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Minicurso X Copene 2018 O Papel dos bantos na formação do Brasil e na construção da nossa língua. Resistência banta na Baixada Fluminense: Calundu/Candomblé. Jeusamir Alves da Silva (Tata Ananguê). 1 Faculdade de Educação da Baixada Fluminense-FEBF/UERJ. E-mail: [email protected] Duração: Carga horária 2 h/por dia/total de 6h, duração de 3 dias (3 encontros). Objeto do Minicurso O negro banto e a sua influência cultural nas artes manuais, na gastronomia, na musicalidade, na linguística, religiosidade, na tecnologia agrícola, sua importância como foco de resistência até a atualidade. Penetrar-se-á na magia que envolve suas crenças, trazendo um entendimento fácil da visão de céu e terra, da criação do mundo, da cultura ancestral, dos ritos às suas divindades, dos rituais diversos, da união com os povos indígenas brasileiros fortalecendo o candomblé de caboclos. Justificativa A necessidade da implantação desse minicurso deve-se principalmente ao fato das poucas informações que contemplam a temática banta. Embora, tenha sido o povo banto, o primeiro aqui chegado, nos meados do século XVI, dando formação a partir dos calundus ao atual candomblé. 1 Mestrando em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas pela Faculdade de Educação da Baixada Fluminense FEBF/UERJ. Especialista pela Universidade Cândido Mendes - UCAM em: História e Cultura Afro brasileira (com Aperfeiçoamento e Extensão), Ensino de História, Ciências da Religião, Ensino de Artes Técnicas e Procedimentos, Ensino da Língua Espanhola, e Gestão Escolar Administração e Supervisão e Orientação. Graduado em História pela Universidade Norte do Paraná - UNOPAR. Graduado em Artes pelo Instituto Universitário CLARETIANO. Extensão Universitária emO Povo Bantu, Mitos e deuses africanos de Angola: as influências culturais e religiosas Brasil/Angola” pela UERJ. Presidente e Sacerdote primaz da Confederação Nacional dos Candomblés de Angola e dos Costumes e Tradições Bantu no Brasil-CNCACTBB e Casa Raiz do Benguê Ngola Djanga ria Matamba-CRBNDM. Email: [email protected] Blog: www.tataanangue.blogspot.com

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Minicurso X Copene 2018

O Papel dos bantos na formação do Brasil e na construção da nossa língua.

Resistência banta na Baixada Fluminense: Calundu/Candomblé.

Jeusamir Alves da Silva (Tata Ananguê).1

Faculdade de Educação da Baixada Fluminense-FEBF/UERJ. E-mail: [email protected]

Duração:

Carga horária – 2 h/por dia/total de 6h, duração de 3 dias (3 encontros).

Objeto do Minicurso

O negro banto e a sua influência cultural nas artes manuais, na gastronomia, na musicalidade, na

linguística, religiosidade, na tecnologia agrícola, sua importância como foco de resistência até a

atualidade. Penetrar-se-á na magia que envolve suas crenças, trazendo um entendimento fácil da visão

de céu e terra, da criação do mundo, da cultura ancestral, dos ritos às suas divindades, dos rituais

diversos, da união com os povos indígenas brasileiros fortalecendo o candomblé de caboclos.

Justificativa

A necessidade da implantação desse minicurso deve-se principalmente ao fato das poucas

informações que contemplam a temática banta. Embora, tenha sido o povo banto, o primeiro aqui

chegado, nos meados do século XVI, dando formação a partir dos calundus ao atual candomblé.

1Mestrando em Educação, Cultura e Comunicação em Periferias Urbanas pela Faculdade de Educação da Baixada

Fluminense FEBF/UERJ. Especialista pela Universidade Cândido Mendes - UCAM em: História e Cultura Afro brasileira

(com Aperfeiçoamento e Extensão), Ensino de História, Ciências da Religião, Ensino de Artes Técnicas e Procedimentos,

Ensino da Língua Espanhola, e Gestão Escolar Administração e Supervisão e Orientação. Graduado em História pela

Universidade Norte do Paraná - UNOPAR. Graduado em Artes pelo Instituto Universitário CLARETIANO. Extensão

Universitária em“O Povo Bantu, Mitos e deuses africanos de Angola: as influências culturais e religiosas Brasil/Angola”

pela UERJ.

Presidente e Sacerdote primaz da Confederação Nacional dos Candomblés de Angola e dos Costumes e Tradições Bantu

no Brasil-CNCACTBB e Casa Raiz do Benguê Ngola Djanga ria Matamba-CRBNDM.

