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diálogo Fernando Pimentel assume comando de Minas com a proposta de ouvir mais a sociedade ESPECIAL www.revistaviverbrasil.com.br M Governo do

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diálogo

Fernando Pimentel assume comando de Minas com a proposta de ouvir mais a sociedade

ESPECIALwww.revistaviverbrasil.com.br

M

Governo do

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Viver Especial é uma publicação da VB Editora e Comunicação Ltda. São Paulo: Jacques Felix, 19 – Vila Nova Conceição - CEP: 04509-000 – São Paulo, SP – Tel.: (11) 2127-0000

Minas Gerais: Rodovia MG–030, 8.625, torre 2, nível 4, Vale do Sereno, Nova Lima, MG – CEP: 34.000-000 – (31) 3503-8888 - www.revistaviverbrasil.com.br

12 Posse

16 Gestão

20 Secretariado

26 Empresas

30 Parceria

32 Apoio

34 Primeira-dama

36 Perfi l

42 Município

44 Cidade

48 Desenvolvimento

50 Política

52 Telefonia

58 Comércio

62 Transporte

64 Etanol

66 Tecnologia

Sumário

VIVER Janeiro 16 - 201410

Diretor-geral Paulo Cesar de OliveiraDiretor Gustavo Cesar OliveiraDiretora Executiva Eliana PaulaDiretor de redação Homero Dolabella Chefe de redação Maria Eugênia LagesEditora-executiva Silvânia ArrielSubeditora Luciana AvelinoEditora-adjunta Cláudia RezendeReportagem Luisana Gontijo, Maria Teresa Leal, Miriam Gomes Chalfi n, Terezinha Moreira e Sueli CottaRevisão Maria Ignez Villela

Secretária da redação Tamara de Jesus Editor de arte Renato Luiz Equipe de arte Adroaldo Leal, Gilberto Silva e Luciano Cabral Fotografi a Agência i7Gerente de marketing e eventos Larissa LopesGerente fi nanceira Marcela GalanAssistente comercial Sumaya MayrinkDepartamento comercial (MG) (31) 3503-8888 – Dária Mineiro, Cláudia Ligório, José Lopes, Karine Scofi eld, Márcia

Perígolo e Sônia Beatriz [email protected] Assinaturas (31) 4063-8156Impressão Log&Print Gráfi ca e Logística S.A. Entregas Fast EntregasDistribuição em bancas Disa – Distribuidora Sant’ Anna

[email protected]

VOOS MAIS ALTOSFernando Pimentel, por menos que

aceite falar sobre isto agora, está coloca-do na pista para alçar voos mais altos. Até mais do que não falar, ele, discre-tamente, tentou desestimular especu-lações em seu discurso na transmissão de cargo, afirmando não ser a sacada do Palácio da Liberdade um trampolim para outros saltos. Pareceu uma crítica a adversários, mas foi também um re-cado a aliados para que se contenham. Mas não há como negar ser ele, hoje, o candidato natural do PT à sucessão pre-sidencial de 2018.

Uma possível candidatura de Lula não passa, certamente, de um balão de ensaio com objetivo claro de conter o ímpeto de alguns, petistas e não petistas, de abrirem dissidência, aproveitando -se de eventual fragilidade do governo, oferecendo-lhes uma perspectiva de continuidade no poder. Lula tornou--se uma lenda. Disputar novamente a Presidência implica 2 riscos; de perder, menos provável, e vencer e, dadas as circunstâncias, fazer mau governo.

Mas, voltando à política real, o PT não tem hoje um nome mais compe-titivo do que o de Fernando Pimentel,

governador do estado com o segundo maior colégio eleitoral e que tem força econômica e política. Se conseguir reali-zar um bom governo, e sua competência é reconhecida por todos, ganha uma força de arrancada difícil de superar. Mas Pimentel tem ainda que vencer a batalha interna em seu partido. Para vencer, Pimentel conta com o apoio da presidente Dilma que, assim como ele, precisa realizar um bom governo para poder alavancar o nome de sua prefe-rência. Se tiver essa força, não tenham dúvida de que sustentará o nome do governador de Minas. Dilma e Pimentel têm uma relação de amizade forte e ex-celente diálogo político.

Como governador de Minas, Pi-mentel sabe que tem muita coisa a fazer pelo estado como também por Belo Horizonte. Fazendo, sai daqui com votos suficientes para compensar São Paulo, onde o PT perdeu os eleitores. Podem negar, mas a corrida presiden-cial já começou e Pimentel arranca na primeira fila sem companheiro de escuderia. Nesta edição histórica vocês conhecerão bem o governador Fernan-do Pimentel.

Paulo Cesar de OliveiraDiretor-geral

Foto Capa Douglas Magno / O Tempo

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Fernando Pimentel assume o governo de Minas e diz que vai gerar canais de participação com mais poder para a população mineira

O porta-voz

VIVER Janeiro 16 - 2015

POSSE

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MÁRCIA QUEIRÓS

Primeiro petista a conquistar o Executivo mineiro, o go-vernador Fernando Pimen-

tel tomou posse na manhã de 1º de janeiro com o anseio de mar-car a história de Minas pela gestão participativa. “As ruas sabem mais que os gabinetes. Quero ser um governador que não seja uma voz, mas um porta-voz. Vamos gerar canais de participação, com me-nos poder para o governo e mais para as pessoas”, discursou Pi-mentel, prometendo buscar diálo-

FRASE

“O desafio é romper a forma de

governar. Tirar o governo do

isolamento, de uma política antiquada”

Fernando Pimentel

VIVER Janeiro 16 - 2015

go com movimentos sociais, classe empresarial, prefeitos e lideranças regionais. Na sacada do Palácio da Liberdade, ele assumiu os compro-missos de ampliar a oferta de es-colas infantis e técnicas; expandir o atendimento nos hospitais re-gionais; valorizar o funcionalismo público; dialogar com os prefeitos, e melhorar a segurança pública em Minas. Cerca de 4 mil pesso-as acompanharam a cerimônia na praça da Liberdade, de acordo com a Polícia Militar.

A solenidade de pos-se, que antecede a ceri-mônia de transmissão do cargo no palácio, co-meçou exatamente às 9 h 2 5 , n a A s s e m b l e i a Legislativa, quando o governador e o vice An-tônio Andrade (PMDB) chegaram à casa. Eles p a s s a r a m p e l o s D r a -gões da Inconfidência (grupamento de honra da Polícia Militar) e fo-ram recebidos por comi-tiva de parlamentares. O rapper Flávio Rene-gado abriu a sessão entoando o Hino Nacional. Nascido e criado na comunidade do Alto Vera Cruz, região Leste de Belo Horizonte, Re-negado falou da satisfação de par-ticipar daquele momento. “É uma honra sair do Alto Vera Cruz para cantar aqui. Sempre sonhei, Pi-mentel, em viver em um país em que não fosse julgado pela condi-ção social e cor da pele”, declarou.

Em seguida, foi exibido vídeo sobre Pimentel, narrando desde o nascimento em uma família de classe média, no bairro Carlos Pra-tes – o pai era comerciante e mãe professora – até as realizações nos mais de 30 anos de vida pública. Após a exibição da videobiografia, Pimentel e Antônio Andrade fo-

ram empossados nos cargos pelo presidente da Assembleia, Dinis Pinheiro (PP), que comandou a ce-rimônia. O petista abriu o primeiro discurso como chefe do Executivo recordando a luta contra o governo militar e a importância da demo-cracia. “Este momento é resultado da luta de gerações pela conquis-ta da cidadania. Quero fazer uma homenagem aos sonhadores do passado, muitas vezes incompre-endidos e perseguidos, mas que nunca deixaram de acreditar no

sonho da democracia”, disse o petista, contendo as lágrimas.

O discurso, na tribu-na, durou aproximada-mente 15 minutos e foi marcado por crít icas, sem citar nomes ou par-tidos. “O grande desafio é romper a forma de go-vernar. Tirar o governo do isolamento, de uma política antiquada e em-bolorada. Temos que governar em todas as re-giões, ouvindo a popula-ção. Precisamos de um

governo do século 21. Não acredito que grupos encastelados possam decidir o destino de milhões de pessoas”, disse o petista. Ele decla-rou que deseja deixar como legado a gestão participativa.

Além de abrir o governo para maior participação popular, Pi-mentel anunciou que irá buscar parcerias com a classe empresa-rial. “Menos riqueza não significa menos pobreza. Ao contrário, mais riqueza significa menos pobre-za. Quanto mais estimularmos os empreendedores, mais estaremos avançando na direção de uma so-ciedade justa”, declarou. Na As-sembleia, ele anunciou ainda que fará em 90 dias um balanço ge-ral do estado para conhecer a

Tião Mourão

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situação econômica, fiscal e so-cial dos últimos 12 anos de gover-no. Segundo ele, será criada uma comissão, formada por grupos do governo de iniciativa privada, para “saber o estado de nosso estado”. Ele afirmou que não se trata de uma auditoria nem perseguição aos an-tecessores tucanos. “É algo muito maior e mais importante até. É uma explicitação do ponto de onde es-tamos partindo”, disse, reforçando que “não pretende olhar para o pas-sado”.

Depois da solenidade de pos-se no Legislativo, Pimentel e co-mitiva seguiram para o Palácio da Liberdade, onde aconteceu a sole-nidade de transmissão do cargo. Lá, Pimentel e o vice Antônio Andrade quebraram o protocolo ao atraves-sar a praça em direção ao palácio acompanhados de representantes de movimentos sociais e do músico Sérgio Pererê, que cantou o hino de Minas Gerais. Coube à cantora Tita-

ne cantar o Hino Nacional.No palácio, o ex-governador

Alberto Pinto Coelho (PP) fez dis-curso de despedida carregado de emoção, após entregar a Pimen-tel o Grande Colar da Inconfidên-cia, símbolo do chefe do Executivo. A saída de Pinto Coelho, aliado do senador e ex-governador Aécio Neves (PSDB), põe fim à era de 12 anos dos tucanos no governo de Minas. Pinto Coelho atribuiu ao

povo as conquistas do estado nos últimos anos. “Em minha vida pú-blica, como parlamentar, líder de governo, presidente da Assembleia Legislativa em 2 mandatos e, fi-nalmente, como governador, pude conviver de perto com essa gene-rosa bondade do povo mineiro. As expressivas realizações dos últimos 12 anos se incorporam ao grande legado, que é fruto do trabalho de gerações inteiras, de vários parti-dos e governos. E pertencem ex-clusivamente ao povo”, destacou Pinto Coelho.

O ex-governador sal ientou também a importância de o estado e as lideranças políticas buscarem os valores republicanos e demo-cráticos previstos na Constituição brasileira. “Quero conclamar todos para que, na situação ou na opo-sição, tenhamos sempre em vista, acima das divergências ideológicas ou diferentes visões de mundo, o nosso compromisso maior com os

POSSE

Quero conclamar todos para que, na

situação ou na oposição, tenhamos sempre em vista os

valores republicanos”Alberto Pinto Coelho

O DISCURSOdo ex-governador

Alberto Pinto Coelho

VIVER Janeiro 16 - 2015

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valores republicanos que hoje nos regem. Pois são eles que nos garan-tem o bem maior da liberdade polí-tica”, discursou.

Depois da transmissão do car-go, Pinto Coelho e a ex-primeira-da-ma Célia foram acompanhados até os portões do Palácio da Liberdade pelo governador Fernando Pimen-tel. No interior do palácio, o casal foi aplaudido, quando percorreu o hall em direção à sacada, ao som de Encontros e Despedidas, de Mil-ton Nascimento. Alberto Pinto Co-elho assumiu o Executivo mineiro em abril de 2014. Ele era vice-gover-nador do tucano Antonio Anastasia, que deixou o Palácio da Liberdade para concorrer ao Senado.

Pimentel abriu o discurso na sa-cada cumprimentando pessoas que, segundo ele, comprovam a parti-cipação do povo no governo. Ele citou dona Lavigna, do Norte de Mi-nas, a estudante Kelly, do aglomera-do da Serra, e o produtor de queijo

da serra da Canastra José Mário. A ênfase no governo participativo e o tom de críticas pautaram também o discurso na sacada do palácio. “Mi-nas não tem dono, rei ou imperador. O povo que aqui habita escolheu um governo do nós e não do eu. Não será um governo refém de plani-lhas e números, vamos gerar canais de participação, com menos poder para o governo e mais para as pesso-as. Um governo novo e contempo-râneo não é aquele que se esconde atrás de castas”, disse.

Brinde com aliados

No fim da solenidade, o gover-nador substituiu a fila de cumpri-mentos pelo brinde com aliados, uma vez que seguiu logo depois para a posse da presidente Dil-ma Rousseff, em Brasília, ocor-r ida à tarde. A cerimônia foi prestigiada pela família do petista, acompanhado da jovem primeira--dama, Carolina Oliveira. Ela cha-

mou atenção pela elegância. Usou vestido tubinho cor-de-rosa em tom pó de arroz. O filho Mathias também esteve presente. A única irmã de Pimentel, Vânia, foi acom-panhada dos filhos e netos, entre eles a adolescente Rachel Pimentel, que participa do elenco do filme O Segredo dos Diamantes, do cineasta mineiro Helvécio Ratton, em cartaz nos cinemas no Brasil.

Autoridades de diferentes se-tores, sobretudo da classe em-presarial, também prestigiaram a cerimônia, no interior do Palácio da Liberdade, entre eles o presiden-te da Confederação Nacional das Indústria (CNI), Robson Andrade; o presidente da Fiemg, Olavo Macha-do; Aguinaldo Diniz Filho, da Ce-dro Textil, e Salvador Ohana, dono da loja de roupas masculinas Klus. Eles receberam com boa expectati-va a sinalização de Pimentel de que o estado buscará parceria com os empreendedores.

O BRINDE DE Nilza e Antônio Andrade, Pimentel e Carolina Oliveira

Fotos: Tião Mourão

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LUISANA GONTIJO

Guardadas as enormes pro-porções e diferenças entre administrar o estado e a ca-

pital, o governador de Minas Ge-rais, Fernando Pimentel (PT), deve priorizar formas de gerenciar que ele próprio empregou ao coman-dar a prefeitura de Belo Horizon-te, de 2005 a 2008. Marco de sua administração municipal, a gestão compartilhada, na qual políticas públicas são definidas com a par-ticipação popular, figura entre as principais propostas de trabalho a

serem implantadas no estado ain-da em 2015.

A equipe de técnicos e espe-cialistas indicados pelo governa-dor para fazer um diagnóstico da real situação das contas estadu-ais, para, efetivamente, cuidar da transição de governos, estuda as melhores maneiras de agir para colocar em prática a participação social, a partir de diferentes me-canismos, que vão ser apresenta-dos ao longo dos próximos meses. Esse envolvimento popular deve

se dar, em especial, nas áreas tidas como prioritárias para o governo petista: saúde, segurança pública e educação.

Na prefeitura conduzida por Pimentel, o Orçamento Partici-pativo – implantado na gestão de seu colega de partido Patrus Ana-nias, em 1993 – foi o principal ca-nal de envolvimento da população na definição de políticas públicas, assim como na seleção das obras mais urgentes. Em 2006, a gestão de Pimentel criou ainda o Orça-

Fernando Pimentel deve investir na participação popular em áreas prioritárias e na descentralização do governo

O que virá

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G ESTÃO

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mento Participativo Digital, que permitia à população escolher obras não só para a sua região, mas para toda a capital.

Ouvir para governar, dando vida ao exercício real da partici-pação popular, e viabilizar os fó-runs regionais, que vão permitir a regionalização da administra-ção estadual, são prioridades que Pimentel pretende implementar logo no primeiro ano de trabalho. Quem garante isso é um dos seus colaboradores mais próximos,

Helvécio Magalhães, escolhido para assumir a Secretaria de Esta-do do Planejamento (Seplan).

