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UFF FACULDADE DE ECONOMIA CURSO DE CINCIAS ECONMICAS

MACROECONOMIA I

GUIA PARA OS ESTUDANTESE

EXERCCIOS PARA O LABORATRIOPROFESSOR RESPONSVEL CLAUDIO MONTEIRO CONSIDERA

NOTA: Este texto uma traduo adaptada de alguns captulos (2 a 9 e 18 a 21) ou de suas partes, do livro Macroeconomics, study guide and tutorial de autoria de David Findlay elaborado especialmente para apoiar o livro Macroeconomia de Olivier Blanchard, 2 edio. Esta traduo, se destina unicamente a servir de apoio ao curso de Macro I, da UFF, do professor Claudio M. Considera. Procurou-se aqui adaptar o texto 3 e 4 edies do livro do Blanchard e tambm s caractersticas brasileiras. A traduo de Renato Mayer e a reviso e adaptao de Claudio M. Considera. As respostas dos exerccios esto parte e permaneceram em ingls.1

Captulo 2 UMA VISO GERAL DO LIVROOBJETIVOS, REVISO E MATERIAL DE INSTRUODepois de passar por este captulo e pelo material seguinte, espera-se que voc esteja em condies de: (1) Definir Produto Interno Bruto (PIB). (2) Compreender as trs ticas diferentes de mensurar o PIB. (3) Estabelecer a distino entre PIB nominal e PIB real. (4) Compreender qual o papel que a formao hednica de preos desempenha na construo das estimativas do PIB real. (5) Conhecer a definio e a construo da taxa (u) de desemprego. (6) Explicar a definio e a construo do deflator do PIB e do ndice de preos ao consumidor. (7) Discutir por que os economistas se preocupam com a taxa de desemprego e a taxa de inflao. (8) Explicar e interpretar a lei de Okun. (9) Explicar o que representa a curva de Phillips. (10) Reconhecer qual papel os fatores de demanda e de oferta desempenham ao afetar a produo (i) no curto prazo; (ii) no mdio prazo e (iii) no longo prazo. (11) Entender a construo do PIB real e das sries de ndices. 1. DEFINIO E MENSURAO DO PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) O PIB o valor dos bens e servios finais produzidos na economia durante um dado perodo. H trs formas distintas de mensurar o PIB. Deve ficar claro que todas as trs levam ao mesmo valor do PIB. TICA 1 (TICA DO GASTO): O PIB a soma do valor dos bens e servios finais produzidos em um dado perodo. No exemplo do Captulo 2, carros representam o nico bem ou servio final. Os $ 210 de receitas de vendas de carros representam o PIB. TICA 2 (TICA DO PRODUTO): O PIB a soma dos valores adicionados na economia. O valor adicionado em certo estgio da produo de um bem definido como o valor da produo menos o valor dos insumos intermedirios (com exceo da mo-de-obra) utilizados no processo de produo. TICA 3 (TICA DA RENDA): O PIB igual soma das rendas na economia durante um dado perodo. Para ver como isso se d, preciso compreender que todo o valor adicionado no processo de produo, tanto de bens finais como de insumos intermedirios devem ir necessariamente para: (1) os trabalhadores na forma de renda (rendimentos do trabalho) (2) o governo na forma de impostos indiretos (p.e., impostos sobre vendas) (3) a renda da firma na forma de rendimento do capital (lucro). 2

No exemplo do Captulo 2, no h impostos indiretos; por isso, o PIB igual soma dos rendimentos do trabalho e dos lucros da firma.

Dica de Aprendizado Dica de Aprendizagem Se somssemos simplesmente o valor de todos os bens e servios (tanto intermedirios como Se somssemos simplesmente o valor de todos os bens e servios (tanto intermedirios como finais) trocados na economia durante um dado perodo, estaramos superestimando o valor do finais) trocados na economia durante um dado perodo, estaramos superestimando o valor do PIB por duas razes: PIB por duas razes: (1) Algumas das transaes ocorridas no ano representam o valor dos bens intermedirios. (1) Algumas das transaes ocorridas no ano tt representam o valor dos bens intermedirios. Se somssemos, por exemplo, tanto o valor do novo sedan Ford Taurus 1999 e o valor dos Se somssemos, por exemplo, tanto o valor do novo sedan Ford Taurus 1999 e o valor dos pneus Goodyear que a Ford adquiriu da Goodyear, estaramos fazendo uma dupla contagem pneus Goodyear que a Ford adquiriu da Goodyear, estaramos fazendo uma dupla contagem do valor dos pneus; do valor dos pneus; (2) Alguns bens finais vendidos em 1999 foram produzidos em um perodo anterior e, (2) Alguns bens finais vendidos em 1999 foram produzidos em um perodo anterior e, portanto, j foram includos na medio do PIB do perodo anterior (p.e., o valor de um carro portanto, j foram includos na medio do PIB do perodo anterior (p.e., o valor de um carro usado, um computador pessoal usado, etc). usado, um computador pessoal usado, etc). 2. PIB NOMINAL E REAL (1) PIB Nominal O PIB Nominal no ano t ($Yt) a soma das quantidades de bens e servios finais produzidos no ano t vezes os seus preos correntes. $Yt mede o valor do PIB no ano t aos preos do ano t. O PIB Nominal tambm chamado de PIB em dlares (ou reais) correntes. Dica de Aprendizagem Dica de Aprendizado Muito cuidado interpretar variaes no no Nominal (ou (ou variaes no valor de Muito cuidado ao ao interpretar variaes PIB PIB Nominal variaes no valor de qualquer qualquer varivel termos em termos nominais, ou em medida em dlares ou Reais varivel medida em medida nominais, ou seja, medida seja,dlares correntes). Suponha que correntes). Suponha que $Yt aumenta nvel de 1998). Este aumento em $Yt pode Este $Yt aumenta 6% em 1999 (acima do seu 6% em 1999 (acima do seu nvel de 1998). ocorrer aumento em $Y por duas razes: t pode ocorrer por duas razes: (1) montante de bens e servios finais produzidos pode, de fato, ter aumentado; e/ou (1) OO montante de bens e servios finais produzidos pode, de fato, ter aumentado; e/ou (2) Os preos desses bens servios finais podem ter aumentado. (2) Os preos desses bens e e servios finais podem ter aumentado. (2) PIB Real (a preos constantes do ano anterior ou de um determinado ano)1 O PIB Real no ano t ($Yt) a soma das quantidades de bens e servios produzidos no ano t vezes os preos desses mesmos bens e servios em algum ano particular. Este ano particular denominado ano-base. Para calcular $Yt, devemos, em primeiro lugar, escolher um ano-base. Uma vez este escolhido (digamos que seja 1992), o PIB Real naquele ano o valor dos bens e servios finais daquele ano medido em preos de 1992. O PIB Real

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Tome cuidado para no fazer confuso entre o adjetivo real (valor a preos constantes de um ano bOAe) e o substantivo Real referente ao atual padro monetrio brasileiro.

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tambm chamado PIB em termos de bens, PIB em dlares (Reais) constantes, PIB ajustado pela inflao e PIB em dlares (Reais) de 1992. Dica de Aprendizagem Os economistas se centram no PIB Real, pois este elimina os Os economistas se centram no PIB Real, pois este elimina os efeitos das variaes de preos de preos na mensurao da produo. Por exemplo, se o PIB Real na mensurao da produo. Por exemplo, se o PIB Real de 1999 (medido em preos de preos de 1992) aumentou de 3% sobre nvel do PIB Real de 1992) aumentou de 3% sobre oonvel do PIB Real de 1998, sabemos que a produo total produo total aumentou. Quando recebemos informaes do PIB Nominal, no aumentou. Quando recebemos informaes do PIB Nominal, no ficamos sabendo se o PIB PIB Nominal variou devido variaes no montante de bens e servios produzidos ou se devido Nominal variou devido a a variaes no montante de bens e servios produzidos ouse devido a a variaes preos. variaes nosnos preos.

Os economistas utilizam o PIB Real Yt para calcular o crescimento do PIB no ano t. O crescimento do PIB no ano t definido como (Yt - Yt-1) / Yt-1. Isso mede a variao percentual no PIB Real entre os anos t e t-1. Expanses so perodos de crescimento positivo do PIB. Recesses so perodos de dois ou mais trimestres consecutivos de crescimento negativo do PIB. 3. PROGRESSO TECNOLGICO E FORMAO HEDNICA DE PREOS Dois aspectos na economia complicam o clculo do PIB: (1) o surgimento de novos bens; e (2) bens, cujas caractersticas variam de ano para ano (como, por exemplo, os computadores pessoais). Quando as caractersticas de um bem mudam de ano para ano, o preo daquele bem pode variar de modo a refletir as mudanas em suas caractersticas. Os economistas usam uma abordagem chamada de formao hednica dos preos para ajustar os preos efetivos s variaes nas caractersticas dos produtos.

Dica de Aprendizagem Reveja a discusso da formao hednica dos preos no Captulo 2. A reviso do problema # 7 centrar na formao hednica dos preos.

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4. DEFINIO E CONSTRUO DA TAXA DE DESEMPREGO ut A taxa de desemprego representa o percentual da fora de trabalho que est desempregada. Especificamente, ut = U/L, onde: U o nmero de indivduos desempregados; L o nmero de indivduos na fora de trabalho; L igual ao nmero de indivduos desempregados mais o nmero de indivduos empregados (N), de modo que L = U + N Para ser contado como desempregado, um indivduo: (1) deve no ter um emprego; E (2) deve ter procurado trabalho nas ltimas quatro semanas. Dica de Aprendizagem Deve-se entender que para fazer parte da fora de trabalho, um indivduo deve estar: (1) ou empregado; ou (2) desempregado e estar ativamente procurando trabalho. Os indivduos desempregados que cessam de procurar trabalho no mais sero contados como parte da fora de trabalho. Esses indivduos so chamados trabalhadores desalentados. A sada da ou a entrada na fora de trabalho de trabalhadores desalentados pode alterar a taxa de desemprego sem causar qualquer variao no nmero de trabalhadores empregados. A reviso do problema #8 centrar nesta questo. A taxa de participao definida como a razo da fora de trabalho e a populao em idade de trabalhar. Uma taxa de desemprego elevada est tipicamente associada a uma baixa taxa de participao. Por qu? Porque quando a taxa de desemprego for elevada um nmero maior de indivduos desempregados deixar a fora de trabalho (ou seja, se tornaro trabalhadores desalentados). 5. NDICES DE PREOS: O DEFLATOR DO PIB E O NDICE DE PREOS AO CONSUMIDOR (IPC) O deflator do PIB no ano t (Pt) definido como a razo do PIB Nominal para o PIB Real no ano t: Pt = $Yt / Yt. O deflator do PIB d o preo mdio de todos os bens e servios includos no PIB. Dica de Aprendizagem Pt = 1 no ano-base. Por qu? No ano-base (digamos que seja 1992), $Y92 = Y92. Em outras palavras, no ano-base, o valor do PIB Real e do PIB Nominal ser o mesmo, uma vez que, ao se obter o PIB Real, usaremos os preos correntes para calcular essa medida da produo ajustada pela inflao. A reviso dos problemas #1 e #2 permitiro verificar isso. Como interpretar o tamanho do Pt ? Suponhamos que Pt = 1,37. Isso indica que o preo mdio dos bens e servios no ano t 37% maior do que no ano base. Podemos rearranjar a definio de Pt de modo a ilustrar por que as variaes no PIB Nominal podem ocorrer por duas razes. Multiplique ambos os lados por Yt de Tal maneira que $ Yt = Pt Yt. Um aumento em Pt e/ou um aumento em Yt produzir aumentos em $ Yt$ Yt.

