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ANESTESIA GERAL E SEDAÇÃO Maria José C. Carmona Disciplina de Anestesiologia FMUSP 2010

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Page 1: (Microsoft PowerPoint - Anestesia Geral e Seda\347\343o - Gradua

ANESTESIA GERAL

E SEDAÇÃOMaria José C. Carmona

Disciplina de AnestesiologiaFMUSP

2010

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OBJETIVOS

• Compreender as fases e os componentes da anestesia geral

• Revisar a farmacocinética e farmacodinâmica dos anestesicos inalatórios e venosos

• Entender as indicações e ação dos relaxantes musculares

• Compreender as complicações relacionadas àAnestesia geral

• Definir sedação e seus graus, suas indicações e similaridades com a anestesia geral

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Anestesia Geral• Preparo pré-anestésico - MPA• Monitorização• Acesso Venoso• Pré-oxigenação• Indução anestésica

– hipnótico + opióide + relaxante muscular– ou: anestesia inalatória

• Ventilação manual - Intubação traqueal (-)• Instalação da ventilação mecânica (-)• Manutenção da Anestesia

– Anestesia Inalatória– Anestesia Venosa– Anestesia Balanceada

• Recuperação Anestésica– Necessidade de sedação Pós-Operatória?

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ANESTESIA GERAL� ANALGESIA� INCONSCIÊNCIA (HIPNOSE) - AMNÉSIA� BLOQUEIO NEUROVEGETATIVO� RELAXAMENTO MUSCULAR

agente único

�conjunto de agentes�com diferentes propriedades

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ANESTESIA INALATÓRIA

•Gases• óxido nitroso• xenônio

•Vapores• halotano• enflurano• isoflurano• sevoflurano• desflurano

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Carga elétrica (vermelho >>> azul)

Sevoflurano

Gramicidina

Halotano

224 Óleo:gás 47

Anestesia InalatóriaFundamentos: química, física e biologia

Sevoflurano

Isoflurano

Desflurano

• Hipótese de Meyer-Overton– Solubilidade lipídica– Potência anestésica

• Luciferase: proteína purificada– Ausente na membrana celular– Anestésicos diminuem “luz”

• Comportamento sugere interação entre halogenadose sítios hidrofóbicos– Interação pode ocorrer na

interface entre canais proteicos e na transição hidrofóbica da membrana celular

• Associação entre as teorias de Meyer-Overton (lípides) e receptor molecular (proteína).

Perouansky M. ASA Refresher Courses 2007, vol: 35 Tang P, Xu Y. Proc Nat Acd Science 2002, 99: 16035

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Anestésicos InalatóriosPropriedades Físicas

Page 8: (Microsoft PowerPoint - Anestesia Geral e Seda\347\343o - Gradua

Anestésicos inalatóriosFarmacocinética

• Absorção– Fração inspirada

• Ventilação• Perfusão

– Fração alveolar• Efeito “segundo gás”

• Distribuição– Partições

• Metabolismo– Hepático– Renal

• Excreção– Pulmonar

FIFIFAFA

FGFFGF

DIFUSÃO

FGF- Fluxo de gases frescosFI – Fração InspiradaFA – fração alveolar

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Isof

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CAMmúsculos

gordura

FA/FI

Tempo de Administração

Anestesia inalatória

Page 10: (Microsoft PowerPoint - Anestesia Geral e Seda\347\343o - Gradua

CAMConcentração Alveolar Mínima

Anestésico Inalatório CAM

Halotano

Enflurano

Isoflurano

Sevoflurano

Desflurano

N2O

0,7

1,7

1,17

1,9

6,0

104

Page 11: (Microsoft PowerPoint - Anestesia Geral e Seda\347\343o - Gradua

Anestesia inalatóriaEfeitos fisiológicos

Fluxo, débito urinário e filtração glomerular

Renal

Metabolismo

Pressão Intracraniana

Fluxo Sanguíneo

Cerebral

FrequênciaRespiratória

Volume Corrente

Respiratório

Débito Cardíaco

Frequência Cardíaca

Pressão Arterial

Cardiovascular

SevofluranoIsofluranoEnfluranoHalotanoN2O

Efeitos desejáveis:• Odor agradável• Não irritante de vias aéreas

Vantagens vs. Desvantagens

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Con

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Tempo desde o bolus (min)Tempo desde o bolus (min)

Fase terminalFase terminal

Fase de distribuição lentaFase de distribuição lenta

Fase de distribuição rápidaFase de distribuição rápida

ANESTESIAVENOSA

Bolus X Infusão ContínuaBolus Bolus X Infusão ContínuaX Infusão Contínua

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REDISTRIBUIÇÃO DO TIOPENTAL

Por

cent

agem

da

dose

Tempo (min)

sangue

cérebro

tecidos magros

gordura

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Não opióides•Barbitúricos•Benzodiazepínicos•Cetamina•Etomidato•Propofol

ANESTESIA VENOSA

Opióides•Morfina•Fentanil•Alfentanil•Sufentanil•Remifentanil

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OPIÓIDES

• Papoula oriental (Papaver somniferum)→→→→ ópio• Teofrasto - Século III a.C.• Derivados do ópio

• morfina, codeína, papaverina, dentre outros• Opióides sintéticos

• meperidina, fentanil e derivados, nalbufina, tramadol• Antagonistas opióides

• naloxona, naltrexona• Opióides endógenos

• Met-encefalina, dinorfina, β-endorfina

Receptores opióides (µµµµ, δδδδ, κκκκ)