Além de ter comandado a Se-cretaria de Atenção à Saúde do ministério no governo de Dilma Rousseff – tendo sido um dos res-ponsáveis pela execução do pro-grama Mais Médicos, que, lançado em 2013, inclui a importação de profissionais de outros países, para suprir a falta deles no interior e nas periferias dos grandes cen-tros –, Magalhães foi secretário de

Shutterstock

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Saúde do município de Belo Hori-zonte na gestão de Pimentel.

Helvécio Magalhães v inha sendo cotado pelo governador para a mesma pasta da Saúde, em nível estadual, mas pleiteava o de-safio de comandar a Secretaria do Planejamento. “Quem vai definir será o governador Pimentel”, di-zia ele, antes da confirmação de seu nome para o cargo, feita em 18 de dezembro. Até que o novo pri-meiro escalão assuma, Helvécio Magalhães coordena toda a parte social – que inclui saúde, educa-ção, cultura e agricultura familiar, entre outras.

Na proposta de reformula-ção do papel do estado defendida no programa de governo apre-sentado por Fernando Pimentel durante a campanha eleitoral, a descentralização da gestão ad-ministrativa merece destaque. O que se argumenta é a necessida-de de que os centros de decisão fiquem mais próximos dos ato-res e das regiões do estado, o que não justificaria, por exemplo, que uma secretaria dedicada a cuidar de assuntos dos vales do Jequi-tinhonha e Mucuri seja instala-da na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte. A crença é que a descentralização garantirá força política para que as questões re-gionais sejam atendidas.

O programa de governo de Pi-mentel fala também que a descen-tralização da gestão administrativa deve levar em conta que proble-mas de saúde, segurança e edu-cação variam de uma região para outra do estado, o que exige o esta-belecimento não só de uma política administrativa horizontal para Mi-nas inteira, mas de políticas regio-nais específicas em cada área.

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Em um primeiro momento, no entanto, afirma Helvécio Maga-lhães, não há nada mais urgente para a equipe que colabora com Fernando Pimentel do que ocu-par-se de tomar conhecimento da real situação orçamentária e fi-nanceira do estado. “Temos um programa de governo longamen-te debatido, consistente, discutido com técnicos, e sua velocidade de implantação vai depender da si-tuação financeira e orçamentária que vamos encontrar.” A primei-ra tarefa do governo, portanto, diz, será apropriar-se da realidade.

O desafio inicial, reitera Hel-vécio Magalhães, será dar conta de manter a máquina funcionan-do, com salários em dia, gasolina necessária, veículos em condições de rodar, para colocar em marcha

o programa de governo. “A situ-ação financeira, a priori, é muito ruim. Vamos ter quer saber como é exatamente esse buraco. Exis-tem verdadeiros déficits que vão nos comprometer muito. Preci-saremos ter muita determinação,

criatividade para renegociar a dí-vida; mexer na política do ICMS, para gerar mais imposto; articular melhor os investimentos; buscar alternativas para fazer sinergias com o governo federal de verdade. Enfim, tentar dar a volta nesta si-tuação econômica ruim”, afirma o secretário.

Ele diz que estão fazendo o diagnóstico de uma máquina mui-to grande, com superposições de órgãos. “O que vemos até agora é que a máquina não se adequa ao estado que prioriza essas ques-tões. Não há nada na área de saú-de, nem quanto à ampliação da educação em tempo integral ou para a melhoria salarial dos pro-fessores. Vamos ter que readequar a máquina para viabilizar tudo isso”, assegura Magalhães.

G ESTÃO

VIVER Janeiro 16 - 2015

FRASE

“A situação fi nanceira, a priori, é muito ruim. Vamos ter que saber como é exatamente

esse buraco. Existem verdadeiros défi cits que vão

nos comprometer”Helvécio Magalhães

Divulgação

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SUELI COTTA

Desde o dia 1º de janeiro, o go-vernador Fernando Pimen-tel começou a imprimir a sua

marca no governo de Minas. As mu-danças começaram na composição da administração, com a criação de mais 4 secretarias: Recursos Huma-nos, Desenvolvimento Agrário, Di-reitos Humanos e Cidadania e o desmembramento da secretaria de Turismo e Esportes. O governo deci-diu pela criação dos conselhos mu-nicipais para facilitar o acesso da população à máquina administrativa e viabilizar uma das suas promessas de campanha, a de ouvir e dialogar com o povo. Mandou fazer auditoria nas contas do estado.

Pimentel criou um grupo execu-tivo para apresentar, no prazo de 90 dias, balanço do estado. “Não se tra-ta de auditoria de contas públicas. É algo maior, é uma explicitação, do ponto de onde estamos partindo, como sociedade, em termos econô-micos, sociais, de desenvolvimento humano e também, claro, das finan-ças. Nosso objetivo não é olhar para o passado, e sim definir o ponto de par-tida para o futuro.”

A criação das novas secretarias passa pela aprovação da Assembleia Legislativa, quanto os titulares serão empossados. Com essas alterações, o estado terá 28 cargos com status de secretários, 11 deles comanda-

dos pelo PT, 6 pelo PMDB. PC do B, PRB e PR também estão represen-tados, além de técnicos e assessores que acompanham Pimentel desde a prefeitura, ocupando postos estraté-gicos. Outra preocupação do gover-nador foi a de definir os rumos que pretende dar às principais empresas do estado, em especial à Cemig, Gas-mig e Copasa. Os nomes foram defi-nidos pouco depois da eleição no ano passado e anunciados antes da posse.

A nova fase administrativa já co-meçou, mas alguns deputados esta-duais e federais convidados a compor o secretariado tomarão posse na As-sembleia e na Câmara dos Deputa-dos, antes de assumir seus cargos.

Tião Mourão

FERNANDO PIMENTEL no dia da posse

Governador cria 4 secretarias e conselhos municipais para facilitar o acesso da população à máquina administrativa

Os auxiliares

VIVER Janeiro 16 - 2015

SECR ETAR IADO

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MACAÉ EVARISTO (PT)Educação

Uma das escolhas estratégicas do governador, Macaé Evaristo foi secretária de Educação de Belo Horizonte na gestão de Pimentel e uma das responsáveis pelo programa de educação integral da capital mineira e defensora da Escola Plural, proposta implantada na administração de Pimentel. Ela também coordenou o programa de implantação de escolas indígenas de Minas Gerais entre 1997 e 2004. Macaé é graduada em assistência social pela PUC Minas e é mestre em educação pela UFMG. Antes de assumir o cargo, ocupava a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação no governo Dilma Rousseff e é professora da rede estadual de ensino desde 1984.

JOÃO CRUZ REIS FILHO (PMDB)Agricultura

Indicado pelo vice-governador Antônio Andrade, é engenheiro agrônomo, mestre e doutor em genética e melhoramento pela Universidade Federal de Viçosa. É fi scal federal agropecuário do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, onde chefi ava, até então, a assessoria de Gestão Estratégica.

ANGELO OSWALDO (PMDB) Cultura

O ex-prefeito de Ouro Preto e presidente do Instituto Brasileiro de Museus, Angelo Oswaldo, já esteve à frente da Secretaria de Cultura no governo de Itamar Franco. Jornalista, formado pelo Instituto Francês de Imprensa, e advogado, pela UFMG, sempre atuou na área cultural. Presidiu o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), órgão do Ministério da Cultura, no governo Dilma Rousseff , presidiu o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no governo José Sarney e é presidente da Associação Brasileira de Cidades Históricas. Um dos objetivos à frente da secretaria será o de colocar em prática o projeto do Corredor Imperial, que integrará os museus de Minas (Belo Horizonte e Juiz de Fora) aos do Rio de Janeiro (Petrópolis e capital).

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JOSÉ AFONSO BICALHOFazenda

Um dos nomes da confi ança de Fernando Pimentel, José Afonso Bicalho é economista formado pela UFMG e é mestre em economia pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da UFMG, e doutor em economia pela Universidade de Manchester, Inglaterra. A sua experiência na administração pública vem desde o governo Hélio Garcia (1990 a 1994), quando foi secretário-adjunto e secretário de Fazenda de Minas. Depois presidiu os bancos Bemge e Credireal no governo de Eduardo Azeredo. Em 2005 passou a compor a equipe do prefeito Fernando Pimentel na Secretária de Finanças da prefeitura de Belo Horizonte e depois como assessor econômico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

TADEU LEITE (PMDB)Desenvolvimento Regional,

Política Urbana e Gestão

Metropoliana

Estudante de direito e empresário, Tadeu foi eleito para o segundo mandato como deputado estadual. Filho do ex-prefeito de Montes Claros Luiz Tadeu Leite, tem sua base política no Norte de Minas, Jequitinhonha e Noroeste do estado.

BERNARDO SANTANA (PR) Defesa Social

Ex-deputado federal, Santana foi um dos primeiros nomes anunciados pelo governador Fernando Pimentel. Advogado, e pós-graduado em direito de empresa, pela PUC Minas, e em direção estratégica e marketing, pela Fundação Getúlio Vargas.

Gabriela Korossy/Câmara dos Dep. Fotos: Divulgação

Roberto Jayme

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SECR ETAR IADO

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SÁVIO SOUZA CRUZ (PMDB)Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável

Eleito para o quarto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa, Souza Cruz já foi secretário de Estado de Planejamento e secretário de Recursos Humanos e Administração no governo Itamar Franco. Engenheiro metalúrgico e especialista em engenharia ambiental, formado pela UFMG, foi professor de química e física da rede de ensino privado e de engenharia ambiental da PUC Minas. Foi um dos críticos mais contundentes da administração do PSDB no Legislativo mineiro.

ODAIR CUNHA (PT) Governo

Presidente do PT de Minas Gerais, Odair Cunha foi um dos coordenadores da campanha de Fernando Pimentel e agora é o responsável pela coordenação política do governador. Formado em advocacia, ele foi eleito para o terceiro mandato consecutivo de deputado federal nas eleições de outubro. Antes de chegar ao Congresso Nacional foi assessor jurídico de prefeituras e câmaras municipais.

PAULO GUEDES (PT)Desenvolvimento e

Integração do Norte e

Nordeste de Minas Gerais

Em seu terceiro mandato consecutivo na Assembleia Legislativa, Paulo Guedes foi vereador e presidente da Câmara Municipal de Manga, no Norte de Minas. Antes de chegar à Assembleia, foi coordenador estadual do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs-MG).

MURILO VALADARES (PT) Transportes e Obras Públicas

Outro nome da equipe estratégica do governador, Murilo Valadares conheceu Pimentel em 1992, na prefeitura de Belo Horizonte. Engenheiro civil formado pela UFMG, foi administrador regional da prefeitura, diretor da SLU, superintendente da Sudecap, secretário de Políticas Urbanas. Antes de ser nomeado para a Secretaria de Transportes e Obras Públicas ocupava a Secretaria de Obras de Ribeirão das Neves.

ANDRÉ QUINTÃO (PT) Trabalho e Desenvolvimento

Social

Ligado aos movimentos sociais, André Quintão foi eleito para o seu quarto mandato consecutivo na Assembleia Legislativa. Ele ajudou na criação da Comissão de Participação Popular e a presidiu até ser nomeado para a Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social. Formado em assistência social e sociologia, foi secretário de Desenvolvimento Social na prefeitura de Belo Horizonte, na gestão de Patrus Ananias. Antes de ser eleito deputado estadual, era vereador na cidade. Além disso, é servidor concursado da prefeitura.

MARCO ANTÔNIO REZENDE (PT) Casa Civil e de Relações

Institucionais

Ex-procurador-geral da prefeitura de Belo Horizonte na administração de Fernando Pimentel, Marco Antônio também faz parte do grupo estratégico do governador. Também foi diretor jurídico e presidiu a Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap). Marco Antônio é advogado formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Além disso, é servidor da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Rossana Magri Fotos: Divulgação

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23VIVER Janeiro 16 - 2015

HELVÉCIO MAGALHÃES (PT)Planejamento e Gestão

Antigo colaborador de Fernando Pimentel na prefeitura de Belo Horizonte, Helvécio Magalhães atuou na secretaria de Saúde. Agora, volta a compor a equipe também em uma área estratégica. Depois que deixou a prefeitura com a saída de Pimentel, Helvécio foi para a Secretaria de Atenção à Saúde do ministério, no governo Dilma Rousseff . Ele é médico formado pela UFMG e doutor em saúde pública pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Além de ser servidor concursado da prefeitura de Belo Horizonte.

FAUSTO PEREIRA DOS SANTOSSaúde

Outra secretaria estratégica e de grande visibilidade, tem como ocupante o médico sanitarista formado pela UFMG e doutor em saúde coletiva pela Unicamp, Fausto Pereira. Ele começou seu trabalho na administração pública na prefeitura de Belo Horizonte, como secretário-adjunto de Saúde, ocupou o cargo de secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde e presidiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por 2 mandatos.

ALTAMIR RÔSO Desenvolvimento

Econômico

O empresário, engenheiro e economista ocupa um dos principais cargos na administração de Fernando Pimentel e terá como função atrair grandes empresas para Minas Gerais e diversifi car o parque industrial. Antes de assumir o posto, Altamir Rôso presidia a regional Vale do Rio Grande da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Uberaba.

NILMÁRIO MIRANDA (PT)Direitos Humanos

e Cidadania

Jornalista e mestre em ciências políticas pela UFMG, Nilmário Miranda foi deputado estadual (1987-1990) e deputado federal (1991-2003), além de ter ocupado a Secretaria Nacional dos Direitos Humanos no governo Luiz Inácio Lula da Silva. Voltou à Câmara dos Deputados em 2013. Como deputado federal, presidiu a Comissão Externa para os Desaparecidos Políticos e foi autor do projeto de lei que criou a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, que presidiu em 1995 e em 1999.

GERALDO PIMENTA (PC DO B) Turismo

Médico formado pela UFMG e eleito deputado estadual, Geraldo Pimenta foi indicado para o cargo pelo PC do B. Ele foi vereador em Betim e secretário municipal de Assistência Social na gestão da prefeita Maria do Carmo Lara.

MIGUEL CORRÊA (PT)Ciência e Tecnologia

Eleito para o terceiro mandato consecutivo na Câmara dos Deputados, Miguel Corrêa iniciou sua carreira política como vereador em Belo Horizonte. É formado em história pelo Centro Universitário Uni-BH.

Pedro Vilela/Agência i7

Tâmna Waqued/Fiesp

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SECR ETAR IADO

VIVER Janeiro 16 - 2015

EDUARDO SERRANOSecretaria Geral e

Governadoria

Gestor público formado pela Fundação Getúlio Vargas, Eduardo Serrano foi chefe de gabinete de Pimentel no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Uma de suas funções será a de redistribuir as atribuições da sua pasta para outros órgãos do estado.

GAMALIEL HERVAL (PMDB) Recursos Humanos

Advogado formado pela PUC Minas. Antes de integrar a equipe de Fernando Pimentel, Gamaliel Herval ocupava a presidência da Ceasa. Foi presidente da Eletrosul e integrou o conselho de administração da Eletrobras. Ex-reitor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

GLÊNIO MARTINS (PT)Agricultura Familiar e

Reforma Agrária

Técnico em agropecuária e especialista em políticas públicas e gestão governamental pela UFMG, Glênio foi chefe de gabinete, chefe da Divisão de Desenvolvimento de Assentamento e superintendente regional substituto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais.

MÁRIO VINÍCIUS SPINELLI Controlador-geral do estado

Engenheiro civil e matemático, é mestre em administração pública pela Fundação João Pinheiro e pós-graduado em engenharia pela Universidade Federal Fluminense. Atuava como controlador-geral do município de São Paulo e fi cou conhecido por ter descoberto uma máfi a que atuava na prefeitura. É servidor concursado da Controladoria-Geral da União, onde foi secretário de Prevenção da Corrupção e Informações Estratégicas. Também integrou o Coaf.

CARLOS HENRIQUE (PRB)Esportes

Deputado estadual eleito para o segundo mandato consecutivo nas eleições de outubro passado, Carlos Henrique foi indicado pelo PRB para assumir a Secretaria de Esportes. A pasta será desvinculada da Secretaria de Turismo. Antes de se eleger deputado estadual, era vereador em Belo Horizonte por 3 mandatos consecutivos. É pastor evangélico.