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O ndice de Preos ao Consumidor (IPC) mede o preo de uma determinada cesta de bens e servios consumidos pelas famlias. A cesta atual de bens e servios se baseia no comportamento das despesas do consumidor em 1982-1984; portanto, 1982-1984 representa o perodo-base. Dica de Aprendizagem Suponhamos que o IPC em 2000 seja igual a 1,70. Isso indica que o preo mdio dos bens e servios no ano 2000 70% mais elevado do que o preo mdio da mesma cesta de bens e servios no perodo-base (ou seja, 198284). Preste ateno em que, embora tanto o deflator do PIB como o IPC sejam ndices de preos e, em geral, se movam juntos ao longo do tempo, h perodos nos quais a variao do IPC difere da variao do deflator do PIB. Isso se deve a: (1) O IPC inclui o preo de alguns bens que NO esto includos no PIB e que, portanto, no so levados em conta no deflator do PIB (como, por exemplo, o preo dos bens importados). (2) O deflator do PIB inclui o preo de todos os bens e servios finais produzidos na economia. Alguns desses bens NO so consumidos pelas famlias e, portanto, no so includos no IPC (como, por exemplo, alguns itens de dispndio do governo e das empresas).

O deflator do PIB e o IPC podem ser usados para se calcular a taxa de inflao. A taxa de inflao entre o ano t e o ano t-1 (utilizando-se o deflator do PIB) igual a (Pt - Pt-1 / Pt-1).2 Dica de Aprendizagem Ateno quando interpretar ndices de preos e a taxa de inflao. Se o IPC em 2000 for igual a 1,7, isso NO significa que haja uma taxa ANUAL de inflao da ordem de 70% entre os perodos 1982-84 e 2000. Esse nmero indica que o preo mdio da cesta de bens e servios aumentou 70% em TODO o perodo. A taxa de inflao quase sempre calculada, tomando-se uma base anual, a qual indica, por exemplo, a variao percentual no nvel mdio de preos de um ano para outro. 6. POR QUE ESTUDAMOS A INFLAO E O DESEMPREGO? Estudamos a taxa de desemprego porque:

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Lembramos que no Brasil existem vrios ndices de preos ao consumidor. O ndice de Preos ao Consumidor Ampliado (IPCA), calculado pelo IBGE, utilizado como o ndice de inflao oficial e como referncia para a meta de inflao estipulada pelo Banco Central do Brasil. Consulte a metodologia e o ano de referncia em www.ibge.gov.br

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(1) A taxa de desemprego nos fala algo do estado corrente da economia relativamente a um nvel tido como normal (quando aumenta a taxa de desemprego, o crescimento do PIB tende a diminuir); e (2) A taxa de desemprego nos diz algo acerca dos possveis impactos sobre o bem-estar dos desempregados. Estudamos a inflao porque: (1) A inflao pode afetar a distribuio de renda (por exemplo, um aumento na inflao pode causar uma reduo no valor real da renda dos indivduos que recebem rendimentos nominais fixos); (2) A inflao pode causar variaes nos preos relativos e, portanto, causar distores; (3) Se a faixa de incidncia da tributao no for ajustada pela inflao, a inflao pode provocar distores ao levar as pessoas para faixas tributrias mais elevadas; e (4) Como conseqncia de (2) e de (3), a inflao pode causar incertezas. Esta maior incerteza tem efeitos negativos sobre a atividade econmica. 7. DESEMPREGO E A ATIVIDADE ECONMICA: A LEI DE OKUN Um crescimento elevado do PIB se associa com freqncia a uma reduo na taxa de desemprego. Essa relao entre variaes no desemprego e no crescimento do PIB conhecida como a Lei de Okun. Essa relao tem duas implicaes: (1) Se ut for muito alta, ser necessria uma elevao no crescimento do PIB para reduzir ut; e (2) Se ut for muito baixa, ser necessria uma reduo no crescimento do PIB para aumentar ut. Dica de Aprendizagem A relao entre a taxa de desemprego e o crescimento do PIB tem um apelo intuitivo. Por exemplo, suponha que o crescimento do PIB seja relativamente alto. O que as empresas estaro fazendo para provocar um crescimento do PIB a uma taxa relativamente acelerada? Muito provavelmente estaro contratando trabalhadores. medida que cresce o emprego, a taxa de desemprego tende a cair. A recproca tambm verdadeira. 8. INFLAO E DESEMPREGO: A CURVA DE PHILLIPS A curva de Phillips representa a relao entre a taxa de desemprego e a variao da taxa de inflao. Embora tal relao possa sofrer variaes ao longo do tempo e ser diferente para diferentes pases, tendemos a observar o seguinte: (1) Quando o desemprego baixo, a taxa de inflao tende a subir; e (2) Quando o desemprego alto, a taxa de inflao tende a cair.

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A curva de Phillips pode ser ilustrada graficamente, com a variao da taxa de inflao em um eixo e a taxa de desemprego no outro. 9. DETERMINANTES DAS VARIAES NA PRODUO Em perodos curtos de tempo (ou seja, no curto prazo), as variaes na produo dependem basicamente de variaes na demanda por bens e servios. Em perodos longos de tempo (ou seja, no longo prazo), as variaes na produo dependem de fatores de oferta, tais como o estoque de capital, o tamanho e a capacitao da fora de trabalho e a tecnologia. Em perodos de tempo que variam entre o curto e o longo prazo (ou seja, no mdio prazo), tanto fatores da demanda como da oferta induzem a variaes na produo. 10. CONSTRUO DO PIB REAL E DAS SRIES DE NDICES A construo do PIB Real acima descrita recorre ao mesmo conjunto de preos para um ano particular: este ano denominado ano-base. H vrias questes associadas utilizao dessa abordagem no clculo do PIB Real: (1) a escolha de um ano-base especfico estabelece os pesos (isto , os preos) atribudos a cada bem ou servio, mas ns sabemos que os preos relativos se alteram no tempo; (2) como os preos relativos se alteram ao longo do tempo, as taxas calculadas de crescimento do PIB Real vo depender do ano-base escolhido; e (3) quando varia o ano-base, as taxas calculadas de crescimento do PIB Real iro variar. Para evitar tais problemas, os economistas utilizam-se agora de sries de ndices de modo a poderem calcular as taxas de crescimento do PIB Real. Isso envolve vrios passos, a saber: A taxa de crescimento do PIB Real entre 1999 e 1998 est baseada na utilizao de preos mdios em 1998 e 1999. A taxa de crescimento do PIB Real entre 2000 e 1999 se baseia na utilizao de preos mdios em 2000 e 1999. Obtm-se um ndice do PIB Real ligando/vinculando as taxas calculadas de variao para cada ano. O ndice fixado como igual a um para algum ano escolhido arbitrariamente (1992). Ao se multiplicar este ndice pelo PIB Nominal em 1992 (o ano para o qual o ndice igual a um), obtemos uma medida do PIB Real em dlares de 1992.

Dica de Aprendizagem Alguns professores enfatizaro o material contido no Apndice 1 do texto. Uma reviso sucinta do material no Apndice 1 foi includa na seo que se segue. Esta reviso contm um sumrio deste material e algumas perguntas. Voc deve dar uma olhada neste material e trabalhar utilizando os problemas.

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APNDICE 1 CONTAS NACIONAIS RENDA E PRODUTOOBJETIVOS, REVISO E MATERIAL DE INSTRUOAlguns instrutores gastam um tempo considervel com o material includo neste apndice. Se o caso do seu instrutor, procure dar uma revisada no material includo abaixo. Sugerimos que seja repassado, mesmo se no for motivo de nfase. Aps passar por este apndice e pelo material seguinte, voc estar em condies de: (1) Reconhecer que h uma tica da renda e uma tica do produto nas Contas Nacionais. (2) Perceber a distino entre Produto Interno Bruto (PIB) e Produto Nacional Bruto (PNB). (3) Compreender os componentes da renda nacional. (4) Compreender a relao entre renda nacional, renda pessoal e renda pessoal disponvel. (5) Conhecer os componentes do Produto Interno Bruto com base na tica do produto nas contas nacionais. (6) Reconhecer que precisamos de ateno e cuidado ao interpretar o Produto Interno Bruto como medida da atividade econmica e ao examinar os componentes do Produto Interno Bruto. 1. OA CONTAS DE RENDA E PRODUTO As contas de renda das contas nacionais ilustra a relao entre o PIB, o PNB, a renda nacional, a renda pessoal e a renda pessoal disponvel. As contas do produto das contas nacionais enfoca os bens e servios comprados pelas famlias, empresas e governos (em todos os nveis). A tica do dispndio (ou do gasto) mostra que o PIB igual soma do consumo, compras do governo, investimento, exportaes lquidas e variaes de estoque.

2. A RELAO ENTRE O PIB E O PNB O PIB o valor de mercado de todos os bens e servios finais produzidos pelos fatores de produo (isto , trabalho, capital, etc) dentro de um pas. O PNB o valor de mercado de todos os bens e servios finais produzidos por fatores de produo fornecidos por residentes deste pas. Recebimentos de renda dos fatores provenientes do resto do mundo representam renda de capital daquele pas ou de residentes do pas que estejam no exterior.

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Pagamentos de renda dos fatores ao resto do mundo representam renda recebida por capital estrangeiro ou por trabalho de estrangeiros no pas.

Dicas de Aprendizagem Para compreender a diferena entre o PIB e o PNB, lembre que o PIB o valor de todos os bens e servios produzidos pelo trabalho e outros insumos dentro, por exemplo, dos Estados Unidos. Uma parte do trabalho e de outros insumos localizados dentro dos Estados Unidos fornecida por residentes estrangeiros. Ao mesmo tempo, uma parte do trabalho e do capital fora dos Estados Unidos fornecida por residentes dos Estados Unidos. Para se chegar ao PNB, ns: (1) primeiramente, acrescentamos ao PIB os recebimentos de rendas dos fatores do resto do mundo e, ento, (2) subtramos do PIB os pagamentos de rendas dos fatores do resto do mundo. O resultado lquido o PNB.

3. COMPONENTES DA RENDA NACIONAL A Renda Nacional igual soma dos seguintes tipos de renda: Pagamentos de empregados: salrios, ordenados e outros ajustes Lucros de empresas Juros lquidos: juros lquidos pagos pelas empresas e juros lquidos pagos pelo resto do mundo Rendas de autnomos: rendimentos de indivduos que trabalham por conta prpria Rendas de aluguis: rendas de imveis mais rendas imputadas de casas e apartamentos ocupados pelos prprios proprietrios

4. RENDA NACIONAL, RENDA PESSOAL E RENDA PESSOAL DISPONVEL Nem toda a Renda Nacional vai para as famlias. Para se chegar renda pessoal, partindo da Renda Nacional, temos que: Subtrair os lucros das empresas Acrescentar de volta aquela frao dos lucros das empresas que os indivduos recebem como renda de dividendos pessoais Subtrair todos os pagamentos lquidos de juros das empresas Acrescentar de volta os pagamentos lquidos de juros das empresas que as famlias recebem Acrescentar as transferncias

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A renda pessoal a renda efetivamente recebida pelas famlias. Para se chegar renda pessoal disponvel, devemos: Subtrair da renda pessoal os impostos pessoais e os pagamentos pra-fiscais.

A renda pessoal disponvel representa a renda que permanece disponvel para as famlias aps os impostos, pagamentos previdncia, etc. 5. A VISO DO PIB DA TICA DO DISPNDIO OU DO GASTO Para entender esta tica do PIB, imagine simplesmente os bens e servios finais comprados pelas famlias, pelo governo e pelas empresas. As despesas de consumo pessoal (consumo) so iguais soma dos bens e servios adquiridos por pessoas residentes nos Estados Unidos e incluem a aquisio de: (1) bens durveis; (2) bens no durveis; e (3) servios. O investimento fixo domstico privado bruto (investimento) a soma do investimento no residencial (novas fbricas, equipamentos e maquinrio) com o investimento residencial (a aquisio de novas casas e apartamentos pelas pessoas). As compras do governo (nos nveis federal, estadual e municipal) so iguais aquisio de bens e servios pelos governos mais o pagamento da remunerao dos empregados do governo.

