Anexo 4); 5) de 06 de setembro de 2013, pleiteando cópia das Dispensas de Licitação nºs. 056, 058 e 059/2013

(Anexo 5); 6) de 06 de setembro de 2013, solicitando cópia da Dispensa de Licitação n. 060/2013 (Anexo 6); 7) de 13 de setembro de 2013, requerendo disponibilização imediata dos editais, na íntegra, em meio

digital e físico, da Concorrência n. 003/2013 e das Tomadas de Preços nºs. 003, 006, 011 e 013/2013 (Anexo 7);

MODELO DE DENÚNCIA

MINISTÉRIO PÚBLICO

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8) de 12 de setembro de 2013, solicitando o rol dos membros do Conselho Municipal de Educação e do Conselho do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) (Anexo 8); e

9) de 29 de agosto de 2013, pleiteando a relação dos contratos de licença e de manutenção de softwares (sistemas informatizados) mantidos pelo Município de ... (Anexo 9).

Ocorre que, decorrido o prazo previsto no § 1o do art. 11 da Lei de Acesso à Informação, sem

que houvesse qualquer pedido de prorrogação, a fim de que fossem apresentadas as informações e documentos solicitados, nenhuma resposta foi encaminhada a esta Entidade, preferindo a Chefe do Poder Executivo Municipal / Presidente da Câmara Municipal permanecer em completo silêncio, a despeito das graves sanções previstas ao no art. 33 da citada lei a que o agente público recalcitrante encontra-se passível.

Além do exposto, o Poder Executivo do Município de ... / o Poder Legislativo do Município de ...,

a despeito da vigência das Leis de Transparência Pública (Lei Complementar federal n. 131, de 27 de maio de 2009) e Acesso à Informação (Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011), até a presente data não disponibiliza, de forma ativa, as seguintes informações no seu Portal de Transparência:

- Licitações: Disponibilização dos editais das licitações, inclusive as cartas convites e atas de habilitação e julgamento, simultaneamente com a publicação dos extratos no Diário Oficial, na íntegra, para download. (Art. 8º, §1º, III, LAI) - Contratos e Aditivos: Relação de todos os instrumentos de contrato ou de seus aditivos, inclusive com a possibilidade para download, na íntegra (Arts. 26, 61, § único, 62, § 3º, 116, 117, 119, 123 e 124 da Lei 8.666/93; Art. 8º, §1º, III, LAI). - Compras Diretas: As relações mensais de todas as compras diretas feitas pelos órgãos e entidades (art. 16 da Lei nº 8.666, de 1993) (Art. 8º, III, LAI). - Recursos Recebidos e Repassados: Relação de todas as transferências constitucionais e voluntárias (convênios e subvenções) recebidas e concedidas (caput do art. 162 da Constituição Federal), indicando o beneficiário, o objeto ou finalidade, os valores recebidos ou repassados e, se for o caso, o valor da contrapartida, inclusive com os termos na integra para download (Art. 8º, II, LAI). - Orçamentos Anuais: Os orçamentos - PPA, LDO e LOA - do Município, por exercício financeiro de vigência (Art. 48, LC 101/00; Art. 112, Lei 4.320/64). - Execução Orçamentária e Financeira: Os Relatórios Resumido da Execução Orçamentária (RGO) e de Gestão Fiscal (RGF). (Art. 165, §3º, e Art. 71, §3º, ambos da CF; Arts. 53 e 54, ambos da LC 101/00; Art. 8º, §1º, III, LAI) - Balanços e Demonstrações Contábeis: O balanço e demonstrações contábeis do Município (Art. 101; Lei 4.320/64; Arts. 48 e 52 , ambos da LC 101/00; Art. 7º, V, LAI). - Demonstrativos de Receitas e Despesas: Os demonstrativos de receitas e despesas do Município (Art. 102; Lei 4.320/64; Arts. 48 e 52 , ambos da LC LC 101/00; Art. 7º, V, LAI). - Portal de Transparência: Criação de um Portal de Transparência único, com acesso a partir de banner na página principal do Portal do Município, onde serão disponibilizadas todos os documentos e informações exigidas pelas Leis de Transparência e Acesso à Informação e outras normas esparsas. - Dados abertos e não proprietários: Possibilidade prevista no inciso II, § 3º do art. 8º da LAI, que contempla o direito do cidadão efetivar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas (csv, xls, etc.) e texto (txt), de modo a facilitar a análise e o cruzamento das informações com outros bancos de dados. - Requerimentos da Lei de Acesso à Informação (LAI): Banner para programa informatizado para receber requerimentos baseados na Lei de Acesso à Informação (LAI), previsto no § 2º do art. 10, como, por exemplo, o disponibilizado gratuitamente pela Controladoria Geral da União (CGU), para os Municípios, no Programa Brasil Transparente. - Execução Orçamentária e Financeira: Dados completos, em tempo real, da Execução Orçamentária e Financeira, que contempla o direito do cidadão efetivar a gravação de relatórios em diversos formatos