RONALD FREITASSubsecretaria

de Comunicação

Nascido em Fortaleza, cursou comunicação na Universidade Federal do Ceará. Fez o curso de jornalismo do Estadão e trabalhou por 14 anos em São Paulo. Também passou pelo Correio Popular (de Campinas), Folha e revista Época, inclusive na sucursal de Brasília. Na capital federal, foi coordenador de comunicação do Ministério do Turismo e assessor do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Participou da campanha do governador Fernando Pimentel.

Fotos: Divulgação

Tião Mourão

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SUELI COTTA

Uma das mais respeitadas em-presas de energia elétrica no Brasil e no mundo, a Cemig

inicia o ano sob forte pressão. O economista Mauro Borges foi no-meado pelo governador Fernando Pimentel para ocupar a presidência da empresa, com o desafio de des-fazer vários entraves com o gover-no federal. Um deles diz respeito à disputa pelas hidrelétricas de Ja-guara, São Simão e Miranda.

A polêmica começou a partir da mudança das regras de conces-sões, que entrou em vigor em 2013, quando a Cemig teria que devolver à União 21 usinas, à medida que os contratos terminassem. Houve uma divergência com relação às 3 hidrelétricas e o processo foi parar na Justiça.

O lucro líquido da empresa também sofreu forte queda no ter-ceiro trimestre do ano passado, de 29,06 milhões de reais, 96% a me-nos em relação ao mesmo perío-

do do ano anterior, quando o valor chegou a 788,84 milhões. A justi-ficativa para a forte retração foi a de problemas no projeto de cons-trução da Usina de Santo Antônio, em Rondônia, onde a Cemig tem participação. No acumulado de ja-neiro a setembro, a estatal mineira lucrou 2,020 bilhões de reais, queda de 11,07% se comparado ao mesmo período de 2013.

Com esse cenário pouco ani-mador e com a iminência de uma crise energética devido a questões climáticas, Mauro Borges também tem que decidir se tomará medi-das judiciais e administrativas para cancelar, em definitivo, um crédi-to cobrado pelo governo de Minas, relativo a uma operação realizada em 2011. O conselho da Cemig che-gou a aprovar, antes da posse de Pimentel, que fosse feito depósito no valor de 239,4 milhões de reais como uma das medidas para sus-pender a exigibilidade do crédito

Novos dirigentes assumem cargos com a meta de melhorar prestação de serviços,

sem perder faturamento

Os desaf ios das estatais

CEMIG

VIVER Janeiro 16 - 2015

E M PR ESAS

Economista formado pela UFMG, doutor em economia pela Universidade de Londres, com pós-doutorado pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, e na Universidade de Paris, Mauro Borges comanda o maior grupo de energia elétrica do país. O professor titular do Departamento de Ciências Econômicas da UFMG assumiu o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior após a saída de Pimentel. Ele também presidiu a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Conselho de Administração do BNDES e do Bndespar. Possui trabalhos científicos publicados em livros e periódicos especializados no Brasil e no exterior.

MAURO BORGES

Divulgação

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CODEMIG

VIVER Janeiro 16 - 2015

O engenheiro Marco Antônio Castelo Branco é o novo presi-dente da Codemig, empresa res-ponsável pelo aporte financeiro para a maior parte das obras, ser-viços e empreendimentos, prin-cipalmente em infraestrutura, realizada em Minas Gerais e pelo desenvolvimento econômico do estado.

Constituída na forma de so-ciedade anônima e controlada pelo governo de Minas, a Code-mig tem na mineração a principal fonte de receitas, especialmente com a exploração de nióbio, em Araxá, em parceria com a Com-panhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). Área domi-nada por Marco Antônio Caste-lo Branco, que já presidiu 2 das maiores siderúrgicas em operação no país, a Mannesmann do Bra-sil, após a fusão da empresa com o grupo francês Vallourec, e a Usi-minas.

Outro investimento da Code-mig está em estudos para o mape-amento geológico, com aquisição de dados, preparação e compila-ção para base cartográfica das 39 folhas do projeto de mapeamen-

to do estado. Minas Gerais extrai mais de 160 milhões de toneladas de minério de ferro ao ano e tem quase 50% da produção nacional de ouro.

Para se ter uma ideia, o esta-do é responsável por aproximada-mente 53% da produção brasileira de metálicos e 29% de minérios em geral. Os produtos minerais e de origem mineral representam 50% da cadeia de exportação, além de ser o maior produtor de ferro, ouro, zinco, nióbio, fosfato, gra-fita, lítio e calcário. Minas Gerais produz 75% do nióbio do mundo, mineral usado em ligas metálicas.

A Codemig também atua nas áreas de hotelaria, parques e bal-neários, águas minerais, distritos industriais e centros de feiras e exposições (Expominas), até es-tradas, grandes empreendimen-tos para infraestrutura do próprio governo e seus projetos, além de turismo e cultura. A empresa ain-da coordena projetos em distritos industriais e responde pela gestão dos bens dominicais do patrimô-nio estadual e recebe royalties da exploração de minério de fosfato na cidade de Araxá.

cobrado pelo estado.Mesmo com esses problemas, a

Cemig é considerada um dos mais sólidos e importantes grupos do segmento de energia elétrica do Brasil, com participação em mais de 204 empresas, além de consór-cios e fundos. Fundada em 1952, por Juscelino Kubitschek, a estatal mineira, de capital aberto, é con-trolada pelo governo do estado e tem 114 mil acionistas em 44 pa-íses. Suas ações são negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri.

Além disso, é considerada a maior empresa integrada do setor de energia elétrica do Brasil. Em Minas Gerais, responde por 96% da área de concessão, com mais de 7,5 milhões de consumidores, em 774 municípios. É a maior fornecedo-ra de energia para clientes livres do país, com 25% do mercado, e um dos maiores grupos geradores, res-ponsável pela operação de 70 usi-nas, com capacidade instalada de 7.295 megawatts.

A atuação dela se estende a 23 estados brasileiros, além do Distri-to Federal, e ao Chile, com a ope-ração de uma linha de transmissão em consórcio com a Alusa. A Ce-mig também é controladora da Li-ght, que atende o Rio de Janeiro e outras cidades fluminenses e tem participação em empresas trans-missoras de energia elétrica (TBE e Taesa), investimentos no segmento de gás natural (Gasmig), telecomu-nicações (Cemig Telecom) e efici-ência energética (Efficientia).

A estatal mineira tem partici-pação acionária em 3 parques eó-licos da Energimp S.A. (Impsa), com capacidade instalada de 99,6 megawatts, no Ceará, e investe em outras fontes renováveis, como biomassa, pequenas centrais hi-drelétricas, energia solar e projetos de cogeração.

Engenheiro metalurgista formado pela UFMG. Especialista e doutor em siderurgia pela Faculdade de Engenharia de Minas, metalurgia e mecânica da Universidade Técnica de Clausthal, Alemanha. Fez carreira na iniciativa privada, assumindo a presidência da Mannesmann do Brasil em 2000, após fusão da empresa com o grupo francês Vallourec. De 2004 a 2008, integrou a alta administração do grupo na França. Foi diretor-presidente da Usiminas de 2008 a 2010.

MARCO ANTÔNIO CASTELLO BRANCO

Uarlen Valério/Agência i7

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E M PR ESAS

VIVER Janeiro 16 - 2015

A Copasa é a empresa responsá-vel pelo abastecimento de água tra-tada e pela coleta de esgoto sanitário na maioria dos municípios e atende 14,5 milhões de moradores em todo o estado. Nos últimos anos, passou a ter cotação na bolsa de valores e ob-teve lucro de 419,7 milhões de re-ais, em 2013. Atingiu renda líquida de 3,01 bilhões de reais.

Os investimentos da estatal es-tão diretamente ligados ao desen-volvimento e à infraestrutura e, nos últimos anos, vinculados também à área de saúde. Como responsável por uma das áreas prioritárias no go-verno, a engenheira Sinara Meirel-les, nomeada para a presidência da empresa, passa a direcionar os in-vestimentos dentro das propostas defendidas pelo governador Fernan-do Pimentel.

Um dos planos estratégicos tra-

balhados pela empresa está vincu-lado ao combate ao desperdício de água e à melhoria do relacionamen-to com os clientes. A Copasa também criou uma empresa pública subsi-diada para atender as regiões Norte e Nordeste do estado, com os serviços de abastecimento de água tratada, coleta e tratamento de esgotos sani-tários e construção de módulos sa-nitários e de serviços domésticos nas casas desprovidas dessas instalações.

Na primeira fase de implantação, o atendimento deve atingir mais de 450 localidades de 92 municípios das bacias hidrográficas dos rios Jequiti-nhonha, Mucuri, São Mateus, Bura-nhém, Itanhém e Jucuruçu. A meta, inicialmente, é a de levar o abaste-cimento de água e tratamento de esgoto a todas as localidades com po-pulação entre 200 e 5 mil habitantes no Norte e no Nordeste de Minas.

COPASA

PRODEMGE BDMG

Engenheira civil formada pela UFMG, foi superintendente de Limpeza Urbana da prefeitura de Belo Horizonte na administração de Fernando Pimentel. Integrou o Conselho Municipal de Meio Ambiente de Belo Horizonte.

Economista formado pela PUC Minas, foi coordenador de Relações do Trabalho e secretário de Governo da prefeitura de Belo Horizonte. Presidiu a Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel). Foi vereador em Contagem (1989-1992).

Economista formado pela UFMG, mestre em economia industrial e tecnologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em economia pela Universidade de Londres, é especialista em economia monetária e desenvolvimento econômico regional. É professor titular do departamento de ciências econômicas da UFMG e pesquisador nível 1 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Coordenou a elaboração do programa de governo de Fernando Pimentel na disputa pelo governo do estado. É representante no Brasil da regional Studies Association (Associação de Estudos Regionais), sediada em Londres.

SINARA MEIRELLES

PAULO DE MOURA RAMOS

MARCO AURÉLIO CROCCO AFONSO

OUTRAS INDICAÇÕES

Foca Lisboa/UFMGTião Mourão

Reprodução Facebook

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S H O P P I N G D E L R E Y . S H O P P I N G C O N T A G E M . S H O P P I N G S E T E L A G O A S . I N D E P E N D Ê N C I A S H O P P I N G - J U I Z D E F O R A

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Filiada ao Partido dos Traba-lhadores desde a sua fundação em Minas Gerais, Alcione Ma-

ria Martins Comonian é atualmente uma das pessoas mais próximas ao governador Fernando Pimentel. Eles se conheceram na militância política e atuaram no partido até a eleição de Patrus Ananias à prefeitura de Belo Horizonte, em 1992.

O primeiro contato profissional aconteceu na administração de Cé-lio de Castro, quando Pimentel era secretário de Planejamento. Alcione assumiu a função de chefe de gabi-nete. A partir daí, foi acompanhan-do a trajetória de Pimentel.

Formada em pedagogia e fun-cionária concursada da prefeitura de Belo Horizonte, Alcione exerceu funções bem diferentes da sua for-mação acadêmica. Fato que não a impediu de construir uma carreira sólida e, principalmente, de con-quistar a confiança de Fernando Pimentel.

Ela ocupou vários cargos na prefeitura, passando do gabinete do prefeito a diversas secretarias. Além das atividades administrati-vas, mantinha-se ligada às ativida-des do partido, onde é integrante do diretório estadual.

Em 2004, Alcione Comonian co-ordenou o comitê eleitoral de Pi-mentel. Ele foi reeleito para mais 4 anos na prefeitura de Belo Horizon-te. Terminado o mandato, eles vol-taram a se encontrar em 2010, na disputa pelo Senado.

Na campanha ao governo de Mi-nas, no ano passado, Alcione cuidou da agenda de Fernando Pimentel e o acompanhou em todas as viagens e compromissos eleitorais. Essa parce-ria, entre 15 anos de trabalho e qua-se 35 de militância política, continua agora no governo de Minas.

“Admiro muito a capacidade e a

inteligência de Fernando Pimentel. É um competente gestor público e de-monstrou isso por onde passou”, diz Alcione. Ela assumiu a subsecretaria--geral de governo, pasta diretamente ligada às ações do gabinete do gover-nador Fernando Pimentel.

Alcione Maria Martins Como-nian é casada. Tem 1 filho e 1 neta.

Omar Freire

Alcione Comonian, subscretária-geral do governo, acompanha Fernando Pimentel desde a fundação do PT

Longa amizade

VIVER Janeiro 16 - 2015

PARCE R IA

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SUELI COTTA

Filiado ao PSB, Otílio Prado, 68 anos, assume o cargo de as-sessor especial ou secretário

particular do governador Fernando Pimentel. Uma relação de absoluta confiança entre eles, que vem desde o início da administração do PT na prefeitura de Belo Horizonte, quan-do Patrus Ananias foi eleito em 1992.

Naquela época, Otílio tinha uma relação distante, institucional com o secretário da Fazenda, Fernando Pimentel. A aproximação aconteceu no primeiro mandato de Célio de Castro. Otílio, o fiel escudeiro do Dr. BH, como Célio de Castro era cha-mado, passou a conhecer melhor os assessores do PT e foi um dos de-fensores do nome de Pimentel para ser o vice na chapa à reeleição, antes mesmo da formalização da aliança entre PSB e PT.

Vencidas as etapas, Célio de Cas-tro foi reeleito, tendo ao seu lado Fer-nando Pimentel. A doença de Célio acabou por afastá-lo definitivamente da prefeitura. Mas Pimentel manteve Otílio no cargo de secretário particu-lar até o final do mandato e depois, quando foi reeleito.

Terminado o mandato de Fer-nando Pimentel, em 2009, Otílio permaneceu na prefeitura de Belo Horizonte com Marcio Lacerda, mas acabou se afastando, tornando-se então sócio de Pimentel na empresa de consultoria P-21.

Otílio voltou a trabalhar com Pi-

mentel na disputa ao Senado e de-pois como candidato ao governo de Minas. Nesse meio tempo, acom-panhava Pimentel como ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em suas passa-gens por Belo Horizonte e no inte-rior o estado. “Sempre que ele vinha a Minas, o Fernando me ligava para acompanhá-lo.”

O apoio a Fernando Pimentel lhe rendeu várias ameaças de expul-são do PSB, mas ainda assim, Otílio resistiu, e permaneceu no partido, onde está filiado até hoje. “A última vez que a Comissão de Ética tentou me expulsar foi em 2013.”

A relação de confiança que man-

tém com o governador Fernando Pi-mentel foi construída tendo como princípio fundamental o respeito ao cargo e à pessoa que o ocupa. “Man-tenho a distância protocolar. Apesar de estarmos juntos desde que ele era secretário da Fazenda, na pre-feitura de Belo Horizonte, e de man-termos uma relação de amizade fora dos gabinetes, respeito o cargo que ele ocupa”, afirma.

Otílio retoma as suas funções, agora no governo de Minas. E aos 68 anos, após acompanhar tantos mo-mentos importantes da história po-lítica de Belo Horizonte e de Minas Gerais, pensa em registrar suas me-mórias em, quem sabe, um livro.

Omar Freire

Secretário particular do governador resistiu às ameaças de expulsão do PSB, seu partido; trabalhou nas campanhas...

O f iel Otílio

VIVER Janeiro 16 - 2015

APOIO

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TEREZINHA MOREIRA

De perfil discreto a primeira-dama de Minas Gerais, Carolina Olivei-ra, é brasiliense, filha de mineiros.

Sua família é de Patos, no Alto Paranaíba, onde passou boa parte da infância e da adolescência. Jornalista e arquivista, Ca-rolina se define como uma pessoa comum, que vai ao cinema, gosta de encontrar as ami-gas, de jantares, frequenta academia e é adepta da corrida na esteira e, às vezes, na rua. “Há uns 3 anos mudei meus hábitos alimentares, que eram muito ruins, e tornei-me uma corredora amado-ra”, diz a primeira-dama de Minas, que conheceu o marido Fernando Pimentel há cerca de 8 anos.