Dicas de Aprendizagem De fato, nas contas nacionais brasileiras aparece o consumo do governo e seus investimentos. O governo consome tudo que produz que so servios no mercantis (no so vendidos em mercado). O valor dos servios no mercantis produzidos pelo governo calculado somando seu consumo intermedirio com as remuneraes de seus empregados (civis e militares) As aquisies do governo NO incluem os pagamentos de transferncia ou os pagamentos de juros sobre a dvida

As exportaes lquidas (a balana comercial) igual s exportaes menos as importaes, onde: (1) As exportaes correspondem s aquisies, pelo exterior, de produtos dos Estados Unidos (Brasil); e (2) as importaes correspondem s aquisies de bens produzidos no exterior por residentes dos Estados Unidos (Brasil). 11

As variaes nos estoques equivalem s alteraes no volume fsico dos estoques mantidos pelas empresas. tambm igual produo menos vendas e, portanto, pode ser tanto positiva como negativa ou igual a zero.

6. ADVERTNCIAS O PIB e o PNB no so medidas perfeitas da atividade econmica agregada. Por qu? Alguma atividade econmica (como, por exemplo, os trabalhos domsticos das donas de casa ) se d fora dos mercados formais e, por conseguinte, est excluda tanto do PIB como do PNB. A classificao de algumas despesas pode parecer inconsistente. Por exemplo:

(1) A aquisio de novas mquinas pelas empresas (as quais produziro bens futuramente) investimento, ao passo que a aquisio de educao (a qual permitir aos indivduos produzirem no futuro bens e servios) encarada como consumo; e (2) A aquisio de uma nova casa ou apartamento investimento, enquanto que os servios habitacionais proporcionados pelo novo imvel esto includos no consumo.

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EXERCCIOS DO CAPTULO 2 DO BLANCHARD TESTE O SEU CONHECIMENTO1. Defina Produto Interno Bruto. 2. Explique a diferena entre o PIB Nominal e o PIB Real. 3. O que constitui a formao hednica de preos utilizada para se calcular o PIB? Explique. 4. O que mede a taxa de desemprego? Explique em poucas palavras como calculada? 5. O que o deflator do PIB e como calculado? 6. O que o ndice de Preos ao Consumidor (IPC) e como calculado? 7. Por qual razo devemos nos preocupar com um aumento na taxa de desemprego? Explique concisamente. 8. Aumentos na taxa de inflao podem provocar efeitos negativos na economia. Explique em poucas palavras dois (2) desses efeitos. 9. O que devemos entender por lei de Okun? 10. O que a curva de Phillips representa? 11. Como se calcula o PIB Real usando sries de ndices?

PROBLEMAS DE REVISO1. Considere uma economia imaginria que produz apenas trs bens bifes, ovos e vinho. Os dados das quantidades e preos de cada bem vendido durante dois anos so informados abaixo: 1987 1997 Produo Bifes (libras) 10 7 Ovos (dzias) 10 13 Vinho (garrafas) 8 11 Preo Bifes (libra) Ovos (dzia) Vinho (garrafa)

$ 2,80 $ 0,70 $ 4,00

$ 3,10 $ 0,85 $ 4,50

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Para essa economia hipottica, calcule o dado que se requer para cada um dos anos: a. O PIB Nominal b. O PIB real em dlares constantes de 1987 (i.e., tome 1987 como ano-base) c. O deflator do PIB d. A variao percentual do PIB Real e do deflator do PIB entre 1987 e 1997. 2. Com base em sua anlise no exerccio 1, pergunta-se: o PIB nominal em 1987 era maior, menor ou igual ao PIB Real em 1987? Se os valores para o PIB Nominal e Real em 1987 diferem, explique por que isso ocorre. 3. Suponha que voc receba as seguintes informaes sobre uma economia, a qual consiste de apenas trs empresas. COMPANHIA SIDERRGICA Receitas de vendas Despesas - Salrios - compras de ao Lucros $ 400 $ 340 $ 60 MONTADORA DE CARROS $ 1000 $ 500 $ 400 $ 100 EMBALADORA DE LAGOSTAS $ 200 $ 160 $ 40

a. Utilizando a abordagem dos bens finais, de quanto o PIB? b. Calcule o valor adicionado para cada uma das trs empresas. Com base em seus clculos, de quanto o PIB, utilizando-se a abordagem do valor adicionado? c. A quanto soma a massa salarial (total de salrios ou rendimentos do trabalho) nesta economia? Qual o total de lucros nesta economia? Utilizando seus clculos e a abordagem pelo lado da renda, de quanto o PIB? d. Compare os nveis do PIB obtidos nos itens (a), (b) e (c). Qual dessas abordagens apresenta o maior nvel do PIB? E qual o menor? Explique. e. Com base em sua anlise, qual o percentual do PIB alocado: (1) aos rendimentos do trabalho; e (2) aos lucros? 4. Suponha que o PIB Nominal em 1999 tenha crescido de 7% (sobre o nvel de 1998). Com base nesta informao, o que aconteceu com a taxa de inflao (medida pelo deflator do PIB) e de crescimento real do PIB entre 1999 e 1998? Explique.

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5. Utilize os dados abaixo para responder s seguintes questes:3 Ano PIB Nominal (bilhes de dlares) 3777,2 4268,6 4539,9 4900,4 5250,8 5546,1 5724,8 6020,2 6343,3 Deflator do PIB (1987 = 1) 0,91 0,94 0,969 1,00 1,039 1,085 1.133 1,176 1,235 PIB Real (em dlares de 1987)

1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993

4296,5

4979,5

Fonte: Survey of Current Business, Setembro de 1994

a. Qual foi o PIB Nominal em 1985? Qual o deflator do PIB em 1992? b. Utilizando o deflator do PIB (pelo qual 1987 =1), calcule o PIB real para os demais anos. Em quais desses anos, se que em algum, o PIB Real caiu? Se, de fato, ocorreram redues no PIB Real, o que isso nos diz acerca do nvel de atividade econmica naqueles anos? c. Com base em seus clculos no item (b), compare os nveis do PIB Real com os nveis do PIB Nominal para cada ano. O que sugere esta comparao acerca dos preos (daquele ano com relao a 1987 )? d. Explique por que os economistas se centram no PIB Real mais do que no PIB Nominal ao analisarem o nvel da atividade econmica. 6. Explique concisamente como o PIB Nominal pode aumentar e o PIB Real diminuir em um mesmo perodo de tempo. 7. Suponha que uma economia produza apenas trs bens: batatas, automveis e computadores. Suponha, alm disso, que, nos ltimos dez anos, o preo real das batatas aumentou 20%, o dos automveis 50% e o preo real dos computadores no variou. Se um ndice hednico de preos fosse calculado para cada um dos trs bens ao longo deste perodo, como a formao hednica de preos afetaria a variao do preo do bem ao longo do perodo (quando comparada variao real do preo, seria maior, menor ou a mesma)? Explique.

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As contas nacionais brasileiras so produzidas pelo IBGE (www.ibge.gov.br). Nas contas sinticas, tabela 5, h informaes sobre o PIB brasileiro (total e per capita) a preos correntes (valores nominais), a preos do ano anterior (valores reais) e as variaes anuais dos deflatores do PIB. Como exerccio, escolha um ano base e transforme os valores reais a preos desse ano base e construa uma srie de deflatores referente a esse ano base.

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8. Suponha que voc receba as seguintes informaes sobre uma economia. H 100 milhes de indivduos em idade de trabalhar nesta economia. Desses 100 milhes, 50 milhes esto trabalhando, 10 milhes esto procurando trabalho, 10 milhes pararam de procurar trabalho h dois meses e os restantes 30 milhes no querem trabalhar. a. Calcule o nmero de indivduos desempregados, o tamanho da fora de trabalho, a taxa de desemprego e a taxa de participao. b. Suponha, agora, que, dos 10 milhes de indivduos procurando trabalho, 5 milhes parem de procurar. Tendo em vista essa mudana, calcule o que acontecer ao tamanho da fora de trabalho, taxa de desemprego e taxa de participao. A taxa de desemprego e a taxa de participao se deslocaram na mesma direo? Explique. c. Utilize os nmeros originais para responder ao item (c). Suponha que as empresas experimentem um aumento na demanda por seus produtos e que respondam pelo aumento do emprego. Em particular, 2 milhes de indivduos anteriormente desempregados passam agora a ter empregos. Dada essa mudana, calcule o que acontecer fora de trabalho, taxa de desemprego e taxa de participao. d. Se os trabalhadores desalentados fossem oficialmente contabilizados como desempregados, explique o que ocorreria a: (1) o tamanho da fora de trabalho; (2) o nmero de indivduos empregados; (3) o nmero de indivduos desempregados; (4) a taxa de desemprego; e (5) a taxa de participao.

QUESTES DE MLTIPLA ESCOLHA1. Suponha que o PIB Nominal tenha decrescido durante um determinado ano. Baseado nesta informao, sempre verdadeiro que: a. o PIB Real tenha cado neste ano b. o deflator do PIB tenha cado neste ano c. o PIB Real e/ou o deflator do PIB caram neste ano d. tanto o PIB Real como o deflator do PIB caram neste ano 2. Suponha que o PIB Nominal tenha aumentado de 5% em 1996 (sobre o seu nvel anterior de 1995). De posse dessa informao, sabemos com certeza que: a. o nvel agregado de preos (isto , o deflator do PIB) aumentou em 1996 b. o PIB Real aumentou em 1996 c. tanto o nvel agregado de preos como o PIB Real aumentaram em 1996 d. falta informao para responder a essa questo 3. Suponha que o PIB Nominal em 1980 tenha sido menor do que o PIB Real em 1980. De posse dessa informao, sabemos com certeza que: a. o nvel de preos (isto , o deflator do PIB) em 1980 foi maior do que o nvel de preos no ano-base b. o nvel de preos em 1980 foi menor do que o nvel de preos no ano-base c. o PIB Real em 1980 foi menor do que o PIB Real no ano-base d. o PIB Real em 1980 foi maior do que o PIB Real no ano-base 16

Utilize os dados fornecidos abaixo para responder s questes 4, 5 e 6. Suponha que esta economia consista de apenas trs empresas. COMPANHIA SIDERRGICA Receitas de vendas $ 600 Despesas - Salrios $ 440 - compras de ao Lucros $ 160 MONTADORA DE CARROS $ 2000 $ 1200 $ 600 $ 200 PRODUTORA DE BATATAS $ 400 $ 260 $ 140

4. O valor adicionado criado pela montadora de carros : a. $1400 b. $ 200 c. $ 800 d. $1200 5. O valor adicionado criado pela produtora de batatas : a. $ 140 b. $ 260 c. $ 400 d. $ 120 5. O PIB para esta economia : a. $ 3000 b. $ 500 c. $ 2400 d. $ 2000 7. A formao hednica de preos utilizada: a. para converter valores nominais em valores reais b. para calcular a diferena entre PIB Nominal e PIB Real c. para medir a taxa de variao do deflator do PIB d. para ajustar o preo dos bens a mudanas em suas caractersticas Utilize a informao fornecida abaixo para responder s questes 8 11, que se seguem. Suponha que voc recebeu as seguintes informaes acerca de uma economia. H 200 milhes de indivduos em idade de trabalhar nesta economia. Desses 200 milhes, 100 milhes esto trabalhando atualmente, 20 milhes procurando trabalho, 20 milhes pararam de procurar trabalho h dois meses e os restantes 60 milhes no querem trabalhar.