Email: [email protected] Blog: www.tataanangue.blogspot.com

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Objetivo

O minicurso pretende trazer à baila o papel preponderante do negro banto na formação do Brasil e na

construção da nossa língua, desde a sua introdução durante os séculos XVI ao XIX, perpassando pelo

pós-escravidão e chegando até aos dias atuais. Buscando, dessa forma, iniciar o preenchimento da

grande lacuna na História do Brasil, que perdura a quase 500 anos.

Conteúdos

Imigração escravagista

O papel preponderante dos bantos no Brasil

Visão mitológica do povo banto

Forças do terreiro – (locais sagrados)

Divindades e ancestralidades

Cargos na hierarquia banta

Avaliação.

Programação

Número da

Aula/Tempo da

aula(min)

Objetivos Conteúdo a ser

explorado

Forma de Avaliação

Aula 1

2 horas

Informar a ordem

cronológica entre as

três vertentes africanas

introduzidas no Brasil

Imigração

Escravagista/O papel

preponderante dos

bantos no Brasil

Acareação do que foi

facilitado/Tira dúvidas

Aula 2

2 horas

Transmitir o conceito

de céu e terra para os

bantos

Visão mitológica do

povo banto/Forças do

terreiro (locais

sagrados)

Acareação do foi

facilitado/Tira dúvidas

Aula 3

2 horas

Acusar as diferenças

entre as nações

africanas que praticam

o candomblé.

erradicando a ideia de

ser “tudo a mesma

coisa”.

Divindades e

ancestralidades/Cargos

na hierarquia banta.

Avaliação final

mediante perguntas e

respostas entre 2

grupos sobre o que foi

ministrado nas aulas.

mediados pelo

Facilitador

Recursos materiais e humanos:

Data show

Público alvo. São destinados, especialmente, para os(as)estudantes da educação básica, da

graduação e da pós-graduação, professores(as) do ensino fundamental, médio e superior, bem como

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os(as) demais interessados(as) no tema, de acordo com as normas do X COPENE para a inscrição

em Minicursos do evento.

Avaliação

Os alunos divididos no mínimo em dois grupos deverão discutir entre si, os pontos mais

interessantes da temática apresentada, elaborando cada grupo, um parágrafo de cinco linhas para ser

lido por cada representante, para os colegas e o facilitador do curso.

O ganho final, será de todos, já que essa metodologia utilizada provocará um debate final,

onde todos sentir-se-ão sujeitos de fato e de direito, na discussão do objeto, que antes a maioria

desconhecia a existência, ou seja, o papel dos bantos na construção do Brasil e na formação da nossa

língua.

Plano de Aula nº 1

Jeusamir Alves da Silva (Tata Ananguê).

Carga horária: 200 minutos (aula geminada)

Público alvo: De acordo com as normas do X COPENE.

Objetivos da aula.

Despertar o interesse pela temática, através de um levantamento do conhecimento prévio dos alunos

sobre o assunto, para em seguida introduzir o conteúdo histórico.

Conteúdos a ser explorados nas atividades da aula

Antes, porém, um breve comentário sobre a Lei 10.639/2003/PR, criada no primeiro mandato

do Excelentíssimo Presidente da República, Sr. Luis Inácio da Silva é a que obriga o ensino da

História do Negro, na África e no Brasil. As decisões do Conselho Nacional de Educação cumprem

a Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003 (DOU nº 8, 10/1/2002, Seção 1, p. 1), que altera a Lei nº

9.394, de 20 de dezembro de 1996(LDB), para tornar obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-

Brasileira na Educação Básica.

Texto para leitura e interpretação: Imigração Escravagista/ Papel preponderante dos Bantos no

Brasil.

1 - Imigração escravagista.

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Vinda dos Reinos da Mãe África e introduzida no Brasil pelo processo colonial escravista, a

população negra compunha-se de três vertentes: A primeira a ser trazida foi no século XVI, foi a dos

bantos, ou Bantu. Palavra formada segundo a tradução dos padres jesuítas, por:” Ba”, pronome de

quantidade que significa muitos, muitas e “Ntu” que corresponde a corpo, homem, indivíduo, pessoas

ou tribo. Vieram para trabalhar nas lavouras de Cana de Açúcar, Café e Algodão.

Segundo Bezerra2.

Considerando que o recôncavo se estabeleceu na dinâmica atlântica através do abastecimento

de farinha para a cidade carioca e os mercados de Angola, não é difícil constatar que a

composição de seus escravos africanos era majoritariamente procedente dos portos da África

Centro-Ocidental. Na pesquisa sobre os inventários, é possível identificar por volta de 50%

dos escravos distribuídos no conjunto de sete freguesias do recôncavo como procedentes

daquela região. (BEZERRA, 2011, p. 36).