Carolina conta que, desde o início, eles tive-ram muita empatia. “Mas a paixão aconteceu de forma gradual”, faz questão de frisar. A convivên-cia com o governador já tem uma certa influên-cia. O apego ao futebol, que era bem pequeno, foi aumentando ao longo do tempo. “Estou cada vez mais cruzeirense por influência familiar”,

Carlo

s Al

bert

o

Mulher do governador Fernando Pimentel assume o Servas, com propostas de profissionalização, e diz que vai continuar sendo uma pessoa comum. “Não pretendo ser um personagem”

O papel de Carolina

PR I M E I RA-DAMA

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diz Carolina que, elegeu o Cruzei-ro, por ser o time de coração de Pi-mentel. Ouvir música é um de seus hobbies. Em seu iPod tem um pou-co de cada estilo. “Há de samba a Beatles. Ouço de tudo um pouco. Gosto muito do Paulino da Viola, mas estou na fase Paul McCart-ney. Sempre ouço samba, jazz, Be-atles.”

O estilo de vida de Carolina passou por mudanças após o iní-cio do relacionamento com o go-vernador de Minas, especialmente pelo fato de ele ser uma pessoa pública. Mas mesmo na condição de primeira-dama ela diz que não pretende abrir mãos das coisas co-muns, corriqueiras da vida. “Não pretendo ser nada diferente do que sou. Quanto mais eu for a mesma, mais serei feliz”, aponta Carolina, que está à frente do Servas, como manda a tradição no estado, fun-ção que é sempre ocupada pela primeira-dama. “Como não é fun-ção administrativa, mas institucio-nal, é uma honra estar em um lugar por onde mulheres importantes passaram, ficaram para a história do Brasil. Mas, ao mesmo tempo, gostaria de manter alguns atos de vida comuns, porque essa eleição mostrou que a população quer um governante mais próximo de sua realidade e a primeira-dama tem de acompanhar isso.”

Carolina chega ao Servas dis-posta a fazer algumas mudanças. Uma delas é no estatuto, com o objetivo de profissionalizar mais a instituição que, para ela, preci-sa ser um braço de fato da política social do estado. “O Servas pode ir além do voluntariado. Vou convi-dar alguém da área de assistência social para uma diretoria executi-va e tocar o dia a dia na formulação dos projetos. Mas estarei lá para acompanhar tudo”, antecipa. Ela diz que ainda pretende implemen-

tar os programas de combate ao crack e outras drogas e o tratamen-to ao usuário. “Essa é uma área que o Servas pode contribuir mui-to porque o estado já atua nela. As igrejas católica e evangélicas tam-bém promovem esse trabalho.”

Outro fato que ficou muito cla-ro no Servas, durante a campanha de 2014, e que precisa passar por alteração, segundo Carolina, é a atuação da instituição para além das montanhas de Belo Horizon-te. “O Servas está muito isolado do restante do estado, suas ações focam mais Belo Horizonte.” Ca-rolina Oliveira diz, ainda, que pre-tende promover a inclusão digital em Minas, por meio do Servas, na capital e no interior do estado. “Essa inclusão passa pela cria-ção de uma rede digital em Minas. Tudo o que o Servas fizer estará li-gado aos projetos do governo.”

A primeira-dama reconhece que os desafios à frente do Servas serão muitos em virtude da diver-sidade do estado e das condições orçamentários. “Sei que a situação atual não é fácil para o estado em termos de orçamento e políticas

sociais, mas as eleições mostraram que as pessoas querem ser ouvidas e participar efetivamente do gover-no. Aliás, isso sempre me impres-sionou muito no Fernando. Ele nunca quis ser o dono da verdade, está sempre atento ao que as pes-soas querem dizer”, afirma.

Com relação às dificuldades fi-nanceiras do estado, a jornalista acredita que, apesar desta situação deixar as coisas mais complicadas para o governo, acredita que Fer-nando Pimentel conseguirá tirar isso de letra e colocar as contas de Minas em dia. “Ele já passou por situação fiscal ruim na prefeitura de Belo Horizonte. Sei que virão muitos desafios, mas torço todos os dias para que ele tenha sabe-doria e saiba como reagir a essas dificuldades. Confio muito no tra-balho dele, que tem uma equipe extremamente bem preparada”, pondera Carolina, que não é filiada ao PT e não pretende passar a fazer parte dos quadros de nenhum par-tido. “Não tenho nenhuma preten-são política.”

Mas, como primeira-dama, Ca-rolina Oliveira quer surpreender, desempenhando bem o seu papel, em especial, frente ao Servas. “Os mineiros podem esperar muita res-ponsabilidade de mim, em primei-ro lugar, porque em uma função institucional tem de ser assim. Se-rão representados sempre por uma mulher comum, com muita natu-ralidade porque não pretendo ser um personagem. Vou me esforçar para ajudar meu marido e espero ter muita energia para contribuir positivamente.” Carolina diz que não sofre do drama da ausência do marido, que deverá, principalmen-te nos primeiros meses de gover-no, dedicar-se mais ao trabalho. “O Fernando é uma pessoa muito ca-seira. Se não está em casa é porque realmente não pode.”

Sei que a situação atual não é fácil para o estado em termos de

orçamento e políticas sociais, mas

as eleições mostraram que as pessoas

querem ser ouvidas e participar efetivamente

do governo”Carolina Oliveira

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ESPECIAL

NOVO GOVERNADOR DIZ QUE FOI UM MENINO COMO OUTRO QUALQUER, MAS, MUITO CEDO, CONHECEU A INTOLERÂNCIA E A IMPIEDADE DO REGIME MILITAR

Pedro Vilela/Agência i7

PE R FI L

INFÂNCIA COMUM, JUVENTUDE CONTURBADA

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VIVER Janeiro 16 - 2015 37

MARIA TERESA LEAL

O governador de Minas, Fernando Damata Pimentel, foi uma criança normal, saudável, que gostava de

brincar com outras crianças e com os ir-mãos. Segundo filho de Geralda e Miguel, cresceu no Carlos Prates que, na época, era um bairro essencialmente residen-cial, de classe média baixa. Na rua onde morava, apenas 2 pessoas tinham carro, o pai dele e seu José, o taxista. Por volta dos 10 anos, dando pistas de seu espíri-to independente, ele já corta a cidade a pé, de ponta a ponta, do alto da avenida Afonso Pena à Cidade Jardim. Vai à esco-la, ao cinema, à casa de amigos...

“Era um tempo mais tranquilo, a gente podia circular à vontade”, co-menta. Os 2 primeiros anos do cur-so primário são concluídos na escola particular Doze de Dezembro, em Lourdes, onde estudava boa parte da elite belo-horizontina. Mas, en-tão, vem a surpresa: a mãe, Geralda – uma mulher sensível e observado-ra, “quase uma psicóloga” –, decide levá-lo para o Grupo Escolar Caetano Azeredo, onde ela própria dava aulas de música. E, mais tarde, no ginásio, ele vai para o Colégio Estadual Cen-tral, por onde passam outras figuras que também viriam a se destacar no cenário nacional, como a presidente Dilma Rousseff, o ator José Mayer, o escritor Fernando Sabino e o cartu-nista Henfil.

A transferência de escola não chega a desagradá-lo. Gosta do gru-po escolar, logo faz amigos e, afinal, é bom estar perto da mãe. Muitos anos depois, já adulto, Pimentel indaga à mãe o porquê da mudança. Discreta, Geralda limita-se a responder: “Você não estava bem”. Ele entendeu que – com o pai em franca ascensão social, progredindo a olhos vistos no comér-cio de couros, tapetes e artigos de de-coração – viveu, aos 7 anos, uma crise de identidade. Quem era ele? Um me-nino simples que morava num bairro habitado por pessoas com o mesmo perfil? Ou um pequeno burguês que estudava em escola cara, quando a maioria (mesmo os que podiam pa-gar) estava numa pública e gratuita? A mãe concluiu que era melhor para ele conviver com os mais simples. Além disso, aquela era considerada uma ótima escola. Era década de 1950, tempo em que a maior parte das insti-tuições públicas de ensino tinha bom conceito na sociedade.

Mas é no Estadual Central que ele estabelece as relações que mudariam, por completo, o rumo de sua vida. É lá, por exemplo, que conhece Dilma. Quatro anos mais velha, ela é uma

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espécie de mentora intelectu-al do Comando da Libertação Nacional (Colina), uma das mais famosas organizações políticas do período. A direção da escola diz não ter autoriza-ção para fornecer mais deta-lhes sobre a passagem por lá desses 2 alunos ilustres.

A adolescência de Fernan-do Pimentel se mistura à luta contra a ditadura. Em 1967, 3 anos após o golpe militar que depôs João Goulart, ele se aproxima do Movimento Estudantil. Tinha apenas 16 anos, mas estava impregnado pela ideia de salvar o mundo. E, ainda por cima, incentiva-do pela atmosfera política que existia em casa: as discussões sobre o tema eram acalora-das. “Meu pai foi uma grande inspi-ração na minha vida. Eu era criança quando ele tornou-se diretor da Asso-ciação Comercial. Antes da ditadura, sempre foi simpático ao Getúlio e ao João Goulart. Minha mãe integrou a diretoria da Associação das Professo-ras Primárias de Minas Gerais e, nes-sa condição, participou da primeira greve de professores primários do estado, em 1962. Portanto, venho de

ESPECIALPE R FI L

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A MÃE, Geralda, e o pai, Miguel FERNANDO PIMENTEL com Mathias

PIMENTELcom a mulher, Carolina Oliveira

Tião Mourão

uma família com forte envolvimento com a política e grande sensibilida-de social.”

Nesse mesmo ano de 1967, Pi-mentel vincula-se ao grupo de guer-rilha VAR-Palmares, é perseguido pelos órgãos de repressão e vive na clandestinidade durante cerca de 1 ano. Percebe que precisa sair de Belo Horizonte, porque, se ficasse, seria preso, como muitos companheiros.

Um deles é Jorge Nahas, jo-vem estudante de medicina, um pouco mais velho que ele, que estava detido. O hoje res-peitado médico conta que foi pego em um confronto com a polícia, com direito a tiroteio e morte de um policial. Tam-bém foi preso e torturado e acabou sendo trocado por um diplomata sequestrado pelos companheiros de militância e exilando-se em Cuba, onde concluiu o curso superior. “Eu sou o primeiro médico cubano no Brasil”, brinca.

Nahas lembra que a con-vivência com Pimentel, à época da militância na capi-tal mineira, era intensa, tensa e, ao mesmo tempo, solidá-ria. Eles estavam arriscando

a vida e sabiam disso. Só veio a co-nhecê-lo melhor bem mais tarde, na fundação do PT, quando ambos se filiaram e se reencontraram. Nahas define o amigo como “um militan-te que evoluiu para a alta política”. Alguém que conseguiu fazer a tran-sição de ex-guerrilheiro para chefe de estado, com muita competência. “Nós, que convivemos com ele nes-ses anos de chumbo, estamos muito

Fotos: Arquivo pessoal

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orgulhosos,” declara.Hoje, aos 63 anos (o governador

nasceu em 31 de março de 1951), a história do drama vivido pelo pai, na infância, ainda o comove. O avô de Fernando Pimentel, próspero fa-zendeiro de Rio Novo, cidade da Zona da Mata, perdeu tudo com a crise econômica de 1929, a Grande Depressão. Foi, então, obrigado a se desfazer de todos os bens, sofreu colapso nervoso e foi internado em uma clínica, sem perspectivas de re-cuperação. A avó, sozinha, com os 8 filhos, toma o rumo da capital, em busca de trabalho.

Salva o piano, único bem da fa-mília que resta, arruma as malas com umas poucas peças de roupa e parte de trem com a prole. O reben-to mais novo era ainda um bebê de colo, e Miguel, com 10 anos, o mais velho. Durante a viagem, ela o cha-ma para conversar e avisa, sem ro-deios: “Você, agora, é o homem da casa. Terá que trabalhar para ajudar a sustentar nossa família.”

Assim, da noite para o dia, Mi-guel se despede da escola para sem-pre. Em Belo Horizonte, instalados numa casa de fundos no Barro Pre-to, ele consegue emprego de

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A TRAJETÓRIA

Prisão, torturas e superação

É em 1970, no Rio Grande do Sul, quando participava da tentativa de sequestro de um diplomata norte-americano – ação comum para negociar a soltura de militantes presos pela ditadura. A estratégia dá errado, e ele é torturado durante uma semana. Em seguida, é apresentado à imprensa

A família, que não tinha notícias dele há mais de 1 ano, o localiza. A mãe vai ao seu encontro e se emociona ao vê-lo com a mesma camisa com a qual havia saído de casa. Magro, abatido e com visíveis marcas de espancamento

Logo depois, o prisioneiro é posto numa cela, sem janela, trancada por porta inteiriça de aço, que tinha apenas uma pequena abertura retangular por onde lhe entregavam o prato de comida

Permanece incomunicável e sem nenhuma forma de passar o tempo durante 9 meses. Sua única companhia era uma Bíblia

Ao sair a sentença (14 anos de prisão), o jovem é transferido para um presídio em Juiz de Fora, onde cumpre pena por mais 2 anos; sai em liberdade condicional

Findo o pesadelo, Pimentel volta para casa e retoma os estudos. Faz curso supletivo à noite e trabalha durante o dia

Em princípio, por orgulho, recusa-se a trabalhar na loja do pai. Achava que já tinha lhe causado transtorno e preocupação demais e “ainda ia lhe pedir emprego”

Um ano depois, Miguel acaba convencendo o fi lho a dedicar-se à empresa da família. Pimentel assume o setor fi nanceiro da Belo Horizonte Couros

Em 1977, aos 27 anos, forma-se em economia pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Fotos: Arquivo pessoal

IDENTIFICAÇÃOde Pimentel quando foi

preso no Rio Grande do Sul

FERNANDO PIMENTEL(ao centro, de óculos) na

juventude: luta contra ditadura

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ajudante de sapateiro. A mãe de Mi-guel, que era pianista autodidata, dá aulas do instrumento em casa e, as-sim, eles vão superando as dificulda-des. Miguel torna-se representante comercial de couros ainda bem jovem, num momento em que o produto ti-nha grande demanda. E, antes dos 25 anos, já é dono do próprio comércio, a loja Belo Horizonte Couros (Paraná, número 100, quem não se lembra do jingle?). Um sucesso e tanto para quem só tinha o curso primário.

Essa dura história de vida molda a personalidade do pai de Pimentel: um homem prático, afetuoso, mas severo, que exigia dos filhos, de forma irrefutável, o cumprimento das responsabi-lidades. Da mãe, mulher culta, amante das letras, formada em música pelo Conservatório Esta-dual, Pimentel herda o sentimen-to de compaixão pelo ser humano e o gosto pela boa música. Geral-da alegrava a casa com belas can-ções – que ela mesma dedilhava no piano, cantarolava ou fazia tocar no toca-discos – em uma época em que quase todo mundo só ouvia rádio. “Ela lia muito, era doce, amorosa e, ao mesmo tempo, inteligente, pers-picaz”, diz o governador.

Pai de Irene e Mathias, do primei-ro casamento, e casado com a jorna-lista Carolina Oliveira, o governador afirma que, com o tempo, tornou-se mais realista, mas mantém os ide-ais de trabalhar por um país melhor, mais igualitário e justo. “Somos o que vivemos”. Formado em economia pela PUC Minas e mestre em ciência política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Pimentel prestou concurso para professor em 1978. Foi coordenador do Centro de Extensão da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG e professor as-sistente do departamento de econo-mia durante 14 anos.

“Essa foi uma das melhores épo-

conviveram mais de perto, já que pertenciam à diretoria do sindicato.

Antes, já haviam traba-lhado juntos na UFMG, onde eram professores. Júlio Ribei-ro acredita que o fato de ele

ter cursado economia e feito mestra-do em ciências políticas, dá a ele uma visão diferenciada do mundo e dos movimentos mercadológicos. Sem-pre admirou as abordagens criativas, e extremamente inteligentes, que o colega fazia sobre as questões eco-nômicas. Tornaram-se tão próximos que Pimentel o chamou para ser seu secretário-adjunto quando foi titular da Secretaria Municipal da Fazenda, em 1993, na gestão de Patrus Ananias.

