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PAULO (Brazil) Safefoado, 7 de janeiro de 19H ANNU A luuiunu O 5 Redaeçlo, Administração a Officinas Largo da n. 5 (Sobrado) CAIXA POSTAL, 195 Endereço teiegraphico: LUTERANA" Toda a correspondência deve ser dirigida a WÈêC'*' ?^âw A. pparece aos sabbados PREÇOS DK ÂSSIGNATURAS ANNO I0$000 SEMESTRE 6$OOo P A GA M ENTO ADIANTA DO FOLI-IA ANTI-CLÍiRíCAL DE COMBATE No preço do âssignaturas para o exte- rior lia a differença de porte do Correio BE^CnuaKA.' **M .>-<-'. rvtí *.*. », .-+)*; < vnw. 1 III mii—iiMfWTuririrrinrr'¦""'---"-—-¦— Orfanato sinistro Unia íista trágica Assassinatos, defloramentos, estupros, espan- çamentos, maus tratos, etc. Recapitulnndo summaviamente as accusações feitas pela Lanterna JOSE' ADEMAR DE FARIA, morador á rua da Gloria -fugido contra os padres do Orfanato Chris- do Orfanato em conseqüência de tovam Colombo, juntamos abaixo, jmau tratos, tendo o corpo cheio muna lista negra como as suas i de se vicias e n alma cheia deter- vestes e a sua alma, todos os cri- vor. mes de qne tivemos conhecimento e de que silo autores os repallen- tes estabulados do sinistro abrigo do Ypiranga. A todos os homens de espirito livre, a todos que nüo têm a ce- rebro embotado pelos preconceitos da clericanalha cabe a divulgação em todos os meios desta lista de crimes commettidos contra pobres orfáozinhos fracos e indefesos. E' preciso que todas as mais tenham delia conhecimento para poderem odiar com o mesmo ardor com que amam os seus filhinlios os infames que exploram e marty- mam a infância desamparada. Estamos certos que por todas as localidades serfto espalhados bole- tins reproduzindo esta valiosa de- inonstraçao da justiça da causa qne defendemos, da grandiosidade da luta encetada contra o torrivel polvo negro que, com a protecção escandalosa dos governantes,* vai estendendo os seus tentáculos por todos os, recantos deste grande paiz, procurando suhmette-lo in- teiramente ao seu jugo corruptor. Mas nós havemos de esmagar esse monstro atirando aos quatro ventos a noticia dos seus horroro- sos crimes, arredando-os assim do convívio da gente honesta. E para que não se diga que hv zemos accusações vagas, sem fun- damento algum, continuamos a insistir nas accusações que temos (eito ao uefa3to Orfanato Christo- vam Colombo, indicando ao publi- co as suas victimasj que são: IDALINA DE OLIVEIRA, or- fã, de dez annos, natural de Be- bedouro estuprada pelo padre Steíani e assassinada com pancadas de na cabeça pelo padre Paus- Consoni, director do Orfanato, na oceasião em que a infeliz criança tentava fugir daquelle antro. GIÜSBPPINA DE TAL, de qua- torze annos, estuprada por ter ten- tado chamar por soccorro dentro do quarto de banho da secção fe- minina do Orfanato, na Villa Pru- dente, sendo autor do crime o mesmo padre Faustino, que se diz virgem e puro. America Ferraresi, ex-alumna daquelle bordelesco re- fugio, VIU; essa menina- morta, no banheiro, Òbm o rosto tumefacto e roxo. ARCANGELO LANDUCCI, li- lho de Cezar Landucci—estuprado e contaminado horrivelmente no Orfanato, enlouquecendo em conse- quencia deste acto de caridade dos padres. ALFREDO BELCHI, filho de Carlos Belchi, professor da Escola Josué Carducci, de Jurema opi- leptico devido a pauladas recebi- das na cabeça, vibradas por um padre do humanitário Orfanato. ELVIRA (VULGO VEADINHA) filha do antigo leiteiro do Or- fanato, estuprada pelo sempre vir- gem padre Faustino, em um ca- pinzal, qnando tinha dezeseis an- nos de idade e hoje prostituída. DOMINGOS EGYDIO, residente á rua General Carneiro, 45, de novo fugido do sagrado abrigo e transportado para a cidade pelo sr. Antônio Rocchetto. Conta, a- terrorizado, os maus tratos de po- bres que são victimas os asylados. Mostrava na cabeça uma larga ecchymose'produzida por uma pan- cada que lhe vibrou um padre do sinistro Orfanato. Ha .tambem uma outra victima, de quom não podemos publicar o nome. A infefiz contou a seu noivo que, ha seis annos, íoi estuprada por um padre do Orfanato. Avaliando agora toda a infa- mia softrida e sabendo seu corpo conspurcado pelo contacto asque- roso do padre infame, quiz ser leal a seu noivo e tudo lhe nar- rou. ROSA DE TAL, deflorada no Orfanato, que por isso foi abando- nada pelo seu companheiro. Existem ainda muitas outras victimas, que por uma forte rede de conveniências nos impedem de as incluir aqui. Por isso, podemos nos oecupar dellas sem lhes citar os nomes, o que, entretanto, será feito se os padres tiverem a ousadia de nos processar. Dentre ellas podemos destacar as seguintes :• Um menino, residente no Ypi- ranga, victima de uma tentativa de estupro por parto do um padre do Orfanato. Uma moça até ha pouco tempo empregada na fabrica de tecidos Wariangela, estuprada por um pa- dre do Orfanato. Uma outra moça, hoje casada, tamb :iu deflorada por um padre do covil do Ypiranga. Dois meninos, um morador no bairro do Braz, e outro que até ha pouco toi musico da banda do Or- lanato, foram tambem victimas da bestialidade dos padres daquelle coio. Diante de indicações tão preci- sas, que faz a autoridade encarre- gada do inquérito aberto para ave- riguar da procedência da3 nossas accusações ? Que tem feitj o dr. Pinheiro e Prado durante os dois meze3 transcorridos ? Quasi nada, ou melhor coisa alguma. As deligencias serviram somente para favorecer os crimiuo- sos, que tiveram todo o tempo ne- cessario para arredar provas valio- sas de sua culpabilidade. Entretanto, nós, que deposita- moa mais confiança po tribunal da opinião publica, no julgamento íne lanterna /Vlagica A mansidão catholica Madrid, 3 Referem de Pon- tevedra que o funecionario da Instrucção Publica, catholico fa- natico, de nome Luiz Janez, ma- tou, com um tiro de revólvet, o ion amigo Olimaino Majueira, ivre-pensador, isso depois de ter commungado e assistido a tres missas. O facto acima vem contrariar plenissimamente o grande absurdo tantas e tantas vezes martellado .jelos religiosos e outras tantas vezes refutado por nós : que não existe mrral sem religião. Mas bellissima moral essa religiosa ! Santo procedimento o desse fana- tico que assassina um amigo, pelo motivo de ser este irreligioso, tendo ido antes receber a absol- vi ção das mãos do seu confessor! Tivemos não ha inuito um facto idêntico : a condessa Tarnowska, a celeberrima mundana russa, fa- zendo jurar ao pobre Naumow, numa igreja e sobre um altar da Virgem, que a alliviaria da pe- sada carga do marido. E basta, para não nos estendermos em ci- tações desnecessárias. Registemos mais esse facto que inuito vem em abono da tão ce- lebrada mansuetude catholica. Maidicta "lanterna" ! As prsezas do paere Leonardo "A Lan» terna" processada j Não nos arrecea- mos desses arreganhos. Pelo nosso numero passado, OS I beu o seguinte despacho: A., leitores tiveram 11 noticia :1o que. sim. S. Paulo, 24 Dezembro 1910. A Lanterna, o eterno fantasma do A. Mello. Nada mais se conti- exercito negro, está .sendo proces- nha em dita petição e despacho, _._.!__..-''.< „.._._... ,1, Ä,.!:„ „..: _ r.,l.„.„t„ xoravel do povo, continuamos a denunciar-lhe as repellentes tortu- ras do Orfanato, chamando-os: Estupradoros, martyrizadores e assassinos !... Em Porto Alegre quem desejar assignar a Lanterna, dirija-se a Pythagoras, La- deira, 6o, ou a Poolydoro Santos, na Es- cola Klysen Reclus. Encontra -se a venda na Mensageira Cen irai, á rua Bragança. sada eque é autor desse grandio so 'eito sagrado o la migrado pa- dre Leonardo Gioiele, felizardo di- rector da rendosa taberna de Bra- gança. O pantafaçndo roupeta, arvorado em um dos manda-chuvas do logar, sentindo-se ofiendido na sua pudi cicia de membro da seita dos vir- gens e " puros e mottendo-se 'nas vestes de D. Quixote, em minia- tura, contratou om drs. Asprino íunipr e Vicente Guilherme para nos pôr na cadeia. E' realmente um grande consolo para os porcos coroados ver os an- ticlericaes na prisão, que não os podem assar vivos, como faziam nos tempos, para elles saudosos, da Inquisição. O pândego do Gioiele quiz ter a primazia em nos chamar aos tri- buuaes, certo de quo esse acto he- roico o elevará eni]breve ao bispado de Nossa Senhora do Pica-páu . .. Com esse abençoado intuito, o ho- inem da jaboticabeira fez-nos che- gar ás mãos a seguinte CON TRA Exmo. Sr. Dr. Juiz de Direito da 3." vara criou- nal. Diz o Padre Leonardo Gioiele, residente em Bragança, que, tendo ap parecido no jornal «A Lanterna», n 62, anno X, um artigo, assignado por Joseph Jou- bert, sob a epigraphe «Em Bra- gança», contendo graves injurias contra o suppte., como melhor se verá do mesmo artigo, que tarjado a esta junto, quer o suppte. chama1- á responsabiliza- de o seu auntor; por isso vem requerer a V. Exia. se digne man- dar intimar o cidadão Edgard Leuenroth, editor do mesmo jor» nal, para, na l.a audiência deste juizo, vir exhibir o autographo cio artigo mencionado, sob pena de, não o apresentando ou não es- tando legal, ser havido elle editor por único responsável e correr com elle o processo. P. deferi- mento. E. R. M. S. Paulo, 24 de Dezembro, 1910. Os advoga- dos e procuradores, Nicolau As- prino Junior. Vicente Guilhcr.me. (Estava uma estampilha estadual de duzentos réis, devidamente que para aqui bem e fielmente transcrevi, do que dou fé. S. Paulo, 31 de Dezembro de 1910, Eu, Mario Alvares Cabral, escri- vão interino, o escrevi. Cumo vêem os leitores, é coisa resolvida : teremos quo ir, por ai- gum tempo, purgar os nossos pec- cados 110 calabouço. E isso porque? Porque tivemos a ousadia de of-' fender a castidade do malandro explorador da imbecilidade dos po- bres de espirito quo pelo nome de Leonardo Gioiele. Levamos o nosso atrevimento ao ponto dc dizer que o padre Leo- nardo foi surprehendido no quintal de uma familia, ao de unia ja- boticabeira, á espera de administrar a sua bondade a certa mulher ca- sada; e pela mesma bondado esse bandido tonsurado saltou uma ja- nella de certa casinha, que de de medo do marido achal-o perdeu até o chapéo na rua ; e sempro pola mesma bondade que esse monstro travou uma luta de pugi- lato dentro da matriz, com um seu collega, impellidos por uma violeu- ta paixão de ciúme por outra ca- sadinha da rua do Commercio; ó a mesma bondade que concorre para fecundar as íreiras da Santa Casa, para povoar o solo, etc, etc. Taes coisas não disséssemos ! A' fogueira, á forca ! gritavam os asseclas de d. Leonardo. E im- mediatamente reuniram-se em con ciliabulo os coriíeus da dominação local. Foi 110 dia 18. Data gloriosa! As paginas da historia hão de re- colhel-a para orgulho da humana espécie ! Aborta a magna reunião, fala em primeiro logar, grave como um Kaiser, o graúdojmór, que lembra a conveniência de ser executado o autor 'da correspondência maldita. Falam outros Senhores Feudaes, opinando pela expulsão immediata da cidade do herético correspon dente. Mas a maioria íoi mais be- nigna. Entendeu que, andando agora o diabo ás soltai, não é mais possi- vel livrar de maneira rigorosa a sociedade desses rabiscadoi'68 que cação elevada, e por isso deliberou processar-nos. E a pátria estava salva, quere- mos dizer: o padre Leonardo não perdeu o chapéo ao fugir saltando uma janella; não esteve debaixo ida jaboticabeira a confessar sagra- damente uma senhora que nãó era casada ; não andou aos socos deu- tro da igreja; não está apaixonado por uma senhora casada, e não confessa as freiras da Santa Casa. etc. Está o nosso Leonardo são e puro como se tivesse tomado um banho na pia sagrada... 1 \j]_^*S_i3_Pr Bajina ao monturo Buenos Aires, 28 O padre dr. Calentano, abandonando o sa- cerdocio, escreveu ao arcebispo uma carta violenta atacando o catholicismo romano. Mais um para o rol dos ho- meus conscientes. Pêsames á Igre- ja de Roma. inutilizada). Esta petição rece-1 não respeitam a gente de collo- * * Estamos assim a braços com um processo, que cora certeza nos va- lera alguns mezes de cadeia. Que importa isso ? Quando an- dam por ahi, em liberdado, os la- drões dos dinheiros do povo, os estupradoros de indefesas crianças, os corruptores da tamilia, os- as- sassinos covardes, como os ha na própria Bragança, quando todos os bandidos têm o dominio da politi- ca, não é de estranhar-se que os homens honestos, os que vivera do trabalho, os que lutam pela mora- lidade dos costumes sejam metti- dos na prisão. Um homem honesto, que não teme o exame de seus actos, nunca desce até á covardia de processar quem em publico lhe faz uraa ac- cusação. Porquo o padre Leonardo não desmente as accusações dc Joseph Jubert f Porque não prova a sua falsidade ? O ladrão provado tambem pôde processar seu aceusador por inju- ria. Com uma sentença de alguns mezes de prisão julgam esses ban- dalhos acovardados pelos seus pro- prios crimes que podem fazer ces- sar a voz da imprensa livre. E' o que pretende fazer o suines- co padre Leonardo. Histrião desavergonhado ! Ire- mos para a prisão e tu continua- rás a explorar os pobres de espi- rito, a quem arrancas o produeto de um trabalho insano e que lhes serviria para o sustento de suas familias. Sim, contiuuarás a explorar os ingênuos, mas não julgues que nos calaremos, que nos arrecoaremos com processos e condemnaçSes. As tuas bandalheiras, como as de todos da tua espécie, hão de continuar a apparecer aqui, em letras de fôrma, transformadas em afiado bisturi, rasgando sempre to- das as pústulas sociae.1. Nem as balas que assassinaram Juatiniano Cunha nos farão re- cuar. Havemos de gritar sempre : para traz, tartufo ! Os padres e as saias «A igreja acaba de fulminar com a sua condemnação a ultima moda para as saias da.s senhoras. O.s prelados italianos, em pas- toral enviada a todos os parochos e vigários das suas freguezias, depois de varias considerações desfavoráveis á modernissima fór- ma da toilette feminina, recom- mendam que «os con fessores de- vem recusar a absolvição a todas as senhoras e senhoritas que usa- rem «robes en travées». Exactamente as saias que de- fendemos. Ah I bandalhos I Per- seguirem e anathe matizarem a saia hygienica, pois não levanta pó, e pudica, impedindo que o vento indiscreto a sacuda e a soerga com grande embaraço de suas damas gentis I ?????»????»?????»»»*'»? CAUTERIOS IV VA' P'RA DEUS ! Quando quer iim jesuíta D'algum freofüez dar cabo, Furiosamente grita : Vá, perro, p'ro Diabo I Mas nós que amamos Satanaz e odiámos O tyranno dos crentes, Se acaso ao Diabo algum villão mandamos, Somos incongruentes. Satanaz é o Amor, a Rebeldia, O condemnado, o pobre: Deus é o Dogma, o Inferno, a Tyrannia, O sacerdote, o nobre. Fique, pois, assentado doravante, Entre impios e atheus, Não se mandar ao Diabo um petulante : Envia-se-lhe a Deus. E estreio a nova formula mandando A Deus o revisor, Que dois gatos deixou sahir miando No catiterio anterior. Regadeira é o nariz de que és pingente, B/eijeiro és tu, meu grande negligente... BEATO DA SILVA. i 1

