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MicobactériasMicobactérias

Micobactérias

Família: Mycobacteriaceae

Gênero: Mycobacterium

110 espécies

Saprófitas

M. tuberculosis, bovis e africanum

M. leprae

Micobactérias

Aeróbias estritas

Bastonetes pequenos

Imóveis

Não esporulados

Não possuem cápsula

Não produzem toxinas

Cultivo em até 8 semanas

Técnica de Ziehl-Neelsen

ResultadosResultados::

Fucsina + T / 97% álcool e 3% ácido clorídrico / azul de metileno

BAARBAAR == VERMELHASVERMELHAS

BNAARBNAAR == AZULAZUL

Lepra Tuberculose

TuberculoseTuberculose

HistóricoHistórico

Hipócrates (Tísica)Hipócrates (Tísica)

Peste Branca e “Mal do Peito”Peste Branca e “Mal do Peito”

Brasil Brasil –– Portugueses Portugueses –– 1.5001.500

Século XIX e XX Século XIX e XX –– principal causa de principal causa de

MorteMorte

Adultos Adultos –– único agente infecciosoúnico agente infeccioso

Reunião da sociedade de FisiologiaReunião da sociedade de Fisiologia

24 de março de 188224 de março de 1882

Robert Koch (1843 – 1910)

Isolamento e Forma de cultivo – Bacilo de Koch

Postulado de Koch:

“ Para provar que a tuberculose é causada pela invasão do bacilo

e condicionada pelo seu crescimento e multiplicação, é

necessário: isolar o bacilo do corpo; crescê-lo em cultura

pura, e , através da sua administração em animais, reproduzir

a mesma condição de morbidez”

AS 3 METAS CRÍTICAS PARA

O MUNDO ATÉ O ANO 2010

REDUZIR:

1. 25% da infecção do HIV/AIDS dos jovens;

2. 50% das mortes e prevalência da tuberculose;

3. 50% da malária em todo mundo.

Nações Unidas, FMI, Banco Mundial e G-8

60 milhões de pessoas são infectadas com tuberculose.

Morte de 2.5 milhões de pessoas/ano.

1.5 bilhão de pessoas serão infectadas até 2020.

O complexo

“Mycobacterium tuberculosis”

O complexo

“Mycobacterium tuberculosis”

M. tuberculosis

M. bovis

M. Africanum

..........

M. tuberculosis

M. bovis

M. Africanum

..........

Bacilo imóvel que não esporula

Ácido-álcool resistente

Aeróbio (transmissão aerógena)

Parasita celular facultativo

Crescimento lento

Latência por longo tempo

Resistente a agentes químicos

Bacilo imóvel que não esporula

Ácido-álcool resistente

Aeróbio (transmissão aerógena)

Parasita celular facultativo

Crescimento lento

Latência por longo tempo

Resistente a agentes químicos

VirulênciaVirulência

Parede CelularParede Celular

Lipídios Cera - álcool-ácido-resistência

Ácidos micólicos - formação de granuloma

Fosfolipídios – necrose

Fosfolipase C – destruição dos vacúolos

Proteínas

Reação tuberculínica.

Polissacarídeos

Papel na patogenia incerto.

TransmissãoM. tuberculosis, bovis e africanum - Bacilo de Koch

Típico da aglomeração humana ! Típico da aglomeração humana !

Partículas

levitantes

Partículas

levitantes

A transmissão aerógena da TBA transmissão aerógena da TB

FOCO

(+++)

FOCO

(+++)

Partículas

infectantes

Partículas

infectantes

CONTATOCONTATO

Partículas

maiores

Partículas

maiores

O processo de transmissão do bacilo

Partículas:Levitantes com grumos de bacilos

Maiores se depositam no solo

Ressecadas - Gotículas-núcleoRaios solares

infra-vermelhos

e ultra-violetas

matam os bacilosFoco ou

Caso Index

Contato

Aspiração de partículas

levitantes.

