micronurientes e perspectivas futuras - sbcs

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LOPES, A.S.& ABREU, C.A. . Micronutrientes na agricultura brasileira: evolução histórica e futura. In: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo. (Org.). Tópicos Especiais em Ciência do Solo. 1 ed. : sociedade Brasileira de Ciência do Solo, 2000, v. 1, p. 265-298. Respeite os direitos autorais citando a fonte de consulta

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este trabalho relata a história da análise de micronutrientes no Brasil, além dos principais resultados de pesquisa sobre o assunto.

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LOPES, A.S.& ABREU, C.A. . Micronutrientes na agricultura brasileira: evoluo histrica e futura. In: Sociedade Brasileira de Cincia do Solo. (Org.). Tpicos Especiais em Cincia do Solo. 1 ed. : sociedade Brasileira de Cincia do Solo, 2000, v. 1, p. 265-298.

Respeite os direitos autorais citando a fonte de consulta

MICRONUTRIENTES NA AGRICULTURA BRASILEIRA: EVOLUO HISTRICA E PERSPECTIVAS FUTURAS LOPES, A.S.(1) & ABREU, C. A.(2 RESUMO Desde a dcada dos 40s que a anlise de micronutrientes em solo vem sendo usada no Brasil, como critrio diagnstico de disponibilidade. Os primeiros experimentos conduzidos principalmente, no Estado de So Paulo e na regio dos Cerrados mostraram que as solues cidas concentradas eram ineficientes em avaliar a disponibilidade dos micronutrientes. Foram iniciados, ento, estudos usando cidos diludos, solues trocveis tamponadas ou no, e agentes quelantes objetivando selecionar o melhor extrator. Os resultados desses experimentos mostraram que a anlise do solo pode ser usada como critrio diagnstico da disponibilidade de B, Cu, Mn e Zn. A escolha do extrator variou conforme a regio do pas. Atualmente, com critrios de interpretao dos teores no solo definidos, existem os extratores Mehlich-1, DTPA e HCl para Cu, Fe, Mn e Zn e a gua quente ou o cloreto de brio para B. J no fim da dcada dos 50s e incio dos 60s, alguns trabalhos mostravam respostas positivas ao uso de micronutrientes em vrias culturas. A partir dos 70s, houve uma intensificao de trabalhos envolvendo micronutrientes, tanto em casa de vegetao como no campo, tendo como vetor o incio da incorporao dos solos sob cerrado no processo produtivo, cuja carncia de vrios micronutrientes, principalmente zinco e boro, j era conhecida na poca. Fatos marcantes que permitiram a acelerao desses estudos foram: a) a instalao do sistema de pipetagem automtica nas anlises de solo no Brasil; b) o incio da utilizao do extrator de Mehlich-1 para P e K, possibilitando, tambm, a determinao de Cu, Fe, Mn e Zn no mesmo extrato; c) o incio do uso da espectrofotometria de absoro atmica. O perodo correspondente a dcada dos 80s e incio dos 90s se caracterizou por um grande nmero de revises do estado da arte envolvendo micronutrientes no Brasil. Foram tambm marcantes as contribuies procurando avaliar a eficincia de doses, fontes e mtodos de aplicao, e a incluso dessas recomendaes na maioria dos sistemas estaduais ou regionais oficiais de recomendao de adubao para as mais diversas culturas. As perspectivas futuras de pesquisas devem envolver: a) a avaliao dos extratores convencionais para situaes especficas; b) novos extratores, principalmente os multinutrientes; c) calibrao para as principais culturas; d) a avaliao dos limites de toxicidade; e) o papel dos micronutrientes na qualidade dos produtos agrcolas e tolerncia a estresses biticos e abiticos; f) o desenvolvimento de bases de dados para estabelecimento de sistemas DRIS e outros; g) a avaliao da eficincia de fontes quando incorporados em fertilizantes NPK; h) o estabelecimento de garantias mnimas de teores Professor Titular Emrito, Departamento de Cincia do Solo, Universidade Federal de Lavras. CEP 37200-000 Lavras (MG). Consultor Tcnico da ANDA, So Paulo, SP. (2) Pesquisadora Cientfica, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Solos e Recursos Agroambientais, Instituto Agronmico. CEP 130001-970 Campinas (SP). Bolsista do CNPq.(1)

de micronutrientes que reflitam a solubilidade e a eficincia agronmica dos fertilizantes contendo micronutrientes. Termos de indexao: micronutrientes, anlise do solo, adubao, fertilizao, respostas das culturas adubao. SUMMARY: MICRONUTRIENTS ON THE BRAZILIAN AGRICUTURE: EVOLUATION AND FUTURE PESPECTIVES Since the 1940s soil micronutrient analyses have been used as a criteria for determining micronutrient availability in Brazil. The first experiments conducted in the cerrado region and in the state of So Paulo have shown that acid concentrated solutions were inefficient for evaluation of micronutrients availability. Several studies were than initiated involving diluted acids, buffered or unbuffered exchangeable solutions and chelate agents aiming to select the best extractant. The results of these experiments demonstrated that soil analysis can be used as a criterion for B, Cu, Mn and Zn availability. The extractant selection varied according to country region. Today, the following extractant solutions have defined criteria for interpretation of micronutrients soil availability: Mehlich-1, DTPA and HCl for Cu, Fe, Mn and Zn and hot water or barium chloride for B. In the late 50s and early 60s, some studies have shown positive responses to micronutrients in several crops. In the 70s, there was an intensification in the number of studies regarding micronutrients, both under greenhouse and field conditions, pushed by the beginning of the incorporation of the cerrado soils in the crop production process. Micronutrient deficiencies in the cerrado soils, mainly that of Zn and B, where well known by that time. Three important facts led to the acceleration of these studies in Brazil: a) the installation of automatic pippeting devices for soil analysis; b) the use of the Mehlich-1 extractant solution for P and K analyses, allowing also the determination of Cu, Fe, Mn, and Zn in the same extract; c) the use of atomic absorption spectrophotometry. The 1980s and early 90s period was characterized by a great number of state of the art reviews involving micronutrients in Brazil. There were important contributions on evaluation of sources, rates, and methods of application. Most of these recommendations were incorporated in the great majority of regional and state official fertilizer recommendation systems. Future research perspectives should focus on: a) the evaluation of conventional extractant solutions under specific situations; b) the development of new extractant, especially the ones with a multinutrient approach; c) field calibration for the main crops; d) the evaluation of toxicity limits; e) the role of micronutrients in agricultural products quality and tolerance to biotic and abiotic stresses f) the development of data base for establishment of DRIS and other integrated systems; g) the evaluation of the efficiency of different micronutrients sources, especially when incorporated into NPK fertilizers; and h) the establishment of minimum guaranties of micronutrient concentrations sources that really reflects the solubility and agronomic efficiency of the fertilizer. Index terms: micronutrients, soil analysis, fertilization, crop response to fertilization.

1. INTRODUO A agricultura brasileira passa por uma fase em que a produtividade, a eficincia, a lucratividade e a sustentabilidade so aspectos inquestionveis de levar em conta. Nesse contexto, os micronutrientes, cuja importncia j era conhecida h dcadas, apenas mais recentemente passaram a ser utilizados de modo mais rotineiro nas adubaes em vrias regies e para as mais diversas condies de solo, clima e culturas no Brasil. Os principais motivos que levaram ao maior interesse para a sua maior utilizao na agricultura podem ser assim resumidos: a) O incio da explorao agrossilvopastoril intensiva na regio dos Cerrados, constituda de solos que, por sua natureza geolgica e alto grau de intemperizao, tendem a apresentar problemas de deficincia de micronutrientes j nos primeiros anos de cultivo. b) O aumento da produo e da produtividade de vrias culturas, com maior remoo e exportao de macronutrientes primrios e secundrios e de micronutrientes, principalmente nas reas tradicionais de produo no passado. c) O aumento do uso de calcrio e sua aplicao na camada de 0-10 cm de profundidade nas quantidades recomendadas para a de 0-20 cm. d) Os processos atuais de produo de fertilizantes NPK, dando certa prioridade obteno daqueles de alta concentrao, removem as impurezas contendo os micronutrientes, de maneira mais eficiente que os processos utilizados no passado, no sendo os micronutrientes, em conseqncia, fornecidos nesses produtos. Assim, o presente trabalho objetivou apresentar a evoluo histrica e as perspectivas do emprego de micronutrientes para as condies brasileiras, envolvendo anlise qumica de solos, respostas das culturas, fontes e mtodos de aplicao de fertilizantes em solos e critrios de adubao e legislao. 2. ANLISE DE SOLO A anlise de micronutrientes em solos vem sendo usada, desde muito tempo, para diagnosticar a disponibilidade desses elementos s plantas por diferentes tcnicas e procedimentos. Avaliando-se, criticamente, o desenvolvimento analtico de tais elementos em solos brasileiros, chega-se a trs importantes fases. Uma das primeiras menes sobre a anlise qumica de micronutrientes em solos data de 1940, tendo como referncia a anlise de Mn em solos paulistas (Setzer, 1940a, b). Essa