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•-.Ali"-ores Salvacb r MoyaR'. Alfredo maia 3-N«5 ta

S. PAULO (Brazil) Safefoado, 7 de janeiro de 19H ANNU A luuiunu O 5

Redaeçlo, Administração a Officinas

Largo da Sé n. 5 (Sobrado)

CAIXA POSTAL, 195

Endereço teiegraphico: LUTERANA"

Toda a correspondência deve ser dirigida a

WÈêC'*' ?^âw

A. pparece aos sabbados

PREÇOS DK ÂSSIGNATURAS

ANNO I0$000

SEMESTRE 6$OOo

P A GA M ENTO ADIANTA DO

FOLI-IA ANTI-CLÍiRíCAL DE COMBATENo preço do âssignaturas para o exte-

rior lia a differença de porte do Correio

BE^CnuaKA.' **M .>-<-'. rvtí *.*. », .-+)*; < vnw.

1 IIImii—iiMfWTuririrrinrr '¦""'---"-—-¦—

Orfanato sinistro — Uniaíista trágica

Assassinatos, defloramentos, estupros, espan-çamentos, maus tratos, etc.

Recapitulnndo summaviamente asaccusações feitas pela Lanterna

JOSE' ADEMAR DE FARIA,morador á rua da Gloria -fugido

contra os padres do Orfanato Chris- do Orfanato em conseqüência de

tovam Colombo, juntamos abaixo, jmau

tratos, tendo o corpo cheio

muna lista negra como as suas i de se vicias e n alma cheia deter-

vestes e a sua alma, todos os cri- vor.

mes de qne tivemos conhecimentoe de que silo autores os repallen-tes estabulados do sinistro abrigodo Ypiranga.

A todos os homens de espiritolivre, a todos que nüo têm a ce-rebro embotado pelos preconceitosda clericanalha cabe a divulgaçãoem todos os meios desta lista decrimes commettidos contra pobresorfáozinhos fracos e indefesos.

E' preciso que todas as maistenham delia conhecimento parapoderem odiar com o mesmo ardorcom que amam os seus filhinliosos infames que exploram e marty-mam a infância desamparada.

Estamos certos que por todas aslocalidades serfto espalhados bole-tins reproduzindo esta valiosa de-inonstraçao da justiça da causa

qne defendemos, da grandiosidadeda luta encetada contra o torrivel

polvo negro que, com a protecçãoescandalosa dos governantes,* vaiestendendo os seus tentáculos portodos os, recantos deste grandepaiz, procurando suhmette-lo in-teiramente ao seu jugo corruptor.

Mas nós havemos de esmagaresse monstro atirando aos quatroventos a noticia dos seus horroro-sos crimes, arredando-os assim doconvívio da gente honesta.

E para que não se diga que hvzemos accusações vagas, sem fun-damento algum, continuamos ainsistir nas accusações que temos(eito ao uefa3to Orfanato Christo-vam Colombo, indicando ao publi-co as suas victimasj que são:

IDALINA DE OLIVEIRA, or-

fã, de dez annos, natural de Be-

bedouro — estuprada pelo padreSteíani e assassinada com pancadasde pá na cabeça pelo padre Paus-

Consoni, director do Orfanato, na

oceasião em que a infeliz criançatentava fugir daquelle antro.

GIÜSBPPINA DE TAL, de qua-torze annos, estuprada por ter ten-

tado chamar por soccorro dentro

do quarto de banho da secção fe-

minina do Orfanato, na Villa Pru-

dente, sendo autor do crime o

mesmo padre Faustino, que se diz

virgem e puro. America Ferraresi,ex-alumna daquelle bordelesco re-

fugio, VIU; essa menina- morta, no

banheiro, Òbm o rosto tumefacto e

roxo.

ARCANGELO LANDUCCI, li-

lho de Cezar Landucci—estupradoe contaminado horrivelmente no

Orfanato, enlouquecendo em conse-

quencia deste acto de caridade dos

padres.ALFREDO BELCHI, filho de

Carlos Belchi, professor da Escola

Josué Carducci, de Jurema — opi-

leptico devido a pauladas recebi-

das na cabeça, vibradas por um

padre do humanitário Orfanato.

ELVIRA (VULGO VEADINHA)— filha do antigo leiteiro do Or-fanato, estuprada pelo sempre vir-

gem padre Faustino, em um ca-

pinzal, qnando tinha dezeseis an-nos de idade e hoje prostituída.

DOMINGOS EGYDIO, residenteá rua General Carneiro, 45, denovo fugido do sagrado abrigo etransportado para a cidade pelo

sr. Antônio Rocchetto. Conta, a-terrorizado, os maus tratos de po-bres que são victimas os asylados.Mostrava na cabeça uma largaecchymose'produzida por uma pan-cada que lhe vibrou um padre dosinistro Orfanato.

Ha .tambem uma outra victima,de quom não podemos publicar onome. A infefiz contou a seu noivo

que, ha seis annos, íoi estuprada

por um padre do Orfanato.Avaliando só agora toda a infa-

mia softrida e sabendo seu corpoconspurcado pelo contacto asque-roso do padre infame, quiz serleal a seu noivo e tudo lhe nar-rou.

ROSA DE TAL, deflorada noOrfanato, que por isso foi abando-nada pelo seu companheiro.

Existem ainda muitas outrasvictimas, que por uma forte redede conveniências nos impedem deas incluir aqui.

Por isso, só podemos nos oecupardellas sem lhes citar os nomes, o

que, entretanto, será feito se os

padres tiverem a ousadia de nos

processar.Dentre ellas podemos destacar

as seguintes :•

Um menino, residente no Ypi-ranga, victima de uma tentativade estupro por parto do um padredo Orfanato.

Uma moça até ha pouco tempoempregada na fabrica de tecidosWariangela, estuprada por um pa-dre do Orfanato.

Uma outra moça, hoje casada,tamb :iu deflorada por um padredo covil do Ypiranga.

Dois meninos, um morador nobairro do Braz, e outro que até ha

pouco toi musico da banda do Or-lanato, foram tambem victimas dabestialidade dos padres daquellecoio.

Diante de indicações tão preci-sas, que faz a autoridade encarre-

gada do inquérito aberto para ave-riguar da procedência da3 nossasaccusações ? Que tem feitj o dr.Pinheiro e Prado durante os doismeze3 já transcorridos ?

Quasi nada, ou melhor — coisaalguma. As deligencias serviramsomente para favorecer os crimiuo-sos, que tiveram todo o tempo ne-cessario para arredar provas valio-sas de sua culpabilidade.

Entretanto, nós, que deposita-moa mais confiança po tribunal da

opinião publica, no julgamento íne

lanterna /VlagicaA mansidão catholica

Madrid, 3 — Referem de Pon-tevedra que o funecionario daInstrucção Publica, catholico fa-natico, de nome Luiz Janez, ma-tou, com um tiro de revólvet, oion amigo Olimaino Majueira,ivre-pensador, isso depois de ter

commungado e assistido a tresmissas.

O facto acima vem contrariarplenissimamente o grande absurdotantas e tantas vezes martellado.jelos religiosos e outras tantasvezes refutado por nós : que nãoexiste mrral sem religião. Masbellissima moral essa religiosa !Santo procedimento o desse fana-tico que assassina um amigo, pelomotivo de ser este irreligioso,tendo ido antes receber a absol-vi ção das mãos do seu confessor!

Tivemos não ha inuito um factoidêntico : a condessa Tarnowska,a celeberrima mundana russa, fa-zendo jurar ao pobre Naumow,numa igreja e sobre um altar daVirgem, que a alliviaria da pe-sada carga do marido. E basta,para não nos estendermos em ci-tações desnecessárias.

Registemos mais esse facto queinuito vem em abono da tão ce-lebrada mansuetude catholica.

Maidicta "lanterna" !

As prsezas do paere Leonardo — "A Lan»terna" processada j Não nos arrecea-mos desses arreganhos.

Pelo nosso numero passado, OS I beu o seguinte despacho: A.,leitores já tiveram 11 noticia :1o que. sim. S. Paulo, 24 Dezembro 1910.A Lanterna, o eterno fantasma do A. Mello. — Nada mais se conti-exercito negro, está .sendo proces- nha em dita petição e despacho,_._.!_ _..-''.< „.._._... ,1 , ,.!:„ „..: _ r.,l.„.„t„

xoravel do povo, continuamos a

denunciar-lhe as repellentes tortu-

ras do Orfanato, chamando-os:— Estupradoros, martyrizadores

e assassinos !...

Em Porto Alegre quem desejar assignara Lanterna, dirija-se a Pythagoras, La-

deira, 6o, ou a Poolydoro Santos, na Es-

cola Klysen Reclus.Encontra -se a venda na Mensageira Cen

irai, á rua Bragança.

sada eque é autor desse grandioso 'eito sagrado o la migrado pa-dre Leonardo Gioiele, felizardo di-rector da rendosa taberna de Bra-gança.

O pantafaçndo roupeta, arvoradoem um dos manda-chuvas do logar,sentindo-se ofiendido na sua pudicicia de membro da seita dos vir-gens e "

puros e mottendo-se 'nas

vestes de D. Quixote, em minia-tura, contratou om drs. Asprinoíunipr e Vicente Guilherme para

nos pôr na cadeia.E' realmente um grande consolo

para os porcos coroados ver os an-ticlericaes na prisão, já que não ospodem assar vivos, como faziamnos tempos, para elles saudosos, daInquisição.