Mais tarde, quando Pimentel assumiu a prefeitura, com o afas-tamento de Célio de Castro por problemas de saúde, Ribeiro torna--se secretário de Finanças. “O que mais admirava era sua preocupação constante com o bem da coletivida-de. O Fernando sempre pensava em sanar as finanças, sem se esquecer das necessidades sociais e urbanas. Buscava, insistentemente, ideias e soluções que melhorassem a a vida das pessoas.”

ESPECIALPE R FI L

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O GOVERNADOR em duas situações com os fi lhos Mathias e Irene

Fotos: Arquivo Pessoal

cas da minha vida. Gosto muito da sala de aula, da convivência com gen-te jovem, disposta a discutir, enten-der, buscar soluções. Ensinamos e aprendemos, é uma troca muito in-teressante.” Que o diga o economista Leonardo Pontes Guerra, ex-aluno de Pimentel que, de tanto trocar ideias com o mestre, foi parar na chefia da assessoria econômica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Co-mércio Exterior. “Ele ensinava dia-logando, debatendo, com os alunos. Dizia que, antes do ouvir para gover-nar, existiu o ouvir para ensinar ”, diz.

Naquela mesma época, simul-taneamente, Pimentel ocupou a vi-ce-presidência da Associação de Professores Universitários de Belo Horizonte, entre 1985 e 1987; foi pre-sidente do Conselho Regional de Eco-nomia de Minas Gerais, entre 1991 e 1992, e também diretor do Sindicato dos Economistas de Minas Gerais. Foi aí que ele e o economista Júlio Ribeiro

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SUELI COTTA

A primeira incursão de Fer-nando Pimentel na admi-nistração pública foi com

Patrus Ananias na prefeitura de Belo Horizonte, em 1992. O PT havia chegado à administra-ção municipal pela primeira vez desde a sua criação, em 1980, e tinha como objetivo implantar um novo modelo de gestão.

O papel de Fernando Pi-mentel era o de colocar as con-tas em ordem e viabilizar a implantação dessas mudan-ças. Uma tarefa que mostrou--se bem mais complexa do que se previa. As condições da eco-nomia brasileira da época impunham a administração pública verdadeiros malabarismos matemáticos para ga-rantir o funcionamento da máquina. A inflação passava de 1.000% ao ano, na-quela época.

A prefeitura estava em situação difícil, com salários atrasados, dívi-das e uma série de outros problemas. “Tínhamos 100 milhões de reais em dívidas vencidas com empresas, em-preiteiras e fornecedores, além de dé-bito a longo prazo de 270 milhões. Os salários estavam atrasados e ain-da havia um reajuste salarial aprova-do antes de tomarmos posse”, lembra Patrus Ananias. A escolha de Pimentel para o cargo foi fundamental para re-verter esse cargo. “Como economista e conhecedor do mercado financeiro, Fernando conseguiu atuar em meio ao capital especulativo e fez com que

O trabalho de Pimentel, secretário da Fazenda de Patrus, para melhorar a situação econômica da prefeitura de BH

Contas em dia

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M U N ICÍ PIO

as contas fossem sendo colocadas em ordem. Ele criou condições para fazer-mos grandes coisas, para que pudés-semos implantar nossas obras.”

Os malabarismos financeiros fo-ram deixados de lado, com as mu-danças na condução da economia brasileira. Quando o Plano Real foi anunciado, Pimentel entrou no ga-binete de Patrus Ananias e explicou como essas mudanças iriam impac-tar nas finanças públicas e como a sua equipe iria trabalhar nesse novo cená-rio. “Ele me falou que o Plano Real iria dar certo e que devíamos repactuar a nossa dívida e entrar em outro padrão. Foi o que fizemos”, afirma Patrus.

O diretor do BNDES, Maurí-cio Borges, também se lembra des-sas dificuldades para permitir que a prefeitura mantivesse todos os seus compromissos e garantir os avanços

defendidos por Patrus. “Naque-la época era tudo muito difícil e os meus planos eram outros. Não pensava na perspectiva de trabalhar na prefeitura, até o Fernando me convidar.”

De malas prontas para fa-zer pós-doutorado em Lon-dres, em 1992, Maurício Borges foi chamado por Pimentel para ajudá-lo a colocar as contas da prefeitura em ordem. “Ele me pediu ajuda porque a secretaria da Fazenda precisava pensar na frente, ter uma certa respiração para ajudar o Patrus a tocar a prefeitura. As dívidas eram mui-to altas e o cenário não era dos melhores.”

Já no primeiro mês, viram os re-cursos arrecadados com IPTU e a parcela de IPVA do município serem usados para pagar a folha do funcio-nalismo. “O primeiro ano foi difícil. Mas também conseguimos fazer muita coisa, como organizar o or-çamento participativo”, lembra Borges. Enfrentados os primeiros desafios, com as contas doma-das, a prefeitura foi, aos pou-cos, conseguindo imprimir um ritmo de obras e avan-çar com os programas que seriam implantados a par-tir dali. A eficiência de Pimentel durante a sua primeira passagem pela prefeitura de Belo Hori-zonte o credenciou como um dos quadros técnicos do partido.

PATRUS ANANIAS e Pimentel na prefeitura

Arquivo pessoal

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Recentemente, durante o lan-çamento da candidatura de Patrus Ananias para deputado federal, no Barreiro, Pimentel lembrou do primei-ro contato que tiveram na administra-ção pública. “Foi Patrus que começou, foi a primeira grande vitória do PT, o início de tudo.” Passados os altos e bai-xos dos 4 anos do governo Patrus, Pi-mentel e Borges, foram convidados a permanecer na administração de Cé-lio de Castro (PSB). O PT apoiou o so-cialista no segundo turno das eleições, facilitando a permanência dos dois na nova equipe de governo.

VIVER Janeiro 16 - 2015

O ambiente econômico, no entan-to, não era exatamente o mesmo, per-mitindo mais avanços com realização de obras e programas sociais. Outra diferença foi em relação ao ambien-te político. Célio de Castro fez alian-ça com o PMDB e tinha como vice Marcos Santana. O PT estava como coadjuvante, apesar dos cargos im-portantes que assumiu durante os 4 anos seguintes. Apesar do bom rela-cionamento com o PT, havia algumas limitações, segundo Maurício Borges, diferente do que aconteceu na admi-nistração de Patrus Ananias. “Era mais

complexo. Mas traba-lhamos de forma ade-

quada para atender as demandas da cidade.”

O novo cenário não foi impedimento para novos avanços. Mesmo com uma visão técni-ca e frieza dos números, aliados à austeridade e à

dureza do cargo de secre-tário da Fazenda, Maurício

Borges entende que Fernan-do Pimentel soube trabalhar

olhando para frente, com sen-sibilidade para os problemas da

população e da cidade.O desempenho de Pimentel na

Secretaria da Fazenda e a sua habi-lidade para dialogar com setores do funcionalismo, vereadores e empre-sários chamaram a atenção de Célio de Castro. Muitas das negociações de projetos que tramitavam na Câmara Municipal, eram discutidos e nego-ciados com Pimentel, antes de chegar ao prefeito. De secretário da Fazenda, ele foi deslocado para a pasta de Pla-nejamento e Coordenação Geral. Na nova função, passou a acompanhar os cronogramas das obras. Com o orde-namento e controle da aplicação dos recursos foi possível realizar uma série de intervenções na cidade.

“Pimentel tem talento não só na área econômica, mas também para a política e, por isso, a dedicação e a dis-posição para vencer os desafios im-postos ao gestor”, diz Borges. Para ele, a administração pública é um gran-de desafio e após a sua passagem pela prefeitura, chegou à conclusão de que as suas funções no BNDES são mais fáceis. Com a nova função, Pimentel intensificou o contato com as admi-nistrações regionais e passou a conhe-cer melhor as demandas das diversas regiões da cidade. Essa sua boa articu-lação foram responsáveis pela decisão do prefeito Célio convidá-lo para ser o seu vice, na disputa pela reeleição.

A parceria entre Pimentel e Bor-ges perdurou até os primeiros anos do segundo mandato de Célio de Castro. Em 2003, no início do governo Lula, Maurício Borges foi convidado a as-sumir um cargo no BNDES. Pimentel, por sua vez, foi para a cena princi-pal com a vitória de Célio de Castro para um segundo mandato e assumiu o cargo de vice-prefeito. Chamou a atenção de Célio não só a sua capaci-dade de lidar com os números e com a realidade da cidade, mas também a facilidade do petista para dialogar com os vereadores e com os vários setores da sociedade organizada.

Nélio Rodrigues

Ele criou condições para fazermos

grandes coisas, para que

pudéssemos implantar nossas obras”

Patrus Ananias

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De vice até ocupante do cargo, depois, a eleição: a trajetória e as obras de Fernando Pimentel na administração de Belo Horizonte

O prefeitoVIVER Janeiro 16 - 2015

CI DADE

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SUELI COTTA

A aliança entre PSB e PT na pre-feitura de Belo Horizonte per-mitiu a reeleição de Célio de

Castro, com Fernando Pimentel como vice. Mas logo no início do primeiro ano do segundo mandato, Célio de Castro sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), afastando--se definitivamente do cargo, em novembro de 2001.

Fernando Pimentel, que tinha

assumido as funções interinamente, adotou uma postura discreta, com a expectativa de que Célio de Castro se recuperasse e retornasse ao car-go. Mas essa volta não aconteceu. Ele passou, então, a comandar a prefeitura de Belo Horizonte e a co-locar em prática os projetos defen-didos durante a campanha eleitoral.

Foi um período difícil, segundo Neusinha Santos, líder de Pimentel,

durante os 7 anos, na Câmara Mu-nicipal. “No começo do segundo mandato, Célio de Castro já estava bem debilitado. O Fernando Pimen-tel assumiu todas as funções interi-namente e fazia questão de deixar bem claro que o prefeito era o dou-tor Célio. Ele só passou a usar o títu-lo de prefeito após Célio se afastar definitivamente do cargo.”

Para Neusinha, outro fato que

FERNANDO PIMENTELcom Célio de Castro e eleitores durante a campanha para a prefeitura de Belo Horizonte

Shutterstock

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Fotos: Arquivo Pessoal

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chamou a atenção duran-te a doença do prefeito foi o de Pimentel ter enviado um projeto para a Câmara Municipal para garantir a aposentadoria de Célio de Castro. Sem grandes pos-ses e afastado também do consultório médico, ativi-dade que mantinha, mes-mo quando prefeito, Célio de Castro não teria recursos para continuar com o trata-mento de que necessitava em casa.

“O Fernando enviou para a Câmara Municipal um projeto, em caráter es-pecial, para garantir a apo-sentadoria do doutor Célio. Um gesto muito humano e reconhecido por todos”, afirma Neusinha Santos. Para ela, essa de-cisão mostrou o lado humano, sen-sível, de Fernando Pimentel.

Outra característica visível du-rante o episódio foi o respeito de Fernando Pimentel pelas institui-ções. “Em nenhum momento, ele quis impor a sua vontade. Nem mesmo quando enviou o projeto de aposentadoria do doutor Célio. Ele sempre dialogava e confiava no trabalho da liderança do governo”, afirma Neusinha. O respeito ao pa-pel de cada um e a autonomia que dava a ela e ao trabalho dos verea-dores na Câmara Municipal foram fundamentais para o bom relacio-namento mantido com a casa le-gislativa. “Todos os projetos foram discutidos e negociados.”

Outra característica de Pimentel é a gentileza, de acordo com o depu-tado federal Miguel Correa (PT), que começou na política como vereador em Belo Horizonte, quando Pimen-tel era prefeito. “O prefeito Fernan-do Pimentel sempre se mostrava preocupado com as pessoas, inte-ressado no que elas tinham a dizer e

buscava solução para os principais problemas. Ele sempre foi um ho-mem de diálogo, educado.”

Nas questões administrativas, Fernando Pimentel também tinha método próprio de trabalho. Avesso a longas e intermináveis discussões, ele buscou conhecer bem os assun-tos com que tinha que lidar e basta-vam 2 ou 3 reuniões para definir a melhor estratégia de ação.

“O Pimentel é rápido, inteligen-te nas decisões. Sabia o que queria e os projetos de que a cidade precisa-va. Com ele, não era preciso discu-

tir um assunto 20 vezes. Com 2 reuniões, já era possível começar a de-senvolver os projetos”, afirma Murilo Valadares, que atuou na Sudecap e depois na Secretaria de Políticas Urbanas na ad-ministração de Pimentel.

Eles se conheceram na administração de Pa-trus Ananias, em 1992. “ P i m e n t e l t r a b a l h o u muito para colocar as contas em ordem e ga-rantir os recursos para manter toda a máquina administrativa funcio-nando”, lembra Murilo Valadares. Ele acrescen-ta que, no comando da

administração da prefeitura de Belo Horizonte, o conhecimento adqui-rido ao longo desses anos permitiu que Pimentel tivesse mais agilidade e conseguisse respostas rápidas no atendimento das demandas da po-pulação.

Para Valadares, Pimentel é um administrador com uma forte per-cepção para a infraestrutura, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. “A sua visão moderna e atualizada da administração públi-ca permitiu a implantação do Or-çamento Participativo digital e de resolver os problemas na ótica do cidadão.”

O atual prefeito de Belo Hori-zonte, Marcio Lacerda (PSB), tam-bém mantém um bom diálogo com Pimentel. Foi o próprio petis-ta que trabalhou pela candidatura de Lacerda para sucedê-lo, em uma aliança inédita na cidade, com o PSDB, junto a Aécio Neves.

Marcio Lacerda e Pimentel se conheceram na prisão de Linhares, em Juiz de Fora, onde ficaram deti-dos durante o regime militar. Quan-do foram soltos e retornaram a Belo

CI DADE

VIVER Janeiro 16 - 2015

O Fernando enviou para a Câmara

um projeto para garantir a

aposentadoria do doutor Célio. Um gesto

muito humano”Neusinha Santos

Reprodução Facebook

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Horizonte, mantiveram o contato e permaneceram colegas até hoje. “Sempre estivemos próximos, com uma convivência de muita identi-dade”, diz o prefeito.

Na época que Pimentel era pre-feito da capital mineira, Lacerda ocupava a Secretaria Executiva do Ministério de Integração, cargo que permitiu que eles desenvolvessem várias ações na área de defesa civil e nas obras de duplicação da avenida Antônio Carlos. De Brasília, Lacerda retornou para Minas Gerais e assu-miu a Secretaria de Desenvolvimen-to Econômico e, mais uma vez, ele e o prefeito Fernando Pimentel volta-ram a trabalhar, juntos, projetos de interesse do município.

Foi a partir daí que Fernando Pi-mentel começou a pensar no nome de Lacerda para sucedê-lo e na pos-sibilidade de fazer uma aliança com o governador Aécio Neves e o PSDB para elegê-lo. A resistência de petis-tas e tucanos ao projeto foi venci-da, e PT e PSDB conseguiram eleger Marcio Lacerda.

Antes de passar a prefeitura para o sucessor, Fernando Pimen-

tel promoveu uma série de inter-venções na cidade. Foram obras definidas a partir do Orçamento Participativo, nas administrações regionais e de acordo com as ne-cessidades, para garantir o desen-volvimento e a modernização de Belo Horizonte.

Para Neusinha Santos, que atu-almente ocupa o cargo de conse-lheira no Ministério das Cidades, essas obras alteraram a rotina da cidade e permitiram a melhoria na qualidade de vida de milhares de

pessoas. Dentre os principais feitos estão, segundo ela, o assentamento de 10 mil famílias na Pedro 2º e a do aglomerado da Serra. “Essas obras envolveram não só a construção das moradias, como a urbanização dessas áreas, um trabalho que mu-dou a vida daquelas pessoas.”

Outra medida implementada por Pimentel, talvez a mais impor-tante durante a gestão dele, segun-do Neusinha, “foi a decisão política de investir na educação infantil, um dos maiores feitos da sua adminis-tração e que tornou Belo Horizonte referência nacional.”