anlise era considerada to importante como critrio diagnstico da fertilidade do solo que existia uma tabela de limites de interpretao dos teores de Mn em solos, divididos em cinco faixas, em mmolc dm-3 , a saber: muito fraco (at 0,8); fraco (0,8 a 1,5); regular (1,5 a 2,5); bom (2,5 a 4) e muito bom (> 4) (Setzer, 1940a). Nessa poca, os extratores utilizados eram o HCl 1 mol L-1 ou HNO3 0,01 mol L-1. Na dcada dos 50s, com o incio dos trabalhos de levantamento de solos no Estado de So Paulo, outros micronutrientes, como B e Cu, foram tambm determinados mediante o extrator HNO3 0,01 mol L-1 (Paiva Neto et al., 1950), sem utilizao de critrios de interpretao dos seus teores nos solos. As solues cidas concentradas mostraram-se ineficientes em avaliar a disponibilidade dos micronutrientes. Iniciaram-se, ento, estudos em solos paulistas e da regio dos Cerrados visando determinar os teores de B, Cu, Fe, Mn, Zn e Mo, usando diversas solues extratoras, tais como cidos diludos, mistura de cidos (Mehlich-1), solues trocveis, tamponadas ou no, e agentes quelantes (Catani & Gallo, 1951; Brasil Sobrinho, 1965; Kpper et al., 1968; Jacintho et al., 1969; Catani et al., 1970; Horowitz & Dantas, 1973; Ribeiro, 1974; Lopes, 1975; Casagrande, 1978; Valadares & Camargo, 1983). Nesses experimentos, no se levou em considerao a extrao de micronutrientes pelas plantas. Termina a primeira fase, com um bom suporte de dados sobre o status de micronutrientes em tais solos, informaes essas de grande valia para a seleo de extratores (segunda fase). A segunda fase compreendeu o final da dcada dos 70s at a dos 80s, e os trabalhos de pesquisa enfocaram a seleo de extratores qumicos para B, Cu, Fe, Mn e Zn, empregando-se como critrio bsico os valores de coeficientes de correlao obtidos entre os teores dos micronutrientes no solo e as quantidades absorvidas e acumuladas nas plantas. Os mtodos testados em solos das regies Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil foram, principalmente, aqueles que se destacaram na regio temperada, como a gua quente e o cloreto de clcio para B (Bartz & Magalhes, 1975; Cruz & Ferreira, 1984; Bataglia & Raij, 1990); a soluo de Mehlich-1 e de DTPA pH 7,3 para Cu, Mn e Zn (Casagrande et al., 1982; Lantmann & Meurer, 1982; Muraoka et al., 1983a; Ribeiro & Tucunango Sarabia, 1984; Galro & Sousa, 1985; Ritchey et al., 1986; Abreu et al., 1987; Galro, 1988b; Barbosa Filho et al., 1990), e o acetato de amnio, sobretudo para Mn (Muraoka et al., 1983b; Borket et al., 1984). Quanto ao Fe, geralmente, aproveitava-se o extrato usado para determinar o Cu, o Mn e o Zn disponvel nos solos. As solues extratoras mais empregadas, portanto, foram Mehlich-1,

DTPA e HCl (Camargo et al., 1982). Alm dessas, Cochrane & Sousa (1986) sugeriram o uso da soluo de cloreto de brio 0,05 mol L-1 contendo o indicador fenantrolina para detectar o Fe ferroso e o Fe solvel em gua, em solos sob vegetao de cerrados. Nos poucos estudos existentes, a planta no foi considerada como indicadora da disponibilidade de Fe. Para o Mo, as pesquisas nos Estados de So Paulo e de Pernambuco tiveram como enfoque o levantamento dos teores total e solvel, utilizando diversas solues, como oxalato de amnio, cido sulfrico, cido fluordrico e cido oxlico (Bataglia et al., 1976; Dantas & Horowitz, 1976; Horowitz, 1978). Existiam poucos estudos no Brasil, o que impediu a definio dos melhores mtodos e, principalmente, o estabelecimento de limites de teores para a interpretao da anlise de micronutrientes, exceo dos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que tinham tabela de interpretao para Cu e Zn extrados com HCl 0,1 mol L-1 e B pelo mtodo da gua quente (Quadro 1). No obstante, diversos laboratrios do Pas incluam, na sua prestao de servios, a anlise de micronutrientes em solos. Entre 1982 e 1989, de um total de 56 laboratrios que realizavam anlise de micronutrientes no Brasil, 53% determinavam Cu, Fe e Zn; 56, Mn; 26, B; 11, Cl; e 6, Mo (Cantarella et al., 1994). Existia uma diversidade de extratores, tais como HCl, H2SO4, HCl + H2SO4, DTPA, H2O, CaCl2, KCl, Mg(NO3)2, NH4OAc, (NH4)2C2O4, HNO3 + HCl. A opo por determinado extrator, muitas vezes, era devida a sua facilidade no laboratrio e, no, a sua eficincia analtica. Cita-se, como exemplo, a extrao de Mo pela soluo de Mehlich-1, usada para extrair P e K (Cantarella et al., 1994). Com esse procedimento, os laboratrios economizavam tempo e diminuam os custos. Alm disso, a relao soluo:solo era alterada com certa liberalidade, tornando-se mais larga, aumentando o erro analtico para os teores baixos no solo, principalmente do B e do Cu. Portanto, a existncia de diferentes mtodos e de suas variantes conduzia a resultados diferentes, prejudicando a reputao da anlise de micronutrientes. A terceira fase, 1990-96, foi marcada pela vasta produo cientfica, estimulada em grande parte, pela ocorrncia mais freqente da deficincia de micronutrientes e pelo esforo de algumas instituies de pesquisa em padronizar tcnicas de extrao e adaptar, em condies de rotina dos laboratrios, processos de extrao de micronutrientes agronomicamente eficazes, como o B extrado pelo cloreto de brio usando como fonte de aquecimento o forno microondas caseiro (Abreu et al., 1994a).

Os resultados de pesquisa, vindos, principalmente, das regies Sul, Sudeste e CentroOeste, e alguns esparsos obtidos em outras regies brasileiras, somados queles da fase anterior, contriburam com as seguintes informaes. Para B, indicavam o mtodo da gua quente sob refluxo e a soluo de Mehlich-1 com eficincia bastante semelhante (Bartz & Magalhes, 1975; Vanderlei et al., 1988; Bataglia & Raij,1990). Questiona-se se tais resultados, obtidos em experimentos que receberam doses crescentes de B, seriam reproduzidos em solos com baixos teores nesse elemento, faixa de maior interesse agronmico. Devido a sua baixa concentrao no extrato, relao soluo:solo (Mehlich-1) de 10:1, problemas analticos so comuns e, os resultados, muito variveis. A faixa de teor na qual a deficincia de B ocorre indica que sua determinao precisa e exata de grande importncia para diagnosticar sua disponibilidade no solo. Quanto ao Zn, pela comparao somente dos coeficientes de correlao entre Zn-solo e Zn-planta, obtidos por vrios autores (Cor, 1991; Paula et al., 1991; Buzeti, 1992; Almeida, 1993; Galro, 1995, 1996), fica difcil concluir, entre os extratores mais testados (Mehlich-1, EDTA, HCl e DTPA), qual seria o melhor, uma vez que os valores dos coeficientes de correlao esto muito prximos uns dos outros. Existiu uma tendncia de o extrator DTPA ser mais eficiente que o Mehlich-1 e o HCl para discriminar o efeito da calagem na disponibilidade de Zn (Machado & Pavan, 1987; Bataglia & Raij, 1994; Abreu & Raij, 1996). No que se refere anlise de Cu, verificou-se ligeira superioridade dos mtodos HCl e DTPA sobre o Mehlich-1 (Cruz & Ferreira, 1990; Gimenez et al., 1992; Abreu et al., 1996a). As solues salinas, tamponadas ou no, foram eficientes em avaliar a disponibilidade de Mn s plantas (Rosolem et al., 1992; Abreu et al., 1994b, c). Entre as cidas e quelantes, os coeficientes de correlao foram muito parecidos, impedindo uma definio conclusiva sobre o melhor extrator. Entretanto, analisando situaes mais especficas, em solos que receberam adubao usando xidos de Mn, observou-se uma tendncia de o DTPA ser boa opo (Rosolem et al., 1992; Abreu et al., 1996b). As pesquisas no Brasil visando seleo de extratores para avaliar a disponibilidade de Fe s plantas foram muito incipientes, impedindo uma avaliao conclusiva. Apesar do xito de alguns trabalhos em quantificar o Mo em solos, desenvolvidos na fase anterior (Bataglia et al., 1976; Dantas & Horowitz, 1976; Horowitz, 1978), h ainda srias restries ao uso da anlise de solo para avaliar sua disponibilidade em condies de rotina. A terceira fase foi marcada pelos ensaios de calibrao procurando estabelecer nveis crticos, sobretudo para Zn e B. Para o Zn, as culturas testadas foram: sorgo (Ritchey et al.,