O pândego do Gioiele quiz ter aprimazia em nos chamar aos tri-buuaes, certo de quo esse acto he-roico o elevará eni]breve ao bispadode Nossa Senhora do Pica-páu . ..Com esse abençoado intuito, o ho-inem da jaboticabeira fez-nos che-gar ás mãos a seguinte

CON TRA FÉ — Exmo. Sr. Dr.Juiz de Direito da 3." vara criou-nal. — Diz o Padre LeonardoGioiele, residente em Bragança,que, tendo ap parecido no jornal«A Lanterna», n 62, anno X, umartigo, assignado por Joseph Jou-bert, sob a epigraphe «Em Bra-gança», contendo graves injuriascontra o suppte., como melhorse verá do mesmo artigo, quetarjado a esta junto, quer osuppte. chama1- á responsabiliza-de o seu auntor; por isso vemrequerer a V. Exia. se digne man-dar intimar o cidadão EdgardLeuenroth, editor do mesmo jor»nal, para, na l.a audiência destejuizo, vir exhibir o autographo cioartigo mencionado, sob pena de,não o apresentando ou não es-tando legal, ser havido elle editorpor único responsável e corrercom elle o processo. P. deferi-mento. E. R. M. S. Paulo, 24de Dezembro, 1910. Os advoga-dos e procuradores, Nicolau As-prino Junior. Vicente Guilhcr.me.(Estava uma estampilha estadualde duzentos réis, devidamente

que para aqui bem e fielmentetranscrevi, do que dou fé. S.Paulo, 31 de Dezembro de 1910,Eu, Mario Alvares Cabral, escri-vão interino, o escrevi.

Cumo vêem os leitores, é coisaresolvida : teremos quo ir, por ai-gum tempo, purgar os nossos pec-cados 110 calabouço. E isso porque?Porque tivemos a ousadia de of-'fender a castidade do malandroexplorador da imbecilidade dos po-bres de espirito quo dá pelo nomede Leonardo Gioiele.

Levamos o nosso atrevimento aoponto dc dizer que o padre Leo-nardo foi surprehendido no quintalde uma familia, ao pé de unia ja-boticabeira, á espera de administrara sua bondade a certa mulher ca-sada; e pela mesma bondado essebandido tonsurado saltou uma ja-nella de certa casinha, que dede medo do marido achal-o perdeuaté o chapéo na rua ; e sempropola mesma bondade que essemonstro travou uma luta de pugi-lato dentro da matriz, com um seucollega, impellidos por uma violeu-ta paixão de ciúme por outra ca-sadinha da rua do Commercio; óa mesma bondade que concorrepara fecundar as íreiras da SantaCasa, para povoar o solo, etc, etc.

Taes coisas não disséssemos !A' fogueira, á forca ! gritavam

os asseclas de d. Leonardo. E im-mediatamente reuniram-se em conciliabulo os coriíeus da dominaçãolocal.

Foi 110 dia 18. Data gloriosa!As paginas da historia hão de re-colhel-a para orgulho da humanaespécie !

Aborta a magna reunião, falaem primeiro logar, grave como umKaiser, o graúdojmór, que lembraa conveniência de ser executado oautor 'da correspondência maldita.Falam outros Senhores Feudaes,opinando pela expulsão immediatada cidade do herético correspondente. Mas a maioria íoi mais be-nigna.

Entendeu que, andando agora odiabo ás soltai, não é mais possi-vel livrar de maneira rigorosa asociedade desses rabiscadoi'68 que

cação elevada, e por isso deliberouprocessar-nos.

E a pátria estava salva, quere-mos dizer: o padre Leonardo nãoperdeu o chapéo ao fugir saltandouma janella; não esteve debaixo

ida jaboticabeira a confessar sagra-damente uma senhora que nãó eracasada ; não andou aos socos deu-tro da igreja; não está apaixonadopor uma senhora casada, e nãoconfessa as freiras da Santa Casa.etc. Está o nosso Leonardo são epuro como se tivesse tomado umbanho na pia sagrada...

1 \j]_^*S_i3_Pr

Bajina ao monturoBuenos Aires, 28 — O padre

dr. Calentano, abandonando o sa-cerdocio, escreveu ao arcebispouma carta violenta atacando ocatholicismo romano.

Mais um para o rol dos ho-meus conscientes. Pêsames á Igre-ja de Roma.

inutilizada). — Esta petição rece-1 não respeitam a gente de collo-

* *

Estamos assim a braços com umprocesso, que cora certeza nos va-lera alguns mezes de cadeia.

Que importa isso ? Quando an-dam por ahi, em liberdado, os la-drões dos dinheiros do povo, osestupradoros de indefesas crianças,os corruptores da tamilia, os- as-sassinos covardes, como os ha naprópria Bragança, quando todos osbandidos têm o dominio da politi-ca, não é de estranhar-se que oshomens honestos, os que vivera dotrabalho, os que lutam pela mora-lidade dos costumes sejam metti-dos na prisão.

Um homem honesto, que nãoteme o exame de seus actos, nuncadesce até á covardia de processarquem em publico lhe faz uraa ac-cusação.

Porquo o padre Leonardo nãodesmente as accusações dc JosephJubert f Porque não prova a suafalsidade ?

O ladrão provado tambem pôdeprocessar seu aceusador por inju-ria.

Com uma sentença de algunsmezes de prisão julgam esses ban-dalhos acovardados pelos seus pro-prios crimes que podem fazer ces-sar a voz da imprensa livre.

E' o que pretende fazer o suines-co padre Leonardo.

Histrião desavergonhado ! Ire-mos para a prisão e tu continua-rás a explorar os pobres de espi-rito, a quem arrancas o produetode um trabalho insano e que lhesserviria para o sustento de suasfamilias.

Sim, contiuuarás a explorar osingênuos, mas não julgues que noscalaremos, que nos arrecoaremoscom processos e condemnaçSes.

As tuas bandalheiras, como asde todos da tua espécie, hão decontinuar a apparecer aqui, emletras de fôrma, transformadas emafiado bisturi, rasgando sempre to-das as pústulas sociae.1.

Nem as balas que assassinaramJuatiniano Cunha nos farão re-cuar.

Havemos de gritar sempre : paratraz, tartufo !

Os padres e as saias«A igreja acaba de fulminar

com a sua condemnação a ultimamoda para as saias da.s senhoras.

O.s prelados italianos, em pas-toral enviada a todos os parochose vigários das suas freguezias,depois de varias consideraçõesdesfavoráveis á modernissima fór-ma da toilette feminina, recom-mendam que «os con fessores de-vem recusar a absolvição a todasas senhoras e senhoritas que usa-rem «robes en travées».

Exactamente as saias que de-fendemos. Ah I bandalhos I Per-seguirem e anathe matizarem asaia hygienica, pois não levantapó, e pudica, impedindo que ovento indiscreto a sacuda e asoerga com grande embaraço desuas damas gentis I

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CAUTERIOSIV

VA' P'RA DEUS !

Quando quer iim jesuítaD'algum freofüez dar cabo,Furiosamente grita :Vá, perro, p'ro Diabo I

Mas nós que amamos Satanaz e odiámosO tyranno dos crentes,

Se acaso ao Diabo algum villão mandamos,Somos incongruentes.

Satanaz é o Amor, a Rebeldia,O condemnado, o pobre:

Deus é o Dogma, o Inferno, a Tyrannia,O sacerdote, o nobre.

Fique, pois, assentado doravante,Entre impios e atheus,

Não se mandar ao Diabo um petulante :Envia-se-lhe a Deus.

E estreio a nova formula mandandoA Deus o revisor,

Que dois gatos deixou sahir miandoNo catiterio anterior.

Regadeira é o nariz de que és pingente,B/eijeiro és tu, meu grande negligente...

BEATO DA SILVA.

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. .¦¦¦ ¦ -

í* LANTERNA

E' tão graciosa, tão up to date-a saia entiavee que, decerto, me-receria as iras da igreja. E' mo-dema. E o modernismo o padresó admitte e tolera em sua peipetua, que lhe prepara os pitéose a cama...

Continuem, demoisetíes, a usara saia entravée e mandem á tabúa o confessionário immoral eantihygienico,

f (&X±-^. "

Porque 1!Os frades dum convento de

Lisboa, para que o seu coio nâofosse devassado pela justiça repu-blicana, arvoraram a bandeira daprotestante Inglaterra.

Porque não içaram a bandeirado Vaticano ?!...

"**-,

A 1.*Contradictas ao padre Gaffre

conferercia dodr. Coelho Lisboa

Que horror 8...Grandes desgraças nos esperam,

senão vejamos I«Roma, 16 —Os jornaes asse-

guram que o Vaticano, despeita-do pelos grandiosos preparativosque se estão fazendo para feste-jar • o cincoentenario da unidadeilaliana, ordenou a todas as dioçêses do mundo catholico, emsignal de protesto, que suspendampara 1911 todas as peregrinaçõesque os fieis costumam fazer aRoma.»

Sem as peregrinações o obulode S. Pedro diminue e sem eUeo que será do nosso pobre Sarto !

Infelizmente não é só esse ca-taclismo que nos ameaça, ha ain-da coisa mais grave, annunciadapor este maldito telegramma:

«ROMA, 19—São esperadasimportantes resoluções do papa, apropósito dos últimos incidentes11a vida religiosa das nações ca-tholicas.

Ânnuncia-se que, no próximomez de março, o papa Pio X pu»blicará uma encyclica sobre a«perda d - poder temporal».

Importantes resoluções* do Va-ticano !

Que de infehcidades não nosestarão reservadas, ó S. Faustino !

E para augmentar a nossa an-guslia fala-nos assim terrivelmenteo telegrapho :

«Roma, 15 — O coronel Re-pon d. CAmmandante dos süissospontifícios, visitou- hoje o secre-tario de Estado do Vaticano, car-deal Merry dei Vai, que passouem revista os suissos, cuja bandaexecutou o hymno da Santa Sé.>

O exercito papalino etn forma-tura, Merry dei Vai passando-oem revista, o hymno da SantaSé... Mau, mau !...

Vai mesmo tudo raso...

Democracia, em suaessência e origem, nãoè fruto da Igreja Ca-tholica.

Realizou-se, no palácio Monroe,,a primeira das conferências qtio odr. Coelho Lisboa se propoz fazer,ern contradicta ao padre Gaffre,actualmente entre nós, refutandoas conferências dt* Clemenceau.

A concorrência que teve a suaprimeira conferência foi extraor-dinaria, a ella comparecendo opresidente da Republica ; o mi-nistro da Viação ; deputados, se-nadores, intendentes, altas paten-tes do exercito e da armada, ma-gistrados, acadêmicos e muitassenhoras e cavalheiros.

O dr Lopes Trovão, depois dedirigir-se ao auditório, declarouachar-se bem naquelle momento,porque ia dar a palavra ao velhorepublicano Coelho Lisboa, quesempre se encontrou entre os ve-lhos combatentes, salientando-senos combates tribunicios.

Todas as religiões são boas,porque todas ellas influíram gran-demente no progresso da hutma-nidade e hoje actuam ainda, mascomo corpos estranhos, no orga-nismo social, para trazer consolonos momentos anormaes. Quemse dirige agora a um auditório éum atheu. Não tem necessidadede Deus para ser honesto, paraser virtuoso. Perdeu o corpo dareligião, mas conserva a alma.que é a moral, que dá força, quedá vigor, que nos conduz aobem. Ò dr. Coelho Lisboa, a quempassa a conceder a palavra, nãovai dar combate ao clero : vaifalar em nome da Historia e emfavor de uma causa que devepermanecer intacta na alma drspovos, porque é a verdade.

Sentando se o dr. Lopes Tro-vão, sob demorada salva de pai-mas, levantou-se o dr. CoelhoLisboa.

Não vem falar á aristocraciaintellectüal de sua pátria. Essanão precisa de sua palavra, massim ao povo, elemento de trabalho, consciência humana e coinresponsabi idades sociaes.

A França, civilizadora oceiden-tal, herdeira poderosa de tod?. afortuna civilizadora da velha Gre-cia, sua representante nos temposde hoje, como etapa do progressosocial ; a F'rança, mãi intellectüaldo Brasil, e que preparou o espi-rito dessa pátria, que fez suaemancipação politica, dando umexemplo grandioso ao mundo porr .1 ¦¦:•__•„ r.„.y,v-,\ Ac

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II

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Fecho alegreUm sacerdote muito crente de

Jehovah, mas ainda mais do deusCobre, a poderosa força «quemove o mundo e os outros pia-netas», conseguindo uma parochiamais rendosa do .pie aquella emque catava, proferiu, á hora damissa, este magno discurso dedespedida, digno da eloqüênciaarrebatante dum Vieira ou' dumLacordaire :

«Meus irmãos, nossa separaçãonâo será penosa por tres moti-vos: primeiro, você.-; não mequerem ; segundo, vocês não sequerem uns aos outros; lerceiro,o Senhor nao quer a vocês.

Se vocês me quizessem, ter-ine-iam pago os meus serviços dosdois annos últimos ; se vocês sequizessem uns aos outros, eu te-ria mais casamentos a celebrar;se Deus quizesse a vocês, chama-ria a si maior numero de almase eu arranjaria maior numero demissas».

0 presente numeroPomos forçados a compilar este

numero ás pressas para poder serimpresso com um dia de antece-dencia, pois sexta-feira íoi dia san-tifleado e a ofticina onde é impres-sa a nossa lolha não luiiccioiiou.

Por essa razão deixamos de foraalguma materia, é entre ella o ar-tigo sobre A Lanterna diária.

banalidades ditas em bello estyloe bom francez.