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eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas (csv, xls, etc.) e texto (txt), de modo a facilitar a análise e o cruzamento das informações com outros bancos de dados (Arts. 48, II, e 48-A, I e II, ambos da LC 101/00; Art. 7º, V, LAI). - Perguntas Frequentes: Respostas às perguntas mais frequentes da sociedade (Art. 8º, VI, LAI). - Concursos Públicos: Informações sobre concursos públicos e processos seletivos (contratação de ACT´s, seleção de membros de Conselhos Tutelares e Conselhos Municiais, etc.) (Art. 7º, V, LAI). - Estrutura de Cargos e Remunerações: Detalhamento do quadro de pessoal, plano de carreira e remuneração dos cargos e empregos públicos (Art. 39, § 6º, CF; Art. 7º, V, e Art. 8º, §1º, III, ambos da LAI). - Despesas com pessoal: Relação de servidores ativos e inativos, descriminando cargo e função, natureza do vínculo, lotação (centro de custo) e remuneração, que contempla o direito do cidadão efetivar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas (csv, xls, etc.) e texto (txt), de modo a facilitar a análise e o cruzamento das informações com outros bancos de dados (Art. 8º, §1º, III, e Art. 7º, V, ambos da LAI). - Estrutura Organizacional e Competência Institucional: Composição, estrutura, competência e organograma dos Poderes Executivo e Legislativo (desde prefeito ou presidente até chefes de setores), contendo os cargos, nomes, contatos (endereço completo, horário de atendimento, e-mail, telefone, etc.) dos agentes políticos e servidores públicos (Art. 8º, §1º, I, LAI). - Planejamento e Gestão e Ações e Programas: Informação relativa à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades, bem como metas e indicadores propostos (Art. 7º, VII, a e Art. 8º, §1º, I, ambos da LAI) - Estagiários: Lista contendo todos os estagiários, atualizada mensalmente, com indicação da área, local de trabalho e remuneração (Art. 8º, III, LAI).. - Terceirizados: Relação contendo todos os contratos terceirizados, indicando os postos, o nome dos empregados terceirizados, a função, a carga horária e o local de trabalho (Art. 8º, III, LAI). - Diárias e Passagens: Divulgação das despesas dos beneficiários de diárias e passagens, destino e motivo das viagens (Art. 8º, III, LAI). - Regularidade do Município: Informações sobre o cumprimento das competências constitucionais e legais, especialmente com relação aos itens previstos no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (CAUC) - http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/transferencias_voluntarias_novosite/, que podem impedir repasses ou transferências de recursos financeiros do Governo Federal e a realização de operações de crédito interno e externo. (Art. 7º, V, LAI). - Veículos: Relação analítica de todos os veículos oficiais próprios ou locados e as despesas mensais com combustíveis e manutenção. (Arts. 94 e 96 da Lei 4.320/64; Art. 48, III, LC 101/00; Art. 8º, III, LAI). - Audiências Públicas: Divulgação dos editais e das atas de reuniões e audiências públicas, além da publicação no Diário Oficial. (Art. 48, I, LC 101/00; Art. 7º, V, LAI). - Legislação Municipal: Disponibilização de toda a legislação Municipal (Leis, Decretos, Instruções Normativas, Resoluções, Decretos Legislativos, Portarias, Ordens de Serviço, etc.) (Art. 7º, V, LAI). - Estoques: Relação contendo todos os almoxarifados do Município, materiais estocados, no último dia do mês, média de consumo dos últimos 12 (doze) meses, bem como informações sobre o sistema de controle utilizado (manual ou informatizado) e nível de utilização (exclusivamente central ou descentralizado para todas as unidades administrativas) (Arts. 94 e 96 da Lei 4.320/64; Art. 48, III, LC 101/00; Art. 7º, V, LAI). - Bens Móveis e Imóveis: Relação analítica contendo todos os bens móveis e imóveis, inclusive locados, contendo a localização e a destinação dada atualmente (caso cedido para terceiros, qual o prazo da cessão) (Arts. 94 e 96, ambos da Lei 4.320/64; Art. 48, III, LC 101/00; Art. 7º, V, LAI). - Dívidas: Relatório completo com todas as dívidas do Município (precatórios, empréstimos, parcelamentos, etc.) (Arts. 98, § único, e 105, §§ 1º e 2º, Lei 4.320/64; Art. 7º, V, LAI). - Ações Judiciais: Relação de todas as ações judiciais, contendo o número, Tribunal, partes, objeto, valor, entre outras informações relevantes. (Art. 105, §5º, Lei 4.320/64; Art. 7º, V, LAI).

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- Conselhos Municipais: Lista de todos dos Conselhos Municipais e integra das normas de criação e regimentos internos, contendo inclusive a relação dos membros, segmentos ou entidades que representam, contatos (e-mail, telefone, etc.), prazo dos mandatos, local, horário e datas das reuniões (Art. 7º, V, LAI). - Contas Bancárias: Rol de todas contas bancárias mantidas nos bancos (Art. 105, §1º, Lei 4.320/64; Art. 7º, V, LAI). - Investimentos e Participações Acionárias: Relação de todos os investimentos e participações acionárias mantidos pelo Município (Art. 105, §2º, Lei 4.320/64; Art. 7º, V, LAI).

Em razão da omissão, devido à inércia e passividade do Poder Executivo Municipal, solicitamos a

V.Exa. a adoção das providências legais cabíveis por parte dessa Promotoria de Justiça.

DO DIREITO

A constituição de 1988 inaugura um novo ordenamento jurídico que tem como maior corolário o Estado Democrático de Direito, para sua concretização a lei maior estabelece como princípios a cidadania e a soberania popular, afirmando, vez por todas, a relevância da participação popular para concretização de uma verdadeira democracia popular. Trata-se da normatização de princípios democráticos que por longo tempo foram negligenciados por regimes ditatoriais no Brasil que, como não poderia deixar de ser, veio acompanhada com uma larga ampliação das garantias individuais frente ao Estado como os direitos à liberdade de associação, de manifestação, dentre outros direitos fundamentais.

Neste contexto, instaurado pela “constituição cidadã”, o controle social do Estado apresenta-se

como a materialização do princípio do Estado Democrático de Direito. Somente quando a população estiver participando ativamente das decisões, poder-se-á falar em um regime verdadeiramente democrático. A constituição, então, cria os meios para o seu surgimento.

A fiscalização popular das contas públicas deve ser entendida não somente como um meio de

combate à corrupção e aos desvios da função pública, heranças de formas de governos patrimonialista que buscou atender somente interesses individuais, mas, principalmente, como um caminho para a construção de uma cultura de transparência em relação ao patrimônio público e participação popular na construção das políticas públicas.

Nesse viés, a atuação do Observatório Social de ... e, também, o direto de acesso à informação e

documentos de caráter público, encontram-se fundamentados e estão assegurados no artigo 5º, incisos XXXIII e XXXIV, 31 § 3º da Constituição Federal, no art. 1º da Lei federal n. 9.051/95 e no art. 48-A, incisos I e II, da Lei Complementar federal n. 131/2009. Neste sentido, destacamos:

“Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48, os entes da Federação disponibilizarão a qualquer pessoa física ou jurídica o acesso a informações referentes a:

I – quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao procedimento licitatório realizado;

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II – quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários.”

Complementarmente, a Lei de Acesso à Informação também obriga os órgãos e entidades

públicas a divulgarem e disponibilizarem uma variada gama informações:

“Art. 8o É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. § 1o Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão constar, no mínimo: I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; III - registros das despesas; IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. § 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem, sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores (internet). § 3o Os sítios de que trata o § 2o deverão, na forma de regulamento, atender, entre outros, aos seguintes requisitos: (...) II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de modo a facilitar a análise das informações;”

Desta forma, o direito de acesso às informações públicas vem expressamente previsto na

Constituição da República e inserida no rol dos direitos individuais. O dispositivo visa garantir a obtenção de documentos não apenas para informação particular, mas também de “interesse coletivo ou geral”, o que indica uma das formas do exercício da cidadania. Ademais, a garantia vem expressa pelo direito de petição (art. 5°, XXXIV, a) que significa a perspectiva de postular junto ao Poder Público “em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder” e pelo direito de obtenção de certidões, “para defesa de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal” (letra b do mesmo inciso).