1986); soja (Silva et al., 1986; Galro, 1993;); arroz (Silva & Andrade, 1986); milho (Ritchey et al., 1986; Buzetti et al., 1991; Galro, 1996). Quanto ao B, as culturas foram: soja (Buzetti et al., 1990) e algodo (Silva et al., 1982). Houve um avano em termos de definio de mtodos e tabelas de interpretao dos resultados analticos. Alm do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, que j tinham seus mtodos e tabelas de interpretao definidos desde o perodo anterior (Quadro 1), houve uma oficializao, no Estado de So Paulo, dos mtodos do DTPA pH 7,3 para extrao de Cu, Zn, Mn e Fe, e do cloreto de brio para B (Quadro 2). Verifica-se que a interpretao da anlise de solo para micronutrientes includa somente em tabelas de adubao (SP), quando, para uma determinada cultura, tm sido constatadas deficincias freqentes de micronutrientes. Para solos da regio dos Cerrados, adotaram-se as solues de Mehlich-1 para extrao de Cu, Zn, Mn e Fe e de gua quente na de B (Quadro 3). Quadro 1. Classes de interpretao dos teores de B, Cu e Zn utilizados nos Estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina Classe de Interpretao do Teor no Solo Baixo Mdio Alto(1)

Boro(1)

Cobre(2) mg dm-3

Zinco(2)

0,1 0,1-0,3 >0,3

0,20 0,20-0,50 >0,50

0,20 0,20-0,50 >0,50

gua quente; (2)HCl 0,1 mol L-1. Fonte: Comisso de Fertilidade do Solo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina (1994). A preocupao com a qualidade analtica dos resultados aumentou. Surgiram pesquisas

avaliando as caractersticas analticas sobre a preciso dos mtodos de extrao dos micronutrientes (Abreu et al., 1997; Cruz et al., 1997). Na dcada dos 90s, o programa de controle de qualidade de anlise do solo, pelo sistema IAC, iniciou o controle para os resultados referentes aos micronutrientes. O programa Rolas e o PROFERTMG tambm iniciaram a avaliao do desempenho dos laboratrios para as anlises de micronutrientes de maneira informal. Para a maioria das outra regies, continua a pesquisa e o debate sobre o melhor extrator de micronutrientes. Alguns laboratrios resistem s mudanas nos mtodos de anlise por causa da tradio dos pesquisadores ou instituies, falta de dados de correlao e de calibrao dos

novos extratores e falta de vontade por parte de alguns gerentes de laboratrios em implementar os novos procedimentos de extrao nos laboratrios que j tm uma rotina estabelecida. Quadro 2. Classes de interpretao dos teores de micronutrientes utilizados no Estado de So Paulo Classe de Interpretao do Teor no Solo Baixo Mdio Alto(1)

Boro(1)

Cobre(2)

Zinco(2) mg dm-3

Mangans(2)

Ferro(2)

0-0,20 0,21-0,60 >0,60

0-0,2 0,3-0,8 >0,8

0-0,5 0,6-1,2 >1,2

0-1,2 1,3-5 >5

0-4 5-12 >12

Cloreto de brio; (2) DTPA pH 7,3. Fonte: Raij et al. (1996). Quadro 3. Classes de interpretao dos teores de micronutrientes para solos sob vegetao de Cerrado Classe de Interpretao do Teor no Solo Baixo Mdio Alto Boro(1) Cobre(2) Mangans(2) mg dm-3 0-0,20 0,3-0,5 >0,5 0-0,4 0,5-0,8 >0,8 0-1,9 2,0-5,0 >5 0-1,0 1,1-1,6 >1,6 Ferro(2)

(1)

gua quente; (2) Mehlich-1. Fonte: Galro et al. (Encaminhado para publicao). 3. ADUBAO COM MICRONUTRIENTES A adubao com micronutrientes envolve aspectos que necessitam ser examinados, incluindo, alm da anlise do solo, respostas das culturas, fontes e mtodos de aplicao do fertilizante, critrios de recomendao e legislao de fertilizantes. A evoluo da adubao com micronutrientes apresentou fases caractersticas, marcadas por aspectos de pesquisa e por determinados acontecimentos descritos a seguir. No fim da dcada dos 50s e incio dos 60s, alguns trabalhos mostraram respostas

positivas ao uso de micronutrientes em vrias culturas, com destaque para as atividades do

IBEC Research Institute, com apoio da Fundao Rockfeller, em Mato (SP) e outras reas sob cerrado no Brasil Central. Essas respostas positivas envolveram as culturas do milho (Freitas et al., 1960; Igue & Gallo, 1960), da soja (Freitas et al., 1960; Mikkelsen et al., 1963); de mistura de micronutrientes e enxofre em capim pangola (McClung et al., 1958); de micronutrientes no algodoeiro em solos cidos, arenosos e pobres em matria orgnica (McClung et al., 1961; Freitas et al., 1963; Mikkelsen et al., 1963), e da mistura de micronutrientes em capim colonio (Werner et al., 1967), entre outros trabalhos. O que caracterizou essa primeira fase foi o enfoque de alertar para a necessidade da aplicao de micronutrientes, para certos solos e culturas, mediante estudos de casa de vegetao e experimentos de campo. Chama a ateno que alguns trabalhos j avaliavam, inclusive, os efeitos de revestimento de sementes de leguminosas com micronutrientes, sobretudo Mo, na produo e fixao simbitica de nitrognio (Ruschel & Dbereiner, 1965; Ruschel et al., 1967; Ruschel & Eira, 1969). Cabe mencionar, nesse perodo, mesmo sem estar tratando da anlise do solo, o trabalho pioneiro de levantamento de cafezais pela anlise foliar, realizado por Lott et al. (1961). Amostras de 126 cafezais de So Paulo e 46 do Paran, coletadas no vero, no outono e na primavera, foram analisadas para os macronutrientes e para os micronutrientes (B, Cu, Fe, Mn e Zn). Os resultados mostraram os possveis problemas de deficincia de micronutrientes nessa cultura. bom lembrar que tal trabalho foi desenvolvido em uma poca que no dispunha das facilidades analticas de hoje. A dcada dos 70s, marcada pela intensificao dos trabalhos realizados tanto em casa de vegetao como no campo, teve como principal vetor o incio da incorporao dos solos sob cerrado no processo produtivo. Outros fatores que contriburam para essa intensificao foram: (a) a instalao de pipetagem automtica em laboratrios de rotina de anlise de solos, com capacidade para a realizao de cem anlises por dia, desenvolvidos pelo International Soil Testing Project, com apoio da USAID, e coordenado pela North Carolina State University no fim dos anos 60s e incio dos 70s. Esses equipamentos passaram a ser fabricados no Brasil, sob a responsabilidade de Leandro Vettori e Mestre Juca Abreu, do antigo Servio Nacional de Levantamento e Conservao do Solo (SNLCS), no Ministrio da Agricultura, Rio de Janeiro. Tais equipamentos constituram um marco na evoluo da anlise de solos no Brasil; (b) a utilizao do mtodo Mehlich-1 para extrao do P e do K, possibilitando tambm, a determinao de Cu, Fe, Zn e Mn no mesmo extrato e (c) o incio do uso da espectrofotometria