Procurou nos resumos de suasconferências a these para a que

I vem fazendo e com difficuldade! encontrou assumpto que para issoi servisse, porque, o padre Gaffrei disse phrases bonitas, mas não! desenvolveu idéias.

L'abbée Gaffre falou julgandoque se dirigia a uma aristocracia,vestígios da monarchia caída. Ima-

ginou mal. A aristocracia a quese dirigiu não passa de uma aris-tocracia, mas catholica, constitui-da por conselheiros, barões ecommendadores do velho Portii

gal e de meia dúzia de moçosfilhos desses nobres. Elles não

precisavam do padre Gaffre.A sua conferência devia ser

feita nos sertões, levando a luz aespíritos apagados. Mas o padreGaffre não entendeu assim e /eiufalar na capital do Brasil, dizen-do-nos que a democracia teve oseu berço no presepe. Ignorânciaou mystificação f Como ignorância,é lamentável; como mystificação,é um crime.

Lembra-se de Tobias Barreto.O seu velho mestre, falando depadres, descobriu um dia a phi-losophia do peru. Traça-se umcirculo e elle não se move. Paraos padres o circulo é a escolas-tica. Delia nào saem, delia nãose afastam. E é por isso que opadre Gaffre não lê todas essasobras que desde o século XI sevêm annunciando.

Entra em seguida o orador noestudo da civilização grega. Falada decadência da detnocr-.cia naGrécia, levantada por Pendes,que, surgido (U) povo, bateu-secom os chefes da aristocraciapara levantar Athenas á demo-cracia. Pericles, que transformouAthenas, tendo como inspiradoraa bella Aspasia, fe-la renascercomo a Phenix ao influxo da de-mocracia.

Christo, o bom, o grande phi-losopho, o reformador social, sur-giu da democracia, é fiHito.*d-ademocracia. A democracia, em suaessência e origem, não é fruto daTgreja. Essa sim, é sua filha.

Pedro, o mais devotado dosdiscípulos, o mais valente, o maisperfeito — salvo ao cantar dogallo — foi o encarregado do le-vantamento da Igreja. Igreja, não.Christo mandou que elle cous-truisse o templo. Mas a deturpa-ção da phrase, diz-nos Igreja.Elle não mandou construir umaassemblêa, mas sim um templo.

Fez em seguida um históricodas diversas religiões, dissertandolongamente sobre o principio dobem e do mal, a grande luta quese travou desde o patriarchadoate aos nossos dias.

A civilização helenica foi emseguida estudada pelo orador.

A quantos séculos está a retardar o progresso a Igreja i Asgrandes descobertas da humani-dade foram por ella combatidas.Copernico só publicou sua obraquando estava ás portas da mor-te, tal o temor que tinha dashostes da Igreja. Galileu, porqueteve a ousadia de discutir o as-sumpto, passou pela humilhaçãodo Santo Officio. E então, á faceda humanidade, ergueu a suaphrase de protesto que aindahoje vibra — «e, comtudo, a terrase move.» —Não parou ahi aIgreja. Ella foi além, perseguiu eperseguiu sempre.

Capeto, que subiu os degráosdo throno de França pelo arlulte-rio da rainha e pela morte con-demnavel de Carlos, o Fraco, eraabbade. Philippe 1 e Carlos VIeram abbades. Abbades eram os

mulher que fosse digna. O queelle encontrou foi o tigre, foi ahyena, foi a pantheta.

Não fará o estudo dos grandesphilosophos gregos, como Pytha-goras e Epiceno que trataram doCosmos, que nns disseram dopautheismo e ila deusa da Razão.Não trataiá ria segunda etapa dasua civilização.

A democracia lem sua esplendida victoria no presepe. Esplendida victoria da democracia, quefez surgir ilo seio do operário,da casa do carpinteiro, o espiritopoderoso que transformou por suapalavra, que triumphou por suabondade, pela sua justiça de jul-gamento, e, mais do que isso,pela magnitude evangélica comque soffreu o seu martyrio.

Jesus, filho de operado, e

pi ri to dover-

sua capital — Paris —- capita! doinundo, pátria fecunda dos trium-

phadores de 1879, remelte a nós,de vez em quando, homens illustres,

Montem, foi Clemenceau quemveiu lançar suas idéias, idéias quenão eram novidade para nós. Jáas conhecíamos. Quando íamosouvir o verbo autorizado e in-flammado do velho estadista fran-cez, nos deliciávamos só com a

grandeza de sua palavra autori-zada. Antes, porém, de Clémen-ceau nos falar da Igreja, já co-nheciamos de sobejo o seu pro-gresso, a sua influencia na civi-lização.

Recorda, então, o dr. CoelhoLisboa alguns artigos que publi-cara ha tempos e que com prazervira reproduzidos em muitos deseus tropos.

Entra, em seguida, na partehistórica de sua conferência, quefoi lungá e b ilhante.

Os catholicos, de perseguidosque foram durante tres séculos,

quando criavam essa religião,transformaram-se em perseguido-res. Entraram em Roma, e, como j filhos mais moços dos fidalgos deinfluíram na victoria de Constan-tino, quizeram dominar. Elle, po-rém, os desprezou.

A inveja c que foi a creadorada Igreja Catholica. Sim, foi ainveja do fausto, da grandeza, do

poder.Igreja f Que é igreja ? Assem-

bléa popular, assemblêa politica,assemblêa universal, tal qual é.

Pela mystificação, pelo fausto,pela inveja, pela intriga, a Igrejadominou o governo, dominou aespada, tramando contra os pro-gressos sociaes, opprimindo opovo alé travar-se a luta ca-tholica.

L'abbée Gaffre, seguindo aspegadas de Clemenceau, tem apresumpção de apagar toda a'orça synthetica da palavra elo

França, que, se não tinham abbadia, a representavam na nação.

Clero, nobreza e povo teve aConvenção. Os abbades deixaramum traço, mas um traço de no-breza ecclesiastica. Os ahbadeseram o clero.

O Christianismo acompanhou oprogresso como o abbade Gaffre,que não acceita a civilização talqual ella é, porque tem a philo-sophia do peru — não pôde sairdo mesmo Iogar.

Para fortificar-se, então, buscouidéias pueris. Não vai longe, ci-tara Noé.

Noé, — não fala do pai da em-briaguez, — quando buscou oc-cupantes para sua arca, não en-controu entre seus parentes umacreancinha que se tornasse digna,

quente do estadista francez, com tuna donzella que fosse pura, uma

frutoda democracia. Se o'padre Gaffreo ignora, elle que o diga ; se onega por perversidade clerical, éum grande criminoso.

As palavras do padre Gaffre.apesar do seu es'ylo, dos seusgestos, de seus dotes de orador,não podem calar no 1povoj porque ellas não sãodades.

Não devemos deixar sair doBrasil, sem uma resposta, o pre-lado francez. Gaffre quiz respon-der a Clemenceau.

Democracia é governo do povopelo povo. Igreja é instituiçãoque tem um papa que é infalli-vel, supremo vigário dc* sua po-litica universal.

A democracia de que nos falaGaffre é um desastre. Em suasorações descobrimos duas demo-cracias: a da Suissa e a de Sa-vanarola.

A democracia suissa, comoobra do catholicismo, é de fazerrir ás crianças de nossas escolas.Quem não sabe que essa demo-cracia é filha da Reforma ? Cal-vino, o espirito grandioso queacompanhou Luthero contra oscrimes do césar papal, foi quema desenvolveu.

Savanarola ! A civilização dcSavanarola I Que importa que oardor de fé fizesse com que pelofogo passassem os crentes e ou-tros perecessem, se hoje se conhecesse que os sacerdotes porelle passavam, levando assim acrença ao povo, porque conhe-ciam o segredo do amiantho f Eesse Savanarola invocado nãò foivictima tambem da Igreja ?

Cita o orador diversos inciden-tes da Assemblêa, em França. Eentre elles, o discurso que fez umabbade, por occasião da revolu-çao, pedindo providencias ao go-verno para tirar o povo da mise-ria e da fome. Mirabcau a esseprelado respondeu dizendo: «Vóssois os monopolizadores da cul-tura, tendes grandes propriedades,muito luxo. Pois bem. Abandonaivossos carros, vossos cavallos evendendo a quarta parte de vossafortuna auxiliareis grandemente o

povo.» E o clero da Assemblêarespondeu que não podia faze-lo,porque estava ali representandoum pequeno numero ! E' a fugaque ainda se conhece. A situaçãodo clero brasileiro soffre entãouma grande analyse pelo orador.

O typo do padre brasileiro éesse que quasi vemos ainda hoje.E' vigário bondoso, esmoler, cheiode meiguice, que faz discípulos eleva a bom caminho, dando oexemplo, levando lenitivo aos affli-ctos.

E esse padre se vê ameaçadopelo padre de pastinha, sadio,forte, que o condemna e o enxo-valha. E' essa a sorte do padrebrasileiro, absorvido por esses ga-fanhotos que aqui abrigam.

Hoje, é o abbade de S. Bentoque exige do governo que- lheentregue a ilha do Governadorou se lhe dê 15 contos mensaesdo aluguel. E, como o mascateitaliano, ante a relutância do mi-nistro, reduz a 5 contos a exi-gencia e reduzi-la-á a 1 conto, a500 mil réis !

Em Portugal a situação que selevantou teve a sua causa justa.E' esse exercito de monges quequer impor, que quer dominar.

O que vimos é o predomínio,é a exigência. Agora não maisapparece por ahi afora o vigáriobrasileiro a realizar casamentos.Apparece o monge bem pentea-do, cheiroso, brunido, que faz umdiscurso em que se mostra co-nhecedor de coisas de amor e vaipara a sala receber as homena-gens dos carolas,

Fala da educação dos conven-tos. Do horror que fazem inspiraraquelles de que necessitam umafigura feminina no interesse denão haver herdeiros. Cita o exem-pio de d. Sebastião. Anarchistasnão são os que jogam dynamite.Anarchistas são os discípulos de

Lycurgo, de Platão, de Ganganele de Jesus. São idealistas quequerem um povo governado pelaconsciência do seu direite. A dy-namite foi collocada nas mãos doanarchista pelos governos queopprimem, que imperam pelasarmas.

Quem era a fera de Monjuich ?Esta fera creava escolas, davainstrucção. Por que o povo serevoltou, por qce os operáriosreagiram contra o rei nino ? Foiporque elles eram atirados á guer-ra, mandados para Marrocos paramatar, deixando seus filhos sempão, seus pais entrevaclos, suasesposas na miséria. Ií emquantopartiam, os padres saiam dos con-ventos, sadios, cheios de vida,de vigor, de felicidade. Ferrerserá glorificado e o rei nino teráo seu fim não muito longe.

E essa gente, que devia terpor armas o rosário e a ernz,ainda agora, quando lhes syndi-cam das armas que guardavam,affirmam que realmente as pos-suiam.

Ningue.-.i mais do que o oradorfez opposição ao governo do sr.Ndo Peçanha, mas approva o seuacto contra os frades estrangeiros.

Pede ao publico que o ouveque applauda a moção que apre-senta ao marechal Hermes, alipresente, pedindo-lhe que syndi-que de como se naturalizaram eo estão fazendo os padres alie-mães.

Uma prolongada salva de pai-mas foi ouvida,

fe

Denuncia gravíssimaReceoemos unia carta infor-

mando-nos de que em Batar.aesestá presa e .incommunicavel, noporão da casa de seus pais, umamoça de distineta familia, e quesahiu ha pouco dum collegio defreiras, naturalmente muito visita-do por padres. Está patente omotivo que levou os pais da infeliz a assim procederem.

Deixamos de publicar a carta,que nos dá o nome da familia damoça e outros pormenores, por-que não conhecemos o seu signa-tario. Vamos syndicar da graveaceusação que, a ser verdade,como nos assegura o nosso in-formante, trará mais uma santi,,dade a aj tintar ao nosso colossalcanhenho de virtudes clericaes.

Jesuítas 1 0 vosso descaro jâultrapassa, chega a tanta baixezaque ides de porta em porta, ras-tejando como o cão que vai fare-jando a caça, para assim poderdestosquiar melhor a paciente massados tolos.

Todas as affirmativas, todas asaceusaçoes que fazemos são relle-xionadas e bem ponderadas ; exem-pios bem frisantes temos tido.

A vossa defeza está sempre eunicamente na calumnia, na men-tira, na hypocrisia, nunca quereislutar a peito descoberto.

Nós nos guiamos sempre pelnrazão, pela verdade, pela justiça, eo vosso guia qual éf 0 povo sen-safo bem o sabe: é a mentira.

R esse vicio que arraigastes nosconventos, nesses antros da cor-rupção, acarreta uma depressãonervosa tã) forte que desequelibraas funeções de todos os órgãos hu-manos. 0 cérebro se torna impo-tente para raciocinar debaixo dovosso dominio.

Os fantásticos absurdos, dumareligião idiotizam os homens mos-trando-lhes era todos os momen-tos, e eni qualquer parte, o sepul-cro, a eternidade, a morte, aze-dando assim a vida por si já cruele cheia de amarguras.