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8. O tamanho da fora de trabalho nesta economia : a. 200 milhes de indivduos b. 100 milhes de indivduos c. 120 milhes de indivduos d. 140 milhes de indivduos 9. Considerando as definies correntes, utilizadas para classificar a fora de trabalho nos Estados Unidos, o nmero de indivduos desempregados nesta economia de: a. 20 milhes de indivduos b. 40 milhes de indivduos c. 60 milhes de indivduos d. 100 milhes de indivduos 10. Considerando as definies correntes, utilizadas para classificar a fora de trabalho nos Estados Unidos, a taxa de desemprego de: a. 10% b. 16,7% c. 20% d. 14,3%

11. Considerando as definies correntes, utilizadas para classificar a fora de trabalho nos Estados Unidos, a taxa de participao nessa economia de: a. 86% b. 83% c. 70% d. 60% 12. Suponha que um relatrio recente indique que o nmero de indivduos que caem na categoria de trabalhadores desalentados tenha aumentado. Com base nas definies utilizadas para determinar o tamanho e a composio da fora de trabalho e, considerando que todos os demais fatores permaneam constantes, este relatrio estaria indicando que: a. o nmero de indivduos empregados diminuiu b. a taxa de desemprego foi reduzida c. o percentual da fora de trabalho que est desempregada aumentou d. aumentou o nmero de trabalhadores desempregados 13. Considerando as definies correntes, utilizadas para classificar a fora de trabalho nos Estados Unidos, qual dos seguintes indivduos seria considerado como desempregado: a. um indivduo que no tem trabalho e que parou de procurar trabalho h seis semanas b. um indivduo que no tem trabalho e que parou de procurar trabalho h cinco semanas c. um indivduo que tem trabalho, mas que est trabalhando menos de 40 horas por semana (ou seja, trabalha em tempo parcial) d. um indivduo que no tem trabalho e que est no momento procurando trabalho e. um indivduo que no tem trabalho e que nunca procura trabalho 14. Suponha que o deflator do PIB no ano t seja igual a 1,2 e a 1,35 no ano t+1. A taxa de inflao entre o ano t e o ano t+1 : a. 0,15% b. 15% c. 12,5% d.1,125%

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15. Dos itens abaixo, quais preos so includos no deflator do PIB, mas no includos no ndice de Preos ao Consumidor? a. bens e servios intermedirios b. compras pelas empresas de novas fbricas e novo maquinrio c. importaes d. bens de consumo e servios 16. A curva de Phillips ilustra a relao entre: a. variaes na taxa de inflao e na taxa de desemprego b. a taxa de desemprego e o crescimento do PIB c. a taxa de desemprego e a taxa de participao da fora de trabalho d. a taxa de variao do deflator do PIB e o ndice de Preos ao Consumidor 17. A lei de Okun ilustra a relao entre: a. a taxa de desemprego e a taxa de participao da fora de trabalho b. variaes na taxa de desemprego e o crescimento do PIB c. a taxa de inflao e a taxa de desemprego d. a taxa de variao do deflator do PIB e o ndice de Preos ao Consumidor

18. No mdio prazo, variaes no PIB so causadas por variaes: a. nos fatores da demanda b. nos fatores da oferta c. nos fatores da demanda e da oferta d. somente da poltica monetria 19. A taxa calculada de crescimento do PIB Real entre os anos de 2001 e 2002 estar baseada em qual dos seguintes anos, utilizando-se a metodologia corrente (isto , desries de ndices)? a. a mdia dos preos em 2001 e 2002 b. os preos no ano-base, 1992 c. a mdia dos preos em 2002 e 2003 d. os preos em 2002

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PROBLEMAS DE REVISO DO APNDICE 11. Defina Produto Nacional Bruto (PNB). 2. Com base na viso da tica do produto nas contas nacionais, indique quais componentes do PIB. 3. D duas razes pelas quais a Renda Nacional no igual Renda Pessoal. 4. Por que a renda pessoal disponvel menor do que a renda pessoal? 5. Quais so os dois componentes do investimento interno privado bruto? 6. Quais so os trs componentes do consumo? 7. As exportaes lquidas podem ser negativas? Se sim, explique em breves palavras. 8. a) Em um determinado ano, possvel que o PNB de um pas seja maior do que o seu PIB? Se sim, explique em breves palavras. b) Em um determinado ano, possvel que o PNB de um pas seja menor do que o seu PIB? Se sim, explique em breves palavras. so os

QUESTES DE MLTIPLA ESCOLHA1. Se o PNB exceder o PIB, sabemos com certeza que: a. existe um dficit oramentrio b. existe um dficit comercial c. a renda recebida do resto do mundo excede os pagamentos de renda feitos ao resto do mundo d. a renda recebida do resto do mundo menor do que os pagamentos de renda feitos ao resto do mundo 2. O Produto Nacional Lquido (PNL) igual a: a. o PIB menos o consumo de capital fixo b. o PNB menos o consumo de capital fixo c. a renda pessoal disponvel mais o pagamento lquido de juros d. a renda pessoal mais o pagamento lquido de juros 3. Qual item dos apresentados abaixo NO um componente da Renda Nacional? a. salrios e ordenados b. os lucros das empresas c. a renda de aluguel d. os impostos indiretos 20

4. Qual item dos apresentados abaixo NO um componente do consumo? a. a aquisio de uma nova casa b. a compra de bens durveis c. a aquisio de servios habitacionais d. a aquisio de servios de educao

5. Qual ou quais das atividades seguintes NO seria(m) includa(s) na mensurao oficial do PIB? a. a aquisio de uma nova casa b. a compra de uma nova fbrica por uma empresa c. a compra de uma nova mquina por uma empresa d. salrios e vencimentos recebidos por empregados do governo e. compras dos governos estaduais e locais f. a compra de bens intermedirios 6. As variaes nos estoques dos negcios sero positivas quando: a. a produo excede as vendas b. a produo menor do que as vendas c. a produo igual s vendas d. existe um dficit oramentrio e. existe um dficit comercial 7. Qual dos itens que se seguem NO componente do investimento? a. despesas com educao b. a compra de uma nova fbrica por uma empresa c. a compra de uma nova mquina por uma empresa d. a aquisio de uma nova casa 8. Se as importaes excedem as exportaes, sabemos com certeza que: a. o PNB maior do que o PIB b. o PIB maior do que o PNB c. existe um dficit oramentrio d. existe um dficit comercial

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CAPTULO 3 O MERCADO DE BENSOBJETIVOS, REVISO E MATERIAL DE INSTRUODepois de passar por este captulo e pelo material seguinte, espera-se que voc esteja em condies de: (1) Compreender a interao entre a demanda, a produo agregada e a renda. (2) Familiarizar-se com a composio do PIB e com o tamanho relativo de cada um dos seus componentes. (3) Conhecer a distino entre variveis endgenas e exgenas. (4) Compreender as caractersticas da funo consumo. (5) Discutir e explicar o que se entende por produo de equilbrio. (6) Conhecer a diferena entre dispndio autnomo e os outros componentes do dispndio que dependem da renda. (7) Reconhecer que os modelos possuem trs tipos de equao: (1) equaes de comportamento; (2) condies de equilbrio; e (3) identidades. (8) Ilustrar e explicar graficamente os efeitos das variaes do dispndio autnomo sobre a demanda e sobre a produo de equilbrio. (9) Discutir e explicar o multiplicador. (10) Explicar a relao entre o investimento e a soma das poupanas pblica e privada. (11) Explicar o que significa o paradoxo da poupana. 1. INTERAO ENTRE PRODUO AGREGADA, RENDA E DEMANDA Para compreender a interao entre a produo agregada, a renda e a demanda, imaginem o seguinte cenrio: suponha que a economia est em equilbrio (isto , uma situao em que no h presso alguma para alterar a produo). Suponha, agora, que ocorre um evento capaz de causar um aumento na demanda por bens a cada nvel de produo (por exemplo, em decorrncia de um aumento das despesas do governo). As empresas respondem a esse aumento na demanda com o aumento da produo. Conforme observamos no Captulo 2, a renda igual ao produto. Este aumento na renda provocar um segundo aumento na demanda, uma vez que as famlias aumentam suas compras de bens e servios (ou seja, o consumo aumenta).

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As empresas respondero a este segundo aumento na demanda produzindo ainda mais bens e servios. Este processo continua at que um novo nvel de equilbrio seja alcanado.

2. COMPONENTES DO PIB4 Existem trs diferentes agentes na economia: as famlias (tanto as do pas como do exterior), as empresas e os governos (em todos os nveis). Para compreender os componentes do PIB, imagine como o dispndio desses trs grupos. Consumo (C)

As famlias compram bens e servios. A aquisio desses bens pelas famlias representa consumo (C). O consumo tambm o componente maior do PIB. Observao: alguns dos bens e servios comprados pelas famlias representam bens produzidos no exterior. Investimento (I)

O investimento representa a aquisio de novas fbricas e equipamentos pelas empresas (investimento no residencial) e a aquisio de novas casas e apartamentos pelas famlias (investimento residencial). A soma do investimento residencial com o no residencial denominada de investimento fixo (I). Dicas de Aprendizagem Preste ateno quando se referir ao investimento. A partir de agora, investimento estar sempre significando a soma do investimento residencial com o no residencial. O investimento no se refere aquisio de aes ou ttulos ou ao montante de fundos que um estudante tem sua disposio na conta de poupana, por exemplo.

Despesas do Governo (G)

As despesas do governo (G) representam a compra de bens e servios pelos governos nos diversos nveis: federal, estadual, municipal ou local. Dicas de Aprendizagem G no inclui os pagamentos de transferncia, tais como pagamentos da seguridade social ou auxlio desemprego.4

As variveis econmicas so geralmente identificadas por sua primeira letra em maisculas (por exemplo, I representando investimento); essas letras referem-se usualmente a sua denominao em ingls e nunca foram traduzidas de forma a serem identificadas por sua primeira letra em portugus (no caso do I a primeira letra da palavra em ingls -- Investment -- semelhante quela em portugus); muitas vezes a primeira letra de uma varivel j est ocupada identificando outra varivel, forando a que se opte, por exemplo, por sua segunda letra ( o caso de exports e imports que so identificadas por X e M, respectivamente), ou ainda, por uma letra assemelhada ( o caso de income que representada por Y, j que o I est ocupado por investimento).

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Exportaes Lquidas (X M)5

Alguns dos bens e servios adquiridos pelas famlias, pelas empresas e pelos governos podem ser bem estrangeiros. Essas aquisies de bens e servios produzidos no exterior representam as importaes (M). Alguns dos bens e servios produzidos no pas so vendidos a famlias, empresas e governos estrangeiros (voc consegue listar exemplos relevantes?). As vendas para agentes no exterior de bens e servios produzidos internamente representam as exportaes (X). A diferena entre X e M representa as exportaes lquidas; as exportaes lquidas so mais comumente denominadas balana comercial. Se X > M, existe um supervit comercial; se M > X, existe um dficit comercial. Investimentos em Estoques (I s )

O investimento em estoque (I s ) a diferena entre a produo e as vendas. I s pode, portanto, ser positivo, negativo ou zero. Por exemplo, se a produo for maior que as vendas, I s positivo e os estoques de bens das empresas devem estar subindo. Ainda que esses bens no sejam adquiridos durante o perodo corrente, foram obviamente produzidos e, por conseguinte, devem ser includos em nossa medida da atividade econmica (isto , o PIB). 3. DISTINO ENTRE VARIVEIS EXGENAS E ENDGENAS Uma varivel endgena uma varivel que determinada dentro do (ou pelo) modelo. No Captulo 3, o produto (Y) uma varivel endgena. Uma varivel endgena uma varivel que adotamos como sendo dada (isto , determinada fora do modelo). Mudanas em variveis exgenas (por exemplo, mudanas na confiana dos consumidores) provocaro mudanas nas variveis endgenas (por exemplo, em C e Y). Mudanas nas variveis endgenas, no entanto, no causaro mudanas nas variveis exgenas. 4a. A FUNO CONSUMO Supomos que o consumo uma funo crescente da renda disponvel (YD). Ou seja, aumentos na renda disponvel provocaro aumentos no consumo. C representado pela seguinte equao de comportamento: C = c0 + c1 YD onde c0 e c1 so ambos parmetros. c1 representa o efeito sobre o consumo de uma determinada variao na renda disponvel. Por exemplo, se c1 = 0,85, um aumento de $1 na renda disponvel levar a um aumento de 85 centavos no consumo. [Pergunta: O que acontece aos 15 por cento remanescentes do aumento na renda disponvel? Respondemos a esta pergunta na seo 4b, logo abaixo.] c1 um parmetro referido como propenso marginal a consumir e igual a C / YD, onde C5

No caso das importaes, a terceira e a quarta edio do livro do Blanchard em ingls identificam as importaes por IM, denominao que foi adotada pelo tradutor para o portugus. Preferimos adotar apenas a letra M como ocorre com a maioria dos livros de macroeconomia.