de absoro atmica no Brasil, com todas as vantagens quanto rapidez, facilidade e preciso em relao aos mtodos anteriores. Vale mencionar o primeiro levantamento abrangente sobre a disponibilidade de micronutrientes em solos brasileiros, realizado em 518 amostras superficiais de solos virgens sob vegetao de cerrado, incluindo 16 amostras sob mata dos Estados de Minas Gerais, Gois e Tocantins (Lopes & Cox, 1977; Lopes, 1983). Mesmo utilizando os nveis crticos para Zn, Cu e Mn pelo extrator Mehlich-1, aceitos poca para esses solos, os problemas de deficincia foram satisfatoriamente resolvidos, com especial ateno para os de Zn (Quadro 4). Ainda nesse perodo, grande nfase foi dada continuidade dos estudos exploratrios da avaliao de respostas aos micronutrientes, em especial pela presena e pela ausncia de suas misturas, seja na forma de produtos especficos, seja na de fritas ou Fritted Trace Elements (F.T.E.), que acabavam de entrar no mercado. Esses estudos envolveram, entre outras culturas, gramneas forrageiras (Serro et al, 1971; Werner & Mattos, 1972a; Novaes, 1977); leguminosas forrageiras (Frana & Carvalho, 1970; Eira et al., 1972; Werner & Mattos, 1972b, 1975; Werner et al., 1975; Miranda, 1979; Gavazoni et al., 1979); soja (Reis et al., 1977); soja, feijo e arroz (Guazzelli et al., 1973) e milho (Souza et al., 1975). Quadro 4. Resumo de teores de alguns micronutrientes em 518 amostras superficiais de solos virgens sob cerrado no Brasil Central (inclui 16 amostras sob mata) Micronutrientes Nvel crtico mg dm-3 Cobre Zinco Mangans Ferro 1,0 1,0 5,0 --Amostras abaixo do nvel crtico % 70 95 37 --Amplitude mg dm-3 0,0 - 9,7 0,2 - 2,2 0,6 - 92,2 3,7 - 74,0 0,6 0,6 7,6 32,5 Mediana

Fonte: Lopes & Cox (1977); Lopes (1983). Deficincias de Zn foram confirmadas nos mais diferentes locais, principalmente na regio dos Cerrados, para milho (Brito et al., 1971a, b; Pereira et al., 1973; North Carolina State University, 1974); arroz (Souza & Hiroce, 1970; Carvalho et al., 1975; Galro et al.,1978); soja e algodo (Brito et al., 1971b) e soja-perene (Frana et al., 1973). Por outro lado, para certas situaes, mesmo solos tpicos da regio dos Cerrados no mostraram respostas positivas ao uso de Zn para a cultura da soja, variedade UFV-1 (Martins & Braga, 1977), e soja-perene em trs

latossolos e uma areia quartzosa do Mato Grosso do Sul com Zn solvel no extrator de Mehlich1 variando de 0,9 a 1,3 mg dm-3 (Casagrande et al., 1982). Segundo esses resultados, mesmo os solos sob cerrado apresentavam contrastes quanto s respostas a Zn e justificavam a necessidade de intensificar os estudos para estabelecer relaes definidas entre dados de produo e resultados confiveis de anlise de solos. Apesar de a deficincia de Zn ter sido evidente na grande maioria dos experimentos em solos sob cerrado, as doses necessrias para atingir respostas adequadas na produo de gros e mandioca eram relativamente baixas - 3 a 5 kg ha-1 de Zn, na forma de sulfato de zinco (Pereira et al., 1973; North Carolina State University, 1974; Carvalho et al., 1975; Galro & Mesquita Filho, 1981a). Quanto a Cu, Fe e Mn, suas deficincias foram menos freqentes. Trabalhos em solos de cerrado, utilizando a tcnica do elemento faltante ou completo menos um, no mostraram nenhum efeito prejudicial pela omisso desses elementos em vrias culturas (Martins & Braga, 1977; Alvarez et al., 1978; Galro et al., 1978 ), sugerindo que a grande maioria desses solos no apresentava, sob condies naturais, deficincias acentuadas desses micronutrientes. Em relao aos estudos com B, os resultados, at certo ponto, foram conflitantes e no forneceram um quadro completo quanto deficincia ou suficincia. Ausncia de resposta a esse micronutriente foi observada em vrios trabalhos, na regio dos Cerrados, utilizando a tcnica do elemento faltante: soja (Martins & Braga, 1977), arroz (Galro et al., 1978) e feijo (Machado et al., 1979). A maioria desses estudos foi desenvolvida em Latossolos distrficos. Em solos de outras regies, como a de Piracicaba (SP), utilizados principalmente para a produo de cana-de-acar, a falta de resposta aplicao de B foi evidente em experimentos em casa de vegetao ou no campo (Brasil Sobrinho et al., 1976; Espironelo et al., 1976a, b). Por outro lado, resultados positivos pelo uso do B (3,5 kg ha-1 de cido brico) foram obtidos com soja-perene e no aumento da produo e qualidade do tomate (20 a 40 kg ha-1 de brax (Frana et al., 1973; Magalhes, 1981). Alguns possveis problemas de deficincias de B foram tambm observados fora da rea dos Cerrados. Em um Podzlico Vermelho-Amarelo Cmbico, Braga (1972) observou um efeito linear na produo de feijo com a aplicao at de 0,69 kg ha-1 de B. Solos de vrzeas comearam a despertar interesse, principalmente no Vale do Paraba (SP), com alguns estudos de micronutrientes na cultura da batata. O B mostrou-se altamente responsivo s produes na dose de 10 a 20 kg ha-1 de brax, aplicados no sulco de plantio (Gargantini et al., 1970; Leite, 1970; Hiroce et al., 1971).

Respostas ao Mo foram verificadas principalmente para as leguminosas: a dose de13 g ha-1

de MoO2 produziu aumento de 382 kg ha-1 de soja em um Podzlico Vermelho-

Amarelo da Zona da Mata de Minas Gerais (Zambolim et al., 1975). No mesmo solo, Braga (1972) j havia observado um efeito quadrtico com um mximo de produo de feijo pela aplicao de 13,5 g ha-1 de Mo. As respostas mais contundentes foram obtidas por Junqueira Netto et al. (1977) quando aplicaes de 12,9 g ha-1 de Mo, a sementes midas, aumentaram a produo de feijo em 100 %. Nesse caso, o Mo foi to eficiente quanto o superfosfato. Entretanto, trabalhos em casa de vegetao, em trs solos da mesma regio, mostraram que as respostas ao Mo (doses de at 16 g ha-1 ) variaram de positivas a negativas, dependendo do tipo de solo (Santos et al., 1979). O ponto crtico da quase totalidade desses estudos envolvendo respostas aos micronutrientes foi a falta de dados sobre a anlise do solo, impedindo o estabelecimento de relaes entre os dados de produo, disponibilidade no solo e doses aplicadas. Mesmo nos casos em que foram fornecidos, esses dados foram insuficientes para o estabelecimento de qualquer calibrao de mtodos de anlise. Alm disso, embora existissem muitas informaes sobre respostas das culturas aos micronutrientes, elas no eram de carter amplo, envolvendo, principalmente, a aplicao de frmulas completas de FTE, que acabavam de entrar no mercado, ou misturas de outras fontes. Na maioria dos casos, faltavam informaes sobre respostas em diferentes graus de disponibilidade dos micronutrientes para as diversas plantas cultivadas. O perodo correspondente dcada dos 80s e incio dos 90s se caracterizou por grande nmero de revises do estado da arte e simpsios envolvendo micronutrientes no Brasil (Lopes, 1980, 1984a, b; Leon et al., 1985; Malavolta, 1986a; Galro, 1988a; Lopes & Carvalho, 1988; Marinho, 1988a; Ponchio & Ballio, 1988; Rocha & Malavolta, 1988; Vidor & Peres, 1988; Boareto & Rosolem, 1989; Barbosa Filho, 1991; Castellane et al., 1991; Haag et al., 1991a, b, c; Monteiro, 1991; Nakagawa, 1991; Quaggio et al., 1991; Tokeshi, 1991; Volkweiss, 1991). Os aspectos mais relevantes que podem ser extrados de algumas dessas revises so os seguintes: a) Dados sobre levantamentos de teores totais e extraveis de micronutrientes em solos da Amrica Tropical, com nfase para aqueles da regio semi-rida, periodicamente mida e mida do Brasil, foram relatados de forma abrangente por Len et al. (1985). Embora esses estudos no tenham includo plantas e tenham usado extratores sem a devida calibrao com respostas das culturas no campo, algumas concluses puderam ser estabelecidas: (1) solos da regio mida praticamente no foram estudados sob esses aspectos; (2) na regio