Aspiração e eliminação de partículas grumosasAspiração e eliminação de partículas grumosas

Eliminação de grumos com muitos

bacilos pelo sistema muco-ciliar.

Gotículas

núcleo

Implante alveolar de partículas infectantesImplante alveolar de partículas infectantes

Nidação

alveolar

Perdigotos

Vias aéreas superiores

alvéolos

infecção respiratória vários orgãos

inalação

disseminação

InfecçãoInfecção

Nidação

15% - Tuberculose Miliar

Tosse persistente há mais de 3 semanas

Febre baixa, geralmente ao fim do dia

Cansaço físico

Perda de peso

Suor noturno

Sintomas e Sinais

Imunidade na tuberculoseImunidade na tuberculose

Imunidade adquirida:

• Celular

Imunidade natural:

• As barreiras físicas

• O sistema muco-ciliar

Lesão exsudativa aguda

Reação inflamatória aguda com edema

Lesão exsudativa – Pulmão

Pode cicatrizar - exsudato é absorvido

Pode resultar em necrose maciça do tecido.

Lesão Produtiva

Consiste no granuloma crônico

Formação do tubérculo – (tecido fibroso periférico com áreas central de

necrose)

Cicatriza por fibrose ou calcificação

Infecção Primária

Formação do Formação do granulomagranuloma

Produzida por bacilos que sobreviveram a infecção

primária

Começa no ápice do pulmão devido a maior tensão

de oxigênio.

Caracterizada por lesões teciduais crônicas

(tubérculos, caseificação e fibrose)

Reativação

MULTI DROGA

RESISTÊNCIA

MULTI DROGA

RESISTÊNCIA

CO INFECÇÃO

TB

CO-INFECÇÃO

TB-HIV/AIDS

Os dois risco atuais da TB no Os dois risco atuais da TB no

mundomundo

Má qualidade do Programa de Controle

Aumento da taxa de abandono

Co-infecção TB-HIV/AIDS – MDR-TB

Mortalidade >80%

4 a 16 semanas–diag.e morte

Má qualidade do Programa de Controle

Aumento da taxa de abandono

Co-infecção TB-HIV/AIDS – MDR-TB

Mortalidade >80%

4 a 16 semanas–diag.e morte

R

Causas de aumento da resistência Causas de aumento da resistência

do bacilo no mundo atualdo bacilo no mundo atual

DiagnósticoDiagnóstico

Cultivo – 8 semanas

Amostras: Escarro fresco, LCR, líquido pleural -

Utiliza-se a coloração de Zielh-Neelsen

Não se recomenda colorações de urina e lavado gástrico

devido a possível presença de micobactérias saprófitas.

Diagnóstico

Baciloscopia - 104 BAAR/mL

Exposição prévia e infecção latente

Teste de reação de Hipersensibilidade tardia – lesão exsudativa

Tuberculina – cultivo em caldo durante 6 semanas

PPD – (purified protein derivative) - Tuberculina intradérmica – 0,1mL

RESULTADOS (Enduração) – 48 horas:

0 - 4mm = Não reativo (não infectados, anérgicos)

5 - 9mm = Reativo fraco (infectados, atípicas, vacinados com BCG)

> 10mm = Reativo forte (infectados, doentes ou não, BCG recente)

Teste tuberculínico na tuberculose Teste tuberculínico na tuberculose

Teste tuberculínico na tuberculoseTeste tuberculínico na tuberculose

FALSO POSITIVOS:

• Infecções por micobactérias não TB com reação fraca.

• BCG semelhante a infecção natural.

FALSO NEGATIVOS:

• Ag inadequados e mal conservados.

•Fase pré-tuberculínica.

•Erros de técnica.

•Situações de imunodeficiência.

10.03.01ICF-SP

Ze Maria

Lesões

nodulares

exudativas

Pneumonia caseosa(disseminação gânglio-brônquica)

TB pleural

pós-primária(assoc. à pulm.)

