micro aula 6

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  • O Sistema de Contas de NacionaisFundamenta-se na diviso do sistema econmico em trs agentes: 1) Unidades familiares; 2) empresas; e 3) governo. Para cada um desses trs agentes, so propostas quatro contas bsicas: 1) produo; 2) apropriao; 3) formao de capital; 4) transaes com o exterior. Essa ltima conta, em que se contabilizam as principais transaes econmicas nacionais com as economias de outras naes, daria origem a um quarto setor residual, denominado resto do mundo.

  • Economia Fechada e Sem GovernoO esquema simplificado de uma economia fechada e sem governo, bem como as idias de identidade e fluxo, constitui a base a partir da qual possvel analisar uma economia real em toda sua complexidade.

  • Economia Fechada e Sem GovernoEmpresas (2)Famlias(4)Bens e servios finais (3)Trabalho e capital material

    (1)Renda despendida($)Salrio e Lucros($)

  • Economia Fechada e Sem GovernoDissemos que a contabilidade social congrega instrumentos de mensurao capazes de apresentar o movimento da Economia de um pas, num determinado perodo de tempo. De outro lado, mostramos que existem trs formas diferentes de considerar e mensurar o produto de determinada economia.

  • Economia Fechada e Sem GovernoIsso indica que, quando consideramos o movimento da economia como um todo, a produo, a principal varivel a ser enfocada: sem produo no h renda nem pode obviamente haver dispndio; alm disso, se no h produo, no h o que transacionar, portanto no h movimento.Assim, a conta de produo afigura-se conta mais importante do sistema, j que a partir dela que todas as demais encontram sua razo de ser. por ela, portanto, que devemos iniciar nossa anlise do sistema de contas nacionais

  • Economia Fechada e Sem GovernoNesta primeira etapa de nosso estudo, vamos consider-la numa situao ainda muito mais simples, ou seja, supondo que o governo no existe e supondo tambm que a economia em questo no realiza nenhuma transao com outros pases, ou seja, uma economia fachada. Nessas condies, quantas contas so necessrias para apresentar o movimento da economia?Como se d o equilbrio em cada uma das contas? E o equilbrio entre as contas, como se estabelece?

  • Economia Fechada e Sem GovernoPara responder a essas questes, a primeira coisa que temos de recuperar justamente o conceito de produto. Como vimos anteriormente, quando estudamos a tica do produto, tudo aquilo que considerado bem final faz parte do produto, mas no apenas isso. Lembremo-nos que:Todo bem que, por sua natureza, final, deve ter seu valor considerado no clculo do valor do produto, mas nem todo bem cujo valor entra no clculo do valor do produto um bem final por natureza.

  • Economia Fechada e Sem GovernoA tica do produto avalia o resultado de uma economia considerando a soma dos valores de todos os bens e servios produzidos no perodo que no foram destrudos (ou absorvidos como insumos) na produo de outros bens e servios.

  • Economia Fechada e Sem GovernoRetomemos ao exemplo apresentado nas aulas anteriores, em sua situao 2 1 A empresa do setor 1 produziu sementes no valor de R$ 500 e vendeu-as empresa do setor 22 A empresa do setor 2 produziu trigo no valor de R$ 1500 e vendeu empresa do setor 3 uma parcela equivalente a R$ 1000, ficando com uma quantidade de trigo no valor de R$ 5003 -A Empresa do Setor 3 produziu farinha trigo no valor de R$ 1400 e vendeu-a empresa do setor 44 A Empresa do Setor 4 produziu pes no valor de R$ 1.680 e vendeu-os aos consumidores finais

  • Economia Fechada e Sem GovernoUtilizando a tica do produto, concluiremos que o produto dessa economia foi constitudo por pes no valor de $ 1.680 os pes no foram absorvidos como insumos na produo de outros bens, mas consumidos pelas pessoas e por trigo no valor de $ 500, que (ainda) no foi consumido na produo de outros bens.

    O Produto dessa economia e na verdade R$ 2.180 e no R$ 1.680, como a primeira vista poderia parecer

  • Economia Fechada e Sem GovernoNuma outra situao poderia tambm ter acontecido de, no momento em que se realiza a mensurao, terem sobrado, ou seja, no terem sido ainda consumidas na produo, por exemplo, farinha de trigo e sementes. Por fim, poderia ainda ter ocorrido que nem todos os pes tivessem sido vendidos, de modo que se teria tambm, ao final do perodo X, uma quantidade ainda no consumida em estoque, portanto de pes.