A segunda vertente chegada por volta de 1730, duzentos anos depois, já no século XVII, foi a

dos Jêjes na época da descoberta do ouro e pedras preciosas em Minas Gerais.

A terceira foi a dos Nagôs ou Yorubás, por volta de 1830, quase trezentos anos depois, já

próxima ao final do século XVIII, também, para trabalhar na mineração, já que eram considerados

bons mineradores, lá na Terra Mãe. (PRANDI, 1991).

2 – Papel preponderante dos Bantos no Brasil.

Os Bantos, no Brasil, sempre tiveram uma atuação importante na formação da nação brasileira,

todavia, só há pouco tempo, alguns estudos nesse sentido vêm sendo elaborados, referentes,

principalmente, às contribuições lingüísticas ao português brasileiro, com destaque para as advindas

do Quimbundo ou Kimbundu. Quanto a estudos relacionados a área da cultura popular, como das

congadas, dos reisados, da capoeira rasteira de Angola, do Maracatu de Cabinda Velha, do Jongo, do

Caxambu, e do próprio samba é notório que além das pesquisas já finalizadas, há vários estudiosos

interessados em desenvolvê-las. (ÂNGELO, 2013).

O comportamento de alguns estudiosos, a começar por Nina Rodrigues (1862-1982), que

sendo precursor do estudo das religiões afro descendentes na Bahia manteve-se alheio à realidade

2 2 Nielson Rosa Bezerra é pós doutor em História da diáspora Africana pela University of the West Indies Barbados.

Doutor em História pela Universidade Federal Fluminense. Mestre em História pela Universidade Severino Sombra.

Licenciado em História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras em Duque de Caxias.

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circundante. Embora cercado pelos diversos bairros com nomes de origem banta, como: Beiru;

Cabula; Curuzu, ainda que alimentando-se com jiló; maxixe; quiabo, (artigos da cozinha banta), ou

ouvindo palavras como: bagunça; cachaça; quitanda, vocábulos de origem banta, ignorou este mundo

banto ao seu redor. (LOPES, 2012).

Argumenta Castro3, (2006, p.201) “Chegou-se a um estereótipo de que os iorubas eram superiores.

Zumbi dos Palmares era banto, mas, no filme de Cacá Diegues, os palmarinos falavam ioruba, quando

ainda não havia nenhum deles no Brasil”.

Metodologia da aula

Apresentação do texto pelo professor, ou por alunos voluntários, ou ainda escolhidos ou

escolhidos pelo professor, com as devidas considerações a cada intervenção do mesmo. Seguem-se

alguns minutos para esclarecimentos. Logo após a turma é dividida em grupos, onde cada

representante explicará para turma e o professor, o que o grupo conseguiu entender, ou não, em

relação ao texto apresentado.

Recursos materiais e humanos necessários

Data show

Público alvo (De 15 a 40 pessoas) de acordo com as normas do X COPENE para a inscrição em

Minicursos do evento.

Plano de Aula nº 2

Apresentação da aula

Nome do autor da proposta: Jeusamir Alves da Silva (Tata Ananguê).

Carga horária: 200 minutos (aula geminada)

Público alvo: De acordo com as normas do X COPENE.

Objetivos da aula.

3 Yeda Pessoa de Castro é etnolingüista. Doutora em Línguas Africanas pela Universidade Nacional do Zaire.

Consultora Técnica em Línguas Africanas do Museu da Língua Portuguesa na Estação da Luz em São Paulo.

Membro da Academia de Letras da Bahia. Pertence ao GT de Literatura Oral e Popular da ANPOLL. Membro

Permanente do Comitê Científico Brasileiro do Projeto "Rota do Escravo" da UNESCO. Professora aposentada pela

Universidade Federal da Bahia (UFBA) (UNEB.

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Despertar o interesse pela temática, através de um levantamento do conhecimento prévio dos alunos

sobre o assunto, para em seguida introduzir o conteúdo histórico.

Conteúdos a ser explorados nas atividades da aula.

1 - Visão mitológica do povo banto.