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e YD representam a variao no consumo e a variao na renda disponvel (a letra grega lida como variao em). Uma vez que YD = C + S, qualquer variao na renda disponvel ser dividida entre consumo e poupana. Da porque c1 ser maior do que 0 e menor do que 1. c0 representa o nvel de consumo que ocorre quando YD = 0. Como possvel haver consumo positivo quando YD = 0? Isso vai ocorrer via despoupana (os indivduos iro desaplicar seus ativos ou tomar dinheiro emprestado). c0 pode ser referido tambm como consumo autnomo, aquela poro de consumo que independe da renda. Graficamente, temos:

C

C = c0 + c1 YD C c0 YD YD

Dicas de Aprendizagem Se c0 aumenta (devido a, por exemplo, um aumento na confiana do consumidor), a funo consumo se deslocar para cima pelo tanto de variao em c0 (observar que a inclinao no se altera quando c0 varia). Se c1 aumenta, a funo consumo fica mais inclinada. O que se intui deste resultado? Que qualquer aumento dado agora em YD causa um aumento ainda maior no consumo e isso representado pela funo consumo com maior inclinao. Qualquer variao em YD causar movimentos ao longo da funo consumo. YD (ou seja, YD = Y T) aumentar quando a renda total (Y) aumentar e/ou os impostos (T) carem. Dada a definio de renda disponvel, a funo consumo pode ser reescrita como C = c0 + c1 [Y T].

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4b. A FUNO POUPANA As funes poupana e consumo so intimamente relacionadas, uma vez que YD = C + S. Alm do mais, qualquer aumento na renda disponvel gerar um aumento no consumo e um aumento na poupana. O grau em que tanto o consumo como a poupana aumentaro depende da propenso marginal a consumir. Conforme vimos no texto, a funo poupana dada pela seguinte equao: S = -c0 + (1 c1) [Y T]. Se estabelecermos YD = 0 (isto , Y T = 0), vemos que S = - c0. Conforme discutimos acima, C = c0 se YD = 0. Dicas de Aprendizagem Como pode haver consumo quando YD = 0? Os indivduos devem estar ou desaplicando seus ativos ou pedindo dinheiro emprestado. Qualquer uma das situaes traduz despoupana, caso em que S < 0. O que representa a expresso (1 c1)? Seja c1 = 0,85. Se YD aumentar de $1, o consumo aumentar de 85 centavos. O que acontece aos 15 centavos remanescentes do adicional de renda disponvel? Dever ser usado para aumentar a poupana. A expresso (1 c1) representa, portanto, a propenso marginal a poupar. A propenso marginal a poupar mede a extenso em que a poupana varia em decorrncia de uma dada variao na renda disponvel.

Graficamente, temos:

S S = -c0 + (1 c1) YD

S YD - c0

YD

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Dicas de Aprendizagem Qualquer aumento em c0 (isto , um aumento no consumo autnomo) levar a funo poupana a se deslocar para baixo pelo montante da variao em c0. Qualquer aumento em c1 levar a funo poupana a se tornar mais plana (ou seja, diminui a inclinao da funo poupana). Variaes em YD levar a movimentos ao longo da relao de poupana. 5. PRESSUPOSTOS DO MODELO E DEMANDA (Z) Neste captulo, damos como pressupostos que: a. as empresas no mantm estoques; b. a economia fechada (isto , X = M = 0); c. as empresas produzem o mesmo bem; encaramos, portanto, o mercado como de bem nico; e d. as empresas se dispem a vender qualquer quantidade deste bem a um determinado preo. Para esta economia, a demanda pelos bens (Z) se define como Z = C + I + G. Substituindo C pela funo consumo, temos: Z = c0 + c1 [Y T] + I + G

Dicas de Aprendizagem Recorde que tanto I como G (e, para este propsito, T) so exgenas. Alm do mais, c0, T, I e G sero referidas como despesas autnomas. Despesas autnomas so aquelas despesas que so independentes da renda. Observe que o consumo total (C) no autnomo, pois depende da renda.

O equilbrio no mercado de bens se dar quando a produo (Y) for igual demanda (Z). Essa condio de equilbrio (isto , Y = Z) ajuda a explicar a interao entre a produo agregada, a renda e a demanda. Qualquer evento que provoque um aumento nas despesas autnomas gerar um aumento na renda. medida que Y aumentar, Z aumentar como conseqncia do aumento no consumo induzido pela renda. No entanto, h apenas um nico nvel de produo (dados os valores de c0, c1, T, I e G) que satisfar a condio de equilbrio.

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6. A PRODUO DE EQUILBRIO A condio de equilbrio indica que as empresas estabelecero a produo de tal modo que iguale a demanda. Conforme vimos no texto, o nvel de produo de equilbrio representado pela seguinte equao: Y = [1 / (1 c1)] [ c0 c1 T + I + G].

Dicas de Aprendizagem Se voc tiver alguma dificuldade em seguir os passos descritos no texto, lembre-se do curso de lgebra que voc completou no colgio. Temos uma equao (isto , Y = Z) e uma varivel desconhecida (isto , Y).

A equao acima representa o nvel de equilbrio da produo, dados os parmetros (c0 e c1) e as variveis exgenas no modelo (T, I e G). Deve ficar claro que, se qualquer um desses parmetros ou variveis exgenas sofrer alterao, o nvel de produo de equilbrio tambm se alterar.

Dicas de Aprendizagem A expresso entre colchetes, c0 c1 T + I + G, tem uma interpretao simples. Ela representa o nvel de demanda que se daria, caso Y fosse zero. Representa tambm o nvel de demanda que no depende da renda; em suma, representa o dispndio autnomo. O outro termo, 1 / (1 c1), ser algum nmero maior do que um, j que c1 Z. O problema de reviso # 9 ajudar a reforar este conceito.

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Z

ZZ

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Y Y0

7. O MULTIPLICADOR O que acontece produo se as despesas autnomas variarem? Examinaremos isso tanto grfica como algebricamente. Suponhamos que o dispndio governamental caia de 100. Suponhamos, alm disso, que a propenso marginal a consumir 0,8. Algebricamente, a variao na produo causada pela reduo em G igual a 1/(1-0,8)(-100) = -500. Ou seja, cada variao de um dlar em G causa uma variao de $ 5 na produo de equilbrio. Graficamente, observamos que a reduo em G causa uma reduo de um dlar por um dlar nas despesas autnomas. Este declnio em G, portanto, leva a relao de demanda, ZZ, a deslocar-se para baixo em 100. Z A G A B ZZ ZZ

Y Y1 Y0

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Este declnio inicial em G leva a demanda a cair para o ponto B. medida que a demanda cai, a produo varia em 100. medida que a renda cai, a demanda cai novamente, uma vez que nos movemos ao longo da nova linha ZZ. A produo varia novamente e o processo continua at que a economia esteja no ponto A, no qual Y = Z em um nvel mais baixo de produo. Tanto grfica, como intuitivamente, observamos que essa reduo permanente, de uma vez, de G leva a queda em Y a exceder a queda inicial nas despesas autnomas. O multiplicador indica a extenso na qual Y ir variar conforme uma dada variao nas despesas autnomas. No caso aqui, o multiplicador 5. 8. POUPANA, INVESTIMENTO E O PARADOXO DA POUPANA A produo de equilbrio pode ser alcanada, utilizando-se a condio de equilbrio Y = Z. A produo de equilbrio tambm pode ser ilustrada, recorrendo-se a uma abordagem que enfoca a relao entre investimento e poupana. Conforme visto no Captulo 3, S = I + G T quando a economia est em equilbrio. Rearrumando esta equao, tem-se I = S + (T G). Tal equao nos permite obter uma interpretao alternativa da produo de equilbrio, a saber: S representa a poupana privada das famlias. T G representa a poupana pblica. A soma das poupanas privada e pblica representa a poupana nacional. Em resumo, a economia est tambm em equilbrio quando o investimento igual poupana nacional.

Um entendimento bsico desta relao investimento-poupana, combinado ao entendimento do modelo acima apresentado lanar luz sobre o paradoxo da poupana. Em especial, quais so os efeitos de um aumento na poupana? Qualquer aumento autnomo na poupana se far representar por uma reduo igual no consumo autnomo ( c0 < 0). Dicas de Aprendizagem Se voc entender o elo entre o consumo e a poupana, a resposta pergunta acima formulada torna-se bvia. Um declnio em c0 (aumento na poupana autnoma) gerar uma reduo de mesma proporo na demanda a cada nvel de produo. Esta reduo na demanda provocar uma queda na produo igual variao de c0 vezes o multiplicador.

O que acontece com a poupana? Uma vez que I, G e T so todas variveis autnomas, elas no variam quando a renda cai. Isso implica, dada a interpretao alternativa do equilbrio (S = I + G T), que o nvel de poupana permanecer invarivel variao inicial da poupana. Qualquer tentativa de aumentar a poupana causar: (1) uma reduo na produo; e (2) nenhuma variao permanente no nvel de poupana. Esses dois resultados so denominados como o paradoxo da poupana. O problema de reviso # 12 nos permitir trabalhar com um problema numrico de modo a ilustrar esses dois resultados. 31

Dicas de Aprendizagem O Apndice 3 (Uma Introduo Econometria) contm uma introduo til anlise estatstica. O exemplo que usado para ilustrar esses conceitos a propenso marginal a consumir. Alguns instrutores gostam de enfatizar esta matria. Se for o seu caso, leia com ateno este apndice. Para ajud-lo em sua compreenso, inclui um sumrio da matria na seo seguinte.

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APNDICE 3 UMA INTRODUO ECONOMETRIAOBJETIVOS, REVISO E MATERIAL DE INSTRUOAps passar por este apndice e pelo material seguinte, voe estar em condies de: ___ ____ (1) Compreender e explicar a relao entre ( Ct - C) e ( Y Dt - Y D). (2) Explicar como a econometria utilizada para obter estimativas da propenso marginal a consumir. (3) Compreender e explicar os resultados obtidos com a utilizao da econometria. (4) Explicar a diferena entre correlao e causalidade, recorrendo ao exemplo do consumo e da renda disponvel. (5) Interpretar uma equao de consumo que inclui valores defasados no tempo da renda disponvel. ___ ____ 1. A RELAO ENTRE ( Ct - C) E ( Y Dt - Y D) Como podemos obter uma estimativa de c1? Se estimarmos (h mais material sobre como fazemos isso abaixo) os efeitos das variaes do nvel de renda disponvel sobre o nvel de consumo, obteremos uma propenso marginal a consumir prxima de 1 e, por conseguinte, um multiplicador muito elevado. Dicas de Aprendizagem Verifique por conta prpria. Qual o multiplicador quando c1 = 0,8; c1 = 0,9; c1 = 0,95; c1 = 0,99? Para evitar este problema, podemos medir os efeitos sobre o consumo das variaes na renda disponvel acima ou abaixo do normal. Para tanto: Obtenha a variao mdia trimestral do consumo ( C). Como C tem, em geral, se elevado ao longo do tempo, C > 0; Obtenha a variao mdia trimestral da renda disponvel ( YD). Como Y tem, em geral, se elevado ao longo do tempo, YD > 0; Obtenha a variao efetiva em C para cada trimestre ( Ct); e Obtenha a variao efetiva em YD para cada trimestre ( YDt).