Os sophismas fecundam a enfer-midade, a demência. Vós as fo-mentais pregando o abandono davida, a morte viril, o --ileucio detudo o que é bom e heilo na vida.

Que quereis ? Quereis a igno-rancia, quereis que a humanidadeseja um rebanho de idiotas indo-lentes, um rebanho que se deixeaffectar pelos miasmas das vossaserrôneas doutrinas.

Espalhemos a instrucção, com-batamos o jesuitismo! Só dessamaneira sahirá á luz o rebanhoque está submergido no abysmoda ignorância e da tyrannia, o solda verdade aclarará todas as mentiras que ha séculos pesam sobrea humanidade como nma enormeprancha de chumbo

Anticlericaes 1 Se não queremosser esmagados pelos jesuitas e s,euscomparsas, que são gente endinhei-rada, agrupemo-nos na Liga Anti-clerical Brasileira para nos tornarfortes e darmos o golpe de graçana jesuitada. Se não abrirmos osolhos seremos estrangulados porelles, voltaremos á Edade Media,ficaremos submergidos no abysmoda oppressão para nunca mais le-vantarmos a cabeça.

A's armas, pois, contra a cana-lha jesuitica!...

S'. Paulo, 25— 11 - 910.José Peres Martins.

A obra dos conventos

Estamos fazendo uma larga dis-tribuição da Lanterna, envian-do-a a todas as pessoas que jul-gamos estarem de actor do còm oseu programma.

Consideraremos, portanto, comonossos assignantes todos aquellesque não devolverem o primeironumero recebido.

a£%g^ktQuem diz convento diz pântano.

Sua podridão é evidente, sua es-tagnação malsã, sua fermentação en-ferina os povos e os enerva, suamultiplicação vai-se tornando umaverdadeira praga do Egypto.

Victor Hugo.

Jamais o sêr humano entranesses antros que se chamam con-ventos para ver as resoluções que jtomam os jesuitas. Elles, traba- \lhando na sombra, não querendo! cado na Lanterna de 23 de julhoandar á luz do dia, tem forçosa-,de 1910 com a epjgraphe Beba-mente mysterios tetncos que ao tmAo dií)se que nao queria iniciai.

Ainda rebatendoEm meu artigo anterior, publi-

povo não é dado conhecer.0 convento ! é ali que se for-

jam us crimes mais abomináveis,que se cogita o melhur meio deroubar o rebanho que crê e.nabsurdos como os da religião.

Sim, digo que commettem cri-raes porque tenho razões para di-ze-lo. Nós, os anticlericaes, queponderamos, analysamos e pensa-mos livremente, jamais utlinnamoscoisas que não sejam palpáveis.

A prostituição, a calumnia, amentira, o convento é um meiopratico para a realização de tudoisso. Hão de dizer os fanáticos queexaggeramos, como se não tivesse-mos provas recentes como a doorfanato Christovam Colombo, e ado convento de Santa Isabel, deBarcelona, e em muitos outros lo-gares.

E dizem que as nossas palavrassão chiraeras, e que os conventossão centros de regeneração ! Paraque servem os "conventos ? Parareunir a corja de vagabundos quese chamam jesuitas, para formarirmandades com titulos diversosmas sempre com o mesmo fimperverso, para minar consciências,deturpar o bem, a verdade, forjarnas trevas a mentira, propagar ovicio, para assim ver a huinanida-

polemica, mas visto a resposta dosr. Voltaire, dada na Lanterna de13 de agosto de 1910, com a epi-graphe Combatendo, vejo-me obri*gado a responder, para mostrar-lhe,em poucas linhas, meu modo depensar.

Diz o sr. Voltaire que a familiaque tem por chefe um homemcriterioso, quando vai á igreja,' jásabe de antemão que deve sentar-se nas cadeiras que circumdam opúlpito, e que não pôde approxi-mar-se dos confeasionarios, das sa-cristias, do coro e outros compar-timentos interiores das igrejas ondeé costume praticarem-se as maisnojentas immoralidades, e que umchefe de familia não deve prohibirque seus filhos freqüentem as reu-niões licitas em que se desenvolvauma doutrina qualquer.

Sr. Voltaire, uma vez que esta-mos de accordo quanto ao perigoque lia para a familia, em appro-ximar-se dos logares e comparti-mentos das igrejas supra mencio-nados, tambem concordareis quemelhor será que os entes adoradosque nos foram confiados, para quecom apurado esforço possam pro-gredir na escala espiritual, não seapproxiraem nem mesmo das ca-

• deiras que circumdam o púlpito.de bestializada, para lhe poder Porque o chefe de familia zelosoentrar bom ao fundo da bolsa. ' comraetteria grave falta se con-

A LANTERNA

sentisse que seus filhos fossem auma casa que tivesse uin variolo-so, mesmo que o doente estivesseem outro coinpartimento ; seria pe-rigoso o contagio da doença. Nãoapprovaria tão pouco que um chefede familia autoritariamente qnizesse impor aos seus uma fé ou umadoutrina que elles mal conheces-sem ; mas estou convencido de queelle poderá impor, pela brandura,pela, persuasão e pelo exemplo,qual o caminho melhor a seguir.

E' isto bastante fácil para ascrianças, que têm o espirito dúbio,susceptível de modificações, comoas tenras plantas que tomam aforma que o hábil jardineiro lhesquer dar.

Em tudo quanto disse em meuanterior artigo como no presentenada lia de fanatismo e de intole-rancia, mas sim o desejo de seguircom a correcção possivel a nossadoutrina, que tem por base o en-sinamento de Jesus.

Quer saber quem é o maior ini-migo da nossa doutrina ? E' o es-pinta que, reconhecendo o perigoque corre a honra de suas filhas,deixam-nas freqüentar determinadoslogares no interior das igrejas.

Fique certo que estar sentadonas cadeiias que circiimdam o pul-pito onde um padre bandalho pôdedizer tudo quanto lhe vier á ca-chola, sem que se llie possa con-tradizer, é triste.

Sr. Mestre Voltaire, permitta-me que lhe diga : on espirita sin-eero ou vestido de opa vermelha ecarola, mas tudo sem rebuço.

Para provar lhe que nada existeem mim de fanatismo, mas sim aplena convicção de que devemoscombater severamente taes para-sitas, passo a narrar um Íacto quepassou-se a 18 annos com umacunhada minha, que m'o reveloucom toda franqueza:

Em 1892 havia em S. Roqueum vigário por nome Pedro Gra-vina, que tinha em sua companliiauma senhora que chama se Victo-na, a qual dizia ser sua prima-irmã,, porém era quem llie serviade esposa... Não contente da presaque tinha em suas garras, emagosto do mesmo anuo, aproveitan-do a sahida de sua bella Victoria,quo tinha ido dar uni passeio emuma chácara próxima a cidade,a qual fica na rua do Gtiaianã, osr. reverendo vendo se só com acreada, livre dos olhos de suaama, tenta acariciar a pobre moça,chegando a ponto de... A pobremoça porém, vendo o perigo quea ameaç va, fugiu desesperada, ro-lando por uma escada abaixo, es-

As naçSeà mais dominadas pelojesuitismo são as que seguem avanguarda na luta contra esse hor-rivel mal, como a Hespanha e Por-tugal.

Avante, pois, a passo firme,como o guerreiro destemido.

Credo Negrelli.S. Roque, 27—9—910.

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A reacçao argentinaA sempre ineffavel policia de

S. Paulo, com a sua alta sabe-doria, houve por bem evitar ocomicio com que um punhado dehomens emancipados pretendiaprotestar, no dia i.° de janeiro,contra a infame condemnação deRomanoff e Denunsio, as victimasda reacçao argentina. Não serealizou, pois, o protesto publicoque foi annunciado. Mas mau gra-do de todos os Washington Luizo protesto partiu e parte, — so-lenne, enérgico, terrível, — de to-das as almas livres, de todos oshomens de consciência.

Lancemos em registo mais essaatbitrariedade da policia dumaterra que se vangloria de conce-der, aos seus filhos e aos seushospedes, a mais perfeita das li-berdadcs.

aos bispados e congregações, se- creou a luz, o íirmamento a quejam supprimidas a bem do povo, chamou céo, dividiu as águas, fez

nascer as plantas, r-reou o sol, a

Recebemos desde já as adhe-soes de todo o paiz, que devemvir assignadas por extenso, e. coma declaração do domicilio.

A quota mensal para oceorrerás despesas de secretaria e expe-diente, é voluntária, sendo o min mo 500 réis.

Em todos os logares, onde for

possivel, os nossos correligionáriospoderão estabelecer associaçõescom as bases da Liga Anticleri-cal Brasileira, cuja cooperaçãomoral e material será efficacissimapara a realização do nosso dest-deratutn.

Toda a correspondência, aténovo aviso, para a Liga Anti-clerical Brasileira, caixa postan. 195 — S, Paulo.

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luz e estrellas, peixes, aves, animães terrestres e o homem, tudoisso no espaço de seis dias. Bemsabemos que assim não foi. Mui-tos milhares de annos girou aterra antes que o homem nellaapparecesse, e antes mesmo queneí'a surgissem seres viventes.

Dizem os catholicos hoje que apalavra dia é empregada ahi nãono sentido em que geralmente aempregamos, porém 110 de períodoslongos. Mas... ha sempre um mas...que assim não é, prova-o a leitu-ra da Biblia. Depois de cadacreação termina a Biblia "e datarde e da manhã se fez tal dia."

Assim é, que tratando da crea-ção das estrellas lê-se textualmen-te na Bíblia : "Disse tambem Deus:Façam-se uns luzeiros no firma-mento do céo, que dividam o diae a noite, e sirvam de signaespara mostrar os tempos, os dias ecs annos.

Para que luzara no íirmamentodo céo e alluraiem a terra. Eassim se fez.

Desíolhando a Biblia

.^f^"^-CLiga Anticlerical

BrasileiraDesejando estabelecer or, anti-

clericaes do Brasil, o necessáriovinculo moral para maior proveitoe probabilidade maior de victoriana luta contra a nefasta e dele-teria preponderância do clero navida e nos destinos do povo, umgrupo de intransigentes batalha-cores, inimigos acerrimos da ba-tina — symbolo da treva e domal — resolveu estabelecer em SPaulo a L'ga Anticlerical Biasi-leira, cujo propósito é i.-ste:

i.° Aggrcmiar todaa as lorçase todas as boas vontades deci-li-das a combater pela liberdade de

cada esta conhecida por todos desta consciência,cidade por ser aquella em que se 2° Promover por todos os meios

a resistência á invasão e assaltosobe ao paço municipal. Esta moçaé a minha cunhada de que vosfalei acima, moça do verdadei-ro typo das camponezas da altaItália.

Caro sr. Voltaire, se não lhebasta mais esta prova, tem o sr.o modelo dos padres no reverendovigário Jeronymo, de S. José doRio Pardo. Leia o n. 49 á'A Lan-terna.

Os padres I Não devemos per-del-os de vista, por serem os mes-tres da 'jmraoralidade

S. s. suppõe em mim um fanatico. Mas, se todos fossem fanaticos da minha qualidade, tal semei te não existiria! Existiria apura convicção na necessidade decombatermos taes corvos, a crençanuma doutrina assentada em basesgraniticas.

Com isso faço ponto, pois que,como já disse em meu anterior artigo, não quero iniciar polemicas,mas apenas mostrar que devemosseguir nossas idóas sem misturas.

Procedendo como diz s; s. seriafalsear nossas idéas de livre-pensa-dores ; se dizemos ser uma coisa,devemos sustentar e não fazer co-mo fazem muitos que collocam umpé no inferno e outro no purgato-rio, não sabendo se devem servira Deus ou ao Diabo. Sim, caroVoltaire, deixa de mysticismo, sequer tornar um pedestal da ver-dade, e se quer mais depressa vernossas idéas libertas das idéas pueris dos homens de batina. Não selembra o quanto trabalharam taescorvos para nossa perdição ? Nãomais se esqueça de que devemoscalcar a mentira de taes parasitas

das congregações religiosas e doclero em geral.

3.0 Combater todos os eh-men-tos reaccionarios que, directa ouindirectamente, procurem cerceare limitar a liberdade.

4." Procurar impedir que os

padres e seus prepostos — os je-suitas de calça — sejam incumbi-dos da educação da infância e

Tenho feito e lido alguma coisaa respeito da religião. Sentindoabaladas minhas crenças religiosas,no intuito de fortiíical-as, comeceia ler livros catholicos. O effeitoioi contrario. Se estavam abaladasas crenças catholica*', desabaramcompletamente ao ler a Biblia, ahistoria sagrada e outros livrossantos, sem excluir o absurdo Ca-tecismu. Achei, no entanto, umestudo interessante este. Continueia estudai o. E'o resultado de meusestudos que ora lhe apresento. Vouanalyzar a Biblia, incluindo o novotestamento. Hoje que, graças aoS. T. Federal, os jesuítas se en-tranham em nosso paiz, parece serdo conveniência abrir os olhos aopovo para precavel o contra essesensinamentos, por meio dos quaesse pretende fanatizar o povo.