Recapitulação da aula anterior e texto abaixo para leitura e interpretação:

Na área das religiões de matriz Banto no Brasil, existe uma enorme carência de estudos. Na

mitologia Banta as divindades chamadas de MPANGO BAKURU, são aquelas que participaram da

cosmo gênese, isto é, da construção de todo o universo, todavia, mesmo possuindo cultos e rituais

específicos, não são iniciadas ou confirmadas nos seres humanos, não possuíram de modo algum vida

terrena, são constituídas por energias totalmente puras da natureza com alta gama de vibrações,

participantes diretas nos processos de criação, manteneção e outras que se comportam com real

ativismo nas transformações e degradações que finalizam o ciclo vital dos seres e que possuem

importantes intervenções nos reinos mineral, vegetal, animal e em especial no hominal. (ÂNGELO,

2013).

Divindades criadoras aquelas que participam da criação do nosso universo e que são responsáveis

por tudo que existe e habita nele. Divindades mantenedoras aquelas que têm como função principal,

distribuir e zelar pela continuidade de toda criação atribuída no planeta procurando mantê-la em

perfeito equilíbrio e harmonia, para que possa encontrar o continuísmo de sua existência mantendo a

presença do poder divino em constante presença. Divindades transformadoras aquelas que têm

ligação objetiva e direta com os seres humanos, atuando nos ciclos do nascer, crescer, viver, expandir,

proliferar, aprender, envelhecer com sabedoria e experiência, permitindo a busca pela lapidação dos

defeitos e aprimoramento da evolução da obra considerada da criação. Divindades degradadoras

aquelas que estão associadas ao ciclo do FIM, a morte que pode ser entendida como um dos

propósitos da transformação, mas, suas principais funções estão em receber os corpos ou outros

materiais orgânicos na terra, onde atuarão na deterioração das matérias, se alimentando dos líquidos

da putrefação, consumindo a carne dos corpos até só restarem o esqueleto e os cabelos que não são

absorvidos pela decomposição, de modo que após certo tempo possam ser devolvidos para a

superfície.

Divindades secundárias - recapitulação da aula anterior e texto abaixo para leitura e interpretação:

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Conhecidas na língua Kimbundu como Akisi ( plural de Mukisi), cultuados em várias regiões

onde se acham a presença de povos Bantos: Divindades relacionadas as encruzilhadas - Mavambo,

Mavilutango, entre outras. Divindades relacionadas à guerra, as conquistas, a proteção das

aldeias - Alunda, Biolá, Buré, Dagolonâ, entre outras. Divindades associadas à caça e a

subsistência das comunidades - Burungunso, Gongobila, KaMbila, Kabila, Mutalambo, entre

outras. Divindades associadas aos alimentos, em especial as sementes (cereais) que carrega nas

jinbimba (cabaças) para aplacar a fome do mundo, mas também, relacionadas às ervas sagradas

e curativas - Ambuké, Amokun, Apokan, Diabanganga, katende, entre outras. Divindade da Terra,

dos tubérculos, da transformação, do início e o fim dos ciclos - Kaviungo, Kijenje, Kimbongo,

Kincongo, Kissanje, Kitungo, Insumbo, Iungo, entre outras. Divindades associadas aos ciclos das

águas das chuvas e ao Arco Íris - Angoro, Angoroméa, Angoro Semavula, Anvulá, Gongoa, entre

outras. Divindades relacionadas ao fogo - Luango, Nzage, Kibuko, Kiambo, entre outras.

Divindades relacionadas com o clima, ventos, estações do ano, cheias e vazantes dos rios, lagos

e mar, plantio e colheitas Abananganga, Kitembu, Maawila, Makurá, entre outras. Divindades

relacionadas aos ventos das tempestades - Isa Sitamba, Jonjure, Kaango Munhenho, Matamba,

Mavanju, Sinavanju, Sinavulu, entre outras. Divindades associadas as águas doces e plácidas,

responsáveis pela flora e fauna dos rios – Kamba Lasinda, Kaeté, Keamaze, , Kissimbe, Kitolomi,

Takumbira, Vinsin, entre outras. Observação: Karamose é a divindade dos rios que representam

turbulência em razão dos seus leitos pedregosos. Possui ligações comas aves de rapina e serpentes.

Divindades associadas às águas do mar - Kaiá, Kalunga, Kassinga, Kianda, entre outras.

Divindade associada às águas, a terra, e a lama, a fertilidade da agricultura - Ajassi,

Gangazumba, Jejessu, Kambambe, Mam’etuZumbá, Zumbarandá, entre outras. Divindades do sol,

da luz, da inteligência, - Ajalupongo. (ADOLFO. pp. 110-113).