Além disso, dentre os diversos princípios que regem a atuação da Administração Pública, a

Constituição Federal apontou expressamente o princípio da publicidade como um dos princípios basilares da atuação dos agentes públicos no Brasil, buscando, desta forma, dar transparência aos atos administrativos e, mais especificamente, em relação às licitações, extinguir favoritismos, tráficos de influência e outras práticas que afrontam a moralidade e contribuem para a malversação do patrimônio público.

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A publicidade, portanto, passou a ser um dos elementos essenciais dos atos administrativos, tendo o condão de atribuir eficácia perante terceiros, manter o controle público pela comunidade e permitir que a sociedade fiscalize a transparência e retidão dos atos públicos. Desta maneira, de forma sucinta, o princípio da publicidade está intimamente ligado à viabilização do controle popular sobre os atos da Administração e ao conceito de transparência administrativa.

A Lei de Licitações e Contratos traz em seu bojo o princípio da publicidade como um dos

princípios norteadores (art. 3º, § 3°, Lei federal n. 8.666/93). Nesse ponto, é importante enfatizar que a publicidade é alcançada não somente pela publicação dos atos, mas, sobretudo, pela viabilização do amplo acesso de todos os interessados aos processos e atos que integram a licitação.

Além da garantia ao acesso à informação e entrega de documentos, faz-se necessário salientar

que a Lei federal n. 9.265/96 garante também a gratuidade no fornecimento destas cópias às associações e a todos os cidadãos, pois estas representam o exercício pleno da cidadania, conforme pode ser aferido:

Art. 1º São gratuitos os atos necessários ao exercício da cidadania, assim considerados: (...) III - os pedidos de informações ao poder público, em todos os seus âmbitos, objetivando a instrução de defesa ou a denúncia de irregularidades administrativas na órbita pública; (...) V - quaisquer requerimentos ou petições que visem às garantias individuais e a defesa do interesse público.

Cabe ainda ressaltar que recusa no fornecimento das informações e documentos requeridos

constituí conduta ilícita que enseja responsabilidade do agente público, pois está incorrendo numa espécie de ato de improbidade administrativa, prevista no art. 33 da Lei federal n. 12.527/2011.

Além disso, a inobservância dos princípios constitucionais previstos no caput do art. 37 e seu

inciso XXI, da CF, e art. 3º da Lei federal nº. 8.666/93 poderá tipificar ato de improbidade administrativa, passível de anulação por ação civil pública ou ação popular, com sérias implicações negativas apara o Gestor Público. Ainda, é necessário frisar que o Gestor saiba que é papel precípuo de cada agente público cuidar para que a Lei seja cumprida e quando não o faz incorre também no mesmo erro legal, de acordo com o art. 10 da Lei federal n. 8.429/92.

Ressaltamos ainda que o Decreto Lei federal nº. 201, de 27 de fevereiro de 1967, que dispõe

sobre a responsabilidade dos prefeitos e vereadores, define no artigo 1º que é crime de responsabilidade dos Prefeitos Municipais “Negar execução a lei federal, estadual ou municipal, ou deixar de cumprir ordem judicial, sem dar o motivo da recusa ou da impossibilidade, por escrito, à autoridade competente”.

Todos os direitos acima mencionados, vale frisar, são senão reflexo de todo um histórico de

lutas e conquistas dos movimentos sociais pela construção de um Estado Democrático de Direito, pautado pelo exercício da participação e da cidadania e não apenas pelo direito de ser representado.

Assim, fica legalmente esclarecido o direito cívico de fiscalizarmos as contas públicas municipais,

bem como o dever do Poder Executivo Municipal de abrir as portas para a população efetivar seu papel fiscalizador.

Como se trata de efetivo interesse difuso e como muitas vezes os administradores (Executivo e

Legislativo) deixam de cumprir os deveres de transparência, cabe ao Ministério Público atuar de forma

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vigilante para que o povo possa efetivamente exercer este direito constitucional, ou seja, fiscalizar a aplicação dos recursos públicos.

Neste sentido, determina o artigo 59 da Lei de Responsabilidade Fiscal que cabe ao Ministério

Público fiscalizar o cumprimento das normas dessa Lei Complementar, podendo inclusive, segundo o artigo 129, incisos II e VI da Constituição Federal, art. 25, IV, b da Lei federal n. 8.625/93, art. 72 da Lei Complementar federal n. 11/96 e arts. 7 e 16 da Lei federal n. 8.429/92, promover o Inquérito Civil e a Ação Civil Pública de improbidade administrativa para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos e expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva.

Do mesmo modo, a Lei federal n. 8.429/92, em simetria com as disposições do artigo 129 da

Carta Magna, em seu artigo 22 determina: Para apurar qualquer ilícito previsto nesta Lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art.14 poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.

DOS ATOS DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

A Lei federal nº. 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação – dispõe

sobre os procedimentos a serem observados pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, com o fim de garantir o acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal, estabelecendo, em seu art. 5º, que “é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão.”

Esse diploma legal estabelece ainda:

“Art. 32. Constituem condutas ilícitas que ensejam responsabilidade do agente público ou militar: I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, incompleta ou imprecisa; (...) III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação; (...) § 1o Atendido o princípio do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal, as condutas descritas no caput serão consideradas: (...) § 2o Pelas condutas descritas no caput, poderá o militar ou agente público responder, também, por improbidade administrativa, conforme o disposto nas Leis nos 1.079, de 10 de abril de 1950, e 8.429, de 2 de junho de 1992.”

A Lei de Acesso à Informação também estabelece as sanções em caso de inobservância

da norma, caracterizando-se numa espécie de ato de improbidade administrativa, conforme se depreende do art. 33:

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“Art. 33. A pessoa física ou entidade privada que detiver informações em virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: I - advertência; II - multa; III - rescisão do vínculo com o poder público; IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e V - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. § 1o As sanções previstas nos incisos I, III e IV poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, assegurado o direito de defesa do interessado, no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias. (...)”

Ademais, a Lei federal n° 8.429/1992, que dispõe sobre os atos de Improbidade Administrativa

praticados por agente público contra a administração do município determina que o Prefeito, bem como o Presidente da Câmara, na condição de agentes públicos, fica obrigado a informar à população, tornando-lhes acessíveis, todos os seus atos administrativos.

Incorre em ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração

pública, aquele que nega a publicidade de informações, seja por não prestar contas no período legal de sessenta dias, seja negando ou protelando a resposta aos cidadãos que enviaram ofício ao Executivo e à Câmara Municipal requerendo explicações sobre as possíveis irregularidades encontradas durante a fiscalização popular das contas públicas.