**Leitor, nós vamos analyzar a

Biblia, o livro immoral por excel-lencia. Assim, pois, se és pudico,desvia os olhos castos destas co-lumnas; do contrario a vergonhate enrubecerá as faces.

Outrosim, se és sensível, nãoleias o que vamos escrever: a3scenas trucul entas, as carnifici-nas te abalarão de modo cruel osdelicados sentimentos, as matançashorrorosas te impressionarão deum modo que te pode ser fatal,caro leitor.

*Por mais esforços que empre-

guem os catholicos para fazer con-cordar a sua estranha concepçãodo mundo com o que a sciencia jáestabeleceu a esse respeito, essesesforços têm sido baldados. Nempôde deixar de ser assim. A Bi-blia não passa de uma lenda, or-ganizada na índia, como bem de-monstrou Jacquoliot em seu livro

j"La Bible dans 1'Inde. Adão, Abra

E da tarde e da manha se fezo dia quarto. (1)"

Estranha cosmogonia !As estrellas, os planetas, íoram

feitos para luzir no firmamentodo céo e allumiar a terra ! O solDeu., o poz como um luzeiro (Bi-blia, trad. do padre Figueiredo,v. 10) para presidir ao dia, a lua(luzeiro menor) para presidir ánoite. E 110 entanto ha planetasmuito maiores que a Terra comoSaturno, Urano, Neptuno. A Terranada mais é que um grão de areia(si nos podomos exprimir assim)em relação a esse3 planetas,, e atóa estrellas, que foram postas nofirmamento do céo para a allumia-rem. A cosmogonia antiga dava aonosso humilde planeta logar dehonra.

A sciencia desmoronou ossa idéia.Ha planetas mais importantes quea Terra. A Terra e Marte são osmenores dos planetas.

Eduardo Vital.

(1) — Biblia (traducção do padreAutonio Pereira Figueiredo) v. 14 a 19do Gênesis.

O suicídio de uma, duas oumais pessoas, para a justiça, nã,oé e nem deve ser coisa de inte-resse, pois é um acto particularque está no modo de resolver uni-camente da pessoa que o tenta.

O que está, no interesse dasociedade, e muito, é, por exem-pio, o assassinato premeditado ecovarde, é a ambição dos degenerados em saciarem os seus bes-tiaes desejos e depois fazerem de-sapparecev os queixumes de suavictima pela morte. E', por exemplo,o mysterioso desapparecimento daorfa Idalina e cujos responsáveis sãoos padres que administram o reco-lhimento de órfãos Christovam Co-lombo, situado no Ypiranga. Atéagora os padres não deram soluçãoalguma ao caso, nem essa mesmasagaz policia se tem empenhado,como se empenhou, para deslindaro caso da infeliz Marius Prairie.

Porque será ?!O desapparecimento da menina

Idalina de um estabelecimento sub-sidiado pelo dinheiro do povo, for-necido pela Câmara Municipal epelo governo do Estado, é um casoque necessita ser aclareado, é umcaso que envergonha e deprimeperante o mundo tanto os pátrio-tas como aquelles que são indiffe-rentes ao convencionalismo de pa-tria ; tal desapparecimento, tal to-lerancia por parte da justiça pau-lista, conhecida no estrangeiro, dáo direito de chamarem o povo bra-sileiro e todos aquelles que habi-tam o Brasil, de um povo fanati-zado e sem acção á face da dou-

bancadas no largo, para Senhoras eSenhoritas sentarem-se „

(.*) Fomos informados de que oleilão desse dia constou de nmcará, uma abóbora, nm frango em-pestado, um rato morto dentro deuma caixa de papelão, um lequeindecente, uma toalha e coisas quetaes.

O coitado da Fafe não tirou nempara as déspezas da representação.Mas console-se que o reino docéo lhe está garantido.

Em Osasco19 — 12.— 910 — Sr. redactor

da Lanterna.Lendo no seu jornal um artigo

sobre o Jornal do Jahú, quechama de immeracs os livrespen-sadores, lembrei-me de reterir-lheum caso que se passou commi-go, e que demonstra bem quantamoralidade tem a canalha cie-rical :

Estando ha dias na estação, aespera do trem das 4 50, vi emum vagão de primeira um homemvestido differentemente dos outros.Perguntei se era algum palhaço eme disseram que era um bispo.Veiu me á idéia a pobre Idalina.Approximeime então do typo eperguntei :

Onde está Idalina?!A grande cavalgaduta botou a

cabeça fóra da janella e, nãoguardando respeito a umas se-nhoras que estavam a meu lado,respondeu-me com teda a suaraiva :

Idalina é um corno !

trina insulsa de uma commanditacuja sciencia única é a mentira, a»__ ^If,

Em Santos

policia deviam e devem procedercomo procederam 110 caso da sui-cida do Tietê.

A.

"A LANTERNA" NO INTERIOREm Atibaia

QUEM DÁ MAIS, QUEM DÁ MAIS ?

Ahi vai transcripta, sem aug-mento ou diminuição de uma vir-gula sequer, uma circular que foidistribuída na villa Santa Cruz deAtibaia:"ATTENÇÃO! — MISSA E LEILÕES

Exma. Senhora.Castro Fafe, Zelador da Capella

de Santa Cruz, desta cidado, fazsciente aos Catholicos ApostólicosRomanos que, na visita pastoralde Sua Exma. Revdma. Senhor Ar-

Diversões

da mocidade, que elles se encar-j,^ -^ ft lenda de gatan fl do

regam de embrutecer e fanatizar

5.0 Afastar do. confessionário— instrumento da dissolução e daimmoralidade — a.s crianças e asmulheres.

o.° Auxiliar todas as iniciativas

que se proponham desenvolver oensino tacionalista.

7.0 Trabalhar para que sejamabolidos os privilégios que a im-

previdência republicana concedeuao clero e dos quaes lança mãoo mesmo clero tanto para jnstifi-car o avanço aos cofres publicoscomo para trazei ignorante e fa-natico o povo que o acompanha.

8.° Buscar por uma activa pro-paganda oral e escripta, por umaconstante e ininterrupta agitação,tendente a emancipar as conscien-cias, enfraquecer e eliminar, omais breve possivel, o monstroclerical.

9.0 Estreitar as relações com

Santos, 27—12-1910.Diversos operários pedem-nos a

publicação do seguinte :"Aproveitando asVolumnas d'vi

Lanterna, creadas 'para

a defeza cebispo Metropolitano, prestou-lhedos opprimidos, não podemos nos'contas do deve e haver das despe

como elles nizaram a verdade porZo da chamada Santa Inquiri- as sociedades congêneres de ou-

çãO- itros PaizesAvante, pois, caro Voltaire, não

perca tempo, aproveite o sei ma-tutino, porque, como sabe, é logoao amanhecer que devemos tomaro caminho a seguir.

Pois bem, o mesmo acontececom as idéas, com o progresso ,se estamos próximos a ver o fimdos nossos inimigos, creio que de-vemos nos fortalecer, jorque o tem-po é propicio.

10. Agir com toda a energia e

com os meios que as circumstan-cias exigirem para impedir aentrada, neste paiz, de frades,freiras ou padres.

11. Batalhar incessantemente

para obter que as escandalosassubvenções dadas pelos governosmunicipaes, estaduaes e federaes,

inferno, tudo isso n*o é mais doque uma reminiscencia de Adinia,Adgirarta, do principe dos demo-nios, etc, que se acham transcri-ptas om alguns pontos ipesis-verbis,e em outros modificados, algumasvezes para peior, na Biblia.

E mesmo a trindade catholica,é a repetição da trindade indianade Brahma, principio creador, Vis-chmou, principio protector, incar-nado na pes3oa de . Christna, oChisto dos índios, e Siva, princi-pio que pre.iide a destruição e re-constituição. Se prophecias annun-ciaram o nascimento milagroso deChristo, outro tamto aconteceu aChristna, e si na mythologia ca-tholica, Christo era filho de umaVirgem e foi concebido pelo Espi-rito Santo, na indica Christna foigerado por Brahma no seio deuma virgem. Se como ensina aSanta Madre Igreja, um anjo appa-rece a Maria e lhe annuncia aconcepção divina, outro tanto acon-tece á virgem Davanagui, a quemVischnou annuncia a sua mila-grosa concepção. Poderíamos mui-tiplicar os exemplos, mas essesbastam, parece-nos.

A nossa these aliás é e3sa :Mostrar que a Biblia nã,o é umlivro oriynal, além dos absurdosque nella se encontram.

Abramos a Biblia. Começa atratar da creação. "Gênesis" assimse denomina o livro. Esse livro vaida creação do mundo á morte deJosé.

E' esquesita essa creação. De-pois do ter creado n* princi nio

(de que ?) o céo e a terra Deus

furtar ao desejo de tornar patenteo grandioso serviço prestado pelaTribuna ãe Santos á classe dosempregados da S. Paulo Railway.

A Silvio de Lores, esse batalha-dor enérgico e bem intencionado,que a todos, defende com ardor,basta que se faça sentir a neces-sidade de uma reacçao bemfazeja,façam esses mesmos empregadosacorrentados pela gratidão, muitoembora do seu meio surjam pro-testos em favor dessa gananciosaCompanhia que só falta montarofficinas funerárias para arrancardos pobres empregados os últimosvinténs ganhos minutos antes demorrer a seu serviço

Um bravo á Iribuna ãe Santose a Silvio de Lores, os votos deinnumeras felicidades da classeagradecida dos empregados da S.P. Railway.— Muitos empregados.

—Espero que A Lanterna daráinserção dessas linhas para satis-fazer o pedido de meus amigos,que parece justo. — Um anticleri-cal.

Porque será?Uma pobre rapariga, habituada

desde a sua primeira infância atrajar-se de homem (não se en-tende isto com o disfarce hypocritados padres...), entendeu de 3e sui-cidar e suicidou-se.

Inexplicável créatura, sem ne-nhuma responsabilidade perante oambiente judiciário, pois não cons-tava ter commettido algum crime,não possuía fortuna para as ca-vações dos consumidores dos lesa-tivos impostos de morrer, e entre-tanto, para chegar ao fim a quechegou, a policia não mediu sacri-ficios, emprehendeu diligencias, fezas sua,s costumadas intimações eaté devassou completamente a vidada infe iz suicida.

Infelizmente, porém, a policiasolorte, depois do seu afanoso tra-balho, concluiu o seu monumentalinquérito por ter chegado ao re-sultado de que um morto não po-dia mais ligar importância á suasyndicancia.

zas feitas nas obras da Capella,S-mto Cruzeiro e Coreto, demons-trando um saldo a favor do Zela-bor Castro Fafe de tres contos,duzentos e cincóenta e um mil,cento e sessenta réis, como provacom o original que o Senhor Ar-cebispo conduziu para S. Paulo, ecomo as esmolas v-ue os fieis põemno cofre sHo insignificantes, porisso o Zelador recorre de quandoem quando haver alguns lei-lSes afim de que, com o pro-dueto do- mesmo.-), pague asdéspezas como sejam : musica, luzelectrica e outras cousas necessa-rias, e o restante descontar 110saldo que acima declara; Assimpois, o Zelador vae respeitosamentepedir a Sua Exma. uma prendaqualquer para sor rematada:Cujos leilões terão logar nos dias18 (*) e 25 do andante mez deSetembro do corrente anno, ás 4lp2 horas da tarde, e no dia 14do mesmo mez, sendo o dia daExaltação de Santa Cruz, o Zela-dor manda celebrar uma missapelo nosso parocho Revmo. ConesroKõhly na mesma Capella, ás 9 1[2horas, o na véspera, tambem ha-verá reza na fôrma do costume.Convida pois o Zelador, todos pa-rochianos afim de ouvirem ditamissa, applicando--i a Exaltação deSanta Cruz, pelas almas de seuspaes José e Umbelina, e desde já,fica o Zelador Castro Fafe, fazendovotos a milagrosa Santa Cruz, que,lhes dê a devida recompensa poreste acto de caridade e religião,assim pois, vida, saúde e felicida-des por dilatados annos. Quem comDeus vive, com Deus Reina.

Villa Santa Cruz em Atibaia, 31de Agosto de 1910.

O Zelador Castro Fafe, e pro-pagandista da Villa Santa Cruz.

Viva e reviva pois, o progressoda nossa sempre querida Atibaia,sim ?

P. S.--0 leiloeiro será o cidadãosnr. Antonio José de Almeida eSecretario o cidadão snr. AlfredoAndré que, para cujo fim já estãoconvidados, e convida seus amigose correligionários que, compareçamaos leilões para abrilhantarem ásExmas. famílias, e prostar-se-ha as

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•vw,í i>._xsm:wQ^-j'i<V ".• v-

" Minha filha Leonorpadeceu durante varioaannos de Eczema e Ane-mia. Recorri a todo» osmedicamentos sem obterproveito algum, até quetive a feliz idéia de dar-lhe a Emulsão de Scottque lhe restituiu a saude."—ANTONIO PEDROZO,Campinas, S. P.

Nada desfeia mais orosto das senhoritas comoa côr macilenta, os cravos,espinhas, eczema e outraserupções da peile que pro-vêem da impureza dosangue.