2 – Forças do Terreiro (locais sagrados)

Segundo a tradição banta, a construção preserva a porta da casa das divindades de frente para

o leste, onde o sol nasce (vida), para as divindades. E as portas para o lado oeste, para as

ancestralidades onde o sol esconde-se.

,Inzo ia Npambunjila (casa de Pambunjila). (Em outras nações = Exu).

Desse modo, a esquerda de quem entra, e de frente para o leste ergue-se a inzo (casa, terreiro,

templo) um compartimento sagrado destinado a divindade (Mukisi)Pambunjila. Esse compartimento,

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como todos os locais sagrados que seguem-se, seja das divindades ou da ancestralidade, tem enterrado

em cada canto e, no centro, um ndimbu contendo em cada um deles os mesmos componentes usados

quando da sacralização do terreno, antes da construção. Obviamente, além dos componentes comuns

a todos eles, contém aqueles específicos da divindade ou ancestralidade habitante da sua respectiva

inzo. No interior da referida casa, como também nas outras moradias seguintes estão construídos

degraus (dinamenu ou pepelê em outras nações de candomblé)) que destinam-se aos assentamentos

(representações) das respectivas divindades.

Aproveita-se para esclarecer que o uso do dinamenu acabou em muitas raízes bantas sendo

substituído pelo Ndimbu (porrão), onde os assentamentos tanto de Pambunjila como de todas outras

divindades são colocados sobre esses jarros de barro. Acredita-se que por razões de mais facilidade

tornou-se costume nas casas de candomblé banto, o uso geral do ndimbu .

Inzo iá Nnumbi (Casa de Egun)

A direita de quem entra fica situada a casa de Nnumbi (egun nas outras nações de Candomblé),

É plantado no chão, em um tronco seco descascado e vestido com roupas especiais sendo o seu culto

diferenciado do culto dos Akisi (plural de mukisi), no que tange aos seus rituais de sacrifícios,

comidas, bebidas, ervas, rezas ou outros procedimentos.

kubata ia Nkosi (em outras nações = Ogun)

Logo após a casa de Pambunjila ou Aluvaiá vem a kubata ia Nkosi (cabana de Nkosi), sempre

enfeitada com mbandu ia nkunku (franjas de dendezeiro), o mesmo que Mariwo em outras nações de

língua ioruba/nagô. Essas franjas também, são colocadas nas portas das outras casas como fator

segurança contra o kilulu Nvunga (espíritos perturbadores), o mesmo que Kamburuku.

Inzo ia Ngunzu casa de Ngunzu, ia Mutakalambo = (Oxossi)

A casa destinada ao mukisiNgunzu virá logo após a casa de Nkosi, as paredes dessa inzo são

incrustradas com cacos de vasilhames de barro, que, simbolicamente representa a divisão da fartura.

Nessa mesma casa é colocado o assentamento do mukisi Katalambo Gunza, considerado um dos

akisis chefes que comandam os caçadores (akongo).

Inzo ia Nsumbu (casa de Nsumbu)

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A casa de Nsumbu, mukisi ligado a terra, tem fundamentos todo especial tendo no centro do

chão da casa um tronco seco que recebe periodicamente rituais compostos por todos os elementos

que o solo e subsolo produzem: cascas de árvores, moluscos, sementes raízes, folhas, pós, metais,

temperos, sacrifício de animais e etc. Seu Nbenge (assentamento) está colocado no ndimbu sobre

odinameno na frente do tronco de amendoeira, que também pode ser de (cajá, acocô ou eucalipto).

pintado com tintas vegetais nas cores preta, vermelha e branca e, enfeitado com panos coloridos.

Kubata ia Katende = (Ossanhe)

Segue-se ao lado da casa anterior, sob um dendezeiro (árvore do fruto dendê)

Inzo ia Nzaji = (Xangô)

Na sequência vem a casa de Nzaji, enfeitada com pedras de cachoeira, sobre um dinamenu

que servirá de base para o seu muisi (pilão de madeira) com duas bocas que representam

respectivamente o céu (nduílo) e a terra (iungo) demonstrando a ligação entre os dois mundos,

espiritual e material proporcionado por essa divindade que geralmente tem o seu lugar reservado na

cumeeira das casas tradicionais de candomblé bantu. Por sua vez, a mão do pilão (munjolo), na

verdade é um bastão, como se fosse um eixo imaginário que liga o que está em cima com o que está

embaixo e vice-versa., uma das funções dessa deidade, que liga-se aos fenômenos naturais, como

raios, fogo e a chuva que irriga e alimenta as plantações para a fartura das colheitas.