Sobre a questão dispõe, o art. 11, incisos I, II, IV e VI dessa Lei:

“Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; (...) IV - negar publicidade aos atos oficiais; VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo;”

A Lei nº. 8429/92 considera ainda para efeitos de improbidade administrativas e consequente

aplicação das sanções penais, civis e administrativas com a devida instauração do procedimento administrativo e do processo penal, as vantagens patrimoniais que prefeitos, vereadores e demais agentes públicos auferem indevidamente, em seus mandatos, aproveitando-se das facilidades de acesso que os seus cargos lhes conferem, conforme determina o artigo 9º e seus incisos.

No mesmo sentido, o art. 10 da referida lei determina que “constitui ato de improbidade

administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei...”

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Diante do que foi evidenciado, cabe ressaltar as punições que a Lei nº. 8.492/92 prevê para os

prefeitos e vereadores, que praticarem ato de improbidade administrativa, incluem, dentre outras ações, a restituição dos bens, dos valores, ressarcimento integral do dano e a perda do mandato (Art. 12).

Por fim, cabe ainda pontuar que, qualquer pessoa pode formular representação no Ministério

Público, requerendo a instauração de procedimento administrativo. Assim, atribui a lei, ao Ministério Público a competência necessária para apurar os atos ilícitos citados nesta lei, conforme expressam seus arts. 14 e 22.

Art. 14. Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar a prática de ato de improbidade. Art. 22. Para apurar qualquer ilícito previsto nesta lei, o Ministério Público, de ofício, a requerimento de autoridade administrativa ou mediante representação formulada de acordo com o disposto no art. 14, poderá requisitar a instauração de inquérito policial ou procedimento administrativo.

DO PEDIDO

Diante dos fatos expostos e do direito arguido requer:

a) Realização de Termo de Ajustamento de Conduta - TAC, com fulcro no art. 5º, § 6º da Lei nº. 7.347,

de 24 de julho de 1985, para garantir o cumprimento integral das Leis de Transparência Pública (Lei Complementar federal n. 131, de 27 de maio de 2009) e Acesso à Informação (Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011), objetivando que sejam disponibilizadas, de forma ativa, as informações supracitadas no Portal de Transparência do Poder Executivo;

b) Instauração do Inquérito Civil Público quanto à omissão na disponibilização de informações e

documentos solicitados por meio dos requerimentos supramencionados, em descumprimento à Lei federal nº. 12.527/11 (Lei de Acesso à Informação), em face da conduta ilícita que enseja responsabilidade do agente público, pois está incorrendo numa espécie de ato de improbidade administrativa, prevista no art. 33 dessa norma; e

c) Com base no art. 5º, XXXIII, CF, e na Lei nº. 9.051, de 18 de maio de 1995, que as decisões tomadas

relativas ao presente pedido sejam informadas ao Observatório Social de ..., no endereço que consta da qualificação.

Nestes termos, pede deferimento,

_________________, ______ de ________ de 2014.

________________ Nome Completo

Cargo na Entidade

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EXCELENTÍSSIMO DOUTOR FULANO DE TAL – DD. CONSELHEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE ...

O OBSERVATÓRIO SOCIAL DE ...., pessoa jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ ...., situado na av. ...., n. ..., Sala ...., Ed. ....., Bairro ...., Cidade de ...., Estado de ...., por meio do seu representante legal abaixo assinado, vem, respeitosamente, perante V.Exa., com fundamento nos artigos 127, 129, II e III , art. 5º, XXXIV, “a”, e 37, caput, da Constituição Federal, e na Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011 – Lei de Acesso à Informação –, apresentar

DENÚNCIA

contra o Prefeito Municipal, Sr. Sicrano de Tal, / Presidente da Câmara Municipal, Sr. Beltrano de Tal, em face dos fatos e ilegalidades perpetrados em flagrante e reiterado descumprimento às Leis de Acesso à Informação e Transparência Pública (Lei Complementar federal n. 131, de 27 de maio de 2009).

DOS FATOS

O Observatório Social de ...., entidade não governamental, criada pela sociedade civil organizada, empresários e cidadãos ..., sem fins econômicos e vínculos político-partidários, atua no exercício da cidadania e defesa dos direitos sociais, realizando o controle social – fiscalização - dos gastos públicos do Município de ....

Nesse mister, e no intuito de poder contribuir com o processo de ampliação da

transparência, racionalização dos gastos e eficiência da gestão, objetivando a melhoria da qualidade na aplicação dos recursos públicos, esta entidade avaliou o site do Poder Executivo do Município de ... / Poder Legislativo do Município de ..., bem como as formas de acesso às informações e documentos, e identificou possível descumprimento das Leis de Transparência Pública (Lei Complementar federal n. 131, de 27 de maio de 2009) e Acesso à Informação (Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011), pois até a presente data não disponibiliza, de forma ativa, tempestiva e integral, as seguintes informações no seu Portal de Transparência:

• Estrutura Organizacional e Competência Institucional: Composição,

estrutura, competência e organograma dos Poderes Executivo (desde prefeito ou presidente até chefes de setores), contendo os cargos, nomes, contatos (endereço completo, horário de atendimento, e-mail, telefone, etc.) dos agentes políticos e servidores públicos (Art. 8º, §1º, I, LAI);

MODELO DE DENÚNCIA

TRIBUNAL DE CONTAS

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• Estrutura de Cargos e Remunerações: Detalhamento do quadro de pessoal,

plano de carreira e remuneração dos cargos e empregos públicos (Art. 39, § 6º, CF; Art. 7º, V, e Art. 8º, §1º, III, ambos da LAI);

• Despesas com pessoal: Relação de servidores ativos e inativos, descriminando

cargo e função, natureza do vínculo, lotação (centro de custo) e remuneração, e, ainda, que contemple o direito do cidadão efetivar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas (csv, xls, etc.) e texto (txt), de modo a facilitar a análise e o cruzamento das informações com outros bancos de dados (Art. 8º, §1º, III, e Art. 7º, V, ambos da LAI). A falta dessas informações tem limitado sobremaneira o controle social dos gastos públicos relativos ao tema;

• Registro das Despesas: Todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrer

da execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilização mínima dos dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou ao serviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quando for o caso, ao

procedimento licitatório realizado. A falta dessas informações tem limitado sobremaneira o controle social dos gastos públicos. Além disso, não contempla o direito do cidadão - previsto no inciso II, § 3º do art. 8º da LAI - de efetivar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas (csv, xls, etc.) e texto (txt), de modo a facilitar a análise e o cruzamento das informações com outros bancos de dados;