A Emulsão de Scottregenera e enriquece osangue melhor e maisrapidamente que nenhumoutro remédio, expelle dosystema toda a impurezae dá á tez a côr rosadaque é distinetivo de beíle-za e saude.

Exigir sempreesta marca, sema qual nenhumaEmulsão é boanem legitima.

Scoit & Bowno, Chimico«,Nova York

(1*80)

Ora aqui está a moral dumíanaua cjiefe ,-*os inimigos ilo progresso !..tira, a _ Alfredo Monteiro de Barros.

vagabundagem e a extorsão.No caso Idalina, os homens da

Theatro CasinoEsta confortável casa ile diver-

soes ha pouco reabertu, vai setornando novamente o ponto pre-dilecto dos habituécs daquelle ge-nero de espectaculos.

Todas as noites são ali apre-sentados interessantes e variadosprogrammas, que vão alcançandofranco suecesso.

Todos os dias, das 4 ás 7 ho-ras da tnrde, ao spilifvomesto sefaz ouvir a excellente orchestrade senhoritas francezas.

Srta. Leonor PcdrozoEMBELLECIDA COM A

Emulsão de Sgoiw-

A LANTERNAMM WM «—M a fDBt --.~- - JÉ-.-^g-M-l. JJ

$T>àá£=dfiL

híj Lanterna" em Poços de CaldasUm tal padre que ha por estas

, bandas, namorador de marca maicr,\\ qne hypocrita mente vivo a engros-'

sar certa mudam a do nosro largo,flesviando-sé com isso do doce pre-ceito da religião que o mesmoprofessa, alvoroçou-se contra nóspor sermos o baluarte da verdadee homem de livre pensar.

Existe em a nossa estância oCentro hlspirita Caridade, do qualmuito me honro em ser adep-to, e como todos devem saber, te-mos por lim unico Inzer a carida-

II de a todos aquelles que miserável-|| mente por ahi vivem a mingua de"recursos.

Grassa ultimamente om nossaestância q terrivel mal ¦— a variola

- e qiuisi quo as pessoas todasatacadas da terrivel doença, sàopessoas miseráveis, sem nenhumrecürso—pessoas estas quu deviamser auxiliadas pela caridade pu

Èfbliea — e tambem pelo tal padrenamorador, se losse ello liomem dereligião, dessa religião emanada do

ÜGlirislO, a religião do amor.Tníeliímente assim não procede

o tal de batina, nem São pouco os•potentado:-; que olle engrossa. Nãoae tratando de uoisa de ganhar di-nheiro,' viram eiies o rosto paratantos iuleliüôs que por ahi vivem

noel Campos Francisco Alvos do Oli-ve.iva, DYntioosco de Lia, Achillo Assi-rati, Gnerriero Valrlanbrini, GiuseppeSpinn, Joaquim Fernandes, EmilioFVvreira, Toramasi Dora, Bento, Oav-neado Brito, Marcello de San ti, .Fran*e.iseo .In Paiva, Affonso Bngatelli, An-tonio de Marco. .Tome Putricli, JoséFovuíitidos Sobrinho, Josó Antonio daSilva, Josó Dogello Brat-i, Carlos (ini-miiiães, José Perrime, Vicenti Mina-ri, Eduardo Mori, José Patrioh. Mar-eellino do Olivoira Campos, CândidoPaulo Ramos, Havoiio Miuliola, Loo-nni-dii Frinolad, Jnlio Poli ti, José Ito-ilrignoH Correia, Mnadeo Vieavi, Al-1'iiiiMo Beral di Gentiavo Goudatore,Arturo Baldo, Libero Aliimvi, Grmi.-JReali, Maria Roali, 01p;a Paz/mio,Tommnsi OkuMsi, unido dol Soldado,Ale.ssiindo Bortolini, AloibiadoH Pou-fos Loito, Albino Carlos do Mondou-ça, José Gi-uiuolli.lTrnos Moi-i, ArtliurNobro do Godoy, Spiuella GiuseppoLuigi, Silvio Alegro, Guiclo Bertolini,Pasqualo Cavnln.vi, Vinoen*-a Gianioo,Vincenzo Fioravirati, José Veronose,Ignacio Siulica, Toinaso Bioudi, Ma-rocclii Umbevto, Marocchi Tnllinio,Marocclii Albino, Maro*-olu ÂngeloMaroccbi Josó, Bulgarelli Menot.ti,Bulgarelli Amadeo, Giappatini Mo-relli, GiU'iopp-3 Bulgarelli, AnlonioGorsoni, Josi'' Jardim, João Crirraüini,Maroec.lii .João, Bulgarelli Qirwüppe.

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Pequenos ecos

estorcendo se no.-i horrores da pestee da (orne, sem se lembrarem quepaSe.R infelizes silo nossos irmãos.

Independentes como somos, tra-tamos logo de soecorrer esses pobj.03, porque nosso ;eutma é fazercaridade, forneoendo-lhes alguns re*Cursos de accordo cova as possesdn nosso Centro, quer em cunhei-ro, quer em medicamento---, pois

..para isso mai damos vir uma pe"(juciia pliarmncia homeopatha. Me-

ipando esses infelizes com a ho-i.tieop.athia —medicamentos estes aotlcaiice de qualquer pessoa-— cria-

mpfi não causa;- prejuizo a quemquer que seja.

Mas o tal padre, que gosta de.pegar no biquinlio. . sabendo donosso procede.', corri; a nos denun-|iàr a distineto medico, pessoa estaique muito veneramos e que sabea todos acolher com seu lino tratocie homem isento de bajulação**-dizendo que nós, os espirita-**, es-tavam os especulando a crednlidadede Poços, indo com isso prejudicaros interesses dos médicos aqui re*sidentes.

Na qualidade de espirita, lavromeu protesto pela calumnia, e per

ré --- Guerra ás sogras — A' manhã...— Missa Nova — Delírio do ciúme —Testamento — ]"»ôf quo ensina — Pri-mo da Califórnia— Paralitico — Mor-te Civil—-Favor uo Próoopio — Bosaado todo o anno — Tbeveza Raquin —Tnsoa — Mãi — Gasa de Orates — Aohatuma — O Mulato — e muitos ou*tros ovigioaes brasileiros.

Digna do toda a aoceitaç-ào porparte do publico paulista, esperamosqno a Coiapiuinia Theatro Brasileiroalcance o suecesso a que faz jús orou director, nosso amigo Bomualdoilo Figueiredo, olitonli.i o compensoás difllouldades com as quaes lutoupara dos trazor uni conjunto do ar*Listas homogêneo o distineto.

Folhinhas — Piecebemos o agradece-mos mais as seguintes, do parede :

Do Jornal do Brasil, cVA Republica,do Bio, e Tia Gazela Suburbana, tam-bom do Rio.

Bilhetes e recados

Boas íostas —- Continuamos a rogis-tar os nomes dos amigos que nostêm enviado cartões do boas testas :

Sr. Lui/. Fernando Baptista e sva.Maria Luiz Baptista, de Jabotica- ¦bal; sr. Florontiuo Pollogrini, pro-prletario da Alfaiataria Modolo, doFranca; dr. 1'. F. Paos do Barro-,juiz de direito do Câpivary ; sr. Ma-nnel Jorgo da Silva, de Franca ; sr.Sebastião Franco do Camargo, do H.José du Bio Pardo; sr. José Fernan-do?. Martins, de Cordeiro:-; sr. Fran-cisco Stoêóssel FittipaUis, de S. Pau-lo; sr. Autonio Reativo, do Bebedoti-io ; . da Directoria da Sociedade Pro-pagadora da Inslirucção, cie Pau d'Alho;sr. José Bento Thomaz, de S. José doParaizo *. dr. Pasqilíil Cusiello. de S.Paulo; do sr. João Leite de Freitas,em uome da Directoria da SociedadeUaião dos Viajatites do Çommeroio,com sódo om Ribeirão Preto ; sr. An-tonio Pereira da Cruz e srn,. Hortou-cia Mauro Pereira, de Campo Limpo;sr. José Bellarmino do Oliveira eVirgínia Costa do Olivoira, de Cam-pinas, Celso Ramalho da Silva, deS. Paulo ; Gustavo Mahlow o familia,de S. Simão ; sr. Narciso cie AlmoidaSantos, de tí. Paulo; sr. AntouioRogo, proprietário do Cortume Acoli-m.ção, dosta capital ; sr. AugustoRafael do Santos, do Rio ; sr. tíeve-riano Alberto Ferraz e sra. LázaraNunes de Campos Ferraz, de Santos ;sr. Augusto Rocha, dc Recife : sr. Mi-guel Di Io rio e familia, de Jalní ; doReal Centro Portuguoz, de Santos ;sr. Augusto Muller, do Rio.

griíitò ao tal padre se fazer can-dade é especular ? Responda o dei-xe de ser besouro.'...

Poços de Caldas, 24-12— 910.

TOCUNHA.

m

a i

Reunidos no theatro «ArthurAzevedo», os abaixo assignadós,para assistir á conferência do

rofessor Querino qut: tratou doP

it!caso idalina, da infeliz

Idalina Stamatoliiysteriosamente desapparecida do

if Orfanato C. Colombo, votam eiipprovain, subscrevendo, a sc-

I güirite moção :Em vista das novas revelações

Ka imprensa de S. Paulo sobre osacontecimentos do Orfanato Chris-

ri Colombo, fazemos votoslliôr que se. laça luz completa so-j.lre o mysterioso desappareci-fiiienlo da infeliz Idalina.

; lí aos corajosos Que para talii •', ¦ '

jiim lutam em S. Paulo garantemI ;en decidido apoio moral e do

iovo tle jaboticabal.; 9 de novembro clc 1910.

Ernesto Poli, (Üorinda Poli, Fedrooli, Josó Honorio perúrao, Antônio

Jnstodio Almeida, Miohole Vorardino,rraneiseo Correia do Camargo, Fran-isco Dora, Pasquale Russo, Frauces-

•o Qnrrota Cafeza, Antouio Blnmer,Antônio Lauveauo da Milva, Vinceuzo

luerino, Gabriele Ungaro, Reualdi-ligliori, Ernesto Migliovi, João Mi-

Ipiozzi, Aurélio Migliori, Pietro Veiar-Mino, Ângelo Sastnri, Alfonso Toclero,JNicola Mainero, Manoel Pinto da Fon-üíeca, Virgílio Ferreira de Aranga,

Adão Zulioslii, Antonietta Buaro, Na-;ale Rnaro, Francisco Lopes Gonçal-res, Aristi H. Omme, Adelina Isabolla3elliugieri, Ouigliorniina Lauda Ta-

¦nauini, Giúlietta Marino, Rosa MelloVlbano, Roquo Bellingieri, Francisca

¦Jle Moraes Tamauini, Frederico Osti-i, Elisabotta Ostini, Vicosto Sodano,bsó Sodano, Luis «odnno, Eduardo:ugusto Loito Pastos, Josó Battista

|lasi, Francisco J31asi, Augusto Clinet,raneiseo Soalzo, Passero Oreste, Do-.iugo Detturi, Pasquale Veronose,dolfo Guersoni, Felice Magrini, Josó

de Olivoira, Jualtira Mori, Ceies-110 Pula R, Loreuyo Vitta, Quintiho

rti, Ida Sarti Cavallari, Brasi Alao José da Gosta Telies, João Ma

i

Visita — Tivemos o prazer do reco-ber a visita do professor sr. HonorioGuimarães, redactor d'A ,Escola, deUberabinlia e secretario e fundadordo Congresso dos rrofessoros do E.de Mtuas.

Cortume Acclimaçfio —- Uos srs. Auto-nio Rego e André ISanclic recebemosuma circular participaudd-nos toromdissolvido a sociedade qno tinham napropriedade deste cortume, ficandocomo unioo concessionário do .mesmoo sr. Antonio Rego.

Associação do Livre Pensamento — Foia seguinto a directoria acclamada, nareunião do dia Bl de dezembro p. p.,para gerir esta associação duranto opresente anuo: Presidente, dr. Auto-tonio Moreira da Silva; vicepresi-dento, dr. Josué Bueno de Camargo ;orador, dr. Antonio Piccarolo; pri-meiro secretario, Everardo Dias ; se-guudo secretario, Pedro A. Noschese;thesoureiro, Nicoláu dos Santos; eom-missão fiscal, Joaquim Gomes deCarvalho, dr. Oscar de Almeida Pra-do e Autonio Ruas.

Companhia Dramática «Theatro Brasi-leiro» — Virá brevemente a S. Paulo,sob a competente direcção do artistaRomualdo de Figueiredo, a grandecompanhia dramática organizada haponco em Portugal, e contando eomexc. limites elementos.

Romualdo de Figueiredo sonho, coma proficiência quo lho é peculiar, es-colher entre sons collegas os qno maisdignamente honrassem a arto dramatica, constituindo um sympathico olen-co quo conquistará inteiramente ofavor da platéa paulista.

Entre as figuras do mais destaquenotamos dosde logo a do actor Joa-quim do Almeida, cujas o.reações no«Papá I ¦obboniiard» o no «Desappa-reciclo» o collocam entro os mnis ta-lentosos artistas dramáticos.