periodicamente mida, os solos formados de rochas gneas bsicas continham os mais altos teores, comparados com solos de outros materiais de origem. Em alguns casos, mesmo solos formados de material de origem cido revelaram nveis surpreendentemente altos de Cu, Zn, Co e B. A regio dos Cerrados apresentou srios problemas de deficincia de Zn e, em menor intensidade, de outros micronutrientes; (3) para a regio semi-rida, a informao disponvel sugeria uma situao complexa. Apesar de terem sido encontrados nveis provavelmente txicos de B e Mo, deficincias de Fe, Zn e Mn, devido ao pH elevado, podiam tambm ser problemas. b) Das 23 principais culturas do Brasil, a adubao com Zn seria necessria em catorze, com B, em treze, com Cu, em trs, com Mn e Mo, em duas e com Fe em uma (Malavolta, 1986a; Rocha & Malavolta, 1988). A necessidade total de micronutrientes com base na rea plantada e nas recomendaes oficiais, na poca, era de 44.000 t de Zn, 10.000 t de B, 2.500 t de Cu, 1.000 t de Mn, 130 t de Mo e 125 t de Fe. c) Para as culturas de algodo, girassol e amendoim, principalmente no Estado de So Paulo, o principal problema era a deficincia de B, sendo seus teores no solo (0,15 a 0,20 mg dm-3 ), considerados suficientes (Quaggio et al., 1991). d) Para a maioria dos cereais, a deficincia mais marcante nos solos brasileiros, especialmente naqueles sob cerrado, foi a de Zn. Sua correo poderia ser feita com a aplicao de 3 a 5 kg ha-1 de Zn na forma de sulfato, xido ou silicato, e apresentavam um efeito residual por trs a quatro anos (Barbosa Filho, 1991). Isso no exclua a possibilidade de respostas a outros micronutrientes, para condies locais especficas, ou quando altas produes, ano aps ano, removessem grande quantidade de nutrientes, inclusive micronutrientes, sem as necessrias reposies. e) Problemas de toxicidade de Fe (Fe2+) foram constatados em vrias reas de arroz inundado em Minas Gerais (Zona da Mata e regio Sul), Santa Catarina, Rio de Janeiro, Esprito Santo, no Par, antigo Projeto Jari, no Rio Grande do Sul e, em menor intensidade, em Gois. Em geral, as concentraes de Fe2+ acima de 350 mg L-1 na soluo do solo e 600 mg kg-1 na folha eram consideradas txicas (Barbosa Filho, 1991). f) Em relao cultura do cafeeiro, as respostas maiores foram para o Zn e o B, sendo, para os outros micronutrientes, raras. Para as outras plantas estimulantes (cacau e ch), praticamente no existiam dados sobre micronutrientes no Brasil (Haag et al., 1991a). O cafeeiro foi, provavelmente, a cultura para a qual houve a maior integrao de dados de pesquisa envolvendo anlise de solos, anlise foliar, absoro e exportao, eficincia de fontes ferramentas indispensveis na tomada de deciso sobre doses a aplicar. A maioria dos dados

evidenciou que tais deficincias poderiam ser perfeitamente corrigidas com aplicaes via solo ou via foliar, sendo necessrio, entretanto, em certos casos, complementar as aplicaes via solo com adubao foliar. g) No Brasil, eram cultivadas mais de sessenta espcies de olerceas, para as quais foram poucas as pesquisas com micronutrientes envolvendo, principalmente, avaliao de respostas ao B e ao Zn, segundo Castellane et al. (1991). Grande parte dessas espcies foram muito exigentes, com destaque para couve-flor e outras brssicas em relao ao B e ao Mo. Apenas alguns Estados apresentaram recomendaes oficiais de adubao com micronutrientes (via solo ou foliar) e ainda, no geral, foram restritas a Zn, B e Mo e s culturas de alho, batata, brcolos, couve-flor, repolho e tomate. Os autores enfatizaram, ainda, que os fungicidas contendo Cu (cpricos em geral), Mn (mancozeb e maneb) ou Zn (mancozeb e zineb) atuavam como fonte para as plantas e, quando utilizados em excesso, poderiam causar toxicidade. h) Grande esforo da pesquisa foi colocado no sentido de estudar a extrao, a exportao e os teores foliares de micronutrientes em algumas plantas frutferas no Brasil, em especial citros, videira, mamoeiro, macieira, abacateiro e abacaxizeiro. Entretanto, conforme Nakagawa (1991), para a maioria das espcies frutferas, as pesquisas foram insuficientes e quase sempre, intermitentes, em grandes seqncias. O autor ressaltou, ainda, que a maior carncia de dados com micronutrientes estava na adubao: quanto, com qu, quando e como adubar. i) Em forrageiras, segundo Monteiro (1991), uma srie aprecivel dos trabalhos empregou os micronutrientes em conjunto, o que levava a um quadro incompleto da diagnose de problemas de deficincia ou toxicidade. Efetuou-se a determinao de micronutrientes nos solos, algumas vezes, sem anlise do tecido vegetal em muitos dos experimentos. Alm disso, verificou-se, tambm, que as espcies leguminosas foram mais estudadas que as gramneas, possivelmente pela importncia do Mo e do Co no processo de fixao simbitica do nitrognio por bactrias presentes nos ndulos das primeiras. As possibilidades de toxicidade de B em estilosantes e do Mn em soja perene foram postas em evidncia. Os resultados disponveis poca sugeriram um mnimo ou nenhum efeito de micronutrientes na produo de matria seca de gramneas, com exceo de cultivos em solos sob cerrado. j) No 2.o Simpsio Brasileiro de Adubao Foliar, realizado em Botucatu (SP), em 1987, foram discutidos os mais diferentes aspectos sobre a adubao foliar, inclusive tpicos especficos envolvendo respostas, fontes, doses, pocas e modos de aplicao para as mais diferentes culturas (Boareto & Rosolem, 1989). Concluiu-se que a adubao foliar com

micronutrientes era um recurso efetivo e econmico no controle de deficincia em citros, cafeeiro e outras frutferas, podendo ser recomendada nos programas de adubao, desde que houvesse controle das necessidades das plantas e se utilizassem produtos especficos. Para alguns casos de culturas anuais e olerceas, a adubao foliar corretiva ou complementar tinha dado bons resultados, podendo ser includa nos programas de adubao. O fato de muitas recomendaes oficiais de adubao, em vrias regies do Brasil, inclurem a foliar para diversas culturas, evidncia de que, sob certas condies especficas, essa forma de aplicao de micronutrientes na soluo de problemas de deficincias de comprovada eficincia (Empresa Brasileira de Assistncia Tcnica e Extenso Rural - PB, 1980; Comisso de Fertilidade do Solo de Goas, 1988; Centro de Pesquisa da Lavoura Cacaueira/Empresa Brasileira de Assistncia Tcnica e Extenso Rural da Bahia/Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Brasileira/Empresa de Pesquisa Agropecuria da Bahia/Nitrofrtil, 1989; Comisso de Fertilidade do Solo de Minas Gerais, 1989; Prezotti, 1992; Comisso de Fertilidade do Solo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1994; Raij et al., 1996). k) Em relao s essncias florestais, os dados disponveis se concentraram, quase totalmente, em experimentos com eucalipto e pinus, sendo praticamente inexistentes trabalhos envolvendo micronutrientes em essncias florestais nativas. Nesse caso, tambm, os dados, em sua maior parte, se referiram a acmulo, exportao e teores de micronutrientes na matria seca. As respostas s adubaes, principalmente em solos sob cerrado, se restringiram ao B, ao Zn e, no caso de solos de textura mdia a arenosa, no Nordeste da Bahia, ao Cu (Barros & Novais, 1990). Em alguns casos, entretanto, a aplicao conjunta de B e Zn, em solos sob cerrado, mostrou efeitos prejudiciais na produo de eucalipto (Defelipo et al., 1979; Barros et al., 1981). Seca de ponteiros em eucalipto foi associada deficincia de boro. Ainda nessa fase, a importncia dos micronutrientes em aumentos de produtividade ficou clara, e a adubao com base na filosofia de segurana foi implantada. Essa filosofia visa corrigir uma possvel ou at provvel deficincia em funo das necessidades especiais das culturas, ou da ocorrncia freqente de deficincias na regio ou em certas classes de solos, sem a utilizao de anlises de solos ou de plantas. Vrios Estados, em seus boletins de recomendao de adubao, iniciaram a recomendao de alguns micronutrientes para as culturas que mais os exigiam. Gois foi um dos primeiros a adotar a filosofia de seguro nas suas recomendaes oficiais de micronutrientes para as culturas de gros e inclua: 6 kg ha-1 de Zn, 1 kg ha-1 de Cu, 1 kg ha-1 de B e 0,25 kg ha-1 de Mo, com distribuio a lano e repetio a cada quatro ou cinco anos. No sulco de plantio, a recomendao caa para , sendo repetida por