Usamos os dados acima para calcular:

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(1) ( Ct - C). Essa expresso representa a variao em C enquanto desvio de sua mdia: pode ser positiva, negativa ou igual a zero; e ____ (2) ( Y Dt - Y D). Essa expresso representa a variao em YD enquanto desvio de sua mdia: pode ser positiva, negativa ou igual a zero. ___ ____ A Figura 4-3, adiante apresentada, ilustra a relao positiva entre ( Ct - C)e ( YDt - YD). Quando a renda disponvel se eleva acima do normal, o consumo tambm se eleva acima do normal. 2. COMO OBTER UMA ESTIMATIVA DA PROPENSO MARGINAL A CONSUMIR? Recorremos econometria para obter uma linha que melhor se ajuste aos pontos correspondentes aos dados na Figura 4-3. A melhor linha (indicada na Figura 4.4) escolhida de modo a minimizar a soma do quadrado da distncia dos pontos linha de ajustamento. Este mtodo denominado de mnimos quadrados ordinrios. A equao estimada denominada regresso. A linha denominada linha de regresso.

Dicas de Aprendizagem Suponha que voc tenha diante de si a seguinte equao: ___ ___ ( Ct - C) = 0,34 ( YDt - YD) + resduo Como interpret-la? A estimativa 0,34 indica que um aumento na renda disponvel de $ 1 bilho acima do normal levaria a um aumento no consumo de $ 0,34 bilho acima do normal. 0,34 representa tambm a inclinao da linha de regresso e, por conseguinte, constitui-se no valor estimado da propenso marginal a consumir (c1 = 0,34). ___ ___ Conforme vimos na Figura 2, a relao entre ( Ct - C) e ( YDt - YD) no perfeita (isto , nem todos os pontos se situam na linha de regresso). Uma variao no consumo pode ser decomposta em duas partes: uma causada por variaes na renda disponvel e a outra por outros fatores. O resduo representa justamente este outro componente. Se as variaes no consumo forem causadas por variaes na renda disponvel, tanto melhor ser o ajustamento da linha de regresso e, por conseguinte, menor o resduo.

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3. INTERPRETAO DOS RESULTADOS ECONOMTRICOS Suponha que lhe dem as seguintes informaes: ___ ___ ___ ( Ct - C) = 0,42 ( YDt - YD) R2 = 0,20 (5,46) Perodo da amostra: 1 trim/1960 a 4 trim/1995 Observaes utilizveis: 144 Graus de liberdade: 143 Como interpretar essas informaes? O problema de reviso # 10 o ajudar na compreenso desta matria. * Varivel dependente: a varivel que estamos tentando explicar (neste caso : ___ ( Ct - C) ). * Variveis independentes: so as variveis usadas para explicar a varivel dependente (neste caso ( YDt - YD)). * Coeficiente: o coeficiente estimado, 0,42 (neste caso, a propenso marginal a consumir estimada). Um aumento de $ 1 bilho na renda disponvel (acima de sua mdia) no perodo t gerar um aumento de $ 0,42 bilho no consumo (acima de sua mdia) no perodo t. A propenso marginal a consumir 0,42. * Estatstica-t: Para cada coeficiente estimado, obtm-se uma estatstica-t. A estatstica-t nos diz qual o grau de confiana que podemos ter de que o verdadeiro valor do coeficiente estimado difere de zero. A estatstica-t para a equao acima o nmero entre parnteses que fica abaixo do coeficiente estimado (ou seja, 5,46). Se a estatstica-t for maior do que 2, podemos ter 95% de certeza de que o coeficiente estimado diferente de zero. Se a estatstica-t for maior do que 5,2 , podemos ter 99,99% de certeza de que o coeficiente estimado diferente de zero. __ __ 2 * R : uma medida de quanto a linha de regresso se ajusta aos dados. R2 varia entre 0 e 1. Quanto mais alto for o seu valor, melhor a linha se ajusta aos dados. * Observaes utilizveis: O nmero de observaes dos dados em um perodo amostral (neste caso, todos os trimestres, desde o 1 de 1960 at o 4 de 1995, o que d 144). * Graus de liberdade: o total de observaes utilizveis menos o nmero de coeficientes estimados (neste caso, 143).

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4. CORRELAO E CAUSALIDADE A plotagem dos dados nas Figuras 4-3 e 4-4 e a propenso marginal a consumir estimada indicam que o consumo e a renda disponvel se movem na mesma direo (isto , so positivamente correlacionadas). Nossa interpretao desses resultados sugere que so as variaes de YD que causam as variaes em C. H, no entanto, duas possveis explicaes para tal resultado. medida que YD aumenta, as pessoas aumentam o consumo; ento, variaes de YD provocam variaes no consumo. Se os indivduos decidem aumentar o consumo como conseqncia de, por exemplo, um aumento da confiana dos consumidores, a demanda, a produo e, portanto, a renda disponvel aumentaro. Neste caso, variaes em YD no causam variaes no consumo. Na verdade, a variao no consumo que causa a variao em YD.

O coeficiente estimado e, portanto, o valor estimado da propenso marginal a consumir poderia captar (isto , incluir) alguns dos efeitos de C sobre YD. Para contornar este problema, os economistas usam a estimativa da varivel instrumental. Como isso feito? Em primeiro lugar, encontre variveis exgenas, variveis que afetem a produo (e, por conseguinte, YD) , mas que no so afetadas por variaes na produo. Em seguida, examine as variaes no consumo em resposta a variaes de YD que sejam causadas por variveis exgenas. Ignore as variaes de YD que sejam causadas por variaes no consumo. Essas estimativas refletiro o efeito de variaes de YD sobre o consumo e no o inverso. Dicas de Aprendizagem As variveis exgenas usadas na estimativa da varivel instrumental so chamadas de instrumentos. A estimativa da varivel instrumental produzir, em geral, estimativas mais baixas quando comparadas s estimativas obtidas pelo mtodo dos mnimos quadrados ordinrios. Por qu? Porque esta abordagem elimina o efeito do consumo sobre YD. Da ser menor o valor estimado da propenso marginal a consumir. O mesmo se passa com o tamanho do multiplicador. A interpretao dos resultados de uma equao estimada pela utilizao dos mtodos da varivel instrumental a mesma que antes.

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EXERCCIOS DO CAPTULO 3 O MERCADO DE BENS TESTE O SEU CONHECIMENTO(As respostas devem ser procuradas nas pginas do Apndice 3, mais adiante) 1. Qual o maior componente do PIB? 2. Explique a diferena entre variveis exgenas, endgenas e autnomas. 3. Qual a diferena entre o investimento fixo e o investimento em estoques? 4. O investimento em estoques pode assumir valores negativos (positivos)? Explique sua resposta. 5. Explique o que a propenso marginal a consumir. 6. Qual o efeito, se que algum, que ter um aumento da confiana dos consumidores sobre: (1) a funo consumo; e (2) a linha de demanda ZZ? 7. Quais variveis determinam a interseo vertical e a inclinao da linha ZZ? 8. Por que a linha de demanda (ZZ) tem inclinao para cima? 9. Explique o que se deve entender pelo multiplicador.

PROBLEMAS DE REVISO1. A tabela baixo inclui informaes sobre o PIB Real (medido em bilhes de dlares de 1987) para os Estados Unidos nos anos de 1993 e 1994. 1993 3459 805 592 213 930 603 676 15 1994 3579 903 672 231 923 655 769 52

Consumo (C ) Investimento (I) No residencial Residencial Despesas do Governo (G) Exportaes (X) Importaes (M) Investimento em Estoques (IS)

a. Calcule o nvel do PIB para 1993 e 1994. Calcule, a seguir, a taxa de crescimento do PIB entre 1993 e 1994. Com base em seus clculos, explique brevemente o que ocorreu com a atividade econmica entre 1993 e 1994. b. Calcule a taxa de crescimento ou de queda para cada um dos componentes do PIB entre 1993 e 1994. Qual dos componentes do PIB apresentou o maior crescimento e qual apresentou o menor durante esses dois perodos? Calcule a parcela de cada componente do PIB entre 1993 e 1994. Algum dos componentes do PIB experimentou variaes em seu tamanho relativamente produo total? Comente sucintamente. c. Com base nos dados dessas duas tabelas, indique o que teria acontecido ao tamanho do dficit comercial dos Estados Unidos nesses dois anos. Se houve variao no dficit, esta teria ocorrido basicamente por variao nas exportaes ou nas importaes? Explique. 37

2. A definio do PIB inclui (ou, de forma equivalente, leva em conta) o valor das alteraes nos estoques (isto , investimentos em estoques). Suponha que tenhamos desenvolvido uma medida alternativa do PIB que ignore o investimento em estoques. Descreva e explique, primeiramente, uma situao em que a excluso do investimento em estoques levaria o valor desta alternativa de medida (a propsito, incorreta) do PIB a ser maior do que o valor do produto obtido ao se recorrer medio usual do PIB. Em seguida, descreva e explique uma situao em que a excluso do investimento em estoques levaria o valor desta alternativa de medida do PIB a ser menor do que o valor do produto obtido ao se utilizar a medio usual do PIB. Finalmente, considerando sua anlise, discuta brevemente por que importante incluir os investimentos em estoques ao se medir o valor corrente do produto. 3. A definio do PIB inclui (ou, de forma equivalente, leva em conta) o valor das exportaes lquidas (X M). Suponha que tenhamos desenvolvido uma medida alternativa do PIB que ignore as exportaes lquidas. Descreva e explique, primeiramente, uma situao em que a excluso das exportaes lquidas levaria o valor desta alternativa de medida (a propsito, incorreta) do PIB a ser maior do que o valor do produto obtido ao se recorrer medio usual do PIB. Em seguida, descreva e explique uma situao em que a excluso das exportaes lquidas levaria o valor desta alternativa de medida do PIB a ser menor do que o valor do produto obtido ao se utilizar a medio usual do PIB. Finalmente, considerando sua anlise, discuta brevemente por que importante incluir as exportaes liquidas ao se medir o valor corrente do produto. 4. Suponha que o consumo nos Estados Unidos da Amrica seja representado pela seguinte equao: C = 200 + 0,5 YD, onde YD = Y T e T = 200. a. Qual o nvel de consumo nesta economia, se YD = 0? Explique sucintamente como os indivduos conseguem pagar por este consumo quando YD = 0. b. Dados os parmetros acima, calcule o nvel de consumo se Y = 1200. Suponha que Y aumente para 1300. O que acontece com o nvel de YD quando Y se eleva para 1300 (ou seja, pede-se que voc calcule a variao que ocorre em YD)? o que acontece com o nvel de consumo quando Y aumenta para 1300? Com base nesta anlise, qual a propenso marginal a consumir desta economia? c. Escreva a funo poupana para esta economia. Qual o nvel de poupana (S) quando Y D = 0? Explique como e por que isto ocorre. Qual a propenso marginal a poupar desta economia? Como voc sabe disso? 5. Suponha que os dados seguintes reproduzam as condies econmicas correntes e o comportamento em determinada economia: C = 400 + 0,75 YD onde YD = T T, T= 400 e Y = 2000. a. Primeiramente, trace graficamente a funo consumo acima no espao C - YD (com C no eixo vertical e YD no eixo horizontal). O que representa a interseo vertical? Explique. Qual a inclinao da funo consumo? Explique. Sendo Y =2000, qual o nvel de consumo desta economia? 38