• Registro das Receitas: O lançamento e o recebimento de toda a receita das unidades

gestoras, inclusive referente a recursos extraordinários. A falta dessas informações tem limitado sobremaneira o controle social das receitas públicos;

• Demonstrações Contábeis e Financeiras: Não consta no sítio oficial do Poder

Executivo as demonstrações contábeis e financeiras da Administração Pública correspondente (relatórios, demonstrativos, balanços – receita, despesa, financeiro, patrimonial);

• Estagiários: Lista contendo todos os estagiários, atualizada mensalmente, com indicação da área, local de trabalho e remuneração (Art. 8º, III, LAI);

• Terceirizados: Relação contendo todos os contratos terceirizados, indicando os

postos, o nome dos empregados terceirizados, a função, a carga horária e o local de trabalho (Art. 8º, III, LAI);

• Contratos e Aditivos: Relação de todos os instrumentos de contrato ou de seus

aditivos, inclusive com a possibilidade para download, na íntegra (Arts. 26, 61, § único, 62, § 3º, 116, 117, 119, 123 e 124 da Lei 8.666/93; Art. 8º, §1º, III, LAI);

• Empresas Inidôneas: O Município de ... não publica a relação de pessoas físicas e jurídicas, que, por ato da Administração Pública Municipal correspondente, estejam impedidas de participar da licitação ou de contratar como respectivo ente público em razão de inadimplência. Também, ainda não aderiu ao Cadastro

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Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (CEIS) é um banco de informações mantido pela Controladoria-Geral da União que tem como objetivo consolidar a relação das empresas e pessoas físicas que sofreram sanções das quais decorra como efeito restrição ao direito de participar em licitações ou de celebrar contratos com a Administração Pública;

• Recursos Recebidos e Repassados: Relação de todas as transferências constitucionais e voluntárias (convênios e subvenções) recebidas e concedidas (caput do art. 162 da Constituição Federal), indicando o beneficiário, o objeto ou finalidade, os valores recebidos ou repassados e, se for o caso, o valor da contrapartida, inclusive com os termos na integra para download (Art. 8º, II, LAI);

• Orçamentos Anuais: Os orçamentos - PPA, LDO e LOA - do Município, por exercício financeiro de vigência (Art. 48, LC 101/00; Art. 112, Lei 4.320/64);

• Execução Orçamentária e Financeira: Dados completos, em tempo real, da Execução Orçamentária e Financeira, contemplando o direito do cidadão efetivar a gravação de relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas (csv, xls, etc.) e texto (txt), de modo a facilitar a análise e o cruzamento das informações com outros bancos de dados (Arts. 48, II, e 48-A, I e II, ambos da LC 101/00; Art. 7º, V, LAI);

• Planejamento e Gestão e Ações e Programas: Informação relativa à

implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades, bem como metas e indicadores propostos (Art. 7º, VII, a e Art. 8º, §1º, I, ambos da LAI);

• Prestação de Contas Anual: não publica nem disponibiliza aos cidadãos para acesso cópia integral e digitalizada das Prestações de Contas Anual do Chefe do Poder Executivo, cópia do Parecer Prévio emitido pelo Tribunal de Contas do Estado e a ata de julgamento efetivado pela Câmara Municipal, conforme determina o art. 49 e o § 3o do art. 56 da Lei Complementar federal n. 101/2000;

• Diárias e Passagens: Divulgação das despesas dos beneficiários de diárias e passagens, destino e motivo das viagens (Art. 8º, III, LAI);

• Regularidade do Município: Informações sobre o cumprimento das competências constitucionais e legais, especialmente com relação aos itens previstos no Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (CAUC) - http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/transferencias_voluntarias_novosite/, que podem impedir repasses ou transferências de recursos financeiros do Governo Federal e a realização de operações de crédito interno e externo. (Art. 7º, V, LAI);

• Veículos: Relação analítica de todos os veículos oficiais próprios ou locados e as despesas mensais com combustíveis e manutenção. (Arts. 94 e 96 da Lei 4.320/64; Art. 48, III, LC 101/00; Art. 8º, III, LAI);

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• Audiências Públicas: Divulgação dos editais e das atas de reuniões e audiências públicas, além da publicação no Diário Oficial. (Art. 48, I, LC 101/00; Art. 7º, V, LAI);

• Legislação Municipal: Disponibilização de toda a legislação Municipal (Leis, Decretos, Instruções Normativas, Resoluções, Decretos Legislativos, Portarias, Ordens de Serviço, etc.) (Art. 7º, V, LAI);

• Estoques: Relação contendo todos os almoxarifados do Município, materiais estocados, no último dia do mês, média de consumo dos últimos 12 (doze) meses, bem como informações sobre o sistema de controle utilizado (manual ou informatizado) e nível de utilização (exclusivamente central ou descentralizado para todas as unidades administrativas) (Arts. 94 e 96 da Lei 4.320/64; Art. 48, III, LC 101/00; Art. 7º, V, LAI);

• Bens Móveis e Imóveis: Relação analítica contendo todos os bens móveis e imóveis, inclusive locados, contendo a localização e a destinação dada atualmente (caso cedido para terceiros, qual o prazo da cessão) (Arts. 94 e 96, ambos da Lei 4.320/64; Art. 48, III, LC 101/00; Art. 7º, V, LAI);

• Dívidas: Relatório completo com todas as dívidas do Município (precatórios, empréstimos, parcelamentos, etc.) (Arts. 98, § único, e 105, §§ 1º e 2º, Lei 4.320/64; Art. 7º, V, LAI);

• Ações Judiciais: Relação de todas as ações judiciais, contendo o número, Tribunal, partes, objeto, valor, entre outras informações relevantes. (Art. 105, §5º, Lei 4.320/64; Art. 7º, V, LAI);

• Conselhos Municipais: Lista atualizada de todos dos Conselhos Municipais e integra das normas de criação e regimentos internos, contendo inclusive a relação dos membros, segmentos ou entidades que representam, contatos (e-mail, telefone, etc.), prazo dos mandatos, local, horário e datas das reuniões (Art. 7º, V, LAI);

• Contas Bancárias: Rol de todas contas bancárias mantidas nos bancos (Art. 105, §1º, Lei 4.320/64; Art. 7º, V, LAI);

• Investimentos e Participações Acionárias: Relação de todos os investimentos e participações acionárias mantidas pelo Município (Art. 105, §2º, Lei 4.320/64; Art. 7º, V, LAI).