  • Economia Fechada e Sem GovernoNuma situao como essa, todos esses bens sero, com certeza, consumidos no perodo seguinte (X+1); a farinha de trigo e as sementes como insumos na produo de outros bens e os pes como objetos de consumo final por parte das famlias. Contudo, ao final do perodo X, eles ainda no foram consumidos, de modo que sua contribuio no produto da economia deve ser feita de maneira a indicar isso.

  • Economia Fechada e Sem GovernoCom esses elementos temos j uma pista sobre a forma que deve ter a conta de produo. De um dos lados da conta teremos o produto; de outro, sua utilizao ou destino, ou seja, o consumo das famlias (ou consumo pessoal, ou consumo privado) e a formao de estoques (no nosso exemplo, teramos de somar o valor do estoque de sementes, o valor do estoque de trigo, o valor do estoque de farinha de trigo e o valor do estoque de pes).

  • Economia Fechada e Sem GovernoNas economias reais, porm, no existe nenhum ponto zero do qual se possa partir e, portanto, quando se contabilizam as variveis integrantes do sistema de contas preciso, em alguns casos, considerar o saldo que as contas, ou melhor, algumas de suas rubricas, carregam de um perodo para outro. esse, precisamente, o caso da rubrica de estoques.

  • Economia Fechada e Sem GovernoLogo para descobrir qual o valor dos bens produzidos na economia, ao longo do perodo X, mas ainda no so consumidos, preciso deduzir, do valor dos estoques ao final do perodo X, o valor dos estoques ao final do perodo X-1. Assim o mais correto falarmos em variao de estoques. A expresso formao de estoques no completamente errnea. Se, por exemplo, ao final do perodo X-1 os estoques tiverem sido avaliados em $ 800 e, ao final do perodo X, eles tiverem sido avaliados em $ 1.000, poder-se- perfeitamente dizer que, no perodo X, ocorreu formao de estoques no valor de $ 200.

  • Economia Fechada e Sem GovernoMas o uso dessa expresso se complica se a situao for inversa, ou seja, se o valor dos estoques ao final do perodo X-1 for $ 1.000 e o valor dos estoques ao final do perodo X for $ 800. Nesse caso, como se percebe, o resultado do perodo X negativo em $ 200, o que significa que, em vez de terem crescido, os estoques foram parcialmente consumidos no perodo X. O melhor mesmo usar o termo variao de estoques, j que variao pode ser tanto positiva quanto negativa.

  • Economia Fechada e Sem GovernoRetomando ento nossa conta de produo, diremos que, de um de seus lados, estar contabilizando o produto e, de outro, sua utilizao ou destino, ou seja, consumo pessoal e variao de estoques. Ser que, com isso, damos conta de tudo que se passa numa economia, num determinado perodo de tempo, do ponto de vista da produo? O prprio fato de termos de contabilizar, de um dos lados da conta, junto ao consumo pessoal, tambm a variao de estoques j indica que no.

  • Economia Fechada e Sem GovernoO que so estoques, ou melhor, de que eles so constitudos? Eles so constitudos por mercadorias que representam consumo futuro. Ora tudo aquilo que produzido num perodo, mas que no consumido nesse perodo, significando, ou ensejando, consumo no futuro, tem um nome: chama-se investimento.

  • Economia Fechada e Sem GovernoSer que a variao de estoques a nica forma de investimento? Vejamos! Suponhamos que nossa economia H tivesse produzido, num perodo W qualquer, pes (j vendidos e consumidos), pes (ainda no vendidos e consumidos), farinha de trigo (ainda no consumida, ou seja, ainda no utilizada na fabricao de pes) e fornos para assar pes (que ainda no comearam a ser utilizados).

  • Economia Fechada e Sem GovernoNessas condies, os fornos para assar pes so bens de natureza muito semelhante a todos os demais bens dessa lista, exceo feita aos pes j vendidos e consumidos. Tal como os pes ainda no consumidos e a farinha de trigo ainda no absorvida na produo de pes, os fornos para assar pes possibilitam o consumo futuro de pes, porque viabilizam a produo desses bens (ou melhor, sua continuidade) nos perodos subseqentes.