quatro anos (CFSG, 1988). Essa filosofia de aplicao foi tambm utilizada fora da rea dos Cerrados para adubao em pastagens (Werner, 1984). Ainda hoje, a filosofia de segurana recomendada para a construo da fertilidade de micronutrientes para a cultura da soja, tomando por base a necessidade ditada pela anlise foliar e aplicando-se as seguintes doses: 4 a 6 kg ha-1 de Zn; 0,5 a 1,0 kg ha-1 de B; 0,5 a 2,0 kg ha-1 de Cu; 2,5 a 6,0 kg ha-1 de Mn; 50 a 250 g ha-1 de Mo e 50 a 250 g ha-1 de Co, aplicados a lano e com efeito residual para, pelo menos, cinco anos. Para aplicao no sulco, recomendvel dessas doses repetidas por quatro anos (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Centro Nacional de Pesquisa da Soja, 1996). As leguminosas continuaram a receber ateno da pesquisa, enfocando principalmente, a resposta da soja aos micronutrientes. Em Latossolo Vermelho-Amarelo, no incio de cultivo (primeiro ano), dos micronutrientes testados, apenas o Zn (4,4 kg ha-1 ) mostrou efeitos na produo e nodulao da soja. A aplicao de FTE tambm foi suficiente para corrigir essa deficincia (Samaro et al., 1986). Resultados semelhantes, apenas resposta ao Zn, foram obtidos por Silva et al. (1986) e por Galro (1989) em dois cultivos em solo apresentando0,4 mg dm-3

de Zn

(Mehlich 1). Doses de 1 kg ha-1 de B e 2 kg ha-1 de Cu aumentaram a

produo apenas no segundo cultivo. Ausncia de resposta a Zn, Mo e Mn em leucena foi observada por Sanzonowicz & Couto (1981), ao passo que centrosema respondeu aplicao de Zn, principalmente na presena de calagem, mas no de Cu e B (Oliveira et al., 1985). Cabe destaque nesse perodo, a comprovao de que ndulos de feijoeiro colhidos na florao com menos de 3,6 mg kg-1 de Mo indicam deficincia, e que sementes com mais de 10 mg kg-1 de Mo podem desenvolver plantas autosuficientes no micronutriente (Jacob-Neto et al 1988). Segundo os mesmos autores, nveis superiores a 10 mg kg-1 de Mo nas sementes podem ser obtidos com aplicao foliar e a produo de sementes com alto teor de Mo vivel e pode contribuir para a correo da deficincias destre micronutriente nos solos tropicais. Deficincias de micronutrientes induzidas pela calagem objetivando elevar o pH a valores acima de 6,0 constatadas na dcada passada (Fageria & Zimmermann, 1979; Barbosa Filho & Fageria, 1980; Barbosa Filho, 1989) continuaram recebendo ateno da pesquisa (Barbosa Filho & Prabhu, 1990; Buzetti et al., 1991). Exemplo o uso do calcrio na cultura da soja para elevar o pH acima de 6,0 causando deficincia de Zn em arroz de sequeiro cultivado em sucesso. No incio da dcada dos 80s, houve maior interesse da pesquisa em solos de vrzea, por causa do aparecimento de problemas de nutrio mineral nas diversas culturas, decorrentes do uso intensivo desses solos e do emprego de uma adubao inadequada. Tentando identificar os

principais problemas nutricionais, efetuaram-se ensaios em casa de vegetao e em campo (Galro et al., 1984, 1985; Abreu et al., 1987). Em cinco desses solos, com quatro cultivos sucessivos com milho, no se observaram quedas de produo de matria seca pela omisso de B, Fe, Cu e Mn, e apenas um Glei Hmico mostrou reduo de produo pela ausncia de Zn, mesmo apresentando 4,5 mg dm-3 de Zn no extrator Mehlich 1 (Abreu et al., 1987 ). Em um trabalho envolvendo dez solos, Galro et al. (1984) verificaram que a produo de matria seca da soja respondeu ao B e ao Cu somente em cinco e trs solos respectivamente, no havendo resposta aplicao de Zn e Mo. Foi interessante notar que cinco dos solos apresentavam menos de 0,9 mg dm-3 de Zn (Mehlich-1) e sete, de 0,20 mg dm-3 de B, sugerindo deficincia. Na dcada dos 90s, os solos de vrzea continuaram a receber certa ateno. Os Gleis Hmicos e Gleis Pouco Hmicos, alguns deles com altos teores de matria orgnica, mostraram respostas s aplicaes de Zn e Cu na cultura de arroz (Paula et al., 1990) e de B e Zn na de soja (Galro, 1990). A aplicao de calcrio nesses solos cultivados com arroz inundado reduziu a solubilidade de Fe e Zn e, menos intensamente, a de Mn e Cu (Dynia & Barbosa Filho, 1993). Desses trabalhos, infere-se que no se pode generalizar os problemas nutricionais quanto a micronutrientes em solos de vrzea: eles foram muito dependentes do tipo de solo e da cultura em questo. As inter-relaes entre teores de micronutrientes no solo, em plantas forrageiras e no tecido animal, procurando integrar essas trs reas de estudo para uma completa diagnose de possveis deficincias, excessos ou desbalanos, foram motivo de alguns estudos (Sousa et al., 1980, 1981, 1982). Na dcada dos 80s, foi comprovada a associao entre esterilidade masculina (chochamento) do trigo e deficincias de micronutrientes. A aplicao de 2 kg ha-1 de Cu, em solo considerado deficiente nesse elemento, reduziu o chochamento de 18,4 para 4,4 %, ou seja, 76 %, com incrementos na produo de 1.000 kg ha-1 (Galro & Sousa, 1985). Entretanto, conforme Felcio & Leite (1982), Silva & Andrade (1983), Galro & Sousa (1988), era provvel que o problema de chochamento do trigo estivesse mais ligado deficincia de B, sendo sua correo ou reduo possvel tanto com mistura de micronutrientes na forma de FTE contendo B ou com produtos especficos carreando esse micronutriente. Os ndices de chochamento, que chegaram a 42 %, na testemunha sem B, podiam ser reduzidos a 3 ou 4 % nos tratamentos que o receberam. Trabalhos comparando fontes e mtodos de aplicao foram desenvolvidos nesse perodo. Galro & Mesquita Filho (1981b), utilizando como planta teste o milho, e Barbosa

Filho et al. (1982), o arroz, testaram diversas fontes de Zn aplicadas ao solo. Abreu et al. (1996b) testaram a eficincia do sulfato e xido de mangans para a soja. Na adubao dos micronutrientes via semente, o mais empregado foi o Mo em leguminosas (Vitti et al., 1984). J a aplicao de B, Cu, Mo e Zn, via tratamento de sementes, no aumentou a produo de arroz (Barbosa Filho et al., 1983. A adubao foliar, de maneira geral, no mostrou efeitos significativos no aumento da produo da soja em diversos experimentos (Borkert et al., 1979; Rosolem et al., 1981, 1982). Apenas no caso do Mn, as aplicaes foliares foram eficientes, sendo as recomendaes oficiais da aplicao de 350 g ha-1 de Mn (1,5 kg de MnSO4) diludo em 200 L de gua com 0,5 % de uria (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Centro Nacional de Pesquisa da Soja, 1996). O uso da adubao foliar com micronutrientes foi eficiente em culturas perenes, como caf (Malavolta, 1986b), fruteiras (Nakagawa, 1991) e hortalias (Ferreira et al., 1993). As pesquisas envolvendo fontes e mtodos de aplicao foram dispersivas e incipientes, impossibilitando um resultado conclusivo sobre o qu, quanto e como aplicar adubos contendo micronutrientes. Esse tema, portanto, deve continuar a merecer a ateno da pesquisa e, sobretudo, das empresas que produzem e comercializam tais fertilizantes. Iniciaram-se alguns estudos de avaliao dos efeitos das tcnicas de adio de micronutrientes nas misturas NPK, ou incorporados durante a granulao, aos fertilizantes complexos, como revestimento, em comparao com a aplicao isolada desses micronutrientes, ou granulados e misturados aos fertilizantes NPK. Apenas como exemplo da importncia desses estudos, cita-se o trabalho de Young (1969). Segundo esse autor, o sulfato de zinco pode tornarse insolvel ao ser granulado com o monofosfato de amnio e o xido de zinco tornou-se solvel em presena de superfosfatos. Outros exemplos dessas interaes positivas ou negativas foram mencionados por Lopes & Carvalho (1988) e Lopes (1991), citando literatura estrangeira. No Brasil, um dos raros trabalhos sobre o tema o de Korndrfer et al. (1987). Eles observaram que tanto o ZnO como o ZnSO4 apresentaram o mesmo comportamento agronmico para o milho, quando adicionados a uma frmula 5-30-15 para conter 1 % de Zn, incorporados ou como revestimento dos grnulos. Na ltima fase, que abrange principalmente o final da dcada dos 90s, a maioria das pesquisas apresentou evoluo sensvel, em termos de objetivos e mtodos, procurando, no somente, avaliar respostas para diferentes tipos de solo e cultura, como integrando os resultados com outros atributos de solo e planta, na tentativa de explicar os porqus, com destaque para os seguintes aspectos:

a) Apresentao de dados de anlises de solo para micronutrientes, sobretudo em experimentos que avaliaram as respostas das plantas aos micronutrientes. Como exemplo, citase o trabalho de Barbosa Filho et al. (1990). Para a cultura do arroz, em casa de vegetao, a dose de 12 kg ha-1 de Zn, como sulfato de zinco, em solo com 0,9 mg dm-3 de Zn (Mehlich-1), proporcionou rendimento mximo na produo de gros. No mesmo estudo, no foi caracterizada resposta direta at a dose de 9,0 kg ha-1 de Cu, sendo o teor no solo de 1,2 mg dm 3

de Cu (Mehlich-1). b) Utilizao mais freqente de fertilizantes contendo uma nica fonte de

micronutriente no lugar daqueles contendo vrios elementos, em ensaios que avaliaram as respostas das plantas aos micronutrientes. Cita-se o estudo de longa durao de Galro (1991), comparando o tratamento testemunha com as seguintes fontes e doses de micronutriente, em kg ha-1: 1 de B (brax), 2 de Cu (sulfato), 4 de Mn (sulfato), 0,25 de Mo (molibdato de sdio) e 6 de Zn (sulfato), em quatro cultivos sucessivos de soja. O B limitou o rendimento de gros apenas no segundo cultivo, o Cu, nos trs ltimos e o Zn, nos dois primeiros. c) Avaliao do efeito residual em culturas subseqentes aplicaco de micronutrientes. Uma das limitaes mais srias nos estudos com micronutrientes a falta de dados de campo de longa durao cinco ou mais anos - envolvendo sucesso de culturas. Excees so os trabalhos, nas dcadas dos 70s e 80s, de Galro et al. (1978 e 1984) e Galro & Mesquita Filho (1981a), os quais merecem ser relatados. Alm de permitir a avaliao do efeito imediato (primeiro ano) da omisso de cada micronutriente, no tratamento completo, sobre a produo de arroz, permitiu avaliao intermediria para trs cultivos e do efeito residual at seis anos. Nos quatro primeiros anos, apenas a omisso de zinco reduziu a produo. No quinto e no sexto cultivo, no existiram diferenas entre os tratamentos. Outra concluso foi que a dose de 6 kg ha-1 de Zn, aplicada a lano apenas no primeiro ano, foi suficiente para manter boas produes nos seis cultivos, envolvendo, em seqncia: arroz, arroz, milho, soja, milho e milho. As anlises para avaliao da disponibilidade de micronutrientes, aps cada cultivo, e as anlises foliares permitiram fazer inferncias das mais importantes para o manejo adequado do uso de micronutrientes para esse solo e culturas. Em outro estudo, a dose de 3 kg ha-1 de Zn, na forma de sulfato de zinco aplicado a lano apenas no primeiro cultivo, foi suficiente para manter as produes prximas ao mximo por, pelo menos, quatro colheitas consecutivas (Ritchey et al., 1986). Esse experimento permitiu, tambm, estabelecer nveis crticos de Zn no solo para vrios extratores. Mais recentemente, Galro (1996), avaliando mtodos de correo de deficincia de Zn na cultura do milho em solo sob cerrado com teor original de 0,3 mg dm-3 de

Zn (Mehlich-1), dados de campo de trs cultivos, concluiu que a dose de 1,2 kg ha-1 de Zn, aplicado a lano apenas no primeiro cultivo, foi suficiente para propiciar rendimentos mximos de gros para trs cultivos. A dose de 0,4 kg ha-1 de Zn aplicada no sulco, em cada cultivo, proporcionou rendimentos mximos a partir do segundo ano, ocorrendo o mesmo com a aplicao de ZnO na dose de 50g kg-1 de sementes umedecidas com 15 mL de gua por kg de sementes. Duas aplicaes foliares com soluo de 10 g L-1 de ZnSO4.7H2O, na terceira e quinta semanas aps a emergncia, foram suficientes para obteno de rendimentos mximos nos trs cultivos (Galro, 1996). O importante desse trabalho que permitiu, alm de verificar a possibilidade de utilizar vrios mtodos de aplicao na correo das deficincias de zinco, avaliar seus efeitos residuais, nveis crticos no solo em vrios extratores, j discutidos anteriormente, e o estabelecimento de nvel crtico na folha (17,5 mg kg -1 de Zn). d) Avaliaes de cultivares de arroz quanto eficincia de absoro de Zn (Barbosa Filho et al., 1992), de Fe, em solos com deficincia induzida por calagem excessiva (Fageria et al., 1994), e de B em gentipos de girassol, cultivados no campo e em soluo nutritiva (Furlani et al., 1990), abriram nova perspectiva de pesquisa com micronutrientes. e) Nesse perodo, tambm foi constatado que, apesar de as respostas de soja e feijo aplicao de fontes, doses e mtodos de aplicao de Mo (Correa et al., 1990; Tanaka et al., 1993; Andrade et al., 1996; Berger et al., 1996; Diniz et al., 1996a, b; Rodrigues et al., 1996; Sfredo et al., 1997), terem sido estabelecidas, no houve uma avaliao detalhada das interrelaes entre dados de produo com outras caractersticas de solo e de planta que permitissem explicar os porqus. E, finalmente, cabe comentar dois segmentos que, praticamente, no tm sido contemplados pela pesquisa, envolvendo micronutrientes em todos esses perodos e que merecem intensificao de estudos. O primeiro diz respeito a avaliao detalhada do papel dos micronutrientes sobre as caractersticas de qualidade dos produtos agrcolas, a exemplo do que vem acontecendo com os macronutrientes primrios e secundrios. O segundo, das interrelaes entre disponibilidade de micronutrientes e tolerncia ou resistncia a doenas para as mais diferentes culturas. O trabalho de reviso de Zambolin & Ventura (1996), citando quase exclusivamente dados de literatura estrangeira, excelente indicao das amplas perspectivas dessa linha de pesquisas. Alm dos aspectos de resultados dos trabalhos cientficos realizados nesse perodo, cabe mencionar outros fatos ou aes que, mesmo sem serem de natureza cientfica, merecem ser relatados, ou seja:

a) Houve uma mudana gradativa do uso da filosofia de segurana na orientao da adubao, implementada na regio dos Cerrados na dcada dos 70s, para a filosofia de prescrio, envolvendo dados de anlise de solos e foliar, estudos de correlao e de calibrao no sentido de aplicar os micronutrientes realmente deficientes. Quatro aspectos parecem ter sido fundamentais para essa mudana de filosofia: (1) a definio de mtodos analticos em algumas regies do Pas; (2) os ensaios de calibrao, procurando estabelecer nveis crticos, principalmente para Zn e B, para as culturas do milho, da soja, do sorgo e do algodo; (3) a ampla oferta de fritas fritted trace elements (FTE), com formulaes nas mais variadas combinaes de teores de micronutrientes, para condies especficas de solo e de cultura; (4) o incio da produo e oferta de misturas granuladas e fertilizantes complexos, com variaes dos teores de micronutrientes incorporados aos grnulos individuais, como alternativa aos micronutrientes granulados em mistura de grnulos ou misturas granuladas. b) As recomendaes oficiais em vrios Estados tiveram ampliados seus contedos quanto a fontes, doses e modos de aplicao de micronutrientes (via solo, adubao foliar ou tratamento de sementes), envolvendo, muitas delas, no apenas critrios para interpretao de anlise de solos, mas, tambm, nveis para interpretao de anlise foliar (Centro de Pesquisa da Lavoura Cacaueira/ Empresa de Assistncia Tcnica e Extenso Rural da Bahia/Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria/Empresa de Pesquisa Agropecuria da Bahia/PETROFERTIL, 1989; Comisso de Fertilidade do Solo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1994; Raij et al., 1996; Comisso de Fertilidade do Solo de Minas Gerais, em elaborao). c) Para certas culturas (cana, caf, pimenta-do-reino, soja e mamoeiro), foram desenvolvidos sistemas DRIS (Sistema Integrado de Diagnose e Recomendao), que, utilizando dados de anlise foliar, absoro e exportao de nutrientes, produo e produtividade, permitiram estabelecer balanos nutricionais, inclusive de micronutrientes, nessas culturas (Zambello et al., 1981; Leite, 1993; Costa, 1995; Costa & Prezotti, 1997; Oliveira et al., 1997). Esses sistemas, integrados com a anlise de solos, utilizados na rotina dos trabalhos de diagnose, constituem forte instrumento para a definio de prioridades na correo dos possveis desbalanos nutricionais envolvendo micronutrientes. d) A incluso de novas fontes de micronutrientes, passveis de registro no Ministrio da Agricultura e Reforma Agrria (Quadro 5), constituiu grande avano, principalmente por abrir espao para uma srie de novos produtos a serem utilizados, de forma isolada, em misturas ou incorporados a misturas de grnulos e fertilizantes complexos. Dois aspectos, entretanto, podem