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Opióides Agonistas µµµµ

•Analgesia / Sedação

•Depressão respiratória

•Vasodilatação

•Bradicardia

•Náusea

•Miose

•Bloqueio Neurovegetavivo

Opióides Agonistas µµµµ

•Analgesia / Sedação

•Depressão respiratória

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Efeitos Respiratórios dos Anestésicos Venosos

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INDUINDUÇÇÃO ANESTÃO ANESTÉÉSICASICA

Efeitos Cardiovasculares dos Anestésicos Venosos

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Uso de Relaxantes Musculares em Anestesia Geral

• Indicações• Efeitos dose-dependentes / duração variável

– Leve relaxamento muscular até apnéia– Potencialização do efeito: hipotermia, acidose, �K+, �Mg++,

aminoglicosídeos, anestésicos inalatórios

• Monitorização do relaxamento muscular

Tipos de Relaxantes MuscularesADESPOLARIZANTES� Pancurônio, Vecurônio, Atracúrio, Cisatracúrio, RocurônioDESPOLARIZANTES� succinilcolina

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• Broncoconstricção• Bradicardia• Aumento do peristaltismo e secreções

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Contraforte da

Ansiedade

Vale da Indução

Planalto da Intubação

Lago da preparação

Rio do Sono

Monte da Incisão

Colinas da Cirurgia

Planícies Pré-Despertar

Montanhas do

Despertar

ANESTESIA GERALESTÍMULO ANESTÉSICO CIRÚRGICO

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C0MPLICAÇÕES DA ANESTESIA GERALC0MPLICAÇÕES DA ANESTESIA GERAL

•Anestesia / sedação insuficientes•Complicações respiratórias

»Hipóxia – Parada Cardíaca»dificuldade de ventilação e intubação traqueal»aspiração de conteúdo gástrico»broncoespasmo

•Complicações cardiovasculares•Complicações relacionadas ao T.G.I.•Complicações neurológicas•Reações alérgicas•Hipertermia maligna

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RECUPERAÇÃO ANESTÉSICARECUPERARECUPERAÇÇÃO ANESTÃO ANESTÉÉSICASICA

�Interrupção da administração de anestésicos�farmacocinética dos anestésicos

�Uso de antagonistas, se necessário�Despertar do paciente�Extubação traqueal�Avaliação geral�Encaminhamento à R.P.A.

��InterrupInterrupçção da administraão da administraçção de anestão de anestéésicossicos�� farmacocinfarmacocinééticatica dos anestdos anestéésicossicos

��Uso de antagonistas, se necessUso de antagonistas, se necessááriorio��Despertar do pacienteDespertar do paciente��ExtubaExtubaççãoão traquealtraqueal��AvaliaAvaliaçção geralão geral��Encaminhamento Encaminhamento àà R.P.A.R.P.A.

U.T.I. - Necessidade de sedação Pós-Operatória?

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SEDAÇÃO

• Necessária em diversas especialidades médicas• Objetivos

– �Ansiedade e Stress– �Conforto e Cooperação– Facilitar Procedimentos Terapêuticos

• Principais indicações– Prodecimentos diagnósticos e terapêuticos

• Associação com anestesia local– Terapia intensiva– Cuidados paliativos

• Fármacos utilizados– Hipnóticos: Benzodiazepínicos, Propofol, Barbitúricos, Fenotiazinas,

Clonidina, Ketamina, Neurolépticos, Anestésicos voláteis– Opióides: morfina, fentanil, remifentanil

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Resolução CFM 1670/2003SedaçãoLeve

• Responde ao comando verbal.• Cognitivo e coordenação comprometidas.• Cardio e Resp sem comprometimento.

Moderada/Analgesia (“Consciente")• Responde ao estímulo tátil.• Depressão consciência.• Cardio e Resp mantidas.

Profunda/Analgesia• Responde a estímulos dolorosos.• Resp comprometida / insuficiente• Assistência para via aérea permeável• Respostas são individuais.

I. Equipamentos... manutenção da via aérea... oxigênio...

II. ... tratamento de intercorrências e eventos adversos sobre os sistemas cardiovascular e respiratório;

III. ... documentação completa... uso das medicações, suas doses e efeitos;

IV. Documentação com critérios de alta do paciente.

2º- Outro médico faz o procedimento...

3º- Transporte se intercorrência grave...

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Avaliação da SedaçãoEscala de Agitação-Sedação de Richmond.

Semin Respir Crit Care Med 2001;22:211–25American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine 2002;166:1338-44

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INDICAÇÃO DE SEDAÇÃO x

TEMPO DE PERMANÊNCIA NA UTI

Tolerância VCMAmnésiaAnsiolíticoSono NoturnoSupressão da TosseAnalgesia

< 72 horas > 5 diasSIM NÃOSIM NÃOSIM SIMSIM SIMSIM NÃOSIM ?

Uso de relaxantes musculares em UTI

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Sedação ideal• Hipnose• Analgesia• Amnésia• Início e término de ação

rápido• Ausência de efeitos sobre a

função cardio respiratória• Eliminação independente da

função hepática e renal• Metabólitos inativos• Sem efeitos cumulativos• Custo baixo a moderado

Riscos da Sedação• Comprometimento cardiovascular

• Depressão respiratória

• Adição

• Tolerância ao fármaco

• � tempo ventilação mecância

• � risco de infeção respiratória

• Perda de massa muscular

• � risco de TVP

• Inibição do sono REM

• Delírio / amnésia

• � necessidade de traqueostomia