  • Economia Fechada e Sem GovernoNo entanto, algumas diferenas importantes existem entre os fornos e as outras mercadorias os pes ainda no consumidos e a farinha no utilizada na produo de pes. A primeira e mais bvia delas que os fornos podero ser utilizados inmeras vezes na produo de pes, tantas vezes quantas possveis, at que eles se desgastem inteiramente e tenham de ser substitudos por fornos novos. Com os outros bens, isso no acontece. Os pes ainda no consumidos, uma vez que o sejam desaparecem; da mesma maneira, a farinha de trigo, uma vez utilizada na produo de uma determinada quantidade de pes, tambm desaparece

  • Economia Fechada e Sem Governo fundamentalmente por essa razo que, apesar de todos esses bens serem considerados investimentos (por possibilitar ou ensejar o consumo futuro), costuma-se separ-los em duas categorias distintas, a variao de estoques e a formao de capital fixo. Podemos ento afirmar que:

  • Economia Fechada e Sem GovernoO investimento costuma ser dividido em variao de estoques, que congrega os bens cujo consumo ou absoro futuros iro se dar de uma nica vez, e a formao bruta de capital fixo, que agrega os bens que no desaparecem depois de uma nica utilizao e possibilitam a produo (e, portanto, o consumo) ao longo de um determinado perodo de tempo, ou seja, possibilitam a produo de um fluxo de bens e servios.

  • Economia Fechada e Sem GovernoOutros exemplos de capital fixo so mquinas e equipamentos de qualquer natureza, moradias, estradas de ferro e rodovias. Contrariamente aos bens includos na rubrica variao de estoques, todos esses bens possibilitam a efetivao do consumo de bens e servios num perodo bastante extenso de tempo. Uma nova moradia, por exemplo, possibilita o consumo futuro de servios de moradia ao longo de 40 ou 50 anos, perodo esse que uma vez findo, ensejar a necessidade de que ela seja inteiramente reformada ou mesmo reconstruda.

  • Economia Fechada e Sem GovernoComo se percebe, est associada natureza do bem o critrio que indica se sua produo ao longo de um perodo deve ser contabilizada como formao de capital fixo ou simplesmente como variao de estoques (ou consumo privado). Ainda que no se resuma a isso, a questo passa, portanto, pela distino entre bem de consumo e bem de capital. No entanto, nem sempre esta distino to simples.

  • Economia Fechada e Sem GovernoOs automveis, por exemplo, devem ser considerados bens de capital ou bens de consumo? E a variao de seus estoques num determinado perodo deve ser assim encarada ou deve entrar na rubrica formao de capital fixo? De uma certa forma tal dvida surge com todo um grupo de bens normalmente classificados no grupo dos bens de consumo durvel.

  • Economia Fechada e Sem GovernoPor serem bens de consumo, sua produo, ao longo de um determinado perodo, deveria ser considerada ou consumo privado (para o caso dos j vendidos), ou variao de estoques (para o caso dos ainda no vendidos). No entanto, por se tratar de bens durveis, fica sempre a possibilidade de eles poderem ser considerados bens de capital e, portanto, a necessidade de se contabilizar sua produo na rubrica formao de capital fixo.

  • Economia Fechada e Sem GovernoNormalmente, esses casos acabam se resolvendo por conveno, ou seja, simplesmente convenciona-se que determinado bem ser considerado dessa ou daquela maneira. No caso do Brasil, por exemplo, o tratamento que se d aos automveis depende da natureza do comprador: se forem famlias, eles so considerados como consumo privado; se forem empresas, eles so considerados como formao de capital fixo.

  • Economia Fechada e Sem GovernoComplicando um pouco mais o problema, temos que considerar que uma caracterstica comum a todos os bens includos na rubrica formao de capital fixo, ou seja, ainda que isto no ocorra de uma nica vez, que todos eles tambm se desgastam com o tempo, o que leva criao de uma nova rubrica, a depreciao, e de dois conceitos diferentes de produto: bruto e lquido.

  • Economia Fechada e Sem GovernoPara obter o valor do produto lquido de uma economia num determinado perodo preciso deduzir, do valor total produzido, ou seja, do valor do produto bruto, aquela parcela meramente destinada reposio da parte desgastada do estoque de capital da economia, que se d o nome de depreciao.