(nódulos

grosseiros e

coalescentes)

Processos

retículo-

nodulares(baixa imunidade)

Exame Radiológico

(disseminação

p/contiguidade,

imagens filhas

PRESUNTIVO

Diagnóstico MolecularDiagnóstico Molecular

Critérios práticos para diagnosticar

a tuberculose

Critérios práticos para diagnosticar

a tuberculose

ClínicaSintomas gerais

e específicos da

forma da doença

Exames

SimplesBacterioscopia - RX

T. tuberculínico

Exames complexosNos casos de difícil diagnóstico

(Testes moleculares )

Idade, desnutrição, estado imunológico

HIV impulsionou o aumento na taxa de

TUBERCULOSE à nível mundial.

Imunização(BCG)

Epidemiologia, Prevenção e Epidemiologia, Prevenção e

ControleControle

Tratamento no BrasilTratamento no Brasil

1927-Arlindo de Assis- Bacille Calmette-Guérin (BCG) oral

1940 – estreptomicina e Isoniazida

1973 - BCG intradérmica

1976 – DOTS – Directly Observed Treatment Short-course

2 meses - Rinfampicina, isoniazida, pirazinamida e estreptomicina (ou

etambutol)

4 meses – Rinfampicina, pirazinamida

Mycobacterium leprae

Os leprosos eram profundamente Os leprosos eram profundamente

discriminados pelas leis de Moisés:discriminados pelas leis de Moisés:

"O leproso andará com vestes "O leproso andará com vestes

rasgadas, cabelos soltos e barba rasgadas, cabelos soltos e barba

coberta...coberta...

Viverá isolado e terá a sua morada Viverá isolado e terá a sua morada

fora do acampamento... fora do acampamento...

Se por acaso cruzar com alguém, Se por acaso cruzar com alguém,

deve gritar: sou impuro, sou impuro...”deve gritar: sou impuro, sou impuro...”

O preceito se explica O preceito se explica

pela preocupação do contágio e pelo pela preocupação do contágio e pelo

conceito dos hebreus, que viam conceito dos hebreus, que viam

na lepra um castigo de Deus na lepra um castigo de Deus

para com o pecador...para com o pecador...

O Leproso era assim um castigado de Deus

e um excluído da comunidade...

Mycobacterium leprae

Hansen em 1873 - hanseníase (lepra).

BAAR - bacilos álcool-ácido-resistentes

Não cultivados em meios artificiais

Raspados de pele ou mucosas (sobretudo do septo nasal).

Interior das células endoteliais dos vasos sangüíneos ou

nas células mononucleares

Tecidos mais frios do corpo: Pele, nervos superficiais, nariz,

faringe, laringe, olhos e testículos.

Mycobacterium leprae

Localização

Período de incubação. - 3 e 10 anos.

Transmissão - vias respiratórias.

Sem Profilaxia

Manchas

Diminuição ou ausência de sensibilidade

Nódulos avermelhados

Dores articulares, braços, pernas e pés.

Queda de pêlos no corpo.

LepraLepra

LesõesLesões

Cutâneas:

maculares, anestésicas, pálidas

Nódulos infiltrados eritematosos

infiltração difusa da pele.

Neurológicos

Ocorre por infiltração e espessamento dos nervos,

com conseqüente neurite, úlceras tróficas, e

encurtamento digital.

Hanseníase

Lepromatosa Tuberculóide

Progressiva e maligna

Lesões cutâneas nodulares

Resposta Humoral

BAAR abundantes

Bacteremia contínua

Lepromina -

Benigna e não progressiva

lesões cutâneas maculares

Resposta Celular

BAAR em pequeno número

Lepromina +

LepraLepra

Amostras: Raspado da pele ou mucosa nasal,

biópsias de pele e linfa do lóbulo da orelha.

Bacterioscopia: Coloração de Ziehl-Neelsen

Testes Moleculares

Diagnóstico

Tratamento

Rifampicina, Dapsona e Clofazimina

12 meses – 99,9%

suprimem o crescimento do M. leprae e

as manifestações clínicas da

hanseníase

DOENTES A CADA 10.000 HABITANTES

DADOS DE 2005