minc e a alma brasileira

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Quarta-feira, 18 de Maio de 2016 OK Acadêmico Artigos Blablablogues Crítica Literária Crônica Ensaio Entrevistas Infantojuvenil Lançamentos Poesia Prosa Resenha Tradução 20/04/2016 . A Feira Literária de Cristina (FLICristina), traz a literatura animada pelas artes (artes visuais, audiovisuais, dança, música, teatro). Uma escolha resultante dos anseios da população local por um maior e melhor acesso à cultura e do perfil dos seus organizadores que também buscam um forte acento na educação, creem no encantamento promovido pelo diálogo [...] 07/04/2016 Ruy Espinheira Filho – Lçtos 14/02/2016 Literatura cabo-verdiana PRAIA (CABO VERDE) – Celebrado por sua música, o arquipélago de Cabo Verde tem também uma rica tradição literária, ainda pouco conhecida pelos leitores brasileiros. Na semana passada, o país africano sediou em sua capital, Praia, o VI Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que serviu também de vitrine para a . O Ministério da Cultura (MinC) foi criado em 15 de março de 1985 pelo então presidente Tancredo Neves. No dia da sua posse, Tancredo foi internado, operado e não assumiu, sendo substituído pelo seu vice José Sarney. O MinC, portanto, surgiu junto com a Nova República para atender aos anseios de artistas, intelectuais, professores, pensadores e produtores de arte e cultura que participaram da campanha das Diretas Já e da eleição indireta de Tancredo Neves, pondo fim a 21 anos de ditadura. O primeiro ministro da Cultura foi o então deputado José Aparecido que, de imediato nomeou um negro (Carlos Moura) e um índio (Cacique Marcos Terena) como assessores diretos. Foi seu primeiro ato. O MinC se tornou a Casa da Cultura dos que queriam e desejavam pensar a cultura brasileira do ponto de vista simbólico, estrutural, econômico e artístico. Foi a partir da nomeação de Moura que surgiu a proposta de criação da Fundação Palmares para políticas públicas culturais afro-brasileiras. O ministro Aparecido não esquentou a cadeira, pois atendeu a um pedido do presidente Sarney e virou governador indireto de Brasília. No governo Sarney, passaram pelo MinC intelectuais do porte do economista Celso Furtado e do acadêmico e dicionarista Antônio Houaiss. Personalidades como Ziraldo, o poeta negro Adão Ventura, o historiador Angelo Oswaldo participaram e criaram o ministério. No governo Collor, o MinC se apequenou. Em 12 de abril de 1990 foi transformado em Home > Artigos O MinC e a alma brasileira Por Luis Turiba Em 16/05/2016 A Língua é nossa Pátria O escritor Manoel Herzog escreve sobre a importância da língua e da literatura portuguesa. Vale conferir. [Musa #12 - Ano 5] A falácia da desobrigação A escritora e pesquisadora Ana Elisa Ribeiro escreve sobre a tal da “desobrigação do ensino de literatura portuguesa”. Estudos da Literatura Portuguesa na BNCC email Assinar converted by Web2PDFConvert.com

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Política e literatura

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Quarta-feira, 18 de Maio de 2016

OK

Acadêmico Artigos Blablablogues Crítica Literária Crônica Ensaio Entrevistas Infantojuvenil Lançamentos Poesia Prosa Resenha Tradução

20/04/2016

. A Feira Literária de Cristina(FLICristina), traz a literaturaanimada pelas artes (artesvisuais, audiovisuais, dança,música, teatro). Uma escolharesultante dos anseios dapopulação local por um maiore melhor acesso à cultura e doperfil dos seus organizadoresque também buscam um forteacento na educação, creem noencantamento promovido pelodiálogo [...]

07/04/2016Ruy Espinheira Filho – Lçtos

14/02/2016Literatura cabo-verdiana

PRAIA (CABO VERDE) –Celebrado por sua música, oarquipélago de Cabo Verdetem também uma rica tradiçãoliterária, ainda poucoconhecida pelos leitoresbrasileiros. Na semanapassada, o país africanosediou em sua capital, Praia, oVI Encontro de Escritores deLíngua Portuguesa, que serviutambém de vitrine para a

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O Ministério da Cultura (MinC) foi criado em 15 de março de 1985 pelo então presidenteTancredo Neves. No dia da sua posse, Tancredo foi internado, operado e não assumiu, sendosubstituído pelo seu vice José Sarney.