  • Economia Fechada e Sem GovernoTemos agora, finalmente, todos os instrumentos para apresentar a estrutura da conta de produo, que, como j assinalamos, a conta mais importante do sistema, j que dela que decorrem todas as demais. Relembrando, teremos ento, de um lado, o produto lquido e a depreciao (portanto, o produto bruto) e, de outro, sua utilizao ou destino, ou seja, consumo pessoal, variao de estoques e formao bruta de capital fixo. Sem nos preocuparmos, por ora, em compreender por que o produto fica do outro lado do crdito, podemos apresentar a estrutura da conta de produo numa economia fechada e sem governo.

  • Economia Fechada e Sem Governo

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoO sentido da conta de produo mostrar, por um lado (o lado do dbito da conta), o resultado do esforo conjunto da economia de um pas num determinado perodo de tempo (normalmente um ano) e, por outro lado (o lado do crdito da conta), qual foi o destino do produto assim gerado, ou seja, se foi gasto em consumo, ou se foi acumulado, isto convertido em investimento da a utilizao do termo despesa na ltima linha do lado do crdito.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem Governo essa a lgica da conta e isso que garante seu equilbrio interno, ou em outras palavras, isso que garante a igualdade entre dbito e crdito. Mas o mtodo das partidas dobradas exige ainda um outro tipo de equilbrio, alm do interno. Relembremo-nos do seguinte:

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoO princpio das partidas dobradas reza que um lanamento a dbito, deve sempre corresponder um outro de mesmo valor a crdito. O equilbrio interno refere-se exigncia de igualdade entre valor do dbito e do crdito em cada uma das contas, enquanto o equilbrio externo implica a necessidade de equilbrio entre todas as contas do sistema.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem Governo necessrio, portanto, que haja um equilbrio entre todas as contas. Logo, isso implica a considerao das demais contas componentes desse modo simplificado de uma economia fechada e sem governo, a saber, a conta de apropriao e a conta de capital. Como vemos, nessas duas outras contas que se encontram os lanamentos a dbito e a crdito inversamente correspondentes a cada uma das rubricas da conta de produo apresentada, os quais garantem, assim, o equilbrio externo do sistema.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoPodemos agora montar uma segunda verso da conta de produo, em que o produto seja apresentado como somatrio das diversas remuneraes ocorridas na economia como contrapartida da cesso dos fatores de produo que, durante o perodo X, as famlias, suas proprietrias, fizeram s empresas. So essas variveis (as remuneraes) que vo aparecer na segunda conta do sistema, a conta de apropriao. (e ai, comeamos a entender o equilbrio externo).

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoConjuntamente com os salrios e os lucros, compem o menu dos pagamentos a fatores de uma economia, a saber, os aluguis, que remuneram os proprietrios de imveis de modo geral como propriedades rurais , terrenos, casas e prdios de escritrios --, e os juros, que remuneram os proprietrios de capital monetrio.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoO nico cuidado adicional que deve ser tomado evitar a dupla contagem que pode ocorrer se considerarmos nessas rubricas, alm dos aluguis e dos juros pagos s famlias, tambm aqueles pagos s empresas. Estes ltimos no devem ser considerados porque, como receitas, j participam dos demonstrativos de lucros e perdas das empresas e, portanto, j esto implicitamente computados na rubrica lucros.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoA nica exceo a essa regra o setor financeiro. Dada a natureza da atividade desenvolvida por esse setor, torna-se necessrio considerar a diferena entre juros recebidos e juros pagos, dado que ela um indicador do valor adicionado pelo setor sob a forma de servios de intermediao financeira.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem Governo

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoComo fica claro pela observao dessa segunda verso da conta de produo, ela por si s, demonstra a identidade produto=renda=dispndio, que, de modo geral, norteia a lgica do sistema como um todo. Temos condio agora, portanto, de, ao considerar as duas outras contas desse modelo simplificado, demonstrar como o sistema atende exigncia de equilbrio externo imposta pelo princpio das partidas dobradas.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoA conta a ser agora investida a conta de apropriao. Por meio de tal investigao, no s comearemos a compreender com mais clareza a forma de fechamento do sistema, como poderemos responder, com mais propriedade, a uma pergunta que ficou no ar, qual seja:

    por que, na conta de produo, acontece essa situao, um tanto estranha a primeira vista, de a despesa ficar do lado do crdito, enquanto o produto (ou renda) fica do lado do dbito da conta.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoO sentido lgico da conta de apropriao mostrar de que maneira as famlias alocaram a renda que receberam pela cesso de seus fatores de produo.