Além disso, ela lembra que, na-quela época, nem os trabalhadores nem a própria secretária de Educa-ção queriam assumir a educação infantil. “Nós conseguimos aprovar o projeto do Fernando na Câmara Municipal e demos condições a ele para implementar as mudanças. Para mim, essa decisão foi um mar-co.” Na administração de Pimen-tel, também foram implantadas as primeiras Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) e o Pro-grama Escola Integrada em 50 es-colas da rede municipal.

Dentre as medidas tomadas por Fernando Pimentel durante a sua gestão, estão a criação da Guar-da Municipal, a decisão de investir no Vetor Norte, com a duplicação da avenida Pedro 2º, e a retirada dos camelôs do Centro da cidade. Além da urbanização de vilas e fa-velas, construção de moradias, com o projeto Vila Viva, manutenção de serviços essenciais nos bairros, obras de revitalização da área cen-tral da cidade e um planejamento de atuação nas áreas de risco geo-lógico.

Fernando Pimentel também as-sinou obras importantes na sua ad-ministração, como a duplicação da avenida Antônio Carlos e a conclu-são do complexo da Lagoinha.

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NÚMERO

50 unidades da rede municipal receberam o

Programa Escola Integrada e também foram implantadas as primeiras

Umeis na administração de Fernando Pimentel

Henrique Pimentel

UMEI no bairro Jaqueline

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SUELI COTTA

Fernando Pimentel assumiu o mi-nistério de Desenvolvimento, In-dústria e Comércio Exterior no

início do governo de Dilma Rousseff. Foi uma das primeiras nomeações da presidente, tão logo subiu as rampas do Palácio do Planalto, em janeiro de 2011. Amigo e um dos coordenadores da campanha presidencial, ele foi, du-

rante todo o primeiro mandato, um dos ministros mais próximos da pre-sidente Dilma, tendo participado das principais decisões tomadas por ela, não só relacionadas com o seu minis-tério, mas em ações que envolviam, praticamente, todos os setores.

Pimentel também acompanhou a presidente em quase todas as viagens

Roberto Stuckert Filho/PR

FERNANDO PIMENTEL com Dilma Rousseff

Fernando Pimentel, uma das primeiras nomeações de Dilma, prioriza a política industrial e o atendimento a políticos mineiros

O ministro

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DESE NVOLVI M E NTO

internacionais, sendo liberado apenas nas reuniões do G-20, que reúne os 20 maiores chefes de estado do mun-do. Além disso, cumpria intensa agen-da em Brasília e nos estados. À frente do ministério defendeu a ideia de que “indústria, serviços e exportações de-vem fazer parte de uma mesma engre-nagem lubrificada e se articulando de maneira cada vez mais eficaz em todos os ministérios”.

Tão logo começou a trabalhar, buscou em antigas parcerias o refor-ço para colocar em prática os seus ob-jetivos. O diretor do BNDES, Maurício Borges, companheiro na prefeitura de Belo Horizonte, foi um deles. Tra-balharam juntos na administração de Patrus Ananias e depois, no primeiro mandato de Célio de Castro. Pimentel como secretário da Fazenda e Borges, do Planejamento. Juntos consegui-

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ram domar as contas do município em uma época que a economia bra-sileira convivia com inflação que cor-roía os cofres públicos. Retomada a velha parceria, Pimentel, que também era do conselho do BNDES, e Borges puderam desenvolver vários projetos voltados para o setor produtivo. “Nós discutimos alternativas para o setor industrial no país, que foram levadas à presidente Dilma e ao Ministério da Fazenda. O Fernando se esforçou mui-to para desenvolver a política indus-trial eficiente para o país”, diz Borges.

Na sua gestão, o governo liberou 82,1 bilhões de reais para aquisição e exportação de máquinas e para proje-tos de inovação, com juros e prazos de pagamento de 3,5% fixos ao ano e até 12 anos (no caso de inovação) e de 3,5 ao ano. Na época, Fernando Pimentel declarou que esse recurso permitiria às empresas brasileiras continuar com seus planos de investimento preser-vando e criando novos empregos.

Esse esforço para deixar a indús-tria mais dinâmica teve repercussões em várias regiões do país, segundo o presidente da Fiemg, Olavo Macha-do. Em Brasília e em conversas com representantes de diferentes setores, o empresário disse ter ouvido relatos a respeito do desempenho de Pimentel no governo federal. “Ele foi um bom ministro e teve o seu trabalho reco-nhecido. Um exemplo dessa aprova-ção está na Zona Franca de Manaus, onde ele é muito admirado. Pimen-tel conseguiu atender a reivindicação da indústria do Amazonas. O mesmo aconteceu em outras regiões do país.”

Para ele, o conhecimento de Pi-mentel sobre a situação econômica brasileira e internacional foram funda-mentais para que ele compreendesse as necessidades do setor produtivo e buscasse alternativas viáveis para me-lhorar a atividade industrial no país. A expectativa, agora, é a de que ele “apli-que esse conhecimento para expandir e diversificar a indústria mineira”.

Além da atenção dispensada ao setor produtivo, a disponibilidade para atender prefeitos e parlamen-tares, ouvir as reivindicações e bus-car respostas para atendê-las tornou Fernando Pimentel um dos ministros mais procurados em Brasília. A agenda apertada e, muitas vezes, interrompi-das para despachos com a presidente Dilma, não impediram que as deman-das fossem encaminhadas.

O deputado federal Miguel Corrêa (PT) conta que, mesmo com as limita-ções da agenda, o ministro Pimentel, sempre conseguia recebê-lo e os pre-feitos mineiros. “Às vezes ficávamos até mais tarde, mas ele sempre aten-deu todos com interesse e gentileza.” Eles se reuniam com frequência tam-bém para discutir os projetos em tra-mitação no Congresso, em especial os que estavam em discussão na Comis-

são de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, onde é mem-bro permanente. Todos os projetos de interesse do governo e que tinham repercussão no setor produtivo eram cuidadosamente analisados.

“Uma das particularidades do Fernando Pimentel diz respeito à am-pla visão nacional que tem. Ele con-seguiu colocar esse conhecimento a serviço do país”, diz Miguel Corrêa. Ele lembra que, durante a sua passagem pelo ministério, Pimentel soube cons-truir uma forte proteção ao emprego e fortalecer as empresas. “Esse seu es-forço ajudou no reconhecimento do trabalho da presidente Dilma na Presi-dência da República e colaborou com a sua reeleição.”

Já o deputado federal Gabriel Gui-marães (PT) diz que, além das suas funções como ministro, Pimentel tam-bém agiu como uma espécie de em-baixador de Minas, atuando, muitas vezes, quando os assuntos tinham re-lação com o estado. “Ele sempre rece-beu deputados, prefeitos e vereadores, procurando dar uma resposta às de-mandas que eram levadas a ele. Talvez por isso, conseguiu um apoio tão ex-pressivo durante o processo eleitoral em todas as regiões de Minas Gerais.”

Outro que ressalta a interlocução de Pimentel é o deputado estadual Durval Ângelo (PT). Ele diz que ou-viu, recentemente, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab(PSD) que Pimentel era o ministro que mais re-cebia deputados paulistas. “Esse co-mentário é uma demonstração da sua disposição para o diálogo.” Além dis-so, Durval relata que toda a estrutura de gabinete era usada para permitir o acesso dos mineiros. “O Fernando foi um grande ministro. Levei a ele vários prefeitos para discutir emen-das. Atendia não só os deputados da base, como os da oposição. O ouvir para governar que ele usou como um dos slogans da campanha eleitoral, ele pratica de fato.”

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Ele foi um bom ministro e teve o

seu trabalho reconhecido. Um exemplo é a Zona Franca de Manaus”

Olavo Machado

Petrônio Amaral

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SUELI COTTA

A fama de durona e de tempe-ramento forte da presiden-te Dilma Rousseff parecem

exageradas para os que tiveram oportunidade de observá-la con-versando com o governador Fer-nando Pimentel. O seu ex-ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior foi um dos membros da equipe mais próxi-mos a ela, com trânsito livre no seu gabinete no Palácio do Planalto e também no Palácio da Alvorada, re-sidência oficial da presidente e de onde ela abria as portas para rece-ber poucos assessores.

A confiança e o respeito pelo trabalho de Pimentel também eram evidentes. Tanto que ele era chama-do a qualquer hora para ajudá-la na análise de projetos defendidos pelo governo, em discussões com deter-minados setores e no seu relaciona-mento com o Congresso Nacional. Além disso, a presidente Dilma in-cluiu Fernando Pimentel em todas as suas missões internacionais.

Um pouco óbvio, se se pensar que a pasta ocupada por Pimentel tinha, obrigatoriamente, que estar vinculada às viagens internacionais.

Mas, além da assessoria técnica, o fiel escudeiro da presidente tam-bém ajudava em assuntos que não estavam vinculados diretamente ao seu ministério.

Essa proximidade gerou ciú-mes em alguns que não consegui-ram estabelecer o mesmo nível de confiança e companheirismo. A presidente Dilma, nem mesmo depois de exonerar Pimentel para disputar o governo de Minas, se distanciou dele. Ao contrário, nun-ca esteve tão presente no estado. Participou de vários atos de cam-panha, como carreatas, caminha-das, comícios, almoços e jantares promovidos pelo ex-ministro Wal-frido dos Mares Guia. Em todas as vezes, fazia questão de separar al-guns minutos para trocar ideias com o amigo candidato.

Essa admiração explícita come-çou bem antes deles ingressarem na política. Ainda jovens em Belo Horizonte, Dilma, já casada, rece-bia o jovem amigo Fernando, en-tão com seus 15, 16 anos, em sua casa. A anfitriã fazia papel de irmã mais velha e, por isso, dizem al-guns, essa relação de irmãos que

A proximidade de Dilma Rousseff e Fernando Pimentel da época da juventude ao governo federal

O irmão mais novo

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POLÍTICA

eles mantêm até hoje.Os dois se reencontraram pou-

co tempo depois, em uma situação menos familiar e que os deixou com marcas profundas, no presídio de Linhares, em Juiz de Fora. Presos pelo regime militar, Dilma e Pimen-tel foram torturados e conviveram com os horrores daquele período da história brasileira.

Dilma Rousseff foi embora para o Rio Grande do Sul e Fernando Pi-mentel voltou a estudar em Belo Horizonte, onde se formou em eco-nomia e só se interessou novamente por política ao participar da criação do PT, em 1980. Dilma seguiu outro caminho. Ela se filiou ao PDT, de Le-onel Brizola, e passou à militância política em Porto Alegre.

O tempo passou. Pimentel foi secretário da Fazenda, vice-prefeito e prefeito. Dilma deixou o Rio Gran-de do Sul para ser ministra no go-

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verno Lula. Primeiro, de Minas e Energia e depois, da Casa Civil. Neste período eles tiveram um contato muito estreito no trato dos assuntos de interesse da pre-feitura de Belo Horizonte. Outro fato político reforçou o convívio: Dilma deixou o PDT e foi para o PT, já escolhida por Lula como candidata à sua sucessão.

A partir daí, eles retomaram a antiga sintonia política, reforçada pela bagagem que cada um adqui-riu nesses anos todos. Pimentel foi um dos coordenadores da campa-nha de Dilma e assumiu o ministé-rio de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pouco depois da posse da presidente.

Nesses 3 anos que trabalharam juntos, além dos gestos de carinho, Pimentel teve que se desdobrar nas suas funções e atender as deman-das da presidente. “Muitas vezes

FERNANDO PIMENTELe Dilma Rousseff :

admiração, confi ança, respeito

Agência Brasil

Antonio Cruz/ABr

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Pimentel mantém o respeito à hie-rarquia e só trata a presidente pelo nome nos encontros com amigos comuns e familiares.

Nas suas idas a Brasília para se reunir com o ministro Fernando Pi-mentel, o deputado estadual Durval Ângelo também relata ter suas con-versas encerradas antes da hora para que Pimentel fosse orientar a pre-sidente em relação a projetos. “Ela sempre pedia a opinião dele.”

Durante a campanha eleitoral, o parlamentar mineiro também disse ter presenciado vários gestos de cari-nho, de descontração e da confiança que a presidente Dilma tem por Pi-mentel. “Em todas as inaugurações que a presidente fez em Minas Ge-rais, ela fez questão da presença de Fernando Pimentel e em todas con-versava com ele em particular.”

Nas solenidades e inaugu-rações de obras, a admiração da presidente pelo ministro era evidenciada nos discursos e em pequenos gestos de amizade. O presidente da Fiemg, Olavo Machado, participou de vários eventos em que presenciou essa parceria. “Pimentel foi um minis-tro que a presidente Dilma presti-giou e ouviu e acredito que Minas será melhor contemplada”, afir-ma o empresário

Quem acompanha de per-to essa amizade, também já per-cebeu que o sentimento de irmã

mais velha com o irmão mais novo envolve não só essa liberdade e ca-rinho. “Ela o protege, mas, quando precisa, chama a atenção.”

Convidado especial para a recon-dução da presidente Dilma, no dia 1º de janeiro, Fernando Pimentel pro-gramou a sua posse para a parte da manhã, para participar à tarde, da cerimônia de recondução da presi-dente Dilma e participar do ato pro-gramado pelo PT, na praça dos Três Poderes, em Brasília.

estávamos no gabinete do minis-tro Pimentel e a presidente Dilma ligava, chamando-o no Palácio do Planalto. Ele ia até lá e ficávamos esperando por ele”, diz o deputado federal Miguel Corrêa.

Além da amizade, o parlamen-tar acredita que a presidente Dilma confia muito na visão estratégica de gestão de Fernando Pimentel e por isso quer sempre a sua opinião. Mas para os que acompanham de per-to essas conversas garantem que

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Empresa investe em tecnologia de última geração, aumenta a velocidade de transmissão, expande o 4G em Minas

Já está na tela

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TE LE FON IA

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MIRIAM GOMES CHALFIN

A operadora Claro começa o ano colocando em ação o plano de expansão do 4G em Minas Ge-

rais. Sete Lagoas, na região Central do estado, acaba de entrar para a lista dos municípios atendidos pela 4ª geração da tecnologia, que já inclui Belo Ho-rizonte, Contagem, Ipatinga, Juiz de Fora, Poços de Caldas e Uberlândia. “Haverá outras cidades com a cober-tura, mas ainda não podemos falar quais”, comenta o diretor regional da Claro em Minas, Erik Fernandes.

O executivo lembra que, apesar de a operadora ter sido a última a entrar no mercado mineiro, em 2006, é res-ponsável, hoje, pela 2ª maior cobertu-ra, atendendo 534 dos 853 municípios e com aproximadamente 3,7 milhões de clientes. “Esse crescimento foi pos-sível a partir de investimento muito grande da empresa. Entre 2012 e 2014, foram aplicados 6,3 bilhões de reais em infraestrutura em todo o país”, destaca, lembrando que, nesse paco-te, se incluem antenas, equipamentos de última geração e redes de fibra óti-ca. Para se ter uma ideia do tamanho da estrutura, a rede tem mais de 90 mil quilômetros de extensão, inclusive com cabo submarino.

De fato, a tecnologia fez a alavan-cagem da Claro. Em 2007, 1 ano após chegar a Minas Gerais, a operadora lançou o 3G, aumentando de forma significativa a velocidade de transmis-são. Em 2011, a tecnologia foi turbi-nada, com o lançamento do 3GMax, agora presente em 293 municípios mineiros. E, em 2013, foi a 1ª a trazer, para os mercados nacional e minei-ro, o 4G. Em fevereiro do ano passado, a Claro foi reconhecida, pela norte--americana OpenSignal, como a rede 4G mais rápida do mundo, com velo-cidade de transmissão de 27,8 mega-bit por segundo (Mbps). Já conforme a Agência Nacional de Telecomuni-cações (Anatel), a operadora é, desde

março de 2013, a única a cumprir as metas de acesso à rede de dados (2G e 3G).