Eis o elenco da' companhia :Joaquim de AlmoidaFernanda de AlmeidaRomualdo do FigueiredoLuciano do CastroMaria do Almeida(Tarios SilvaJoaquina VellezJulia MonizJulia SilvaDiogo TeixeiraAntonio AvellarLino BibeiroAugusto Esteves.O repertório da companhia é dos

melhores, e avultam nelle as peças :Moral iVElles — Ironias - Papá L b-

bonnard — Doto — Os Pimeutas — AMuralha— Novo ao Sol — Saltirnban-co — Desapparecido — Cinomatogra-pho — Duas Bengalas — Tiro em Pe-lotas - Providencia dos maridos —Perfume — Criado brioso — ,-\ Repu-

S. Paulo —Joaó Blumer: Transmiti-mos a adhesão ao Comitê da LigaAnficlerioal,

Botucatu - Emilio Garcia : Rogis-tamos o novo assignante o remette-mos o Papa Ner/ro e a Velhice doPadre. Eterno. A <$rm th Cedro não hamais

Rio — Myer : Recebi o teu postale os 1.2$ cío \di-iano, *1§ do Queznda,3$tí00 do Orif.ei-itim e 21 do Maçãs.So acho !... Falei ao Grassini e tomeinota do recado do 'Maçãs. O pacoteseguiu — P. Matera: Sim, recebemos.Quanto aos livros ainda é cedo.

Guaxupó — Ângelo Iglesias : Fize-mos a transferencia.

S. .losé do Rio Pardo—SebastiãoF. de Cannirgo : Modificamos o onde-roço.

Kio Claro — Benvindo J Ferreira:Providenciamos quanto á irregulari-dade.

Bragança — C. Pianchi : Regista-raos o novo assignante.

Câpivary —- Joaquim Pereira: Foienviada .1 Echicagão Religiosa, Regis-tamos os novos endereços.

S José do Rio Pardo : Jjando Por-tieri : Recebemos da' Agencia Chiavesos IOS d*i sua assignatura

Cidado do Prata — Jannotfo Foliou :Romettemos O Papa Negro e A Ye.hi-ce do Padre Et.r.rno.

Araçariguama—Antônio B. da Rosa:Recebemos os (3$ do sua assignaturae 4S da lista da Escola Moderna,que já entregamos ao seu Comitê.

Santos — .losó A. Rodrigues: Reco-bemos os folhetos. Trausmetti o folhe-to o o recado ao Nilo.

Espirite* Santo do Pinhal --- ManuelMarques Baptista: Fizemos a modifi-cação no endereço.

Áraraquara.— Cap. J. L. Kuntzs:Jú registamos o sen endereço. Man-daremos fa-jer o reeebimeuto.

Bebedouro—Miguel Stamato : Agra-decem-js íi, nova attenção quo nosdispensou.

Batataes — João .Tames de Moraes :Verificamos a irregularidade.

S. Sebastião do Paraiso—Dr. Aliou-so Pedrario : Recebemos os 20$ para2 anuos de asíiignarara.

Freguezia de Angelina — CândidoF. Duarte: Enviamos O Papa Negro,

Parnahyba — Sr. Antonio A. de Oli-veira : O seu conto dedicado . Esco-la Moderna será publicado mais tar*de, quando tivermos tompo para fa-zormos os retoques de que precisa.Temos coisa de mais urgência a atten-dor, como sejam certas virtudes ele-ricaes que não podem perder a oppor-tunidade. Tenha paciência. Não fiquemal comnosco. Escreva-nos sempre,que muito apreciamos camaradas comoo sr., decididos e euthusiastas.

Ponta Grossa — Pedro Colli: Re-gistamos os endereços.

Rio—Augusto Muller: Recebemosos (3S de sua assignatura.

Alfredo Ellis — Umberto Menogatti:O jornal tem sido remettido. Foi boaa ideia...

Torrinha — Caetano F. de Carva-lbo: Registamos o seu endereço. Ojornal é expedido pontualmente atodos.

Rio — Ulysses : Entreguei a tua car-ta a o boletim a um tocelão, que jáprovidenciou.

Cravinhos — P. Marsieane : Recebios 10$ da assignatura de F. J. deOliveira. Falaremos sobro o folheto.

Tayuva — T. V. Uraga: Seguiram ospostaea.

S. Roque — C. Negrelb : Recebe-mos os 5$ do pacote o 10$ da assigna-tura do sr. J. Martins.

Itatiba—H. Carraro : O Papa Negrofoi remettido.

 Escola Moderna em S, PauloAVISO IMPORTANTE

Tendo chegado ao conheci-mento do «Comitê pró-EscolaModerna» que alguns individuosse tem aproveitado desta inicia-tiva para estorqnir dinheiro dcpessoas de boa fé, declaramosque só podem angariar donativospara esta obra a.s pessoas porta-doras de listas de subscripção ca-rimbadas e assignadas pelo secre-tario Leão Aymoré.

Aproveitamos o ensejo parapedir a todas as pessoas quepossuem listas de subscripçãoo favor de as devolverem com arespectiva importância ao thezou-reiro, sr. José Sanz Duro, CaixaPostal, 857.

O Comitê.

BIBLIOTHECA "0'A LANTERNA"

0 Comitê desta grandiosa insti-tuiçuo qne ein breve será uinfacto, está distribuindo a seguintecircular, para a qual chamamostoda a attenção dos interessados :

"Com o intuito de activar omai*-* possivel a implantação dalíácola Moderna em S. Paulo, vi-mos solicitar de v. s. com amaiorurgência que íor possivel, a devo-lução das listas a seu cargo jun-tamente com os donativos que pu-derem ter sido angariados.

TC' intento do Comitê tratar, nosprincipios tio anno vindouro, dainstallacão da Casa Editora annexaá TCscola e que vai, necessária-mente, precede -la para o preparodas edições de livros escolares se-gundo o programma da Escola Mo-dorna.

Portanto é preciso reunir os do*nativos com toda a brevidade, parao que esperamos o apoio de v. s.que, certamente, conhece e apreciao programma de ensino raciona-lista, calcado nos methodos peda-gogicos mais modernos, e desejacontribuir para uma tão útil egrandiosa instituição.

0 patrimônio da "Escola" já seeleva a 12:000$, mais ou menos,o que se poderá, ver pelo halnn-cete que estamos organizando parapublicar e é preciso, para lecharo anno com brilhantismo, que seeleve a 20:000$, passo animadorpara alcançarmos os 80:000$ ne-oessarios para proseguir na funda-ção da "Escola".

Gratos, somos de v. s.

OComité da Escola Moderna.

N. I!.—Todos cs dinheiros da EscolaModerna estão depositados no Banco Erancez e Italiano da America do Sul, antigoBanco Co-.umerciale Italo-Brasiliano,

EM PORTUGUEZ

Nathanaêl Pereira, A Edu-cação Religiosa. . .

Ex-padre Guilherme Dias,O que é o celibato. .

Pedro do Mello, SonhoDante seo

Marco A. Dancetti, Gior-dano Bruno. . . .

Gorki, Os amassa do res .Pinho, Pela Educação e

pelo Trabalho . . .Motta Assumpção, O In-

fanticiãio, arama. .

EM HESPANHOL

R. Chaughi, Immoraliãaããel Matrimônio. . .

,1. Rutgers, Las Guerrasy la Densiãad ãe laPoblación

Aí. Dèvaldès, Mathusia-nismo y Nuo-Mathusia-nismo

Ch. Drysdale, Dignidaã,Libertaã é Independeu-cia ....

A. Pellicer Paraire, Elindivíduo y la masa .

C. S. Darrow, Crimen yCriminales ....

S. Faure, El Problema dela Población. . . .

A. Hamon, Compêndio dela Historia dei Sócia-lismo

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Abele Dal Canto — "La Messasvelata" ovvero "La comedia clérigo—acrohatico--tragico—antropófago— teofago— pngaua". 1$.

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I Martiri dei Libero Pensiero.$100 _ «Giordano Bruno" di Arturo

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O Papa NegroImportante*; romance histórico,

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dação e o desenvolvimento naEuropa da Companhia tle Jesus,a fundação da Maçonaria e a suacorajosa luta contra os tremeu-dos planos dos seus antigos com-

panheiros, chefiados por um dosantigos membros, Ignacio de Loyo-la. Discripção clara e minuciosados meios empregados para do-minar o mundo, pela submissãodos reis e imperadores.

Preço dos dois volumes, 2$000franco de porte.

Aos assignantes da MogyanaO nosso companheiro José

Roméro está percorrendo a li-nha Mogyana, emviagera de co-branca.

Julgamos desnecessário estarmosaqui a appellar para a boa von-tade dos nossos assignantes. ALanterna vive exclusivamente dorendimento das assignaturas e,dizendo isto, acreditamos dizertudo para que todos prestem oseu inteiro apoio ao nosso compa*nheiro.

Aos amigos que pagaram o

primeivo anno a vencer até o fimde dezembro, avisamos que nãoelevem estranhar a sua visita, pois,como já temos dito, estas viagenssó podem ser feitas poucas vezes,

p/elas grandes despezas que acar-retnm.

Serve o mesmo aviso aos as-

A Velhice doPadre Eterno

Extraordinária obra do grandepoeta Guerra Junqueiro, que trans-formou a sua penna brilhante emferro em braza a queimar desapie-damente a purulenta chaga cie-rical.

Este livro, que é consideradoum dos mais ferozes contra aTgi-pji. mereceu uma excommu-nhão do Papa.

Custa 2$000, franco de porte.

ELECTRflDrama anti-clerical em 5 actos,

do afamado escriptor hespanhol

B. Peres Galdós.Esta peça valeu ao seu autor

um renome universal, provocandograndes applausos em todas as

platéas oncle foi representada.Em toda a p<*rte (oi ella bem

acceita, tendo sido causa cle.gran-

des agitaçõe.i e provocando afúria da padralhada.

Livre de porte, custa i$500 ovolume, que contém 130 paginas.

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blica -Os Miseráveis —Novo Otlu*llo— Quem caaa quer casa - Adeliu Oav-f signantes de Campinas

A' venda nesta redacçãoNumero especial dedicado aos

acontecimentos de Espanhae a obra de Ferrer.

Publicação editada pela Commissãocontra a reacção hespanhola,

no Eio de Janeiro.

0 ensino racionalistaA Associação da Escola Mo-

derna do Rio de Janeiro acabade editar em elegante folheto, aconferência que sob o tituloacima foi realizada, em maio pas-sado, naquella capital, pelo dr.Mauricio de Medeiros.

O folheto contém tambem osestatutos da Liga Internacionalpara a Educação Racional daCriança e da Liga do Rio deJaneiro.

Está á venda nas seguintescondições : i ex. 300 réis. Pa-cote de 10, 2$500 ; de 20, 4$,Pedidos acompanhados da respe-ctiva importância ao thesoureiroda Associação Escola Moderna,Manuel Qnesada, rua do Senado,63—Rio de Janeiro.

"A Merna" gm j^ictheroyA nossa follui é encontrada em Nicthe

roy nos seguintes pontos :Na Tonte Central das Barcas <le Ni

r.theroy ;No Largo do Barreto, com o vendedor

de jornaes ;Na Charutaria Viuva Vijinia, rua «lr.

Marck., 17 — Barreto.Nas Nevos, no ponto liu il dos bondes,

ciuti o vendedor de jornaes.

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será vendida, ao preço de ioo réis, nosseguintes pontos :

Salão Monteiro — Avenida RangelPestana, 140.

Na Lapa—Salão Internacional.Ventura Siérra. rua Conselheiro Ra-

mallio, 105.Agencia re jornaes do sr. Antonio

Scafuto, rua 15 de Novembro, 37No engraxate, á rua 1 5 de Novembro, 2Na rua S, Caetano, 238.

Publicações periódicasUm dos nossos amigos encarrega-se de

receber assignaturas, por intermédio destaredacção, para as seguintes publicações.:

Les Temps NouveauxRevista quinzenal sociológica, com um

supplemento literário. — Director : JeanGrave. — Assignatura annual : 3$000.

La Guerre SocialeSemanário revolucionário. — Redactor*

chefe *. Gustave Hervé.Assignatuia annual; 5$00&.

A SementeiraPublicaç3o semanal illustrada de critica

e sociologia. — Lisboa.Assignatura annual : 2$000.

A AuroraHebdomadário operário. - •• Porto. —

Assignatura semestral: 1$5UU.

Internada Sócia RevuoRevista mensal em esperanto, dedicada

ao movimento social. — Paris.Assignatura annual: 2$500.

«A Lanterna» no InteriorA Lanterna, alóm de ser vendida

avulsamente em quasi o todo interiordo Estado, é encontrada tambem ávenda nas seguintes agencias :

Em Ribeirão Preto, na agencia dosr. José Selles, rua Amador Bueno, 4ie 43.

Em Campinas, em casa do sr. Aa-tonio Albino Júnior.

Em Santos, na agencia do sr. PaivaMagalhães, rua Santo Antonio.

Em Mogy das Cruzes, na agenoia dosr. Emilio Navajas.

Em Gitaraitesia, com o sr, C4erardoZiti.

Em Lhtts Córregos, oom o sr. Auto-nio Oaiios de Souza.

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