    Trata-se de uma espcie de conta de espelho da conta de produo: se nesta os indivduos e famlias so considerados como agentes envolvidos nas atividades produtivas (por meio das empresas), na conta de apropriao eles so tomados como unidades de dispndio, a partir da renda recebida.

    Por isso, essa conta traz, do lado do dbito, a rubrica poupana lquida, que indica a parcela de renda que as famlias decidiram no consumir e sim poupar

  • Ainda a Economia Fechada e Sem Governo

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoApresentada a conta, tentemos responder questo h pouco mencionada. Considerando o sentido dessa conta, ou seja, o de ser uma conta que demonstre de que maneira uma determinada renda foi utilizada, parece bastante razovel que:

    as remuneraes recebidas pelos proprietrios dos fatores de produo (ou seja, as diferentes categorias de renda) sejam lanadas a crdito, enquanto, no dbito, figurem os usos e destinos dessa renda (consumo e poupana).

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoA conta de apropriao, portanto, funciona como uma espcie de demonstrativo de lucros e perdas, com seus correspondentes significados de receitas e despesas.

    Os principais agentes por trs dessa conta so as famlias (ou indivduos). So eles que se apropriam da renda gerada na economia e a alocam da forma que melhor que lhes convm.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoEm funo da exigncia de equilbrio externo imposta pelo principio das partidas dobradas, tais lanamentos a dbito na conta de apropriao aparecem como lanamentos a dbito na conta de produo.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoSe considerarmos que os agentes mais importantes por trs da conta de produo so as empresas (visto que por meio delas que a produo se realiza), so tambm elas que consomem ou gastam os fatores de produo.

    Em funo disso, a remunerao desses fatores aparece contabilizada do lado do dbito da conta de produo (o que significa que, quanto maiores os valores ali lanados, maior ter sido o consumo de fatores de produo e, portanto, maior o produto).

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoDe outro lado, porm, as empresas recebem um crdito em funo dos bens que efetivamente produzem, bens que considerado um determinado perodo de tempo, ou j foram consumidos (consumo pessoal), ou ainda no foram (variao de estoques), ou so bens que servem para a produo de outros bens (formao de capital fixo).

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoAssim, cada um dos lanamentos a dbito na conta de produo encontra seu par (um lanamento a crdito) na conta de apropriao. Do lado contrrio, isto , do lado do crdito da conta de produo, a rubrica consumo pessoal tambm vai encontrar seu par na rubrica de mesmo nome lanada a dbito na conta de apropriao.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoIsso posto, quais so os lanamentos que restaram sem partida? Na conta de produo, os itens D e E, que requerem lanamentos a dbito, e B, que requer um lanamento a crdito, e na conta de apropriao, o item F, que tambm requer um lanamento a crdito.

    Precisamos, pois, para fechar o sistema, de uma terceira conta que contemple exatamente esses lanamentos que faltam. Essa terceira conta a conta de capital.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem Governo

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoA conta de capital, portanto, fecha o sistema, garantindo seu equilbrio externo, j que com ela, temos todos os lanamentos necessrios para completar os pares at ento a descoberto.

    Mas, alm de completar o sistema, a conta de capital demonstra a identidade investimento = poupana, quase to importante, para a lgica de seu funcionamento, quanto a identidade produto = renda = despesa

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoNa verdade, a identidade investimento = poupana mostra que, se a variao de estoques e a formao bruta de capital fixo devem ser considerados investimento, porque possibilitam, viabilizam ou ensejam consumo futuro,

    eles tambm devem ser considerados poupana, pois indicam que, dos esforos da produo da sociedade num determinado perodo de tempo, nem tudo foi consumido naquele perodo, mas parte foi guardado (poupado) para ser consumido no futuro.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoComo a poupana significa necessariamente um crdito (quem poupa tem um crdito relativamente ao consumo futuro), o investimento, concretizado no aumento de estoques quando h e na formao bruta de capital fixo, deve ser suficiente para honrar a poupana efetuada, e, portanto, configura um dbito.

  • Ainda a Economia Fechada e Sem GovernoSe a dbito eu tenho o investimento bruto total, a crdito eu precisarei ter tambm a poupana bruta. Para isso se a economia fechada e sem governo, basta agregar a depreciao. Pronto est estabelecido o equilbrio externo!