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MINHAS REFLEXÕES SOBRE: “A PAZ E HARMONIA EM TEMPOS DE GUERRA” José Jurandi Brito dos Santos, (O Jura em Prosa e Verso)) PP-2-176 GRUPO FRATERNIDADE JURA EM PROSA E VERSO

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Apresentao do PowerPoint

MINHAS REFLEXES SOBRE: A PAZ E HARMONIA EM TEMPOS DE GUERRAJos Jurandi Brito dos Santos, (O Jura em Prosa e Verso))PP-2-176GRUPO FRATERNIDADEJURA EM PROSA E VERSO

A batalha entre os exrcitos A e B estava acirrada, sangrenta, mas havia equilbrio de foras. Ao longo de vrios quilmetros, milhares de soldados entrincheirados mantinham suas posies a ferro e fogo.Nos dois lados, toda incurso ao lado inimigo era considerada misso suicida, pois a maior parte dos soldados que saram em misso de patrulha de reconhecimento ou outra misso especial, no retornou s suas trincheiras.

Ou foram mortos ou aprisionados pelo inimigo. A situao de equilbrio entre os exrcitos j durava semanas de desgastante tenso.

Agora mesmo, mais uma noite de medo, expectativa e preocupao constante com os movimentos do adversrio, havia terminado. O dia j amanhecera h vrias horas.

De repente, para surpresa de todos, no lado do Exrcito A uma bandeira branca se levantou e em seguida um soldado ficou de p, agitando-a freneticamente. Na bandeira havia uma inscrio que foi decifrada como sendo: FELIZ NATAL!

Era, de fato, o incio do dia de Natal!O que fazer? Como reagir?Mesmo considerando que poderia ser uma das artimanhas do inimigo para que a defesa fosse afrouxada, ningum ousou atirar no soldado que portava a bandeira branca.

Os sargentos e tenentes que comandavam as pequenas fraes de tropa nas trincheiras, tambm no tiveram coragem de dar a ordem fatal de FOGO!.

Atirar no soldado, nessa condio, violava convenes e acordos internacionais que regulam as aes das tropas quando em combate.

Das trincheiras do Exrcito B foram enviados mensageiros com mensagens urgentes ao Estado Maior, relatando a situao e pedindo novas instrues.Para o desespero dos comandantes da trincheira, no lado do Exrcito B, um soldado levantou-se portando um mastro com uma camisa branca presa no alto e tambm comeou a agit-la freneticamente, em resposta ao apelo do inimigo.

Enquanto isso, ao lado do soldado com a bandeira, vrios outros soldados se levantaram e fizeram o gesto de colocar suas armas no cho, e depois abriram os braos, como num grande abrao.E comearam a andar vagarosamente na direo da trincheira do Exrcito B, invadindo a perigosa e proibida regio de cerca de duzentos metros entre os exrcitos, que chamavam de Zona de Ningum.

Fugindo ao controle dos comandantes da trincheira B, imediatamente, dezenas de soldados repetiram o gesto dos adversrios. Colocaram as armas no cho, abriram os braos e avanaram na Zona de Ningum.

Em ambos os lados, agora j eram centenas de soldados que avanavam, e o movimento crescia vertiginosamente, e se espalhava para um lado e para o outro, em toda a extenso de quilmetros de trincheira. Parecia que a iniciativa generosa de um simples soldado, tinha tido a capacidade de contaminar todo o campo de batalha.

H cerca de cinquenta metros uns dos outros, frente a frente no centro da Zona de Ningum, os soldados pararam por algum tempo, observando-se mutuamente.

Mas um dos soldados mais afoitos comeou a correr, de braos abertos, gritando FELIZ NATAL e todos o acompanharam alegremente.

Ao encontrarem-se abraaram-se, trocaram votos de feliz natal, alguns at mostraram cartas e fotos de familiares que traziam nos bolsos, outros trocaram doces e cigarros.

A essa altura os cabos, sargentos e tenentes tambm j haviam se contaminado e na Zona de Ningum confraternizavam-se, do mesmo modo, com seus adversrios.

Grande comisso do Estado-Maior, com as mais altas patentes militares, chegaram dos dois lados, para avaliar a situao. Atnitos, invadiram a Zona de Ningum, bradando ordens que ningum atendia.

Porm terminaram por se encontrar e ao olharem para os lados e verem todos felizes, se abraando, conversando, sorrindo, trocando amabilidades, viram que no conseguiriam colocar ordem no caos que era, naquele momento, a Zona de Ningum.

Culminaram por trocarem comentrios sobre a crtica situao e... quando menos se esperava, estavam tambm se abraando e confraternizando, como todos.

Bem... E depois? E no dia seguinte?

No interessa!

O objetivo desta reflexo levar todos ns meditao, mesmo que de modo ingnuo e inocente, sobre a fora e o poder do amor.

Repentinamente estimulado por uma motivao extraordinria, como o Natal, o poderoso amor pode sim, at modificar rgidas estruturas negativas, como por exemplo, a violncia e a guerra e irradiar a felicidade plena e contagiante, mesmo que s por um instante.

GRUPO FRATERNIDADEJURA EM PROSA E VERSO VDEOSTEXTO: Jura em Prosa e VersoFOTOS: Da InternetFORMATAO: JURA EM PROSA E VERSOMSICA: Aurora Ernesto CortazarMeditemos todos!null237708.0