C

YD

b. Supondo que Y no se altera, ilustre graficamente (na figura acima) e explique os efeitos de uma reduo para 0,5 na propenso marginal a consumir. Calcule o que acontece como nvel de consumo. 6. Suponha que a economia dos Estados Unidos possa ser representada pelas seguintes equaes: Z=C+I+G YD = Y T C = 400 + 0,5 YD G = 600 T = 400 I = 200

a. Qual a propenso marginal a consumir nesta economia? Qual a propenso marginal a poupar? b. Escreva a equao que indica como a demanda (Z) uma funo da renda (Y) e das despesas autnomas restantes. Qual ser o nvel de demanda se Y = 0? O que este nvel de demanda representa? Alm disso, dada a sua equao, o que acontecer com o nvel de demanda (z) se Y aumentar de $1? O que este nmero representa? c. Com base em sua resposta no item (b), calcule o nvel de demanda (Z) para os seguintes nveis de renda: Y = 1600, Y = 1800, Y = 2000, Y = 2200 e Y = 2400. Agora, compare o nvel de demanda que voc calculou para cada nvel de renda com o nvel de renda correspondente. A economia est em equilbrio em algum desses nveis de renda? Explique. d. Utilize seus clculos no item (c) para responder a esta questo. Fazendo Y = 1600, compare os nveis de renda e de demanda. Como as empresas iro responder a esta situao? Explique em poucas palavras. Fazendo Y = 2400, compare os nveis de renda e de demanda. Como as empresas vo responder a esta situao? Explique em poucas palavras. 7. Suponha que a economia dos Estados Unidos possa ser representada pelas seguintes equaes: 39

Z=C+I+G YD = Y T

C = 300 + 0,5 YD G = 1000

T = 400

I = 200

a. Dadas as variveis acima, calcule o nvel de equilbrio da produo. Dica: especifique, em primeiro lugar (utilizando os nmeros acima), a equao de demanda (Z) para esta economia. Em seguida, usando a condio de equilbrio, iguale essa expresso a Y. Tendo feito isso, ache o nvel de equilbrio da produo. Utilizando o grfico ZZ Y (isto , um grfico que inclua a linha ZZ e a linha de 45 graus, estando Z no eixo vertical e Y no eixo horizontal), ilustre o nvel de equilbrio da produo para esta economia.

Z

Y b. Suponha, agora que aumenta a confiana dos consumidores, levando a um aumento no consumo autnomo (c0) de 300 para 400. Qual o novo nvel da produo de equilbrio? De quanto varia a renda como conseqncia deste evento? Qual o multiplicador para essa economia? c. Ilustre graficamente (na figura acima) os efeitos desta variao no consumo autnomo sobre a linha da demanda (ZZ) e sobre Y. Indique claramente em seu grfico os nveis inicial e final de equilbrio da produo. d. Explique, em poucas palavras, por que este aumento na produo maior do que o aumento inicial no consumo autnomo. 8. Repita a anlise feita para a pergunta 7, itens (a) (c). Dessa vez, no entanto, suponha que a propenso marginal a consumir 0,8. a. Ver # 7, item (a). b. Ver # 7, item (b). c. O que ocorreu inclinao da linha ZZ como resultado do aumento na propenso marginal a consumir? Explique. d. O que ocorreu s variaes na produo e, por conseguinte, ao tamanho do multiplicador como resultado do aumento em c1? Explique. 40

e. Ilustre graficamente, utilizando o grfico ZZ Y,os efeitos de um aumento em c1 sobre a produo de equilbrio.

Z

Y 9. Utilize o grfico ZZ Y abaixo para responder s seguintes questes: a. O que a distncia AO representa? Discuta e explique sucintamente quais eventos poderiam ocorrer neste modelo que fariam a distncia AO diminuir. b. Explique, em poucas palavras o que representam as seguintes distncias: OY1, Y1E, Y1F. Esta economia se encontra em equilbrio quando a produo igual a Y1? Explique. c. Explique, em poucas palavras o que representam as seguintes distncias: OY2, Y2B, Y2C. Esta economia se encontra em equilbrio quando a produo igual a Y2? Explique. d. Considerando sua anlise nos itens (b) e (c), qual o nvel da produo de equilbrio? O que preciso ocorrer com esta economia para encontrar-se em equilbrio? Ilustre esta condio no grfico abaixo.

Z

F ZZC

E AB

OY2 Y1

Y

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10. a. Calcule o multiplicador para cada um dos seguintes valores da propenso marginal a consumir: c1 = 0,4; c1 = 0,5; c1 = 0,6; c1 = 0,8; c1 = 0,9. Explique sucintamente o que acontece ao multiplicador quando aumenta a propenso marginal a consumir. b. Explique o que acontece, se que acontece, linha de demanda (ZZ) quando a propenso marginal a consumir assume os seguintes valores: c1 = 0,4; c1 = 0,5; c1 = 0,6; c1 = 0,8; c1 = 0,9. Explique sucintamente o que acontece produo de equilbrio quando aumenta a propenso marginal a consumir. c. Suponha que os responsveis pela poltica econmica tenham a inteno de aumentar a produo de equilbrio de 1000. Para cada um dos valores a seguir, assumidos pela propenso marginal a consumir, calcule a variao necessria no dispndio do governo para que se obtenha o aumento desejado na produo de equilbrio: c1 = 0,4; c1 = 0,5; c1 = 0,6; c1 = 0,8; c1 = 0,9. 11. Suponha que haja duas economias diferentes, ambas representadas pelo modelo indicado no Captulo 3. Suponha tambm que o nvel de equilbrio da produo seja o mesmo em ambos os pases. Por simplicidade, podemos ilustrar o equilbrio para ambas as economias em um mesmo grfico. A linha de demanda para a economia A (B) representada por ZZA (ZZB). Esta situao apresenta no grfico que se segue.

ZZZA

ZZB

Y0

Y

a. Em primeiro lugar, discuta brevemente as diferentes caractersticas das linhas de demanda para essas duas economias. b. Suponha, agora, que os responsveis pela poltica em ambos os pases decidam aumentar as despesas do governo pelo mesmo montante (por exemplo, G aumentar de, digamos, $ 100 bilhes). Primeiramente, explique, em poucas palavras, o que suceder ao nvel de despesas autnomas em cada uma das economias. Em seguida, indique graficamente (na figura acima) o que acontecer com as linhas de demanda como resultado deste aumento idntico em G. c. Sero os efeitos deste aumento de $ 100 bilhes das despesas do governo sobre a produo de equilbrio os mesmos nas duas economias? Explique. 42

12. Suponha que a economia dos Estados Unidos possa ser representada pelas seguintes equaes: Z=C+I+G YD = Y T C = 300 + 0,9 YD G = 2000 T = 1000 I = 200

a. Calcule o nvel de equilbrio da produo. b. Aps ter calculado a renda de equilbrio, calcule o nvel de consumo para esse nvel da produo. Dica: se voc conhece o montante dos impostos e da renda, voc consegue chegar facilmente ao nvel da renda disponvel de modo a calcular o consumo. c. Escreva a funo poupana para esta economia. A seguir, calcule o nvel de poupana que se verifica no nvel de equilbrio da produo. d. Suponha, agora, que as famlias decidam aumentar sua poupana autnoma de 100. Equivalentemente, as famlias tero decidido cortar o seu consumo autnomo em 100. Calcule o novo nvel de equilbrio da produo que se verifica como resultado do decrscimo do consumo autnomo em 100. Este aumento desejado na poupana teve um efeito positivo ou negativo sobre a atividade econmica? Explique. e. Com base em sua anlise no item (d), calcule o nvel de poupana que se verifica neste novo nvel de equilbrio da produo. Compare este nvel de poupana com o nvel de poupana obtido no item (c). O que aconteceu ao nvel de poupana nesta economia como conseqncia do desejo aumentado de poupar? Explique. 13. Para cada um dos seguintes eventos, explique o efeito que o evento produz sobre: (1) as despesas autnomas; (2) a produo de equilbrio; (3) a inclinao de ZZ; e (4) o multiplicador. a. reduo na confiana nos rumos da economia, resultando em reduo no investimento no residencial b. aumento na confiana dos consumidores, resultando em aumento no investimento residencial c. aprovao, pelo Congresso, de um oramento que obriga a uma reduo no dispndio governamental d. aumento na propenso marginal a consumir e. aumento na propenso marginal a poupar

QUESTES DE MLTIPLA ESCOLHA1. Uma reduo nas despesas de governo (G) poder ocorrer caso: a. o dispndio governamental ao nvel estadual diminuir b. o dispndio governamental ao nvel local diminuir c. o dispndio governamental ao nvel federal diminuir d. todas as possibilidades acima

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2. Suponha que a economia dos Estados Unidos da Amrica seja uma economia aberta. Com esta informao, podemos esperar que: a. as exportaes (X) excedam as importaes (M) b. X < M c. X = M = 0 d. as famlias norte-americanas (alm do seu governo e dos setores empresariais do pas) comercializem bens e servios com indivduos/empresas de outros pases 3. Acabamos de estudar, neste captulo, a diferena entre variveis endgenas e exgenas. H uma ou mais variveis endgenas em nosso modelo de mercado de bens? Assinale a resposta correta. a. consumo e poupana b. despesas do governo e consumo c. investimento e poupana d. impostos e. todas as variveis acima f. nenhuma delas 4. H uma ou mais variveis exgenas em nosso modelo de mercado de bens? Assinale a resposta correta. a. poupana e investimento b. despesas do governo e impostos c. renda disponvel e impostos d. demanda por bens (Z) e. todas as variveis acima f. nenhuma delas 5. Qual ou quais das seguintes variveis ou so variveis endgenas em nosso modelo de mercado de bens? a. consumo autnomo e propenso marginal a consumir b. dispndios governamentais c. impostos d. consumo Responda s questes que se seguem (isto , de # 6 a # 9), usando a informao contida na seguinte equao de comportamento: C = 200 + 0,75 YD 6. Para esta economia, um aumento de uma vez s, mas permanente, na renda disponvel (YD) de 200 levar o consumo a aumentar de: a. 150 b. 200 c. menos de 150 d. mais de 200 44

7. Se YD = 0, sabemos que: a. a poupana igual a 0 b. a poupana igual a 200 d. tanto a poupana como o consumo so ambos iguais a 0 8. A funo poupana para a economia acima descrita seria: a. S = 200 + 0,25 YD b. S = 0,75 YD c. S = 200 + 0,75 YD d. S = - 200 + 0,25 YD 9. O multiplicador para esta economia igual a: a. 0,75 b. 0,25 c. 4 d. 1,33 e. 1 c. a poupana igual a -200

10. Quando a economia est em equilbrio, sabemos com certeza que: a. a poupana privada igual ao investimento b. a poupana pblica igual ao investimento c. o oramento federal est equilibrado (isto , G = T) d. a renda igual demanda e. o consumo igual poupana privada 11. Um aumento na propenso marginal a poupar tende a gerar: a. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variao nas despesas de governo impacto menor na produo de equilbrio b. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variao nas despesas de governo impacto maior na produo de equilbrio c. uma reduo no multiplicador e fazer uma dada variao nas despesas de governo impacto menor na produo de equilbrio d. um a reduo no multiplicador e fazer uma dada variao nas despesas de governo impacto maior na produo de equilbrio ter um ter um ter um ter um

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12. Um aumento na propenso marginal a consumir tende a gerar: a. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variao nas despesas de governo impacto menor na produo de equilbrio b. um aumento no multiplicador e fazer uma dada variao nas despesas de governo impacto maior na produo de equilbrio c. uma reduo no multiplicador e fazer uma dada variao nas despesas de governo impacto menor na produo de equilbrio d. uma reduo no multiplicador e fazer uma dada variao nas despesas de governo impacto maior na produo de equilbrio ter um ter um ter um ter um

Responda s cinco questes seguintes (isto , de # 13 a # 17), utilizando-se da seguinte informao. Suponha que a economia dos Estados Unidos seja representada pelas seguintes equaes: Z=C+I+G YD = Y T C = 300 + 0,5 YD G = 2000 T = 1600 I = 200