• Requerimentos da Lei de Acesso à Informação (LAI): Banner para programa informatizado para receber requerimentos baseados na Lei de Acesso à Informação (LAI), previsto no § 2º do art. 10, como, por exemplo, o disponibilizado gratuitamente pela Controladoria Geral da União (CGU), para os Municípios, no Programa Brasil Transparente;

• Dados abertos e não proprietários: Possibilidade prevista no inciso II, § 3º do art. 8º da LAI, que contempla o direito do cidadão efetivar a gravação de

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relatórios em diversos formatos eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas (csv, xls, etc.) e texto (txt), de modo a facilitar a análise e o cruzamento das informações com outros bancos de dados;

• Perguntas Frequentes: Respostas às perguntas mais frequentes da sociedade (Art. 8º, VI, LAI); e

• Requisito de informação primária, íntegra, autêntica e atualizada: o Sistema ..., contratado pelo Município de ... da empresa ..., não atende o disposto no inciso IX do art. 4º e no IV do art. 7º, quanto à primariedade dos dados, isto é, “qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações”, tendo em vista que a fonte de alimentação do ..., e não os Sistemas de Gestão utilizados pelo Município de ....

Em razão da omissão no cumprimento das Leis de Transparência Pública (Lei

Complementar federal n. 131, de 27 de maio de 2009) e Acesso à Informação (Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011), solicitamos a adoção das providências legais cabíveis por parte dessa Egrégia Corte de Contas.

DO PEDIDO

Diante dos fatos expostos e do direito arguido requer, respeitosamente, a Vossa Excelência:

1) A adoção das providências, em especial, a determinação de realização de

auditoria in loco, com o objetivo de avaliar a observância das Leis de Transparência Pública (Lei Complementar federal n. 131, de 27 de maio de 2009) e Acesso à Informação (Lei federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011), de forma ativa, tempestiva e integral, das informações no Portal de Transparência do Poder Executivo do Município de ... / Poder Legislativo do Município de ...; e

2) Com base no art. 5º, XXXIII, CF, e na Lei nº. 9.051, de 18 de maio de 1995, que as decisões tomadas, relativas à presente denúncia, sejam remetidos a este Observatório Social de ..., no endereço que consta da qualificação.

Nestes termos, pede deferimento,

_________________, ______ de ________ de 2014.

________________ Nome Completo

Cargo na Entidade

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APÊNDICE 1

Objetivos do Observatório Social

de São José

INTERAGIR

E COBRAR

efetividade do

controle

institucional

FISCALIZAR

diretamente a

aplicação dos

recursos

públicos

ESTIMULAR

os cidadãos a

se tornarem um

Cidadão Fiscal

DEVER PODER

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APÊNDICE 2

Programas do Observatório Social

de São José

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A Transparência Pública equivale a centenas de auditorias ou intervenções, tendo em vista que os Administradores Públicos aumentam o autocontrole, pois sabem que seus atos ficarão expostos ao controle social e externo, de modo que deixam de praticar ações questionáveis ou comprometedoras, bem como precisam melhorar a gestão, o controle interno, para disporem dos dados, que necessitam ser colecionados, organizados e depurados, antes de serem publicados. Entretanto, a despeito da vigência das Leis de Transparência e Acesso à Informação, muitos dados ainda não estão disponíveis nos Portais de Transparência dos Municípios Catarinenses, limitando-se, na maioria dos casos, a dados orçamentários, financeiros, contábeis e de recursos humanos, que possuem sistemas de gestão implantados. Entre os motivos principais, figuram o fato de inexistirem sistemas informatizados que recebam, armazenem e organizam esses dados, que, posteriormente, seriam disponibilizados à sociedade, por meio desses Portais de Transparência. Atualmente, muitas Câmaras Municipais e Poderes Executivos estão firmando Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual e, devido à falta desta ferramenta, enfrentando dificuldades para cumpri-los. Em função disso, urge a necessidade de criação de sistemas e metodologias de captação de dados que permitirão que os Gestores Públicos, de fato, possam atender essas normas, alimentando adequadamente os Portais de Transparência. Em síntese, a proposta do Observatório Social de São José (OSSJ) contempla o desenvolvimento de um sistema de captação de dados, com diversos módulos, relacionados com os temas que precisam ser publicados, como, por exemplo, terceirizados, veículos, organograma, conselhos municipais, julgamento das contas dos prefeitos, regularidade, energia elétrica, água e esgoto, telefonia, convênios concedidos e captados. A ferramenta seria alimentada de três formas, a saber, por meio de ““web service”” (integração de sistemas e na comunicação entre aplicações diferentes); por arquivos fornecidos pelos prestadores de serviços, em “lay out” pré-definidos, previsto em cláusula contratual; e, ainda, manualmente, pelos servidores do próprio Município. Depois de captados, esses dados alimentariam os Portais de Transparência. Portanto, entende-se que a empesa que desenvolver um Sistema de Captação de Dados para Portais de Transparência terá espaço garantindo no mercado, além de contribuir para o Fomento à Transparência Pública e ao Controle Social. Para receber mais detalhes do projeto, favor remeter e-mail para [email protected].

APÊNDICE 3

Projeto de Sistema para fomentar à

Transparência Pública

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Às vezes, a implantação de medidas simples de controle interno e a atuação preventiva, antes da

ocorrência das irregularidades, ilegalidades, ou, ainda, da malversação dos recursos

públicos, equivalem a centenas de intervenções, procedimentos, inquéritos, ações ou auditorias,

que, via de regra, exigem muito esforço e dispêndio de recursos, com baixíssimo resultado efetivo.

Nesse sentido, a equipe de voluntários do Observatório Social de São José (OSSJ) idealizou

minutas de documentos que podem ser sugeridas para adoção nos Municípios, a respeito da

necessidade de observância da Súmula 13 do Supremo Tribunal Federal (STF), que veda a prática

de nepotismo na Administração Pública, e da proibição de acumulação de cargos (art. 37, incisos

XVI e XVI), da Constituição Federal, ressalvados os casos indicados.

Enfatiza-se que a exigência dessas declarações quando da nomeação de servidores se

constituí numa medida protetiva dos próprios gestores públicos (Prefeitos, Secretários,

Vereadores, etc.) que, muitas vezes, praticam atos irregulares e ilegais por mero

desconhecimento da legislação ou dos fatos, sendo, posteriormente, responsabilizados por isso.

Caso desejar receber o arquivo editável ou contribuir com sugestões para as próximas

versões, favor se manifestar por meio do e-mail [email protected].

APÊNDICE 4

Sugestão de Melhoria

dos Controles Internos

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OBJETIVO

Estimular e ensinar o cidadão josefense a fiscalizar, transformando a sua indignação em ação.

JUSTIFICATIVA

Necessidade do cidadão josefense tornar-se um Cidadão Fiscal, indo além de contribuinte – dar um cheque em branco – e eleitor – dar uma procuração para alguém.