O MinC, portanto, surgiu junto com a Nova República para atender aos anseios de artistas,intelectuais, professores, pensadores e produtores de arte e cultura que participaram dacampanha das Diretas Já e da eleição indireta de Tancredo Neves, pondo fim a 21 anos deditadura. O primeiro ministro da Cultura foi o então deputado José Aparecido que, de imediatonomeou um negro (Carlos Moura) e um índio (Cacique Marcos Terena) como assessoresdiretos. Foi seu primeiro ato.

O MinC se tornou a Casa da Cultura dos que queriam e desejavam pensar a cultura brasileirado ponto de vista simbólico, estrutural, econômico e artístico. Foi a partir da nomeação deMoura que surgiu a proposta de criação da Fundação Palmares para políticas públicasculturais afro-brasileiras. O ministro Aparecido não esquentou a cadeira, pois atendeu a umpedido do presidente Sarney e virou governador indireto de Brasília. No governo Sarney,passaram pelo MinC intelectuais do porte do economista Celso Furtado e do acadêmico edicionarista Antônio Houaiss. Personalidades como Ziraldo, o poeta negro Adão Ventura, ohistoriador Angelo Oswaldo participaram e criaram o ministério.

No governo Collor, o MinC se apequenou. Em 12 de abril de 1990 foi transformado em

Home > Artigos

O MinC e a alma brasileiraPor Luis TuribaEm 16/05/2016

A Língua é nossa Pátria

O escritor Manoel Herzogescreve sobre a importância dalíngua e da literaturaportuguesa. Vale conferir. [Musa#12 - Ano 5]

A falácia da desobrigação

A escritora e pesquisadora AnaElisa Ribeiroescreve sobre a tal da“desobrigação do ensino deliteratura portuguesa”.

Estudos da LiteraturaPortuguesa na BNCC

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literatura cabo-verdiana. Ela é[...]

14/02/2016Carlos Drummond

“Ponto de partida para umpoema: as pessoas deitadasna areia, em Copacabana,contemplando-se vagamentee compreendendo-se emsilêncio. Ninguém fala. Nopróximo domingo, já não severão mais. Fica, porém, osentimento do instante emcomum, sem a defesa daroupa, na postura dos mortos.”(DRUMMOND DE ANDRADE,Carlos. ApontamentosLiterários. In: BRAYNER, Sônia[...]

07/01/2016GILBERTO MENDES viroumúsica…

07/01/2016Mort de Pierre Boulez

Mort de Pierre Boulez, symboled’un XXe siècle musical avant-gardiste En savoir plus surhttp://www.lemonde.fr/disparitions/article/2016/01/06/mort-du-compositeur-et-chef-d-orchestre-pierre-boulez_4842501_3382.html#9WCDLvRTu3YLil76.99

07/12/2015+ Augusto de Campos

08/10/2015Nobel de Literatura 2015

The Nobel Prize in Literaturefor 2015 is awarded to theBelarusian author SvetlanaAlexievich “for her polyphonicwritings, a monument tosuffering and courage in ourtime”. Following theannouncement of theLiterature Prize Sara Danius,Permanent Secretary of theSwedish Academy, wasinterviewed about SvetlanaAlexievich’s work.

Secretaria da Cultura, diretamente vinculada à Presidência da República. Essa situação foirevertida pouco mais de dois anos depois, já no governo do presidente Itamar Franco, quandofoi criada a Lei Rouanet de incentivo à cultura.

Em 1999, no governo FHC, foram ampliados os recursos e a estrutura foi reorganizada. Oministro Francisco Weffort passou a aplicar a famosa Lei Rouanet captando recursos paraprojetos culturais. A lei atendeu e atende a produtores culturais do país, mas não conseguebancar com seus recursos direcionados a milhares de pequenos produtores. Esse gargaloainda não foi resolvido.