13. As variveis endgenas nesta economia so: a. as despesas do governo (G) d. o consumo e a poupana (C e S) b. os impostos (T) c. o investimento fixo (I)

14. Dadas as variveis acima, o nvel de equilbrio da produo para esta economia : a. 900 b. 1800 c. 1700 d. 2500 e. 3400

15. O multiplicador para a economia acima : a. 0,5 b. 1 c. 2 d. 4

16. Suponha que os responsveis pela poltica fiscal implementem uma poltica que leve o dispndio governamental a aumentar de 200 (ou seja, o novo nvel de despesas do governo ser 2200). Com base em nosso entendimento de como funciona a economia acima, podemos esperar que a produo de equilbrio venha a: a. aumentar em 200 d. aumentar em 100 b. aumentar em menos do que 200 c. aumentar em 400

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17. Alm de usar a renda disponvel para o consumo, as famlias tambm utilizaro uma parcela da renda disponvel para poupana. A funo poupana para a economia acima que sintetiza o comportamento das famlias dada por: a. S = 300 + 0,5 YD b. S = - 300 - 0,5 YD c. S = - 300 + 0,5 YD d. S = 300 + 0,5 Y e. S = - 300 + 0,5 Y 18. Suponha que as famlias experimentem uma reduo em seu nvel de confiana. Suponha, em seguida, que esta reduo na confiana redunde em uma reduo do consumo autnomo (c0). Essa reduo em c0 causar: a. nenhuma variao na produo e nem no nvel final de consumo b. uma reduo na produo e uma reduo no nvel de poupana c. nenhuma variao na produo caso o nvel de poupana no se alterar d. nenhuma reduo no nvel de poupana 19. Um aumento na propenso marginal a consumir gerar: a. um aumento na produo e um aumento do multiplicador b. uma reduo na produo e uma reduo do multiplicador c. um aumento na produo e uma reduo do multiplicador d. uma reduo na produo e um aumento na propenso marginal a poupar 20. Um aumento no investimento fixo (I) gerar: a. uma reduo na produo e uma reduo do multiplicador b. um aumento na produo e um aumento do multiplicador c. um aumento na produo e nenhuma variao do multiplicador d. nenhuma variao do multiplicador e, por conseguinte, nenhuma variao na produo

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EXERCCIOS DO APNDICE 3 UMA INTRODUO ECONOMETRIA TESTE O SEU CONHECIMENTO __1. Suponha que lhe apresentem dados para a seguinte varivel: ( Ct - C). O que esses dados medem? 2. O que a linha de regresso e como obtida? 3. Qual a diferena entre uma varivel independente e uma varivel dependente? 4. Como podem as variaes no consumo afetarem e causarem variaes na renda disponvel?

PROBLEMAS DE REVISO1. Suponha que lhe dem as seguintes informaes: ___ ___ ___ ( Ct - C) = 0,49 ( YDt - YD) R2 = 0,24 (3,34) Perodo da amostra: 1 trim/1960 a 4 trim/1997 Pergunta-se: a. Quantas observaes utilizveis existem para esse estudo? b. Quantos graus de liberdade existem para esse estudo? c. Como interpretar o nmero 0,49? d. Qual o grau de confiana que podemos ter de que o verdadeiro coeficiente diferente de zero? Por qu? __ e. O que significa o tamanho de R2 ? ___ f. O valor acima de R2 sugere um ajustamento bom ou ruim? Explique em poucas palavras. ___ g. Se voc tivesse que colocar no grfico a linha de regresso acima, com ( Ct - C) no ____ eixo vertical e ( YDt - YD) no eixo horizontal, o que significa o coeficiente? 2. Suponha que tenhamos estimado a equao de consumo para os Estados Unidos e para o Canad e obtido os seguintes resultados: ___ ___ Resultados para os Estados Unidos: ( Ct - C) = 0,60 ( YDt - YD) R2 = 0,20 ___ (3,34) ___ Resultados para o Canad: ( Ct - C) = 0,50 ( YDt - YD) R2 = 0,24 (3,98) 48

a. Qual a propenso marginal a consumir e o multiplicador nos Estados Unidos? b. Qual a propenso marginal a consumir e o multiplicador no Canad? c. Quais so as variveis independentes nessas duas equaes? d. Quais so as variveis dependentes nessas duas equaes? e. Qual dessas duas equaes representa o melhor ajustamento? Explique.

QUESTES DE MLTIPLA ESCOLHA __1. Um R2 com valor entre 2 e 5,2: a. no pode ocorrer b. sugere que a linha de regresso representa um bom ajustamento aos dados c. indica que nosso grau de confiana de pelo menos 95% de que o verdadeiro coeficiente seja diferente de zero d. sugere que seja utilizado o mtodo da varivel instrumental 2. A linha de regresso obtida usando-se o mtodo dos mnimos quadrados ordinrios escolhida de modo a: a. maximizar o tamanho do coeficiente estimado b. minimizar a soma dos quadrados das distncias dos pontos linha de regresso c. maximizar o tamanho do multiplicador e. minimizar o tamanho do multiplicador 3. Uma estatstica-t prxima a zero indica que: a. a linha de regresso se ajusta bem aos dados b. a regresso no se ajusta bem aos dados c. o resduo pequeno d. no podemos ter um grau de confiana de 95% de que o verdadeiro coeficiente seja diferente de zero 4. O mtodo da varivel instrumental utilizado quando: a. acredita-se que as variaes na varivel dependente possam estar influenciando variaes na varivel independente b. acredita-se que as variaes na varivel independente possam estar influenciando variaes na varivel dependente ___ c. o R2 baixo d. nenhuma das proposies acima

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Captulo 4 OS MERCADOS FINANCEIROSOBJETIVOS, REVISO E MATERIAL DE INSTRUODepois de passar por este captulo e pelo material seguinte, espera-se que voc esteja em condies de: (1) Saber distinguir entre moeda e ttulos. (2) Reconhecer a diferena entre poupana, aplicaes, riqueza, renda e investimento. (3) Compreender a diferena entre variveis de fluxo e de estoques. (4) Explicar os determinantes da demanda por moeda. (5) Explicar o que significa, no caso, a velocidade e explicar como as variaes da taxa de juros influenciam a velocidade. (6) Explicar os determinantes da taxa de juros e familiarizar-se com a relao LM. (7) Discutir o balano dos bancos e avaliar o balano do Banco Central. (8) Entender os componentes e determinantes da oferta de moeda. (9) Explicar os efeitos dinmicos das operaes de mercado aberto sobre a oferta de moeda. (10) Compreender os determinantes da taxa de juros com base no funcionamento do mercado de moeda do Banco Central. 1. DISTINO ENTRE MOEDA E TTULOS Neste captulo, supomos que haja somente dois ativos financeiros: moeda e ttulos. (1) Moeda A moeda um ativo financeiro que pode ser utilizado nas transaes e sobre o qual no incidem juros. H vrias definies de moeda (isto , M1, M2, etc). M1, como ser aqui considerado, consiste de: (1) moeda corrente (MC) ou dinheiro: moedas e notas emitidas pelo Banco Central; e (2) depsitos em conta corrente: depsitos bancrios conversveis em dinheiro a qualquer momento por meio, por exemplo, de cheque. Dicas de Aprendizagem M1 inclui tambm os cheques de viagem (travelers checks ). Na discusso que se segue, porm, os cheques de viagem sero ignorados, pois representam menos de 1% do M1.

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(2) Ttulos Os ttulos so ativos financeiros que pagam uma taxa de juros (i), mas que no podem ser usados para transaes correntes. Deve-se ter cuidado para no confundir moeda e ttulos com as seguintes variveis: Poupana: a parte da renda disponvel que no consumida Riqueza: o valor dos ativos financeiros menos o valor dos passivos financeiros Renda: os recebimentos por trabalho, rendas de aluguel, juros e dividendos Investimento: a aquisio de novas fbricas e equipamentos pelas empresas e a compra de novas casas e apartamentos por proprietrios particulares Dicas de Aprendizagem fcil confundir as variveis acima, pois, com freqncia, so utilizadas alternativamente (e incorretamente!). Por exemplo, pense se h algo de errado nas seguintes afirmativas. caso de corrigi-las? Ou de melhor qualific-las? Espero ganhar um monte de dinheiro depois que me formar. Ela tem um monto de investimentos na bolsa de valores.

(3) Variveis de estoque versus variveis de fluxo Podemos usar as variveis acima para fazer a distino entre variveis de estoque e de fluxo. Uma varivel de fluxo uma varivel que deve ser expressa em unidade de tempo. Exemplos: a renda anual; a poupana por trimestre; o dficit oramentrio anual. Uma varivel de estoque pode ser medida em qualquer momento de tempo. Riqueza e moeda so variveis de estoque, pois podem ser mensuradas a qualquer momento. 2. A ESCOLHA ENTRE MANTER MOEDA E TTULOS Os indivduos decidem como alocar sua riqueza entre moeda (dinheiro) e ttulos. Dois casos extremos podem ilustrar os fatores que afetam esta deciso. Caso 1: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em ttulos. Esta alocao de portflio: (1) maximizar o rendimento de juros; mas tambm (2) maximizar os custos (custos de transao), associados converso dos ttulos em dinheiro quando voc precisar comprar qualquer coisa. Caso2: Suponha que toda a sua riqueza seja mantida em moeda. Esta alocao: 51

(1) minimizar os custos (de fato, estes sero zero) associados converso de ttulos em dinheiro; mas tambm (2) minimizar o rendimento de juros percebidos por sua riqueza (o rendimento de juros ser igual a zero). Os indivduos tendero, portanto, a manter tanto moeda como ttulos. 3. OS DETERMINANTES DA DEMANDA POR MOEDA (Md) A demanda por moeda (Md) depende de: (1) Do nvel de transaes: medida que aumenta o nvel das transaes, os indivduos alocaro moeda uma maior proporo do seu portflio. Inclumos a renda nominal ($Y) no lugar do nvel de transaes. Por qu? Ao contrrio do nvel de transaes, $Y pode ser mensurada. medida que $Y aumenta, o nvel de transaes aumenta, levando Md a crescer tambm. (2) Da taxa de juros sobre os ttulos (i): Quando i se eleva, os indivduos ficam mais dispostos a aceitar os custos adicionais de converso de ttulos em dinheiro para se beneficiar de uma maior taxa de juros sobre ttulos. Quando i se eleva Md diminui. Md , pois, funo crescente de $Y e funo decrescente de i. Escreve-se Md como Md = $YL(i). Como interpretar isso? (1) Md proporcional a $Y. Se sua renda nominal subir 5%, sua demanda por moeda aumentar 5%. (2) Aumentos na taxa de juros causam uma reduo na demanda de moeda. Este efeito capturado pela funo L(i). Md indicada graficamente na Figura 4-1. A respeito de Md deve ficar claro o seguinte: (1) Cada curva de demanda de moeda desenhada para um determinado nvel de $Y. (2) A demanda por moeda tem inclinao para baixo porque, medida que aumenta i, os indivduos aumentam seus ativos em ttulos e reduzem seus ativos em dinheiro (a curva NO se desloca); e (3) Variaes em $Y causaro variaes na demanda por moeda e, por conseguinte, deslocamentos da curva de demanda por moeda. 4. DEMANDA POR MOEDA, TAXA DE JUROS E VELOCIDADE Duas caractersticas podem ser vistas nas Figuras 4-2 e 4-3. (1) Os aumentos em i causam redues em M/$Y, o que consistente com o pressuposto de que a demanda por moeda uma funo decrescente da taxa de juros. (2) A razo M / $Y, aps ter-se levado em conta a taxa de juros, tem decrescido ao longo do tempo. 52

A velocidade da moeda a razo $Y / M. A velocidade aumentar quando: (1) a taxa de juros aumentar. Uma ta