Logo da Campanha

META Transformar o Município de São José em referência na gestão pública, destacando-se em termos de transparência, uso racional dos recursos, eficiência, inibição da corrupção e, sobretudo, efetividade na prestação dos serviços públicos. OPERACIONALIZAÇÃO Cada Cidadão Fiscal poderá participar com o conhecimento e os recursos que dispor. Pretende-se reunir, por exemplo, os advogados de São José para fiscalizarem os atos jurídicos – licitações, contratos, nomeações, projetos de lei - distribuindo-os entre os partícipes, que serão relatores dos processos. Os relatórios-votos serão submetidos ao Comitê Gestor da campanha que deliberará pelos encaminhamentos que serão tomados para cada caso. Se existirem suspeitas irregularidades, o processo será remetido para o Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público. Nesse mesmo viés, os contadores ficarão responsáveis pela fiscalização dos atos orçamentários, financeiros e contábeis, os administradores, pelos atos de gestão, e assim por diante. DIVULGAÇÃO Inicialmente, a Campanha Cidadão Fiscal está em processo de conscientização dos cidadãos josefense por meio das redes sociais - http://goo.gl/HtvOMI -, sobretudo com banner´s e orientações práticas de como exercer plenamente a cidadania. A Campanha Cidadão Fiscal pode ser reproduzida livremente em outros Municípios, inclusive com utilização do material.

APÊNDICE 5

Campanha

Cidadão Fiscal

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NORMA (*) OBJETO

Decreto nº 202/2007 Racionalização das despesas com telefonia fixa.

Decreto nº 203/2007 Racionalização das despesas com telefonia móvel.

Decreto nº 851/2007 Manutenção da regularidade jurídica, fiscal, econômico-financeira e administrativa do Estado.

Decreto nº 1.791/2008 Racionalização das despesas com água e serviços de esgoto.

Decreto nº 2.534/2009 Racionalização das despesas com serviços de postagem e remessa de correspondências.

Decreto nº 3.271/2010 Racionalização das despesas com energia elétrica.

Resolução CETRAN nº 14/2010

Dispõe sobre o licenciamento de veículos oficiais utilizados em serviços de urgência.

Decreto nº 312/2011 Atualização cadastral de veículos do Estado.

Decreto nº 660/2011 Padronização da aquisição e locação de veículos do Estado.

Resolução nº 003/2014 Emitida pelo Grupo Gestor de Governo dispondo sobre a implementação e o acompanhamento de ações com vistas ao saneamento ou mitigação de ressalvas, recomendações e outros fatos relevantes constantes de pareceres prévios emitidos pelo Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina - TCE, sobre as Prestações de Contas do Governador (PCG).

Decreto nº 2.037/2014 Dispõe sobre o procedimento simplificado de responsabilização pelo pagamento de multas de trânsito e o controle sobre os autos de infração aplicados aos veículos oficiais.

(*) As normas poderão ser obtidas no site da Procuradoria Geral do Estado (PGE), no link: http://goo.gl/8i1AT7

APÊNDICE 6

Sugestões de Normas de Racionalização de

Despesas e Controle

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CRUZAMENTO DAS UNIDADES ADMINISTRATIVAS, DOS IMÓVEIS E

DA ESTRUTURA CONTRATADA DE ÁGUA E ESGOTO, ENERGIA ELÉTRICA E TELEFONIA

IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ADMINISTRATIVA Nome da Unidade: **posto de saúde, escola municipal, sede da prefeitura, secretaria da saúde, etc.**

Endereço: CEP: Telefone: E-mail: Gestor da Unidade:

IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL Espécie de Imóvel:

() Edificação () Praça () Outros: ________________________________

() Terreno sem Edificação () Logradouro

Tipo de Imóvel: () Próprio () Locado () Cedido () Particular Tipo de Utilização () Pública () Particular () Pública e Particular Nome Ocupante: Nº Registro Nº Processo Administrativo Nº Ficha de Matrícula Nº Inscrição Imobiliária

FOTOS DO IMÓVEL

Frontal Lateral

IDENTIFICAÇÃO DOS CONSUMOS – IN LOCO ÁGUA E ESGOTO ENERGIA ELÉTRICA TELEFONIA FIXA

Nº. Matrícula(s): Nº. Unidade(s) Consumidora(s):

Nº Telefone(s):

Nº Hidrômetro(s): Nº Medidor(es): Nº Contrato(s): Localizador/Endereço: Localizador/Endereço: Localizador/Endereço:

Quantidade de Economias: Grupo Tarifário: Espécie de Medição: Espécie de Medição: Valor Medido (M3): Valor Medido (kW): Observações da visita in loco: Observações da visita in loco: Observações da visita in loco: Propostas e Encaminhamentos: Propostas e Encaminhamentos: Propostas e Encaminhamentos:

Continua no verso...