ser considerados limitantes quanto ao uso desses novos produtos: (1) grande parte deles no foi avaliada, para as condies de solo, clima e culturas brasileiras, quanto solubilizao e eficincia agronmica; (2) a legislao vigente que regulamenta o teor de micronutrientes em frmulas faz referncia, apenas, em termos de garantia, ao teor total, sem nenhuma exigncia quanto solubilidade, eficincia de absoro e transporte na planta, ou em termos mais simples de sua eficincia agronmica. 4. FUTURO Embora os mtodos de anlise de micronutrientes em solos, recomendados por rgos oficiais, sejam satisfatrios, sua eficincia precisa ser avaliada para algumas situaes especficas. Uma delas diz respeito aos solos que receberam aplicaes de produtos insolveis em gua, muitas vezes inertes no solo, mas que so solubilizados pelos extratores cidos utilizados na anlise de Cu, Fe, Mn e Zn, indicando altos teores, em condies, s vezes, de deficincia para as plantas. A segunda refere-se ao comportamento dessas solues ante a reao do solo. A terceira, a sua avaliao detalhada para solos de vrzea, em campo. O futuro da anlise de micronutrientes ser tambm influenciado pela utilizao de novos aparelhos/equipamentos, eficincia operacional dos laboratrios, e qualidade e rapidez de remessa dos resultados analticos. Nesse contexto, devero ocupar lugar de destaque os programas regionais de controle de qualidade dos laboratrios de anlise de solos e de folhas, que incluiro, obrigatoriamente, os micronutrientes. A tendncia mundial, do uso de extratores multinutrientes, que extraem diversos elementos, simultaneamente, em larga faixa de solos, dever ocorrer tambm no Brasil. A pesquisa com essas solues tem aumentado, em decorrncia do emprego, em condies de rotina, de instrumentos modernos, como espectrmetros de emisso de plasma, os quais determinam, simultaneamente, diversos elementos, reduzindo o tempo de anlise e encorajando o uso de extratores multinutrientes. O enfoque de pesquisas futuras dever ser, entre outros, para os extratores Mehlich-3, resina de troca inica, cloreto de clcio e AB-DTPA (bicarbonato de amnio-DTPA). Quadro 5. Novos fertilizantes contendo micronutrientes (1) Fertilizante Boro orgnico Cloreto de nquel Garantia mnima 8 % de B 25 % de Cl Caractersticas Boro na forma de ster ou amida Cloro solvel em gua na forma Observaes ---

Nitrato de cobalto Sulfato de cobalto Fosfato de cobalto Carbonato de cobalto Quelato de cobalto Nitrato de cobre Carbonato de cobre Nitrato frrico Cloreto frrico Cloreto ferroso Carbonato de ferro Nitrato de mangans Cloreto de mangans Carbonato de mangans Nitrato de zinco

17 % de Co 18 % de Co 41 % de Co 42 % de Co 2 % de Co 22 % de Cu 48 % de Cu 11 % de Fe 16 % de Fe 23 % de Fe 41 % de Fe 16 % de Mn 35 % de Mn 40 % de Mn 18 % de Zn

de NiCl2.H2O Cobalto solvel em gua na forma de Co(NO3) 2.6H2O Cobalto solvel em gua na forma de CoSO4.7H2O Cobalto na forma de Co3(PO4)2 Cobalto na forma de CoCO3 Cobalto solvel em gua Cobre solvel em gua na forma de Cu(NO3) 2.3H2O Cobre na forma de CuCO3.Cu(OH) 2 Ferro solvel em gua na forma de Fe(NO3) 3.9H2O Ferro solvel em gua na forma de FeCl3.6H2O Ferro solvel em gua na forma de FeCl2.4H2O Ferro na forma de FeCO3

21 % de Ni 8 % de N 9 % de S 32,5 % de P2O5 ----9 % de N --8 % de N 33 % de Cl 30 % Cl ---

Mangans solvel em gua na forma de Mn(NO3) 2.6H2O 8 % de N Mangans solvel em gua na forma de MnCl2 45 % de Cl --Mangans na forma de MnCO3

Zinco solvel em gua na forma de Zn(NO3)2. 6H2O 8 % de N Cloreto de zinco 40 % de Zn Zinco solvel em gua na forma de ZnCl2 44 % de Cl (1) o Includos na legislao brasileira, por meio da Portaria N. 51, de 24 de abril de 1996, da Secretaria de Defesa Agropecuria do MAARA.

As tabelas de interpretao de anlise de solo e as recomendaes de adubao, publicadas regionalmente, so, ainda, resultante de um pequeno volume de trabalho experimental e pesquisa, realizado em condies de campo. H uma necessidade premente para maior calibrao de mtodos analticos, conjugado com estudos de doses, fontes e mtodos de aplicao de micronutrientes no campo, para atingir o uso eficiente de tais insumos. Nessas pesquisas, a variabilidade da eficincia de utilizao de micronutrientes entre espcies, cultivares e mesmo gentipos, deve ser enfatizada. A avaliao da classe de teor txico dever ser tambm delimitada, uma vez que o limite entre deficincia e toxicidade de micronutrientes, em certos casos, muito estreita.

Pesquisas envolvendo o papel dos micronutrientes, quanto a aspectos de qualidade dos produtos agrcolas, inclusive de ps-colheita, assim como na resistncia ou tolerncia a determinadas doenas de plantas, devem ocupar lugar de destaque, principalmente nas regies onde seus efeitos na produo e produtividade das culturas j estejam quantificados. Esses aspectos devero ter sua importncia aumentada pela abertura dos mercados e da globalizao mundial e pelos possveis efeitos positivos dos micronutrientes para a prtica de uma agricultura mais sustentvel sob todos os aspectos, inclusive com maior racionalizao do uso de pesticidas. Os levantamentos abrangentes em propriedades rurais com histricos de manejo conhecidos, realizados por cultura e por microrregies, envolvendo anlise do solo e foliar, produtividade e tipos de manejo, entre outros aspectos, devero constituir um instrumento da mais ampla utilizao pela pesquisa, na avaliao de possveis problemas de deficincia de micronutrientes, seus desbalanos, suas interaes entre si e com macronutrientes, e suas correes. Isso dever envolver um esforo considervel para o estabelecimento de bases de dados para utilizao dos sistemas DRIS para culturas que ainda no foram estudadas quanto a esse aspecto. Dever, ainda, constituir uma primeira fase para implantao, em futuro no muito distante, das recomendaes de micronutrientes mediante a agricultura de preciso, usando Sistemas de Informaes Geogrficas (SIG). As fontes tradicionais de micronutrientes e, em especial, os novos produtos aprovados, recentemente, para registro e comercializao, devero ser criteriosamente avaliados quanto a solubilizao, eficincia agronmica e efeito residual, tanto quando aplicados na forma isolada, incorporados, revestidos ou em mistura com fertilizantes NPK. Isso se faz necessrio e deve merecer prioridade de estudo, uma vez que as reaes qumicas e as interaes que podem ocorrer nessas diferentes situaes podero alterar substancialmente a eficincia agronmica dessas fontes. Espera-se, tambm, que grande esforo de pesquisa e experimentao seja feito no sentido de que as frmulas que contm micronutrientes comercializados no Brasil no se restrinjam, apenas, garantia dos teores totais, como hoje exigido pela legislao. Devero ser estabelecidos padres analticos desses produtos, indicando solubilidade e eficincia agronmica para as diversas culturas e condies de solo e clima. Todo o esforo da pesquisa e experimentao ser em vo se no houver a institucionalizao de um programa abrangente de motivao dos agricultores sobre a importncia dos micronutrientes para o aumento da produo, da produtividade, da lucratividade e da sustentabilidade do sistema agrossilvipastoril

brasileiro. Aes nesse sentido devero incluir informaes adequadas sobre coleta de amostras de solos e tecido vegetal, treinamento de extensionistas e tcnicos de assistncia, instalao de demonstraes de resultado no campo, elaborao de folhetos e outros materiais visuais, capacitao dos laboratrios em termos de exatido, preciso, eficincia e rapidez na remessa dos resultados.

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