Kubata ia Abananganga/Kitembu/Ntembu (Cabana do Deus dos ventos)

Ainda pela esquerda de quem entra, seguindo a ordem iniciada com a inzo de Pambunjila,

vem a Kubata ia Abananganga/Kitembu/Ntembu. Possui uma a frente o máximo possível aberta para

permitir a circulação do vento, seu principal elemento. O prefixo Ki da palavra Kitembu, significa a

ideia de ação ou movimento e a palavra Ntembu, ou Tembu, quer dizer vento. Esta divindade goza de

alto prestígio dentro do culto banto, haja vista, ser responsável pelas direções dos ventos, das chuvas,

dos fluxos das marés que influenciam no plantio, na colheita, bem como, na transição do dia e da

noite e nas fases lunares, razão pela qual muitos símbolos identificam esses elementos que fazem

parte de suas ferramentas simbólicas, tanto as que constam em seus assentamentos como as portadas

pela divindade nos atos de suas possessões.

Nas suas ferramentas simbólicas encontramos a presença de uma grelha de ferro, em razão de

que todos os animais sacrificados a essa divindade deverão ser grelhados, aos pés do Nbenge ia

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Nntembu (assentamento de \tempo), para tal mantem-se um fogareiro de ferro que serve para assar as

carnes dos animais, temperadas com azeite de dendê e kupiri (pimenta da costa). São oferecidas

penduradas na casa da divindade, na vara onde encontra-se hasteada a bandeira branca e nas árvores

próximas. Também, para o Tata Mane Zakae Panzu que é uma ancestralidade divinizada representada

por um tronco de eucalipto morto, tratado, sobreposto por uma peneira enfeitada de fitas ou faixas de

panos coloridos, cabaças, caxixi (chocalho) e etc. Está intrinsicamente ligado ao culto de Ntembupor

isso é fincado na frente da casa dessa deidade funcionando como o guardião da mesma, e da respectiva

divindade.

A bandeira branca hasteada, devidamente consagrada com uma pequena porção de menga

(sangue) dos animais sacrificados é mantida amarrada à uma vara de gameleira e possui, na sua parte

superior três pontas formando duas forquilhas, onde estão amarradas três pequenas cabaças pintadas

de azul e vermelho e um saco branco de tecido forte, com tipos de cereais diferentes, favas

pertencentes à essa divindade, nzimbu (búzios), moedas antigas e atuais. Serve para indicar a direção

dos vfentos que influenciam no fluxo das marés, nos plantios e nas colheitas, assim como, para indicar

uma aldeia de povo banto.

A casa do santo do sacerdote dirigente (Inzo Nlemboci) está situada em local especial, fora do

alcance das vistas de todos. Precisa ser dessa forma, pois simbolicamente, ali está a cabeça do

governante da aldeia e seus segredos e a sua divindade chefe.

Inzo ia Matamba (Inhasã ou Oyá)

Segue-se o quarto das santas Inzo ua Akisi Muhatu. Nesse compartimento sagrado estão os

assentamentos das nifas: Kissimbi, Ndandalinda, Kaitumba, Karamose. Esse espaço é conhecido

como o quarto das águas, devida a fonte e o poço (kasimba) existentes dentro dele, onde obviamente,

também mora Zumba e Angoro. No candomblé banto, o poço, cuja água é destinada aos banhos rituais

(Maiunga) e para a confecção do amassi (ervas frescas) e jawa (ervas curtidas) é consagrado para a

divindade Zumbaranda

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Barkisu - O barkisu é o local destinado aos assentamentos dos filhos de santo

Gonzemo - Local destinado aos assentamentos dos Kisikarangombe e das Jikotas (ogans e ekeji, em

outras nações).

Jamberesu - Salão propriamente dito, onde é realizada a Kizomba (festa pública). No centro do salão

está plantada a principal força da casa, popularmente conhecida como firma, lá estão assentadas as

divindades referentes ao culto da terra: Nizimbi, Nganzimbi e Ndianzimbi, comandadas por

(divindade da terra, da morte e da transformação). È o espaço conhecido como o nlamburu, chão da

casa. Acima do nlamburu, está a cumeeira da casa denominada de angomi duílo (céu). Nesse local

encontra-se o assentamento de Tariá Nzaji (Xangô em outras nações).

Ndemburu (ronkó nas nações Jeje/nago)

É o compartimento sagrado onde as pessoas recolhidas passam pelos rituais de masangua

(batismo nas águas), nkudiá mutue (comida sagrada à cabeça), kimba mukisi (feitura e pangu ia undu

(confirmação de kissikarangombe e Makota. Este compartimento sagrado é consagrado para

Kaitumba e Nzambi Karitanga que é a divindade da criação dos seres humanos e dos animais. O

ndemburu representa o útero materno, onde são geradas as criaturas, melhor dizendo, a geração das

divindades da cultura banto.