APÊNDICE 7 Levantamento de

Imóveis e Consumos

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Continuação da frente... AVALIAÇÃO (CHECK LIST) IMÓVEL – Decreto nº 2.807/2009 – Disponível em http://goo.gl/8i1AT7 1-() Imóvel sem o processo específico constituído no Sistema de Processo Administrativo - SPA (art. 8º) 2-() Ausência de levantamento dos documentos a serem acostados no processo específico do SPA (art. 8º, § 2º) 3-() Imóvel sem número de registro no Sistema de Gestão de Imóveis - SMI (art. 6º) 4-() Imóvel sem a Ficha de Matrícula emitida pelo Cartório de Registro de Imóveis no SMI (art. 8º, § 2º, inc. III) 5-() Ficha de Matrícula do imóvel indicando proprietário e/ou CNPJ em desacordo com os arts. 4º e 5º 6-() Imóvel com o proprietário desatualizado no SMI (arts. 4º e 5º c/c art. 6º, § 1º) 7-() Imóvel com o ocupante desatualizado no SMI (art. 7º, § 1º c/c art. 6º, § 1º) 8-() Ausência de registro no SMI do número da inscrição imobiliária no Município (art. 9º, § 3º, IV c/c art. 6º, § 1º) 9-() Não pagamento das taxas anuais cobradas no Carnê de IPTU dos imóveis que ocupa (art. 9º) 10-() Pagamento das taxas anuais cobradas no Carnê de IPTU com multas e juros (art. 9º) ÁGUA E ESGOTO – Decreto nº 1.791/2008 – Disponível em http://goo.gl/8i1AT7 1-() Matrícula desvinculada do agrupamento de faturas do órgão/entidade 2-() Matrícula não pertence ao órgão/entidade, pois é de particulares (art. 17, §2o, inc. I) 3-() Matrícula do órgão/entidade, porém com consumo total ou parcial da água por terceiros (art. 8º) 4-() Fatura indicando hidrômetro com consumo zerado, com pagamento de taxa mínima (art. 7º, inc. IV) 5-() Fatura indicando hidrômetro com consumos ínfimos, com mais de um hidrômetro no local (art. 7º, inc. V) 6-() Fatura indicando leitura pela média mais de 3 meses consecutivos (art. 6º, inc. II) 7-() Fatura indicando mais de uma economia (art. 5º, inc. II) 8-() Fatura contendo indicação de pendências financeiras com a concessionária (art. 13) 9-() Fatura indicando cobrança de multas e juros ou valores indefinidos (art. 16, § 2o) 10 -() Oscilações de consumo que podem indicar possível vazamento ou “gatos” na rede (art. 7º, inc. VI) ENERGIA ELÉTRIA – Decreto nº 3.271/2010 – Disponível em http://goo.gl/8i1AT7 1-() Unidade Consumidora desvinculada do agrupamento de faturas do órgão/entidade 2-() Unidade Consumidora não pertence ao órgão/entidade, pois é de particulares (art. 33, §2o, inc. I) 3-() Unidade Consumidora do órgão, porém com consumo total ou parcial utilizado por terceiros (art. 23; art. 22, I) 4-() Fatura indicando relógio com consumo zerado, com pagamento de taxa mínima (art. 12) 5-() Fatura indicando relógio com consumos ínfimos, com mais de um relógio no local (art. 12, § único) 6-() Fatura indicando leitura pela média mais de 3 meses consecutivos (art. 11, inc. II) 7-() Fatura contendo indicação de pendências financeiras com a concessionária (art. 34) 8-() Fatura indicando cobrança de multas e juros ou valores indefinidos (art. 32) 9-() UC de Alta Tensão (Grupo A) sem processo específico constituído no SAP (art. 13, § 2º) 10-() UC de Alta Tensão (Grupo A) sem contrato vigente arquivado no processo do SPA (art. 13) 11-() UC de Alta Tensão (Grupo A) sem contrato vigente (art. 13) 12-() UC de Alta Tensão (Grupo A) com fator de carga inferir a 0,5 sem ações para alteração do grupo (Art. 10) 13-() UC de Alta Tensão (Grupo A) com estrutura tarifária convencional, sem justificativa (Art. 9º, inc. II, alínea “a”) 14-() UC com energia reativa sem avaliação do custo-benefício para correção do fator de potência (art. 17) 15-() Falta de atuação do gestor de energia (art. 2º) 16 -() Oscilação de consumo que podem indicar possíveis “gatos” na rede (art. 22, inc. III) TELEFONIA FIXA – Decreto nº 202/2007 – Disponível em http://goo.gl/8i1AT7 1-() Telefone ainda não aderiu à Rede de Governo 2-() Telefone desvinculado do agrupamento de faturas do órgão/entidade 3-() Telefone não pertence ao órgão/entidade, pois é de particulares (art. 1º, IX) 4-() Telefone do órgão/entidade, porém com utilização total ou parcial por terceiros (art. 1º, X) 5-() Fatura indicando telefone sem utilização, com pagamento de taxa mínima (art. 1º, IX) 6-() Fatura contendo indicação de pendências financeiras com a concessionária (art. 6º) 7-() Fatura indicando cobrança de multas e juros ou valores indefinidos (art. 6º) 8-() Fatura com serviços vedados: ligações a cobrar, serviços especiais, publicidade, doações, etc. (art. 1º, IV a VIII) 9-() Falta de atuação do gestor de telefonia (art. 2º), especialmente para avaliar abusos (art. 1º, II e III; art. 3º)

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Quem deve denunciar?

Quem é a vítima de atos de corrupção? Diferente da maioria dos outros crimes, as práticas ofensivas ao patrimônio público e à moralidade administrativa afetam toda a coletividade, isto é, toda a sociedade sofre as consequências. Portanto, se você – que também é vítima - tiver indícios dessas irregularidades, tem o dever de denunciar. Denunciar – levar a conhecimento de alguma autoridade competente um determinado fato ilegal -, sobretudo, é um ato de cidadania. Como se deve denunciar?

É imprescindível que toda denúncia tenha consistência, contendo um relato breve dos fatos e indícios da existência das irregularidades, bem como eventuais provas dos atos praticados. Importante, também, visitar os Portais de Transparência do Município de São José para colher mais subsídios e confirmar as informações alegadas. Onde posso denunciar?

A denúncia poderá ser dirigida aos Conselhos Municipais de Direito, instituídos pelo Município, às Ouvidorias da Câmara Municipal ou do Poder Executivo, aos Vereadores e ao Controlador Interno do Município. No âmbito do Estado de Santa Catarina, poderá ser registra nos seguintes órgãos: Órgão: Ouvidoria do Ministério Público do Estado de Santa Catarina (MPE/SC) Endereço: http://www.mpsc.mp.br/portal/instituicao/ouvidoria.aspx Acompanhamento: Via Diário Oficial do MPE/SC, pois o sistema da Ouvidoria informa apenas que a manifestação está na situação “Evoluído para outro feito”, de modo que não se sabe se a denúncia (notícia de fato) foi acatada e transformada em investigação (procedimento preparatório e inquérito civil). Observação: A denúncia poderá ser feita de forma sigilosa ou anônima. Órgão: Ouvidoria do Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (TCE/SC) Endereço: http://www.tce.sc.gov.br/ouvidoria Acompanhamento: O Ouvidor responde, em regra, que a denúncia foi remetida para a área responsável e vai “integrar a base de dados respectiva e subsidiar suas ações de controle externo.” Observação: A denúncia poderá ser feita de forma sigilosa. Para que a denúncia seja autuada, recomenda-se elaborar documento, assinar e protocolar diretamente no TCE/SC. Órgão: Ministério Público junto ao Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina (MPTC/SC) Endereço: Rua Bulcão Viana, 90 - 3° Andar – Centro - Florianópolis/SC Acompanhamento: Não possui serviço para encaminhar e acompanhar denúncias on line. Órgão: Sala de Atendimento ao Cidadão do Ministério Público Federal (MPF) Endereço: http://cidadao.mpf.mp.br Acompanhamento: A conversão da denúncia em notícia de fato é informada por e-mail, porém é necessário ligar - (48) 2107-6100 - para obter o número do processo para consultá-lo via site - www.transparencia.mpf.mp.br/atuacao-funcional/consulta-judicial-e-extrajudicial . Observação: Somente quando envolver recursos federais. A denúncia poderá ser feita de forma sigilosa.

APÊNDICE 8 Denúncias