“A Claro sempre se preocupou em ser a 1ª em qualidade. Desde o início, se posicionou para este mun-do que estamos vivendo agora, da in-ternet móvel, dos smartphones, das redes sociais. Hoje, você olha mais a tela (do aparelho) do que escuta: tem entretenimento, produtividade, infor-mação e até voz. O equipamento é

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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Hoje, você olha mais a tela (do

aparelho) do que escuta: tem

entretenimento, produtividade, informação e

até voz”Erik Fernandes

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completo, multiuso, com uma série de possibilidades de aplicações”, explica Erik Fernandes.

E aparelhos cada vez mais mo-dernos não param de surgir no mer-cado. Aqui também a Claro sai na frente: segundo o executivo, por fazer parte do grupo de telefonia Améri-ca Móvil, 1 dos 3 maiores do mundo, a operadora consegue oferecer aos clientes os melhores smartphones a preços acessíveis. Com a chegada do iPhone 6 ao Brasil, por exemplo, no fim do ano passado, a empresa lan-çou o Claro Up, um programa que permite a compra do aparelho em 24 vezes sem juros e oferece seguro con-tra roubo ou furto qualificado, que-bra acidental e oxidação. Também inclui a possibilidade de aquisição de um novo aparelho a cada 12 meses.

“O Claro Up foi um dos hits do Natal”, garante Erik Fernandes. Se-gundo ele, o iPhone 6 está sendo ven-dido por 24 parcelas de 99 reais com o plano Claro Online 2GB + 600 min + SMS + DDD (modelo de 16GB). Já o iPhone 6 Plus sai por 24 parcelas de 119 reais com o plano Claro Online

2GB + 600 mim + SMS + DDD (mode-lo de 16GB). “A pessoa pode aprovei-tar tudo agora, não precisa esperar. Nosso mote, não deixe a vida para depois, está calcado na questão da mobilidade, em cima de dados, em redes de última geração e alta veloci-dade, em multisserviços. Somos úni-cos nesse composto”, diz o executivo.

Aliás, a solução completa é o car-

ro-chefe da operadora. Isso significa oferecer rede de qualidade e servi-ços, tanto no smartphone quanto em casa, incluindo telefone fixo, celular, TV e banda larga móvel e fixa. Nes-se sentido, são muitas as possibilida-des de combos. Quanto mais serviços embutidos no pacote, mais vanta-gens, como descontos em aparelhos e em ligações.

TE LE FON IA

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CLARO UP:venda do iPhone 6 em 24 parcelas

LOJA DA MARCA em Belo Horizonte:design clean

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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RAIO X DA CLARO

TECNOLOGIA 4GSaiba mais sobre a rede

Tecnologia de transmissão de dados em redes de celular mais avançada atualmente

É a quarta geração da internet sem fi o de alta velocidade

Além de velocidade, traz mais estabilidade nas conexões

Permite navegação na internet em dispositivos móveis como celulares, tablets e modems banda larga

Pode atingir velocidade nominal de transmissão de até 90 megabit por segundo (Mbps) abaixo da antena; na prática, a velocidade real, em quaisquer condições, fi ca entre 5 Mbps e 10 Mbps

Há pacotes de dados com 4GMax para usuários pós-pagos, pré-pagos e controle, com o mesmo valor da tecnologia 3GMax

Está presente em 50 países, com expectativa de ter 600 milhões de assinantes em 2017

NO BRASILPresente em mais de 3.600 municípios com as tecnologias GSM, 3GMax e 4GMax

Acordos de roaming em mais de 170 países, para serviços de voz, e mais de 150 para tráfego de dados

3ª no ranking brasileiro, com 25,08% de market share

De 2012 a 2014, investiu 6,3 bilhões de reais em infraestrutura

Oferece cobertura 4G em 94 cidades de 27 estados e Distrito Federal

Controlada pela América Móvil, líder em serviços de telecomunicações na América Latina e 1 dos 3 maiores grupos de telefonia móvel do mundo

Oferece a internet 4G mais rápida do mundo, segundo o último relatório da norte-americana Open Signal, de fevereiro de 2014

Mais de 3,7 milhões de clientes, sendo 70% no pré-pago e 30% no pós-pago

14,07% de market shareLíder de mercado no DDD 32, com participação de 30,62%

Tecnologia 4G presente em 7 cidades: Belo Horizonte, Contagem, Ipatinga, Juiz de Fora, Poços de Caldas, Uberlândia e Sete LagoasTecnologia 3GMax presente em 293 municípios29 lojas próprias e 210 parceirasMais de mil pontos de venda no varejoMais de 28 mil pontos de recarga

Uma das líderes em telefonia celular, com mais de

70 milhões de clientes

2ª maior cobertura, com

presença em

534 municípios

EM MINAS GERAIS

ATENDIMENTO AO CLIENTEAs centrais de atendimento da Claro estão distribuídas por diferentes estados do Brasil

Além do atendimento convencional em lojas ou no call center, conta com canais eletrônicos para oferecer mais comodidade e acessibilidade aos clientes:

– Canal Interativo *1052#, o cliente pode consultar saldo de créditos e consumo de pacotes, solicitar código de barra para pagamentos, ativar e desativar serviços e fazer recargas, entre outros

- Aplicativos Minha Claro e Minha Claro Web, com serviços disponíveis no smartphone

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Para o cliente saber qual o pla-no que lhe é mais adequado, a Claro conta com um time de colaborado-res constantemente treinados em tecnologia e conteúdos. Assim, o consumidor pode montar, em con-junto com o vendedor, um pacote de serviços de acordo com as neces-sidades e o orçamento. Em Minas, o atendimento presencial pode ser feito nas 29 lojas próprias da marca ou nas 210 parceiras. No caso de pla-nos pré-pagos e controle, o cliente tem à disposição, ainda, mais de mil pontos de venda e 28 mil de recarga.

Há mais: segundo Erik Fernan-des, outro diferencial são os aplica-tivos da própria operadora. Um dos destaques é o ClaroVideo, serviço de locadora on-line (streaming de ví-deo), lançado em abril de 2013. Pode ser usado a partir de smartphone e compartilhado em outros disposi-

tivos, como smarTV, tablets e note-books. Também está disponível nas smarTVs da Samsung. O serviço tem assinatura mensal, com tarifa de 14,90 reais e opções de contratação de filmes recém-lançados por 6,90 reais cada. Além do ClaroVideo, a operadora oferece serviços de con-teúdo como música, cursos, idio-mas, receitas, saúde, leitura e jogos.

Aqui se inclui também o #Cla-roExperiências, que disponibiliza conteúdo de eventos culturais pa-

trocinados pela operadora. E vai muito além: é um projeto de res-ponsabilidade social que, somente no ano passado, patrocinou mais de 70 apresentações em várias ci-dades do estado. A ideia é propor-cionar experiência diferenciada em cultura e incentivar a vivência e o compartilhamento de momentos agradáveis. A programação de 2015 ainda está sendo fechada, mas Erik Fernandes garante que vem muita coisa boa por aí.

TE LE FON IA

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OPÇÕES DE COMBOSe os mais modernos aparelhos

Fotos: Pedro Vilela/Agência i7

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Desde a eclosão da crise fi-nanceira e econômica mun-dial, em 2008, o comércio foi

de fundamental importância para a economia brasileira, contribuin-do decisivamente para o crescimen-to do PIB nos primeiros anos e, nos seguintes, para evitar um desaqueci-mento ainda maior. Nesse período, com o agudo desaquecimento do se-tor industrial, o agronegócio e, prin-cipalmente, o comércio, sustentado por uma política de expressiva expan-são do crédito, seguraram a economia brasileira e, por consequência, tam-bém a mineira. Hoje, esse ciclo está esgotado e é preciso buscar novas so-luções.” Com essa ponderação, o pre-sidente do Sistema Fecomércio em

Minas, Lázaro Luiz Gonzaga, diz que é indiscutível a relevância do setor.

Mais de 700 mil empresas são re-presentadas pela Fecomércio MG, formada pelo Sesc, Senac e por 52 sin-dicatos representativos dos diversos segmentos do comércio de bens, ser-viços e turismo em todas as regiões do estado. A Fecomércio – que, no país, integra a Confederação Nacional do Comércio (CNC) – administra as mais de 100 unidades do Sesc e do Senac, incluindo as móveis, instaladas em Minas. “O Sesc e o Senac são o nos-so braço social e, com muito orgulho, podemos afirmar que somos referên-cia. Nas unidades do Sesc, planejamos e executamos medidas que visam o bem-estar social e a melhoria da qua-

Setor segura a economia brasileira, atua em ações de ensino, formação, capacitação profissionalizante e áreas de bem-estar

A sustentação

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COM É RCIO

lidade de vida dos trabalhadores, seus familiares e a comunidade. Com o Se-nac, desenvolvemos ações voltadas para o ensino, formação e capacitação profissionalizante”, diz.

O empresário aponta que o Siste-ma Fecomércio MG está presente em todo o estado, prestando suporte às empresas e empresários por meio de assessoria jurídica, econômica e de negócios internacionais. “Para a so-ciedade mineira desenvolvemos ações nas áreas de lazer, cultura, saúde, es-porte e ensino profissionalizante, in-clusive como agentes do Pronatec.

Lázaro Gonzaga informa que aca-ba de ser fechada parceria importan-te entre o Sesc e a prefeitura de Belo Horizonte, que permitirá o desenvol-vimento de projetos integrados de cul-tura e arte. “Dessa forma, unimos, em produtiva sinergia, o Sesc e a Funda-ção Municipal de Cultura.” Segundo ele, essas ações do sistema nas áreas de educação, saúde, cultura, lazer, tu-

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rismo social e meio ambiente formam um ciclo virtuoso de promoção da qualidade de vida. Só neste ano, infor-ma, os investimentos na democratiza-ção do acesso à cultura chegaram a 2,7 milhões de pessoas em Minas.

“O ciclo começa com as ações for-mativas, tanto de artistas quanto de público, como a Orquestra de Câma-ra do Sesc, que reúne 106 crianças e jovens da rede pública da Grande BH para tornar o aprendizado de um ins-trumento e a habilidade de encantar o público com a música, sempre de for-ma gratuita, um objetivo nobre”, afir-ma Gonzaga. A iniciativa também é desenvolvida pela unidade do Sesc em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri. Lá, as atividades começaram no primeiro semestre deste ano e já contam com

ORQUESTRA DE CÂMARA do Sesc, com 106 crianças e jovens da rede pública de ensino (página ao lado), Cia. Sesc de Dança (acima) e Jorge Benjor, um dos artistas que passaram pelo Sesc Palladium em 2014

Fotos: Tarcísio de Paula

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88 alunos, de 10 a 16 anos. A expectativa é que, no próximo

ano, outras unidades do Sesc também formem seus grupos, para que a ins-tituição amplie o acesso do público à cultura e reforce seu compromisso como agente de transformação social. A Cia. Sesc de Dança, que estreou em 2013, é citada como um bom exem-plo desses agrupamentos que geram resultados. Mais de 30 mil pessoas já assistiram aos espetáculos gratuitos da companhia, que transita entre os estilos clássico, neoclássico e contem-porâneo. O corpo de dança realizou ainda atividades educativas para alu-nos de escolas públicas e idosos em ci-dades nas quais se apresentou.

Na capital mineira, onde um ver-dadeiro corredor artístico vem sendo

criado pela instituição, o Sesc Palla-dium, inaugurado em 2011 – entre a rua rio de Janeiro e a avenida Augus-to de Lima –, abre as portas de seus 10.806 metros quadrados de área construída para diferentes linguagens e expressões, em programação farta e diversificada, que inclui espetáculos teatrais, shows, performances, expo-sições, exibição de filmes, oficinas ar-tísticas, debates e palestras, além das atividades de arte e educação.

Considerado um dos espaços de cultura mais bem equipados do país,

com o que há de melhor em tec-nologia de som, imagem, trata-mento acústico, iluminação e comodidade para o público, o Sesc Palladium recebeu mais de 200 mil pessoas, em 460 ativi-dades culturais, em seu terceiro ano de existência. Uma equi-pe interna especializada pensa, conceitua e desenvolve cada 1 dos 26 projetos da casa.

Um dos projetos para 2016 é que o Teatro Sesc Clara Nu-nes vá se juntar ao Palladium, depois de passar por obras de revitalização e modernização. A reforma prevê novos acaba-

mentos e revestimentos, o que garan-tirá ao Clara Nunes um tratamento acústico adequado, sonorização, sis-tema de ar condicionado, equipamen-tos de cenário modernos e adequados e iluminação eficiente. Para coroar o retorno do Clara Nunes, inaugurado na década de 1960, fachada, recepção e bilheteria também serão reformadas.

A iniciativa virá, além de presente-ar Belo Horizonte com mais um centro cultural, acrescentar ao Sesc Palla-dium, com seu Grande Teatro que tem capacidade para 1.321 pessoas, teatro de bolso, com 82 lugares, apto a abri-gar espetáculos de médio porte.

Focado na educação profissional, o Senac, também integrante do Sis-tema Fecomércio MG, oferece mais de 300 cursos de aperfeiçoamento,

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técnicos, de graduação (ba-charelado e tecnologia) e pós-graduação, assim como atividades de extensão, volta-dos para o comércio de bens, serviços e turismo. É possível se aprimorar em segmentos como artes, beleza, gestão, comunicação, design, educa-cional, gestão, hospitalidade, idiomas, informática, lazer, meio ambiente, moda, saúde, turismo e gastronomia.

De janeiro a outubro de 2014, foram feitos mais de 234 mil atendimentos nas 41 uni-dades do Senac e em outras centenas de municípios, por meio do Programa SenacMó-vel, que dispõe de 12 carretas, adaptadas especialmente para os cur-sos profissionalizantes, atendendo aos interessados que não têm como estar em sala de aula. Palestras, workshops, seminários, oficinas e atendimentos estão entre outras ações extensivas promovidas gratuitamente para ga-rantir o bem-estar. Exemplos disso são

COM É RCIO

VIVER Janeiro 16 - 2015

Assumiu a presidência do Sistema Fecomércio MG em 2010, com mandato até 2014. Nesse período, a prioridade foi estabelecer diretrizes e metas inovadoras, “rigorosamente cumpridas”, segundo ele. Na gestão atual – 2014-2018 –, afirma, o principal objetivo é trabalhar para, cada vez

mais, fortalecer o setor terciário em Minas Gerais. “É uma meta ousada e complexa, especialmente considerando-se o cenário ainda impactado pela mais grave crise econômica e financeira mundial de todos os tempos. É desafiador, mas, com a união e o apoio dos sindicatos que integram o Sistema Fecomércio MG, seremos vitoriosos.”

LÁZARO LUIZ GONZAGA

Divulgação

Pedro Vilela/Agência i7

CÁSSIO BATISTA SILVEIRA: 6 cursos e prêmio na categoria Serviço de Restaurante

a Semana da Mulher, que reuniu 4 mil pessoas no ano passado, e a Semana do Turismo, em torno da qual 10 mil se juntaram para discutir essa indústria não poluidora. O Senac planeja am-pliar e inaugurar unidades em 2015.

Implantado pelo PlugMinas – Centro de Formação e Experimenta-ção Digital, que oferecerá 11 cursos voltados para moda e comunicação, o Núcleo de Criação e Design entra em funcionamento na capital, para aten-der alunos da rede pública. O objetivo do novo espaço é preparar jovens para o mercado. Seis cidades do interior, como Lavras e Divinópolis, escolhi-das como unidades vitrines, também vão ser beneficiadas. Esses centros de

formação profissional vão atender à vocação econô-mica não só do município, mas também do seu entor-no. A ideia é reproduzir am-bientes empresariais que permitam ao aluno desen-volver suas habilidades vi-venciando situações reais de trabalho.

O Hotel Senac Grogo-tó, em Barbacena, primei-ro hotel-escola da América Latina, é considerado um dos melhores exemplos nessa linha. Anexa a ele, o Senac mantém unidade que oferece cursos como a graduação tecnológica em hotelaria. Os cursos profis-

sionalizantes do Senac também mere-cem destaque e reconhecimento.