A guisa de esclarecimento o período de recolhimento no ndemburusimboliza a representação

de uma fase gestacional espiritual e não material, é criar condições para que ocorra o acoplamento

total da nguzu/mukondo (força/poder = axé nas nações de origem jeje e nagô) da divindade para a

qual estão sendo realizados os procedimentos litúrgicos. Permite produzir a junção das forças

telúricas (da terra) ancestrais com as forças divinas imateriais das energias teúrgicas (energia celestial

condutora do poder de realização e da vitalidade). (ANGELO, 2013).

Mukanda - local sagrado utilizado só na hora das obrigações de grande porte.

Essa palavra é um termo sagrado dado a um compartimento contíguo e menor construído

dentro do ndemburo, onde na realidade são feitas as obrigações propiciatórias das pessoas recolhidas

no ndemburu. Esse compartimento é consagrado a divindade Nzambi ndala karitanga onde fica o seu

assentamento devidamente preparado. A porta da mukanda está ladeada por um casal de tata mane

(ancestrais divinizados), troncos secos chamados de: Kokungo (a fêmea), pintado na cor vermelha e

kisokolo (o macho) pintado na cor azul, ou seja, as energias femininas da gestação com as energias

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masculinas da fecundação, sem as quais seria impossível o surgimento de uma nova criatura, uma

nova vida. Como guardiões da mukanda recebem oferendas durante os períodos de obrigações, tipo:

frutas, sacrifícios de animais, comidas para ativar e reciclar as suas energias de tempos em

tempos.(ANGELO, 2013).

Inzo Akua Ukulu (casa de culto aos antepassados).

Destinada ao culto dos ancestrais genealógicos que são encantados em troncos secos rituais e

vestidos com roupagem apropriada, sendo fixada na parte superior do tronco uma oropema (peneira

de palha) enfeitada com fitas ou tiras de pano coloridas, cabaças, e chocalhos de vime (kaxixi). Nesse

local que situa-se na parte externa, nos fundos do quintal, são oferecidas comidas apropriadas aos

antepassados, como reverência demonstrando o não esquecimento deles e de seus bons feitos, de

modo que possam continuar protegendo seus descendentes, zelando pela saúde e bem estar dos

mesmos. O ritual para as oferentes difere-se totalmente ao praticado para os akisi. (ANGELO, 2013).

Casa, aldeia ou jurema dos Caboclos

Em seguida, o espaço da terceira ancestralidade que é a casa dos caboclos. Esta fica situada

na entrada do terreiro pelo lado direito de quem entra pelo portão principal, logo após ao quarto de

Jawa (local de banho de ervas curtidas). Ali estão colocados os encantamentos dos caboclos seja de

pena, quando ligados a pajelanças indígenas, ou de couro que simbolizando os boiadeiros do nordeste,

ou ainda terrem vindos de Angola como anunciam em suas cantorias quando incorporam nas pessoas,

assunto que também foi explicado anteriormente. (ANGELO, 2013).

Segundo a tradicional oralidade banta sem as divisões em um determinado espaço,

devidamente sacralizado, não é possível iniciar alguém nessa religião. Não ter “casa” é o mesmo que

não ter o seu próprio chão (iungo) e nem o seu próprio teto, cumeeira, céu (duílo). Diz um sábio

provérbio muito usado pelos mais velhos, “quem dá o que não tem, precisa também”.

Hierarquia do terreiro banto, segundo a tradição oral.

Tatetu ia Mukisi – sacerdote (Kimbundu)

Mam’etu ia Mukisi – sacerdotisa (Kimbundu)

Nganga ia Nkisi – sacerdote (kikongo)

Nengua ia Nkisi – sacerdotisa (kikongo)

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Tatetu Ndenge – pai pequeno (kimbundu)

Mam’etu Ndenge – mãe pequena (kimbundu)

Eakota Tororó – mãe pequena (kikongo)

Nengua Ndumba – mãe pequena (kikongo)

Nganga Ndumba – pai pequeno (kinkongo)

Tata Kimbanda – Pai/sacerdote preparador de encantamentos, pós e beberagens para a prática da

cura no culto Banto

Kambondu ou Kambono – todos os homens confirmados no culto Banto

Kissikarangombe – Kambonde de modo geral (faz tudo) no culto Banto

Xikarangoma – Kambonde de atabaque de forma geral

Muxiriki – Kambonde tocador do atabaque maior (kumbi)

Muxiki – Kambonde tocador do atabaque médio (kukumbi)

Mubixika = Kambonde tocador do atabaque menor (kakumbi)

Njimbidi – Kambonde responsável por selecionar os cânticos e executá-los nas 13onsanguí (festas)

e rituais

Kivonda – Kambonde sacrificador de animais

Poko – o mesmo que Kivonda

Mabaia Kambone responsável pela harmonia e ordem do terreiro

Sakala Kambonde tipo secretário que transmite as ordens do sacerdote ou sacerdotisa aos demais.