Em 2003, o MinC passou a viver a chamada “Era Gil” da cultura brasileira. Ao ser convidado enomeado para o ministério, o cantor e compositor tropicalista Gilberto Gil, resolveu atender aochamado do presidente Lula que lhe disse: “vá lá e faça como você faz no palco”. E Gil fezmesmo: montou uma equipe competente de “cabeças iluminadas” e saiu pelo Brasil dançandoe cantando, anunciando as boas novas. No seu discurso de posse, falou em “do-inantropológico”, que massagearia pontos vitais momentaneamente desprezados ouadormecidos do corpo cultural do País. O “do-in” serviu para “avivar o velho e atiçar o novo”,segundo o poeta e antropólogo Antônio Risério, criador da expressão.

O MinC passou a ter uma estrutura densa: uma Secretaria Executiva com três diretorias(Gestão Estratégica, Gestão Interna e Relações Internacionais), seis RepresentaçõesRegionais (nos estados de MG, Pernambuco, Pará, RJ, Rio Grande do Sul e São Paulo; alémde seis Secretarias: Fomento e Incentivo à Cultura, Políticas Culturais, CidadaniaCultural, Audiovisual, Identidade e Diversidade Cultural e Articulação Institucional.

No governo Dilma o MinC perdeu a pulsação. O principal projeto da Era Gil – os Pontos deCultura – não avançou. No meio do caminho, a presidente nomeou a cantora Ana de Hollanda,irmã do Chico Buarque. Recursos foram cortados e pouco foi feito.

Apesar de parte do movimento cultural ter se engajado no movimento “Não vai ter golpe”, contrao impeachment da presidente, existia uma latente insatisfação de artistas, pensadores eprodutores de arte e cultura com a performance do Minc nos governos Dilma. O ministério ficouà míngua e o governo devendo muito ao mundo da cultura.

Sabemos que a cultura brasileira tem pulsação própria e merece um tratamento de honra notopo da nossa existência planetária. Cultura deve ser tratada pelo seu simbolismo como partefundamental da formação do nosso povo, dos seus costumes, da memória, da criatividadeinfinita da nossa gente. Vejamos o exemplo do samba e seu valor simbólico, até como produtode exportação. A Cultura como encontro de raças e necessidade lúdica para enfrentarmos odia-a-dia de nossas lutas, prazeres e sobrevivências. Cultura como ação social civilizatória.Mas que fique claro: não cabe ao Estado fazer Cultura, mas promover e apoiar odesenvolvimento da sociedade como direito básico da cidadania.

Assim, sem olhar atenciosamente para a cultura brasileira com o devido respeito que suahistória merece, o novo governo tropeça na brasilidade. Não basta tão somente um ministério,pois mistério sempre há de pintar por aí. A questão é mais profunda: temos que valorizá-la noseu conjunto. Afinal, cultura não é somente a cereja do bolo, mas cesta básica também. Faltamcultura e mulheres no governo Temer.

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Luis Turiba é pernambucano, criado no Rio de Janeiro, radicado em Brasília. Fundou a revistade poesia experimental BRIC-A-BRAC, em Brasília, em 1985. Na poesia, tem militância ativahá mais de 30 anos. Publicou seu primeiro livreto, Kiprokó, em 1977, no Rio de Janeiro. EmBrasília publicou Clube do Ócio, em 1980, Luminares, em 1982; Realejos, em 1988; aantologia Cadê?,em 1998; e Bala, em 2005. Em 2010, lançou dois livros em Brasília:“Meiaoito”, pela coleção Oipoema; e o infantil “Luísa, Lulusa: a atriz principal”. No jornalismo,trabalhou em O GLOBO e na Manchete, no Rio de Janeiro, ainda na década de 70. Chegou emBrasília em 1979, onde trabalhou na Gazeta Mercantil, no Jornal do Brasil, no Jornal de Brasília,no Correio Braziliense, onde cobriu a campanha das Diretas e a eleição de Tancredo Neves.Fez assessoria de imprensa para a Assembléia Nacional Constituinte e foi da equipe doMinistro Gilberto Gil no MinC por quatro anos. Publicou um livro com os principais discursos doministro Gil, editou dois DVDs: Gil na ONU e Programa Mundial da Capoeira. Foi vencedor daBolsa Literária FUNARTE em 2008, pelo qual escreveu seu livro “Meiaoito”. E-mail: [email protected]

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