Cássio Batista Silveira fez 6 cursos na instituição, sendo um deles para garçom. Logo em seguida, conquistou a medalha de ouro na categoria Servi-ço de Restaurante na etapa nacional da Olímpiada do Conhecimento. Ou-tros 2 alunos do Senac participaram da disputa, nas modalidades Cabeleirei-ro e Florista. Poliana Nascimento, de Barbacena, conquistou a terceira colo-cação na WordSkills Americas, na Co-lômbia. Ao lado de Cássio e de outros alunos do Senac, ela disputará vaga para a mais importante competição internacional de educação profissio-nal, em 2015, em São Paulo.

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LUISANA GONTIJO

Tranquilidade. Esse é o senti-mento que a posse do novo governador de Minas Gerais,

Fernando Pimentel, e sua equipe inspira no presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Pas-sageiros Metropolitano (Sintram), Rubens Lessa Carvalho. “O gover-nador Pimentel está vindo com uma equipe que já trabalha com ele ao longo de anos. A base do governo são pessoas que já demonstraram ter ex-periência em administração pública. Esses nomes nos tranquilizam”, diz Lessa. Ele lembra que os auxiliares já estão acostumados ao trabalho de fazer uma cidade funcionar. “Lógico que o estado é muito maior do que

Belo Horizonte, mas são pessoas que têm experiência suficiente para gerir Minas Gerais.”

Rubens Lessa afirma que o em-presariado do setor acha necessário e importante que o novo governo dê foco à mobilidade, a obras como o BRT, que vinham sendo implanta-do com atraso. “Eram para ter fica-do prontas para a Copa do Mundo. Mas ainda temos alguns terminais improvisados, como os de Justinó-polis e de São Benedito. Estações no centro de Belo Horizonte, como as das avenidas Paraná e Santos Du-mont, estão cedidas pela prefeitura. Fizemos uma no terminal da rua Aa-rão Reis, uma estrutura metálica im-

provisada, até que fique pronta a da Oiapoque”. Portanto, ele avalia que é preciso que se dê sequência à im-plantação e ao término das estações e dos terminais.

Ainda de acordo com Lessa, por causa do empréstimo das estações no centro, BHTrans e Secretaria de Estado de Transportes e Obras Pú-blicas (Setop) estão estudando a implantação de novos pontos de ônibus na região, para que o embar-que e desembarque de passageiros não fique embolado como está ago-ra, melhorando a qualidade de vida dos usuários do transporte urbano. “Assim, é da maior importância que o governador, que conhece tão bem

Carlos Alberto/Secom-MG

Presidente do Sintram acredita que o novo governo vai ajudar a melhorar o transporte de passageiros na região metropolitana

Trânsito fácil

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TRANSPORTE

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os problemas de uma cidade grande, principalmente por ter sido prefei-to de Belo Horizonte, dê sequência e conclua os corredores metropolita-nos. Precisamos terminar os corre-dores da Vilarinho até Justinópolis, São Benedito e Morro Alto. Temos também de dar início ao corredor da avenida Amazonas”, pondera.

Outra obra importante, apontada pelo presidente do Sintram, é a cons-trução do Terminal Rodoviário de Belo Horizonte, no São Gabriel, que será o do BRT metropolitano. “Tendo a infraestrutura, os empresários, com certeza, vão fazer sua parte, que é ad-quirir veículos modernos e confortá-veis, para oferecer à população. Acho que o governador vai fazer um grande trabalho. É isso que nós esperamos.”

A indicação de Murilo Valadares, ex-secretário de Obras da prefeitu-ra de Belo Horizonte, para ocupar a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas é vista com bons olhos por Rubens Lessa. “Murilo Va-ladares já demonstrou, pela experi-ência dele em Belo Horizonte, que é um conhecedor de infraestrutura. Ele atuou recentemente em Ribeirão das Neves, na região metropolitana. Assim, conhece os problemas tan-to de Belo Horizonte quanto de uma das cidades mais carentes da região. Ele tem muita experiência e o apoio do governador”, considera.

O empresário do transporte pon-dera que melhorar a mobilidade em Belo Horizonte é de vital importân-cia para facilitar, também, a vida dos moradores das cidades do entorno. “Quando você melhora a mobilida-de no corredor central, que é a capi-tal, atende a todas as outras cidades próximas. Se a pessoa está vindo de Betim, de Igarapé, e não fica presa em congestionamentos na aveni-da Amazonas, por exemplo, ela está sendo beneficiada. Esses corredores de transporte vão facilitar a vida de usuários de Brumadinho, Sarzedo e

vários outros municípios”, reforça.Com frota de 3,1 mil ônibus,

as 37 empresas associadas ao Sin-tram reúnem 17 mil funcionários. Diariamente, segundo Rubens Les-sa, quase 1 milhão de pessoas são transportadas pelo sistema entre as cidades atendidas. A média de pas-sageiros conduzidos pelo Sintran, por mês, é de 21 milhões. Quando se inclui o movimento interno de al-gumas cidades como Contagem e Betim, esse montante chega a 30 mi-lhões de pessoas ao mês. “São pes-soas que podem ser beneficiadas diariamente por essas obras de infra-estrutura”, lembra o empresário.

Carlos Alberto/Imprensa MG

Moises Magno

Quando você melhora a

mobilidade no corredor central, que é

a capital, atende a todas as outras

cidades próximas”Rubens Lessa

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FROTA DE 3,1 mil ônibus faz o transporte

de quase 1 milhão de pessoas por dia

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LUISANA GONTIJO

A partir de 18 de março, começa a vigorar a redução, de 19% para 14%, da alíquota de ICMS cobra-

da sobre o etanol produzido em Mi-nas Gerais. Aprovada no ano passado pelos diferentes grupos políticos que compõem a Assembleia Legislativa, a diminuição do imposto, que deve re-fletir nos preços cobrados nos postos de combustível, é atribuída pelo pre-sidente do Sindicato da Indústria de Fabricação do Álcool em Minas Ge-rais (Siamig), Mário Campos Ferrei-ra Filho, como fruto da dedicação do governador Fernando Pimentel. Se-gundo ele, antes mesmo de assumir

o cargo, Pimentel teve um papel fun-damental na aprovação desse corte no ICMS, já que, durante a campanha eleitoral, liderou sua bancada na As-sembleia pela mudança. “Sem seu aval, o consumidor dificilmente teria essa redução do imposto em março.”

O Siamig, presidido por Mário Campos, reúne, na realidade, 2 sin-dicatos (também o da Indústria do Açúcar no Estado de Minas Gerais) e a Associação das Indústrias Sucroe-nergéticas de Minas. As 3 entidades representam 38 empresas, todas elas situadas no interior, em 9 das 10 re-giões administrativas, com concen-

tração maior no Triângulo. Apenas a região do Rio Doce não tem nenhuma unidade do setor no momento, mas já abrigou, na época do Proálcool.

Até 2014, diz o empresário, des-pontavam no país 8 grandes estados produtores de açúcar, etanol e sucro-energéticos: São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco e Alagoas. Todos eles eram administrados por governadores de oposição ao governo federal. Agora, frisa Campos, há 2 es-tados com grande importância gover-nados pela posição, Minas e Alagoas, com Renan Filho (PMDB). O atual go-

Divulgação

MÁRIO CAMPOS:“Minas mostra que é possível fazer e incentivar o etanol”

Redução da alíquota do ICMS, que entra em vigor em março, deve refletir no preço do álcool nos postos de combustível em Minas

Imposto menor

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ETANOL

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vernador de Minas, lembra, sempre se mostrou antenado com as questões do setor e as regionais. Tanto, avalia, que nomeou o ex-presidente da Regional Vale do Rio Grande da Federação das Indústrias (Fiemg) Altamir Rôso para comandar a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

“Pimentel tem grande chan-ce, neste momento, de ser interlo-cutor desses governadores todos, demonstrando a importância da economia canavieira para esses es-tados”, diz. O açúcar, segundo ele, é o quarto ou quinto produto na pau-ta de exportações de Minas Gerais. “Ele pode, por exemplo, liderar esses governadores na interlocução com o governo federal, para a retomada de investimentos na área. Acredito que Pimentel será o que faltava para que a gente modifique o cenário de crise que assola o setor nos últimos anos.” Ele tem convicção de que o setor é extremamente importante para a economia brasileira. “De que podemos, entre outras coisas, levar crescimento e emprego ao interior do país. E Pimentel tem tudo para ser um grande interlocutor dos go-vernadores preocupados com sua economia local perante a presidente Dilma”, defende Mário Campos.

Ele lembra que, durante a cam-panha eleitoral, se debateu muito a questão da valorização da economia regional. A regionalização administra-tiva, aliás, foi um dos motes da campa-nha de Fernando Pimentel. “Estudos feitos pela USP de Ribeirão Preto mos-tram que Uberaba é o maior municí-pio produtor de cana do estado, tendo movimentado 3 bilhões de reais no se-tor em 2013. A geração de riqueza nes-sas cidades do interior é enorme. O Triângulo Mineiro é uma das regiões que mais cresceram no estado, nos úl-timos anos, e Uberaba tem o primeiro PIB do agronegócio”, avalia.

Minas, resume o empresário, é um estado que reflete as particulari-

dades do Brasil. “Temos regiões muito planas, propícias à agricultura, como o Triângulo, o Oeste, o Alto Paranaíba, o Noroeste, e outras mais montanho-sas, onde é difícil iniciar nossa ativida-de e mantê-la, como o Sul, a Zona da Mata. São áreas em que a atividade é praticada de forma mais antiga, quase centenária, com a dificuldade carac-terística de plantar cana em locais de relevo acidentado.” Além disso, emen-da, desde 2008, não se pode mais queimar a cana para facilitar o corte manual, a não ser em 3% da área plan-tada no estado, que ficam em locais de declividade muito acentuada. No res-tante do território plantado, o corte é feito com máquinas. “A mecanização é muito forte no setor. Em 5 anos, mu-damos completamente a forma de produzir cana no país. Era tudo plantio e corte manuais, hoje são mecânicos.”

Ainda assim, o setor é responsável, no estado, por 80 mil empregos dire-tos e 250 mil, entre diretos e indiretos. “Incentivar esse segmento é incen-tivar o desenvolvimento regional e econômico e o desenvolvimento sus-tentável regional, porque estamos falando de um produto, o etanol, que emite 90% menos CO2. Ele capta CO2 e emite oxigênio no ar”, pondera Campos. O empresário apon-ta que Minas Gerais é, atualmente, o terceiro produtor de cana-de-açúcar, etanol e sucroenergéticos do país, sempre atrás de São Paulo e de Goiás.

O maior desafio do setor em Mi-nas Gerais hoje, em se tratando do eta-nol, afirma Mário Campos, é não ter mercado para o produto. Com a redu-ção do ICMS, no entanto, a expectativa é que, o estado, que possui a segunda maior frota de veículos do país, além de ter mercado para o etanol que pro-

duz, passará a vender até mesmo para outros estados, que tinham incentivos para o produto. Atualmente, segundo ele, a cada 100 novos veículos vendi-dos no Brasil, 90 são flex – aceitam ga-solina e etanol – e 65% de toda a frota circulante já é flex, mas são poucos os que usam o etanol.

O empresário acredita que essa medida adotada em Minas, de baixar a alíquota do imposto, terá caráter pe-dagógico importante para os demais estados. “Minas mostra que é possível fazer e incentivar o etanol. Por isso, volto à questão, de que Pimentel pode ser um grande interlocutor desses go-vernadores, para incentivar não só a produção em Minas, mas o mercado no país. Vamos querer que outros es-

tados, que hoje não con-somem, possam também usar, abrindo mercado para o produto de Minas Gerais.” Em 2013, revela Campos, foram produ-zidos 1,5 bilhão de litros de etanol hidratado no estado. Já no ano passa-do, a produção foi de 700 milhões de litros, mas, em ambos os períodos, “não havia consumo su-ficiente”.

Mário Campos expli-ca que a cadeia produtiva do setor impacta em mui-to a economia de onde

está inserida. “Temos o empresário, que pode plantar a cana-de-açúcar, pode ser o dono da cana, mas há tam-bém o modelo consorciado. Hoje, a maior parte das terras são arrendadas. Temos no estado 1,3 mil produtores rurais que plantam cana e entregam ao setor, recebendo por ela. Quando o preço não é justo, o produtor também perde.” Ele lembra também do traba-lhador. “Se o preço do nosso produto cresce, o produtor rural recebe mais pela cana que entrega e o nível de em-prego é maior.”

FRASE

“A mecanização é muito forte no

setor. Em 5 anos, mudamos

completamente a forma de

produzir cana no país”

Mário Campos

VIVER Janeiro 16 - 2015

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FERNANDO TORRES

No ranking das 15 maiores empresas integradoras de tecnologia de informação

e telecomunicação do Brasil, a mineira NetService pertence à li-nhagem das startups nascidas em garagens que se agigantaram com o tempo. O ano era 1995, tempos do início da bolha da internet. Com apenas 24 anos, o visioná-rio José Araujo Neto, presidente da empresa, trocou uma carreira promissora na Itautec para em-preender o próprio negócio, ao lado do sócio e um estagiário. Exa-tos 20 anos depois, os oito últimos tendo Neto como único acionista, a NetService, com sede em Belo Horizonte, está presente em 9 estados, detém portfólio de clientes como Vale do Rio Doce, Usiminas, Vallourec, Fiat, Bradesco e Itaú e registra faturamen-to médio anual de 60 milhões de reais, com crescimento de 10% ao ano.

Os números já foram até maiores há alguns anos. Mas em 2011, depois de um levantamento, Neto se enga-jou em reestruturar a empresa: du-rante 6 meses, renegociou contratos, enxugou a estrutura e aumentou a eficiência operacional. Faturou me-nos, mas conseguiu gerar uma recei-ta mais ostensiva. “Foi um divisor de águas. Reestruturamos áreas de pla-nejamento e controle, especialmen-te, garantindo um melhor resultado à empresa”, conta Neto.

O mercado, hoje, está focado no

setor público. “Praticamente 60% dos nossos contratos hoje são projetos de governos federal, estaduais, munici-pais e judiciários”, contabiliza Neto. Um exemplo disso foi a implemen-tação de multisserviços realizados na

inauguração da Cidade Adminis-trativa, em 2010, integrando da-dos, voz, imagem e telefonia. “Por esse projeto, recebemos um prê-mio da multinacional Cisco Sys-tems, um dos maiores fabricantes mundiais de equipamentos de rede”, conta Neto. Em Minas, a NetService também realizou di-versos projetos com a Vale, a partir de 1998; promoveu a infor-matização das penitenciárias, em 2011; e implantou a infraestrutu-ra de TI e telecomunicações em 806 lojas do programa Farmácia de Minas, em 2013.

O tempo se encarregou de estender os limites. Depois de

montar toda a infraestrutura de rede da Globo Minas, ainda nos anos 1990 a NetService ampliou o atendi-mento para a Globo nacional. A em-presa implantou, por exemplo, toda a rede metropolitana do estado do Espírito Santo e de diversas sedes da Companhia Siderúrgica Nacional (CNS). “O último ano foi difícil para o mercado, mas não para nós. Con-seguimos fechar vários projetos de anos anteriores e, com a reestrutura-ção, ficamos muito mais eficientes”, comemora. Otimista, ele pretende ampliar o investimento na iniciativa privada a partir do segundo semes-tre de 2015. “Queremos fortalecer a participação em projetos no setor fi-nanceiro e apostar no segmento da indústria”, antevê.

Fonte: MG TI 2022

NETO: mais efi ciência e bons resultados

A mineira NetService está presente em 9 estados, com clientes de peso e planos para investir na iniciativa privada em 2015

Sem fronteiras

VIVER Janeiro 16 - 2015

TECNOLOG IA

movimenta o setor de TI em Belo Horizonte ao ano, viabilizando 20 mil empregos

é a expectativa que a movimentação chegue em 2022, gerando 72 mil postos

EM ALTA

R$ 2 bilhões

R$ 9 bilhões

Pedro Vilela/Agência i7

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