Lumbindu – Kambonde responsável por abrir e fechar todas as dependências da casa

Kisaba ou Ki-nsaba – Kambone conhecedor e colhedor das ervas sagradas

Utala – Kambonde dos rituais do Ndemburu

Makota/Jikota (plural) – Segunda pessoa no culto Banto

Makota Mbakisi- responsável em vestir, conduzir e dançar com as divindades

Makota Infula – responsável pelas comidas sagradas das divindades

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Makota Mulambi ou Mukamba – cozinheira das comidas profanas

Makota matona – responsável pelas pinturas das muzenza. Devem ser de Nlemba, Kaia, Kissimbi

ou Ndandalunda.

Kota – Filhos(as) com mais de sete anos de iniciados.

Muzenza – Noviço (a)

Ndumbi – adepto ainda não iniciado.

Metodologia da aula

Recapitulação da aula anterior. Apresentação do texto pelo professor, ou por alunos voluntários, ou

ainda escolhidos ou escolhidos pelo professor, com as devidas considerações a cada intervenção do

mesmo. Perguntas e respostas.

Recursos materiais e humanos necessários

Data show

Público alvo (De 15 a 40 pessoas) de acordo com as normas do X COPENE para a inscrição em

Minicursos do evento.

Avaliação

No final da aula a turma é dividida em grupos, onde cada representante explicará para turma e

professor o que o grupo conseguiu entender em relação ao texto apresentado.

Plano de Aula nº 3

Apresentação da aula

Nome do autor da proposta: Jeusamir Alves da Silva (Tata Ananguê).

Carga horária: 200 minutos

Público alvo: De acordo com as normas do X COPENE.

Objetivos da aula.

Revisão dos conteúdos e tira dúvidas.

Metodologia da aula

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Aplicar-se-á a mesma metodologia utilizada nas aulas nº 1 e nº 2.

Recursos materiais e humanos necessários

Data show

Público alvo (De 15 a 40 pessoas) de acordo com as normas do X COPENE para a inscrição em

Minicursos do evento.

Avaliação final

Os alunos divididos em grupos deverão discutir as relações explícitas e implícitas nos fatos

apresentados, elaborando cada grupo dois parágrafos de no máximo 5 linhas, cada um, respondendo

qual foi a vertente negra africana, que junto com o índio e o europeu teve papel preponderante, na

construção do Brasil.

Bibliografia

ADOLFO, Sérgio, Paulo. Nikissi Tata dia Nguzu, estudos sobre o candomblé Congo

Angola,Londrina: Eduel (Editora da Universidade Estadual de Londrina), 2010.

ANGELO, A. Curso “O Povo Bantu, Mitos e deuses africanos de Angola: as influências culturais

e religiosas Brasil/Angola” Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Sub-reitoria de Extensão e

Cultura (SR-3), departamento de Extensão, PROEPER, CCS, 2013.

BEZERRA, Nielson Rosa. A Cor da Baixada: Escravidão, liberdade e pós abolição no LOPES, Ney.

Novo Dicionário Bantu do Brasil, 2ª. Ed, Pallas, RJ 2012.

LUCK, Heloísa. Liderança em gestão escolar. Petrópolis. Vozes.2008.

PRANDI, Reginaldo. Os Candomblés de São Paulo.São Paulo, EDUSP, 1991

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REDINHA, José. Etnossociologia do nordeste de Angola ,Agência Geral do Ultramar,

1958./RODRIGUES, Nina. Os Africanos no Brasil. 4ª. Ed. São Paulo: Cia Editora Nacional -

1976./VANSINA, J. A tradição oral e sua metodologia. In: KI-ZERBO, J. História Geral da África.

Volume 1 – Metodologia e pré-história da África. Brasília: UNESCO, 2011, pp. 139-1

ANEXO A - Carta resposta da Presidência da República.

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ANEXO B – Ofício resposta do Ministério da Educação.

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